38
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O PAPEL DO PSICÓLOGO NA GETÃO DE RECURSOS HUMANOS Por: Fabiani Almeida da Conceição Silva Orientadora Profª. Adélia de Araújo Rio de Janeiro 2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · Bleger (2007), relata que a Psicologia Institucional se insere tanto na história das necessidades sociais como na história da

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PAPEL DO PSICÓLOGO NA GETÃO DE RECURSOS

HUMANOS

Por: Fabiani Almeida da Conceição Silva

Orientadora

Profª. Adélia de Araújo

Rio de Janeiro

2010

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PAPEL DO PSICÓLOGO NA GESTÃO DE RECURSOS

HUMANOS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão de

Recursos Humanos.

Por: Fabiani Almeida da Conceição Silva.

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus por

mais uma conquista em minha vida.

Aos meus pais Tânia e Santana por

todo amor, incentivo, carinho nessa

caminhada. A meu esposo, Pedro, por

toda compreensão e apoio. A minha

filha Tuani, minha amiga, que eu amo

muito. A todas as pessoas que direta

ou indiretamente me ajudaram.

4

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, meu esposo e a minha

linda menina.

5

RESUMO

O presente estudo propõe-se apresentar a atuação do psicólogo no

Recursos Humanos ao longo da história da Psicologia Organizacional focando

a atuação do psicólogo neste contexto, assim como na qualidade de vida no

trabalho. Ressaltando que o trabalho do psicólogo na organização não pode

ser individualizado e descontextualizado do ambiente onde está inserido. Ele

deve atuar como um profissional de Recursos Humanos, um profissional mais

aberto, informado e desenvolver atividades que supram as necessidades das

organizações valorizando o capital humano.

6

METODOLOGIA

O interesse pelo tema surgiu a partir da vivência profissional no

Recursos Humanos da Secretaria Municipal de Saúde.

A presente pesquisa é de ordem bibliográfica exploratória a fim de

compreender melhor a historicidade dos fatos, com base em reflexões do autor

Zanelli, Jose Carlos, entre outros.

7

SUMÁRIO

Introdução ---------------------------------------------------------------------------------------- 8

Capítulo I - A História da Psicologia Organizacional --------------------------------- 9

Capítulo II - A atuação do psicólogo no ambiente organizacional --------------- 19

Capítulo III - A Qualidade de Vida na dimensão da psicologia

organizacional ------------------------------------------------------------------ 30

Considerações finais ------------------------------------------------------------------------- 37

Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------------------ 38

8

INTRODUÇÃO

O objetivo neste trabalho é discorrer uma proposta de atuação do

Psicólogo junto ao Recursos Humanos.

Atualmente, a Psicologia está vinculada as Organizações seja no bem-

estar dos colaboradores como nas emoções geradas no ambiente de trabalho.

Assim, a atuação do Psicólogo nas organizações tem deixado para trás

características simplesmente burocráticas como de um mero aplicador de

técnicas e procedimentos, sustentando-se no que se fala em subjetividade, em

qualidade total, em visão sistêmica do trabalho, todas as questões que

contrariam essa prática burocrática.

No primeiro capítulo será abordado a História da Psicologia

Organizacional, assim como os teóricos que contribuíram para o seu

desenvolvimento.

No segundo capítulo será apresentado a Atuação do Psicólogo no

ambiente organizacional, visando o desenvolvimento de competências relativas

a descrever as práticas tradicionais e inovadoras do psicólogo organizacional e

do trabalho, bem como as condições que levaram a elas e as dificuldades e

limites impostos.

E por último, no terceiro capítulo, será tratado a Qualidade de Vida na

dimensão da Psicologia Organizacional, bem como a sua importância no

contexto organizacional.

Enfim, já não mais se associa recursos humanos a papéis,

procedimentos, organização física de pessoas, tornando-se cada vez mais

claro a diferenciação básica de RH para setor de pessoal.

Pretende-se, então, discorrer uma proposta de atuação do psicólogo,

visando relacionar o conhecimento da Psicologia com a prática de RH.

9

CAPÍTULO I

A História da Psicologia Organizacional

Segundo Zanelli (2004), a história da psicologia organizacional é uma

criação do século XX, com seu inicio no final do século XIX, praticamente

desde o início do campo da psicologia. Os primeiros a realizar um trabalho de

psicologia organizacional foram os psicólogos experimentais que estavam

interessados em aplicar novos princípios de psicologia para resolver problemas

nas organizações, os primeiros trabalhos concentravam se em questões de

desempenho no trabalho e de eficiência organizacional. Os principais

fundadores são, Hugo Munsterberg e Walter Dill Scott, psicólogos

experimentais, ambos tinham interesse em seleção de funcionários e uso de

testes psicológicos.

Ele ainda destaca que outra influência no campo organizacional foi

Frederick Winslow Taylor, engenheiro de profissão, estudava a produtividade

dos funcionários de empresas. Defendia que o trabalho deveria ser analisado e

que o modo otimizado de executar as tarefas pudesse ser especificado, os

funcionários também deveriam ser selecionados de acordo com as

características relacionadas ao desempenho no trabalho. E os mesmos

deveriam ser treinados cuidadosamente para executar as tarefas e serem

recompensados por sua produtividade para incentivar a melhoria do

desempenho. Ainda no campo da engenharia Frank e Lílian Gilbreth,

aperfeiçoaram a idéia de Taylor, estudando maneiras de desempenhar tarefas

eficientemente, ou seja, a forma pela qual as pessoas as executam. O estudo

do tempo e movimento implica na medição e na sincronização das ações

executadas pelas pessoas durante as tarefas, tendo como objetivo desenvolver

uma maneira mais eficiente de trabalho.

A Primeira Guerra Mundial foi um importante impulso para o

desenvolvimento e reconhecimento da psicologia organizacional. Segundo

10

Muchinsky (2004), comitês de psicólogos investigavam a motivação dos

soldados, a moral e problemas psicológicos decorrentes da incapacidade física

e de disciplina. Também desenvolveram uma série de testes de inteligência

geral e pesquisas sobre a melhor colocação para os soldados alistados,

sempre de acordo com a sua capacidade física e mental.

Zanelli (2004), destaca que com a expansão da psicologia

organizacional, em 1924, uma série de experimentos se tornaram clássicos na

psicologia organizacional, entre eles os estudos de Hawthorne. Este estudo

envolve a investigação dos efeitos do nível de iluminação com o objetivo de

determinar o impacto dos níveis de iluminação no desempenho da tarefa dos

funcionários. Para surpresa dos pesquisadores, parecia não haver relação com

o nível de iluminação, a produtividade aumentou em todos os grupos. Isso

ocorreu devido à situação, eles reagiram positivamente ao novo tratamento que

estavam recebendo, com isso, percebemos então que os fatores sociais podem

ser mais importantes do que os fatores físicos no desempenho do funcionário.

Segundo Wandick (2009), na Segunda Guerra Mundial os psicólogos

estavam mais preparados para desenvolverem o seu papel, haviam estudado

os problemas de seleção e colocação de funcionários e haviam aprimorado

suas técnicas. E no decorrer da guerra os empresários perceberam que muitas

das técnicas poderiam ser úteis no ambiente empresarial, principalmente nas

áreas de seleção, treinamento e desenvolvimento de líderes empresariais.

Ela ainda destaca que, durante a década das duas Guerras Mundiais a

Psicologia Organizacional expandiu-se para a maioria das áreas nas quais ela

é utilizada hoje. As organizações foram ganhando maior porte e começaram a

contratar psicólogos. A Primeira Guerra Mundial ajudou a psicologia

organizacional a formar a profissão e dar-lhe aceitação social, já a Segunda

Guerra ajudou a desenvolvê-la.

De acordo com Zanelli (2002), os anos 50 foram marcados por intensa

luta dos psicólogos em busca da regulamentação da profissão e do processo

formativo. Em um artigo da primeira metade da década de 50, Dória

11

(1953/1954), tratando da formação e da regulamentação da profissão, diz que

“compete ao psicotécnico à tarefa de orientação e seleção profissional bem

como a direção de serviços que apliquem a psicologia à organização do

trabalho”.

Vale observar a alusão feita às possibilidades de um exercício mais

amplo do que apenas a aplicação de testes, em uma época em que as

atividades, no Brasil, eram dominadas pela Psicometria.

Ainda de acordo com a obra de Zanelli (2002), na década de 1960, a

pesquisa de psicologia organizacional contribuiu para que os psicólogos

começassem a formar empresas de consultoria, oferecendo serviços às

organizações mediante remuneração. Houve também a elaboração de padrões

de diretrizes de contratação pelo governo que os empregados eram obrigados

a cumprir e as empresas também eram legalmente obrigadas a demonstrar

através de testes, não discriminando nenhum grupo. Assim os psicólogos

passaram a serem legalmente responsáveis por suas ações.

“Analisando o desenvolvimento histórico, observa-se que a definição da área tem passado por diferentes concepções. Durante longo tempo na historia da Psicologia Industrial, os psicólogos voltaram-se apenas para o que aconteciam dentro da organização. Somente mais recentemente passou-se a prestar atenção nas relações entre o contexto imediato de trabalho, a organização e seu ambiente externo, daí derivando fatores associados ao comportamento das pessoas que trabalham na organização. A Psicologia Organizacional contemporânea enfatiza a interação das características do trabalhador, a natureza do trabalho, a estrutura organizacional e o ambiente externo”.(Zanelli, 2002, p.22 e 23).

Ele ainda afirma que, o desenvolvimento da Psicologia Organizacional

acompanhou em compasso subordinado, as ocorrências mundiais relativas à

área. Assim, o aparecimento da Psicologia Organizacional e do Trabalho está

claramente associado à crescente industrialização que ocorreu nos países

dominantes do cenário ocidental. A busca de critérios e procedimentos para

12

atender às finalidades de avaliação e seleção de empregados para as

industrias em expansão e de militares para os exércitos fez com que os

métodos e as teorias tivessem seus primórdios na área. O desempenho no

trabalho e a eficiência organizacional constituíram, desde o princípio,

preocupações que orientam as atividades dos psicólogos nas organizações.

“Convencionou-se estabelecer o período de 1860 a 1912 como a fase pioneira da Psicologia, desenvolvida, sobretudo através de Wundt, na Alemanha. A Psicologia do Trabalho emancipou-se da Psicologia Geral na seqüência de desenvolvimento da ciência psicológica. Esta emancipação é marcada pelo lançamento, na Alemanha, de Psicologia e eficiência industrial, seguido de fundamentos básicos de Psicotécnica, em 1913 por Hugo Münsterberg (Gabassi, 1979, p. 16-17)”.(Zanelli, 2002, p. 22 e 23).

Bleger (2007), relata que a Psicologia Institucional se insere tanto na

história das necessidades sociais como na história da psicologia e, dentro

desta última, não se trata só de um campo de aplicação da psicologia, mas

sim, fundamentalmente, de um campo de investigação; não há possibilidade de

nenhuma tarefa profissional se não é ao mesmo tempo, uma investigação do

que está ocorrendo e do que está sendo feito.

Assim, entendemos que a psicologia institucional não é um ramo da

psicologia aplicada, mas sim, um campo da psicologia, que pode significar em

si mesmo um avanço tanto na investigação como no desenvolvimento da

profissão.

“Psicologia Institucional caracteriza-se pelo âmbito (as instituições) e por

seus modelos conceituais; dentro de sua estratégia inclui-se, como parte

fundamental, o enquadramento da tarefa e a administração dos

recursos”.(Bleger, 2007, p. 37).

Continuando com Bleger (2007), Psicologia Institucional abarca o

conjunto de organismo de existência física e concreta que têm um certo grau

de permanência em algum campo ou setor específico da atividade ou vida

13

humana, para estudar neles fenômenos humanos que se dão em relação com

a estrutura, a dinâmica, funções e objetivos da instituição. Com esta definição

vale ressaltar, que a Psicologia Institucional não corresponde, por exemplo, as

leis enquanto instituições e sim os organismos em que concretamente se

aplicam ou funcionam.

“Um psicólogo pioneiro na área, Walter Dill Scott, em 1903, publicou um livro sobre a Psicologia da Publicidade: The theory of advertising. Uma década depois, em 1913, Hugo Münsterberg publicou o que pode ser considerado o primeiro compêndio da área, intitulado Psychology and industrial efficiency. Ambos eram psicólogos experimentais e ensaiavam os primeiros passos na aplicação dos conhecimentos da Psicologia”.(Zanelli, 2004, p. 467).

Em Zanelli (2002), no histórico da área, Gil (1982), ressalta a

importância do Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT) em São

Paulo, e do Instituto de Seleção e Orientação Profissional, da Fundação Getulio

Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.

O Instituto de Organização Racional do Trabalho entidade particular

implantada em 1930, tinha a finalidade de buscar soluções para os problemas

empresariais, estudando a organização da prática administrativa e a seleção e

treinamento dos trabalhadores. Teve um papel centralizador, no treinamento de

psicotécnicos, em geral, profissionais formados em Engenharia que se

dedicavam aos problemas de ajustamento ao trabalho.

Segundo Zanelli (2004), o livro de Münsterberg, localizava-se em torno

daquilo que viria a ser a atividade mais característica e dominante da

Psicologia aplicada ao trabalho: a seleção de pessoal e o uso de testes

psicológicos com o objetivo de maximizar o ajuste das pessoas aos cargos.

As atividades que os psicólogos mais realizam dentro da área

Organizacional são: recrutamento, seleção, aplicação de teste,

acompanhamento de pessoal, treinamento, avaliação de desempenho, análise

de função/ocupação, planejamento/execução de projetos, desenvolvimento

14

organizacional, cargo administrativo, assessoria, analise de cargos/salários,

aconselhamento psicológico, diagnóstico situacional, supervisão de estágios

acadêmicos, orientação/treinamento para profissionais, psicodiagnóstico e

consultoria.

Com o desenvolvimento organizacional surgem novos conceitos de

organização, de cultura organizacional e de clima organizacional. A

organização atua em um meio ambiente e sua existência e sobrevivência

dependem da maneira de como ela se relaciona com o meio, portanto ela deve

ser estruturada em função das condições e circunstâncias que caracterizam o

meio em que ela opera. A cultura organizacional, é um conjunto de hábitos,

crenças, valores e tradições, interações e relacionamentos sociais típicos de

cada organização, representam o costume e a maneira tradicional de pensar e

fazer as coisas, sendo assim, cada organização tem sua própria cultura. E o

clima organizacional constitui o meio interno ou a atmosfera psicológica, está

ligada ao moral e à satisfação das necessidades dos participantes, podendo

ser assim saudável ou doentio, quente ou frio, satisfatório ou insatisfatório, ou

seja, depende do sentimento dos participantes em relação à organização, se a

empresa está de acordo com as suas próprias necessidades.

O objetivo do desenvolvimento organizacional é mudar a cultura e

melhorar o clima da organização. A mudança é uma transição, de uma situação

para outra situação diferente. O processo de mudança implica em ruptura,

transformação, perturbações, interrupções, que resulta em adaptação,

renovação e revitalização. Segundo o modelo de mudança de Lewin o

processo de mudança envolve três etapas: a primeira o descongelamento do

padrão atual de comportamento, na qual as velhas idéias são derretidas e

desaprendidas para a implementação de novas, as necessidades de mudanças

são obvias e a organização como um todo rapidamente a entende. A segunda

etapa é a mudança, ela surge quando existe a descoberta e adoção de novas

atitudes, valores e comportamentos, é a fase em que novas idéias e práticas

são aprendidas, as pessoas passam então a pensar e executar de uma nova

15

maneira. E por último o recongelamento, na qual ocorre a incorporação de um

novo padrão de comportamento de modo que se torne uma nova norma.

O desenvolvimento organizacional baseia-se em processos grupais,

como discussões em grupos, confrontações, conflitos intergrupais e

procedimentos para cooperação. Existe um esforço para desenvolver equipes,

melhorar as relações interpessoais, abrir os canais de comunicação, construir

confiança e encorajar responsabilidades entre as pessoas. O objetivo é

construir equipes de trabalho, propor a cooperação e integração, ensinando

como ultrapassar diferenças individuais ou grupais para obter a cooperação e o

compromisso.

Também o desenvolvimento não segue um procedimento rígido, ao

contrário é flexível adaptando-se as ações para adequá-las às necessidades

específicas e particulares. Assim os participantes discutem todas as

alternativas possíveis e não se baseiam exclusivamente em uma única maneira

de abordar os problemas. Ele é feito por meio de equipes, as comunicações e

interações constituem os espaços fundamentais para obter multiplicação de

esforços e direção à mudança.

O processo de desenvolvimento organizacional é um processo de

mudança que leva anos e pode continuar indefinidamente. Esse processo é

dividido em oito etapas, a primeira envolve a decisão da empresa em utilizar o

desenvolvimento organizacional como instrumento de mudança organizacional

e escolher um consultor para coordenar o projeto. Na segunda, ocorre o

diagnóstico, na qual o consultor se reúne com a direção da empresa para

definir o programa ou modelo utilizado. Em seguida ocorre a colheita de dados,

que é realizada por meio de pesquisa para conhecer o ambiente interno, avaliar

o clima organizacional e obter dados sobre os problemas comportamentais,

através de reuniões com grupos. Então ocorre a retroação de dados e

confrontação, nesta etapa grupos de trabalhos são criados para avaliar e rever

dados obtidos, com o objetivo de localizar problemas e estabelecer prioridades

de mudança. A quinta etapa é o planejamento de ação e solução de

16

problemas, ou seja, elaboração de planos específicos responsáveis pela

condução das ações, quando e como elas devem ser implementadas. Em

conseqüência ocorre o desenvolvimento de equipes, na qual gerentes e

subordinados são incentivados a trabalharem em equipes utilizando a

comunicação aberta e confiança. Então surge o desenvolvimento intergrupal,

na qual os grupos realizam reuniões de confrontação com o objetivo de

alcançar melhor relacionamento entre as diversas equipes. E por ultimo está a

avaliação e acompanhamento, onde o consultor avalia os resultados e

desenvolve outros programas nas áreas onde os resultados apontam as

necessidades.

O agente da mudança utiliza várias técnicas de desenvolvimento

organizacional para realizar a colheita de dados, diagnóstico organizacional e

ação de intervenção. Estas técnicas têm o objetivo de melhorar a eficácia e a

relação entre pessoas, o funcionamento e as relações entre os grupos. Com

isso ocorre uma melhora na eficácia da organização como uma totalidade.

Assim, o trabalho do psicólogo organizacional é amplo e com o tempo

ele deixou a análise do individuo e passou a enxergar a organização.

Atualmente o psicólogo organizacional cumpre um papel muito mais político e

estratégico, na elaboração de políticas de recursos humanos, planejamento

estratégico, desenvolvimento de carreiras e planos de sucessos,

desenvolvimento de equipes, análise e mudanças da cultura organizacional,

programas de qualidade de vida, etc. Atuando assim com o estabelecimento de

estratégias para os vários escalões da empresa, na busca de objetivos de

curto, médio e longo alcance, identificando e propondo soluções para

problemas que envolvam os recursos humanos.

“A qualificação de profissionais preparados como especialistas em Psicologia Aplicada, no Brasil, começou com a formação de psicotécnicos. Psicotécnico era o nome atribuído ao profissional que aplicava os conhecimentos da Psicologia ao trabalho. Isto ocorreu através de um curso de Psicotécnica, sob a coordenação de Roberto Mange, realizado na Escola de Sociologia e

17

Política de São Paulo, em 1934. (Bologna, 1980, p.14)” (Zanelli, 2002, p. 21).

“Em 1947 foi fundado o Instituto de Seleção e Orientação Profissional. A preparação de técnicos para o tratamento científico dos problemas administrativos foi estabelecido como uma das suas principais atividades. O Professor Emilio Mira y Lopez tornou-se um dos seus mais destacados colaboradores”.(Zanelli, 2002, p. 22).

Como registrado nas obras de Zanelli (2004) a década de 50 marcou

efetivamente o surgimento da Psicologia Industrial ou do Trabalho, por obra de

Roberto Mange, Oswaldo de Barros Santos, criadores de diversas instituições

e autores de textos importantes, que trabalharam à margem das estruturas

universitárias.

Muitos autores e teorias administrativas, sociológicas e psicológicas

foram ou tem sido desenvolvida para ampliar os horizontes explicativos da

organização como um fenômeno psicossocial.

De acordo com Zanelli, 2004, vale ressaltar, nomes de alguns psicólogos

destacados na construção da Administração no século XX. Tais como:

Kurt Lewin – Desenvolveu estudos experimentais do comportamento de pequenos grupos. Deu origem aos Grupos T (de treinamento) e aos Laboratórios Nacionais de Treinamento (EUA).

Rensis Likert – Fundou o Institute for Social Research (EUA), um relevante centro de investigação da área. Revelou a importância da participação nos sistemas gerenciais.

Harold J. Leavitt – Realizou experiências em torno dos princípios fundamentais da Psicologia Organizacional. Demonstrou a superioridade da comunicação bidirecional nas relações de subordinação.

Elliott Jaques – Fundou o Tavistock Institute of Human Relations (Inglaterra), um relevante centro de investigação da área. Aplicou métodos psicanalíticos ao estudo dos conflitos organizacionais.

18

Frederick E. Emery; Eric L. Trist – Deram a origem a Escola Sociotécnica (Inglaterra), que coloca em relevo os conteúdos do trabalho. Desenvolveram a idéia de que a um sistema técnico de trabalho correspondem articulações sociais variadas.

Georges Friedmann – Teceu críticas severas as bases psicológicas dos princípios taylorista. Aprofundou a perspectiva social e histórica da organização do trabalho.

Chris Argyris – Destacou a responsabilidade da organização em assegurar que o potencial das pessoas seja realizado. Foi um dos autores que mais impulsionaram os estudos sobre aprendizagem organizacional.

Warren Bennis – Fundou o Instituto de Liderança (EUA) e desenvolveu a idéia da liderança como uma aptidão acessível. Desenvolveu a noção de gerenciamento ad hoc como antídoto a burocracia.

Geert Hofstede – Colocou ênfase da diversidade cultural e influenciou fortemente os estudos de administração cultural. Estabeleceu categorias que distinguem as culturas nacionais e marcou os estudos transculturais.

Edgar H. Schein – Como um precursor, teve forte influência no desenvolvimento do campo da Psicologia Organizacional. Estabeleceu pelo menos dois conceitos inovadores: cultura corporativa e âncoras de carreira.

Concluindo, examinando essa retrospectiva histórica de constituição do

campo da Psicologia Organizacional e do trabalho, fica claro que ele se

desenvolveu buscando dar respostas a desafios específicos postos pelos

contextos sociais, econômicos, políticos e tecnológicos que marcaram o século

XX.

19

CAPÍTULO II

A atuação do psicólogo no ambiente organizacional

“O trabalho é uma prática transformadora da realidade que viabiliza a sobrevivência e a realização do ser humano. Por meio do ato e do produto de trabalho o ser humano percebe sua vida como um projeto, reconhece sua condição ontológica, materializa e expressa sua dependência e poder sobre a natureza, produzindo os recursos materiais, culturais e institucionais que constituem seu ambiente, e desenvolve seu padrão de qualidade de vida”.Sigmar Malvezzi

A Psicologia do Trabalho constitui hoje, um campo de aplicação dos

conhecimentos oriundos da ciência psicológica a questões relacionadas ao

trabalho humano, com vistas a promover a saúde do trabalhador e sua

satisfação em relação ao trabalho.

Conforme, registrado na obra de Goulart (1998), este ambicioso objetivo

tem obrigado os especialistas em Recursos Humanos a buscarem a produção

científica na área de Saúde Mental, Psicologia Social, Administração,

Ergometria e outras áreas a fim de responderem as questões que lhes são

apresentadas no cotidiano. Eis por que é tão difícil encontrar bibliografia

realmente atualizada sobre o tema, a fim de ser utilizada em cursos de

graduação em Psicologia e Administração e nos diversos cursos de pós-

graduação destinados ao preparo de profissionais que pretendam lidar com o

trabalho de pessoas, quer no interior das organizações, quer fora delas.

Continuando, Goulart, relata que a Psicologia do Trabalho faz interface

com a gestão de recursos humanos em organizações dos setores público e

privado, que vêm sendo considerados distintos, para não dizer estranhos entre

si, embora ambos tenham de lidar com pessoas que trabalham.

20

A denominação, Psicologia Organizacional do Trabalho, mais

largamente utilizada em alguns países europeus, parece apropriada porque

traz a idéia tanto dos fatores contextuais imediatos do trabalho quanto das

características organizacionais que exercem influência sobre o comportamento

do trabalhador. A denominação mais corrente nos Estados Unidos tem sido

Psicologia Industrial e Organizacional (I/O Psychology). Psicologia Industrial

como foi chamado logo após o advento da Psicotécnica, refere-se aos

conteúdos mais tradicionais da aplicação. O acréscimo do termo

Organizacional pretende ampliar o conceito para o entendimento que se tem

atualmente.

O papel do psicólogo organizacional é de extrema importância e não

pode ser individualizado e descontextualizado do ambiente onde a organização

está inserida.

Ele deve atuar como um profissional que desenvolve atividades que

venham ao encontro das necessidades dos trabalhadores e das organizações,

auxiliando-as a tornarem-se competitivas e a sobreviverem neste mercado

globalizado, onde o capital humano e a qualidade de vida são os pontos

chaves para o sucesso organizacional.

Segundo Zanelli (2004), o psicólogo organizacional não pode ser apenas

um aplicador de técnicas, mas sim compreender o homem como um ser social,

que está em constante interação com o meio. Ele precisa consolidar sua

identidade profissional para não perder a oportunidade de demonstrar seu

papel e que este se torne conhecido, bem como suas possibilidades de

contribuir e sua importância estratégica dentro das organizações.

Ele ainda menciona os movimentos inovadores na psicologia

organizacional e do trabalho, tais como:

21

Movimento 1: Práticas consolidadas e tradicionais são renovadas nos seus procedimentos

• Análise do trabalho: novas tecnologias demandam habilidades que requerem novos métodos de análise (influência de elementos cognitivos). Assume um caráter prospectivo – as mudanças são intensas.

• Recrutamento e Seleção: diminui o peso dos testes psicológicos e novos instrumentos são usados. Cresce o interesse pelo processo pré-seleção: a importância de expectativas realísticas.

• Treinamento: o conhecimento e a aprendizagem são fatores de competitividades: as ações de treinamento se ligam a mudanças culturais e tecnológicas mais amplas. Autogerenciamento do processo de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional.

• Avaliação de desempenho: ampliam o seu escopo e deixam de ser feitas apenas pelo gerente ou supervisor. São vinculadas com desempenho do grupo/ equipe e da organização. Avaliação de potencial: vínculo com planos de desenvolvimento e carreira.

Movimento 2: Novas práticas são incorporadas, ampliando as propostas de intervenção.

• Administração de pessoal: planejamento e enriquecimento de cargos. Movimentação e desligamento de pessoas. Remuneração e beneficio. Planejamento de recursos humanos.

• Qualificação: desenvolvimento de carreiras e plano de sucessão. Desenvolvimento gerencial. Desenvolvimento de equipe.

• Condições de trabalho e higiene: segurança e prevenção de acidentes. Ergonomia. Saúde ocupacional. Programas de ajustamento e bem-estar. Assistência psicossocial.

• Relações de trabalho: programas de integração e socialização. Regulação de conflitos. Mudanças nos padrões de gestão. Mudanças na organização do trabalho.

• Mudanças organizacionais: programas de qualidade de vida no trabalho. Programas de qualidade total.

Movimento 3: Amplia-se o nível de intervenção frente aos problemas organizacionais e do trabalho.

• Do foco no indivíduo há um movimento consistente para entender e intervir sobre questões organizacionais mais

22

amplas. Consideração da gestão de recursos humanos integrada e estratégicos.

• Amplia-se o reconhecimento de que a pesquisa é uma prática indispensável para fundamentar as intervenções organizacionais. Além de propiciarem o conhecimento da realidade, funcionam como estratégias de participação dos empregados.

• Do plano das técnicas (aplicar instrumentos para solução de problemas específicos) a atuação evolui para os planos das táticas e estratégias e, finalmente, para o plano da formulação de políticas para as ações organizacionais.

Bleger (2007), relata que os contatos e as relações que o profissional

toma com a instituição constituem, desde o primeiro momento, o material que o

psicólogo deve recolher e avaliar. Isto lhe dará a possibilidade de conhecer, já

desde o começo, tanto situações vitais da instituição como os fatores negativos

e positivos que terá que enfrentar, já que a forma como a instituição se

relaciona com o psicólogo é um índice do grau de insight de seus problemas,

das defesas e resistências frente aos mesmos, dos esforços e direções em que

se tentou a solução ou encobrimento até este momento.

Ainda em Bleger (2007), os primeiros contatos que o psicólogo

estabelece com a instituição devem levar o propósito definido de estabelecer o

enquadramento da tarefa, o conhecimento das ansiedades frente à mudança

(intensidade e qualidade, mecanismos de defesa), o grau de aceitação ou

rejeição do psicólogo, as dissociações entre grupos que aceitam e outros que

rejeitam, as fantasias que se projetam sobre o psicólogo, o grau de realidade e

adequação das expectativas, etc. todos os primeiros contatos já conduzem a

uma impressão preliminar de caráter diagnóstico, para o qual se deve conhecer

também a história da instituição e, pelo menos, os grandes lineamentos de

suas características.

“Em psicologia institucional, interessa-nos a instituição como totalidade; podemos nos ocupar de uma parte dela, mas sempre em função da totalidade. Toda instituição tem objetivos explícitos tanto como objetivos

23

implícitos. Estes devem ser valorizados de forma separada dos efeitos laterais que uma instituição pode produzir.” (Bleger, 2007, p. 37)

“A demarcação dos objetivos mediatos ou gerais da tarefa coincide plenamente com os objetivos da psicologia institucional que o psicólogo deve ter perfeitamente esclarecidos e não admitir sobre eles nenhuma classe e equívocos. Em todos os casos. O objetivo do psicólogo no campo institucional é um objetivo de psico-higiene: conseguir a melhor organização e as condições que tendem a promover saúde e bem-estar dos integrantes da instituição. O Psicólogo Institucional pode se definir, neste sentido, como um técnico da relação interpessoal ou como um técnico dos vínculos humanos”.(Bleger, 2007, p. 77).

Do psicólogo organizacional, também é exigido uma postura proativa,

negociadora, perspicaz, atualizada, ética e flexível, que absorva as inovações

tecnológicas e comportamentais. O psicólogo organizacional é como consultor

interno e externo nas organizações e por isso deve ter um caráter

empreendedor, percebendo o grau de responsabilidade no sentido de implantar

a capacitação das empresas frente a novos desafios, adaptando-as às

exigências do mercado atual.

Ainda de acordo com Zanelli (2004), o psicólogo organizacional é

definido como um profissional que tem o papel de “ajudar a organização a

pensar”, e com isso ajudar a torná-la capaz de lidar com problemas

emergentes das mudanças nas relações entre o capital e o trabalho.

A prática do psicólogo organizacional é diversificada, dentro de suas

atividades em uma organização encontramos o Recrutamento e Seleção. O

recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair

candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da

organização, é realizado sempre de acordo com as necessidades presentes e

futuras de recursos humanos da organização. Existem dois tipos de

recrutamento, o recrutamento interno, que está fundamentado na

24

movimentação de quadro de pessoal da própria organização e o recrutamento

externo, que ocorre quando não é possível obter-se candidatos às vagas

dentro da organização. Após o processo de recrutamento inicia-se o de

seleção, é a tarefa de escolher os candidatos adequados às necessidades da

organização entre os candidatos recrutados. Nesta etapa são utilizados testes,

provas, entrevistas, dinâmicas, entre outros.

O psicólogo nas organizações também é responsável pelo

desenvolvimento organizacional, um conjunto de técnicas projetadas para

ajudar as organizações a mudar para melhor. Ajuda os funcionários a melhorar

seu desempenho e interagir com os seus companheiros de trabalho de forma

mais eficiente através de princípios e procedimentos comportamentais. Uma

iniciativa de desenvolvimento organizacional muda à forma com que as

pessoas trabalham, como elas se comunicam e como coordenam seus

esforços. O desenvolvimento organizacional é como “esforço de longo prazo,

apoiado pela alta direção, no sentido de melhorar os processos de resolução

de problemas de renovação organizacional, por meio de um eficaz e

colaborativo diagnóstico e administração da cultura organizacional, com a

assistência de um consultor-facilitador e a utilização da teoria e da tecnologia

das ciências comportamentais”.

Outra atividade muito solicitada ao psicólogo organizacional é a de

treinamento e desenvolvimento de pessoal. Esta é uma atividade necessária

tanto para funcionários novos como para os já experientes, envolve o

aprendizado e desenvolvimento de novas habilidades, obterem novos

conhecimentos e modificar atitudes e comportamentos. O treinamento é o ato

intencional de fornecer os meios para proporcionar a aprendizagem. O

desenvolvimento de um programa de treinamento envolve cinco etapas: a

primeira é a avaliação das necessidades, determinação de quem precisa de

que tipo de treinamento; a segunda é definir os objetivos do treinamento; a

terceira é projetar o programa de treinamento; a aplicação é a quarta etapa; e a

última é a avaliação do treinamento para certificar-se de que o objetivo foi

atingido, sendo assim o treinamento foi eficaz.

25

Avaliar o desempenho de funcionários também é muito importante, os

dados sobre o desempenho no trabalho têm múltiplas aplicações nas

empresas. Como atividade típica de controle administrativo a avaliação de

desempenho torna-se parte atuante da estratégia gerencial, cujo propósito

central é conseguir que os membros da equipe de trabalho orientem seus

esforços no sentido dos objetivos da empresa. A avaliação constitui-se numa

série de técnicas com a finalidade de obter informações sobre o

comportamento profissional do avaliado.

Em decorrência da avaliação de desempenho vem a política de cargos e

salários. As descrições de cargos são utilizadas para descrever tanto os

diferentes tipos de trabalhos quanto às características humanas necessárias

para o desenvolvimento das atividades, é o registro das funções, tarefas e

responsabilidades atribuídas a uma ou mais pessoas. O salário é uma

recompensa para o trabalhador, o sistema de recompensa, inclui o pacote total

de benefícios que a organização oferece aos seus participantes. Esse pacote

não envolve apenas o salário, férias, prêmios, promoções, mas também outros

aspectos menos visíveis. Do ponto de visa da empresa serve para atrair e

manter pessoas altamente qualificadas, recompensar os serviços prestados,

motivar desempenho futuros. Para o trabalhador a recompensa proporciona

sentimento de segurança, reconhecimento, um objetivo para ser atingido.

Também ao desempenho do funcionário está ligada a sua motivação,

que tem a ver com a direção, intensidade e persistência de um comportamento

ao longo do tempo. A direção refere-se à escolha de comportamentos

específicos dentro de uma série de comportamentos possíveis. A intensidade,

ao esforço que uma pessoa empenha na realização de uma tarefa. E a

persistência diz respeito ao contínuo empenho em um determinado tipo de

comportamento ao longo do tempo. Em outra perspectiva a motivação refere-

se ao desejo de adquirir ou alcançar algum objetivo, assim à motivação resulta

dos desejos, vontades, necessidades.

26

O psicólogo é um dos técnicos da empresa que tem condições de

planejar e subsidiar programas de melhoria da qualidade de vida nas

organizações, auxiliando na formação de estratégias organizacionais,

desenvolvendo atividades que promovam o desenvolvimento profissional e

pessoal dos funcionários.

Muchinsky (1990 apud Zanelli, 2002, p.27) divide o trabalho do psicólogo

ou subespecialização de seis ramos:

1) Psicologia do Pessoal: É o ramo, mas tradicional da área. O psicólogo concentra-se nos aspectos das diferenças individuais, determinando os requisitos do trabalho, realizando seleção, avaliando desempenho e treinando pessoal.

2) Comportamento organizacional: A organização determina e é determinada pelos indivíduos e os grupos. O psicólogo nesse ramo estuda a formação e o funcionamento dos grupos, os estilos de liderança, o comprometimento com os objetivos da organização, os padrões de comunicação, entre outros estudos.

3) Ergonomia: Também chamado de psicologia de engenharia ou psicologia dos fatores humanos. Busca compreender o desempenho humano no trabalho associado às relações estabelecidas pelo sistema homem-máquina.

4) Aconselhamento de carreira e vocacional: Esse ramo preocupa-se com integração da pessoa com o trabalho, visando à satisfação do trabalhador. O aconselhamento é utilizado para ajudar a pessoa a escolher atividades compatíveis com suas habilidades e interesses.

5) Desenvolvimento organizacional: Nesse ramo busca-se a eficiência da organização por meio do diagnóstico de seus problemas e ou planejamento de mudanças. Envolve modificações no sistema psicossocial, no sistema técnico e nos procedimentos de trabalho.

6) Relações industriais: Fala a respeito dos problemas das relações entre empregados e empregadores. O psicólogo deve conhecer a legislação trabalhista, interagir com sindicatos e intermediar as negociações entre segmentos da foca de trabalho.

27

Porém, para Zanelli (2004), embora o psicólogo possa desenvolver

atividades relacionadas às áreas acima descritas percebe-se que o mesmo

ainda executa em geral apenas uma parte destas atividades, desprendendo-se

aos poucos de uma visão tecnicista e abrindo espaços para um modelo mais

generalista.

Segundo Zanelli (2004), Maslow em sua obra publicada em 1954 explica

que a motivação se baseia na teoria das necessidades, que parte do principio

de que as necessidades humanas estão em uma pirâmide de importância e de

influencia do comportamento humano, na base da pirâmide estão as

Necessidades Fisiológicas (inatas, como fome, sono,...), acima as

Necessidades de Segurança (busca de proteção), em seguida as

Necessidades Sociais (individuo junto a outras pessoas), acima as

Necessidades de Estima (auto-avaliação, auto-estima) e por último,

Necessidades de Auto-realização (desenvolvimento de capacidades).

Chiavenato (2005) faz relação da teoria de Maslow com o trabalho, em

relação às necessidades Fisiológicas, são satisfeitas através de horários de

descansos, conforto físico no trabalho, etc. As necessidades de Segurança se

satisfazem através de condições de trabalhos seguras, remuneração,

estabilidades, entre outras. Necessidades Sociais são supridas com interações

entre colegas, clientes, supervisores. As necessidades de Estima são saciadas

com reconhecimentos, bons resultados, apoio de superiores. E por último as

necessidades de Autorealização são satisfeitas através de desafios,

autonomia, participação em decisões, etc.

Percebe-se então que motivação está dentro de cada um e pode ser

influenciada por fontes externas ao indivíduo ou pelo seu próprio trabalho na

empresa. A motivação intrínseca e extrínseca deve ser complementar por meio

do trabalho gerencial. O gerente deve conhecer o potencial interno de

motivação de cada subordinado e deve saber como extrair do trabalho as

condições externas para elevar a satisfação profissional.

28

Não é somente na motivação que a liderança tem um papel

fundamental, os lideres são responsáveis diretos pela sobrevivência e pelo

sucesso da organização. A liderança constitui uma necessidade do trabalho em

equipe, o líder deve saber como conduzir as pessoas, ou seja, como liderar e

administrar as diferenças entre elas. Existem líderes formais, gerentes,

coordenadores, supervisores, diretores, e líderes informais que surgem nos

grupos de trabalho e podem até ter maior influência no comportamento dos

outros trabalhadores do que o líder formal. Um líder deve ter um bom

relacionamento com seus subordinados, pois é através deles que ele consegue

a execução de tarefas, a alocação de recursos materiais e financeiros, a

produção de bens e serviços, e principalmente o alcance dos objetivos

organizacionais.

“Em um importante estudo realizado na década de 1980. O Conselho Federal de Psicologia traçou uma ampla descrição da atuação do Psicólogo no Brasil, apontando dificuldades que cercavam o exercício profissional e sinais de que transformações em curso estavam começando a delinear novos fazeres ou novas práticas nos diversos subcampos da Psicologia”.(Zanelli, 2004, p.474).

A mudança ocorrida tanto no conceito quanto na forma de organização

do trabalho humano tem exigido da Psicologia contribuições mais críticas e

objetivas para que se consiga atingir as metas.

“A formação profissional e o exercício das atividades de trabalho pelo psicólogo organizacional tem sido restrito, precário e deficiente. Os limites no preparo para a atuação, em muitos cursos de Psicologia, não ultrapassam as linhas demarcadas pela Seleção e Orientação de Profissional, o que revela uma obsolência até no título conservado para a disciplina”.(Zanelli, 2002, p. 17).

A psicologia aplicada ao trabalho constitui, assim, um ramo de

conhecimento que está se renovando, atendendo aos apelos da modernização,

buscando preencher lacunas antes inexistentes.

29

“A formação do psicólogo para atuar em organizações tem sido sobremaneira relegada. São inúmeras as evidencias deste fato. Uma das mais óbvias é a quase ausência de cursos ao nível de pós-graduação existentes no país, que oferecem oportunidades ao profissional para continuar seus estudos”.(Zanelli, 2002, p. 18).

Assim, percebemos que, a formação integral do psicólogo do trabalho,

relegada a um segundo plano pelos currículos dos cursos de Psicologia, que

privilegiam a clínica em detrimento das demais habilitações do profissional, é

fundamental para a constituição de uma prática capaz de lidar com problemas

emergentes das mudanças nas relações entre o capital e o trabalho, impostas,

pela nova conjuntura econômica social.

Importante ressaltar que o psicólogo não e o profissional da alienação, nem da exploração, nem da submissão ou coerção, nem da desumanização. O ser humano, sua saúde, sua integração e plenitude constituem o objetivo de seu trabalho profissional, aos quais não deve renunciar em nenhum caso. Sua função tampouco deve ser confundida com a educacional, no sentido corrente que tem este último termo.”(Bleger, 2007, p. 43)

30

CAPÍTULO III

A Qualidade de Vida na dimensão da Psicologia

Organizacional

Todo homem busca uma meta: sucesso ou felicidade. O único caminho para se alcançar a si próprio completamente a serviço da sociedade. Primeiro ter um ideal definido, claro e prático – uma meta, um objetivo. Segundo, ter os meios necessários para alcançar seus propósitos – sabedoria, dinheiro, materiais e métodos. Terceiro, ajustar seus meios e seus propósitos.

Aristóteles

Atualmente as organizações vivem em um ambiente globalizado e

competitivo e a busca por resultados torna-se cada vez mais desafiadora. O

que exige dos trabalhadores a capacidade de suportar cobranças e viver

constantemente sob pressão.

“Nem sempre as pessoas, em seu dia-a-dia se dão conta do quanto à vida de cada de cada um é afetada por características, eventos e processos que acontecem, caracterizam e transformam o mundo do trabalho e as organizações humanas voltadas para produzir bens e serviços socialmente demandados”.(Zanelli, 2004, p. 466).

Ao longo da história, os processos de socialização foram sendo

delegados a instituições e organizações sociais. Cada vez mais cedo as

crianças entram na escola e nela passam parte significativa de suas vidas

preparando-se para ocupar um papel social. Além disso, trabalhadores passam

seus dias em organizações, produzindo bens que todos consomem. Esse dia-

a-dia é repleto de demandas, desafios, expectativas, tensões, realizações,

alegrias, sofrimentos, que de uma forma ou de outra, se interligam e se

estendem para a vida fora do trabalho.

31

O trabalho e as organizações de trabalho estão presentes na vida de

todos. O cotidiano de cada um, muitas das vezes, é afetado pelo

funcionamento dessas organizações sociais. O bem-estar, a qualidade de vida,

assim como, os problemas enfrentados pelas pessoas estão relacionados com

a dinâmica das organizações e com a forma que o trabalho e a sua

organização assumem na sociedade.

Segundo Limongi-França (2004) toda pessoa é um complexo

biopsicossocial, isto é, tem potencialidades biológicas, psicológicas e sociais

que respondem ao mesmo tempo as condições da vida. Respostas, tais,

apresentam variadas combinações e intensidades nesses três níveis e podem

ser mais visíveis em um deles, embora eles sejam sempre interdependentes.

Ela ainda destaca que esse conceito de biopsicossocial advém da

medicina psicossomática, e Lipowski é seu precursor. Nessa visão, a pessoa

prevalece como ente biopsicossocial, e os fatores psicossociais são

fundamentais para a explicação da saúde e da doença da sociedade moderna.

A visão biopsicossocial está assim fundamentada:

Dimensão biológica – refere-se às características físicas herdadas ou

adquiridas as nascer e durante toda a vida. Inclui metabolismo, resistências e

vulnerabilidades dos órgãos ou sistemas;

Dimensão psicológica – refere-se aos processos afetivos, emocionais e de

raciocínio, conscientes ou inconscientes, que formam a personalidade de cada

pessoa e seu modo de perceber e de posicionar-se diante das demais pessoas

e das circunstâncias que vivencia;

Dimensão social – refere-se aos valores socioeconômicos, a cultura e as

crenças, o papel da família e as outras formas de organização social, no

trabalho e fora dele, os sistemas de representação e a organização da

comunidade a que cada pessoa pertence e da qual participa.

32

“Essa conceituação é descrita por Lipowki (1986) como o resgate de uma visão mais ampla do conceito de saúde que tem sido a tendência nas últimas décadas. A saúde não seria apenas a ausência da doença, mas também o completo bem-estar biológico, psicológico e social”.Limongi-França, 2004, p. (29).

Importante registrar que essa conceituação foi definida pela Organização

Mundial de Saúde – OMS, em 1986.

Conforme, Limongi-França (2004) relata em sua obra, no campo

conceitual, o trabalho de Walton (1975) forneceu um modelo de análise de

experimentos importantes sobre a Qualidade de vida no Trabalho, com oito

categorias conceituais como critérios de QVT, incluindo: compensação justa e

adequada; condições de trabalho justas e adequadas; condições de trabalho

seguras e saudáveis; oportunidades imediatas para desenvolver e usar as

capacidades humanas; oportunidades futuras para o crescimento contínuo e a

garantia de emprego; integração social na organização; trabalho e espaço total

na vida do indivíduo e relevância social do trabalho.

Muito tem se falado em Qualidade de Vida no Trabalho. Mas

entendemos que a satisfação no trabalho não pode ser isolada da vida do

individuo com um todo.

Mas o que é Qualidade de Vida no Trabalho?

A Qualidade de Vida no Trabalho tem por objetivo atender as

necessidades do trabalhador quanto à melhoria de condições no trabalho. A

Qualidade de Vida no Trabalho é uma tentativa de humanização, com intuito de

ter nas empresas mais produtividade e eficiência no trabalho.

“No início da década de 50, na Inglaterra, Eric Trist e colaboradores estudavam um modelo macro para agrupar o trinômio indivíduo/ trabalho/ organização. Esta nova técnica recebeu denominação de Qualidade de Vida no Trabalho – QVT”.(Rodrigues, 2007, p. 75).

33

De acordo com Rodrigues (2007), Quirino & Xavier em 1987, relata que

Qualidade de Vida é uma abordagem que só recentemente tem sido aplicada à

situação de trabalho. Ela tem representado, na literatura de organizações e de

recursos humanos, o aspecto globalizante do que antes era abordado através

de estudo de motivação, de fatores ambientais, ergonômicos e de satisfação no

trabalho.

“Trist (1975), diz que a Qualidade de Vida no Trabalho é de fundamental importância para as organizações, tanto dos países desenvolvidos, como dos países em desenvolvimento. Para Nadler & Lawler (1983), é a grande esperança das organizações para atingirem altos níveis de produtividade, sem esquecer a motivação e satisfação do individuo.” (Rodrigues, 2007, p. 75)

Para Limongi-França, em 2004, Qualidade de Vida no Trabalho, é uma

competência gerencial para o administrador e uma competência estratégica

para a organização. É percebida também como atividade permanente, como

forte efeito catalisador nas esferas psicossocial e organizacional.

Mario César Barreto Moraes, professor e membro da Comissão de

Especialistas do Ensino Superior em Administração do MEC, afirmou que, não

é pintando a sala que se faz Qualidade de Vida no Trabalho, é integrando o

conjunto de fatores de um ambiente de trabalho. É sentir-se livre para

participar, motivar-se no que faz. QVT é o elo da administração para alcançar a

motivação.

Chiavenato (2005), relata que o termo qualidade de vida no trabalho foi

utilizado por Louis Davis na década de 1970 e para este estudioso o conceito

refere-se à preocupação com o bem-estar dos trabalhadores no desempenho

de suas tarefas.

Limongi-França (2004), apresenta algumas considerações em relação à

dificuldade na aplicação da QVT, como segue abaixo:

• Confusão sobre os significados teóricos e técnicos do conceito QVT, o

que poderia conduzir simplesmente, a outro modismo nas empresas;

34

• O papel desempenhado pelos executivos e profissionais da área de

Recursos Humanos ou por consultores no desenvolvimento dessas

experiências.

Não é suficiente a decisão de melhorar a QVT das organizações. Devem-

se identificar fatores e critérios que sustentem a formulação de modelos de

implantação de projetos de Qualidade de Vida no Trabalho.

Segundo Rodrigues (2007), William Westley classifica e analisa quatro

problemas que afetam diretamente e tornam-se obstáculos a Qualidade de

Vida no Trabalho: o político, o econômico, o psicológico e o sociológico. Os

problemas políticos trariam como conseqüência a insegurança; o econômico, a

injustiça; o psicológico, a alienação e o sociológico, a anomia. Resumindo, o

autor diz que a insatisfação reflete a remuneração inadequada; a alienação, um

sentimento de que o trabalho é pessoalmente prejudicial e a anomia uma falta

de envolvimento moral.

O autor vê como meios de solução ou de minimização para estes

problemas o enriquecimento do trabalho que seria adotado em nível individual

e os métodos sócio-técnicos (é aquele que constrói uma cultura de trabalho,

um sistema normativo e valores sociais ativados.) para a reestruturação do

grupo de trabalho.

A qualidade de vida no ambiente de trabalho não se limita apenas

prevenir acidentes de trabalho; tem que abranger todas as esferas da

organização.

Para isso, deve ser desenvolvido um estudo criterioso para apurar as

causas da insatisfação dos funcionários, tanto a vida familiar como a vida social

deve ser considerada, tendo em vista que as mesmas se refletem no ambiente

de trabalho, afetando a qualidade da produção e o desempenho em suas

funções.

35

Uma das maneiras de estudar o bem-estar humano nas organizações é

através de indicadores referente à qualidade de vida no trabalho. Por meio

destes indicadores procuram-se melhores formas de organizar o trabalho,

proporcionando satisfação ao funcionário na execução de sua tarefa e

conseqüente aumento na produtividade organizacional.

O psicólogo que se insere no contexto das organizações encontra um

campo de atuação vasto, que incluem ações ligadas à gestão e compreensão

dos comportamentos de pessoas, grupos e estruturas organizacionais.

Segundo Rodrigues (2007), Huse & Cumming (1985) relatou que em

1950, no Tavistock Institute, em Londres, Erick Trist e colaboradores

desenvolveram uma série de estudos que deram origem a uma abordagem

sócio-técnica em relação à organização do trabalho, tendo como base a

satisfação do trabalhador no trabalho e em relação a ele. Nesta mesma época,

Louis Davis e colaboradores realizavam, nos Estados Unidos, pesquisas para

modificar as linhas de montagens, no intuito de tornar a vida dos operários no

trabalho mais agradável e satisfatória.

Ainda, segundo Rodrigues (2007), somente na década de 60, estes

movimentos, ou seja, as preocupações com a Qualidade de Vida no Trabalho –

QVT, tomaram impulso. Huse & Cummings (1985) admitem que a

conscientização dos trabalhadores e o aumento das responsabilidades sociais

da empresa contribuíram, de forma decisiva, para que cientistas e dirigentes

organizacionais pesquisassem melhores formas de realizar o trabalho.

Huse & Cummings (1985), explicitam em sua obra os pontos de maiores

convergências e preocupações sobre as dimensões que trariam ao indivíduo

uma melhor QVT. São eles:

1) Adequada e satisfatória recompensa;

2) Segurança e saúde no trabalho;

3) Desenvolvimento das capacidades humanas;

4) Crescimento e segurança profissional;

36

5) Integração social;

6) Direitos dos trabalhadores;

7) Espaço total de vida no trabalho e fora dele;

8) Relevância social.

Concluindo, entendemos que a construção da qualidade de vida no

trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas

como um todo, o chamado enfoque biopsicossocial.

37

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Busquei discorrer neste trabalho a proposta de atuação do psicólogo

junto ao Recursos Humanos, visando melhor qualidade de vida aos

colaboradores.

Os objetivos deste trabalho foi apresentar a história da psicologia

organizacional, analisando a dimensão profissional do psicólogo, bem como

conceituar a contribuição da psicologia referente à Qualidade de Vida Trabalho.

Como qualquer prática social, a atuação do psicólogo organizacional e

do trabalho não fica imune às transformações do contexto e ao

desenvolvimento da ciência.

O trabalho do psicólogo nas organizações se reflete nos fenômenos

presente no ambiente. Desta forma, o psicólogo atua sobre os problemas

organizacionais ligados a gestão de RH, Gestão de Pessoas, na promoção de

saúde, na integração do colaborador, na comunicação da diretoria e

colaborador e atua na busca de um atendimento as necessidades do homem e

um maior rendimento no trabalho.

Vale ressaltar, que não é atividade do Psicólogo Organizacional ofertar

atendimento clínico, embora o acolhimento possa vir a ser realizado.

A psicologia, atualmente, está vinculada às organizações seja no bem

estar de cada um dos colaboradores, como nas emoções geradas no ambiente

de trabalho.

Em suma, o Psicólogo Organizacional, busca o atendimento as

necessidades do homem e um maior rendimento no trabalho.

Percebe-se a necessidade dos profissionais se atualizarem, buscando

especializações, para assim proporcionar aos trabalhadores melhores

condições e mostrar o que a psicologia organizacional do trabalho pode

contribuir para a instituição.

38

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BLEGER, José. Psico-Higiene e Psicologia Institucional. Porto Alegre: Artmed,

2007.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2005.

Código de Ética do Psicólogo

GOULART, Íris Barbosa, SAMPAIO, Jader dos Reis e Organizadores. São

Paulo: Casa do psicólogo, 1998.

HUSE, Edgar F. & CUMMINGS, Thomas G. Organization development and

change. In: RODRIGUES Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de Vida no

Trabalho: Evolução e análise no nível gerencial. Petrópolis: Vozes, 2007.

LIMONGI_FRANÇA, Ana Cristina. Qualidade de Vida no Trabalho – QVT:

Conceitos e práticas nas empresas da sociedade pós-industrial. São Paulo:

Atlas, 2004.

MUCHINSKY, Paulo M. Psicologia Organizacional. São Paulo: Pioneira

Thompson Leaning.2004.

REGATO, Vilma Cardoso. Psicologia nas organizações. Rio de Janeiro, LTC,

2008.

RODRIGUES, Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de Vida no Trabalho:

Evolução e análise no nível gerencial. Petrópolis: Vozes, 2007.

VASCONCELOS, Anselmo Freire. Qualidade de Vida no Trabalho: Origem,

Evolução e Perspectivas. Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo,

v. 08, nº1, janeiro/março 2001.

ZANELLI, Borges-Andrade, Bastos & cols. (Ed.).Psicologia, Organizações e

Trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.

ZANELLI, J.C. O Psicólogo nas organizações de trabalho: formação e

atividades profissionais. Florianópolis – SC: Artmed, 2002.

Site pesquisado:

www.corerh.com.br/arquivos/artigos/historiadapsicologiaorganizacional