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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E GESTÃO CORPORATIVA FACULDADE INTEGRADA AVM PLANEJAMENTO FINANCEIRO Por: Carla de Jesus Marques Orientadora Profª Ana Claudia Morrissy Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E GESTÃO

CORPORATIVA

FACULDADE INTEGRADA AVM

PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Por: Carla de Jesus Marques

Orientadora

Profª Ana Claudia Morrissy

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Finanças e

Gestão Corporativa.

Por: . Carla de Jesus Marques

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AGRADECIMENTOS

A Deus por me sustentar e me dar

condições de chegar até aqui.

Aos meus pais por me incentivarem ao

estudo durante esta jornada.

Ao meu grande amor pelos conselhos,

pela ajuda, pelo tempo de dedicação e

pelos finais de semana perdidos.

Aos meus queridos amigos de turma

que alegraram as aulas durante todo o

curso e também obtém sucesso em

seu caminho ao concluir mais esta

etapa.

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é demonstrar como de qual forma o

planejamento financeiro deve ser utilizado nas empresas a fim de administrar

da melhor forma possível o Capital de Giro.

As disposições sobre o Capital de Giro, tratado como um instrumento de

apoio, são direcionadas a empresas que visam ter uma gerência financeira

bem articulada e planejada. Os itens que compõem o capital de giro são

caracterizados pela transformação onde cada componente é convertido de

forma rápida em diferentes formas de ativo e receita.

Do ponto de vista nacional, as empresas operam com um baixo nível de

liquidez, justificados por fatores como a sazonalidade econômica, estrutura de

capital e taxa de juros.

À medida que o capital de giro e a liquidez relacionam itens do balanço

patrimonial, vemos a sua estreita ligação. Além disso, o capital de giro é

influenciado diretamente pelo comportamento de indicadores operacionais.

Podem ser definidos como indicadores operacionais aqueles que

medem, dentro do ciclo operacional da empresa, os ciclos de atividades.

Para a otimização do fluxo financeiro de uma empresa é necessária a

participação direta dos setores de vendas e suprimentos cuja solução

adequada é a venda à vista e o pagamento a prazo.

A diferença entre a liquidez e a insolvência ou a diferença entre o lucro e

o prejuízo, é representada pela adequação do capital de giro às necessidades

quantitativas e qualitativas de uma empresa. Estas informações são

A adequação do capital de giro às necessidades de uma empresa são

representadas por informações cruciais na gestão diária e para a manutenção

dos negócios. Estas podem ser observadas na diferença entre a liquidez e a

insolvência e também entre o lucro e o prejuízo.

A difusão dos conceitos de planejamento financeiro na administração do

capital de giro vem sendo observada há muitos anos por países como Japão e

Estados Unidos. Porém, no Brasil, a importância destes só foi configurada com

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a estabilização da economia, em meados de 1994. Antes disso, principalmente

para as micro e pequena empresas era essencial superar a alta de preços.

Palavras-chave: capital de giro, liquidez, insolvência, ativo, receita.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I - Planejamento Financeiro: O conceito 10

CAPÍTULO II - Administração Financeira e a Contabilidade 16

CAPÍTULO III – O Capital de Giro 22

CONCLUSÃO 30

ANEXOS 32

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37

ÍNDICE 38

FOLHA DE AVALIAÇÃO 39

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INTRODUÇÃO

O reconhecimento das mudanças oriundas das revoluções

tecnológicas desde o final do século XX até a década de hoje é, no mínimo,

extraordinário. Com o objetivo de administrar os negócios de maneira eficiente,

se faz necessária a concentração de esforços em assuntos estratégicos

importantes.

A atração dos indivíduos está voltada para os empreendimentos pelos

mais diversos incentivos e recompensas, os quais podemos classificar em três

categorias básicas:

- Lucro: deve compensar, antes dos resultados, o tempo e a economia

investida pelo empreendedor cujo anseio é a compensação dos riscos e da

iniciativa assumida para o início e o prosseguimento dos negócios. O lucro é

caracterizado como o retorno financeiro de qualquer negócio.

- Independência: também compensa o empreendedor e é um fator

motivacional evidentemente importante na empresa. É onde a satisfação dos

empreendedores é medida pelo grau de poder proporcionado pelos negócios.

- Rotina prazerosa de viver: do ponto de vista pessoal, mostra a

satisfação pessoal sentida no próprio negócio. Podendo ser definida como a

libertação da rotina monótona dos empregos sem desafios.

Baseado nas mudanças atuais podemos prever que somente as

empresas dispostas a inovar conseguirão manter-se no mercado diante das

grandes mudanças e instabilidades do mundo dos negócios que está

diretamente vinculada às grandes transformações tecnológicas.

Para determinar o crescimento sustentável de uma empresa é

necessário analisar freqüentemente, através dos dados contábeis, dois

regimes: de caixa e de competência, onde são demonstrados os lucros e

posições patrimoniais reconhecendo as movimentações em seu tempo de

ocorrência.

Todavia, a maior parte das dificuldades financeiras, leva a crer que

seja decorrente da ausência de planejamento financeiro, que consiste em

última análise, a administração do regime de caixa, reconhecendo os fatos

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quando se recebe ou se paga. Porém este não é um fator exclusivo e

determinante, ou seja, nem todos os fracassos podem ser evitados pelo

planejamento, embora muitos deles possam.

Por este motivo é necessário que uma empresa tenha um bom

planejamento financeiro e uma boa administração do capital de giro para que

continue existindo de forma equilibrada.

Com isso, ao planejar implantar um novo empreendimento, assumindo

o seu próprio negócio, deve-se examinar os prós e contras e a viabilidade do

projeto. Pois, o fracasso, envolve custos não só financeiros ao empreendedor

e credores, mas promove riscos sociais, econômicos e psicológicos.

No decorrer deste trabalho, será demonstrada a utilização eficaz das

ferramentas da administração financeira a fim de possibilitar à empresa uma

maior competitividade e um crescimento sustentável.

A função dupla de planejamento e controle pode ser compreendida

pela administração financeira. Esta estabelece um importante processo de

formulação de políticas operacionais de uma empresa. O responsável por esta

administração utiliza como ponto de partida os demonstrativos contábeis

disponibilizados pelos contadores da firma.

O resultado da análise dos dados contidos nos demonstrativos

permitirá a revelação de razões, favoráveis ou não, do desempenho passado

da empresa. Ao passo que o balanço fornece uma visão dos recursos e

compromisso da empresa, denominadas respectivamente por ativos e

passivos, os demonstrativos dos lucros e perdas apontam a rentabilidade das

operações de exercícios passados.

Logo após analisar o desempenho passado da empresa é definida a

sua situação atual. Surge então uma questão principal:

• Qual é a real situação da companhia atualmente e como é

possível fazer a comparação com outras empresas de mesmo

porte, no mesmo ramo e operando no mesmo mercado?

A resposta para essa problemática é, ao mesmo tempo, absoluta e

relativa.

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Absoluta ao determinar a solidez, ou não, da posição financeira atual

da empresa. Também se destina a demonstrar sob quais aspectos a empresa

pode ser comparada, de forma favorável ou não, com as suas concorrentes e

em qual medida se dá esta ocorrência.

Como principal aspecto da administração financeira, podemos

destacar a formulação estratégica da empresa a fim de determinar o uso mais

adequado dos fundos no momento e a escolher a fonte mais apropriada de

recursos adicionais de que a empresa pode necessitar posteriormente. As

bases para os planos futuros de uma empresa são constituídas pelas análises

e interpretações dos demonstrativos financeiros.

Ao estimar as necessidades financeiras da empresa para os próximos

períodos (meses ou anos seguintes), o administrador financeiro precisa e deve

trabalhar diretamente com os chefes de departamentos de maneira individual e

também coletiva, o que compreenderá um feedback administrativo. A princípio

é preciso adequar em termos monetários o volume de atividade pretendido

para cada setor. Ao comparar as entradas de caixa projetadas com as

entradas previstas para cada mês, refletido no movimento de caixa, o

administrador conseguirá estimar um provável cúmulo ou escassez de fundos

em qualquer mês em que o considere. Logo após, é necessária a avaliação

das alternativas, com o objetivo de suprimir a discrepância entre as entradas e

saídas dos fundos. Estas alternativas podem ser apresentadas em conjunto,

através da união de quaisquer elementos como o volume dos estoques, prazos

de créditos a clientes e concedidos por fornecedores ou o volume do saldo

mínimo de caixa da empresa. De outra forma, pode consistir na obtenção de

empréstimo de uma instituição financeira.

Além de servir como um valioso meio de comunicação entre diversos

setores, proporcionando um denominador comum e um padrão uniforme de

medida, a análise financeira, efetuada pelo administrador, proporciona à alta

administração uma forma de avaliar o desempenho passado e os planos

futuros.

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CAPÍTULO I

PLANEJAMENTO FINANCEIRO: O CONCEITO

O planejamento é uma ferramenta administrativa, que possibilita

perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, que

organiza e define as ações a serem utilizadas. Sendo, portanto, o lado racional

da ação. É uma maneira de antecipar (por suposições e/ou análises

estatísticas) os resultados esperados e a possibilidade de concretização dos

mesmos. A intenção do planejamento dentro de uma organização é buscar

racionalmente o melhor caminho para se chegar no lugar esperado.

Ainda num ambiente de incertezas, antecipadamente à implantação do

planejamento, as propostas devem vincular o investimento de atividades

operacionais e as opções de financiamento disponíveis. Significa que antes de

planejar é necessário estabelecer o objetivo final a ser alcançado. É

necessário evitar imediatismos e desperdício de custo e esforços.

Dentro da estratégia financeira de uma empresa, o planejamento é

ferramenta de vital importância, uma vez que o caixa determina a

sobrevivência da empresa, e é através dele que se saberá se a empresa

possui liquidez para saudar seus compromissos ou se necessitará fazer

financiamentos.

Planejamento dá sentido às funções de controle. Somente medimos

algo quando temos o METRO (Planejamento) e o OBJETO a ser mensurado

(realidades).

PRIETO cita algumas das inúmeras vantagens do planejamento.

“Estabelece e persegue margens de lucro a ser atingido;

Departamentaliza responsabilidades e administra os

compromissos de cada um, em atenção aos objetivos

principais;

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Concentra esforços evitando dispersões. Com isso, ganha-se

tempo,

controlando apenas os desvios que desvirtuam os planos

propostos;

Propicia introdução de sistema de avaliação de desempenho,

medindo

pessoas e departamentos em função da participação de cada

um deles nos resultados reais alcançados;

Promove uma conscientização geral sobre custos, para operar

com o mínimo de gastos e o máximo de eficiência;

Evidencia o sentido da objetividade, considerando somente o

que é importante às atividades de replanejar...” (PRIETO,

1995, p.6).

O plano deve disponibilizar diversas opções de investimento e

financiamento para a empresa que avalia o esquema mais viável e estuda

outras opções como o fechamento de fábricas ou o lançamento de novos

produtos no mercado.

Para o alcance de um bom planejamento é necessário que este se

inicie pelas atividades de marketing, selecionando o que deve ser produzido e

vendido. Com isso, desafios como os problemas de mercado, produto,

concorrência, garantia de qualidade e distribuição são enfrentados na

elaboração do planejamento.

A falta de planejamento gera algumas imperfeições na administração e

controle que direcionam aos seguintes resultados negativos:

• Inversões de capital do ativo fixo ou circulante de forma

desnecessária por falha na orientação;

• Perdas provocadas por erros e omissões na falta de melhores

controles internos;

• Esbanjamento de valores e materiais por orientação

inadequada;

• Ineficiência do pessoal.

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Pontuaremos a seguir as ligações entre o planejamento financeiro, o

capital de giro e os aspectos contábeis.

1.1 – Etapas do planejamento financeiro

Para cada empresa há um planejamento financeiro. Este varia de

acordo com a necessidade de cada uma. Porém alguns fatores podem ser

observados em comum a cada planejamento:

- Previsão de vendas: embora seja impossível uma previsão precisa

até mesmo por conta da variação econômica, é necessário que todos os

planos tenham uma previsão do que vai ser vendido.

- Demonstrativo financeiro projetado: para demonstrar a captação

de dados de um balanço, resultados, origens e aplicações.

- Ativos: há a exposição dos gastos de capital projetado e são

discutidas as prováveis aplicações de capital de giro.

- Financiamento: avaliação da política de dividendos e endividamento.

- Fechamento: compatibilidade de duas taxas retiradas do balanço,

por exemplo, ou pela demonstração de resultados e a relação de crescimento

entre elas. Como exemplo, podemos declarar que os itens crescentes da

demonstração de resultado pode ser uma taxa, já os ativos, exigível a longo

prazo e o crescimento de capital, outra. Se conseguida esta relação, o

endividamento a curto prazo cresceria e então seria outra taxa.

- Premissas Econômicas: demonstração específica do ambiente

econômico atuante dentro do período planejado, especificando o nível das

taxas de juros utilizadas.

Além dos fatores a serem observados há também a necessidade do

cumprimento de algumas etapas descritas a seguir:

a) Estabelecer metas e objetivos a serem alcançados respeitando

a compatibilidade com o mercado e com a quantidade fiel de

recursos disponíveis que podem ser obtidos.

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b) Projetar demonstrativos de resultado, onde é apresentado o

lucro, em sintonia com a previsão de caixa a fim de avaliar as

viabilidades econômicas e financeiras do período estimado.

c) Para executar o planejamento é necessário elaborar quatro

relatórios principais extraídos das previsões do período que são

as projeções de balanço, resultados, estoque e compras, e

caixa.

Em função da evolução do ensino de Finanças há uma crescente

necessidade de estudo, conceitual e operacional, voltado aos problemas de

gestão das empresas modernas.

1.2 – Planejamento financeiro a longo prazo

Os planos financeiros de longo prazo são uma maneira organizada e

sistemática, pelo qual vê-se as necessidades de capital ou financiamento para

transformar as aspirações da empresa em realidade, auxiliando a ordenar as

alternativas, priorizar objetivos e dar uma direção a empresa.

Neste planejamento são elaboradas ações com objetivos previstos

num futuro distante, para um período de dois a dez anos. Em função das

diversas mudanças que podem ocorrer durante estes períodos, estes planos

são revisados constantemente incluindo informações atualizadas. Os períodos

de planejamento variam de empresa para empresa visto que há algumas com

ciclos de produção mais curto e com mais incertezas operacionais que outras.

Muitas empresas compõem o planejamento financeiro a longo prazo

utilizando uma taxa de crescimento global e explícita. Por isso, há uma ligação

direta entre a taxa de crescimento e sua política financeira, Ross (1998, p.589).

Taxas de crescimento planejadas resultam de um processo completo de

planejamento. Utilizando um modelo de planejamento, o levantamento e a

exatidão das variáveis de crescimento tornam-se mais preciso. Determinando a

da taxa de crescimento permite a simulação de hipóteses otimistas e

pessimistas, a fim de testar a viabilidade da taxa de crescimento planejada.

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A ausência de um planejamento financeiro a longo prazo nas empresas

é um dos motivos de determinantes para as dificuldades e falências de

empresas. Planejamentos a longo prazo tendem a ser custeados por planos a

curto prazo e estando ligados ao planejamento estratégico da organização.

1.3 – Planejamento financeiro a curto prazo

Compostas, principalmente, por previsões de vendas e dados

operacionais/financeiros, os planos são elaborados pata períodos mais curtos

até, geralmente, dois anos.

Não há uma definição global para finanças a curto prazo. O que difere

de forma significante as finanças de curto prazo e de longo prazo é a duração

da série de fluxo de caixas.

Segundo Gitman (1997, p. 589): A partir das previsões de venda são

desenvolvidos planos de produção que consideram tanto o tempo necessário

para converter a matéria prima em produto acabado (lead time), como os tipos

e quantidades de matérias prima exigidos.

As decisões financeiras de curto prazo implicam geralmente, na

possibilidade de anulação fácil de passivos e ativos de curta duração. O gestor

financeiro deste plano não necessita prever o futuro remoto. Suas decisões

financeiras são mais fáceis, mas não menos importantes do que as de longo

prazo.

De acordo com Gitman (1997, p. 588): “As principais metas do

planejamento a curto prazo é a previsão de vendas juntamente com os dados

operacionais e financeiros. Como resultado da análise do planejamento a curto

prazo têm-se como mais importantes os orçamentos operacionais, orçamento

de caixa e demonstrações financeiras projetadas”.

Com base nesses planos, a empresa é capaz de estimar as

necessidades de mão de obra direta, as despesas gerais de fábrica e as

despesas operacionais. Finalizando as estimativas, é possível preparar a

demonstração do resultado e o orçamento de caixa projetado. Assim, com os

insumos básicos da demonstração do resultado projetado, o orçamento de

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caixa, o plano de financiamento em longo prazo, o plano de investimento de

capital, e o balanço patrimonial do período corrente, o balanço projetado da

empresa pode ser finalmente desenvolvido.

1.4 – Planejamento do lucro

Segundo Gitman (1997, p. 599):

“O planejamento do lucro envolve a elaboração da

demonstração do resultado e do balanço patrimonial

projetados. A elaboração dessas demonstrações exige uma

fusão cuidadosa de inúmeros procedimentos que levam em

conta as receitas, custos e despesas, obrigações, ativos e

participações acionitárias, resultantes do nível de operações

antecipadas”

Para o autor, a realização destas projeções, é necessário que o

administrador faça aproximações mais simplificadas de demonstrações

históricas, e se baseie na teoria de que as futuras demonstrações não se

diferem das passadas. Para tal tarefa são necessárias as demonstrações

financeiras do ano anterior e previsões de vendas para o ano seguinte.

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CAPITULO II

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E A CONTABILIDADE

A contabilidade exige uma rotina apuração e registros dos fatos

contábeis, obedecendo-se alguns princípios e convenções (restrições aos

princípios) que as regem, simplificadamente pode ser resumida:

Princípios:

• Custo como base de valor;

• Denominador comum momentâneo;

• Realização da Receita;

• Confronto das despesas e das receitas, e com os períodos contábeis

(competência).

Convenções:

• Objetividade;

• Materialidade;

• Conservadorismo;

• Consistência.

Porém, estes conceitos são baseados em fatos ocorridos, sem

preocupação de se envolver com a política de procedimentos e práticas

gerenciais das empresas. Pode-se perceber é que no dia-a-dia acabam

existindo departamentos distintos entre si: um Financeiro e outro Contabil. Não

se tem uma preocupação em relacioná-los. A Contabilidade tem sido encarada

como um instrumento necessário tão somente para se atender a uma série de

exigências legais e burocráticas e não encarada como um instrumento de

apoio ao administrador para a tomada de decisões. Perde-se a oportunidade

de analisar o histórico e a fotografia patrimonial da empresa.

A função contábil pode ser encarada como um instrumento da

Administração Financeira. Usando princípios legais e padronizados, prepara,

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principalmente, Demonstrações Financeiras sobre a apuração do resultado

(positivo ou negativo, ou seja, lucro ou prejuízo) e elabora o Balanço

Patrimonial. O balanço identifica a situação patrimonial da empresa num dado

momento em relação aos seus Ativos, Passivos e ao Patrimônio Líquido.

Com base nas informações levantadas, elaboradas e fornecidas pela

Contabilidade, a Administração Financeira toma decisões quanto aos

investimentos, financiamentos, pagamento das obrigações, momento de

substituição de ativos obsoletos (como máquinas, por exemplo), nível de

estoque, entre outras. Vale dizer que o administrador financeiro, no que diz

respeito à empresa, está preocupado em manter a sua solvência (liquidez) e

em maximizar a sua riqueza, tendo como ponto de partida as informações

vindas da Contabilidade (Rogério Cher – A Gerência das PME’s).

Segundo PAULO RAPOSO (1998):

“Algumas ocorrências que servem de comparativo entre a

Contabilidade e a Administração Financeira (pertinentes ao Brasil):

Contabilidade X Administração

Regime de Competência X Regime de Caixa

Depreciação Fiscal X Depreciação pelo Uso

Rentabilidade (Lucratividade) X Liquidez (Solvência)

Resultado do Exercício X Fluxo de Caixa

Estoques: critérios fiscais X Estoques: realização

Administração Patrimonial X Administração do Capital de Giro

Análise de resultados X Planejamento

Realidade X Cenários

Consistência Legal X Estratégia Global”

2.1 – A controladoria e seu papel nas grandes empresas

Surgida no início do século XX, nas grandes corporações norte-

americanas, a controladoria foi originada com a finalidade de realizar um rígido

controle de todos os negócios das empresas relacionadas, subsidiárias e / ou

filiais. No final do século XIX, grandes empresas foram formadas a partir da

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fusão de empresas concorrentes que se proliferaram com a revolução

industrial. Estas foram organizadas sob forma de departamentos e divisões,

mas com controle centralizado. O crescimento vertical e diversificado desses

conglomerados exigia, por parte dos acionistas e gestores, um controle na

central em relação aos departamentos e divisões que rapidamente se

espalhavam nos Estados Unidos e em outros países.

A verticalização, a diversificação e a expansão geográfica das

organizações, assim como o conseqüente aumento da complexidade de suas

atividades, unidos às tendências de descentralização da gestão das empresas,

exigiram o surgimento da função do controller nos conglomerados assim como

a ampliação de suas funções nas diversas divisões da organização, além do

controller geral da administração central da companhia.

Mesmo com a posição do controller conquistada dentro das empresas,

não há uma definição nítida de controladoria. As diversas abordagens sobre

este tema têm seu foco mais voltado às capacidades requeridas para o

exercício da função de controller, bem como de suas atribuições nas

empresas, não deixando explícito o seu verdadeiro significado.

2.2 – A evolução da Contabilidade em função da Controladoria

A controladoria tem finalidades que vão desde a garantia de

informações adequadas ao processo decisório, até a colaboração com os

gestores em seus esforços de obtenção da eficácia de suas áreas e assegura

a eficácia empresarial, os dois sob aspectos econômicos.

Na nova tecnologia da contabilidade gerencial, o modelo contábil-

financeiro continua sendo o instrumento central, mas não é o único. Está

havendo a expansão dos princípios contábeis e a sua utilização de forma

flexível e adaptada às necessidades e situações empresariais e outros

instrumentos e técnicas, provenientes de outras ciências da gestão. Isso

permite a contabilidade gerencial construir, com outras métricas além da

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financeira, o grande quadro integrado do valor e da competitividade de cada

empresa, que é a grande necessidade da governança empresarial.

Neste sentido, a administração da empresa tende a ser mais

responsável no que tange ao setor financeiro, com o intuito de melhorar seu

planejamento e controle, apoiado em informações contábeis, mantendo-se

informada sobre o desempenho de todas as áreas, sejam elas compras,

vendas, cobranças, entre outras.

Para este tarefa é necessário o que o controller seja envolvido no

processo de gestão da empresa, visando a melhorar as tomadas de decisões,

e até mesmo propondo o aperfeiçoamento dos instrumentos de planejamento

e de controle gerencial através da construção de modelos, aplicações de

pesquisa operacional, entre outros recursos que possam tornar mais eficaz o

sistema de informações da empresa, diante de sua responsabilidade.

Assim, os gestores precisar saber utilizar os instrumentos de orientação

e controle disponibilizados pela controladoria. Cada vez mais, o uso de

informações processadas pela controladoria habilitam os gestores para

planejar, dirigir e controlar as operações, de modo mais qualificado e

profissional, passando mais do que observadores e supervisores empíricos de

um processo. O esperado, com isso, é que os gestores, melhores informados

sobre as operações da empresa que está sob sua responsabilidade, estão em

posição vantajosa para aproveitar as ações positivas que contribuam para

assegurar a continuidade da organização no mercado.

2.3 – As funções do Controller junto ao Planejamento

Estratégico-Financeiro

Ao contrário do que estamos acostumados no Brasil, o controller tem

uma função muito além de um simples conversor do balanço para moeda

estrangeira ou de ser o responsável por fazer o comparativo do orçamento

anual previsto e do realizado.

Este deve ter a visão econômica, financeira e estratégica da empresa.

Trabalhando juntamente com os estrategistas da empresa, o controller planeja

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e coordena as estratégias a serem traçadas, por saber através dos resultados

realizados qual será a tendência dos resultados futuros. Ele é quem calcula o

ponto de equilíbrio da empresa (Break Even Point) já que conhece quais são

as despesas fixas da empresa, tem a lucratividade de cada produto e a

margem de contribuição dos mesmos, e sabe quanto ela precisa faturar para

pagar os seus gastos fixos.

A partir deste ponto, ele desenvolve suas ações em cada uma das

áreas:

• Compras: tem o controle e a visão dos estoques e o que poderá ocorrer

se continuar a comprar abaixo ou acima do limite;

• Produção: conhece a capacidade e a ociosidade, podendo sugerir

mudanças para não se desperdiçar dinheiro e tempo;

• Comercial: enxerga quais os produtos que estão sendo vendidos com

preço abaixo ou acima do mínimo desejável, e também as quantidades

necessárias para atingir os objetivos da empresa;

• Recursos Humanos: sabe se os salários e os benéficos estão

adequados com os objetivos traçados;

• Tributos diretos: constantemente atualizado com o regime de apuração

e cálculo do Imposto de Renda, da Contribuição Social Sobre o Lucro,

como também do Pis e Cofins sobre o faturamento;

• Tributos Indiretos: conhece todos os impostos incidentes, tais como o

ICMS, IPI, ISS e outros;

• Planejamento estratégico: transforma os números e dados da empresa

em informações para tomada de decisões, sugerindo alternativas para

alavancar, ou até mesmo para diversificar seus produtos ou negócios.

2.4 – Gestão Financeira

A gestão financeira enfatiza os problemas de caixa e liquidez da

empresa e permite a tomada de decisões para programações financeiras.

Podemos estabelecer duas as funções da gestão financeira:

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1) A aquisição dos fundos necessários para a empresa operar;

2) A distribuição eficiente desses fundos entre vários usos.

A administração financeira deve se basear em um objetivo que não

pode divergir do objetivo principal da empresa. Quanto ao uso eficiente do

dinheiro, este pode ser facilmente reconhecido quando estiver sendo

empregado para atingir o objetivo da empresa.

Quando o gestor se preocupa com a liquidez da empresa, ele estará

exercendo, além da gestão financeira, a gestão econômica da área financeira.

2.5 – Gestão Econômica

Trata-se do conjunto de decisões e ações orientado por resultados,

avaliados através de conceitos econômicos. Nesta gestão, avalia-se a forma

pela qual a empresa atinge seus resultados econômicos, e tem como ponto de

sustentação o planejamento e o controle. Consolida as demais gestões,

mostrando o resultado econômico da empresa.

A gestão econômica se com o resultado econômico empresarial como

um todo, buscando a otimização do resultado global, pois nem sempre a

maximização do resultado das partes contribui para a otimização do resultado

da empresa. Esse equilíbrio é a busca da gestão econômica.

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CAPITULO III

O CAPITAL DE GIRO

O regime de caixa é a âncora do processo de gestão do capital de giro

e da tesouraria de uma empresa.

Em sua obra de 1995, Horngren define tanto o regime de caixa quanto

o de competência:

“O processo de determinação do lucro e da posição financeira

está relacionado com o regime de competência, distinto do

regime de caixa. No regime de competência, o impacto dos

acontecimentos sobre o ativo e o passivo é reconhecido nos

exercícios em que os serviços são prestados ou utilizados, e

não quando se recebe ou se paga. Quer dizer, a receita é

reconhecida quando obtida e as despesas são reconhecidas

quando nelas se incorre, e não quando se paga ou recebe em

dinheiro”.

Com frequencia, diversos profissionais confundem a utilização dos dois

regimes. A apuração dos prejuízos ou lucros e das posições dos ativos e

passivos está intimamente ligada ao regime de competência, enquanto no

regime de caixa, o impacto de fatores sobre o ativo, o passivo e sobre o

resultado é explorado nos períodos de ocorrência dos fatos geradores.

Neste sentido, quando as decisões financeiras de curto prazo são

abrangidas, há a incorporação da administração do capital de giro no

desenvolvimento técnico, mostrando a sua relevância na gestão das

organizações.

Cobrindo mais da metade de seus ativos totais investidos, geralmente,

o Capital de Giro tem uma participação relevante no desempenho operacional

das empresas. A má administração do capital de giro comete severas

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turbulências financeiras, alem de colaborar diretamente para a ocorrencia de

uma situação de insolvência.

Ao definir o montante do Capital de Giro, tarefa sensível às

repercussões sobre o sucesso dos negócios, são exercidas influências sobre a

liquidez e rentabilidade das empresas.

Giro é o termo referente aos recursos de curto prazo da empresa que

podem ser convertidos em caixa no prazo máximo de um ano.

Capital de Giro = Patrimônio líquido – Ativo Permanente

Observa-se que o Capital de Giro é uma parcela de recursos próprios

que não se aplica no Ativo permanente, estando, assim, disponível para outras

aplicações.

A partir da fórmula citada acima, onde o Capital de Giro é o resultado

da subtração do Ativo permanente e do Patrimônio líquido, é possível afirmar

que tudo o que implica em um aumento das contas do Ativo permanente ou em

uma diminuição do Patrimônio líquido, provoca a redução do Capital de Giro.

Da mesma forma que a diminuição do Ativo permanente e o aumento do

Patrimônio líquido prosperam o Capital de Giro. Com isso, as atividades que

atuam nestas variáveis são:

1. Na redução do Capital de Giro

• Prejuízos

• Aquisição de Ativo Imobilizado

• Aquisição de Investimentos

• Gastos com despesas Pré-operacionais

• Distribuição de Lucros

2. No aumento do Capital de Giro

• Lucros

• Venda de Ativos Permanentes

• Posse de recursos de sócios para o aumento de capital

• Depreciação

• Amortização

• Exaustão

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Os autores J. Fred e Brighan, em um texto do ano 2000, explica o

surgimento da expressão Capital de Giro.

“A expressão Capital de Giro originou-se com o velho mascate

Ianque que lotava sua carroça com mercadorias e então se

punha a caminho para vender seus artigos.

Chamava-se Capital de Giro porque era o que ele vendia, ou

“girava”, para produzir seus lucros. A carroça e o cavalo eram

seus ativos permanentes. Ele geralmente possuía o cavalo e a

carroça, de forma que estes eram financiados com o capital

próprio, mas ele tomava emprestados os recursos para

comprar a mercadoria. Esses recursos, chamados de

empréstimo de Capital de Giro, tinham de ser restituídos

depois de cada viagem para demonstrar ao banco que o

crédito era sadio. Se o mascate fosse capaz de restituir o

empréstimo, então o

banco poderia lhe fazer outros empréstimos, e os bancos que

adotavam esse procedimento, dizia-se que, utilizavam-se de

práticas idôneas...” (J.FRED e BRIGHAN, 2000, p. 379, cap. 9)

O investimento de uma empresa em ativos de curto prazo é nomeado

Capital de Giro.

Conforme previsto na Lei 6404/76, o Ativo Circulante deve expressar o

saldo das contas realizáveis e o Passivo Circulante das contas exigíveis,

ambos em até 360 dias. Dentro destes grupos, os saldos devem ser

apresentados numa ordem de liquidez (ativo) e exigibilidade (passivo).

Analiticamente é necessário que conheçamos a capacidade financeira

da empresa em quitar os compromissos de curto prazo (um ano). Com este

intuito, os analistas apuram o índice da liquidez corrente ao dividir o Ativo

Circulante pelo Passivo Circulante.

Ao recorrer a um Capital de Giro de terceiros ou a contratação de

financiamento, as empresas devem analisar com cuidado a relação entre o

custo do capital de giro e a rentabilidade proporcionada à sua operação. A taxa

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de juros é proporcional ao custo do crédito no curto prazo. A empresa que

necessita de alavancagem financeira, utilizando Capital de Terceiros a fim de

financiar atividades operacionais, evita comprometer a sua solvência.

Para analisar a liquidez é necessário o conhecimento da capacidade

financeira que empresa possui para liquidar os vários compromissos passivos

em seu prazos pré-determinados. Com este objetivo são utilizados vários

indicadores operacionais de avaliação de liquidez como liquidez corrente, seca,

giro do circulante, entre outras. Estes procedimentos financeiros buscam

qualificar e explicar a capacidade de pagamento daquela empresa.

Apesar de sua importância e seu uso freqüente, os indicadores

geralmente não fornecem informações conclusivas em relação a evolução da

posição financeira atual e esperada da empresa, postergando as reais

necessidades de investimento em Capital de Giro.

O Capital de Giro está envolvido em duas questões básicas:

1. Em termos de valor total e específico em cada conta, qual é o

nível recomendado para os ativos circulantes?

2. Como estes ativos deveriam ser financiados?

Subdivide-se em três às políticas alternativas relacionadas à totalidade

dos ativos circulantes mantidos. Por essência, há uma diferença destas

políticas quando a quantia diferente de ativo circulante é mantida a fim de

sustentar um nível dado das vendas, sendo elas:

a) Política onde há a liberalidade de investimentos em ativo

circulante onde parcelas grandes de caixa, títulos negociáveis e

os estoques são mantidos e as vendas passam por estimulação

de uma política de crédito liberal.

b) Política que restringe os investimentos em ativos circulantes

onde ocorre a minimização dos estoques, títulos e créditos de

clientes.

c) Política moderada entre liberalidade e restrição onde os ativos

estão situados entre as duas políticas supracitadas.

Um método importante no estudo do ponto de equilíbrio de uma

empresa está baseado na distinção entre os seus ativos e passivos circulantes

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em itens operacionais e financeiros. Este critério de avaliação permite não

somente um posicionamento financeiro mais analítico da empresa, mas

também proporciona uma identificação, de maneira simples e dinâmica, das

efetivas necessidades de capital de giro da empresa, vislumbrando o volume

adequado de investimento operacional em giro para alcançar o equilíbrio

financeiro.

Sendo assim, o melhor conhecimento e avaliação da estrutura

financeira das empresas com certa precisão técnica, demonstrado através

deste método, é popularmente conhecido por necessidade de capital de giro.

3.1 – Ativo e Passivo Circulante

Segundo Di Augustini, em sua publicação de 1999, é indispensável a

quantificação dos grupos circulantes ao avaliar as necessidades de capital de

giro.

“O processo de avaliação das necessidades de capital de giro

é indispensável que se quantifique, a partir da estrutura

patrimonial da empresa, os grupos classificados como

circulante operacional, circulante permanente e financeiro.

Dado o dinamismo das mutações do capital de giro, adequá-los

as necessidades quantitativas e qualitativas poderá representar

a diferença entre a liquidez e a insolvência, crucial na gestão

do dia-a-dia da empresa, ou ainda, entre o lucro e o prejuízo,

essencial para a manutenção dos negócios. Certamente a

fonte de recursos mais saudável de capital de giro, para a

empresa deve ser oriunda das suas atividades operacionais,

principalmente quando o fluxo operacional e

financeiro permite formação de capital de giro próprio.”

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É necessário mencionar que os ativos circulantes operacionais da

empresa deve manter coerência com o cliclo operacional da mesma fazendo

com que os investimentos sejam representativos das necessidades de

investimento em capital de giro.

As dívidas da empresa com instituições financeiras e outras obrigações

sem vínculo com atividades operacionais são representadas pelo Passivo

Circulante Financeiro. Este não é alterado por qualquer alteração que possa

ocorrer no volume de atividade operacional da empresa, diferente do Passivo

Circulante Operacional que representa as obrigações de curto prazo

identificadas com o cilco operacional.

Os ativos e passivos circulantes operacionais demonstram os

investimentos necessários em valores a receber (motivados por vendas à

prazo), estoques (necessidade de estocagem) e despesas operacionais,

conforme quadro abaixo.

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE

Financeiro Financeiro

Caixa e bancos

Aplicações Financeiras

Empréstimos Bancários

Financiamentos

Duplicatas Descontadas

Dividendos e IR

Operacional Operacional

Duplicatas a Receber

Estoques

Adiantametos e Despesas da

Competência do Exercício Seguinte

Fornecedores

Salários e Encargos

Impostos e Taxas

Adiantamentos de Clientes

Quadro 1: Demonstrativo da Composição do Passivo e ativo Circulante

Ao avaliar uma empresa, visando o estudo da capacidade econômico-

financeira de enfrentar um período de desenvolvimento, é preciso investigar a

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composição do Ativo e Passivo Circulantes e relacionar os saldos contábeis

com as atividades da empresa.

Desta forma, o Ativo e o Passivo Circulante ficam separados em dois

grupos de contas: as que mantêm relação com as atividades operacionais da

empresa e as que não tem. As demais contas destacamos:

- Caixa

- Bancos

- Aplicações Financeiras

- Duplicatas Descontadas

- Emprestimos e/ou Instituições Financeiras

Estas últimas contas contém saldos de operações que transformam-se

em entradas ou saídas de caixa, após sua liquidação, e que não são

obrigatoriamente renovadas, justamente por não se relacionar com as

atividades da empresa.

Já as contas que possuem relação com o nível de atividades da

empresa, constituem-se de aplicações e fontes permanentes de recursos que

se renovam período a período conforme o prazo das operações. Estas contas,

que são determinadas de cíclicas, tem saldo que está diretamente ligado ao

giro dos negócios. Neste trabalho, estas contas serão conceituadas como

aplicações de Capital de Giro (contas ativas) e como Fontes de Capital de Giro

(contas passivas).

Reclassificando as contas Ativas e Passivas é possível calcular duas

variáveis principais para a analisar a situação financeira das empresas. Na

primeira delas, quando as contas ativas forem maiores que as contas passivas,

teremos a indicação de que a empresa necessita de recursos para financiar o

giro dos negócios. Por outro lado, sempre que o valor das contas passivas for

maior que o valor das contas ativas, a empresa não necessita de recursos para

o giro dos negócios e ainda dispõe de fontes para o financiamento outras

aplicações.

A segunda variável, calculada a partir da reclassificação do Circulante,

trata das outras contas dos grupos do Ativo e Passivo Circulantes. Sempre que

as Outras Contas do Ativo Circulante apresentarem saldo de valor superior às

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do Passivo Circulante, indica que teremos aplicações de recursos no curto

prazo, ou seja, o saldo das contas de Caixa é superior ao saldo das contas de

Duplicatas Descontadas, por exemplo. Por outro lado, se as Outras Contas do

Passivo Circulante apresentarem saldo superior as do Ativo Circulante,

teremos fontes de recursos de curto prazo financiando as atividades da

empresa. Estas diferenças são denominadas Tesouraria.

Tesouraria resulta da reclassificação das contas do Ativo e Passivo

Circulantes, especificamente os que apresentam saldos que não se relacionam

com a atividade operacional da empresa, constituiondo-se após a liquidação

em entradas ou saídas de caixa.

As principais contas que podem ser classificadas como Tesouraria são:

- Caixa;

- Instituições Financeiras;

- Bancos;

- Duplicatas Descontadas;

- Aplicações Financeiras;

- Provisão para I.R;

- Outros Créditos a Receber;

- Outras Contas a Pagar.

- Empréstimos;

A Tesouraria Positiva, com elevado saldo em obscuras contas “Outros

Créditos”, pode esconder recursos que jamais serão realizados. O elevado

saldo nas contas de Caixa/bancos pode indicar a infeficiência na gerência de

recursos financeiros.

A Tesouraria Negativa não cobre os compromissos contidos nas contas

de Empréstimos, Provisão para Imposto de Renda ou Duplicatas Descontadas,

o que aponta que a empresa utiliza capital de curto prazo, não sendo

caracterizado como um período de privações, de “aperto”. Mesmo com um

saldo consideravelmente expressivo nas contas de Adiantamento, por

exemplo, não significa que a empresa esteja em uma situação financeira difícil.

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CONCLUSÃO

O planejamento financeiro é uma condição necessária para alavancar o

sucesso empresarial. A empresa necessita de um profissional que olhe

atentamente as variações da economia e política, local e global, e que

enxergue chances de expadir o negócio tanto localmente quanto a nível de

mercados externos, prevendo as dificuldades inerentes a estes

questionamentos e formulando uma política empresarial atenta a todos os

fatores necessários para um crescimento regular e sustentável.

A administração do capital de giro é uma tarefa difícil e primordial para

as empresas, pois o mesmo é visto como uma parcela do capital total de uma

empresa. É necessário a adequação das qualidades e quantidades em cada

momento/caso, assim como a escolha eficiente das formas e fontes de

financiamento, pode resultar na diferença entre a liquidez e insolvência,

indispensável na rotina das empresas, ou, entre o lucro e o prejuízo, primordial

para a manutenção dos negócios.

É ele o subsidiário o planejamento estratégico, que prevê as

necessidades financeiras da empresa para atender certa expectativa de

produção, que adianta as possíveis incertezas do mercado. É através do

planejamento financeiro que são traçadas alternativas para um possível erro

ou supervalorização dos resultados apresentando planos para conduzir a

produção de forma saudavel para a saúde financeira da empresa sem que

ocorra prejuízo da imagem da empresa por falta de oferta de produto, ou por

má qualidade causada pela produção indiscriminada juntamente com a

aplicação dos recursos provindos das vendas.

O processo de planejamento financeiro contém diversos fatores

relevantes sensíveis à administração financeira e gerencial, como o

planejamento financeiro a longo prazo, planejamento financeiro a curto prazo,

planejamento de caixa, e um dos mais importantes, a previsão de vendas e o

planejamento do lucro. Estes são extremamente importantes para a sua

elaboração e necessários para sua aplicação mais segura.

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O planejamento financeiro deve ser profundamente analisado e

discutido entre os executivos até que se chegue a um consenso. O processo

de planejamento financeiro não deve ser uma atividade mecanizada, apesar

dos avanços da tecnologia que trouxeram muita agilidade ao processo com o

uso de planilhas e gráficos.

Um dos objetivos do planejamento financeiro é o desenvolvimento uma

relação harmoniosa entre o crescimento da empresa com a necessidade de

produção necessária para dar sustentação à mesma, necessidade de

investimentos externos, previsão de pagamentos de dívidas e impostos,

salários, estimativa de custos da produção entre outras, com o intuito de prover

a empresa de recursos financeiros.

Assim podemos concluir que a realização do planejamento financeiro

empresarial em conseqüência dos principais passos descritos pelos autores da

administração financeira faz-se um requisito de suma importância para que os

planos financeiros da empresa obtenham êxito e desempenhem um papel

relevante para a operação e continuidade da organização, tornando assim a

empresa mais segura e estável dando maior liquidez em suas operações

financeiras. Diante disto, vê-se a grandiosidade de um processo de

planejamento financeiro o qual leva a detalhes de alta complexidade unindo

diferentes áreas de conhecimento.

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ANEXO 1 INTERNET

Disponível em: http://xa.yimg.com/kq/groups/27785400/1204476423/name/emp+aula+9.pdf Como fazer o Plano Financeiro O plano financeiro deve apresentar como a empresa se comportará ao longo do tempo do ponto de vista financeiro, descrições e cenários, pressupostos críticos, situação histórica, fluxo de caixa, análise do investimento, demonstrativo de resultados, projeções de balanços e outros indicadores. Esta parte do plano de negócios deve conter de cinco a seis páginas. No plano financeiro, apresentam-se, em números, todas as ações planejadas para a empresa. Perguntas chave que o empreendedor deverá responder este item são: • Quanto será necessário para iniciar o negócio? • Existe disponibilidade de recursos para isto? • De onde virão os recursos para o crescimento do negócio? • Qual o mínimo de vendas necessário para que o negócio seja viável? • O volume de vendas que a empresa julga atingir torna o negócio atrativo? • A lucratividade que a empresa conseguirá obter é atrativa? Estrutura do Plano Financeiro 1) Investimento Inicial 2) Receitas 3) Custos e Despesas 4) Fluxo de caixa 5) Demonstrativo de Resultados / Lucratividade Prevista 6) Ponto de Equilíbrio 7) Balanço Patrimonial Investimento Inicial Especifica-se neste item os custo com as instalações, suprimentos, equipamentos e mobiliário necessários para a implantação do negócio. Estas especificações ajudarão no levantamento do investimento fixo – ativo permanente – necessário para implantação da empresa. Mesmo que a empresa esteja instalada (ou pretenda se instalar) numa incubadora, que comumente oferece parte desta estrutura inicial, estes valores devem ser considerados. Receitas No item "Projeção de Vendas" do plano de marketing o empreendedor já definiu a projeção das suas vendas esperadas para o horizonte de cinco anos. Com estes dados em mãos, juntamente com a determinação do preço a ser praticado pelo seu produto ou serviço, poderá visualizar suas vendas em termos de valores, as quais denominamos de receitas. Custos e Despesas

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Neste item deverão ser levantados todos os valores que serão despendidos para a produção do produto/serviço que a empresa está se propondo. Deverão ser levantados tanto os custos de produção, quanto as despesas relativas ao suporte à produção como à administração, vendas etc. Estas despesas poderão ser denominadas de fixas ou variáveis. A iferenciação entre ambas é a sua relação direta com o volume de produção/vendas ou não, isto é, as despesas variáveis irão sofrer acréscimos (ou decréscimos) proporcionalmente ao aumento (redução) do volume produzido/vendido, enquanto que as fixas poderão ter aumentos também, mas não diretamente proporcionais à produção/vendas. Fluxo de caixa O fluxo de caixa é um instrumento que tem como objetivo básico, a projeção das entradas (receitas) e saídas (custos, despesas e investimentos) de recursos financeiros por um determinado período de tempo. Com o fluxo de caixa, o empreendedor terá condições de identificar se haverá excedentes ou escassez de caixa durante o período em questão, de modo que este constitui um importante instrumento de apoio ao planejamento da empresa (especialmente na determinação de objetivos e estratégias). A partir das informações levantadas nos itens anteriores, juntamente com investimentos adicionais que porventura venham a ser feitos e retirando-se itens não monetários, o fluxo de caixa pode ser montado. Demonstrativo de Resultados / Lucratividade Prevista Com base nos valores já identificados, relativos às entradas e saídas da empresa, o empreendedor poderá utilizar uma planilha para elaborar o “Demonstrativo de Resultados” e chegar à lucratividade de seu negócio. A partir disso, terá condições de apurar informações cruciais como o retorno que terá sobre o capital investido na empresa e o prazo de retorno sobre o investimento inicial. Isto é fundamental para que se avalie o grau de atratividade do empreendimento. Por exemplo: você investiria anos de sua vida num negócio que não pode lhe oferecer retorno melhor que uma aplicação financeira de baixo risco? Ponto de Equilíbrio O cálculo do ponto de equilíbrio ajuda o empreendedor a encontrar qual o nível de vendas em que a receita será igual a todas as saídas de caixa da empresa. Isto é importante porque indica qual o nível mínimo de vendas que a empresa deverá manter para que não opere com prejuízo. Balanço Patrimonial No caso de empresas já constituídas, é conveniente apresentar o balanço patrimonial, que possibilita a visualização das disponibilidades e obrigações de curto e longo prazo da empresa e, assim, uma avaliação da solidez da empresa. Exemplo de Roteiro de Elaboração do Plano Financeiro

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1. Cálculo das despesas 1.1 - Recursos Humanos

1.2 - Infra-Estrutura

1.3 - Hardware/Software

1.4 – Marketing

1.5 – Viagens e/ou Treinamento

1.6 - Outras Despesas

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2.Investimento Inicial

3.Projeção de Vendas

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4.Fluxo de Caixa Projetado

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ASSAF NETO, ALEXANDRE – SILVA, TIBÚRCIO CESAR AUGUSTO, Administração do Capital de Giro, São Paulo: 2a. Edição, 1997. BODIE, Z. & MERTON, R.C. Finanças. Porto Alegre: Bookman, 1999. BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1992. BREALEY, Richard A. Princípios de finanças empresariais. Myers, Stewart C. Tradução H. Caldeira Menezes, J.C.Rodrigues da Costa. 3º, Portugal: McGraw-Hill, 1992. BRIGHAM, Eugene F. et al. Fundamentos da moderna administração Financeira. Tradução de Mª Imilda da Costa e Silva. Rio de Janeiro: Campus. 1999. DI AUGUSTINI, CARLOS ALBERTO, Capital de Giro, São Paulo: Atlas, 2a. Edição, 1999. FRANKENBERG, LOUIS, Seu Futuro Financeiro, Rio de Janeiro: Campus, 5a. Edição, 1999. GITMAN, Lawrence J. Princípios da administração financeira. São Paulo: Habra, 1997. JOHNSON, ROBERT WILLARD, Administração Financeira; tradução de Lenita Camargo Teixeira Vieira, São Paulo, Pioneira; Brasileira INL, 1973, vol. 1: 3a ed. SANTI FILHO DE ARMANDO, OLINQUEVITCH JOSÉ LEÔNIDAS, Análise de Balanços para Controle Gerencial, São Paulo: Atlas, 2a. Edição 1989. WESTON, J. FRED e BRIGHAN, EUGENE F. Planejamento Financeiro, MAKRON BOOK, 2000. Revista FAE BUSINESS. Breve história do pensamento teórico em finanças. <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_fae_business/n4_dezembro_2002/financas_corporativas1_breve_historia_do_pensamento_teorico.pdf>. Acesso em: 20 junho 2011.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

RESUMO 4

SUMÁRIO 6

INTRODUÇÃO 7

CAPÍTULO I

PLANEJAMENTO FINANCEIRO: O CONCEITO 10

1.1 –Etapas do planejamento financeiro 12

1.2 –Planejamento financeiro a longo prazo 13

1.3 – Planejamento financeiro a curto prazo 14

1.4 – Planejamento do lucro 15

CAPÍTULO II

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E A CONTABILIDADE 16

2.1 – A controladoria e seu papel nas grandes empresas 17

2.2 – A evolução da contabilidade em função da controladoria 18

2.3 – As funções do controller junto ao planejamento

estratégico-financeiro 19

2.4 – Gestão Financeira 20

2.5 – Gestão Econômica 21

CAPÍTULO III

O CAPITAL DE GIRO 22

3.1 – Ativo e Passivo Circulante 26

CONCLUSÃO 30

ANEXO I 32

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37

ÍNDICE 38