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Uma declaracao de amor - ideeditora.com.br

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FICHA CATALOGRÁFICA(Preparada na Editora)

Frungilo Júnior, Wilson, 1949-F963u Uma declaração de amor / Wilson Frungilo Júnior. Araras, SP, IDE, 1ª edição, 2014. 352 p. ISBN 978-85-7341-617-6 1. Romance 2. Espiritismo. I. Título. CDD-869.935 -133.9 Índices para catálogo sistemático:1. Romance: Século 21: Literatura brasileira 869.9352. Espiritismo 133.9

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ISBN 978-85-7341-617-61ª edição - abril/2014

Copyright © 2014, Instituto de Difusão Espírita - IDE

Conselho Editorial:Hércio Marcos Cintra Arantes

Doralice Scanavini VolkWilson Frungilo Júnior

Projeto Editorial:Jairo Lorenzeti

Revisão de texto:Mariana Frungilo

Capa: César França de Oliveira

Diagramação:Maria Isabel Estéfano Rissi

INSTITUTO DE DIFUSÃO ESPÍRITA - IDEAv. Otto Barreto, 1067 - Cx. Postal 110

CEP 13600-970 - Araras/SP - BrasilFone (19) 3543-2400

CNPJ 44.220.101/0001-43 Inscrição Estadual 182.010.405.118

www.ideeditora.com.br [email protected]

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida, total ou parcialmente, por quaisquer métodos ou processos, sem autorização do detentor do copyright.

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Sumário

Capítulo 1............................................ 7Capítulo 2 .......................................... 13

Capítulo 3 ........................................... 25

Capítulo 4 ........................................... 29

Capítulo 5 ........................................... 39

Capítulo 6 .......................................... 43 Capítulo 7 ...........................................49

Capítulo 8 ........................................... 69

Capítulo 9 .......................................... 89 Capítulo 10 ......................................... 95

Capítulo 11 .........................................109

Capítulo 12 ........................................125

Capítulo 13 ........................................ 137

Capítulo 14 ........................................147

Capítulo 15 ........................................ 161

Capítulo 16 ........................................ 171

Capítulo 17 ........................................ 177

Capítulo 18 ........................................ 191

Capítulo 19 ........................................197

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Capítulo 20 ....................................... 209

Capítulo 21 ........................................217

Capítulo 22 ........................................233

Capítulo 23 ....................................... 247

Capítulo 24 ....................................... 255

Capítulo 25 ....................................... 265

Capítulo 26 ....................................... 273

Capítulo 27 ....................................... 279

Capítulo 28 ....................................... 289

Capítulo 29 ....................................... 295

Capítulo 30 ........................................ 303

Capítulo 31 ........................................309

Capítulo 32 ........................................ 317

Capítulo 33 ........................................325

Capítulo 34 ........................................ 331

Epílogo ...........................................341

Reflexão ..........................................345

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Capítulo 1

ERAm PERTO DE DEz horas da noite, e Tales já se encaminhava em direção ao quar-to quando deteve os passos a meio caminho e lentamente entrou em um cômodo que lhe ser-via de escritório, acendeu apenas a luz de uma luminária que se encontrava sobre uma grande mesa, abriu um armário que continha álbuns de fotografias e apanhou pequena caixa de madeira.

Sentou-se, abriu-a, passando a examinar detidamente alguns poucos objetos que ela con-tinha, e depositou-os carinhosamente, um ao lado do outro, sobre o tampo da mesa, até que, por fim, retirou dela um pequeno envelope ama-relecido.

Abriu-o com muito cuidado, retirando, de seu interior, uma foto bastante antiga, em meios-tons, característica das fotografias dos anos 60,

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quando fotos em cores ainda eram muito caras e nem tão perfeitas como hoje.

Aproximou-a um pouco da luz e sorriu. O rosto de Nelly, com dezenove anos, estava ra-diante, e seu sorriso parecia envolvê-lo, mesmo tendo sido fotografada quatro anos antes de eles se conhecerem.

Para ele, essa foto era especial, motivo pelo qual ele a guardava naquela caixa.

Em SEGUIDA, APANHOU um livro que se encontra-va sobre a escrivaninha e leu, com muita atenção, o trecho que já lera por várias vezes. Tratava-se de um diálogo entre dois irmãos que falavam sobre um assunto que muito lhe interessava ultimamente: a emancipação do Espírito durante o sono físico. E um dos irmãos explicava à irmã o que tinha aprendido:

– Pelo que pude entender, durante o sono, o Espíri-to desprende-se do corpo, através do fenômeno denominado emancipação da alma, permanecendo a ele ligado por cordões

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de luz, e que, revestido pelo perispírito, entra em contato com o Plano Espiritual.

Alguns, após esse desprendimento, podem encontrar-se com entes queridos que se encontram desencarnados e, nesses momentos, conversarem, tocarem-se e até participarem, jun-tamente com Espíritos mais evoluídos, de atividades de apren-dizado ou de auxílio a necessitados, encarnados ou não.

A grande maioria, quando desperta do sono físico, não se lembra desse intercâmbio, vindo-lhe, à memória, apenas cenas e acontecimentos de um sonho com informações con-tidas no cérebro material e que são liberadas nesse estado de adormecimento. De outras vezes, o Espírito, após acordar, chega a recordar-se vagamente de suas atividades extracor-póreas, porém, lembranças essas surgem como que emba-ralhadas com as imagens do sonho cerebral, mais ligadas à vida cotidiana. São raros os casos em que o Espírito consegue se lembrar total ou quase totalmente dos acontecimentos do Plano Espiritual.

– Que deve ser o caso de papai, que quase não se lembra do que fala com mamãe, mas sente que esteve com ela e des-perta feliz com isso.

Mas na maior parte das vezes, os Espíritos, infelizmente, ainda não conseguem ter uma participação sublime como essa e tendem a encontrar-se com Espíritos mais inferiores, com

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eles convivendo em estranhas e bizarras atividades, ligadas a diversas categorias de viciações e erros.

E Tales se perguntou:

“Será que eu teria condições de me encontrar com Nelly? Ainda não senti nada em relação a isso, Gostaria tan-to, meu Deus, e tenho certeza de que, se me encontrasse com ela, durante a emancipação do Espírito, eu acordaria com a sensação de isso ter acontecido.”

“Vou orar bastante e procurar ser merecedor dessa bênção.”

Desde que sua esposa falecera, Tales pensava a todo o momento em conseguir encontrar-se com ela durante o sono do corpo físico.

TALES, 76 ANOS DE IDADE, viúvo há três meses de Nelly, 74 anos.

Aposentado, participava como cotista de bem-sucedi-da cerealista da cidade.

Um casal que protagonizou uma verdadeira e bela

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história de amor, digna de ser versejada pelas letras dos mais brilhantes poetas que, incansavelmente, passam a vida toda intentando retratar o amor com sublimes e emo-tivas rimas.

Dois enamorados que, com muita dedicação e cari-nho, souberam desenvolver, através dos ditames do afeto e do verdadeiro amor, uma família unida e feliz.

Tiveram e bem encaminharam três filhos que, hoje, assim se constituem:

Carlos, 47 anos, comerciante, Alfredo, 44, engenheiro civil e Lilian, 42, médica ginecologista.

Através deles, viram-se agraciados com duas noras, Amanda, 45, e Elizabeth, 41, e o genro mário, 44 anos. E os netos Roberto, 22, Carla, 17 e Diogo, 16 anos.

E agora?

Será que tudo seria sofrimento para Tales, com a par-tida de Nelly, o grande amor de sua vida?

Será que os frios braços da morte conseguiriam se-pará-los?

Todos sabemos que Deus, na Sua infinita bondade e sabedoria, quando nos cerra uma porta, outra, ainda

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maior, por Ele, é aberta à nossa frente desde que possuamos a chave.

E Tales a possuía.

A chave da fé, da esperança e da certeza, solidificada com o amálgama do amor ao semelhante e moldada através das matrizes delineadas pelas máximas de Jesus.

mas não nos detenhamos mais em considerações.

Penetremos com os nossos olhos e o nosso pensa-mento na leitura que se segue, por vezes, retornando à ida-de jovem de Tales e Nelly, em lembranças vivas e detalha-das, sob a ótica de cada um deles.

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