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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO
LUCIENE DE CASTRO COELHO
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ANSIEDADE EM CANDIDATOS QUE SE
SUBMETEM A PRIMEIRA HABILITAÇÃO, RENOVAÇÃO OU
MUDANÇA DE CATEGORIA
MACEIÓ - AL
2013
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LUCIENE DE CASTRO COELHO
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ANSIEDADE EM CANDIDATOS QUE SE SUBMETEM
A PRIMEIRA HABILITAÇÃO, RENOVAÇÃO OU MUDANÇA DE CATEGORIA
Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof Ms. Alessio Sandro de Oliveira Silva
MACEIÓ - AL
2013
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LUCIENE DE CASTRO COELHO
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ANSIEDADE EM CANDIDATOS QUE SE SUBMETEM
A PRIMEIRA HABILITAÇÃO, RENOVAÇÃO OU MUDANÇA DE CATEGORIA
Monografia apresentada à Universidade
Paulista/UNIP, como parte dos requisitos
necessários para a conclusão do Curso
de Pós-Graduação “Lato Sensu” em
Psicologia do Trânsito.
APROVADO EM ____/____/____
_______________________________________________________
PROF. MS. ALESSIO SANDRO DE OLIVEIRA SILVA
ORIENTADOR:
_______________________________________________________
PROF. DR. LIÉRCIO DE ARAÚJO
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA
BANCA EXAMINADORA
4
DEDICATÓRIA
A meu esposo, pessoa que me incentivou, a todo o momento, a seguir em frente
sem. abaixar a cabeça para os obstáculos e não desistir de meus propósitos e
objetivos
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS que me deu essa oportunidade. Obrigado ao
meu esposo que me motivou e apoiou sempre com muito carinho, aos meus filhos
que me apoiaram mesmo sentindo a minha ausência e aos meus queridos pais e
irmãos pela força e incentivo. E a todos que me ajudaram para que esse trabalho
fosse concluído.
6
“Durante nossa breve existência nesse
mundo, devemos nos ocupar de todos os
esforços para que faça sentido nossa
vida, senão, seremos apenas mais um ser
que um dia existiu nesse mundo.”
(Alexsandro Rego)
7
RESUMO
Ansiedade se define como uma sensação desconfortável de apreensão e
inquietação, seguido de sintomas corporais como taquicardia, sudorese, tremores,
palpitações, mãos frias, dentre outros. O ansioso sente uma sensação de impotência
e ineficácia diante de algum problema que se apresenta, dessa forma ocorre um
aumento na tensão em decorrência do impacto do estímulo, o que aciona as
habituais respostas homeostáticas para a solução dos problemas. A ansiedade é
comum em pessoas que têm excessiva autoconfiança, rigidez e não gostam de se
sentirem expostas, com isso, essas pessoas poderão encontrar mais dificuldades
em algum momento de sua vida, como por exemplo, o processo de obtenção da
CNH. No entanto, estudos relacionados com a ansiedade e o processo de obtenção
da primeira CNH quase não são encontrados na literatura. Diante disso o presente
trabalho teve por objetivo um estudo com pessoas que irão se submeter à obtenção
da primeira habilitação e a quem precisa renovar o documento.
Palavras-chave: Psicologia. Ansiedade. Trânsito. CNH.
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ABSTRACT
Anxiety is defined as an uncomfortable feeling of apprehension and restlessness,
followed by physical symptoms such as tachycardia, sweating, tremors, palpitations,
cold hands, among others. The anxious person feels a sense of helplessness and
ineffectiveness in the face of any problem, so there is an increase in tension due to
the impact of the stimulus, which triggers the usual homeostatic responses to the
solution of problems. Anxiety is common in people who have excessive confidence,
stiffness and do not like to feel exposed, with that, these people may encounter more
difficulties at some point in their lives, such as the process of obtaining the national
driver’s license (CNH). However, studies related to anxiety and the process of
obtaining the first CNH are hardly found in the literature. Therefore this study aimed
to analyze people who will submit themselves to the process of obtaining the first
qualification and who need to renew the document. For this purpose, a questionnaire
was developed with multiple-choice questions on the subject and then was applied
randomly in the city of Marabá, in the Northern state of Para, Brazil. Ten
questionnaires were applied randomly, with no objections to sex or age of the
respondents, and the interviews after the questionnaires were identified with letters
and numbers, thus preserving the identity of participants.
Keywords: Psychology. Anxiety.Transit.CNH.
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico I: Distribuição em porcentagem do sexo dos entrevistados ......................... 29
Gráfico II: Resultados, em porcentagem, dos entrevistados que se
consideram ansiosos. ............................................................................. 30
Gráfico III: Resultados do nível de ansiedade dos candidatos, numa escala
de 0 a 10. ............................................................................................... 31
Gráfico IV: Resultados, em porcentagem, da reação dos candidatos, quanto a
presença da ansiedade. ......................................................................... 32
Gráfico V: Distribuição percentual dos resultados referentes a impaciência no
trânsito. .................................................................................................. 32
Gráfico VI: Resultados em porcentagem da opinião dos candidatos sobre
concordância com a Lei Seca. ............................................................... 34
10
LISTA DE TABELAS
Tabela I: Cabeçalho do questionário aplicado, identificação, sexo, idade,
escolaridade e profissão. .......................................................................... 28
Tabela II - Os Principais motivos para ocorrência de acidentes no transito. ............ 33
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 14
2.1 Ansiedade ......................................................................................................... 14
2.2 Trânsito ............................................................................................................. 18
2.3 Carteira Nacional de Habilitação – CNH ......................................................... 20
2.4 Testes de Avaliação Psicológica Aplicados para Obtenção da CNH .......... 23
2.4.1 Teste Palográfico .......................................................................................... 23
2.4.2 Teste Atenção Concentrada – AC ................................................................ 24
2.4.3 Teste R1 ......................................................................................................... 25
3 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 26
3.1 Ética ................................................................................................................... 26
3.2 Tipo de Pesquisa .............................................................................................. 26
3.3 Universo ............................................................................................................ 26
3.4 Sujeitos da Amostra ......................................................................................... 26
3.5 Instrumentos de Coleta de Dados .................................................................. 27
3.6 Planejamento para Coleta dos Dados ............................................................ 27
3.7 Planejamento para Análise dos Dados ........................................................... 27
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 28
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 36
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37
APÊNDICE ................................................................................................................ 40
ANEXO ..................................................................................................................... 42
12
1 INTRODUÇÃO
Acredita-se que vivências interpessoais e problemas na primeira infância
possam ser importantes causas de ansiedade, caracterizando-se como um estado
emocional que se adquire em consequência de algum ato. Esta é expressa no
organismo como uma sensação de mal-estar psíquico, traduzido por perturbações
somáticas (cardio-respiratórias), opressão e a sensação de ter "nós no estômago e
na garganta", além de um estado geral de hipercontração muscular.
O ansioso se sente em situação de impotência e ineficácia diante de algum
problema que se apresenta, dessa forma ocorre um aumento na tensão em
decorrência do impacto do estímulo, o que aciona as habituais respostas
homeostáticas para a solução dos problemas. Entretanto, esta pessoa tentará
diminuí-la, mas a falta de êxito e a continuação do estímulo estão associadas à
elevação da tensão, e um novo fracasso aumentará ainda mais a ansiedade. De
qualquer forma, a pessoa tende a redefinir o problema, pela renúncia a projetos ou
pela distorção perceptual e, nesse caso, a tensão poderá ser diminuída a um limiar
suportável.
No entanto, no que se refere à relação da ansiedade com a obtenção da
Carteira Nacional de Habilitação - CNH, aponta-se que, de acordo com dados da
Assessoria de Comunicação do Detran de São Paulo em 2006, dos 22.689
candidatos ao exame de CNH, 7.454 se desclassificaram, 13.503 foram aprovados e
1.718 não compareceram. Apesar de o Detran não ter os motivos da reprovação, os
mais comuns são erros bobos ocasionados pela insegurança e ansiedade dos
futuros motoristas. A ansiedade, o medo e a insegurança são comuns em pessoas
que têm excessiva autoconfiança, rigidez e não gostam de se sentirexpostas, o que
pode vir a dificultar o processo para obtenção da CNH.
Diante disso a presente pesquisa propôs um estudo com candidatos que irão
se submeter à obtenção da primeira habilitação e a quem precisa renovar o
documento. O questionário foi aplicado de forma randômica na cidade de Marabá,
estado do Pará, Brasil. Foram aplicados 10 questionários aleatoriamente, não foi
feita objeções de sexo ou idade dos entrevistados. Após as entrevistas os
questionários foram identificados com letras e números, preservando-se assim a
identidade dos participantes. Os resultados foram mostrados em forma de tabelas e
13
gráficos, usando-se o programa Microsoft Excel 2007. O número de homens e
mulheres foi o mesmo, as idades e profissões variaram muito. Dos participantes
apenas 30% se consideram ansiosos e 40% deles se dizem inquietos quando se
sentem ansiados. Já no quesito de impacientes 60% reconheceram ser, às vezes,
impacientes nos trânsito. Todos concordam com a lei seca e a consideram uma
medida importante.
14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com Detran 2010, três em cada dez candidatos são reprovados
nas avaliações práticas para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação - CNH.
Acredita-se que seja por causa de um coquetel de medos e pressões associados a
uma avaliação que tem ganhado mais rigor nos últimos anos nas escolas habilitadas
para obtenção da CNH.
Um novo código de Trânsito Brasileiro (CTB, 2012), em vigor há 12 anos,
obriga todo candidato que pretende tirar a CNH a passar por um Centro de
Formação de Condutores, precisando de no mínimo 30 horas/aula de teoria e 15
horas/aula de prática.
Mas mesmo assim com tantas formas para obter a CNH, ainda ocorrem
muitas reprovações, nos dias de hoje existem vários estudos em que se associam à
ansiedade com outras variáveis múltiplas e diversificadas.
No entanto, estudos relacionados com a ansiedade do candidato no processo
de obtenção da primeira CNH quase não são encontrados na literatura em relação à
Psicologia do Trânsito para uma Avaliação Psicológica.
Para tanto, testes psicológicos são empregados como instrumentos
integrantes de um processo mais amplo – Avaliação Psicológica – utilizados em
conjunto com outras técnicas, como a entrevista psicológica, a observação do
comportamento, dinâmica de grupo, entre outras.
Em relação à Avaliação Psicológica, na área do trânsito, os testes
psicológicos são as ferramentas mais utilizadas para auxiliar nas informações
fornecidas pelo candidato de forma sistemática, científica, orientada para a
resolução de problemas, confiáveis para o resultado do psicólogo perito e revelam
se o paciente sofre de ansiedade (ANASTASI & URBINA, 2000; CRONBACH, 1996;
CUNHA, 1993; NORONHA & BAPTISTA, 2007).
2.1 Ansiedade
A etimologiada palavra ansiedade provém do termo grego Anshein, tendo
como significado "estrangular, sufocar, oprimir". Este termo esta relacionado com
angústia, origina-se do latim, onde angor significa "opressão" ou "falta de ar", e
angerequer dizer "causarpânico". Essas palavras latinas são derivadas da raiz indo-
15
germânica Angh, indicandoestreitamento ou constrição. Esses termos são
referentes, metaforicamente, à experiência subjetiva característica da ansiedade
(PsicoBio, 2013).
Ansiedade é definida como uma sensação desconfortável de apreensão e
inquietação, seguido de sintomas corporais como taquicardia, sudorese, tremores,
palpitações, mãos frias, dentre outros. Trata-se de um sinal de alerta que serve para
avisar sobre um perigo iminente, podendo ser uma resposta normal ou patológica,
dependendo de sua intensidade e duração (OMS, 2012).
Para Mestre & Corassa (2000) a ansiedade excessiva deixa o indivíduo
dissonante, tenso e confuso, levando-o à percepção de que sua existência não tem
finalidade.
Os principais sintomas sentidos que a ansiedade se apresenta através de
alguns comportamentos físicos e psicológicos.
Às variações encontradas em diferentes formas de intervenção propostas
para tratamento de ansiedade, podendo ser visto que, em última instância, as
intervenções estarão voltadas para a dimensão fisiológica, e ela parece ser
considerada como uma variável dependente na qual se observam os efeitos após
manipulações nas contingências ambientais ou nos aspectos operantes verbais
envolvidos. Assim, mesmo quando se enfatizam aspectos operantes não verbais ou
mesmo verbais, a ênfase recai sobre intervenções que sejam capazes de provocar
uma diminuição de frequência, intensidade ou duração dos sintomas físicos
característicos da ansiedade. Desta maneira, estudos relacionados ao
comportamento demonstra a necessidade de estudos conceituais e empíricos mais
sistematizados nos quais outras medidas devam ser levadas em conta ao garantir a
efetividade ou não de uma intervenção clínica comportamental- palidez tendo em
vista os sintomas mais expressos por uma pessoa ansiosa, como em exemplo a
seguir (COÊLHO, 2006).
- tensão muscular;
- alterações digestivas;
- alteração do sono;
- alteração da função sexual;
- mudança de peso;
- dermatoses;
- baixa resistência a infecções;
16
- quadros alérgicos;
- queda de cabelos.
Quando se trata de comportamentos psicológicos no que tange à ansiedade,
enquanto conceito psicológico.Segundo Pessotti (1978) “a evolução cultural impõe a
cada período histórico um dado conceito dominante de ansiedade, seja ele clínico ou
filosófico ou filosófico-clínico”.Para Friman, Hayes e Wilson (1998) essa imprecisão
terminológica quanto ao conceito, tanto da ansiedade quanto de qualquer outro
sentimento, seria favorecidapelo constante uso de metáforas, o que acaba por
dificultar a construção de definições e explicações mais claras dos fenômenos
correspondentes. Diante destas divergências de pensamentos torna-se clara o tão
obscuro fica o pensamento de uma pessoa ansiosa, ou que passa por momentos de
anseio, dentre estes comportamentos os mais comuns são:
- tendência para autoritarismo;
- sentimento de perseguição;
- aumento de consumo de álcool, cigarro e drogas;
- isolamento e introspecção;
- queda da eficiência;
- irritabilidade;
- desmotivação;
- queda da capacidade de concentração e organização;
- depressão;
- sensação de incompetência.
O ansioso sente uma sensação de impotência e ineficácia diante de algum
problema que se apresenta, dessa forma ocorre um aumento na tensão em
decorrência do impacto do estímulo, o que aciona as habituais respostas
homeostáticas para a solução dos problemas. Entretanto, o mesmo tentará diminuí-
la, mas a falta de êxito e a continuação do estímulo estão associadas à elevação da
tensão, e um novo fracasso aumentará ainda mais a ansiedade. De qualquer forma,
a pessoa tende a redefinir o problema, pela renúncia a projetos ou pela distorção
perceptual e, nesse caso, a tensão poderá ser diminuída a um limiar suportável
(CAPLAN, 1982).
A avaliação psicológica visa à medição de fenômenos e de processos
psicológicos por meio de procedimentos sustentados por pressupostos teóricos,
17
sendo que utiliza, para tanto, instrumentos científicos como auxílio à tomada de
decisões.
A carência existente na área de pesquisas e publicações realizadas com
bases científicas, que visem o estabelecimento de evidências de validade das
técnicas utilizadas pelos psicólogos. Pretendendo com eles proporcionar uma
contribuição para o campo da Psicologia do Trânsito e para a avaliação dos
condutores junto ao DENATRAN.
Para tanto a necessidade de pesquisas nesta área baseia-se na procura por
um aumento de segurança no trânsito, que caracteriza um problema social, já que
os acidentes causados por falha humana no transito representam uma das principais
causas de mortes no Brasil (ALCHIERI, 2003; DENATRAN, 2005).
A relação de ansiedade e o medo de dirigir sugerem sentimentos e
pensamentos múltiplos relacionados, com o ato de dirigir em si, e também com fatos
diversos: como o ato de guiar, ou seja, dar conta de um sistema complexo - articular
o interno do veículo com o externo, como o trânsito, propriamente dito, como evitar
acidentes, como evitar que o carro trave ou volte na rampa, como saber a dimensão
do veículo, sabendo se há espaço suficiente entre um carro e outro, como fazer
parte de trânsito sem “atrapalhar”, como estacionar o carro, qual a importância que o
sujeito dá para o quê os outros pensam de seu desempenho no trânsito e como
evitar que o carro apague, essas são algumas das perguntas que motoristas
ansiosos se fazem, diante de uma situação que lhes causam medo (COPETTI,
2011).
O Centro de Psicologia Especializado em Medos (CPEM), que fica na cidade
de Curitiba e faz, há mais de 10 anos, atendimentos a pessoas com medo dirigir,
sugere, através da prática de atendimento clínico, que esse sentimento de medo,
tanto pode ser classificado como um medo do desconhecido, da falta de habilidade
de guiar um carro até como uma fobia simples; também pode estar associado a um
quadro de ansiedade social.
Segundo Neuza Corassa, do CPEM, foi registrando um padrão típico do
comportamento: das pessoas que procuram o CPEM com esse obstáculo, 80% já
têm a carteira de habilitação e/ou automóvel. Diz a autora, que são pessoas que já
foram ao órgão competente, já estão habilitadas para enfrentar o trânsito, mas dizem
não a si mesmas. Por isso, prepararam-se para uma dificuldade maior; mesmo que
18
outros as aprovem, elas continuam achando-se incapazes. São pessoas que fazem
ou já fizeram coisas mais difíceis do que simplesmente dirigir.
2.2 Trânsito
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) possui quatorze anos como um
instrumento atual, a modernidade deriva da vinculação aos preceitos estabelecidos
na Constituição Federal sempre inovando e cuja efetividade depende do
comprometimento de todos e todas, para diminuir o trânsito no Brasil de ostentar
níveis estatísticos elevados de acidentes, de transgressão das normas de circulação
e de inobservância de cuidados básicos com a segurança pessoal e veicular (CTB,
2013).
As leis de trânsito chama a atençãodos brasileiros cada vez mais no que
tange o interesse da sociedade, uma vez que essas estão sendo cada vez mais
rígidas e caras. Os condutores possuem todas as idades (no Brasil a permissão é
acima de 18 anos) de veículos e cidadãos em geral, procuram atualizar-se no
conhecimento do CTB e na sua regulamentação, seja como um meio para
desenvolver comportamentos seguros no trânsito, ou para reivindicar de todos os
agentes de caráter públicos ouprivados, com responsabilidade sobre a segurança da
via e dos veículos, atenção à aplicação dos seus dispositivos (CTB, 2013).
O trânsito é a utilização das vias como ruas, avenidas, rodovias, estradas etc.
por veículos motorizados, veículos não motorizados, pedestres e animais, para fins
de circulação, parada ou estacionamento. Essas vias são sinalizadas com placas de
trânsito que servem como modo de informação, sinalização que irá fornecer
informações de velocidade, localização, periculosidade, dentre outras milhares de
informações.
Diante desse conceito e do crescimento de veículos, foram criadas as
chamadas “Leis de trânsito" e também as placas de sinalização que contribuem para
aplicação das leis e para uma melhor condição de tráfegos de veículos e pedestres,
que regem o tráfego e regulamentam os veículos, enquanto que leis da estrada são
tanto as leis quanto as regras informais que se desenvolveram ao longo do tempo
para facilitar e ordenar o fluxo preciso do trânsito (VASCONCELOS, 1985).
O trânsito trata-se de um ambiente artificial, que foi criado para suprir as
necessidades sociais e técnicas do desenvolvimento humano, a qual decorre de
19
implicações sobre o meio ambiente comportamental. Tendo umaexposição
permanente a várias situações no ato de transitar que, por sua vez, exige dos
indivíduos a tomada de decisões (VIECILI, 2003).
Para tanto, segundo Viecili 2003, “É necessário decidir se: deve-se reduzir
acelerar ou parar frente a uma sinaleira; se o espaço entre dois carros é suficiente
para atravessar a via; se o pedestre deve esperar ou correr; entre outros”. Neste
caso, são decisões que conduzirão à resolução da situação em que o indivíduo se
encontra. Neste caso a vivência das situações geradas pelo ato de transitar é
despertada em um determinado nível de ansiedade nos indivíduos, que varia de
acordo com cada um, em virtude de um sentimento de perigo despertado pelas
circunstâncias do percurso, do veículo ou do homem.
A violência no trânsito está relacionada ao que sente e expressa o motorista,
sendo que estes sentimentos irão influenciar diretamente no comportamento que o
individuo poderá apresentar. Se, em estado de ansiedade o sujeito se sente
ameaçado, seu instinto de defesa pode vir à tona. Sabe-se que a violência não seria
uma boa resposta em um momento de estresse, mas sintomas de agitação,
impulsividade e inquietação pode ser a chave que desencadearia uma discussão e,
mais tardar, um briga ou até mesmo incidente mais grave como à morte, como se vê
nos noticiários de cidades grandes e pequenas espalhadas pelo Brasil.
Esses sentimentos estão relacionados com a adrenalina que é um hormônio
simpaticomimético e neurotransmissor, derivado da modificação de um aminoácido
aromático, secretado pelas glândulas suprarrenais, assim chamadas por estarem
acima dos rins. Em momentos de "stress", as suprarrenais secretam quantidades
abundantes deste hormônio que prepara o organismo para grandes esforços físicos,
estimula ocoração, eleva a tensão arterial, relaxando certosmúsculose contraindo
outros (InfoEscola, 2013).
As escolas de habilitação tendem a investir nas áreas de psicologia dos novos
e já antigos motoristas umas vez que o numero de veículos no país tende a
aumentar a cada ano, amentado também tempos de espera em engarrafamentos,
dificuldades de estacionar e consequentemente o estres d individuo, para se ter uma
ideia desse aumento uma pesquisa feita no ano de 2012 mostrou que Brasil era o
quarto maior mercado automobilístico do mundo e, segundo as projeções, deverá
chegar, em 2015, aos 46,5 milhões de veículos e 15,5 milhões de motocicletas. A
20
habilitação para dirigir é uma necessidade inerente aos dias de hoje, seja para
motoristas profissionais ou não (ANDRADE, 2012).
2.3 Carteira Nacional de Habilitação – CNH
Carteira Nacional de Habilitação – simplesmente conhecida como a sua
própria abreviação CNHou carta/carteira de motorista, carta/carteira de habilitação
ou ainda carta, carteira ou habilitação – é o nome dado ao documento oficial que, no
Brasil, atesta a aptidão de um cidadão para conduzir veículos automotores
terrestres. Portanto, seu porte é obrigatório ao condutor de qualquer veículo desse
tipo.
A CNH atual contém fotografia, os números dos principais documentos do
condutor, entre outras informações (como a necessidade de uso de lentes
corretivas, por exemplo), podendo ser utilizada como documento de identidade no
Brasil, não sendo válida como identidade em território internacional, tal como as
carteiras de identificação do(a) Concelho Regional de Engenharia e Agricultura -
CREA, Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, Concelho Regional de Farmácia -
CFA, Concelho Regional de Medicina - CRM, etc.
No entanto, o que se refere à relação da ansiedade com a obtenção da
Carteira Nacional de Habilitação - CNH, aponta, que de acordo com dados da
Assessoria de Comunicação do Detran de São Paulo em 2006, que dos 22.689
candidatos ao exame de CNH, 7.454 desclassificaram, 13.503 foram aprovados e
1.718 não compareceram.
Apesar de que o Detran não tenha os motivos da reprovação, os mais
comuns são erros bobos ocasionados pela insegurança e ansiedade dos futuros
motoristas. A ansiedade, o medo e a insegurança são comuns em pessoas que têm
excessiva autocobrança, rigidez e não gostam de se sentirem expostas, o que pode
vir a dificultar o processo, para obtenção da CNH (DETRAN-SP, 2013).
De acordo com Detran2010, de três em cada dez candidatos que são
reprovados nas avaliações práticas, acredita-se que seja por causa de um coquetel
de medos e pressões associados a uma avaliação que tem ganhado mais rigor nos
últimos anos.
Um novo código de Trânsito Brasileiro (CTB, 2012), em vigor há 12 anos,
obriga todo candidato que pretende tirar a CNH a passar por um Centro de
21
Formação de Condutores, precisando de no mínimo 30 horas/aulas teóricas e 15
horas/aula práticas.
No Brasil a CNH é dividida em categorias para distinguir os diferentes tipos de
veículos. As categorias são representadas por letras e essas letras irão vir juntas na
sua carteira de motorista, sendo essa que irá representar o tipo de habilitação que o
indivíduo tem (DETRAN-MT, 2013).
A CNH permite a autorização após a aprovação nos exames necessário e
obrigatórios de conduzir veículos pelo período de um ano, após esse tempo, desde
que na haja nenhuma infração grave ou gravíssima e nem seja reincidente em
infração média, será conferida a você a Carteira Nacional deHabilitação.
Um manual para primeira habilitação de condutores foi criada no ano de 2012
pelo então Senador Clésio Andrade, onde o candidato poderá encontrar esse
manual no site do próprio senador. Neste o condutor brasileiro que pretende obter a
CNH pela primeira vez irá encontrar auxilio no processode obtenção de sua CNH,
além deconhecer a legislação de trânsito e aprender os aspectos teóricose técnicos
da condução de veículos, deve estar preparadas para dividir ruas, avenidas e
estradas com aproximadamente 33 milhões de automóveis, comerciais leves,
caminhões e ônibus e cerca de 11 milhões demotocicletas.
De acordo com a Concelho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das
atribuições legais que lhe confere Art. 12, inciso I e Art. 141, da Lei nº 9.503, de 23
de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o
Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do
Sistema Nacional de Trânsito – SNT; Considerando a necessidade de adequação da
legislação para conferir o direito de recurso aos condutores e candidatos à
habilitação para conduzir veículos automotores, referentes ao exame de aptidão
física e mental e à avaliação psicológica.
Brevemente e de forma bem objetiva, esta sendo discutidas mais adiante
neste trabalho as principais formas de avaliações psicológicas para avaliar a
sanidade dos futuros condutores brasileiros, antecedemos essa com as categorias
para obtenção da CNH, que se divide em cinco tipos de categorias, descritas a
seguir.
a) Categoria A - A categoria do tipo “A” é para obtenção da CNH que dará o direito
do individuo conduzir veículos motorizados de duas ou três rodas, que possuam ou
22
não carro lateral. Exemplos: ciclomotor, motocicleta, motoneta (lambreta, jogging),
triciclo.
O candidato a CNH poderá, ao mesmo tempo, iniciar o processo de habilitação
nas categorias “A” e “B”, realizando somente uma Avaliação Psicológica, um Exame
de Aptidão Física e Mental e um único Exame Teórico-Técnico, desde que seja
considerado apto em todos e realize o exame de direção veicular para cada uma das
categorias.
b) Categoria B – Para veículos motorizados, não abrangidos pela categoria A, cujo
peso bruto total não exceda três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não
exceda oito lugares, excluído o do motorista. Exemplo: veículo de passeio, Towner,
caminhonetes até 3.500kg (Fiorino, F100, Pampa, Chevy, S10), camioneta (Parati,
Blazer, Kombi).
O candidato que seja obter a CNH “C” deverá obrigatoriamente obter a CNH
“B”, sendo que o mesmo deverá tem ao menos um ano de experiência, para obter a
CNH “D” o tempo dobra, indo para dois anos de experiência.
c) Categoria C - Para veículos motorizados, utilizados em transporte de carga, cujo
peso bruto total exceda três mil e quinhentos quilogramas. Exemplo: caminhões não
articulados, trator de roda, trator de esteira, trator misto ou equipamento automotor
destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de
terraplanagem, de construção ou de pavimentação se conduzidas em vias públicas.
Para obter a ultima CNH “E” o candidato deverá obter CNHs B e C sendo que
o mesmo deverá obter no mínimo um ano de experiência em cada categoria, o
mesmo valerá para CNH “D”.
d) Categoria D - Para veículos motorizados que fazem transporte de passageiros,
cuja lotação exceda oito lugares excluídos o motorista. Exemplo: ônibus não
articulado, Van, micro-ônibus, lotação, transporte escolar.
e) Categoria E - Condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se
enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque
ou articulada, tenha seis mil quilogramas ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação
exceda oito lugares, ou ainda, que seja enquadrado na categoria trailer. Exemplo:
caminhões articulados, trailer, ônibus articulado (DENATRAN, 2013).
23
2.4 Testes de Avaliação Psicológica Aplicados para Obtenção da CNH
O trânsito é constituído por aspectos multidisciplinares, sendo assim a
avaliação psicológica passa por transições devendo apresentar enfoques
educacionais, informativos e preventivos, assim como pode ser considerada como
parte do processo de formação do candidato à obtenção da CNH e de uma revisão
periódica das funções mentais do condutor profissional. Sendo assim, os testes
psicológicos são importantes, não apenas sob a perspectiva da seleção/exclusão,
mas como um estágio preparatório na formação do condutor e, parte de uma etapa
preventiva na reciclagem do motorista profissional (TOGLET, 2007).
2.4.1 Teste Palográfico
O teste Palográfico é um teste projetivo de grafismo que requer a avaliação
da personalidade, sendo muito comum e bastante utilizado por psicólogos que
recrutam candidatos para diversos concursos e empresas, também para candidatos
que desejam obter a Carteira Nacional de Habilitação – CNH (COSTA, 2001).
Este teste é baseado na realização de traços (palos) pelo individuo (Figura 7).
No que se refere à sua metodologia e às instruções para aplicação, é importante que
o psicólogo que o aplicará nunca diga que se trata de um teste de personalidade. Ao
candidato, deve-se informar que este é apenas um “teste de resistência” (ALVES,
2002; GOUVEIA et al; 2002).
Sua aplicação é fornecida uma folha sem divisão de linhas, e com margens.
Na mesma haverá três palos na primeira linha e um palo na segunda linha, já
impressos, de altura de 7 mm, que podem ser imitados no decorrer do teste.
Na mesma folha, o candidato deverá riscar com um lápis tantos traços
verticais quanto puder e o mais perfeitos possível, no tempo de 5 minutos. Em cada
minuto será dado o comando em forma de “sinal” pelo psicólogo (aplicador), no qual
o candidato deverá riscar um traço na horizontal, continuando a fazer traços na
vertical (ALVES, 2002; LAMOUNIER& RUEDA, 2005).
24
2.4.2 Teste Atenção Concentrada – AC
A atenção desempenha um papel de extrema importância na vida das
pessoas, uma vez que, a todo o momento, recebemos estímulos de diversas
direções que passam por vários sensores. No entanto essa quantidade de
informação está, muitas vezes, além do que se pode processar. Para tanto o
Psicólogo Suzy Vijande Cambraia criou o um Teste de Atenção Concentrada – AC –
que foi publicado pela Editora Vetor, desde 1967; (CUNHA, 1993).
Esse teste serve como uma ferramenta que objetiva avaliar a capacidade de
se manter a atenção concentrada em uma atividade ou tarefa em um intervalo de
tempo pré-estipulado. Sua aplicação é de fácil avaliação e as instruções iniciais são
simples e diretas, o que confere ao candidato uma boa compreensão do teste. O
teste implica em fazer com que o indivíduo, nas tarefas a serem realizadas ou
ativadas, focalize sua atenção concentrada durante um intervalo maior de tempo.
Deste modo, pode-se avaliar, entre outras coisas, a capacidade de atenção do
candidato (ANASTASI & URBINA, 2000; CRONBACH, 1996).
O exame da aptidão do candidato é importante para os condutores de
veículos automotivos de todos os tipos (em especial os candidatos a primeira CNH),
e em diversas outras atividades, pois é possível afirmar que a atenção está muito
relacionada com a qualidade com que as pessoas executam as tarefas que se
propõem a realizar no seu dia-a-dia.
No Brasil este teste é utilizado em todo país, principalmente para avaliar
pessoas que estão interessadas em obter a Carteira Nacional de Habilitação – CNH,
bem como aquelas que pretendem fazer a mudança de categoria ou a renovação da
carteira (ALVES, 2002; COSTA, 2001).
O uso de exemplos proporciona ao candidato direcionamento para a
realização das tarefas e contribui para a eliminação de possíveis erros ou dúvidas na
compreensão do teste. Todavia, é importante ressaltar que o Teste de Atenção
Concentrada apresenta alguns obstáculos em termos de aplicabilidade. Entre eles
podemos citar: ansiedade do candidato, dificuldades oftalmológicas e dificuldade de
memorização.
Apesar de não podermos descartar estas influências citadas acima nos
resultados, o AC é um teste de valor não muito elevado, em comparação com outros
25
testes de atenção, sendo até mesmo utilizado para outros fins diferentes do da
obtenção da CNH (CRONBACH, 1996).
Além de seu uso por áreas de recrutamento e seleção de recursos humanos,
ele também é aplicado para psicodiagnósticos em geral e se mostra um instrumento
muito utilizado por empresas nos trabalhos de avaliação psicológica adimensionais
(ALVES, 2002).
2.4.3 Teste R1
O teste R1 pode ser incluído entre os vários testes construídos com base na
proposta teórica do fator g, para tanto o mesmo é um instrumento bastante usado
para avaliar pessoas principalmente com baixo nível de escolaridade ou com pouco
conhecimento da língua portuguesa (ALVES, 2002).
Considerando a importância de pesquisas que visem populações como as
referidas, uma vez que estas, assim como outras, necessitam ser submetido à
avaliação da inteligência (primeira CNH), o que justifica a busca por instrumentos
com boa acuidade metrológica (OLIVEIRA, 1973).
Entretanto o pressuposto do teste R1, é esperado que seja unidimensional,
pois se propõe em uma avaliação o fator g da inteligência. Com isso, é necessário
levar em consideração o estudo de Jensen (1998), quando afirma que a quantidade
de variância de g, evidenciada em medidas padronizadas que estão sendo
utilizadas, fica entre 64% e 75%, o que sugere a possibilidade da existência de outra
dimensão.
Importante ressaltar que a unidimensionalidade é uma característica de testes
que medem uma só dimensão psicológica, quando um único traço latente é avaliado
nas respostas. A consistência interna não pode ser considerada como sinônimo de
dimensionalidade, pois, quando a unidimensionalidade é identificada, há,
necessariamente, alta consistência interna, mas o contrário não é verdadeiro. Ao
lado disso, pode também haver testes com alta consistência interna que são
multidimensionais.
26
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Ética
O presente estudo seguiu as exigências éticas e científicas fundamentais
conforme determina o Conselho Nacional de Saúde – CNS nº 196/96 do Decreto nº
93933 de 14 de janeiro de 1987 – a qual determina as diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos: Sendo que a
identidade dos sujeitos da pesquisa segue preservada, conforme apregoa a
Resolução 196/96 do CNS-MS, visto que, não foi necessário identificar-se ao
responder o questionário. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). Foram coletados dados a respeito de comportamento que os
entrevistados adquirem quando se sentem ansiosos diante de algum obstáculo para
que se possa obter maiores informações sobre a população pesquisada.
3.2 Tipo de Pesquisa
Essa pesquisa trata-se de um estudo de campo exploratório-descritivo,
através de um questionário o comportamento de indivíduos que pretendem obter a
primeira habilitação ou renovar a CNH em qualquer categoria, quando se sentem
ansiosos.
3.3 Universo
Esse estudo foi realizado de forma randômica na cidade de Marabá que
possui mais de 240 mil habitantes, segundo senso de pesquisa feita pelo IBGE no
ano de 2012. Marabá está localizada no interior do estado do Pará, que fica na
região norte do Brasil.
3.4 Sujeitos da Amostra
Os sujeitos da amostra não foram primeiramente selecionados, os mesmos
foram convidados para participarem sem que fosse feita distinção de sexo, idade,
27
cor ou escolaridade. Para essa pesquisa foram entrevistado um numero de 10 (dez)
pessoas.
3.5 Instrumentos de Coleta de Dados
Para coletas de dados foi usado um termo de compromisso, no qual o
individuo leu e consentiu sua colaboração. Para tanto foi elaborado um questionário
com perguntas objetivas que levavam a repostas abertas. Composto por um
cabeçalho de identificação e 8 (oito) perguntas de múltiplas escolha. O questionário
foi inteiramente facultativo com perguntas de múltiplas escolhas. Para um melhor
entendimento por parte dos candidatos foi feita uma explicação de todas as
questões aplicadas.
3.6 Planejamento para Coleta dos Dados
A realização dessa pesquisa foi feita durante o mês de maio de 2013. Após
as entrevistas os questionários respondidos foram coletados e arquivados junto com
o termo de compromisso de cada participante. Os dados foram passados para um
computador para analises.
3.7 Planejamento para Análise dos Dados
Todos os questionários e todas as questões foram respondidos pelos
participantes, assim os dados foram analisados e tratados com auxílio do programa
Microsoft Office Excel 2007.
28
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Todos os entrevistados tiveram suas identidades preservadas e informaram
apenas sexo, idade, escolaridade e profissão (tabela I). A escolha do anonimato foi
feita para preservar a identidade e garantir maior sinceridade dos entrevistados nas
respostas. Para tanto, os candidatos foram nomeados com uma letraA seguida do
numero da entrevista, exemplo: a primeira entrevista o voluntário (a)foi nomeado(a)
como A1, a segunda A2, a terceira A3 e assim por diante até o entrevistado (a) A10.
Tabela I: Cabeçalho do questionário aplicado, identificação, sexo, idade, escolaridade e
profissão.
Identificação Sexo M/F Idade Escolaridade CNH Profissão
A1 M 28 7a série _ Armador
A2 F 38 5a série _ Vendedora
A3 F 35 E. F. _ Doméstica
A4 F 48 E. M. _ Comerciante
A5 M 24 E. M. _ Pedreiro
A6 F 37 E. F. _ Comerciante
A7 M 62 E.F. AD Motorista
A8 F 43 Superior AB Enfermeira
A9 M 45 4a série AB Fazendeiro
A10 M 46 4a série AD Motorista
E.F. –Ensino Fundamental, E. M. – Ensino Médio, sexo M/F(masculino/feminino); - não possuem. Fonte: Dados da Pesquisa. Marabá/PA. 2013.
Dentre as dez pessoas que foram entrevistadas 50% são homens e 50% são
mulheres (gráfico I). As idades das mulheres variam entre 35 a 48 anos, entre os
homens a variação foi ainda maior: de 24 a 62. O individuocom menor idade entre
todos os participantes foi o A5 com 24 anos.
No Brasil ambos os sexos podem obter a CNH, sendo que a idade mínima
para obtê-la é de 18 anos. O tempo que se atrasa para obtenção da carteira muita
das vezes está relacionado com a condição financeira do indivíduo no instante em
29
que ele completa a idade permitida. O entrevistado mais velho já havia obtido a CNH
há mais de 20 anos, e estava em fase de renovação da carteira.
Gráfico I: Distribuição em porcentagem do sexo dos entrevistados
Fonte: Dados da Pesquisa. Marabá/PA. 2013.
Dentre todos os candidatos, A7, A8, A9 e A10 já possuíam CNH sendo que
os demais, A1, A2, A3, A4, A5 e A6, ainda estavam na fase de obtenção da primeira
carteira de motorista. Os entrevistados A7 e A10 possuem CNH A e D, ambos são
motoristas de ônibus. Os outros dois entrevistados A8 e A9 possuem CNH A e B.
Os entrevistados que estavam tentando obter a carteira de motorista,
estavam em estágios diferentes e pretendiam habilitações diferentes também. A1,
A3 a A6 estavam tentando a CNH da categoria A, já A2, A4 e A5 pretendiam a
obtenção da carteira da categoria B. Como anteriormente falado, a questão das
idades dos entrevistados variou muito, e outra coisa que nos chamou a atenção foi a
demora na obtenção da CNH bem como na sua renovação, como nos casos de A7 e
A9. Isso se deve as mudanças que ocorreram desde quando eles obtiveram a CNH
e a forma para se obterá habilitação nos dias de hoje.
As abordagens junto a todos os entrevistados foramas mesmas, sem
distinções de idade, sexo ou mesmo a profissão, com questões simples e de múltipla
escolha.
Quanto à primeira pergunta, se o candidato se considera ansioso, as opções
eram: às vezes, sim ou não. Nesta questão 60% dos entrevistados se disseram
ansiosos às vezes, 30% disseram que sim e 20% se afirmaram não serem ansiosos
(gráfico II).
30
Gráfico II: Resultados, em porcentagem, dos entrevistados que se consideram ansiosos.
Fonte: Dados da Pesquisa. Marabá/PA. 2013.
Vários pesquisadores do tema afirmam que os sintomas de ansiedade são
pensamentos negativos e a aflição que surgem diante de determinadas situações,
outros sintomas de ansiedade como medo, agitação, inquietação, inibição e
impulsividade podem fazer com que uma pessoa ansiosa tenha reações
inesperadas diante de algum obstáculo, como é o transito para alguns.
A ansiedade pode ser tratada com uma mudança de atitude do indivíduo,
devendo reconhecer suas limitações e evitar exigir demais de si mesmo. Em Casos
de ansiedade generalizada podem ser tratados com medicamentos receitados por
um médico ou de forma natural com atoma de sucos e chás com propriedades
calmantes (TUA SAÚDE, 2013).
Os entrevistados foram também questionados quanto ao grau de ansiedade
que sentem, e solicitados a quantificar este nível de ansiedade em uma escala
inventada de 0 a 10. Essa forma de questão é muito usada em hospitais públicos
durante a triagem de pacientes, para controlar a necessidade de atendimento de
acordo com a dor que o individuo está sentindo no momento do atendimento.
Nos dados representados no gráfico III, chama atenção a variação na
escolha do nível de ansiedade dos entrevistados. Os entrevistados A4, A9 e A10 se
consideram muito ansiosos, por exemplo. Importante ressaltar que esse resultado
não corresponde a um testepsíquico, mas quando os mesmos foram questionados
31
quanto à avaliação do seu nível de ansiedade se deram notas bastante elevadas,
como 9, 8 e 10 respectivamente.
Gráfico III: Resultados do nível de ansiedade dos candidatos, numa escala de 0 a 10.
Fonte: Dados da Pesquisa. Marabá/PA. 2013.
Mesmo entrevistados que se disseram não ansiosos como A2 e A3, ambos
quantificaram sua ansiedade em um nível 4 na escala até 10, já os demais que se
disseram ansiosos às vezes se classificaram em níveis variados. Nenhum dos
candidatos deixou de quantificar sua ansiedade, sendo que o menor nível foi 4 e o
maior nível foi de 10, nota máxima.
Os sintomas de ansiedade são pensamentos negativos e a aflição que
surgem diante de determinadas situações. Neste trabalho foram selecionados os
tipos de reações mais comuns diante de algum evento que causaria o sintoma de
ansiedade dos entrevistados. Dentre os diversos sintomas, essa pesquisa deu
enfoque em: agitação, medo, inquietação, impulsividade e inquietação. Diante de um
stress no trânsito, os entrevistados se disseram ser mais inquietos (40% dos
entrevistados), como mostra no gráfico a seguir,sendo que 30% disseram sentir
medo, 30% responderam que se sentem agitados, e 10% se disseram impulsivos,
conforme demonstram os resultados apresentados no gráfico IV. Nenhum dos
entrevistados declarou sentimento de inibição de acordo com a pesquisa.
32
Gráfico IV: Resultados, em porcentagem, da reação dos candidatos, quanto a presença da
ansiedade.
Fonte: Dados da Pesquisa. Marabá/PA. 2013.
Outro enfoque do questionário foi sobre a paciência dos motoristas ou
futuros motoristas da cidade de Marabá. Os entrevistados foram questionados sobre
sua paciência no trânsito, em qualquer situação que o individuo se encontrasse,
fosse à de motorista, de passageiro ou de pedestre, gráfico V. Perguntamos se ele
se sente uma pessoa impaciente no trânsito. O estresse e a impaciência levam à
imprudência no trânsito, o que, por sua vez, leva à revolta de uns e de outros,
desencadeando, assim estados de tensão.
Gráfico V: Distribuição percentual dos resultados referentes a impaciência no trânsito.
Fonte: Dados da Pesquisa. Marabá/PA. 2013.
33
Dos entrevistados, verifica-se que 40% disseram não ser impacientes no
trânsito, independenteda situação em que se encontram. Já 60% disseram ser às
vezes impacientes no trânsito; e ninguém se disse impaciente. A preocupação
estaria com esses 60% que se disseram às vezes impacientes.Dependendo do nível
de estresse em que esse individuose encontra, ele pode se tornar uma violenta,
provocando até incidentes de morte no trânsito. Estes incidentes, em sua maioria,
têm origem em causas banais como as descritas acima.
Há ainda um grande numero de acidentes nas ruas, avenidas, estradas e
rodovias em todo Brasil, e os motivos são diversificados. Dentre os diversos motivos
essa pesquisa escolheu os mais comuns e mais citados como principais causas de
acidentes de trânsito em Marabá (PA) e em todo país.
Os entrevistados foram questionados sobre os principais motivos que, na
visão deles, podem ser pivôs de acidentes de trânsito. Entre as opções estavam:
escolhidas como imprudência, álcool, sono, pouca experiência, tempo dirigindo,
velocidade ou condições das ruas, avenidas, estradas e rodovias (tabela II).
Tabela II - Os Principais motivos para ocorrência de acidentes no transito.
Imprudência Álcool Sono Experiência Tempo Velocidade Condições
A1 X X
A2 X X
A3 X X
A4 X X X
A5 X X
A6 X
A7 X X X
A8 X X
A9 X X X
A10 X X
Fonte: Dados da Pesquisa. Marabá/PA. 2013.
Para os entrevistados, os principais motivos de acidentes de trânsito são o
consumo de álcool e a imprudência 100% e 90%, respectivamente. Os entrevistados
A7 e A9, além de acharem que álcool e imprudência são as principais causas,
34
também acham o sono um vilão dessas causas de acidentes. Para o entrevistado
A4, além dos mais citados acima, a falta de experiência é uma umas das principais
causas. As outras opções não foram selecionadas pelos entrevistados, apesar de
serem importantes pontos de se levar em consideração em relação a prevenção de
acidentes.
Devido ao grande número de acidentes ocasionados por condutores que
consumiram álcool, foi recentemente no Brasil a chamada “Lei Seca”. Esta lei, em
vigor na maioria dos países desenvolvidos, apesar da designação comum, não
propõe efetivamente a proibição do consumo de álcool, mas dispositivos legais que
visam cobrir o consumo de bebidas alcoólicas em determinadas situações ou
períodos, ou associar o consumo de bebidas a atividades específicas, como a
condução de veículos.
Em parceria com o Ministério da Justiça e com apoio do Ministério da Saúde,
a Polícia Rodoviária Federal lançou em maio de 2009 a campanha para reforçar o
conceito da Lei Seca. Com o conceito “Dirigir alcoolizado é crime e” pode dar cadeia,
a campanha tem envergadura nacional, e inclui ações promocionais em quatro
capitais - São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Florianópolis - escolhidas em função
da alta incidência de acidentes em rodovias federais (DPRF, 2013).
Os entrevistados foram questionados se eles concordam com a nova Lei
(gráfico VI) e o que eles acham. Dos entrevistados 100% concordam com a lei, e
quanto ao que acham dela, 100% acharam excelente a iniciativa (dados não
mostrados).
Gráfico VI: Resultados em porcentagem da opinião dos candidatos sobre concordância com a
Lei Seca.
Fonte: Dados da Pesquisa. Marabá/PA. 2013.
35
No Brasil o número de veículos cresce bastante a cada ano que passa
devido às condições que são dadas, comoincentivos fiscais e facilidades de
financiamento, além do aumento médio da renda do brasileiro – em especial os de
classes C e D. Com maior número de veículos,já se constata maiores e mais
complexos engarrafamentos, gerando mais estresse, bem como risco de aumento
no número de acidentes. Estima-se que melhores condições no transporte público
poderiam contribuir para uma diminuição do número de veículos nas cidades, uma
vez que as pessoas passariam a contar mais com estes serviços, deixando seus
veículos apenas para atividades de lazer ou de urgência.
Na questão 7 do questionário, sobre o que os participantes acharam da nova
lei de trânsito, a chamada “Lei Seca”, foi unanime a resposta de excelente, ou seja,
além de todos concordarem ainda afirmam a importância dessa lei.
36
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do proposto nessa pesquisa o nosso trabalho concluiu que a
ansiedade tem participação em 70% dos entrevistados quando estes se sentem em
alguma ocasião que exige algum obstáculo a ser obtido, como por exemplo, a
obtenção da carteira nacional de habilitação, sendo essa, obtida pela primeira vez
ou mesmo na renovação. Concluímos também que todos os participantes se deram
notas quando perguntados sobre a “quantidade”, de sua ansiedade, a menor nota
dada foi de 4, o máximo era 10, apenas um candidato se considerou a nota máxima
de ansiedade.
O número de entrevistados do sexo masculino foi o mesmo que feminino, as
idades variaram em média de 40,2 anos para mulheres e 41 anos para os homens.
A escolaridade foi que mais chamou a atenção, mostrando que, dos 10
entrevistados apenas, A8 possui nível superior completo (enfermagem); 40% não
possuem nem o Ensino Fundamental (E. F.); 30% possuem o E. F. Completo; e 20%
possuem o Ensino Médio completo. A relação de escolaridade com o nível de anseio
não teve uma relação direta, todos os participantes são alfabetizados.
Quando os candidatos se sentem ansiosos, 40% deles se disseram
sentirem-se inquietos e 30% agitados, sendo um dos sintomas mais comuns de um
ansioso, outros se disseram sentir medo (20%) e impulsivos (10%). 100% dos
candidatos se sentem (60%) e ou às vezes se sentem (40%) impacientes no trânsito
representa um perigo, sendo essa impaciência um principio de algo mais perigoso
como um ato de violência, até mesmo morte.
Considerando o cenário atual de crescimento da frota de veículos no País,
de aumento do acesso à compra destes e das condições de vida cada vez mais
estressantes da sociedade em geral, concluímos, portanto, que o estudo e a e –,
bem como de fatores inerentes a este estado, torna-se, cada vez mais, elemento
indispensável nas clínicas e organismos responsáveis pelos processos legais de
obtenção do documento.
37
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38
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39
VIECILI, J..Ansiedade e comportamento de dirigir São Paulo: Casa do Psicólogo. Zimbardo, P. G., Keough, K. A, 2003.
40
APÊNDICE
Questionário para pesquisa de campo
Identificação
Nome:____________________________________________________________
Profissão: _________________________________________________________
Escolaridade:_____________________ Sexo: M __ F __ Idade:________
Tipo C.N.H que pretende obter.:___
Questão 1 - Você se considera uma pessoa ansiosa?
( )sim ( )não ( )às vezes
Questão 2 - Se você pudesse quantificar em um numero na escala de 0 a 10,
seu nível de ansiedade, qual nota você daria?
( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10
Questão 3 - Quando se sente ansioso (a), qual é a sua reação mais comum?
( )Medo ( )Agitação ( )Inquietação ( )Inibição ( )Impulsividade
Questão 4 - Considera-se uma pessoa impaciente no trânsito?
( )sim ( )não ( )ás vezes
Questão 5 - Na sua opinião quais são os principais motivos de acidentes no
trânsito?
( )Imprudência ( )Álcool ( )Sono ( )PoucaExperiência ( )Tempo Dirigindo(
)Velocidade ( )Estado das Ruas ou Rodovias
Questão 6 - Você concorda com a nova lei de trânsito, a chamada lei seca?
( )sim ( )não
41
Questão 7 - O que você acha da nova lei de trânsito (lei seca) em relação ao
consumo de álcool?
( )Excelente ( )Boa, mas ineficiente ( )Desnecessária ( )Não sabe
Questão 8 - Se houvesse melhor condição de transporte publico você
concorda que o numero de acidentes nas cidades diminuiriam?
( )sim ( )não
42
ANEXO
43
