Upload
buikien
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
* Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq
Uma ferramenta interativa para modelagem e simulação de confiabilidade de sistemas elétricos
Antonio Castelo Filho Luiz Carlos Lucca*
Instituto de Ciências Matemáticas e Computação, ICMC, USP
13566-590, São Carlos, SP
E-mail: [email protected], [email protected]
RESUMO
Muitas são as aplicações que necessitam uma de representação por grafos, seja para
otimização, simulação ou para simples visualização. Com o desenvolvimento de teorias
computacionais, tais como estrutura de dados, interação usuário computador, visualização
científica e de informações, engenharia de software, entre outras, da teoria dos grafos e da
capacidade computacional dos novos computadores, vários problemas que podem ser
modelados por grafos podem ser resolvidos utilizando ferramentas computacionais interativas.
Muitos problemas também podem ter uma representação equivalente tendo apenas os atributos e
métodos distintos para diferenciá-los. Este trabalho apresenta uma ferramenta interativa para a
modelagem e simulação de problemas que podem ser representados por grafos. Mais
especificamente, uma aplicação em confiabilidade de sistemas elétricos é apresentada.
Palavras-chave: computação gráfica, estrutura de dados, interface gráfica, confiabilidade,
sistemas elétricos, categoria 2.
1. Introdução
Sistemas elétricos é um conjunto de equipamentos interligados pela rede elétrica que
convertem, geram e consomem energia. Uma vez estes equipamentos energizados, pode-se
obter diversas informações à cerca da confiabilidade e autonomia elétrica: falhas passivas (que
afetam um único elemento) ou falhas ativas (que provocam falha em cadeia) podem ser obtidas
analisando a maneira com que os elementos foram interligados; se podemos melhorar a
confiabilidade do sistema pode garantir que ao ocorrer uma contingência (falha) ainda pode-se
suprir a demanda de energia e assim, evitar multas dos órgãos de fiscalização, além de garantir
que a organização dos equipamentos possa ser ideal. Este projeto modela matematicamente os
equipamentos elétricos, as taxas de falha e a estrutura de dados para representação dos
equipamentos, além de fornecer uma interface gráfica, permitindo fácil interatividade com o
usuário.
2. Metodologia
A relação entre equipamentos, suas ligações e confiabilidade do sistema pode ser
expressa utilizando a estrutura de grafos [1]: mapeados os vértices (equipamentos) e as arestas
(ligações) pode-se aplicar algoritmos [2] sobre a estrutura, de modo a obtermos os dados
necessários para a análise de risco de um sistema elétrico. Cada vértice deve possuir
características comuns, como taxa de falha, tensão, etc. (a taxa de falha se baseia em estatísticas
colhidas em campo, registrando as características da falha, período do ano, condições climáticas
e tempo de vida do equipamento). Porém, cada elemento possui características únicas como, por
exemplo, o estado (aberto/fechado) de uma chave. Cada aresta pode representar uma simples
ligação ou pode possuir características únicas como, por exemplo, a tensão máxima suportada;
além disso, pode-se expressar o grafo correspondente a um sistema elétrico como um grafo
orientado, no sentido de garantir que o fluxo deve ser contínuo e único em certos equipamentos
como, por exemplo, em fontes, pois elas apenas geram energia.
656
ISSN 1984-8218
Além do mapeamento matemático e dos algoritmos de confiabilidade criados, a interação do
usuário com o sistema deve satisfazer alguns princípios básicos de usabilidade: em HCI (Human
Computer Interaction), o termo interface se refere ao estudo dos meios de interação entre os
usuários e o sistema que eles operam [3].
O desenvolvimento de técnicas de manipulação de grafos e da própria área de
visualização permitiu que novos paradigmas de representação surgissem. Bons exemplos de
plataformas que manipulam estes conjuntos de dados podem ser encontrados sem nenhuma
dificuldade pela internet; como exemplo, podemos citar a PEX (Projection Explorer) [4], que
possui várias técnicas de visualização e clusterização implementadas e o Simulink que e uma
ferramenta integrada ao MatLab que representa sistemas de engenharia. Como o
desenvolvimento das ferramentas tende a ser gradual, é de fundamental importância garantir que
o sistema possa ser expansível e de fácil manutenção. Nesse sentido padrões de arquitetura de
engenharia de software, como o MVC (Model, View, Controller) podem garantir que isso seja
possível.
O MVC é um padrão de arquitetura de software que separa a lógica de negócio
(estrutura de dados e modelagem) da lógica de apresentação (visualização), permitindo o
desenvolvimento, teste e manutenção isolados de ambos. O sistema possui separação visível
destas duas partes; assim, separamos a estrutura de dados da visualização mantendo um
controlador que faz interface com ambos.
3. Resultados
Abaixo uma imagem do sistema criado: através da estrutura de dados pode-se obter
características do grafo (visualmente representado por equipamentos elétricos e arestas), como
confiabilidade, contingência simples e dupla, equipamentos isolados, sobrecarga, etc.
4. Referências
[1] Data Structures and Algorithms. Addison-Wesley, 1983.
[2] Algorithmic Graph Theory. Cambridge University Press, 1985.
[3] Human-Computer Interaction (3rd Edition). Prentice Hall, 2003.
[4] Fernando Vieira Paulovich, Maria Cristina F. Oliveira, and Rosane Minghim. The
projection explorer: a exible tool for projection-based multidimensional visualization. In:
Proceedings of XX Brazilian Symposium on Computer Graphics and Image Processing
(SIBGRAPI 2007), Belo Horizonte. IEEE Computer Society Press, 2007. 657
ISSN 1984-8218