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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NAS ORGANIZAÇÕES
DE SAÚDE
Por: Tatiana Dias de Azevedo
Orientador (a)
Profª. Ana Paula Ribeiro
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NAS ORGANIZAÇÕES
DE SAÚDE
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Administração
em Saúde
Por: Tatiana Dias de Azevedo
3
AGRADECIMENTOS
Às pessoas que tornaram isto possível,
aos mestres que me guiaram pelo
caminho do conhecimento, em especial
a orientadora Ana Paula por toda
dedicação e paciência, e a Deus que
sempre esteve ao meu lado.
4
DEDICATÓRIA
A minha mãe, avó, amigos do trabalho e
ao Fabiano (meu namorado) que
acreditaram em mais esta conquista.
5
RESUMO
O fluxo de caixa tem tido bastante impacto nas organizações de saúde,
sua implantação tem ajudado aos gestores na pré visualização das entradas e
saídas de determinados períodos.
Ajuda também a fazer um estudo sobre a sazonalidade do faturamento
hospitalar devido à diminuição de internações ou aumento devido às
epidemias, entre outras eventualidades que possam ocorrer.
E possibilita a construção de um planejamento estruturado para a
melhoria nas pequenas organizações de saúde através, por exemplo, da
aquisição de novos equipamentos.
6
METODOLOGIA
O desenvolvimento do trabalho começará explicando sobre o fluxo de
caixa e sua importância, em seguida sobre o faturamento hospitalar e por
último o planejamento para aquisição de novos equipamentos.
Será realizado através da pesquisa bibliográfica em livros, revistas
acadêmicas da área, sites, baseada inicialmente nos autores: GITMAN (2002),
SANTOS (2001), entre outros.
7
SUMÁRIO
FOLHA DE ROSTO
2
AGRADECIMENTO
3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I – FLUXO DE CAIXA 10
1.1 – Definição de Fluxo de Caixa 10
1.2 – Elaboração do Fluxo de Caixa 11
1.3 – Para que serve o relatório de Fluxo de Caixa? 15
CAPÍTULO II - FATURAMENTO HOSPITALAR E SUAS FLUTUAÇÕES 18
2.1 – Definição de faturamento 18
2.2 – Pré Faturamento 19
2.3 – Objetivos do faturamento médico-hospitalar 20
2.3.1 – TISS e TUSS 21
2.3.2 – Glosas 23
2.4 – Flutuações do Faturamento 24
CAPÍTULO III - PLANEJAMENTO PARA AQUISIÇÃO DE NOVOS
EQUIPAMENTOS 26
3.1 – Planejamento 26
3.2 – Plano e aquisição de equipamentos 27
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 41
FOLHA DE AVALIAÇÃO 42
8
INTRODUÇÃO
Com o fim da Idade Média, há o surgimento de uma nova era, em que a
tecnologia e a informação tornam-se elementos de fundamental importância na
competição global. Este processo de modernização passou a predominar em
todos os setores, atingindo conseqüentemente todas as empresas e neste
contexto incluímos os serviços hospitalares, que devem possuir um modelo
gerencial que contemple o sistema de informação gerencial e contábil,
colocando-os de acordo com as estratégias de mudança da organização para
obter assim uma melhor eficácia organizacional.
A gestão hospitalar é algo extremamente complexa, pois a sua
administração quando é realizada por profissionais sem devidas
especializações, ocasionam conflitos no processo decisório orçamentário e
financeiro.
Uma ferramenta que auxilia esse trabalho é conhecida como Fluxo de
Caixa. Trata-se de um controle que auxilia na visualização e compreensão das
movimentações financeiras num período preestabelecido.
Qual a influência do fluxo de caixa para a tomada de decisões nas
organizações de saúde? Definir como administrar de forma eficiente todas as
receitas que a empresa dispõe para manter a qualidade no serviço e planejar
melhor suas ações.
Os momentos de escassez de crédito, altas taxas de juros, queda do
faturamento, planejamento, exige do empresário uma gestão financeira cada
vez mais eficiente. Sendo assim, torna-se necessário utilizar controles
financeiros que permitam conhecer com mais eficiência os recursos de caixa e
muitas empresas de pequeno porte utilizam deste sistema.
9
Em razão disso neste trabalho será analisada a importância da
administração do fluxo de caixa nas organizações de saúde tomando como
base uma UTI Neonatal, através de conceitos, do faturamento hospitalar e
suas flutuações (por diminuição de pacientes ou contas glosadas) e finalizando
com a abordagem do planejamento para aquisição de novos equipamentos.
10
CAPÍTULO I
FLUXO DE CAIXA
1.1 – Definição de Fluxo de Caixa
Segundo SANTOS (2001,p.57) “O Fluxo de Caixa é um instrumento de
planejamento financeiro, que tem por objetivo fornecer estimativas da situação
de caixa da empresa em determinado período de tempo à frente.” Através do
fluxo de caixa, pode-se traduzir em valores e datas os dados gerados pelos
outros sistemas da instituição. A finalidade do fluxo de caixa é de informar a
capacidade que a instituição tem em liquidar seus compromissos financeiros
de curto e longo prazo.
Para Zdanowicz (1998, p.33), “o fluxo de caixa é o instrumento que
permite demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela
empresa”, o que possibilita melhores análises e decisões quanto à aplicação
dos recursos financeiros que a empresa dispõe.
Thiesen (2000, p.10) afirma que a Demonstração de Fluxo de Caixa
“permite mostrar, de forma direta ou mesmo indireta, as mudanças que tiveram
reflexo no caixa, suas origens e aplicações”.
No entendimento de Frezatti (1997) um instrumento gerencial adequado
é aquele que permite apoiar o processo decisório da organização. Sem
ferramentas de controle, as atitudes administrativas são tomadas de modo
empírico, o que muitas vezes não se traduz em resultados satisfatórios.
O fluxo de caixa pode ser também conceituado, conforme Gitman
(1997), como o instrumento utilizado pelo administrador financeiro com o
objetivo de apurar os somatórios de ingressos e somatórios financeiros da
empresa em determinado momento, prognosticando assim se haverá
11
excedente ou escassez de caixa, em função do nível desejado de caixa pela
empresa.
Mediante diversas definições pode-se conceituar fluxo de caixa como
um instrumento de controle financeiro gerencial, cuja finalidade é a de auxiliar
no processo decisório de uma organização (constitui-se num exercício
dinâmico, que deve ser constantemente revisto atualizado), visando sempre
atingir os objetivos esperados, fazendo frente à incerteza associada ao fluxo
de recebimentos e pagamentos.
1.2 – Elaboração do Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa é construído a partir das informações relativas a todos
os dispêndios e entradas de caixa já conhecidos e dos projetados.
Para a elaboração do fluxo de caixa, a instituição precisa dispor
internamente de informações organizadas que permitam a visualização das
contas a receber, contas a pagar e de todos os desembolsos geradores dos
custos fixos. A forma de obtenção e organização dessas informações
auxiliares passam pela utilização de ferramentas de gestão, cuja forma
dependerá do tipo da empresa, do seu porte e disponibilidade financeira. O
fluxo de caixa é um grande sistema de informações para o qual convergem os
dados financeiros gerados em diversas áreas da empresa. A maior dificuldade
para se ter um fluxo de caixa realmente eficaz é gerenciar adequadamente
este sistema de informações. Na grande maioria das Micro e Pequenas
Empresas tudo pode ser resolvido com a utilização de simples planilhas.
12
RELATÓRIO FLUXO DE CAIXA RESUMO DIÁRIO
DATA DATA DATA DATA DATA Soma
DISPONÍVEL INICIAL - - - - -
ENTRADAS
VENDAS À VISTA (DINHEIRO) - - - - - -
VENDAS A PRAZO (CHEQUE PRE) - - - - - -
CONVÊNIOS (FATURAMENTO) - - - - - -
ANTECIPAÇÕES - - - - - -
DESMOBILIZAÇÕES - - - - - -
EMPRÉSTIMOS - - - - - -
- - - - - - -
Total de Entradas -
-
-
-
-
-
SAÍDAS
IMPOSTOS - - - - - -
COMISSÕES - - - - - -
PROPAGANDA - - - - - -
CUSTO DE PRODUTOS - - - - - -
CUSTO DE SERVIÇOS - - - - - -
FUNCIONÁRIOS - - - - - -
MATERIAL DE CONSUMO - - - - - -
ÁGUA - - - - - -
ALUGUEL - - - - - -
ENERGIA - - - - - -
TELEFONE - - - - - -
IPTU - - - - - -
MANUTENÇÃO PREDIAL - - - - - -
MANUTENÇÃO EQUIPAMENTOS - - - - - -
GERAIS - - - - - -
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO - - - - - -
TAXAS / CONTRIBUIÇÕES - - - - - -
PRO LABORE - - - - - -
IMOBILIZADO - - - - - -
EMPRÉSTIMO - - - - - -
BANCÁRIA - - - - - -
- - - - - - -
- - - - - - -
- - - - - - -
Total de Saídas -
-
-
-
-
-
DIFERENÇA DO DIA -
-
-
-
-
-
SALDO CAIXA FINAL
-
-
-
-
-
13
RELATÓRIO PREVISTO X REALIZADO
Previsto Mês Realizado
Mês Diferença
Previsto x Realizado
SALDO INICIAL 0,00 0,00
ENTRADAS
VENDAS À VISTA (DINHEIRO) 0,00 0,00 0,00
VENDAS A PRAZO (CHEQUE PRÉ-DATADO) 0,00 0,00 0,00
CONVÊNIOS (FATURAMENTO) 0,00 0,00 0,00
ANTECIPAÇÕES 0,00 0,00 0,00
DESMOBILIZAÇÕES 0,00 0,00 0,00
EMPRÉSTIMOS 0,00 0,00 0,00
- 0,00 0,00 0,00
Total de Entradas 0,00 0,00 0,00
SAÍDAS
IMPOSTOS 0,00 0,00 0,00
COMISSÕES 0,00 0,00 0,00
PROPAGANDA 0,00 0,00 0,00
CUSTO DE PRODUTOS 0,00 0,00 0,00
CUSTO DE SERVIÇOS 0,00 0,00 0,00
FUNCIONÁRIOS 0,00 0,00 0,00
MATERIAL DE CONSUMO 0,00 0,00 0,00
ÁGUA 0,00 0,00 0,00
ALUGUEL 0,00 0,00 0,00
ENERGIA 0,00 0,00 0,00
TELEFONE 0,00 0,00 0,00
IPTU 0,00 0,00 0,00
MANUTENÇÃO PREDIAL 0,00 0,00 0,00
MANUTENÇÃO EQUIPAMENTOS 0,00 0,00 0,00
GERAIS 0,00 0,00 0,00
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 0,00 0,00 0,00
TAXAS / CONTRIBUIÇÕES 0,00 0,00 0,00
PRO LABORE 0,00 0,00 0,00
IMOBILIZADO 0,00 0,00 0,00
EMPRÉSTIMO 0,00 0,00 0,00
BANCÁRIA 0,00 0,00 0,00
- 0,00 0,00 0,00
- 0,00 0,00 0,00
- 0,00 0,00 0,00
Total de Saídas 0,00 0,00 0,00
SALDO CAIXA FINAL 0,00 0,00
A planilha deve ser preenchida da seguinte forma:
14
ü As entradas e saídas futuras com os valores acordados e/ou
estimados;
ü Registrar todo o movimento financeiro ocorrido no dia-a-dia;
ü Realista nos valores lançados;
ü Conciliação bancária diariamente, para poder lançar nas saídas:
as tarifas, encargos financeiros e principalmente se houver algum
cheque devolvido. Isso vai fazer com que o saldo diário esteja
atualizado;
ü Informar o saldo inicial no 1º dia útil do mês;
ü As contas a receber e a pagar com vencimento no final da
semana, apropriar na 2ª feira seguinte;
ü Avaliar a data mais oportuna para a retirada do pró-labore;
ü Na coluna de diferença do previsto x realizado, quanto maior for o
grau de acerto (conhecimento do negócio), mais o realizado se
aproximará do previsto.
Os principais itens constantes da planilha Fluxo de Caixa são:
Disponível inicial: é o valor do caixa no início do período considerado
para a elaboração do fluxo. É formado pelo dinheiro na “gaveta” mais os saldos
bancários disponíveis para o saque.
Total de entradas: corresponde aos recebimentos de vendas (serviços
prestados) realizadas à vista e a prazo, bem como outros recebimentos como:
15
antecipação de cheque, e duplicatas, inadimplência, desmobilização,
empréstimo. O pagamento por parte de algum convênio. É a soma de todo
dinheiro que entrou no dia.
Total de saídas: corresponde a pagamentos a fornecedores, pró-labore,
aluguel, água, luz, salários, entre outros. É a soma de tudo o que foi pago no
dia.
Diferença do dia: É o resultado das Entradas menos as Saídas na
respectiva data.
Saldo caixa final: É o resultado da Diferença do Dia somado ao
disponível Inicial, para saber com quanto dinheiro disponível terá para iniciar o
dia seguinte.
1.3 - Para que serve o relatório de Fluxo de Caixa?
ü Planejar e controlar as entradas e saídas de caixa num período
determinado de tempo;
ü Auxiliar o gestor a tomar decisões antecipadas sobre a falta ou
sobra de dinheiro na organização;
ü Verificar se a instituição está trabalhando com aperto ou folga
financeira no período avaliado;
ü Verificar se os recursos financeiros são suficientes para tocar o
negócio em determinado período ou se há necessidade de
obtenção de capital de giro;
ü Planejar melhores políticas de prazos de pagamentos e
recebimentos;
16
ü Avaliar a capacidade de pagamentos antes de assumir
compromissos;
ü Conhecer previamente (planejamento estratégico) os grandes
números do negócio e sua real importância no período considerado;
ü Avaliar o melhor momento para efetuar as reposições de estoque
em função dos prazos de pagamento e disponibilidade de caixa.
Numa UTI as variações do fluxo de caixa são grandes, pois as entradas
correspondem ao número de pacientes internados num determinado período,
onde quase 100% é realizado através do pagamento efetuado pelas
operadoras de saúde.
Intercorrências podem acontecer como exemplo fusões entre
operadoras de saúde, o caso mais recente o da Amil e Medial. O setor
administrativo financeiro não estava preparado para efetuar todos os
realizáveis ocorrendo atraso nos pagamentos, sem informação prévia que isso
aconteceria.
Existem outros fatores como internações particulares onde o familiar
concorda com tudo, realizam o pagamento através de cheques pré-datados
pedindo que os mesmos sejam compensados a partir de 30 dias e quando
chega a data o cheque não é compensado pelo motivo de sustação.
Outro caso muito comum são as liminares onde o Poder Judiciário
determina que a criança já com diagnóstico para UTI seja internada na
instituição por não haver vaga ou esta especialidade no Hospital Público,
deixando claro que o não cumprimento acarretará em multa diária,
determinando que a Fundação Municipal de Saúde local se responsabilize pelo
pagamento da fatura após alta e isso na maioria das vezes não acontece.
17
Além dos casos de convênio em carência, falência de operadoras de
saúde, entre outros fatores.
É de suma importância um estudo detalhado sobre a sazonalidade do
fluxo de caixa, num hospital onde a questão principal é de tratamento de
qualidade ao paciente para que o mesmo saia com saúde não podendo haver
erros, não se pode de repente parar, pois faltou dinheiro para compra de algum
medicamento ou material, ou porque não foi paga a conta de luz ou até mesmo
o salário dos funcionários estão atrasados. Tudo tem que estar bem
estruturado.
Ter um fundo de reserva para eventuais momentos de crise financeira,
onde situações surpresas podem ocorrer como: se adequar as novas normas
implantadas pelos órgãos competentes, comprar um medicamento importado
de última geração que proporcionará mais agilidade no tratamento, requisitar
um parecer de um especialista, entre outros.
Para que uma unidade de terapia intensiva almeje continuar no mercado
é preciso investir em maquinários, capacitar os profissionais existentes, além
de contratar outros, ampliar o número de leitos e conseqüentemente o espaço
também. Para que isso possa acontecer é necessário planejar, traçar num
papel quais são os reais objetivos da organização.
O fluxo de caixa importante ferramenta de gestão deve acompanhar a
estratégia da empresa, o seu acompanhamento e controle devem ser
constantes para que se possam atingir os objetivos planejados.
CAPÍTULO II
FATURAMENTO HOSPITALAR E SUAS FLUTUAÇÕES
18
2.1 – Definição de Faturamento
Para uma gestão segura e eficiente, uma atenção especial deve ser
dada ao departamento de faturamento. Um processo ágil e preciso do
faturamento proporciona um gerenciamento seguro dos insumos,
disponibilizando aos gestores informações e indicadores de desempenho de
diversas áreas.
O faturamento é entendido como “o conjunto dos recebimentos,
expressos em unidades monetárias, obtidos por uma empresa com a venda de
bens ou serviços em determinado período” (Sandroni, 2001).
É a cobrança do serviço prestado, através de documento devidamente
reconhecido, preenchido e assinado pelo comprador (usuário do serviço) e o
vendedor (prestador do serviço). A rigor, em sentido literal, faturamento é a
atividade de emitir faturas. A fatura é um termo que vem do latim e indica o
documento, ou instrumento do contrato de compra e venda. O faturamento se
inicia na recepção (atendimento ao usuário) e termina no convênio (operadora
de plano de saúde), com o pagamento correto das contas enviadas.
O serviço de Faturamento Médico-Hospitalar tem a missão de processar
as contas médicas e hospitalares dos pacientes atendidos nos diversos
serviços do Consultório, Clínica ou Hospital de forma a garantir o
correspondente afluxo de recursos.
2.2 – Pré Faturamento
19
Processo que antecede o faturamento onde existe a conferência dos
dados contidos na guia de internação do paciente, onde devem constar as
assinaturas e autorizações de internação e prorrogações (tendo o paciente
ficado mais de um dia). Caso esteja faltando alguma autorização é necessário
o envio de relatório médico com justificativa para tal situação.
Em seguida realizam-se a análise do prontuário do paciente para
verificar gastos com materiais, medicamentos, exames complementares como
patologia clínica e anatomia patológica; radiologia que engloba raios-X em
geral, tomografia, ultrassonografia, ressonância, etc.; eletrocardiograma;
eletroencefalograma; dissecção de veia; colocação de cateter permanente,
punção lombar e subclávia; cateterismo vesical, entre outros, procedimentos
realizados por médicos terceirizados como cirurgias, broncoscopia, ph metria,
etc., pareceres de especialistas além de serviços de hemoderivados,
fisioterapia entre outros. Com a existência de todos os documentos
comprobatórios com seus respectivos gastos.
Outro processo é a adequação dos convênios as respectivas tabelas
para cobrança de honorários médicos, materiais, medicamentos. Tabelas
exigidas pelas operadoras de saúde para a codificação de taxas, aluguéis,
oxigênio, materiais e medicamentos. Atualmente a maioria está usando a
tabela TUSS para honorários.
As tabelas mais usadas são: Associação Médica Brasileira (AMB90),
AMB 92, CIEFAS (valor e CH coeficiente de honorários).
Após todo o levantamento começa uma nova etapa a da digitação dos
dados no sistema de faturamento. Cadastro, internação, faturamento
(honorários médicos, exames complementares), taxas, alugueis, diárias,
materiais e medicamentos.
20
A finalização acontece com a conferência de tudo o que foi digitado,
depois a impressão da conta juntando-se todos os formulários exigidos pelos
convênios, o envio eletrônico e listar o protocolo. Cópia de todos os
documentos que serão anexadas as contas para ser entregue com pedidos e
laudos dos exames complementares e também a parte física do faturamento
com nota fiscal e protocolo de entrega (comprovante do valor total da conta)
2.3 – Objetivos do faturamento médico-hospitalar
ü Manter um sistema de controle que proporcione informações que
permitam obter os dados necessários ao processamento dos
relatórios de faturamento;
ü Emitir as faturas de cobrança dos serviços prestados (guias às
operadoras);
ü Emitir relatórios de controle das faturas (guias) emitidas /
pendentes;
ü Analisar os relatórios de faturas (guias) recebidas;
ü Verificar as ocorrências de glosas e identificar as causas;
ü Providenciar as correções das glosas e localizar documentos
comprobatórios;
ü Preparar os recursos de glosas às operadoras para reversão e
pagamento das mesmas;
ü Manter atualizados e organizados, pelo período de no mínimo cinco
anos, os comprovantes dos serviços prestados, para atender às
auditorias.
2.3.1 – TISS e TUSS
21
No início de 2007 após alguns teste a ANS – Agência Nacional de
Saúde Suplementar, instituiu uma norma chamada TISS (Troca de Informação
em Saúde Suplementar), que estabelece um padrão obrigatório para a troca de
informações entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviço de
saúde sobre os eventos realizados em beneficiários de planos privados de
saúde. (Fonte: Manual de Conteúdo e Estrutura – versão 2.1.10 - ANS).
ü Lei de criação da ANS nº 9.961/2000 - multa de R$ 5.000,00 por dia. A
recusa, a omissão, a falsidade ou o retardamento injustificado de
informações ou documentos solicitados pela ANS constitui infração
punível com multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), podendo ser
aumentada em até vinte vezes, se necessário, para garantir a sua
eficácia em razão da situação econômica da operadora ou prestadora
de serviços.
ü RN 124/2006 - multa de R$ 35.000,00: Art. 44. Deixar de cumprir as
normas relativas ao padrão essencial obrigatório para as informações
trocadas entre operadoras e prestadores de serviços de saúde, sobre o
atendimento prestado a seus beneficiários:
o Sanção – advertência;
o multa de R$ 35.000,00.
Todas as prestadoras de serviço que não tinham um sistema de
faturamento, pois era realizado através de uma simples planilha de Excel,
foram obrigadas a adquirir um programa que estivesse condizente com todas
as exigências da ANS. Contratação de um serviço de banda larga já que todos
os envios passaram a ser eletrônicos, padronização das guias de serviço. Uma
mudança que com certeza teve um dispêndio muito grande não somente para
as operadoras, mas também para os prestadores, ocasionando um impacto
significativo no fluxo de caixa de todos.
22
O que a TISS padroniza?
Guias de Serviços
ü Guia de Consulta
ü Guia de SP/SADT e Terapia
ü Guia de Solicitação de Internação
ü Guia de Resumo de Internação
ü Guia de Honorário Individual
ü Guia de Outras Despesas
Demonstrativo de Retorno
ü Demonstrativo de Pagamento
ü Demonstrativo de Análise de Conta Médica
A implantação mais recente é da Terminologia Unificada da Saúde
Suplementar (TUSS), que padronizará os códigos e nomenclaturas dos
procedimentos médicos, tendo como base a última edição da CBHPM
(Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), da
Associação Médica Brasileira – AMB.
Todas as implantações trouxeram mais transparência e aumento da
qualidade das informações.
2.3.2 – Glosas
Nos estabelecimentos de saúde, deve sempre haver uma área de
Coordenação de Faturamento que deve ser responsável pelas informações
23
administrativas e financeiras dos atendimentos prestados pela entidade, para
que se possam evitar os erros que resultam em glosas.
Glosa significa cancelamento ou recusa, parcial ou total, de orçamento,
conta, verba por serem considerados ilegais ou indevidos, ou seja, refere-se
aos itens que o auditor da operadora (plano de saúde) não considera cabível
para pagamento. As glosas podem ser classificadas em administrativas e
técnicas. As glosas administrativas são decorrentes de falhas operacionais no
momento da cobrança, falta de interação entre o plano de saúde e o prestador
de serviço (instituição hospitalar), ou ainda, falha no momento da análise da
conta do prestador. As glosas técnicas estão vinculadas à apresentação dos
valores de serviços e medicamentos utilizados e não aos procedimentos
médicos adotados.
As glosas ou correções são aplicadas quando qualquer situação gerar
dúvidas em relação às regras e práticas adotadas pela instituição de saúde.
Quando elas ocorrem, observa-se conflito na relação entre convênio (plano de
saúde) e prestador de serviços (instituição hospitalar). Quando as instituições
de cuidado de saúde têm os valores dos serviços prestados glosados pelas
operadoras de planos de saúde, elas podem lançar mão de recursos,
denominados recursos de glosas, a fim de recuperar suas perdas econômicas.
Diante deste contexto existente referente à temática glosa e seu impacto
econômico sobre as instituições de saúde justifica-se a presente investigação a
qual objetiva caracterizar os recursos de glosas com relação a: prevalência ou
pequena ocorrência, tipos de materiais glosados, justificativas, local de
ocorrência e custos.
Os pagamentos de tais recursos na maioria das vezes levam meses
para serem pagos isso quando se consegue reaver algo.
24
2.4 – Flutuações do Faturamento
Num hospital, uma unidade de terapia intensiva (UTI) ou unidade de
cuidados intensivos (UCI) caracteriza-se como "unidade complexa dotada de
sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente
graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que
com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar".
(Resolução 81 - 5 de janeiro de 1995)CREMESP.
Devido a complexidade que o tratamento exige não há um fluxo grande
de internações, depende de vários fatores como: quantas unidades existem em
cada região, se há unidades públicas, contrato entre convêncios, entre outros.
O período de internação varia de acordo com a resposta ao tratamento
que cada paciente recebe, impactando financeiramente a unidade.
Pode haver meses onde não exista nenhum tipo de internação, ou por
não ter ocorrido partos no hospital ou por não ter tido necessidade de
internações pediátricas ou até mesmo por não ter existido nenhuma solicitação
de vaga por parte de outra unidade. Neste período a instituição já fica em
alerta, pois daqui a 60 dias que seria o prazo de recebimento do faturamento
entregue neste período não terá nada para receber logo começam os altos e
baixos do fluxo de caixa.
É o momento de administrar o saldo e “enxugar” as contas, realizar
acordos com fornecedores explicando a real situação para não perder o
crédito, fazer antecipações de convênios entregues em datas anteriores,
buscar empréstimos junto aos bancos que muitas vezes não se torna possível
por ser algo emergencial, realizar operações de desconto de cheques isso tudo
para não piorar a situação e postergar investimentos que já estavam previstos
para acontecer.
25
Como podem ocorrer também anomalias como a Dengue e a Gripe
H1N1 onde as internações foram tão intensas havendo a necessidade de
ampliação do quadro de funcionários, aquisição de materiais e medicamentos,
gastos excedentes com lavanderia, esterilização entre outros. Onde a entrega
do faturamento superou a média esperada podendo assim quitar débitos
anteriores, antecipar pagamentos de empréstimos, além de resgatar o plano
de novos investimentos.
As flutuações do faturamento são comuns na gestão hospitalar, tanto
por causa da queda do número de internações, das glosas e de outros
motivos, mas um planejamento bem formulado com base no fluxo de caixa
permite que essas lacunas sejam pré-visualizadas de forma a evitar tais
apertos financeiros.
CAPÍTULO III
PLANEJAMENTO PARA AQUISIÇÃO DE NOVOS
EQUIPAMENTOS
3.1 – Planejamento
26
As unidades hospitalares são organizações que necessitam de contínuo
aperfeiçoamento no setor tecnológico. Devem avaliar a possibilidade de
introdução de tecnologias avançadas, bem como seu correto uso e
manutenção, para um atendimento adequado e satisfatório às demandas.
O fluxo de caixa é ferramenta importante para a preparação de um
planejamento estratégico para aquisição de novos equipamentos.
O Planejamento estratégico é um processo gerencial que diz respeito à
formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua
execução, levando em conta as condições internas e externas à organização e
sua evolução esperada. Também considera premissas básicas que a
organização deve respeitar para que todo o processo tenha coerência e
sustentação. Para Bateman e Snell (1998), a administração estratégica é um
processo envolvendo administradores de todos os níveis da organização, que
formulam e implementam objetivos estratégicos. Já o Planejamento
Estratégico seria o processo de elaboração da estratégia, na qual se definiria a
relação entre a organização e o ambiente interno e externo, bem como os
objetivos organizacionais, com a definição de estratégias alternativas
(MAXIMIANO, 2006).
Porter afirma que, quer seja de forma implícita, quer seja de forma
explícita, todas as organizações possuem uma estratégia. O autor estuda a
estratégia competitiva, que conceitua como sendo o desenvolvimento de uma
fórmula ampla para o modo como uma empresa irá competir, bem como as
políticas e metas necessárias para alcançar seus objetivos. A estratégia
competitiva é “uma combinação dos fins (metas) que a empresa busca e dos
meios (políticas) pelos quais está buscando chegar lá.” (PORTER - 1986).
O surgimento das ferramentas utilizadas pelo planejamento estratégico
se iniciou em meados de 70, quando os EUA passaram pela crise de energia,
a inflação de dois dígitos, a estagnação econômica, as vitórias dos
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concorrentes japoneses e a desregulamentação de setores importantes que
apareceram nessa época. Com o planejamento, a empresa é capaz de se
manter no mercado e de se preparar para possíveis ameaças e até mesmo
novas surpresas que possam aparecer no seu caminho.
É possível destacar no planejamento as seguintes idéias a serem
seguidas: o gerenciamento dos negócios da empresa como se fossem uma
carteira de investimento; a consideração dos pontos fortes de cada negócio,
tendo em mente a consideração do possível crescimento de cada mercado e a
posição competitiva que a empresa assume nesse mercado; e finalmente a
estratégia, onde é traçado um plano pela empresa para que esta consiga
atingir seus objetivos a longo prazo.
3.2 – Plano e aquisição de equipamentos
O crescimento da tecnologia, nos últimos 100 anos, é o maior
observado em toda a história da humanidade. A aceleração das mudanças
tecnológicas traz o risco de que sejam antecipadas pelos concorrentes. Isto
implica a necessidade de atualização constante. Não adianta ficar de braços
cruzados esperando que outras unidades de tratamento intensivo cresçam e
que seus equipamentos comecem a ficar obsoletos perdendo assim uma
grande ou até total fatia de mercado.
O processo ilustrado na figura abaixo representa a aquisição de
equipamentos médicos, que começa a partir da necessidade clínica. Essa
demanda pode ser fruto de vários fatores como a ampliação no número de
leitos, a substituição de um equipamento entre outros (CAPUANO, 1997). A
necessidade é apresentada ao departamento administrativo, que fará uma
análise preliminar para verificar a prioridade. Deverá ser feito, então, um
levantamento dos equipamentos existentes no mercado, através de uma
completa avaliação de mercado entre as empresas existentes (comparar os
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equipamentos, os fabricantes, a logística das empresas, as condições
geográficas de fornecimento, a manutenção, os custos, tipos de aplicações,
padrões, leis referentes à utilização, etc.). Essas informações deverão ser
mantidas em um banco de dados para futuras avaliações e atualizações.
Outro fator importante são as parcerias entre governo e instituições
particulares que durante algum tempo estão sendo fechadas para que não
havendo vagas nas unidades públicas, possam ser remanejadas para as
unidades privadas, com garantia efetiva de pagamento.
Dentre os principais equipamentos utilizados em UTI estão:
ü Incubadoras: tem por função substituir o útero materno, mantendo
um ambiente quente e regulando a temperatura consoante a
temperatura do bebê. A incubadora proporciona a umidade
necessária ao equilíbrio do bebê e protege-o das infecções e do
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barulho. Todos os cuidados e tratamentos, incluindo a pesagem, são
realizados dentro da incubadora.
ü Incubadoras de Transporte: equipamento destinado a manter
ambiente aquecido e umidificado durante o transporte de pacientes
neonatos e prematuros.
ü Oxímetro de pulso: é um aparelho com dispositivo fotoelétrico
utilizado para verificar a saturação de oxigênio capilar sanguíneo.
Informa a percentagem de oxigênio no sangue e, indiretamente, em
circulação. Possui um sensor com célula fotoelétrica colocado em
uma extremidade do corpo, geralmente no dedo do pé;
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ü Bomba infusora: tem como função realizar infusão venosa de
medicação controlada com ajuste de tempo e com velocidade
constante ;
ü Monitor Cardíaco: é utilizado para verificar o funcionamento elétrico
do músculo cardíaco. Informa o ritmo e a freqüência dos batimentos
cardíacos através de representação gráfica. A captação dos
estímulos elétricos é feita com sistema de eletrodos posicionados na
pele;
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ü Unidade de Fototerapia: tratamento a base de luz visando a retirada
da bilirrubina impregnada na pele do RN;
ü Ventilador Mecânico: o respirador ou ventilador mecânico é utilizado
nos casos de insuficiência respiratória, quando o doente não
consegue manter respiração espontânea suficiente para suas
necessidades. Seu funcionamento depende de uma fonte de
oxigênio com controle de níveis de pressão. O painel possui
mostradores luminosos, várias possibilidades de ajustes e sistema
microprocessado de alarmes luminosos e sonoros ; etc.
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ü Balança: serve para pesagem dos bebês.
ü Oxicapnógrafo: Equipamento utilizado na monitoração da
concentração de CO2 expirado e oximetria (SPO2) em pacientes;
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Equipamentos que possuem um período de vida útil e que mesmo
realizando manutenções periódicas, treinamento aos funcionários para o
manuseio adequado, chega o momento de renová-los com o que tiver de
melhor no mercado, para isso é necessário uma pesquisa de preço, pois se
tratam de equipamentos com um custo muito elevado.
O orçamento tem uma missão muito importante, pois é um plano onde
esta contida as quantidades de recursos (materiais, horas trabalhadas ou
recursos financeiros) capazes de conduzir a empresa aos seus objetivos,
conforme Padoveze (2004, p 128).
Neste orçamento de custo x benefício que cada novo investimento
proporcinará a instituição leva em consideração o prazo de entrega, a
atualização dos profissionais intensivistas, a estimativa em relação ao aumento
do número de internações com a chegada dos maquinários, postura das outras
unidades frente a concorrência, a economia com a locação de equipamentos, a
diminuição com manutenção, a queda no consumo de energia, entre outros.
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Não é uma decisão rápida e nem solitária, pois não impactua somente o
lado financeiro, a parte técnica tem que estar de acordo com as novas
aquisições. A exigência da solicitação de vários orçamentos a várias empresas
que sejam conhecidas no mercado com garantia de certificação pelos órgãos
competentes é premissa básica para ter a primeira opinião. Outro aspecto a ter
em conta na escolha, são os serviços pós-venda, relegando importâncias para
o seu sistema de suporte, e a localização do fornecedor, que deve ser o mais
próximo possível do contratante.
A forma e prazo de pagamento são muito importantes para que junto
com a primeira opinião possam chegar a uma tomada de decisão. Nem
sempre o menor preço significa melhor forma de pagamento o que impactua e
muito o fluxo de caixa, pois como existe sazonalidade não adianta fechar a
compra com um fornecedor que não é flexivel, que não dá prazo. É importante
a conquista de prazos maiores, pois através da implantação e utilização dos
novos equipamentos é que ajudará na geração de receita para a efetiva
quitação das parcelas.
Na aquisição de equipamentos médicos, alguns critérios são
considerados fundamentais e devem constar dentre os parâmetros de
avaliação, para fazerem parte da planilha (STIEFEL; RISKALLA, 1995):
ü Segurança: segurança elétrica, mecânica, radiológica, química, etc.
ü Desempenho Técnico: características de operação, especificações do
fabricante, recomendações e padrões;
ü Desempenho Clínico: utilização conforme a demanda e aplicação
clínica, facilidade de operação, treinamento oferecido pelo fabricante;
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ü Engenharia Humana: arquitetura do equipamento, características físicas
(dimensões, peso, etc.), construção (utilidade e confiabilidade),
operação, manuais de utilização, serviço de assistência técnica,
garantia;
ü Experiência de Usuários: experiências em outras instituições;
ü Custos: custos de aquisição, custos de operação, custos de
manutenção, custos de reposição de peças mais freqüentemente
trocadas (experiência de outros usuários), logística de reposição (às
vezes peças importadas requerem um tempo maior para serem
adquiridas do que as nacionais, e envolvem custos maiores);
ü Outros Fatores ou Fatores Locais: geralmente fatores de padronização e
fatores segundo critérios locais de avaliação.
Após realizada a escolha do equipamento será elaborado um contrato
de compra e venda. No recebimento deverão ser realizados os testes de
aceitação, treinamento técnico e operacional da equipe. Caso não apresente
problemas ou defeitos, o equipamento é aceito. A garantia deverá ser discutida
e acertada previamente no contrato (NELSON et al., 1992).
Finaliza-se então o processo de aquisição de equipamentos e iniciam-se
a preparação de outros planejamentos conforme a demanda. O interesse em
ampliar a capacidade de leitos também deve ser levado em consideração, pois
o número de habitantes está aumentando de forma avassaladora, os casos de
epidemias também.
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CONCLUSÃO
O fluxo de caixa é apresentado como instrumento essencial para a
gestão do disponível. O hospital que mantém continuamente atualizado seu
fluxo de caixa poderá dimensionar a qualquer momento o volume de entradas
e saídas de recursos financeiros, através de mudanças nos prazos de
recebimentos e pagamentos, além das possíveis glosas no faturamento bem
como fixar o nível desejado de disponibilidade para o próximo período.
Parcerias entre unidades particulares e públicas devem ser implantadas
para que toda a população ganhe com a ampliação no número de
estabelecimentos de saúde. Para que assim também sejam evitadas as
liminares e inadimplências.
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Porém, cabe ressaltar que é muito importante, além de prever e
acompanhar, controlar todas as informações, atualizando-as no processo
gerencial
de tomada de decisão, no momento oportuno, para que o hospital possa
utilizar o fluxo de caixa como uma ferramenta de auxilio na busca de sua
manutenção e crescimento.
Algumas instituições visam apenas à aquisição de equipamentos pelo
menor custo, motivadas pela escassez dos recursos disponíveis. Em função
disso, acabam muitas vezes oferecendo serviços deficitários e com baixa
confiabilidade. Pode ocorrer que equipamentos com custo de aquisição mais
baixo apresentem elevados custos de operação e manutenção e, na curva ao
longo do tempo, este equipamento apresentaria um custo maior em relação a
outro, que pode até possuir um custo maior de aquisição.
A participação e contribuição dos fatores analisados neste trabalho são
fundamentais para a redução dos custos, incrementando a qualidade dos
serviços hospitalares e do ciclo de vida dos equipamentos médicos.
Do exposto, infere-se que o fluxo de caixa é uma simples, mas
extremamente útil e poderosa ferramenta de planejamento financeiro. Com a
observação de alguns princípios, ele poderá trazer benefícios significativos
para a gestão hospitalar. De fato, a principal condição para o sucesso do fluxo
de caixa é a existência de uma cultura de planejamento.
38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BATEMAN, Thomas S., SNELL, Scott A. Administração: construindo vantagem
competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.
FREZATTI, Fábio. Gestão do Fluxo de Caixa Diário. São Paulo: Atlas, 1997.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7º ed. São
Paulo: Harbra, 2002.
MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria Geral da Administração: da revolução
urbana a revolução digital. 6ª Edição. São Paulo: Atlas 2006.
PADOVEZE, Clóvis Luiz. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de
informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
39
PORTER, M. E. What is strategy? Harvard Business Review, p. 61-78,
Nov/Dec. 1996.
SANDRONI, P. Dicionário de administração e finanças. São Paulo: Best Seller;
2001.
SANTOS, Edno O. Administração Financeira da pequena e média empresa.
São Paulo: Atlas, 2001.
THIESEN, João Arno de Oliveira. A demonstração do Fluxo de Caixa nas
Organizações e sua Importância como Instrumento da Tomada de Decisão.
Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, Porto
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ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa. 7 ed. Porto Alegre: Sagra, 1998.
www.aherj.com.br. Acesso em 20 de julho. 2010.
www.ans.gov.br Acesso em 20 de julho. 2010.
www.sebrae.com.br Acesso em 20 de julho. 2010.
www.catalogohospitalar.com.br Acesso em 15 de agosto.2010.
40
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
2
AGRADECIMENTO
3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I – FLUXO DE CAIXA 10
1.1 – Definição de Fluxo de Caixa 10
1.2 – Elaboração do Fluxo de Caixa 11
1.3 – Para que serve o relatório de Fluxo de Caixa? 15
CAPÍTO II - FATURAMENTO HOSPITALAR E SUAS FLUTUAÇÕES
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2.1 – Definição de faturamento 18
2.2 – Pré Faturamento 19
2.3 – Objetivos do faturamento médico-hospitalar 20
2.3.1 – TISS e TUSS 21
2.3.2 – Glosas 23
2.4 – Flutuações do Faturamento 24
CAPÍTULO III - PLANEJAMENTO PARA AQUISIÇÃO DE NOVOS
EQUIPAMENTOS 26
3.1 – Planejamento 26
3.2 – Plano e aquisição de equipamentos 27
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 41
FOLHA DE AVALIAÇÃO 42