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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DA CATALOGAÇÃO DOS SOBRESSALENTES PARA NAVIOS ADQUIRIDOS PELA MARINHA DO BRASIL Por: André Luiz Magalhães Lemos Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · de projetos preconizadas pelo “Project Management Institute” (PMI), nas suas diversas áreas de conhecimento. ... III) Determinação

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO DA CATALOGAÇÃO DOS

SOBRESSALENTES PARA NAVIOS ADQUIRIDOS

PELA MARINHA DO BRASIL

Por: André Luiz Magalhães Lemos

Orientador

Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO DA CATALOGAÇÃO DOS

SOBRESSALENTES PARA NAVIOS ADQUIRIDOS

PELA MARINHA DO BRASIL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Projetos.

Por: André Luiz Magalhães Lemos.

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AGRADECIMENTOS

Aos amigos da Diretoria de Engenharia Naval

pelo apoio na realização deste trabalho.

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DEDICATÓRIA

A Deus por permitir a minha existência, aos

meus pais por tê-la proporcionado e a minha mulher por

compartilha-la.

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RESUMO

Este trabalho tem como propósito apresentar uma proposta para o

desenvolvimento de uma metodologia para a execução de um Projeto Básico

para a catalogação de equipamentos, sobressalentes, itens de marinharia e

material para o controle de avarias (CAV), de navios adquiridos por

oportunidade pela Marinha do Brasil (MB), dentro dos prazos requeridos e dos

padrões mínimos de qualidade, através da contratação de uma empresa

(terceirização da mão-de-obra), visando à inclusão no Sistema de

Abastecimento da Marinha (SAbM), dos dados necessários ao abastecimento e

manutenção destes meios, permitindo assim a correta execução do Apoio

Logístico Integrado (ALI) previsto, utilizando os recursos humanos internos

para efetuar o controle da qualidade e aplicando as técnicas de gerenciamento

de projetos preconizadas pelo “Project Management Institute” (PMI), nas suas

diversas áreas de conhecimento.

Entende-se aquisição “por oportunidade” aquela efetuada

esporadicamente, quando da oferta de Navios prontos, oriunda normalmente

de países estrangeiros, na qual são oferecidas vantagens comerciais ou

políticas que justificam a sua aquisição. Normalmente são oferecidos no estado

de conservação e com a documentação técnica disponível na ocasião, não

cabendo questionamento posterior.

Inicialmente será apresentada, uma síntese sobre o Sistema de

Abastecimento da Marinha, seus Órgãos e funções e, em seguida, uma

descrição dos procedimentos utilizados na catalogação de materiais, a

descrição do que é uma agência de catalogação e, finalmente, a proposta de

utilização das técnicas sugeridas no Guia do Conhecimento em Gerenciamento

de Projetos (Guia PMBOK) para o desenvolvimento de um Projeto Básico para

contratação de serviços terceirizados para a catalogação de equipamentos e

sobressalentes de meios adquiridos por oportunidade.

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METODOLOGIA

O trabalho será desenvolvido através da pesquisa à Estrutura

Logística da Marinha, no método de catalogação de sobressalentes utilizado

pelas Forças Armadas, na documentação específica para a catalogação de

equipamentos e itens sobressalentes para navios, no estudo das normas

internas utilizadas na Marinha do Brasil (MB) afetas ao assunto, nos

conhecimentos adquiridos no “Guia do Conjunto de Conhecimentos em

Gerenciamento de Projetos” (PMBOK – 4ª. Edição), em literaturas existentes

sobre a gestão de projetos de diferentes autores, em textos disponibilizados na

Internet, em textos disponibilizados pelos Professores do Instituto a Vez do

Mestre ao longo do Curso de Gestão de Projetos e em pesquisa de campo,

visando à busca de opiniões especializadas.

A pesquisa de campo será feita através de entrevistas, no âmbito da

Diretoria de Engenharia Naval (DEN), com foco na equipe de engenheiros, de

diferentes especialidades, que atuam na área de engenharia de manutenção e

catalogação.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO- 08

CAPÍTULO I - ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE

ABASTECIMENTO DA MARINHA (SABM) E A

IMPORTÂNCIA DA CATALOGAÇÃO NESTE

SISTEMA

11

CAPÍTULO II - METODOLOGIA DE CATALOGAÇÃO UTILIZADA

NAS FORÇAS ARMADAS E SUA APLICAÇÃO NA

MARINHA DO BRASIL

25

CAPÍTULO III - AGÊNCIA DE CATALOGAÇÃO - AGCAT 47

CAPÍTULO IV - PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE UM

PROJETO BASE PARA A TERCEIRIZAÇÃO DA

CATALOGAÇÃO DE SOBRESSALENTE PARA

MEIOS ADQUIRIDOS POR OPORTUNIDADE PELA

MB, UTILIZANDO OS CONHECIMENTOS

PRECONIZADOS NO PMBOK

58

CONCLUSÃO - 86

ANEXOS - 87

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA - 100

ÍNDICE - 101

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INTRODUÇÃO

A catalogação é uma ferramenta para a logística. A dependência

externa quanto à aquisição de equipamentos e sobressalentes para os meios

navais é preponderante, uma vez que a indústria nacional não atende

totalmente às necessidades da Marinha do Brasil. Assim, faz-se mister que

estejam disponíveis ferramentas que forneçam dados a serem considerados no

processo de tomada de decisão de quanto e onde adquirir itens de suprimento

em condições mais favoráveis, bem como utilizar essas informações com vistas

à nacionalização.

A catalogação é que propicia tais informações. A utilização desta

ferramenta pelas Forças Armadas de forma independente mostrou-se

inadequada, pois não contemplava um padrão de reconhecimento internacional

o que, em muitas vezes, causava a não identificação do material e a sua

impossibilidade de aquisição. Somente seria viável economicamente a adoção

de um sistema internacional que abrangesse as três forças, o que levou o

Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) a coordenar esta atividade no

âmbito das Forças Armadas. O Brasil assinou um acordo com a NAMSA

(NATO Maintenance and Supply Agency) um órgão da Organização do Tratado

do Atlântico Norte (OTAN), responsável pelo Sistema OTAN de Catalogação

(SOC), visando à inclusão do país neste sistema internacional de catalogação.

Este sistema foi concebido para propiciar aos países signatários da

Organização do Tratado do Atlântico Norte uma maneira padronizada para

identificar, classificar e codificar itens de suprimento, tendo como objetivo

obter-se a máxima eficiência na gestão de dados de material e

consequentemente no apoio logístico.

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Foi criado o Centro de Catalogação das Forças Armadas (CECAFA),

Órgão executivo central do Sistema no país, responsável pela criação,

coordenação, administração e gerenciamento do banco de dados de

Catalogação do Sistema Militar de Catalogação (SISMICAT), cabendo-lhe

ainda centralizar as informações contidas no SISMICAT, conduzir as atividades

de catalogação das empresas, serviços e itens de suprimento de interesse das

Forças Armadas, e na qualidade de Centro Nacional de Catalogação (CNC) do

Brasil, servir de interlocutor com a NAMSA e os demais CNC dos países

associados ao SOC.

As recentes descobertas de petróleo na plataforma continental e os

investimentos na área do pré-sal, levaram a necessidade de incremento na

defesa nacional e, consequentemente, em investimentos na área naval, onde

está prevista a construção de um expressivo número de navios de guerra para

a MB nos próximos anos e modernização de navios já existentes, somada às

aquisições de navios prontos por oportunidade, o que acarretará um expressivo

aumento na atividade de catalogação de equipamentos e itens.

Para atender as necessidades do setor operativo, a catalogação de

sobressalentes deve ser ágil e eficiente de modo a manter a prontidão do seu

efetivo. A catalogação é uma atividade exclusiva das Forças Armadas e a

qualificação do pessoal é demorada e exige treinamento específico no SOC.

Hoje, deparamos com a falta de concursos públicos para reposição de pessoal,

tornando a contratação de mão-de-obra externa para a execução das

atividades de catalogação, utilizando as técnicas de gerenciamento de projetos,

uma alternativa viável com uma alta relação custo/benefício.

Este trabalho foi dividido em quatro capítulos. No primeiro é descrito

resumidamente, para conhecimento, a organização do Sistema de

Abastecimento da Marinha (SAbM) e a importância da catalogação neste

Sistema. No segundo é apresentada a metodologia de Catalogação utilizada na

MB, a partir da descrição das diversas etapas. No terceiro capítulo são

apresentadas, de forma sintética, as atividades de uma Agência de

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Catalogação (AgCat). No quarto e último capítulo é apresentada uma proposta

de utilização das técnicas sugeridas no PMBOK para o desenvolvimento de um

Projeto Básico para contratação de serviços terceirizados para a catalogação

de equipamentos e sobressalentes de meios adquiridos por oportunidade pela

MB.

A pesquisa se restringe ao âmbito da Diretoria de Engenharia Naval

(DEN), de documentação de caráter OSTENSIVO, especificamente relativa à

catalogação e apoio logístico. Aspectos legais relativos à terceirização de mão-

de-obra por órgãos da administração pública não foram aprofundados, tendo

em vista a complexidade de sua aplicação jurídica.

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CAPÍTULO I

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DA

MARINHA (SABM) E A IMPORTÂNCIA DA CATALOGAÇÃO

NESTE SISTEMA

A importância do abastecimento para a Logística Militar:

“A prontidão operativa, propósito maior de uma

Força Naval, guarda estreita relação de dependência com o

desenvolvimento e a operação de um adequado Sistema de

Apoio Logístico, constituído a partir das áreas de abrangência

das Funções Logísticas, principalmente daquelas que estão

mais intimamente ligadas ao material, isto é, o Suprimento, o

Transporte e a Manutenção.

Colocado frente a frente com a crescente

complexidade tecnológica e o constante encarecimento dos

sistemas de armas, o responsável pelo Abastecimento deve

estar sempre voltado para buscar o melhor rendimento dos

escassos recursos financeiros postos a sua disposição. Ao

mesmo tempo, não pode perder de vista a grande importância

de assegurar que o Sistema de abastecimento esteja

permanentemente preparado, tanto na paz como na guerra,

para atender às demandas das forças combatentes. Sua ação

envolve, pois, a contínua capacitação profissional e a execução

de uma gama de tarefas interdependentes, a serem

desenvolvidas para proporcionar o máximo atendimento a um

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custo mínimo.” (Brasil. Ministério da Defesa. Marinha do Brasil.

Secretaria-Geral da Marinha. SGM 201, 2009, p. 1-1).

1.1 Conceitos e fases do abastecimento

O abastecimento não é uma atividade e sim um conjunto de

atividades envolvendo previsão de material, aquisição, transporte, distribuição,

controle de estoque, armazenamento, etc., empreendidas por diversos órgãos

da MB visando prever e prover o material necessário aos Navios, Forças de

apoio, Organizações Militares (OM) de terra, e demais organizações navais

visando mante-las em condições de plena eficiência.

1.1.1 Principais fases

- Determinação de Necessidades: decorre do exame

pormenorizado dos planos propostos e, em particular das ações e

operações previstas, definindo quais são as necessidades, quando,

em que quantidade, com que qualidade e em que local deverão

estar disponíveis. A importância desta fase é ressaltada pela

complexidade a ela inerente e por se constituir na base em que se

assentarão as fases subseqüentes.

- Obtenção: é a fase em que são identificadas as

fontes e tomadas às medidas para a aquisição das necessidades

apresentadas.

- Distribuição: Consiste em fazer chegar, oportuna e

eficazmente, aos usuários, todos os recursos fixados pela

determinação das necessidades.

1.1.2 Atividades do abastecimento

As Fases Básicas acima descritas são desdobradas, na

MB, em várias Atividades que devem ser executadas, quase todas,

muito antes de ocorrer à necessidade do material, a fim de que

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possa ser garantido o apoio eficaz, no momento adequado. As

Atividades de Abastecimento são agrupadas em dois tipos:

Atividades Técnicas e Gerenciais e somente serão detalhadas

aquelas importantes à catalogação.

- Atividades Técnicas: São aquelas relativas à

orientação especializada pertinente às características qualitativas,

funcionais e de utilização do material, traduzidas na elaboração e

estabelecimento de normas que assegurem a consecução dos

padrões a serem observados e dos resultados esperados com a sua

utilização; variam conforme a natureza do material e devem ser

exercidas antes das Atividades Gerenciais, pois lhes servem de

base. As Atividades Técnicas são as seguintes:

I) Pesquisa;

II) Desenvolvimento;

III) Avaliação;

IV) Especificação;

V) Inspeção;

VI) Determinação de necessidades; e

VII) Orientação Técnica.

A Determinação de Necessidades e a Orientação Técnica

são fundamentais à catalogação, pois nelas são definidos os itens /

materiais que devem ser catalogados, suas quantidades, qual o

tempo de armazenagem e reposição de estoque e condições de

armazenamento.

- Atividades Gerenciais: São aquelas de caráter

administrativo, diretamente relacionado com a manutenção do fluxo

adequado do material necessário às Forças e demais OM da MB,

desenvolvidas com base nos padrões fixados através do prévio

desempenho das Atividades Técnicas. São executadas sobre

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quaisquer categorias de material, independente de sua natureza, e

correspondem à etapa de provisão do material. As Atividades

Gerenciais são as seguintes:

I) Catalogação - É a atividade que compreende a

simbolização do material e a organização, confecção, publicação,

distribuição, regulamentação do manuseio e permanente atualização

do Catálogo da Marinha. A Catalogação tem como propósitos

classificar e atribuir símbolos aos itens de material e estabelecer

uma linguagem única de material entre os elementos envolvidos no

processo de Abastecimento. Emprega métodos padronizados para

identificação, classificação e atribuição de símbolos, divulgando-os

através de publicações específicas;

II) Contabilidade do Material;

III) Determinação Corrente de Necessidades - É a

atividade que fixa as reais necessidades de material em determinado

momento. Tem seu cálculo baseado na integração e racionalização

das necessidades estimadas pelos Setores Técnicos, corrigidas

através da utilização de índices apurados por ocasião do

acompanhamento da demanda real de cada item. De seu

desempenho resultam os níveis de estoque, que possuem um

caráter altamente dinâmico;

IV) Controle de Estoque;

V) Controle de Inventário;

VI) Obtenção;

VII) Armazenagem;

VIII) Tráfego de Carga;

IX) Fornecimento; e

X) Destinação de Excesso.

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1.2 Organização do Sistema de Abastecimento

O exercício do Abastecimento é atribuição do Sistema de

Abastecimento da Marinha (SAbM), subsistema do Sistema de Apoio Logístico

da MB. As atividades de Abastecimento estão sujeitas à orientação,

coordenação e controle específicos dos Órgãos de Supervisão e do Órgão de

Superintendência, sem prejuízo da subordinação das OM envolvidas. Assim,

entende-se por SAbM o conjunto constituído de Órgãos, processos e recursos

de qualquer natureza, interligados e interdependentes, estruturado com a

finalidade de promover, manter e controlar o provimento do material necessário

à manutenção das Forças e demais Órgãos Navais em condição de plena

eficiência.

1.2.1 Estrutura do SAbM

A estrutura do SAbM compreende os seguintes Órgãos:

I) Órgão de Supervisão Geral - Ao qual cabe orientar,

coordenar e controlar as atividades dos Órgãos de Superintendência

e de Supervisão Técnica relacionadas com o Abastecimento da

Marinha. É o responsável pela formulação e aprovação dos planos e

programas necessários ao eficiente desempenho das Atividades de

Abastecimento, referentes ao material destinado à manutenção das

Forças Navais e demais OM em condição de plena eficiência. O

Estado-Maior da Armada (EMA) é o Órgão de Supervisão Geral.

II) Órgão de Superintendência - Ao qual cabe exercer a

supervisão gerencial e zelar pelo fiel cumprimento das diretrizes,

normas, ordens e instruções pertinentes em vigor e pelo

funcionamento eficiente e coordenado do SAbM. A Secretaria-Geral

da Marinha (SGM) é o Órgão de Superintendência.

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III) Órgão de Supervisão Técnica - Ao qual cabe

orientar, coordenar e controlar o exercício das Atividades Técnicas

de Abastecimento, por OM subordinadas ou não. A Diretoria-Geral

do Material da Marinha (DGMM) é o Órgão de Supervisão Técnica.

IV) Órgãos de Direção - Aos quais cabe, na sua área de

jurisdição (Anexo A), planejar e dirigir as Atividades de

Abastecimento, Técnicas ou Gerenciais. São de dois tipos: os

Órgãos de Direção Técnica (ODT) e os Órgãos de Direção Gerencial

(ODG). Os Órgãos de Direção Técnica são, normalmente, as

Diretorias Especializadas (DE). Somente em casos excepcionais tal

atribuição poderá ser delegada a outras OM. O Órgão de Direção

Gerencial é a DAbM. A atribuição desta responsabilidade a outras

OM deve ter caráter excepcional e, sempre que possível,

transitório;e

V) Órgãos de Execução - Aos quais cabe o efetivo

exercício das Atividades de Abastecimento, Técnicas ou Gerenciais.

São de quatro tipos:

a) Órgãos Técnicos (OT) - Responsáveis pelo

exercício das Atividades Técnicas em relação ao material de sua

competência específica. As DE e o Comando do Material de

Fuzileiros Navais (CMatFN) são os OT da MB, podendo tal

atribuição, em casos excepcionais, a critério da DGMM, como Órgão

de Supervisão Técnica, ser delegada a outra OM;

b) Órgãos de Controle (OC) - São responsáveis

pela manutenção do equilíbrio entre as necessidades das OM e as

disponibilidades de material nos pontos de acumulação, através do

controle dos níveis de estoque, resultando em ações de

recompletamento, redistribuição e destinação de excessos.

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c) Órgãos de Obtenção (OObt) - Órgãos de

Execução do SAbM responsáveis pela Atividade Obtenção, no País

ou no Exterior, do material de interesse da MB; responsáveis pelas

etapas da procura, mediante a pesquisa, identificação e seleção das

fontes de obtenção, da aquisição (encomenda) mediante a compra

do material ou contratação de serviços e do acompanhamento

quanto aos prazos e condições de entrega. Esta atribuição é

exercida com base nas informações resultantes do Controle de

Inventário efetuado pelos OC. Os OObt, no País, são: o Centro de

Obtenção da Marinha no Rio de Janeiro (COMRJ) e as DE/CMatFN.

No Exterior, são OObt: a Comissão Naval Brasileira em Washington

(CNBW) e a Comissão Naval Brasileira na Europa (CNBE); e

d) Órgãos de Distribuição (OD) - São os

responsáveis pela acumulação e pelo fornecimento do material de

sua competência específica. Os OD, conforme as tarefas a eles

atribuídas. São de três tipos: Depósitos Primários - são

Estabelecimentos de Apoio, de âmbito nacional, dentro da cadeia de

comando da DAbM, responsáveis pela distribuição do material de

determinada categoria, devidamente selecionada e especificada;

Depósitos Navais Regionais (DepNavRe) - são Estabelecimentos de

Apoio, de âmbito regional, sob supervisão funcional da DAbM,

responsáveis pela distribuição de material de várias categorias,

devidamente selecionadas e especificadas; e Organizações de

Fornecimento - são Estabelecimentos de Apoio, de âmbito nacional,

regional ou local, responsáveis pela distribuição de material, de

qualquer categoria, cujo Órgão de Direção Gerencial não seja a

DAbM.

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1.2.2 - Responsabilidades e atribuições no SAbM

1.2.2.1 - Compete ao EMA:

a) Exercer a Supervisão Geral das Atividades de

Abastecimento;

b) Promover a coordenação das atividades de

manutenção e salvamento com as de abastecimento,

visando ao aperfeiçoamento do apoio logístico prestado

às Forças e demais OM da MB; e

c) Manter os Órgãos do Setor de Apoio

permanentemente informados dos programas de

incorporação ou aquisição, de baixa ou alienação de

navios e aeronaves, assim como dos de ativação ou

desativação de OM de terra, a fim de lhes permitir

orientarem seus planejamentos.

1.2.2.2 - Compete à SGM:

a) Superintender o SAbM e promover a

supervisão gerencial;

b) Designar os Órgãos de Direção Técnica e de

Execução, em seu Setor;

c) Cooperar com a DGMM no estabelecimento da

Jurisdição do Material (Anexo A); e

d) Elaborar as publicações que constituem as

"Normas para Execução do Abastecimento"

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1.2.2.3 - Compete à DGMM:

a) Exercer a supervisão técnica;

b) Designar os Órgãos de Direção Técnica e de

Execução, em seu Setor; e

c) Estabelecer a Jurisdição do Material, em

coordenação com a SGM.

1.2.2.4 - Compete à DAbM:

a) Assessorar a SGM no exercício da

Superintendência do SAbM;

b) Planejar e dirigir as Atividades Gerenciais de

Abastecimento, em relação ao material necessário à

Marinha, exceto se especificamente atribuído a outro

Órgão;

c) Cumprir, quando isto lhe for especificamente

atribuído, as funções de ODT;

d) Executar ou promover a execução da

Atividade Catalogação;

e) Elaborar e administrar o Plano Básico de

Abastecimento (PB “PAPA”);

f) Organizar e manter os cadastros gerais do

material da Marinha, bem como outros, de qualquer

natureza, necessários ao exercício das Atividades

Gerenciais de Abastecimento; e

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g) Analisar, diagnosticar, estudar, solucionar ou

propor soluções para os problemas relacionados com o

exercício das Atividades de Abastecimento.

1.2.2.5 - Compete aos Órgãos de Direção

Técnica (ODT):

a) Elaborar projetos, estudos e orçamentos

relativos à construção, aquisição, cessão, mobilização,

modernização, ampliação, renovação, manutenção e

reparos de equipamentos, conjuntos de equipamentos,

navios, aeronaves ou OM de terra, visando ao correto

desempenho das Atividades de Abastecimento; e

b) Planejar e dirigir as Atividades Técnicas de

Abastecimento em relação ao material de sua

competência específica.

1.2.2.6 - Compete aos Órgãos de Direção

Gerencial (ODG):

Dirigir e coordenar o desenvolvimento das

Atividades Gerenciais de Abastecimento, definindo as

Sistemáticas de Abastecimento a serem empregadas para

cada categoria de material.

1.2.2.7 - Compete aos Órgãos de Execução:

a) Órgãos Técnicos (OT):

- Executar as Atividades Técnicas de

Abastecimento que lhes sejam atribuídas;

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- Promover a obtenção do material sob a sua

jurisdição (Anexo A) referente às dotações iniciais;

- Elaborar e atualizar as dotações das unidades

operativas e de apoio, segundo orientação dos Órgãos de

Supervisão Técnica e de Superintendência.

b) Órgãos de Controle (OC):

Executar a Determinação Corrente de

Necessidades e o Controle de Inventário, assim como

promover a Obtenção ou a Destinação de Excessos do

material sob sua jurisdição.

c) Órgãos de Obtenção (OObt):

Executar a pesquisa e a seleção no mercado,

nacional ou estrangeiro, de fornecedores de materiais e

serviços especializados dos Órgãos do SAbM, bem como

a aquisição de material, e seu diligenciamento, no País e

no Exterior.

d) Órgãos de Distribuição (OD):

Executar o Controle de Estoque, a Armazenagem,

o Fornecimento, a Contabilidade do Material Estocado e o

Tráfego de Carga - quando especificamente designado do

material de sua jurisdição (Anexo A).

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1.3 O Planejamento do Abastecimento

1.3.1 - O Apoio Logístico e o Abastecimento

A partir do estabelecimento dos Requisitos de Estado-

Maior (REM) ou das características técnicas do material a ser

introduzido em serviço na Marinha, é planejado o Apoio Logístico

Integrado (ALI), cujo propósito é assegurar a máxima disponibilidade

do meio ou do sistema, ao longo de toda a sua vida útil, a um custo

aceitável. Pode-se considerar que o Apoio Logístico percorre duas

fases ao longo da vida útil do meio/sistema: a fase de introdução e a

fase operativa. Na fase de introdução, que vai desde a concepção

até a entrada em serviço, inúmeras atividades são desenvolvidas em

paralelo por diversos setores da MB, em uma organização do tipo

matricial, de modo a desenvolver toda a infraestrutura de apoio ao

meio/sistema. A parte dessa infraestrutura voltada para o apoio de

Abastecimento é estabelecida por meio do processo de

aprovisionamento. O propósito do aprovisionamento é assegurar que

o material de apoio esteja disponível para fornecimento nos OD do

SAbM, antes do meio entrar em operação, devendo ser

providenciada a correspondente Catalogação e a elaboração das

Listas de Dotação. Na fase operativa, que vai da entrada do meio

em serviço até a sua baixa, o apoio de Abastecimento passa a ser

prestado pelo SAbM, de modo a atender às necessidades de

material definidas na fase de Aprovisionamento. Essas

necessidades deverão ser revistas a cada Período de Manutenção

(PM), por meio da execução do PROGRAMA DE ORGANIZAÇÃO

DE SOBRESSALENTES (POSE), quando as dotações e os

estoques de material são redimensionados, de modo a otimizar a

eficiência do Abastecimento aos meios operativos.

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1.3.2 - Recursos Financeiros

Os recursos financeiros que custeiam as atividades do

SAbM são programados de acordo com o Sistema do Plano Diretor

(SPD). O material de responsabilidade do SAbM deverá constituir

linha de fornecimento, autorizada com base em procedimentos

específicos e obtidos através de recursos alocados aos Projetos de

Atividade do PB “PAPA”. A inclusão de qualquer material na linha de

fornecimento só poderá ser providenciada após aprovação do OT

competente, a quem caberá executar todas as atividades

necessárias à correta introdução do item na Marinha. A obtenção do

material - correspondente aos equipamentos, equipagens e

dotações iniciais, de bordo e de base, decorrentes da construção ou

aquisição de oportunidade de novos meios navais, aeronavais e de

fuzileiros navais, bem como da consecução de novas instalações e

da mobilização, modernização ou ampliação dos meios ou

instalações já existentes - deverá ser efetuada por conta de recursos

específicos, previamente alocados aos Projetos de Investimento dos

PB pertinentes, de acordo com o SPD, em função da avaliação e

especificações previamente estabelecidas pelos OT, e obedecendo

às normas baixadas pela DGMM, em coordenação com a SGM. Os

recursos alocados aos Projetos de Atividade do PB “PAPA” serão

destinados, primordial e prioritariamente, à manutenção dos níveis

de estoque dos itens necessário são recompletamento das dotações

de sobressalentes de bordo e de base. A reposição ou substituição

de equipamentos e equipagens deverá ser efetuada por conta de

recursos alocados aos Projetos de Atividade dos PB pertinentes. O

fornecimento de material pelos OD às OMPS – quando destinado à

utilização em atividades de produção, em reparos de 2°, 3° e 4°

escalões, ou em obras extra-Marinha só poderá ser efetuado se

existir disponibilidade em estoque e se, a critério dos OC, houver

conveniência e for oportuno o atendimento da solicitação, sem

prejuízo do abastecimento rotineiro. Os OC poderão, também, se

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24

julgarem conveniente, promover aquisições específicas, para

entrega direta de qualquer tipo de material, devidamente cadastrado,

a qualquer OM solicitante. A manutenção de estoques poderá ser

financiada por um Fundo Especial de natureza contábil, integrado ao

Fundo Naval (FN), instituído com esta finalidade.

1.4 A importância da Catalogação para o SAbM

Todo o Sistema de Abastecimento funciona de forma integrada

utilizando um Banco de Dados sofisticado, “ON LINE”, subdividido em diversos

módulos, onde cada Órgão pode gerenciar e executar as atividades de sua

competência. Através deste Banco de dados podem ser efetuados pedidos de

obtenção de material no país e no exterior, controle de estoque e

armazenamento, distribuição, etc.. A inclusão, neste Banco, dos dados

referentes as informação técnicas dos sobressalentes a serem adquiridos,

quantidades recomendadas, equipamentos / meios utilizadores, depósitos onde

serão armazenados e outras fundamentais ao Abastecimento é realizada pelo

processo de catalogação.

A qualidade das informações cadastradas é vital à aquisição correta

do material e a atividade de catalogação foi buscar na codificação um método

que propiciasse maior precisão para as requisições de material. Esta

codificação facilita a comunicação entre os Órgãos do Abastecimento de modo

que a gestão de material opere de forma inteligível e clara, já que o avanço

tecnológico impõe dificuldades cada vez maiores para a interpretação de

especificações de material, em especial aquelas que estejam associadas aos

itens de maior conteúdo tecnológico.

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25

CAPÍTULO II

METODOLOGIA DE CATALOGAÇÃO UTILIZADA NAS

FORÇAS ARMADAS E SUA APLICAÇÃO

NA MARINHA DO BRASIL

O significado da Catalogação:

“Catalogar significa inserir dados em um catálogo.

Um catálogo representa uma lista de nomes ou códigos aos

quais estão associadas informações com determinada

finalidade tais como: uso no comércio para referência, preços e

possibilitar pedidos; uso na indústria para facilitar a distribuição

de peças na linha de produção e seu emprego na fabricação de

equipamentos; uso técnico em diversas áreas do

conhecimento, biblioteconomia, química, biologia, etc.

Todo catálogo encerra uma variedade de

informações e um procedimento sistemático para coletá-las,

formatá-las e ordená-las. Assim, todo catálogo remete a um

sistema de catalogação composto de procedimentos, normas e

instituições responsáveis. Pode ser citado como exemplo o

sistema de numeração de produtos por código de barras, que

permite a elaboração de catálogos comerciais por fornecedores

e varejistas, baseados em códigos de barra, contendo

informações sobre o produto e seu preço e aplicados a

sistemas contábeis, controle de estoque e controle de pontos

de venda. Tal sistema tem regras próprias para atribuição de

códigos aos produtos e tem como organismos responsáveis a

European Article Numbering Association (EAN International),

órgão central de âmbito internacional, e a Associação Brasileira

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26

de Automação Comercial (EAN Brasil), que atua no âmbito

nacional.

Portanto, podemos considerar catalogação,

em um sentido amplo, como o conjunto de tarefas, normas e

procedimentos necessários à obtenção de uma informação e

sua inclusão em um catálogo”. (Brasil. Ministério da Defesa.

Marinha do Brasil. Manual do SISMICAT - vol1, 2003, p. 23).

2.1 Conceitos básicos sobre Itens

2.1.1 Item de produção

É uma peça ou um conjunto de peças ou objetos

agrupados sob a mesma referência de fabricante, em conformidade

com os mesmos desenhos de projeto de engenharia, especificações

e testes de inspeção.

2.1.2 Item de Suprimento

No “NATO Codification System” (NCS), a expressão “item

de suprimento” designa um objeto ou grupo de objetos que foram

definidos por um serviço logístico, como satisfazendo uma

necessidade especifica.

2.1.3 Determinação de um item

A determinação exata de um item de suprimento depende

de considerações de ordem técnica e logística, a partir das quais o

usuário especifica as características e tolerâncias do item que

necessita nos termos mais exatos possíveis.

Uma vez definido um item de suprimento, a este será

atribuído um Número Brasileiro de Estoque (NBE) / “NATO Stock

Number” (NSN) de maneira que, a cada conceito de identificação

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27

corresponda um único número de estoque. Este assunto será

abordado posteriormente.

2.1.4 Tipos de item de suprimento

a) Um único item de produção;

b) Um item de produção normal modificado;

c) Um item de produção cujo controle de qualidade é

mais rigoroso do que para um item de produção normal (exigindo

tolerâncias mais rigorosas, características específicas ou critérios de

qualidade mais apurados); e

d) Vários itens de produção que possam ser

substituídos entre si para a mesma finalidade, e que tenham a

mesma utilização.

2.1.5 Exemplos:

a) Um único item de produção representado por um

único item de suprimento.

(Fonte: Brasil. Ministério da Defesa. MB. Manual do SISMICAT - Vol 1, 2003, p. 24)

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b) Dois ou mais itens de produção, de um ou vários

fabricantes, todos associados a um único item de suprimento.

c) Um item de linha de produção que, ao receber uma

modificação especial, deve ser distinguido por um Número de

Estoque.

d) Um item, selecionado de uma linha de produção

que, para atender a determinada necessidade logística, deva ser

Fabricante “A” Fabricante “B” Fabricante “C”

ORIFÍCIO VAZADO

ITEM DE PRODUÇÃO NORMAL ITEM DE PRODUÇÃO MODIFICADO

(Fonte: Brasil. Ministério da Defesa. MB. Manual do SISMICAT - Vol 1, 2003, p. 25)

(Fonte: Brasil. Ministério da Defesa. MB. Manual do SISMICAT - Vol 1, 2003, p. 25)

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submetido a um controle de qualidade mais rigoroso, passando a

constituir-se em um item de suprimento.

2.2 Outros Conceitos

2.2.1 Código do item

É um meio de identificação que individualiza, de forma

padronizada, cada item de suprimento, dentro de um determinado

universo de material. Consiste, basicamente, em um código

alfanumérico, atribuído a cada item de determinado sistema, com o

propósito de permitir um meio fácil e sucinto de distingui-lo dos

demais pertencentes ao mesmo sistema. O código deve representar

um item de suprimento, de forma padronizada, precisa e

inconfundível dentro do respectivo sistema. Deve, ainda, ser

compreendido por todos os usuários desse sistema, constituindo,

verdadeiramente, uma linguagem única para todos os seus

utilizadores.

2.2.2 Número de Estoque (NE)

É o principal código atribuído a um item de suprimento,

num determinado sistema de material, ou seja, aquele que o

ITEM DE PRODUÇÃO NORMAL

ITEM DE PRODUÇÃO NORMAL COM TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE POR

MAGNAFLUX

(Fonte: Brasil. Ministério da Defesa. MB. Manual do SISMICAT - Vol 1, 2003, p. 26)

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individualiza dentro desse sistema. No Sistema de Catalogação da

MB (SCMB), os NE utilizados são o “NATO Stock Number”, o

Número Brasileiro de Estoque e o Número de Estoque Brasileiro;

este último em caráter excepcional e diante da impossibilidade de

atribuição dos anteriores.

2.2.3 NATO Stock Number (NSN)

Número de Estoque adotado pela OTAN, composto de

treze dígitos, sendo que os primeiros quatro formam o código de

grupo-classe, os dois seguintes indicam o Índice de Procedência de

Catalogação (IPC), ou seja, o Centro Nacional de Catalogação

(CNC) que primeiro catalogou o item, e os sete dígitos finais não são

significativos, contudo, são atribuídos para um e somente um item

de suprimento dentro do país codificador.

2.2.4 Número Brasileiro de Estoque (NBE)

É o NE adotado pelo SISMICAT, tem o IPC 19 e obedece

à mesma estrutura do NSN.

2.2.5 Número de Estoque Brasileiro (NEB)

É o NE provisório adotado pelo SCMB, tem o IPC BR,

obedece à mesma estrutura do NSN e é atribuído somente pela

COA em casos excepcionais.

2.2.6 Referência (REF)

É obtida a partir da combinação do código atribuído ao

fabricante (Código de Empresa - CODEMP), no âmbito do

SOC/SISMICAT/SCMB, com o código que o próprio atribuiu ao item

de sua produção. A referência, qualquer que seja o tipo, deve ser

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qualificada, uma vez que por si só não agrega valor a uma perfeita

identificação do item de suprimento. O SCMB adota, como

qualificadores de referência, os constantes no Manual do SISMICAT.

2.2.7 Número de Referência (NUMREF)

É um código numérico ou alfanumérico, atribuído por

fabricante ou órgão com ascendência sobre o projeto, que distingue

parcial ou completamente um determinado item de produção.

NUMREF são usados por fabricantes para identificar as peças

necessárias à produção de um equipamento, para relacionar tais

peças aos projetos em que se aplicam, para designar normas

industriais e de qualidade, além de indicarem códigos de outros

sistemas de catalogação. Os Órgãos de manutenção se apoiam nos

NUMREF indicados nos manuais de equipamentos e gravados nas

peças, para chegarem ao NE e encaminharem o pedido do item de

suprimento ao SAbM. Os Órgãos de obtenção utilizam os NUMREF

associados aos NE para executarem a compra junto aos

fornecedores, informando claramente que item pretendem adquirir.

Estes números podem ser:

a) números da peça atribuídos pelo fabricante;

b) números de desenho do fabricante;

c) número de modelo ou de tipo do fabricante;

d) número de controle de origem do fabricante;

e) número de controle de especificação;

f) nome comercial do item, quando o fabricante batiza o

item e atribui como referência apenas seu nome

comercial; e

g) números de normas e especificações de padronização

e/ou referências apropriados.

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2.2.8 Código de Nome de Item (INC)

O INC (Item Name Code) é um código de cinco dígitos

numéricos atribuído a um Nome Aprovado de item, o qual designa

genericamente, de acordo com o SOC/SISMICAT, uma família de

itens de suprimento com características semelhantes. Os Nomes

Aprovados com seus respectivos INC constam da publicação H-6

(Dicionário de Nomes), que é editada pelo governo norte-americano

e adotada pelo SISMICAT e pelo SCMB.

2.2.9 Sobressalente

É o item de suprimento destinado à eventual substituição

de seu similar instalado em equipamento ou unidade, por motivo de

extravio, desgaste, avaria ou prevenção de avaria. Quando se tratar

de equipamentos ou unidades sobressalentes, deve ser constituída

uma "Reserva" ou "Pool", sob o controle do Órgão responsável pela

Função Logística "Manutenção".

2.2.10 Equipamento

É um conjunto de componentes (Unidades e Peças),

intimamente relacionados, capaz de produzir um determinado

trabalho ou atender à determinada função, com o emprego de

alguma forma de energia mecânica, elétrica, eletromecânica,

eletromagnética, térmica etc. Um equipamento pode ser constituído

por uma única Unidade.

2.2.11 Equipagem

É um conjunto de itens de suprimento (itens de

suprimento, Equipamentos ou Unidades e respectivos Acessórios),

normalmente portátil, que deve existir em determinado setor da OM

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para atender a um serviço específico. Ex: Material de Rancho,

Colete Salva-Vidas e seus Acessórios, Roupa de Cama, Bandeiras e

Pavilhões, Instrumentos de Navegação, Extintores de Incêndio e

seus Acessórios, Ferramentas de Oficina etc. Ressalta-se que o

Sobressalente é mantido em reserva, nos paióis, enquanto a

Equipagem é mantida nas incumbências, para utilização em

determinado serviço.

2.3 Ferramentas para Catalogação

2.3.1 - Catálogos de Nomes (H6 - "Item Name

Directory")

É publicado e distribuído pelos Estados Unidos da

América (EUA) e destina-se a fornecer dados sobre nomes de itens

para o desenvolvimento e manutenção da identificação de item

dentro do sistema federal de catalogação.

- Pode-se consultar o H6 entrando com um nome, um

código de classe, um número de FIIG ou código de Nome Aprovado.

- O catálogo é usado, principalmente, para identificar

itens pelo nome, padronizar o nome e determinar corretamente os

códigos classificação destes

2.3.2 - Catálogos de Empresas (H4)

O catálogo H4 fornece ao usuário o nome, endereço e

dados sócio-econômicos de entidades com atividades de fabricação,

sendo necessário para o cadastramento no SISMICAT que a

empresa produza, pelo menos, 01 (um) item de suprimento.

- Com a adesão do Brasil ao NCS, tornou-se

necessária a preparação de um catálogo que registre as empresas

privadas e órgãos públicos que fabriquem ou detenham

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especificação técnica de itens de material incluídos no SISMICAT, o

qual passa a ser identificado como 19H4. Estas empresas serão

codificadas conforme prevê o NCS.

- O 19H4 poderá também conter os registros de

empresas brasileiras codificadas pela NAMSA ou pelo Centro

Nacional de Catalogação de outros países. Estes códigos persistirão

até que se promova a sua alteração.

- Poderá, ainda, conter registros sobre as empresas

que executem as seguintes atividades de interesse das Forças

Armadas: reparo, manutenção, revisão, certificação e normalização.

2.3.3 Guia para a Descrição de Itens (FIIG)

É uma publicação essencialmente técnica que orienta e

padroniza a identificação de itens através de suas características

físicas e de desempenho, formulando perguntas e respostas, ambas

codificadas. Possibilita também o processamento informatizado

destas informações, facilitando, ainda, a troca destes dados entre

entidades interessadas.

- O Guia usado com esse objetivo é o FIIG (Federal

Item Identification Guide), publicado e mantido pelo governo

americano.

2.3.4 Catálogo de Classificação de Itens (H2)

Foi elaborado pelos EUA, surgiu para unificar todo o

sistema de material, agrupando em grupos e classes os itens

correlatos, visando estabelecer uma uniformidade na identificação

do material. A estrutura do sistema consiste de uma divisão de todo

o universo de material em grandes “famílias” de itens, chamados

GRUPOS, e dentro de cada grupo, uma subdivisão em pequenos

“ramos” chamados CLASSES.

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2.3.5 NMCRL (“NATO Master Cross Reference List”)

É uma publicação que contém os NSN de todos os

países OTAN, bem como os dados das respectivas Identificações,

Referências e Fabricantes. A NMCRL é o instrumento básico para

saber se um determinado Item de Suprimento já foi codificado no

Sistema OTAN e para obter os respectivos dados de Identificação,

de Referência e Fabricantes.

2.3.6 Lista de Referências Cruzadas (“Cross

Reference List - CRL”)

É uma publicação que contém uma lista dos NSN e de

Referências cruzadas entre si por referência. A CRL é um

instrumento básico de pesquisa para:

- Efetuar a associação entre Referências e NSN por

cruzamento de Referências;

- Saber qual o fabricante de um determinado item

quando se conhece um Número de Referência ou um NSN; e

- Determinar se o Número de Referência é suficiente

para identificar o item ou se são necessários dados adicionais para

identificar corretamente o item.

2.4 Ferramentas adicionais

Além das ferramentas acima citadas, não devem ser dispensados os

Catálogos Nacionais que representam a base de dados de cada país. Estes

Catálogos trazem informações mais completas sobre os itens de suprimento e

servem como instrumento auxiliar aos serviços de catalogação. Como

exemplos destas publicações, podemos citar:

a) Fed Log (extrato da base de dados norte-americano);

b) ISIS (extrato da base de dados ingleses); e

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c) SOPRANO (extrato da base de dados franceses).

2.5 Processamento da Catalogação na MB

O processamento da Catalogação obedecerá, obrigatoriamente, às

seguintes premissas:

a) O elemento básico para a Catalogação é o Equipamento (EQ) ou

a equipagem (EG);

b) Os itens são introduzidos no SCMB em decorrência da entrada

na MB dos EQ/EG a que pertencem, nela permanecendo

enquanto tais EQ/EG estiverem em serviço;

c) Para efeito de catalogação, uma OM é constituída por um

conjunto de EQ/EG; e

d) O arquivamento e o controle centralizados dos dados são

essenciais para que haja padronização, integração, racionalização

e economia.

2.5.1 Coleta de Dados

A Coleta de Dados se constitui em uma tarefa a ser

executada com a maior antecedência possível, durante a obtenção

de novos meios para a Marinha e na pesquisa da documentação

disponível nos meios que estão sendo adquiridos por oportunidade.

As OM responsáveis pela aquisição de equipamentos e equipagens

para a Marinha deverão obter os documentos necessários à

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catalogação dos equipamentos e sobressalentes. Nestes

documentos, que podem ser manuais técnicos, listas de peças, listas

de sobressalentes recomendados, etc., deverão constar dados

consistentes que possibilitem a catalogação pelo SOC. Sugere-se

para obter o fornecimento dessas informações cláusulas no contrato

de aquisição (Anexo B) dos meios prevendo eventos financeiros

atrelados ao fornecimento destes dados.

2.5.2 Disponibilização das Informações

As informações, em sua maior parte, serão

disponibilizadas em um Banco de Dados "ON LINE" com acesso a

toda MB. Estas informações poderão ser obtidas a partir de diversas

chaves para pesquisa de dados, à escolha do usuário, nos

Cadastros de itens de suprimentos, de EQ/EG, de Meios ou de

Fabricantes/não Fabricantes.

2.5.3 Fases da Catalogação

A catalogação de um determinado item de material é

executada segundo as seguintes fases:

a) Identificação - A identificação do item consiste na

reunião de dados adequados e suficientes para estabelecer, direta

ou indiretamente, a sua individualidade, distinguindo-o dos demais

itens do sistema. Cada identificação deve corresponder a apenas um

item e cada item de suprimento deve corresponder a apenas uma

identificação. As características de um Item de Suprimento que

possibilitam estabelecer, de forma direta, a sua identidade são,

basicamente, de duas espécies: Características Físicas que é tudo

que compõe o item, sua estrutura, o material de que é feito, sua

composição química, dados elétricos, dimensões, aparência ou

forma, princípios de operação etc.; e a Características de

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Desempenho que é a ação (ou serviço) peculiar desenvolvida pelo

item e dele esperada, em conseqüência de suas características

físicas. Foram estabelecidos, tanto para o SOC/SISMICAT quanto

para o SCMB, dois métodos de identificação dos itens de

suprimento:

� Método Descritivo - Este método é aquele pelo qual

um item de suprimento é identificado por seu nome e pela

enumeração de suas características físicas, elétricas, mecânicas,

químicas, de acabamento, de desempenho e outras, que lhe dão

identidade. O Método Descritivo deve ser preferencialmente

utilizado, pois permite que, em um processo de pesquisa, possa ser

reconhecida uma possível duplicidade, e por facilitar a padronização

e a nacionalização do material.

� Método de Referência - O Método de Referência é

aquele segundo o qual um item é identificado pela indicação de uma

designação que ele já possui (NUMREF) e da simultânea citação da

origem dessa designação, normalmente o fabricante do item. O

NUMREF pode ser atribuído pelo fabricante como código de

identificação de fabricação do material ou de planos ou desenhos de

fabricação, onde o item em questão está especificado.

� Tipos de Identificação - São os seguintes os tipos de

identificação adotados na MB:

- TIPO 1 - Descritivo Completo: É o tipo de

identificação em que estão contidas todas as características

essenciais e pelas quais o item é distinguido de todos os outros itens

de suprimento. Este método de identificação é aquele que pode ser

realizado apenas com base nas características descritivas.

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- TIPO 1A - Descritivo Completo-Referencial: Inclui

itens de suprimento que representam exclusivamente um único item

de produção, cuja descrição deve conter, além dos dados exigidos

no Tipo 1, o CODEMP e o NUMREF. Este tipo de identificação

ocorrerá quando somente um item produzido por um único fabricante

atender a uma necessidade específica do sistema logístico.

- TIPO 1B - Descritivo Completo-Referencial-

Descritivo: Inclui itens de suprimento que representam

exclusivamente um único item de produção cuja descrição deve

conter o CODEMP e NUMREF. Entretanto, neste caso, o NUMREF

não é suficiente para identificar um único item, assim é necessário

ainda um dado descritivo diferenciador para completar a

identificação.

- TIPO 4 - Descritivo Parcial: Representa o item de

suprimento para o qual não foi possível uma descrição completa.

Neste caso, pelo menos o nome e mais outro quesito precisam ser

respondidos. Assim como na identificação Tipo 1, este tipo não

restringe o número de itens de produção associados a um item de

suprimento.

- TIPO 4A - Descritivo Parcial-Referencial: Da mesma

forma que na identificação Tipo 1A, a identificação Tipo 4A só é

utilizada quando um único item de produção representa exatamente

um item de suprimento. O mínimo e o máximo de quesitos são

idênticos aos indicados para identificação Tipo 4, e a REF deve fazer

parte da descrição do item.

- TIPO 4B – Descritivo Parcial-Referencial-Descritivo:

Este tipo de identificação é idêntico ao conceito do Tipo 1B, na

medida em que o item de suprimento está limitado a um único item

de produção mais o NUMREF do fabricante não identifica por

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completo o item. O mínimo e o máximo de quesitos para

identificação Tipo 4 também se aplicam a identificação Tipo 4B e

devem ser complementadas pela descrição de uma característica

diferenciadora.

- TIPO 2 – Referencial: Este tipo é apenas utilizado

quando o método descritivo de identificação de itens não se justifica

ou não pode ser utilizado.

� Fases de Identificação pelo Método Descritivo - A

identificação pelo Método Descritivo compreende as seguintes fases:

atribuição do Nome Aprovado; e descrição das características do

item.

- Atribuição do Nome Aprovado: Designa uma família

de itens de suprimento com características semelhantes e é extraído

das publicações adotadas pelo SOC e SISMICAT, objetivando

estabelecer uma descrição padronizada a ser empregada como

linguagem comum em todas as operações de Abastecimento.

Quando não se dispõe de um Nome Aprovado para o item de

suprimento, faz-se uso de um nome não aprovado, procurando

atribuir o nome ao item pelo projeto ou pelo fabricante; e

- Descrição das características do item: Uma série de

respostas em letras ou números constituem, normalmente, a forma

mais comum de apresentar os dados utilizados em cada

identificação Tipo 1. A especificação das características essenciais

origina a diferenciação entre itens com o mesmo Nome Aprovado.

Quando não for viável delinear, na descrição, as características

essenciais do item, essa descrição pode ser aumentada, citando

documentos particulares ou outras fontes de dados descritivos do

item de suprimento. As fontes aprovadas usadas como referência

são as especificações ou normas técnicas de fabricantes ou de

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associações industriais ou profissionais. É essencial que todas as

citações que se refiram a documentos sejam reconhecidas pelo

Governo ou pela Indústria e que estejam normalmente disponíveis. A

descrição é feita de acordo com os parâmetros previamente

estabelecidos no Manual do Sistema Militar de Catalogação.

b) Classificação - O propósito principal de qualquer

classificação é facilitar o acesso aos elementos de um determinado

conjunto. Assim, a classificação objetiva proporcionar aos usuários

uma rápida consulta aos dados de seu imenso universo de itens,

utilizando os critérios de agrupamento e criação de "famílias" bem

definidas, que possibilitem selecionar, facilmente, o setor desse

universo a ser consultado. Acessoriamente, a classificação

possibilita, por meio de sua padronização e universalidade, a adoção

de técnicas gerenciais modernas em todos os setores da

administração do material da Marinha. Como exemplos, podem ser

citadas as técnicas de estocagem por similaridade, a setorização

das compras por natureza do material, a distribuição das

responsabilidades pela execução do Abastecimento (jurisdição) etc.

Tendo em vista a estrutura simples, completa, uso bastante

difundido e, principalmente, possibilidade de perfeita adaptação ao

novo universo de material, foi adotado, para uso na MB, o "Federal

Supply Classification System" (FSCS), do Departamento de Defesa

dos EUA, com as alterações que se fizeram necessárias, conforme

deliberação do MD.

� Classificação do Item - A classificação reúne os itens

em GRUPOS de material com afinidades gerais, que, por sua vez,

são subdivididos em CLASSES (sub-grupos) mais específicas e

detalhadas. A classificação de cada item é obtida por um código de

quatro algarismos – a CLASSE -, onde os dois primeiros indicam o

GRUPO ("família maior") a que ele pertence. Os Grupos e

respectivas Classes são constituídos por itens intimamente

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relacionados. Cada Classe de determinado Grupo cobre materiais

de razoável homogeneidade.

Exemplos: GRUPO 67 - Equipamentos Fotográficos

CLASSE 6710 - Câmeras cinematográficas

CLASSE 6720 - Câmeras fotográficas.

� Critérios para Classificação do Item - Os critérios

usados para o enquadramento dos itens em determinada Classe

são:

- Natureza: suas características físicas e de

desempenho;

- Parentesco: o relacionamento entre peças,

apêndices e acessórios;

- Aplicação: o relacionamento com o conjunto de nível

imediatamente superior para o qual foram especificamente

planejados; e

- Afinidade: o fato de serem obtidos e/ou fornecidos

em conjunto. Cada item somente pode estar enquadrado em uma

única Classe, dentre as de uso aprovado pelo MD.

c) Codificação - Seja qual for o método de

identificação empregado, faz-se necessária a indicação do fabricante

de um item de suprimento e a atribuição de um código para seu

reconhecimento. Os equipamentos/equipagens (EQ/EG), elementos

básicos do SCMB, também são individualizados por um código

padronizado, de estrutura variável regulada por instrução específica,

que serve para assegurar a ligação entre os itens e o EQ/EG onde

estão aplicados, servindo também para controlar a configuração dos

EQ/EG de cada OM. Os itens também são codificados e em seu

código são inseridos dados sobre sua natureza possibilitando melhor

identificação e arquivamento na Base de Dados.

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� Atribuição do Código de Empresa (CODEMP) - Com

o propósito de tornar mais simples esta indicação, foi adotado um

código para individualizar cada empresa de interesse do material da

Marinha. O CODEMP é um código numérico ou alfanumérico de

cinco dígitos atribuído a entidades organizacionais que fabricam

itens de suprimento e possuam informações técnicas sobre o

material incluído no SOC/SISMICAT. Quando utilizado para

identificar itens de suprimento pelos Métodos Descritivo e de

Referência, o CODEMP tem por propósito informar respectivamente

qual a entidade responsável pelos dados técnicos (desenho,

especificações, fotos, etc.) e qual a entidade que atribuiu o NUMREF

considerado. Desta forma, a indicação do CODEMP relativo a um

determinado NUMREF significa, apenas, que aquela entidade

(indústria, firma comercial, sociedade classificadora de materiais,

Órgão Governamental etc.) é a responsável pela atribuição do

NUMREF indicado e não, necessariamente, o fabricante do material.

� Atribuição do CODEQ - A estrutura do CODEQ

adotado pela MB consiste de treze dígitos com o seguinte

significado:

- O primeiro dígito identifica a Jurisdição do

Equipamento;

- Os dois, três ou quatro dígitos seguintes identificam

o Grupo de Equipamento de Jurisdição das Diretorias

Especializadas; e

- Os dígitos seguintes possuem significados variados

conforme a jurisdição do equipamento, sua origem e época de

cadastragem no banco de dados.

� Atribuição de CODEG - A estrutura do CODEG

compõe-se de treze dígitos com o seguinte significado:

- O primeiro dígito se refere à natureza da equipagem;

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44

- O segundo dígito é relativo à jurisdição do material

da equipagem;

- Os dois dígitos supracitados acrescidos dos cinco

dígitos seguintes representam o grupo da equipagem; e

- Os demais dígitos possuem significados variados.

� Atribuição de código aos itens (NEB/NBE/NSN) - O

Número de Estoque (NEB/NBE/NSN) é um símbolo composto por

treze dígitos, sendo os seis primeiros significativos e os sete

seguintes sem significado. O NE apresenta a seguinte estrutura:

- Parte Classificadora (CLASSE): Constituída pelos

quatro primeiros algarismos, que indicam a Classe, sendo os dois

primeiros indicadores do Grupo; Os Grupos e Classes adotados no

SCMB encontram-se listados na publicação “Catálogo de Grupos e

Classes para Classificação do Material”, emitida pelo Ministério da

Defesa.

- Parte Identificadora (PI): Constituída pelos nove

dígitos restantes, compõe-se de dois segmentos: Índice de

Procedência da Catalogação e o Número Interno de Identificação

(NII).

- Índice de Procedência da Catalogação (IPC): O

quinto e o sexto dígito do NE indicam a procedência da catalogação,

isto é, qual o país que primeiro catalogou o item, não guardando

(Fonte: Brasil. Ministério da Defesa. Marinha do Brasil. SGM 201, 2009, p. 2-24)

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correlação com a fonte de obtenção do item. Os IPC usados no

SCMB correspondem aos Códigos do "NATIONAL CODIFICATION

BUREAU" (NCB) utilizados no SOC.

Os IPC mais usados na MB estão relacionados a seguir:

00 - EUA

01 - EUA

11 - OTAN

12 - ALEMANHA

13 – BÉLGICA

14 - FRANÇA

15 - ITÁLIA

17 - HOLANDA

19 - BRASIL

21 - CANADÁ

22 - DINAMARCA

25 - NORUEGA

66 - AUSTRÁLIA

98 - NOVA ZELÂNDIA

99 - GRÃ-BRETANHA

d) Inclusão de dados na MB - Todas as informações

coletadas são incluídas no Catálogo da Marinha (CATMAR) através

de publicações e documentos especiais (microfichas, fitas

magnéticas, disquetes, relatórios, CD-ROM), que tem por propósito

divulgar as informações relativas ao material, cadastrados no

Sistema de Informações da Catalogação ou pertinentes à sua

gerência. Também é utilizado um Banco de Dados “ON LINE” que

contém informações sobre itens sobressalente, equipamentos,

aplicação, estoque, etc., possibilitando um acesso rápido as

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46

informações desejadas e a tomada de decisões. Também as

publicações e documentos especiais editados pela própria Marinha e

já aprovados pelo Órgão de Superintendência do SCMB, podem

fazer parte do CATMAR outras publicações e documentos especiais,

nacionais e estrangeiros, adotados pela COA.

e) Atualização dos Catálogos - As OM, de forma

especial as componentes do SAbM, podem constatar, a qualquer

tempo, a necessidade de efetuar alterações, correções ou

complementações nas informações registradas, inclusão ou retirada

de itens etc. Cabe às AgCat, responsáveis pelos itens de suprimento

sob sua jurisdição, executar as alterações pertinentes diretamente

na Base de Dados, que serão supervisionadas e auditadas pela

COA.

f) Inclusão e Exclusão de Itens - A inclusão ou

exclusão de itens e a atribuição de novos NE, bem como as

alterações dos dados relativos à identificação, classificação e

intercambialidade deverão ser encaminhadas à AgCat com

jurisdição sobre o material, a quem compete ratificar as atualizações

propostas e registrá-las no SCMB.

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47

CAPÍTULO III

AGÊNCIA DE CATALOGAÇÃO - AGCAT

Agência de Catalogação - AgCat:

“As Agências de Catalogação (AgCat), são órgãos

internos de cada Força Armada (FA) ou segmento

governamental responsáveis pela compilação dos dados

técnicos, pela identificação do item de suprimento e submissão

à Central de Operação e Arquivo (COA) para atribuição dos

códigos devidos” (Brasil. Ministério da Defesa. Marinha do

Brasil. SGM 201, 2009, p. 2-2)

3.1 As agências de Catalogação (AgCat) na MB

São os Órgãos do SCMB responsáveis pela correta e oportuna

coleta dos dados sobre o material a ser introduzido no serviço da Marinha. Os

Órgãos Técnicos do SAbM, que executam a “Atividade Técnica da

Catalogação", são denominados AgCat.

3.1.1 Compete às AgCat

a) Efetuar a coleta e a manutenção dos dados

necessários à Catalogação e ao desempenho das demais funções e

atividades de Apoio Logístico pertinentes;

b) Escolher o Método de Identificação adequado ao

material que estiver sendo catalogado, dando preferência ao método

descritivo, considerando a conveniência de concorrer para a

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48

padronização e a nacionalização do material em uso na MB e,

também, nas demais FA;

c) Identificar e classificar o material sob sua jurisdição

(Anexo A);

d) Compilar os dados técnicos, proceder à identificação

e classificação do item de suprimento de sua jurisdição;

e) Enquadrar no SJ adequado os itens de suprimento

sob sua responsabilidade específica, observadas as normas

baixadas pela DGMM;

f) Indicar a aplicação, a substituição e a

intercambialidade dos itens de suprimento sob sua jurisdição;

g) Manter um processo permanente de revisão dos

itens de suprimento de sua responsabilidade já catalogados, a fim de

eliminar os desnecessários, corrigir os dados cadastrados e

minimizar a probabilidade de existência de duplicidade de Número

de Estoque (NE) para itens de suprimento iguais;

h) Definir os dados de previsão, relativos ao exercício

da Determinação Técnica de Necessidades, utilizando-se do SCMB

para a sua integração, racionalização e divulgação; e

i) Cumprir as normas e procedimentos relativos à

operacionalização da Catalogação no SINGRA.

3.1.2 Procedimentos a serem observados pela AgCat

a) Por ocasião da inclusão e alteração de dados no

SCMB, antes de incluir/alterar um item de suprimento no banco de

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dados, o técnico em catalogação deve consultar as publicações

adotadas no SOC (NATO Master Catalogue Reference For Logistics

- NMCRL, FEDLOG e similares), verificando, a partir do NUMREF de

que dispõe (no manual do fabricante, em plano etc.) se existe outro

NSN similar nas publicações citadas. Se houver coincidência entre

os NUMREF, o técnico deverá verificar se o código da empresa

fabricante ou não fabricante (relacionado ao número de referência

constante nas publicações) corresponde à empresa que atribuiu o

número de referência de que a catalogação dispõe. Em havendo a

correspondência das referências, trata-se de caso de

intercambialidade entre os dois NSN, o técnico de catalogação

deverá promover o registro no banco de dados;

b) Caso existam referências de um NEB que sejam

encontradas nas publicações do SOC, vinculadas a um NSN, o

técnico de catalogação deverá promover a evolução, no banco de

dados;

c) A Agência de Catalogação só deverá propor à COA

a atribuição do IPC “BR” após serem esgotadas as pesquisas para

identificação do IPC “numérico” nas publicações estrangeiras;

d) Quando o setor técnico com jurisdição sobre

determinada classe de material concluir que um dado item de

suprimento é substituto de outro sob determinadas condições, o

técnico em catalogação deverá registrar, no banco de dados, sua

substituição, pois apesar de diferentes, são substitutos;

e) Antes de incluir/alterar uma referência de um NEB

no banco de dados, o técnico em catalogação deverá certificar-se de

que a empresa que a atribuiu já se encontra catalogada;

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f) Na atribuição da Classe de Material, Unidade de

Fornecimento (UF) e SJ, manter conformidade com as tabelas

constantes no banco de dados. Para correção ou evolução da classe

do item de suprimento deverão ser respeitadas as publicações do

SOC;

g) Todo item de suprimento, ao ser cadastrado no

banco de dados, deverá estar aplicado a um CODEQ/CODEG, que

deverá estar vinculado a um ou mais Meios/OM; caso contrário, não

lhe será atribuído NE (exceto para itens de SJ “ZZ”, "RE" e "RW");

h) Caso o item, ao ser cadastrado, apresente referência

já vinculada a outro NE no Banco de Dados, deve-se preencher o

qualificador RNJC com o valor correspondente, indicando não haver

duplicidade entre itens de suprimento;

i) O item somente poderá ser cadastrado pelo Órgão

Técnico com jurisdição sobre o mesmo, sendo vedada a inclusão do

NE sem indicação do SJ do item;

j) Na atribuição de nomenclatura para o item, utilizar

como padrão os nomes constantes da tabela no banco de dados, ou

na falta destes, para os itens com NSN, adotar os nomes constantes

das publicações estrangeiras;

k) Na atribuição do Código de Variação do Número de

Referência (RNVC), para NBE e NEB, dar preferência ao NUMREF

que esteja associado ao RNVC 2. Na impossibilidade deste, usar o

RNVC 1 ou 3, evitando o RNVC 9, salvo se a finalidade for de

apenas manter registro; e

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l) Deverá ser evitado o cadastramento de um NSN

quando o SOC apresentar um outro NSN como substituto ou quando

informar que o NSN está descontinuado e sem substituto.

3.2 Estrutura de uma AgCat

As AgCat estão subordinadas normalmente as Diretorias

Especializadas (DE) ou a órgãos Técnicos (OT) e possuem um corpo técnico

especializado em Catalogação. Como base para nosso estudo utilizaremos a

estrutura atualmente empregada na Diretoria de Engenharia Naval (DEN), que

é uma DE.

3.2.1 Organograma simplificado da DEN

(Fonte: o autor)

Diretor DEN-01

Superintendência Técnica DEN-20

Superintendência de Programas

DEN-10

Superintendência de Administração

DEN-30

Assessoria Jurídica DEN-04

Depto. de Coordenação Técnica DEN-21

Divisão de Análise e

Catalogação DEN-252

Divisão de Controle DEN-251

Depto. de Sistemas de Casco DEN-22

Depto. de Catalogação DEN-25

Depto. de Sistemas Mecânicos DEN-23

Depto. de Sistemas Elétricos DEN-24

Depto. de Informação Técnica DEN-26

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3.2.2 Estrutura Física

A estrutura física do Departamento responsável pela

atividade de catalogação possui as seguintes instalações:

a) Instalações para escritório, mobiliário, estações de

trabalho para uso com computadores, ergonomicamente adequadas,

leitora de micro-fichas, biblioteca com acervo técnico de manuais

dos equipamentos instalados nos navios, normas técnicas, manuais

de catalogação, etc., ocupando aproximadamente 300m²,

necessitando de expansão;

b) Recursos de hardware: computadores, impressoras,

scaner’s, rubs e outros dispositivos de rede, diversos pontos para

acesso, telefones, fax, etc., além de uma complexa rede interna,

segura, com acesso a Internet, interligando a DEN a diversos

bancos de dados e outras OM da MB;

c) Recursos de software: programas específicos de uso

na MB para acesso aos Bancos de dados do SINGRA e ServCat,

programas para criptografia de informações, aplicativos do Windows

e vários programas comerciais leitura, edição e digitalização de

documentos, fotos e elaboração de textos e planilhas.

3.2.3 Estrutura Técnica

O corpo técnico destinado à Catalogação consiste de

Engenheiros, Oficias da reserva, Praças da ativa, Especialista de

nível médio (eletricistas, mecânicos, eletrônicos e de

abastecimento), geralmente Praças da reserva, com grande

experiência em navios e nos processos de catalogação, utilizando o

método OTAN, além de pessoal administrativo.

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a) Recursos Humanos: Atualmente são empregados no

Departamento de Catalogação 2 Engenheiros (Eletrotécnico e

Mecânico) , 3 Oficiais da reserva, 5 Praças da ativa, 17 Praças da

reserva e 2 Servidores administrativos.

b) Capacitação Técnica: cursos de formação superior e

técnica nas áreas específicas (mecânica, elétrica ou de material),

cursos de adestramento de operação e utilização do BD SINGRA,

cursos de adestramento no método OTAN de Catalogação e cursos

de aplicação no SISMICAT.

3.3 Atividades e Capacidade de Produção

As atividades principais das AgCat são: a catalogação dos

equipamentos e sobressalentes indicados como itens de suprimento, dos

navios que estão sento adquiridos pela MB, através da construção em

estaleiros nacionais ou no exterior, e dos navios prontos adquiridos “por

oportunidade”; a catalogação dos equipamentos e sobressalentes frutos da

modernização dos navios em serviço; atualização contínua do Banco de Dados

do SINGRA com as evoluções a alterações dos códigos dos sobressalentes

cadastrados; orientação às aquisições de sobressalentes no país e no exterior

e inclusão no BD SINGRA das relações de sobressalentes que compõe os

”kits” necessários ao cumprimentos das rotinas de manutenção elaboradas

para os navios.

3.3.1 Catalogação de navios novos

A catalogação de um novo meio começa a ocorrer já na

fase inicial da construção, após a análise e aprovação da

documentação técnica dos equipamentos que irão fazer parte da

planta do navio. É executada paulatinamente com distribuição linear

da mão-de-obra durante a construção do meio que dura em média

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de 3 a 7 anos, conforme o porte, até sua incorporação ao Setor

Operativo.

Normalmente os dados necessários à catalogação são

consistentes e constam na documentação técnica, uma vez que é

exigido nos contratos através de uma Cláusula de Catalogação os

dados para a catalogação (Anexo B). O não cumprimento dessa

cláusula restringe o pagamento de eventos financeiros.

O gráfico abaixo mostra o percentual (%) de itens

catalogados pelo Departamento ao longo da construção do meio,

dentro do prazo necessário a sua incorporação ao Setor Operativo.

O período descrito, em meses, indica o início do processo de

construção até a incorporação do meio ao Setor Operativo.

(fonte: o autor)

3.3.2 Catalogação de navios prontos

A catalogação de um meio pronto, adquirido por

oportunidade, começa a ocorrer quando do recebimento da

documentação técnica dos equipamentos que constam na planta do

navio. Requer grande quantidade de mão-de-obra alocada para a

execução da catalogação, uma vez que do início da aquisição do

meio até sua incorporação ao Setor Operativo leva em torno de 2,5

anos.

itens catalogados

itenscatalogados

(%)

0102030405060708090

100

0 6 122

18 24 30 36 42 48 540

60 66

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O gráfico abaixo mostra a necessidade de mão-de-obra a

ser aplicada (%) pelo Departamento de catalogação para executar a

catalogação do meio, dentro do prazo necessário a sua incorporação

ao Setor Operativo. O período descrito, em meses, indica o início

das negociações do processo de obtenção até a incorporação do

meio ao Setor Operativo (36 meses).

(fonte: o autor)

Normalmente os dados necessários à catalogação são

inconsistentes, devido à característica da aquisição: “no estado”.

Não se pode fazer exigências quanto à qualidade dos dados de

catalogação, uma vez que é não é aplicável a Cláusula de

Catalogação.

Este tipo de aquisição sobrecarrega as atividades de

catalogação da AgCat, tendo em vista que a contratação de

servidores e ampliação das instalações no Serviço Público é

complicada e depende da aprovação prévia de recursos

orçamentários.

Uma solução viável seria a terceirização desse serviço,

através da contratação de uma empresa privada, para sua

execução. Esta proposta será abordada no próximo capítulo.

itens catalogados

itenscatalogados

(%)

0102030405060708090

100

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66meses

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3.3.3 Atualização do Banco de Dados do SINGRA.

A aquisição de sobressalente é realizada órgãos de

compra da MB: no país, Centro de Obtenção da Marinha no Rio de

Janeiro (COMRJ) e no exterior pela Comissão Naval Brasileira na

Europa (CNBE), visando o mercado europeu e pela Comissão Naval

Brasileira em Washington (CNBW), visando os mercados do EUA e

Japão. A Geração dos pedidos e realizada pelo Centro de Controle

de Inventário (CCIM) com base nos dados cadastrados no BD

SINGRA, para atender a demanda de sobressalentes necessários

ao cumprimento dos períodos de manutenção (PM) previstos para

os meios do Setor Operativo, com antecedência de dois anos. Os

pedidos são encaminhados aos órgãos de compra onde ocorre o

processo de cotação e fechamento da aquisição.

Durante a fase de cotação dos sobressalentes são

recebidas várias informações dos fabricantes e fornecedores dos

itens: evoluções de referências, alterações de dados do

fabricante/fornecedor, obsolescências de itens, alterações técnicas,

substituições, intercambiabilidade entre itens, etc., que depois de

analisadas, são incluídas no BD SINGRA. Também são esclarecidas

dúvidas técnicas com envio de documentos e dados técnicos dos

itens em processo de obtenção, para definir sua correta aquisição.

Esta atividade, fundamental ao processo de obtenção, é

contínua, e devido a grande quantidade de itens adquiridos ocupa a

maior parcela da mão-de-obra do Departamento de Catalogação.

Também são incluídos no BD SINGRA as relações de

sobressalentes necessários à execução dos PM de cada meio,

facilitando assim o processo de seleção de sobressalentes a serem

adquiridos, agilizando o processo de obtenção.

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3.3.4 Distribuição da mão-de-obra.

A capacitação é fundamental à catalogação, o

conhecimento das ferramentas disponíveis no BD SINGRA e a

prática da utilização do Sistema OTAN de catalogação nos

equipamentos e itens aplicados a navios são a base para a

formação de um especialista em catalogação. Como a equipe

técnica da DEN é altamente qualificada, com profissionais com mais

de 10 anos de experiência, ela pode ser remanejada de uma

atividade para outra, sem perda da qualidade dos serviços. Assim

sendo, quando existe a acúmulo de serviços em uma determinada

área a mão-de-obra e nela concentrada para realizar a tarefa.

No gráfico abaixo é mostrada a distribuição da mão-de-

obra atual (% - setembro 2011) do Departamento de catalogação da

DEN.

(Fonte: o autor)

Distribuição de mão-de-obra

10

15

5

40

20

10Cat Novos Meios

Cat Meios adq por Oportunidade

Administração

Atualização do BD SINGRA

Cat de modernizações

Cat de "Kits" de sobressalentes

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CAPÍTULO IV

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO BASE

PARA A TERCEIRIZAÇÃO DA CATALOGAÇÃO DE

SOBRESSALENTE PARA MEIOS ADQUIRIDOS POR

OPORTUNIDADE PELA MB, UTILIZANDO OS

CONHECIMENTOS PRECONIZADOS

NO PMBOK

“Projeto é um esforço temporário empreendido para

criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A sua

natureza temporária indica um início e um término definidos”

(Project Management Institute, PMBOK, 2008, p.5)

4.1 Estudo de exequibilidade

Antes do início do desenvolvimento do projeto várias questões

devem ser discutidas para evidenciar a possibilidade e a necessidade de sua

execução:

Quem são os interessados?

Porque não incluir os navios em construção também no projeto?

Porque não terceirizar toda a catalogação?

Economicamente é interessante para MB?

E quanto ao sigilo das informações?

Existe documentação que possibilite a catalogação?

Quem vai executar os serviços?

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Estas e outras questões devem ser amplamente discutidas antes da

implementação do projeto, de modo a mitigar os riscos, evitando futuros

prejuízos.

4.1.1 Aspectos Gerais

Conforme descrito no capítulo anterior existe um Órgão

na MB que executa as tarefas de catalogação – a AgCat. Este Órgão

possui um corpo técnico e capacidade de produção, que deve ser

avaliada, antes de qualquer proposta de terceirização de serviços.

No caso dos navios em construção, não há problemas

para a execução das tarefas de catalogação, tendo em vista o longo

período disponível até a sua incorporação ao Setor Operativo.

Os navios adquiridos por oportunidade de pequeno/médio

porte ou que possuam um período de adaptação razoável até a sua

incorporação ao Setor Operativo, podem ser catalogados através do

remanejamento da mão-de-obra existente.

O problema reside quando da aquisição simultânea de

meios por oportunidade, construções ou modernizações navios, já

que não existe a possibilidade de expansão do efetivo do pessoal.

4.1.2 Aspectos Legais

. A Lei 8.666 de 21 de junho 1993 estabelece:

Art. 1º - normas gerais sobre licitações e contratos

administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de

publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes

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da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no

capítulo anterior existe um Órgão na MB que executa as tarefas;

Art. 2º - As obras, serviços, inclusive de publicidade,

compras, alienações, concessões, permissões e locações da

Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão

necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses

previstas nesta Lei;

Art. 3º - A licitação destina-se a garantir a observância do

princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais

vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento

nacional sustentável e será processada e julgada em estrita

conformidade com os princípios básicos da legalidade, da

impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da

probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório,

do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Com base nessa Lei o Projeto Básico deverá ser

detalhado e confeccionado um Edital de Licitação com todos os

documentos necessários à elaboração, por parte dos licitantes, das

propostas de cotação e execução do projeto. Este documento

deverá conter uma minuta de contrato, forma de entrega dos

serviços e requisitos para a elaboração do cronograma físico-

financeiro pelos licitantes.

4.1.3 Aspectos Econômicos

O custo dos serviços para a catalogação é expressivo, já

que é uma atividade que exige uma qualificação técnica específica,

ministrada normalmente em organizações militares. Previamente

devem ser levantados no mercado os valores cobrados para a

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execução dos serviços pretendidos e verificar junto às Autoridades

Patrocinadoras a disponibilidade de recursos.

4.1.4 Sigilo das informações

Dependendo do Objeto do Projeto Básico, alguns

equipamentos não poderão ser catalogados por uma empresa extra

MB em razão dos requisitos de segurança. Para os demais

equipamentos, deverão ser asseguradas as restrições quanto ao uso

das informações e suas implicações legais.

4.2 O Projeto Básico

(Fonte: Faculdade AVM, Material didático do curso de Gestão de Projetos, 2011)

Para seu melhor gerenciamento, planejamento e controle o projeto

geralmente é dividido por fases. Estas fases podem ou não se sobrepor,

dependendo das atividades nelas desenvolvidas.

4.2.1 Início do desenvolvimento do projeto

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Após a tomada de decisão pelas Autoridades envolvidas

(Patrocinadores) em realizar o projeto (terceirização dos serviços de

catalogação), deverão ser definidos o prazo para sua realização, os

requisitos necessários à elaboração do Projeto Básico e a nomeação

do Gerente do Projeto (GP), que deverá planejar e orientar sua

execução.

O Gerente do Projeto deve possuir conhecimento dos

aspectos técnicos em catalogação, para poder avaliar o produto do

serviço que será especificado. Definirá a equipe que trabalhará no

projeto (Engenheiros, Técnicos e pessoal de apoio) e conduzirá

reuniões com o pessoal técnico envolvido para abordar o

desenvolvimento do Escopo do projeto, seu cronograma, metas a

serem alcançadas e dificuldades encontradas.

Após a prontificação do Projeto Base o Gerente do

Projeto deverá coordenar a elaboração do Edital de Licitação,

participando do processo licitatório, com a montagem do corpo do

Edital e seus anexos, até sua publicação.

4.2.2 Termo de Abertura do Projeto

O Termo de Abertura do Projeto é o documento que

formalmente autoriza o projeto, nomeia seu Gerente e aborda,

geralmente, e não somente, os seguintes aspectos:

a) Histórico – descrição sucinta da necessidade

geradora que motivou a criação do Projeto;

b) Justificativa – O porquê da contratação de mão-de-

obra terceirizada para realização da tarefa pretendida;

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c) Fonte de recursos - Indicação das fontes de

recursos que financiarão o Projeto.

d) Estimativa de Custos do Projeto – Deverá ser

estimado o custo total para e execução do Projeto (Projeto Básico e

contratação dos serviços terceirizados) com as seguintes

considerações:

Inicialmente deverá englobar os recursos necessários à

elaboração do Projeto Básico, obtenção dos dados técnicos para

confecção do Escopo, identificação de empresas qualificadas e

elaboração do Edital de Licitação.

Em seguida, estimar o dispêndio de recursos durante a

fase de execução do projeto pela empresa terceirizada, o

desembolso anual de valores e possíveis reajustes, durante o

processo. Este trabalho é importante, pois irá nortear o Gerente do

Projeto quanto à administração dos recursos durante o período de

execução do projeto e dos serviços contratados.

No caso em estudo, em virtude do curto espaço de tempo

para a incorporação do meio ao Setor Operativo, sugere-se um

período de no máximo oito meses (240 dias) para a elaboração do

Projeto Básico, 30 dias para o processo licitatório e 30 dias para a

contratação da empresa prestadora de serviços, que deverá realizar

os serviços contratados em dois anos. Os recursos para o

pagamento dos serviços serão provenientes do Programa de

Governo de Reaparelhamento e Adequação da Marinha do Brasil ou

outra fonte visando modernização e desenvolvimento.

Após a aprovação do termo de abertura do projeto, se

inicia o seu desenvolvimento.

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64

4.3 Gerenciamento do Projeto

4.3.1 Desenvolvimento do Plano de Gerenciamento

O Desenvolvimento do Plano de Gerenciamento do

Projeto é atribuição do GP. O Plano de Gerenciamento do Projeto

determina como o trabalho será realizado, documenta as ações

necessárias para definir, preparar, integrar e coordenar todos os

planos auxiliares em um plano de gerenciamento integrado do

projeto.

O Plano de Gerenciamento pode ser em nível resumido

ou detalhado e pode ser composto de um ou mais planos auxiliares.

Segundo o Guia do PMBOK, 2008, P 82, os planos auxiliares

incluem, mas não estão limitados a:

- Plano de Gerenciamento do escopo;

- Plano de Gerenciamento dos requisitos;

- Plano de Gerenciamento do cronograma;

- Plano de Gerenciamento dos custos;

- Plano de Gerenciamento da qualidade;

- Plano de melhorias do processo;

- Plano de Gerenciamento dos recursos humanos;

- Plano de Gerenciamento das comunicações;

- Plano de Gerenciamento dos riscos;

- Plano de Gerenciamento das aquisições.

4.3.2 Plano de Gerenciamento do Escopo e dos Requisitos do projeto

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O Gerenciamento do escopo do projeto inclui os

processos necessários para assegurar que o projeto inclui todo o

trabalho necessário, e apenas o necessário, para terminar o projeto

com sucesso. Esse gerenciamento está relacionado principalmente

com a definição e controle do que está e o que não está incluso no

projeto. Incluí principalmente a coleção de requisitos, definição do

escopo, criação da Estrutura Analítica do Projeto (EAP) e verificação

e controle do escopo.

a) Definição do Escopo

A definição do escopo é o processo de desenvolvimento

de uma descrição detalhada do projeto e do produto (Guia PMBOK,

2008, P103).

Para o projeto em lide é proposto como escopo do

projeto: A elaboração de um Projeto Básico para a contratação de

uma empresa terceirizada para o fornecimento dos dados

necessários à catalogação de itens de suprimento definidos para a

manutenção dos equipamentos principais do navio (adquirido por

oportunidade), utilizando o Sistema OTAN de Catalogação, dentro

das metas e prazos determinados, para desta forma, aumentar a

eficiência do sistema logístico do meio.

O Escopo deverá detalhar as entregas do Projeto Básico

e o trabalho necessário para criar as mesmas:

- Especificar a análise da documentação técnica

existente para a identificação dos itens necessários

à manutenção dos equipamentos e sistemas do

navio;

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- Identificar os itens sobressalentes necessários,

definindo o quantitativo a ser catalogado;

- Elaborar a estimativa de custos;

- Elaborar a especificação dos serviços a serem

prestados pela empresa contratada, definir a forma

de entrega do serviço e o desembolso financeiro;

- Especificar os dados técnicos a serem fornecidos;

- Desenvolver o software para a carga dos dados de

catalogação a serem fornecidos pela empresa,

visando sua posterior migração para o BD SINGRA;

- Elaborar o Edital de Licitação;

- Elaborar a minuta de contrato;

- Preparar as Cartas Convite; e

- Publicar o Edital.

Temos como escopo do produto: Uma relação de itens

que será fornecida pela empresa contratada, em meio digital (CD

ROM ou DVD), onde deverão ser preenchidos todos os dados

necessários à Catalogação pelo Sistema OTAN. Os dados deverão

ser informados em um software, a ser fornecido pela MB, para o

carregamento das informações no BD SINGRA.

A empresa contratada deverá ter as seguintes atividades

básicas:

- Captar Junto ao setor técnico da Diretoria

Especializada as listas de itens necessários a serem

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catalogados como sobressalentes dos equipamentos

e sistemas do navio;

- Adequar seu pessoal técnico de modo a produzir a

quantidade de itens catalogados/mês especificada.

- Provisionar e copilar os dados técnicos;

- Pesquisar previamente na base de dados do

Sistema OTAN de Catalogação (CDs NATO Master

Cross Reference List) se os itens relacionados já

possuem NSN atribuído, evitando duplicação de

dados;

- Preparar esboço de catalogação de itens novos;

- Identificar os itens de suprimento;

- Alimentar as informações obtidas no software,

disponibilizado pela MB, e corrigir qualquer

discrepância de informações;

- Viabilizar a continuidade das tarefas de catalogação

de qualquer item que sofra modificação, alteração ou

correção pelos fabricantes e/ ou a pedido da MB, de

modo a permitir e resguardar as atualizações dos

dados de catalogação fornecidos;

- Realizar quaisquer atividades necessárias à

catalogação dos itens requeridos, não listadas

acima, mas que sejam necessárias a sua correta

execução.

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b) Coletar Requisitos

É o processo de definir e documentar as funções e

funcionalidades do projeto e do produto necessárias para atender às

necessidades e expectativas das partes interessadas. Os requisitos

incluem os prazos necessários à elaboração do projeto de modo a

atender as necessidades do cliente e vão definir o dimensionamento

da equipe, quantitativa e qualificativamente, bem como as tarefas e

o tempo para alcançar os objetivos. Estes requisitos se transformam

na fundação da Estrutura Analítica do Projeto (EAP) e começam

com a análise das informações contidas no termo de abertura do

projeto.

c) Elaboração da Análise Analítica do Projeto (EAP)

O GP em conjunto com a equipe técnica definirá a EAP

do Projeto Básico. A EAP é o processo de subdivisão das estregas e

do trabalho do projeto em componentes menores e de

gerenciamento mais fácil. A Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é

uma decomposição hierárquica orientada às entregas do trabalho a

ser executado pela equipe para atingir os objetivos do projeto.

O Trabalho planejado é contido dentro dos componentes

de nível mais baixo da EAP, que são chamados pacotes de trabalho.

Um pacote de trabalho pode ser agendado, ter seu custo estimado,

monitorado e controlado. O nível de detalhe dos pacotes de trabalho

varia com o tamanho e complexidade do projeto. A decomposição do

nível mais alto da EAP requer a subdivisão do trabalho para cada

uma das entregas ou subprojetos em seus componentes

fundamentais, onde representam produtos, serviços ou resultados

verificáveis.

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A EAP pode ser estruturada em um diagrama de blocos,

uma lista sumarizada, uma estrutura analítica organizacional, um

diagrama de espinha de peixe ou outro método. Conforme o trabalho

é decomposto em níveis maiores de detalhe, a habilidade de

planejá-lo, gerenciá-lo e controlá-lo aumenta. Contudo uma

decomposição excessiva pode resultar num esforço de

gerenciamento improdutivo, uso ineficiente de recursos e na

diminuição da eficiência durante a execução do trabalho.

Para o Projeto Básico em questão, como exemplo,

sugere-se a EAP:

PROJETO BÁSICO

GERENCIAMENTO DO PROJETO

DEFINIÇÃO

PLANO DO PROJETO

CONTROLE DE MUDANÇAS

RELATÓRIOS DE DESENPENHO

ESTIMATIVA DE CUSTOS

ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO

PESQUISA DE EMPRESAS

CAPACITADAS

REUNIÕES DE PROGRESSO

ESPECIFICAÇÃO DO CONTRATO

PREPARAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO

ESPECICAÇÃO DOS SERVIÇOS

ESPECIFICAÇÃO DO EDITAL

PUBLICAÇÃO DO EDITAL

DEFINIÇÃO DE EQ/ITENS

DESENVOLVIMENTO DO SOFTWARE

CARTAS CONVITE

4 3 2 1

2.1

1.4

1.3

1.2

1.1

2.3

2.2

2.5

2.4

3.2

4.1

3.3

3.1

4.2

ANÁLISE DAS PROPOSTAS

DIVULGAÇÃO DO

VENCEDOR

4.3

4.4

Cabe ressaltar que no exemplo acima foram

demonstradas as entregas principais, ainda sendo necessárias

outras decomposições, até o nível de entregas de pacotes de

trabalho.

(Fonte: o autor)

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Por exemplo, o bloco 1.1- Plano do projeto, poderia ser

decomposto em: bloco 1.1.1 – Elaborar o termo de abertura do

projeto, bloco 1.1.2 – Definir o Escopo, bloco - 1.1.3 – Criar a EAP,

bloco – 1.1.4 – Elaborar o cronograma do projeto, bloco 1.1.5 –

Definir o controle da execução e bloco 1.1.6 – Elaborar o termo de

encerramento do projeto.

4.3.3 Plano de Gerenciamento do cronograma do projeto

Uma vez definidos todos os pacotes de trabalho temos a

base para o inicio da elaboração do cronograma do projeto. O

gerenciamento do tempo do projeto inclui os processos necessários

para gerenciar o termino pontual de cada atividade, para isso

devemos previamente:

a) Definir as atividades – Processo de identificação das

ações específicas a serem realizadas para produzir as

entregas do projeto.

b) Sequenciar as atividades – Processo de identificação

e documentação dos relacionamentos entre as

atividades do projeto.

c) Estimar os recursos das atividades – Processo de

estimativa dos tipos e quantidade de material,

pessoas, equipamentos e suprimentos que serão

necessários para realizar cada atividade.

d) Estimar a duração das atividades – Processo de

estimativa mais próxima possível do número de

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períodos de trabalho que serão necessários para

terminar atividades específicas com os recursos

estimados.

e) Desenvolver o cronograma - Processo de análise das

sequências das atividades, suas durações, recursos

necessários e restrições do cronograma visando criar

o cronograma do projeto.

f) Controlar o cronograma – Processo de monitoramento

do andamento do projeto para atualização do seu

progresso e gerenciamento das mudanças feitas na

linha de base do cronograma.

Na figura abaixo são mostradas algumas atividades

principais identificadas na EAP e um o cronograma hipotético do

projeto.

Cronograma de Elaboração do Projeto Base

Código Atividade Pré requisito

XX Elaborar termo de abertura YY

Definir Escopo

Elaborar EAP

Análise Doc. Técnica

Relatório de Desempenho

Definir de Eq / itens

Reuniões de Progresso

Estimar custos

Especificar de Serviços

Pesquisar Empresas

Controle de Mudanças

Desenvolver Software

Minutar de Edital

Preparar Carta Convite

Publicar Edital

Encerramento do Projeto

D D+30 D+60 D+210 D+240D+90 D+120 D+150 D+180

(Fonte: o autor)

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As colunas “Código” e “Pré-requisito” representam o

número do bloco da atividade que consta na EAP do Projeto Básico.

A coluna “Pré-requisito” representa o número do bloco, isto é, o

código da atividade que deve ser terminada antes do início da

indicada.

4.3.4 Plano de Gerenciamento dos Custos do projeto O gerenciamento do custo do projeto inclui os processos

envolvidos em estimativas, orçamentos e controle dos custos, de

modo que o projeto possa ser terminado dentro do orçamento

aprovado. Os processos de gerenciamento dos custos do projeto

incluem:

a) Estimar os custos – O processo de

desenvolvimento de uma estimativa de custo dos

recursos monetários necessários para terminar as

atividades do projeto.

b) Determinar o orçamento – O processo de

agregação dos custos estimados de atividades

individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer

uma linha base autorizada dos custos.

c) Controlar os custos – O processo de

monitoramento do andamento do projeto para a

atualização do seu orçamento e gerenciamento das

mudanças feitas na linha de base dos custos.

Durante o desenvolvimento do Projeto Básico os custos

envolvidos geralmente são internos, pois envolvem mão-de-obra

própria e equipamentos e instalações já existentes, contudo, podem

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ser necessárias a aquisição de documentos técnicos ou

equipamentos adicionais cujos custos devem ser considerados.

A estimativa de custo para e execução do projeto, que

consiste no fornecimento dos dados necessários à catalogação dos

itens sobressalentes para o navio pela empresa contratada, deve ser

criteriosa usando como fonte de informação:

- O valor médio cobrado por Agências de Catalogação

no exterior para catalogação de um item;

- Custo operacional para montagem de uma equipe

especializada para efetuar a catalogação, incluindo

salários, equipamentos e instalações;

- Encargos sociais e administrativos a serem

recolhidos pela empresa contratada e margem de

lucro; e

- Opinião especializada de consultores, associações

profissionais e técnicas, setores econômicos e

outras unidades executoras de catalogação, dentro

da MB.

A estimativa de custo deve ser calculada por item a ser

catalogado de modo a facilitar o cálculo dos recursos financeiros a

serem solicitados para o projeto e o controle do desembolso

financeiro durante a execução do projeto.

Cabe ressaltar que esta estimativa é fundamental para a

elaboração do orçamento do projeto, para a elaboração da minuta

de contrato e para a análise das propostas comerciais durante a fase

de licitação.

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O desembolso financeiro deve ser atrelado à quantidade

de itens catalogados pela empresa e constar como cláusula

contratual.

4.3.5 Plano de Gerenciamento da qualidade e

melhorias do processo do projeto

O gerenciamento da qualidade do projeto inclui os

processos e as atividades da organização contratante que

determinam as políticas de qualidade, os objetivos e as

responsabilidades, de modo que o projeto satisfaça as necessidades

para as quais foi empreendido. Implementa o sistema de

gerenciamento por meio de politicas e procedimentos com atividades

de melhoria contínua de processos realizadas durante todo o

projeto, conforme apropriado.

Os processos de gerenciamento da qualidade do projeto

incluem os seguintes itens:

a) Planejar a qualidade – O processo de identificar os

requisitos e/ou padrões de qualidade do projeto e

do produto, bem como documentar de que modo o

projeto demonstrará a conformidade.

b) Realizar a garantia da qualidade – O processo de

auditoria dos requisitos de qualidade e dos

resultados das medições do controle de qualidade

para garantir que sejam usados os padrões de

qualidade e as definições apropriadas.

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c) Realizar o controle da qualidade – O processo de

monitoramento e registro dos resultados da

execução das atividades de qualidade para avaliar

o desempenho e recomendar as mudanças

necessárias.

O gerenciamento da qualidade do Projeto Básico consiste

principalmente na verificação da tarefa de levantamento dos itens a

serem catalogados e sua importância, verificação das especificações

técnicas e documentação, estimativas de custos e demais atividades

desenvolvidas durante a elaboração do projeto básico.

O gerenciamento da qualidade do produto consiste na

verificação das informações de catalogação que serão fornecidas

pela empresa para cada item, utilizando técnicas de amostragem.

Cabe ressaltar que as informações incorretas podem ocasionar a

aquisição de itens diferentes daqueles necessários, causando

prejuízo à manutenção do navio e ao Sistema de Abastecimento da

Marinha

4.3.6 Plano de Gerenciamento dos recursos

humanos do projeto

O gerenciamento dos recursos humanos do projeto inclui

os processos que organizam e gerenciam a equipe do projeto. A

equipe do projeto consiste nas pessoas com papéis e

responsabilidades designadas para a conclusão do projeto. O tipo e

o número de membros da equipe do projeto podem mudar com

frequência ao longo do projeto. Os membros do projeto também

podem ser referidos como pessoal do projeto.

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76

Embora os papéis e responsabilidades específicas para

os membros da equipe do projeto sejam designadas, o envolvimento

de todos os membros da equipe no planejamento do projeto e na

tomada de decisões pode ser benéfico. O envolvimento e a

participação dos membros da equipe desde o início agrega seus

conhecimentos durante o processo de planejamento e fortalece o

compromisso com o projeto.

Resumidamente os processos de gerenciamento dos

recursos humanos são:

a) Desenvolver o plano de recursos humanos – O

processo de identificação e documentação de

funções responsabilidades, habilidades

necessárias e relações hierárquicas do projeto,

além da criação de um plano de gerenciamento do

pessoal.

b) Mobilizar a equipe do projeto – O processo de

confirmação da disponibilidade dos recursos

humanos e obtenção da equipe necessária para

concluir as designações do projeto.

c) Desenvolver a equipe do projeto – O processo de

melhoria das competências, interação da equipe e

ambiente global da equipe para aprimorar o

desempenho do projeto.

d) Gerenciar a equipe do projeto – O processo de

acompanhar o desempenho de membros da

equipe, fornecer o feedback, resolver questões e

gerenciar mudanças para otimizar o desempenho

do projeto.

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77

Gerenciar e liderar a equipe do projeto também inclui,

entre outras atividades:

- Influenciar a equipe do projeto. Conhecer, e

influenciar quando possível, os fatores de recursos

humanos que podem impactar o projeto. Isso inclui o

ambiente da equipe, localizações geográficas dos

membros da equipe, comunicações entre as partes

interessadas, questões politicas internas e externas,

questões culturais, singularidade organizacional e

outros fatores de pessoal que podem alterar o

desempenho do projeto.

- Comportamento profissional e ético. A equipe de

gerenciamento de projetos deve estar ciente,

assumir o compromisso e garantir que todos os

membros da equipe tenham um comportamento

ético.

4.3.7 Plano de Gerenciamento das comunicações do

projeto

O gerenciamento das comunicações do projeto inclui os

processos necessários para assegurar que as informações do

projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas,

recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriada.

Os gerentes de projeto gastam a maior parte do seu

tempo se comunicando com os membros da equipe e outras partes

interessadas do projeto, que sejam internas (em todos os níveis da

organização) ou externas à organização. Uma comunicação eficaz

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78

cria uma ponte entre as diversas partes interessadas envolvidas no

projeto, conectando vários ambientes culturais e organizacionais,

diferentes níveis de conhecimento, e diversas perspectivas e

interesses na execução ou nos resultados do projeto.

Os processos de gerenciamento das comunicações do

projeto, incluem os seguintes itens:

a) Identificar as partes interessadas – O processo de

identificação de todas as pessoas ou organizações

que podem ser afetadas pelo projeto e de

documentação das informações relevantes

relacionadas aos seus interesses, envolvimento e

impacto no sucesso do projeto.

b) Planejar as comunicações – O processo de

determinação das necessidades de informação das

partes interessadas no projeto e definição de uma

abordagem de comunicação.

c) Distribuir as informações – O processo de colocar

as informações necessárias à disposição das

partes interessadas no projeto, conforme

planejado.

d) Gerenciar as expectativas das partes interessadas

– O processo de comunicação e interação com as

partes interessadas para atender às suas

necessidades e solucionar as questões à medida

que ocorrem.

e) Reportar o desempenho – O processo de coleta e

distribuição sobre o desempenho, incluindo

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79

relatórios de andamento, medições do progresso e

previsões.

4.3.8 Plano de Gerenciamento dos riscos do projeto

O gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos

planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas,

monitoramento e controle de riscos de um projeto. Os objetivos do

gerenciamento dos riscos são aumentar a probabilidade e o impacto

dos eventos positivos e reduzir a probabilidade e o impacto dos

eventos negativos no projeto.

Resumidamente os processos de gerenciamento de

riscos de projetos são:

a) Planejar o gerenciamento dos riscos – O processo

de definição de como conduzir as atividades de

gerenciamento dos riscos de um projeto.

b) Identificar os riscos – O processo de determinação

dos riscos que podem afetar o projeto e de

documentação de suas características.

c) Realizar a análise qualitativa dos riscos – O

processo de priorização dos riscos para análise ou

ação adicional através da avaliação e combinação

de sua probabilidade de ocorrência e impacto.

d) Realizar a análise quantitativa dos riscos – O

processo de analisar numericamente o efeito dos

riscos identificados, nos objetivos gerais do projeto.

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e) Planejar as respostas aos riscos – O processo de

desenvolvimento de opções e ações para aumentar

as oportunidades e reduzir as ameaças aos

objetivos do projeto.

f) Monitorar e controlar os riscos – O processo de

implementação de planos de respostas aos riscos,

acompanhamento dos riscos identificados,

monitoramento dos riscos residuais, identificação

de novos riscos e avaliação da eficácia dos

processos de tratamento dos riscos durante todo o

projeto.

Para o Projeto Básico em questão, como exemplo, alguns

riscos são identificados:

- Falta de documentação técnica de equipamentos do

navio.

- Documentação sem dados suficientes para

catalogação.

- Atraso em atividades críticas para a elaboração do

projeto.

- Atraso na elaboração do software a ser entregue a

empresa contratada.

- Problemas com pessoal técnico envolvido.

- Problemas em identificação de empresas

capacitadas para realizar a catalogação conforme

especificada.

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- Problemas no contrato.

- Problemas com recursos financeiros.

O planejamento de respostas aos riscos consiste em

desenvolver ações para minimizar as ameaças e maximizar as

oportunidades do projeto. Para os riscos negativos as estratégias

podem ser eliminação, mitigação e transferência. Por outro lado,

para os riscos positivos as estratégias são exploração,

compartilhamento e melhoria.

4.3.9 Plano de Gerenciamento das aquisições do

projeto

O gerenciamento das aquisições do projeto inclui os

processos necessários para comprar ou adquirir produtos, serviços

ou resultados externos à equipe do projeto. O gerenciamento das

aquisições do projeto abrange os processos de gerenciamento de

contratos e controle de mudanças que são necessários para

desenvolver e administrar contratos ou pedidos de compra emitidos

por membros autorizados da equipe do projeto.

Resumidamente os processos de gerenciamento das

aquisições do projeto consistem:

a) Planejar as aquisições – O processo de

documentação das decisões de compra do projeto,

especificando a abordagem e identificando

fornecedores em potencial.

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b) Conduzir as aquisições – O processo de obtenção

de respostas dos fornecedores, seleção de um

fornecedor e adjudicação de um contrato.

c) Administrar as aquisições – O processo de

gerenciamento das relações de aquisição

monitorando o desempenho do contrato e a

realização de mudanças e correções conforme

necessário.

d) Encerrar as aquisições – O processo de finalizar

todas as aquisições do projeto.

No Projeto Básico em estudo pode-se optar em contratar

uma empresa para desenvolver o software para coletar os dados de

catalogação, ao invés de desenvolvê-lo com recursos próprios.

4.4 Minuta de contrato

Na confecção da minuta do contrato o Gerente do Projeto deverá ser

assessorado por um advogado experiente em contratos, pois o processo

demandará a elaboração de documentos técnicos, especificação de serviços,

detalhamento do escopo, forma de entrega dos serviços, desembolso

financeiro, etc., associados a outros documentos de cunho jurídico.

Abaixo são descritas, como exemplo, as principais cláusulas

contratuais normalmente aplicáveis:

- Legislação aplicável;

- Delegação de competências;

- Objeto;

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- Direito e responsabilidade das partes;

- Recursos orçamentários;

- Preço;

- Reajustamento;

- Pagamento;

- Fiscalização;

- Forma de entrega e prazos;

- Penalidades;

- Rescisão; e

- Foro.

4.5 Processo Licitatório

Na elaboração do processo licitatório o Gerente do Projeto deverá

ser assessorado por um advogado experiente em licitações, pois o processo

demandará a elaboração de documentos de cunho gerencial, ou seja, não são

totalmente de cunho técnico nem totalmente de cunho jurídico, mesclando

conhecimentos básicos das duas áreas, por isso o concurso de um advogado

com experiência nos detalhes de um processo licitatório é fundamental e

decisivo.

Com o processo montado e aprovado pelo assessor jurídico pode-se

dar início a publicação do aviso do edital de concorrência para escolha da

empresa e ser contratada para realizar o serviço. A publicação do edital deverá

ter ampla divulgação, de preferência em jornais de grande circulação,

associações e, também, envio de cartas aos possíveis licitantes. Uma

Comissão de Licitação deverá ser nomeada para conduzir o processo

licitatório, sendo composta pelo Gerente do Projeto, Engenheiros e assessor

jurídico.

De acordo com o preconizado no Art. 21, parágrafo 2, da lei

8.666/93 deverá ser observado os prazos mínimos desde a publicação do aviso

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do edital até o recebimento das propostas comerciais. No caso em lide, a

licitação será por concorrência, sendo assumido um prazo de 30 dias para a

entrega das propostas comerciais.

Após a publicação do aviso do edital os licitantes terão 30 dias para

a retirada do edital e preparar a proposta comercial com todos os documentos

exigidos. No dia marcado para a entrega das propostas comerciais, os

licitantes deverão ser representados por um responsável e este participara da

elaboração da Ata de Reunião, em nome de sua empresa.

Após o recebimento das propostas comerciais, a Comissão de

Licitação iniciará seus trabalhos de análise das propostas comerciais e

documentação técnica. Deverão ser analisados minuciosamente os preços

apresentados, cronograma físico-financeiro, estrutura técnica da empresa,

qualificação profissional do corpo técnico, cursos de especialização em

catalogação realizados, instalações e estrutura física da empresa para executar

o serviço proposto.

Depois de realizadas as análises pertinentes à licitação, é marcada

uma reunião com todos os licitantes e anunciada à proposta comercial

vencedora. A partir daí, entramos na última fase que é a contratação e a

administração da execução do serviço.

4.6 Encerramento do Projeto

O encerramento do projeto consiste nos processos executados para

finalizar todas as atividades, de todos os grupos de processo de gerenciamento

do projeto visando completar formalmente o projeto ou a fase, ou obrigações

contratuais. No encerramento do projeto ou fase podem ocorrer as seguintes

atividades:

- Obter aceitação da autoridade competente ou patrocinador;

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- Fazer uma revisão pós-projeto ou de final de fase;

- Registrar os impactos da adequação de qualquer processo;

- Documentar as lições aprendidas;

- Aplicar as atualizações apropriadas aos ativos de processo

organizacionais;

- Arquivar todos os documentos relevantes no sistema de

informações do gerenciamento do projeto (SIGP), para serem

usados como dados históricos; e

- Encerrar as aquisições.

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CONCLUSÃO

Este trabalho apresenta uma proposta para o desenvolvimento de

um Projeto Básico, utilizando a metodologia preconizada no PMBOK, para a

catalogação de equipamentos e itens de navios de médio e grande porte,

adquiridos por oportunidade, terceirizando os serviços para obtenção dos

dados necessários à catalogação através da contratação de uma empresa

extra-Marinha, demonstrando que é viável o empreendimento, desde que

observada à disponibilidade de mão-de-obra existente, as necessidades do

Setor Operativo da MB e os aspectos legais para sua execução.

Por oportuno, descreve de forma sintética a Estrutura Logística da

Marinha, citando seus órgãos principais e suas funções dentro do Sistema de

Abastecimento da Marinha (SAbM). Aborda a catalogação, relatando sua

importância para a logística da Marinha e a organização de uma Agência de

Catalogação descrevendo sua estrutura, atribuições e competências.

O sucesso para a execução do projeto pela empresa contratada vai

depender da qualidade do Projeto Básico em sua especificação e detalhamento

do Escopo e na qualidade das informações para a catalogação constantes na

documentação técnica do navio.

Um contrato mal elaborado irá redundar em conflitos entre as partes

interessadas, sendo que a fiscalização de sua execução é fundamental para

evitar prejuízos futuros. As questões relativas ao cumprimento das

especificações do escopo, prazos, custos, riscos, qualificação dos recursos

humanos necessários e qualidade dos serviços devem estar refletidas em

cláusulas bem elaboradas e de fácil compreensão.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo A >> Símbolos de Jurisdição de Material na MB; e Anexo B >> Cláusula Contratual de Catalogação.

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ANEXO A

SÍMBOLOS DE JURISDIÇÃO DE MATERIAL NA MB

ÓRGÃO DE DIREÇÃO ÓRGÃO DE EXECUÇÃO DISCRIMINAÇÃO DO MATERIAL

SJ TÉCNICA GERENCIAL TÉCNICO CONTROLE OBTENÇÃO PAIS DISTRIBUIÇÃO

A DSAM DSAM DSAM DSAM DSAM CAM DepNavRe

Equipamentos de lançamento dos sistemas de armas (inclusive simuladores), suas equipagens e acessórios, exceto os de uso exclusivo ou preponderante (acima de 90%) do CFN. Equipamentos de minagem, varredura e caça de minas. Alvos teleguiados e seus equipamentos de controle, alvo móvel submarino, alvos para torpedos acústicos e transponder sonar, alvos aéreos rebocados e/ou balões com refletor radar destinados ao alinhamento dos sistemas de armas, despistadores utilizando emissão acústica submarina. Diretoras, calculadores mecânicos de tiro, telêmetros e unidades associadas; sistemas designadores de alvos (TDS); elementos estabilizador e unidades complementares para direção de tiro em sistemas de armas de armas não integrados por computadores. Sistemas de sinalização e alarme para a segurança de paióis de munição. Equipamentos de despistamento, lançadores de janelas e outros dispositivos passivos de CME, seus equipamentos de lançamento e controle. Alças visuais de emprego naval, utilizadas em DT, e seus sistemas de estabilização e controle. Equipamentos de aviônica utilizados no controle e na direção de tiro de mísseis e de outras armas embarcadas em aeronaves. Unidades completas de reposição dos equipamentos deste símbolo de jurisdição, sobressalentes de base constituídos por unidades de maior porte e complexidade, normalmente reparáveis. Testadores acessórios e ferramentas especiais de aplicação específica no material deste símbolo de jurisdição, não incluindo os do tipo “buit-in” enquadrados nas categorias dos próprios equipamentos associados. Equipamentos destinados a calibragem, alinhamentos, avaliação e análise do material deste símbolo de jurisdição.

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ÓRGÃO DE DIREÇÃO ÓRGÃO DE EXECUÇÃO DISCRIMINAÇÃO DO MATERIAL

SJ TÉCNICA GERENCIAL TÉCNICO CONTROLE OBTENÇÃO PAIS DISTRIBUIÇÃO

AN DSAM DSAM DSAM CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes discretos e itens de consumo de natureza eletrônica, de aplicação característica em equipamentos de SJ “A”.

B DAbM DAbM DAbM DAbM COMRJ BAMRJ Viaturas Administrativas.

BH DAbM DAbM DAbM CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

Componentes não-eletrônicos do material deSJ "B".

BN DAbM DAbM DAbM CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ "B".

C DEN DEN DEN DEN DEN DepSMRJ DepNavRe

Equipamentos, equipagens, acessórios, equipamentos de teste e ferramentas especiais dos seguintes sistemas existentes nos navios, em geral: estrutural; acessórios de convés; propulsão; geração e distribuição de energia elétrica, energia hidráulica, vapor; ar comprimido; água doce e ar condicionado; distribuição de combustíveis; lubrificantes; água salgada e ventilação; controle do navio e de avarias (exceto equipagens); proteção catódica e magnética; estruturais para apoio a aeronaves embarcadas; embarcações orgânicas; reabastecimento no mar; socorro e salvamento e refrigeração; máquinas operatrizes de médio e de grande porte utilizadas por OMPS-I no reparo e manutenção de Sistemas e equipamentos do SJ “C” .

CG DEN DAbM DEN CCIM COMRJ DepMCMRJ DepNavRe

Itens de pouca complexidade tecnológica utilizados nas atividades de CAV, MARINHARIA e SALVATAGEM.

CH DEN DAbM DEN CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

Componentes não-eletrônicos do material de SJ " C ".

CN DEN DAbM DEN CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ "C ".

D DSAM DSAM DSAM DSAM DSAM CRepSupEspCFN

Armas portáteis, armações de pistolas e revólveres.Caixas de culatras de fuzis, de fuzis-metralhadoras, de Submetralhadoras e de metralhadoras. Simuladores associados ao material deste símbolo de jurisdição. Acessórios e ferramentas especiais de aplicação específica no material deste símbolo de jurisdição. Não se enquadram neste símbolo de jurisdição os itens similares de uso exclusivo ou preponderante (acima de 90%) do CFN.

DN DSAM DAbM DSAM CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ “D”.

E DEN DAbM DEN CCIM COMRJ DepMCMRJ DepNavRe

Tintas, vernizes, indutos e produtos correlatos, não destinados ao emprego exclusivo em instalações nucleares. Substâncias e produtos químicos, não discriminados em outro símbolo de jurisdição.

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ÓRGÃO DE DIREÇÃO ÓRGÃO DE EXECUÇÃO

DISCRIMINAÇÃO DO MATERIAL SJ TÉCNICA GERENCIAL TÉCNICO CONTROLE OBTENÇÃO

PAIS DISTRIBUIÇÃO

F DSAM DSAM DSAM DSAM DSAM DepMEMRJ DepNavRe

Equipamentos de detecção e de comando e controle dos sistemas de armas de navios, aeronaves e de campanha, suas equipagens e acessórios e seus respectivos equipamentos de teste, avaliação, análise e ferramentas especiais, exceto os de uso exclusivo ou preponderante (acima de 90%) do CFN. Sistema automático de controle de vôo. Equipamentos de rádio-navegação e auxiliadores de navegação associados ou não aos sistemas de armas, suas equipagens e acessórios e seus respectivos equipamentos de teste e ferramentas especiais, exceto material aplicado ao GMDSS, e aqueles destinados exclusivamente ao posicionamento e navegação específico para serviços de hidrografia e oceanografia, suas equipagens, acessórios e respectivos equipamentos de teste e ferramentas especiais. Equipamentos eletrônicos de testes de emprego geral. Equipamentos de processamento de dados, suas equipagens, acessórios e ferramentas especiais, utilizados nos sistemas de armas, comando, controle, exceto os equipamentos relacionados a comunicações. Equipamentos NDB e ADF, suas equipagens, acessórios, seus respectivos equipamentos de testes e ferramentas especiais.

FN DSAM DAbM DSAM CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ "F ".

G DAbM DAbM DAbM CCIM COMRJ DepMCMRJ DepNavRe

Material Comum.

I DCTIM DCTIM DCTIM OM Utilizadoras

OM Utilizadoras

OM Utilizadoras

Equipamentos de processamento de dados para fins administrativos, seus programas, equipagens, acessórios e ferramentas especiais.

J DSAM DSAM DSAM DSAM DSAM / COMRJ

CMM

Munição de armas portáteis, não-portáteis e NBQ, granadas, explosivos, minas terrestres, pirotécnicos, seus componentes específicos e seus respectivos equipamentos de teste e ferramentas especiais. Ferramentas e acessórios especiais para manuseio, transporte e manutenção do material deste símbolo de jurisdição. Aparelhos de controle ambiental de paióis de munição.

L DSM DSM DSM DSM DSM DSM

Equipamentos de bio-engenharia e saúde em geral, suas equipagens, acessórios e ferramentas especiais. Vestimentas especiais para proteção contra agentes NBQ, exceto as Utilizadas em instalações nucleares.

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ÓRGÃO DE DIREÇÃO ÓRGÃO DE EXECUÇÃO

DISCRIMINAÇÃO DO MATERIAL SJ TÉCNICA GERENCIAL TÉCNICO CONTROLE OBTENÇÃO

PAIS DISTRIBUIÇÃO

LH DSM DAbM DSM CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

Componentes não-eletrônicos do material de SJ "L".

LN DSM DAbM DSM CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ " L ".

M DAbM DAbM DAbM CCIM COMRJ DepSubMRJ DepNavRe

Gêneros alimentícios e suas embalagens especiais.

N DCTIM DCTIM DCTIM DCTIM DCTIM DCTIM /

DepMEMRJ DepNavRe

Equipamentos de comunicações e cripto em geral, suas equipagens e acessórios e seus respectivos equipamentos de teste e ferramentas especiais, exceto os de uso exclusivo ou preponderante (acima de 90%) do CFN. Equipamentos terminais de dados e equipamentos de comunicações de dados, associados à RECIM, seus programas, equipagens, acessórios e ferramentas especiais. Equipamentos, equipagens, acessórios, equipamentos de testes e ferramentas especiais dos EPIRB – Sistema COSPAS-SARSAT; INMARSAT; NAVTEX; INMARSAT – SAFETY NET; DSC (Digital Seletive Calling); SART e TC MF/HF/VHF. Equipamentos GMDSS, suas equipagens, acessórios, seus respectivos equipamentos de testes e ferramentas especiais.

NC DCTIM DAbM DCTIM DCTIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ “N”. Reparáveis ou de alto valor.

NH DCTIM DAbM DCTIM CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

Componentes não-eletrônicos do material de SJ “N”.

NN DCTIM DAbM DCTIM CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ “N”.

O CMatFN CMatFN CMatFN CMatFN CMatFN CRepSupEspCFN

Viaturas operativas, motocicletas, material de engenharia de combate, instrumentos musicais, pára-quedas, equipamentos de uso específico do CFN, suas equipagens e acessórios, equipamentos de testes e ferramentas especiais.

OA DSAM CMatFN DSAM CMatFN CMatFN CRepSupEspCFN

Equipamentos de lançamento dos sistemas de armas (inclusive simuladores), suas equipagens e acessórios, de uso exclusivo ou preponderante (acima de 90%) do CFN, tais como material de artilharia de campanha, material de artilharia antiáerea do CFN, morteiros e canhões de carro de combate; além dos simuladores táticos.

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ÓRGÃO DE DIREÇÃO ÓRGÃO DE EXECUÇÃO DISCRIMINAÇÃO DO MATERIAL

SJ TÉCNICA GERENCIAL TÉCNICO CONTROLE OBTENÇÃO PAIS DISTRIBUIÇÃO

OD DSAM CMatFN DSAM CMatFN CMatFN CRepSupEspCFN

Armas portáteis de uso exclusivo ou preponderante no CFN, tais como os armamentos de calibre 5,56mm e lançadores de granadas 40mm. Caixa de culatras de fuzis, de fuzis-metralhadoras, de submetralhadoras e de metralhadoras de uso exclusivo ou preponderante (acima de 90%) no CFN. Simuladores ao material deste símbolo de jurisdição. Acessórios e ferramentas especiais de aplicação específica no material deste símbolo de jurisdição.

OF DSAM CMatFN DSAM CMatFN CMatFN CRepSupEspCFN

Equipamentos de detecção e de comando e controle dos sistemas de armas de campanha, suas equipagens e acessórios e seus repectivos equipamentos de teste, avaliação, análise e ferramentas especiais, de uso exclusivo ou preponderante (acima de 90%) no CFN.

OH CMatFN DAbM CMatFN CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

CRepSupEspCFN

Componentes não-eletrônicos do material de SJ "O".

OK DCTIM CMatFN DCTIM CMatFN CMatFN CRepSupEspCFN

Equipamentos de comunicações, de guerra eletrônica de comunicações e cripto em geral, suas equipagens e acessórios e seus respectivos equipamentos de teste e ferramentas especiais , de uso exclusivo em operações com Unidades do CFN.

ON CMatFN DAbM CMatFN CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

CRepSupEspCFN

Componentes eletrônicos do material de SJ "O".

OX CMatFN DAbM CMatFN CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

CRepSupEspCFN

Componentes não-eletrônicos do material de SJ “OA”, “OD”, “OF” e “OK”.

OY CMatFN DAbM CMatFN CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

CRepSupEspCFN

Componentes eletrônicos do material de SJ “OA”, “OD”, “OF” e “OK”.

OZ CMatFN DAbM CMatFN CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

CRepSupEspCFN

Componentes eletrônicos do material de SJ “OA”, “OD”, “OF” e “OK” reparáveis ou de alto valor, ou de uso controlado.

P DEN DAbM BACS CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

Equipamentos específicos para mergulho, seus componentes específicos, equipagens, acessórios e ferramentas especiais, inclusive componentes não-eletrônicos do material deste símbolo de jurisdição. Equipamentos para salvamento em submarinos, seus componentes específicos, acessórios, equipagens e respectivos equipamentos de teste e ferramentas especiais, inclusive componentes nãoeletrônicos do material deste símbolo de jurisdição.

PN DEN DAbM BACS CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ "P".

Q DSM DAbM DSM CCIM COMRJ DepSMRJ Medicamentos e artigos de saúde. Substâncias e produtos químicos de uso específico da área de saúde.

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ÓRGÃO DE DIREÇÃO ÓRGÃO DE EXECUÇÃO DISCRIMINAÇÃO DO MATERIAL

SJ TÉCNICA GERENCIAL TÉCNICO CONTROLE OBTENÇÃO PAIS DISTRIBUIÇÃO

R CTMSP CTMSP CTMSP CTMSP CTMSP CTMSP

Instalações nucleares: materiais absorvedores de nêutrons, material de blindagem nuclear, materiais estruturais para emprego no núcleo de reatores nucleares, material de revestimento de combustível nuclear, materiais físseis e férteis, e seus compostos, materiais derivados da irradiação de materiais físseis e férteis e fontes de irradiação, exceto as utilizadas na área de saúde. Proteções e outros acessórios e componentes especiais usados no transporte e armazenamento de produtos nucleares, exceto vestimentas e as utilizadas na área de saúde. Detectores de radiação e de radioisótopos, incluindo-se os materiais usados em sua confecção e exceto os utilizados na área de saúde. Equipamentos, equipagens, acessórios, ferramentas especiais e componentes de processamento de dados, não administrativos, utilizados no projeto, construção e operação de instalações nucleares.

RE CTMSP DAbM CTMSP CCIM COMRJ DepMCMRJ DepNavRe

Tintas, vernizes, indutos e produtos correlatos, destinados ao emprego exclusivo em instalações nucleares.

RH CTMSP DAbM CTMSP CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

Componentes não-eletrônicos de equipamentos, equipagens e acessórios de instalações nucleares, ou outras, com qualidade nuclear, não empregadas efetivamente na propulsão nuclear, ou híbrida, de submarinos projetados no país.

RL CTMSP DSM CTMSP DSM DSM DSM

Vestimentas especiais para uso exclusivo em operações/manutenção de instalações nucleares, exceto as utilizadas em instalações não-nucleares para Defesa NBQ e as utilizadas na área de saúde.

RN CTMSP DAbM CTMSP CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ " R ".

RW CTMSP DAbM CTMSP CCIM COMRJ DepCMRJ DepNavRe

Combustíveis, lubrificantes e graxas destinadas ao emprego exclusivo em instalações nucleares.

T BHMN BHMN BHMN BHMN BHMN BHMN

Equipamentos de hidrografia, oceanografia, meteorologia e outras ciências geofísicas, suas equipagens, acessórios e ferramentas especiais. Equipamentos de navegação destinados exclusivamente ao posicionamento e navegação específicos para serviços de hidrografria e oceanografia, suas equipagens, acessórios e seus respectivos equipamentos de teste e ferramentas especiais. Material de combate à poluição por óleo no mar.

TH BHMN DAbM BHMN CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

Componentes não-eletrônicos do material de SJ "T".

TN BHMN DAbM BHMN CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ "T".

U DAbM DAbM DAbM CCIM COMRJ DepFMRJ DepNavRe

Fardamento. Vestimentas especiais para uso em regiões geladas.

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ÓRGÃO DE DIREÇÃO ÓRGÃO DE EXECUÇÃO DISCRIMINAÇÃO DO MATERIAL

SJ TÉCNICA GERENCIAL TÉCNICO CONTROLE OBTENÇÃO PAIS DISTRIBUIÇÃO

V DAerM DAerM DAerM DAerM DAerM DepNavSPA DepNavRe

Aeronaves. Equipamentos dos seguintes sistemas de aeronaves: combustível, propulsão, hidráulico, elétrico, transmissão, trem de pouso, habitabilidade, comandos de vôo (exceto sistema automático de controle de vôo) e estrutura. Equipamentos e ferramentas especiais destinadas a manobras de aeronaves. Equipamentos de geração de energia (unidade de partida sobre rodas com ou sem propulsão). Equipamentos, equipagens e ferramentas especiais de apoio à manutenção e operação de uso exclusivo em aeronaves. Simulador de vôo. Viaturas de uso exclusivo em aeródromos (exceto as destinadas ao reabastecimento de combustível). Equipagens e vestimentas especiais de utilização pessoal de pilotos e tripulantes de aeronaves.

VG DAerM DAbM DAerM CCIM COMRJ DepMCMRJ DepNavRe

Equipagens para Operações Aéreas.

VH DAerM DAbM DAerM CCIM COMRJ DepNavSPA DepNavRe

Componentes não-eletrônicos do material de SJ "V". Birutas, peias e calços aplicados ao material de SJ ”V”.

VN DAerM DAbM DAerM CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ "V".

W DEN DAbM DEN CCIM COMRJ DepCMRJ DepNavRe

Combustíveis, lubrificantes e graxas, exceto os destinados ao emprego exclusivo em instalações nucleares.

X DSAM DAbM DSAM CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

Componentes não-eletrônicos do material de SJ "A", "D", " F" e "Z".

Y BHMN BHMN BHMN BHMN BHMN BHMN Equipamentos de sinalização náutica, suas equipagens, acessórios e ferramentas especiais.

YH BHMN DAbM BHMN CCIM COMRJ DepSMRJ DepNavRe

Componentes não-eletrônicos do material de SJ "Y".

YN BHMN DAbM BHMN CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ "Y".

Z DSAM DSAM DSAM DSAM DSAM CMASM

Mísseis, Foguetes, torpedos, minas submarinas e bombas, suas equipagens, acessórios e seus respectivos equipamentos de teste e ferramentas especiais. Unidades completas de reposição de equipamentos deste símbolo de jurisdição.

ZN DSAM DAbM DSAM CCIM COMRJ DepMEMRJ DepNavRe

Componentes eletrônicos do material de SJ "Z".

ZZ EMGEPRON DAbM EMGEPR

ON EMGEPRO

N EMGEPRO

N EMGEPRON Material da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON)

Fonte: SGM 201, 6ª edição.

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ANEXO B

CLÁUSULA CONTRATUAL DE CATALOGAÇÃO

1 - Aspectos legais

A Portaria Normativa nº 813 de 24JUN2005 do Ministério da Defesa

estabelece, no seu art. 1º, que nos editais de licitações e nos contratos de

aquisição de meios, equipamentos, sistemas e todo e qualquer material

deverão constar cláusulas versando sobre Catalogação, que exijam do

contratado o fornecimento de dados técnicos e de gestão que permitam

identificar os itens de suprimento a fornecer.

2 - Considerações gerais

a) Nos editais de licitações e nos contratos de aquisição de meios,

equipamentos, sistemas e todo e qualquer material deverão constar

cláusulas versando sobre catalogação, que exijam do contratado o

fornecimento de dados técnicos e de gestão que permitam identificar os

itens de suprimento a fornecer. Entende-se como item de suprimento

todo material que for adquirido, estocado, distribuído, utilizado, alienado

e sobre o qual uma autoridade de gerenciamento de materiais necessite

reunir informações, mantendo ainda estas sempre disponíveis para as

demais funções logísticas.

b) A entrega dos dados, pelo contratado, necessários para a identificação e

gestão dos itens de suprimento ocorrerá antes do fornecimento do

material, objeto principal do contrato. Tal entrega deverá estar descrita

como um evento do cronograma de desembolso financeiro.

c) A entrega, pelo contratado, dos dados necessários à identificação e

gestão dos itens de suprimento deverá obedecer a um dos seguintes

procedimentos:

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I) No caso de fabricante de item nacional, os dados deverão ser

encaminhados para a agência de catalogação definida pelo

contratante;

II) No caso do fabricante de item estrangeiro pertencer a um País

OTAN ou TIER 2, no SOC, os dados deverão ser encaminhados

para o Órgão Nacional de Catalogação daquele País; e

III) No caso do fabricante de item estrangeiro não pertencer a um

País OTAN ou TIER 2, no SOC, os dados deverão ser

encaminhados à agência de catalogação definida pelo

contratante.

d) O contratado fornecerá, conforme cláusula específica do contrato, todas

as informações atualizadas sobre:

I) modificações de identificação ou de fabricação efetuadas nos

equipamentos ou peças de reposição;

II) mudanças de endereço e identificação do fabricante; e

III) dados de gestão do material.

e) As informações de ordem técnica extraídas da documentação dos

contratados, para efeito de catalogação, poderão ser utilizadas para a

troca de dados nacionais e/ou internacionais. Em se tratando de

informações classificadas como segredo comercial ou industrial, estas

não serão divulgadas fora do círculo governamental sem autorização

expressa do contratado.

f) Poderão ser exigidos, conforme a conveniência do contratante, os

seguintes dados de identificação e de gestão dos itens:

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I) denominação;

II) nome e endereço do fabricante original e o seu código no SOC (se

houver);

III) número de referência (PN – PART NUMBER) correspondente ao

fabricante original;

IV) normas e especificações que acompanham o item;

V) referência com que o item aparece na documentação técnica do

contratado (Catálogo Ilustrado de Peças);

VI) número da OTAN de Catálogo (NSN – NATO STOCK NUMBER)),

no caso de ter sido atribuído;

VII) todos os projetos e as especificações dimensionais, mecânicas,

elétricas, físicas e químicas necessárias à descrição completa dos itens

fornecidos, bem como cada um de seus componentes;

VIII) preço unitário;

IX) moeda;

X) tempo de vida útil;

XI) intercambialidade;

XII) substituição;

XIII) indicador de materiais preciosos;

XIV) indicador de materiais perigosos;

XV) unidade de fornecimento;

XVI) quantidade por embalagem;

XVII) tempo médio entre falhas (MTBF);

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XVIII) tempo de armazenagem;

XIX) espaço de armazenagem;

XX) código de segurança e controle;

XXI) os demais dados solicitados pelo contratante, de acordo com as

suas necessidades;

XXII) condição de reparabilidade; e

XXIII) peso do item embalado.

g) Os encargos decorrentes das ações visando à obtenção dos dados de

identificação e gestão, independentemente da origem e procedência do

objeto do contrato, correrão a expensas do contratado.

h) Os Comandos das Forças deverão estabelecer normas e procedimentos

para verificar o cumprimento e a aplicação do preconizado nesta

Portaria Normativa, especialmente, no que concerne às atividades de

Controle Interno.

3 - Orientações para a elaboração da Cláusula contratual de catalogação

3.1 - Os dados técnicos necessários para identificação/codificação deverão

ser fornecidos para todos os itens especificados neste contrato ainda

não incluídos no SISMICAT. O contratado deve fornecer os dados ou

providenciar para que sejam fornecidos os dados de subcontratos à

Agência de Catalogação, no tempo especificado no contrato. O

contratado deve manter as informações atualizadas considerando

modificações de desenhos ou projeto para todos os itens

especificados neste contrato, no período de sua vigência.

3.2 - O contratado deve incluir quando necessário, os termos desta

cláusula ou um instrumento contratual equivalente nos subcontratos

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para garantir a validade dos dados técnicos para a Agência de

Catalogação. No caso de os dados técnicos virem a ser fornecidos

diretamente pelo subcontratado, caberá ao contratado principal

fornecer as informações relativas ao subcontrato necessário a

capacitar a Agência de Catalogação ao acesso direto à fonte de tais

dados.

3.3 - No caso de fornecimento compreender itens produzidos em países

não signatários do sistema OTAN de Catalogação, o contratado

principal deverá se responsabilizar pela obtenção dos dados técnicos

e seu repasse à Agência de Catalogação.

3.4 - No caso de fornecimento compreender itens produzidos, por

fabricante do país signatário do Sistema OTAN de Catalogação o

contratado deverá citar no subcontrato o Centro Nacional de

Catalogação daquele país como beneficiário das informações,

relativas ao seu fabricante.

3.5 - Os dados técnicos para catalogação devem incluir os nomes,

endereços, desenhos e números de referência dos verdadeiros

fabricantes dos itens, referências de especificações e nomes de item

caso estes elementos não tenham sido providenciados na lista de

sobressalentes recomendados fornecida na fase inicial de obtenção.

3.6 - Caso o contratado principal ou alguns dos subcontratados já tenham

fornecido dados de catalogação relativos à totalidade ou parte dos

itens cobertos por este contrato em outra oportunidade, este deverá

informar qual agência foi recebedora dos dados a fim de que não seja

necessário repetir a compilação dos dados.

Fonte: SGM 201, 6ª edição.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

SECRETARIA-GERAL DA MARINHA. SGM-201: Normas para Execução do

Abastecimento, 6ª rev., mod. 2, Brasília, DF, 2009.

MINISTÉRIO DA DEFESA. Manual do Sistema Militar de Catalogação

(SISMICAT), Vol 1, 2ª edição, Brasília, DF, 2003.

MINISTÉRIO DA DEFESA. Manual do Sistema Militar de Catalogação

(SISMICAT), Vol 2, 2ª edição, Brasília, DF, 2003.

ESTADO-MAIOR DA ARMADA. EMA-400: Manual de Logística da Marinha.

2ª rev., mod. 1, Brasília, DF, 2003.

ESTADO-MAIOR DA ARMADA EMA-420: Normas para Logística de Material.

2ª rev., Brasília, DF, 2002.

Material didático do curso de GESTÃO DE PROJETOS ministrado pelo

instituto A Vez do Mestre, Universidade Candido Mendes, 2011.

PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do Conjunto de

Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). 4ª edição,

Pennsylvania, 2008.

.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 08

CAPITULO I

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DA MARINHA (SABM) E A IMPORTÂNCIA DA CATALOGAÇÃO NESTE SISTEMA

11

1.1 Conceitos e fases do abastecimento 12

1.1.1 Principais fases 12

1.1.2 Atividades do abastecimento 12

1.2 Organização do Sistema de Abastecimento 15

1.2.1 Estrutura do SAbM 15

1.2.2 Responsabilidades e atribuições no SAbM 18

1.2.2.1 Compete ao EMA 18

1.2.2.2 Compete à SGM 18

1.2.2.3 Compete à DGMM 19

1.2.2.4 Compete à DAbM 19

.2.5 1.2.2.5 Compete aos Órgãos de Direção Técnica (ODT) 20

.2.6 1.2.2.6 Compete aos Órgãos de Direção Gerencial (ODG) 20

1.2.2.7 Compete aos Órgãos de Execução 20

1.3 O Planejamento do Abastecimento 22

1.3.1 O Apoio Logístico e o Abastecimento 22

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102

1.3.2 Recursos Financeiros 23

1.4 A importância da Catalogação para o SAbM 24

CAPÍTULO II

METODOLOGIA DE CATALOGAÇÃO UTILIZADA NAS FORÇAS ARMADAS E SUA APLICAÇÃO NA MARINHA DO BRASIL

25

2.1 Conceitos básicos sobre Itens 26

2.1.1 Item de produção 26

2.1.2 Item de Suprimento 26

2.1.3 Determinação de um item 26

2.1.4 Tipos de item de suprimento 27

2.1.5 Exemplos 27

2.2 Outros Conceitos 29

2.2.1 Código do item 29

2.2.2 Número de Estoque (NE) 29

2.2.3 NATO Stock Number (NSN) 30

2.2.4 Número Brasileiro de Estoque (NBE) 30

2.2.5 Número de Estoque Brasileiro (NEB) 30

2.2.6 Referência (REF) 30

2.2.7 Número de Referência (NUMREF) 31

2.2.8 Código de Nome de Item (INC) 32

2.2.9 Sobressalente 32

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103

2.2.10 Equipamento 32

2.2.11 Equipagem 32

2.3 Ferramentas para Catalogação 33

2.3.1 Catálogos de Nomes (H6 - "Item Name Directory") 33

2.3.2 Catálogos de Empresas (H4) 33

2.3.3 Guia para a Descrição de Itens (FIIG) 34

2.3.4 Catálogo de Classificação de Itens (H2) 34

2.3.5 NMCRL (“NATO Master Cross Reference List”) 35

2.3.6 Lista de Referências Cruzadas (“Cross Reference List - CRL”)

35

2.4 Ferramentas adicionais 35

2.5 Processamento da Catalogação na MB 36

2.5.1 Coleta de Dados 36

2.5.2 Disponibilização das Informações 37

2.5.3 Fases da Catalogação 37

CAPÍTULO III

AGÊNCIA DE CATALOGAÇÃO - AGCAT

47

3.1 As agências de Catalogação (AgCat) na MB 47

3.1.1 Compete às AgCat 47

3.1.2 Procedimentos a serem observados pela AgCat 48

3.2 Estrutura de uma AgCat 51

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104

3.2.1 Organograma simplificado da DEN 51

3.2.2 Estrutura Física 52

3.2.3 Estrutura Técnica 52

3.3 Atividades e Capacidade de Produção 53

3.3.1 Catalogação de navios novos 53

3.3.2 Catalogação de navios prontos 54

3.3.3 Atualização do Banco de Dados do SINGRA. 56

3.3.4 Distribuição da mão-de-obra. 57

CAPÍTULO IV

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO BASE PARA A TERCEIRIZAÇÃO DA CATALOGAÇÃO DE SOBRESSALENTE PARA MEIOS ADQUIRIDOS POR OPORTUNIDADE PELA MB, UTILIZANDO OS CONHECIMENTOS PRECONIZADOS NO PMBOK

58

4.1 Estudo de exequibilidade 58

4.1.1 Aspectos Gerais 59

4.1.2 Aspectos Legais 59

4.1.3 Aspectos Econômicos 60

4.1.4 Sigilo das informações 61

4.2 O Projeto Básico 61

4.2.1 Início do desenvolvimento do projeto 61

4.2.2 Termo de Abertura do Projeto 62

4.3 Gerenciamento do Projeto 64

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105

4.3.1 Desenvolvimento do Plano de Gerenciamento 64

4.3.2 Plano de Gerenciamento do Escopo e dos Requisitos do projeto

64

4.3.3 Plano de Gerenciamento do cronograma do projeto 70

4.3.4 Plano de Gerenciamento dos Custos do projeto 72

4.3.5 Plano de Gerenciamento da qualidade e melhorias do processo do projeto

74

4.3.6 Plano de Gerenciamento dos recursos humanos do projeto 75

4.3.7 Plano de Gerenciamento das comunicações do projeto 77

4.3.8 Plano de Gerenciamento dos riscos do projeto 79

4.3.9 Plano de Gerenciamento das aquisições do projeto 81

4.4 Minuta de contrato 82

4.5 Processo Licitatório 83

4.6 Encerramento do Projeto 84

CONCLUSÃO 86

ANEXOS 87

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 100

ÍNDICE 101

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FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Instituto a Vez do Mestre

Título da Monografia: Gestão da Catalogação dos Sobressalentes para

navios adquiridos pela Marinha do Brasil

Autor: André Luiz Magalhães Lemos

Data da entrega: Dezembro/2011

Avaliado por: Prof. Nelsom Magalhães Conceito: