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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIOS-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
JOGOS E BRINCADEIRAS NA FORMAÇÃO PSICOMOTORA
DA CRIANÇA NA FASE PRÉ ESCOLAR
Por:
Adriana Teles Marinho Torres Bandeira
Orientador: Jorge Tadeu Vieira Lourenço, M. Sc.
Rio de Janeiro
2002
ii
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS – GRADUAÇÃO “LATO – SENSU”
JOGOS E BRINCADEIRAS NA FORMAÇÃO PSICOMOTORA DA CRIANÇA NA FASE PRÉ-ESCOLAR.
Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário Cândido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicomotricidade.
Por Adriana Teles Marinho Torres Bandeira.
iii
DEDICATÓRIA
...dedico a todas as crianças que foram, são e serão meus alunos e que serviram de inspiração para esta monografia.
iv
AGRADECIMENTO
...Agradeço a Deus e a minha família, que estão presentes em todos os momentos da minha vida
v
RESUMO
Os jogos e brincadeiras fazem parte da vida da criança desde que são bebês, e a
primeira brincadeira é a de se esconder. Com a maturação neurológica e motora, essas
atividades vão ficando mais complexas, com objetivos mais específicos.
A Psicomotricidade, que é o estudo do homem através do seu corpo em movimento,
nas relações com o mundo interno e externo, vem contribuir com suas funções nos jogos e
nas brincadeiras. As funções são: esquema corporal, tônus da postura, dissociação de
movimentos, coordenações globais, motricidade fina, organização espacial e temporal,
lateralidade. Equilíbrio e relaxamento.
O jogo, o brinquedo e a brincadeira são comuns na infância e fazem parte do
processo de construção de alguns valores, do respeito as regras, aos amigos, do cuidado
com o brinquedo, enfim o brincar é um ato importante para o desenvolvimento e para
socialização das crianças.
A brincadeira como ação do brinquedo e o jogo apresenta regras, uma ordem a
seguir. Neste trabalho algumas definições de jogos, brincadeiras e brinquedos são
apresentadas e relacionadas com as funções psicomotoras já citadas, mostrando realmente a
importância e a relação com a Psicomotricidade.
vi
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7
CAPITULO I 9
Psicomotricidade
CAPÍTULO II 18
Jogos e brincadeiras
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35
ÍNDICE 37
FOLHA DE AVALIAÇÃO 38
ANEXOS 39
vii
Introdução
Jogos e brincadeiras são ações que se inter-relacionam, pois na medida em que
existe um desafio, há um jogo com essas possibilidades, defrontando-se com situações
novas, formulando alguns conceitos e experiências anteriores. A aprendizagem envolve
uma troca precisa entre o aluno e o seu meio-ambiente, e o resultados estará relacionado
com a intensidade, freqüência, variedade e qualidade dessa troca. Segundo Mello (1996), os
educadores e outros pesquisadores da Educação incentivam o desenvolvimento infantil.
Pode-se afirmar que os jogos estão adquirindo gradualmente uma nova dimensão.
Os jogos e brincadeiras estão sendo mais um aliado no processo de ensino-
aprendizagem, inclusive com a tendência a multidisciplinaridade, durante uma brincadeira
pode-se introduzir elementos de matemática, ciências, movimentos corporais etc.
Dolto (1999) afirma que esses verbos: ser, ter, fazer, pegar, amar, odiar, viver,
morrer, só adquirem sentido por meio dos jogos. O entendimento deles chega a criança por
intermédio das experiências lúdicas de fracasso ou de domínio, por si mesma, das coisas
dos seres vivos.
O jogo é sempre uma esperança de prazer. Esse prazer, obtido ou não, é uma
experiência de si mesmo que sempre é adquirida, que sempre é criadora de um
conhecimento renovado de si mesmo e às vezes dos outros. A criança, desde que nasce, é
um organismo em constante interação com o mundo dos objetos físicos e o mundo das
relações sociais. Esse organismo esta ao mesmo tempo, passando por um processo de
maturação biológica. É a partir dessas interações (organismo-meio físico e social) que a
criança constrói formas, cada vez mais elaboradas, de adaptar sua inteligência à
complexidade do mundo que a rodeia.
Piaget sempre enfatizou a contribuição da criança na construção do seu próprio
pensamento, ou seja, a criança como agente do seu próprio desenvolvimento. Ao brincar,
segundo Aberastury (1972), a criança desloca para o exterior seus medos, angústias e
problemas internos, dominando-os por meio da ação. Repete no brinquedo todas as
viii
situações prazerosas. Os jogos e brincadeiras contribuem na evolução psicomotora através
dos aspectos cognitivos, afetivos, sociais e dos movimentos corporais.
O objetivo desse estudo é analisar a importância dos jogos e brincadeiras na
formação psicomotora da criança de 3 a 7 anos, na fase pré-escolar e selecionar os mais
significativos. Neste trabalho foi utilizado método dedutivo e abordagem descritiva, com
pesquisa bibliográfica e apoio na experiência de 6 anos da autora trabalhando com crianças
nessa faixa etária.
No capítulo 1, analisa-se o termo Psicomotricidade, os seus elementos, a influência
na vida social e efetiva da criança e as suas necessidades biopsicofisiológicas No capítulo
2, a definição dos jogos e brincadeira, com um breve histórico, os tipos de brinquedos,
brincadeiras e jogos e suas diferenças em relação a definição e a contribuição na formação
psicomotora da criança na fase pré-escolar, os elementos da Psicomotricidade relacionados
com os jogos e/ou brincadeiras
ix
CAPÍTULO I
PSICOMOTRICIDADE
x
1.1 PSICOMOTRICIDADE E SEUS ELEMENTOS BÁSICOS
Difícil falar em movimento que exclua por completo elementos mentais, nem
pensamento isento de qualquer elemento corporal. Em outras palavras, não há pensamento
sem corpo, atitudes ou movimentos, nem movimento que não implique um certo domínio
mental.
A Psicomotricidade tem como objetivo segundo Gomes (1992) desenvolver o
aspecto comunicativo de corpo o que equivale a dar ao indivíduo a possibilidade de
dominar seu corpo, de economizar sua energia, de pensar seus gestos a fim de aumentar-
lhes a eficácia e a estética, de completar e aperfeiçoar seu equilíbrio. Os componentes de
ordem cognitiva, afetiva e social acompanham o ato motor, e é diante de um quadro com
essas dimensões que a psicomotricidade deve atuar.
Segundo a Associação Brasileira de Psicomotricidade, no 1º Congresso de Terapia
Psicomotora 1982) os especialistas propuseram uma definição que viabilizasse o
entendimento comum do termo Psicomotricidade: é uma ciência que tem por objetivo o
estudo do homem, através do seu corpo em movimento, nas relações com o seu mundo
interno e externo.
Para Coste (1992), a Psicomotricidade é uma técnica em que se cruzam e se
encontram múltiplos pontos de vista, e que utiliza as aquisições de numerosas ciências
constituídas como a Biologia, a Psicologia, a Psicanálise, Sociologia e Lingüística, e além
disso é uma terapia, que dispõe-se a desenvolver as faculdades expressivas do indivíduo.
Em sua prática, a Psicomotricidade, empenha-se em superar essa posição: o homem é seu
corpo e não o homem e o corpo, em contrapartida seu corpo fala por ele, até mesmo a sua
revalia. Para Costallat (1992) a soma e a psique integram a unidade indivisível do homem.
A Psicomotricidade como ciência da educação enfoca esta unidade educando o movimento
ao mesmo tempo que põe em jogo funções intelectuais.
xi
1.2 Elementos da Psicomotricidade
Segundo Mello (1996), a partir de uma revisão da literatura na área, foi possível
chegar a uma classificação de 10 funções psicomotoras, a) esquema corporal: b) tônus da
postura; c) dissociação de movimentos; d) coordenações globais; e) motricidade fina; f)
organização espacial e temporal; g) ritmo; h) lateralidade; i) equilíbrio; e j) relaxamento.
Procurando delimitar para efeito deste estudo a abrangência das funções descritas, seguem
suas definições:
a) Esquema corporal: Segundo Bueno (1997), é um elemento básico indispensável para a
formação da personalidade da criança, sendo seu núcleo central, pois reflete o equilíbrio
entre as funções psicomotoras e sua maturidade. A consciência do corpo é alcançada pela
percepção do mundo exterior, da mesma forma que a consciência do mundo exterior
acontece por meio do corpo. É a linguagem que a criança estabelece através desse corpo é
de fundamental importância no processo educativo.
b) Tônus da postura: refere-se a firmeza à apalpação e está presente tanto nos músculos em
repouso como em movimento. Segundo Costallat Apud em Bueno (1997), considera o
tônus com um estado de atenção necessário para a harmonia do gesto e equilíbrio do
organismo. Ela divide o tônus em muscular, afetivo e mental. O tônus muscular refere-se
ao movimento executado, o tônus afetivo refere-se ao estado de espírito apresentado e tônus
mental, a capacidade de atenção naquele determinado momento de ação.
c) Dissociação de movimentos: é a noção das partes do corpo na execução de um
movimento.
xii
d) Coordenações globais: é considerada como a possibilidade de controle dos movimentos
amplos do nosso corpo, segundo Bueno (1997) permite a possibilidade de contrair
músculos diferentes de uma forma independente, inibindo movimentos parasitas com as
parotonias e sincinesias.
e) Motricidade fina é ação de forma ordenada dos pequenos músculo para exercícios
refinados, como: recorte, colagem, encaixe, etc, e envolve a coordenação viso-motora, a
coordenação viso-manual e a coordenação musculo-facial.
f) Organização espacial e temporal: organização espacial é a capacidade de orientar-se
diante de um espaço físico e de perceber a relação das coisas, referindo-se a perto e longe,
embaixo, em cima, dentro e fora, posição estática e movimento. Segundo Bueno (1997) é
a tomada de consciência da situação das coisas entre si. É a possibilidade, para a pessoa, de
organizar-se perante o mundo que a cerca, de organizar as coisas entre si, de colocá-las em
um lugar, de movimentá-las. Toda nossa percepção do mundo é uma percepção espacial na
qual o corpo é o termo de referência.
Organização temporal: é a capacidade de situar-se em função da sucessão dos
acontecimentos, da duração dos intervalos, é a noção de tempo, hora, meses, etc. A ação da
memória desempenha um papel importante para a compreensão do tempo, retém
lembranças, podendo-se organizar exercícios de orientação temporal utilizando, alto e
baixo, fraco e forte, ontem, hoje e amanhã, rápido e lento.
Segundo Mello (1996) tratando do movimento, a Psicomotricidade solicita a
associação de espaço e tempo conjuntamente, no desencadeamento de ações num
determinado espaço físico e numa seqüência temporal embora alguns autores as estudem
como duas funções isoladas.
g) Ritmo: esta presente em todas as atividades humanas (batidas do coração, por exemplo)
e se manifesta em todos os fenômenos da natureza. Baseado em Bueno (1997) as
atividades rítmicas são úteis para facilitar a exploração de outras formas de consciência
corporal, e o exercício rítmico só é educativo quando a criança utiliza atenção.
xiii
h) Lateralidade: é a capacidade motora de percepção integrada dos dois lados do corpo, o
lado direito e o lado esquerdo. A boa e correta definição de lateralidade caminha junto com
uma boa escrita envolvendo a orientação espacial e temporal.
i) Equilíbrio, segundo Bueno (1997) é a base de toda a coordenação dinâmica global. É a
noção de distribuição do peso em relação a um espaço e a um tempo e em relação ao eixo
de gravidade. O equilíbrio depende essencialmente do sistema labiríntico e do sistema
plantar. O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico
j) Relaxamento: envolve todo corpo, onde o trabalho mental é importante na redução da
tensão muscular. O relaxamento proporciona melhor noção do esquema corporal, melhor
estruturação espaço-temporal e equilíbrio, contração e descontração, baseado em Bueno
(1997) e ainda é a noção de enso, relaxado, duro, mole e a criança transpõe essas noções
para o seu próprio corpo.
1.3 A psicomotricidade na vida social e afetiva da criança.
Segundo De Meur e Staes (1991) a função motora, o desenvolvimento intelectual e o
desenvolvimento afetivo estão intimamente ligados na criança: a Psicomotricidade quer
justamente destacar a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e
facilitar a abordagem global da criança por meio de uma técnica. A Psicomotricidade ajuda
a viver em grupo, pois no grupo existe o diferente e a compreensão do ser humano, só é
possível através da compreensão do seu vínculo com o meio inter-humano, a relação
adulto-criança, geralmente numa atitude educativa, a relação criança-criança, papel
socializado, e a relação criança atividade, escolha de suporte.
A espontaneidade das atitudes da criança são bem evidenciadas logo na fase
sensório-motora. É através da espontaneidade motora que a criança vai construir suas
relações com o meio exterior, e pouco a pouco serão dirigidas por uma intencionalidade, e
essa intencionalidade, se dá através da confiança nos meios práticos mobilizados para
alcançar determinado fim até uma relação eficaz. As vivências corporais vão servir de base
xiv
para a repetição de movimentos ou para criação de novos padrões de movimento
associando vários movimentos e sentimentos.
Lapierre & Aucouturier (1988) afirmam: deve-se trabalhar com o que há de positivo
na criança: interessar pelo que ela sabe fazer e não pelo que não sabe fazer. É a partir daí
que a relação pedagógica pode descontrair-se, a situação deixar de ser dramatizada e a
criança reencontrar a confiança e segurança. A melhor maneira de ajudá-la a superar suas
dificuldades é fazendo-a esquecê-las.
1.4 - Necessidades Biopsicofisiológicas da criança
A criança apresenta alguns padrões de desenvolvimento previsíveis, podendo haver um
desenvolvimento normal, atrasado ou acima da média. Em seu livro sobre Educação Física
para o pré-escolar, Borges (1987 p.32) divide as necessidades da criança em quatro pontos:
a) Formação física: o alcance dos níveis gerais e satisfatórios para o desenvolvimento
Corporal, Orgânico, Postural e Motor.
b)Desenvolvimento e ajustamento da Psicomotricidade: É o responsável pelo
desenvolvimento do acervo motor da criança. Novas estruturas psicomotoras são
incorporadas e experiências motoras adquiridas são ajustadas. Aptidões perspectivas e
estruturação espaço-temporal são desenvolvidas, melhorando o esquema corporal.
c) Eficiência física e rendimento motor: Educação Física – domínio que a criança tem do
seu esquema corporal, das ações em relação ao meio. O rendimento motor corresponde ao
limite máximo das possibilidades observáveis.
d) Estímulo da Expressão Criativa através do movimento: a criatividade representa a
motivação para a prática regular da Educação Física. Através da maturação, ajustamento da
psicomotricidade, formação e eficiência física, a criança é capaz de resolver, criativamente,
por meio de movimentos expressivos, interpretativos e gestuais, quaisquer comportamentos
que lhe sejam apresentados no campo corporal.
xv
1.5 - Desenvolvimento psicomotor nas crianças de 3 a 7 anos
Normalmente, aos 3 anos, a criança utiliza o pronome “Eu” tomada de consciência de
si, reconhece e explicações, é capaz de classificar, identificar e comparar, vocabulário em
torno de 200 palavras, usa talheres e quer vestir-se e calçar-se sozinho, idade dos
“porquês”, começa a usar tesoura.
Aos 4 anos, tem mais elasticidade da articulações, coordena o movimento das mãos na
escrita, mas não apresenta feito motor, distingue frente e costas, salta com habilidade, inicio
da socialização, anda na ponta dos pés, reconhece as cores branco e preto.
Aos 5 anos, coordenação global desenvolvida, desenvolvimento do esquema
reconhecendo direita e esquerda em si apenas, coordenação viso-motora em
desenvolvimento, dissociação digital e manual, protege crianças menores, gosta de ajudar
em tarefas domésticas, aceita responsabilidades e ordens.
Aos 6 anos, apresenta experimentação do corpo, dissociação manual e digital já
estão firmadas (apresenta possibilidades de escrever), atitudes sociais bruscas, orientação
nobre, distingue os 2 lados (lateralização) não faz laços (algumas tentativas) troca de
dentes, anda de bicicleta.
Aos 7 anos, a dissociação estende-se por todo o corpo, reconhece lateralização no
outro, noção de temporalidade bem definida (passado, presente e fututuro), sabe ver horas,
não minutos, procura contato fora de casa. Para que exista um desenvolvimento psicomotor
adequado é preciso perceber as mudanças físicas que ocorrem nessa fase. Conforme
Curtiss (1988), um dos fatores fundamentais do desenvolvimento das habilidades motoras
durante os cinco primeiros anos de vida é o crescimento físico.
Nos primeiros anos de vida, a criança triplica seu peso, mas as proporções do seu
corpo mudam muito pouco. O tamanho da cabeça permanece um quarto do tamanho total
do corpo, enquanto que a proporção no adulto é de um oitavo. Os quatro anos seguintes
xvi
caracterizam-se por maiores mudanças nas proporções: os braços e as pernas crescem
rapidamente enquanto o tronco cresce mais lentamente. A altura alcançada do segundo ao
quinto ano de vida, é duas vezes o peso ganho. Durante os cinco primeiros anos, o
crescimento rápido dos ossos conta muito para o aumento do peso.
Dos três aos seis anos, a força aumenta em 65%. Este aumento no peso leva a uma
melhor habilidade dos membros, o que pôr sua vez permite maior velocidade na execução
de atividade motoras. Dos cinco anos em diante a rapidez do crescimento do tecido
muscular proporciona a força e a energia necessárias para o dinamismo das atividades
motoras.
Na idade pré-escolar, para Le Boulch (1992), a prioridade é a atividade motora
global. Esse período, de 3 a 7 anos, é uma etapa intermediária que deve responder dois
grandes objetivos, que são o de permitir a criança alcançar seu desabrochamento no plano
de vivência corporal, alcançando com bem estar o exercício da motricidade espontânea,
prolongada pela expressão verbal e gráfica, e o segundo objetivo o de assegurar a passagem
à escola elementar tendo o papel de prevenção, a fim de evitar que a criança de depare
nessa época, com dificuldades na aquisição das primeiras tarefas escolares. Apoiando-se no
trabalho essencialmente global é necessário ajudar a criança a estruturar os campos
perspectivas internos e externos.
Os objetivos do educador em relação a criança, segundo Kamil e Devries (1991)
são: objetivos sócios-emocionais: a) autonomia, baseado em Piaget que acredita que a
moralidade é construída pela criança de dentro para fora.
Heteronomia significa ser governado pôr outros, enquanto autonomia significa ser
governado pôr si mesmo. A moralidade da heteronomia caracteriza-se pela obediência e
conformismo às regras externas e/ou desejo dos outros. A moralidade da autonomia, é
caracterizada pela convicção pessoal sobre valores e regras que são constituídas pôr nós
mesmos. Crianças pequenas são todas heterônimas, e muitos adultos continuam pôr toda
vida. Uma criança continuará heterônoma ou autônoma, dependendo de como é tratada
pelos adultos, especialmente nos primeiros anos de vida. A repressão, coerção, castigos,
xvii
tornará a criança heterônoma, sem oportunidade de construir regras internas para governar
a si mesma.
b) Respeitar os sentimentos e direitos dos outros e começar a cooperar esta intimamente
relacionado ao primeiro objetivo, que se refere a relação da criança com o adulto, o
segundo objetivo é o dela com outras crianças. A interação com outras crianças é
importante para que se construa esferas moral e intelectual. c) é que a criança seja alerta e
curiosa, e use a iniciativa na perseguição de curiosidades, tenha confiança em sua
capacidade de classificar as coisas pôr si mesma e que diga o que pensa com convicções.
Também há os objetivos cognitivos, que são:
a) o de propor uma variedade de idéias, problemas e questões; b) colocar os objetos e
acontecimentos em relações e perceber semelhanças e diferenças.
É importante ressaltar que o desempenho se modifica a partir da prática e da
maturação. Todas as crianças progridem, porém velocidades diferentes, que devem ser
avaliadas por sua execução individual mais do que por idade.
xviii
CAPÍTULO 2
JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
xix
CAPÍTULO 2
JOGOS E BRINCADEIRAS
2.1. Definição de jogos e brincadeiras
Por meio da atividade lúdica, a criança expressa seus sentimentos, seus conflitos, e a
partir disso podemos reconstruir seu passado, sua história, como os adultos fazem com as
palavras numa terapia. Isto indica que o brinquedo, o jogo e ou a atividade lúdica
expressam os sentimentos que passaram e estão sendo vividos.
Segundo Abesastury (1972) um passo importante foi o de utilizar a observação na
hora do brinquedo para diagnosticar enfermidades e assim chegando a conclusão de que a
criança mostra sua fantasia inconsciente da sua enfermidade, como em muitos casos a
fantasia inconsciente da cura. Esta é outra prova das relações entre o desenvolvimento e a
atividade lúdica.
O ato de brincar já faz parte da vida da criança logo nos primeiros meses de vida, a
primeira brincadeira é a de se esconder e com ela elabora a angústia de despendimento e a
desolação por um objeto que deve perder, baseado em Aberastury (1972), o mesmo afirma
Dolto (199), para o bebê, um dos primeiros jogos de prazer cúmplice com o adulto é o
esconder o rosto e mostrá-lo de novo mas ele também se diverte em ser cúmplice consigo
mesmo.
Por volta do quarto, quinto mês de vida a criança brinca com seu corpo e com os
objetos, tudo o que for colocado a sua frente ele sentirá necessidade de tocar, percebe a
mudança de ambiente, brinca com os olhos, afirma Aberastury (1972) abrir e fechar os
olhos é perder o mundo ou possuí-lo. Percebe que do seu corpo saem som, balbucia, sendo
a 1a. tentativa de expressão verbal, o brinquedo indicado por Aberastury (1972) é o
chocalho, com ele também, algo aparece de desaparece: os sons.
O bebê senta com auxílio, em torno do 6º ao 7º mês de vida, no 8º mês arrasta-se,
segura um brinquedo (coordenação motora-fina), a partir do 9º mês senta-se sem auxílio e
xx
engatinha, no 10º mês, anda com auxílio do adulto, a partir do 12º mês anda livremente,
tornando-se uma pouco mais independente e a tendência é que com o passar dos anos vá se
tornando ainda mais independente à nível motor, mental – cognitivo e sócio-emocional.
Com 3 anos, gosta de exercícios de pular, de realizar exercícios através de histórias,
demonstra com mais clareza suas inseguranças e seus receios. Começam a valorizar um
espaço onde possa guardar seus brinquedos. O brinquedo amplia-se e complica-se nesta
época: a intensidade de brincar e a riqueza da fantasia permitem a avaliação da harmonia
mental. A criança que brinca bem, dá uma prova de saúde mental, ainda que apresente
muitos pequenos sintomas que angustiem os pais, é o que diz Aberastury (1972)
Para Piaget (1978), os exercícios lúdicos inicia-se na 2ª fase, que é a das adaptações
puramente reflexas. O jogo é interrompido como um pré-exercício dos instintos essenciais,
iniciado como a sucção que dá lugar a exercícios em seco, fora das refeições. Considerar
como verdadeiro os jogos, os exercícios do reflexo é muito difícil, pois estes prolongam
simplesmente o prazer de mamar e consolidam o próprio funcionamento da montagem
hereditária, manifestando assim uma autêntica função adaptativa.
Na 2ª fase o jogo já parece duplicar uma parte das condutas adaptativas. Durante a
3ª fase, o processo mantém-se inalteradas mas a diferenciação entre o jogo e a assimilação
intelectual é um pouco mais nítida. Na 4ª fase pode-se assimilar o aparecimento de 2
novidades relativas ao jogo. Em 1º lugar, as condutas mais características desse período
são suscetíveis de prolongarem-se em manifestações lúdicas, pelo prazer de agir sem
esforço de adaptação, tendo em vista atingir uma finalidade determinada.
Em 2º lugar, a mobilidade dos esquemas permite a combinações de verdadeiras
combinações lúdicas, passando o sujeito de um esquema a outro não para explora-lo
sucessivamente, mas para assegurar-se deles diretamente e sem qualquer esforço de
adaptação. Na 5ª fase, certas novidades vão assegurar justamente a transição entre essas
condutas da 4ª fase e o símbolo lúdico da 6ª fase. Com a 6aª fase, o símbolo lúdico desliga-
se do ritual, sob a forma de esquemas simbólicos, graças a um progresso decisivo no
sentido de representação.
xxi
A definição de jogo, pelos pesquisadores do Laboratoire de Recherche sur le Jaeu et
le Jonet, da Université Paris-Nord, como Gilles Brougére, Apud Mello (1966) e apontam 3
níveis de diferenciações:
a) o jogo como resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto
social: nesse caso o sentido do jogo depende da linguagem de cada contexto social.
Considerar o que o jogo tem um sentido dentro de um contexto significa a emissão de uma
hipótese, a aplicação de uma experiência ou de uma categoria fornecida pela sociedade,
veiculada pela língua enquanto instrumento de cultura da sociedade. Enfim, cada contexto
social constrói uma imagem de jogo conforme seus valores e modo de vida, que se expressa
pôr meio da linguagem
b) o jogo como um sistema de regra; que permite identificar em qualquer jogo, uma
estrutura seqüencial que especifica sua modalidade. Tais estruturas seqüênciais de regras
permitem diferenciar cada jogo, permitindo superposição com a situação lúdica, ou seja,
quando alguém joga, esta executando as regras do jogo e, ao mesmo tempo, desenvolvendo
uma atividade lúdica.
c) O jogo como objeto, pôr exemplo, o pião, confeccionado de madeira, casca de fruta ou
plástico, representa o objeto empregado na brincadeira de rodar pião. Os três aspectos
permitem uma compreensão do jogo, diferenciando significados atribuídos pôr culturas
diferentes, pela regras e objetos que o caracterizam.
O jogo, segundo Mello (1966), pode ser definido como uma atividade ou ocupação
voluntária, onde o real e a fantasia se encontram, que possui características competitivas,
ocorre num espaço físico e de tempo determinados, desenvolve-se sob regras aceitas pelo
grupo de participantes, e são, em geral, a habilidade física, o desempenho intelectual diante
das situações de jogo. E, às vezes, a sorte, os componentes responsáveis pela determinação
do jogo. Com freqüência, sua prática se dá num clima de tensão e expectativa,
principalmente face ao desconhecimento antecipado do resultado final.
xxii
Na teoria piagentina o jogo é estabelecido quando sua ação é compreendia, não
oferecendo mais alimento à exploração propriamente dita. O que era adaptação inteligente
converteu-se, pois, em jogo pôr deslocamento do seu interesse para a própria ação
independente de sua finalidade.
Segundo Piaget, (1978) há três grandes tipos de estruturas que caracterizam os jogos
infantis: o exercício, o símbolo e a regra, constituindo o jogo de condutas adaptadas. Certos
jogos não supõem qualquer técnica especial, são simples exercícios, mas sem modificar as
respectivas estruturas, tal como se apresentam no estado de adaptação atual. Somente a
função diferencia esses jogos que exercitam tais estruturas sem outra finalidade que não o
próprio prazer de funcionamento
A regra do jogo, não é uma simples regra inspirada na vida moral ou jurídica etc.
mas uma regra especialmente construída em função do jogo, embora possa conduzir valores
que o ultrapassam. Esse jogo de simples exercício, sem intervenção de símbolo ou funções
nem de regras, caracteriza especialmente as condutas animais.
O jogo simbólico, ao invés do jogo de exercício, que não supõe o pensamento nem
qualquer estrutura representativa especificamente lúdica, o símbolo implica a representação
de um objeto ausente, visto ser comparação entre um elemento dado e um elemento
imaginado e uma representação fictícia, porquanto essa comparação consiste numa
assimilação deformante. Ao invés do símbolo, a regra supõe, relações sociais ou
interindividuais. Um simples ritual sensório-motor, não constitui uma regra, dada a
ausência da obrigação, implica no máximo um sentido de regularidade.
Para Dornas (1986) o jogo pode ser visto como uma forma de preparação da criança
para capacitar-se à futura atividade do adulto, pôr isso, grande parte da atividade lúdica da
criança consiste em imitar as funções dos pais. Além de ajudar a criança a adquirir
conhecimento e habilidade, o ato de brincar a auxilia a lidar com seus sentimentos intensos
de amor e ódio, medo e tristeza, em situações algo distanciados do ponto de origem desses
sentimentos.
xxiii
Tentar definir o jogo não é tarefa fácil, afirma Kishimoto (1997), quando se
pronuncia a palavra jogo cada um pode entendê-la de modo diferente. A variedade de
fenômenos considerados como jogo mostra a complexidade da tarefa de defini-lo. A
dificuldade aumenta quando se percebe que um mesmo comportamento pode ser visto
como jogo ou não jogo. Uma mesma conduta pode ser jogo ou não jogo, em diferentes
culturas, dependendo do significado atribuído.
Kishimoto (1997) faz um histórico do jogo, começando antes da revolução
romântica, três concepções estabeleciam as relações entre jogo infantil e educação: a)
recreação, b) uso de jogo para favorecer o ensino de conteúdo escolares e c) diagnóstico da
personalidade infantil e recurso para ajustar o ensino às necessidades infantis.
O jogo visto como recreação, desde a antigüidade greco-romana, aparece como
relaxamento necessário a atividades que exigem esforço físico, intelectual e escolar. Pôr
muito tempo o jogo infantil fica limitado a recreação. Durante a Idade Média, o jogo foi
considerado não-sério, pôr sua associação ao jogo de azar, muito comum na época.
O jogo serviu para divulgar princípios de moral, ética e conteúdo de história,
geografia e outros, a partir do Renascimento, o período de compulsão lúdica. O
Renascimento vê a brincadeira como conduta livre que favorece o desenvolvimento da
inteligência e facilita o estudo. Ao atender necessidades infantis, o jogo infantil torna-se
forma adequada para a aprendizagem dos conteúdos escolares.
Tal forma de perceber o jogo esta relacionada com a nova percepção da infância que
começa a constituir-se no Renascimento: a criança dotada de valor positivo, de uma
natureza boa, que se expressa espontaneamente pôr meio de jogo, perspectiva que irá se
fixar com o Romantismo.
O Romantismo constrói no pensamento da época um novo lugar para a criança.Ao
observar as brincadeiras infantis e a capacidade imitativa da criança, o século XVIII exige o
conhecimento da criança como via de acesso a origem da humanidade. Supondo existir uma
xxiv
equivalência entre povos primitivos e a infância, poder-se-ia entender a infância como a
idade do imaginário, da poesia, à semelhança dos povos dos tempos da mitologia. Daí ter
sentido a afirmação de que o jogo é uma conduta espontânea, livre, de expressão de
tendências infantis, axioma que parte do principio de que o mundo em sua infância, era
composto de povos poetas. Ao seguir o século XIX, a Psicologia da Criança recebe forte
influência da Biologia e faz transposições dos estudos com animais para o campo infantil.
Para Aberastury (1972), é a definição da brincadeira é a de que a criança que brinca
investiga e precisa ter uma experiência total que deve ser respeitada. Seu mundo é rico e
em contínua mudança, inclui um intercâmbio permanente ente a fantasia e realidade. Se o
adulto interfere e irrompe em sua atividade lúdica, pode perturbar o desenvolvimento da
experiência decisiva que a criança realiza ao brincar. Não são muitos brinquedos de que
necessita para esta atividade, pelo contrário, se eles forem em demasia, podem estancar e
confundir a criança em suas experiências. Não precisa também de grandes espaços, mas
sim de um recinto próprio do qual se sinta dona.
Para Kishimoto (1997), diferente do jogo, o brinquedo supões uma relação íntima
com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de
regras que organizam sua utilização. Admite-se que o brinquedo represente certas
realidades. Uma representação é algo presente no lugar de algo. Representar é corresponder
a alguma coisa e pedir sua evocação, mesmo em sua ausência. O brinquedo coloca a
criança na presença de reproduções: tudo o que existe no cotidiano, a natureza e as
construções humanas.
Atualmente, os brinquedos reproduzem nosso mundo técnico e científico, com a
chegada de brinquedos eletrônicos, jogos, video-games, computadores, muitas vezes não
sendo muito fiel a realidade do cotidiano da criança, alguns jogos tem a violência muito
presente.
Ainda, baseado em Kishimoto (1997), a autora acredita que o brinquedo propõe um
mundo imaginário da criança e do adulto, criador do objeto lúdico. O fabricante ou sujeito
xxv
que constrói brinquedos neles introduz imagens que variam de acordo com sua cultura.
Cada cultura tem maneiras de ver a criança, de tratar e educar.
A imagem da infância é reconstruída pelo adulto pôr meio de um duplo processo: de
um lado, ela está associada a todo um contexto de valores e aspirações da sociedade, e de
outro, depende de percepções próprias do adulto, que incorporam memórias de seu tempo
de criança. A infância expressa no brinquedo contém o mundo real, com seus valores,
modos de pensar e agir e o imaginário do criador do objeto.
E a brincadeira, é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo,
ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que o lúdico em ação. Desta maneira, o
brinquedo e a brincadeira relacionam-se diretamente com a criança e não se confundem
com o jogo.
Para Borges ( 1987), o principal em um brinquedo não é a sua procedência, seu grau
de sofisticação e a beleza de sua aparência, mas o seu poder de envolver a criança em uma
atividade criativa. Privar a criança de brincar é privá-la de novas possibilidades, de novas
experiências, “queimar etapas” no seu processo de desenvolvimento mental, afetivo, social
e psicomotor. Para a criança, a brincadeira é diversão, é um momento de prazer e muitas
vezes, sentimentos e situações estão sendo exteriorizados nesse momento.
Segundo Dolto (1999) brincar é aprender a ser, é aprender a viver tanto sozinho
quanto com os outros trocando brinquedo, descobrindo novos jogos. São modos de
linguagem que se descobrem, novas dificuldades para superar, interesses para descobrir e
sobretudo um prazer.
O autor Mello (1966), no glossário do seu livro, define brinquedo e brincadeira,
como brinquedo o objeto empregado para brincar a brincadeira como sendo um tipo de
atividade lúdica que inclui o jogo e ações não necessariamente competitivas, desenvolvidas
individualmente ou em grupo. Alguns autores fundem brinquedo e brincadeira. Brincadeira
xxvi
é a ação, brinquedo como sendo o objeto da ação, o jogo é diferenciado pela presença de
regras.
2.2- Tipos de brinquedos, brincadeiras e jogos.
Existem um tipo de brinquedo que é o educativo, entendido como um recurso que
ensina, desenvolve e educa de forma prazerosa, o brinquedo educativo, segundo Kishimoto
(1997), Materializa-se no quebra-cabeça, destinado a ensinar formas ou cores, nos
brinquedos de tabuleiro que exigem a compreensão do número e das operações
matemáticas, nos brinquedos de encaixe, que trabalham noções de seqüência, de tamanho e
de forma, nos múltiplos brinquedos e brincadeiras, cuja concepção exigir um olhar para o
desenvolvimento infantil e a materialização da função psicopedagógica: móbiles destinados
à percepção visual, sonora e motora; carrinhos munidos de pinos que se encaixam para
desenvolver a coordenação motora, parlendas para a expressão da linguagem, brincadeiras
envolvendo músicas, danças, expressão motora, gráfica e simbólica.
O uso do brinquedo/jogo educativo com fins pedagógicos remete-nos para a
relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento
infantil. Ao permitir a ação intencional (afetividade) a construção de representações
mentais (cognição), a manipulação de objetos e o desempenho de ações sensório-motoras
(físico) e as trocas nas interações (social) o jogo contempla várias formas de representação
da criança ou suas múltiplas inteligência, contribuindo para a aprendizagem e o
desenvolvimento infantil.
Ao assumir a função lúdica e educativa, o brinquedo educativo merece algumas
considerações: a) função lúdica; o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer
quando escolhido voluntariamente; e b) função educativa: o brinquedo ensina qualquer
coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do
mundo.
xxvii
Há brincadeiras tradicionais infantis, considerada como parte da cultura popular,
Mello (1996), chama de jogos populares infantis, que para o autor são jogos praticados com
maior freqüência pôr crianças de classes populares, incluindo-se as camadas “classes
médias baixas”, e geralmente desenvolvidos em ruas, quintais, terrenos baldios e pátios
escolares.
Possuindo diferentes denominações e variações na sua evolução segundo a área
geográfica onde é praticado, uma das características básicas é a utilização de recursos
materiais de fácil acesso. Geralmente, esses jogos são passados de geração a geração, pôr
isso denominados de “jogos tradicionais” como pôr exemplo: amarelinha, boca-de-fogo,
cabra-cega, chicotinho queimado, etc.
Para Kishimoto (1997), pôr ser um elemento folclórico, a brincadeira tradicional
infantil assume característica de anonimato, tradicionalidade, transmissão oral,
conservação, mudança e universalidade. Não se conhece a origem da amarelinha, do pião,
das parlendas, da fórmulas de seleção. Seus criadores são anônimos. Sabe-se apenas, que
provém de práticas abandonadas pôr adultos, de fragmentos de romances, poesias, mitos e
rituais religiosos. Muitas brincadeiras preservam sua estrutura inicial, outras modificam-se,
recebendo novos conteúdos. A força de tais brincadeiras explica-se pelo poder da expressão
oral.
Enquanto manifestação livre e espontânea da cultura popular, a brincadeira
tradicional tem a função de perpetuar a cultura infantil, desenvolver formas de convivência
social e permitir o prazer de brincar. As brincadeiras de faz-de-conta, também conhecida
como simbólica, de representação de papéis ou sociodramática, o que afirma Kishimoto
(1997) é a que deixa mais evidente a presença da situação imaginária.
Para a autora, Kishimoto (1997), essa brincadeira surge com o aparecimento da
representação e da linguagem, em torno de dois a três anos, quando a criança começa a
alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus sonhos e fantasias e a
assumir papéis presente no contexto social. É importante registrar que o conteúdo do
imaginário provém de experiências anteriores adquiridas pelas crianças em diferentes
xxviii
contextos, incluindo a família e o seu círculo de relacionamento, o círculo apresentado pela
escola, as idéias discutidas em classe, os materiais e os pares. Ao brincar de faz-de-conta a
criança esta aprendendo a criar símbolos.
Para Dolto (1999), a inteligência de si mesmo, do mundo que o rodeia e dos outros,
é mediante o jogo com objetos que a função simbólica continuamente alerta no ser humano
constrói redes de analogia e de correspondência com a realidade concreta das experiências
manipuladoras corporais e mentais interindividuais. Os jogos simbólicos, concebido por
Piaget (1978) tem início com a função simbólica, ao final do primeiro ano de vida e início
do segundo. No final da primeira infância, os jogos simbólicos predominam sobre os
demais. As brincadeiras de rodas, segundo Mello (1966), geralmente ão desenvolvidas em
círculo, em que as crianças voltadas para o centro, cantam as chamadas “Cantigas de roda”.
As brincadeiras de construção, Kishimoto (1997) considera de grande importância
pôr enriquecer a experiência sensorial, estimular a criatividade e desenvolver habilidades da
criança. Para a autora, construindo, transformando e destruindo, a criança expressa seu
imaginário, seus problemas e permite aos terapeutas o diagnóstico de dificuldades de
adaptação bem como a educadores o estímulo da imaginação infantil e o desenvolvimento
afetivo e intelectual. Dessa forma, quando esta construindo, a criança está expressando suas
representações mentais, além de manipular objetos.
O jogo de construção tem uma estreita relação com o faz-de-conta. Não se trata de
manipular livremente tijolinhos de construção, mas de construir elementos para as
brincadeiras simbólicas. As brincadeiras se transformam em temas de brincadeiras e
evoluem em complexidade conforme o desenvolvimento da criança.
Há também os jogos gráficos, de competição, jogos de advinhar, jogos esportivos, etc.
2.3 A contribuição dos jogos e brincadeiras na formação psicomotora da
criança
xxix
Em cada idade pode-se observar como a criança utiliza sua brincadeira como uma
forma de conhecer seus sentimentos, o ambiente que a cerca, e tornar-se independente. Por
meio dos brinquedos, a criança aprende a manipular, ela aprende a noção de espaço e forma
dos objetos e seu inter-relacionamento.
Na fase pré-escolar as necessidades são: organização perspectiva e estruturação do
eu e o mundo, partindo de noções fundamentais, afirma Mesquita (1986), organização
espaço-temporal, domínio dos lados em relação a si mesmo e ao meio, esquema corporal e
coordenação, educação de movimentos. As propostas de atividades citadas pela autora são
atividades perceptivo motoras, preensão-locomoção e tônus postural que favoreçam o
domínio do corpo em relação ao mundo dos outros e dos objetos. Atividades de contraste,
jogos preliminares.
De agora em diante, as brincadeiras e jogos citados serão associados as funções
psicomotoras citadas anteriormente, que são: a) esquema corporal, b) tônus da postura; c)
dissociação de movimentos; d) coordenação globais; e) motricidade fina; f) organização
espacial e temporal; g) ritmo; g) lateralidade; i) equilíbrio e j) relaxamento.
a) Esquema coporal, que é a consciência do próprio corpo, de suas partes, das suas
posturas e atitudes, tanto em repouso quanto em movimento, a criança deve ser estimulada
a tomar consciência do próprio corpo, em diferentes porções. Para Le Boulch (1992), o
domínio corporal é o primeiro elemento de domínio de comportamento. É através do
movimento dinâmico que se consegue o controle do corpo e a percepção de espaço. É o
controle de si mesmo que permite ao indivíduo chegar a independência de seus
movimentos, pois o esquema corporal é mais do que uma representação mental, é a
integração dos vários, todos em contínua modificação, afirma Borges (1987).
Os níveis do esquema corporal a serem alcançados durante o período pré-escolar
são os de apontar as partes do corpo e nomea-las, movimentá-las de todos as maneiras;
reproduzir movimentos e posições, obedecendo ordens verbais; localizar sensações
identificando-as; representar graficamente o corpo, expressar-se corporalmente.
xxx
Os jogos e brincadeiras que se encaixam nesses níveis são os jogos gráficos
(desenho do corpo) as brincadeiras cantadas, como por exemplo as de identificar as partes
do corpo (cabeça, ombros, coxas, pernas e pés, perna e pé, olhos, orelhas, boca e nariz,
cabeça, ombro, coxas, pernas e pés) outras variações de brincadeira cantadas, utilizando
outras partes do corpo, e outras músicas como: minha boneca de lata caiu com (dizer a
parte do corpo., por exemplo, a mão) levou mais de uma hora para fazer arrumação
(movimentação da parte dita, como se estivesse consertando a parte que caiu no chão).
Atividades na frente do espelho, de fazer do outro uma boneca, mexendo as partes
do corpo e depois trocar as funções, variações dessa atividade o que faz a boneca modela o
corpo do outro com massinha, desenha, o que esta sendo modelado fica de olhos fechados e
faz no outro o que foi feito nele, variações. Dizer nomes de animais e as crianças terão que
imitar, ou dar papéis com os nomes dos animais escritos e a criança imita o animal que foi
pedido sem que as outras crianças saibam, elas terão que identificar o animal imitado.
Atividades utilizando mímicas, pode ser para representar o título de um filme, livro, novela,
música, etc.
b) Tônus da postura: o desenvolvimento do tônus é uma condição básica para a aquisição
de movimentos manuais coordenados, ou seja, para uma boa coordenação viso-manual.
Segundo Bueno (1997) para uma melhor harmonia corporal, o indivíduo deve permitir que
boa parte de seu corpo analógico (que não é lógico) emirja para a superfície lógica e seja
trabalhada. Essa é a chave do bem viver.
As atividades relacionadas ao tônus da postura são pôr exemplo a estátua, o pique estátua.
c) Dissociação de movimentos é a desagregação, a separação do movimento. Quando se
pede a criança que mexa o pé, geralmente ela mexe a perna e o pé, não tem ainda essa
noção clara de dissociação do movimento, que esta muito ligada com a noção de esquema
corporal e maturação neurológica. As atividades e brincadeiras são aquelas que o
movimento é isolado, as músicas utilizadas no esquema corporal se encaixam aqui também
pôr se tratar de pequenas partes dentro de um todo.
xxxi
d) Coordenações globais: são harmonia de movimentos voluntários dos grandes
segmentos do corpo ou a capacidade de controle de atos motores, as brincadeiras
tradicionais infantis como psique e suas variações, cabo de guerra, pular corda, carniça,
taco, amarelinha etc. São atividades que aperfeiçoam, a coordenação, o equilíbrio, postura e
o rítmico, o manejo de segmentos; adquire habilidades como subir e descer escadas, correr
em diferentes velocidades, caminha, salta com os pés unidos e em um dos pés.
e) Motricidade fina é a harmonia e precisão dos movimentos finos dos músculos das
mãos, pés e rostos, ou coordenação dos músculos pequenos para atividades finas. As
brincadeiras de construção no geral, que exigem trabalho dos músculos pequenos, o
quebra-cabeça, a bolinha de gude, o pião, brincadeiras ou jogos educativos que usem o
desenho, a pintura, a tesoura, também envolve a coordenação viso-motora e musculo-facial,
atividades de manejo e condução de bola com mão e pés, exercício de arremesso com uma
mão e com as duas (dardo, flecha, boliche), quicar a bola, receber a bola, arremesso para
cima, com uma ou com as duas mãos, etc.
f) Organização espacial e temporal: a espacial possibilita dirigir os movimentos em
determinadas direções e a temporal permite imprimir certo rítimo aos movimentos e à
respiração.
O desenvolvimento da orientação espacial esta intimamente ligado ao
desenvolvimento motor e ao esquema corporal, esta orientação se faz à medida que a
criança começa a movimentar-se mais livremente: movimentar a cabeça, estender braços
para pegar objetos, andar etc. O espaço se estrutura, em referência ao próprio corpo e se
organiza, através de dados proporcionados pelo esquema corporal e pela experiência
corporal. Uma brincadeira que se encaixa muito bem é cabra-cega, com os olhos fechados
perde-se muito a noção espacial, outras atividades em que os olhos fiquem fechados ou
cobertos, brincadeiras tradicionais, a de colocar o rabinho no cavalo, de olhos vendados,
alguns piques, o esconde-esconde, amarelinha.
Quanto a organização temporal, orientar-se no tempo é situar presente em relação a
um dia antes e um dia depois, é avaliar movimento no tempo, distinguir o rápido e o lento:
xxxii
esta é uma noção que se forma juntamente com as noções de espaço. A percepção do tempo
é mais complexa que a do espaço, e se manifesta mais tarde, através de momentos
concretos de experiência, afirma Borges (1987). A dificuldade de orientação temporal será
mais ligada ao saber ouvir, enquanto que a espacial ao saber ver.
Segundo Borges (1987) a criança em idade pre-escolar, avalia o tempo em termos
de distância, a distância em termos de velocidade e a velocidade em termos de tempo (usam
a distância e a velocidade para avaliar o tempo. Para as crianças pequena, o tempo fixo é
encerrado como lugar fixo”(hora do jantar”, “hora de dormir”) Só acreditam que hora do
jantar quando estão à mesa. Tempo intuitivo. A organização espacial está muito relacionada
com a organização temporal. O ideal é estimular a criança que mostra, inicialmente, seu
próprio rítmo, espontaneamente, para depois, lentamente, fazê-la perceber a estrutura do
rítmo que lhe é solicitado.
As brincadeiras são que usam tempo, como por exemplo as atividades com bola,
peteca, pular corda, ping pong, queimado, esconde-esconde, em círculo um joga a bola e
diz o nome de alguma criança que faz parte do círculo, nisso todos tentam ficar o mais
longe do centro do círculo, o nome que já foi falado, terá que pegar a bola, e dar apenas três
passos, tentando jogar a bola na criança que estiver mais próxima dela, caso não consiga,
volta para o centro do círculo e repete a brincadeira, vários tipos de contestes, essas
brincadeiras utilizam-se também organização espacial.
g) Rítmo, segundo Bueno (1997), as atividades rítimas são úteis para facilitar a exploração
de outras formas de consciência corporal. A atividade rítimica regulariza a força nervosa e
proporciona sensações agradáveis ao indivíduo. Por intermédio do rítimo a criança
conseguirá equilibrar os processos de assimilação e acomodação que permitem sua
adptação para poder apreciar os valores e ideais humanos. As brincadeiras são as dança da
cadeira e suas variações, dançar com balão de gás, produzir sons com o corpo,cantigas de
roda, ouvir batidas de tambor e depois bater o pé. Ou quicar uma bola, reproduzir com
palmas
xxxiii
h) Lateralidade; durante o crescimento é naturalmente definida uma dominância lateral na
criança. A lateralidade corresponde a dados neurológicos, mas também é influenciada pôr
certos hábitos sociais, as atividades que envolvem lateralidade são as de lançar a bola com
uma mão e pegar com outra, variações com peteca, com balão de gás, a bola encosta em
todas as partes do corpo no lado direito, depois no lado esquerdo, brincadeiras de iniciação
ao malabares com bolinhas, pular com um pé, depois outro.
i) Equilíbrio: é a capacidade para assumir e sustentar qualquer parte do corpo, é básico em
todas as áreas motoras como locação, postura. Caminhar sobre superfícies estreitas ajudam
a educar o equilibrio. As brincadeiras de estátua, pique estátua, andar nas pontas dos pés,
corrida da colher com uma bolinha,ovo cozido, com um copo de água, andar sobre plano
inclinado.
j) Relaxamento: segundo Bueno (1997) é uma forma de atividade psicomotora na qual se
objetiva a redução das tensões psíquicas, levando a descontração muscular, as atividades
são: pedir à criança que fique dura como um boneco de gelo, em seguida pedir que fique
mole, pois o gelo derreteu, relaxamento induzido, os pés estão moles, as pernas e assim pôr
diante, variação de seu mestre mandou.
Durante as atividades propostas, o importante é o bom senso e a criatividade do
professor, indo de encontro com as necessidades das crianças, através de uma atividade
lúdica que por trás esconde os verdadeiros objetivos, o que realmente está sendo
trabalhado. Muitas vezes, em alguns jogos e brincadeiras trabalha-se várias funções como
lateralidade e noção espaço-temporal em jogos com bola e assim várias vão sendo
exercitadas. Em algumas casos, as crianças dirigem a brincadeira, cabe ao professor estar
atento e usufruir deste momento. A variedade de jogos, de brincadeiras e brinquedos que
podem ser construídos pelas crianças é muito vasta, o incentivo por parte dos pais e
educadores neste processo é muito importante para estimular a criatividade dos pequenos.
xxxiv
CONCLUSÃO
A partir da pesquisa bibliográfica e do apoio de 6 anos da autora trabalhando com
criança na fase pré-escolar, concluí-se que o brincar, o jogar, o brinquedo é muito
importante na vida da criança. É o momento de criação, de construção de alguns valores, de
respeito às regras estabelecidas, de respeito aos amigos, ao brinquedo, é o momento em que
a criança é apenas criança.
É através da espontaneidade motora que se constrói a relação com o mundo, com o
outro. A Psicomotricidade contribui nos aspectos cognitivos, afetivos e motores junto com
suas funções que foram citadas no Capítulo 1, para a autonomia dessa criança, peparando-a
para a próxima etapa, a da escola, a da escrita.
No Capítulo 2. A definição de jogos por alguns autores, o papel da brincadeira, as
várias formas de brincar e do brinquedo. A contribuição da Psicomotricidade nessas
atividades e as relações das funções com os jogos e brincadeiras.
Realmente existe uma relação entre a Psicomotricidade e os jogos e as brincadeiras,
onde em muitas vezes é evidenciado um sentimento pela criança. Também no aspecto
motor, as funções como esquema corporal, lateralidade, organização espaço-temporal entre
outras, que preparam o corpo desta criança em um adulto consciente de sua estrutura física
do seu próprio eu, das suas limitações e das suas possibilidades. A conclusão desse estudo é
mostrar a relação construtiva entre o brincar e a Psicomotricidade e cabe ao professor
aproveitar esses recursos.
xxxv
BIBLIOGRAFIA
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Janeiro. Sprint 1986 p. 127.
REVISTA SPRINT. O Jogo na Educação. Rio de Janeiro. Sprint. 1986. p. 125.
xxxvii
INDICE
Dedicatória III
Agradecimento IV
Resumo V
Sumário VI
Introdução 7
CAPÍTULO 1 9
1.1 Psicomotricidade e seus elementos básicos. 10
1.2 Elementos da Psicomotricidade 11
1.3 A Psicomotricidade na vida social e afetiva da criança 13
1.4 Necessidades Biopsicofisiológicas da criança 14
1.5 Desenvolvimento psicomotor nas crianças de 3 a 7 anos 14
CAPÍTULO 2 – Jogos e brincadeiras 18
2.1 – Definição de Jogos e Brincadeiras 19
2.2 Tipos de brinquedos, brincadeiras e jogos 26
2.3 A Contribuição dos jogos e brincadeiras na formação psicomotora da criança 28
Conclusão 34
Bibliografia 35
xxxviii
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Instituto de Pesquisa Sócio-Pedagógicas
Pós-Graduação “Latu Sensu”
Título da Monografia:
Jogos e Brincadeiras na Formação Psicomotora da Criança na fase
Pré-escolar.
Data da Entrega: 18/05/2002
Avaliado por:_____________________________________Grau_______________
Rio de Janeiro, ______de ___________________ de 2002
_______________________________________________
Coordenador do Curso