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CONHECIMENTO Jornal do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia do IBILCE Ano 2 - Volume 2 - Número 4 - Março - Abril 2014 Tema em Destaque: Ensino da Microbiologia Editorial UNIVERSIDAD ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Câmpus São José do Rio Preto Por: Prof. Dra. Paula Rahal [email protected] São muitas as estratégias já desenvolvidas na arte de ensinar, todas relacionadas a métodos e práticas didáticas e pedagógicas de diferentes escolas de pensamento. Mas qual a melhor estratégia para o ensino da microbiologia? Esta é uma questão difícil de responder em um mundo que continuamente evoluciona com cada vez mais formas de transmissão e troca da informação, aonde cada vez se privilegiam mais os meios virtuais. A equipe de docentes do programa de pós-graduação em microbiologia do IBILCE é ciente de esta realidade e avalia as novas metodologias à luz das novas dinâmicas sociais brasileiras. A inserção de mudanças não somente atinge as metodologias, também a modernização dos equipamentos e da logística existente. É um processo que requer tempo e preparação, no entanto sabemos que tem que ser feito e estamos trabalhando nisso. Os novos projetos em andamento reconhecem esta realidade e incluem investimentos voltados a melhorar esta condição. A experiência recolhida nas práticas pedagógicas em saúde, das que fala a Prof. Dra Lílian Casatti, tem permitido estabelecer métodos particulares para melhorar o nosso ensino da microbiologia. Esses métodos não são muito diferentes dos que a nossa mestranda Ana Carolina dos Santos relata em seu texto, o uso de meios e materiais alternativos é fundamental para conseguir uma maior compreensão pelos alunos. Assim como o trabalho feito pelo mestre Henrique Passarelli Camilo quem desenvolveu uma prática docente em uma escola pública, enriquecendo sua formação profissional e pessoal. Mas é a avaliação permanente de nosso trabalho e do desempenho dos alunos os que guiam nossa atividade, ela constitui uma ferramenta fundamental para estabelecer novas metas e objetivos. PósMicro NewsLetter Temas de Interesse 2 4 Ensinar saúde Por: Profa. Dra. Lílian Casatti [email protected] Professora do Departamento de Zoologia e Botânica do IBILCE e co-responsável pela disciplina “Práticas Pedagógicas de Saúde”, juntamente com as Profas. Paula Rahal e Eleni Gomes. Na disciplina “Práticas Pedagógicas em Saúde”, oferecida aos licenciandos em Ciências Biológicas do IBILCE, observamos que os alunos do ensino básico têm incorporado o discurso exposto pela mídia sobre muitas doenças, porém, nem sempre são capazes de explicar determinados sintomas ou os mecanismos de transmissão, pois lhes faltam os conceitos biológicos. Muitos não compreendem, por exemplo, qual o papel da febre, o que é um microrganismo, uma zoonose ou porque a dengue não é transmitida por contato direto. Aparentemente, por trás desse fato, está a redução e a falta de ligação entre conteúdos programáticos básicos (especialmente sobre diversidade, estrutura, funcionamento e relações ecológicas dos organismos), o que torna o ensino dos temas relacionados com saúde algo muito mais complexo. Microrganismos na ciência: oportunidade de desenvolvimento. Por: Doutorando Guillermo Ladino Orjuela Vacinação preventiva ao HPV Por: Graduando Rafael Rahal Guaragna Machado Bolsa didática Por: Doutorando Tiago Casella Cromossomo sintético Por: Mestranda Mariana Batista Nogueira 3 Esta publicação obedece ao propósito de estimular o debate sobre os temas de interesse para o programa de pós-graduação em microbiologia e de refletir as diversas tendências na microbiologia. As opiniões e ideias expressadas pelos autores não necessariamente correspondem à filosofia do periódico. O projeto Ciência com Micróbios do Instituto de Microbiologia-UFRJ Por: Prof. Dra. Alane Beatriz Vermelho A Microbiologia na Prótese Dentária Por: Prof. Sandra Miller A Microbiologia no processo de ensino e aprendizagem Por: Mestranda Ana Carolina dos Santos Gomes Avaliando a avaliação Por: Prof. Dr. Alexandre Lourenço Experiência de ensino em uma Escola Pública Estadual Por: Mestre Henrique Passarelli Camilo

UNIVERSIDAD ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA … · escola pública, enriquecendo sua formação profissional e pessoal. Mas ... Na disciplina “Práticas Pedagógicas em

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CONHECIMENTO

Jornal do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia do IBILCE Ano 2 - Volume 2 - Número 4 - Março - Abril 2014

Tema em Destaque: Ensino da Microbiologia

Editorial

UNIVERSIDAD ESTADUAL PAULISTA“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

Câmpus São José do Rio Preto

Por: Prof. Dra. Paula [email protected]

São muitas as estratégias já desenvolvidas na arte de ensinar, todas relacionadas a métodos e práticas didáticas e pedagógicas de diferentes escolas de pensamento. Mas qual a melhor estratégia para o ensino da microbiologia? Esta é uma questão difícil de responder em um mundo que continuamente evoluciona com cada vez mais formas de transmissão e troca da informação, aonde cada vez se privilegiam mais os meios virtuais. A equipe de docentes do programa de pós-graduação em microbiologia do IBILCE é ciente de esta realidade e avalia as novas metodologias à luz das novas dinâmicas sociais brasileiras. A inserção de mudanças não somente atinge as metodologias, também a modernização dos equipamentos e da logística existente. É um processo que requer tempo e preparação, no entanto sabemos que tem que ser feito e estamos trabalhando nisso. Os novos projetos em andamento reconhecem esta realidade e incluem investimentos voltados a melhorar esta condição.

A experiência recolhida nas práticas pedagógicas em saúde, das que fala a Prof. Dra Lílian Casatti, tem permitido estabelecer métodos particulares para melhorar o nosso ensino da microbiologia. Esses métodos não são muito diferentes dos que a nossa mestranda Ana Carolina dos Santos relata em seu texto, o uso de meios e materiais alternativos é fundamental para conseguir uma maior compreensão pelos alunos. Assim como o trabalho feito pelo mestre Henrique Passarelli Camilo quem desenvolveu uma prática docente em uma escola pública, enriquecendo sua formação profissional e pessoal. Mas é a avaliação permanente de nosso trabalho e do desempenho dos alunos os que guiam nossa atividade, ela constitui uma ferramenta fundamental para estabelecer novas metas e objetivos.

PósMicroNewsLetter

Temas de Interesse

2

4

Ensinar saúde

Por: Profa. Dra. Lílian Casatti [email protected]

Professora do Departamento de Zoologia e Botânica do IBILCE e co-responsável pela disciplina “Práticas Pedagógicas de Saúde”, juntamente com as Profas. Paula Rahal e Eleni Gomes.

Na disciplina “Práticas Pedagógicas em Saúde”, oferecida aos licenciandos em Ciências Biológicas do IBILCE, observamos que os alunos do ensino básico têm incorporado o discurso exposto pela mídia sobre muitas doenças, porém, nem sempre são capazes de explicar determinados sintomas ou os mecanismos de transmissão, pois lhes faltam os conceitos biológicos. Muitos não compreendem, por exemplo, qual o papel da febre, o que é um microrganismo, uma zoonose ou porque a dengue não é transmitida por contato direto. Aparentemente, por trás desse fato, está a redução e a falta de ligação entre conteúdos programáticos básicos (especialmente sobre diversidade, estrutura, funcionamento e relações ecológicas dos organismos), o que torna o ensino dos temas relacionados com saúde algo muito mais complexo.

Microrganismos na ciência: oportunidade de desenvolvimento.

Por: Doutorando Guillermo Ladino Orjuela

Vacinação preventiva ao HPV

Por: Graduando Rafael Rahal Guaragna Machado

Bolsa didática

Por: Doutorando Tiago Casella

Cromossomo sintético

Por: Mestranda Mariana Batista Nogueira

3

Esta publicação obedece ao propósito de estimular o debate sobre os temas de interesse para o programa de pós-graduação em microbiologia e de refletir as diversas tendências na microbiologia. As opiniões e ideias expressadas pelos autores não necessariamente correspondem à filosofia do periódico.

O projeto Ciência com Micróbios do Instituto de

Microbiologia-UFRJ

Por: Prof. Dra. Alane Beatriz Vermelho

A Microbiologia na Prótese DentáriaPor: Prof. Sandra Miller

A Microbiologia no processo de ensino e aprendizagemPor: Mestranda Ana Carolina dos Santos GomesAvaliando a avaliaçãoPor: Prof. Dr. Alexandre Lourenço

Experiência de ensino em uma Escola Pública Estadual

Por: Mestre Henrique Passarelli Camilo

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A Microbiologia no processo de ensino e aprendizagem

Por: Mestranda Ana Carolina dos Santos [email protected]

O ensino da Microbiologia em escolas, diante da visão abstrata que a

grande maioria dos alunos têm dos micro-organismos, surge como um

dos grandes desafios para os professores de Ciências e de Biologia.

Para que haja uma convivência harmônica entre os alunos e o ensino

de microbiologia, temos que compreender o papel central que os

micro-organismos desempenham nas nossas vidas. Se não fosse a

participação ativa dos micro-organismos nos ciclos da natureza, por

exemplo, a vida no planeta Terra não seria possível. Porém, muitas

vezes, estes surgem nos currículos dos Ensinos Fundamental e Médio

apenas como agentes causadores de doenças. O grande desafio que se

coloca é: como proporcionar no curto espaço e tempo de permanência

do aluno em ambiente escolar, contato significativo com o mundo dos

micro-organismos capaz de gerar mudanças reais nas atitudes e nos

hábitos dos alunos? Como aprender aquilo que “não se vê”? Uma

peculiaridade do ensino de Microbiologia refere-se à necessidade de

atividades práticas que permitam a percepção do universo

microbiano. Nos últimos anos, o encarecimento dos procedimentos

laboratoriais na área microbiológica, das vidrarias, dos meios de

cultura e de outros equipamentos, dificultou, para muitas escolas, a

aquisição de materiais e a manutenção de laboratórios, o que

inviabiliza a realização de aulas práticas. É necessário, portanto, a

utilização de meios e materiais alternativos, como, por exemplo, os

jogos que funcionam como um excelente instrumento pedagógico

para o ensino, por criarem, em sala de aula, um ambiente prazeroso e

descontraído. Conhecer o mundo dos micro-organismos é um direito de todo

cidadão. Há uma grande responsabilidade dos pesquisadores e

docentes na condução dos rumos da educação em Microbiologia no

Brasil.

2

Experiência de ensino em uma

Escola Pública Estadual

Por: Mestre Henrique Passarelli [email protected]

Durante o segundo semestre de 2013, eu e a doutoranda Priscila

Atique iniciamos um projeto pedagógico na Escola Estadual

Paulista (ETEC) – Philadelpho Gouvêa Netto, cujo objetivo era

ministrar aulas expositivas e práticas de microbiologia para os

cursos de Técnico em Prótese Dentária e Técnico em

Enfermagem. O projeto contou com a colaboração da Professora

Sandra M. C. Miller, responsável pela disciplina Microbiologia

no Laboratório de Prótese Dentária, que nos abriu as portas para

vínculo com a escola. Além disso, outros seis alunos do curso de

graduação em Ciências Biológicas cursando a disciplina Práticas

Pedagógicas em Saúde contribuíram com as aulas sob nossa

orientação.

As temáticas das aulas foram desenvolvidas visando proporcionar

aos alunos dos cursos técnicos maior interação com a

microbiologia. Os riscos microbiológicos a que os profissionais

estão expostos foram discutidos e demonstrados de maneira

prática, além de apresentarmos as principais formas de precauções

relacionadas à contaminação por fungos, por bactérias e por vírus.

Os alunos do curso de graduação em Ciências Biológicas foram

orientados a elaborar roteiros, a prepararem materiais para as aulas

práticas e a ministrarem aulas sobre diferentes assuntos da

microbiologia. Com isso, acredito que este projeto tenha uma

grande importância dentro de nosso programa de pós-graduação,

visto que além de podermos, de forma voluntária, expandir para a

comunidade externa os resultados de pesquisas da Instituição, o

projeto proporcionou-nos uma grande experiência de vivência

como professores.

Neste semestre, retinha as atividades retomadas por outros quatro

alunos de Mestrado do Programa de Pós-graduação em

Microbiologia. É de interesse, tanto dos professores da ETEC,

como da coordenação de que o programa seja mantido.

Avaliando a avaliação

Por: Prof. Dr. Alexandre Lourenç[email protected]

Vivemos uma época de sistemas colossais de avaliação e

classificação, como o ENEM e o ENADE. Esses sistemas acabam

pautando, de forma profunda e monolítica, os limites de

conhecimento dos alunos brasileiros. Todo mundo vai ter de ficar

com “cabeça de prego”. É claro que quando o MEC classifica as

escolas e universidades, está provendo um mecanismo de

julgamento automático para a maioria das pessoas, que tendem a

confiar nos critérios do MEC, já que ele supostamente dispõe dos

dados, tempo e gente qualificada para melhor julgar cada

instituição de ensino dentre as milhares que estão em solo

brasileiro. Mas os últimos resultados mostram que confiar

cegamente nos critérios do MEC pode não ser uma boa escolha.

Há dois anos, algumas instituições de ensino superior (IES)

tiveram erroneamente um conceito ruim no ENADE; tempos

depois, foram reavaliadas de forma positiva e tiveram sua

classificação alterada, mudando-se substancialmente seu Índice

Geral de Cursos (IGC). Ao que parece, houve um erro da

compilação dos dados pelo MEC. Um erro que levou MESES para

ser desfeito. Felizmente o erro foi assumido e corrigido – antes

tarde do que nunca. Mas como a primeira impressão é a que fica —

como bem lembrou Rodrigo Capelato, do SEMESP — o prejuízo

para o nome dessas escolas foi líquido e certo. Uma avaliação ruim

afasta potenciais alunos ao carimbar negativamente o nome da

escola. Retratações posteriores não tem o mesmo alcance que as

manchetes iniciais. E a instituição corre o risco de entrar em

processo de desidratação, em um tipo de “efeito Tostines”: menos

alunos, problemas financeiros, piora de avaliação, menos alunos

ainda etc.Para mais informação: http://www.imil.org.br/author/alexandre-

lourenco/

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O projeto Ciência com Micróbios do

Instituto de Microbiologia-UFRJ

Por: Prof. Dra. Alane Beatriz Vermelho

[email protected]

O ensino de Ciências no Brasil é ainda deficiente. De acordo com

o último levantamento, realizado em 2012, pelo programa

Interacional de avaliação de alunos (PISA), o Brasil ocupa a 59ª

posição, na parte de Ciências, em um total de 65 países.

Atualmente, encontramos inúmeras inciativas do Governo para

estimular o ensino de Ciências como a distribuição, em 2014, de

kits de ciências nas escolas e de cursos de capacitação para

professores. Entretanto, professores e estudantes de Ciência

podem contribuir para a divulgação científica e para a sua

compreensão, por meio de visitas a escolas com disciplinas da

área. Nesse contexto, o Grupo desenvolve o projeto de extensão

denominado Ciência com Micróbios. A Microbiologia é uma

excelente plataforma para a divulgação e para o ensino de

Ciência, por conta de sua ampla interface com diversos setores

como, por exemplo, a Medicina, a Indústria Farmacêutica, os

Biocombustíveis, a Indústria de Alimentos, entre outros setores.

Nosso trabalho iniciou-se com a publicação de livros de

Microbiologia para crianças, em que os micróbios falavam de

importantes fatos como as aplicações industriais, alimentos

contaminados, seu papel no ambiente e sobre a biodiversidade.

Em seguida, iniciamos um processo de visitas regulares a escolas,

por meio de oficinas de Ciências, nas que apresentávamos

microscópios, micróbios e experimentos, em um contexto de

ensino. A contrapartida dos alunos foi muito grande e, em 2013,

demos início à edição de um almanaque de divulgação cientifica

para crianças. Estimulamos a participação de estudantes de

graduação e pós-graduação nas oficinas com as crianças e essa

experiência tem gerado excelentes resultados. Ao nosso ver, este

e muitos outros projetos de extensão são iniciativas que, somadas

a outras existentes nos país, contribuem para uma melhor

compreensão dos fatos científicos e estimulam a criatividade nas

crianças.

A Microbiologia na Prótese Dentária

Por: Prof. Sandra MillerEspecialista Ambiental (SMA) e Profa. de Microbiologia-Prótese Dentária (Etec)[email protected]

A Microbiologia ultrapassou os limites da Universidade e dos

laboratórios para compor a grade curricular de cursos técnicos

nas áreas de nutrição, de agroindústria e de saúde. O curso de

Prótese Dentária do Centro Paula Souza, por exemplo,

apresenta a disciplina de Microbiologia.

A Etec Philadelpho Gouvêa Netto, em São José do Rio Preto, ao

firmar um convênio com o Programa de Pós-Graduação em

Microbiologia da Unesp, passou a contar com a competência

dos mestrandos, a partir do 2º semestre de 2013. Além de

contribuir com práticas adequadas aos objetivos do curso,

representa uma parceria disposta a compartilhar experiências e

conhecimentos. As práticas têm se mostrado bastante eficazes,

conciliadas à teoria, cumprindo sua finalidade de formar um

profissional melhor preparado.

Devido à visão subjetiva que os alunos têm dos micro-

organismos, o ensino de Microbiologia é um desafio para os

professores da área. No diagnóstico a respeito da importância de

estudar os micro-organismos, a maioria dos alunos responde que

precisam aprender sobre eles para evitarem a contaminação e

para a prevenção de doenças. A percepção geral é a de que os

micro-organismos são seres patogênicos e maléficos e que não

nos trazem benefícios. Porém, se por um lado são trabalhados

temas do cotidiano, como prevenção de doenças, hábitos de

higiene e processos de desinfecção, por outro lado, os alunos são

desafiados a pensar nos aspectos benéficos dos micro-

organismos e sobre conhecimentos relevantes da Microbiologia

para a Prótese Dentária. Além de associar o conhecimento teórico

ao prático a fim de atingir melhores resultados na aprendizagem e

na resolução de problemas, a prática de Microbiologia é vista

como fator motivador, que pode contribuir diretamente na

melhoria da qualidade do ensino e, indiretamente, na diminuição

da evasão crônica existente nos cursos técnicos.

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VI SIMPÓSIO DEMICROBIOLOGIA

IBILCE/UNESP São José do Rio Preto - SP11 a 14 de Agosto de 2014

UTILIZE OS SERVIÇOS DA BIBLIOTECAdo IBILCE

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EQUIPE RESPONSÁVELEditora Chefe: Prof. Dra. Paula Rahal; Vice-editor-chefe: Guillermo Ladino Orjuela;

Apoio: Tiago Casella; Mayra Mioto Mataruco; Mariana Nogueira Batista; Náthali Maria Machado de Lima, Rafael Rahal Guaragna MachadoRevisão de redação: Gustavo da Silva Andrade.

Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas IBILCE - UNESP - Câmpus de São José do Rio PretoRua Cristovão Colombo, 2265 - Jardim Nazareth - CEP 15054-000 - São José do Rio Preto Contato Fone - 17-3221.2379 - Fax - 17-3221.2390

e-mail: [email protected] - Facebook: https://www.facebook.com/posmicrohttp://www.ibilce.unesp.br/#!/pos-graduacao/programas-de-pos-graduacao/microbiologia/jornal-posmicro

Cromossomo sintético

Por: Mestranda Mariana Batista Nogueira

[email protected]

O início desse mês foi marcado por um grande passo no campo da biologia sintética. Cientistas americanos e franceses conseguiram a produção de um cromossomo Eucariótico completamente sintético, sendo “o organismo da vez” a levedura Saccharomyces cerevisae. Essa descoberta, desde a produção de cromossomos bacterianos por Venter, em 2010, representa um novo marco e um salto para o objetivo da construção de organismos novos com capacidades úteis como a produção de biocombustíveis, nutrientes e novos medicamentos.

Vacinação preventiva ao HPV

Por: Graduando Rafael Rahal Guaragna Machado

[email protected]

O ano de 2014 já conquistou um marco histórico para a saúde pública brasileira: a introdução da vacina quadrivalente contra o Papilomavírus Humano, tipos 6, 11, 16 e 18. O HPV é um vírus transmitido predominantemente por via sexual. A infecção pode ser assintomática ou provocar o aparecimento de verrugas genitais, que poderão formar cânceres do colo do útero, ânus e pênis. Neste ano, a população alvo da vacinação são adolescentes do sexo feminino de 11 a 13 anos. Cada adolescente deve tomar três doses (a segunda, seis meses após a primeira dose, e a terceira, após cinco anos).

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DEPOIMENTOS

APOIOS E PATROCINIOS

Programa de Pós-Graduação em Microbiologia - IBILCE - UNESP

Microrganismos na ciência:

oportunidade de desenvolvimento.

Por: Doutorando Guillermo Ladino [email protected]

O professor Randy Wayne Schekman, pesquisador do Howard Hughes Medical Institute e professor do Cell and Developmental Biology no departamento de biologia molecular e celular da Universidade da California em Berkeley, nos Estados Unidos, foi um dos laureados com o Nobel de Fisiologia ou Medicina 2013.

Um dado interessante das pesquisas do professor Schekman é seu objeto de estudo. Por mais de trinta anos, boa parte de suas pesquisas envolveram leveduras. Com elas, ele conseguiu entender e decifrar o complexo sistema de transporte que acontece nas células humanas.

Por esse fato, podemos dizer que, em termos de ciência e tecnologia e, consequentemente, em termos de desenvolvimento do Brasil, a microbiologia constitui-se como uma poderosa ferramenta. A aplicabilidade em outras ciências é enorme.

A imensa biodiversidade brasileira nos faz concluir que são muitas as oportunidades e que os microbiologistas estamos no caminho certo. Portanto, é necessário aprofundar nossos conhecimentos, embora se pareçam repetir as mesmas atividades de isolamento, identificação, caracterização biológica, etc. dos microrganismos, essas atividades são fundamentais nesse sentido.

O programas BIOTA da FAPESP e Genoma Brasil são iniciativas que vão ao encontro dessa proposta.

Bolsa didática

Por: Doutorando Tiago [email protected]

Qual não foi minha alegria ao saber que havia sido selecionado para receber uma Bolsa Didática e ministrar aulas de Microbiologia no IBILCE! Ser docente na “escola que me criou”... Não tem preço! Além de representar um diferencial no meu currículo, essa experiência com a docência tem sido muito gratificante! O contato com os alunos, na condição de professor, proporciona um sentimento de cuidado e responsabilidade que eu não esperava sentir... Faz com que eu não meça esforços para alcançar o objetivo do Ensino por parte dos discentes. E o contato com a disciplina, per se, com os temas que não compreendem o cotidiano do projeto de Doutorado, me faz recordar as admirações pela área Microbiologia... Ao mesmo tempo em que estou ensinando, parece que também estou aprendendo! Só tenho a agradecer àquelas que me proporcionaram esta chance de experiência-aprendizado! Uma oportunidade de ouro para este “projeto de professor”!

A SEÇÃO TÉCNICA DE PÓS-GRADUAÇÃO INFORMAEdital de seleção para ingresso no curso de doutorado em MICROBIOLOGIA

No 2º Semestre do ano letivo de 2014http://www.ibilce.unesp.br/#!/pos-graduacao/programas-de-pos-graduacao/microbiologia/processo-seletivo-2014/

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::Matrícula 2º Semestre – 2014 programa de pós-graduação em MICROBIOLOGIA

alunos regulares - 14 a 18/07/2014