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LEONARDO KOLISNIK DE MATOS
UM PROCESSO DE GERENCIA PARA REDES DE COMPUTADORES
EM AMBIENTES DE SOFTWARE LIVRE
CURITIBA
2006
LEONARDO KOLISNIK DE MATOS
UM PROCESSO DE GERENCIA PARA REDES DE COMPUTADORES
EM AMBIENTES DE SOFTWARE LIVRE
Trabalho de Pesquisa de Conclusão de Curso
apresentado a Pontifícia Universidade Católica do
Paraná (PUCPR) como requisito parcial para
obtenção do título de Seqüenciado em Informática
no Gerenciamento de Pequenas e Médias
Empresas.
Orientador: Prof. Airton Kuada
CURITIBA
2006
LEONARDO KOLISNIK DE MATOS
UM PROCESSO DE GERENCIA PARA REDES DE COMPUTADORES
EM AMBIENTES DE SOFTWARE LIVRE
Trabalho de Pesquisa de Conclusão de Curso
apresentado a Pontifícia Universidade Católica do
Paraná (PUCPR) como requisito parcial para
obtenção do título de Seqüenciado em Informática
no Gerenciamento de Pequenas e Médias
Empresas.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a primeiramente a
Deus que sempre foi a minha fortaleza, aos
meus pais Sergio e Sueli e a todos que de
alguma forma participaram de maneira
positiva em minha formação intelectual
desde o início do meu aprendizado.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais Sueli e Sergio, por todo o apoio e dedicação, durante toda a minha
vida.
Ao Professor orientador deste trabalho Airton Kuada, pois sempre esteve disposto a me ajudar
demonstrando apoio, paciência e compreensão.
A minha namorada Fabiane por todo o apoio recebido, compreensão e incentivo para que este
trabalho fosse concretizado.
Aos colegas de turma, pela amizade, ajuda e companheirismo.
Ao Professor Garret por ter me ajudado no inicio do curso me incentivando e apoiando para
continuar com o curso e por sempre demonstrar interesse pelo bem de seus alunos.
vi
RESUMO
Com o objetivo de planejar o crescimento, efetuar o monitoramento e proporcionar
uma alta disponibilidade dos recursos da rede surge à necessidade do gerenciamento de redes
de computadores. A utilização de ferramentas para gerencia de redes baseadas em software
livre, poderá ser uma valiosa alternativa em relação a softwares proprietários. Este projeto tem
o objetivo de mostrar a necessidade de gerencia de redes em empresas, fazer um levantamento
sobre as funcionalidades e qualidade de softwares de gerencia de redes desenvolvidos em
ambiente de software livre existentes e apresentar as funcionalidades dos sistemas de
gerenciamento.
Palavras-chave: Gerência de redes; Software de gerenciamento; Software Livre.
vii
ABSTRACT
With the objective to plan the growth, to effect the monitoring and to provide one high
availability of the resources of the network it appears to the necessity of the management of
computer networks. The use of tools for manages of networks based on free software, could
be a valuable alternative in relation softwares proprietors. This project has the objective to
show the necessity network managent in companies, to make a survey on the functionalities
and quality of softwares of network management developed in environment of free software
and to present the functionalities of the management systems.
Key-words: Network Management; Management Software; Free Software.
viii
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Mostra um exemplo de cenário de gerenciamento de rede .....................24
FIGURA 2 - Descreve um modelo funcional para o monitoramento de redes ............25
FIGURA 3 – Módulo particionamento de disco...........................................................42
FIGURA 4 – Demonstrativo da interface do software .................................................45
FIGURA 5 – Demonstrativo da interface do Software ................................................48
FIGURA 6 – Relatório de alarme do sistema...............................................................52
FIGURA 7 – Relatório diário do OpenNMS................................................................54
FIGURA 8 – Relatório gerado pelo MRTG .................................................................57
FIGURA 9 – Tela inicial de Gerenciamento do CACIC..............................................60
FIGURA 10 – Tela inicial do software de gerenciamento do OCS .............................63
ix
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Módulos do Software WEBMIN............................................................41
TABELA 2 – Avaliação dos Softwares Analisados .....................................................66
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CAC Central de Atendimento ao Cliente
CACIC Configurador Automático e Coletor de Informações Computacionais
CELEPAR Companhia de Informática do Paraná
CMIP Common Management Information Protocol
CMIS Common Management Information Center
CPU Central Processing Unit
DATAPREV Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social
DNS Domain Name System
FTP File Transfer Protocol
GNU GNU's Not Unix
GPL General Public Licence
HD Hard Disk
HP Hewlett-Packard
HTML HyperText Markup Language
HTTP Hypertext Transfer Protocol
IBM International Business Machines Corporation
ICMP Internet Control Message Protocol
IETF Internet Engine Task Force
IP Internet Protocol
IPX Interface de Programação de Xchart
ISO International Organization for Standardization
LAMP Linux, Apache, MySql e PHP
LAN Local Area Network
xi
MIB Management Information Base
MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
MRTG Multi Router Traffic Grapher
NMS Network Management System
NNTP Network News Transfer Protocol
OCS NG Open Computer and Software Inventory Next Generation
OSI Open Systems Interconnection
PC Personal Computer
PERL Practical Extraction and Report Language
PHP Hypertext Preprocessor
POP Post Office Protocol
RFC Request for Comments
RMON Remote Network Monitoring
RPM RPM Package Manager
SGMP Simple Gateway Monitoring Protocol
SLTI Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação
SMI Structure Management Information
SMON Switch Monitoring
SMS Systems Management Server
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................................................... 6
ABSTRACT ........................................................................................................................................................... 7
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................................... 8
LISTA DE TABELAS........................................................................................................................................... 9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................................................ 10
CAPÍTULO I ....................................................................................................................................................... 14
1.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 14 1.2 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA .................................................................................................................. 16
CAPÍTULO II...................................................................................................................................................... 17
2.1 OBJETIVOS DO TRABALHO.......................................................................................................................... 17 2.2 JUSTIFICATIVAS PARA A PESQUISA............................................................................................................. 18
CAPÍTULO III .................................................................................................................................................... 19
3.1 GERENCIA DE REDES.................................................................................................................................. 19 3.2 ÁREAS FUNCIONAIS DO GERENCIAMENTO................................................................................................. 20 3.3 MONITORAÇÃO E CONTROLE DA REDE....................................................................................................... 21
3.3.1 Monitoração......................................................................................................................................22 3.3.2 Controle de rede ............................................................................................................................... 22
3.4 MODELOS DE GERENCIAMENTO DE REDE ................................................................................................. 23 3.5 MODELO FUNCIONAL DE MONITORAMENTO DE REDE................................................................................. 25 3.6 SOFTWARE DE GERENCIAMENTO DE REDE................................................................................................. 26 3.7 GERENCIAMENTO DE REDES: NECESSIDADE DE PADRÕES.......................................................................... 26
3.7.1 SGMP................................................................................................................................................ 27 3.7.2 SNMP................................................................................................................................................ 27 3.7.3 SNMP versão 2 ................................................................................................................................. 28 3.7.4 CMIP................................................................................................................................................. 29 3.7.5 RMON MIB ....................................................................................................................................... 29 3.7.6 RMON 2 ............................................................................................................................................ 30 3.7.7 SNMP versão 3 ................................................................................................................................. 30 3.7.8 SMON................................................................................................................................................ 31
3.8 IMPLEMENTANDO UM AMBIENTE GERENCIADO.......................................................................................... 31
CAPÍTULO IV .................................................................................................................................................... 33
4.1 O QUE É O GNU/LINUX .............................................................................................................................. 33 4.2 DISTRIBUIÇÕES GNU/LINUX ...................................................................................................................... 34 4.3 O QUE SIGNIFICA GPL?.............................................................................................................................. 34 4.4 UTILIZAÇÃO DO GNU/LINUX EM REDES DE COMPUTADORES..................................................................... 35
CAPÍTULO V...................................................................................................................................................... 37
5.1 SOFTWARES DE GERÊNCIA DE REDES EM SOFTWARE LIVRE. ...................................................................... 37 5.2 DESCRIÇÃO DOS SOFTWARES POR ÁREA..................................................................................................... 37
5.2.1 Softwares de Gerência de Configuração .......................................................................................... 37 5.2.2 Softwares de Gerência de Falhas ..................................................................................................... 38 5.2.3 Softwares de Gerência de Contabilidade.......................................................................................... 38 5.2.4 Softwares de Gerência de Desempenho............................................................................................ 38 5.2.5 Softwares de Gerência de Segurança ............................................................................................... 38
5.3 FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO ENCONTRADAS NO MERCADO........................................................... 39 5.3.1 WEBMIN...........................................................................................................................................39
5.3.1.1 Descrição.....................................................................................................................................................39 5.3.1.2 Obtenção do Produto ...................................................................................................................................40 5.3.1.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento..................................................................................................40 5.3.1.4 Implantação do software..............................................................................................................................40
5.3.1.5 Características Básicas ................................................................................................................................41 5.3.1.6 Utilização na rede........................................................................................................................................42
5.3.2 Tivoli NetView...................................................................................................................................43 5.3.2.1 Descrição.....................................................................................................................................................43 5.3.2.2 Obtenção do Produto ...................................................................................................................................43 5.3.2.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento..................................................................................................43 5.3.2.4 Implantação do software..............................................................................................................................43 5.3.2.5 Características Básicas ................................................................................................................................44 5.3.2.6 Utilização na rede........................................................................................................................................45
5.3.3 HP Open view Network Node Manager............................................................................................ 45 5.3.3.1 Descrição.....................................................................................................................................................45 5.3.3.2 Obtenção do Produto ...................................................................................................................................46 5.3.3.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento..................................................................................................46 5.3.3.4 Implantação do software..............................................................................................................................46 5.3.3.5 Características Básicas ................................................................................................................................46 5.3.3.6 Utilização na rede........................................................................................................................................48
5.3.4 Nagios ............................................................................................................................................... 49 5.3.4.1 Descrição.....................................................................................................................................................49 5.3.4.2 Obtenção do Produto ...................................................................................................................................49 5.3.4.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento..................................................................................................50 5.3.4.4 Implantação do software..............................................................................................................................50 5.3.4.5 Características Básicas ................................................................................................................................50 5.3.4.6 Utilização na rede........................................................................................................................................52
5.3.5 OpenNMS..........................................................................................................................................52 5.3.5.1 Descrição.....................................................................................................................................................52 5.3.5.2 Obtenção do Produto ...................................................................................................................................53 5.3.5.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento..................................................................................................53 5.3.5.4 Implantação do software..............................................................................................................................53 5.3.5.5 Características Básicas ................................................................................................................................54 5.3.5.6 Utilização na rede........................................................................................................................................55
5.3.6 MRTG................................................................................................................................................ 55 5.3.6.1 Descrição.....................................................................................................................................................55 5.3.6.2 Obtenção do produto ...................................................................................................................................55 5.3.6.3 Requisitos para Instalação e Funcionamento...............................................................................................56 5.3.6.4 Implantação do software..............................................................................................................................56 5.3.6.5 Características básicas .................................................................................................................................56 5.3.6.6 Utilização na rede........................................................................................................................................58
5.3.7 CACIC............................................................................................................................................... 58 5.3.7.1 Descrição.....................................................................................................................................................58 5.3.7.2 Obtenção do Produto ...................................................................................................................................58 5.3.7.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento..................................................................................................58 5.3.7.4 Implantação do software..............................................................................................................................59 5.3.7.5 Características Básicas ................................................................................................................................59 5.3.7.6 Utilização na rede........................................................................................................................................61
5.3.8 OCS Inventory Next Generation ....................................................................................................... 61 5.3.8.1 Descrição.....................................................................................................................................................61 5.3.8.2 Obtenção do produto ...................................................................................................................................61 5.3.8.3 Requisitos de Instalação e Fucionamento....................................................................................................62 5.3.8.4 Implantação do software..............................................................................................................................62 5.3.8.5 Características básicas .................................................................................................................................62 5.3.8.6 Utilização na rede........................................................................................................................................64
5.4 AVALIAÇÃO DOS SOFTWARES.................................................................................................................... 64 5.4.1 Metodologia da avaliação ................................................................................................................ 64 5.4.2 Considerações sobre os Softwares Analisados................................................................................. 66
CAPÍTULO VI .................................................................................................................................................... 69
6.1 CONCLUSÃO............................................................................................................................................... 69
CAPÍTULO VII................................................................................................................................................... 71
7.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................. 71
14
CAPÍTULO I
1.1 Introdução
Pensando em planejar o crescimento, monitorar os componentes da rede, minimizar
falhas, garantir o uso dos recursos oferecidos, e dispor de uma alta disponibilidade destes
recursos, surge a necessidade de gerenciar uma rede de computadores. Esse gerenciamento
geralmente é efetuado por um administrador de redes, utilizando um computador posicionado
estrategicamente em algum lugar que se tenha acesso á todas as máquinas da rede, e que tenha
um alto índice de confiabilidade com seu hardware e software. O administrador de redes com
o uso de ferramentas de gerencia de redes pode garantir a estabilidade e funcionamento da
rede e também diagnosticar falhas e congestionamentos com antecedência.
A implantação dessa solução de gerenciamento requer um esforço da equipe de
suporte e que pode até ser preciso utilizar investimentos da área financeira. Mas cabe à equipe
de administração de rede buscar uma maneira eficiente e com gastos minimizados para
implantar essa solução de gerenciamento com confiabilidade e qualidade.
Com o objetivo de definir e realizar uma divisão funcional das necessidades no
processo dos sistemas de gerenciamento de redes foi desenvolvido um modelo para defini-lo
realizado pela ISO, que divide as funcionalidades do gerenciamento em cinco áreas
funcionais: Gerenciamento da Configuração, Gerenciamento de falha, Gerenciamento do
nível de desempenho, Gerenciamento da segurança e Gerenciamento da contabilização.
Com o aumento da rede e a complexidade de sistemas torna-se cada vez mais
trabalhoso e difícil a gerencia realizada somente por esforços humanos, a adoção de
ferramentas automatizadas tornou-se totalmente necessária. Para um controle efetivo é
15
exigido ferramentas de gerenciamento padronizadas para atender a todos os componentes da
rede. A necessidade de protocolos e programas cresce de acordo com o tamanho da rede, e
para atender a essas necessidades foram especificados dois padrões: o da ISO/OSI e o da
Internet. A partir desta padronização foi possível o desenvolvimento de vários padrões de
arquiteturas diferentes para o auxilio da gerencia de rede, entre eles estão: SNMP, SGMP,
RMON, CMIP, SMON e vários outros.
O sistema operacional linux foi criado em 1991 por Linus Torvalds na universidade de
Helsinki na Finlândia. É um sistema Operacional de código aberto distribuído gratuitamente
pela Internet. Seu código fonte é liberado como software livre o que deixa ele livre para fazer
qualquer alteração por qualquer pessoa que conheça um pouco de programação. E por ser um
sistema de código aberto sua performance, estabilidade e velocidade são aprimorados cada
vez mais.
Existem muitas distribuições do linux e cada uma tem sua característica própria, como
o sistema de instalação, o objetivo, a localização de programas, nomes de arquivos de
configuração, etc. A escolha de uma distribuição é pessoal e depende das necessidades de
cada um. As distribuições mais conhecidas são: Debian, Mandriva, Suse, Slackware, todas
usando o SO Linux como kernel principal.
A utilização do linux em servidores e estações de trabalho em uma rede traz diversas
vantagens em segurança, velocidade e confiabilidade, e cada vez mais está sendo utilizada nas
empresas. “A rede é uma das capacidades do Linux” (WELSH, 1997, p. 6). Os
administradores de rede contêm um vasto conjunto de ferramentas úteis para a gerencia dos
componentes da rede.
“Instalação, configuração e manutenção do sistema cada vez mais fácil, com dezenas
de programas de interfaces gráficas de usuários diferentes, muitos dos quais superam os
16
produtos de softwares comerciais equivalentes em conveniência e facilidade de uso.”(BALL,
1999, p. 8)
Com as evidentes vantagens do Sistema Operacional Linux, segurança, estabilidade e
confiabilidade, estão sendo gradativamente criadas ferramentas para a gerencia de rede
diminuído o mito de utilizar o linux em um sistema de gerenciamento, pois tudo neste Sistema
Operacional sempre está sendo atualizado com foco na qualidade e diversificação de
ferramentas, em pouco tempo de utilização o gerente da rede se habitua a operar o sistema
normalmente.
1.2 Identificação do Problema
Como gerenciar uma rede utilizando software livre?
No ambiente empresarial, muitas vezes ocorre que, administradores de redes não
conseguem ter um controle efetivo dos computadores e componentes da rede da empresa,
muitas vezes utilizando processos para a gerencia da rede considerados precário e manuais.
Os principais motivos são falta de tempo para a pesquisa de alguma solução por parte
da equipe de administradores, falta de investimento da empresa em softwares de gerencia de
rede automatizada e até por falta de interesse da equipe de administradores da rede, por uma
gerencia de qualidade.
17
CAPÍTULO II
2.1 Objetivos do trabalho
O objetivo desta monografia é pesquisar as ferramentas de gerencia de redes existentes
que são disponibilizados através da filosofia de software livre, para que um gerente de redes
possa fazer uma escolha mais consciente de que ferramenta utilizar para implantar e gerenciar
o ambiente de uma empresa com qualidade. Sendo analisado a implantação e benefícios em
empresas.
O conceito geral sobre software livre e gerencia de rede, mostrando quais objetivos do
projeto de software livre, suas distribuições, as áreas base do gerenciamento de rede,
características de softwares gerenciais, uma visão geral sobre o objetivo da gerencia de redes.
Após esta etapa, apresentar os softwares de gerencia de rede, categorizando-os em cada área
específica da gerencia de rede: Gerenciamento da Configuração, Gerenciamento de falha,
Gerenciamento do nível de desempenho, Gerenciamento da segurança, Gerenciamento da
contabilização.
Serão levadas em conta todas as dificuldades que a utilização e implantação desses
softwares de gerencia em empresas. Um levantamento específico sobre as principais
atividades de um gerenciador de redes, na questão de gerenciamento e segurança da mesma
também será levada em conta.
Este projeto irá mostrar as vantagens de uma implantação de softwares de gerencia de
redes baseados em software livre. Mostrando os benefícios em implantar estas ferramentas e
as vantagens da implantação no ambiente empresarial.
18
2.2 Justificativas para a Pesquisa
Apesar do assunto gerencia de redes de computadores ser uma prática que é pouco
utilizada em empresas, a justificativa para a realização desta pesquisa é o fato de, ser um
assunto que irá envolver uma área muito importante na atualidade que é a disseminação de
ferramentas em software livre, pois a mesma está assumido uma importância relativamente
grande no ambiente empresarial, seja pelo crescente número de organizações que estão
investindo em profissionais que tenham um bom conhecimento desta área, ou pela grande
economia que empresas estão tendo, adotando o software livre em seu ambiente, além de
utilizar ferramentas para um controle efetivo da rede.
A Gerencia de redes de computadores com software livre é muito interessante, pois a
partir do momento que começarmos a comparar ferramentas proprietárias com os softwares
de código aberto, a diferença é surpreendente, pois as ferramentas de código aberto são
possíveis de serem adaptadas para o perfil da empresa, assim otimizando-a a seu gosto, além
da robustez e confiabilidade que elas proporcionam. O maior objetivo destas ferramentas é
resolver os problemas de gestão, para aumentar a disponibilidade e a produtividade da
empresa.
Atualmente a gerencia de redes de computadores com software livre, tornou-se uma
parte necessária a qualquer estrutura gerencial de sucesso.
19
CAPÍTULO III
3.1 Gerencia de redes
Independente do tamanho de uma rede de computadores, ela precisa ser gerenciada,
para garantir aos usuários qualidade e disponibilidade de serviços ao um nível de desempenho
aceitável. Por isso é importante para um gerente de rede conhecer informações sobre os
componentes da rede, como tipo de processador, quantidade de memória de cada computador,
sistema operacional instalado, quantidade de Switches, roteadores e vários outros.
“O gerenciamento de rede é o procedimento que consiste em controlar todos os
componentes de hardware e software da rede.” (RIGNEY, 1996, p.148)
Os vários motivos pelos quais deve dar importância ao controle e ao gerenciamento
dos componentes da rede são: um deles é a praticidade, que pode ser observada quando for
necessário implantar um novo software, pois todos os softwares tem requisitos de hardware
específicos para a instalação, como requisição mínima de 64Mb de Vídeo, ou freqüência de 1
ghz de processador, etc. Outro motivo é manutenção das boas condições de funcionamento da
rede, se tiver o controle de todos os recursos da rede, poderá ser diagnosticado e solucionado
com velocidade qualquer problema da rede, exemplo: espaço em disco do servidor
insuficiente.
Existem vários métodos para reunir informações de hardware e software dos
equipamentos da rede. Podem-se usar aplicativos específicos de gerenciamento de rede já
existentes para reunir automaticamente informações de todos os equipamentos da rede. Pode-
se também ser elaborados métodos manuais para a obtenção de informações. A escolha do
método deve-se basear no tamanho da rede, na quantia que se dispõe a investir, no tipo de
informações necessárias e na freqüência com que precisa ser acessada.
20
Mas quanto maior o tamanho de uma rede de computadores, maior é a complexidade
da rede e com isso dificulta o gerenciamento de forma manual. Por isso a adoção de um
software de gerenciamento é muito importante, por diversos motivos:
• Pois os recursos da rede estão sendo cada vez mais importantes para a empresa
e sua disponibilidade torna-se essencial;
• A utilização dos recursos deve ser controlada e monitorada para garantir que a
rede e os computadores não sejam utilizados para outros motivos, se não o
trabalho;
• O crescimento e instalação constante de componentes, usuários, interfaces,
protocolos e fornecedores ameaçam o gerenciamento com perda controle sobre
a rede em geral;
• Os usuários esperam sempre uma melhoria dos serviços oferecidos, ou no
mínimo, a mesma qualidade, quando novos recursos são adicionados ou
quando são distribuídos;
• Os vários grupos de usuários necessitam recursos computacionais diferentes, e
é função da gerencia de rede atribuir e controlar os recursos para balancear
estas várias necessidades.
3.2 Áreas Funcionais do Gerenciamento
A definição da funcionalidade dos sistemas de gerenciamento de redes é encontrada no
modelo CMIS/CMIP (Common Management Information Center/Common Management
Information Protocol) da ISO, que prevê:
21
Gerenciamento da Configuração: indica o estado de cada um dos componentes da
rede, geralmente apresentado de forma visual gráfica, por exemplo, escolha de softwares para
os atributos de um equipamento;
Gerenciamento de falha: ocorre a detecção e correção de falhas, por exemplo, a
detecção de falhas em interfaces de hardware e em protocolos suportados;
Gerenciamento do nível de desempenho: facilita o trabalho dos administradores da
rede, fornecendo e ferramentas para monitorar, modificar e controlar o uso de recursos, o
tempo de resposta médio e o fluxo de dados, por exemplo, com a analise é possível trocar as
tabelas de roteamento para balancear ou redistribuir a carga de tráfego durante horários de
pico.
Gerenciamento da segurança: está associada às questões de autenticação e autorização
de usuários e à privacidade e a integridade dos dados. Esta parte de segurança é mais comum
em sistemas operacionais, Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados e interfaces de
usuários, por exemplo, geração de senhas criptografadas.
Gerenciamento da contabilização: fornece facilidades e ferramentas empregadas para
medir o uso e os custos da rede, podendo também ser usado para cobrar dos usuários pelo uso
dos recursos, por exemplo: medir o tráfego utilizado com a internet.
3.3 Monitoração e controle da rede
As funções de gerenciamento de rede podem ser agrupadas em duas categorias:
monitoração e controle da rede. Onde a monitoração (leitura), é a observação e análise do
estado atual dos componentes da rede, e o controle da rede (escrita), está relacionada com a
tarefa de alteração de parâmetros e execução de determinadas ações.
22
3.3.1 Monitoração
A monitoração é a observação de informações relevantes ao gerenciamento, tem maior
ênfase em 3 áreas do gerenciamento: falhas, desempenho e contabilização e é dividida em três
categorias: Estática, é a configuração atual dos componentes; Dinâmica, relacionada aos
eventos da rede; Estatística, derivada de informações dinâmicas.
Essas informações são coletadas por duas técnicas de comunicação entre agentes e
gerente: polling e event reporting. A diferença entre os dois é que no polling o gerente pode
solicitar a qualquer momento o envio de informações do agente, e no event reporting o agente
envia informações quando ocorre alguma mudança ou periodicamente ao gerente.
Os dois métodos são amplamente utilizados em gerencia de rede, só que por ter suas
diferenças são utilizados em áreas de gerenciamento diferentes, o polling é utilizado
geralmente em inventário de componentes e o event reporting é utilizado em redes de
telecomunicações.
A escolha do melhor método depende de vários fatores, como: a quantidade de
tráfego, robustez em situações críticas, o tempo entre a ocorrência do evento e as aplicações
de monitoração de rede suportadas.
3.3.2 Controle de rede
O controle de rede é a parte do gerenciamento correspondente à modificação de
parâmetros e à execução de ação em algum sistema remoto. Tem maior ênfase em duas áreas
do gerenciamento: configuração e segurança.
As funções do controle de configuração são: definição de informação de configuração,
modificação de atributos, distribuição de software, exame de valores de relacionamentos e
relatórios de status de configuração.
23
E o controle de segurança é manter seguro o recurso do gerenciamento. E os principais
objetivos são manter a confidencialidade, integridade e disponibilidade.
3.4 Modelos de Gerenciamento de Rede
“Um sistema de gerenciamento de rede é composto por ferramentas para o
monitoramento e controle da rede”(TEIXEIRA,1999,p.356), que são controladas pelo
administrador da rede, e que cabe a ele escolher as melhores ferramentas e a melhor maneira
de controlar esses recursos.
Os softwares utilizados no gerenciamento são divididos em agentes e gerentes e estão
presentes em estações de trabalho, servidores, switches, roteadores, etc...
Estes equipamentos que fazem parte da gerencia da rede, possuem softwares para o
envio de informações para o gerente da rede. Um bom ambiente de gerenciamento de rede é
composto pelos equipamentos (agentes), que se deseja monitorar, com o software adequado
para enviar informações e composto por um computador responsável para adquirir as
informações (gerente), sendo assim centralizando a fonte de informações.
“O computador gerente é considerado como o coração do sistema de gerenciamento de
rede e como tal deve-se fornecer atenção redobrada ao mesmo.” (TEIXEIRA,1999,p.358)
25
3.5 Modelo funcional de monitoramento de rede
FIGURA 2 - Descreve um modelo funcional para o monitoramento de redes
Os principais componentes de um sistema de gerenciamento são:
• Monitor: é uma estação quer irá fornecer a interface de monitoramento,
também define o centro de controle de toda rede;
• Aplicação de monitoramento: são os módulos do software de gerenciamento;
• Sistema gerente: é o software da estação de monitoramento, que executa as
funções básicas de monitoramento;
• Sistema agente: é o software que obtém e envia as informações de
gerenciamento para o monitor;
• Objetos gerenciados: são as informações de gerenciamento que representam os
recursos e suas atividades;
• Agente de monitoramento: é um módulo que gera resumos e análises
estatísticas das informações de gerenciamento.
26
3.6 Software de Gerenciamento de rede
O software que fornece a aplicação de gerenciamento pode ser muito simples, como é
o caso do modelo SNMP, ou muito complexo, como o modelo OSI. O software de
gerenciamento é organizado em três níveis: aplicação de gerenciamento de rede, elementos de
serviço da aplicação e serviço de transporte de dados de gerenciamento da rede.
A aplicação de gerenciamento de rede provê os serviços de interesse do usuário como,
por exemplo, gerenciamento de falhas, gerenciamento de configuração. Os elementos de
serviço da aplicação implementam as funções com propósito geral, que servem de suporte às
diversas aplicações, tais como, alarmes genéricos ou sumarização de dados. O serviço de
transporte de dados de gerenciamento consiste de um protocolo usado para a troca de
informações entre gerentes e agentes e de uma interface de serviço de serviço para os
elementos de serviço de aplicação.
3.7 Gerenciamento de redes: Necessidade de padrões
Na atualidade, as redes de computadores e sistemas distribuídos, cada vez mais estão
se tornando mais vitais para as empresas.
“Nos ambientes empresariais, a tendência é por redes maiores e mais complexas, que
aceitem um maior número de usuários e aplicações.”(TEIXEIRA,1999,p.345)
Com o aumento da rede e a complexidade de sistemas torna-se trabalhoso e difícil a
gerencia somente por esforços humanos, a adoção de ferramentas automatizadas é totalmente
necessária. Para um controle efetivo é exigido ferramentas de gerenciamento padronizadas
para atender a todos os componentes da rede. A necessidade de protocolos e programas cresce
de acordo com o tamanho da rede, e para atender a essas necessidades foram especificados
dois padrões: o da ISO/OSI e o da Internet.
27
As arquiteturas criadas são muito semelhantes, ambas as arquiteturas gerenciam a rede
com o uso da base de dados de informações gerenciais MIB (Management Information Base),
que contém dados no formato definido em uma estrutura de informações gerenciais chamada
SMI (Structure of Management Information). Existem também diversos protocolos que
utilizam essas bases, como: o SNMP (Simple Network Management Protocol) na internet, e
CMIP (Common Management Information Protocol) pelo ISO/OSI.
Abaixo os principais padrões para gerenciamento de redes existentes:
3.7.1 SGMP
O sistema SGMP (Simple Gateway Monitoring Protocol), sua finalidade era monitorar
a rede Internet. Este padrão foi o antecessor SNMP, várias de suas idéias foi aproveitada por
este padrão.
3.7.2 SNMP
O padrão SNMP (Simple Network Management Protocol), é a evolução do padrão
SGMP. Este padrão criado pela NYSERNet Inc. juntamente com a colaboração de várias
universidades de Nova York, foi estabelecido à partir da necessidade de gerenciar uma
internet, e não apenas monitora-lá, também da necessidade de monitorar outras equipamentos,
e não somente gateways da rede.
O SNMP é usado para transportar informação de gerenciamento entre as estações de
gerenciamento e os agentes existentes nos elementos da rede. Suas principais vantagens são:
• Por ser um protocolo de fácil implantação, o custo para se desenvolver um
software de gerenciamento e relativamente baixo;
28
• As funções de gerenciamento são de fácil utilização para administradores de
rede;
• A quantidade de funções de gerenciamento, que são suportadas remotamente, é
gradativamente aumentada, através da imposição de algumas restrições sobre a
forma e sofisticação das ferramentas de gerenciamento.
Apesar de apresentar várias vantagens em sua utilização, existem algumas limitações,
apresentadas a seguir:
• Falta de características de segurança;
• Impossibilidade de efetuar coleta de dados gerenciados em grandes volumes
(bulk – transferência de blocos de dados);
• Impossibilidade de conectar diferentes aplicações de gerenciamento de redes;
• Possibilidades de criação de configuração não-padrão (MIBs com extensões).
3.7.3 SNMP versão 2
Para suprir as deficiências de projeto da versão 1 do SNMP, foi proposta pelo IETF
(Internet Engine Task Force), uma nova versão: o SNMP v2. Esta versão permite a
comunicação de sistemas gerentes com outros sistemas gerentes, o que possibilita a
centralização do sistema gerente. Suas principais vantagens são:
• Aceita o gerenciamento de aplicações;
• Fornece mecanismos para comunicação segura entre os dois sistemas gerentes
e entre os equipamentos gerenciados na rede;
• Permite a coleta de dados em grandes volumes;
• Disponibiliza melhores mecanismos para tratamento de erros.
• Possibilita o uso de vários serviços de transporte, incluindo OSI, IPX,
AppleTalk e o TCP/IP.
29
Mas sua desvantagem é que a versão SNMPv2 não é compatível com versões antigas
do SNMP, o que torna a mudança para a nova versão mais difícil.
3.7.4 CMIP
O padrão CMIP (Common Management Information Protocol) é o protocolo da
ISO/OSI para o gerenciamento da MIB. O CMIP tem o objetivo de suprir as limitações do
SNMP.
Os produtos que utilizam o padrão CMIP são muito recentes, poucos em números e
mais caros que o SNMP. Além disso, esses produtos oferecem funcionalidades adicionais,
sendo muito complexos por exigirem uma quantidade de recursos avançada para serem
executados com rapidez e qualidade.
3.7.5 RMON MIB
O padrão RMON MIB (Remote Network Monitoring MIB), é um sistema de
monitoração remota implantado sob o SNMP. Foi desenvolvido para resolver um dos
problemas com os agentes SNMP tradicionais, que não são capazes de analisar seus próprios
dados, isto força a estação de gerenciamento ficar inspecionando as diversas variáveis de
gerenciamento, causando muito tráfego na rede. O sistema que implementa a MIB RMON é
chamado de probe RMON, que nada mais é que um dispositivo remoto de gerenciamento.
Suas principais vantagens são:
• Operação off-line, onde o monitor coleta e armazena estatísticas que podem ser
recuperadas pela estação gerente a qualquer momento;
• O monitor está sempre ativo, continuamente rodando diagnósticos e
armazenando dados;
30
• O monitor pode verificar detectar e alerta de problemas continuamente;
• É capaz de efetuar um resumo dos dados;
• O monitor suporta várias estações gerentes.
3.7.6 RMON 2
A RMON original se preocupava com operação e gerenciamento da camada física e de
enlace, de uma rede remota. O RMON 2 definido no RFC2021, estende as capacidades do
RMON às camadas superiores, e suas principais vantagens são:
• O probe RMON 2 pode monitorar o trafego da camada de rede, incluído o IP;
• Como o RMON 2 pode decodificar e monitorar tráfego da camada de
aplicação, o probe pode gravar tráfego para aplicações específicas.
Sua maior desvantagem é com relação à performance, pois ele necessita de altas
capacidades de recurso de memória e processamento para ser implementado.
3.7.7 SNMP versão 3
O SNMPv3 ao contrário das versões anteriores lança este protocolo com uma
implementação adicional de segurança. Uma das características marcantes do SNMPv3 é a
modularidade da documentação e arquitetura, que integra as especificações do SNMPv1 e
SNMPv2 com as do SNMPv3. Que permite a continuação do SNMP por agentes e gerentes
SNMPv3. Suas principais vantagens são:
• Resolve os principais problemas de segurança na autenticação, privacidade e
autorização encontrado nas versões SNMPv1 e SNMPv2;
• Uma arquitetura que permita uma atualização definido pelo framework SNMP
que venha a ser definido no futuro;
31
• Uma arquitetura modular que permite a implementação sobre diversos
ambientes operacionais;
• Compatível com as versões anteriores do SNMPv1 e SNMPv2.
3.7.8 SMON
O SMON (Switch Monitoring), é a extensão do RMON para gerenciamento de redes
com Switch, que é um dispositivo de rede utilizado para reduzir o congestionamento da rede,
em redes que possuem switches aumenta o número de pontos, que são necessários o
monitoramento, pois cada switch pode conter vários segmentos de rede. Para contornar os
problemas gerados pela excessiva segmentação de redes baseadas em switch, foi definido este
padrão que estende o RMON para adequá-lo melhor ao gerenciamento de redes com switch.
Definido pela Lannet e denominado SMON.
3.8 Implementando um ambiente gerenciado
Para definir qual a solução ideal para a implantação de um bom sistema de
gerenciamento é necessário seguir os seguintes fatores:
• Orçamento disponível para investir na solução;
• Capacitação pessoal da equipe envolvida na administração da rede;
• Complexidade do ambiente a ser gerenciado.
Para se ter uma alta qualidade em sua rede é necessária a adoção de um bom sistema
de gerenciamento.
“As boas redes operam de maneira invisível para o usuário; os servidores devem
atender às solicitações dos clientes rapidamente. Sem a necessidade de nenhuma ação especial
por parte das pessoas que estiverem usando os recursos da rede” (TEIXEIRA,1999,p.343)
32
Geralmente redes pequenas e sem disponibilidades financeiras, ao invés de investir em
softwares para gerenciamento de rede, utilizam ferramentas disponíveis no próprio Sistema
Operacional. Mas é possível com um pequeno investimento de tempo da equipe de suporte, é
possível implementar uma solução mais adequada e sem custo nenhum através de ferramentas
Open Source (Código Aberto) que além de serem eficientes, são livres para fazer qualquer
alteração em seu código fonte para adequar ao perfil da empresa, estas ferramentas são
disponibilizadas na Internet, exemplo: Nagios, Cacti, OpenNMS, etc.
As ferramentas de monitoração de hosts funcionam todas de forma muito semelhante,
utilizam um sistema de cadastro de dispositivos e serviços, que se deseja monitorar e de
tempo em tempo o sistema irá verificar se estes dispositivos estão respondendo.
Mas quando apenas o conhecimento se determinado equipamento está ativo ou não,
surge à necessidade de utilizar ferramentas de gerencia de rede, como por exemplo, os
protocolos gerencia de rede.
Ferramentas deste porte são muito complexas, e requerem um computador exclusivo
para efetuar o monitoramento e não estão ao alcance do orçamento de pequenas empresas.
Essas ferramentas oferecem suporte a protocolos de gerenciamento RMON, SNMP, auto-
detecção dos computadores e componentes da rede, alteração de configuração de
componentes de rede remotamente através dos protocolos de gerenciamento.
A implantação de ferramentas de gerenciamento requer um estudo da equipe da
administração de rede sobre como implantar, como dar manutenção e quais os impactos
possíveis com a implantação desta solução.
33
CAPÍTULO IV
4.1 O que é o GNU/Linux
O GNU/Linux é um sistema operacional livre, composto pelo núcleo Linux
(conhecido como kernel) e pelas bibliotecas e ferramentas do projeto GNU, além de diversos
programas livres feitos por outros programadores e empresas. É um sistema que segue a
norma Unix.
Os Sistemas Operacionais que utilizam o kernel do Linux utilizam o sistema GNU que
oferece um interpretador de comandos, utilitários, interfaces gráficas, bibliotecas,
compiladores e ferramentas e vários outros programas. Por essa razão, Richard M. Stallman,
criador e líder do projeto GNU, solicita aos utilizadores que se refiram ao Linux como o
sistema completo GNU/Linux. “Um sistema GNU baseado em Linux ou sistema GNU/Linux,
para simplificar.” (Stallman, 1998)
“Por volta do início dos anos 90 nós agrupamos todo o sistema à parte do núcleo (e
nós ainda estamos trabalhando em um kernel, GNU Hurd, que executará em cima do Mach).
Desenvolver esse núcleo tem sido bem mais difícil do que esperávamos, e nós ainda estamos
trabalhando em sua finalização.” (Stallman, 1998)
E antes de ser terminada versão oficial do Projeto GNU, Linus Torvalds uniu o Linux
com o sistema GNU para compor um sistema livre completo.
A primeira versão do “Linux” (Linus + Unix) foi anunciada em 1991 por Linus
Torvalds, e que a partir daí recebeu ajudas e contribuições de programadores do mundo todo,
com o intuito de fazer evoluções e melhoras constantes em seu código.
34
O GNU/Linux é um Sistema Operacional Livre distribuído gratuitamente pela
Internet. Seu código fonte é aberto o que o deixa livre para fazer alterações por qualquer
pessoa que conheça um pouco de programação. E por ser um sistema de código aberto sua
performance, estabilidade e velocidade são aprimorados cada vez mais, pela comunidade no
mundo todo.
4.2 Distribuições GNU/linux
Uma distribuição é o núcleo do Linux (Kernel) mais o conjunto de aplicações que
servem de suporte ao utilizador e ao Sistema Operacional.
Existem muitas distribuições do linux e cada uma tem sua característica própria,
vantagens e desvantagens. Algumas distribuições incluem inúmeras aplicações, outras optam
pelo minimalismo; algumas apostam na automatização de procedimentos, outras orientadas
para veteranos. As diferenças mais visíveis entre as distribuições estão no sistema de
instalação, as localizações de programas, nomes de arquivos de configuração, etc. A escolha
de uma distribuição é pessoal e depende das necessidades de cada um.
As distribuições mais conhecidas são: Debian, Mandriva, SuSE, Slackware, RedHat,
Mandrake e todas utilizam o Linux como kernel principal.
4.3 O que significa GPL?
GPL é o acrônimo de General Public License. “A licença mais difundida sobre GPL é
GNU GPL, base do projeto da GNU“ (MARTINS, 2003, p.2). As licenças para a maior parte
do Software são concebidas para privar-nos de partilhar e alterar. Em contraste, a GNU
General Public License tem a intenção de garantir a nossa liberdade de partilhar e alterar, para
garantir que o software seja gratuito para todos os utilizadores.
35
4.4 Utilização do GNU/Linux em redes de computadores
O Linux é atualmente utilizado em larga escala em ambiente universitário, empresarial
e governamental. Para o ambiente empresarial usar Linux é importante, não somente pelo fato
de não terem de pagar licença para a aquisição do software, mas também é utilizado por
empresas que necessitam de elevada confiabilidade, performance e segurança. Para as
universidades o Linux é utilizado pois além de não ter que pagar licença para utiliza-lo, traz
uma oportunidade de aprendizagem inigualável por ser um Sistema Operacional Open Source
e que a pessoa pode ver como é que o sistema está construído e “aprender mexendo”. O
Linux, devido à segurança que proporciona, é cada vez mais utilizado nos governos, pois
necessitam manter informação simultaneamente disponível e segura. Também já é mais
comum encontrar o Linux em casas de pessoas que tenham alguma familiaridade com a
informática ou que adquirirão o computador recentemente em lojas que já estão adotando este
Sistema Operacional como instalação padrão em computadores.
A utilização do linux em servidores e estações de trabalho em uma rede traz diversas
vantagens em segurança, velocidade e confiabilidade, e cada vez mais está sendo utilizada nas
empresas. “A rede é uma das capacidades do Linux” (WELSH, 1997, p. 6). Os
administradores de rede contêm um vasto conjunto de ferramentas úteis para disponibilizar
serviços de computadores servidores, como: DNS, proxy, firewall, compartilhamento de
arquivos, servidores WEB, etc e também softwares para computadores pessoais: mozzila, open
office, gaim, thunderbird mail, etc.
Está sendo gradativamente diminuído o mito de utilizar linux em uma estação de
trabalho em uma rede, pois tudo sempre está sendo criado e atualizado pensando na facilidade
de utilização neste Sistema Operacional por usuários e em pouco tempo de utilização o
usuário se habitua a operar o sistema normalmente.
36
“Instalação, configuração e manutenção do sistema cada vez mais fácil, com dezenas
de programas de interfaces gráficas de usuários diferentes, muitos dos quais superam os
produtos de softwares comerciais equivalentes em conveniência e facilidade de uso.” (BALL,
1999, p. 8)
37
CAPÍTULO V
5.1 Softwares de Gerência de redes em software Livre.
O objetivo desta pesquisa é fazer um levantamento de algumas ferramentas de
gerencia de redes que são disponibilizados através da filosofia de software livre, para que um
gerente de redes possa fazer uma escolha mais consciente de que ferramenta utilizar para
implantar e gerenciar o ambiente de uma empresa com qualidade. Sendo analisado a
implantação e benefícios em empresas de pequeno e médio porte.
5.2 Descrição dos softwares por área
Foram pesquisados alguns softwares de gerencia de rede, que tenham características
de cada área específica da gerencia de rede: Gerenciamento da Configuração, Gerenciamento
de falha, Gerenciamento da contabilização, Gerenciamento de desempenho e Gerenciamento
da segurança.
5.2.1 Softwares de Gerência de Configuração
Softwares que tem a responsabilidade de obter, armazenar e documentar os parâmetros
mais importantes para o funcionamento de cada um dos elementos da rede, além de garantir
que sejam mantidos padrões para as configurações dos elementos da rede.
“O início do funcionamento e o desligamento parcial ou total dos elementos de rede é
a atividade de maior impacto realizada por esta área e que garante a sua operação com os
parâmetros adequados” (RECOMMENDATION X.700, 2001, p. 8)
38
5.2.2 Softwares de Gerência de Falhas
Softwares que são capazes de identificar e isolar o elemento com algum tipo de
problema em uma rede, além de reconfigurar automaticamente a rede para que funcione
enquanto os elementos atingidos estejam sendo reparados.
5.2.3 Softwares de Gerência de Contabilidade
São softwares responsáveis por contabilizar a carga de utilização dos recursos da rede
por usuários ou grupos de usuários, atribuindo valores a essa utilização. Também serve pela
imposição de limites de utilização dos recursos dependendo do perfil do usuário.
“Muitos de seus relatórios servem para auxiliar o planejamento do crescimento da
rede” (STALLINGS, 1999, p. 15)
5.2.4 Softwares de Gerência de Desempenho
São softwares que facilitam o trabalho dos administradores da rede, fornecendo e
ferramentas para monitorar, modificar e controlar o uso de recursos, o tempo de resposta
médio e o fluxo de dados, por exemplo, com a analise é possível trocar as tabelas de
roteamento para balancear ou redistribuir a carga de tráfego durante horários de pico.
5.2.5 Softwares de Gerência de Segurança
São softwares que a maior preocupação é com a integridade, autenticidade,
confidencialidade e disponibilidade dos recursos da rede.
“Promove o controle e o registro de acesso aos recursos e informações considerados
importantes ou confidenciais em uma rede.” (STALLINGS, 1999, p. 17)
39
5.3 Ferramentas de gerenciamento encontradas no mercado
A maioria das soluções de gerência patenteadas são extremamente cara e complexas,
além de muitas vezes não se adaptar agilmente às mudanças de tecnologia e de requisitos de
gerência dos usuários. A idéia é aproveitar o poder de software de código aberto para
desenvolver produtos de gerência de redes poderosos, estáveis e escaláveis.
Foram analisados os seguintes softwares: Webmin, Tivoli Net View, Hp Open View
Network Node Manager, Nagios, MRTG, Open NMS, CACIC e OCS.
Foi utilizado o Sistema Operacional GNU/Linux Debian 3.1 para testar os softwares
de gerenciamento de redes em softwares livre e o Sistema Operacional Windows XP
Professional para testar os softwares de licença proprietária.
Foi realizada também uma comparação entre os softwares gerenciamento com licença
GPL e também algumas ferramentas de gerenciamento de licença proprietária.
Serão levadas em conta todas as características destes softwares: como a utilização e
implantação desses softwares, como obter o software, requisitos para instalação e
funcionamento, suas características básicas e utilização na rede.
5.3.1 WEBMIN
5.3.1.1 Descrição
Webmin é software para a administração do sistema Unix. Utilizando um web-browser
que suporte tabelas e formulários, é possível alterar configurações de contas de usuários,
Apache, DNS, quota e assim por diante.
Webmin consiste em um web-server simples, e um número de programas que
atualizam diretamente no sistema como /etc/inetd.conf e /etc/passwd. Web server e todos os
40
programas do cgi são escritos na versão 5 do Perl, e não utilizam nenhum módulo não
padronizado do Perl.
Todas as versões recentes de Webmin estão sob pacotes DEB, RPM e tar.gz e a
licença permite que o software seja livremente distribuída e modificada para o uso comercial
e não-commercial.
5.3.1.2 Obtenção do Produto
É possível obter o produto no repositório da Debian.org, adicionando a seguinte linha
no arquivo /etc/apt/source.list: deb www.debian.org/debian sarge main contrib non-free, ou
realizando o download dos pacotes tar.gz, RPM ou DEB no site oficial:
http://www.webmin.com/
5.3.1.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento
São mais de 70 diferentes sistemas operacionais suportados pelo WEBMIN, sendo que
os mais recomendados são o Solaris, GNU/Linux, RedHat e FreeBSD.
É possível ser instalando módulos separados ou instalar o pacote completo, disponível
no site oficial do WEBMIN.
É um software que necessita dos seguintes pacotes para a instalação: WEBMIN,
criptografia ssl (openssl) e bibliotecas perl (libauthen-pam-perl, libnet-ssleay-perl), para a
instalação padrão.
5.3.1.4 Implantação do software
41
É um software de fácil implantação e instalação, por estar disponível no repositório do
Debian, inclui as dependências necessárias no pacote de instalação e é possível instalá-lo com
apenas um comando. (apt-get install webmin-<nome_do_módulo>)
5.3.1.5 Características Básicas
A utilização deste software é voltada para a gerencia de configurações, utilizado
principalmente para configurações de softwares de servidores GNU/Linux. Em qualquer
computador que estiver instalado esta ferramenta, é possível alterar suas configurações, pela
rede interna e até pela Internet, apenas liberando o acesso aos endereços que irá utilizar,
alterando o arquivo de configuração do WEBMIN.
Neste software, já existem mais de 110 módulos disponíveis para o gerenciamento
com o WEBMIN, e cada um adiciona uma funcionalidade diferente ao software, abaixo
contém alguns dos módulos disponíveis e uma breve descrição.
TABELA 1 - Módulos do Software WEBMIN
Módulo Descrição
webmin Módulo principal de administração
webmin-adsl Módulo PPPOE (Cliente ADSL)
webmin-apache Módulo de controle do Servidor Web, apache
webmin-bandwidth Módulo de monitoramento de banda
webmin-bind Módulo de controle do Servidor de DNS, bind
webmin-burner Módulo de controle de gravação de Cds
webmin-dhcpd Módulo de controle do Servidor de dhcp, dhcpd
webmin-exports Módulo de controle de compartilhamento NFS
webmin-logrotate Módulo de visualização de log do sistema
42
webmin-lpadmin Módulo de controle de impressoras
webmin-mysql Módulo de controle do Servidor de banco de dados mysql-server
webmin-proftpd Módulo de controle do Servidor de FTP, Proftpd
webmin-quota Módulo de controle de quota de disco
webmin-samba Módulo de controle de compartilhamento samba
webmin-status Módulo de controle do status do sistema
webmin-telnet Módulo de controle do telnet
FIGURA 3 – Módulo particionamento de disco
5.3.1.6 Utilização na rede
A utilização é baseada na carga do software gerada pelo software localmente no
servidor. E se for acesso externo, será utilizado como um acesso normal a uma página WEB.
43
5.3.2 Tivoli NetView
5.3.2.1 Descrição
O IBM-Tivoli é um software desenvolvido pela IBM, para o gerenciamento dos
recursos da rede, possui características de gerenciamento de sistemas, gerenciamento de
armazenamento e segurança.
A parte de gerenciamento de sistemas possui diversos módulos de software diferentes.
O módulo para o gerenciamento e desempenho da rede é o IBM NetView, com ele é
possível gerenciar o nível de disponibilidade dos dispositivos da rede.
5.3.2.2 Obtenção do Produto
Por ser um software proprietário, pode ser comprado pelo portal da IBM, ou entrando
em contato por telefone ou em alguma revenda da IBM, também pode ser adquirido no
endereço: http://www.ibm.com/br
Custo aproximado: 280,05 dólares
5.3.2.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento
Sistemas Operacionais Suportados: AIX, Linux, Sun Solaris e Windows 2000, XP e
2003.
5.3.2.4 Implantação do software
Na compra de qualquer produto IBM é adquirido um manual de instalação e a compra
proporciona um suporte da IBM por 12 meses.
44
5.3.2.5 Características Básicas
O IBM Tivoli NetView é uma solução de gerenciamento de redes robusta, que
descobre redes TCP/IP, exibe topologias de rede, correlaciona e gerencia eventos e
interrupções SNMP, monitora o funcionamento da rede e reúne dados de desempenho.
Utilizando "SmartSets", coletas de grupos definidos pelo usuário, o IBM Tivoli NetView pode
gerenciar além do nível de disponibilidade do dispositivo, permitindo que o usuário
desenvolva uma solução de gerenciamento baseada em todo o sistema de negócios.
Suas principais vantagens são:
• Fornece uma solução de gerenciamento distribuída;
• Identifica de forma rápida a causa raiz das falhas de rede;
• Mantém inventário de dispositivos para gerenciamento de recursos;
• Mede a disponibilidade e fornece isolamento de falha para controle e
gerenciamento de problemas;
• Relata sobre tendências e análise de rede.
45
FIGURA 4 – Demonstrativo da interface do software
5.3.2.6 Utilização na rede
A utilização na rede será baseada na carga gerada pelo software na rede. Este
parâmetro dependerá diretamente da quantidade de variáveis monitoradas (repostas dos
agentes) e do intervalo de polling (requisições do gerente).
5.3.3 HP Open view Network Node Manager
5.3.3.1 Descrição
O HP Open view NNM é um software para a gerência dos componentes da rede, que
se destina a implementar um escopo de gerência de uma forma completa.
46
“É uma ferramenta multi-funcional, que se destina a acompanhar os eventos ocorridos
nos servidores e seus serviços, registrar as falhas ocorridas, customização de alarmes e a
organização da arquitetura de gerência dos servidores.” (GUTHIERE, 2004, p. 45)
É um software de gestão com uma plataforma muito simples e completa, estes
módulos possuem uma interface gráfica com a aparência do equipamento em questão, o que
facilita o gestor a ter uma visão mais clara sobre as ligações em cada porta e o seu tipo,
facilitando a analise de problemas.
5.3.3.2 Obtenção do Produto
Por ser um software proprietário, pode ser comprado no portal do Openview ou em
alguma revenda do HP Open View, após um cadastro é possível adquirir o software
demonstrativo no endereço: http://www.openview.hp.com/downloads/index.html
Custo aproximado: 800 dólares
5.3.3.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento
Sistemas Operacionais suportados: Solaris, HP-UX, Windows e Linux
5.3.3.4 Implantação do software
É possível encontrar a documentação completa no site do fabricante.
5.3.3.5 Características Básicas
O acompanhamento de eventos tem por fim monitorar todos os eventos, ou serviços,
provenientes dos servidores gerenciados, centralizando-os no HP Open View, de forma que
47
seja possível acompanhar os incidentes em tempo real, tomando ações imediatas para a
resolução dos problemas.
O registro de falhas no HP Open View possui uma base histórica, registrando todos os
eventos ocorridos numa base de dados, para possíveis consultas e acompanhamento de
eventos repetitivos, para tomada de decisões que corrijam o problema.
A console de gerenciamento tem uma interface muito amigável, onde a partir dela é
possível receber os alarmes provenientes dos servidores gerenciados de acordo com o perfil
estabelecido.
Na organização da arquitetura de gerência é possível separar os servidores
monitorados por grupos, funcionalidades ou perfis de usuários, dependendo das permissões
para execução das tarefas e consulta de informações.
A janela de alertas pode ser automática e manual e quando as ações são automáticas,
onde não é necessário que seja executada qualquer ação ou procedimento manual, a própria
ferramenta de gerência se encarrega de tomar alguma ação automaticamente.
A janela de mensagens mostra as mensagens ativas que o HP Open View coleta dos
servidores gerenciados. Mensagens ativas são aquelas cujos incidentes não foram tratados
nem resolvidos, elas também possuem um nível de criticidade pré-configuradas, a qual é
informada pela cor, variando de normal cor verde à critico cor vermelha.
48
FIGURA 5 – Demonstrativo da interface do Software
5.3.3.6 Utilização na rede
A utilização na rede será baseada na carga gerada pelo software na rede. Este
parâmetro dependerá diretamente da quantidade de variáveis monitoradas (repostas dos
agentes) e do intervalo de polling (requisições do gerente).
49
5.3.4 Nagios
5.3.4.1 Descrição
Nagios (antigamente conhecido como NetSaint) é um monitor de serviços da rede,
projetado para informar aos administradores de rede, os problemas da rede antes que os
usuários ou os clientes percebam.
"Foi projetado para funcionar sob o sistema Operacional de Linux, mas trabalha muito
bem sob a maioria de variantes do UNIX também." (NAGIOS, 2006, p.1)
Realiza verificações intermitentes de monitoração dos funcionamentos dos serviços da
rede que o administrador da rede pode configurar. Quando os problemas são encontrados, o
nagios pode emitir notificações para fora aos contatos administrativos em uma variedade das
maneiras diferentes (e-mail, mensagem imediata, SMS, bips, etc.). A informação de status
atual, os registros de históricos, e os relatórios podem tudos sere alcançados através de um
web browser.
Todo monitoramento é feito através de plugins. Plugins são programas usados sob
demanda. Trata-se de executáveis, compilados ou scripts (Perl, shell, etc.), que podem ser
executados através da linha de comando para checar o status de um cliente ou seu serviço.
Sem os plugins, o Nagios não tem utilidade.
5.3.4.2 Obtenção do Produto
É possível obter o produto no repositório da Debian.org, adicionando a seguinte linha
no arquivo /etc/apt/source.list: deb www.debian.org/debian sarge main contrib non-free, ou
50
realizando o download dos pacotes Tarball ou RPM no endereço:
http://www.nagios.org/download/
5.3.4.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento
Suporta todos os Sitemas Operacionais UNIX compativel.
Não necessita de um hardware muito avançado para a instalação.
Necessita dos seguintes pacotes para a instalação e correto funcionamento: Apache,
Nagios, Plugins do nagios e diversas bibliotecas para os sensores do nagios, que estão
disponíveis no repositório do Debian.
5.3.4.4 Implantação do software
É um software de difícil instalação e configuração, por utilizar diversos arquivos para
a configuração e dependência. Mesmo com diversos tutoriais disponíveis na internet, é difícil
realizar a instalação nas primeiras vezes.
Após a instalação é importante que se tenha em mente: O Nagios não irá funcionar sem os plugins; O Nagios não irá funcionar se o Apache não estiver configurado corretamente; Verificar as permissões dos arquivos; Ter certeza que tudo está configurado antes de iniciar o programa; E a única maneira de implementar o programa é alterando seus arquivos de configurações. (VIVAOLINUX, 2006, p.1)
5.3.4.5 Características Básicas
São muitas as características do nagios, tornando-lhe uma ferramenta de monitoração
muito poderosa. Algumas das características principais estão listadas abaixo:
• Monitoração dos serviços de rede (smtp, POP3, HTTP, NNTP, SIBILO, etc.);
• Monitoração dos recursos dos hosts (carga do processador, uso do disco e da
memória, processos ativos, etc.);
• Monitoração de fatores ambientais tais como a temperatura;
51
• Projeto plugin simples que permite que os usuários desenvolvam fàcilmente
seu próprio monitoramento e prestem serviços de manutenção e verificações;
• Abilidade de definir a hierarquia dos hosts da rede, permitindo a detecção e a
distinção entre os hosts que estão desligados e aqueles que estão indisponíveis;
• Cantata o administrador por notificações quando ocorrem problemas de serviço
ou de hosts que estão indisponíveis através do email, mensagem para o celular,
ou outro método que o administrador definir);
• Sustentação para executar monitoração redundante em sistemas distribuídos;
• Retenção do status dos hosts e do serviço através dos reinícios do programa;
• Downtime programado para suprimir notificações dos hosts e dos serviços
durante períodos estabelecidos;
• Interface WEB para visualizar o status da rede, os históricos das notificações e
dos problemas, log de registro, etc;
• O esquema simples de autorização a usuários que podem visualizar as
notificações do nagios pela interface web;
• Checa se o servidor está ativo e rodando;
• Realiza o monitoramento dos serviços da rede (mail, http, pop, ssh, etc)
• Coletas estatísticas de desempenho em um servidor;
• Permite que alertas específicos sejam encaminhados para grupos ou indivíduos
em particular;
• Reporta o tempo em que seus servidores ficaram parados.
52
FIGURA 6 – Relatório de alarme do sistema
5.3.4.6 Utilização na rede
Como este software só captura dados, não há geração de carga na rede.
5.3.5 OpenNMS
5.3.5.1 Descrição
OpenNMS é uma ferramenta de gerência de redes opensource. Ajuda administradores
de rede a monitorar serviços críticos em máquinas remotas e coleta a informação de nós
remotos usando o SNMP.
53
“Além de oferecer a gerência tradicional usando o protocolo de gerência SNMP,
OpenNMS pode ser usado para gerar relatórios de nível de serviço e notificações de
problemas.” (OPENNMS, 2006, p.1)
5.3.5.2 Obtenção do Produto
É possível obter este softwares no repositório da Debian.org, adicionando a seguinte
linha no arquivo /etc/apt/source.list: deb sarge www.debian.org/debian main contrib non-free,
ou realizando o download dos pacotes Deb, Tarball ou RPM no endereço:
http://sourceforge.net/project/showfiles.php?group_id=4141
5.3.5.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento
Suporta os Sistemas Operacionais: RedHat 6+, Mandrake 7+, Solaris, Debian e Suse.
Para instalar o OpenNMS é necessário baixar os 11 pacote de instalação disponíveis
para download no endereço do fabricante.
É recomendado pelo menos 192 Mb de memória RAM.
Ele necessita dos seguintes pacotes para a instalação: Openms (opennms, opennms-
common, opennms-contrib, opennms-db, opennms-doc, opennms-server, opennms-webapp),
Java Virtual Machine (libopennms-java), icmp(libicmp-jni), rrdtool (librrd0-jni), tomcat e
PostgreSQL(libiplike-pgsql).
5.3.5.4 Implantação do software
Manual de instalação está disponível no site do Fabricante.
54
É um software de difícil instalação e configuração, pois necessita de configuração de
vários programas para o funcionamento adequado. Mas após a instalação é possível
configura-lo pela interface WEB.
“A interface WEB do produto é amigável, sendo de fácil navegação. Porém não há um
Guia do Usuário, se gasta um tempo explorando a interface para descobrir onde estão as
funcionalidades e como acioná-las.” (OYAMA, 2002, p. 38)
5.3.5.5 Características Básicas
OpenNMS fornece as seguintes características:
• Interface com o usuário via WEB;
• Descoberta de dispositivos e serviços da rede;
• Coleta de dados via SNMP, monitoramento de serviços HTTP, SMTP e DNS;
• Notificações automáticas;
• Gera gráficos estatísticos;
• Painéis da configuração de JAVA;
• Gera relatórios de desempenho, disponibilidade e inventário de rede.
FIGURA 7 – Relatório diário do OpenNMS
55
5.3.5.6 Utilização na rede
A utilização na rede será baseada na carga gerada pelo software na rede. Este
parâmetro dependerá diretamente da quantidade de variáveis monitoradas (repostas dos
agentes) e do intervalo de polling (requisições do gerente).
5.3.6 MRTG
5.3.6.1 Descrição
O MRTG (Multi Router Traffic Grapher) é um software gratuito para monitorar
indicadores de desempenho de uma rede, utilizando o protocolo SNMP para o monitoramento
dos dispositivos da rede.
O MRTG é um programa desenvolvido em perl muito útil para análisar o tráfego
utilizado na rede/link. Ele gera gráficos que mostram o uso da banda em termos de
velocidade.
“MRTG é escrito em Perl e trabalha tanto no Unix/Linux Windows e mesmo sistemas
de Netware, o MRTG é um software livre licenciado sob a licença Gnu GPL.”
(MRTG,2006,p.1)
5.3.6.2 Obtenção do produto
É possível obter este software no repositório da Debian.org, adicionando a seguinte
linha no arquivo /etc/apt/source.list: deb www.debian.org/debian sarge main contrib non-free,
ou realizando o download dos pacotes Tarball ou zip no endereço:
http://oss.oetiker.ch/mrtg/pub/?M=D. Para seu funcionamento também é necessária a
56
instalação do compilador ActivePerl, disponível para download no endereço:
http://www.activestate.com/
5.3.6.3 Requisitos para Instalação e Funcionamento
O sistema operacional utilizado pode ser Unix, Windows 95, 98, ME, NT, 2000, Linux
ou Mac OS X 10.1.
O MRTG requer os seguintes pacotes para o correto funcionamento no Linux: gcc,
perl, gd, libpng, zlib.
5.3.6.4 Implantação do software
Para configurar não é tão complicado. É possível realizar o download do MRTG, seja
como código-fonte, ou como pacote. No caso dos pacotes, uma compilação não é necessária,
e os arquivos já estarão instalados no sistema (portanto é só configurar).
É muito fácil realizar a instalação se utilizar o "apt", porque com um comando (apt-get
install mrtg) o programa e todas as suas dependências são instalar automaticamente.
A maior desvantagem do software é que a configuração e operação são realizadas por
linha de comando, dificultando a utilização para usuários inexperientes.
5.3.6.5 Características básicas
O MRTG é um software baseado na arquitetura SNMP que permite a construção de
páginas WEB para a monitoração de sistemas. Acionado em intervalos regulares o software
consulta as MIBs (Management Information Base) dos dispositivos monitorados para buscar
os valores das variáveis de interesse conforme especificados nos arquivos de configuração. De
posse desses valores, ele gera gráficos contendo as curvas de evolução das variáveis
57
monitoradas. Quatro tipos de gráficos podem ser gerados para a mesma medida: Diário,
Semanal, Mensal e Anual.
“Esta ferramenta tem um uso bastante difundido para análise de tráfego
principalmente no meio acadêmico, por ser free e possuir funcionalidades importantes ao
processo de monitoramento do ambiente.“ (JUNIOR, 2003, p.147)
O MRTG possui as seguintes características:
• Geração de resultados gráficos no formato HTML;
• Permite o monitoramento da utilização da CPU e do HD, estado do enlace
físico de uma interface, utilização de memória, quantidade de pacotes de bits
que entram e saem de uma interface;
• Gerenciamento baseado em método de polling e utilizando o protocolo SNMP.
FIGURA 8 – Relatório gerado pelo MRTG
58
5.3.6.6 Utilização na rede
A utilização na rede será baseada na carga gerada pelo software na rede. Este
parâmetro dependerá diretamente da quantidade de variáveis monitoradas (repostas dos
agentes) e do intervalo de polling (requisições do gerente).
5.3.7 CACIC
5.3.7.1 Descrição
O cacic é um software desenvolvido para elaborar inventários de hardware e software
do parque computacional de uma empresa. Com esse configurador e coletor se torna acessível
a obtenção de informações como: número de equipamentos e sua distribuição; modelos de
softwares; instrução patrimoniais; entre outros. Sendo assim, verifica-se nessas características
a ampliação de controle de parque computacional como também a segurança na rede através
do monitoramento.
Primeiro Software Público do Governo Federal, resultado do Consórcio de Cooperação entre a SLTI - Secretaria de Logística Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG e a DATAPREV - Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social, desenvolvido pelo Escritório Regional da DATAPREV no Espírito Santo. (CACIC, 2006, p.1)
5.3.7.2 Obtenção do Produto
O software está disponível para download no site do governo federal, no endereço:
http://guialivre.governoeletronico.gov.br/cacic/sisp2/downloads/donwloads.htm
5.3.7.3 Requisitos de Instalação e Funcionamento
59
O servidor do CACIC usa o conjunto de softwares livres conhecidos como LAMP:
Linux, Apache, MySQL e PHP. Já os agentes, são programas compilados que não necessitam
de nenhum software adicional para que possam ser executados. Dessa forma, qualquer
empresa/órgão que queira utilizar o CACIC não necessitará adquirir nenhum software
adicional para que possa implantar o sistema. Os agentes do CACIC para as plataformas
Linux e Windows podem ser executados nas versões 95, 95 OSR2, 98, 98 SE, ME, NT, 2000
e XP.
5.3.7.4 Implantação do software
Para configurar o servidor é meio complicado. Pois é necessária a configuração do
banco de dados para a comunicação com a interface web. E para instalação dos aplicativos
clientes é bem simples e fácil.
É um software com uma grande comunidade de suporte, através de fóruns e manuais
disponibilizados no site do governo federal.
“Observa-se a utilização desse sistema na DATAPREV e além do Brasil, essa
ferramenta foi introduzida em países com Canadá, Argentina, Equador, EUA, Espanha,
Paraguai e Venezuela.” (SILVA, 2006, p. 13)
5.3.7.5 Características Básicas
O CACIC, como um sistema de inventário proporciona:
• Fornecimento de dados;
• Monitoramento de cada componente da rede;
• Gerenciamento de configurações.
Dentre estas 3 peculiaridades estão:
60
• Identificação dos integrantes de hardware e software do sistema em uma escala
adequada para controlar;
• Documentação de todas trocas relevantes durante o ciclo de vida do sistema;
• Preservação da integridade do sistema;
• Manutenção de registros sobre o status de cada elemento da rede;
• A localização física dos equipamentos;
• A permissão da troca da configuração, caso seja enfrentado congestionamentos
falhas ou necessidades de atender usuários;
• Estabelecimento de parâmetros de operação de rede;
• Resgate explicativo sobre a configuração atual da rede;
• Emissão de relatórios baseados no armazenamento de informações relativas a
configuração da rede.
FIGURA 9 – Tela inicial de Gerenciamento do CACIC
61
5.3.7.6 Utilização na rede
A utilização na rede será baseada na carga gerada pelo software na rede. Este
parâmetro dependerá diretamente da quantidade de variáveis monitoradas (repostas dos
agentes) e do intervalo de polling (requisições do gerente).
5.3.8 OCS Inventory Next Generation
5.3.8.1 Descrição
“É uma aplicação desenvolvida para auxiliar administradores de rede que precisam
manter um relatório de rede que precisam manter um relatório atualizado das configurações
dos computadores e softwares instalados em seu ambiente.” (SILVA, 2006, p.20)
Há um promotor que fica no cliente e pode ser executado a partir do script de logon de
cada usuário. Este promotor varre o disco do usuário procurando qualquer software
reconhecível, examina o sistema operacional sobre a configuração do equipamento e guarda
os resultados num banco de dados central.
5.3.8.2 Obtenção do produto
O OCS é um software GPL (General Public Licence) e de código aberto, assim pode
ser copiado, modificado e distribuído livremente. Os manuais, arquivos de instalação e
administração podem ser baixados do site oficial no endereço:
http://ocsinventory.sourceforge.net/ e realizando o download do arquivo SERVER_1.0-
RC2.tar.gz.
62
5.3.8.3 Requisitos de Instalação e Fucionamento
O OCS exige a instalação de vários pacotes para satisfazer as necessidades colocadas
pela documentação do software. É necessário instalar os seguintes pacotes: apache, libapache-
mod-perl, libapache-mod-php4, php4, perl, libxml-simple-perl, libcompress-zlib-perl, libdbi-
perl, libdbd-mysql-perl, libapache-dbi-perl, mysql-server-4.1 e php4-mysql.
Para o correto funcionamento dos computadores inventariados são necessários os
seguintes sistemas operacionais: Linux em todas as distribuições e Microsoft Windows nas
versões 95, 98, ME, NT4, 2000 XP, 2003.
5.3.8.4 Implantação do software
A arquitetura do OCS possibilita que o servidor de comunicação, o servidor de
administração estejam em equipamentos separados.
Tanto a instalação como a configuração da ferramenta OCS é fácil e rápida, e em
pouco tempo já fica ativa.
5.3.8.5 Características básicas
Dentre as diversas funcionalidades e características dessa ferramenta pode-se
evidenciar:
• Controle de usuários;
• Diferentes preferências de visualização das máquinas inventariadas;
• Opção de construir uma visualização das máquinas inventariadas;
• Opção de construir uma visualização adicionando ou removendo colunas com
informações variadas, como por exemplo: memória;
63
• Possibilidade de escolha da quantidade de resultados apresentados em tela;
• Promove informações como data e horário do último inventário, nome do
usuário logado, localização e identificação do setor, entre outras indicações
sobre a máquina;
• Função IP discovery, onde pode-se observar quantas máquinas foram
inventariadas em cada rede cadastrada, como também os que não foram
inventariados;
• Faz pesquisa através de leitura de registro em máquinas Windows. Pode-se
pormenorizar qual chave de registro pode ser lida;
• Permitir a busca de uma determinada máquina ou dispositivo pelo endereço IP
e máscara de sub-rede;
• A função Dictionary possibilita o cadastro de grupos e categorias de softwares.
FIGURA 10 – Tela inicial do software de gerenciamento do OCS
64
5.3.8.6 Utilização na rede
A utilização na rede será baseada na carga gerada pelo software na rede. Este
parâmetro dependerá diretamente da quantidade de variáveis monitoradas (repostas dos
agentes) e do intervalo de polling (requisições do gerente).
5.4 Avaliação dos softwares
Todas as ferramentas pesquisadas anteriormente serão avaliadas segundo as suas
características e funcionalidades.
5.4.1 Metodologia da avaliação
Foi utilizado um método de avaliação, baseado em uma matriz estratégica, onde cada
coluna possui uma característica e cada linha um software de gerencia de redes a interpretação
dos resultados de tais cruzamentos e a pontuação obtida para cada software é determinada no
estudo dos softwares estudados.
Cada característica tem um peso diferente na escolha de algum software e sendo que a
peso de cada característica pode variar de 0 a 1, chegando a um peso total de 10, A avaliação
dos softwares foi baseada no estudo realizado no capítulo anterior, sendo que a nota pode
variar entre 0 e 10, sendo que a totalidade dos pontos chegue a 100. Cada nota dos softwares é
multiplicada pelo peso de característica correspondente e a soma desses valores é a nota final.
Fórmula do campo nota final: (Nota1*Peso1) + (Nota2*Peso2) + ... = <ou= 100
As características avaliadas dos Softwares de Gerenciamento de Redes são:
65
• Obtenção do Software: O nível de dificuldade da obtenção do software sendo
que a nota mais alta é avaliada pela facilidade de obtenção e se não é
necessário comprá-lo ou realizar cadastros;
• Documentação Acessível: Se está disponível materiais com informações sobre
as características dos softwares e Manuais de fácil acesso;
• Instalação Simplificada: Se o instalador do software é de fácil utilização e se
não é necessária à instalação de outros softwares e/ou bibliotecas para o
funcionamento;
• Configuração Simplificada: Configuração disponível no instalador ou
facilitada por interfaces para configuração;
• Suporte: Se existe suporte disponível em fóruns, por e-mail, chat, telefone para
contato, etc;
• Fácil Utilização: Se é fácil utilizar o software, sem configurações muito
avançadas para a utilização;
• Interface Amigável: Botões de fácil utilização, Clareza de informações e sem
poluição visual;
• Tempo para a Adaptação: Se é rápido se acostumar com a utilização do
software;
• Diversidade de Recursos: Se o software contém diversidade de ferramentas;
• Confiabilidade: Se as informações obtidas no software são detalhadas e se o
software possui recursos de segurança.
• Pouco tráfego na rede: Se a utilização do software sobrecarrega a rede.
• Relatórios disponíveis: Se o software possui a característica de gerar relatórios,
se armazena histórico e se gera comparações entre as informações.
66
• Aplicabilidade em Empresas: Se as informações obtidas com o software trazem
informações para melhorar qualidade ou informações estratégicas para
empresas.
TABELA 2 – Avaliação dos Softwares Analisados
Softwares de Gerenciamento
de Redes
Obt
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mpr
esas
Not
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inal
Peso 0,5 1 1 1 0,5 1 0,5 0,5 0,5 1 0,5 1 1 10
Webmin 10 7 10 9 7 9 8 9 9 8 9 6 7 82
Tivoli Net View 5 9 9 7 10 7 8 8 7 8 7 8 9 79,5
Hp Open View 5 9 9 7 10 8 8 8 7 8 7 8 9 80,5
Nagios 9 10 6 5 8 7 9 6 10 10 8 10 9 82
Open NMS 8 6 7 6 7 7 7 6 8 8 7 7 8 70,5
MRTG 10 8 10 8 7 9 8 9 7 9 7 9 6 83
CACIC 7 7 6 6 7 9 9 8 8 6 6 9 10 75,5
OCS 8 8 8 7 7 9 9 9 8 8 6 8 10 81,5
5.4.2 Considerações sobre os Softwares Analisados
Os softwares Tivoli Net View, Hp Open View Network Node Manager, Open NMS e
MRTG utilizam o protocolo SNMP, sendo assim, a utilização da rede será baseada na carga
gerada com a utilização destes softwares. Este parâmetro dependerá diretamente da
quantidade de variáveis monitoradas (respostas dos agentes) e do intervalo de polling
(requisições do gerente).
Como conclusão sobre a análise realizada sobre os softwares de gerência de redes
(Tivoli Net View, Hp Open View Network Node Manager, Nagios, MRTG e Open NMS),
que são encontrados de forma gratuita, as fases de coleta, análise e o tratamento dos dados são
67
realizadas internamente de forma a gerarem gráficos ou alarmes para o administrador da rede.
Com isso possibilita o administrador poderá tomar uma ação imediata para adaptar a rede para
a nova situação.
Dos softwares de gerencia de redes em software livre voltados para monitoração, os
softwares que se destacaram foram o Nagios é um dos melhores nos quesitos confiabilidade,
disponibilidades de recursos e relatórios disponíveis, sendo considerado um dos melhores
nesta área de monitoração, e quanto ao MRTG é um software com ênfase no monitoramento
de tráfego e se destacou na facilidade de obtenção e instalação e em geral tem uma boa média
em todas as características observadas e foi o software que ficou com a maior nota final.
Os softwares proprietários se destacaram nos quesitos suporte e aplicabilidade em
empresas, pois quando são comprados acompanha com um ano de suporte e trazem diversas
vantagens na melhoria da qualidade da rede, com características de automação quando a
disponibilidade da rede estiver comprometida. Os maiores problemas desses softwares são
que para a aquisição do software é necessário compra-lo e não é possível fazer alterações na
programação do software, diferentemente dos softwares open source.
Os softwares de gerencia de configuração WEBMIN, CACIC e OCS, trazem
informações sobre as configurações dos computadores, especificamente o WEBMIN é
utilizado como uma interface de fácil acesso para alterar configurações de computadores
pessoais e servidores. Enquanto o CACIC e o OCS são softwares utilizados para realizar
inventário de software e hardware, principalmente utilizados em empresas de médio e grande
porte que necessitam administrar o parque de maquinas de empresas, se destacam em
relatórios e aplicabilidades em empresas, pois armazenam uma enormidade de informações
estratégicas do parque computacional de empresas.
Tanto o MRTG quanto o Open NMS se assemelham por utilizarem o protocolo
SNMP, geração de relatórios em html e possibilitar o acesso via Web de forma que a rede
68
possa ser monitorada de qualquer localização. Os Softwares CACIC, OCS, WEBMIN e
Nagios também possuem esta facilidade, pois são gerenciáveis através da WEB.
O Nagios é capaz de monitorar além do tráfego os serviços disponíveis nas máquinas
agentes sem a utilização do protocolo SNMP. Mostra-se interessante, pois consegue auxiliar
de maneira simples a gerencia de redes.
Os softwares de gerencia de redes proprietárias representam um custo com a aquisição
do software e licenças para a utilização e da mesma maneira que um software de gerencia de
redes open source é necessário o disponibilizar um tempo para a equipe de administração de
redes poderem estudar e planejar a utilização do software na rede da empresa.
Os softwares de gerencia em software livre se destacaram em comparação aos de
licença proprietária, além de trazer todas as qualidades disponíveis com o Sistema
Operacional GNU/Linux em velocidade, confiabilidade e segurança, estes softwares são
excelentes para um administrador de redes implanta-los em qualquer empresa.
69
CAPÍTULO VI
6.1 Conclusão
Com a complexidade das redes e sistemas modernos tem sido um problema nos dias
atuais. Mesmo redes pequenas encontradas em diversas organizações de médio porte têm se
deparado com uma extrema complexidade quanto à manutenção e o monitoramento da
mesma.
A implantação de softwares de gerenciamento de redes em empresas torna-se possível
um controle efetivo dos equipamentos da rede além de uma maior qualidade no serviço de
qualquer empresa. Utilizando os softwares de gerencia evita o trabalho de gerenciamento
manual dos administradores de rede, diminuindo o tempo dos profissionais em diagnosticar
problemas ocorridos aumentando a eficácia da equipe.
Para uma melhor qualidade, foi estabelecida pela ISO, uma divisão funcional dos
sistemas de gerenciamento de redes, um modelo que divide as funcionalidades do
gerenciamento em cinco áreas funcionais: Gerenciamento da Configuração, Gerenciamento
de falha, Gerenciamento do nível de desempenho, Gerenciamento da segurança e
Gerenciamento da contabilização.
Várias idéias já surgiram melhores até que o SNMP, só que muitas falharam. O
SNMP, apesar de ter deficiências, ainda representa o melhor em termos de equilíbrio entre o
que é possível e o que é prático. Atualmente é a arquitetura mais utilizada para o
monitoramento de computadores, roteadores, switches, etc.
Utilizando softwares de gerenciamento de redes com licença GPL, é perceptível suas
vantagens em termos de economia com a aquisição do software, no aperfeiçoamento
70
constante, com foco na qualidade e diversificação de ferramentas, pela comunidade de
software livre, é possível fazer uma adaptação do software aos objetivos específicos de cada
pessoa ou empresa, existem diversos tutoriais e manuais para facilitar a utilização, e além da
velocidade, disponibilidade e segurança que são as principais características do sistema
operacional GNU/Linux.
As diversas ferramentas de gerenciamento de redes em software livre corresponderam
de forma positiva nos testes realizados, demonstrando que estes softwares são de extrema
importância para garantir um alto nível na qualidade no gerenciamento de redes em empresas.
O presente trabalho não esgota esse assunto e sim, torna-se o início de um estudo cada vez
mais detalhado dessas ferramentas que estão em constante evolução.
Sugere-se para estudos futuros uma pesquisa de outras ferramentas de gerenciamento
de redes em software livre além das propostas nesta monografia, e uma comparação entre
empresas que adotaram software livre para o gerenciamento da rede e outras que não possuem
softwares para o controle efetivo do gerenciamento da rede.
71
CAPÍTULO VII
7.1 Referências Bibliográficas
1. BALL, Bill . Usando Linux. 3ª edição. Editora Campus,1999
2. CACIC. Software CACIC. Disponível em
http://guialivre.governoeletronico.gov.br/cacic/sisp2/, acessado em 03 nov. 2006
3. CELEPAR. A revolução do software. Revista Bate Byte, nº149, maio 2006
4. CHAGAS. Walter. Características de um bom programa. Disponível em
http://www.geocities.com/SiliconValley/Bay/1058/Caracteristicas.html, acessado em 11
nov. 2006
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6. HP. HP Open View Operations. Disponível em http://www.openview.hp.com/,
acessado em 20 out. 2006
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26 out. 2006
8. JUNIOR. Egídeo I. Uma proposta de Metodologia para Análise de Desempenho de
Redes IEEE 802.11 Combinado a Gerência SNMP e Ferramentas de Simulação.
2003 [Dissertação de Mestrado]
9. LIMA, Fabricio S. Gerencia de Redes de computadores. 2003 [artigo]
10. MARCELINO. Gileno F. Planejamento estratégico em gestão universitária: o caso
da FA/UnB II . 2002 [Palestra Congresso]
11. MARTINS, Ricardo David. Estudo de uma ferramenta de gestão de redes, nagios.
2003 [Monografia]
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12. MRTG. Software MRTG. Disponível em http://oss.oetiker.ch/mrtg/, acessado em 02
nov. 2006
13. NAGIOS. Software Nagios. http://www.nagios.org, acesso em 29 out. 2006.
14. NBSO, NIC BR Security Office. Práticas de Segurança para Administradores de
Redes Internet. Disponível em: <http://www.nbso.nic.br/docs/seg-adm-redes/> Acessado
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15. OCS. Software OCS Inventory Next Generation. Disponível em
http://ocsinventory.sourceforge.net/, acessado em 03 nov. 2006
16. OPENNMS. Software OpenNMS, Disponível em http://www.opennms.org, acessado
em 30 out. 2006
17. OYAMA. Cibele S. OpenNMS - Uma visão Geral, 2002 [Palestra RNP]
18. RECOMMENDATION X.700, ITU-T. Management Framework for Open System
Interconection (OSI) for CCITT Aplications ,
<http://www.ucb.br/prg/professores/maurot/GR/GR.htm> Acessado em: 20 out. 2006
19. REICHARD, kevin. Servidor Internet com Linux. 1ª edição. Editora Berkeley, 1998
20. RIGNEY, Steve. Planejamento e gerenciamento de redes. 1ª edição. Editora
Campus, 1996
21. SILVA. Dilmar C. Projeto de implantação de um sistema de inventário de
hardware e Software. Estudo de caso da Companhia de Informática do Paraná. 2006
[Monografia]
22. SOARES, Vicente N. Redes de Dados, teleprocessamento e gerência de redes. 2ª
edição. Érica, 1993
23. SPECIALSKI, Elisabeth S. Gerencia de Redes de Computadores e de
Telecomunicações, 1998 [Artigo]
73
24. STALLINGS, W. SNMP,SNMPv2, SNMPv3, RMON1 e RMON2. Addison Wesley.
3ª edição. Estados Unidos, 1999
25. TANENBAUM, Andrew S. Redes de Computadores. 4ª edição. Editora Campos,
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26. TEIXEIRA, Ramos. Redes de Computadores, serviços, administração e segurança.
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27. VIVAOLINUX, Artigo de instalação do software de Gerenciamento de rede
Nagios, Disponível em http://www.vivaolinux.com.br/artigos/verArtigo.php?codigo=595,
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28. WEBMIN. Software WEBMIN . Disponível em www.webmin.com, acessado em: 25
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29. WELSH, Matt. Dominando o Linux. 2ª edição. Editora Ciência Moderna, 1997