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Unidade Did tica Zeneide - vers o final corrigida MD ) · No ano de 1964, a educação física tornou-se um modo para selecionar atletas, ficou conhecido como esportivista (CASTELLANI

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Ficha Catalográfica Produção Didático Pedagógica

Professor PDE 2010

Título Proposta de Avaliação na disciplina de Educação Física, na 8ª

série do Ensino Fundamental – modalidade: futsal

Autor

Zeneide Lourdes dos Santos

Escola de Atuação

Colégio Estadual Maria Francisca de Souza – Ensino Fundamental e Médio

Município da Escola

Barra do Jacaré

Núcleo regional de Educação

Jacarezinho

Orientador

Fábio da Silva Ferreira Vieira

Instituição de Ensino Superior

UENP

Área de Conhecimento

Educação Física

Produção Didático-Pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

Demais disciplinas da Matriz Curricular

Público Alvo

Alunos da 8ª Série

Localização Colégio Estadual Maria Francisca de Sozua– EFM situado à Rua Sete de Setembro, 657, Barra do Jacaré, PR.

Apresentação Sabendo-se da importância da atividade física para o

desenvolvimento do ser humano busca-se através de novas propostas, atrelar essa atividade à determinadas modalidades esportivas de forma que a prática das mesmas possam vir a tornar-se uma ferramenta de trabalho, buscando uma melhor aprendizagem, portanto, o que se propõe é chegar a uma forma justa de avaliar o aluno de modo a compreender, o quanto aprendeu, unindo teoria à prática, o presente trabalho trata da modalidade Futsal. É preciso refletir sobre o porquê e para que avaliar. Desta forma procura-se buscar maneiras emancipatórias conjuntas e sociais evitando aplicar à prática excludente, garantindo ao aluno o direito de acesso e reflexão sobre as ações praticadas. Segundo o Coletivo de Autores (1992) é a busca de práticas produtivo-criativas e reiterativas, que possibilita mobilizar plenamente a consciência dos alunos, seus saberes e suas capacidades cognitivas, habilidades e atitudes, para enfrentar problemas e necessidades, buscando novas soluções para as relações consigo mesmo, com os outros e com a natureza. O ato de avaliar não precisa ser autoritário e repressivo, mas sim deve servir para o enriquecimento do que se está avaliando, firmando assim que, avaliar é preciso.

Palavras-chaves Atividade Física; Aprendizagem; Avaliar; Futsal

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO NA DISCIPLINA DE

EDUCAÇÃO FÍSICA, NA 8ª SÉRIE DO ENSINO

FUNDAMENTAL – MODALIDADE: FUTSAL

ZENEIDE LOURDES DOS SANTOS

Trabalho apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – 2010, em cumprimento à segunda etapa do referido programa. Orientador: Professor Fabio da Silva Ferreira Vieira.

Jacarezinho – Paraná

2010

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.................................................................................................03

AVALIAÇÃO – CONCEITOS E VARIAÇÕES .......................................................04

PLANO DE AULA..................................................................................................08

PLANO DE TRABALHO DOCENTE .....................................................................08

1Conteúdos...........................................................................................................08

2 Justificativa.........................................................................................................08

3 Metodologia........................................................................................................08

4 Critérios de Avaliação ........................................................................................10

FUNDAMENTOS DO FUTSAL .............................................................................12

1 Condução de bola ..............................................................................................12

2 Passe .................................................................................................................12

3 Finalização.........................................................................................................13

4 Domínio de bola .................................................................................................14

5 Drible..................................................................................................................15

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................16

REFERÊNCIAS.....................................................................................................17

ANEXOS ...............................................................................................................18

Anexo I..................................................................................................................19

Anexo II .................................................................................................................20

Anexo III ................................................................................................................21

Anexo IV ...............................................................................................................22

Anexo V ................................................................................................................23

Anexo VI ...............................................................................................................24

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UNIDADE DIDÁTICA

“ Se não morre aquele que planta uma árvore, ou escreve um livro,

com mais razão não morre o educador que fala na vida e escreve na alma.”

(Bertold Brach)

APRESENTAÇÃO

A elaboração desta unidade tem como foco principal a avaliação na

disciplina de Educação Física.

Sabendo-se da importância da atividade física para o desenvolvimento do

ser humano busca-se através de novas propostas, atrelar essa atividade à

determinadas modalidades esportivas de forma que a prática dessas atividades

podem vir a tornar-se uma ferramenta de trabalho, buscando uma melhor

aprendizagem, portanto, o que se propõe é chegar a uma forma justa de avaliar o

aluno de modo a compreender, o quanto aprendeu, unindo teoria à prática, o

presente trabalho trata da modalidade Futsal.

Sendo assim, é preciso refletir sobre o porquê e para que avaliar. Desta

forma procura-se buscar maneiras emancipatórias conjuntas e sociais evitando

aplicar à prática excludente, garantindo ao aluno o direito de acesso e reflexão

sobre as ações praticadas.

O que acontece na maioria das vezes, não por culpa do profissional, porém

do próprio sistema é que o aluno normalmente não tem acesso às informações

sobre seu desempenho, ou quando as têm, estas são vagas e imprecisas, ou

referem-se unicamente a dados mensuráveis, comparáveis, negligenciando-se

referências qualitativas do processo ensino-aprendizagem (COLETIVO DE

AUTORES, 1992).

O que se propõe segundo o Coletivo de Autores (1992) é a busca de

práticas produtivo-criativas e reiterativas, que possibilitem mobilizar plenamente a

consciência dos alunos, seus saberes e suas capacidades cognitivas, habilidades

e atitudes, para enfrentar problemas e necessidades, buscando novas soluções

para as relações consigo mesmo, com os outros e com a natureza.

Segundo Gadotti (1999), esse momento não precisa ser autoritário e

repressivo, mas sim deve servir para o enriquecimento do que se está avaliando,

firmando assim que, avaliar é preciso.

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AVALIAÇÃO – CONCEITOS E VARIAÇÕES

Na área do Ensino de Educação Física a avaliação está aliada a práticas

do movimento em detrimento dos conhecimentos que envolvem todo o processo

de aprendizagem que reflete nas ações dos professores.

Segundo as DCE, Diretrizes Curriculares Estaduais, a avaliação deve estar

vinculada ao projeto político-pedagógico da escola e os critérios para avaliação

devem ser pautados no comprometimento e envolvimento dos alunos. Luckesi

diz:

A avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se articula com o projeto pedagógico e conseqüentemente com o projeto de ensino a avaliação tanto no geral quanto no caso específico da aprendizagem, não possui uma finalidade em si, ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado previamente definido. (LUCKESI, 1995, p.96)

Para o Coletivo de Autores (1992) a avaliação do processo ensino

aprendizagem é muito mais do que simplesmente aplicar testes, levantar

medidas, selecionar e classificar o aluno. E só podemos compreender isso se

considerar que a avaliação do processo ensino-aprendizagem está relacionada ao

projeto político pedagógico. No mesmo sentido Soares diz:

[...] é necessário considerar que a avaliação do processo ensino- aprendizagem está relacionada ao projeto pedagógico da escola, está determinada também pelo processo de trabalho pedagógico, processo inter – relacionado dialeticamente com tudo que a escola assume, corporifica, modifica, reduz e reproduz […] (SOARES, 1993, p.98).

Para Vasconcellos (2006), nossa opção de uma educação libertadora, não

nos permite cruzar os braços, mas sim que temos o dever de evidenciar

problemáticas e partir em busca de novas alternativas, mesmo que limitadas a

princípio, mas é preciso colocar a avaliação sempre em questão, se quiser

transformá-la.

A avaliação é um componente da prática pedagógica e de acordo com

Gorla (2008) tem como objetivo: determinar o progresso do aluno; diagnosticar;

motivar; manter padrões e diretriz para pesquisa.

O autor ainda nos apresenta os tipos de avaliação:

Avaliação diagnóstica : A avaliação diagnóstica é efetuada no início do programa, e auxilia o profissional a calcular as necessidades dos indivíduos e a elaborar seu plano de atividades. Avaliação Formativa: A avaliação formativa informa sobre o progresso dos indivíduos no

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decorrer do processo ensino-aprendizagem, dando informações tanto para o profissional quanto para o aluno. Avaliação Somativa: A avaliação somativa é a soma de todas as avaliações realizadas ao final de cada unidade do planejamento, com o objetivo de se obter um quadro geral da evolução do indivíduo. (GORLA, 2008, p. 10, grifo do autor)

Para entendermos como se dá a avaliação no ensino da Educação Física é

necessário fazer um retrocesso pela nossa história. De acordo com Darido (1999),

no início do século XX a educação física era exclusivamente prática, deixando de

lado fatores cognitivos e atitudinais, numa tentativa de isolar o corpo da mente.

Esta visão está totalmente abolida dos conceitos atuais.

Com o início da Ditadura Vargas, a preocupação principal era com a

segurança nacional e com a participação civil, transformando a educação física

num instrumento de adestramento físico, assumindo um caráter de militarização

do corpo.

As aulas de educação física eram tidas como um meio para selecionar

indivíduos que se encaixassem nos padrões militares excluindo aqueles que eram

considerados incapacitados.

No ano de 1964, a educação física tornou-se um modo para selecionar

atletas, ficou conhecido como esportivista (CASTELLANI FILHO, 1999). Ainda

neste período o esporte brasileiro sofreu grande influência do futebol devido as

Copas do Mundo em que o Brasil foi campeão, nos anos de 1958 e 1962.

Valendo-se destas influências, os militares utilizaram o grande interesse da

população em relação ao esporte para obter êxito político.

De acordo com Kunz (2004) o esporte passou por uma transformação

didático-pedagógica para atender as possibilidades de realização bem sucedidas

de todos os participantes do ensino e não apenas uma minoria. Ao longo do seu

trabalho o autor tece algumas críticas à proposta crítico-superadora e apresenta

algumas de suas limitações.

Uma delas diz respeito à deficiência das práticas efetivamente testadas na

realidade concreta, que questionava, criticava e passava uma visão de que tudo

estava errado na Educação Física e nos esportes, porém fornecer elementos para

uma mudança ao nível de prática. Assim, o autor apresenta os resultados do

desenvolvimento de uma proposta prática em algumas escolas, dentro de uma

nova concepção de ensino para modalidades esportivas, baseada na perspectiva

crítico-emancipatória.

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Para Kunz (2004) a abordagem crítico-superadora, na questão

metodológica para o ensino dos esportes, não apresenta elementos que norteiem

o ensino, considerando a dimensão do "conhecimento" que os alunos precisam

adquirir para criticar o esporte e para compreendê-lo em relação a seus valores,

normas sociais e culturais.

"... em termos de uma metodologia de ação para instrumentalizar o profissional da prática ...defronta-se mais uma vez com esta nova intransparência metodológica para o ensino da Educação Física numa perspectiva crítica..." (KUNZ, 1994, p.21).

O autor ainda, defende o ensino crítico, pois é a partir dele que os alunos

passam a compreender a estrutura autoritária dos processos institucionalizados

da sociedade e que formam as falsas convicções, interesses e desejos. Assim, a

tarefa da Educação crítica é promover condições para que estas estruturas

autoritárias sejam suspensas e o ensino encaminhe no sentido de uma

emancipação, possibilitado pelo uso da linguagem.

Várias mudanças ocorreram no campo das teorizações em educação física

e as metodologias que priorizavam testes com objetivos seletivos foram

profundamente criticados, no entanto muitos professores ainda praticam a

avaliação da aprendizagem à luz dos paradigmas tradicionais, como o da

desportivização, desenvolvimento motor, psicomotricidade e aptidão física.

Segundo a visão de Luckesi, (1995) os professores tradicionalmente vêm

praticando a verificação e não avaliação e na maioria das vezes a aferição da

aprendizagem tem sido feita para classificar os alunos em aprovados ou

reprovados.

A linguagem tem papel importante no agir comunicativo funciona como

uma forma de expressão de entendimentos do mundo social, para que todos

possam participar em todas as instâncias de decisão, na formulação de interesses

e preferências e agir de acordo com as situações e condições do grupo em que

está inserido e do trabalho no esforço de conhecer, desenvolver e apropriar-se de

cultura.

Do ponto de vista de Luckesi, (1995) a avaliação deve estabelecer um

padrão mínimo de conhecimento, habilidades e hábitos, que o educando deverá

adquirir e não uma média mínima de notas, como ocorre na prática avaliativa de

hoje.

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/96,

propõe no seu artigo 24 um modelo de avaliação escolar com caráter contínuo e

cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

dos resultados adquiridos ao longo do período sobre as eventuais provas finais.

De acordo com as DCEs a avaliação deve estar presente no ensino-

aprendizagem como meio de diagnóstico e instrumento de investigação da prática

pedagógica.

Para Libâneo (1991), a avaliação é uma tarefa didática essencial para o

trabalho docente, mas, justamente, por apresentar uma grande complexidade de

fatores, não pode ser resumida a simples realização de provas e testes ou

atribuição de notas. A mensuração apenas fornece dados quantitativos que

devem ser apreciados qualitativamente.

Segundo o Coletivo de Autores (1992), talvez este seja o momento mais

difícil deste trabalho, uma vez que uma nova abordagem da Educação Física,

exige uma nova concepção. O problema é sair de uma teorização abstrata, de

uma prática que culmine numa antiga e conhecida receita, sugere-se que

primeiramente deve-se estruturar as aulas.

De acordo com o Coletivo de Autores (1992), a metodologia nesta

perspectiva crítico-superadora, implica um processo que acrescente na dinâmica

de sala de aula, a intenção prática do aluno para aprender a realidade. Por isso,

entende-se a aula como um espaço intencionalmente organizado para possibilitar

a direção da apreensão pelo aluno, do conhecimento específico da Educação

Física e dos diversos aspectos de sua prática na realidade social.

A aula, nesse sentido, aproxima o aluno da percepção da totalidade de

suas atividades, uma vez que lhe permite articular uma ação (o que faz), com o

pensamento sobre eles (o que sente).

Portanto deve-se selecionar o tema e o conteúdo a ser trabalhado.

Nesta Unidade Didática, apresentamos o Futsal e as formas alternativas de

avaliar nesta modalidade esportiva.

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PLANO DE AULA

Disciplina: Educação Física

Série: 8ª

Número de aulas: 08

Plano de Trabalho Docente

1. Conteúdos:

Estruturante: Esporte

Básico: Coletivo

Específico: Futsal

2. Justificativa:

É importante que o aluno possa assimilar o conhecimento científico

através pesquisas que possibilitem relacionar a teoria com a prática, valorizando a

atividade física como desenvolvimento do ser humano.

Praticar os fundamentos básicos do futsal respeitando através de jogos os

valores, a cooperação e as diversidades existentes, procurando sempre

interpretar textos relacionados à atividade física e ao esporte.

3. Metodologia:

A metodologia a ser utilizada no desenvolvimento do presente Plano de

Aula prevê a utilização de uma Ficha de Diagnóstico Inicial, (ANEXO I)

instrumento que norteará a implementação desse estudo.

Serão adotadas práticas didáticas, como: apresentação de vídeos referente

a temática futsal, sua história, surgimento, etapas e realização dos exercícios

básicos do mesmo, os fundamentos técnicos do Futsal.

O objetivo da apresentação de vídeos é levar o aluno a assimilar e rever

os conhecimentos prévios sobre o futsal.

Após a apresentação do conteúdo, será aplicada na prática toda a teoria

estudada, uma vez que ambas são indissociáveis, num processo interativo,

contextualizando o objeto de estudo às vistas da realidade em que o colégio,

professora e alunos estão inseridos, valorizando o esporte como conhecimento

cultural humano. Como possibilidades efetivas, o retorno dos alunos ao prazer em

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realizar movimentos da cultura corporal e a consciência dos benefícios de uma

boa condição física para uma melhor qualidade de vida.

Nas aulas práticas serão aplicadas as seguintes técnicas e habilidades e

do futsal:

� Condução de bola;

� Passe;

� Chute a gol;

� Domínio de bola;

� Drible

Antes de iniciar as atividades, em cada aula haverá primeiramente um

aquecimento, depois os alunos terão a oportunidade de mostrar o que

aprenderam com o vídeo e melhorar seus conhecimentos com as técnicas

aplicadas pelo professor.

Para alcançar os objetivos propostos, essas aulas devem:

- Proporcionar aos alunos situações nas quais eles sejam capazes

de aplicar as regras, reelaborar conceitos e idéias, numa atuação consciente e

crítica, promovendo aprendizagens significativamente construídas;

- possibilitar situações para vivências de movimentos corporais de

várias formas, para que os alunos reflitam sobre suas ações, compreendendo a

sua utilização e identificando-os nas diversas tarefas cotidianas;

- privilegiar a participação, a solidariedade, a cooperação e o

conhecimento cultural humano de uma forma dinâmica e interativa;

- possibilitar, por meio das diversas situações propostas nas aulas, a

compreensão das razões das vivências das manifestações culturais presentes

nos esportes e sua evolução dentro de um contexto social e político humano;

- levar os alunos a identificar as ações motoras que acontecem na

medida em que as vivenciam durante as aulas;

- favorecer, no decorrer das ações e atividades propostas, a

ampliação dos conhecimentos anteriores sobre o movimentar-se que o aluno

possui, para que contribua na construção de novos conceitos corporais

construídos e vividos intensamente, percebendo-se como um corpo em

movimento e com possibilidades diferentes de ação;

- planejar e organizar as ações docentes dentro do processo de

ensino e aprendizagem priorizando a aprendizagem como direito do aluno para

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possibilitar que o mesmo construa esquemas de ação e consequentemente tenha

consciência de sua corporeidade de uma forma saudável.

Para ampliarmos o entendimento acerca da temática futsal,

buscamos nos autores: Teixeira (1995), Ferreira (2002) e Bregolato (2003)

exercícios e fundamentos do futsal.

4. Critérios de Avaliação:

• Diagnóstico sobre o conhecimento prévio;

• Participaço nas atividades seguidas de reflexões sobre o conteúdo;

• Apresentação da pesquisa;

• Exposição teórica e prática sobre o futsal e suas regras.

Após cada conteúdo selecionado, preparar a aula do dia, só assim é

possível, de acordo com a Declaração de Salamanca (1994), aferir a capacidade

do aluno de expressar-se pela linguagem escrita e falada, sobre a sistematização

dos conhecimentos.

Porém os conteúdos devem ser selecionados e após a execução dos

mesmos, as aulas devem ser observadas cautelosamente e de forma justa, nas

três dimensões:

� Atitudinal – normas, valores e atitudes; respeitar e valorizar as

normas de convivência e as regras construídas e estabelecidas

para os jogos reduzidos e pré-desportivos, (ANEXO II, ANEXO III)

� Conceitual – fatos e conceitos próprios; conhecer os conceitos de

evolução tática, física e técnicas e as regras no futsal, (ANEXOIV).

� Procedimental – ligados ao fazer; executar as habilidades básicas do

futsal: condução de bola, passe, controle de bola, chute a gol,

domínio e drible, (ANEXO V)

Após a realização dos conteúdos, realizar-se-á o preenchimento das

fichas avaliativas. Apresentamos algumas sugestões de Instrumentos Avaliativos:

• Fichas de registros das observações;

• Discussões coletivas;

• Auto-avaliação;

• Provas, pesquisas, relatórios;

• Ficha de avaliação;

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• Ficha diagnóstico inicial;

• Ficha de registro individual de acompanhamento das aulas de educação

física;

• Ficha individual de auto avaliação.

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FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO FUTSAL

1. Condução de bola:

Segundo Ferreira, (2002 p, 39), condução é a ação de progredir coma

bola por todos os espaços possíveis do jogo.

A bola deve ser conduzida com o lado externo do pé, colocada ao lado do

corpo sempre em posição de chute. A figura 1, Teixeira (1995) mostra como

proceder a condução de bola:

Fonte: TEIXEIRA, 1995, p. 245

2. Passe:

De acordo com a definição de Bregolato (2003, p. 146) passe é a ação de

passar a bola a um companheiro de equipe.

O tipo de passe mais recomendado para o futsal é o passe chapa,

realizado com o lado interno do pé, conforme mostra a figura 2, Teixeira (1995)

Fonte: TEIXEIRA, 1995, p. 246

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Vejamos agora outros exemplos de exercícios de passe:

• Passe livre com a bola parada;

• Com a face interna do pé;

• Com a face externa do pé;

• Com o peito do pé;

• Em movimento, durante a condução de bola;

• Variando a distância (curta, média e longa);

• Variando a trajetória (rasteiro, alto);

• Alternando pé direito e pé esquerdo.

3. Finalização:

A finalização, também conhecida por chute, é definida por Ferreira, (2002,

p. 52) como a ação de golpear a bola, visando desviar ou dar trajetória à mesma,

estando ela parada ou em movimento.

O chute a gol no Futsal é executado com a ponta do tênis, de bico. O chute

de peito do pé é recomendado para uma melhor direção da bola ao gol.

3.1 Chute de ponta ou de bico:

É um chute característico do futebol de salão pela sua precisão e rapidez.

Vejamos a figura 3, Teixeira (1995).

Fonte: TEIXEIRA, 1995, p. 246

3.2 Chute na corrida após tabela com o companheiro:

Ao receber um passe ou tabela, para finalização, os chutes deverão ser

desferidos de primeira, isto é, sem domínio de bola, observando-se as posições

de equilíbrio e do joelho e o toque deverá ser feito na parte média superior da

bola, conforme ilustra a figura 4, Teixeira (1995):

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Fonte: TEIXEIRA, 1995, p. 246

4. Domínio de bola

Também conhecido por recepção, é definido por Ferreira (2002, p. 29),

com a ação de interromper a trajetória da bola vinda de passes ou arremessos.

Ainda segundo o autor, a boa recepção agiliza o jogo, junto com o passe

constitui um dos principais elementos do jogo e para efetuá-la é importante estar

em condição de passar ou finalizar.

Diferente do futebol é realizado na maioria das vezes com a sola do pé.

Porém também pode ser usados em diferentes partes do corpo, como: cabeça,

peito e joelho, conforme mostra a figura 5, Teixeira (1995):

Fonte: TEIXEIRA, 1995, p. 245

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5. Drible

A definição de Ferreira (2002, p. 46) para drible é a ação individual,

exercida com a posse da bola, visando ludibriar, um oponente tentando

ultrapassá-lo.

O drible é feito com posse de bola. Quem dribla, procura, com bola,

passar por um adversário. Esse "passar pelo adversário" exigirá, algumas vezes,

velocidade, outras apenas mudança de direção, outras, criatividade, ginga e

outras ainda, todas estas coisas simultaneamente.

Entretanto, uma coisa é certa: o que dificulta a habilidade de marcar é a

perda do equilíbrio. Logo, o drible eficaz é aquele que provoca no outro o

desequilíbrio. Vejamos na figura 6, a reprodução do drible, Martins (2007):

Fonte: Martins, 2007 Disponível em: http://martinscarlos.blogspot.com

Após a realização e aprendizagem destes exercícios básicos para o

futsal, o professor fará uma atividade, onde os alunos poderão mostrar as

técnicas e habilidades aprendidas durante a realização das aulas. O professor

utilizará as fichas avaliativas que se encontram em anexo, para avaliar o

desempenho de cada um de seus alunos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após as aplicações dos questionários de investigação a realizar-se com

os alunos da 8ª série A do Ensino Fundamental matutino, será feito um

levantamento dialógico entre os alunos que devem se reunir em pequenos grupos

para a apresentação dos conteúdos relacionando teoria e prática nas aulas de

Educação Física.

Depois terão acesso a um vídeo onde será feita toda a contextualização

da unidade com visualização de outros vídeos, o que favorecerá a aplicação na

sua prática seguida de avaliação formativa, verificando e informando sobre o

progresso do aluno no decorrer do processo ensino-aprendizagem e, por fim, será

feita uma verificação da assimilação do conteúdo pelo aluno através de uma

avaliação somativa, qualitativa, ocorrendo assim a somatória de todas as

atividades avaliativas realizadas ao final de cada unidade trabalhada.

Ao então será possível perceber se realmente houve uma assimilação do

conhecimento, quando o aluno transforma e se emancipa para opinar na

sociedade.

Lembramos que esta unidade didática serve como um exemplo para o

profissional de Educação Física, e em relação às Fichas Avaliativas, o mesmo

tem autonomia para adequá-la de acordo com a realidade de sua escola e seus

alunos, de forma a obter um resultado satisfatório.

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REFERÊNCIAS

BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal do Esporte. Coleção Educação Física Escolar: no princípio de totalidade e na concepção histórico-crítica-social. São Paulo: SP. Ícone Editora Ltda. 2003. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física . São Paulo: Cortez, 1992. DARIDO, Cristina Suraya. JUNIOR, Osmar Moreira de Souza. Para Ensinar Educação Física: Possibilidades de Intervenção na Escola. Campinas: SP. Papirus Editora. 2007. FERREIRA, Ricardo Lucena. Futsal e a iniciação. Rio de Janeiro: 6 edição: Sprint, 2002. GADOTTI, M. Avaliação educacional e Projeto Político Pedagógico in : SEMINÁRIO INTERNACIONAL ITINERANTE DE EDUCADORES I, 1999 Alegrete e Uruguaiana. GORLA, José Irineu. Educação Física Adaptada o passo a passo da avaliação. São Paulo: Phorte editora. 2008. KUNZ, Elenor. Transformação Didático-pedagógica . 6 ed. Ijuí RS: Ed. Unijuí. 2004.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática . São Paulo: Cortez. 1991.

LUCKESI, Cipriano Carlos. A Avaliação da aprendizagem escolar . São Paulo: Cortez, 1995. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação Físic a para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2008. SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1985. SILVA, Pedro Antonio da. 3000 Exercícios e Jogos para Educação Física Escola r. Volume 3. Rio de Janeiro. Sprint Ltda. 2003. SOARES, Carmen Lúcia; TAFFAREL, Celi Nelza Zulke; VARJAL, Maria Elizabeth Medicis Pinto; CASTELLANI FILHO, Lino; ESCOBAR, Micheli Ortega; BRACHT, Valter. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1993. TEIXEIRA, Hudson Ventura. Educação Física e Desportos. São Paulo. Saraiva, 1995. www.boletimef.org. Acesso em 19/02/2011 http://www.ensinodominical.com.br/avaliacao-e-aprendizagem. Acesso em: 19/02/11. http://martinscarlos.blogspot.com. Acesso em: 05/08/2011.

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ANEXOS

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ANEXO I

FICHA DE DIAGNÓSTICO INICIAL

Recomendação: Este questionário servirá para você relatar como foi esse

processo de avaliação e também para nortear o trabalho que será realizado neste ano

(2011) na nossa disciplina.

Solicito que seja o mais claro e objetivo possível.

1 ‐ No(s) ano(s) anterior(s) através de quais instrumentos você foi avaliado na

disciplina de Educação Física?

( ) provas práticas ( ) provas teóricas ( ) participação nas aulas

( ) apresentações de trabalhos ( ) fichas ( ) pesquisa

( ) outras Quais?______________________________________________

2 ‐ Nas avaliações realizadas você pode demonstrar exatamente o que aprendeu?

( ) SEMPRE ( ) QUASE SEMPRE ( ) NUNCA

3 ‐ Depois das avaliações realizadas os conteúdos não aprendidos foram

retomados pelo professor?

( ) SEMPRE ( ) QUASE SEMPRE ( ) NUNCA

De que maneira foi feito?________________________________________

4 ‐ Após as aulas há momentos de discussão sobre os estudos feitos?

( ) SEMPRE ( ) QUASE SEMPRE ( ) NUNCA

5 ‐ Há momentos específicos para avaliação?

( ) SEMPRE ( ) QUASE SEMPRE ( ) NUNCA

6 ‐ Você pode informar em que momentos?

( ) Após cada atividade ( ) No meio do bimestre ( ) No final do bimestre

7 ‐ Para você qual a melhor forma de ser avaliado em Educação Física?

( ) provas práticas ( ) provas teóricas ( ) participação nas aulas

( ) apresentações de trabalhos ( ) fichas ( ) pesquisa

( ) outras Quais?_______________________________________________

8 ‐ Você gosta das aulas de Educação Física? Por quê?

____________________________________________________________

9 ‐ O que mais lhe chama atenção nas aulas de Educação Física? Justifique sua

resposta.

____________________________________________________________

10 ‐ O que você acha de ter nas aulas de Educação Física JOGOS

COOPERATIVOS?

____________________________________________________________

Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1546-6.pdf

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ANEXO II

FICHA DE AVALIAÇÃO DA DIMENSÃO ATITUDINAL (respeito,

participação, cooperação, assiduidade) proposta por Mendes (2008).

• - Participa ativamente nas aulas de E. F.?

( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]

• - Mostra-se interessado em aprender os diversos conteúdos da E. F.?

( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) às vezes [0,4] ( ) nunca [00]

• - Demonstra atitudes de respeito para com o professor?

( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) às vezes [0,4] ( ) nunca [00]

• - Coopera com os colegas durante a realização das atividades?

( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) às vezes [0,4] ( ) nunca [00]

• - Cumpre os horários de chegada e saída das aulas?

( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) às vezes [0,4] ( ) nunca [00]

• - Apresenta-se para a aula trajado adequadamente para a prática?

( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) às vezes [0,4] ( ) nunca [00]

• - Durante as atividades, de que forma resolve os atritos ou perdas?

( ) com violência física [00] ( ) com violência moral/reclamações [0,3] ( ) com

diálogo [1,0]

• - Possui atitudes discriminatórias em relação aos menos habilidosos, ou obesos ou de

etnias e gêneros diferentes?

( ) sempre [0,0] ( ) na maioria das vezes [0,4] ( ) às vezes [0,8] ( ) nunca [1,0]

• - Colabora no cuidado e preservação do material de E. F?

( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) às vezes [0,4] ( ) nunca [00]

• - Coopera com o professor durante a realização e na organização das atividades?

( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) às vezes [0,4] ( ) nunca [00]

Recomendação: Os dados podem ser coletados em duas etapas, primeiramente

os alunos são orientados para preencher a ficha para avaliar a dimensão atitudinal como:

respeito, participação, cooperação e assiduidade, segundo a proposta de Mendes (2008),

porém o questionário apresentado aos alunos não deve ter os valores junto às respostas.

Os alunos respondem às questões e, em seguida os resultados devem ser transcritos e

comparados com os valores da ficha de avaliação atitudinal.

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ANEXO III

FICHA DE REGISTRO INDIVIDUAL DE ACOMPANHAMENTO NAS

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

2 ‐ ASPECTOS ATITUDINAIS ‐ ATITUDES

Legenda: 1 sempre 2 às vezes 3 nunca

Aluno (a):______________________________________________________

Série_______turma______ Ano __________

CONTEUDOS

DATA

1‐ Aprecia a atividade física

participativa.

2‐Auxilia os outros (solidariedade)

3‐Problemas de relacionamentos

com os outros

4‐Competitivo ao extremo

5‐Respeita as regras

6‐Cuida dos materiais

7‐Responsável‐comprometido

8‐Distraído – passivo

9‐Aceita sugestões para melhorar

10‐Pouco resistente ao fracasso

11‐Consegue sentar e ouvir

12‐Espírito de equipe

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13‐Persistente

14‐ Respeita as diferenças entre

seus colegas

Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1546-6.pdf

ANEXO IV

FICHA DE REGISTRO INDIVIDUAL DE ACOMPANHAMENTO NAS

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

1‐ ASPECTO CONCEITUAL (CONHECIMENTO)

Legenda: 1 sempre; 2 às vezes; 3 nunca

Aluno (a):______________________________________________________

Série_______turma______ Ano _____________

CONTEUDOS

DATA

1‐Demonstra conhecimento

sobre o conteúdo trabalhado

2‐ Expõem (oral ou por escrito)

o que aprendeu

3‐ Usa o conteúdo aprendido

em situações problemas

4‐Utiliza os conteúdos

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trabalhados em situações do

cotidiano

5‐ É capaz de participar de

debates, seminários, trabalhos

em grupo e em diálogos entre

alunos e professores

Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1546-6.pdf

ANEXO V

FICHA DE REGISTRO INDIVIDUAL DE ACOMPANHAMENTO NAS

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

3 ‐‐‐‐ ASPECTO PROCEDIMENTAL ‐‐‐‐ HABILIDADES

Recomendação: Observar os progressos individuais dos alunos sempre

comparando o seu resultado consigo próprio.

Legenda: sempre 2 às vezes 3 nunca

Aluno (a):______________________________________________________

Série_______turma______ Ano ___________

CONTEUDOS

DATA

1‐Executa os movimentos da

modalidade trabalhada

2‐Consegue realizar com

habilidade os

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movimentos trabalhados

3‐ É preciso nos movimentos

realizados

4‐ Possui reflexos em movimentos

Realizados

5‐Possui harmonia nos

movimentos básicos

6‐Tem facilidade em expressar‐se

Corporalmente

7‐Tem controle e consciência

corporal

8‐Utiliza as estratégias básicas de

jogo

Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1546-6.pdf

ANEXO VI

AUTO - AVALIAÇÃO

As atitudes a serem colocadas para que os alunos se auto-avaliarem são:

(disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2536-

8.pdf?PHPSESSID=2010012708223041

1. Participação ativa na aula;

2. Interesse em aprender os conteúdos;

3. Atitudes de respeito para com o professor;

4. Cooperação com os colegas na realização das atividades;

5. Cumprimento de horários de chegada e de saída;

6. Usa traje adequado durante as aulas;

7. Solução de conflitos ou perdas durante as atividades;

8. Atitudes discriminatórias em relação aos menos habilidosos, obesos, etnia e

gêneros diferentes;

9. Cuidado e preservação do material de Educação Física;

10. Cooperação com o professor na realização e organização das atividades.

Recomendações: As opções de respostas constantes no questionário

identificavam-se sem valores numéricos, porém podem ser percebidas gradualmente

valorativas pela utilização das palavras: sempre, na maioria das vezes, às vezes e nunca.

No entanto, na planilha do professor, onde são computadas as respostas dos alunos,

essas respostas podem ser valoradas nos seguintes valores numéricos: sempre (1,0); na

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maioria das vezes (0,8); às vezes (0,4); e, nunca (00), como exceção na valoração da

questão 8 que trata das atitudes discriminatórias possui os seguintes valores: nunca

(1,0); às vezes (0,8); na maioria das vezes (0,4); e sempre (00).

Como o questionário conta com 10 (dez) questões, o valor máximo a ser

alcançado na avaliação é 10,0 por aluno, assim, a soma de pontos de cada aluno resulta

na sua média e a soma de pontos de todos os alunos resulta na média da turma,

permitindo uma avaliação ampla de cada turma que poderá ser descrita em gráficos.