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8/9/2019 Ultrapar_balanco_2008_2009 http://slidepdf.com/reader/full/ultraparbalanco20082009 1/12 2008 2007 1.079 779 (R$ milhões) +38% EBITDA 2008 2007 (R$ milhões) + 115% Lucro líquido 390 182 2008 2007 (R$ milhões) + 42% Receita líquida 28.268 19.921 ULTRAPAR EM 2008  Aquisição da Texaco e União Terminais Expansões de capacidade de especialidades na Oxiteno Novo patamar de liquidez das ações, entrada nos índices Ibovespa e MSCI Obtenção do grau de investimento pela Moody’s Crescimento significativo de resultados

Ultrapar_balanco_2008_2009

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8/9/2019 Ultrapar_balanco_2008_2009

http://slidepdf.com/reader/full/ultraparbalanco20082009 1/12

20082007

1.079779

(R$ milhões)

+38%

EBITDA

20082007

(R$ milhões)

+ 115%

Lucro líquido

390

182

20082007

(R$ milhões)

+ 42%

Receita líquida

28.26819.921

ULTRAPAR EM 2008

 Aquisição da Texaco e União Terminais

Expansões de capacidade de especialidades na Oxiteno

Novo patamar de liquidez das ações, entrada nos índices Ibovespa e MSCI

Obtenção do grau de investimento pela Moody’s

Crescimento significativo de resultados

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PERFIL DA COMPANHIA

Com mais de 70 anos de atividades, a Ultrapar é um dos mais sólidos grupos

empresariais do país, com posições de liderança nos mercados em que possui

atividades. Atua no negócio de distribuição de combustíveis, por meio da Ipi-

ranga e da Ultragaz, na indústria química, por meio da Oxiteno, e em soluções

logísticas integradas, por meio da Ultracargo. A Ultrapar tem negócios em todo o

território nacional e no exterior, através da Oxiteno, que possui unidades indus-

triais no México e na Venezuela, e também escritórios comerciais na Argentina,nos Estados Unidos e na Bélgica.

Desde 1999 a Ultrapar tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores, Mercado-

rias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), sob o código UGPA4 e seus ADRs

(  American Depositary Receipts) negociados na New York Stock Exchange (NYSE),

sob o código UGP.

 A estratégia de crescimento e geração de valor da Ultrapar é pautada por diferen-

ciação tecnológica, ampliação da escala operacional e excelência na gestão de

seus negócios, elementos que alinhados a uma sólida posição financeira mantida

ao longo dos anos permitem à companhia possuir a classificação de risco de cré-

dito Baa3, correspondente ao grau de investimento pela agência Moody’s.

  AMBIENTE ECONÔMICO-OPERACIONAL

O ambiente econômico-operacional de 2008 foi marcado por dois momentos muito

distintos. Nos três primeiros trimestres de 2008, o produto interno bruto brasileiro

(PIB) registrou crescimento robusto de 6,4% em relação ao mesmo período de 2007,

com destaque para o forte desempenho da construção civil e da indústria automobi-

lística. Os três trimestres de forte atividade econômica fizeram com que em 2008 a

indústria automobilística atingisse o maior número de veículos vendidos em um ano e

o investimento estrangeiro direto no país atingisse o patamar recorde de US$ 45 bi-

lhões, elevando significativamente o fluxo de capitais, contribuindo para a valorização

do Real até setembro e para a obtenção do grau de investimento pelo Brasil em abril.

No entanto, a partir de meados de setembro a crise imobiliária americana e a abrupta

restrição de liquidez no mercado de crédito se propagaram rapidamente pelo mundo,

com reflexos também no Brasil. Apesar das iniciativas dos governos para minimizar

os efeitos da crise e restaurar a confiança dos consumidores, a forte desaceleração

no crescimento mundial vem se refletindo na redução de investimentos e consumo,

com conseqüente queda nos preços das commodities, notadamente o petróleo, que

fechou o ano cotado a US$ 42/barril após ter atingido o patamar recorde de US $ 150/ 

barril. O aprofundamento da crise também levou a uma brusca redução no fluxo de

capitais para o Brasil no quarto trimestre e na reversão da tendência de apreciação

da moeda brasileira verificada desde 2003, encerrando o ano cotada a R$ /US$ 2,34,

32% acima da cotação de fechamento de 2007.

 A ULTRAPAR EM 2008Destaques do Ano

Em 2008 a Ultrapar concluiu um ciclo de grandes investimentos que viabilizarão o

crescimento dos seus negócios e da sua rentabilidade nos próximos anos. Dando

continuidade a sua estratégia de expandir a escala e aumentar a competitividade

de seus negócios, foram realizadas duas importantes aquisições nos segmentos de

distribuição de combustíveis e logística e concluídos importantes projetos de expan-

são na Oxiteno. Sempre com foco na geração de valor, com estes investimentos a

companhia fortaleceu sua posiç ão de liderança nos mercados em que atua sem abrir

mão da sua característica disciplina financeira.

No segmento de distribuição de combustíveis, a Ultrapar deu seqüência à sua

estratégia de crescimento, iniciada em 2007 com a aquisição dos negócios de

distribuição da Ipiranga nas regiões Sul e Sudeste, e assinou em agosto de 2008

acordo para a aquisição do negócio de distribuição de combustíveis Texaco no

país. Com esta aquisição, a Ipiranga conquista abrangência nacional através da

expansão de suas operações para os mercados do Centro-Oeste, Nordeste e

Norte, regiões com crescimento superior à média nacional. A rede ampliada de

distribuição terá mais de 5 mil postos revendedores, com uma participação de

aproximadamente 23% do mercado brasileiro de distribuição de combustíveis,

possibilitando melhor posicionamento da empresa para o crescimento e maiorcompetitividade através da ampliação da escala de operações. A aquisição da

 Texaco deve permitir, por exemplo, melhor utilização das bases de distribuição,

maior eficiência e competitividade no processo de vendas, diluição das despesas

de propaganda, marketing e desenvolvimento de produtos e ganhos de escala na

administração do negócio. Através desses elementos, a Ultrapar objetiva propi-

ciar rentabilidade ao negócio ampliado ao menos nos níveis atuais da Ipiranga.

Em paralelo ao crescimento via aquisições, demos prosseguimento em outras

frentes do nosso plano de negócios na Ipiranga visando a ampliação da enver-

gadura do negócio e do retorno sobre o investimento, com a implementação do

processo de alinhamento de interesses e a maior capacidade de investimentos,

conforme demonstrado no quadro abaixo.

Iniciativas implementadas na Ipiranga desde a aquisição em abril/07

Simplificação da estrutura societária e de gestão  Alinhamento de interesses, processo decisório mais simples e ágil

 Adequação das estruturas de suporte

Centralização das funções financeiras da Ipiranga na Ultrapar Eliminação das duplicidades entre CBPI e DPPI

Maior capacidade de investimento Número de embandeiramentos / novos postos na Ipiranga cresceu

29% em relação a 2007 e 144% em relação a 2006

 Aquisições como parte da estratégia

Implementação do EVA® como modelo de gestão Remuneração variável dos executivos atreladas à metas de crescimento

de EVA®

 Alinhamento de interesses entre executivos e acionistas

Criação de valor para todos os acionistas

SENHORES ACIONISTAS,

 A direção da ULTRAPAR PARTICIPAÇÕES S.A. (Ultrapar) submete à apreciação de V.Sas. seu Relatório da Administração e Demonstrações Financeiras relativos ao

 A Ultracargo concluiu em novembro a aquisição da União Terminais, um marco

no processo de transformação da empresa com o objetivo de consolidar-se como

o maior e mais completo provedor logístico para granéis especiais do país. A

combinação com a União Terminais dobrou o tamanho da Ultracargo, tornando-a

a maior empresa de armazenagem de granéis líquidos da América do Sul e re-

forçando sua escala de operação. Com esta aquisição a Ultracargo aumentou

sua presença no porto de Santos, principal porto do país, e passou a estar es-

trategicamente posicionada nos portos do Rio de Janeiro e de Paranaguá, onde

a empresa não atuava.

Na Oxiteno, investimentos relevantes foram concluídos em 2008, ampliando signifi-

cativamente sua capacidade de produção de especialidades químicas. A constru-

ção da unidade oleoquímica, a primeira fábrica latino-americana a produzir álcoois

graxos, e as expansões da unidade de óxido de eteno em Mauá e das unidades de

etoxilados e etanolaminas em Camaçari, foram finalizadas no segundo semestre de

2008. Com esses investimentos a Oxiteno aprofunda sua estratégia de crescimen-

to com base em economias de escala no segmento de especialidades químicas,

produtos de maior valor agregado e preservação dos diferenciais competitivos da

Oxiteno no Brasil, posicionando a empresa para o crescimento de seus mercados e

substituição de produtos importados.

Líder no segmento de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Brasil, a Ul-

tragaz manteve seu foco na estratégia de crescimento em nichos de mercado e cons-

tante aprimoramento da sua eficiência operacional. Os esforços foram direcionados à

expansão para novos mercados com taxas de crescimento acima da média nacional,

nos estados do Pará e do Maranhão, e para a otimização de custos e despesas.

Com as aquisições e os investimentos em expansão orgânica realizados, encerra-

mos 2008 com um faturamento líquido de R$ 28,3 bilhões, 42% acima de 2007. O

EBITDA da Ultrapar em 2008 totalizou R$ 1,1 bilhão, apresentando um crescimento

de 38% em relação ao ano de 2007. O lucro líquido atingiu R$ 390 milhões, 115%

acima do lucro líquido apresentado em 2007, principalmente em função do expres-

sivo crescimento do EBITDA em 2008. Estes resultados representam crescimentos

anuais médios de 20% d o EBITDA e 24% do lucro líquido desde 1998, ano anterior à

abertura de capital da Ultrapar.

Investimentos

 A Ultrapar mantém uma visão estratégica de longo pra zo, tendo como foco a criação

de valor para seus acionista s. Todo investimento realizado é submetido a uma análise

criteriosa, que considera aspectos econômicos, financeiros, estratégicos, mercado-

lógicos e sócio-ambientais, utilizando como ferramenta princip al a metodologia EVA®

(Economic Value Added – Valor Econômico Adicionado).

Seguindo seu plano de expansão, a Ultrapar investiu ao longo de 2008 R$ 1.516

milhões, dos quais R$ 978 milhões referem-se a investimentos orgânicos, com o

objetivo de consolidar sua posição diferenciada nos mercados em que atua e forta-

lecer seu crescimento por escala, por diferenciação tecnológica e pela otimização

de custos e despesas. Com relação aos investimentos orgânicos, na Ultragaz, foram

investidos R$ 167 milhões, com foco na expansão da distribuição de GLP a granel

(UltraSystem), na expansão geográfica e na aquisição e renovação de tanques e va-

silhames. Os investimentos na operação da Ipiranga totalizaram R $ 229 milhões e fo-

ram direcionados principalmente à expansão da sua rede de distribuição, renovação

de contratos e melhorias em postos de serviço e bases de distribuição. Na Oxiteno

os investimentos somaram R$ 516 milhões, concentrados nos projetos de expansão

da capacidade produtiva, em especial na conclusão da unidade oleoquímica, na

expansão da capacidade de especialidades químicas e na expansão da produção de

óxido de eteno em Mauá, que entraram em operação no quarto trimestre de 2008.

Na Ultracargo os investimentos totalizaram R$ 56 milhões, sendo alocados principal-

mente na ampliação e manutenção de seus terminais.

Os projetos de expansão de capacidade da Oxiteno que entraram em operação no

quarto trimestre de 2008 incluem (i) o início da operação da unidade oleoquímica,

com capacidade de processamento de aproximadamente 100 mil toneladas; (ii) a

expansão da unidade de óxido de eteno em Mauá, acrescentando 38 mil toneladas

de capacidade de produção e (iii) a expansão das unidades de etoxilados e etano-

laminas em Camaçari, adicionando 120 mil toneladas de capacidade de produção

desses produtos. Estas expansões visam atender a demanda dos mercados de

cosméticos, detergentes, agroquímico, tintas e vernizes, principalmente através da

substituição de importações.

 Além dos investimentos no crescimento orgânico de suas operações, a Ultrapar tam-

bém considera as aquisições um meio importante para aumentar a geração de valor

para seus acionistas. Em linha com essa filosofia, investimos R $ 537 milhões, princi-

palmente na aquisição d a União Terminais, concluída no 4T08, além do programa de

recompra de ações, líquidos da alienação da participação acionária na Petroquímica

União S.A.. Em agosto, a Ultrapar assinou acordo para a compra da operação de

distribuição de combustíveis Texaco por R$ 1,2 bilhão, cuja conclusão está prevista

para ocorrer proximamente, após o cumprimento de certas condições precedentes

usuais em transações desta natureza e da segregação das atividades de lubrifican-

tes e exploração de petróleo, que continuarão pertencendo à Chevron.

O plano de investimentos para 2009, excluindo aquisições, soma R$ 528 milhões,

sendo R$ 69 milhões na Ultragaz, R$ 239 milhões na Ipiranga, R$ 175 milhões na

Oxiteno e R$ 36 milhões na Ultracargo. Na Ultragaz os investimentos contemplam

principalmente a reposição de vasilhames e tanques e o reforço da atuação no Norte

e Nordeste do Brasil. Na Ipiranga os principais investimentos serão destinados à

expansão e renovação de sua rede de distribuição, melhorias operacionais e subs-

tituição da bandeira Texaco em parte da rede adquirida. Os investimentos previstos

na Oxiteno consideram principalmente o projeto de expansão da capacidade de pro-

dução de óxido de eteno de Camaçari e modernização das fábricas. A Ultracargo

direcionará os investimentos para melhorias operacionais e expansão de seus termi-

nais em Santos e Aratu.

Mercado de Capitais

 A Ultrapar registrou um crescimento significativo de 125% na liquidez de seus pap éis

no mercado acionário em 2008. Em dezembro de 2007 foi concluída a incorp oração

das ações das empresas listadas do Grupo Ipiranga pela Ultrapar, possibilitando (i)

maior alinhamento dos interesses de todos os acionistas das companhias, (ii) au-

mento da negociabilidade das ações, pelo alargamento da base acionária, fruto da

concentração de todos os acionistas das empresas abertas do Grupo Ipiranga em

R E L A T Ó R I O D A

20082007

(R$ milhões)

+ 42%

Receita líquida

28.268

19.921

20082007

1.079

779

(R$ milhões)

+38%

EBITDA

20082007

(R$ milhões)

+ 115%

Lucro líquido

390

182

4T083T082T081T084T073T072T071T07

6,8

1,3

6,26,16,1

5,45,8

5,3

% crescimento real do PIB brasileiroem relação ao mesmo período do ano anterior

Petróleo Brent (US$/barril)média do trimestre

4T083T082T081T084T073T072T071T07

56

116122

9789

7569

58

4T083T082T081T084T073T072T071T07

2,28

1,671,661,741,79

1,921,982,11

Taxa de câmbio R$/US$média do trimestre

Companhia Aberta CNPJ nº 32.256.439 /0001-39 www.ultra.com.br

Companhia Aberta CNPJ nº 33.256.439 /0001-39 www.ultra.com.br

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uma única companhia, a Ultrapar, com ações negociadas nas bolsas de valores em

São Paulo (BM&FBovespa) e em Nova Iorque (NYSE), e (iii) extensão dos reconhe-

cidos padrões de governança corporativa da Ultrapar para todos os acionistas da

Refinaria de Petróleo Riograndense S.A. (RPR, antiga Refinaria de Petróleo Ipiranga

S.A.), Distribuidora de Produtos de Petróleo Ipiranga S.A. (DPPI) e Companhia Brasi-

leira de Petróleo Ipiranga (CBPI), notadamente no tocante ao direito de tag along de

100% para as ações preferenciais.

 A incorporação de ações da Ipiranga elevou o free float da Ultrapar em 172%, pas-

sando a representar 64% do capital total da empresa. O volume financeiro nego-ciado em 2008 de R$ 26 milhões/dia, somando-se as negociações ocorridas na

BM&FBovespa e na NYSE, o que representa um crescimento de 125% em relação à

média de R$ 12 milhões/dia do ano anterior. Com o novo patamar de liquidez obtido

no mercado acionário, a quantidade média diária de ações negociadas em 2008

aumentou aproximadamente 150% em comparação ao mesmo período de 2007,

considerando conjuntamente a BM&FBovespa e a NYSE, negociando um volume

médio de 477 mil ações/dia. A Ultrapar passou a integrar o Índice BOVESPA (Ibo-

vespa) e o MSCI ( Morgan Stanley Capital Internationa l), índice amplamente utilizado

como referência no mercado de capitais internacional.

  A partir do 3T08 o aprofundamento da crise americana, que culminou na falência

de algumas instituições financeiras, na restrição de liquidez no mercado de crédito

e na desaceleração da economia mundial, resultou em fortes quedas nas bolsas de

valores em todo o mundo, levando o índice Ibovespa a apresentar desvalorização de

41% em 2008. No mesmo período, as ações da Ultrapar apresentaram desvaloriza-

ção de 19% na BM&FBovespa, refletindo a resiliência dos negócios da Ultrapar ao

menor crescimento econômico e seu posicionamento para crescimento de resulta-

dos a partir dos investimentos realizados. A Ultrapar encerrou 2008 com um valor de

mercado de R$ 7 bilhões.Com o compromisso de assegurar transparência e abrangência à divulgação de

suas informações relevantes, a Ultrapar mantém regularmente contatos com o públi-

co investidor. Em 2008, a Ultrapar realizou mais de 400 interações com instituições

do mercado de capitais no Brasil e no exterior, 30% acima do número de interações

realizadas em 2007, incluindo a participação em conferências e  roadshows com in-

vestidores e analistas.

Foram declarados dividendos de R$ 238 milhões referentes ao exercício de 2008,

equivalente a R$ 1,78/ação, o que representa 61% do lucro líquido consolidado do

ano. A Ultrapar constantemente avalia suas necessidades de capital para investi-

mentos em ativos e aquisições e, assegurada a manutenção de uma sólida posição

financeira, distribui aos seus acionistas recursos sob a forma de dividendos.

Em 2008, a agência de classificação de risco Moody’s Investors Service atribuiu

 rating Baa3 para a Ultrapar, correspondente ao grau de investimento. De acordo

com a Moody’s, o  rating atribuído à Ultrapar reflete o histórico de uma gestão fo-

cada em custos, bem como a posição de liderança da companhia em seus setores

de atuação, suportada pelos investimentos contínuos em suas fortes marcas para

distribuição de combustíveis e em pesquisa e desenvolvimento para especialidades

químicas. Em paralelo, a agência de classificação de risco S&P elevou a perspectivado seu rating de Ultrapar de “estável” para “positiva”. A obtenção da classificação do

grau de investimento ressalta a capacidade de geração de caixa dos negócios em

que a Ultrapar atua e sua sólida administração financeira e governança corporativa,

reforçando sua estratégia de criação de valor.

Governança Corporativa

O pioneirismo na adoção de práticas diferenciadas de governança corporativa é parte

fundamental da estratégia da Ultrapar, tendo sua origem na busca pelo alinhamento de

interesses entre os acionistas e executivos visando a sustentabilidade e a longevidade da

companhia, processo iniciado na década de 80. Desde 1999, as ações da Ultrapar são

negociadas na BM&FBovespa e os ADRs ( American Depositary Receipt) de Nível III na

NYSE. A Ultrapar foi a primeira companhia brasileira a conce der a todos os seus acionistas

o direito de tag along a 100% do valor da oferta, assegurando tratamento eqüitativo em

caso de alienação de controle acionário, apenas um ano após a abertura de seu capital e

antes do tag along ser introduzido como obrigação pela nova Lei das Sociedades Anôni-

mas em 2001, limitado aos acionistas com direito a voto e restrito a 80% do valor da ofer ta.

 A empresa está ajustada, também, aos preceitos da Lei Sarb anes-Oxley (SOX), que regula

mecanismos garantidores de transparência nas empresas listadas nos Estados Unidos,detendo desde 2007 a Certificação SOX referente à seção 404, um atestado da eficácia

dos controles internos sobre as informações prestadas pela companhia.

Disciplina financeira e gestão sóbria em relação aos riscos e aos custos são caracte-

rísticas que dão suporte a todas as decisões tomadas pela Ultrapar. As decisões re-

ferentes a novos investimentos são analisadas detalhadamente à luz das ferramentas

gerenciais adotadas pela companhia, sendo a principal o EVA®. Na gestão financeira,

a Ultrapar mantém um Comitê de Riscos e Aplicações Financeiras, composto pelo

Diretor Financeiro e pelos Diretores Superintendentes de cada negócio. Este comitê

orienta a condução das atividades da tesouraria da companhia, que opera central-

mente e visa apoiar as operações de cada um dos negócios. O comitê existe há

mais de dez anos e encontra-se regularmente para discussões acerca de limites de

exposição, riscos inerentes às atividades financeiras e novos produtos financeiros,

entre outras. Em 2008, visando formalizar as diretrizes já adotadas pela companhia

há anos, o Conselho de Administração ratificou a Política de Riscos e Aplicações

Financeiras da empresa.

No que tange à gestão de seus negócios, em 2008 a Ultrapar promoveu movimenta-

ções adicionais na renovação da diretoria executiva da companhia, com a nomeação

de Leocádio de Almeida Antunes Filho como Diretor da Ultrapar. A evolução constante da governança corporativa rendeu à Ultrapar diversos prêmios

e reconhecimentos nacionais e internacionais, atestando sua contínua busca pelo

alinhamento de interesses e seu compromisso com os direitos de todos acionistas e

com a transparência na divulgação de suas informações. Entre os reconhecimentos

merece destaque o segundo lugar em Empresas Mais Preocupada s com seus Acionis-

tas (Most Shareholder-Friendly Company ) pela revista Institutional Investor . Os reco-

nhecimentos também se estenderam à Diretoria da Ultrapar: Pedro Wongtschowski,

Diretor-Presidente da Ultrapar, foi eleito em 2008 pela segunda vez consecutiva,

pela revista Institutional Investor , vice-líder no  ranking de Melhor CEO na categoria

Oil & Chemicals e André Covre, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da

Ultrapar, como Melhor CFO da mesma categoria. Pedro Wongtschowski recebeu ainda

o Prêmio Executivo de Valor no setor de Indústria Química e Petroquímica, conferido

pelo jornal Valor Econômico, e de Líder Setorial do Setor de Química e Petroquímica,

concedido pelo Fórum Internacional de Líderes. Em 2008 André Covre também foi

eleito chairman da Latin American Corporate Governance Roundtable’s Compa-

 nies Circle, grupo de estudos patrocinado pela Organização para a Cooperação

e o Desenvolvimento Econômico (Organisation for Economic Co-operation and 

Development – OECD), com cooperação do IFC ( International Finance Corpora-

tion) e da BM&FBovespa, cujo objetivo é desenvolver a governança corporativa

na América Latina.

Excelência Operacional - Tecnologia, Qualidade, Segurança e Meio

 Ambiente

 A excelência operacional está na essência da condução dos negócios da Ultrapar,

que enxerga esse fator como indispensável para a sustentabilidade da companhia

e manutenção de seu foco em qualidade e inovação. Cada empresa conta com um

conjunto específico de programas de excelência operacional, adaptado aos seus

produtos e serviços e ao mercado em que atua.

 A Ultragaz estabelece diretrizes de excelência operacional para todas as suas uni-

dades através do Fator Azul, programa que determina a padronização da qualidade,

segurança operacional, saúde e cuidado ao meio ambiente em todas as bases de

produção. Em 2008, deu continuidade ao programa de otimização na utilização de

recursos, com a ampliação da reutilização da água nas cabines de pintura dos boti-

 jões nas bases de envase. No quesito segurança, o Fator Azul contribuiu ativamente

para a propagação das normas de segurança no manuseio e uso do GLP, através

de treinamentos específicos, inovações nos processos e campanhas de prevenção e

conscientização, reduzindo significativamente a incidência de acidentes nas bases.

Mantendo seu perfil inovador, em 2008 a Ultragaz deu mais um passo pioneiro no

mercado de GLP, com o lançamento dos terminais móveis de pagamento multiban-

deira, que permitem ao consumidor pagar pela aquisição de botijões com o uso de

cartões de crédito de todas as bandei ras, no momento da entrega na casa do cliente.

O projeto prevê ainda o desenvolvimento de novas funções para os terminais, como

recebimento e impressão dos pedidos feitos através do Disk Gás, validação do vale-

gás eletrônico e consultas a cheques.

 A Ipiranga foi a primeira distribuidora de combustíveis a receber a certificação ISO

14001 em 1998, e atualmente adota uma política ambiental através do Sistema Ipi-

ranga de Gestão Ambiental (SIGA), que foca na eficiência na utilização dos recursos

naturais, no aproveitamento de resíduos e na adoção de medidas preventivas para

minimizar os riscos de seu negócio. Em linha com esta filosofia, em 2008 a Ipiranga

completou um ano do lançamento de uma inovadora iniciativa comercial relacionada

ao meio ambiente, o Cartão Ipiranga Carbono Zero, que alia benefícios ambientais à

estratégia de fidelização de seus clientes. Até o final de 2008 mais de 80 mil cartões

haviam sido emitidos, confirmando o sucesso da iniciativa, e foram neutralizadas 7

mil toneladas de carbono. Ainda com relação à emissão de gás carbônico, outras

iniciativas foram realizadas pela Ipiranga em 2008, tais como (i) a criação do posto

ecoficiente em Porto Alegre, construído com o que existe de mais avançado em téc-

nicas de conservação ambiental, contemplando o reaproveitamento da água e uso

de energias renováveis, (ii) o início do inventário de emissão em suas bases com foco

na implementação de metas para redução e (iii) a adesão ao Programa B5 da frota de

ônibus do Estado do Rio de Janeiro, visando o abastecimento da frota rodoviária do

Estado com a mistura de 5% de biodiesel no diesel (B5), antecipando em 5 anos a

obrigatoriedade legal. Seguindo sua estratégia de inovação no segmento de varejo, a

Ipiranga deu seqüência em 2008 ao processo de diferenciação de seu atendimento,

com o lançamento do Ipirangashop.com, serviço que explora o potencial de negó-

cios resultante do alto fluxo de consumidores nos postos da rede e une dois canais

de venda: a comercialização nos postos de combustíveis de produtos associados a

carros e a oferta de cerca de 18 mil itens em um endereço de comércio eletrônico.

Mesclando pioneirismo, inovação e sustentabilidade, a Oxiteno iniciou em 2008 as

atividades da unidade oleoquímica, a primeira fábrica da América Latina a produzir

álcoois graxos a partir de matérias-primas renováveis, que produzirá uma nova famí-

lia de produtos biodegradáveis, refletindo a estratégia da Oxiteno em buscar formas

sustentáveis de fabricar seus produtos. A nova unidade irá processar anualmente

100 mil toneladas de óleos vegetais (principalmente óleo de palmiste) para produção

de álcoois graxos e co-produtos, com aplicação principalmente nos segmentos de

cosméticos e detergentes. A produção de derivados oleoquímicos também se cons-

titui em uma nova plataforma tecnológica a ser explorada e desenvolvida nos labora-

tórios de pesquisa e desenvolvimento da Oxiteno. A estratégia de meio ambiente se

estende às demais unidades produtivas da Oxiteno, que possuem unidades de co-

geração de energia elétrica e aproveitamento de vapor nos processos industriais. O

gás carbônico resultante do processo de produção de óxido de eteno em Camaçari,

ao invés de ser eliminado na atmosfera, é comercializado, para injeção em poços de

petróleo. A adesão da Oxiteno à metodologia Seis Sigma também resultou na viabi-

lização de programas de redução do consumo de água e de produção de resíduos.

 Além da sustentabilidade, a segurança também é valor essencial para a Oxiteno, que

foca na identificação e administração de riscos intrínsecos a suas atividades, utilizan-

do processos de trabalho de acordo com as melhores práticas internacionais. Com

relação à inovação, aproximadamente 2% da receita anual da Oxiteno é destinado à

pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos, que permitem oferecer não

somente novos produtos, mas também soluções customizadas para clientes.

  A Ultracargo, em função da natureza de suas atividades de logística de produtos

que requerem manuseio especial, adota vários programas para garantir a segurança

de suas operações. A empresa foi pioneira em seu segmento ao obter a certifica-

ção pela ABIQUIM através do Sistema de Avaliação de Saúde, Segurança, Meio

ambiente e Qualidade (SASSMAQ) em 2001. A unidade da Ultracargo em Paulínia

(SP) foi certificada pela norma ISO 14001 em 2004 e passou por recertificação em

2006 na norma ISO 14001:2004. Em 2007, a unidade de Aratu também passou pela

certificação ISO 14001:2004. A preocupação ambiental está presente também no

 Terminal de Santos, projetado com os requisitos máximos das normas de segurança

e meio ambiente.

Gestão de Pessoas e Responsabilidade Social

O sucesso alcançado na trajetória de mais de 70 anos de crescimento e liderança

da Ultrapar foi conduzido por profissionais competentes e talentosos, prontos para

enfrentar os desafios surgidos ao longo da história da empresa. A capacitação do

corpo funcional da Ultrapar é resultado do empenho dos colaboradores e de uma

cultura baseada na valorização de seus funcionários, no estímulo ao crescimento

ano de 2008. Tais informações, elaboradas em conformidade com a legislação societária, vêm acompanhadas por parecer sem ressalvas dos auditores independentes.

Ultrapar – Destaques em 2008

 Aquisições

  Acordo para a aquisição do negócio de distribuição de combustíveis da  Texaco no Brasil por R$ 1,2 bilhão, dando continuidade à expansão nessesegmento iniciada com a compra da Ipiranga em 2007.

  Aquisição da União Terminais por R$ 519 milhões, já incluída a assunçãode dívida líquida no valor de R$ 32 milhões. A aquisição dobra o porte daUltracargo e proporciona a liderança em armazenagem de granéis líquidos na América do Sul, reforçando sua escala empresarial e financeira, aumentandosua presença nos portos brasileiros.

Expansão orgânica

Conclusão de expansões na capacidade de produção na Oxiteno permitemaumentar o volume de vendas e capturar ganhos de escala, além deenriquecer a composição de vendas de produtos.

Inauguração da unidade oleoquímica marca o pioneirismo na produção dealcoóis graxos a partir de óleo de palmiste na América do Sul.

Ultragaz expande atividades no Pará e Maranhão, visando aproveitar osbenefícios do crescimento do consumo de GLP nas regiões Norte e Nordeste.

Número de embandeiramentos / novos postos na Ipiranga cresceu 29% emrelação a 2007 e 144% em relação a 2006.

Resultados

Faturamento da Ultrapar registra crescimento de cinco vezes em dois anos, emfunção da estratégia de aquisições e investimentos em expansão orgânica.

Geração operacional de caixa da Ultrapar (EBITDA) cresce 38% nacomparação com 2007, para R$ 1.079 milhões, superando a marca de R$ 1bilhão pela primeira vez.

Lucro líquido da Ultrapar atinge R$ 390 milhões, crescimento de 115% emrelação ao ano anterior.

Mercado de capitais

Free float da Ultrapar aumenta de 39% para 64% do capital total da empresa.

 Volume financeiro diário passa de R$ 12 milhões em 2007 para R$ 26 milhõesem 2008, um aumento de 125%.

Novo patamar de liquidez leva a Ultrapar a integrar os índices Ibovespa e MSCI.

Solidez financeira

Moody’s atribui a classificação de risco de crédito Baa3 para a Ultrapar,correspondente ao grau de investimento.

  A Standard & Poor’s reafirma a classificação BB+ para a Ultrapar, apenasum patamar abaixo do grau de investimento, e altera perspectiva de estávelpara positiva.

 A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 0 8

(R$ milhões)Distribuição dos investimentos orgânicos

Utragaz Ipiranga Oxiteno Ultracargo

516

978

229

167239

69

175

528

2009 (e)2008

base 100Evolução UGPA4 x Ibovespa

UGPA4 I bovespa

dez07

40

60

80

100

120

 jan08

fev08

mar08

abr08

mai08

 jun08

 jul08

ago08

set08

out08

nov08

dez08

59

81

(R$ milhões) Volume financeiro médio diário - UGPA4 e UGP

11,8

+125%26,5

20082007

(líquido de desinvestimentos)(R$ milhões)

Investimentos consolidados

Investimentos orgânicos Aquisições

773

1.914

2.687

537

1.516

978

20082007

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profissional e na busca de um alinhamento em torno do s valores e das estratégias da companhi a. O relacionamento com os seus

públicos de interesse é regido por um Código de Ética, que orienta a conduta profissional dos funcionários das empresas que

compõem a Ultrapar. Em 2008, o Código de Ética também foi adotado por 100% dos funcionários da Ipiranga, que ainda não

possuía formalmente essa ferramenta de alinhamento de valores.

 Ao término de 2008, a Ultrapar mantinha 9.496 colaboradores distribuídos nas unidades da Ipiranga, Oxiteno, Ultracargo e Ultra-

gaz em todo o Brasil e também nos escritórios e unidades industriais da Oxiteno na Argentina, Bélgica, Estados Unidos, México

e Venezuela. Nesta ocasião a Ultrapar tinha 399 colaboradores fixados no exterior.

Para desenvolver e reter seus talentos, as unidades de negócios da Ultrapar desenvolvem programas de treinamento e ado-

tam iniciativas que permitem aos colaboradores se especializar e ampliar os seus horizontes. A Academia Ultragaz atua desde

2004 dentro do conceito de universidade corporativa em parceria com renomadas instituições, dedicando-se à discussão e

atualização das melhores práticas de negócios. Oferece programas de formação nas áreas de administração, planejamento

estratégico, atendimento ao consumidor, controladoria e marketing, assim como treinamentos específicos relacionados a

projetos prioritários na Ultragaz como o Ultralevel e Ultraflex, que tem como objetivo de ampliar a rentabilidade nos segmen-

tos domiciliar e empresarial, respectivamente. A Ipiranga mantém uma política que alia suas estratégias de crescimento à

capacitação contínua de seus colaboradores, preparando-os para o melhor exercício de suas atividades e, assim, buscando

a excelência. A Ipiranga anualmente lança o Programa Geral de Treinamento (PGT), que oferece bolsas d e estudos para cur-

sos de graduação, pós-graduação e idiomas e busca desenvolver capacidades fundamentais para o crescimento profissional

como liderança, técnicas de negociação e co municação. A fim de fortalecer o relacionamento com nossa rede de revendedo-

res, a Ipiranga promove programas de incentivo visando a diferenciação e f idelidade à marca através de um programa voltado

aos atendentes dos postos, o Clube VIP. O programa tem como objetivo garantir a qualidade no atendimento aos clientes, por

meio de treinamentos conduzidos pela própria equipe de vendas da Ipiranga, e incentivar a venda de produtos e serviços de

maior valor agregado, incluindo a Gasolina Original Aditivada, cartões de crédito e produtos do Ipirangashop.com. A Oxiteno

criou em 2007 o Programa de Formação em Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica, que tem por objetivo desenvolver

e consolidar a cultura da inovação e internacionalização na companhia. Outro programa desenvolvido pela Oxiteno é o Plano

de Desenvolvimento Individual, que busca contextualizar os funcionários para o momento atual e futuro de sua carreira e

que está alinhado ao Projeto DNA, um programa interno de gestão de competências. A Ultracargo busca o desenvolvimento

de toda sua equipe com treinamentos ministrados por instituições reconhecidas, incluindo desde treinamentos técnicos até

comportamentais, como por exemplo, o programa de Formação de Líderes, que tem por objetivo preparar profissionais para

ocuparem posições estratégicas na companhia.

 A Ultrapar e suas unidades de negócios desenvolvem ações de responsabilidade social por meio de programas baseados na

promoção e disseminação da educação, da cultura e da profissionalização como forma de inclusão social sustentável. Dentre

os vários projetos educacionais que patrocina destaca-se o Ultra Formare, uma escola profissionalizante gratuita, instalada no

edifício-sede em São Paulo, voltada para a formação profissional de jovens estudantes do ensino público. O programa repro-

duz o ambiente de trabalho para que os alunos exerçam na prática o aprendizado teórico. Mais de 80 funcionários da Ultrapar

participam voluntariamente como professores e orientadores no projeto, que formou em 2008 sua sétima turma. Durante o

curso, os alunos têm acesso a diversos benefícios e na conclusão do curso os jovens recebem um certificado reconhecido

pelo Ministério da Educação.

 Além das iniciativas da Ultrapar, cada uma das suas unidades de negócio possui sua própria linha de projetos sociais.

 A Ultragaz conduz o Programa Ultragaz Cultural, com uma série de iniciativas destinadas a promover a cultura. Entre os pro-

  jetos patrocinados em 2008, destacou-se o “Ultragaz Cultural – Levando o Cinema até Você”, que consiste em uma sala de

cinema itinerante, instalada em uma carreta, que percorreu nove estados brasileiros em 2008. A iniciativa recebeu os prêmios

 Top Social 2008, conferido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB), e o Marketing Best Responsabili-

dade Social, realizado pela Editora Referência e pela Madia Marketing School. Entre suas várias iniciativas sociais, a Ipiranga é

uma das fundadoras e mantenedoras da ONG Parceiros Voluntários do Rio Grande do Sul, voltada para a prática do trabalho

voluntário organizado, visando a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Em 2008, a Ipiranga patrocinou a 20ª Bienal do

Livro de São Paulo e a iniciativa promovida pela Câmara Brasileira do Livro e pelo Governo do Estado de São Paulo denomi-

nada “Livro de Todos”. Tal iniciativa consistiu na criação de um livro escrito com participação livre pela internet, que contou

com a colaboração de 173 pessoas e mais de 14 mil visitas ao site durante os 30 dias em que permaneceu aberto. A Oxitenodesenvolve uma das suas principais iniciativas sociais através da APOLO (Associação das Indústrias do Pólo Petroquímico do

Grande ABC), oferecendo serviços gratuitos para a população dos entornos das empresas petroquímicas, incluindo consultas

médicas e odontológicas, educação ambiental e visitas às instalações.

Relacionamento com Auditores Independentes

 As políticas da Ultrapar e de suas controladas na contratação de serviços de auditores independentes visam assegurar que

não haja conflito de interesses e perda de independência ou objetividade e se substanciam nos princípios que preservam a

independência do auditor. Para evitar que haja subjetividade na definição de princípios de independência nos serviços presta-

dos pelos auditores externos, foram estabelecidos procedimentos para a aprovação da contratação desses serviços, definindo

expressamente quais são ( i) os serviços previamente autorizados, (ii) os serviços sujeitos à aprovação prévia do Conselho

Fiscal / Comitê de Auditoria e (ii i) os serviços proibidos.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2008, a Ultrapar e suas controladas não contrataram, junto aos seus auditores inde-

pendentes, trabalhos não diretamente vinculados à auditoria das demonstrações financeiras.

 A KPMG Auditores Independentes iniciou seus serviços de auditoria externa para a Ultrapar em 2007.

 ANÁLISE DO DESEMPENHO FINANCEIRO DE 2008Considerações sobre as Demonstrações Financeiras

doção da Lei 11.638/07 e MP 449/08

 As demonstrações financeiras da Ultrapar para o exercício findo em 31 de dezembro de 200 8 foram preparadas de acordo

com as diretrizes contábeis da Lei das Sociedades por Ações, sendo adotadas pela primeira vez no exercício de 2008 as

alterações introduzidas pela Lei 11.638/07, pela Medida Provisória 449/08 e pelas normas, instruções e orientações da

CVM que as regulamentaram. As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007 são

apresentadas conforme publicadas anteriormente, sem as alterações introduzidas pe la nova legislação, exceto pela simples

reclassificação de certas contas do balanço patrimonial para refletir o formato atual das demonstrações financeiras. Com

a finalidade de manter a comparabilidade das demonstrações financeiras com períodos anteriores à adoção das referidas

alterações contábeis destacamos na análise de desempenho abaixo os ef eitos da adoção da nova lei nas respectivas linhas

e apresentamos no final desta seção o demonstrativo dos efeitos decorrentes da nova legislação sobre as principais contas

das demonstrações financeiras da Ultrapar de 2008, em co mparação aos valores que teriam sido obtidos caso não tivessem

existido tais modificações.

Efeito das aquisições da Ipi ranga e União Terminais

Em abril de 2007 a Ultrapar adquiriu o controle de certas empresas do Grupo Ipiranga, passando a deter (i) os negócios de

distribuição de combustíveis e lubrificantes nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e atividades correlatas, (ii) a EMCA – Empre-

sa Carioca de Produtos Químicos S.A., produtora de óleos minerais brancos e fluidos especiais, e (ii i) uma participação nas

operações de refino. As demonstrações financeiras da Ultrapar consolidam, a partir do 2T07, os negócios adquiridos. Exceto

quando mencionado, as demonstrações financeiras da Ultrapar em períodos anteriores ao 2T07 não incluem as operações

adquiridas. Com o objetivo de proporcionar uma base de comparação para análise da evolução do desempenho da Ipiranga

foram elaboradas demonstrações financeiras não-auditadas da mesma para períodos anteriores ao 2T07 (“Pro-forma de 2007

da Ipiranga”). Com a incorporação das ações de emissão da RPR, DPPI e CBPI pela Ultrapar no 4T07, ocorreu a redução da

posição correspondente a participações minoritárias naquelas empresas, passando a Ultrapar a consolidar a totalidade dos

resultados gerados a partir de outubro de 2007. A partir de 01/01/2008, a EMCA passou a ser consolidada na Oxiteno, refletin-

do a efetiva responsabilidade gerencial sobre o negócio, e as demonstrações da Oxiteno e Ipiranga anteriores a esta data re-

fletem retroativamente a consolidação atual. As menções ao termo “Ipiranga” conseqüentemente correspondem aos negócios

adquiridos de distribuição de combustíveis e lubrificantes nas regiões Sul e Sudeste e atividades correlatas.

Em junho de 2008 a Ultrapar assinou contrato para aquisição da União Terminais e Armazéns Gerais Ltda. ( “União Terminais”),

empresa de armazenagem e movimentação de líquidos anteriormente pertencente à Unipar – União das Indústrias Petroquí-

micas S.A. com operações nos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ ) e Paranaguá (PR). Em outubro de 2008 a Ultrapar

comunicou ao mercado o fechamento da compra referente aos terminais de Santos e Rio de Janeiro e em novembro de 2008

a conclusão da aquisição referente ao terminal de Paranaguá. O valor total desembolsado foi R $ 487 milhões. Em adição, a

Ultrapar assumiu a dívida líquida no valor de R$ 32 milhões. Os resultados das empresas adquiridas passaram a constar das

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

demonstrações financeiras da Ultrapar após os respectivos fechamentos. As demonstrações financeiras da Ultrapar em perí-

odos anteriores ao 4T08 não incluem os resultados das empresas adquiridas.

Desempenho comparativo 2008-2007 (R$ milhões)

2008 2007

Ultrapar1 Ultragaz I p iranga Ox iteno Ultracargo1 Ultrapar2 UltragazIpiranga

Pro-forma Oxiteno Ultracargo

Receita líquida 28.268 3.339 22.676 1.926 283 19.921 3.113 19.394 1.765 229

Custo dos produtose serviços (26.152) (2.898) (21.492) (1.527) (187) (18.224) (2.644) (18.349) (1.422) (145)

Lucro bruto 2.116 441 1.184 399 96 1.697 469 1.045 343 84

Despesas gerais,administrativas e devendas

(1.424) (348) (682) (246) (92) (1.223) (338) (723) (238) (70)

Outros resultadosoperacionais

22 (5) 14 1 3 12 1 12 3 1

EBIT 713 88 516 154 7 486 132 334 108 15

EBITDA 1.079 211 603 210 51 779 252 417 157 43

Depreciação eamortização 376 123 97 56 43 301 119 90 49 28

Participação estatutária 9 - 9 - - 7 - 7 - -

 As informações financeiras e operacionais da Ultragaz, Ipiranga, Oxiteno e Ultracargo são apresentadas sem eliminação de transações realizadas entre as sociedades.1 Considera os resultados da União Terminais a partir do 4T082 Considera os resultados da Ipiranga a partir de 2T07

 Volume de Vendas

Em 2008 o mercado brasileiro de GLP cresceu 2 % em relação a 2007. O volume vendido pela Ultragaz cresceu em linha com

o do mercado, totalizando 1.601 mil toneladas de GLP vendidas, com destaque para o crescimento de 3% no segmento

envasado, fruto principalmente de ações comerciais desenvolvidas pela empresa. Na Ipiranga o volume vendido cresceu

8% em comparação ao volume Pro-forma de 2007, em linha com o crescimento do mercado nas regiões de operação da

empresa (Sul e Sudeste do Brasil). O volume vendido de combustíveis para veículos de passageiros (g asolina, etanol e GNV)

cresceu 11%, em função da expansão de 14% nas vendas de veículos leves e das melhorias na legislação e na fiscalização

promovidas no setor. O volume de diesel vendido teve aumento de 7%, principalmente em função do bo m desempenho da

economia. Na Oxiteno, o volume vendido totalizou 567 mil toneladas em 200 8, 14% abaixo de 2007 em função (i) de paradas

programadas para manutenção e expansão das plantas da empresa durante 2008 e (ii) das maiores vendas de glicóis em

2007, aproveitando a restrição de oferta internacional deste produto naquele período. A composição das vendas apresentou

melhora substancial, com a participação de especialidades passando de 77% em 2007 para 89% em 2008. O volume de

vendas das operações da Oxiteno no exterior cresceu 6 4% em 2008, em função do aumento de 33 % do volume vendido da

Oxiteno México e da aquisição da Oxiteno Andina no 3T07. Na Ultracargo a armazenagem efetiva aumentou 20%, em função

da expansão realizada no terminal de Aratu, do maior nível de ocupação no terminal de Santos e da consolidação da União

 Terminais a partir do 4T08.

Receita Líquida

  A Ultrapar apresentou em 2008 uma receita líquida de R$ 28.268 milhões, um aumento de 42% em relação a 2007, princi-

palmente em função da agregação da receita líquida da Ipiranga a partir do 2T07 e do crescimento observado em todas as

unidades de negócio. A receita líquida da Ultragaz foi de R$ 3.339 milhões, 7% superior a 2007, em função do aumento de

2% no volume vendido e dos aumentos no custo do GLP para uso no segmento granel em 2008, parcialmente compensados

por um mercado mais competitivo no 1S08. A receita líquida da Ipiranga somou R$ 22.676 milhões em 2008, um aumento

de 17% em relação à receita líquida Pro-forma de 2007, em função do volume vendido 8% maior e do aumento no custo do

diesel em 2008. A Oxiteno apresentou uma receita líquida de R$ 1.926 milhões, um aumento de 9% em relação a 2007, em

função da recuperação de 34% dos preços médios em dólares como conseqüência da melhor composição de vendas e das

ações comerciais desenvolvidas pela empresa ao longo dos últimos 12 meses. Tal melhora nos preços médios foi parcialmente

compensada pelo Real 6% mais apreciado e pelo volume vendido 14% menor. A receita líquida da Ultracargo totalizou R$ 283

milhões, 24% acima de 2007, principalmente em função do maior volume armazenado e de novas operações integradas de

transporte e logística interna.

Companhia Aberta CNPJ nº 32.256.439/0001-39 www.ultra.com.br

Companhia Aberta CNPJ nº 33.256.439/0001-39 www.ultra.com.br

1.572

511

1.061

1.601

511

1.090

(mil ton)

Ultragaz - Volume de vendas

Envasado Granel

20082007

+2%

6.5917.044

4.262

4.715

961

262

3.039 3.039

1.424

252

(mil m³)Ipiranga - Volume de vendas

Gasolina E tanol GNV Diesel

200820082007 2007

+11% +7%

656

567

151

505

63

504

(mil ton)Oxiteno - Volume de vendas

Glicóis Especialidades

20082007

(14%)

279

335

(mil m³)Ultracargo - Armazenagem efetiva

20082007

+20%

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Resumo das alterações decorrentes da aplicação da Lei 11.638/07 e Medida Provisória 449/08

No quadro abaixo estão demonstrados os principais efeitos decorrentes da aplicação da Lei 11.638/07 e Medida Provisória

449/08 nas demonstrações financeiras de 2008. Informações adicionais acerca das alterações decorrentes da nova legislação

estão disponíveis nas notas explicativas 2 e 3 das demonstraç ões financeiras anexas.

Efeitos da aplicação da Lei 11.638/07 e MP 44 9/08 no EBITDA das unidades de negócios(R$ milhões)

Ipiranga Ultragaz Oxiteno Ultracargo Outras/Elim. Ultrapar

EBITDA antes da aplicação da Lei11.638/07 e MP 449/08

592,8 210,7 210,0 50,6 (0,3) 1.063,9

Contratos de arrendamento mercantilfinanceiro reconhecidos como ativoimobilizado e dívida

CVM 554/ CPC 06

10,4 - - - 0,1 10,5

Consolidação dos resultados da

empresa SERMA* nas demonstraçõesfinanceiras

CVM 565/ CPC 13 - - - - 5,1 5,1

Total dos efeitos 10,4 - - - 5,1 15,5

EBITDA conforme demonstraçõesfinanceiras auditadas de 31 dedezembro de 2008 (após aplicaçãoda Lei 11.638/07 e MP 449/08)

603,2 210,7 210,0 50,6 4,9 1.079,4

Principais efeitos da aplicação da Lei 11.638/07 e MP 449/08 nas demonstrações financeiras consolidadas(R$ milhões)

EBITDAResultadofinanceiro

Lucrolíquido

Dívidalíquida

 Ativopermanente

Patrimôniolíquido

 Valores antes da aplicação da Lei11.638/07 e MP 449/08

1.063,9 (166,3) 388,0 1.524,3 3.726,3 4.646,1

Contratos de arrendamento mercantilfinanceiro reconhecidos como ativoimobilizado e dívida

CVM 554/ CPC 06

10,5 (2,9) 2,4 25,4 29,0 2,4

Consolidação da empresa SERMA* eequivalência patrimonial da Metalplus**nas demonstrações financeiras

CVM 565/ CPC 13

5,1 (0,2) - (0,2) 14,9 (0,3)

 Variação cambial do investimentolíquido em certas controladas noexterior contablizados diretamente naconta Ajuste acumulado de conversãono Patrimônio Líquido

CVM 534/ CPC 02

- (8,3) (8,3) - - -

Marcação a mercado de aplicaçõesfinanceiras e instrumentos de proteçãocambial e de juros

CVM 566/ CPC 14

- 7,7 7,3 (1,6) - 1,1

Custos de transação e prêmios naemissão de títulos e valores mobiliáriosreconhecidos como redutor da dívida

CVM 556/ CPC 08

- 1,2 0,9 (9,6) - 0,9

 Ajuste a valor presente dos saldos decrédito de ICMS sobre a aquisição deativo imobilizado (CIAP)

CVM 564/ CPC 12

- - - - 5,5 -

Total dos efeitos 15,5 (2,6) 2,3 14,0 49,5 4,0

  Valores conforme demonstraçõesfinanceiras auditadas de 31 dedezembro de 2008 (após aplicaçãoda Lei 11.638/07 e MP 449/08)

1.079,4 (168,8) 390,3 1.538,3 3.775,7 4.650,1

*SERMA – Associação dos Usuários de Equipamentos de Processamento de Dados e Serviços Correlatos (responsável pelos ser viços de informática corporativa na Ultrapar)

**Metalúrgica Plus S/A – Antiga fabricante de vasilhames, atualmente inoperante

PERSPECTIVASCom as aquisições da Texaco e União Terminais e a conclusão de parte significativa das expansões da capacidade de produção da

Oxiteno, o ano de 2008 coroou um ciclo de grandes investimentos iniciados em 2006 com o objetivo de viabilizar o crescimento dos

negócios da Ultrapar e a sua rentabilidade nos próximos anos. Durante o ano de 2009 focaremos na captura dos benefícios dessas

aquisições e investimentos, através de maior escala operacional e financeira e da ampliação da oferta de produtos e serviços. Somam-

se a isso a natureza resiliente dos nossos negócios, a solidez financeira e o foco em resultados que sempre nos caracterizaram,

deixando-nos em posição privilegiada para prosseguir no caminho de crescimento sustentável e de geração de valor.

Na distribuição de combustíveis, a integração da Texaco e o início da implantação do nosso modelo de gestão no negócio adquirido

deverão gerar um crescimento significativo no nível de resultados da nova Ipiranga ao longo do tempo. Além disso, a maior frota

automotiva ao final de 2008, associada à melhoria na legislação e fiscalização do setor, apontam para um crescimento no volume

combinado de gasolina, etanol e GNV em 2009. Na Oxiteno, as expansões que entraram em operação nos últimos meses permitirão

ampliar o volume de especialidades químicas, principalmente via deslocamento de importações, resultando em melhor composição

de vendas. Em adição, o Real menos valorizado e o menor patamar dos preços internacionais do petróleo contribuem positivamente

para o crescimento nos resultados da Oxiteno. Na Ultracargo, seguiremos executando o plano de negócios da aquisição da União

 Terminais, processo já iniciado no 4T08. Na Ultragaz, continuaremos nossos projetos de melhoria da eficiência operacional, através dos

programas Ultralevel e Ultraflex, e de expansões em nichos de mercado com crescimento maior que a média nacional.

Por fim, agradecemos a todos aqueles que colaboraram para mais um ano de realizações importantes para a Ultrapar.

 A Administração

Custo dos Produtos e Serviços

O custo dos produtos e serviços da Ultrapar foi de R$ 26.152 milhões em 2008, um aumento de 44% em relação ao

ano anterior, principalmente em função da agregação do custo dos produtos vendidos da Ipiranga a partir do 2T07, do

aumento no custo do diesel e do maior custo do GLP para uso no segmento granel. O custo dos produtos vendidos da

Ultragaz totalizou R$ 2.898 milhões, um aumento de 10% comparado a 2007, principalmente em função do crescimento

do volume vendido e dos sucessivos aumentos no preço ex-refinaria do GLP para uso no segme nto granel durante 2008.

O custo dos produtos vendidos da Ipiranga totalizou R$ 21.492 milhões, um aumento de 17% em relação ao Pro-forma

de 2007, em função do volume vendido 8% maior, do reajuste do preç o do diesel ex-refinaria em maio de 2008 e da el e-

vação obrigatória do percentual adicionado de biodiesel ao diesel. O custo dos produtos vendidos da Oxiteno totalizou

R$ 1.527 milhões, um acréscimo de 7% em relação a 2007, decorrente principalmente do maior custo unitário em dólar

das matérias-primas, em função dos maiores preços médios de petróleo, e de custos de R$ 18 milhões com as paradas

programadas nas unidades de produção ao longo de 2008. O custo dos serviços prestados pela Ultracargo totalizou R$

187 milhões, 29% acima de 2007 em função do maior volume armazenado, das novas operações integradas de transporte

e logística interna e do aumento do diesel.

Despesas Gerais, Administrativas e de Vendas

 As despesas gerais, administrativas e de vendas da Ultrapar totalizaram R$ 1.424 milhões em 2008, um acréscimo de

16% em relação a 2007, principalmente em função (i) dos efeitos da inflação sobre as despesas, (ii) da agregação das

despesas gerais, administrativas e de ve ndas da Ipiranga a partir do 2T07, (iii) do aumento no custo do diesel, impactando

despesas com fretes e (iv) do aumento de 8% no volume vendido da Ipiranga. As despesas gerais, administrativas e de

vendas da Ultragaz somaram R$ 348 milhões, 3% acima de 2007, apesar do aumento de 2% no volume vendido e dos

efeitos da inflação sobre as despesas com pessoal, em função de ações para redução de despesas implementadas ao

longo de 2008 e de maiores despesas c om propaganda e marketing relacionadas à ca mpanha institucional de 70 anos da

empresa em 2007. As despesas gerais, administrativas e de vendas da I piranga totalizaram R$ 682 milhõe s, uma redução

de 6% em relação ao Pro-forma de 2007, fruto das otimizações organizacionais efetuadas desde a aquisição e da extin-

ção da CPMF, parcialmente compensadas por (i) volume vendido 8% maior, (ii) aumento no custo do diesel, impactando

despesas com fretes, (iii) maiores despesas com propaganda e marketing, incluindo as relacionadas à campanha de

divulgação da aquisição da Texaco, lançamento do Ipirangashop.com e programas de incentivo como Clube VIP e Clube

do Milhão e (iv) aumento nas despesas com pessoal decorrentes do acordo coletivo anual e maior remuneração variável,

em linha com a progressão de resultados da empresa. O total de despes as gerais, administrativas e de vendas na Oxiteno

foi de R$ 246 milhões em 2008, um aumento de 3% em relação ao ano anterior, em função das maiores despesas com

fretes, conseqüência do aumento no custo do diesel e do aumento nas despesas com pessoal, decorrentes do acordo co-

letivo anual e da maior remuneração variável, em linha com a progressão de resultados da empresa. As despesas gerais,

administrativas e de vendas da Ultracargo totalizaram R $ 92 milhões em 2008, 31% acima de 2007 em função dos efeitos

da inflação sobre as despesa s, da amortização do ágio da União Terminais no val or de R$ 8 milhões e da agregaç ão das

despesas gerais, administra tivas e de vendas da União Terminais a partir do 4T08.

Efeitos das alterações na legislação: As despesas gerais, administrativas e de vendas da Ultrapar em 2008 foram R$

7 milhões menores em relação ao valor que teria sido obtido sem as alterações na legislação, sendo R$ 16 milhões de

redução em despesas administrativas e R$ 9 milhões de aumento em depreciação, decorrente do início da consolidação

nas demonstrações financeiras da empresa SERMA e da Deliberação CVM 554/08, que trata de arrendamento mercantil.

Em função desta deliberação, determinados contratos da Ipiranga passaram a ser considerados arrendamento

mercantil financeiro, resultando (i) na inclusão de seu saldo remanescente no endividamento da companhia, (ii) na

contabilização dos bens arrendados como ativo imobilizado, e (iii) na apropriação dos encargos financeiros do arrenda-

mento ao resultado.

Geração Operacional de Caixa (EBITDA)

O EBITDA consolidado da Ultrapar atingiu R$ 1.079 milhões em 2008, um aumento de 39% em relação a 2007, princi-

palmente em função do aumento de EBITDA da Ipiranga e da Oxiteno e da consolidação dos resultados da Ipiranga e da

União Terminais, respectivamente a partir do 2T07 e 4T08. O EBITDA da Ultragaz totalizou R$ 211 milhões, 16% abaixo

do ano anterior, principalmente em função de um mercado mais competitivo no segmento envasado durante o primeiro

semestre de 2008. A Ipiranga apresentou um EBITDA de R$ 603 milhões em 2008, um aumento de 45% em relação ao

EBITDA Pro-forma de 2007, em função do aumento de 8% do volume vendido, com conseqüente maior alavancagem

operacional, e da redução de 6% nas despesas gerais, administrativas e de vendas. A Oxiteno apresentou EBITDA de

R$ 210 milhões, um aumento de 33% compara do a 2007, fruto da recuperaçã o dos preços médios em dólares, c omo con-

seqüência da melhor composição de venda s e das ações comerciais desenvolvi das pela empresa ao longo dos últimos 12

meses, e da desvaloriz ação do Real no último trime stre do ano. O EBITDA da Ultracargo foi de R$ 51 milhões, um aumento

de 18% em relação a 2007, principalmente função da expansão no termina l de Aratu, maior movimentação no terminal de

Santos e agregação do volume de ope rações da União Terminais a partir do 4T08.

Efeitos das alterações na legislação: O EBITDA da Ultrapar em 2008 foi R$ 16 milhões maior em relação ao valor que

teria sido obtido sem as alterações na le gislação, em função dos efeitos do arrendamento merca ntil financeiro e do início

da consolidação da empresa SERMA nos resultados da companhia, ambos mencionados nas despesas administrativas,

gerais e de vendas.

O EBITDA é uma medida comumente utilizada, que se aproxima do resultado operacional. A inclusã o de informações so-

bre EBITDA visa representar uma medida de nossa capacidade de gerar ca ixa a partir de nossas operações. Entre outras

finalidades, o EBITDA é utilizado como indicador nos compromissos da Ultrapar rel acionados a financiamentos, conforme

comentado na nota explicativa nº16 das demonstrações financeiras. O EBITDA não deve ser considerado isoladamente,

ou como uma alternativa ao lucro líquido, como medida de desempenho operacional, ou alternativa aos fluxos de caixa

operacionais, como medida de liquidez.

Resultado Financeiro

O resultado financeiro da Ultrapar aprese ntou uma despesa líquida de R$ 169 milhões em 2008, R$ 49 milhões ac ima da

despesa líquida de 2007. O aumento na despesa financeira líquida e m 2008 reflete principalmente o maior endividamento

líquido médio, o aumento nas taxas de juros e a desvalorizaçã o de 32% do Real ao longo de 2008, contra uma valorização

de 17% durante 2007.

Efeitos das alterações na legislação: A despesa financeira líquida da Ultrapar e m 2008 foi R$ 3 milhões maior em relação

ao valor que teria sido obtido sem as alterações na legislação, em função dos aumentos de R$ 8 milhões relacionados

à conversão monetária de investimentos no exterior (Deliberação CVM 534/08) e de R$ 3 milhões relacionados a arren-

damento mercantil, parcialmente compensados pelas reduções de R$ 8 milhões relacionados à marcação a mercado de

instrumentos financeiros (Delibera ção CVM 566/08) e de R$ 1 milhão relacionado à contabilização de custos de transação

na emissão de títulos e valores mobiliários (Deliberação CVM 556/08).

Lucro Líquido

O lucro líquido consolidado atingiu R$ 390 milhões em 2008, 115% acima do lucro líquido apresentado em 2007, em

função do crescimento de 38% do EBITDA da Ultrapar e dos efeitos transitórios de participação minoritária relacionados

à aquisição da Ipiranga em 2007.Efeitos das alterações na legislação: O lucro líquido da Ultrapar em 2008 foi R$ 2 milhões maior em relação ao valor que

teria sido obtido sem as alterações na legislação, em função dos efeitos mencionados no resultado financeiro e nas des-

pesas gerais, administrativas e de vendas.

Endividamento

 A Ultrapar encerrou o exercício de 2008 com uma posição bruta de dívida de R$ 3.672 milhões, perfazen do uma posição

de endividamento líquido de R $ 1.538 milhões, 7% maior que o endividamento líquido da companhia a o final de 2007.

Efeitos das alterações na legislação: O endividamento líquido da Ultrapar ao f inal de 2008 foi R$ 14 milhões maior do que

o valor que teria sido obtido sem as alterações na legislação, principalmente em função (i) dos efeitos de arrendamento

mercantil financeiro no endividamento mencionados nas despesas gerais, administrativas e de vendas, (ii) de custos de

transação na emissão de títulos e valores mobiliários e (iii) da marcação a mercado de certos instrumentos financeiros,

ambos mencionados na discussão do resultado financeiro.

779

1.079

322

157

252

603

210

211

(R$ milhões)EBITDA

20082007

Utragaz Ipiranga Oxiteno Ultracargo

1.4341.538

(R$ milhões)

Endividamento líquido

20082007

ULTRA É:

ULTRAGAZ

IPIRANGA

OXITENO

ULTRACARGO

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Controladora ConsolidadoNota

Ativo explicativa 2008 2007 2008 2007Circulante

Caixa e bancos 533 629 164.351 203.057Aplicações financeiras 5 778.458 97.197 1.962.076 1.419.859Contas a receber de clientes 6 - - 1.429.311 1.344.432Estoques 7 - - 1.033.756 631.135Impostos a recuperar 8 28.780 34.019 311.869 202.620Imposto de renda e contribuição social diferidos 10.a) 128 4.202 111.842 108.964Dividendos a receber 98.279 170.571 - -Demais contas a receber 869 1.752.673 103.605 1.772.440Despesas do exercício seguinte 2.b) e 11 - - 19.000 11.508

Total do ativo circulante 907.047 2.059.291 5.135.810 5.694.015

Não circulanteRealizável a longo prazo

Aplicações financeiras 5 - - 7.193 120.832Contas a receber de clientes 6 - - 210.057 176.885Sociedades relacionadas 9.a) 77.034 41.413 5.640 12.865Imposto de renda e contribuição social diferidos 10.a) 115 11.287 408.708 119.575Impostos a recuperar 2.d) e 8 - - 42.959 65.015Depósitos judiciais 193 193 56.053 31.779Demais contas a receber - 20 491 8.317Despesas do exercício seguinte 2.b) e 11 - - 24.581 30.518

77.342 52.913 755.682 565.786Investimentos

Controladas 2.a) e 12.a) 4.765.499 4.256.743 - -Coligadas 12.b) - - 12.981 12.948Outros 2.c) 59 60 21.000 38.510

Imobilizado 2.c), 2.d), 13 e 16.g) - - 3.131.496 2.333.543Intangível 2.a), 2.c) e 14 246.163 449.942 594.595 543.989Diferido 2.a), 2.c) e 15 - - 15.604 27.615

5.011.721 4.706.745 3.775.676 2.956.605

Total do ativo não circulante 5.089.063 4.759.658 4.531.358 3.522.391

Total do ativo 5.996.110 6.818.949 9.667.168 9.216.406

Controladora ConsolidadoNota

Passivo explicativa 2008 2007 2008 2007Circulante

Financiamentos 2.b) e 16 1.203.823 - 1.645.534 588.903Debêntures 2.b) e 16 - 1.218.679 - 1.228.067Arrendamento mercantil financeiro 16.g) - - 12.581 -Fornecedores 426 2.103 614.201 582.683Salários e encargos sociais 90 88 164.620 123.207Obrigações tributárias 113 12.310 88.972 93.885Dividendos propostos a pagar 17.g) 119.941 278.127 127.021 285.090Imposto de renda e contribuição social a pagar - - 17.418 26.680Imposto de renda e contribuição social diferidos 10.a) - - 14.706 123Benefícios pós-emprego 23.b) - - 8.768 8.768Provisão para contingências 22.a) - - 32.521 14.875Demais contas a pagar 1.372 2.946 21.378 55.050

Total do passivo circulante 1.325.765 1.514.253 2.747.720 3.007.331

Não circulanteExigível a longo prazo

Financiamentos 2.b) e 16 - - 2.000.941 1.002.815Debêntures 16 - - - 350.000Arrendamento mercantil financeiro 16.g) - - 12.866 -Sociedades relacionadas 9.a) 1.825 689.955 4.422 4.723Imposto de renda e contribuição social diferidos 10.a) - - 18.233 1.835Provisão para contingências 22.a) 4.918 4.759 103.530 111.979Benefícios pós-emprego 23.b) - - 77.722 85.164Demais contas a pagar - - 13.471 16.983Total do passivo não circulante 6.743 694.714 2.231.185 1.573.499

Participação minoritária - - 38.187 34.791

Patrimônio líquidoCapital social 17.a) 3.696.773 3.696.773 3.696.773 3.696.773Reserva de capital 17.c) 2.906 3.664 855 858Reserva de reavaliação 17.d) 10.280 11.641 10.280 11.641Reservas de lucros 17.e) e 17.f) 1.078.914 925.423 1.078.914 925.423Ações em tesouraria 17.b) (127.332) (27.519) (138.807) (33.910)Ajuste de avaliação patrimonial 2, 3.c) e 17.i) (6.248) - (6.248) -Ajustes acumulados de conversão 2, 3.n) e 17.j) 8.309 - 8.309 -

2 e 17.h) 4.663.602 4.609.982 4.6 50.076 4.600.785

Total do passivo e do patrimônio líquido 5.996.110 6.818.949 9.667.168 9.216.406

Controladora ConsolidadoNota

explicativa 2008 2007 2008 2007

Receita bruta de vendas e serviços 3.a) - - 29.536.420 20.841.121

Impostos sobre vendas e serviços - - (1.122.544) (805.346)

Abatimentos, descontos e devoluções - - (145.893) (114.470)

Receita líquida de vendas e serviços - - 28.267.983 19.921.305

Custos dos produtos vendidos e dos serviços prestados 3.a) - - (26.152.327) (18.224.238)

Lucro bruto - - 2.115.656 1.697.067

Resultado de participações societárias

Equivalência patrimonial 12.a) e 12.b) 332.720 315.004 11 576

Receitas (despesas) operacionais

Com vendas e comerciais - - (584.163) (472.590)

Gerais e administrativas (271) (243) (552.953) (522.175)

Depreciações e amortizações (42.876) (34.032) (287.245) (228.438)

Outros resultados operacionais, líquidos 458 604 22.114 12.298

Lucro operacional antes do resultado financeiro e outras receitas 290.031 281.333 713.420 486.738

Resultado financeiro, líquido 20 (79.033) (86.559) (165.993) (80.712)

PIS/COFINS/CPMF/IOF/outros encargos sobre o resultado financeiro 20 (586) (5.742) (2.841) (38.699)

Outras receitas 18 210.454 - 11.212 8.808

Lucro operacional, antes da contribuição social e do imposto de renda 420.866 189.032 555.798 376.135

Contribuição social e imposto de renda

Corrente 10.b) (17.452) (19.459) (204.581) (207.798)

Diferido 10.b) (13.145) 12.320 12.689 86.681

Incentivos fiscais 10.b) e 10.c) - - 40.309 35.152

(30.597) (7.139) (151.583) (85.965)

Lucro antes da participação minoritária e da participação estatutária dos empregados 390.269 181.893 404.215 290.170

Participação estatutária dos empregados - - (9.451) (7.318)

Participação minoritária - - (4.495) (100.959)

Lucro líquido do exercício 17.g) 390.269 181.893 390.269 181.893

Lucro líquido por ação do capital social (média ponderada anual) - R$ 2,87 2,19

AjustesReservas de lucros acumulados

Reserva de Ajuste de de conversãoNota Capital Rese rva de reavaliação de Retenção Lucros avaliação de moeda Lucros Ações em

explicativa social capital controladas Legal de lucros a realizar patrimonial estrangeira acumulados tesouraria Total

Saldos em 31 de dezembro de 2006 946.034 3.026 13.009 90.967 796.118 96.145 - - - (4.589) 1.940.710Aumento de capital com incorporação de ações 17.a) 2.750.739 - - - - - - - - - 2.750.739Aquisição de ações para manutenção em tesouraria - - - - - - - - - (25.203) (25.203)Venda de ações em tesouraria - 638 - - - - - - - 2.273 2.911Realização da reserva de reavaliação 17.d) - - (1.368) - - - - - 1.368 - -Imposto de renda e contribuição social sobre a realizaçãoda reserva de reavaliação de controladas 17.d) - - - - - - - - (195) - (195)Retenção da realização de r eserva de reavaliação,

líquida de imposto de renda e contribuição social - - - - 1.173 - - - (1.173) - -Lucro líquido do exercício - - - - - - - - 181.893 - 181.893Destinação do lucro líquido:

Reserva legal - - - 9.095 - - - - (9.095) - -Dividendos propostos a pagar (R$ 1,777031 por ação) 17.g) - - - - - (96.145) - - (144.728) - (240.873)Retenção de lucros 17.e) - - - - 28.070 - - - (28.070) - -

Saldos em 31 de dezembro de 2007 3.696.773 3.664 11.641 100.062 825.361 - - - - (27.519) 4.609.982Adoção inicial da Lei 11.638/07 2 - - - - - - - - (313) - (313)Aquisição de ações para manutenção em tesouraria - - - - - - - - - (105.014) (105.014)Venda de ações em tesouraria 17.b) - (758) - - - - - - - 5.201 4.443Realização da reserva de reavaliação 17.d) - - (1.361) - - - - - 1.361 - -Imposto de renda e contribuição social

sobre a realização da reserva de reavaliação decontroladas 17.d) - - - - - - - - (57) - (57)

Transferência para retenção de lucros - - - - 991 - - - (991) - -Ajustes de avaliação de instrumentos financeiros 3.c) - - - - - - (6.248) - - - (6.248)Conversão de moeda estrangeira de controladas no

exterior 3.n) - - - - - - - 8.309 - - 8.309Lucro líquido do exercício - - - - - - - - 390.269 - 390.269Destinação do lucro líquido:

Reserva legal - - - 19.513 - - - - (19.513) - -Dividendos intermediários (R$ 0,89 por ação) 17.g) - - - - - - - - (119.006) - (119.006)Dividendos propostos a pagar (R$ 0,887031 por ação) 17.g) - - - - - - - - (118.763) - (118.763)Retenção de lucros 17.e) - - - - 132.987 - - - (132.987) - -

Saldos em 31 de dezembro de 2008 3.696.773 2.906 10.280 119.575 959.339 - (6.248) 8.309 - (127.332) 4.663.602

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BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007(Em milhares de Reais)

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007(Em milhares de Reais, exceto o lucro líquido por ação)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA CONTROLADORA - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007(Em milhares de Reais, exceto o valor dos dividendos)

Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 e Pareceres.

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% de participação no capital social - 31/12/2007Controle Controle

Localidade direto indiretoUltragaz Participações Ltda. Brasil 100 -

Companhia Ultragaz S.A. Brasil - 99Bahiana Distribuidora de Gás Ltda. Brasil - 100Utingás Armazenadora S.A. Brasil - 56LPG International Inc. Ilhas Cayman - 100

U ltraca rgo - O pe rações Log ís ti cas e Pa rt ic ipações L tda. B rasi l 100 -Transultra - Armazenamento e Transporte Especial izado Ltda. Brasil - 100

Petrolog Serviços e Armazéns Gerais Ltda. Brasil - 100Terminal Químico de Aratú S.A. - Tequimar Brasil - 99Melamina Ultra S.A. Indústria Química Brasil - 99

Oxiteno S.A. Indústria e Comércio Brasil 100 -Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércio Brasil - 99

Oxi teno Argentina Sociedad de Responsabil idad Ltda. Argentina - 99Oleoquímica Indústr ia e Comercio de Produtos Químicos Ltda. Brasi l - 100Barrington S.L. Espanha - 100

Oxiteno México S.A. de C.V. México - 100Oxiteno Servicios Corporativos S.A. de C.V. México - 100Oxiteno Servicios Industriales S.A. de C.V. México - 100Oxiteno USA LLC Estados Unidos - 100

Oxiteno International Corp. Ilhas Virgens - 100Oxiteno Overseas Corp. Ilhas Virgens - 100

Oxiteno Andina, C.A. Venezuela - 100Imaven Imóveis Ltda. Brasil 100 -UPB Consultoria e Assessoria S.A. Brasil 100 -Ultracargo Terminais Ltda. Brasil 100 -Distribuidora de Produtos de Petróleo Ipiranga S.A. Brasil 100 -

Isa-Sul Administração e Participações Ltda. Brasil - 100Comercial Farroupilha Ltda. Brasil - 100Sociedade Brasileira de Participações Ltda. (****) Brasil - 100Maxfácil Participações S.A. (**) Brasil - 16

Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga (*) Brasil 100 -am/pm Comestíveis Ltda. (*) Brasil - 100

Centro de Conveniências Millennium Ltda. (*) Brasil - 100Empresa Carioca de Produtos Químicos S.A. Brasil - 100Ipira nga Comercia l Impo rtado ra e Ex po rta dora Ltd a. Bras il - 10 0Ipiranga Trading Limited Ilhas Virgens - 100Tropical Transportes Ipiranga Ltda. Brasil - 100Ipiranga Imobiliária Ltda. Brasil - 100Ipiranga Logística Ltda. Brasil - 100Maxfácil Participações S.A. (**) Brasil - 34

Refinaria de Petróleo Riograndense S.A. (***) Brasil 100 -

(*) As atividades de distribuição de combustíveis claros/lubrificantes e atividades relacionadas destas empresas foram divididas entreUltrapar (Sul e Sudeste) e Petrobras (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) até abril de 2008.(**) Controle compartilhado entre DPPI (16%), CBPI (34%) e União de Bancos Brasileiros S.A. - UNIBANCO (50%). A partir de dezembrode 2008 a controlada CBPI passou a ter 50% do controle da Maxfácil Participações S.A., em função de ter incorporado a DPPI.(***) Conforme “Fato Relevante” de 19 de março de 2007 e “Fato Relevante” de 18 de abril de 2007, o controle dos ativos relacionados àsoperações de refino de petróleo detidos pela Refinaria de Petróleo Riograndense S.A. são compartilhados igualmente entre Petrobras,

Ultrapar e Braskem, e foram consolidados proporcionalmente conforme determinado no Art. 32 da Instrução CVM 247/96.(****) Em 6 de agosto de 2008 a controlada indireta Ipiranga Administração de Bens Móveis Ltda. teve a razão social alterada paraSociedade Brasileira de Participações Ltda., e passou a ser controlada direta da Sociedade.Em 18 de abril de 2007, a Sociedade, em conjunto com a Petróleo Brasileiro S.A. (“Petrobras”) e a Braskem S.A. (“Braskem”), adquiriuo controle do Grupo Ipiranga, conforme “Fato Relevante” divulgado naquela data. Nos termos do Acordo de Investimentos firmado entreas três adquirentes, a Sociedade agiu na qualidade de comissária para as parcelas adquiridas por Braskem e Petrobras e adquiriu parasi os negócios de distribuição de combustíveis claros, lubrificantes e atividades relacionadas localizados nas regiões Sul e Sudeste e aEmpresa Carioca de Produtos Químicos S.A., mantendo a marca Ipiranga. A Petrobras detém o controle dos negócios de distribuição decombustíveis e lubrificantes localizados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (“Ativos de Distribuição Norte”), e a Braskem detémo controle dos ativos petroquímicos, representados pela Ipiranga Química S.A., Ipiranga Petroquímica S.A. e pela par ticipação desta naCopesul - Companhia Petroquímica do Sul (“Ativos Petroquímicos”).A transação foi composta de 4 etapas, sendo:(i) a aquisição das ações pertencentes às famílias do bloco de controle do Grupo Ipiranga (realizada em 18 de abril de 2007);(ii) a oferta pública de aquisição das ações ordinárias detidas por acionistas minoritários da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga(“CBPI”), da Refinaria de Petróleo Riograndense S.A. (“RPR”) e da Distribuidora de Produtos de Petróleo Ipiranga S.A. (“DPPI”) (realizadaem 22 de outubro de 2007 para a DPPI e RPR e em 8 de novembro para a CBPI);(iii) a incorporação das ações remanescentes da CBPI, RPR e DPPI (realizada em 18 de dezembro de 2007) que gerou um contas areceber da Braskem e Petrobras; e(iv) a separação dos ativos adquiridos entre a Sociedade, a Petrobras e a Braskem (realizada em fevereiro de 2008 a cisão e a retiradados Ativos Petroquímicos da RPR, DPPI e CBPI, e em abril de 2008 a cisão de CBPI e separação dos Ativos de Distribuição Norte), como correspondente recebimento do contas a receber gerado na etapa (iii).Os ativos, passivos e resultados da Ipiranga/Refino estão refletidos nas informações contábeis da Sociedade desde abril de 2007.Em janeiro de 2008, a Empresa Carioca de Produtos Químicos S.A. (“EMCA”) deixou de ser controlada da CBPI e passou a ser detidapela U.A.T.S.P.E. Empreendimentos e Participações Ltda., controlada da Oxiteno S.A. Indústria e Comércio, visando a sua alocação nasatividades químicas da Sociedade.Em maio de 2008, a controlada Oxiteno S.A. Indústria e Comércio, por intermédio da Barrington S.L., constituiu a Oxiteno Europe SPRL,com sede em Bruxelas, em continuidade ao processo de internacionalização da controlada.Em junho de 2008, a Sociedade, por intermédio da controlada Terminal Químico de Aratu S.A. – Tequimar (“Tequimar”), celebrou Contratode Venda e Compra de Quotas correspondentes a 100% do capital social da União Terminais e Armazéns Gerais Ltda. (“União Terminais”),

empresa que possui terminais portuários para armazenagem e movimentação de líquidos em Santos, Rio de Janeiro e Paranaguá (esteúltimo através de participação de 50% na União Vopak Armazéns Gerais Ltda.). A Sociedade divulgou “Fato Relevante” em 6 de junhode 2008 contendo as informações sobre a transação. Em outubro de 2008 a Sociedade comunicou ao mercado o fechamento da comprareferente aos terminais de Santos e Rio de Janeiro. Em novembro de 2008 a Sociedade comunicou a conclusão da aquisição referenteao terminal de Paranaguá. O valor total desembolsado foi R$ 487 milhões e o Tequimar assumiu a dívida líquida da União Terminaisno valor de R$ 32 milhões. O ágio apurado foi desdobrado em R$ 326.638 fundamentado pela expectativa de rentabilidade futura e R$75.408 fundamentado pela diferença entre o valor de mercado e valor contábil dos bens. Em dezembro de 2008, para fins de simplificaçãosocietária e captura de sinergias operacionais, a União Terminais foi incorporada no Tequimar.Em agosto de 2008, a Sociedade, por intermédio da controlada Sociedade Brasileira de Participações Ltda., celebrou contrato decompra e venda com a Chevron Latin America Marketing LLC e a Chevron Amazonas LLC (conjuntamente “Chevron”), para a aquisiçãode 100% das quotas da Chevron Brasil Ltda. e da Sociedade Anônima de Óleo Galena Signal, controladas da Chevron que detêmo negócio de distribuição de combustíveis Texaco no Brasil (“Texaco”). O valor da aquisição totalizou R$ 1.161 milhões, sujeito aajustes de capital de giro e endividamento líquido na liquidação financeira. A controlada realizou depósito a favor da Chevron deUS$ 38 milhões, que na data do desembolso correspondeu a R$ 62 milhões. O pagamento do restante da aquisição é denominado emReais e, portanto não está sujeito à variação cambial. A Sociedade divulgou “Fato Relevante” em 14 de agosto de 2008 contendo asinformações sobre a transação.Em outubro de 2008, as empresas Isa-Sul Administração e Participações Ltda. e am/pm Comestíveis Ltda. foram parcialmente cindidas,sendo a parte cindida, representada por imóveis, vertida para a empresa Imaven Imóveis Ltda. A concentração da mesma atividade emuma única empresa objetivou a obtenção de ganhos administrativos e econômicos.Em novembro de 2008, a razão social da Ipiranga Comércio Importadora e Exportadora Ltda. foi alterada para Conveniência IpirangaNorte Ltda.Em novembro de 2008, visando a simplificação da estrutura societária, a eliminação de estruturas duplicadas, maior eficiência logísticae captura de sinergias, a CBPI incorporou a Ultragaz Participações S.A. (nova razão social da Ultragaz Participações Ltda.) e a DPPI,concentrando todas as atividades de distribuição de combustíveis e de GLP.Foram eliminadas as participações de uma sociedade em outra, os saldos das contas ativas e passivas e as receitas e despesas, bemcomo os efeitos decorrentes das operações significativas realizadas entre as sociedades. A participação dos acionistas minoritários nascontroladas está destacada nas demonstrações financeiras.

5 ATIVOS FINANCEIROSAs aplicações financeiras, contratadas com bancos de primeira linha, estão representadas, substancialmente, por recursos aplicados: (i) noBrasil, em títulos privados de instituições de primeira linha vinculados ao Certificado de Depósito Interbancário - CDI e em títulos públicos federaisdo governo brasileiro; (ii) no exterior, em títulos privados de instituições de primeira linha e em fundos de investimentos de curto prazo cujacarteira é composta por títulos emitidos pelo governo americano; e (iii) em instrumentos de proteção cambial e de juros.

Controladora Consolidado2008 2007 2008 2007

Aplicações financeirasEm moeda nacional

Títulos e fundos de renda fixa 778.458 97.197 1.366.022 567.983Notas austríacas - - - 424.213

Em moeda estrangeiraNotas vinculadas (a) - - 140.659 128.337Depósito estruturado (b) - - - 440.920Títulos e fundos de renda fixa - - 424.675 64.039

Resultado de instrumentos de proteção cambial e de juros (c) - - 37.913 ( 84.801)Total de aplicações financeiras 778.458 97.197 1.969.269 1.540.691Circulante 778.458 97.197 1.962.076 1.419.859Não circulante - - 7.193 120.832

(a) Representa US$ 60 milhões em notas vinculadas (“Notas Vinculadas”) às notas emitidas pela controlada Companhia Ultragaz S.A. no mercadoexterno em 1997 (“Notas Originais”). Em abril de 2006 a controlada Oxiteno Overseas Corp., então proprietária das Notas Originais, realizouoperação de venda dessas notas a uma instituição financeira no exterior. Simultaneamente, a controlada adquiriu dessa mesma instituiçãofinanceira as Notas Vinculadas. Tal operação propicia um ganho financeiro à controlada correspondente à diferença entre a taxa de juros pagapelas Notas Vinculadas e as Notas Originais, conforme comentado na nota explicativa nº 16.c). Este instrumento financeiro foi classificado nacategoria empréstimos e recebíveis para fins de sua mensuração (vide nota explicativa nº 3.c).(b) Aplicação financeira da controlada Oxiteno Overseas Corp., cujo rendimento poderia se dar em dólares norte-americanos ou emReais, dependendo da cotação do dólar norte-americano no vencimento.(c) Ganhos ou perdas acumulados, líquidos de imposto de renda (vide nota explicativa nº 21).De acordo com a Deliberação CVM 566/08, os ativos financeiros da Sociedade e suas controladas foram classificados conforme assuas características e intenção da Sociedade em: (i) mensurados ao valor justo por meio do resultado, (ii) mantidos até o vencimento,(iii) disponíveis para venda e (iv) empréstimos e recebíveis, de acordo com a tabela abaixo.

Consolidado2008

Mensurados ao valor justo por meio do resultado 1.148.615Mantidos até o vencimento 7.193Disponíveis para venda 672.802Empréstimos e recebíveis 140.659

1.969.269

Para fins de elaboração das Demonstrações do fluxo de caixa da Sociedade, são considerados caixas e equivalentes de caixa os saldos dascontas de (i) Caixa e bancos e (ii) Aplicações financeiras classificadas como mensuradas ao valor justo por meio do resultado, excetuados osinstrumentos de proteção cambial e de juros, conforme demonstrado abaixo:

Consolidado2008 2007

Caixa e bancos 164.351 203.057Aplicações financeiras mensuradas ao valor justo por meio do

resultado (exceto instrumentos de proteção cambial e juros) 1.110.702 659.3351.275.053 862.392

3 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E P RINCIPAIS CRITÉRIOS CONTÁBEISAs demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, asquais abrangem a legislação societária, os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações emitidas pelo Comitê de PronunciamentosContábeis e as normas emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autorização para a conclusão destas demonstraçõesfinanceiras foi dada pelo Conselho de Administração em 11 de março de 2009.a. Apuração do resultado: O resultado é apurado pelo princípio da competência de exercícios. As receitas de vendas e os custos sãoreconhecidos no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes aos produtos são transferidos para o comprador. As receitas deserviços prestados e os respectivos custos são reconhecidos no resultado em função da sua realização.b. Equivalentes de caixa : referem-se a aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, prontamente conversíveis em um montanteconhecido de caixa e que estão suje itas a um insignificante risco de mudança de valor. Vide nota explicativa nº 5 para maiores detalhes dosequivalentes de caixa da Sociedade e suas controladas.c. Instrumentos financeiros:  Conforme Deliberação CVM 566/08, os instrumentos financeiros da Sociedade e suas controladas foramclassificados nas seguintes categorias:• Mensurado ao valor justo por meio do resultado: ativos financeiros mantidos para negociação, ou seja, adquiridos ou originadosprincipalmente com a finalidade de venda ou de recompra no curto prazo, e derivativos. São contabilizadas no resultado as variações devalor justo e os saldos são demonstrados ao valor justo.• Mantidos até o vencimento: ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos e para osquais a entidade tem intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento. São contabilizados no resultado os rendimentos auferidose os saldos são demonstrados ao custo de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos.• Disponíveis para venda: ativos financeiros não derivativos que são designados como disponíveis para venda ou que não foram classificadosem outras categorias. São contabilizados no resultado os rendimentos auferidos e os saldos são demonstrados ao valor justo. As diferenças

entre o valor justo e o custo de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos são reconhecidas em conta específica do patrimônio líquido.Os ganhos e perdas registrados no patrimônio líquido são realizados para o resultado, caso ocorra sua liquidação antecipada.• Empréstimos e recebíveis: instrumentos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não são cotados emmercados ativos, exceto: (i) aqueles que a entidade tem intenção de vender imediatamente ou no curto prazo, e os que a entidade classificacomo mensurados a valor justo por meio do resultado; (ii) os classificados como disponíveis para venda; ou (iii) aqueles cujo detentor podenão recuperar substancialmente seu investimento inicial por outra razão que não a deterioração do crédito. São contabilizados no resultadoos rendimentos auferidos e os saldos são demonstrados ao custo de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos.Certos instrumentos financeiros derivativos, utilizados como proteção a variações nas taxas de juros, foram designados como hedge defluxo de caixa, para fins de mensuração do seu valor justo. A diferença entre o valor justo do instrumento financeiro e o seu valor acrescidodos rendimentos auferidos é reconhecida na conta de Ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido, não afetando a demonstraçãodo resultado da Sociedade e suas controladas. Os ganhos e perdas registrados no patrimônio líquido são realizados para o resultado, casoocorra sua liquidação antecipada.Para maiores detalhes dos instrumentos financeiros da Sociedade e suas controladas, vide notas explicativas nº 5, 16 e 21.d. Ativos circulante e não circulante: A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída com base nas perdas estimadas, sendoseu montante considerado suficiente pela Administração para cobrir as eventuais perdas na realização das contas a receber.Os estoques são demonstrados ao custo médio de aquisição ou produção, que não supera o valor de mercado ou de recuperação.Os demais ativos são demonstrados aos valores de custo ou de realização, dos dois o menor, incluindo, quando aplicável, os rendimentos,as variações monetárias e cambiais incorridas ou deduzidos de provisão para perda e, se aplicável, ajuste a valor presente (vide notaexplicativa nº 3.q).e. Investimentos: As participações em controladas são avaliadas pelo método da equivalência patrimonial.Os investimentos em sociedades em que a Administração tenha influência significativa, ou nas quais participe com 20% ou mais do capitalvotante, ou que façam parte de um mesmo grupo que estejam sob controle comum, também são avaliados pelo método de equivalênciapatrimonial (vide nota explicativa nº 12).Os outros investimentos estão demonstrados ao custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas, caso estas não sejam consideradastemporárias, e também incluem investimentos em andamento.f. Imobilizado: Registrado ao custo de aquisição ou construção, inclusive encargos financeiros incorridos sobre imobilizações em andamento,bem como custos com manutenções relevantes de bens decorrentes de paradas de fábrica programadas. A Sociedade manterá os saldosde reavaliação até a sua efetiva realização, sem contudo, contabiliza r novas reavaliações. Tais saldos passaram a compor o valor de custodos bens.

As depreciações são calculadas pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na nota explicativa nº 13, que levam em consideração avida útil-econômica dos bens.As benfeitorias em imóveis de terceiros, quando realizadas em postos de combustíveis, são depreciadas pelo menor prazo entre a vigênciado contrato ou a vida útil-econômica dos bens.g. Arrendamento mercantil:  • Arrendamento mercantil financeiro - Determinados contratos de arrendamento mercantil transferemsubstancialmente à Sociedade e suas controladas os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. Esses contratos sãocaracterizados como contratos de arrendamento mercantil financeiro e os ativos são reconhecidos pelo valor justo ou pelo valor presente dospagamentos mínimos previstos nos respectivos contratos. Os bens reconhecidos como ativos são depreciados pelas taxas de depreciaçãoaplicáveis a cada grupo de ativo conforme a nota explicativa nº 13. Os encargos financeiros relativos aos contratos de arrendamentomercantil financeiro são apropriados ao resultado ao longo do prazo do contrato, com base no método do custo amortizado e da taxa de

 juros efetiva (vide nota explicativa nº 16.g).• Arrendamento mercantil operacional - São operações de arrendamento que não transferem os riscos e benefícios inerentes à propriedadedo ativo e nas quais a opção de compra no final do contrato é equivalente ao valor a mercado do bem arrendado. Pagamentos efetuados sobum contrato de arrendamento mercantil operacional são reconhecidos como despesas no demonstrativo de resultados em bases linearespelo prazo do contrato de arrendamento, conforme nota explicativa nº 22.d).h. Intangível: Os ativos intangíveis compreendem os ativos adquiridos de terceiros pela Sociedade e suas controladas, segundo os seguintescritérios (vide nota explicativa nº 14):• Ágios por rentabilidade futura são demonstrados pelo valor original menos amortização acumulada até 31 de dezembro de 2008.• Outros ativos intangíveis adquiridos de terceiros são mensurados pelo custo total de aquisição, menos as despesas de amortizaçãoacumuladas.A Sociedade e suas controladas não possuem ativos intangíveis que tenham sido gerados internamente, nem que possuam vida útilindefinida.i. Diferido: O ativo diferido inclui gastos com reestruturações que produzirão benefícios em mais de um exercício social (vide nota explicativanº 15). A Sociedade e suas controladas optaram por manter os saldos até a sua completa amortização.

  j. Passivos circulante e não circulante: São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, doscorrespondentes encargos, variações monetárias e cambiais incorridas até a data das demonstrações financeiras e, se aplicável, ajuste avalor presente (vide nota explicativa nº 3.q).k. Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro: O imposto de renda (IRPJ) e a contribuição social (CSLL), correntes e diferidos,

são calculados com base nas alíquotas efetivas do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro, incluindo a parcela de incentivosfiscais, conforme demonstrado na nota explicativa nº 10.b).l. Provisão para contingências: A provisão para contingências é constituída para os riscos contingentes estimáveis com expectativa de“perda provável”, com base na opinião dos administradores e consultores jurídicos internos e externos, e os valores são registrados combase nas estimativas dos resultados dos desfechos dos processos (vide nota explicativa nº 22.a).m. Compromisso atuarial com benefícios pós-emprego:  Os compromissos atuariais com os benefícios pós-emprego concedidos e aconceder a empregados, aposentados e pensionistas são provisionados com base em cálculo atuarial elaborado por atuário independente,de acordo com o método do crédito unitário projetado, conforme comentado na nota explicativa nº 23.b).n. Base para conversão das demonstrações financeiras de controladas sediadas no exterior: Os ativos e passivos das controladasOxiteno México S.A. de C.V. e suas controladas, localizada no México (moeda Pesos Mexicanos), e Oxiteno Andina, C.A., localizada naVenezuela (moeda Bolivares), cuja moeda funcional é diferente da Sociedade (moeda Reais), são convertidos pela taxa de câmbio da datadas demonstrações financeiras. Os ganhos e as perdas decorrentes das variações desses investimentos no exterior são reconhecidosdiretamente no patrimônio líquido na conta de Ajustes acumulados de conversão e reconhecidos no resultado quando esses investimentosforem alienados. O montante reconhecido no patrimônio líquido referente ao ajuste acumulado de conversão em 2008 foi R$ 8.309.Os ativos e passivos das demais controladas no exterior, que não possuem autonomia administrativa, são considerados como atividadesda sua investidora, sendo convertidos pela taxa de câmbio da data das demonstrações financeiras. Os ganhos e as perdas decorrentes devariações desses investimentos no exterior são reconhecidos diretamente no resultado. O ganho reconhecido no resultado em 2008 totalizouR$ 30.428.o. Uso de estimativas: A elaboração das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a consideração de premissas porparte da Administração da Sociedade que afetam os valores dos ativos e passivos apresentados na data das demonstrações financeiras, bemcomo os valores das receitas, dos custos e das despesas dos exercícios apresentados. Embora essas estimativas estejam baseadas no melhorconhecimento disponível da Administração com relação a eventos presentes e futuros, os resultados efetivos podem diferir dessas estimativas.p. Redução ao valor recuperável de ativos:  A Sociedade revisa, no mínimo anualmente, o valor contábil do ativo com o objetivo demensurar a deterioração sempre que eventos ou mudanças de circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo poderá não serrecuperado pelo fluxo de caixa futuro estimado, que se espera de seu uso ou em eventual alienação. Nos casos em que os fluxos de caixafuturos esperados são menores que o valor contábil, a perda por irrecuperabilidade é reconhecida pelo montante em que o valor contábilexcede o valor justo desses ativos. Os fatores considerados pela Sociedade na avaliação incluem os resultados operacionais de curto prazo,tendências e perspectivas, assim como os efeitos de obsolescência, demanda, concorrência e outros fatores econômicos.Nenhuma irrecuperabilidade foi registrada nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2008.

q. Ajuste a valor presente:  As controladas contabilizaram o ajuste a valor presente sobre os saldos de crédito de ICMS sobre ativoimobilizado (CIAP – vide nota explicativa nº 8). Até 31 de dezembro de 2007, os saldos do CIAP estavam registrados aos seus valoresnominais. A Sociedade e suas controladas analisaram os elementos integrantes do ativo e do passivo de longo prazo, e de curto prazoquando relevante, e não identificaram a aplicabilidade do ajuste a valor presente nas demais operações.

4 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO E PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIASAs demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas segundo os princípios básicos de consolidação previstos na Lei das Sociedadespor Ações e nas normas da CVM, incluindo as controladas diretas e indiretas, compreendendo:

% de participação no capital social - 31/12/2008Controle Controle

Localidade direto indiretoU lt raca rgo - O pe rações Log ís ti cas e Pa rt ic ipações L tda. B rasi l 100 -

Transultra - Armazenamento e Transporte Especializado Ltda. Brasi l - 100Petrolog Serviços e Armazéns Gerais Ltda. Brasil - 100

Terminal Químico de Aratú S.A. - Tequimar Brasil - 99União Vopak Armazens Gerais Ltda. Brasil - 50

Melamina Ultra S.A. Indústria Química Brasil - 99Oxiteno S.A. Indústria e Comércio Brasil 100 -

Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércio Brasil - 99Oxi teno Argentina Sociedad de Responsabil idad Ltda. Argentina - 99

Oleoquímica Indústr ia e Comércio de Produtos Químicos Ltda. Brasi l - 100Barrington S.L. Espanha - 100

Oxiteno México S.A. de C.V. México - 100Oxiteno Servicios Corporativos S.A. de C.V. México - 100Oxiteno Servicios Industriales S.A. de C.V. México - 100Oxiteno USA LLC Estados Unidos - 100

Oxiteno International Corp. Ilhas Virgens - 100Oxiteno Overseas Corp. Ilhas Virgens - 100

Oxiteno Andina, C.A. Venezuela - 100Oxiteno Europe SPRL Bélgica - 100U.A.T.S.P.E. Empreendimentos e Participações Ltda. Brasil - 100

Empresa Carioca de Produtos Químicos S.A. Brasil - 100Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga (*) Brasil 100 -

am/pm Comestíveis Ltda. (*) Brasil - 100Centro de Conveniências Millennium Ltda. (*) Brasil - 100

Conveniência Ipiranga Norte Ltda. Brasil - 100Ipiranga Trading Limited Ilhas Virgens - 100Tropical Transportes Ipiranga Ltda. Brasil - 100Ipiranga Imobiliária Ltda. Brasil - 100Ipiranga Logística Ltda. Brasil - 100Maxfácil Participações S.A. (**) Brasil - 50Isa-Sul Administração e Participações Ltda. Brasil - 100Comercial Farroupilha Ltda. Brasil - 100Companhia Ultragaz S.A. Brasil - 99Bahiana Distribuidora de Gás Ltda. Brasil - 100Utingás Armazenadora S.A. Brasil - 56LPG International Inc. Ilhas Cayman - 100Imaven Imóveis Ltda. Brasil - 100

Refinaria de Petróleo Riograndense S.A. (***) Brasil 100 -Sociedade Brasileira de Participações Ltda. (****) Brasil 100 -SERMA - Ass. dos usuários equip. proc. de dados Brasil - 100

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS(Em milhares de Reais, exceto quando de outra forma mencionado)

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Controladora ConsolidadoNota

explicativa 2008 % 2007 % 2008 % 2007 %Receitas

Receita bruta de vendas e serviços, exceto aluguéis e royalties 3.a) - - 29.504.108 20.818.354Abatimentos, descontos e devoluções - - (145.893) (114.470)Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Reversão (constituição) - - 7.203 4.140Outras receitas 210.454 - 11.212 8.808

210.454 - 29.376.630 20.716.832Insumos adquiridos de terceiros

Matérias-primas consumidas - - (1.805.726) (1.546.401)Custos das mercadorias, produtos e serviços vendidos 3.a) - - (24.276.334) (16.552.275)Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (4.952) (2.359) (932.075) (869.091)Recuperação (perda) de valores de ativos 8.574 5.240 2.988 (682)

3.622 2.881 (27.011.147) (18.968.449)Valor adicionado bruto 214.076 2.881 2.365.483 1.748.383Retenções

Depreciações e amortizações (42.876) (34.032) (380.560) (303.582)Valor adicionado líquido produzido pela sociedade 171.200 (31.151) 1.984.923 1.444.801Valor adicionado recebido em transferênciaResultado de equivalência patrimonial 12.a) e 12.b) 332.720 315.004 11 576Dividendos e juros sobre o capital próprio de investimentos a custo 30 31 2.796 1.764Aluguéis e royalties - - 32.312 22.767Receitas financeiras 20 82.648 12.683 257.243 163.330

415.398 327.718 292.362 188.437Valor adicionado total a distribuir 586.598 100 296.567 100 2.277.285 100 1.633.238 100Distribuição do valor adicionado

Pessoal e encargos 2.899 1 2.114 1 699.918 31 645.168 40Impostos, taxas e contribuições 31.749 5 13.317 4 694.471 30 416.799 25Despesas financeiras e aluguéis 161.681 28 99.243 33 488.132 21 288.419 18Dividendos e juros sobre o capital próprio 237.769 40 144.728 49 239.307 11 146.289 9Lucros retidos 152.500 26 37.165 13 155.457 7 136.563 8

Valor adicionado distribuído 586.598 100 296.567 100 2.277.285 100 1.633.238 100

Controladora ConsolidadoNota

explicativa 2008 2007 2008 2007Fluxo de caixa das atividades operacionais

Lucro líquido do exercício 390.269 181.893 390.269 181.893Ajustes para reconciliar o lucro líquido ao caixagerado pelas atividades operacionais

Equivalência patrimonial em sociedadescontroladas e coligadas 12 (332.720) (315.004) (11) (576)

Depreciações e amortizações 42.876 34.032 375.476 300.588Créditos de PIS e COFINS sobre depreciação - - 5.084 2.994Juros, variações monetárias e cambiais 152.274 98.726 566.876 71.637Imposto de renda e contribuição social diferidos 10.b) 13.145 (12.320) (12.689) (92.177)Participação minoritária no resultado - - 4.495 100.959Resultado da venda de ativo permanente (210.454) - (20.790) (7.604)Provisão (reversão de provisão) para perdasprováveis no ativo permanente - - (1.900) (2.755)

Outros - - 1.586 938Dividendos recebidos de controladas 172.549 10.606 - -(Aumento) redução no ativo circulante

Contas a receber de clientes 6 - - (80.022) (84.695)

Estoques 7 - - (387.061) (64.340)Impostos a recuperar 8 5.239 (6.431) (100.309) (24.056)Demais contas a receber 119 (647) (82.337) (5.546)Despesas do exercício seguinte 11 - (93) (6.222) 11.221

Aumento (redução) no passivo circulanteFornecedores (1.677) 1.739 26.887 130.609Salários e encargos sociais 2 29 38.184 9.295Obrigações tributárias (12.197) 12.276 (5.952) 45.094Imposto de renda e contribuição social - - (16.340) 8.595Demais contas a pagar (1.574) 2.947 (17.255) 22.892

(Aumento) redução no realizável a longo prazoContas a receber 6 - - (40.222) (17.719)Impostos a recuperar 8 - 18.739 20.332 (367)Depósitos judiciais - - (22.491) (4.976)Demais contas a receber 20 (20) 7.824 (1.933)Despesas do exercício seguinte 11 - 187 1.882 (10.500)

Aumento (redução) no exigível de longo prazoProvisão para contingências 159 (4.630) 32.507 28.058Demais contas a pagar - - (54.375) (4.981)

Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 218.030 22.029 623.426 592.548Fluxo de caixa das atividades de investimentos

Aplicações financeiras, líquidas de resgates - - 33.992 509.165Venda (aquisição) de investimentos, líquido 12 61.557 (858.830) (432.370) (889.625)Aporte de capital em controladas 12 (1.101.828) - - -Redução de capital de controladas 12 470.000 - - -Caixa de controladas adquiridas - - 11.364 166.691Aquisição de imobilizado 13 - - (891.693) (658.847)Aumento no intangível 14 - - (37.853) (6.242)Aumento no diferido 15 - - (4.933) (63.377)Receita com a venda de imobilizado - - 45.046 33.823

Caixa líquido gerado (utilizado) pelas atividadesde investimentos (570.271) (858.830) (1.276.447) (908.412)

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007(Em milhares de Reais)

Controladora ConsolidadoNota

explicativa 2008 2007 2008 2007Fluxo de caixa das atividades de financiamentosFinanciamentos e debêntures

Captação 16 2.400.000 889.000 3.607.728 1.941.845Amortização 16 (2.567.139) (77.950) (3.761.011) (1.008.588)

Contraprestação de arrendamento mercantil 16 - - (10.476) -Dividendos pagos (395.955) (62.644) (398.927) (65.652)Aquisição de participação minoritár ia - - (18) (53)Aquisição de ações para manutenção emtesouraria 17.b) (105.014) (25.203) (105.014) (25.203)Venda de ações em tesouraria para controladas 4.443 2.911 - -Recebimento da Petrobras e Braskem referente a

entrega dos Ativos Petroquímicos e deDistribuição 1.731.313 - 1.731.313 -

Sociedades relacionadas 9.a) (34.242) (70.873) (5.711) 26.355

Caixa líquido gerado (utilizado) pelas atividadesde financiamentos 1.033.406 655.241 1.057.884 868.704

Variação cambial de caixa e equivalentes decaixa em moeda estrangeira - - 7.798 -

Aumento (redução) em caixa, bancos eaplicações financeiras 681.165 (181.560) 412.661 552.840

Caixa, bancos e aplicações financeiras no iníciodo exercício 97.826 279.386 1.622.916 1.070.076

Ajuste inicial referente ao conceito de caixa eequivalentes de caixa - - (760.524) -

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 5 97.826 279.386 862.392 1.070.076

Caixa, bancos e aplicações financeiras no fim doexercício 778.991 97.826 1.275.053 1.622.916

Ajuste inicial referente ao conceito de caixa eequivalentes de caixa - - - (760.524)

Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 5 778.991 97.826 1.275.053 862.392

Informações adicionaisJuros pagos de financiamentos 52.419 77.950 180.273 160.502Imposto de renda e contribuição social pagosno exercício 6.401 - 126.558 70.645

Transações no período sem efeito caixaAumento de capital com incorporação de ações 4.iii - 2.750.739 - 2.750.739Contas a receber de incorporação de açõesreferente ativos Petrobras e Braskem 4.iii - (1.751.685) - (1.751.685)

Aquisição de investimentos com incorporaçãode ações 4.iii - 999.054 - 999.054Dívida de controladas adquiridas - 673.164 43.472 676.955Arrendamento mercantil financeiro 16.g) - - 15.475 -

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007(Em milhares de Reais, exceto as porcentagens)

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS(Em milhares de Reais, exceto quando de outra forma mencionado)

1 CONTEXTO OPERACIONALA Ultrapar Participações S.A. (“Sociedade”), com sede na Capital de São Paulo, tem por atividade a aplicação de capitais próprios no comércio ena indústria e em atividades congêneres, inclusive pela subscrição ou aquisição de ações e cotas de outras sociedades.Por meio de suas controladas, atua no segmento de distribuição de gás liquefeito de petróleo - GLP (“Ultragaz”), na distribuição de combustíveisclaros/lubrificantes e atividades relacionadas no Sul e Sudeste do Brasil (“Ipiranga”), na produção e na comercialização de produtos químicos(“Oxiteno”) e na prestação de serviços de soluções logísticas integradas para granéis especiais (“Ultracargo”). A Sociedade também atua naatividade de refino de petróleo através de participação na Refinaria de Petróleo Riograndense S.A., nova razão social da Refinar ia de PetróleoIpiranga S.A. (“Refino”).

2 ADOÇÃO INICIAL DA LEI 11.638/07 E SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS MODIFICADASEm 28 de dezembro de 2007 foi promulgada a Lei 11.638/07 e em 3 de dezembro de 2008 foi editada a Medida Provisória 449/08, quealteraram e revogaram dispositivos existentes e introduziram novos dispositivos à Lei 6.404/76 (Lei das S.A.), visando a harmonização daspráticas contábeis adotadas no Brasil às práticas contábeis internacionais (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standard Board (IASB). Como forma de regulamentar estas alterações, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu, durante o ano de 2008, um conjuntode Deliberações, cujos principais impactos nas demonstrações financeiras da Sociedade e suas controladas estão sumarizados a seguir.Deliberação CVM 565, de 17 de dezembro de 2008 - trata da adoção inicial da Lei 11.638/07 e MP 449/08.Conforme facultado por esta Deliberação, a Sociedade optou em adotar como data de transição 1º de janeiro de 2008. Adicionalmente,a Sociedade e suas controladas passaram a contabilizar pelo método de equivalência patrimonial a empresa Metalúrgica Plus S/A. e aconsolidar a empresa SERMA – Associação dos Usuários de Equipamentos de Processamento de Dados e Serviços Correlatos nas suasdemonstrações financeiras (vide notas explicativas nº 4 e 12). Ainda nos termos da Deliberação CVM 565/08, a Sociedade procedeu àreclassificação dos saldos de 31 de dezembro de 2007, de forma a permitir uma melhor comparabilidade com o exercício de 2008, conformedemonstrado na tabela abaixo:

ControladoraSaldos de 31 de dezembro Saldos de 31 de dezembro

de 2007, conforme de 2007, reclassificadosdivulgados à época conforme a Lei 11.638/07

Investimentos em controladas a) 4.706.685 4.256.743Intangível a) - 449.942Debêntures - circulante b) 1.219.332 1.218.679Despesas do exercício seguinte b) 653 -

ConsolidadoSaldos de 31 de dezembro Saldos de 31 de dezembro

de 2007, conforme de 2007, reclassificadosdivulgados à época conforme a Lei 11.638/07

Diferido a), c) 570.124 27.615Intangível a), c) 66.894 543.989Despesas do exercício seguinte - circulante b) 13.195 11.508Despesas do exercício seguinte - não circulante b) 36.929 30.518Financiamentos - circulante b) 589.937 588.903Debêntures - circulante b) 1.228.720 1.228.067Financiamentos - não circulante b) 1.009.226 1.002.815Imobilizado c), d) 2.268.885 2.333.543Investimentos outros c) 34.117 38 .510Impostos a recuperar - não circulante d) 68.652 65.015

(a) Reclassificação do ágio por expectativa de rentabilidade futura, do ativo diferido para o ativo intangível, conforme Deliberação CVM 553/08.(b) Reclassificação dos custos de transação de emissão de títulos e valores mobiliários, de despesas antecipadas para conta redutora dosempréstimos e financiamentos, conforme Deliberação CVM 556/08.

(c) Reclassificação de gastos pré-operacionais efetuados em instalações de clientes Ultrasystem, implantação de sistemas e aquisições de

empresas, do ativo diferido para imobilizado, intangível e investimento em andamento, respectivamente, conforme Deliberação CVM 553/08.(d) Reconhecimento do ajuste a valor presente dos saldos de créditos de ICMS sobre ativo imobilizado, conforme Deliberação CVM 564/08.Deliberação CVM 534, de 29 de janeiro de 2008 - trata de efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e da conversão das demonstraçõescontábeis.A Sociedade e suas controladas avaliaram seus investimentos em entidades no exterior e contabilizaram de maneira integrada com a dainvestidora, as investidas que não possuem autonomia administrativa nem corpo gerencial próprio, nos termos do item 41(a) da Deliberação.Para as controladas no exterior que atuam de maneira autônoma, foi adotada a contabilização prevista no item 41(b) da Deliberação, sendoa variação cambial do investimento líquido nestas controladas registrada na conta Ajustes acumulados de conversão no patrimônio líquido dainvestidora. Vide nota explicativa nº 3.n).Deliberação CVM 547, de 13 de agosto de 2008 - trata da Demonstração dos Fluxos de Caixa. A Sociedade e suas controladas classificaramcomo equivalentes de caixa as aplicações financeiras que possuem conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa e queestão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. A demonstração dos fluxos de caixa apresenta a movimentação das contas (i)Caixa e bancos e (ii) Aplicações financeiras considera das equivalentes de caixa no exercício.Vide notas explicativas nº 3.b) e 5.Deliberação CVM 566, de 17 de dezembro de 2008 - trata do reconhecimento, mensuração e evidenciação de instrumentos financeiros. Osinstrumentos financeiros da Sociedade e suas controladas foram classificados, conforme as suas características e intenção da Sociedade em:(i) mensurados ao valor justo por meio do resultado, (ii) mantidos até o vencimento, (iii) disponíveis para venda e (iv) empréstimos e recebíveis.Vide notas explicativas nº 3.c), 5 e 21.Deliberação CVM 553, de 12 de novembro de 2008 - trata de ativos intangíveis. A Sociedade e suas controladas reclassificaram para o ativointangível os ágios por expectativa de rentabilidade futura originados nas aquisições de empresas, anteriormente demonstrados no ativodiferido nas demonstrações financeiras. Vide notas explicativas nº 3.h), 3.i) e 14.Deliberação CVM 554, de 12 de novembro de 2008 - trata de arrendamento mercantil. Determinados contratos de arrendamento mercantil quetransferem substancialmente à Sociedade e suas controladas os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo, foram reconhecidosnas demonstrações financeiras como um arrendamento mercantil financeiro, líquido dos efeitos tributários. Os bens reconhecidos comoativos foram depreciados pelas taxas de depreciação aplicáveis a cada grupo de ativo em que foram classificados e os encargos financeirosdo arrendamento foram apropriados ao resultado ao longo do prazo do contrato, com base no método do custo amortizado. Vide notasexplicativas nº 3.g), 16.g) e 22.d).Deliberação CVM 556, de 12 de novembro de 2008 - trata de custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários.Os custos de transação e prêmios de emissão associados a operações de captações financeiras da Sociedade e suas controladas foramreclassificados, de forma a serem agregados aos valores das respectivas captações, e foi calculada a taxa de juros efetiva de cada emissão.Vide nota explicativa nº 16.a).Deliberação CVM 564, de 17 de dezembro de 2008 - trata do ajuste a valor presente de ativos e passivos. As controladas da Sociedadecontabilizaram o ajuste a valor presente dos saldos de crédito de ICMS sobre a aquisição de ativo imobilizado (CIAP). A Sociedade e suascontroladas analisaram os demais elementos integrantes do ativo e do passivo de longo prazo, e de curto prazo quando relevante, e nãoidentificaram a aplicabilidade do ajuste a valor presente destas operações. Vide notas explicativas nº 3.q) e 8. No quadro a seguir estãodemonstrados os efeitos no lucro líquido e no patrimônio líquido consolidado de 31 de dezembro de 2008 da adoção da Lei 11.638/07 eMP 449/08:

2008Deliberação Lucro Patrimônio

CVM líquido líquidoValores antes da aplicação da Lei 11.638/07 e MP 449/08 388.014 4.646.072Efeitos da adoção da Lei 11.638/07 e MP 449/08:

Arrendamento mercantil financeiro 554 2.402 2.385Custos de captação de recursos 556 910 910Marcação a mercado de instrumentos de proteção cambial e juros 566 7.309 716Marcação a mercado das aplicações financeiras disponíveis para venda 566 - 345Equivalência patrimonial Metalplus 565 (22) (317)Ajustes acumulados de conversão 534 (8.344) (35)

Total dos efeitos 2.255 4.004Valores conforme demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2008 390.269 4.650.076

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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16 FINANCIAMENTOS, DEBÊNTURES E ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO (CONSOLIDADO)a. Composição 

Encargosfinanceiros

anuaisDescrição 2008 2007 Índice/Moeda 2008 - % VencimentoMoeda estrangeira:Notas no mercado externo (b) 577.365 436.737 US$ +7,2 2015ACC/Pré-pagamento de exportação 184.240 135.266 US$ +3,6 a 9,0 < 251 diasNotas no mercado externo (c) 140.322 106.226 US$ +9,0 2020Empréstimo sindicalizado (c) 139.976 106.333 US$ + LIBOR (vii) +1,2 2011Instituições financeiras 48.952 31.274 US$ + LIBOR (vii) +1,1 a 2,1 2009 a 2011BNDES 46.481 16.018 US$ +5,7 a 8,9 2010 a 2015Instituições financeiras 19.758 23.004 MX$ + TIIE (i) +1,0 a 2,0 2009 a 2014Instituições financeiras 6.017 - Bs (ii) +19,0 a 28,0 2013FINIMP – União Terminais/RPR 4.787 13.226 US$ +7,0 a 7,8 2009 a 2012BNDES 3.485 5.999 UMBNDES (iii) +6,7 a 9,2 2009 a 2011Notas no mercado externo (d) - 106.830 US$ +9,9 2008Subtotal 1.171.383 980.913Moeda nacional:Notas promissórias (e) 1.203.823 - CDI +3,6 2009Banco do Brasil 516.663 21.583 CDI 91,0 a 95,0 2009 a 2010

BNDES 401.830 256.012 TJLP (iv) +1,5 a 4,8 2009 a 2018Empréstimo de capital de giro – MaxFácil 108.373 102.218 CDI 100,0 2010Banco do Nordeste do Brasil 103.519 103.558 FNE (vi) 8,5 a 10,0 2018FINEP 60.447 61.572 TJLP (iv) -2,0 a +5,0 2009 a 2014FINAME 39.097 63.050 TJLP (iv) +2,0 a 5,1 2009 a 2013Empréstimo de capital de giro – União Terminais/RPR 37.223 - CDI 105,0 a 130,0 2009 a 2010Arrendamento mercantil financeiro pós-fixado (g) 24.422 - CDI +0,3 a 1,6 2009 a 2011Arrendamento mercantil financeiro pré-fixado (g) 1.025 - R$ +13,0 a 15,5 2010 a 2013Outros 4.117 297 CDI +0,3 a 0,5 2009 a 2011BNDES - 2.515 IGP-M (v) +6,5 2008Debêntures - 1.218.679 CDI 102,5 2008Debêntures - 359.388 CDI 103,8 2011Subtotal 2.500.539 2.188.872Total de financiamentos, debêntures

e arrendamento mercantil financeiro 3.671.922 3.169.785Circulante 1.658.115 1.816.970Não circulante 2.013.807 1.352.815

(i) MX$ = peso mexicano;TIIE = taxa mexicana de juros interbancária de equilíbrio.(ii) Bs = bolívar venezuelano.(iii) UMBNDES = unidade monetária do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. É uma “cesta de moedas”

representando a composição das obrigações de dívida em moeda estrangeira do BNDES. Em dezembro de 2008, esta composição refletiaem 93%, o dólar norte-americano.

(iv) TJLP = fixada pelo Conselho Monetário Nacional, a TJLP é o custo básico de financiamento do BNDES.(v) IGP-M = Índice Geral de Preços de Mercado, calculado pela Fundação Getúlio Vargas.(vi) FNE = Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste.(vii) LIBOR = London Interbank Offered Rate.Os montantes a longo prazo têm a seguinte composição por ano de vencimento:

2008 2007De 1 a 2 anos 751.336 281.443De 2 a 3 anos 263.327 203.103De 3 a 4 anos 105.647 181.217De 4 a 5 anos 78.739 54.768Mais de 5 anos 814.758 632.284

2.013.807 1.352.815

Conforme previsto na Deliberação CVM 556/08, custos de transação e prêmios de emissão associados a operações de captações financeirasda Sociedade e suas controladas foram agregados aos respectivos passivos financeiros e foi calculada a taxa de juros efetiva de cada captação.Tais alterações não geraram efeitos relevantes nas demonstrações financeiras da Sociedade e de suas controladas.b. Notas no mercado externo  - Em dezembro de 2005, a controlada LPG International Inc. emitiu US$ 250 milhões de notas no mercadoexterno, com vencimento em dezembro de 2015 e encargo financeiro de 7,25% a.a., pagos semestralmente, sendo o primeiro pagamento em

 junho de 2006. O preço da emissão foi de 98,75% do valor de face da nota, o que representou um rendimento total para o investidor de 7,429%a.a. no momento da emissão. As notas foram garantidas pela Sociedade e pela Oxiteno S.A. Indústria e Comércio.Em decorrência da emissão de notas no mercado externo, a Sociedade e suas controladas, anteriormente mencionadas, estão sujeitas a certoscompromissos, entre eles:• Limitação de transações com acionistas que possuam mais de 5% de qualquer classe do capital da Sociedade, as quais não sejam tãofavoráveis à Sociedade quanto se obteria em mercado.• Obrigação de deliberação do Conselho de Administração para transações com partes relacionadas em montante superior a US$ 15 milhões(excetuando-se transações da Sociedade com controladas e entre controladas).• Restrição de alienação da totalidade ou da quase totalidade dos ativos da Sociedade e controladas.• Restrição de gravames em ativos superior a US$ 150 milhões ou 15% do valor dos ativos tangíveis consolidados.As restrições impostas à Sociedade e suas controladas são usuais em operações dessa natureza e não limitaram a capacidade destas deconduzirem seus negócios até o momento.c. Notas no mercado externo - Em junho de 1997, a controlada Companhia Ultragaz S.A. emitiu US$ 60 milhões em notas no mercado externo(Notas Originais), com vencimento em 2005, tendo obtido, em junho de 2005, a extensão do vencimento dessas notas para junho de 2020, comopção de venda/compra em junho de 2008, não exercida pela controlada e instituições financeiras. O próximo direito de opção de compra/vendaserá em junho de 2011.

Em junho de 2005, a controlada Oxiteno Overseas Corp. adquiriu a totalidade das Notas Originais emitidas pela Companhia Ultragaz S.A. comrecursos oriundos de empréstimo sindicalizado no montante de US$ 60 milhões com vencimento em junho de 2008 e encargo financeiro de5,05% a.a. Em junho de 2008, o empréstimo sindicalizado foi renovado nas mesmas condições anteriores, alterando-se os encargos financeirospara libor + 1,25% a.a. O empréstimo sindicalizado é garantido pela Sociedade e pela Oxiteno S.A. Indústria e Comércio.Em decorrência da emissão do empréstimo sindicalizado, algumas obrigações adicionais às da nota explicativa 16.b) também devem sermantidas pela Sociedade:• Manutenção de índice financeiro, determinado pela razão entre dívida líquida e Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização- LAJIDA consolidados, menor ou igual a 3,5.• Manutenção de índice financeiro, determinado pela razão entre LAJIDA consolidado e despesas financeiras líquidas consolidadas, maior ouigual a 1,5.As restrições impostas à Sociedade e suas controladas são usuais em operações dessa natureza e não limitaram a capacidade destas deconduzirem seus negócios até o momento.Em abril de 2006, a controlada Oxiteno Overseas Corp. realizou operação de venda das Notas Originais emitidas pela Companhia Ultragaz S.A.a uma instituição financeira. Simultaneamente, a controlada adquiriu da mesma instituição financeira notas vinculadas às Notas Originais (asNotas Vinculadas), conforme comentado na nota explicativa nº 5, obtendo, dessa forma, um retorno adicional nesse investimento.A operaçãotem vencimento em 2020, podendo tanto a controlada como a instituição financeira resgatá-la de forma antecipada. Na situação de eventualinsolvência da instituição financeira, a Companhia Ultragaz S.A. teria de liquidar as Notas Originais, mas a Oxiteno Overseas Corp. continuariaa ser credora das Notas Vinculadas.d. Notas no mercado externo - Em agosto de 2003, a controlada CBPI emitiu US$ 135 milhões em notas no mercado externo. Em agosto de2005, data em que os juros incidentes foram aumentados de 7,875% a.a. para 9,875% a.a., foi exercida parte das opções de resgate destestítulos, no montante de US$ 1,3 milhão ou R$ 3,1 milhões. No exercício de 2006 foi efetuado resgate parcial no montante de US$ 79,6 milhõesou R$ 164,9 milhões. Em julho de 2008 ocorreu o vencimento e a conseqüente liquidação dessas notas.e. Notas promissórias  - Em dezembro de 2008, a Sociedade liquidou antecipadamente a primeira emissão de 120 Notas PromissóriasComerciais no montante de R$ 1.200.000 e realizou nova emissão de 120 Notas Promissórias Comerciais nominativas no montante de R$1.200.000, cujas principais características são:

Valor nominal unitário: R$ 10.000.000,00Vencimento final: 18 de dezembro de 2009Pagamento do valor nominal: Parcela única no vencimento finalRemuneração: 100% CDI + 3,60% a.a.Pagamento da remuneração: Parcela única no vencimento final

f. Garantias - Uma parte dos financiamentos está garantida por alienação fiduciária dos bens do imobilizado e ações de participações societárias,além de notas promissórias e avais prestados pela Sociedade e suas controladas, conforme tabela a seguir:

2008 2007Parcela dos financiamentos garantida por:Imobilizado 66.680 63.017Ações de coligadas e avais de acionistas minoritários - 2.514

66.680 65.531

Os demais empréstimos estão garantidos por avais emitidos pela Sociedade e pelo fluxo futuro de exportação de suas controladas. A Sociedadeé responsável por avais e fianças prestados a controladas no montante de R$ 1.440.451 em 31 de dezembro de 2008 (R$ 986.174 em 2007).Algumas controladas emitiram garantias para instituições financeiras relacionadas às quantias devidas a essas instituições por alguns de seusclientes (financiamento de “vendor”). Caso alguma controlada venha a ser instada a realizar pagamento relativo a essas garantias, a controladapoderá recuperar o montante pago diretamente de seus clientes através de cobrança comercial. O montante máximo de pagamentos futurosrelacionados a essas garantias é de R$ 18.786 em 31 de dezembro de 2008 (R$ 21.609 em 2007), com vencimentos de até 212 dias. Até 31 dedezembro de 2008, a Sociedade e suas controladas não sofreram perdas nem registraram passivos relacionados a essas garantias.A Sociedade e suas controladas têm em certos financiamentos cláusulas de inadimplência cruzada que as obrigam a pagar a dívida contratadano caso de inadimplência de outras dívidas em valor igual ou superior a US$ 10 milhões. Em 31 de dezembro de 2008 não havia casos deinadimplência em relação a dívidas da Sociedade e suas controladas.g. Contratos de arrendamento mercantil financeiro - As controladas CBPI, Serma e Tequimar mantêm contratos de arrendamento mercantilfinanceiro, principalmente relacionados a equipamentos para distribuição de combustíveis, tais como tanques, bombas, compressores de GNV,equipamentos de informática e veículos. Esses contratos têm prazos entre 36 e 60 meses.As controladas têm a opção de comprar os ativos por um preço substancialmente mais baixo do que o valor justo à data da opção, e aAdministração possui a intenção de exercê-la. Não há quaisquer restrições impostas nestes acordos.Os valores do imobilizado, líquido de depreciação, e do passivo correspondentes a esses equipamentos, registrados nas demonstrações

financeiras em 31 de dezembro de 2008, estão abaixo demonstrados:

Equipamentos de Equipamentos dedistribuição de informática e

combustíveis veículosImobilizado líquido de depreciação 25.407 3.670Financiamento 23.303 2.144Circulante 11.335 1.246Não circulante 11.968 898

Os desembolsos futuros (contraprestações), assumidos em decorrência desses contratos, totalizam aproximadamente:

Equipamentos de Equipamentos dedistribuição de informática e

combustíveis veículosAté 1 ano 11.642 1.367Mais de 1 ano 12.239 1.107

23.881 2.474

As contraprestações acima incluem os valores de ISS a serem pagos nas contraprestações mensais.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS(Em milhares de Reais, exc eto quando de outra forma mencionado)

2008 2007Transportadora Oxicap Qúimica da

Sulbrasileira Indústria de Bahia Indústria e Metalúrgicade Gás S.A. (i) Gases Ltda. (v) Comércio S.A. (v) Plus S.A. (v) Total Total

Movimentação dos investimentos:Saldo no início do exercício 7.373 1.795 3.780 - 12.948 5.289Adoção inicial da Lei 11.638/07 - - - 22 22 -Aquisição da Ipiranga - - - - - 9.499Baixa de ágio - - - - - ( 2.274)Devolução de adiantamento para

futuro aumento de capital - - - - - ( 142)Equivalência patrimonial 35 143 (145) (22) 11 576

Saldo no final do exercício 7.408 1.938 3.635 - 12.981 12.948

(v) Demonstrações financeiras examinadas por outros auditores independentes.Nas demonstrações financeiras consolidadas, o investimento da controlada Oxiteno S.A. Indústria e Comércio na coligada Oxicap Indústria deGases Ltda. está avaliado pela equivalência patrimonial com base nas suas demonstrações financeiras de 30 de novembro de 2008, enquantoas demais coligadas estão avaliadas com base nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2008.

13 IMOBILIZADO (CONSOLIDADO)2008 2007

Taxa médiaanual de Depreciação Provisão

depreciação - % Custo acumulada para perdas Líquido LíquidoTerrenos - 192.477 - (197) 192.280 179.594Edificações 4 778.855 (315.481) - 463.374 333.208Benfeitorias em imóveis de terceiros 6 224.072 (90.467) - 133.605 123.059Máquinas e equipamentos 10 2.230.644 (799.972) (1.591) 1.429.081 602.589Equipamentos e instalações paradistribuição de combustíveis

claros/lubrificantes 10 911.228 (522.674) - 388.554 301.358Tanques e vasilhames para GLP 10 314.995 (188.114) - 126.881 109.089Veículos 21 241.814 (176.235) - 65.579 56.539Móveis e utensílios 10 70.156 (39.598) - 30.558 26.620Obras em andamento - 184.019 - - 184.019 490.716Adiantamentos a fornecedores - 76.085 - - 76.085 78.567Importações em andamento - 3.432 - - 3.432 1.964Equipamentos de informática 20 158.482 (120.442) - 38.040 28.146Outros - 8 - - 8 2.094

5.386.267 (2.252.983) (1.788) 3.131.496 2.333.543

A movimentação da provisão para perdas de imobilizado é assim demonstrada:

Saldo em 2007 1.892Baixas (104)Saldo em 2008 1.788

As obras em andamento referem-se substancialmente: (i) às ampliações e reformas dos parques industriais e (ii) à constr ução e modernizaçãode postos de serviços e bases de distribuição de combustíveis.Os adiantamentos efetuados a fornecedores de bens patrimoniais referem-se basicamente à fabricação sob encomenda de equipamentospara expansão das unidades industriais.Conforme permissão da Lei 11.638/07 e Deliberação CVM 565/08, a Sociedade optou por manter os saldos de reavaliação até a sua efetivarealização, por depreciação ou baixa, passando os mesmos a compor o valor de custo dos bens. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo dereavaliação do imobilizado é R$ 22.824 (R$ 25.366 em 2007).

14 INTANGÍVEL (CONSOLIDADO)

2008 2007Taxa média

anual de Amortização Provisãoamortização - % Custo acumulada para perdas Líquido Líquido

Ágio por expectativa derentabilidade futura - 599.787 (103.046) - 496.741 462.796

Software 20 196.255 (130.563) - 65.692 47.117Tecnologia 20 18.140 (3.660) - 14.480 15.277Direitos de propriedade comercial 3 16.334 (2.770) - 13.564 14.113Fundo de comércio 20 16.656 (13.045) - 3.611 4.204

Outros 10 1.765 (176) (1.082) 507 482848.937 (253.260) (1.082) 594.595 543.989

A movimentação do ativo intangível em 2008 é demonstrada conforme a seguir:

Ágio porexpectativa de Direitos de

rentabilidade propriedade Fundo defutura Software Tecnologia comercial comércio Outros Total

Saldo em 31 de dezembro de 2007 462.796 47.117 15.277 14.113 4.204 482 543.989Consolidação da SERMA (vide

nota explicativa nº 2) - 10.736 - - - - 10.736Adições 342.445 29.081 - - 1.161 18 372.705Baixas - (147) - - - (2) (149)Amortizações (62.142) (21.095) (797) (549) (1.754) (30) (86.367)Provisão para perdas - - - - - 39 39IRPJ/CSLL diferidos (246.358) - - - - - (246.358)Saldo em 31 de dezembro de 2008 496.741 65.692 14.480 13.564 3.611 507 594.595Taxa média anual de amortização - % - 20 20 3 20 10

No resultado do exercício foi contabilizado o montante de R$ 86.367 a título de amortização dos intangíveis, dos quais R$ 81.977 foramclassificados como despesa sendo o restante apropriado ao custo de produção e serviços.Os ágios gerados por expectativa de rentabilidade futura na aquisição de empresas foram amortizados até 31 de dezembro de 2008, quandocessa sua amortização, e o saldo líquido remanescente é testado por recuperabilidade anualmente.A Sociedade possui os seguintes saldos de ágio por rentabilidade futura em 31 de dezembro de 2008, líquidos de efeitos fiscais:

Ágio na aquisição de:

Ipiranga 276.724União Terminais 211.089Outros 8.928

496.741

Software inclui as licenças de uso e gastos com a implantação dos diversos sistemas utilizados pela Sociedade e suas controladas,tais como: sistemas integrados de gestão e controle, administração financeira, comércio exterior, automação industrial, gerenciamentooperacional de transportes e armazenagem e informações contábeis, entre outros.A Sociedade registra como tecnologia certos direitos de uso detidos pelas controladas Oxiteno S.A. Indústria e Comércio, OxitenoNordeste S.A. Indústria e Comércio e Oleoquímica Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda. Tais licenciamentos abrangema produção de óxido de etileno, etilenoglicóis, etanolaminas, éteres glicólicos, etoxilados, solventes, ácidos graxos de óleos vegetais,alcoóis graxos e especialidades químicas, produtos estes que atendem diversos segmentos da economia.Direitos de propriedade comercial incluem os descritos a seguir:• Em 11 de julho de 2002, a controlada Tequimar assinou contrato com a CODEBA - Companhia das Docas do Estado da Bahia, quepermite a exploração da área na qual está situado o Terminal de Aratu por 20 anos, renovável por igual período. O preço pago peloTequimar foi de R$ 12.000, o qual está sendo amortizado no período compreendido entre agosto de 2002 e julho de 2042.• Adicionalmente, a controlada Tequimar possui contrato de arrendamento de área adjacente ao Porto de Santos por 20 anos a partirde dezembro de 2002, renovável por igual período, que permite construir, operar e explorar terminal destinado a recepção, tancagem,

movimentação e distribuição de granéis líquidos. O preço pago pelo Tequimar foi de R$ 4.334, o qual está sendo amortizado no períodocompreendido entre agosto de 2005 e dezembro de 2022.Os gastos com pesquisa e desenvolvimento totalizaram R$ 19.058 no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2008 (R$ 23.467no resultado de 2007).

15 DIFERIDO (CONSOLIDADO)

Taxa média 2008 2007anual de Amortização

amortização - % Custo acumulada Líquido LíquidoGastos com reestruturações 26 25.911 (10.307) 15.604 26.200Outros - - - - 1.415

25.911 (10.307) 15.604 27.615

Os gastos com reestruturações referem-se à atividade de distribuição de GLP, a saber: (i) gastos efetuados em projetos de expansãoenvolvendo novas regiões de atuação e (ii) gastos com a reestruturação da rede de distribuição domiciliar, objetivando o aumento da margemde contribuição e a expansão no mercado de gás envasado através de novas revendas. Os gastos serão mantidos nesse grupo até suacompleta amortização, o que ocorrerá em dezembro de 2013.

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6 CONTAS A RECEBER DE CLIENTES (CONSOLIDADO)

2008 2007Clientes nacionais 1.294.905 1.249.196Financiamentos a clientes - Ipiranga 351.323 298.947Clientes estrangeiros 106.141 125.231(-) Adiantamentos de cambiais entregues (53.223) (89.933)(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (59.778) (62.124)

1.639.368 1.521.317Circulante 1.429.311 1.344.432Não circulante 210.057 176.885

Financiamentos a clientes são concedidos para reforma e modernização de postos, aquisição de produtos e desenvolvimento do mercado dedistribuição de combustíveis e lubrificantes. A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa é assim demonstrada:

Saldo em 2007 62.124Adições 16.784Baixas por utilização (19.130)Saldo em 2008 59.778

7 ESTOQUES (CONSOLIDADO)2008 2007

Provisão Saldo Provisão SaldoCusto para perdas líquido Custo para perdas líquido

Produtos acabados 333.054 (16.704) 316.350 143.666 (4.268) 139.398Produtos em elaboração 1.351 - 1.351 1.288 - 1.288Matérias-primas 248.150 (22) 248.128 104.764 (58) 104.706Gás liquefeito de petróleo - GLP 29.535 - 29.535 24.221 - 24.221Combustíveis, lubrificantes e graxas 333.675 (876) 332.799 264.961 (370) 264.591Materiais de consumo e vasilhames para revenda 36.466 (1.373) 35.093 33.742 (2.632) 31.110Adiantamentos a fornecedores 55.711 - 55.711 65.821 - 65.821Imóveis para revenda 14.789 - 14.789 - - -

1.052.731 (18.975) 1.033.756 638.463 (7.328) 631.135

A movimentação da provisão para perdas em estoques é assim demonstrada:

Saldo em 2007 7.328Adição 11.647Saldo em 2008 18.975

8 IMPOSTOS A RECUPERAREstão representados, substancialmente, por saldos credores do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, daContribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, do Programa de Integração Social - PIS e do Imposto de Rendae da Contribuição Social.

Controladora Consolidado

2008 2007 2008 2007IRPJ e CSLL 28.698 33.957 112.755 104.994ICMS - - 174.088 167.672Ajuste a valor presente do ICMS sobre ativo imobilizado – CIAP (vide notas

explicativas nº 2.d) e 3.q) - - (5.511) (3.637)Provisão para perdas de ICMS (*) - - (42.313) (46.886)PIS e COFINS 21 21 76.561 31.307Imposto sobre Valor Adicionado - IVA das controladasOxiteno México S.A. de C.V. e Oxiteno Andina, C.A. - - 13.303 4.011

IPI - - 22.208 8.649Outros 61 41 3.737 1.525

Total 28.780 34.019 354.828 267.635Circulante 28.780 34.019 311.869 202.620Não circulante - - 42.959 65.015

(*) A provisão refere-se aos saldos credores que as controladas estimam não poder compensar futuramente.A movimentação da provisão para perdas de ICMS é assim demonstrada:

Saldo em 2007 46.886Reversão de provisão (3.531)Baixas por recebimento (1.042)Saldo em 2008 42.313

O saldo de ICMS inclui os créditos da unidade de Camaçari - BA da controlada Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércio, correspondentesa R$ 68.544 em 31 de dezembro de 2008 (R$ 76.845 em 2007), que foram homologados e liberados para comercialização/transferência pelasautoridades fiscais. A provisão para perda dos créditos da unidade foi constituída com base no deságio máximo esperado na sua comercialização.Os créditos de IPI, PIS e COFINS estão sendo utilizados para a compensação de outros tributos federais.

9 PARTES RELACIONADASa) Sociedades relacionadas

ControladoraMútuos

Ativo PassivoCompanhia Ultragaz S.A. 27.529 -Oleoquímica Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda. 49.145 -Oxiteno S.A. Indústria e Comércio 360 -Transultra - Armazenamento e Transporte Especializado Ltda. - 1.389Melamina Ultra S.A. Indústria Química - 436

Total em 31 de dezembro de 2008 77.034 1.825Total em 31 de dezembro de 2007 41.413 689.955

ConsolidadoMútuos Operações comerciais

Ativo Passivo A receber A pagarQuímica da Bahia Indústria e Comércio S.A. - 3.391 - -Petroquímica União S.A. - - - 4.174Oxicap Indústria de Gases Ltda. 5.305 - - 847Liquigás Distribuidora S.A. - - 194 -Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - - - 184.074Copagaz Distribuidora de Gás Ltda. - - 421 -Braskem S.A. - - - 17.096SHV Gás Brasil Ltda. - - 149 -Plenogás - Distribuidora de Gás S.A. - 1.031 - -Outras 335 - 65 -

Total em 31 de dezembro de 2008 5.640 4.422 829 206.191Total em 31 de dezembro de 2007 12.865 4.723 16.928 219.989

ConsolidadoTransações ResultadoVendas Compras financeiro

Petroquímica União S.A. 2.398 139.792 -Liquigás Distribuidora S.A. 3.606 - -Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras 27.045 18.853.468 -Copagaz Distribuidora de Gás Ltda. 2.145 - -Braskem S.A. 5.700 697.879 -SHV Gás Brasil Ltda. 1.689 - -Refinaria de Petróleo Riograndense S.A. (*) 84 162.460 -Outras 679 12.188 -

Total em 31 de dezembro de 2008 43.346 19.865.787 -Total em 31 de dezembro de 2007 35.324 14.444.732 1.524

(*) Refere-se à parcela não eliminada das transações entre RPR e CBPI, uma vez que a consolidação de RPR é proporcional e a deCBPI integral.

As transações comerciais de compra e venda referem-se, substancialmente, à aquisição de matéria-prima, insumos e serviços detransporte e armazenagem, efetuadas com base em preços e condições usuais de mercado, considerando fornecedores e clientes comigual capacidade operacional. Os mútuos contratados possuem prazos indeterminados e não contém cláusulas de remuneração. Naavaliação da Administração da Sociedade, as transações com partes relacionadas não apresentam risco de liquidação, razão pela qualnão apresentam provisão para eventual liquidação duvidosa, nem são objeto d e prestação de garantias. As garantias prestadas pelaSociedade em empréstimos e financiamentos de controladas e coligadas estão mencionadas na nota explicativa nº 16.f). As transaçõesda Sociedade e suas controladas relativas a benefícios pós-emprego estão descritas na no ta explicativa nº 23.b) Pessoal-chave da Administração – Remuneração (Consolidado) - Em 2008 a Sociedade e suas controladas contabilizaramdespesa com remuneração de seu pessoal-chave (conselheiros de administração e diretores estatutários da Sociedade) no montantede R$ 21.825 (R$ 17.377 em 2 007). Deste total, R$ 18.320 referem-se a remuneração de curto prazo (R$ 16.433 em 2007), R$ 1.366a remuneração em ações (R$ 944 em 2007) e R$ 2.139 a benefício pós-emprego.c) Plano de ações (Consolidado) - Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 26 de novembro de 2003, foi aprovado planode benefícios dos administradores da Sociedade e de suas controladas, que prevê: (i) a outorga inicial de usufruto sobre ações deemissão da Sociedade mantidas em tesouraria pelas controladas nas quais os administradores beneficiados estão registrados; e (ii) atransferência da propriedade das ações após decorridos entre cinco e dez anos da concessão inicial condicionada à não-interrupçãodo vínculo entre o administrador beneficiado e a Sociedade e suas controladas. O valor total concedido a executivos até 31 dedezembro de 2008, incluindo encargos tributários, foi R$ 24.040 (R$ 16.279 em 2007). Tal valor está sendo amortizado pelo prazode cinco a dez anos a partir da concessão, e a amortização relativa ao período findo em 31 de dezembro de 2008 no montante deR$ 1.720 (R$ 1.260 em 2007) foi registrada como despesa operacional do exercício. Os valores das concessões foram determinadosna data de outorga com base no valor de mercado dessas ações na BM&FBovespa.

O quadro a seguir apresenta um resumo das informações sobre as ações outorgadas aos executivos da Sociedade:

Custos totais da Custos deAções Valor de remuneração, remuneração Custos de

restritas mercado das incluindo reconhecidos remuneração nãoData da outorga outorgadas ações (em R$) impostos acumulados reconhecidos7 de outubro de 2008 174.000 39,97 9.593 (114) 9.47912 de dezembro de 2007 40.000 64,70 3.763 (582) 3.1819 de novembro de 2006 51.800 46,50 3.322 (720) 2.60214 de dezembro de 2005 23.400 32,83 1.156 (366) 7904 de outubro de 2004 41.975 40,78 2.441 (1.058) 1.38317 de dezembro de 2003 59.800 30,32 3.765 (1.945) 1.820

390.975 24.040 (4.785) 19.255

10 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALa. Imposto de renda e contribuição social diferidos: A Sociedade e suas controladas reconhecem créditos e débitos tributários, os quais nãoestão sujeitos a prazos prescricionais, decorrentes de prejuízos fiscais, adições temporárias, bases negativas e reavaliação de ativo imobilizado,entre outros. Os créditos estão consubstanciados na continuidade da rentabilidade de suas operações. O imposto de renda e a contribuição socialdiferidos estão apresentados pelas seguintes principais categorias:

Controladora Consolidado2008 2007 2008 2007

Ativo - Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre:Provisões para perda de ativos - - 25.845 26.437Provisões para contingências 115 4.116 58.996 48.256Provisão para benefício pós-emprego (vide nota explicativa n° 23.b) - - 23.684 26.753Provisão para juros sobre capital próprio - - - 45.107Provisão para diferenças caixa vs. competência - - 176 29.419Provisão para ágio sobre investimentos (*) - - 320.451 -Demais provisões 128 86 26.500 17.828Prejuízos fiscais e base de cálculo negativa da contribuição social a compensar - 11.287 64.898 34.739

Total 243 15.489 520.550 228.539Circulante 128 4.202 111.842 108.964Não circulante 115 11.287 408.708 119.575Passivo - Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre:

Reavaliação de imobilizado - - 520 611Depreciação acelerada - - 145 168Provisão para ajustes caixa vs. competência - - 29.020 -Diferenças temporárias de controladas no exterior - - 1.225 1.179Adoção da Lei 11.638/07 (**) - - 2.029 -

Total - - 32.939 1.958Circulante - - 14.706 123Não circulante - - 18.233 1.835

(*) Refere-se ao imposto de renda e contribuição social conforme estabelecido na Instrução CVM 319/99, decorrente da reorganização societáriaocorrida no exercício de 2008 envolvendo as controladas Ultragaz Participações S.A., CBPI e DPPI, vide notas explicativas nº 4 e 14.(**) A Sociedade e suas controladas optaram pelo Regime Tributário de Transição – RTT previsto na MP 449/08.A estimativa de recuperação do ativo fiscal diferido de imposto de renda e contribuição social é assim demonstrada:

Controladora ConsolidadoAté 1 ano 128 111.842De 1 a 2 anos - 94.476De 2 a 3 anos - 77.220De 3 a 4 anos 115 130.009De 5 a 7 anos - 83.016De 8 a 10 anos - 23.987

243 520.550

b. Conciliação de imposto de renda e contribuição social no resultado: Os encargos de imposto de renda e contribuição social sãoreconciliados com as alíquotas oficiais como segue:

Controladora Consolidado2008 2007 2008 2007

Lucro antes da tributação e equivalência patrimonial, pós participação

dos empregados 88.146 (125.972) 546.336 368.241Alíquotas oficiais de imposto - % 34 34 34 34Encargos de imposto de renda e contribuição social às alíquotas oficiais (29.970) 42.830 (185.754) (125.202)Ajustes dos encargos à taxa efetiva:Provisões operacionais e despesas indedutíveis/receitas não tributáveis ( 627) (4.714) ( 11.603) ( 5.543)Ajuste do lucro presumido - - 9.833 9.606Juros sobre capital próprio - (45.255) - -Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT - - 357 1.679Demais ajustes - - ( 4.725) ( 1.657)Imposto de renda e contribuição social antes dos incentivos fiscais (30.597) (7.139) (191.892) (121.117)Incentivos fiscais – ADENE - - 40.309 35.152Imposto de renda e contribuição social na demonstração do resultado (30.597) (7.139) (151.583) (85.965)Corrente (17.452) (19.459) (204.581) (207.798)Diferido (13.145) 12.320 12.689 86.681Incentivos fiscais – ADENE - - 40.309 35.152

c. Isenção de impostos: As seguintes sociedades controladas gozam de isenção parcial ou integral de IRPJ, em virtude do programa dogoverno para o desenvolvimento do nordeste brasileiro:

Controlada Unidades Incentivo - % TérminoOxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércio Planta de Camaçari 75 2016Bahiana Distribuidora de Gás Ltda. Base de Mataripe 75 2013

Base de Suape (*) 100 2007Base de Aracaju (**) 12,5 2013Base de Caucaia 75 2012

Terminal Químico de Aratu S.A. - Tequimar Terminal de Aratu 75 2012Terminal de Suape 75 2015

(*) Em dezembro de 2007 expirou a isenção da base de Suape e foi protocolado pedido na Agência de Desenvolvimento do Nordeste - ADENE,responsável pela gestão desse programa de incentivo, solicitando 75% de redução do imposto de renda até 2017. Caso essa redução de 75%não venha a ser concedida, a controlada protocolará novo pedido à ADENE, pleiteando a redução de 12,5% até 2013, a que tem direito por estarsituada em área de incentivo e por ser considerada atividade econômica prioritária para o desenvolvimento da região.(**) Em virtude de modernização efetuada na Base de Aracaju, a Agência de Desenvolvimento do Nordeste – ADENE aprovou incremento naredução de imposto de renda de 25% para 75% até 2017, através de laudo expedido em 19 de dezembro de 2008. Em 20 de janeiro de 2009o laudo constitutivo do benefício foi encaminhado à Secretaria da Receita Federal para homologação, cujo prazo é de 120 dias. Caso essebenefício de 75% não venha a ser homologado, a controlada continuará fazendo jus à redução de 12,5% até 2013.

11 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE (CONSOLIDADO)2008 2007

Aluguéis 23.313 31.304Propaganda e publicidade 3.053 185Prêmios de seguros 5.723 1.567Compras de vale alimentação e transporte 3.925 3.376Tributos e demais despesas antecipadas 7.567 5.594

43.581 42.026Circulante 19.000 11.508Não circulante 24.581 30.518

12 INVESTIMENTOSa. Sociedades controladas (controladora)

2008Ultracargo - CompanhiaOperações Brasileira Refinaria Sociedade

Logísticas e Oxiteno S.A. de Petróleo de Petróleo Brasileira deParticipações Indústria e Ipiranga Riograndense Participações

Ltda. (i) Comércio (i) (i) (ii) S.A. (i) (ii) Ltda. (i)Quantidade de ações ou cotaspossuídas 9.323.829 35.102.127 105.952.000 296.000 62.150.000

Patrimônio líquido ajustado peloslucros não realizados entrecontroladas - R$ 619.415 1.542.594 2.543.837 (20.285) 79.938

Lucro líquido do exercício apósajuste de lucros não realizados - R$ 1.872 82.570 252.451 (26.211) 17.788

2008 2007Ultracargo - Distribui-Operações Sociedade dora de Companhia Refinaria

Logística Brasileira Produtos Brasileira de PetróleoUltragaz Partici- Imaven Oxiteno S.A. de Parti- de Petróleo de Petróleo Riogran-

Participações pações Imóveis Indústria e cipações Ipiranga Ipiranga (i) denseS.A. (i) Ltda. (i) Ltda.(i) Comércio (i) Lt da. (i) S.A. (i) (ii) S.A. (i) (ii) Total Total

Movimentaçãodos investimentos:

No inicio do exercício 421.491 208.402 50.693 1.539.378 - 922 .752 839.525 274.502 4.256.743 2.025.485Adoção daLei 11.638/07 (iii) - - - 2.061 - - (313) - 1.748 -

Compra de ações - - - - - - - - - 310.918Equivalência patrimonial 76.587 1.872 4.250 82.570 17.788 27.913 147.951 (26.211) 332.720 315.004Dividendos e juros sobrecapital próprio (bruto) - - - (19.840) - - (78.439) - (98.279) (190.170)

Aumento (redução) de capital - - - (470.000) - - - - (470.000) 43.210Aporte de capital em dinheiro 222.112 409.141 - 408.425 62.150 - - - 1.101.828 -Encargos tributários sobrereserva de reavaliação

reflexa (52) - - - - - (5) - (57) (195)Venda de participação - - (54.943) - - - - - (54.943) -Incorporação e reorganizaçãosocietária (iv) (720.138) - - - - (950.665) 1.635.118 (268.576) (304.261) 1.752.491

No fim do exercício - 619.415 - 1.542.594 79.938 - 2.543.837 (20.285) 4.765.499 4.256.743

(i) Demonstrações financeiras examinadas pelos nossos auditores independentes.(ii) Informações referem-se às atividades pertencentes à Ultrapar.(iii) Referem-se substancialmente a ajustes acumulados de conversão de moeda estrangeira e ajuste de avaliação patrimonial, contabilizadosdiretamente no patrimônio líquido das controladas, e que portanto não tiveram efeito no resultado de equivalência patrimonial das mesmas.(iv) Inclui aquisição para evitar participação recíproca na incorporação de ações (ver nota explicativa nº 4.iii).

b. Sociedades coligadas (consolidado)2008

Transportadora Oxicap Química da PlenogásSulbrasileira Metalúrgica Indústria de Bahia Indústria e Distribuidora

de Gás S.A. (i) Plus S.A. (v) Gases Ltda. (v) Comércio S.A. (v) de Gás S/A. (v)Quantidade de ações ou cotas possuídas 20.125.000 3.000 156 1.493.120 1.384.308Patrimônio líquido - R$ 29.632 (114) 7.752 7.270 (1.922)

Lucro (prejuízo) líquido do período - R$ 140 (181) 572 (290) 193Participação no capital social - % 25 33 25 50 33

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS(Em milhares de Reais, exceto quando de outra forma mencionado)

Page 11: Ultrapar_balanco_2008_2009

8/9/2019 Ultrapar_balanco_2008_2009

http://slidepdf.com/reader/full/ultraparbalanco20082009 11/12

Companhia Aberta

CNPJ nº 33.256.439/0001-39

www.ultra.com.br

Cenário IRisco (provável) Cenário II Cenário III

Swaps cambiais ativos em dólar(1) Swaps dólar / Real Valorização 55.861 223.884 627.009(2) Dívidas em dólar do dólar (55.853) (223.852) (626.920)(1) + (2) Efeito Líquido 8 32 89

Swaps cambiais passivos em dólar(3) Swaps Real / dólar Desvalorização (8.493) (34.041) (95.334)(4) Margem bruta da Oxiteno do dólar 8.487 34.014 95.260(3) + (4) Efeito Líquido (6) (27) (74)

Para a análise de sensibilidade do instrumento de proteção à taxa de juros, a Sociedade utilizou a curva futura da LIBOR (BBA – British Banker’sAssociation) em 31 de dezembro de 2008 para o vencimento do swap e do empréstimo sindicalizado (objeto de proteção), que ocorre em 2011,para fins de definição do cenário provável. Os cenários II e III foram estimados com uma deterioração de 25% e 50%, respectivamente, daestimativa de LIBOR provável.Com base nos três cenários de taxas de juros, a Administração estimou os valores do seu empréstimo e do instrumento de proteção através decálculo dos fluxos de caixa futuros associados a cada instrumento contratado de acordo com os cenários projetados, trazendo-os a valor presentepela taxa vigente em 31 de dezembro de 2008. O resultado está demonstrado na tabela abaixo:

Cenário IRisco (provável) Cenário II Cenário III

Swap de taxa de juros (em dólar)(1) Swap LIBOR / taxa fixa Alta (2.430) (1.199) 32(2) Dívida LIBOR da LIBOR 2.441 1.204 (32)(1) + (2) Efeito Líquido 11 5 -

22 CONTINGÊNCIAS E COMPROMISSOS (CONSOLIDADO)

a. Processos cíveis, fiscais e trabalhistas - O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Petroquímicas, ao qual são filiados os empregadosdas controladas Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércio e Empresa Carioca de Produtos Químicos S.A., ajuizou, em 1990, ação contraas controladas, pleiteando o cumprimento de reajustes estabelecidos em convenção coletiva de trabalho, em detrimento às políticas salariaisefetivamente praticadas. Na mesma época, o Sindicato Patronal suscitou dissídio coletivo para interpretação e esclarecimento da cláusula quartada convenção. Com base na opinião de seus assessores jurídicos, que analisaram a última decisão do Supremo Tribunal Federal - STF no dissídiocoletivo e a posição da ação individual da controlada Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércio, a Administração das controladas não julgounecessário constituir provisão em 31 de dezembro de 2008.A controlada Companhia Ultragaz S.A. responde a processo administrativo em curso no Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, sobalegação de prática anticoncorrencial em municípios da região do Triângulo Mineiro em 2001. Recentemente, o CADE proferiu decisão condenandoa Companhia Ultragaz S.A. a multa equ ivalente a 1% do faturamento bruto anual de 2001 (que totalizou R$ 1.475 milhões), excluídos os impostose atualizado pelo IPCA-e. Essa decisão administrativa ainda não transitou em julgado, sendo passível de recurso ainda na esfera administrativa.Caso seja mantida a condenação no âmbito administrativo esta decisão poderá ter sua execução suspensa e o mérito rediscutido na esfera judicial.Baseada nos elementos acima e na opinião de seus assessores jurídicos, a Administração da controlada não registrou provisão.A controlada Companhia Ultragaz S.A. é ré em processos judiciais relativos a perdas e danos causados por explosão, em 1996, em um shoppingcenter localizado na cidade de Osasco - SP. Tais processos envolvem: (i) processos individuais movidos por vítimas da explosão pleiteandoressarcimento por perda de benefício econômico e danos morais; (ii) solicitação de ressarcimento de despesas da administradora do shoppingcenter e sua seguradora; e (iii) ação coletiva pleiteando indenização de danos materiais e morais de todas as vítimas lesionadas e falecidas. Acontrolada acredita ter produzido provas de que os dutos de gás defeituosos do shopping center causaram o acidente e que as instalações dearmazenamento de GLP da Ultragaz no local não contribuíram para a explosão. Das 62 ações julgadas até o momento, 61 lhes foram favoráveis,e destas, 25 já estão arquivadas; apenas 1 foi desfavorável em 2ª instância, da qual ainda cabe recurso, cujo valor, caso seja mantida a decisão,é de R$ 17, restando ainda 3 ações não julgadas. A controlada possui cobertura de seguro para esses processos judiciais, sendo o valor nãosegurado correspondente a R$ 16.524. A Sociedade não registrou provisão para esse valor, pois considera a probabilidade de realização dessacontingência como sendo, essencialmente, remota.A Sociedade e suas controladas obtiveram medidas liminares para recolherem as contribuições ao PIS e à COFINS sem as alterações introduzidaspela Lei 9.718/98 em sua versão original. O questionamento em curso refere-se à incidência dessas contribuições sobre outras receitas, além dofaturamento. Em 2005, o STF julgou a questão favoravelmente ao contribuinte. Muito embora seja um precedente, o efeito dessa decisão não seaplica automaticamente a todas as empresas, já que estas devem aguardar o julgamento de suas próprias ações judiciais. No 1° semestre de2007 transitaram em julgado ações da Sociedade e de controladas que reverteram as provisões existentes no valor de R$ 12.759, líquidas dehonorários advocatícios. A Sociedade possui outras controladas cujas ações ainda não foram julgadas. Caso todas as ações judiciais ainda emaberto venham a transitar em julgado favoravelmente às controladas, a Sociedade estima que o efeito total positivo no resultado, antes do impostode renda e da contribuição social, deva atingir R$ 32.801, já deduzidos os honorários advocatícios.Tendo em vista a jurisprudência favorável e a opinião de seus assessores jurídicos, as controladas Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércioe Oxiteno S.A. Indústria e Comércio ingressaram, em 16 de setembro e 1º de outubro de 2008, respectivamente, com Mandados de Segurançavisando a obtenção de liminares para exclusão das receitas de exportação da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro; tais liminaresforam indeferidas e as controladas aguardam julgamento dos recursos interpostos.A controlada Utingás Armazenadora S.A. vem discutindo judicialmente autos de infração referentes à incidência do Imposto Sobre Serviços - ISS lavradospela Prefeitura Municipal de Santo André. A avaliação dos assessores jurídicos da controlada é a de que o risco é baixo, uma vez que parte significativadas decisões em julgamentos na esfera administrativa foram favoráveis à controlada. A tese defendida pela controlada está amparada por parecer derenomado tributarista. O montante não provisionado da contingência, atualizado para 31 de dezembro de 2008, é de R$ 46.916 (R$ 42.861 em 2007).Em 7 de outubro de 2005, as controladas Companhia Ultragaz S.A. e Bahiana Distribuidora de Gás Ltda. ingressaram com mandado de segurançae obtiveram liminar para suportar a compensação de créditos de PIS e COFINS com outros tributos administrados pela Secretaria da ReceitaFederal, notadamente IRPJ e CSLL. A decisão foi confirmada em sentença favorável de 1ª instância em 16 de maio de 2008. Nos termos daliminar obtida, as controladas vêm realizando o depósito judicial desses débitos, cujo saldo totaliza R$ 117.679 em 31 de dezembro de 2008 (R$81.207 em 2007) e constituindo passivo correspondente para esse fim.As controladas Companhia Ultragaz S.A., Utingás Armazenadora S.A., Terminal Químico de Aratu S.A. - Tequimar, Transultra - Armazenamentoe Transporte Especializado Ltda. e Ultracargo Operações Logísticas e Participações Ltda. possuem medidas judiciais com pedido de liminarpleiteando o aproveitamento integral e imediato da correção complementar Índice de Preços ao Consumidor - IPC/Bônus do Tesouro Nacional -

BTN verificada em 1990 (Lei 8.200/91), e mantém provisão de R$ 14.575 (R$ 13.571 em 2007), para fazer face a possíveis contingências casovenham a perder tais ações.As controladas Oxiteno S.A. Indústria e Comércio, Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércio, Companhia Ultragaz S.A. e Transultra -Armazenamento e Transporte Especializado Ltda. ingressaram, em 29 de dezembro de 2006, com mandados de segurança objetivando aexclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições do PIS e da COFINS. A Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércio obteve a segurança evem depositando judicialmente os valores questionados, bem como vem constituindo a respectiva provisão no montante de R$ 24.255 (R$ 10.655em 2007); as demais controladas não obtiveram liminar, e aguardam julgamento de recurso interposto ao Tribunal Regional Federal - TRF da 3ªRegião. Em 19 de agosto de 2008, as controladas Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga, Refinaria de Petróleo Riograndense S.A., TropicalTransportes Ipiranga Ltda. e Empresa Carioca de Produtos Químicos S.A. também ingressaram com mandados de segurança pleiteando idênticobenefício, não obtiveram liminares e aguardam julgamento das ações.A Sociedade e algumas de suas controladas possuem medidas judiciais com pedido de liminar visando não se submeterem à legislação querestringiu a compensação dos prejuízos fiscais (IRPJ) e das bases negativas (CSLL) apurados até 31 de dezembro de 1994 a 30% do lucrodo exercício. Em decorrência do posicionamento do Supremo Tribunal Federal - STF e com base na opinião dos seus assessores jurídicos, foiconstituída provisão para essa contingência no valor de R$ 6.804 (R$ 6.624 em 2007).Em 2007, considerando a evolução da jurisprudência recente, a avaliação de seus assessores jurídicos e a elevação dos montantes envolvidosem operações realizadas, a Sociedade e suas controladas passaram a provisionar PIS e COFINS sobre créditos de juros sobre capital próprio. Ovalor total provisionado em 31 de dezembro de 2008 é de R$ 21.943 (R$ 20.665 em 2007).Em relação à Ipiranga/Refino, as principais contingências adicionais provisionadas se referem a: (a) exigência de estornos de créditos de ICMSsobre a prestação de serviços de transporte apropriados durante a vigência da sistemática de ressarcimento de fretes pelo DNC (atual ANP- Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), R$ 7.256; (b) exigência de estorno de créditos de ICMS, no Estado de MinasGerais, nas saídas interestaduais, feitas ao abrigo do artigo 33 do Convênio ICMS 66/88, o qual permitia a manutenção do crédito e que foisuspenso por liminar concedida pelo STF, R$ 28.367; (c) autuações por dedução de descontos incondicionais na base de cálculo do ICMS, devidopor substituição tributária, no Estado de Minas Gerais, R$ 16.268; (d) litígios sobre cláusulas de contratos com clientes; e (e) questões propostaspor ex-empregados e pessoal terceirizado versando sobre verbas de cunho salarial.Os principais processos fiscais da Ipiranga/Refino que apresentam risco de perda avaliado como possível, e que com base nesta avaliação não seencontram provisionados nas demonstrações financeiras, referem-se ao ICMS, totalizam R$ 147.627 e são relativos, principalmente, a: (a) exigência

de estorno de créditos decorrentes do excesso de tributação gerado nas aquisições de produtos na refinaria de petróleo pelo regime de substituiçãotributária, (b) exigência de ICMS em aquisições de óleos básicos, (c) autuações no Estado do Rio de Janeiro exigindo o estorno de créditos de ICMSgerados nas saídas interestaduais feitas ao abrigo do artigo 33 do Convênio ICMS 66/88, o qual permitia a manutenção do crédito e que foi suspensopor liminar concedida pelo STF, (d) exigência de estorno de crédito presumido em transferências interestaduais de álcool etílico hidratado carburante noEstado de Santa Catarina, (e) autos de infração lavrados em Minas Gerais em razão de suposta apuração indevida da base de cálculo do ICMS, umavez que não foi incluída na referida base de cálculo o valor do próprio imposto, nas operações interestaduais com derivados de petróleo destinados aoconsumidor final; e (f) auto de infração relativo a operações de devolução de empréstimo de álcool anidro.

Adicionalmente, a controlada CBPI e suas controladas possuem autos de infração relativos à não-homologação de compensação de créditos deIPI apropriados em entradas de insumos tributados cujas saídas posteriores se deram sob o abrigo da imunidade. O montante não provisionadoda contingência, atualizado para 31 de dezembro de 2008, é de R$ 40.430 (R$ 31.186 em 2007).A Sociedade e suas controladas possuem outros processos administrativos e judiciais em andamento, cujas avaliações, efetuadas por seusassessores jurídicos, são consideradas como de risco possível e/ou remoto, e cujas eventuais perdas potenciais não foram provisionadas pelaSociedade e suas controladas, com base nesses pareceres. A Sociedade e suas c ontroladas também possuem contenciosos judiciais que visama recuperação de impostos e contribuições, que não foram registrados nas demonstrações financeiras em razão de sua natureza contingente.As movimentações das provisões líquidas dos depósitos judiciais são assim apresentadas:

Provisões Saldo em 2007 Adições Baixas Atualizações Saldo em 2008IRPJ e CSLL 105.605 26.899 (171) 11.324 143.657PIS e COFINS 33.570 12.148 (535) 3.595 48.778ICMS 61.103 293 (865) 2.156 62.687INSS 2.355 5.931 (746) 561 8.101Cíveis 4.505 11 (595) 28 3.949Trabalhistas 13.838 65 (2.551) 18 11.370Outros 2.035 2.871 - 726 5.632(-) Depósitos judiciais ( 96.157) (41.183) 1.093 (11.876) (148.123)

Total 126.854 7.035 (4.370) 6.532 136.051

b. Contratos - A controlada Tequimar possui contratos com a CODEBA e com o Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros,relacionados com suas instalações portuárias em Aratu e Suape, respectivamente. Esses contratos estabelecem uma movimentação mínima de

carga de 1.000.000 de toneladas por ano em Aratu, até 2022, e de 250.000 toneladas por ano em Suape, até 2027. Se a movimentação anual formenor que o mínimo exigido, a controlada deverá pagar a diferença entre a movimentação real e a mínima estabelecida nos contratos, com base nastarifas portuárias em vigor na data definida para pagamento. Em 31 de dezembro de 2008, essas tarifas eram de R$ 4,93 e R$ 3,97 por tonelada paraAratu e Suape, respectivamente. A controlada tem cumprido os limites mínimos de movimentação de carga desde o início dos contratos.A controlada Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércio possui contrato de fornecimento com a Braskem S.A., que estabelece limitemínimo de consumo anual de eteno e regula condições de fornecimento de eteno até 2021. O compromisso mínimo de compra e ademanda real dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, expressos em toneladas de eteno, estão a seguir indicados.No caso de descumprimento do compromisso mínimo de compra, a controlada obriga-se a pagar multa de 40% do preço corrente doeteno, na extensão da quantidade não cumprida.

Compromisso de compra mínima Demanda acumulada (real)2008 2007 2008 2007

Em toneladas de eteno 173.005(*) 180.000 173.049 197.242

(*) Ajustado pelas paradas para manutenção realizadas pela Braskem no exercício.

Em 1° de agosto de 2008 a controlada Oxiteno S.A. Indústria e Comércio assinou Contrato de Fornecimento de Eteno com a Petroquímica União S.A.,com vencimento em 2023, que prevê e regula as cond ições do fornecimento de eteno à Oxiteno tendo como base o mercado internacional deste produto.A quantidade mínima de compra é de 19.800 toneladas de eteno semestrais. No caso de descumprimento do compromisso mínimo de compra, acontrolada obriga-se a pagar multa de 30% do preço corrente do eteno, na extensão da quantidade não cumprida.c. Cobertura de seguros em controladas - A Sociedade contrata apólices de seguro adequadas, visando cobrir diversos riscos aos quais está exposta,incluindo seguros patrimoniais com cobertura para os prejuízos causados por incêndio, queda de raio, explosão de qualquer natureza, vendaval, quedade aeronave e danos elétricos, entre outros, garantindo as bases e demais filiais de todas as controladas, exceto Refino, que contrata seu próprio seguro.O valor máximo indenizável, incluindo Lucros Cessantes, com base na análise de risco da máxima perda possível em um determinado local é de US$852 milhões.O programa de Seguro de Responsabilidade Civil Geral atende à Sociedade e suas controladas, com valor de cobertura global máximo de US$ 400milhões, cobrindo os prejuízos que eventualmente possam ser causados a terceiros decorrentes de acidentes relacionados às operações comerciais eindustriais e/ou à distribuição e comercialização de produtos e serviços.

São contratados, também, seguros nas modalidades de Vida em Grupo e Acidentes Pessoais, Saúde, Transportes Nacionais e Internacionais eRiscos Diversos.As coberturas e limites segurados nas apólices contratadas são baseados em criterioso estudo de riscos e perdas realizado por consultores de seguroslocais, sendo a modalidade de seguro contratada considerada, pela Administração, suficiente para cobrir os eventuais sinistros que possam ocorrer, tendoem vista a natureza das atividades realizadas pelas empresas.d. Contratos de arrendamento mercantil operacional - As controladas Tropical, Sociedade Brasileira de Participações e Serma mantêm contratos dearrendamento mercantil operacional, relacionados ao uso de equipamentos (caminhões) para transporte de combustíveis e de informática.Esses contratos têm prazos entre 12 e 36 meses. As controladas têm a opção de comprar os ativos por um preço equivalente ao valor justo à data daopção, e a Administração não possui a intenção de exercê-la.Os desembolsos futuros (contraprestações), assumidos em decorrência desses contratos, totalizam aproximadamente:

2008Até 1 ano 739Mais de 1 ano 742

1.481

O total de pagamentos de arrendamento mercantil operacional reconhecidos como despesa do período foi R$ 2.219 em 2008.

23 BENEFÍCIOS A EMPREGADOS E PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA (CONSOLIDADO)a. ULTRAPREV - Associação de Previdência Complementar - Em agosto de 2001, a Sociedade e suas controladas (exceto ascontroladas adquiridas do Grupo Ipiranga) passaram a oferecer um plano de previdência privada na modalidade de contribuição definidaa seus empregados, administrado pela Ultraprev - Associação de Previdência Complementar. Nos termos do plano, a contribuição básicade cada empregado participante é calculada por meio da multiplicação de um percentual, que varia entre 0% e 11%, o qual é anualmentedefinido pelo participante, com base no seu salário. As sociedades patrocinadoras contribuem, em nome do participante, com um valoridêntico ao da contribuição básica deste. À medida que os participantes se aposentam, eles optam entre receber mensalmente: (i) umpercentual, que varia entre 0,5% e 1,0%, sobre o fundo acumulado em seu nome na Ultraprev; ou (ii) um valor fixo mensal que esgotará ofundo acumulado em nome do participante em um prazo que varia entre 5 e 25 anos. Assim sendo, a Sociedade e suas controladas nãoassumem responsabilidade por garantir valores e prazos de recebimento de aposentadoria. Em 31 de dezembro de 2008, a Sociedade esuas controladas contribuíram com R$ 5.421 (R$ 3.469 em 2007) à Ultraprev, valor contabilizado como despesa no resultado do exercício.

O total de empregados vinculados ao plano em 31 de dezembro de 2008 atingiu 7.153 participantes ativos e 19 participantes aposentados.Adicionalmente, a Ultraprev possuía 1 participante ativo e 30 ex-funcionários recebendo benefícios conforme as regras de plano anteriorcujas reservas estão plenamente constituídas.Em setembro de 2008 foi aprovada a adesão das empresas EMCA, DPPI, CBPI e suas controladas à Ultraprev. Com isso, a partir destadata, as companhias passaram a realizar contribuições à Ultraprev, tendo solicitado a retirada de patrocínio junto à Fundação FranciscoMartins Bastos.b. Benefícios pós-emprego - A Ipiranga/Refino reconhecem provisão para benefício pós-emprego relacionada a gratificação por tempode serviço, indenização do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e plano de assistência médica e seguro de vida para aposentadoselegíveis (“benefícios complementares”).O passivo líquido para a Ipiranga/Refino relativo a tais benefícios registrado em 31 de dezembro de 2008 é de R$ 86.490 (R$ 93.932 em2007), sendo que R$ 8.768 (R$ 8.768 em 2007) estão contabilizados no passivo circulante e R$ 77.722 (R$ 85.164 em 2007) no exigívela longo prazo.Os valores relacionados a esses benefícios foram apurados em avaliação conduzida por atuário independente, e estão reconhecidos nasdemonstrações financeiras de acordo com a Deliberação CVM 371/2000.As principais premissas atuariais utilizadas são:Hipóteses econômicas• Taxa de desconto a valor presente da obrigação atuarial – 10,24% ao ano• Taxa de retorno de longo prazo esperada para os ativos – 10,24% ao ano• Taxa média de crescimento salarial projetada – 6,08% ao ano• Taxa de inflação (longo prazo) – 4,0% ao ano• Taxa de crescimento dos serviços médicos – 8,16% ao anoHipóteses demográficas• Tábua de Mortalidade – AT 1983 Basic desagravada em 10% (*)• Tábua de Mortalidade de Inválidos – RRB 1983• Tábua de Entrada em Invalidez – RRB 1944 modificada• Taxa de inflação (longo prazo) – 4,0% ao ano• Taxa de crescimento dos serviços médicos – 8,16% ao ano(*) Para o benefício de seguro de vida foi utilizada a tábua de mortalidade CSO-80.

24 EVENTO SUBSEQUENTEA controlada CBPI contratou, em 6 de março de 2009, c édula de crédito bancário junto à Caixa Ec onômica Federal - CEF, no valor totalde R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de Reais), a um custo de 120% do CDI, pelo prazo de 36 (trinta e seis) meses, pré-pagávelsem penalidade, sendo 24 (vinte e quatro) meses de carência com pagamento de juros trimestrais e 12 (doze) meses de amortizaçãomensal do principal acrescido de juros.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS(Em milhares de Reais, exc eto quando de outra forma mencionado)

AoConselho de Administração e aos Acionistas daUltrapar Participações S.A.São Paulo - SP

1. Examinamos o balanço patrimonial da Ultrapar Participações S.A. e o balanço patrimonial consolidado dessa Companhia e suascontroladas, levantados em 31 de dezembro de 2008, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido,dos fluxos de caixa e dos valores adicionados correspondentes ao exercício findo nessa data, elaborado sob a responsabilidade de suaAdministração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: a) o planejamento dos trabalhos,considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e suascontroladas; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeisdivulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia esuas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição

patrimonial e financeira da Ultrapar Participações S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada dessa Companhia e suas controladasem 31 de dezembro de 2008, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e os valoresadicionados nas operações referentes ao exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. Anteriormente, auditamos as demonstrações financeiras da Companhia e as demonstrações financeiras consolidadas da Companhia esuas controladas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, compreendendo os balanços patrimoniais, as demonstrações doresultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos desse exercício, além das informações suplementarescompreendendo as demonstrações dos fluxos de caixa e dos valores adicionados, sobre as quais emitimos parecer sem ressalva, datado de11 de fevereiro de 2008. Conforme mencionado na nota explicativa 2, as práticas contábeis adotadas no Brasil foram alteradas a partir de 1º. de

 janeiro de 2008. As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, apresentadas de forma conjunta comas demonstrações financeiras de 2008, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31 de dezembrode 2007 e, como permitido pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08, não estãosendo reapresentadas com os ajustes para fins de comparação entre os exercícios.

11 de março de 2009

Auditores IndependentesCRC 2SP014428/O-6

Anselmo Neves Macedo Alexandre HeinermannContador CRC 1SP160482/O-6 Contador CRC 1SP228175/O-0

O Conselho Fiscal da Ultrapar Participações S.A., em cumprimento às disposições legais e estatutárias, examinou o Relatório daAdministração e as Demonstrações Financeiras (controladora e consolidado) referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembrode 2008. Com base nos exames efetuados e considerando o parecer, sem ressalvas, dos auditores independentes, KPMG AuditoresIndependentes, datado de 11 de março de 2009, opina que os referidos documentos, bem como o orçamento de capital para 2009 e aproposta da destinação de lucro líquido do período, incluindo a distribuição de dividendos, estão em condições de serem apreciados pelaAssembléia Geral Ordinária.São Paulo, 11 de março de 2009.

Flavio César Maia Luz

Raul Murgel Braga

Wolfgang Eberhard Rohrbach

Edson Pena Júnior

Mario Probst

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES PARECER DO CONSELHO FISCAL

Paulo Guilherme Aguiar Cunha

Presidente

Lucio de Castro Andrade Filho

Vice-Presidente

Ana Maria Levy Villela Igel

Luiz Carlos Teixeira

Nildemar Secches

Olavo Egydio Monteiro de Carvalho

Paulo Vieira Belotti

Renato Ochman

Conselheiros

Pedro Wongtschowski

Diretor Presidente

André Covre

João Benjamin Parolin

Leocadio de Almeida Antunes Filho

Pedro Jorge Filho

Diretores

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA

Marcia Aparecida de Lucca CalmonContador - CRC 1SP143169/O-4

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17 PATRIMÔNIO LÍQUIDOa. Capital social - A Sociedade é uma sociedade anônima de capital aberto, com ações negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo ede Nova Iorque, cujo capital social subscrito e integralizado está representado por 136.095.999 ações sem valor nominal, sendo 49.429.897ordinárias e 86.666.102 preferenciais.Em 31 de dezembro de 2008 estavam em circulação no exterior 13.445.233 ações preferenciais na forma de “American Depositary Receipts -ADRs”.As ações preferenciais, não conversíveis em ordinárias, não possuem direito a voto e detêm a prioridade no reembolso do capital, sem prêmio,na liquidação da Sociedade.No início de 2000 a Sociedade concedeu, através de acordo de acionistas, o direito de “Tag Along”, que assegura aos acionistas não controladorescondições idênticas às negociadas pelos acionistas controladores em caso de alienação do controle acionário da Sociedade. Em 2004, estedireito passou a constar no Estatuto da Sociedade.A Sociedade está autorizada a aumentar o capital social, independentemente de reforma estatutária, por deliberação do Conselho deAdministração, até que este atinja R$ 4.500.000, mediante a emissão de ações ordinárias ou preferenciais, sem guardar a proporção existente,observado o limite de 2/3 de ações preferenciais do total das ações emitidas.b. Ações em tesouraria - A Sociedade adquiriu ações de sua emissão a preços de mercado, sem redução do capital social, para manutençãoem tesouraria e posterior alienação ou cancelamento, nos termos das Instruções CVM 10, de 14 de fevereiro de 1980, e 268, de 13 de novembrode 1997.Durante 2008, foram adquiridas 1.759.100 ações preferenciais ao custo médio de R$ 59,70 por ação, referente ao programa de recomprade ações aprovado na Reunião do Conselho de Administração de 2 de agosto de 2006 e prorrogado através da Reunião do Conselho deAdministração de 8 de agosto de 2007.Em 31 de dezembro de 2008, as demonstrações financeiras da controladora totalizam em tesouraria 2.201.272 ações preferenciais e 6.617 açõesordinárias, adquiridas ao custo médio de R$ 57,79 e R$ 19,30 por ação, respectivamente. No consolidado constam em tesouraria 2.592.247ações preferenciais e 6.617 ações ordinárias, adquiridas ao custo médio de R$ 54,22 e R$ 19,30 por ação, respectivamente.O preço das ações preferenciais de emissão da Sociedade em 31 de dezembro de 2008 na BM&FBovespa era de R$ 50,82.c. Reserva de capital - A reserva de capital reflete o ágio com a alienação de ações a preço de mercado para manutenção em tesouraria nascontroladas da Sociedade, ao preço médio de R$ 41,55 por ação. Tais ações foram utilizadas para concessão de usufruto a executivos dessascontroladas, conforme mencionado na nota explicativa nº 9.c).d. Reserva de reavaliação - A reserva de reavaliação reflete a reavaliação de ativos de controladas e é realizada com base nas depreciações,baixas ou alienações dos respectivos bens reavaliados das controladas, considerando-se, ainda, os efeitos tributários das provisões constituídaspor essas controladas.Em alguns casos, os encargos tributários sobre a reserva de reavaliação reflexa de determinadas controladas são reconhecidos à medida que areserva é realizada, por serem anteriores à publicação da Deliberação CVM 183/95.e. Reserva de retenção de lucros - É destinada à aplicação em investimentos previstos em orçamento de capital, principalmente em expansão,produtividade e qualidade, aquisições e novos investimentos. Constituída em observância ao artigo 196 da Lei das Sociedades por Ações, incluitanto a parcela do lucro líquido do exercício como a realização da reserva de reavaliação e, em 2008, a parcela relativa aos ajustes iniciais à Lei11.638/07 e MP 449/08.f. Reserva de lucros a realizar  - Constituída de acordo com o estabelecido no artigo 197 da Lei das Sociedades por Ações, com base noresultado de equivalência patrimonial auferido pela Sociedade. Sua realização normalmente ocorre por ocasião do recebimento de dividendos,alienação e baixa dos investimentos.g. Dividendos e destinação do lucro líquido do exercício da controladora  - Aos acionistas é assegurado, estatutariamente, um dividendomínimo anual de 50% do lucro líquido ajustado, calculado nos termos da Lei das Sociedades por Ações.A proposta de dividendos consignada nas demonstrações financeiras da Sociedade, sujeita à aprovação dos acionistas na Assembléia Geral, éassim demonstrada:

2008Lucro líquido do exercício 390.269Reserva legal (19.513)Retenção de lucros (132.987)

Dividendos a pagar 237.769Dividendos intermediários (R$ 0,89 por ação) (119.006)Dividendos propostos a pagar (R$ 0,887031 por ação) (118.763)

h. Conciliação entre o patrimônio líquido da controladora e do consolidado 

2008 2007Patrimônio líquido da controladora 4.663.602 4.609.982Ações em tesouraria em poder de controladas - líquidas de realização (11.475) ( 6.391)Reserva de capital oriunda da venda de ações em tesouraria para

controladas - líquida de realização (2.051) ( 2.806)Patrimônio líquido do consolidado 4.650.076 4.600.785

i. Ajuste de avaliação patrimonial  - As diferenças entre o valor justo e o custo corrigido (i) das aplicações financeiras classificadas comodisponíveis para venda e (ii) dos instrumentos financeiros designados como hedge de fluxo de caixa são reconhecidas diretamente no patrimôniolíquido na conta Ajuste de avaliação patrimonial. Os ganhos e perdas registrados no patrimônio líquido são realizados para o resultado, casoocorra sua liquidação antecipada.

 j. Ajustes acumulados de conversão de moeda estr angeira - A variação de taxas de câmbio sobre investimentos mantidos no exterior commoeda funcional diferente da moeda funcional da Sociedade é reconhecida diretamente no patrimônio líquido. Esse efeito acumulado é revertidopara o resultado do exercício como ganho ou perda somente em caso de alienação ou baixa do investimento.

18 OUTRAS RECEITASa) Controladora - Em 2008, referem-se a ganho de reorganização societária envolvendo as controladas Ultragaz Participações S.A., CBPI eDPPI, conforme comentado na nota explicativa nº 4, que são eliminados no resultado de equivalência patrimonial destas controladas, conformeestabelecido na Instrução CVM 319/99.b) Consolidado - Compõem-se, principalmente, de R$ 11.212 (receita) (R$ 12.651 (receita) em 2007) de resultado da venda do ativo imobilizado,notadamente vasilhames, imóveis, veículos e vagões-tanque. Incluem o ganho na alienação da totalidade da participação acionária que a

controlada Oxiteno S.A. Indústria e Comércio detinha na Petroquímica União S.A., ocorrida em 2008.

19 INFORMAÇÕES SOBRE SEGMENTOA Sociedade possui quatro segmentos de negócios relevantes: distribuição de gás, distribuição de combustíveis, químico e logística. O segmentode distribuição gás distribui GLP a consumidores residenciais, comerciais e industriais, principalmente nas Regiões Sul, Sudeste e Nordestedo País. O segmento de distribuição de combustíveis opera na distribuição de combustíveis claros, lubrificantes e atividades relacionadas nasRegiões Sul e Sudeste do País. O segmento químico produz óxido de eteno e seus derivados, que são matérias-primas para os segmentostêxtil, alimentício, de cosméticos e detergentes, agroquímicos, de tintas e vernizes, entre outros. O segmento de logística opera transportee armazenagem, principalmente nas Regiões Sudeste e Nordeste do País. Os segmentos apresentados nas demonstrações financeiras sãounidades de negócio estratégicas que oferecem produtos e serviços distintos. As vendas entre segmentos são feitas a preços semelhantesàqueles que poderiam ser praticados com terceiros.As principais informações financeiras sobre cada um dos segmentos da Sociedade podem ser assim demonstradas (eliminadas as transaçõesentre segmentos):

2008 2007Ultragaz Oxiteno Ultracargo Ipiranga Outros Consolidado Consolidado

Receita líquida 3.336.818 1.926.126 237.364 22.676.369 91.306 28.267.983 19.921.305Lucro operacional antes das receitas

(despesas) financeiras, outrasreceitas e equivalência patrimonial 87.872 154.204 7.299 515.710 (51.676) 713.409 486.162

Ativo total 1.081.832 3.308.841 862.466 3.256.605 1.157.424 9.667.168 9.216.406

Na tabela acima, a coluna “outros” é composta principalmente pela controladora Ultrapar Participações S.A. e pela participação na atividade deRefino.

20 RESULTADO FINANCEIRO (CONSOLIDADO)2008 2007

Receitas financeiras:Juros sobre aplicações financeiras 232.100 145.063Juros de clientes 22.518 19.181Outras receitas 2.625 (914)

257.243 163.330Despesas financeiras:

Juros sobre financiamentos (304.106) ( 97.278)Juros sobre debêntures (22.087) (123.892)Juros sobre arrendamento mercantil financeiro (2.862) -Amortização de gastos com emissão de títulos e valores mobiliários (610) -Encargos bancários (21.108) (18.700)Variações monetárias e cambiais, líquidas de resultado de instrumentos de proteção (46.346) 10.579PIS/COFINS/CPMF/IOF/outros encargos (2.841) (38.699)Atualizações de provisões e outras despesas (26.117) (14.751)

(426.077) (282.741)Resultado financeiro (168.834) (119.411)

21 RISCOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS (CONSOLIDADO)Gestão de riscos e instrumentos financeiros - Governança - Os principais fatores de risco a que a Sociedade e suas controladas estãoexpostas refletem aspectos estratégico-operacionais e econômico-financeiros. Os riscos estratégico-operacionais (tais como, entre outros,comportamento de demanda, concorrência, inovação tecnológica e mudanças relevantes na estrutura da indústria) são endereçados pelomodelo de gestão da Sociedade. Os riscos econômico-financeiros refletem, principalmente, a inadimplência de clientes, o comportamento devariáveis macroeconômicas, como taxas de câmbio e de juros, bem como as características dos instrumentos financeiros que a Sociedade esuas controladas utilizam e as suas contrapartes. Esses riscos são administrados por meio de políticas de controle, estratégias específicas edeterminação de limites.A Sociedade possui uma política conservadora de gestão dos recursos, instrumentos e riscos financeiros aprovada pelo seu Conselho deAdministração (“Política”). De acordo com a Política, a administração financeira tem como principais objetivos preservar o valor e a liquidez dos

ativos financeiros e garantir recursos financeiros para o bom andamento dos negócios, incluindo suas expansões. Os principais riscos financeirosconsiderados na Política são riscos de moedas, juros, crédito e seleção de instrumentos financeiros. A governança da gestão dos riscos einstrumentos financeiros segue a segregação de responsabilidades abaixo:• A execução da gestão dos recursos, instrumentos e riscos financeiros é feita pela Diretoria Financeira, através da tesouraria, comacompanhamento das áreas fiscal e contábil.• A supervisão e monitoramento do cumprimento dos princípios, diretrizes e parâmetros da Política é de responsabilidade do Comitê de Riscose Aplicações Financeiras existente há mais de 10 anos e composto por membros da Diretoria Executiva da Sociedade (“Comitê”). O Comitêse reúne regularmente e tem como atribuições, entre outras, a discussão e acompanhamento das estratégias financeiras, das exposiçõesexistentes e das operações relevantes que envolvam aplicação, captação de recursos ou mitigação de riscos. O Comitê monitora mensalmenteos parâmetros de risco estabelecidos pela Política através de um mapa de acompanhamento.• As alterações da Política ou revisões dos seus parâmetros são sujeitas à aprovação do Conselho de Administração da Sociedade.• O contínuo aprimoramento da Política é responsabilidade conjunta do Conselho de Administração, do Comitê e da Diretoria Financeira.Risco de moedas - A maior parte das operações da Sociedade e suas controladas se localiza no Brasil, e portanto a moeda de referência paraa gestão do risco de moedas é o Real. A gestão do risco de moedas é guiada pela neutralidade de exposições cambiais e considera os riscostransacional, contábil e operacional da Sociedade e suas controladas às mudanças nas taxas de câmbio. A Sociedade considera como suasprincipais exposições cambiais os ativos e passivos em moeda estrangeira e o fluxo de curto prazo das vendas líquidas em moeda estrangeirada Oxiteno.As controladas da Sociedade utilizam instrumentos de proteção cambial (principalmente entre o Real e o dólar norte-americano) disponíveis nomercado financeiro para proteger seus ativos, passivos, recebimentos e desembolsos em moeda estrangeira, com o objetivo de reduzir os efeitosda variação cambial em seus resultados e fluxo de caixa em Reais, dentro dos limites de exposição de sua Política.Tais instrumentos de proteçãocambial possuem montantes, prazos e índices substancialmente equivalentes aos dos ativos, passivos, recebimentos e desembolsos em moedaestrangeira aos quais se encontram vinculados. Estão demonstrados a seguir os ativos e passivos em moeda estrangeira, convertidos para Reaisem 31 de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de 2007:

Ativos e passivos em moeda estrangeira

Valores em milhões de Reais 2008 2007Ativos em moeda estrangeira

Aplicações financeiras em moeda estrangeira 565,3 633,3Investimentos em controladas no exterior 111,9 55,9Contas a receber de clientes no exterior, líquidas de adiantamentos

de contrato de exportação e provisão para perda 52,0 35,1Disponibilidades no exterior 9,7 8,0Outros (1) 89,1 -

828,0 732,3Passivos em moeda estrangeira

Financiamentos em moeda estrangeira 1.171,4 980,9Contas a pagar decorrentes de importações, líquidas de adiantamentos a fornecedores estrangeiros 10,0 14,5

1.181,4 995,4Instrumentos de proteção cambial (2) 242,0 221,5Posição líquida ativa (passiva) (111,4) (41,6)

(1) Depósito realizado para a Chevron, decorrente da aquisição da Texaco no Brasil, conforme descrito na nota explicativa n° 4.(2) Mensurados ao valor justo em 2008 e valor nocional mais rendimentos auferidos em 2007.Com base na posição de R$ 111,4 milhões passiva em moeda estrangeira acima demonstrada, estimamos que uma desvalorização de 10% do

Real produziria uma despesa financeira de R$ 11,1 milhões.Risco de juros - A Sociedade e suas controladas adotam políticas conservadoras de captação e aplicação de recursos financeiros e deminimização do custo de capital. As aplicações financeiras da Sociedade e de suas controladas são principalmente mantidas em operaçõesvinculadas ao juro do Certificado de Depósito Interbancário – “CDI”, conforme apontado na nota explicativa nº 5. As captações são principalmenteoriundas de financiamentos do BNDES e outros órgãos de fomento, nota promissória e captações em moeda estrangeira, conforme divulgadona nota explicativa nº 16.A Sociedade não gerencia ativamente os riscos associados a alterações no patamar das taxas de juros, procurando manter seus ativos epassivos financeiros de juros em taxas flutuantes. Em 31 de dezembro de 2008 a Sociedade e suas controladas não possuíam instrumentosfinanceiros derivativos para o gerenciamento de risco de taxa de juros vinculados a empréstimos nacionais.Riscos de crédito - Os instrumentos financeiros que sujeitam a Sociedade e suas controladas a riscos de crédito da contraparte sãorepresentados, basicamente, pelas disponibilidades, aplicações financeiras e contas a receber.Risco de crédito de instituições financeiras - Tal risco decorre da incapacidade de instituições financeiras cumprirem suas obrigações financeirascom a Sociedade ou suas controladas por insolvência. A Sociedade e suas controladas executam regularmente análise de crédito das instituiçõesnas quais mantêm disponibilidades, aplicações financeiras e instrumentos de proteção através de diversas metodologias que avaliam liquidez,solvência, alavancagem, qualidade da carteira, etc. As disponibilidades, aplicações financeiras e instrumentos de proteção são mantidos somenteem instituições com histórico de sólida posição de crédito, privilegiando segurança e solidez. O volume de disponibilidades, aplicações financeirase instrumentos de proteção são objeto de limites máximos por instituição, requerendo portanto diversificação de contraparte.Risco de crédito de governos - A Sociedade e suas controladas possuem aplicações financeiras em títulos públicos federais, limitados aos dogoverno brasileiro e de países classificados como grau de investimento AAA ou Aaa por agências de risco especializada. O volume de aplicaçõesfinanceiras são objeto de limites máximos por país, requerendo portanto diversificação de contraparte.Risco de crédito de clientes - Tais riscos são administrados por cada unidade de negócio através de critérios específicos de aceitação de c lientese análise de crédito, além de serem mitigados pela diversificação de vendas. A Oxiteno S.A. Indústria e Comércio e suas controladas mantiveram,em 31 de dezembro de 2008, R$ 2.263 (R$ 2.197 em 2007), as controladas Bahiana Distribuidora de Gás Ltda. e Companhia Ultragaz S.A.mantiveram R$ 9.007 (R$ 16.735 em 2007), a Ipiranga/Refino mantiveram R$ 46.960 (R$ 42.735 em 2007) e as controladas da UltracargoOperações Logísticas e Participações Ltda. mantiveram R$ 1.548 (R$ 313 em 2007) de provisão para perda potencial em suas contas e seusativos a receber.Seleção e utilização de instrumentos financeiros- Na seleção de aplicações financeiras e instrumentos de proteção são analisados osretornos estimados, riscos envolvidos, liquidez, metodologia de cálculo do valor contábil e do valor justo e documentação aplicável ao instrumento

financeiro. Os instrumentos financeiros utilizados para a gestão dos recursos financeiros disponíveis da Sociedade e suas controladas visampreservar valor e liquidez.A Política prevê a utilização de instrumentos financeiros derivativos somente para a cobertura de riscos identificados e em montantes compatíveiscom o risco (limitado a 100% do risco identificado). Os riscos identificados na Política estão descritos nas seções acima desta nota 21, e portantosão objeto da gestão de risco. De acordo com a Política, a Sociedade e suas controladas podem utilizar contratos a termo, swaps, opções econtratos futuros para a gestão de riscos identificados. Instrumentos alavancados em derivativos ou com chamada de margem não são permitidos.Como a utilização de instrumentos financeiros derivativos é limitada à cobertura de riscos identificados, a Sociedade e s uas controladas utilizama terminologia “instrumentos de proteção” quando se referem a instrumentos financeiros derivativos.Conforme mencionado na seção Gestão de riscos e instrumentos financeiros – Governança desta nota 21, o Comitê monitora mensalmente aaderência aos parâmetros de risco estabelecidos pela Política, através de um mapa de acompanhamento de riscos, incluindo a utilização deinstrumentos de proteção.A tabela abaixo sumariza a posição dos instrumentos de proteção contratados pela Sociedade e suas controladas:

Valor de Valores a pagar ou areferência receber no período

(nocional) * Valor justo (31/12/08)Valor a Valor a

Contraparte Vencimento 2008 2007 2008 2007 receber pagarContratos de swapsa – Swaps cambiais ativos

em dólares americanos Bradesco,Ativo em dólares americanos Citibank, 123,5 170,0 291,6 316,4 291,6 -

GoldmanPassivo em taxa de juros CDI Sachs, jan/2009 a 123,5 156,0 236,4 380,6 - 236,4

HSBC, Itaú, jun/2011Passivo em pesos mexicanos Santander/Real, - 14,0 - 25,1 - -Resultado acumulado UBS Pactual - - 55,2 (89,3) 291,6 236,4

b – Swaps cambiais passivos

em dólares americanosAtivo em taxa de juros CDI Bradesco, jan/2009 a 18,3 41,3 44,1 74,5 44,1 -Passivo em dólares americanos HSBC, Itaú, mar/2009 18,3 41,3 42,9 73,1 - 42,9Resultado acumulado Santander/Real - - 1,2 1,4 44,1 42,9

c – Swaps de jurosAtivo em taxa de juros libor em

dólares americanos 60,0 - 133,8 - 133,8 -Passivo em taxa de juros fixa em

dólares americanos Itaú jun/2011 60,0 - 140,5 - - 140,5Resultado acumulado - - (6,7) - 133,8 140,5

Resultado total bruto - - 49,7 (87,9) 469,5 419,8Imposto de renda - - (11,8) (0,3) (11,8) -Resultado total líquido - - 37,9 (88,2) 457,7 419,8

* Em USD milhões

Todas as operações acima citadas foram devidamente registradas na CETIP S.A., exceto o swap de taxa de juros, que é um contrato de balcãoregido pelo ISDA (International Swap Dealers Association, Inc.) assinado com a contraparte Banco Itaú BBA S.A. – Nassau Branch.Estão descritos abaixo os instrumentos de proteção existentes em 31 de dezembro de 2008, de acordo com sua categoria, risco e estratégia deatuação:Proteção à exposição cambial de passivos em moeda estrangeira - O objetivo destes contratos é compensar o efeito da variação cambial de umadívida em dólares norte-americanos, transformando-a em uma dívida em Reais indexada ao CDI. Em 31 de dezembro de 2008, a Sociedade esuas controladas possuíam contratos de swap em aberto que totalizavam US$ 123,5 milhões de principal, com posição ativa a US$ + 5,19 a.a.e posição passiva a 98,55% do CDI.Proteção à exposição cambial operacional - O objetivo destes contratos é igualar a taxa de câmbio do faturamento das controladasOxiteno S.A. Indústria e Comércio e Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e Comércio à taxa de câmbio do custo de suas matérias primas.Em 31 de dezembro de 2008, estes contratos de swap totalizavam US$ 18,3 milhões e na média tinham uma posição ativa a 59,78% doCDI e passiva a US$ + 0,0% a.a.Proteção à taxa de juros flutuante em moeda estrangeira - O objetivo deste contrato é transformar a taxa de juros do empréstimo sindicalizado

com principal de US$ 60 milhões de flutuante para fixa. Em 31 de dezembro de 2008, a controlada Oxiteno Overseas Corp. possuía um contratode swap de US$ 60 milhões de principal, com uma posição ativa a US$ + LIBOR + 1,25% a.a. e uma posição passiva em US$ + 4,93% a.a.Valor justo dos instrumentos financeiros - Os valores justos e os saldos contábeis dos instrumentos financeiros, incluindo os instrumentos deproteção cambial e de juros, em 31 de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de 2007 estão demonstrados a seguir:

Valor contábil e valor justo dosinstrumentos financeiros

2008 2007Valor Valor Valor Valor

contábil justo contábil justoAtivos financeiros:Disponibilidades 164.351 164.351 203.057 203.057Instrumentos de proteção cambial e de juros 37.913 37.913 (84.801) (88.244)Aplicações financeiras 1.931.356 1.931.356 1.625.492 1.645.359

2.133.620 2.133.620 1.743.748 1.760.172Passivos financeiros:Financiamentos 3.646.475 3.601.195 1.591.718 1.616.399Debêntures - - 1.578.067 1.578.623Arrendamento mercantil financeiro 25.447 25.447 - -

3.671.922 3.626.642 3.169.785 3.195.022Investimentos:Investimentos permanentes em outras sociedades 3.094 3.094 34.117 47.411

O valor justo dos instrumentos financeiros, incluindo os instrumentos de proteção cambial e juros, foi determinado conforme descrito a seguir:• As disponibilidades em conta corrente têm seus valores justos idênticos aos saldos contábeis.• As aplicações financeiras em fundos de investimentos estão valorizadas pelo valor da quota do fundo na data das demonstrações financeiras,que corresponde ao seu valor justo.• As aplicações financeiras em CDBs e instrumentos similares possuem liquidez diária com recompra na “curva do papel”, e portanto a Sociedadeentende que seu valor justo corresponde ao seu valor contábil.• O valor justo de outras aplicações financeiras e financiamentos foi apurado através de metodologias de cálculo comumente utilizadas paramarcação a mercado, que consiste em calcular os fluxos de caixa futuros associados a cada instrumento contratado, trazendo-os a valor presentepelas taxas de mercado em 31 de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de 2007. Para alguns casos, onde não há mercado ativo para oinstrumento financeiro, a Sociedade e suas controladas utilizam-se de cotações fornecidas pelas contrapartes das operações.• Em 2007, o valor justo dos investimentos permanentes em outras sociedades, representado pelas ações da Petroquímica União S.A. alienadasem 2008, foi calculado com base em cotação dos preços destas ações na BM&FBovespa.A interpretação dos dados de mercado quanto à escolha de metodologias de cálculo do valor justo exige considerável julgamento e estabelecimentode estimativas para se chegar a um valor considerado adequado para cada situação. Conseqüentemente, as estimativas apresentadas podemnão indicar, necessariamente, os montantes que poderão ser obtidos no mercado corrente.Análise de sensibilidade - A Sociedade e suas controladas utilizam-se de instrumentos financeiros derivativos somente para a proteção deriscos identificados e em montantes compatíveis com o risco (limitado a 100% do risco identificado). Desta forma, para fins de análise desensibilidade para riscos de mercado originados por instrumentos financeiros, a Sociedade analisa conjuntamente o instrumento de proteção e oobjeto de proteção, conforme demonstrado nos quadros abaixo.Para a análise de sensibilidade dos instrumentos de proteção cambial, a Administração adotou como cenário provável as taxas de câmbioReal/dólar norte-americano para o vencimento de cada swap, projetadas pelos contratos futuros de dólar cotados na BM&FBovespa em 31 dedezembro de 2008. Como referência, a taxa de câmbio para o último vencimento de instrumentos de proteção cambial é de R$ 2,8 no cenárioprovável. Os cenários II e III foram estimados com uma desvalorização adicional de 25% e 50%, respectivamente, do Real no c enário provável.Com base nos saldos dos instrumentos de proteção e dos objetos protegidos em 31 de dezembro de 2008, foram substituídas as taxas de câmbioe calculadas as variações entre o novo saldo em Reais e o saldo em Reais em 31 de dezembro de 2008 em cada um dos três cenários. A tabelaabaixo demonstra a variação dos valores dos principais instrumentos derivativos e seus objetos de proteção, considerando-se as variações da

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS(Em milhares de Reais, exceto quando de outra forma mencionado)