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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA: INFORMAÇÃO VERSUS CONHECIMENTO Annie dos Santos Gestoso Gomes Orientador Prof. Maria Esther de Araujo Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · interdisciplinaridade da comunicação com a educação e dentro dos conceitos abordados propuseram uma participação pertinentemente

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA:

INFORMAÇÃO VERSUS CONHECIMENTO

Annie dos Santos Gestoso Gomes

Orientador

Prof. Maria Esther de Araujo

Rio de Janeiro

2016 DOCUMENTO P

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA:

INFORMAÇÃO VERSUS CONHECIMENTO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Administração e Supervisão Escolar

Por: Annie dos Santos Gestoso Gomes.

Rio de Janeiro

2016

3

AGRADECIMENTOS

.... Agradeço em primeiro lugar a

Deus pela oportunidade de estar dando

andamento a minha base educacional.

Agradeço também ao meu orientador e

aos meus familiares, pelo apoio nos

momentos mais difíceis no preparo deste

trabalho. Gostaria de agradecer ainda aos

meus amigos de pós-graduação, por todos

os momentos bons e inesquecíveis que

passamos juntos.

4

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia primeiramente a

Deus. Dedico este trabalho a minha mãe,

ao meu marido e a minha família por todo

apoio recebido nestes anos de estudo.

5

RESUMO

Os dados da pesquisa apresentada neste trabalho surgem a partir de uma

análise do cotidiano dos gestores escolares junto à administração. O quanto à

comunicação é primordial as gestões e ao processo de ensino aprendizagem no

ambiente educacional.

Equipamentos obsoletos nos espaços educacionais dão lugares às novas

tecnologias. Neste sentido o trabalho visa o diagnóstico de como este processo de

adequação de novas formas de comunicar, de como os conceitos de informação e

conhecimento se dão no ambiente educacional.

As rápidas modificações da sociedade, disparadas pela informação e

possibilidade de comunicação eficaz com qualquer parte do mundo e a variedade

de descobertas, obriga a redefinição do papel do ambiente educacional e seus

atores.

O valor da comunicação quando se trata de educação pública, a

interdisciplinaridade da comunicação com a ciência da educação, a

espetacularização da educação pública na mídia, o receptor e emissor ativo no

processo de comunicação da educação e o papel do gestor educacional e do

supervisor diante das novas tecnologias. Utilizando estudos teóricos científicos

acoplando a metodologia foi evidenciada a maneira que é feita à comunicação no

âmbito da educação, às manifestações do poder público, a relevância dos atos

comunicacionais e a forma que a informação e o conhecimento são expostos no

meio social.

As compreensões do trabalho se deram nos estudos de

interdisciplinaridade da comunicação com a educação e dentro dos conceitos

abordados propuseram uma participação pertinentemente ativa da população para

que estes colocassem em prática o conhecimento adquirido com a informação

exposta nos meios educacionais.

Palavras-chave: Educação pública, comunicação, espetacularização,

interdisciplinaridade.

6

METODOLOGIA

Este estudo apoia-se em pesquisa bibliográfica tendo em vista que a

mesma foi respaldada com um prisma teórico utilizando como enfoque fontes nas

áreas de educação e comunicação. As questões suscitadas neste trabalho

surgiram da observação da dificuldade inerente aos atores da pratica educacional

em compreenderem mais claramente os conceitos de interdisciplinaridade entre as

áreas de comunicação e educação e qual o papel do gestor educacional diante

deste paradigma. Este cenário transparece na prática diária onde estes

profissionais acreditam aplicar tal conceito, ou ainda, nem se quer sabem utilizar

os recursos comunicacionais que estão as sua disposição. Diante disso é

necessário que os interpretes da área educacional reflitam constantemente sobre

seu papel diante da comunicação junto à educação.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

O papel do gestor educacional e a utilização das novas mídias na educação 11

CAPÍTULO II

Definição de educação e comunicação e seus objetos de estudo 20

CAPÍTULO III

A importância da informação na educação pública 31

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 46

8

INTRODUÇÃO

A importância da comunicação atrelada ao tema educação pública, a

espetacularização da mídia quando se trata de educação pública, a voz do

receptor e do emissor e sua importância, o valor da interdisciplinaridade da ciência

da comunicação com outras ciências e o papel do gestor educacional diante das

novas tecnologias são temas de bastante relevância quando se trata das ciências

da comunicação e da educação. Trata-se de entender, a partir do ponto de vista

científico, as manifestações referentes à educação pública e a sociedade e a

maneira pela qual é feita a comunicação para as massas.

Assim, este trabalho visa compreender, a partir dos conceitos teóricos do

campo da comunicação e da educação a perspectiva interdisciplinar do campo

comunicacional, ou seja, a estrutura da comunicação no âmbito da educação e,

quem sabe, propor que o receptor destas informações as compreenda de maneira

clara e objetiva sem que haja a possibilidade de interferência de qualquer ruído

nesta comunicação.

O dia a dia do supervisor escolar necessita de diversas ferramentas que

ajudem os profissionais envolvidos na educação a praticarem suas funções dentro

do processo de administração e supervisão escolar. No meio de tais ferramentas,

a comunicação mostra-se como a expectativa de conquista das demandas

educacionais sendo intensamente utilizada como meio de informação a

proporcionar a o envolvimento entre os atores do ato educacional. Nos últimos

anos os meios de comunicação sofreram diversas transformações. Celulares,

computadores, redes sociais, aplicativos e a facilidade de acesso aos meios

digitais impactaram diretamente no cotidiano escolar.

Tais questões esclarecem a necessidade de maior reflexão sobre o uso das

tecnologias, dos meios de comunicação, das novas mídias e sobre as variadas

formas de usos e adequações das mesmas acopladas a comunicação no

cotidiano administrativo escolar.

Muito pouco é observado na mídia em geral questões relativas à educação

quando muito são apresentadas de forma superficial com um viés apenas de

9

depreciação e não de maneira educativa. Afora a isso, fica restrito a um lugar de

pouca audiência: normalmente em revistas, programas e mídias segmentadas e

com uma linguagem de difícil compreensão da sociedade em geral.

Diante disso julga de extrema relevância o seu estudo, de forma a orientar o

ambiente educacional em como conduzir este assunto e estimular o processo de

construção e formação da ideia de sociedade, cidadania e de cidadão em geral e

não apenas para aqueles que desfrutam, de uma condição ímpar em relação aos

demais. Diante do exposto, este trabalho poderá vir a contribuir para a produção

de maneiras de comunicar o assunto educação no ambiente educacional

disponibilizando uma maneira de interação da sociedade com tal informação,

assim, o número de excluídos sociais e de pessoas descontextualizadas em

relação ao que é efetivamente o tema educação poderá reduzir.

Avista-se então a oportunidade de apresentar o gestor educacional, como

um gestor do conhecimento assumindo assim um papel importante nas novas

práticas pedagógicas no ambiente educacional utilizando de ferramentas

epistemológicas que cada uma dessas teorias pode trazer. Para isso é

fundamental chegar-se a um denominador comum quando se trata do conceito

das teorias de educação e comunicação.

Logo, será imprescindível confirmar o papel do gestor educacional como

gestor do conhecimento.

Com uma postura analítica e crítica em relação ao tema educação e

comunicação, a pretensão é de levantar informações dessa maneira de comunicar

no âmbito da educação, através da análise da construção da comunicação ideal e

da conceituação da sociedade do conhecimento e da informação, para uma

verdadeira atuação social em relação ao tema visando assim uma ativa

participação nas políticas de educação.

As organizações da sociedade contemporânea têm sua variante mais

explicitamente quando se trata de movimentação geográfica e social, diante disso

as organizações públicas possuem o desafio de se manter junto de tais variações

mantendo a qualidade dos serviços prestados a sociedade, porém muitas vezes

as verbas destinadas a educação pública não tem seus destinos finais que é de

10

direito de tal sociedade então criar-se-ia um distanciamento desta sociedade e

estes órgãos, mantendo assim uma ideia de insatisfação aos serviços prestados

por estas organizações.

Quanto ao papel da comunicação na esfera pública, entende-se que os

meios de comunicação de massa e as novas mídias devem informar ao público

projetos e ações de benefício ao cidadão, acoplada de transparência informacional

e de orientação à sociedade de seus direitos e deveres.

Diante de tais informações, esse tipo de pesquisa cientifica poderá trazer

uma contribuição tanto para o âmbito da educação, como para a comunicação,

diretamente pela possibilidade de interdisciplinaridade que existe entre a ciência

da educação e a outras ciências sociais.

11

CAPÍTULO I

O PAPEL DO GESTOR EDUCACIONAL E A

UTILIZAÇÃO DAS NOVAS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO

Todos estão experimentando as mudanças de organização que a

sociedade vem passando mudanças na produção e comercialização de bens,

mudanças comportamentais e mudanças também no processo de ensino-

aprendizagem.

Diversas formas de ensino modificaram durante os anos e o campo da

educação está comprimido por mudanças assim como as demais organizações

sociais e uma das áreas com preferência a investimento é a área de novas

tecnologias.

Diante disso a educação introduzida no mundo globalizado e permeada

pela sociedade da informação e do conhecimento é um dos pilares a implementar

as novas mídias e consequentemente seus gestores educacionais pensando

assim no progresso social e a melhoria do ato comunicacional se tratando de

educação.

Com o surgimento de novas exigências o gestor educacional tem percebido

continuamente a necessidade de repensar sua pratica pedagógica. A

inevitabilidade de pensar um processo de ensino-aprendizagem de maior troca

com os educandos, com uma formação mais coesa e que tais educandos sejam

realmente capazes de defrontar os problemas existentes na sociedade.

Sendo assim a necessidade de progressão de habilidades e conhecimentos

com a participação de todos os atores do ato educacional principalmente os

gestores é essencial para a realização do trabalho pedagógico no ambiente

educacional, entendendo que os problemas relacionados à educação são

problemas do coletivo educacional, então a solução de tais problemas deve ter

uma resolução coletiva.

12

O uso das novas tecnologias no ambiente educacional acarreta mudanças

na realidade escolar e transforma variados segmentos como os econômicos

sociais e culturais remodelando assim a forma de pensar, aprender e informar e o

gestor educacional precisa conhecer as legislações vigentes que versam tanto

sobre tecnologia na educação quanto a educação a distancia a primeira LDBEN

9394/96 artigo 32 II e 36 I estabelece a inevitabilidade de incluir a ferramenta

tecnológica no processo de ensino-aprendizagem e a segunda o decreto 5622/05

que regulamenta o artigo 80 da LDBEN 9394/96 que estabelece disposições sobre

a educação a distância.

A autora Vani Moreira Kenski no seu livro Educação e Tecnologias O novo

ritmo da informação quando se trata da ideia de que tecnologia também serve

para fazer educação diz que:

“Assim como na guerra, a tecnologia também é essencial para a educação. Ou melhor, educação e tecnologias são indissociáveis. Segundo o dicionário Aurélio, a educação diz respeito ao “processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social”. Para que ocorra essa integração, é preciso que conhecimentos, valores, hábitos, atitudes e comportamentos do grupo sejam ensinados e aprendidos, ou seja, que se utilize a educação para ensinar sobre as tecnologias que estão na base da identidade e da ação do grupo e que se faça uso delas para ensinar as bases dessa educação”. 1

Tendo em vista que a educação a distancia é uma modalidade de ensino

que vem se desenvolvendo acoplado ao avanço da comunicação e das novas

mídias a possibilidade do uso das novas tecnologias no meio educacional é uma

realidade do dia a dia do gestor educacional requerendo deste e dos demais

atores da comunidade comunicacional construção, envolvimento e compromisso

no processo de ensino-aprendizagem do ambiente educacional.

Embora a informação e o conhecimento sejam universais se tratando de

educação a distancia é no processo individual que atua a aprendizagem, ou seja,

o próprio educando é agente do seu conhecimento, portanto as funções escolares

1KENSKI, Vani Moreira: Educação e Tecnologias O Novo Ritmo da Informação, Campinas: SP, Editora Papirus, 2010, p. 43.

13

diante dessa tecnologia têm papeis distintos, porém suas ações devem ser

articuladas para o desenvolvimento participativo e critico.

Sendo assim o gestor educacional possui um papel fundamental para o uso

das novas mídias no ambiente educacional levando aos membros da equipe as

ferramentas das novas tecnologias em prol do aprimoramento da qualidade de

ensino.

O autor Wolmer Ricardo Tavares no seu livro Gestão do conhecimento,

Educação e Sociedade do conhecimento diz que:

“Necessitamos de muitas pessoas livres nas empresas e nas escolas, que modifiquem as estruturas arcaicas e autoritárias do ensino-escolar e gerencial. Só pessoas livres, autônomas - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem educar para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem o diploma de educador. Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, iremos utilizá-las para nos comunicarmos mais, para interagirmos melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias, utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes. Ensinar com as novas mídias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial. A internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas pode nos ajudar a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e aprender”. 2

Diante disso vemos a amplitude e complexidade que a administração

escolar apresenta que vai além das dificuldades relativas à parte propriamente dita

da função administrar, mas também a perspectiva do alcance de objetivos com um

olhar positivo sobre os avanços tecnológicos nas áreas de educação e

comunicação e seus impactos nas atribuições dos profissionais no ambiente

escolar buscando a gestão participativa e autônoma da escola.

Sobre a gestão participativa Mirivan Carneiro Rios diz que:

2TAVARES, Wolmer Ricardo: Gestão do conhecimento, Educação e Sociedade do conhecimento, São Paulo: SP, Editora Ícone, 2010, p. 63.

14

“A Gestão participativa busca criar estruturas descentralizadas em que se faz necessário á sobrevivência da escola, em que o relacionamento cooperativo passa a ser uma ferramenta essencial para superar os conflitos internos nos processos de ensino e aprendizagem e as mudanças nas relações do trabalho. A consciência individual e coletiva exige de seus gestores e demais pessoas da escola visão de globalidade, isto é, saber o que sua tarefa significa na totalidade organizacional”. 3

1.1 CONCEITUAÇÃO DE INFORMAÇÃO

Antes da Revolução industrial a atividade econômica era

predominantemente artesanal já durante a revolução industrial os trabalhadores

passam a trabalhar para os donos das indústrias controlando máquinas, deixando

de produzir artesanalmente perdendo assim o controle do processo produtivo.

Com isso as pessoas começaram a deixar o meio rural e procuram os centros

urbanos para a adequação aos meios de trabalhos industriais. Após as mudanças

sociais de êxodo causadas pela revolução industrial começamos a viver um novo

modelo de organização social não mais focado no capital físico, mas no capital

intelectual. Entramos assim na sociedade pós-industrial, na sociedade da

informação e do conhecimento, no qual a informação é geradora de riquezas

intelectuais.

Diante disso precisamos conceituar o que se entende por informação e

conhecimento.

O autor Wolmer Ricardo Tavares no seu livro Gestão do conhecimento,

Educação e Sociedade do conhecimento diz que:

“Entretanto, faz-se necessário, num primeiro momento, conceituar o que se entende por informação, pois a definição exata dos termos é a condição necessária para todo e qualquer trabalho que tem um caráter cientifico. Por isso o primeiro passo é conceituar informação como sendo todo dado trabalhado, tratado e com sentido lógico e natural para quem o utiliza. A informação tem a função de exercer um impacto e influenciar sobre o julgamento e

3 RIOS, Mirivan Carneiro: O gestor escolar e as novas tecnologias. 2011, Disponível em < http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/educacao_foco/artigos/ano2011/gest_tec.pdf> p. 8.

15

comportamento do indivíduo, tentando moldar o seu receptor, fazendo diferença em sua perspectiva de inovação, criação e/ ou mudanças tanto para uma organização quanto para o próprio indivíduo. Para que isso ocorra, ela deve ser atualizada, caso contrário, tende a ser uma informação nada condizente ao contexto em que poderia ser utilizada. Isso vem ser corroborado por Davenport (1998), quando diz que informação é dado provido de relevância e propósito, requerendo análise e relação com o significado”.4

A utilização da ferramenta da informação de forma adequada vai dirimir as

decisões das situações. No âmbito da Educação pública, o Estado precisa fixar a

informação como um recurso para o desenvolvimento do mesmo, desenvolvendo

políticas de informação com estratégias e orientadores para fomentar o uso

eficiente de tal recurso para a sociedade e o meio em que ela se insere.

Quanto à visão estratégica da informação o autor Wolmer Ricardo Tavares

diz que:

“Para a informação se tornar vital na elaboração de estratégias, é necessário que esteja embasada na perspectiva semântica, na qual converge para o significado. É nessa perspectiva que ela tem relevância para a construção do conhecimento, e não na perspectiva sintática que está relacionada a uma considerável quantidade de informação que nem sempre é pertinente ao contexto para se criar novos conhecimentos. Uma vez definida a perspectiva em que a informação será trabalhada, será possível alavancar o conhecimento como bússola a nos orientar para um conhecimento profissional, pessoal e também para o crescimento da organização. Não é a informação propriamente dia que é importante para o indivíduo, mas o seu uso que a torna útil para o indivíduo e a sociedade”.5

1.2 CONCEITUAÇÃO DE CONHECIMENTO

Dentro do âmbito da sociedade do conhecimento vamos entendendo que o

mesmo é a informação captada e incorporada que utilizaremos nos meios sociais. 4TAVARES, Wolmer Ricardo: Gestão do conhecimento, Educação e Sociedade do conhecimento, São Paulo: SP, Editora Ícone, 2010, p. 19-20. 5TAVARES, Wolmer Ricardo: Gestão do conhecimento, Educação e Sociedade do conhecimento, São Paulo: SP, Editora Ícone, 2010, p. 21-22.

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Entende-se com isso que o conhecimento não é apenas uma reprodução

do âmbito real, mas uma edificação de cada indivíduo que transformou a

informação adquirida em elaboração do seu conhecimento.

A atitude originaria de novos conhecimentos são realizadas pelo indivíduo

acopladas de uma interação que o mesmo possui com o espaço social e os

demais.

O autor Wolmer Ricardo Tavares diz que:

“O conceito de conhecimento pode ser visto como uma capacidade humana; pode ser tácito e direcionado para a ação. Esse conhecimento se encontra em constante mutação, e seu conteúdo é revelado por meio de ações de competência individual. O conhecimento deve ser aplicado ao fazer e não mais ao ser, como era tratado pelos filósofos antigos. O conhecimento aplicado ao fazer foi defendido por Francis Bacon (1561-1626), o qual difundiu o conhecimento aplicável à ação, ou seja, os homens deveriam aprender coisas úteis e aplicáveis para o bem comum, o que acarretou em transformações sociais que marcaram a história do mundo ocidental. Para entender as transformações sociais, oriunda das ideias baconianas é necessário compreender que foi pelo conhecimento aplicado ao fazer e não ao ser, que o conhecimento se transformou em um recurso e em uma utilidade trazendo mudanças para a sociedade e transformando a estrutura social”.6

Conhecer entende-se por entender as dimensões sociais de forma extensa

e absoluta. O desenvolvimento do conhecimento não é retalhado, mas misturado,

conectado com todas as ações do ato informacional. Conhecemos de forma

elevada quando nos tornamos polivalentes no ato de conhecer.

O autor José Manuel Moran no seu livro Novas tecnologias e mediação

pedagógica diz que:

“Quanto mais mergulhamos na sociedade da informação, mais rápidas são as demandas por respostas instantâneas. As pessoas, principalmente as crianças e os jovens, não apreciam a demora, querem resultados imediatos. Adoram as pesquisas síncronas, as que acontecem em tempo real e que oferecem respostas quase instantâneas. Os meios de comunicação, principalmente a televisão, vêm nos acostumando a receber tudo mastigado, em curtas sínteses e com respostas fáceis. O acesso às redes eletrônicas também estimula a busca on-line da informação

6TAVARES, Wolmer Ricardo: Gestão do conhecimento, Educação e Sociedade do conhecimento, São Paulo: SP, Editora Ícone, 2010, p. 23-24.

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desejada. É uma situação nova no aprendizado. Todavia, a avidez por respostas rápidas, muitas vezes, leva-nos a conclusões previsíveis, a não aprofundar a significação dos resultados obtidos, a acumular mais quantidade do que qualidade de informação, que não chega a transforma-se em conhecimento efetivo”. 7

Diante disso é necessário que os profissionais de educação compreendam

através da sua eficiência de aperfeiçoamento que a entrada das tecnologias

midiáticas na educação deve contribuir para o entendimento do homem e do ser

social e evidenciar os meios que levam ao progresso do educando.

Deve-se entende que a relação de ensino-aprendizagem deve ser pautada

pela conversa e troca de informação e conhecimento, onde a busca pelo

conhecimento ocorra em locais com diversificadas interações sociais e culturais,

que provoque o raciocínio e o processamento das informações captadas

transformando-a em meios arraigados de conteúdo. Dessa forma se obtém um

cruzamento entre o que já possui e o que esta se edificando chegando assim ao

conhecimento.

O autor José Manuel Moran diz que:

“De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação ou experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, para confirmar o que já sabemos, para rejeitar determinadas visões do mundo, para incorporar novos pontos de vista. Um dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação significativa, a escolher as informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e a torná-las parte do nosso referencial”. 8

1.3 A INTERFACE EXISTENTE NA CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO E A

CIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO

7MORAN José Manuel, Novas Tecnologias e mediação pedagógica, Campinas: SP, Editora Papirus, 2000, p. 20-21. 8MORAN José Manuel, Novas Tecnologias e mediação pedagógica, Campinas: SP, Editora Papirus, 2000, p. 22-23.

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A comunicação é uma ciência que permite uma verdadeira interação com

outras determinadas ciências e a da educação é uma delas. Podemos perceber

isso quando José Manuel Moran fala em seu livro Novas tecnologias e medicação

pedagógica “A criança também é educada pela mídia, principalmente pela

televisão. Aprende a informar-se, a conhecer – os outros, o mundo, a si mesma -,

a sentir, a fantasiar, a relaxar, vendo, ouvindo, “tocando” as pessoas na tela,

pessoas estas que lhe mostram como viver, ser feliz e infeliz, amar e odiar. A

relação com a mídia eletrônica é prazerosa – ninguém obriga que ela ocorra; é

uma relação feita através da sedução, da emoção, da exploração sensorial, da

narrativa – aprendemos vendo as histórias dos outros e as histórias que os outros

nos contam”. 9

A comunicação e a educação é uma ciência de natureza interdisciplinar, por

isso sua facilidade em interagir com outras ciências, acoplada a ciência da

educação a comunicação se torna essencial para manter a ordem na sociedade

que precisa receber informações e por em prática no ambiente comunitário.

O sistema de políticas públicas acopladas à educação só funciona

permanentemente quando estes saem da esfera ideológica e efetivamente são

expostos e, consequentemente, é praticado pela população então podemos

perceber que a ação de políticas públicas é bastante conjunta com a educação e a

comunicação.

Temos que admitir que a comunicação seja um processo interligado

diretamente aos ideais de educação pública e as políticas públicas atuantes no

Estado.

Na sociedade contemporânea as estruturas comunicacionais estão

diretamente ligadas aos tipos de políticas públicas de educação, especialmente

nas que atuam diretamente sobre a população.

As políticas são rodeadas pela expressão do individuo ter direito ao

conteúdo da informação e direito à educação.

9MORAN José Manuel, Novas Tecnologias e mediação pedagógica, Campinas: SP, Editora Papirus, 2000.p.33.

19

Conforme diz o texto de Eleonora Schettini M. Cunha.

“As políticas públicas têm sido criadas como resposta do Estado às demandas que emergem da sociedade e do seu próprio interior, sendo a expressão do compromisso público de atuação numa determinada área a longo prazo”.10

Com isso começamos a percepção de como a educação esta diretamente

relacionada com as constantes mudanças do mundo principalmente se tratando

de comunicação e as novas tecnologias, podem considerar que as formas de

comunicar e suas ferramentas se transformam em todo o mundo influenciando a

sociedade.

Sendo assim a administração escolar e sua equipe que compõem o

ambiente educacional passam a pensar a organização dos que compõem,

participam e integram tal ambiente mediando às relações entre alunos,

professores, pais, coordenadores e todos os profissionais que participam do

espaço escolar objetivando o bem comum da educação.

Estas mediações acontecem de forma diversificada com a utilização de

meios comunicacionais muitas vezes com o uso das novas tecnologias como troca

de e-mails, de mensagens instantâneas, murais, panfletos, ferramentas físicas e

virtuais gerando efeitos na eficiência e eficácia da administração escolar e seu

ambiente.

Diante disso é notória a necessidade de adequação dos atores

educacionais as formas de comunicação e as novas tecnologias no cotidiano

educacional.

10 CUNHA, Eleonora Schettini M. Políticas Públicas Sociais, Belo Horizonte: Editora UFMG; Proex, 2002. p.12. .

20

CAPÍTULO II

DEFINIÇÃO DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO E SEUS

OBJETOS DE ESTUDO

Na cultura grega o objetivo da Paideia era a formação proporcional do

homem em relação a seu cotidiano na polis tendo como norteador o

desenvolvimento da consciência e do corpo.

A palavra educação é proveniente do latim educare com o significado de

“conduzir para fora” ou “direcionar para fora”, tal termo é composto pela união do

prefixo ex, que possui o significado “fora”, e ducere, que quer dizer “levar” ou

“conduzir”.

O conceito do termo “conduzir para fora” ou “direcionar para fora” era

utilizado com sentido de organizar as pessoas para viver em sociedade, ou seja,

direciona-las para fora de si mesmas, demostrando as desigualdades que existe

na sociedade.

A formação do indivíduo acontece através da atitude consciente do

educador atrelada a espontaneidade do educando procurando desenvolver as

competências em inúmeras áreas do conhecimento.

O autor José Manuel Moran no livro novas tecnologias e mediação

pedagógica diz que:

“Há uma preocupação com ensino de qualidade mais do que com educação de qualidade. Ensino e educação são conceitos diferentes. No ensino organiza-se uma série de atividades didáticas para ajudar os alunos a compreender áreas específicas do conhecimento (ciências, história, matemática). Na educação o foco, além de ensinar, é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, a ter uma visão de totalidade. Educar é ajudar a integrar todas as dimensões da vida, e encontrar nosso caminho intelectual, emocional, profissional, que nos realize e que contribua para modificar a sociedade que temos”. 11

11MORAN José Manuel, Novas Tecnologias e mediação pedagógica, Campinas: SP, Editora Papirus, 2000, p. 12.

21

A comunicação é uma ciência que estabelece atos de ensino e de

confrontos de idéias. Existe a maneira “popular” de entender a comunicação que é

o diálogo entre aparelhos, pessoas, animais e etc. que fazem o papel de emissor e

receptor e vice e versa “popularmente” também entendemos como comunicação a

maneira gestual, visual e a comunicação nos meios de massa.

O autor Luiz Martino no seu livro teorias da comunicação diz que:

“O termo comunicação vem do latim communicatio, do qual distinguimos três elementos: uma raiz munis, que significa “estar encarregado de”, que acrescido do prefixo co, o qual expressa simultaneidade, reunião, temos a idéia de uma “atividade realizada conjuntamente”, completada pela terminação tio, que por sua vez reforça a idéia de atividade. E, efetivamente, foi este o seu primeiro significado no vocabulário religioso aonde o termo aparece pela primeira vez”.12

A comunicação é um meio de interação entre os seres humanos, é um tipo

de processo onde determinadas pessoas dividem as mesmas relações de

pensamento. Por se tratar de uma ciência cujos objetos de estudos são os

processos comunicacionais a comunicação interage diretamente e indiretamente

com outras ciências sociais, para definir efetivamente o objeto de estudos da

comunicação é necessário que se tenha bastante empenho, pois é bastante

comum que o objeto de estudos da comunicação se confunda com os de outras

ciências.

A interdisciplinaridade está inerente nos processos comunicacionais, pois a

facilidade da ciência da comunicação interagir com outras disciplinas é bastante

evidente.

2.1 AS DIVERSAS FORMAS DE COMUNICAR E DE INTERAGIR A

COMUNICAÇÃO COM EDUCAÇÃO

12Martino, Luiz C: Teorias da comunicação: conceitos, escolas e tendências, Petrópolis: RJ, Editora Vozes, 2001, p. 12-13.

22

Diante da sociedade da informação, reaprendemos a comunicar-nos e

consequentemente a ensinar. Reaprendemos a unir o individual com o coletivo, o

particular com o social e o humano com o tecnológico.

A influência das mídias expansivamente em nossas vidas, em variadas

atividades construiu uma revolução na educação aonde o aluno antes de chegar

ao ambiente educacional já passou por processos educacionais significativos tanto

pela família quanto pela mídia.

Diante disso é indispensável um desfrutar melhor dos meios de

comunicação como instrumento de ensino no ambiente educacional com um papel

no processo de ensino-aprendizagem, como instrumento interceptor do saber

entre o educando e o educador, educando e sociedade e educando e o ambiente

educacional e que possibilite que educadores, educandos e os gestores

educacionais redescubram um novo processo de conhecimento.

A diversidade que existe na ciência da educação de interagir com outras

ciências, é bastante semelhante com a diversidade que existe na forma de

comunicar que a comunicação tem com outras ciências.

No livro Sociologia da comunicação Philippe Breton e Serge Proulx falam

das mídias de massa e as tendências políticas:

“Até 1940, os pesquisadores interessados pela mídia, quaisquer que fossem suas tendências políticas, concordavam que a impressa, o cinema e o rádio podiam exercer grande influência nas pessoas: acreditava-se que essas mídias podiam transformar significativamente as atitudes e os comportamentos dos indivíduos como eleitores ou consumidores”.13

Muitas áreas das ciências humanas estão interligadas direta e

indiretamente com a comunicação, como é o caso da sociologia e a educação.

Algumas correntes da comunicação a partir dos anos 60 procuraram acoplar em

seus estudos a idéia sociopolítica no contexto de compreender os efeitos

midiáticos. Já no início dos anos 70 alguns pesquisadores atribuíram seus

pensamentos aos dos neomarxistas e marxistas e acoplaram esses pensamentos

13Breton Philippe, Proulx Serge. Sociologia da comunicação, São Paulo: SP, Editora Loyola, 2002. p.129.

23

as dinâmicas da comunicação na sociedade. Logo após esses momentos, alguns

pesquisadores juntaram a idéia de indústria cultural de Adorno na escola de

Frankfurt com a comunicação e a sociedade, levando as discussões inerentes à

idéia de espaço público.

No livro Sociologia da comunicação Philippe Breton e Serge Proulx falam

da comunicação do século XX:

“O século XX se caracteriza pela explosão da comunicação e de suas técnicas no campo político. A grande descoberta que farão os homens políticos será a onipotência da argumentação política para a informação das multidões, mas também, sobretudo, para sua manipulação. Como vimos, as ciências sociais da comunicação sem dúvida devem seu nascimento em parte a essa tomada de consciência. A intensidade dos fenômenos ligados à comunicação política, à propaganda e à desinformação é tal, na primeira parte do século XX, que muitas pesquisas em comunicação, e não apenas em comunicação política, serão marcadas pelo desejo de compreender os efeitos das novas técnicas sobre aqueles que a eles estão submetidos”.14

A diversidade da comunicação leva a um aprofundamento de estudos que

se acoplam a outras ciências da sociedade.

Para que a sociedade entenda a totalidade que a ciência da comunicação

adquiriu entre a humanidade, é inevitável que voltemos ao período do pós-guerra.

A idéia moderna de comunicação se permeia bastante por aspectos

políticos e sociais.

Os momentos de crescimento nos critérios de desenvolvimento da

comunicação dentro da história são proporcionais aos períodos de crescimento

das questões sociais e educacionais na sociedade. Após o período de guerra a

comunicação dentre os aspectos midiáticos e tecnológicos se desenvolveram

significavelmente.

As problemáticas da filosofia também têm seus estudos acoplados à

comunicação quando ela é utilizada para estabelecer um ideal comparativo do

homem com outros animais e se aprofundar especificamente das relações

essências humanas entre o mundo concreto e o abstrato.

14Idem, Ibidem op.cit. p.211.

24

As problemáticas psicológicas quando acopladas a comunicação, podem

ganha um aspecto social antropológico e de interesse do conhecimento.

O autor Luiz Martino no seu livro teorias da comunicação diz que:

“...A natureza interdisciplinar dos estudos de comunicação deve ser interpretada como o concurso de disciplinas independentes (Sociologia, Psicologia, Lingüística...) que guardam seus interesses específicos, ou como uma síntese desses saberes, fundando portanto um objetivo e um objeto particular? Não resta dúvida que somente esta última alternativa pode servir à implantação da comunicação, se se trata realmente de falar de uma disciplina autônoma e não de um certo tema recorrente, comum a um certo número de disciplinas independentes”.15

2.2 A EDUCAÇÃO E A COMUNICAÇÃO JUNTO AS QUESTÕES

SOCIAIS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

É notório que as novas tecnologias são um fator relevante na comunicação

da sociedade contemporânea, e a educação pública vem utilizando os novos

meios tecnológicos também para expor suas questões, como por exemplo, as

redes sociais e os grupos de discussões virtuais. É certo que com a globalização a

população vem tendo mais acesso a essas novas tecnologias, porém ainda está

longe dos países considerados subdesenvolvidos terem uma real introdução de

sua população ao mundo digital, esses países ainda possuem muitos analfabetos

digitais.

Philippe Breton e Serge Proulx falam dos novos territórios da comunicação:

“Três grandes territórios delimitarão, a partir dos anos 50, a área das técnicas de comunicação social: as mídias, as telecomunicações e a informática. O agrupamento dessas técnicas sob a mesma palavra, ”comunicação”, não deve mascarar suas diferenças essenciais, tanto no plano conceitual como no antropológico. Antes de examinar como nasceu a ideologia da comunicação que serve de “ligante” a esse conjunto às vezes díspar, é preciso recensear essas diferenças e ao mesmo tempo registrar o progresso da corrente “digital”, que tende a homogeneizar as técnicas de comunicação e submetê-las

15Martino, Luiz C: Teorias da comunicação: conceitos, escolas e tendências, Petrópolis: RJ, Editora Vozes, 2001, p. 36.

25

inteiramente à “cultura da evidência racional”, em detrimento dos aspectos tradicionais da “cultura da argumentação”.16

Hoje com o advento do ciberespaço, pode tanto o receptor da mensagem

ser o autor como o autor, pode ser o receptor das mensagens divulgadas no

mundo virtual, porém existe uma dificuldade de viabilização das informações

postadas neste ciberespaço, justamente pelo fato de qualquer pessoa que estiver

inserida no mundo virtual poder divulgar informações sobre determinado assunto.

Nos últimos anos, houve algumas modificações nos novos meios

tecnológicos, tendo, a sociedade, sofrido reflexos significativos.

As tecnologias da informação são fatores decisivos para a evolução das

novas mídias e os meios educacionais sejam universidades e escolas precisam

debater essa questão – a interferência dos meios de comunicação no cotidiano

educacional da população-.

Com a inserção das tecnologias da informação e comunicação no cotidiano

educacional o educador e o gestor educacional comprovam a sua posição como

fomentador da aprendizagem acoplado ao pensamento crítico, do moderador do

processo de ensino-aprendizagem consciente entre os meios tecnológicos e a

produção do conhecimento.

O autor José Manuel Moran no livro novas tecnologias e mediação

pedagógica diz que:

“Na sociedade da informação, todos estamos reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar; reaprendendo a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o individual. O grupal e o social. É importante conectar sempre o ensino com a vida do aluno. Chegar ao aluno por todos os caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação (dramatização, simulações), pela multimídia, pela interação on-line e off-line. Partir de onde o aluno está. Ajudá-lo a ir do concreto ao abstrato, do imediato para o contexto, do vivencial para o intelectual. Professores, diretores e administradores terão que estar permanentemente integrados ao processo de atualização por meios de cursos virtuais, de grupos de discussão significativos,

16Breton Philippe, Proulx Serge. Sociologia da comunicação, São Paulo: SP, Editora Loyola, 2002. p.91.

26

participando de projetos colaborativos dentro e fora das instituições em que trabalham. Tanto nos cursos convencionais como nos cursos a distancia teremos que aprender a lidar com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal, emocional e intelectual mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a mudar nossas ideias, nossos sentimentos e nossos valores onde isso se fizer necessário”.17

Em analise as tais atribuições do gestor educacional percebemos a

amplitude da função do mesmo que penetra em âmbitos diversos como o

administrativo, o financeiro, o pedagógico dentre outros. Diante disso, é

incontestável a utilidade das ferramentas de comunicação e as novas mídias para

a execução dos procedimentos rotineiros a tal função permitindo o acesso a

informação, o andamento da administração e o alcance das demandas no

ambiente escolar.

Mirivan Carneiro Rios diz que:

“Ao Gestor escolar cabe a capacidade de planejamento, liderança, iniciativa, de criação de espaços e clima de reflexão e experimentação, pois a gestão escolar consiste num espaço de mobilização da competência e do envolvimento das pessoas coletivamente para que, por sua participação ativa e competente, promovam a realização dos objetivos educacionais. A transformação da escola acontece com maior freqüência em situações nas quais diretores e comunidade escolar (funcionários, professores, alunos, pais e comunidade) se envolvem diretamente no trabalho realizado em seu interior”.18

Com o desenvolvimento da comunicação nos órgãos governamentais e o

conceito de novas tecnologias acoplado ao desenvolvimento da educação foi

exposto a uma parcela da população algumas propostas metodológicas da

educação nas novas mídias.

17MORAN José Manuel, Novas Tecnologias e mediação pedagógica, Campinas: SP, Editora Papirus, 2000, p. 61. 18 RIOS, Mirivan Carneiro: O gestor escolar e as novas tecnologias. 2011, Disponível em < http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/educacao_foco/artigos/ano2011/gest_tec.pdf> p. 4.

27

As questões tecnológicas adquiriram um papel bastante importante na

sociedade contemporânea diferente do que se via em outras épocas onde esses

fatores ainda eram de difícil compreensão tanto da sociedade quanto de alguns

educadores que ainda estudavam como poderia equilibrar o processo de ensino-

aprendizagem e as novas tecnologias.

As organizações da sociedade contemporânea têm sua variante mais

explicitamente quando se trata de movimentação geográfica e social. Diante disso

as organizações públicas possuem o desafio de se manter junto de tais variações

mantendo a qualidade dos serviços prestados a sociedade, porém, muitas, vezes

verbas de investimento que teriam que ser destinadas à educação pública, não

têm seus destinos finais, então, criar-se-ia um distanciamento entre estas

organizações e a sociedade que se acopla à idéia de insatisfação aos serviços

prestados por tais organizações.

Observar a evolução social e acompanhar as novas estruturas desta

sociedade é um assunto tanto para o cidadão como para o governo. Governo este

que tem que provir aos seus indivíduos o exercício de ser cidadão.

O bem de ordem pública carrega a característica inerente de liberdade e de

inserção da sociedade, sem nenhuma forma de exclusão, dando o direito de

qualquer pessoa utilizar seus serviços, porém em nossa sociedade, existe um bem

público com alto teor de exclusão e com um acesso restrito, tanto quando se fala

em serviços, em educação como quando se fala em informação.

Na sociedade contemporânea as estruturas comunicacionais estão

diretamente ligadas aos tipos de políticas públicas de educação, especialmente

nas que atuam diretamente sobre a população, Vera Veiga França no livro teorias

da comunicação diz que:

“A comunicação tem uma existência sensível; é do domínio do real, trata-se de um fato concreto de nosso cotidiano, dotada de uma presença quase exaustiva na sociedade contemporânea. Ela está aí, nas bancas de revista, na televisão da nossa casa, no rádio dos carros, nos outdoors da cidade, nas campanhas dos candidatos políticos e assim por diante”.19

19Martino, Luiz C: Teorias da comunicação: conceitos, escolas e tendências, Petrópolis: RJ, Editora Vozes, 2001.p.39.

28

2.3 O PAPEL DO EMISSOR E DO RECEPTOR NO ATO

COMUNICACIONAL

Os seres-humanos na sociedade sobrevivem através de suas interligações,

precisam se comunicar e interagir para a construção da sociedade no qual irão

habitar, do mesmo modo que os seres-humanos a comunicação se entrelaça em

novas disciplinas para trazer novos modelos para a mesma.

No texto de Luiz C. Martino ele faz uma analogia com os ideais sociais, e

aborda o presente e o passado da sociedade se apropriando do conceito de Max

Weber:

“Max Weber sintetiza muito bem a questão ao indicar a profunda alteração no modo de inserção do indivíduo na coletividade(...)De estrutura muito mais complexa, a organização em forma de sociedade pressupõe o convívio de uma multiplicidade de comunidades que, por vezes, chegam a se recobrir parcialmente, e cuja forma é dada, em grande parte, pela divisão social do trabalho e pelos grupos de afinidades, mas que não se restringe a este único aspecto. Trata-se de um aglomerado de comunidades mais ou menos efêmeras, que refletem, na realidade, as múltiplas associações circunstanciais que o individuo estabelece ao longo de suas relações com grupos locais(...) no processo de formação de sua identidade”. 20

Diante disso, o indivíduo não tem seu processo de coletividade e nem seu

próprio eu permeados pela tradição e, sim, deve construí-lo a partir de processos

coletivos e espontâneos em grupo.

Com a entrada do símbolo do interlocutor das mensagens, os educadores e

gestores educacionais, é exposto o valor que possui o mediador e o receptor da

mensagem, pois é um contato direto que o educador tem com o educando e

automaticamente é uma forma de comunicar bastante eficiente.

As políticas de educação são rodeadas pela expressão do individuo ter

direito ao conteúdo da informação e direito à educação.

A comunicação e a educação possuem modelos importantes para nossa

compreensão da relação que existe entre as instituições educacionais e a

20Martino, Luiz C. op.cit p.32-33.

29

sociedade, porém devem ser observados e correlacionados e não analisados de

forma isolada.

O receptor é uma figura tão importante quanto o emissor no ato

comunicacional, pois ele irá interpretar a mensagem através de suas vivencias

sociais, de seus interesses e de sua visão educacional, então o ato

comunicacional não será matemático e sim sofrerá influências do receptor na

maneira que este próprio irá interpretar as mensagens.

Diante disso, os efeitos da mídia e da mensagem serão diversificados,

perante o individuo que terá contato com esta mensagem, quanto aos seus

costumes, cultura e diversidade.

Hoje o estágio que se encontra a comunicação é a interpretação individual

de cada individuo, inclusive podendo este em alguns meios de comunicação

expressar seus ideais e seu próprio entendimento perante a mensagem, entrando

por muitas vezes no papel de emissor e ao mesmo tempo de receptor.

Com uma visão favorável desse ato comunicacional entre receptores e

emissores modificando de função e até mesmo mantendo as duas funções, é de

que as mensagens ganham uma proporção amplificada e transformam os

assuntos em debates massivos, mesmo quando se trata de informações

segmentadas e bastante resumidas.

Porém com uma visão negativa, poderíamos indagar se, a diversidade de

interpretações da mensagem não alteraria por completo a natureza de uma

mensagem de grande valor para o coletivo.

No texto de Philippe Breton e Serge Proulx ele fala das mensagens de

receptor e emissor:

“Assim, além das categorias clássicas da deformação voluntária, é preciso acrescentar o amplo espectro dos “atos de informação falha” que Andréas Freund descreve, o qual engloba todas as disfunções, voluntárias ou não, geradas pelo desvio midiático. A questão é então saber por que o desvio midiático se impõe com tal força. O jogo nesse caso talvez seja ideológico, no sentido de que a mídia e a crença em suas virtudes democráticas constituiriam o núcleo de uma nova utopia, a da “sociedade da comunicação”. 21

21Breton Philippe, Proulx Serge. Sociologia da comunicação, São Paulo: SP, Editora Loyola, 2002. p.227. .

30

O ideal de comunicação nas novas tecnologias é de um receptor

(educando) bastante ativo, com informações inéditas ou complementares de um

determinado assunto.

O acesso à informação e a inclusão digital foram fatores determinantes para

a mudança do significado de que o emissor “apronta” a mensagem e o receptor

apenas a recebe sem ocasionar nenhum ruído nesta mensagem. No ambiente

digital à exposição de informações em determinados lugares pode ser feita e lida

por qualquer pessoa.

31

CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO

PÚBLICA

A importância da informação na educação pública é tão relevante, que

possui como sinal algumas transformações que influenciaram e continuam a

influenciar a sociedade.

Não é possível fugir da inevitabilidade de integrar informação e educação

visto que ambas são importantes na metodologia de criação e transmissão de

conhecimento aliado à cultura.

A informação atrelada à prática educativa ganha um novo significado de

não apenas informar, mas também de formar os indivíduos.

O autor Wolmer Ricardo Tavares no seu livro Gestão do conhecimento,

Educação e Sociedade do conhecimento diz que:

“O conhecimento é derivado da informação seja por comparação, experimentação, por conexão com outros conhecimentos e até mesmo por meio de outras pessoas, pelo compartilhamento de ideias e experiências. Sua transmissão se dá por intermédio de meios estruturados, como vídeos, livros, documentos, entre outros. Ele pode nos dar uma capacidade de agir e de influenciar outras pessoas para que ajam de acordo com seu desejo. Por intermédio do processo de saber, os seres humanos dão sentido à realidade à sua volta, categorizando-a em teorias, métodos, sentimentos, valores e habilidades. Além do mais, o conhecimento é um agrupamento articulado de informações por meio da legitimação empírica, cognitiva e emocional que leva o homem a agir, mas somente quando se trata de um conhecimento útil, ou seja, aplicável a uma ação”.22

Tendo em vista as constantes mudanças que ocorrem no mundo, as

informações chegam em alta velocidade e as tecnologias da informação

apropriam-se cada vez mais de seus interesses fundamentais na sustentação de

ambientes vinculados a aprendizagem.

22TAVARES,Wolmer Ricardo: Gestão do conhecimento, Educação e Sociedade do conhecimento, São Paulo: SP,Editora Ícone,2010, p. 26-27.

32

O autor José Manuel Moran no seu livro Novas tecnologias e mediação

pedagógica diz que:

“Processamos a informação de várias formas, segundo o nosso objetivo e o nosso universo cultural. A forma mais habitual é o processamento lógico-sequencial, que se expressa na linguagem falada e escrita, em que vamos construindo o sentido aos poucos, em sequencia espacial ou temporal, dentro de um código relativamente definido que é o da língua, com maior liberdade na fala e na escrita pessoal ou coloquial. A construção se dá aos poucos, em sequência concatenada. O contexto oculta-se e revela-se na leitura progressiva. Tanto a escrita quanto a leitura dependem das habilidades de fazer julgamentos, estabelecer comparações, relações e de comunica-los aos outros. Adquirir habilidade na linguagem significa ter, ao mesmo tempo, adquirido a lógica e a sintaxe que estão inseridas nessa linguagem”.23

Da época da segunda guerra para os dias atuais, muita coisa mudou no

âmbito da comunicação e da educação. Com o advento das novas mídias o

receptor pode ser um interlocutor da mensagem e a sociedade é formada por

diversas vozes, onde nenhum tipo de comunicação deve ser idealizado de

maneira restrita.

No âmbito da educação, a comunicação carrega um objetivo social, de

direitos e deveres dos cidadãos. Possui um ideal de melhora no sistema de

educação pública e a participação da sociedade tem como consequência a

melhora da educação em termos gerais, por isso a necessidade de uma

comunicação bem exposta onde é fundamental a participação do indivíduo. Diante

disso, esta comunicação, não pode ter apenas como estratégia a persuasão, nem

querer apenas divulgar uma ideia, tem que implementar debates com cunho social

para a população e distribuir informações capazes de garantir a esta população

uma efetiva participação nas políticas de educação pública.

Tanto no âmbito da educação como na comunicação terá que existir um

conceito de universalidade tendo assim o direito de educação e informação para

todos.

23MORAN José Manuel, Novas Tecnologias e mediação pedagógica, Campinas: SP, Editora Papirus, 2000, p. 18-19.

33

A comunicação descentralizada e com distribuição diversificada é uma nova

forma de comunicação que deve ser aplicada no âmbito da educação, o poder da

informação não deve ficar apenas concentrado nas instituições públicas. Com esta

descentralização a tomada de decisões sobre como se comunicar, para quem,

como e onde será mais desenvolvida.

Alguns meios de comunicação de massa com sua relevância de poder

perante a sociedade, muitas vezes tomam a frente dos órgãos governamentais

específicos de determinado assunto, solucionando problemas de cidadãos quando

o órgão responsável é que deveria esta dando este suporte, diante disso vemos o

quanto é importante os meios de comunicação de massa na divulgação de

informações sobre a educação pública.

As prolongações do âmbito da educação dão a esfera da descentralização

da informação e a participação da população como determinantes para os

aspectos administrativos que as esferas públicas devem acatar. Tanto o

Município, como o Estado e a União devem se responsabilizar pela organização,

planejamento e avaliações dos modelos comunicacionais e educacionais expostos

para a população. Por isso a importância da descentralização dos modelos

comunicacionais, para a facilidade de acesso de diversas comunidades a

informações relevantes quando se trata do tema educação.

O ideal da informação no âmbito da educação pública é identificar os

problemas coletivos da sociedade, e divulgar informações disponibilizando

subsídios para a concretização das situações observadas na sociedade, com isso

a população receberá um significativo papel na diminuição de problemas de

educação pública acoplada ao governo.

A informação na educação pode ser considerada como um meio de

organizar e por em prática procedimentos para o processo de ensino-

aprendizagem da população.

Dentre as esferas públicas é de competência tanto do Estado como a União

e o Município a pratica e coordenação da comunicação na educação.

A importância da informação na educação pública vai muito além de dados

numéricos, se trata de enfatizar o ideal do estado sendo detentor próprio da

34

informação, tem que haver uma relação de idéias de modelos comunicacionais

entre todas as esferas públicas.

A informação precisa ter âmbito nacional, mas também precisa ser

direcionada para os problemas que uma parcela de educandos esteja passando,

com isso à importância da informação na educação pública deve ser discutida

pelas três esferas governamentais, cabendo a cada um deles a responsabilidade e

o modelo de atuação na sociedade.

O que é importante manter é uma padronização na maneira de comunicar,

salvando-se apenas modificações regionais para o melhor entendimento, da

população com as informações destinadas a eles, porém o que vemos ainda é a

falta de acompanhamento padronizado entre as esferas, seja em periodicidade,

qualidade e modelos adotados de comunicação.

A integração entre as esferas públicas governamentais é extremamente

importante para o sucesso da informação na educação pública; sem esta

integração é difícil que se consiga alcançar uma informação adequada e eficiente

capazes de atender as necessidades tanto do governo como o da população.

É de extrema importância que as informações divulgadas pelos órgãos

governamentais sejam confiáveis e de utilidade, diante disso cada esfera deverá

ser responsável pelo processo comunicacional de toda estrutura da informação

necessária para por em prática as atribuições de sua responsabilidade. Existe

uma importância para que os órgãos governamentais trabalhem com um ideal

aberto de informação, adotando uma flexibilidade e permitam que a informação

chegue à população.

É fundamental conhecer quem são os indivíduos que irão utilizar a

informação e do que eles precisam, para estabelecer prioridades no ato

comunicacional. É necessário que as esferas públicas empunhem suas

informações, e disponibilizem dados, para que exista uma troca de experiências

entre os indivíduos e uma interligação entre as áreas de conhecimento.

3.1 A MANEIRA DE COMUNICAR A EDUCAÇÃO PÚBLICA E A

ESPETACULARIZAÇÃO DA MÍDIA

35

As mensagens que serão destinadas ao público, principalmente quando se

fala em comunicação governamental precisam ser bem exposta para a sua

compreensão e tais organizações precisam acompanhar as mudanças da

sociedade.

No texto de Gilda Maria A. Alves dos Anjos, a autora fala dessa mobilidade

social quando diz que:

“A grande mobilidade social geográfica observada na sociedade contemporânea passa a interferir indiretamente no ritmo das organizações. A globalização amplifica as relações sociais e encurta distâncias, fazendo com que aquilo que é local sofra uma forte influência dos fatos que ocorrem a muitos quilômetros. Isso não é diferente nas organizações públicas, ou seja, naquelas que oferecem serviço público: elas são o reflexo da sociedade, na medida em que é a própria sociedade que as alimenta. Hoje as organizações tem um grande desafio, que é acompanhar a velocidade das mudanças sociais e avaliar a complexidade do ambiente no qual estão inseridas”.24

O que se precisa no ato de comunicar a educação pública, é a exposição

literalmente pública de assuntos abertos a discussões e debates e não um ideal

de informação restrita e alienada. Tem que expor idéias objetivas e relevantes

para o cidadão, pois diante disso este poderá participar intimamente de decisões e

questões que lhe afetam em seu dia-a-dia.

A informação no contexto público possui um significado de disponibilizar a

sociedade a prática de cidadania, não expondo apenas assistência a serviços

públicos, mas também repartindo com a sociedade as atribuições dos resultados

das organizações e do governo.

Mantendo o cidadão alienado, se mantém o mesmo distante do governo,

pois este não conhece suas necessidades, suas prioridades e ideais e com isso

não conseguem ter voz.

Dentro da cultura do espetáculo nas organizações públicas, nasce uma

espécie de dependência do cidadão a aquele que irá comandar algum órgão ou

24Coelho Cláudio Novaes Pinto, Castro Valdir José de, Alves, Gilda Maria A. Alves. Comunicação e Sociedade do espetáculo em Sociedade do espetáculo e comunicação governamental, Editora Paullus, 2006. Mestre em comunicação e mercado pela Faculdade Cásper Líbero. Assessora de comunicação p.185.

36

até mesmo o Governo e este irá ser responsável sobre o futuro desta sociedade

tanto nos aspectos positivos, quanto nos negativos.

Os meios comunicacionais de massa não possuem um posicionamento

perante a sociedade imponente de convencimento, tendo em vista que o público

não é extremamente passivo e sim existe uma verdadeira voz tanto para o

emissor como para o receptor da mensagem; diferente do que acontecia em

meados da segunda guerra mundial onde o modelo comunicacional era o modelo

teórico matemático, com mensagens emitidas para um receptor através de

códigos para que estas não tivessem ruídos formando assim indivíduos

massificados.

Como vemos no livro sociologia da comunicação os autores Philippe Breton

e Serge Proulx fazem uma análise sobre a teoria das recepções:

“A análise exaustiva dos mecanismos semióticos pelos quais o sujeito-receptor negocia o sentido do texto midiático inscreve-se em um programa mais amplo de compreensão da função ideológica da mídia.(...) Até o inicio da década de 1980, o modelo “vertical” da comunicação (ou seja: um emissor influencia unilateralmente um receptor que só tem por recurso ser passivamente “bombardeado” pela mídia) era unanimidade no interior da tradição critica.(...) Muitos pesquisadores interessados pela dominação do modelo norte-americano na circulação internacional dos produtos culturais o descobrem no trabalho de decodificação que se faz nos pontos de recepção. Insiste-se na importância do sujeito-receptor, ativo em um processo de construção social dos significados das mensagens”. 25

O que acontece nos meios de comunicação de massa é que com sua

importância de poder dentro da sociedade, muitas vezes tomarão a frente dos

órgãos governamentais, solucionando problemas desta sociedade quando o órgão

responsável que deveria esta dando suporte para a sociedade. O que irá

acontecer dentro da cultura do espetáculo nas organizações públicas, é que vai

nascer uma dependência da sociedade a determinados órgãos governamentais,

tanto da esfera Federal, Municipal como a Estadual e estes serão responsáveis

pelo futuro desta sociedade tanto nos aspectos positivos como no negativo.

25Breton Philippe, Proulx Serge. Sociologia da comunicação, São Paulo, SP, Editora Loyola, 2002. p.178.

37

Um dos veículos midiáticos de maior penetração na sociedade é a

televisão.

Com a globalização e o acesso a informação sendo disponibilizado para

pessoas de todos os lugares e de todas as idades, o conteúdo das informações

preocupa muitas pessoas da sociedade por muitas vezes estas informações

serem utilizadas de maneira errada.

O que prevalece socialmente nos aspectos informacionais muitas vezes é a

lógica mercadológica e lucrativa e não a de contextualização de informação para

realmente manter a sociedade conscientizada de seus direitos e deveres. Muitos

estudiosos questionam os modelos comunicacionais da sociedade que possuem

discordância nos valores sociais, morais e éticos que estas informações carregam.

Muitas dessas informações não possuem o modelo ideal de informação e

compreensão e acabam caindo no grotesco midiático nos meios de comunicação

de massa. O que diferencia as mudanças na comunicação esta relacionadas com

o ideal de globalização e a quantidade de informação que os meios de massa

expõem para as pessoas.

Em algumas informações a realidade não é exposta na mídia, porém ao

expor às notícias a mídia em determinados momentos coloca ou não ênfase em

determinados aspectos, e com isso além de informar entoa um sentido aos fatos,

com isso a mídia pode ser vista como positiva ou negativa pela população. Os

meios comunicacionais dão uma maior visibilidade a alguns assuntos e as

problemáticas sociais no âmbito da educação não são bem divulgadas. A mídia

quando espetaculariza uma informação automaticamente ela esta banalizando o

sentido social que possui uma informação destinada para os aspectos sociais de

educação.

Desse modo a mídia pode estar sendo uma ferramenta de propagação do

ideal de falta de princípios sociais que a população deve ter em relação à

educação, por isso os meios de comunicação precisam estar sempre avaliando

sua maneira de expor as informações, principalmente às comunidades carentes

de informação e princípios educacionais tendo em vista que ela exercerá um papel

extremamente importante no comportamento de cada individuo.

38

O que se precisa encontrar é um equilíbrio entre o ideal de educação

pública e a maneira de divulgar seus aspectos na mídia. A capacidade de

relacionamento entre as duas ciências tem que ser bem exploradas tantos por

profissionais de uma área quanto da outra, a decodificação das mensagens deve

possuir uma fácil assimilação. A sociedade precisa estar capacitada para escolher

os meios midiáticos a qual ela vai ter como referência de informação.

Muitas vezes a mídia traz uma intenção em transformar “atores e

informações midiáticos” em verdadeiros “astros” e é essa maneira de comunicar

que banaliza as informações destinadas a educação pública. Essa lógica de

espetaculariação faz dos telejornais, jornais, revistas, etc. Um verdadeiro

espetáculo midiático, composto por pessoas comuns que serão aos poucos

modificados em pessoas com um verdadeiro poder de dominação sobre outras

pessoas comuns.

As informações de caráter de educação pública possuem uma maneira de

notícia e informação com um senso político e social bastante inerente, porém em

alguns meios de comunicação a maneira que são expostas às informações

ultrapassa o poder de informar e acabam na condição de espetáculo na forma de

comunicar.

Existe na atualidade uma tendência de espetacularização na mídia, alguns

estudiosos dizem que esta tendência de espetacularização é entoada pela enorme

quantidade de veículos comunicacionais que não se interessam mais em informar

e sim explorar temas e informações grotescas focalizando suas intenções nas

grandes audiências.

Criar-se-ia um tipo de culto às informações banalizadas, construindo uma

espécie de relação entre o receptor e o emissor que expõem informações com

conteúdos desnecessários.

Muitas vezes no âmbito da educação no ato comunicacional tentam

idealizar heróis que irão acabar com os problemas que atingem a sociedade,

porém as verdades das ações em alguns momentos chegam à esfera da

encenação e os cidadãos acabam se tornando personagens desses grandes

shows business que algumas mídias de massa insistem ainda em fazer.

39

Apesar de manter o ideal de realidade alguns órgãos governamentais

quando precisam dar seu parecer perante alguma informação relacionada à

educação pública, acabam interpretando personagens definidos por pessoas

especialmente preparadas para expor informações com ideal de audiência. A

encenação da vida real faz com que a mídia exponha as informações, mantendo

uma dinâmica teatral.

No texto do livro comunicação e sociedade do espetáculo Gilda Maria A.

Alves dos Anjos, fala da espetacularização governamental quando diz que:

“As estratégias de comunicação que serviriam para apresentar as ações governamentais e assim oferecer à sociedade informações necessárias para se possibilitar o controle das organizações têm o foco apenas na pessoa do realizador. O enredo é cuidadosamente trabalhado e apresentado com imagens fragmentadas, através das quais não se produz um diálogo, pois o que se apresenta é uma sucessão de imagens dramatizadas e vazias de significação. A vida privada da pessoa pública tem mais relevância e desperta sempre muito interesse. Por isso as fofocas são sempre bem vindas, os comentários e análises sobre o estilo de vestir e de vida pautam as “discussões políticas”; enfim, qualquer detalhe íntimo da vida dos governantes é sempre mais importante que o trabalho – e o resultado – que ele esta desenvolvendo. Tanto nas campanhas pré-eleitorais como nas propagandas oficiais institucionais, sobretudo aquelas que pretendem “mostrar as realizações” dos governos, veremos que as figuras dos governantes está sempre em destaque e as realizações ficam em segundo plano. Informações sobre as obras, muito pouca. Prestação de contas? Nem pensar”. 26

A maneira de informar os temas na mídia de forma massificada e alienada

disputa drasticamente os índices de audiência com os programas destinados para

entreter os indivíduos.

Existe uma intenção dos meios públicos em se posicionar como herói

mitificado, para automaticamente gerar um reconhecimento da população pelos

seus atos, porém este herói é posicionado como “herói do povo”, para tentar

26 Coelho Cláudio Novaes Pinto, Castro Valdir José de, Alves, Gilda Maria A. Alves. Comunicação e Sociedade do espetáculo em Sociedade do espetáculo e comunicação governamental, Editora Paullus, 2006. Mestre em comunicação e mercado pela Faculdade Cásper Líbero. Assessora de comunicação p.203.

40

diminuir o distanciamento da população, mesmo que essas informações expostas

fuga totalmente da realidade vivida por tal população.

O ideal capitalista de comunicação contribui para o posicionamento

espetacularizado das esferas públicas em relação à educação pública, cobra-se

dos políticos, e dos clãs sociais um posicionamento perante os problemas da

educação, e estes precisam se posicionar pensando nas “próximas eleições”.

3.2 O PAPEL DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NO ÂMBITO DA

EDUCAÇÃO PÚBLICA

Com o advento tecnológico na sociedade o papel da comunicação tomou

uma proporção muito maior do que antes da era da tecnologia tendo um receptor

e um emissor ativo importante para todo o processo comunicacional.

A comunicação se tornou essencial para as divulgações de informações

referentes à educação pública, cabendo ao gestor considerar as novas

oportunidades abertas pelas tecnologias e as novas mídias aplicadas à educação

dando oportunidades de discussões entre a sociedade e as instituições.

A troca de informações entre indivíduos e instituições deve acontecer

diariamente tanto em locais privados como públicos. O papel dos meios de

comunicação deve permear pelo ideal democrático e universal para a melhoria da

educação pública.

É necessário definir maneiras eficazes, com adequação da informação

relevando as limitações que algumas partes da sociedade possuem. O discurso

não pode ser unificado com ideal de reprodução de informações das esferas

governamentais, precisa haver uma interação com a população. O papel da

comunicação é desfazer o ideal de informação comum, com informações

massificadas, dando ênfase ao valor mercadológico da mesma, e sim exaltar a os

ideais da educação pública que possui caráter social.

Com a comunicação é possível explorar a cidadania da população,

aumentando a propriedade desta sociedade tanto da elaboração, como na

interpretação das mensagens, aumentando assim a mobilização social referente

aos problemas de educação pública.

41

A mídia precisa estar mais bem fundamentada e atenta ao tema educação

pública, para que subseqüentemente a sociedade também fique fundamentada

quanto ao tema. Os veículos de massa precisam destinar mais seus espaços para

temas ligados a educação, porém a associação a mensagens negativas deve ser

modificada por mensagens positivas e de melhoria da educação.

A comunicação deve estar sempre acoplada às políticas de educação

pública, gerando meios para parcerias entre todas as esferas públicas,

solucionando problemas identificados, junto aos indivíduos. A maneira de

comunicar deve estar associada às novas tecnologias, para uma verdadeira

participação da sociedade no andamento das práticas educacionais.

A comunicação precisa se acoplar aos ideais da educação para ter uma

informação compreendida pela sociedade. Precisa também superar a resistência

desta sociedade quanto às inovações tecnológicas e os novos modelos de

comunicação, principalmente a população rural.

A comunicação acoplada à educação terá um papel extremamente

relevante na sociedade com informações executadas buscando os verdadeiros

objetivos educacionais e terá uma participação intensiva das comunidades a que a

comunicação é destinada. O papel da comunicação deve ser de aliado a

educação pública, e responsável socialmente por verdadeiras mudanças na

sociedade tendo em vista que os meios de comunicação de massa e as pessoas

que nelas estão são formadores de opinião.

Existe um ideal sociológico cultural nas comunicações de políticas públicas,

os meios não podem ser meros veículos de execução e transmissão de

informação, a concepção de passividade do receptor da mensagem não faz da

informação uma ferramenta de conhecimento.

Faz-se indispensável um melhor rendimento dos meios de comunicação

como instrumento para que venha facilitar o conhecimento e venha ampliar a

informação da sociedade.

42

CONCLUSÃO

O debate que abrange a ciência da educação e da comunicação, quando

temos esta monografia como base de conhecimento tem como conclusão que os

meios de comunicação ainda precisam de uma maior visibilidade nas informações

que se referem a estes dois temas. Os debates, com participação efetiva da

população, devem estar presentes direta ou indiretamente nas ações de

comunicação tanto nas mídias de massa como nas novas mídias.

O uso dos meios de comunicação e dos recursos tecnológicos na educação

é papel relevante para a democratização da informação e do conhecimento.

Diante desse contexto insere-se de forma fundamental o gestor educacional, o

supervisor e o educador como mediador do processo que caminha e alimenta a

aquisição do conhecimento por parte do educando.

Cabem as instituições educacionais o compromisso de destinar espaços,

materiais e elaborar currículos para fornecer a população condições adequadas de

conhecimento, as quais podem e devem incluir os meios de comunicação no

processo educacional.

Logo os meios de comunicação nas suas variadas modalidades,

desempenham o papel de emissores de mensagens capaz de ser utilizado

pedagogicamente nos processos de ensino-aprendizagem com a interlocução

entre gestores educacionais, supervisores, educadores e educando

transformando-se em conhecimento efetivo para a população.

O interesse de que a população tenha acesso a informações verdadeiras e

que estas informações agreguem valores a tal sociedade deve ser o principal

interesse das autoridades responsáveis por manter o domínio nas questões da

educação pública, tendo em vista que uma população mais bem informada e com

conhecimento dos assuntos tem uma maior facilidade de conhecer seus direitos e

deveres e por em pratica seus deveres.

O direito universal a educação também deve ser igualitária a um direito

universal a informação verdadeira e pertinente e que agregue a sociedade

conhecimento para por em pratica na sociedade.

43

O interesse de expor informações deve ser tanto do âmbito federal, como o

estadual e o municipal, que muitas vezes é o que estar mais próximo da

sociedade e pode ter uma forma de comunicação mais direta e efetiva.

Precisa existir uma reprodução da realidade nos meios de comunicação,

deixando para trás a idéia de espetacularização das mesmas, mesmo que o ideal

seja de além de informar os cidadãos à divulgação do governo, a principal

importância deve estar pautada na organização do estado e não apenas da

divulgação de sua marca institucional.

Quando se trata de matéria jornalística a imparcialidade deve se fazer

presente nos textos, mantendo as atuações políticas de cada dirigente expostas

com realidade, dando espaço tanto para os próprios políticos como para a

população e efetivar a voz de todos os interessados no assunto.

44

BIBLIOGRAFIA

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Loyola, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Decreto n° 5.622, de 19 de

Dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei n° 9.394, de 20 de Dezembro de

1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 2005.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro

de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.

COELHO Cláudio Novaes Pinto e CASTRO Valdir José Comunicação e

Sociedade do espetáculo, São Paulo: Paullus, 2006.

CUNHA Eleonora Schettini M. Políticas Públicas Sociais. Belo Horizonte: UFMG

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comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes,

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45

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RODRIGUES Alberto Tosi. Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

TAVARES Wolmer Ricardo. Gestão do conhecimento, educação e sociedade do

conhecimento. São Paulo: Ícone, 2010.

46

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

O PAPEL DO GESTOR EDUCACIONAL E A UTILIZAÇÃO DAS 11

NOVAS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO.

1.1 – Conceituação de Informação. 14

1.2 – Conceituação de Conhecimento. 15

1.3 – A interface existente na ciência da educação e a ciência 17

da comunicação.

CAPÍTULO II

DEFINIÇÃO DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO E SEUS OBJETOS 20

DE ESTUDO.

2.1 – As diversas formas de comunicar e de interagir a 21

Comunicação com educação.

2.2 – A educação e a comunicação junto as questões sociais 24

na sociedade contemporânea.

2.3 – O papel do emissor e do receptor no ato comunicacional. 28

CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA. 31

3.1 – A maneira de comunicar a educação pública e a 34

espetacularização da mídia.

3.2 – O papel dos meios de comunicação no âmbito da educação 40

47

Pública.

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 46