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Uma Análise Teórica Interdisciplinar Do Empowerment: Liderança E Motivação Em Foco Daniela Cristina Kotovei- Graduanda em Administração Faculdade Sagrada Família [email protected] Rudy de Barros Ahrens - Doutorando em Engenharia da Produção Faculdade Sagrada Família [email protected] Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar o empowerment em uma microempresa, aplicando essa forma de gestão para compreender as relações entre o empoderamento dos colaboradores e as ideias de motivação e liderança. A partir desse pressuposto, analisou-se as formas pelas quais os autores utilizaram o empowerment, quais suas vantagens e desvantagens, bem como outras particularidades. Metodologicamente, optou-se pela pesquisa de natureza básica, exploratória-descritiva e qualitativa, dentro de um estudo de caso em uma empresa de venda de material esportivo. Como resultado, percebeu- se que as questões salariais e de autonomia ainda foram entraves dentro do processo de inserção do empowerment. Ainda assim, todos os outros aspectos foram vistos como positivos, o que faz com que o empowerment tenha sido comprovado como alternativa para melhorar aspectos motivacionais dentro da empresa. Com isso, conclui-se que a teoria da motivação expressa pelos autores é condizente com a aplicada na empresa, onde os funcionários se sentiram mais motivados após o empowerment. Em apenas dois itens, essa motivação pareceu mais questionadora: a questão salarial e a autonomia dentro da empresa. PALAVRAS-CHAVE: Empowerment. Horizontal. Gestão. Colaboradores. A INTERDISCIPLINARY THEORETICAL ANALYSIS OF EMPOWERMENT: LEADERSHIP AND MOTIVATION IN FOCUS Abstract: The objective of this study was to analyze the empowerment in a microenterprise, applying this form of management to understand the relationships between the empowerment of employees and the ideas of motivation and leadership. Based on this assumption, we analyzed the ways in which the authors used empowerment, their advantages and disadvantages, as well as other particularities. Methodologically, we opted for the research of a basic, exploratory-descriptive and qualitative nature, within a case study in a company selling sports material. As a result, it was realized that salary and autonomy issues were still obstacles in the process of insertion of empowerment. Still, all other aspects have been seen as positive, which means that empowerment has been proven as an alternative to improve motivational aspects within the company. Thus, it is concluded that the motivation theory expressed by the authors is consistent with the one applied in the company, where the employees felt more motivated after the empowerment. In only two items, this motivation seemed more questioning: the salary issue and the autonomy within the company.

Uma Análise Teórica Interdisciplinar Do Empowerment ...€¦ · empowerment tenha sido comprovado como alternativa para melhorar aspectos motivacionais dentro da empresa. Com isso,

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Uma Análise Teórica Interdisciplinar Do Empowerment:

Liderança E Motivação Em Foco

Daniela Cristina Kotovei- Graduanda em Administração – Faculdade Sagrada Família –

[email protected]

Rudy de Barros Ahrens - Doutorando em Engenharia da Produção – Faculdade Sagrada Família –

[email protected]

Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar o empowerment em uma microempresa, aplicando essa

forma de gestão para compreender as relações entre o empoderamento dos colaboradores e as ideias de motivação e liderança. A partir desse pressuposto, analisou-se as formas pelas quais os autores

utilizaram o empowerment, quais suas vantagens e desvantagens, bem como outras particularidades.

Metodologicamente, optou-se pela pesquisa de natureza básica, exploratória-descritiva e qualitativa, dentro de um estudo de caso em uma empresa de venda de material esportivo. Como resultado, percebeu-

se que as questões salariais e de autonomia ainda foram entraves dentro do processo de inserção do

empowerment. Ainda assim, todos os outros aspectos foram vistos como positivos, o que faz com que o empowerment tenha sido comprovado como alternativa para melhorar aspectos motivacionais dentro da

empresa. Com isso, conclui-se que a teoria da motivação expressa pelos autores é condizente com a

aplicada na empresa, onde os funcionários se sentiram mais motivados após o empowerment. Em apenas dois itens, essa motivação pareceu mais questionadora: a questão salarial e a autonomia dentro da

empresa.

PALAVRAS-CHAVE: Empowerment. Horizontal. Gestão. Colaboradores.

A INTERDISCIPLINARY THEORETICAL ANALYSIS OF EMPOWERMENT:

LEADERSHIP AND MOTIVATION IN FOCUS

Abstract: The objective of this study was to analyze the empowerment in a microenterprise,

applying this form of management to understand the relationships between the empowerment

of employees and the ideas of motivation and leadership. Based on this assumption, we

analyzed the ways in which the authors used empowerment, their advantages and

disadvantages, as well as other particularities. Methodologically, we opted for the research of

a basic, exploratory-descriptive and qualitative nature, within a case study in a company selling

sports material. As a result, it was realized that salary and autonomy issues were still obstacles

in the process of insertion of empowerment. Still, all other aspects have been seen as positive,

which means that empowerment has been proven as an alternative to improve motivational

aspects within the company. Thus, it is concluded that the motivation theory expressed by the

authors is consistent with the one applied in the company, where the employees felt more

motivated after the empowerment. In only two items, this motivation seemed more questioning:

the salary issue and the autonomy within the company.

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KEY WORDS: Empowerment. Horizontal. Management. Contributors.

1 Introdução

Na atualidade, a Administração tem ganho espaço enquanto campo do conhecimento

acadêmico e prático, pois suas bases estão presentes em toda a sociedade, seja na dinâmica de

países, cidades ou instituições. As mudanças ocorridas no conceito de administração variaram

significativamente desde o início do século XIX até os dias atuais. Novos campos do saber

surgiram e abordagens variadas foram consideradas. Nesse sentido, a interdisciplinaridade

ingressou como uma forma de aperfeiçoar planejamentos, estratégias, organizações e

instituições.

Por outro lado, novos termos surgiram, assim como outras formas de organização. Uma dessas

formas é o empowerment. O termo, no idioma inglês, significa empoderamento. Mais do que

um conjunto de letras, essa palavra já foi utilizada em diversos contextos, tais como o

empoderamento feminino (feminismo), o empoderamento negro (Movimento Negro) e o

empoderamento LGBT. (BECKER et. al., 2004).

Porém, o conceito de empoderamento que essa pesquisa menciona é trabalhado dentro de uma

lógica diferenciada das anteriores, pois possui contextualização voltada para as empresas. O

empowerment, no caso dessa pesquisa, é definido por Becker et. al. (2004, p.42) como “o meio

pelo qual as pessoas adquirem maior controle sobre as decisões que afetam suas vidas; ou como

mudanças em direção a uma maior igualdade nas relações sociais de poder”.

A problemática dessa pesquisa encontra-se no seguinte questionamento: de que maneiras o

empowerment pode reduzir a falta de motivação nos colaboradores de uma empresa de material

esportivo?

O objetivo geral estabelecido foi analisar o empowerment em uma microempresa, aplicando

essa forma de gestão para compreender as relações entre o empoderamento dos colaboradores

e as ideias de motivação e liderança. Os objetivos específicos foram identificar os conceitos de

motivação e liderança no empowerment, articular os conceitos de motivação e liderança com

uma perspectiva prática, e analisar se o empowerment pode ser aplicado com sucesso,

aprimorando a liderança e a motivação.

A justificativa deste estudo pautou-se no diagnostico empírico de que existia falta de motivação

dos funcionários, pois os índices de absenteísmo e rotatividade estavam elevando-se nos

últimos anos.

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Assim, as decisões não estão só vinculadas a questões administrativas ou secundárias, mas ao

procedimento geral. Na ótica dos autores, as decisões descentralizadas permitem maior

delegação de poder, o que estimula e motiva o trabalho de equipe e o aumento da confiabilidade

entre os diferentes envolvidos. Em teoria, o empowerment possui plenas condições de almejar

ganhos significativos, desde que empregado de forma cautelosa e analítica.

2 Referencial Teórico

2.1. Gestão de pessoas e empowerment: Questões conceituais

Na atual conjuntura, é possível perceber que o processo de globalização tem redefinido as

características de produção, o que faz com que novas formas de motivação tenham de ser

criadas para que os colaboradores tenham produção mais significativa. Para aprimorar as

relações de trabalho, surge a Gestão de Pessoas.

Segundo Dutra (2009, p.17) gestão de pessoas (GP) pode ser definida como “um conjunto de

políticas que permitem a conciliação de expectativas entre a organização e as pessoas para que

ambas possam realizá-las ao longo do tempo”. A GP é responsável pelo monitoramento de

integração de um conjunto de atividades, afim de que estes proporcionem a eficácia na

organização contribuindo para o crescimento.

Para Moraes (2016, p.32), “O termo empowerment (empoderamento) envolve dar ao

trabalhador poder, responsabilidade, liberdade e capacidade de tomar decisões e agir

rapidamente sem comandos ao realizar suas atividades diárias”. Nessa visão, o empowerment

se dá a partir da delegação de poder sob controle das atividades diárias a ser realizadas no

cotidiano da empresa. Para compreender o empowerment no contexto da administração, cabe

analisar outros autores. Para Souza (2018), o conceito de empowerment está diretamente

vinculado à ideia de liderança, na medida em que influencia na mentalidade coletiva e promove

desenvolvimento geral.

De maneira mais abrangente, dois modelos destacam-se no contexto organizacional das

empresas: o modelo democrático busca integrar as decisões para a cidadania, promovendo

desenvolvimento e colocando a coletividade para tomar decisões. Já o modelo autocrático visa

o contrário, pois centraliza as decisões em uma cúpula de pessoas selecionadas unicamente para

esse fim. (SOUZA, 2018).

Em um sistema de hierarquia vertical, os colaboradores apenas recebem as ordens e as

executam, independente de conhecerem sua funcionalidade. Para Lopes (2010), esse modelo

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autocrático e tradicional já não é utilizado em grande parte das empresas, porque é um modelo

mais engessado e com pouca possibilidade de adaptação. (LOPES, 2010).

Não é possível que um líder tenha de mobilizar pessoas sem que estas possam agir de acordo

com suas ideologias. É evidente que posturas dicotômicas podem ser reconstruídas, mas é na

forma democrática que grande parte dos esforços são feitos e é onde os resultados ocorrem de

forma mais satisfatória. Para que um líder seja democrático e empodere seus colaboradores, é

necessário que assuma riscos e encoraje outros a fazerem o mesmo. Mas o que é liderança?

(LOPES, 2010).

2.2. O empowerment e a liderança

Para Vergara (2011), as empresas necessitam de líderes cada vez mais informados e com

capacidades múltiplas, visto que a carga de responsabilidade que possui o gestor deve ser

distribuída entre os demais colaboradores, de modo que estes vejam na imagem do

administrador uma referência.

A liderança é um fator de grande importância dentro de toda organização: o ato de saber liderar

é constituído por vários aspectos significativos sendo estes responsáveis por determinar os

pontos positivos e negativos na área de coordenação, dado ao fato do líder ou Gestor ser capaz

de liderar certo número de colaboradores de acordo com o seu conhecimento específico.

(VERGARA, 2011).

Nesse contexto, Vergara (2011) afirma que a liderança diz respeito às “questões mais subjetivas

dos seres humanos, àquelas que dizem respeito a nossos recônditos, a nossas entranhas, ao que

nos move ao que faz sentido para nós, àquilo a que atribuímos significado” (VERGARA, 2011,

p.75). Mesmo assim, percebe-se que o autor ainda trabalha com um modelo de liderança na

qual se refere a um administrador, o que não isenta o empowerment. Isso porque dentro desse

modelo de liderança um mesmo sujeito pode delegar funções e controlar os processos, de forma

democrática e reflexiva.

O primeiro fator prático da liderança é a manifestação de proximidade do gestor para com os

demais colaboradores. Acerca disso, Silva, Silva e Wada (2016), enfatizam que a boa relação

entre a empresa e o colaborador é fundamental para o êxito e objetivos da organização,

refletindo significativamente a produtividade.

Para Silva, Silva e Wada (2016),

Para liderar, é preciso ter conhecimento e habilidade de relacionamento com

indivíduos e funções, não só na liderança, como também na relação com os clientes.

A competitividade das organizações é constante em todos os momentos, tanto com

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novos produtos ou serviços como no controle de custos e lucros. Para alcançar estes

objetivos, é preciso empenhar-se no desempenho das equipes. O líder precisa se

envolver no processo dinâmico de produção e no desempenho humano. O progresso

e o mérito dos objetivos pertencem tanto à organização quanto aos colaboradores.

(SILVA; SILVA; WADA, 2016, p.5).

Trabalhadores satisfeitos conseguem satisfazer clientes e proporcionar o retorno esperado para

a organização, a motivação proporcionada naturalmente é mais do que um dom, é uma

característica de cada pessoa, porém nem sempre se é encontrada em todas as pessoas, algumas

precisam que esse impulso seja proporcionado, a organização precisa estar fornecendo algo a

mais para que o colaborador permaneça sempre motivado. (WADA, 2016).

Trazendo para o empowerment e sua particularidade específica, percebe-se que quando o gestor

exerce uma liderança participativa, os demais funcionários trabalham juntos e conseguem dar

maior unidade e qualidade para os produtos e processos, efetuando o propósito inicial.

2.3. Empowerment e a motivação

Quanto à motivação emocional, Balducci et. al. (2017) sustentam que a motivação deve estar

atrelada às buscas do gestor em melhorar seu papel profissional e que, tendo reconhecimento

ou não, devem ser constantemente trabalhadas e modificadas, para que o sentimento não se

perca na rotina de trabalho. Tendo percepção temporária, o gestor deve estar motivado na

realização de uma educação de qualidades aos jovens e adultos aprendizes, pois caso contrário,

o trabalho não será realizado e o objetivo de motivar não será alcançado.

Assim, é fundamental compreender que motivação e liderança podem estar associadas

diretamente com empowerment, pois um profissional que participa das decisões da empresa,

pode se sentir mais seguro e confiante, estando motivado para desenvolver um trabalho

satisfatório (BALDUCCI et. al., 2017).

Para Parente, Rothermel e Villaça (2016), a motivação é requisito essencial para a manutenção

da rentabilidade da empresa, pois a satisfação passa para o cliente, que se sente mais confiante

em comprar o produto. Alves (2015, p.183) reitera que “funcionários satisfeitos, motivados,

envolvidos terão desempenho melhor frente a seus clientes externos, atingindo a excelência no

marketing de relacionamento, que se firma tanto com relações externas como internas”.

Ao analisar diferentes tipos de liderança, Soares elenca os maiores motivos de conflito no local:

Hierarquia/ Divergência de objetivos, Motivação, Mudança organizacional, Tamanho do grupo

e Relacionamento. (SOARES, 2012, p.7). “Ao visualizar os pontos causais acima, é possível

perceber que as relações hierárquicas, a divergência de objetivos, a falta de motivação, as

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mudanças organizacionais constantes, o tamanho do grupo e o relacionamento podem estar

associados a conflitos entre pares ou hierarquias”.

Ao perceber tal lista, verifica-se que o fato de o gestor estar próximo do colaborador faz com

que os conflitos sejam mais evidenciados ou evitados, dependendo da abordagem. O gestor,

portanto, deve ter cuidado no trato das relações sociais e profissionais com os colaboradores

para que o envolvimento não afete seu trabalho. Portanto, o empoderamento profissional possui

diferentes análises e merece ser aprofundado (SOARES, 2012).

3 Metodologia

Metodologicamente, essa pesquisa foi de natureza básica, exploratória-descritiva e qualitativa,

dentro de um estudo de caso. No que tange à natureza, Gil (2007) aponta que a pesquisa aplicada

é ligada a conhecimentos que já são prévios, mas cujo suporte necessita ser colocado em prática

para ser comprovado ou refutado.

Quanto aos objetivos, Pinheiro (2010, p.29) aponta que “a pesquisa exploratória sintetiza o que

há de concreto na aplicação de conhecimentos teóricos em uma conjuntura prática, com

similaridades e dicotomias”. Assim, o tema pesquisado induziu um estudo teórico para

encontrar elementos necessários que lhe permitam, em contato com um número determinado

de informações e com a prática na empresa, obter os resultados desejados.

Quanto à abordagem do problema, destacou-se o viés qualitativo. Sobre a pesquisa qualitativa,

Desaulniers (2007, p. 122) ressalta que:

O cientista é ao mesmo tempo o sujeito e o objeto de suas pesquisas. O

desenvolvimento da pesquisa é imprevisível. O conhecimento do pesquisador é

parcial e limitado. O objetivo da amostra é de produzir informações aprofundadas e

ilustrativas: seja ela pequena ou grande, o que importa é que ela seja capaz de produzir

novas informações.

Dessa forma, os dados obtidos com as análises obtiveram validade qualitativa e puderam

contemplar as particularidades envolvidas por cada pensamento e autor escolhido. Assim sendo,

foi necessário explorar a observação e o registro dos dados para efetuar a análise.

Segundo Severino (2014), o estudo de caso é a “pesquisa que se concentra no estudo de um

caso particular, considerado representativo de um conjunto de casos análogos, por ele

significativamente representativo.

No que tange aos procedimentos, realizou-se a implantação de um sistema de empowerment em

uma empresa de pequeno porte, situada em Palmeira-PR. A empresa é uma instituição voltada

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para a confecção de uniformes para diversas modalidades esportivas, com ação efetiva nas

cidades de Palmeira, Ponta Grossa e seus entornos próximos. A organização conta com um site

que disponibiliza informações gerais de localização, simulador de uniformes, linhas de atuação,

portfólio de opções, personalização, clientes famosos, dentre outras possibilidades.

A missão da empresa é “consolidar-se em sua qualidade, criatividade e confiabilidade perante

os clientes”. A visão é “atingir o mercado e ampliá-lo no segmento esportivo”. Por fim, os

valores são de “atender as necessidades constituídas pelo mercado”. Os materiais utilizados

pela empresa são o microdry, com fios de multifilamento para canalizar o suor na parte externa

do tecido, e sportdry, com gramatura de 130 G. Ambos oferecem o active file, que é a retenção

do suor, proteção UV e íons de prata bactericida, para evitar odor e desgaste do material.

Em um período de um mês, foi implantado o modelo de gestão empowerment e, posteriormente,

aplicado um questionário aos colaboradores participantes. Nesse questionário, buscaram-se

dados de autoconfiança, participação e motivação, em foco como resultado deste modelo de

gestão. A partir dessa ação, os resultados foram observados e analisados.

No que tange aos procedimentos metodológicos, vale reforçar que se diagnosticou

empiricamente a falta de motivação dos funcionários e, por esse motivo, a aplicação do

empowerment se deu. Por fim, foi aplicado o questionário semiestruturado.

Para a realização do questionário, as perguntas foram adaptadas da tese de mestrado de

mestrado em gestão de serviços da autora Ana Sofia Cardoso Sampaio (2013). Esse

questionário possui, originalmente, 46 perguntas, das quais foram escolhidas 32 para investigar

o problema da motivação no local.

As questões possuem marcações com números entre 1 e 7, sendo o número 1 para discordar

totalmente e o número 7 para concordar totalmente. Foram 8 participantes de uma população

de 12 funcionários. O questionário foi realizado no período de Julho de 2018.

4 Resultados

Dos participantes, verificou-se que existem diferentes ocupações dentro da empresa (talhador,

assistente, costureira, coordenadores e operadores de máquina - estamparia), com faixas etárias

predominante entre 20 e 45 anos, homens e mulheres, com experiência entre 5 meses e 16 anos

no local e habilitação acadêmica que vai desde o Ensino Básico ao Superior.

A primeira questão versava se as atividades desempenhadas são interessantes, de modo que a

resposta foi a concordância total ou parcial. A pergunta seguinte ressaltava a confiança dos

chefes nos colaboradores e a terceira questão tratava da confiança no trabalho, de modo que

ambas foram respondidas de forma satisfatória, confirmando que tais sensibilidades existem no

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local. Para Rueda, Serenini e Meirelles, “o conceito de confiança está vinculado ao sentimento,

crença ou expectativa quanto à lealdade do parceiro em relação às suas intenções, à integridade

e a competência no relacionamento, incluindo a vulnerabilidade e a incerteza na relação, tanto

de quem confia como do parceiro” (RUEDA; SERENINI; MEIRELLES, 2014, p.128).

A respeito da comunicação das decisões da empresa, da significância do trabalho para o

colaborador e do apoio dos superiores no trabalho, as respostas foram parcialmente positivas,

assim como também foram as respostas relacionadas à autonomia para o trabalho e a precisão

da autoridade exercida. Rueda, Serenini e Meirelles (2014) apontam que a significância do

trabalho é ponto interiorizado pelo trabalhador quando está motivado, de modo que se sente

parte integrante da organização e dela participa ativamente. Quando as decisões são

comunicadas ao trabalhador, dando a ele possibilidade de debater as informações, o cenário

favorece ainda mais para uma gestão democrática.

O cenário modifica-se quando as respostas se relacionam com o nível salarial e a obtenção de

recursos para novas ideias, de maneira que se predomina a concordância parcial, e não total.

Para Alves e Jouclas (2016), questões salariais podem ser definidoras da permanência em uma

instituição, desde que outros fatores não tenham igual peso na valorização da instituição perante

o trabalhador.

Assim, os autores consideram que um salário atraente pode ser um chamariz inicial para inserir

o trabalhador na organização, mas torna-se efetivamente interessante quando articulado com

aspectos organizacionais, ambiente de trabalho, autonomia, dentre outros fatores.

Os colaboradores da empresa também acreditam parcialmente nas estratégias exercidas pela

empresa, no controle que possuem sobre o departamento, sobre a agradabilidade do local de

trabalho, sobre os aumentos salariais, e sobre o informe do desempenho global. Aliás, o item

relacionado com o aumento salarial foi respondido como discordância parcial, diferenciando-

se de outras respostas.

Nas respostas seguintes, os colaboradores ainda responderam que a empresa encoraja a

proatividade, há segurança no desenvolvimento das atividades, há prazer e diversão no espaço

laboral e há consciência do trabalho realizado. Para Costa, “colaboradores que possuem espaço

para construir seus modelos de trabalho tendem a se conectar mais com a organização. Tal

fenômeno se dá pelo fato de se sentirem como donos de suas atividades”. (COSTA, 2017, p.5).

Assim, a proatividade é mantida como um discurso de autonomia, que pode se configurar na

prática cotidiana da organização.

Também se discordou parcialmente a respeito das decisões tomadas e o encorajamento da

empresa nesse processo. Na parte final do questionário, percebeu-se que não há unanimidade

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de que o superior encoraje os funcionários a tomar decisões, além de haver igual divergência

sobre a tomada de riscos calculada pela empresa.

4.1 Análise de questionário

Analisadas as 32 questões respondidas, foram enaltecidas 6 questões que mais destacaram-se,

podendo colocar as seguintes considerações sobre elas a partir de uma atenção especial.

A primeira questão realizada teve apenas um item abaixo da média 4, que seria valor

intermediário de situação dentro da empresa. Esse item está relacionado com o salário e o

desempenho. Nessa linha de raciocínio, percebe-se que o único aspecto a ser melhorado, na

visão deste sujeito, está vinculado com o aumento salarial proporcional ao valor do seu trabalho.

A segunda questão também se apresenta totalmente dentro da média, de modo que nenhum item

foi marcado com avaliação menor do que 4.

Para tanto, além de uma política de aumento salarial, também pode ser verificada outra

estratégia de recompensa, atrelada a horários de trabalho, possibilidade de promoção,

estabilidade ou produtos fabricados na própria instituição. Muitas dessas alternativas podem

parecer inviáveis a uma empresa de pequeno porte, de cunho familiar ou mesmo em situações

de incapacidade parcial de liquidez. Mas os autores consideram a recompensa como um

processo motivador que gera retorno mediante lucratividade e empenho. Em suas palavras,

O feedback de desempenho e os sistemas de recompensa podem ter impacto

significativo no empowerment psicológico dos empregados, o que se vê refletido na

motivação para o trabalho e no desempenho individual. O empowerment psicológico

se associa à eficácia gerencial das organizações quando o retorno financeiro tem efeito

significativo e positivo sobre a percepção de impacto dos empregados. Encontrar

mecanismos que mensurem os aspectos psicológicos dos empregados tem se tornado

uma crescente necessidade no ambiente organizacional, sobretudo do empowerment

psicológico. (DO NASCIMENTO & BEUREN, 2015, p.60).

Nessa linha de pensamento, percebe-se que a empresa analisada não possui uma política de

recompensa atrelada à sua forma de gestão.

A terceira questão é diferente das anteriores por apresentar itens com avaliação 1, ou seja, de

discordância total em relação ao processo hierárquico e laboral. Para o participante, a empresa

não permite a realização de um trabalho com liberdade e autonomia, além de não permitir

aumentos salariais mediante desempenho. Outro item de avaliação totalmente negativa se deu

no fato de que não há concordância a respeito de a empresa investir tempo e dinheiro na

formação dos colaboradores, para que melhor desenvolvam suas atividades e desempenhem seu

trabalho com maior garantia de assertividade. Com funcionários melhor treinados, a eficiência

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de cada processo tende a aumentar, com índices de erros menores comparados a empresas que

não ou tão pouco investem em seus colaboradores.

Na quarta questão, o item salarial reapareceu como foco de crítica por parte dos colaboradores,

assim como a falta de autonomia para tomar decisões.

Na questão seguinte, o valor individual do trabalho, o aumento salarial e a falta de autonomia

foram novamente lembrados.

Em suas conclusões, argumentam:

Por isso, recomenda-se que quando a organização possuir o objetivo de motivar o

colaborador, seja levado em consideração todas as possibilidades, e principalmente,

alinhar com as metas pessoais dos colaboradores. Disponibilizar qualidade nas

questões relacionadas às atividades profissionais, como condições físicas e

psicológicas de trabalho, e também remunerar o colaborador de forma justa, em que

o salário corresponda às atividades atribuídas, como também, seja equivalente ao

mercado. Estreitar o relacionamento do funcionário com a organização, dando a ele a

oportunidade de participar consideravelmente do sucesso da empresa, como já foi

dito, os funcionários são a peça chave da organização, pois são eles que irão executar

as tarefas designadas e saberão quais são as melhores formas de realizá-las. (ALVES

& DA SILVA, 2017, p.338).

Dessa forma, verifica-se que o empowerment pode ser uma ação eficaz dentro do alcance do

objetivo de aplicar a teoria da motivação em cenário prático, mas é importante capacitação e

treinamento para que cada particularidade seja considerada.

A sexta questão não possui índices negativos de avaliação, mas a sétima questão destoa ao

considerar novamente a falta de aumento salarial e a incapacidade de tomar decisões como

ações da empresa reprováveis. O item relacionado à autonomia reaparece com avaliação

negativa na última questão, como único aspecto reprovável na empresa.

Para que haja maior autonomia, a solução trazida pelas autoras é atentar-se para a dimensão de

significado, dentro do empowerment psicológico:

A quarta e última dimensão, significado, refere-se a um valor que assinala as metas e

os propósitos de trabalho em relação aos ideais e critérios próprios do colaborador.

Essa dimensão envolve um conflito entre as exigências do trabalho e as crenças,

valores e comportamentos do colaborador. Compreende o valor de uma meta de

trabalho ou finalidade, julgado em relação aos ideais de um indivíduo ou de normas

próprias. (CAMINI & NASCIMENTO, 2015, p.87).

No que tange ao aspecto da autonomia, é essencial compreender a importância do significado

interiorizado para o colaborador, dentro da estrutura de poder da empresa. É o processo de

tomada de decisão que efetivamente pode trazer real empoderamento. É também o processo

com maior necessidade de equilíbrio, pois deve ser mediado sem a necessidade de penalização.

Ao mesmo tempo, ações que fogem ao controle especializado devem ser interrompidas, de

modo a não prejudicar a rentabilidade da empresa.

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A partir dos referenciais utilizados, percebe-se que o empowerment foi aplicado a partir do

conceito de Moraes (2016) e Souza (2018), de modo que a teoria deu ampliação para se pensar

a autonomia dos funcionários, ainda que esta não tenha sido concretizada em todos os itens.

Assim como construído por Silva e Wada (2016), verifica-se que o empowerment pode ter

diferentes resultados, dependendo das formas de sua aplicação.

Na pesquisa, verifica-se que a questão salarial não foi modificada e que se constitui em

problemática que deve ser repensada. A partir de Parente, Rothermel e Villaça (2016),

enfatizou-se a necessidade de melhor utilizar o empowerment para a gestão organizacional, de

modo que suas contribuições são inúmeras, mas precisam de tempo para serem exequíveis. De

maneira geral, os autores corroboraram para se compreender aspectos teóricos do

empowerment, mas a prática demonstrou que ainda existem lacunas e que o projeto pode ter

resultados positivos, desde que sejam atentadas condições de temporalidade, espacialidade,

ouvidoria dos colaboradores, dentre outras.

5 Considerações finais

A partir dessa pesquisa, foi possível perceber que a teoria da motivação expressa pelos autores

é condizente com a aplicada na empresa, pois os funcionários se sentiram mais motivados após

o empowerment. Em apenas dois itens a motivação pareceu mais questionadora: a questão

salarial e a autonomia dentro da empresa.

Em ambos os casos, verifica-se que uma mudança estratégica de atribuição de recompensa ou

permissão de maior exercício da autonomia podem ser consideradas como práticas da empresa,

mas para que isso ocorra, faz-se necessário observar as práticas, modificar atitudes e avaliar

resultados. Dessa maneira, a atividade realizada na empresa pode servir de diagnóstico para que

aspectos salariais e de autonomia sejam trabalhados com os funcionários. Por fim, é

fundamental que tal teoria seja revisitada e aplicada, visando desenvolver ainda mais estratégias

que ligam teoria motivacional e empowerment.

No que se refere ao referencial teórico utilizado, percebe-se que os autores escolhidos apontam

mais aspectos positivos do que negativos no empowerment. No entanto, muitas empresas ainda

se constituem de um viés mais conservador, com maior resistência para o empoderamento dos

colaboradores. Portanto, teoria e prática precisam ser aprimoradas, assim como a visão de

gestão necessita de aprimoramento. Dessa forma, os conceitos de liderança, motivação e

empowerment podem aproximar-se da realidade descrita no referencial teórico.

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6 Referências

ALVES, Carvalho Larissa Carvalho; DA SILVA, Adriano Victor Lopes; DE OLIVEIRA, Erika Maria Jamir. Motivação e Recompensas: uma investigação com base nas Teorias da

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