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Um Olhar pelo Rio Antigo

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Projeto acadêmico de desenvolvimento de livro fotográfico pessoal para Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Muitas vezes passamos pelo Centro do

Rio de Janeiro sem darmos conta da

vasta riqueza arquitetônica que a cidade

ainda guarda.

O objetivo deste livro é justamente

esse: mostrar a minha visão de um Rio

de Janeiro que vai além das praias e do

calor. Um Rio de Janeiro que participou

diretamente do desenvolvimento do

país e que ainda guarda os tesouros de

uma arquitetura há muito abandonada

para dar lugar aos grandes edifícios,

avenidas e lojas. Um Rio de Janeiro

que não apreciamos devidamente na

correria do dia-a-dia na cidade e que,

por vezes, se passa despercebido.

O que há de tão diferente nesses

prédios antigos?

Digo-lhes que, neste momento, nosso

foco será a visualização das faixadas

dos prédios. O movimento da rua não

mais nos interessa.

Vamos esquecer a velocidade para

mergulharmos na contemplação

dos detalhes.

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UM OLHAR pelo Rio Antigo

Amanda Mendonça

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As obras da igreja de São Gonçalo,

iniciadas em 1750, em terras doadas

por Antônio Lopes Xavier, perduraram

até 1780. A inauguração solene

ocorreu em 20 de abril de 1781.

São Jorge, que representa Ogum

no sincretismo dos seguidores das

religiões de origem afro, tem muitos

devotos. No dia dedicado ao santo,

23 de abril, é feriado municipal

(desde 2002), e estadual (desde

fevereiro deste ano de 2008),

as missas começam às 0500h e

seguem por todo o dia com a igreja

sempre lotada.

Embora não mais reconhecido como

santo pela Igreja Católica, permanece

na devoção do carioca, devoção que

vem desde os tempos da colônia. É

de se notar que São Jorge é padroeiro

da Inglaterra, de Portugal, da Lituânia,

da Catalunha, de várias cidades, dos

soldados e escoteiros.

Na foto, a fachada da igreja na

Rua da Alfândega, junto à

Praça da República.

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A sua origem remonta ao século XVI,

quando foi fundada a irmandade do

Santíssimo Sacramento junto à primeira

Matriz da cidade, então no Morro do

Castelo, que foi elevada à condição de

Sé em 1680.

Embora construída já no período de

vigência do Neoclassicismo, ainda

apresenta fortes traços do Barroco-

Rococó, uma tradição arraigadíssima

no Brasil que o Neoclassicismo levou

tempo para suplantar. A fachada

é monumental, com um corpo

centralizado e duas torres laterais

separados por pilastras. O frontispício

emoldura uma grande porta em arco

pleno coroada por duas volutas

truncadas. Nas laterais, dois grandes

nichos com estátuas, e na base das

torres, duas portas. No piso superior

se abrem cinco janelas encimadas

pelo típico frontão clássico triangular.

As torres sineiras são coradas

por altos coruchéus piramidais e

pináculos, uma adição de 1871

projetada por Francisco Joaquim

Bitencourt da Silva.

Ao lado, a fachada da igreja na

Avenida Passos.

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A antiga Igreja de São Sebastião no

Morro do Castelo já abrigava em suas

dependências as confrarias de Nossa

Senhora do Rosário e de São Benedito

quando ocorreu a unificação das duas

instituições em 1667, que passou a

se denominar Irmandade de Nossa

Senhora do Rosário e São Benedito

dos Homens Pretos. Em 1708, graças

à doação feita por Francisca Pontes, a

Irmandade ganhou um terreno, situado

à Rua da Vala, atual Rua Uruguaiana.

As dependências do consistório

da Irmandade de Nossa Senhora

do Rosário e São Benedito foram

utilizadas em períodos destacados

de nossa História e, no templo,

repousam os restos mortais do

Mestre Valentim. A igreja conserva

nos dias atuais a portada setecentista

de lioz. Porém, seu interior, antes

guarnecido com decoração barroca,

foi totalmente destruído num incêndio

em 1967. Foi reconstruída e reaberta

ao público em 1969, depois de um

período de obras projetadas pelos

arquitetos Lúcio Costa e Sérgio

Porto, preservando-se ao máximo os

espaços internos, já que todos os

elementos decorativos se perderam.

Na foto, a fachada da igreja na

Rua Uruguaiana.

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A Igreja de Nossa Senhora da Candelária

é um templo católico localizado no

Centro da cidade do Rio de Janeiro,

no Brasil. É um dos principais

monumentos religiosos da cidade.

Segundo conta a história sobre a

origem da igreja, nos princípios

do século XVII, uma tempestade

quase teria feito naufragar um

navio chamado "Candelária", no

qual viajavam os espanhóis Antônio

Martins Palma e Leonor Gonçalves.

O casal teria feito a promessa de

edificar uma ermida dedicada a Nossa

Senhora da Candelária se escapassem

com vida. A nau, finalmente, teria

aportado no Rio de Janeiro e o casal

teria mandado construir uma pequena

ermida no local da atual Igreja da

Candelária em 1609.

A Igreja da Candelária é uma das

principais obras artísticas do século

XIX brasileiro, pela qualidade dos

nomes envolvidos, pela arquitetura

neoclássica e pela decoração

interna exuberante, em estilo misto

neoclássico e eclético. A isso, se

soma a bela fachada, obra-prima do

século XVIII, que demonstra uma

grande harmonia no contraste entre

os trechos pintados de branco e o

granito escuro carioca, além dos

diferentes perfis de janelas, as duas

torres e o frontão clássico.

Detalhe da faixada da

Igreja de Nossa Senhora da Candelária

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A Igreja de Santa Cruz dos Militares

é uma igreja colonial da cidade do Rio

de Janeiro que possui o privilégio de

estar agregada à Basílica Vaticana,

desde 1923, pelo papa Pio XI.

O local da atual igreja foi ocupado

originalmente por um forte, o Forte

da Santa Cruz, Unidade Militar

do Exército Colonial Português,

construído à beira-mar pelo

Governador Martim Correia de Sá

no início do século XVII. No século

seguinte decidiu-se pela reconstrução

da igreja, o que ocorreu entre 1780 e

1811. Na inauguração esteve presente

o Príncipe-Regente D. João, chegado

ao Rio em 1808. O projeto do novo

edifício é atribuído ao engenheiro-

militar português José Custódio de

Sá e Faria, que concebeu uma igreja

barroca com influências neoclássicas.

Fachada e portal da igreja, de frente

para a Rua Primeiro de Março.

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A Ordem Terceira do Carmo

funcionava no Rio de Janeiro desde

o século XVII, ocupando uma capela

próxima ao Convento do Carmo. A

Ordem decidiu-se pela construção de

uma nova igreja em 1752. As obras se

estenderam de 1755 a 1770, ficando

as torres inacabadas. As torres atuais,

com suas cúpulas bulbosas cobertas

de azulejos, só seriam construídas

entre 1847 a 1850.

A fachada da Igreja da Ordem Terceira

do Carmo é única entre as igrejas

coloniais do Rio de Janeiro por ser

totalmente revestida com pedra, sem

o contraste entre a cantaria e o reboco

branco, característica da maioria das

igrejas coloniais brasileiras. A fachada

de pedra, assim como o perfil dos

janelões, colunas e portais da fachada

são influência da arquitetura lisboeta

da época pombalina.

Os portais principal e lateral da

igreja, em pedra de lioz portuguesa e

contendo medalhões com a Virgem

e o Menino, são magníficos. São

considerados os melhores do tipo no

Rio de Janeiro.

Na foto, detalhes da fachada e torres

da Igreja Ordem Terceira do Carmo.

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A Igreja de Nossa Senhora do Monte

do Carmo foi a sede episcopal

da diocese até 1976, quando foi

concluída a nova Catedral de São

Sebastião do Rio de Janeiro, razão

pela qual também é referida como

Antiga Sé. A igreja remonta à

primitiva capela do vizinho Convento

do Carmo, um dos mais antigos da

cidade, fundado ainda no século XVI.

Quando os carmelitas chegaram

à cidade, por volta de 1590, foi-

lhes doada uma capelinha dedicada

a Nossa Senhora do Ó. Ao longo

dos séculos XVII e XVIII, os frades

construíram um grande convento ao

lado da capela.

A fachada principal da igreja é

um tanto assimétrica devido ao

posicionamento da torre, longe do

corpo central. Atualmente, apenas

o primeiro andar da fachada, com

os três portais em estilo pombalino

lisboeta, é ainda original. A estátua

em um nicho da fachada representa

o santo padroeiro da cidade, São

Sebastião. A torre é encimada por

uma estátua, em bronze, de Nossa

Senhora da Conceição.

A torre da igreja, vista da Praça XV.

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Construída em 1608, neste mesmo

local, começando por uma pequena

capela rústica, feita de barro. Desde

aquela época, o espaço localizado

à beira-mar já era destinado aos

devotos de São José.

De 1808 a 1824 foi erguida a nova

igreja de São José, em uma longa

obra realizada pela Irmandade do

Santíssimo Sacramento da Freguesia

do São José.

Novas adições foram feitas à igreja

em 1883, que resultaram em sua linda

fachada de 2 andares, bela sacristia e

potente conjunto de sinos, famoso por

ser o mais sonoro da cidade.

A partir daí, a igreja adquiriu sua

aparência atual, e mantém sua

pacífica fachada de outrora.

Na foto, a igreja de frente para a

Avenida Presidente Antônio Carlos.

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R o t e i r o

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Igreja de São Gonçalo Garcia e São JorgeRua da Alfândega, 382página 7

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Igreja do Santíssimo Sacramento da Antiga Sé do Rio de JaneiroRua da Alfândega, 382página 11

3

Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São BeneditoRua Uruguaiana, 77página 15

4

Igreja Nossa Senhora da CandeláriaPraça Pio Xpágina 19

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Irmandade Santa Cruz dos MilitaresRua Primeiro de Março, 36página 23

6

Ordem Terceira do CarmoRua Primeiro de Março, s/npágina 27

7

Igreja da Ordem Terceira do CarmoRua Primeiro de Março, s/npágina 31

8

Igreja de São JoséAvenida Presidente Antônio Carlos, s/npágina 35

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Miolo impresso em Papel Couchê 150g.

Sobrecapa em Papel Couchê 250g.

Tipografia: Univers e Futura.

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