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A genética depois de Mendel – pág. 44 UNIDADE 2 Muitas descobertas em Genética foram feitas depois dos trabalhos de Mendel. Nos anos 1940 e início dos anos 1950, experimentos mostraram que os cromossomos são as estruturas que contêm os genes, e que eles são formados principalmente de DNA. A descoberta da estrutura dessa molécula, em 1953, marcou o início da era da Genética molecular . Desde a década de 1970, já é possível manipular direta- mente a informação genética dos organismos, por meio da Engenharia genética. Entender os conceitos básicos dessa área, portanto, é fundamental para discutir novas ideias e formar opiniões.

UNIDADE 2 A genética depois de Mendel pág. 44 · pela determinação do tipo sanguíneo. ... pessoa de grupo sanguíneo diferente do seu, ... Grupo AB com grupo AB. (5) EXERCÍCIOS

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A genética depois de Mendel – pág. 44

UNIDADE 2

•Muitas descobertas em Genética foram feitas depois dos trabalhos de Mendel.

•Nos anos 1940 e início dos anos 1950, experimentos mostraram que os cromossomos são as estruturas que contêm os genes, e que eles são formados principalmente de DNA.

•A descoberta da estrutura dessa molécula, em 1953, marcou o início da era da Genética molecular.

•Desde a década de 1970, já é possível manipular direta-mente a informação genética dos organismos, por meio da Engenharia genética.

•Entender os conceitos básicos dessa área, portanto, é fundamental para discutir novas ideias e formar opiniões.

COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY – E.M.P.

TERRA BOA - PARANÁ

Professora Leonilda Brandão da Silva

E-mail: [email protected]

http://professoraleonilda.wordpress.com/

Pág. 46

• Na figura podem ser vistos alguns elementos do sangue: hemácias, um leucócito e plaquetas. Talvez você já tenha ouvido falar dos diferentes tipos de grupos sanguíneos.

• Antes de a ciência conhecer e compreender a importância desses grupos sanguíneos, acidentes fatais nas transfusões de sangue eram comuns.

• O conhecimento desses grupos e de sua genética evitou esses e outros problemas.

Você sabe qual é o seu tipo sanguíneo?

O que diferencia os tipos sanguíneos?

O sangue doado pode ser transfundido para qualquer pessoa?

Você sabe o que é doador universal de hemácias? E receptor universal?

Qual a relação entre os grupos sanguíneos e a Genética?

Do que é constituído o sangue?

Para que serve cada um dos componentes do sangue?

O que é anticorpo? E antígeno?

O que faz uma pessoa ter um ou outro tipo de sangue? É hereditário?

Os filhos têm os mesmo tipo de sangue dos pais?

Um casal do grupo A pode ter um filho do grupo O?

Um homem AB pode ser pai de uma criança grupo O?

PROBLEMATIZAÇÃO

ANTÍGENOS E ANTICORPOS 1

• Antes de estudarmos os grupos sanguíneos, vamos fazer uma revisão dos conceitos de antígenos e anticorpos.

• O sangue é constituído por uma parte líquida denominada plasma (representa cerca de 55% do sangue e nele há várias proteínas. Entre elas, o fibrinogênio, que participa do processo de coagulação do sangue. O plasma sem o fibrinogênio recebe o nome de soro.

• Nele estão mergulhadas as células ou fragmentos delas, conhecidos como elementos figurados:

− Hemácias, glóbulos vermelhos ou eritrócitos (+ numerosas)

− Leucócitos ou glóbulos brancos;

− e Plaquetas.

• Por centrifugação, podemos separar esses componentes do sangue. Desse processo, obtém-se um líquido claro (o plasma) e um depósito de células.

• Cada ser vivo possui um grupo de proteínas diferente de qualquer outro ser.

• Assim, quando, por exemplo, uma bactéria ou um organismo estranho penetra no corpo, suas proteínas não são reconhecidas (antígenos) e inicia-se a produção de proteínas chamadas anticorpos, que neutralizam os antígenos.

• Os anticorpos são específi-cos: para cada tipo de antí-geno é produzido apenas um tipo de anticorpo, com forma complementar a do antígeno.

1) SISTEMA ABO

2) SISTEMA Rh

3) SISTEMA MN

Vamos analisar os 3 principais sistemas de classificação dos grupos sanguíneos:

As descobertas dos grupos ABO – p. 47

Até o início do séc. XX ocorriam acidentes fatais decorrentes de transfusões de sangue.

Em 1900, Karl Landsteiner observou que ao misturar sangue de algumas pessoas com soro de outras, às vezes ocorria aglutinação, outras não.

A partir daí ele descobriu os grupos sanguíneos: A, B e O. O grupo AB foi descoberto em 1902 por seus colaboradores.

Landsteiner descobriu também que o soro de cada pessoa possui anticorpos contra os antígenos que estavam ausentes de suas hemácias e que a aglutinação era causada por de uma reação entre antígeno e anticorpo.

Sistema ABO de grupos sanguíneos-p.46 2

•Na espécie humana existem quatro grupos sanguíneos do sistema ABO – A, B, AB e O.

•Eles estão relacionados à presença de certos antígenos (aglutinogênios) na membrana das hemácias.

Os aglutinogênios são

ANTÍGENOS encontrados

na superfície das hemá-

cias e são responsáveis

pela determinação do tipo

sanguíneo.

Aglutinogênio B Aglutinogênio A

Aglutinogênios A e B

• Pessoas do grupo A apresentam um antígeno chamado aglutinogênio A.

• as do grupo B, o antígeno aglutinogênio B;

• as pessoas do grupo AB apresentam os dois antígenos;

• e as do grupo O não apresentam nem A nem B. O grupo O (letra “O” maiúscula) foi inicialmente chamado “grupo zero (grupo 0)”, por não ter antígenos A ou B, mas atualmente é mais comum usar a letra “O”.

• Esses antígenos são polissacarídeos presos à membrana da hemácia e sua presença é controlada por uma série de três alelos localizados no par do cromossomo 9. Herança que envolve um caso de Alelos Múltiplos.

• Esses alelos promovem a síntese de enzimas que acrescentam açúcares específicos a uma substância precursora na membrana da hemácia.

• O alelo A ou IA condiciona a formação do aglutinogênio A;

• o alelo B ou IB condiciona a formação do aglutinogênio B;

• o alelo O ou i (ou Io) não forma essas substâncias.

OBS.: a letra I vem de isoaglutinação, que é a aglutinação ocorrida na transfusão de sangue de indivíduos da mesma espécie.

•Os alelos IA e IB são dominantes em relação a i.

•Por isso pessoas de genótipos IAIA e IAi apresentam o aglutinogênio A,

• e pessoas de genótipos IBIB e IBi, o aglutinogênio B.

•Os indivíduos ii não possuem nem um nem outro aglutinogênio.

•Entre os alelos IA e IB há codominancia; assim, cada um fornece o seu efeito e aparecem as duas substâncias.

RELAÇÃO DE DOMINÂNCIA

A relação de dominância é: IA = IB > i

GRUPOS DO SISTEMA ABO

Além dos aglutinogênios nas hemácias, podem ser encontrados no plasma anticorpos contra esses aglutinogênios, chamados de aglutininas.

A formação de anticorpos começa logo após o nascimento por causa da contaminação natural por bactérias que pos-suem polissacarídeos semelhantes aos aglutinogênios A e B.

Assim, o organismo de uma criança do grupo A produz aglutininas anti-B.

Uma do grupo B, ao nascer já possui aglutinogênio B na hemácia e, pelo mesmo processo, produz aglutinina anti-A.

Crianças do grupo O formam as duas aglutininas (anti-A e anti-B) uma vez que os dois antígenos bacterianos (A e B) são estranhos ao seu patrimônio químico.

Crianças do grupo AB (com os 2 antígenos A e B) não estranham as presença dos antígenos bacterianos e não formam aglutininas contra esses antígenos.

AGLUTININAS = ANTICORPOS

GENÓTIPOS

FENÓTIPO

ANTÍGENO

ANTICORPOS

GRUPO AGLUTINOGÊNIO

(nas hemácias)

AGLUTININA

(no plasma)

IAIA - IAi

A

Aglutinogênio A

Anti-B

IBIB - IBi

B

Aglutinogênio B

Anti-A

IAIB

AB

Aglutinogênios AB

Nenhuma

ii

O

Sem aglutinogênio

Anti-a e Anti-b

• Duas gotas de sangue são colocadas uma em cada ex-tremidade da lâmina.

• Adiciona-se uma gota de soro com aglutinina anti-A e à outra soro anti-B.

• Misturando o soro com a gota de sangue pode-se ver quando há aglutinação das hemácias.

• Se tiver os 2 aglutinogênios (Grupo AB) a aglutinação das hemácias ocorrerá nos 2 soros (anti-A e B).

• Se nas hemácias houver apenas aglutinogênio A (Grupo A) ocorrerá aglutinação no soro anti-A.

• Se apresentarem apenas aglutinogênio B (Grupo B) ocorrerá aglutinação no soro anti-B.

• Se não houver aglutinação em nenhuma das gotas, as hemácias não possuem os aglutinogênios e o sangue é do Grupo O.

TESTE PARA DETERMINAR O GRUPO SANGUÍNEO

GRUPO O

GRUPO AB

GRUPO B

GRUPO A

ANTI-A ANTI-B

O quadro abaixo ilustra as misturas dos tipos de soro e de sangue

a) 4 e 2. b) 4 e 3. c) 1 e 5. d) 2 e 4 e) 5 e 1.

QUAL O GRUPO SANGUÍNEO DOS

INDIVÍDUOS ABAIXO?

1. (Fuvest-SP) O pai e a mãe de um par de gêmeos dizigóticos

têm tipo sanguíneo AB. Qual a probabilidade de ambos os

gêmeos terem sangue do tipo AB? Por quê?

EXERCÍCIO Nº 01 – p. 48 – Fazer na quadro

IAIB x IAIB

2. Uma mulher do grupo A, casada com um homem do grupo A, tem uma criança do grupo O. O marido acusa um indivíduo do grupo AB de ser o pai da criança. Responda:

a) A acusação é válida?

R: A acusação não é válida. O homem AB não pode ser o pai, pois não tem o alelo i, necessário para que um filho seu seja do grupo O.

b) Podemos provar quem é o verdadeiro pai apenas analisando esses grupos de sangue?

R: Não podemos. A análise dos grupos sanguíneos permite apenas provar, que determinado indivíduo não pode ser o pai de uma criança. O mais indicado é o teste de DNA.

EXERCÍCIO Nº 02 – p. 48 – Fazer na quadro

As transfusões de sangue devem ser feitas de preferência entre pessoas do mesmo grupo.

Se o aglutinogênio (antígeno) não for compatível com a aglutinina (anticorpo) pode ocorrer aglutinação das hemácias recebidas.

• Aglutinação: o antígeno promove com o anticorpo uma reação na qual as hemácias se aglomeram formando grumos ou aglutinados.

TRANSFUSÃO DE SANGUE – p. 48

• Antes da transfusão, deve ser observado se o sangue do doador é compatível com o sangue do receptor.

• É feita a mistura do soro do receptor com as hemácias do doador para investigar a presença de anticorpos contra os antígenos presentes nas hemácias deste u ltimo.

• Se o sangue de um indivíduo do grupo A ou do grupo AB for doado a um indivíduo do grupo B, as hemácias do doador serão aglutinadas pelas aglutininas anti-A do plasma do receptor.

• Os aglomerados de hemácias obstruem pequenos vasos sanguíneos e causam problemas circulatórios.

• Algum tempo depois, essas hemácias são destruídas por glóbulos brancos e liberam a hemoglobina e outros produtos no plasma. Com isso, pode ocorrer desde uma pequena reação alérgica até lesões renais graves (causadas pelos produtos liberados) e morte.

• O mesmo ocorre se um indivíduo do grupo B ou do grupo AB doar sangue a um do grupo A, pois suas hemácias serão aglutinadas pelas aglutininas anti-B do plasma do receptor,

• Ou se um indivíduo do grupo O receber doação de qualquer pessoa de grupo sanguíneo diferente do seu, visto que em seu plasma há tanto aglutinina anti-A como anti-B.

• A pessoa portadora do tipo de sangue O não tem aglutinogênios A ou B nas hemácias. Por isso, dizemos que esse grupo e um DOADOR UNIVERSAL, uma vez que seu sangue, na forma de concentrado de hemácias (melhor seria falar, portanto, em doador universal de hemácias), pode ser doado para pessoas com sangue A, B, AB ou O.

• Na prática, as pessoas recebem preferencialmente sangue do mesmo tipo que o seu. As hemácias de sangue tipo O devem ser usadas em pacientes de outro grupo sanguíneo apenas em situações de emergência.

• De modo semelhante, pessoas do grupo AB, por não terem aglutininas anti-A ou anti-B no plasma, aceitam trans-fusões de hemácias de pessoas com sangue A, B, AB ou O, sendo chamadas RECEPTORES UNIVERSAIS (ou receptores universais de hemácias).

• Na resolução de problemas, é costume aceitar que o san-gue O e um doador universal e o AB um receptor univer-sal, ficando subentendido que se trata de uma transfusão de hemácias, e não de plasma.

Esquema de compatibilidade de gru-

pos sanguíneos para a transfusão de

hemácias.

1) Qual a probabilidade de um casal onde o pai é AB e a mãe é O ter um filho do grupo A? (4)

2) Como serão os filhos de indivíduos com os seguintes grupos sanguíneos?

a) Grupo A com grupo B (ambos heterozigotos) (5)

b) Grupo AB com A (heterozigoto).(5)

c) Grupo AB com grupo AB. (5)

EXERCÍCIOS - SISTEMAS ABO

3. Uma mulher do grupo A tem um filho O. A paternidade da criança está sendo discutida entre um homem do grupo B e outro do grupo AB. Qual deles certamente não é o pai? Justifique. (2)

4. Em uma família, o homem é do grupo A, a

mulher é do grupo O e as crianças são do grupo A, AB, B e O. Quais das crianças são adotivas?

5) Em um dia nasceram quatro bebês em uma maternidade, cada um filho de um casal. Com base nos grupos sanguíneos dos bebês e dos grupos dos casais de pais, identifique quais são os pais de cada bebê.

EXERCÍCIO Nº 05 – p. 53

Bebê 1 – IA _

Bebê 2 – IB_

Bebê 3 – IA IB

Bebê 4 – ii

Casal I – IA _ x IAIB

Casal II – IA _ x ii

Casal III – IAIB x ii

Casal IV – ii x ii

6) (Fuvest-SP) O casal Fernando e Isabel planeja ter um filho e ambos têm sangue do tipo A. A mãe de Isabel tem sangue do tipo O. O pai e a mãe de Fernando têm sangue do tipo A, mas um outro filho deles tem sangue do tipo O. a) Com relação ao tipo sanguíneo, quais são os

genótipos do pai e da mãe de Fernando?

b) Qual é a probabilidade de que uma criança gerada por Fernando e Isabel tenha sangue do tipo O?

EXERCÍCIO Nº 8 – p. 54

7) (Enem) Antes de técnicas modernas de determinação de paternidade por exame de DNA, o sistema de determinação sanguínea ABO foi amplamente utilizado como ferramenta para excluir possíveis pais. Embora restrito a análise fenotípica, era possível concluir a exclusão de genotipos tambem. Considere que uma mulher teve um filho cuja paternidade estava sendo contestada. A análise do sangue revelou que ela era tipo sanguíneo AB e o filho, tipo sangui neo B. O genótipo do homem, pelo sistema ABO, que exclui a possibilidade de paternidade desse filho e a) IAIA

b) IAi

c) IBIB

d) IBi

e) ii

EXERCÍCIO Nº 11 – p. 54

Em 1940, em colaboração com Alexander Wiener, Landsteiner descobriu o fator Rh.

Verificaram que, ao ser injetado em coelhos, o sangue do macaco Rhesus provocava a formação de anticorpos.

O plasma desses coelhos era capaz de aglutinar hemácias de 85% das amostras de sangue humano.

Portanto, 85% do sangue humano são portadores do mesmo antígeno daquele macaco.

As pessoas cujo sangue aglutinava foram chamadas Rh+, as que não tinham reação Rh-.

Descoberta do grupo sanguíneo Rh

Aglutinação

hemácias

(Rh+) 85%

dos

testados

Não-

aglutinação

hemácias

(Rh-) 15%

dos testados

Rh

Rh

Rh Produção de anticorpos anti-Rh

Extração do

soro de coelho

com anti-Rh

Anticorpos

anti-Rh

Macaco Rhesus

Anti-Rh

Rh+ Rh-

SISTEMA Rh DE GRUPO SANGUÍNEO - p.49 3

• Cerca de 85% das pessoas possuem em suas hemácias o antígeno Rh e são chamados de Rh+.

• As que não têm esse antígeno são Rh-.

• Embora vários alelos estejam envolvidos nessa herança, para efeito de incompatibilidade podemos considerar apenas o par de alelos: D (dominante, faz parecer o antígeno) e d (recessivo).

• Ao contrário dos antígenos do sistema ABO, o antígeno Rh não é encontrado em bactérias intestinais, e, a princípio, um indivíduo negativo não possui anticorpos no plasma.

• Em geral, os indivíduo Rh- produzem anticorpos específicos somente quando recebem hemácias com o antígeno Rh, o que pode ocorrer durante a gravidez e no parto ou em transfusões.

Genótipo

Grupo

Hemácias

Plasma

DD ou Dd

Rh+

Com antígeno Rh

Sem anticorpos anti-Rh

dd

Rh-

Sem antígeno Rh

Com anticorpos anti-Rh se recebeu hemácias com

antígeno Rh

SISTEMA Rh

• Nas transfusões de hemácias, uma pessoa com fator Rh+

pode receber tanto sangue Rh+ como Rh-.

• Enquanto uma pessoa Rh- deve receber apenas sangue Rh-.

• Por isso, o

• DOADOR UNIVERSAL de hemácias deve ser do grupo O e Rh-

• RECEPTOR UNIVERSAL de hemácias deve ser do grupo AB e Rh +.

Com base no quadro, conclui-se que são classificados, respectivamente, como RECEPTOR E DOADOR UNIVERSAL:

a) 4 e 2. b) 4 e 3. c) 1 e 5. d) 2 e 4 e) 5 e 1.

QUAL O GRUPO SANGUÍNEO DOS INDIVÍDUOS ABAIXO?

INDIVÍDUO SORO ANTI-A SORO ANTI-B SORO ANTI-RH

1 Aglutinou Não aglutinou Não aglutinou

2 Aglutinou Aglutinou Aglutinou

3 Não aglutinou Aglutinou Não aglutinou

4 Não aglutinou Não aglutinou Não aglutinou

5 Aglutinou Aglutinou Não aglutinou

• Quando uma mulher Rh- tem um filho com um homem

Rh+, há duas possibilidades:

– Se o homem for homozigoto todos os filhos serão Rh+;

– Se ele for heterozigoto, podem nascer filhos Rh+ e Rh-

• A eritroblastose fetal ou DHRN pode ocorrer em filhos de mãe Rh-.

– Se o filho for Rh-, terá o mesmo padrão da mãe e não haverá incompatibilidade entre eles.

– Ser for Rh+, alguns dias antes do nascimento e principalmente durante o parto, uma parte do sangue do feto escapa para o organismo materno, que é estimulado a produzir anticorpo anti-Rh.

ERITROBLASTOSE FETAL OU DOENÇA HEMOLÍTICA DO RÉCEM-

NASCIDO – p. 50

• Como essa produção não é imediata, esse 1° filho nas-cerá livre de problemas.

• Entretanto, em uma 2ª gestação, os anticorpos maternos, já concentrados no sangue, atravessam a placenta e podem provocar aglutinação das hemácias do feto, que serão fagocitadas e destruídas.

• Nesse caso, ao nascer, a criança apresenta anemia e icterícia: a hemoglobina das hemácias destruídas transfor-mam-se em bilirrubina (pigmento amarelo), que se deposita nos tecidos e dá cor coloração amarelada à pele.

• Além disso, pode depositar-se no cérebro da criança e provocar surdez e deficiência mental.

• Nos casos + graves, chega a ocorrer aborto involuntário.

• Se a criança nascer, poderá ser salva com a troca gradativa de seu sangue por Rh-. As novas hemácias Rh- não são destruídas e, após algum tempo, quando forem substituídas naturalmente por Rh+ os anticorpos da mãe já terão sido eliminados.

Eritroblastose fetal

• Para prevenir a DHRN, até 3 dias após o parto da 1ª criança Rh+ a mãe Rh- deve receber uma aplicação de anticorpos anti-Rh.

• Esses anticorpos destroem as hemácias Rh+ deixadas pe-lo feto no sangue da mãe, o que impede o desencadea-mento da produção de anticorpos maternos.

• Com o tempo esses anticorpos são eliminados, e como o organismo materno não “aprendeu” a produzi-los, ela fica livre para uma nova gestação.

• Se a criança for novamente Rh+ deve-se repetir o trata-mento.

Condição necessária para que ocorra a eritroblastose fetal

Rh+ Rh-

Rh+

(PUC-SP) Duas mulheres disputam a maternidade de uma criança que, ao nascer apresentou a DHRN. O sangue das duas foi testado com o uso do soro anti-Rh, e os resultados são apresentados abaixo. Qual das mulheres poderia ser a mãe verdadeira daquela criança? Justifique.

R: A mãe da criança é a mulher n° 2, porque é Rh-, visto que seu sangue não sofre aglutinação na presença do soro anti-Rh ou anti-D.

Problema resolvido – p.51

1) Um casal de sangue Rh+, (heterozigoto), tem três filhos também Rh+. Qual a probabilidade de o 4º filho desse casal ter o mesmo fenótipo dos pais e irmãos? (4)

2) Lúcia e João são do tipo sanguíneo Rh+ e seus irmãos, Pedro e Marina, são do tipo Rh-. Quais dos 4 irmãos podem vir a ter filhos com DHRN?

EXERCÍCIOS - SISTEMA Rh

3) Uma mulher que nunca recebeu transfusão de sangue deu a luz, em uma segunda gravidez, uma criança com eritroblastose fetal. Uma terceira criança nasceu normal. Qual é o genótipo da mãe, do pai e dos três filhos em relação ao fator Rh? (Observação: a

mulher não recebeu nenhum tratamento preventivo.)

EXERCÍCIO Nº 4 – p. 53

Dd dd

dd Dd Dd

SISTEMA MN – p. 50

• Outro sistema sanguíneo é o MN.

• Entre os vários alelos relacionados a ele, destacam-se:

– LM ou M - que produz o antígeno M

– LN ou N - que produz o antígeno N

• Como os alelos implicados no processo são CODOMI-NANTES, há 3 genótipos e 3 fenótipos.

GENÓTIPO FENÓTIPO

LMLM ou MM Grupo M

LNLN ou NN Grupo N

LMLN ou MN Grupo MN

1) Um casal, em relação ao sistema sanguíneo MN, teve alguns filhos com fenótipo M e outros com fenótipo MN. Quais devem ser os prováveis genótipos dos cônjuges?

EXERCÍCIOS - SISTEMAS ABO, Rh e MN

2) Um casal afirma que determinada criança encon-trada pela polícia é seu filho desaparecido. Os resul-tados dos testes para grupos sanguíneos foram: • Suposto pai: M • Suposta mãe: N • Criança: M

Explique se esses resultados excluem ou não a possibilidade de que a criança em questão seja filha do casal.

3) Uma mulher Rh- M casa-se com um homem Rh+ N, filho de pai Rh-. Qual a probabilidade de nascer uma criança Rh+MN?

4) Meus pais têm o tipo sanguíneo A+ e A- tem como eu ser O-? Explique. (4)

5) Suponha um casal com os fenótipos: A, Rh-, MN e B, Rh+, N. Sabendo que desse casamento nasceu uma criança O, Rh-, MN, qual é a probabilidade de o casal gerar um 2° filho de fenótipo B, Rh+, N.

6) (Unicamp-SP) Com base no heredograma abaixo:

Observação: Indique os passos que você seguiu para chegar

as duas respostas.

a) Qual a probabilidade de o casal formado por 5 e 6 ter duas crianças com sangue AB, Rh+?

b) Se o casal em questão já tiver uma criança com sangue AB Rh+, qual a probabilidade de ter outra com os mesmos fenótipos sanguíneos?

EXERCÍCIO Nº 9 – p. 53

7) (Enem) Em um hospital havia cinco lotes de bolsas de sangue, rotulados com os códigos l, II, III, IV e V. Cada lote continha apenas um tipo sanguíneo não identificado. Uma funcionária do hospital resolveu fazer a identificação utilizando dois tipos de soro, anti-A e anti-B. Os resultados obtidos estão descritos no quadro.

Quantos litros de sangue eram do grupo sanguíneo do tipo A?

a) 15

b) 25

c) 30

d) 33

e) 55

EXERCÍCIO Nº 15 – p. 55

Resolver no caderno as

questões do livro:

1, 2, 3, 6, 10, 14, 16, 17, 18 e 19

(p. 53 a 55)

R: As aglutininas anti-B do plasma do receptor vão aglutinar as hemácias com aglutinogênio B do doador tipo B e po-dem ocorrer entupimento de capilares, reações alérgicas, lesões renais e morte.

1. Qual é o perigo de se fazer transfusão de sangue tipo B para uma pessoa do tipo A?

CORREÇÃO QUESTÕES DO LIVRO – p. 53 a 55

2. Um mesmo gene pode ter muitos alelos.

a) Como podem surgir muitos alelos a partir de um gene?

R: Os alelos podem surgir por mutações de um gene.

b) Uma estudante afirmou que em casos de polialelia, a lei da segregação de um par de fatores não se aplica. Você concorda? Justifique sua resposta.

R: Não. Porque o indivíduo possui apenas um par de cada alelo.

− Os genes podem sofrer diversas mutações ao longo do tempo e originar vários alelos.

− Assim, um alelo original A, chamado selvagem, por ser o primeiro a aparecer na natureza, pode sofrer duas, três ou mais mutações diferentes e originar uma série de múltiplos alelos que influenciam o mesmo caráter.

− Esse fenômeno é chamado polialelia ou alelos múltiplos.

− Alelos Múltiplos: herança determinada por 3 ou mais alelos que condicionam um só caráter.

Alelos Múltiplos em coelhos – p.51 4

• A cor da pelagem dos coelhos é um exemplo clássico de polialelia. Ela é influenciada por 4 alelos:

– C ou c+ selvagem (aguti) - pelo marrom-escuro com uma faixa amarela próximo à extremidade, o que dá um tom castanho à pelagem. O alelo C sofreu mutações e produziu mais três alelos:

– cch chinchila - o pelo, cinza-prateado, é semelhante ao das chinchilas, um roedor;

– ch himalaia - pelo branco, com patas, focinho, rabo e orelhas pretos; essa variedade teria, supostamente, surgido nas cordilheiras do Himalaia, na Ásia);

– ca ou c albino – totalmente banco.

Esses alelos apresentam dominância na ordem citada:

• C domina todos os outros alelos;

• cch domina ch e ca;

• ch domina ca.

Essa ordem de dominância de um alelo sobre outro

pode ser esquematizada assim:

C > cch > ch > ca

Veja os possíveis fenótipos e genótipos – p. 51

Fenótipos Genótipos

Aguti /selvagem CC - Ccch - Cch - Cca

Chinchila cchcch - cchch - cchca

Himalaio chch - chca

Albino caca

Cor da pelagem em coelhos

4 ALELOS

4 FENÓTIPOS

10 GENÓTIPOS

− Embora existam mais de dois alelos que influenciam a cor da pelagem em coelhos, cada indivíduo possui apenas um par de cromossomos homólogos que porta tais alelos.

− Há, portanto, apenas um par de alelos (um alelo em cada cromossomo do par de homologos) responsável por determinar a cor dos pelos.

− Assim os problemas de polialelia são semelhantes aos do monoibridismo.

1. Um coelho chinchila é cruzado com uma coelha

himalaia e nasce um filhote albino. Dê os genótipos

dos coelhos.

EXERCÍCIOS – Alelos Múltiplos

1) Observe a genealogia abaixo e responda as questões.

EXERCÍCIO Nº 2 – p. 52

a) Qual é o genótipo dos coelhos apresentados?

b) Se do cruzamento da coelha albina com um macho himalaia nascer um coelho albino, qual será a probabilidade de esse casal produzir duas coelhas albinas?

1) Qual a prole resultante do cruzamento de um coelho aguti heterozigoto para albino com uma coelha himalaia heterozigota para albino?(5)

2) Uma coelha aguti foi cruzada com dois coelhos chinchilas, A e B. Com o coelho A, teve filhote albino, com o coelho B, dois filhotes himalaia. Quais os possíveis genótipos da coelha e dos coelhos A e B? (5)

3) Um coelho selvagem cruzado com uma coelha chinchila resultou em um filho albino. Qual a probabilidade desse casal ter filhotes de pelo chinchila? (5)

4. (PUC RS) Um sistema de alelos múltiplos governa a cor de determinada flor da seguinte maneira: F = laranja; f1 = amarela; f2 = branca. Considerando que a sequência de dominância segue o padrão F > f1> f2, plantas com os genótipos FF, Ff1 e Ff2 teriam flores de cor:

a) laranja, apenas

b) laranja e amarela, apenas.

c) laranja e branca, apenas.

d) amarela e branca, apenas.

e) laranja, amarela e branca.

EXERCÍCIO Nº 13 – p. 54