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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
DIFERENÇA ENTRE LUCRO NA EQUIVALÊNCIA
PATRIMONIAL E NO CONSOLIDADO
Por: Carmem Lúcia da Silva
Orientador
Prof. Luiz Cláudio
Rio de Janeiro 2004
2
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que me deu a oportunidade da vida, depois a
meu filho Rafael que sempre foi o motivo das minhas lutas pela vida e a minha
mãe que sempre me apoiou.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu filho Rafael, a minha mãe e ao meu companheiro
Roberto, que são as pessoas mais importantes nesta minha existência.
4
RESUMO
Neste trabalho venho tentar mostrar a importância da Instrução 247 da CVM,
as melhoras que ela trouxe para as demonstrações dos aglomerados de
empresas hoje existentes, o que ainda falta para ser ajustado, principalmente
na lei 6404/76 (Lei das Sociedades por Ações), as diferenças do lucro da
Consolidação com o da Equivalência Patrimonial, com algumas demonstrações
e um pouco do porque dessas diferenças.
6
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................... 7
2. ASPECTOS LEGAIS DA CONSOLIDAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS........................................ 9
3. INSTRUÇÃO 247 DA CVM DE 27/03/96 ................................ 15
4. CONCEITOS E OBJETIVOS................................................... 28
5. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA – OBRIGAÇÔES...................... 31
6. DIFERENÇA ENTRE O LUCRO NO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL E O LUCRO CONSOLIDADO...................................................................... 33
7. CONCLUSÃO.......................................................................... 41
8. BIBLIOGRAFIA....................................................................... 42
7
1. INTRODUÇÃO
Ao longo das últimas décadas os grupos empresariais tiveram espantoso
crescimento. Atualmente, é possível a constatação da existência de grupos
econômicos constituídos por dezenas de empresas, que exploram inúmeros
setores industriais, financeiros e de prestação de serviços, em vários países.
A Contabilidade não pode ficar indiferente a essa tendência de grande
concentração de empresas sob comandos centralizados. Procurou–se
desenvolver novas técnicas e procedimentos que permitam controlar e fornecer
informações aos seus diversos usuários. Os diversos organismos
internacionais de Contabilidade e Auditoria já se posicionam no sentido de
reconhecer que as Demonstrações Contábeis Consolidadas, diferentemente
daquelas de caráter individual, fornecem maiores e melhores informações de
natureza financeira e econômica a respeito de um grupo empresarial.
A partir do advento da Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). Em
seus artigos 249 e 250, que regulamentou os procedimentos para elaboração e
publicação das demonstrações contábeis, que, entre outras cominações,
delegou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a prerrogativa de expedir
normas, a título obrigatório, às companhias de capital aberto para a elaboração
de demonstrações consolidadas. A mesma lei introduziu, na contabilidade
brasileira, a avaliação de investimentos pelo método da equivalência
patrimonial.
Através da Instrução 1/78, a CVM estabeleceu normas para as companhias
abertas no tocante à equivalência Patrimonial. A Instrução 15/80 regulamenta a
elaboração de demonstrações consolidadas. Ambas são atualizadas pela
8
instrução 247/96, a qual introduziu a adoção dos mais modernos padrões
internacionais, o que não poderia deixar de fazê-lo, visto a eminente corrida
pela concentração de informações padronizadas, no âmbito mundial, em
decorrência da economia padronizada.
Alguns aspectos comuns envolvem a equivalência patrimonial e a consolidação
de demonstrações contábeis, no que se refere ao relacionamento controladora
x controlada, particularmente no que toca aos fatores que podem determinar
diferenças entre o lucro de método da equivalência patrimonial e o lucro
consolidado.
9
2. ASPECTOS LEGAIS DA CONSOLIDAÇÃO DE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2.1 FONTES DO DIREITO
A normatização acerca das consolidações das demonstrações financeiras está
contida na Lei 6404/76 e, por delegação, nas instruções editadas pela CVM.
Na Lei das S/A – Sociedade Anônima, o assunto é tratado nos artigos 249,
250, 275 e parágrafo único do 291. No primeiro artigo em referência, em seu
parágrafo único, e no último, também no parágrafo único, estão delimitadas as
margens por onde atuar a CVM no campo da normatização da consolidação de
demonstrações financeiras.
No exercício de sua atribuição, a CVM expediu as instruções nºs 01/78, 15/80,
acompanhada da Nota Explicativa nº 21, além da nº 30 de 17 de janeiro de
1984, do artigo 2º da Instrução CVM 170, de 03 de janeiro de 1992, e por fim a
de número 247, de 27 de março de 1996, que revisou e atualizou as instruções
anteriores, consolidando os procedimentos relativos à avaliação de
investimentos permanentes pelo método de equivalência patrimonial
juntamente com os procedimentos de consolidação de demonstrações
contábeis relativos aos exercícios sociais que se encerrarem a partir de 01 de
dezembro de 1996.
2.2 OBRIGATORIEDADE DA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO
De 1976 a 1996 estavam obrigadas a elaborar e divulgar as demonstrações
financeiras consolidadas, juntamente com as demonstrações individualizadas
por empresa, todas as companhias abertas que tiverem investimentos em
sociedade controladas em montante superior a 30% do próprio patrimônio
líquido.
10
Este percentual foi fixado pelo artigo 249 da Lei 6404/76, que também delegou
a CVM a sua manipulação, conforme artigo 291, parágrafo único da mesma lei,
o que só veio a ocorrer com o advento da Instrução de número 247 da CVM, no
seu artigo 21, quando reduziu para zero, ou seja, a partir de primeiro de
dezembro de 1996, todas as companhias abertas, desde que tenham
investimentos em sociedades controladas, têm a obrigação de elaborar e
divulgar as demonstrações financeiras da forma consolidada, também.
O artigo 275 da referida lei obriga aos grupos empresariais que se constituírem
formalmente em grupos de sociedades a publicarem, além das demonstrações
financeiras referentes a cada uma das companhias que o compõem, as
demonstrações consolidadas, compreendendo todas as sociedades do grupo.
Os grupos de sociedades a que se referem o artigo 275 caracterizam-se pela
combinação de recursos e esforços e subordinação dos interesses de uma
sociedade aos de outra, arquitetados, mediante convenção, que as obrigam a
realizar os respectivos objetivos ou a participar de atividades ou
empreendimentos comuns.
A relação entre os convenientes pode ser de controladora/controlada ou
empresa do comando de grupo ou sociedades filiadas, conforme redação do
parágrafo primeiro do artigo 265 da Lei 6404/76, que exige a nacionalidade
brasileira da controladora ou empresa do comando de grupo, para fins da
obrigatoriedade.
O parágrafo primeiro do artigo 269 da Lei 6404/76 estabelece as prerrogativas
da declaração da nacionalidade do controle do grupo:
a) pessoas naturais residentes ou domiciliadas no Brasil;
b) pessoas jurídicas de direito público interno; ou
c) sociedade ou sociedades brasileiras que, direta ou indiretamente,
estejam sob o controle das pessoas referidas nas alíneas “a” e “b”.
11
O grupo de sociedades também caracteriza-se pela conservação da
personalidade e patrimônio distintos, não obstante a formalização da
constituição do grupo.
Ainda sobre a obrigatoriedade de elaboração e divulgação de balanços
consolidados, valem a pena destacar o primeiro ao quarto do artigo 275.
As demonstrações contábeis, que devem ser consolidadas no final de cada
exercício, estão elencadas no artigo 22 da Instrução 247, e são as seguintes:
a) balanço patrimonial;
b) demonstração do resultado;
c) demonstração das origens e aplicações de recursos;
d) notas explicativas e outros quadros analíticos necessários para
esclarecimento da situação e dos resultados consolidados.
2.3 INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO CONFORME A LEI
DAS S/A
A técnica da elaboração dos balanços consolidados está abalizada pela artigo
250 da Lei das S.A:
Das demonstrações financeiras consolidadas serão excluídas: I – as participações de uma sociedade em outra;
II – os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
III – as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos
acumulados e do custo de estoques ou do ativo permanente que correspondem
a resultados, ainda não realizados, de negócios entre as sociedades.
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§1º A participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido e no
lucro do exercício será destacada, respectivamente, no balanço patrimonial e
na demonstração do resultado do exercício.
§2º A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não
for absorvida na consolidação, deverá ser mantida no ativo permanente, com
dedução da provisão adequada para perdas já comprovadas, e será objeto de
nota explicativa.
§3º O valor da participação que exceder do custo de aquisição constituirá
parcela destacada dos resultados de exercícios futuros até que fique
comprovada a existência de ganho efetivo.
§4º Para fins deste artigo, as sociedades controladas, cujo exercício social
termine mais de 60 (sessenta) dias antes da data do encerramento do exercício
da companhia, elaborarão, com observância das normas desta lei,
demonstrações financeiras extraordinárias em data compreendida nesse prazo.
2.4 TRATAMENTO DADOS AOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS
O artigo 25 determina o tratamento a ser dado aos acionistas minoritários
quando da elaboração da consolidação parcial: “A participação dos acionistas
não controladores, no patrimônio líquido das sociedades controladas, deverá
ser destacada em grupo isolado, no balanço patrimonial consolidado,
imediatamente antes do patrimônio líquido.”
Quando a controlada parcial tem lucro, a participação minoritária no balanço e
no resultado consolidados tem natureza devedora, sendo credora na hipótese
de prejuízo obtido pela controlada.
Esta participação deverá ser destacada e classificada em grupo isolado no
balanço patrimonial consolidado, imediatamente antes do patrimônio líquido. A
razão desta separação está no fato de serem parcelas do patrimônio
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pertencentes a terceiros, do ponto de vista do grupo de empresas cujas
demonstrações contábeis estão sendo consolidadas. Os demonstrativos
financeiros dos sócios minoritários não são considerados na elaboração da
consolidação, mas eles também são donos da controlada.
2.5 INSTRUÇÕES PARA ELABORAR A DRE E A DOAR
CONSOLIDADA
A demonstração consolidada de resultado do exercício recebeu as diretrizes no
artigo 28:
Artigo 28. Para a elaboração da demonstração consolidada do resultado do
exercício a investidora deverá:
I – incluir os resultados de sociedade controlada, adquirida ou vendida no
transcorrer do exercício social, tomando por base a data do respectivo registro
ou baixa nos seus investimentos permanentes; e
II – excluir todas as receitas e despesas decorrentes de negócios entre a
investidora e as sociedades controladas, bem como entre estas.
O inciso I do artigo 28 teve o cuidado de não permitir a exclusão de controlada
nos balanços consolidados em razão do tempo de posse do investimento
representar fração do exercício social. Fecha-se uma brecha importante, que
poderia ser aproveitada com a intenção de mascarar a análise dos números
consolidados.
Já o inciso II também pode ser visto como um caso específico do inciso I do
artigo 24.
A exemplo dos investimentos dos acionistas não controladores, a parte dos
lucros da controlada que couber a eles também deve ser destacada e
apresentada como dedução ao lucro líquido consolidado, ou como adição, na
14
hipótese de ocorrer prejuízo no balanço consolidado, conforme determina o
artigo 29.
Sobre a consolidação das demonstrações das origens e aplicações dos
recursos, o artigo 30 apenas se limita a ratificar a maneira de elaboração
contida na instrução 247 da CVM: “Artigo. 30. A demonstração consolidada das
origens e aplicações de recursos deverá ser elaborada de maneira consistente
com o contido nesta instrução.”
Sendo a Demonstração Consolidada das Origens e Aplicações de Recursos,
decorrente da consolidação do Balanço Patrimonial e da Demonstração de
Resultados, é bastante razoável que se utilize os mesmos lançamentos de
eliminação efetuados nessas demonstrações.
15
3. INSTRUÇÃO 247 DA CVM DE 27/03/96
A evolução da prática contábil internacional, desde a emissão das Instruções
CVM nº 01/78 e nº 15/80, tornou imprescindível a realização de uma revisão
das referidas normas, com o objetivo de atualizá-las.
Com o processo de globalização dos mercados e com o incremento dos fluxos
de capitais, tanto aqueles diretamente aportados no Brasil, quanto aqueles
obtidos por entidades brasileiras no mercado internacional, cresceu também a
necessidade de harmonização dos procedimentos contábeis e do nível de
divulgação feito pelas companhias abertas.
Neste sentido, a atual Instrução buscou não apenas corrigir e consolidar as
referidas Instruções nº 01/78 e nº 15/80, como também incorporar alguns
avanços que já fazem parte das práticas internacionais.Cabe ressaltar a
existência de outros procedimentos contábeis que não foram contemplados na
presente Instrução em virtude da sua impossibilidade legal, uma vez que a
adoção desses procedimentos somente poderia ser feita com a devida
alteração da lei societária (Lei nº 6.404/76).
3.1 AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS/
COLIGADAS
3.1.1 DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
A principal alteração foi à extensão da aplicação do método da equivalência
patrimonial (MEP) às sociedades equiparadas às sociedades coligadas,
conforme definição contida no parágrafo único do artigo 2º. Foi ainda referido
que o MEP aplica-se tanto às investidas (controladas, coligadas e equiparadas)
no país, quanto no exterior (artigo1º).
16
3.1.2 DAS COLIGADAS E CONTROLADAS
Os padrões internacionais determinam que a equivalência patrimonial seja
aplicada aos investimentos em controladas e nas demais empresas em que
haja influência significativa. Presume-se essa influência significativa quando o
investimento representar 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da
coligada. Nos casos de participação inferior a 20% (vinte por cento), a
influência significativa tem de ser comprovada.
A presente Instrução mantém a definição de coligada contida na Instrução CVM
nº 01/78, ou seja, quando uma sociedade participa com 10% (dez por cento) ou
mais do capital social da outra, sem controlá-la. Esta definição está também
contida na Lei nº 6.404/76, sendo que sua compatibilização com os padrões
internacionais implicaria alteração da própria lei societária. Por outro lado,
tendo em vista que não existe qualquer restrição na referida lei, foi introduzido
o conceito da avaliação pelo MEP nos investimentos em sociedades
equiparadas às sociedades coligadas (artigo 2º, parágrafo único). A Instrução
considera equiparada às coligadas aquela sociedade que participa:
a) indiretamente com 10% (dez por cento) ou mais do capital votante da
outra, sem controlá-la;
b) diretamente com 10% (dez por cento) ou mais do capital votante da
outra, sem controlá-la, independentemente do percentual de
participação no capital total, ou seja, mesmo que esse percentual seja
inferior a 10% (dez por cento) do capital total.
Expandem-se, assim, o conceito e a aplicação do método da equivalência
patrimonial. Deve ser ressaltado, no entanto, que os investimentos em
sociedades equiparadas estão também inseridos no conceito de relevância
estabelecido no artigo 4º da Instrução.
17
O artigo 3º inclui duas novas definições de controladas, a saber:
a) entidades constituídas no exterior sob a forma de filial, agência,
sucursal, dependência ou representação, desde que os seus ativos e
passivos não estejam, por força de normatização específica, incluídos
na contabilidade da investidora;
b) as sociedades que estejam sob controle comum ou que sejam
controladas mediante acordo de votos, independentemente do
percentual de participação no capital votante.
Assim, por exemplo, se a holding de um determinado conglomerado econômico
possuir investimentos em uma controlada que detenha participações (mesmo
que não relevantes ou que não caracterizem coligação) em outras empresas
controladas por essa holding, esses investimentos devem ser avaliados pelo
MEP.
3.1.3 DA DETERMINAÇÃO DA RELEVÂNCIA DO INVESTIMENTO
A presente Instrução praticamente mantém as regras para determinação da
relevância do investimento. Foi eliminada a disposição que fazia referência à
relevância dos investimentos em controladas (inciso VI, letra "b" da Instrução
CVM nº 01/78) uma vez que todo o investimento em controlada,
independentemente de sua relevância ou não, deve ser avaliado pelo MEP
(artigo 4º, I e II).
O parágrafo 2º do artigo 4º contempla que, na determinação da relevância,
sejam incluídos os créditos da investidora contra suas coligadas/controladas.
Anteriormente, a norma fazia referência aos "créditos de qualquer natureza".
Conceitualmente, só devem ser incluídos neste cálculo os créditos de natureza
não operacional, tais como os adiantamentos para futuro aumento de capital e
os empréstimos. Tendo em vista que o que se procura alcançar com esta
disposição são os investimentos que não estejam sob forma de ações, os
18
créditos operacionais normais, tais como contas a receber, não devem ser
considerados.
Embora não esteja especificamente contemplado na Instrução, o entendimento
desta CVM é que o cálculo da relevância da equivalência patrimonial, por uma
questão de simplicidade, deve ser efetuado antes de se computar o resultado
da respectiva equivalência patrimonial.
3.1.4 DOS INVESTIMENTOS A SEREM AVALIADOS PELO MÉTODO DA
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Neste tópico foram incluídas várias disposições que não estavam
contempladas na norma anterior, a saber:
a) os investimentos em sociedades equiparadas às sociedades coligadas
devem ser também avaliados pelo MEP, mantidas as condições de
relevância e influência previstas para os investimentos em coligadas
(artigo 5º, II);
b) o parágrafo único do artigo 5º apresenta uma relação de fatos que
caracterizam a existência de influência na administração da coligada. Esta
relação é exemplificativa, podendo evidentemente haver outros casos não
contemplados;
c) os investimentos em coligadas e controladas que possuem clara e efetiva
evidência de descontinuidade não devem ser avaliados pelo MEP. São
aquelas empresas que estão em processo de liquidação, extinção ou que
estejam operando sob severas restrições a longo prazo, que prejudicam a
sua capacidade de transferir fundos (artigo 6º);
d) no caso de investimentos em controladas/coligadas que estejam operando
normalmente, em que haja evidência de venda em futuro próximo, deve
ser mantido o critério de avaliação pelo MEP até a data-base considerada
para a venda (artigo 7º);
19
e) o parágrafo único do artigo 8º prevê que, no caso de descontinuidade
de avaliação pelo MEP, os saldos das reservas de reavaliação
relacionadas ao investimento a ser descontinuado deverão ser
revertidos contra o respectivo valor contábil desse investimento.
Deve ser ainda ressaltado que foi excluída da presente Instrução a disposição
contida na letra "c", do inciso IX, da Instrução CVM nº 01/78. Aquela disposição
determinava que os investimentos em coligadas, mesmo quando não
relevantes ou influentes, fossem avaliados pelo MEP, desde que
representassem, no conjunto, 15% (quinze por cento) ou mais do patrimônio
líquido da investidora. Esse procedimento não se coaduna com a filosofia que
norteia a aplicação do MEP, que é a existência de controle ou, mais
especificamente, da influência na administração
3.1.5 DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
O artigo 9º apresenta uma alteração bastante significativa no cálculo da
equivalência patrimonial quando existem lucros não realizados na investida.
Anteriormente, esse cálculo contemplava os seguintes passos:
I) Determinação do valor do patrimônio líquido da investida;
II) Exclusão do montante dos resultados não realizados; e
III) Aplicação, sobre esse valor líquido, do percentual de participação na
investida.
Essa forma de cálculo contém um erro conceitual: ao eliminarmos todo o
resultado não realizado antes da aplicação do percentual de participação,
estaríamos considerando que esse é um resultado não realizado tanto para a
empresa investidora/controladora quanto para os demais acionistas.
20
Isto não é verdadeiro, porque só existe a figura de "lucro não realizado" na
relação entre a empresa investidora e as suas controladas/coligadas ou entre
estas últimas. Para os demais sócios/acionistas da investida o lucro é efetivo,
realizado.
A presente Instrução contempla uma nova forma de cálculo (artigo 9º, I e II):
primeiro aplica-se o percentual de participação sobre o patrimônio líquido para,
desse montante, subtraírem-se os lucros não realizados.
Um outro aspecto relevante a ser ressaltado é que, pela nova Instrução,
apenas os lucros não realizados são eliminados (artigo 9º, § 1º). Os prejuízos
decorrentes de transações com a investidora, controladas e coligadas não
devem ser eliminados no cálculo da equivalência patrimonial (artigo. 9º, § 2º).
Na minuta de Instrução colocada em audiência pública estava previsto que, na
aplicação do método da equivalência patrimonial, deveria ser ainda eliminado o
lucro não realizado que está refletido no resultado/patrimônio líquido da
sociedade investidora/controladora. Presentemente, esse lucro é somente
eliminado para fins de consolidação. A referida minuta de Instrução previa,
ainda, que, enquanto não realizado, esse lucro seria registrado em conta de
resultado de exercício futuro. Neste caso, procurava-se atender, de uma forma
mais ampla, ao Princípio da Entidade (não a entidade em seu conceito jurídico
e sim dentro da visão econômica da empresa, que pode reunir várias entidades
jurídicas dentro de uma mesma dimensão econômica). Entretanto, embora
conceitualmente correto, o artigo 10 da minuta colocada em audiência pública
suscitou dúvidas quanto à sua fundamentação jurídica. Dessa forma, por
entender que a sua correta aplicação demandaria adicionalmente uma
alteração da lei societária, optou esta CVM em excluí-la da versão final,
mantendo a regra da eliminação desse lucro não realizado apenas nas
demonstrações consolidadas. Os parágrafos 2º e 3º do artigo 10 estabelecem
que, para fins de equivalência patrimonial, o período de abrangência das
demonstrações contábeis da investida deve ser idêntico ao da investidora.
21
Admite-se, no entanto, a utilização de períodos não idênticos, desde que
possibilite a apresentação de informações de melhor qualidade.
3.1.6 DAS PERDAS PERMANENTES EM INVESTIMENTOS AVALIADOS
PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
As alterações feitas neste tópico dizem respeito à necessidade de constituição
de provisão para perdas, quando existir passivo a descoberto e houver
intenção manifesta da investidora de manter o seu apoio à investida (artigo 12,
§ 1º). A provisão para perdas deve ser apresentada no ativo permanente por
dedução do valor contábil do investimento (nele incluídos o ágio e o deságio
não amortizados), sendo o excedente apresentado em conta específica no
passivo (artigo 1º, § 2º)
3.1.7 DO ÁGIO OU DESÁGIO NA AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTO
AVALIADO PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Alguns esclarecimentos e alterações importantes foram feitos neste tópico. A
primeira, e talvez a principal delas, trata da existência de ágio/deságio na
subscrição de ações. Até algum tempo atrás, era entendimento de muitas
pessoas que o ágio e o deságio somente surgiam quando havia uma aquisição
das ações de uma determinada empresa (transação direta entre vendedor e
comprador). Hoje, entretanto, já existe o entendimento de que o ágio ou o
deságio pode também surgir em decorrência de uma subscrição de capital. Em
um processo de subscrição de ações, quando há alteração no percentual de
participação, o entendimento era de que a parcela subscrita que ultrapassasse
o valor patrimonial das ações constituía uma perda de capital na investidora (e
um ganho na empresa cuja participação estava sendo diminuída), e essa
perda/ganho deveria ser contabilizada, no resultado não operacional, como
variação de percentual de participação. Posteriormente, verificou-se que
quando essa parcela subscrita decorre, por exemplo, da subavaliação no valor
22
contábil dos bens, existe a figura do ágio na investidora, mesmo que não tenha
havido uma negociação direta com terceiros.
O entendimento anterior era de que, em função da variação do percentual de
participação, a nova equivalência patrimonial revelava um ganho de variação
para a Cia A e, conseqüentemente, uma perda na Cia B, que deveriam ser
contabilizados de imediato nos resultados dos investidores. A explicação para a
perda estava baseada na seguinte construção:
a) ao aumentar o percentual de participação de 30% para 50%, a Cia B
passou a "ganhar", em relação à Cia A, 20% do patrimônio líquido anterior
ao aumento (20% de 2.000 = 400);
b) ao mesmo tempo, ao subscrever a nova emissão por um valor acima do
valor patrimonial, ela estaria entregando para a Cia A 50% do novo valor
investido (50% de 1.200 = 600);
c) portanto, a Cia B estaria incorrendo em uma perda líquida no valor de 200
(400 - 600).
Esse entendimento não é verdadeiro. Na realidade, a Cia B pagou uma parcela
adicional em função de uma mais-valia dos bens, que não está refletida nos
registros contábeis da Cia XYZ. Só que não o fez diretamente aos proprietários
das ações (Cia A). Portanto, o que existe neste caso é a figura do ágio com
fundamento nesta mais-valia, e isto é fácil de verificar. Imaginemos que a Cia
XYZ tenha reavaliado seus ativos antes do aumento de capital, neste caso, a
situação seria a seguinte:
1 ) Uma outra modificação introduzida pela nova Instrução é que ela prevê
apenas dois tipos de ágio e deságio com fundamento econômico: I)
ágio/deságio decorrente da diferença entre o valor de mercado dos bens e
respectivo valor contábil; e II) ágio/deságio em função de expectativa de
resultado futuro (artigo 14, §§ 1º) e
23
2º). A existência de ágio por fundo de comércio, intangíveis etc., está
diretamente relacionada à expectativa de rentabilidade futura.
Por outro lado, nos casos de ágio ou deságio sem fundamentação econômica
justificada, a Instrução determina que o primeiro seja imediatamente
reconhecido como perda no resultado do exercício (artigo 14, § 5º), enquanto
que o deságio somente poderá ser amortizado quando da baixa por alienação
ou perecimento do investimento. (artigo 14, § 4º). Foi estabelecido, ainda, um
prazo máximo de 10 (dez) anos para amortização do ágio decorrente de
perspectiva de rentabilidade futura (artigo 14, § 3º).
3.1.8 DA DIFERENÇA RESULTANTE DA AVALIAÇÃO BASEADA NO
MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Embora já seja a prática adotada até o presente, a Instrução deixa claro que os
ganhos e perdas efetivos em decorrência da existência de reservas de capital
ou de ajustes de exercícios anteriores devem ser computados no resultado do
exercício como receita/despesa operacional (artigo 16, I, "a"). Também deve
ser considerada como operacional a variação cambial do investimento em
coligadas e controladas no exterior (artigo 16, I, "b").
O artigo 17, em consonância com o entendimento que vem sendo aplicado por
esta Comissão ao longo do tempo, prevê que, na constituição da reserva de
lucros a realizar, somente poderá ser considerado como lucro a realizar, o
resultado líquido positivo da equivalência patrimonial, considerando-se, para
tanto, a soma algébrica do resultado do conjunto dos investimentos em
controladas/coligadas.
24
3.1.9 DOS DIVIDENDOS E BONIFICAÇÕES EM AÇÕES RECEBIDOS
PELA INVESTIDORA
Ampliando a utilização da parcela realizada da reserva de lucros a realizar, o
artigo 19, inciso III, prevê a possibilidade da sua destinação, após computado o
dividendo obrigatório, para a constituição de outras reservas de lucros,
inclusive retenção em lucros acumulados, ou para absorção de prejuízo do
exercício.
3.1.10 DAS NOTAS EXPLICATIVAS
O artigo 20 mantém algumas das exigências da Instrução anterior, requerendo,
adicionalmente, as seguintes outras informações em relação às
coligadas/controladas:
I) avais, garantias, fianças, hipotecas ou penhor concedidos pela
investidora;
II) montante dos dividendos propostos ou pagos no exercício;
III) memória de cálculo da equivalência;
IV) critérios, taxa de desconto e prazos utilizados na projeção de
resultado que justifica a existência de ágio/deságio;
V) participações recíprocas existentes; e
VI) efeitos decorrentes de investimentos descontinuados.
3.1.11 DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS E DO
DEVER DE ELABORAR E DIVULGAR DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS CONSOLIDADAS
Neste tópico foram feitas duas alterações bastante significativas:
a) a consolidação passa a ser obrigatória para todas as companhias
abertas, independentemente da representatividade do investimento em
relação ao patrimônio líquido da controladora. A CVM entende (e este é
25
também um posicionamento internacional) que as demonstrações
consolidadas fornecem maior e melhor informação, de natureza
financeira e econômica, a respeito da empresa controladora, do que as
suas demonstrações individuais. Assim, exercendo o poder conferido
pelo artigo 291, parágrafo único da Lei nº 6.404/76, a CVM resolveu
eliminar o percentual de 30% (trinta por cento) contido na Instrução
anterior (artigo 21, I).
b) também em linha com os padrões internacionais, está sendo introduzida
a obrigatoriedade da consolidação proporcional no caso de investimento
em sociedades controladas em conjunto (artigo 21, I).
3.1.12 DAS SOCIEDADES CONTROLADAS EXCLUÍDAS DAS
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS
O artigo 23 estabelece os casos em que as sociedades controladas poderão
ser excluídas da consolidação, sem que seja necessária a prévia autorização
da CVM (incisos I e II). Estabelece, ainda, que poderão ser excluídas, mediante
autorização prévia, outras controladas, cuja inclusão, a critério da CVM, não
represente alteração relevante na unidade econômica consolidada (§ 1º). Um
outro aspecto importante, e também em linha com as práticas internacionais, é
que não devem ser excluídas da consolidação controladas cujas operações
sejam de natureza diversa das operações da controladora ou das demais
controladas (artigo 23, § 3º).
3.1.13 DA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
CONSOLIDADAS
Não houve alteração quanto aos procedimentos a serem adotados na
consolidação.
26
3.1.14 DAS NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
CONSOLIDADAS
A única inclusão feita neste tópico refere-se à divulgação dos efeitos, no
patrimônio líquido e resultado consolidado, decorrente da aquisição ou venda
de sociedade controlada no transcorrer do exercício, assim como da inclusão
de uma nova controlada no processo de consolidação, para fim de
comparabilidade das demonstrações consolidadas (artigo 31, III). As demais
exigências foram mantidas.
3.1.15 DA CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE
SOCIEDADES CONTROLADAS EM CONJUNTO.
Neste tópico estão previstos os procedimentos que devem ser adotados para a
elaboração de demonstrações consolidadas, que englobam as sociedades
controladas em conjunto (artigo 32 a 34). Define-se, ainda, como sociedade
controlada em conjunto aquela em que nenhum acionista exerce,
individualmente, os poderes previstos no artigo 3º da Instrução.
Essas disposições alcançam, principalmente, as denominadas "joint-ventures"
em que, mediante existência de acordo contratual e de parcelas proporcionais
de participação, duas ou mais entidades empreendem uma atividade
econômica subordinada a um controle conjunto.
3.2 DISPOSIÇÕES FINAIS
O principal aspecto a ser ressaltado é quanto à obrigatoriedade de serem
auditadas, por auditor independente registrado na CVM, todas as controladas
incluídas na consolidação. Neste sentido, o ideal seria que esse exame fosse
efetuado pelo mesmo auditor da controladora; quando isso não for possível, é
imprescindível que o auditor da controlada coloque seus papéis de trabalho à
disposição do auditor da controladora (artigo 35, parágrafo único). A Instrução
27
prevê ainda que os ajustes iniciais, decorrentes das alterações na aplicação do
método da equivalência patrimonial, devem ser registrados no resultado do
período, como receita/despesa não operacional, com a divulgação do fato e
dos valores envolvidos (artigo 38).Por fim, as disposições contidas na Instrução
somente se tornam obrigatórias para as demonstrações relativas ao exercício
social findo a partir de 01.12.96, quando então ficarão revogadas as instruções
atuais que tratam da matéria
28
4. CONCEITOS E OBJETIVOS
4.1 EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
A equivalência patrimonial é definida pela CVM no parágrafo único do artigo 1°
da Instrução 247/96: “Equivalência patrimonial corresponde ao valor do
investimento determinado mediante a aplicação da percentagem de
participação no capital social sobre o patrimonial líquido de cada coligada, sua
equiparada e controlada”.
O grande objetivo da equivalência patrimonial é o de fazer com que uma
investidora registre, por regime de competência, os ganhos ou perdas
decorrentes do seu investimento em controladas e coligadas (ou equiparadas)
sobre as quais tenha influência. A investidora registrará os lucros ou prejuízos
decorrentes desses investimentos na medida em que as investidas incorram
nesses mesmos lucros ou prejuízos.
Quando se avalia um investimento pelo custo, a investidora reconhece os
lucros decorrentes dessa participação, em regra geral, somente quando a
investida distribui esses lucros em dinheiro, caracterizando um reconhecimento
baseado no regime de caixa e não no de competência.
4.2 CONSOLIDAÇÃO
O objetivo da consolidação das demonstrações financeiras é o de apresentar
as informações contábeis da sociedade controladora e de suas controladas
como se fossem uma única empresa.
A consolidação de demonstrações financeiras, consiste no somatório dos
valores correspondentes aos elementos contábeis semelhantes, existentes nas
empresas que serão consolidadas, excluindo-se:
29
a) as participações de uma sociedade em outra;
b) os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
c) as parcelas correspondentes aos resultados, ainda não realizados, de
negócios entre as sociedades.
Caso uma controlada venda mercadorias para a controladora com lucro, ou
vice-versa, esse lucro somente será considerado realizado quando a empresa
compradora revender as mercadorias para terceiros. Se, ao final do exercício,
remanescerem mercadorias não vendidas para terceiros na empresa
adquirente, o lucro da empresa vendedora, computado no valor desses
estoques, deverá ser excluído na consolidação
O objetivo principal da consolidação é apresentar demonstrações financeiras
de duas ou mais sociedades como se fosse uma única entidade. As
sociedades consolidadas continuam existindo juridicamente, sendo a
consolidação efetuada apenas extra-contabilmente.
As demonstrações consolidadas não substituem as demonstrações financeiras
básicas; devem ser publicadas como informação adicional em relação às
demonstrações financeiras das empresas envolvidas na consolidação; e, que
essas demonstrações possibilitam uma visão econômica integrada das
atividades do grupo empresarial ou das empresas envolvidas na consolidação.
PEREZ JÚNIOR diz que "o objetivo da consolidação de demonstrações
contábeis é refletir o resultado das operações e a verdadeira situação
econômica, patrimonial e financeira de todo o grupo de empresas sob um único
comando, como se fosse uma única empresa e apresentar o resultado das
operações do grupo de empresas".
STANDERSKI discorre que "as contas consolidadas prestam à direção da
empresa um meio de informação valioso, como instrumento de controle e de
previsão, se as decisões foram eficazes, se foram considerados na apreciação
todos os elementos e, sob o ponto de vista de análise, se houve previsões
30
conscienciosas. Externamente, os acionistas da Cia. dominante são os
primeiros interessados na publicação do balanço consolidado, pois depositam
total confiança no grupo e têm direito a informações claras, dados precisos,
com fins de fiscalizar, da melhor maneira possível, suas inversões e manterem-
se protegidos”.
PEREZ JÚNIOR e OLIVEIRA apresentam uma classificação de três pontos de
vistas de usuários, a saber:
Ü Do ponto de vista societário e fiscal:
Não há influência fiscal ou societária porque o Imposto de Renda e demais
tributos são calculados individualmente. Mesmo que uma empresa tenha
prejuízo, não poderá compensá-lo com o lucro de outra, como também os
dividendos são calculados sobre o lucro de cada empresa e não sobre o lucro
consolidado.
Ü Do ponto de vista do investidor ou credor:
Possibilitam uma apreciação mais criteriosa e transparente com relação às
garantias de seus créditos e lucratividade de seus investimentos.
Ü Do ponto de vista administrativo e gerencial:
Esta é a principal utilidade das demonstrações contábeis consolidadas, pois
elas possibilitam melhor administração e gerenciamento dos recursos
financeiros gerados e aplicados pelo grupo de empresas:
X fluxo de caixa global;
X avaliação das necessidades de recursos de terceiros e ou de acionistas;
X reciprocidade bancária;
X melhor avaliação de desempenho isolado e global;
X melhor planejamento tributário;
X evitar pagamento de tributos sobre lucros não realizados decorrentes de
operações entre empresas consolidadas.
31
5. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA – OBRIGAÇÔES
5.1 MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
A avaliação pelo Método da Equivalência Patrimonial deverá ser utilizada para
investimentos relevantes e influentes em empresas coligadas e controladas, ou
a estas equiparadas. O artigo 248 da Lei das S/A dispõe: "No balanço
patrimonial da companhia, os investimentos relevantes em sociedades
coligadas sobre cuja administração tenha influência ou de que participe com
20% ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão avaliados
pelo valor do Patrimônio Líquido."
De acordo com a lei, as empresas coligadas sobre cuja administração se tenha
influência, mesmo que a participação seja menor que 20% do capital social,
devem utilizar a equivalência patrimonial para avaliação de seus investimentos.
A Instrução CVM 247/96 amplia a utilização do referido método de avaliação
para as companhias abertas coligadas, suas equiparadas e em controladas
também no exterior.
As instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil são
obrigadas a avaliar todos os seus investimentos, independente de relevância,
pelo método de equivalência patrimonial. A CVM, aplica a mesma regra para as
companhias abertas.
5.2 DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS
No Brasil, as normas pertinentes à elaboração da consolidação das
demonstrações contábeis estão dispostas, preliminarmente, na Lei Federal
6.404/76 (Lei das S/A) e, complementarmente, na Instrução CVM nº 247/96.
A Lei 6.404/76 dispõe no seu artigo 249 que: "A companhia aberta que tiver
mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu patrimônio líquido representado
por investimentos em sociedades controladas deverá elaborar e divulgar,
32
juntamente com suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas
nos termos do artigo 250".
A Instrução CVM nº 247/96, consubstancia, no artigo 21, que ao fim de cada
exercício social, demonstrações contábeis consolidadas devem ser elaboradas
por: companhia aberta que possuir investimento em sociedades controladas,
incluindo as sociedades controladas em conjunto, considerando estas como
aquelas em que nenhum acionista exerce, individualmente, preponderância nas
deliberações sociais e poder de eleger ou destituir a maioria dos
administradores, alcançando as denominadas joint-ventures em que, mediante
a existência de acordo contratual e de parcelas proporcionais de participação,
duas ou mais entidades empreendem uma atividade econômica subordinada a
um controle conjunto; e sociedade de comando de grupo de sociedades que
inclua companhia aberta, que são aquelas constituídas mediante convenção
pela qual se obriguem a combinar recursos ou esforços para a realização dos
respectivos objetos, ou a participar de atividades ou empreendimentos comuns,
cuja conceituação legal e normatização jurídica está contida nos artigos 265 a
277 da Lei nº 6.404/76.
A norma da CVM impõe a adoção da consolidação para todas as sociedades
de capital aberto que tenham investimentos em sociedade(s) controlada(s),
ampliando, desta forma, o universo imposto pela Lei 6404/76, isto por que
poderíamos ter situações em que a controladora detenha até 99% da
controlada e ainda assim não represente 30% do seu Patrimônio Líquido. A
CVM entende (e este é também um posicionamento internacional) que as
demonstrações consolidadas fornecem maior e melhor informação, de natureza
financeira e econômica, a respeito da empresa controladora, do que suas
demonstrações individuais. Assim, exercendo o poder conferido pelo artigo
291, parágrafo único, da Lei nº 6.404/76, a CVM eliminou o percentual de 30%
(trinta por cento) contido na Instrução anterior.
33
6. DIFERENÇA ENTRE O LUCRO NO MÉTODO DA
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL E O LUCRO
CONSOLIDADO Segundo a FIPECAFI, "uma equivalência e uma contabilização corretas nas
demonstrações individuais provocam balanço e resultado de investidora
absolutamente iguais àqueles obtidos mediante consolidação”.
EXEMPLO:
CONTROLADORA A CONTROLADA B
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO
Disponível 320
Estoques 800
Investimentos 280
Imobilizado
(terreno) 100
Patrimônio Líquido
(capital) 1.500Estoques 400 Patrimônio Líquido
(capital) 400
TOTAIS 1.500 1.500 TOTAIS 400 400
A controladora detém 70% do capital da controlada. No decorrer do exercício,
ocorreram, apenas, os seguintes eventos:
1. A Controladora A vendeu 60% dos seus estoques a terceiros, a prazo,
por $ 600.
2. A Controlada B vendeu metade dos seus estoques a terceiros, a vista,
por $ 250.
34
As Demonstrações de Resultado e os Balanços Patrimoniais das duas
companhias no final do exercício estão reproduzidas a seguir. Para fins de
simplificação, não foram considerados os efeitos fiscais.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
ITENS CONTROLADORA A CONTROLADA B
Vendas
( - ) CMV
( = ) Lucro Bruto
(+) Resultado de Equivalência
( = ) Lucro Líquido
600
(480)
120
35
155
250
(200)
50
- 0 -
50
CONTROLADORA A CONTROLADA B
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO
Disponível 320
Clientes 600
Estoques 320
Investimentos 315
Imobilizado
(terreno) 100
Patrimônio Líquido:
Capital 1.500
Lucros
Acumulados 155
Disponível 250
Estoques 200
Patrimônio Líquido:
Capital 400
Lucros
Acumulados 50
TOTAIS 1.655 1.655 TOTAIS 450 450
35
CONSOLIDAÇÃO
EMPRESAS AJUSTES CONTAS
A B DÉBITO CRÉDITO CONSOLIDADO
Disponível Clientes Estoques Investimentos Imobilizado Total
320 600 320 315 100
1.655
250-
200--
450
- - - - - -
- - -
315 (1) -
315
570600520
-100
1.790
Participação minoritária Capital Lucros Acumulados Total
1.500
155 1.655
400
50450
280 (1)120 (2)35 (1)15 (2)
450
135 (2)
135 -
135
1.500155
1.790
Vendas CMV Lucro Bruto Ganho na Equivalência Participação minoritária Lucro Líquido
600 (480)
120
35
-
155
250(200)
50
-
-
50
---
35 (3)15 (4)
- - - - -
850680170
-
(15)
155
6.1 RESULTADOS NÃO REALIZADOS
Até o advento da Instrução CVM no 247/96, o lucro apresentado pelo método
da equivalência patrimonial diferia daquele apresentado nas demonstrações
consolidadas em razão, de dois aspectos:
36
1- Erro na forma legal de calcular a equivalência patrimonial quando de lucros
não realizados no Patrimônio Líquido da Controlada
2- Na consolidação, eliminam-se todos os resultados não realizados, os
oriundos de vendas da investidora para as controladas e os oriundos de
vendas de controladas para a investidora ou outras controladas.
Diferentemente da técnica adotada para o cálculo da equivalência patrimonial
que contempla a eliminação, apenas, dos lucros não realizados em transações
de vendas das controladas para a investidora ou outras controladas.
A Instrução CVM no 247/96, em seu artigo 9o, incisos I e II, veio corrigir o erro
na forma legal de se ajustar esses lucros não realizados no cálculo da
equivalência patrimonial. De acordo com a previsão da Lei no 6.404/76, para
este cálculo, os lucros não realizados devem ser deduzidos extra-
contabilmente do patrimônio líquido da controlada aplicando-se, sobre o seu
valor ajustado, a porcentagem de participação da investidora. Pelo texto da
CVM, "o valor do investimento, pelo método da equivalência patrimonial, será
obtido mediante o seguinte cálculo”:
I – aplicando-se a percentagem de participação no capital social sobre o valor
do patrimônio líquido da coligada ou da controlada;
II – subtraindo-se, do montante referido no inciso I, os lucros não realizados
conforme definido no parágrafo 1o deste artigo, líquidos dos efeitos fiscais."
A Nota Explicativa – 5 daquela Instrução CVM apresenta o seguinte exemplo:
Patrimônio líquido da controlada R$ 1.200
% de participação 60%
Lucros não realizados R$ 200
Valor contábil do investimento R$ 500
37
Cálculo da equivalência patrimonial
Anterior Atual
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(-) Lucros não realizados
1.200
( 200) 1.200
PL ajustado
% participação
Total do investimento
(-) Lucros não realizados
1.000
60%
600
1.200
60%
720
(200)
Total do Investimento
Valor contábil do investimento
Resultado da Equivalência Patrimonial
600
500
100
520
500
20
Entretanto, a Instrução da CVM não contemplou a eliminação, também no
cálculo da equivalência patrimonial, do lucro não realizado refletido no
resultado/patrimônio líquido da controladora.
A minuta de Instrução colocada em audiência pública contemplava essa
eliminação, com a previsão de que, enquanto não realizado, esse lucro seria
registrado em conta de resultado de exercício futuro. Entretanto, embora
conceitualmente correto, tal procedimento suscitou dúvidas quanto à sua
fundamentação jurídica, levando a CVM a excluí-lo da versão final, mantendo a
regra de eliminação desse lucro não realizado apenas nas demonstrações
consolidadas.
As Demonstrações Consolidadas apresentam um Patrimônio Líquido menor,
ocorrendo o mesmo com o resultado consolidado, isto é decorrente da
eliminação, tanto no balanço quanto na demonstração do resultado
consolidado, do lucro não realizado pela controladora apurado em venda, todas
38
as situações de diferenças devem ser objeto de Notas Explicativas
evidenciando a reconciliação dos dois valores.
Para retratar o efeito da diferença de critérios no patrimônio líquido e no
resultado consolidados, em relação ao resultado obtido no cálculo da
equivalência patrimonial, tomemos por base o seguinte exemplo:
• A controlada B vende em 15.12.XA, por $ 2.000, para a controladora A,
mercadorias que havia adquirido de terceiros a um custo de $ 1.500. Em
31.12.XA essas mercadorias permaneciam no estoque da controladora.
• A controladora A vende em 20.12.XA, por $ 1.000, para a controlada B,
veículo que custara $ 900, com lucro de $ 100.
• Não há saldos de Contas a Receber e a Pagar intercompanhias.
• Em 31.12.XA tínhamos as seguintes posições antes da equivalência
patrimonial e da consolidação:
DESCRIÇÃO CONTROLADORA A CONTROLADA B
ATIVO
Disponibilidades 1.000 500
Valores a Receber 90.000 30.000
Estoques 50.000 20.000
Investimentos 24.000 0
Imobilizado 40.000 15.000
TOTAIS 205.000 65.500
PASSIVO
Contas a Pagar 115.000 25.500
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital 70.000 30.000
Lucros Acumulados 20.000 10.000
TOTAIS 205.000 65.500
39
Cálculo da equivalência patrimonial:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 40.000
% participação
Total do investimento
(-) Lucros não realizados
70%
28.000
(500)
Total do Investimento
Valor contábil do investimento
Resultado da Equivalência Patrimonial
27.500
24.000
3.500
6.2 PATRIMÔNIO LÍQUIDO NEGATIVO NA CONTROLADA
Um outro fator que provoca divergências, tanto no patrimônio líquido quanto no
resultado, entre as demonstrações contábeis da controladora e as
consolidadas é a existência de patrimônio líquido negativo na controlada. O PL
negativo da controlada é ajustado no patrimônio líquido consolidado. No
método da equivalência patrimonial, a conta de investimentos da controladora
permanece com valor zero.
Desta forma, os prejuízos apurados pela sociedade investida são registrados
na investidora até o limite do valor do investimento. Quando o patrimônio
líquido da investida (controlada) estiver negativo, o investimento registrado na
controladora estará igual a zero.
Na hipótese de a investidora ter assumido responsabilidade formal ou
operacional para cobertura do passivo a descoberto na investida, aquela
deverá constituir a respectiva provisão para perda.
Na ocorrência de patrimônio líquido negativo na controlada, a igualdade entre o
resultado e o patrimônio líquido da controladora e os mesmos itens apurados
40
nas demonstrações consolidadas dependerá, portanto, de duas situações, a
saber:
A. a controladora não constitui provisão para perdas;
B. a controladora constitui provisão para perdas.
Na hipótese da letra a, o lucro líquido e o patrimônio líquido da controladora a
serem reportados serão superiores aos respectivos montantes consolidados.
Isto em razão do reconhecimento no resultado da controladora, via
equivalência patrimonial, de perda até o limite do seu investimento.
Na hipótese da letra b, em havendo provisão para cobrir patrimônio líquido
negativo da controlada, o lucro e o patrimônio líquido da controladora serão
iguais aos montantes consolidados.
41
7. CONCLUSÃO
Este artigo não teve, obviamente, a pretensão de esgotar o assunto relativo a
diferenças entre o lucro pela equivalência patrimonial e o lucro consolidado.
Existem outras situações em que podem vir a ocorrer diferenças entre o lucro
pela equivalência patrimonial e o lucro consolidado. Procureis evidenciar,
apenas, os aspectos comuns à avaliação pela equivalência patrimonial e à
consolidação de demonstrações contábeis, em especial à Demonstração do
Resultado do Exercício. Dentre estes, busquei destacar aqueles que
entendemos mais relevantes no que respeita aos efeitos no lucro pela
equivalência e no lucro consolidado.
Importa ressaltar, por ser oportuno, a necessidade de divulgação, em notas
explicativas às demonstrações consolidadas, da conciliação entre os valores do
lucro e do patrimônio líquido individuais e consolidados quando se verificarem
diferenças entre os mesmos.
A CVM, através da Instrução 247/96, quando trata das Notas Explicativas às
Demonstrações Contábeis Consolidadas, determina em seu artigo 31, inciso
IV, que as mesmas devem conter informações precisas das controladas,
indicando "eventos que ocasionaram diferença entre os montantes do
patrimônio líquido e lucro líquido e ou prejuízo da investidora, em confronto
com os correspondentes montantes do patrimônio líquido e do lucro líquido ou
prejuízo consolidados.
42
8. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas,
1997.
BRASIL. Lei de Sociedades Anônimas. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 1998.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – Instrução CVM no 247/96
FIPECAFI/Arthur Andersen. Normas e Práticas Contábeis no Brasil. 2ª ed. São
Paulo: Atlas, 1994.
FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras, USP. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. 4ª ed.
São Paulo: Atlas, 1995.
PEREZ JUNIOR, José Hernandez/OLIVEIRA, Luís Martins de. Contabilidade
Avançada. São Paulo: Atlas, 1998.
IBRACON – Instituto Brasileiro de Contadores. Princípios Contábeis. 2ª ed. São
Paulo: Atlas, 1994.
NEVES, Silvério das. Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações
Financeiras. São Paulo: Frase Editora, 1995.
STANDERSKI, Wlademiro. Consolidação de Balanços de Empresas. São
Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1976.
43
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .......................................................................... 7
2. ASPECTOS LEGAIS DA CONSOLIDAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS........................................ 9
2.1 FONTES DO DIREITO .........................................................................9 2.2 OBRIGATORIEDADE DA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO .............9 2.3 INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO CONFORME A LEI DAS
S/A......................................................................................................11 2.4 TRATAMENTO DADOS AOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS .........12 2.5 INSTRUÇÕES PARA ELABORAR A DRE E A DOAR
CONSOLIDADA.................................................................................13
3. INSTRUÇÃO 247 DA CVM DE 27/03/96 ................................ 15
3.1 AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS/ COLIGADAS ......................................................................................15
3.1.1 DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL...................15 3.1.2 DAS COLIGADAS E CONTROLADAS ......................................16 3.1.3 DA DETERMINAÇÃO DA RELEVÂNCIA DO
INVESTIMENTO..........................................................................17 3.1.4 DOS INVESTIMENTOS A SEREM AVALIADOS PELO
MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL.........................18 3.1.5 DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DE
INVESTIMENTOS PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL............................................................................19
3.1.6 DAS PERDAS PERMANENTES EM INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL............................................................................21
3.1.7 DO ÁGIO OU DESÁGIO NA AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTO AVALIADO PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL................................................21
3.1.8 DA DIFERENÇA RESULTANTE DA AVALIAÇÃO BASEADA NO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL............................................................................23
3.1.9 DOS DIVIDENDOS E BONIFICAÇÕES EM AÇÕES RECEBIDOS PELA INVESTIDORA ...........................................24
3.1.10 DAS NOTAS EXPLICATIVAS ....................................................24 3.1.11 DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS
E DO DEVER DE ELABORAR E DIVULGAR DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS ...............24
3.1.12 DAS SOCIEDADES CONTROLADAS EXCLUÍDAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS .....................................25
3.1.13 DA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS .......................................................................25
3.1.14 DAS NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS .................................................26
44
3.1.15 DA CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE SOCIEDADES CONTROLADAS EM CONJUNTO. ...............................................................................26
3.2 DISPOSIÇÕES FINAIS ......................................................................26
4. CONCEITOS E OBJETIVOS................................................... 28
4.1 EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL.......................................................28 4.2 CONSOLIDAÇÃO ..............................................................................28
5. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA – OBRIGAÇÔES...................... 31
5.1 MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL................................31 5.2 DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS ............................................31
6. DIFERENÇA ENTRE O LUCRO NO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL E O LUCRO CONSOLIDADO...................................................................... 33
6.1 RESULTADOS NÃO REALIZADOS..................................................35 6.2 PATRIMÔNIO LÍQUIDO NEGATIVO NA CONTROLADA.................39
7. CONCLUSÃO.......................................................................... 41
8. BIBLIOGRAFIA....................................................................... 42