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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” O IMPACTO DA COMUNICAÇÃO INTERNA NA QUALIDADE DE VIDA DOS COLABORADORES Daniel Ferreira Motta Professora Orientadora: Profª Adélia Araujo Niterói 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

O IMPACTO DA COMUNICAÇÃO INTERNA NA QUALIDADE DE VIDA DOS COLABORADORES

Daniel Ferreira Motta

Professora Orientadora: Profª Adélia Araujo

Niterói 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

O IMPACTO DA COMUNICAÇÃO INTERNA NA QUALIDADE DE VIDA DOS COLABORADORES

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para a obtenção do grau de especialista em Gestão de Pessoas. Por: Daniel Ferreira Motta

Niterói 2012

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, à Deus que sem Ele nada é possível.

Agradeço à minha mãe, Maria Elisa, por fornecer não apenas o incentivo a sempre estar estudando, mas também, o exemplo.

Agradeço ao meu pai, João Luiz, à Sonia e Jair, que demonstram a todo o tempo o

sentido fundamental da família.

Agradeço a minha noiva, Monique Menegaci Barbosa pela compreensão, paciência e incentivo nessa caminhada em busca do conhecimento.

Por último, mas não menos importante, agradeço a todos os professores da instituição e,

principalmente, as amigas, Aline Mussumessi, Karine Paiva e Thaiana Flach que me acompanharam durante todo esse processo.

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DEDICATÓRIA

A minha orientadora Adélia Araújo.

Aos professores Angela Freitas, Janaína Abreu e Vinicius, pelo incentivo ao meu crescimento como pessoa e profissional.

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A razão é, e deve apenas ser, escrava das paixões, e não pode pretender qualquer outra função senão a de a elas servir e obedecer. (David Hume, filósofo escocês)

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RESUMO

Este trabalho aborda a comunicação interna, um dos ramos do endomarketing, e suas relações e impactos na qualidade de vida no trabalho dos colaboradores de uma empresa. As formas como a comunicação pode atuar integrada com a QVT em busca de um comprometimento e estimulo a motivação dos colaboradores de uma empresa visando à melhora e aumento da produção. Palavras-chave: Endomarketing. Comunicação Interna. Comunicação Empresarial. Qualidade de vida no trabalho. Motivação no trabalho.

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METODOLOGIA

A metodologia adotada neste trabalho será a pesquisa exploratória, através de

pesquisa bibliográfica, utilizando de livros, artigos acadêmicos, artigos na web,

trabalhos acadêmicos e estudos de caso.

Este estudo irá prioritariamente dar ênfase aos estudos mais recentes sobre

comunicação interna e de qualidade de vida no trabalho.

Dar-se-á também importância aos artigos publicados na internet em sites e blogs.

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SUMÁRIO

RESUMO.........................................................................................................06

METODOLOGIA...........................................................................................07

INTRODUÇÃO..............................................................................................10

I. Comunicação interna: Visão Geral...............................................................12

II. Qualidade de vida no Trabalho: Visão Geral..............................................25

III. Impacto da política de comunicação interna na QVT...............................32

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................38

REFERÊNCIAS.............................................................................................40

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“A comunicação é como a corrente sangüínea de um organismo, que supre

cada órgão de oxigênio” HAMPTON, David e MARCHIORI, Marlene

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INTRODUÇÃO

A comunicação interna atuante ainda não é uma prática fácil de se encontrar,

mesmo quando se trata de empresas grandes, entretanto, já existem algumas

demonstrações do seu funcionamento.

Este trabalho procura pesquisar como uma política de comunicação interna

pode impactar a qualidade de vida dos colaboradores de uma empresa.

Para começarmos é preciso entender que os estudos sobre endomarketing

ainda são recentes, tem aproximadamente 10 anos no Brasil, entretanto sua

importância tem crescido exponencialmente e seus valores reconhecidos, inclusive,

suas ações, como as de comunicação interna, vêm sido usados como critérios em

avaliações de "melhores empresas para se trabalhar", pelas revistas especializadas.

Suas ações têm provado que é possível sim, motivar e engajar os

colaboradores em uma empresa, criando até mesmo identidades corporativas, com

pequenas ações.

Esse trabalho visa mostrar que uma das facetas do endomarketing, a

comunicação interna, pode através de seus efeitos de motivação e engajamento nos

colaboradores, melhorar a qualidade de vida do trabalho dos mesmos.

Tendo como o objetivo demonstrar que com uma política favorável de

comunicação interna e de ações de endomarketing é possível impactar diretamente

na qualidade de vida do trabalho nos colaboradores de uma empresa e que as

políticas de comunicação interna e de qualidade de vida no trabalho precisam estar

em comunhão para aperfeiçoarem seus resultados.

Dessa forma, a política de comunicação interna e de endomarketing estão

diretamente relacionadas com a qualidade de vida dos colaboradores de uma

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empresa e que, por conta disso, também precisam passar a ser vista do mesmo ponto

estratégico que a qualidade de vida do trabalho é visto hoje.

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Capitulo I – Comunicação Interna: Visão Geral.

Por definição, comunicação significa:

“ato ou efeito de comunicar(-se) (...) processo que envolve a

transmissão e a recepção de mensagens entre uma fonte

emissora e um destinatário receptor, no qual as informações,

transmitidas por intermédio de recursos físicos (fala, audição,

visão etc.) ou de aparelhos e dispositivos técnicos, são

codificadas na fonte e decodificadas no destino com o uso de

sistemas convencionados de signos ou símbolos sonoros,

escritos, iconográficos, gestuais etc.” Dicionário Online

Houaiss da Língua Portuguesa.

Ainda no verbete comunicação no dicionário Houaiss observamos as seguintes

rubricas:

“Rubrica: administração, comunicação. conjunto dos meios e

procedimentos utilizados em uma organização para

transmissão de informações, ordens, solicitações, orientações

etc. (...) Rubrica: comunicação. forma de comunicação

dirigida a um grupo de pessoas numericamente vasto,

disperso, heterogêneo e anônimo, e que utiliza, para atingir

sua audiência, aparelhos e dispositivos de edição, reprodução,

transmissão, distribuição e comercialização das mensagens;

comunicação social (...) Rubrica: comunicação. grupo de

mensagens transmitidas por uma instituição visando a um

segmento de público específico c. empresarial Rubrica:

comunicação. conjunto dos meios e procedimentos utilizados

pela empresa em sua interação com os diversos públicos

c. externa Rubrica: comunicação. aquela que se exerce entre

uma instituição e os seus públicos externos (...)c. institucional

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Rubrica: comunicação. aquela através da qual uma instituição

comunica suas práticas, objetivos e políticas, ger. visando à

formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus

públicos c. interna Rubrica: comunicação.

aquela que se exerce entre a instituição e o seu público

interno c. não verbal Rubrica: comunicação.

aquela que utiliza sistemas significantes outros que não o da

linguagem falada ou escrita (p.ex., música, gestos etc.).

Dicionário Hoauiss

Dentre seus mais diferentes significados e aplicações todos partem do mesmo

conceito inicial “processo que envolve a transmissão e a recepção de mensagens

entre uma fonte emissora e um destinatário receptor”. Das centenas de modelos de

comunicação criados pelos mais diversos teóricos, nenhum deles conseguiu fugir de

três agentes. O emissor, o receptor e, claro, a mensagem.

Segundo Souza e Ferreira (2002, p. 88): "A comunicação pode ser entendida

como um processo de transferência de informações e influenciação, envolvendo

duas ou mais pessoas".

Abrangendo um pouco mais o significado, Katz e Kahn (1974, p. 256) dizem

que:

“A comunicação é um intercambio de informação e

transmissão de significado - é a própria essência de um

sistema social ou uma organização. O insumo de energia

física é dependente da informação a seu respeito e o insumo

de energia humana é possibilitado por intermédio de atos

comunicativos. Semelhantemente, a transformação de energia

(a realização de trabalho) dependente da comunicação entre

pessoas em cada subsistema organizacional e da comunicação

entre subsistemas.”

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Comentando mais sobre a forma de comunicar, é dito por Thayer (1972, p. 31)

que:

“A comunicação é como um processo mediante o qual duas

ou mais pessoas se entendem; é mutua troca de idéias através

de qualquer meio efetivo; transmissão ou intercâmbio de

pensamentos, opiniões ou informações, através da fala, da

escrita, ou de símbolos; é a combinação de estímulos

ambientais para produzir certo comportamento desejado por

parte do organismo.”

Enfatizando o entendimento da mensagem Carniel comenta:

As comunicações administrativas podem ser encaradas como

uma fonte de comunicação social e humana, em que há os

seguintes elementos: comunicador, mensagem e destinatário.

O processo de comunicação envolve, no mínimo, duas

pessoas ou grupos: o remetente (fonte) e o destino

(recebedor), isto é, o que envia a documentação e o que

recebe. O conteúdo da comunicação é geralmente uma

mensagem e o seu objetivo é a compreensão da parte de quem

a recebe. A comunicação somente ocorre quando o destino (a

pessoa que a recebe) a compreende ou interpreta. Se a

mensagem não chega ao destino, a comunicação não se efe-

tiva. (CARNIEL, 1999, p. 33)

Normalmente, em estudos de publicidade, nós temos o emissor sendo uma

empresa ou instituição e o receptor é o público-alvo da campanha, à quem ela se

dirige, que costuma ser o público e seus clientes em potencial.

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Atualmente, as empresas têm reinventado esse modelo básico da comunicação.

O emissor estaria agora também se comunicando consigo mesmo. Ele começaria a

fazer perguntas retóricas e receberia respostas. Esse modelo novo está começando a

mostrar resultados surpreendentes.

Há alguns anos o olhar das grandes empresas já tem mudado gradativamente

de foco. Se antes era para fora para a busca de novos clientes, agora está passando a

ter um “olhar para dentro” de valorização de seus funcionários, de uma cultura

organizacional e, principalmente, dos conceitos e da própria empresa.

Daniela de Souza Ferreira em sua monografia, Comunicação Interna Eficaz:

Um desafio para as organizações, afirma que:

“Tradicionalmente, a comunicação interna era relegada a um

segundo plano no planejamento de comunicação das

organizações, órgãos ou entidades, certamente porque falta

aos empresários e executivos a consciência de que a

comunicação ( na verdade, a boa comunicação - transparente,

ágil, democrática e participativa) é vital para o

desenvolvimento e a sobrevivência das organizações.”

Esses estudos sobre o público interno das empresas está sendo chamado de

Endomarketing, que significa, literalmente, “marketing de dentro” ou “marketing

para dentro”, mas o conceito é o mesmo: A mudança de foco do público externo em

geral, para o público interno, os funcionários da empresa.

Dentro do chamado “Endomarketing”, há diversos segmentos que serão

abordados adiante, agora será focado no qual esse trabalho está se desenvolvendo, o

da comunicação interna, também conhecida como comunicação empresarial.

A Comunicação Empresarial é uma das vertentes da comunicação que mais

precisa ser alvo de estudo nos dias atuais. Ela estuda como a empresa deve se

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relacionar com o seu público externo (clientes) e interno (funcionários) e a forma

como essa comunicação deve proceder. A Comunicação Interna é vista como um

dos pontos chave de uma boa estratégia do endomarketing, já que ela atua no campo

da comunicação interna dos diversos setores de uma empresa. Hoje, a Comunicação

Empresarial já desempenha papel fundamental, definindo-se como estratégica para

as organizações, superada a fase anterior, em que suas ações, produtos e

profissionais eram vistos como acessórios descartáveis ao primeiro sinal de crise.

Inclusive, há empresas, hoje em dia, especializadas em comunicação empresarial e

que dão assessoria às empresas para implantar seus conhecimentos.

Mônica Adriana Salles em seu artigo intitulado “Para uma comunicação

estratégica eficiente: a capacitação dos gestores da organização na habilidade da

comunicação” resume a importância da comunicação interna assim:

“(...)a comunicação interna é determinante para o sucesso das

organizações pois se torna fundamental para os resultados do

negócio e age como humanizador das relações do trabalho. O

gestor, portanto, tem papel preponderante como o "primeiro

comunicador" entre sua equipe e a organização.”

Isso significa que os gestores e gerentes têm que estar integrados com os

funcionários. Devem ser os primeiros a fornecer qualquer tipo de informação sobre

a empresa que irá afetar a vida da empresa ou dos funcionários. Para o funcionário

seria como ser apunhalado pelas costas se ouvisse notícias sobre sua empresa, ou

seu emprego, pelos meios de comunicação antes de seus chefes tenham lhe

explicado a razão pela qual aquilo estaria acontecendo. Se acontecesse, perderiam

qualquer confiança que poderiam ter na organização em que está inserido.

Ainda sobre os funcionários, Daniela de Souza Ferreira em sua monografia,

Comunicação Interna Eficaz: Um desafio para as organizações, observa que é

preciso “Fazer com que os funcionários percebam a extensão e a velocidade das

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transformações no ambiente organizacional é uma oportunidade preciosa para a

melhoria desse processo de comunicação no mundo dos negócios.”

Sobre esse aspecto da comunicação interna, Paulo Ricardo Meira e Renato

Luiz Tavares de Oliveira no seu artigo “O Endomarketing”, dizem:

“No ambiente interno, a comunicação destina-se a manter o

quadro de pessoal sempre informado do que ocorre na

empresa, como um fator de motivação e participação. Desde o

momento em que se contrata um novo funcionário, ele deve

se familiarizar com o ambiente de trabalho, a filosofia e os

objetivos da empresa. Para isso, existem diversos

instrumentos, que vão desde a informação direta fornecida

pelos colegas de seção e chefias, até os chamados house-

organs (jornais ou revistas destinadas ao público interno). O

essencial é que o empreendedor transmita aos funcionários a

idéia de que todos estão envolvidos no desenvolvimento dos

negócios, criando um clima de parceria, de confiança.”

E continuam:

“Não basta ter uma equipe de grandes talentos altamente

motivados. Se ela não estiver bem informada, se seus

integrantes não se comunicarem bem, não será possível

potencializar a força humana da empresa. A comunicação

interna é algo prioritário que deve merecer, principalmente

por parte da cúpula da empresa, grande atenção.”

Sobre os objetivos da comunicação empresarial Daniela de Souza Ferreira, em

Comunicação Interna Eficaz: Um desafio para as organizações, diz que:

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“O objetivo básico da comunicação interna nas organizações

é tornar os funcionários influentes, é influenciar os outros, o

ambiente físico e a si próprios, é tornar os colaboradores

determinantes, e ter opção no andamento das coisas.”

Desta maneira, eles definem a Comunicação Empresarial, ou Interna, e a sua

grande importância para qualquer empresa. Os funcionários e gestores falarem a mesma

língua. Saberem identificar sua importância dentro da empresa e, principalmente,

saberem qual é a posição da empresa sobre diversos assuntos, suas ações, seus conceitos

e o que a empresa defende. Tudo isso também é chamado de cultura organizacional que

assim como a comunicação interna, é um dos ramos do endomarketing.

Para se ter uma comunicação interna satisfatória é preciso se eliminar,

primeiro, a relação vertical entre os funcionários e tentar resolver os problemas de ruído

nas mensagens. Marcio Gonçalves em seu artigo “Abaixo ao sujeito indeterminado”

comenta:

“Muitas organizações criam em seus ambientes este clima do

"disseram para fazer assim" e acabam por permitir que ruídos

e fofocas aconteçam. (...) Para evitar que esses ruídos

aconteçam, os procedimentos devem estar catalogados. Para

que haja uma boa comunicação interna as reuniões devem ter

uma pauta. Logo em seguida deve-se ter um registro do que

nela foi discutido. A divulgação de uma notícia no quadro

deve ter a assinatura de quem a escreveu.”

Sobre reuniões e suas abordagens Daniela de Souza Ferreira(IDEM) comenta

que:

“é possível verificar que muitos profissionais de

organizações esquecem que estão procurando influenciar seus

funcionários – preocupam-se em “fazer reuniões” ou

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“concluir programas”, mas de forma ineficiente causando

uma percepção errônea da outra parte. Esse tipo de conduta

organizacional, na verdade, contraria os fatores mais

essenciais para tornar a comunicação eficiente, para fazer

com que a mensagem seja percebida de maneira correta.

Esses fatores resumem-se ao conhecimento dos seguintes

pontos: quem é o receptor pretendido? Que objetivo tinha o

emissor ao empenhar-se na comunicação? Como pretende a

fonte ou o receptor influenciar o comportamento, que espécie

de efeito quer produzir?”

Esse é um típico problema que poderia ser resolvido com uma house-organ,

que nada mais é do que uma revista ou jornal direcionado para o público interno, onde,

além das novidades na empresa, poder-se-ia ter matérias jornalísticas sobre as reuniões

e artigos sobre a cultura organizacional da empresa. Dessa forma, ajudaria a todos os

funcionários e gestores estarem entrosados, falando uma só voz.

Sobre influenciar pessoas pela comunicação empresarial, Berlo (1999, p. 13),

escreveu:

“Dissemos que o objetivo da comunicação é influenciar.

Contudo esta discussão implica que o homem “desconhece”

ou “esquece” o seu objetivo. Isso não quer dizer que haja um

objetivo próprio e que o homem deva estar ciente dele. Quer

dizer que há um objetivo na comunicação do qual muitas

vezes não estamos cônscios em nossa própria conduta.”

Nos anos 80, esse tipo de comunicação era visto como o ideal, porém a única

voz que se achava que deveria ser ouvida era a dos gestores, atualmente, essa visão tem

se mostrado ineficiente e por isso, tem sido mudada.

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A evolução tecnológica a partir dos anos 80 até hoje foi incrível. Não é preciso

citar todos, apenas a revolução causada pela internet já seria o suficiente.

Sobre os fatores do mundo, Daniela de Souza Ferreira(IDEM) reflete:

“Atualmente as organizações enfrentam um ambiente onde a

comunicação tornou-se cada vez mais complexa. Os meios de

comunicação tornam-se mais complexos, à medida que

refletem mudanças em valores sociais e culturais

ininterruptamente, que na maioria das vezes, não são

absorvidos com a rapidez adequada pelas organizações.”

Essa rapidez é destacada quando pensamos no meio internet, principalmente,

em suas novas ferramentas como o facebook e o twitter, que agem de forma ininterrupta

e tem um longo alcance. A preocupação das organizações sobre esses aspectos tem

crescido tanto que é difícil, hoje em dia, se pensar em alguma empresa que não possua

dentre seus canais oficiais de comunicação, alguma ferramenta de mídia social.

Sobre as relações entre gestores e colaboradores, Cristina Elisabeth Arnold

Beraldo disse em seu TCC de titulo “Comunicação interna como fator estratégico nos

processos de mudança”

“A comunicação de duas vias, que informa os funcionários

deixando claro por que determinadas decisões são tomadas e,

ao mesmo tempo, estimula os colaboradores a participar,

ouvindo suas opiniões e contribuições, faz com que o público

interno sinta-se co-responsável pelo sucesso da organização.

Assim, a comunicação integra os funcionários, envolvendo-os

com os objetivos e metas da organização. A integração do

público interno é fundamental, pois quando as pessoas

dispõem das mesmas informações e compreendem que são

parte integrante da vida organizacional, que possuem valores

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comuns e que compartilham dos mesmos interesses, os

resultados fluem. É de extrema importância que todos os

funcionários saibam quais são os objetivos da organização,

sua missão e valores. Desta forma, todos se sentem parte do

empreendimento, dedicando-se mais e contribuindo com

sugestões e críticas.”

Maria Tereza Gomes prossegue em seu artigo “Elas são as bem-amadas do

pedaço.” para a revista EXAME de 1996, ela diz:

“Além de motivar os colaboradores, a comunicação interna é

um importante fator de satisfação do público interno.

Pesquisas mostram que fatores como uma política de recursos

humanos arrojada, estímulo à participação, clareza de

objetivos e a comunicação interna, ao lado de boas condições

de trabalho, segurança, remuneração, justiça de tratamento e

estilo de supervisão determinam o grau de satisfação dos

empregados. Embora a comunicação com os colaboradores já

seja reconhecida como fundamental pela maioria dos

empresários, nessa matéria, quase todo mundo fica de

recuperação. Apesar de terem derrubado paredes e achatado

os organogramas, as empresas, na prática, ainda não

conseguiram que as informações circulem como os

funcionários gostariam”.

A empresa quando se propõe a trabalhar com a comunicação interna deve se

preparar muito bem para isso, construindo uma equipe multidisciplinar para a tarefa. É

interessante manter profissionais das áreas de jornalismo, publicidade, marketing e

relações públicas, pois essa equipe será vista como um pólo de informações da empresa

para a empresa e essa comunicação aponta para o futuro da mesma e a forma com que

ela pretende atingir o seu objetivo, pois da mesma forma que a intenção da ação é

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motivar, uma falha qualquer na ação, pode gerar resultados contrários, como

constrangimentos e desmotivação.

Comunicar bem pode ser uma tarefa difícil e complicada, porém aliada às

novas tecnologias e o investimento da empresa, ela pode ultrapassar o uso de murais e

house-organs e chegar numa radio ou até mesmo em uma emissora de TV interna. As

ações da comunicação interna podem, e devem, abranger também no que tange a

comunicação da empresa com os seus fornecedores e acionistas.

São formas, instrumentos ou veículos de comunicação interna: a assessoria de

imprensa ou de comunicação; os produtos que a empresa edita (jornais, revistas, vídeos,

etc), boletins informativos e outros.

O serviço de clipping também conhecido como press clipping, que é o

recolhimento de notícias publicadas sobre a empresa pela a imprensa, ganha um novo

sentido. Essas notícias são mostradas aos funcionários pelos meios de comunicação

interna e eles podem redigir seus comentários sobre as notícias e tê-los publicados nos

próprios meios internos.

A forma de se comunicar é mudada de acordo com as novas tecnologias. Nos

anos 80, somente os murais, panfletos e pequenos informativos eram utilizados.

Atualmente, temos grandes portais das empresas em intranets acessíveis por todos os

colaboradores em qualquer momento. Apresentações multimídias, programas de

televisão e até mesmo filmes fazem parte dos meios utilizáveis. Hoje em dia, por mais

incrível que possa parecer, existem até mesmo, redes sociais, como orkut e facebook

corporativas. Eles mostram a realidade da empresa e contribuem para a cultura

organizacional da mesma.

Todas essas ações para inserir todos os colaboradores e gestores no mesmo

contexto, sob um mesmo nível de importância para a empresa e todos com os mesmos

conceitos do que representa e defende a empresa, tem o objetivo claro de estimular a

todos a trabalharem com mais prazer e assim desenvolverem todo o seu potencial na

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própria empresa em que atuam. A valorização dos funcionários estimula e aumenta a

produtividade de formas além do esperado.

Os funcionários passam a defenderem a empresa fora dos seus limites. Trazem

novos clientes quando comentam com satisfação os serviços e valores que sua empresa

representa. Tornam-se assim como agentes propagadores dos conceitos para empresa.

Algumas empresas mais audaciosas estão indo além. Estão criando eventos e formas de

trazerem a família de todos os funcionários para esse contexto empresarial e assim

transformá-los também em agentes propagadores.

Uma das grandes mudanças no comportamento dos colaboradores é, já estando

adaptado à filosofia e conceitos da empresa, ele se sente mais capaz e preparado para

tomar decisões sozinho, dessa forma, precisando cada vez menos de chefias estando por

perto o tempo todo e isso proporciona um enxugamento significativo no organograma

da empresa.

Para avaliar melhor a importância da comunicação interna, foi feita uma

pesquisa da Right Management Consultants Inc., com 3,5 mil funcionários, mostrou que

as empresas correm sério risco de perder até um terço de seus mais valiosos

colaboradores, porque não entendem o que os motiva a permanecerem na companhia.

Na pesquisa, 54% dos funcionários citaram a comunicação honesta e aberta como um

dos três mais importantes aspectos da liderança de uma empresa; 48% dos entrevistados

disseram que não havia comunicação honesta e aberta entre a liderança e os

colaboradores; 22% de todos os pesquisados pensam em se demitir; 57% disseram que

não se sentiam participantes das mudanças dentro da companhia.

Segundo Mônica Adriana Salles em seu artigo “Para uma comunicação

estratégica eficiente: a capacitação dos gestores da organização na habilidade da

comunicação”:

“O gestor comunica-se em tudo o que faz: as roupas que

veste, o carro que guia, seus horários, o tempo que passa

junto à sua equipe e as comemorações que promove, a

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defesa (ou não) que faz de seus funcionários em uma

interface conflituosa, saudações com olhares amistosos ou

críticos e assim por diante. Assim, a comunicação do líder

abarca saber ler olhares, sorrisos, posturas e

comportamentos e também buscar a diplomacia em suas

atitudes. “

A Comunicação Interna por si só já tem uma grande importância e problemas

a serem resolvidos, a complexidade da resolução desses problemas da empresa começa

a aumentar quando pensamos que a comunicação interna é apenas um ponto do

conjunto para a motivação dos colaboradores.

Outros aspectos também são considerados como fundamentais para a

motivação dos colaboradores, dentre eles, a qualidade de vida no trabalho. No segundo

capítulo, iremos refletir sobre a história, importância e outros aspectos da QVT.

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Capitulo II – Qualidade de Vida no Trabalho: Visão Geral.

O trabalho, durante o decorrer da história, foi ocupando a maior parte do dia

do ser humano. No início o trabalho era apenas para suprir suas necessidades básicas de

subsistência, passou a ser, principalmente após a Revolução Industrial, o ponto central

da vida do homem.

O homem passa maior parte de sua vida em seu local de trabalho, dedicando

sua força, energia e capacidade mental para as organizações, além disso, com os

avanços tecnológicos, o “local de trabalho” pode ser em qualquer lugar, com a internet

qualquer lugar. pode-se transformar em uma estação de trabalho para a organização.

Ainda, quando o homem tenta ter algum momento de lazer - não estando no

local de trabalho e nem mesmo “conectado” - mesmo assim, a vida do homem gira em

função do trabalho, pois seus interesses se confundem com os interesses que o seu cargo

compete ter.

A empresa entende, cada vez mais, a importância do ser humano para se

alcançar as metas, pois, embora as maquinas possam ser mais baratas e produzirem

satisfatoriamente, além de precisarem ser operadas por homens, a capacidade de

raciocínio, de criatividade e de solucionar problemas está presente no homem e não

nelas.

Desta forma, a organização passa a se preocupar em oferecer um ambiente que

traga ao indivíduo: conforto, respeito, segurança e bem-estar, entre outros. Ou seja, a

organização deve oferecer um ambiente propício e que favoreça o uso de suas

capacidades.

Muitos fatores contribuem para uma não-qualidade de vida, por isso devem ser

identificados e combatidos com políticas e ações que visem minimizar, ou mesmo

eliminar, esses males que afetam, não somente o trabalho, mas também a vida familiar e

social dos colaboradores.

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Desde as revoluções industriais (séculos XVIII-XIX) as empresas tinham

apenas uma preocupação: A produção. Ou seja, os pensamentos estavam todos voltados

para apenas conseguir aumentar a produção e melhorar seus meios para assim aumentar

sua participação no mercado oferecendo produtos por um preço mais competitivo. O

colaborador era relegado a ser apenas um mero coadjuvante neste complexo processo

produtivo, convivendo em insalubres condições de trabalho, em meio as largas jornadas

de trabalho. Convivia-se também com a presença da sombra da exploração de trabalho

infantil.

O tratamento era desumano e os acidentes de trabalho eram freqüentes e tido

como normais diante da situação.

Felizmente, com o passar do tempo, as indústrias perceberam que a

necessidade de se aumentar a produtividade não poderia ser suprida apenas aumentando

o seu parque industrial. Dessa forma, foi necessário olhar com outros olhos para sua

força de trabalho e assim, tentar buscar junto a esses homens, formas e procedimentos,

que poderiam fazer com que a produção aumentasse.

Os primeiros estudos voltados para diminuir os esforços e melhorar a

capacidade produtiva foram desenvolvidos por Frederick Taylor no final do século XIX,

surgia então à administração científica que visava o estudo da melhor forma de se

executar um trabalho.

Os estudos desenvolvidos por Taylor contribuíram para que as organizações

obtivessem um aumento significativo na produtividade.

Estes estudos levaram à divisão de tarefas e à especialização dos

trabalhadores.

Esta forma de trabalho eliminava alguns problemas, como a grande quantidade

de acidentes, além disso, o operário iria produzir mais e, teoricamente, se cansaria

menos, entretanto, ainda eram maltratados pelos seus patrões, que não reduziram as suas

longas jornadas de trabalho.

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Segundo Maximiano (2000), os primeiros estudos sobre a relação do

desempenho humano com o ambiente de trabalho foram feitos pelo psicólogo Elton

Mayo entre as décadas de 1920 a 1940.

Esses estudos foram feitos com um grupo de moças de uma indústria

localizada na cidade de Chicago nos Estados Unidos, e ficou conhecido como a

experiência de Hawtorne.

Mayo desenvolveu sua pesquisa efetuando uma observação de um grupo de

operárias que foram observadas em ambientes separados da linha de produção ao qual

estavam familiarizadas. Ao final da experiência verificou-se que a produção elevou-se,

e podendo-se constatar que a satisfação das operárias tornara-se evidentes e revelou

ainda que as condições de ambiente, tratamento igualitário, gerência mais próxima,

respeito, valorização do trabalho, entre outros, foram fatores que serviram de estímulos

para as funcionárias, e desta maneira abriu caminho para outros estudos sobre a

qualidade de vida nas organizações.

Utilizando esses estudos como base, a antiga forma de se lidar com os

colaboradores em suas linhas de produção foi mudando aos poucos. Dessa forma,

começou-se a se tornar vital que a força de trabalho de uma empresa precise estar em

comunhão com os valores da empresa.

Segundo Costa (2002), o fator humano no trabalho tem sido tema de estudo

em diversas pesquisas científicas, principalmente nas áreas ligas à administração, mas

os estudos de Taylor fixou de maneira intensa suas concepções de mecanização do

trabalho do homem nas indústrias atuais.

Segundo Maximiano (2000), administração participativa é uma filosofia ou

modelo que valoriza a participação das pessoas na forma de se tomar decisões sobre os

mais variados aspectos da administração nas empresas.

Com base nessa perspectiva, o trabalhador passou de mero executor de tarefas

a participante ativo e pensante do processo de administração e produção das empresas.

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Cada vez mais, as organizações passam e já passaram a valorizar o ser humano e

reconhecer que o fator humano é o que a empresa tem de mais valioso.

Essa mudança ao longo dos anos, começou a repercutir até mesmo na

qualidade de vida no trabalhado de forma tão intensa, que atualmente, o desafio ao

intelecto do colaborador passa também a ser critério de QVT. Inclusive, nos cargos que

não oferecem essa possibilidade, criaram-se algumas alternativas e métodos, conforme

Genildo Lopes de Oliveira explica em seu artigo “Qualidade de vida nas organizações:

Possibilidade para alcançá-la”.

“A fim de aumentar a qualidade de vida no trabalho, para os

que têm cargos que não ofereçam oportunidades para

realização, reconhecimento e crescimento psicológico, os

setores de Recursos Humanos podem usar uma variedade de

métodos a fim de melhorar os cargos através de

reformulação. As técnicas mais amplamente praticadas

incluem rotação de cargo, promoção de cargo e

enriquecimento de grupo de trabalho. Essas técnicas,

usualmente, são referidas como programas de qualidade de

vida no trabalho.”

Para Davis e Newstrom (2001), a proposta de QVT é desenvolver um

ambiente de trabalho que seja tão bom para as pessoas como para saúde econômica da

organização. Para tanto, é necessário que haja um enriquecimento no trabalho, de forma

a deixá-lo mais desafiador.

Dentre as atribuições da QVT está a busca incansável por um ambiente

humanizado. O conceito básico é se aproveitar as habilidades mais especificas dos

colaboradores e buscar uma integração entre tecnologia, o trabalho e os colaboradores.

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A qualidade de vida no ambiente de trabalho não pode se limitar em apenas

precaver os possíveis acidentes de trabalho, ela necessita abranger toda a empresa e

todos os aspectos humanos.

As condições físico-psicológicas referem-se ao ambiente interno tanto físico-

geográfico como físico-psicológico de uma organização. Amplia-se a QVT.

Para Matos (1980, p.118), “a humanização do ambiente de trabalho significa

tornar o clima interno não opressivo, participativo, receptivo ao inter-relacionamento

cordial e cooperativo em todos os níveis”. Se tiver QVT é humanizar o trabalho, não há

dúvida de que este ambiente precisa ser bom, alegre e desafiador.

Pensando nisso, é necessário se desenvolver um estudo para desvendar as

causas de insatisfação dos colaboradores, tanto a vida familiar, como a vida social,

todos os aspectos do ser humano devem ser levados em consideração, tendo sempre

como pensamento que a insatisfação se reflete no ambiente de trabalho e afeta a

qualidade do trabalho e, obviamente, o desempenho em suas funções.

Dessa forma, o conceito de qualidade de vida no trabalho sofreu, e vem

sofrendo, ampliações em seu conceito ao longo do tempo.

Vários autores, entre eles Nadler e Lawler, Walton, Hackman e Oldhan,

criaram alguns indicadores que tentam nos mostrar os fatores que influenciam na

qualidade de vida dos trabalhadores.

Para Nadler e Lawler, a QVT está fundamentada em quatro aspectos mais

importantes. Aspectos como a participação dos colaboradores nas decisões,

reestruturação do trabalho através do maior desafio nas tarefas e grupos de trabalho,

sistema de recompensas arrojado e melhoria da qualidade dos aspectos do ambiente de

trabalho, como o físico, mental e horário de trabalho.

Estes aspectos demonstram que o funcionário passa a ser um colaborador, ou

seja, ele também está inserido na empresa, ele é uma parte da empresa que trabalha, isso

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já evidencia o crescimento da importância dos mesmos. Assim: a proposta de uma

participação mais ativa nas decisões ganha o lugar da perspectiva inicial de Taylor, de

que os funcionários devem ser apenas executores da tarefa.

Segundo Davis e Newstrom (1992), qualidade de vida no trabalho, quer dizer

os pontos favoráveis e desfavoráveis de um ambiente de trabalho para as pessoas. Onde

a proposta básica da QVT é desenvolver um ambiente de trabalho que seja bom tanto

para os colaboradores como também proporcionem a empresa a atingir seus objetivos.

Para Hackman e Oldhan, as dimensões do cargo são fundamentais na QVT,

estes aspectos produzem estados psicológicos críticos que conduzem a resultados

pessoais e de trabalho que afetam diretamente a qualidade de vida no trabalho.

Conforme Davis e Newstrom (1992, p.151) “as dimensões essenciais tendem a

promover a motivação, a satisfação e a qualidade do trabalho e a reduzir a rotatividade e

o absenteísmo.” (1992, p.151)

Observa-se que os administradores possuem uma grande importância no

processo de conscientização da qualidade de vida dos trabalhadores. Na questão do

significado da tarefa, é necessário que o gestor compreenda e faça com que os

colaboradores compreendam também a importância do trabalho de cada um no processo

produtivo, além de tornar o processo de trabalho mais claro, dá um sentido maior ao

trabalho do colaborador que pode contribuir para a sua satisfação pessoal no

desempenho de suas funções.

Igualmente importante, o feedback proporciona ao colaborador o poder se de

avaliação do trabalho, podendo detectar possíveis falhas e corrigi-las.

Percebe-se que as fronteiras da QVT são mais complexas e, basicamente,

envolvem a vida, tanto organizacional como social do colaborador, o que confirma a

proposta de que a QVT tenha uma visão biopsicossocial.

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Assim, concluímos que a qualidade de vida no trabalho aborda todos os

aspectos da vida do colaborador, sejam eles relacionados diretamente a tarefa que

executam, seja com os aspectos intangíveis, como satisfação e motivação no trabalho e

até mesmo, inclui aspectos sociais do colaborador, dando a QVT essa perspectiva de ser

biopsicossocial, englobando todo o colaborador.

Com os conhecimentos adquiridos sobre comunicação interna e qualidade de

vida no trabalho, vamos refletir sobre o impacto que uma boa política de comunicação

interna e se ela pode afetar positivamente a QVT.

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Capítulo III: Impacto da política de comunicação interna na QVT.

A comunicação sendo ela verbal ou não-verbal, por si só é tida como

fundamental em todos os aspectos do homem, principalmente, por sua importância

social e co-relacional.

Dessa forma, ela não poderia ser esquecida e relegada a segundo plano de

forma alguma, ainda mais quando se trata de políticas de qualidade de vida no trabalho.

A comunicação interna e a qualidade de vida no trabalho não podem ser

separadas. Essa perspectiva é tratada por Álamo Alexandre da Silva Batista em sua

dissertação “Um modelo de regressão logística”:

“É preciso entender que antes de ser um programa para

melhoria de um ambiente organizacional, a QVT envolve

questões de comunicação interna e uma maior participação

dos funcionários dentro das decisões a serem tomadas,

pertinentes a funções que os mesmos executam e ao ambiente

de trabalho.”

Reafirmando essa perspectiva, David Jose Santos e Reginaldo Barbosa

comentam em seu artigo “A comunicação interna favorecendo a qualidade de vida no

trabalho”:

“A comunicação e a qualidade de vida são temas que têm

sido estudados distintamente, com objetivos e objetos

diferentes. Os dois, porém, possuem uma característica de

benefício que pode ligá-los: a sua importância dentro das

empresas é indiscutível quando falamos de bem estar humano

e necessidades de relacionamento interpessoais do século

XXI.”

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Essa linha de pensamento nos mostra como os autores valorizam o aspecto das

relações interpessoais dentro das políticas de qualidade de vida no trabalho. Ou seja, a

qualidade de vida no trabalho é muito mais abrangente do que é pensado por muitos que

seria apenas a execução de programas de ginástica laborais, mas sim, é um conceito que

engloba várias vertentes do ser humano, até mesmo aspectos sociais, como a sua

comunicação.

Por exemplo, as pessoas em seu ambiente de trabalho, sentem a necessidade de

se expressar de forma mais aberta, dando suas opiniões ou até mesmo, fazendo

questionamentos e se, de alguma forma, essa necessidade não é suprida por falta de

resposta, essa “necessidade não suprida” pode se tornar um fator para a desmotivação

do individuo, podendo causar vários problemas, como queda da sua produtividade,

stress e o desenvolvimento de outras doenças. Assim, é imperativo que as empresas

apresentem um bom programa de comunicação interna e que ele esteja aliado e alinhado

com as políticas de qualidade de vida no trabalho, pois só assim, integradas,

comunicação interna e QVT, podem gerar resultados extremamente positivos.

Dentre outros exemplos, podemos mencionar o do Banco do Brasil, também

citado por David Jose Santos e Reginaldo Barbosa em seu artigo “A comunicação

interna favorecendo a qualidade de vida no trabalho”:

“Um exemplo de empresa que alia Qualidade de Vida à

Comunicação Interna é o Banco do Brasil, que possui forte

caráter de responsabilidade sócio-ambiental e que, por isso,

deve demonstrar esta característica junto aos seus

colaboradores. Para isso, o Banco criou, como resultado de

uma estratégia corporativa, equipes que atuam no âmbito de

cada agência e tratam de assuntos relacionados à

responsabilidade sócio-ambiental, qualidade de vida no

trabalho e comunicação interna. Cada equipe elabora planos

de ação que contemplam atividades direcionadas a estes

temas e estão encarregadas de conduzir estar ações em suas

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agências. Desta forma o Banco pretende fazer com que cada

agência e centro de suporte estejam alinhados às

características de sustentabilidade necessárias às empresas.”

Sob outra perspectiva, a comunicação interna está atrelada a qualidade de vida

no trabalho, quando pensamos na questão da relevância social na vida no trabalho. Por

exemplo, quando um colaborador percebe que a empresa a qual trabalha, está realizando

algum tipo de ação de forma irresponsável ou que não esteja dentro da filosofia da

empresa, há uma grande chance desse colaborador passar a depreciar o seu trabalho,

afetando sua auto-estima e, é claro, a sua produtividade.

Entretanto, se a empresa possuísse uma comunicação interna atuante, o

colaborador poderia já ter sido impactado pela imagem corporativa da empresa e,

conhecendo todos os canais de comunicação da mesma, efetuado algum tipo de

denuncia a uma possível conduta que não tivesse de acordo com a cultura da empresa,

se tornando, dessa forma, um defensor da imagem da empresa, ou até mesmo da

chamada, atualmente, de identidade corporativa da empresa.

Essa questão de identidade da empresa e com a identificação dos seus

colaboradores com ela é um outro grande aspecto a ser estudado, mas só para tomarmos

um exemplo, no ano de 1997, quando a Magazine Luiza ganhou o prêmio da “melhor

empresa para se trabalhar”, aspectos como credibilidade, respeito, imparcialidade e

camaradagem foram classificados por seus colaboradores como 5 estrelas e orgulho foi

classificado com 4 estrelas. Além disso, foi apontado pelos colaboradores que a maior

vantagem é a comunicação interna, que é livre e aberta em todas as direções.

Ainda sobre a comunicação interna nas pesquisas de melhores empresas para

se trabalhar, Suzana Da Rosa Tolfo e Valmíria Carolina Piccinini publicaram em seu

artigo “As melhores empresas para trabalho no Brasil e a qualidade de vida no trabalho:

Disjunções entre a teoria e a prática”:

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“A clareza e a abertura na comunicação interna foi o segundo

elemento que sinalizou excelência para trabalhar. O processo

de comunicação está relacionado ao fator de QVT

denominado constitucionalismo e compreende, entre outros, a

liberdade de expressão. A comunicação adquiriu relevância

diferenciada com a reestruturação produtiva, uma vez que

todo o processo de trabalho deve ocorrer de forma mais ágil,

atendendo à velocidade das mudanças que se impõem às

organizações. Ao invés das informações grandemente

filtradas que predominavam nos moldes do taylorismo, faz-se

necessário que as ações se tornem cada vez mais comuns, de

modo que sugestões, críticas e conflitos sejam aproveitados

pela organização, para melhorar a qualidade dos seus

produtos e serviços, e aumentar a produtividade e atender

adequadamente a clientela.”

Uma boa política de comunicação interna teve uma importância impar para a

colocação da Magazine Luiza no ranking das “melhores empresas para se trabalhar” e

ainda hoje, a comunicação é fato de suma importância para o ranking, ou seja, o

impacto e a relevância da comunicação interna na qualidade de vida no trabalho é

enorme.

Continuando sobre as relações entre comunicação interna e qualidade de vida

no trabalho, Raquel Oliveira em seu artigo “Benefícios especiais geram qualidade de

vida na empresa”, comenta que “dentre os benefícios que trazem qualidade de vida na

empresa, destaca-se a comunicação interna.”.

Além de todos esses efeitos impactantes causados pela comunicação interna na

qualidade de vida no trabalho, tem o mais simples de todos, que é somente a

comunicação da existência de ações de qualidade de vida no trabalho na empresa,

conforme Patrícia Bispo comenta em seu artigo “Diversidade de ações melhora QVT”:

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“Geralmente, as ações de QVT são divulgadas através de

campanhas que recorrem a cartazes, Intranet e e-mails

globais. Somando-se a essas ferramentas de comunicação

interna, também são realizadas reuniões com os gestores,

onde eles pedem a colaboração das suas equipes. “

A importância desse aspecto é salientado por Caroline Bolzan Rosalino e

Marucia Patta Bardagi em seu artigo “Percepções de funcionários de uma empresa de

transporte urbano sobre qualidade de vida no trabalho:

“Inicialmente, parece haver um paradoxo na organização, que

por um lado oferece as ferramentas de QVT, mas por outro o

colaborador tem conhecimento limitado das práticas

disponíveis. Essa limitação da informação por parte dos

colaboradores sobre a existência dos diversos programas,

percebida através dos dados coletados, é conseqüência da

deficiência da comunicação interna.”

No mesmo artigo, Caroline Bolzan Rosalino e Marucia Patta Bardagi propõe,

inclusive, um canal para a discussão dos próprios programas de qualidade de vida no

trabalho para que seus resultados e pertinência possam auxiliar na organização e

identificar melhor as oportunidade estratégicas e reorganização dos planos de

investimento nos colaboradores.

É inegável a correlação existente entre a comunicação interna e a qualidade de

vida no trabalho e suas importâncias, quanto juntas, como separadas. É preciso entender

que o impacto da comunicação interna na qualidade de vida é total, pois a própria

comunicação interna já está sendo considerada como um fator de QVT. Assim, é

imperativo salientar que a importância de suas ações e o quanto elas precisam estar

integradas para que ambas possuam o sucesso esperado.

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Com essa perspectiva, começamos a ter uma visão mais clara nessa reflexão

sobre os impactos da comunicação interna na qualidade de vida no trabalho.

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CONCLUSÃO

Pelo estudo sobre a comunicação interna, um dos ramos do endomarketing, foi

possível detectar a sua vital importância para as empresas, como a sua boa prática pode

trazer bons resultados, seja na simples transmissão de informações sobre a empresa

entre seus diversos setores, seja como fator motivacional dos colaboradores, seja até na

ajuda na criação de uma identidade corporativa para a empresa.

Seu impacto pode ser muito maior do que o esperado e, por isso, não pode ser

tratado como uma simples política da empresa. Precisa ter sua importância estratégica

reconhecida por toda a organização.

Esse tipo de prática, conforme descrito neste trabalho, deve-se ser elaborada

por uma equipe multidisciplinar, com profissionais das mais diversas áreas da

comunicação social, como jornalistas, publicitários, profissionais de relações públicas,

dentre outros, para que se possa atingir da melhor forma o seu público-alvo, visto que,

com uma ação mal executada, ou planejada, pode-se ter como resultado um efeito

inverso ao que se propõe, trazendo entre outras conseqüências, a desmotivação do

colaborador.

O impacto também é fato importância na interpretação e “incorporação” da

identidade corporativa da empresa pelo seu colaborador. Sendo a comunicação interna e

a qualidade de vida no trabalho aspectos fundamentais para essa identificação do

colaborador e sua conscientização de que faz parte da empresa, passando a defende-la

com unhas e dentes, mesmo estando fora do seu ambiente de trabalho.

É interessante entender que o impacto da comunicação interna na QVT é

sempre fundamental, mesmo quando a empresa é pequena e a QVT não passa de

algumas atividade de ginástica laboral na empresa, pois mesmo dessa forma, a

comunicação interna é fundamental para que uma ação como essa, seja conhecida entre

os colaboradores da empresa e passe a ser conhecida e utilizada.

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A conclusão que podemos chegar é que a política de comunicação interna e a

política de qualidade de vida no trabalho precisam ser integradas, pois somente dessa

forma, é possível causar o impacto desejado nas organizações, conseguindo construir

uma forte capacidade motivacional na empresa, aumento na capacidade produtiva e uma

ótima qualidade de vida no trabalho.

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