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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA MARKETING ESTRATÉGICO E COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL Prof Tufic Derzi Orientador Prof. Mário Luiz Rio de Janeiro 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · MARKETING ESTRATÉGICO E COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL O Marketing no século XXI – Desafios, como criar, conquistar e dominar

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

MARKETING ESTRATÉGICO E COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL

Prof Tufic Derzi

Orientador

Prof. Mário Luiz

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

MARKETING ESTRATÉGICO E COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL

O Marketing no século XXI – Desafios, como criar, conquistar e dominar mercados.

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Gestão Empresarial

Por Miguel Angelo Santos da Silva

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AGRADECIMENTOS

A Deus , sobre todas as coisas; sem sua

vontade não cai uma folha de uma árvore ;

Aos Mestres do Instituto a Vez do Mestre;

aos amigos, em especial do curso de Pós

Graduação: Thiago Portella, Brunna

Braga, Anderson Marins, Leandro Xavier e

Rosângela Gomes. A Família, nosso maior

tesouro e ao Orientador Mário Luiz

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a todos as pessoas

que assim como eu , sonham em vencer na

vida, deixar sua marca ; escrever sua

história. Traçam planos, metas , objetivos e

seguem em frente , mesmo com todos os

obstáculos , pois a superação é nosso lema

e a caminhada é muito mais interessante que

a chegada ao topo ..

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Resumo

Os conceitos de marketing estão sofrendo uma total transformação em função do atual cenário de globalização das economias, no qual os custos de produção de cada país são diferenciados aumentando, conseqüentemente, a competição.Se na década de 80 as empresas estavam preocupadas em reduzir os custos e promover uma reengenharia administrativa que removesse os excessos de funções e atividades das corporações, nos anos 90, ao contrário, os esforços estão em buscar formas de aumentar o faturamento.Nessa missão, o marketing assume um papel fundamental, enquanto a chave da prosperidade de uma empresa.

Nessa nova fase, a finalidade do marketing é criar oportunidades de lucros, e oferecer idéias sempre melhores, que ampliem a vantagem competitiva da empresa no mercado.Esse novo papel do marketing é resultado das atuais exigências do mercado.

É cada vez mais difícil agradar os clientes que querem produtos e serviços superiores, adaptados às suas necessidades, fornecidos com rapidez, pelos menores preços e com serviços adicionais gratuitos.

A qualidade já não faz mais a diferença. O divisor de águas agora será o valor agregado de um produto que é constituído muitas vezes de valores intangíveis como: a atitude do vendedor, a postura do fornecedor, a empatia com o cliente, a cultura empresarial, etc.

O valor agregado é que garantirá o consumidor e sua lealdade.A mudança desses conceitos fez com que a competição se transferisse para uma área inatingível e imensurável do marketing, onde fica cada vez mais difícil inovar.

Ao mesmo tempo, o desempenho do setor de marketing ganha um impacto crescente no desempenho financeiro da empresa, podendo repercutir diretamente no seu faturamento.

Para ser bem sucedida nessa corrida, a empresa precisa ter uma visão clara de qual é o centro de seu negócio, e possuir também um conjunto claro e estável de valores e uma visão de futuro.

Para envolver o cliente é preciso customizar a comunicação, o produto, o serviço e o material promocional de tal forma que se estabeleça uma relação estreita com ele.

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Metodologia

A metodologia utilizada para buscar os resultados foram pesquisas bibliográficas,

pesquisas em revistas especializadas, internet e posteriormente foi aplicada uma

pesquisa quantitativa do livro Marketing para o século XXI , cujo tema abrange por

completo esta monografia, seja com exemplos dados, estudos de caso e o

marketing estratégico em sua totalidade. Foi feito pesquisa e levantamento de

dados em Empresas que já utilizam o marketing , nas propagandas, no

desenvolvimento de novos produtos , inovações, onde foi percebido o marketing

como setor essencial na empresa.

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Sumário

Introdução Página 08

Capitulo I - O marketing no século XXI Página 09

1.1 – As novas tendências e o marketing estratégico Página 10

1.2 – Marketing digital Página 11

Capítulo II – Como identificar e conquistar mercados Página 16

2.1 - O Planejamento e Desenvolvimento de Produtos Página 17

2.2 - A Operação de Vendas Realizando Metas Página 19

Capítulo III – Marketing Estratégico Página 22

3.1 - O primeiro "P" Produto: Qualidade, Apresentação e Marca Página 22

3.2 - O segundo "P" Preço, sua Formação e o Elo de Valor Página 24

3.3 - O terceiro "P" Ponto de Venda e suas Abordagens Página 26

3.4 - O quarto "P" Propaganda e Promoção de Vendas Página 28

Capítulo IV – Competitividade Empresarial Página 30

Alvos e Estratégias no Mercado Competitivo

4.1 - Preparando a "Marca" para o Mercado Página 34

Conclusão Página 40

Bibliografia Página 42

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Introdução

Marketing é uma questão muito ampla, que tem diversos significados e requer

uma compreensão de seus vários componentes. Pode ser visto como um estímulo

e geração de trocas ; um processo que segue um conjunto de atividades

logicamente encadeadas e executadas para alcançar resultados . Também pode

ser visto como uma orientação filosófica , um princípio básico da empresa que

enfatiza o foco nas necessidades do cliente , no trabalho integrado e a geração do

lucro .

O marketing está por toda parte , formal ou informalmente ; pessoas e

organizações envolvem-se em um grande número de atividades que poderiam ser

chamadas de marketing , atualmente muito diversificado como explicado no

capítulo I desta ;

Nesta monografia, será apresentado o papel do marketing na sociedade , suas

tarefas , principais conceitos e as orientações que as empresas adotam em

relação ao mercado , todas as orietanções mencionadas acima explicadas no

capítulo II e III .

Vive-se hoje uma nova década, que muitos estudiosos denominam de “ revolução

da informação “ . Essa revolução , decorrente da evolução tecnológica , faz com

que a sociedade humana passe por grandes transformações no âmbito social e

profissional , exigindo uma quebra de paradigmas em todos os níveis da

sociedade . Essa revolução também passa pelas empresas que , por sua vez,

enfrentam mudanças significativas na forma de produção , marketing ,

administração , consumo , e principalmente , no seu posicionamento de mercado.

Dapi, vem a competitividade Empresarial, explicada no capítulo IV .

Essa nova era vem marcada pela globalização , pela necessidade de velocidade

nas tomadas de decisões , pela conquista acirrada do cliente e pela utilização de

todas as mais intensas estratégias competitivas .

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Capítulo I

O Marketing no século XXI -

Marketing Estratégico e Competitividade Empresarial

O lema da estratégia em marketing é ser diferente. Significa escolher uma posição

única e exclusiva, difícil de ser copiada ou imitada pelos competidores.

A partir dessa perspectiva, temos o pensamento da Escola do Posicionamento

como a fundamentação teórica que constitui a essência do marketing estratégico.

Ou seja, a idéia de se deliberar um foco estreito ( trade-off ), baseado em custo ou

diferenciação, optar por um público-alvo (amplo ou estreito), e construir uma

cadeia de valores sintonizada com a decisão estabelecida são as premissas

básicas que formalizam o paradigma da essência estratégica.

Através da análise dos pontos fortes e fracos da empresa e do mercado

concorrente, das oportunidades e ameaças ambientais, é possível desenvolver a

escolha de uma proposta de valor que vai orientar a direção estratégica de uma

marca, através da escolha tanto de um posicionamento amplo (custo,

diferenciação e enfoque) quanto de um posicionamento específico ( unique selling

proposition ) capazes de dar uma direção e robustez estratégica a uma empresa.

Além disso, é preciso observar que a decisão deve ser uma escolha estratégica,

que é fruto de uma orientação exclusiva e excludente, devendo ser seguida,

continuada e não modificada, assumindo uma posição focalizadora e abrindo mão

de outras proposições. Isto é, se uma empresa optou por um foco em custo, não

pode querer também abordar um foco em diferenciação em sua estratégia.

Um outro ponto a ser destacado está relacionado à busca de uma liderança de

mercado. Isto é, ser o primeiro a adotar uma abordagem focalizadora, através do

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conceito de n o 1, é importante para assegurar um posicionamento na mente e no

mercado ( marketingmind approach ) de forma ímpar e criativa.

Analisando as marcas mais valiosas do mundo, segundo os dados da Interbrand,

podemos destacar um aspecto comum: a visão estratégica de marketing como

fator diferenciador que confere às empresas um brand equity (equidade da marca)

superior.

1.1 - AS NOVAS TENDÊNCIAS E O MARKETING ESTRATÉGICO

TOTAL

Pensar em marketing, atualmente, é lançá-lo em um olhar complexo, que integra e

interliga as ciências econômicas, sociais e humanas em um ritmo freneticamente

interdisciplinar, para poder compreender que o estudo da sua estrutura e

aplicação só é possível através de uma abordagem holística, pois tomando o

sujeito (consumidor / demanda) como foco de análise, indubitavelmente, torna-se

imperioso perceber e investigar tudo o que está a sua volta e como as produções

estratégicas mercadológicas trabalham e atingem o imaginário desse mercado.

Planejar o marketing é construir uma rede de interfaces a um termo que

poderíamos designar de Marketing Estratégico Total – que o rodeiam e impactam

esse consumidor, como foi dito. Para iniciar essa jornada, abriremos a discussão

com quatro pontos cardeais dessa nova ordem que vem influenciando o

marketing: a globalização, a tecnologia, o meio ambiente e o social.

•Globalização

•Tecnologia

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•Meioambiente

• Social

O marketing, nos últimos sessenta anos, evoluiu para um cenário global,

tecnológico, social e ambiental onde as economias, as culturas e os desejos se

aproximaram, intensamente, contribuindo para o fenômeno da sociedade da

informação, tão bem apontada por Peter Drucker; ou, para Fritjof Capra, uma

sociedade em rede que tece a globalização.

Nesse ritmo frenético e conturbado das transformações e fusões, da nova

geopolítica do mundo dos negócios, das tecnologias em rede, do cenário social e

ambiental, e da integração acelerada das diversas mídias e ideologias estamos

diante de um quadro macroambiental de muita imprevisibilidade, que vem

conduzindo o pensamento do marketing no campo da gestão.

Porém, uma coisa é certa: estamos vivendo uma nova era onde os consumidores /

sujeitos representam um papel de ator social chave nesse processo, sendo

trabalhados tanto de forma personalizada, individualizada através de novos

gadgets eletrônicos, quanto parte integrante do paradigma sócio-ambiental com

todos os contornos de ambigüidade, contrastes e paradoxos, típicos da pós-

modernidade.

1.2 - MARKETING DIGITAL

A era da informação ou sociedade informacional introduz o campo da tecnologia

digital, que oferece a possibilidade de armazenar e difundir informações de

maneira ágil e global, através do mundo dos bits .

Com o avanço tecnológico, vem ocorrendo profundas alterações nas relações

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entre os indivíduos. Essa modificação também se reflete na maneira como as

empresas fazem negócios, tendo como pano de fundo a globalização.

Ante essa nova realidade, uma série de empresas começou a desenvolver

estratégias de marketing que fazem uso de tecnologias digitais, desde a utilização

para comunicação institucional e de produtos até a utilização em promoção,

vendas on-line , serviço de atendimento a clientes e um conjunto de ações que

são implementadas a cada inovação tecnológica que surge no mercado. Uma

revolução no marketing.

Estratégias de marketing em B2C ( business-to-consumer ), B2B (business-to-

business ) , C2C ( consumer-to-consumer ) e A2C ( administration-to-consumer ),

entre outras, fazem parte do novo discurso tecnomercadológico das redes virtuais

do consumo, envolvendo empresas e consumidores, onde as palavras-chave são

interatividade, personalização, globalização, integração, aproximação,

convergência e democratização da informação. Sendo que cada uma oferece uma

nova dimensão à comunicação, às vendas e ao relacionamento com o mercado.

Merecem destaque, também, a entrada neste cenário do conceito de

customização (produção e venda sob medidas) aliado às inovações tecnológicas

permanentes que propiciam ao mercado consumidor a possibilidade de uma

atomização espetacular na aquisição de bens e serviços de forma personalizada.

Os computadores, a internet e as comunidades virtuais, através do sistema de

redes, estão influenciando uma nova forma de fazer negócios conduzir

relacionamentos no meio eletrônico. Mudanças estas que, de certo, serão

incorporadas às mídias tradicionais.

O marketing digital – webmarketing ou e-marketing – torna-se de suma

importância para as organizações, pois com a facilidade de acesso e a

horizontalização no uso dessas tecnologias, por parte da demanda, as empresas

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terão que se ajustar aos novos tempos imprimindo mudanças radicais na forma de

realizar negócios e administrar relacionamentos.

Estamos na Era da Informação e por este motivo que o Marketing vem ganhando força e importância cada vez maior no mundo, uma vez que a Globalização e a Internet estão unificando o mundo, as empresas aumentaram seus mercados, porém, perderam mercados fixos uma vez que a concorrência agora e Global.

Nesta breve pesquisa procuraremos expor os motivos que levam o Marketing a se tornar uma peça importante na Economia Mundial.

"Marketing é o processo de planejamento e execução da concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços, organizações e eventos para criar trocas que venham a satisfazer objetivos individuais e organizacionais." Kotler (1985)

A essência do marketing é o processo de troca, em que duas ou mais partes se dão algo de valor, com objetivo de satisfazer necessidades recíprocas. É o processo de criar e resolver as relações de troca.

Para que possamos ter uma visão geral adequada dos conceitos básicos do marketing, faz-se necessário conhecer a sua evolução.

Até o advento da Revolução Industrial, os modelos de produção ocidentais eram essencialmente artesanais. Tínhamos então o ferreiro, o alfaiate, o padeiro, o oleiro, o sapateiro, todos enfim produzindo para um dado consumidor, fosse ele uma pessoa ou uma organização, e atendendo-os quase que apenas sob encomenda ou sob medida.

Dali por diante, entretanto, a capacidade de produzir em série, em escala, focou principalmente produtos básicos. A padronização, onde eram raras as opções (apenas e poucas variações de utilidades, cores, tamanhos, sabores), trouxe consigo hábitos de consumo novos, mas aplicáveis à massa, ao mercado no seu mais amplo sentido, seja ele geográfico ou demográfico.

Apesar dos novos processos produtivos e dos maciços investimentos em instalações e equipamentos poucas eram as plantas industriais e assim sendo, ínfima a concorrência.

Podemos afirmar que as políticas governamentais de implantação de indústrias e preservação do seu crescimento, daquela época, estabeleciam disputas quase que apenas entre os produtores de um país ou continente e os mercados consumidores de outros.

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O norte das decisões era o produto, que (de tão básico) chegava aos mercados atendendo a demandas concentradas e já claramente definidas por alimentação, vestuário, higiene e outras assim igualmente essenciais.

Os produtos, que antes da Revolução Industrial eram objeto de encomendas, com ela passaram a ser industrializados e estocados. Estudavam-se os mercados enquanto meras vias de distribuição e escoamento dos estoques.

A ordem do dia era estabelecer regras e princípios de maior produtividade (mais máquinas, maior carga de trabalho), meios e vias de transporte (navios, trens e tropas) desde as fontes produtoras até os canais de distribuição (grandes entrepostos atacadistas e armazéns varejistas, surgindo assim os intermediários) e maximização de lucros.

A tais estudos chamava-se mercadologia, que se empenhava em elaborar pesquisas, estudar formas de vendas, meios de distribuição, desenvolver promoções e demais serviços agregados ao processo.

Buscavam-se meios para produzir mais e mais, transportar mais e com maior rapidez, distribuir (via intermediários) por canais concentrados em grandes entrepostos e capilarizados em armazéns, mas para atender a mercados de consumo de massa.

Na primeira metade do século XX, entretanto, notadamente até o fim da 2a. Grande Guerra, os pensadores ocidentais começaram a produzir os primeiros ensaios objetivando compreender o consumidor e seus hábitos de consumo, mas o foco ainda era o produto e como vendê-lo mais.

Entretanto, a página começava a ser virada. Após a 2ª Grande Guerra o mercado passou a ser estudado de forma diferente o enfoque agora era o cliente (comprador) e não mais a produção e é ai que surge o Marketing diferente de vendas simples ou escoamento de estoques.

Estabelecidos os conceitos fundamentais do marketing, vamos agora buscar entendimento para uma outra questão essencial:

Vendas e marketing, serão a mesma coisa? Teriam os mesmos objetivos? Alcançariam os mesmos resultados?

Vejamos...

"A venda enfoca as necessidades do vendedor; o marketing, as do comprador. A venda está preocupada com as necessidades do vendedor de converter seu produto em dinheiro; o marketing, com a idéia de satisfazer às necessidades do

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cliente por meio do produto e toda a gama de coisas associadas com a criação, a entrega e o consumo final." Levitt, Theodore (1988)

Na realidade, a venda e o marketing são antíteses e não são sinônimos ou complementações.

"Haverá sempre, podemos admitir, necessidade para alguma venda, mas o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua, é saber e compreender tão bem o cliente que o produto ou serviço o sirva e se venda por si mesmo." Druker, Peter F. (1980)

Isto posta, podemos agora diferenciar, tanto em termos conceituais quanto aplicativos, as atividades de vendas (que priorizam o produto) e as de marketing (que focalizam a satisfação de necessidades do consumidor)." Kotler (1986)

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Capítulo II

Como criar, identificar e conquistar mercados?

"O Marketing existe com força desde a 1ª Revolução Industrial, é uma ferramenta essencial para pequenas e grandes empresas. Com a Globalização todas as Empresas necessitam acompanhar o mercado para isso o uso de técnicas especiais se torna obrigação." Cobra (1986)

"A problemática atual abrange a todas as empresas, a Globalização abriu novos mercados porem as empresas que não estiverem usando o Marketing corretamente estarão destinadas à extinção. As empresas para continuarem competindo no mercado global devem priorizar:

Publico alvo, pesquisar o Mercado, custo da propaganda, promoções e eventos de divulgação, estratégias de influência e vendas, criar uma "Marca" forte, Negociar bem com os fornecedores." Stanpleton (1994)

Para que uma empresa possa atender, satisfazendo e mantendo seus consumidores, deve administrar com eficiência seus recursos, direcionando-os em busca dos seus objetivos de mercado.

Mas deve também estar atenta a cada oportunidade que se apresente, a par das atuais e novas necessidades dos seus atuais e futuros consumidores.

Imprescindível estar sempre à frente de seus concorrentes, antecipar tendências de consumo, acompanhar variações de necessidades e determinar caminhos rumo à sua continua satisfação. Daí a importância vital de administrar cada passo dado no mercado, tendo em vista sempre quais os seus objetivos estratégicos de longo prazo, e perseverar rumo a eles.

O traçado de tais objetivos nos obriga a refletir incessantemente sobre o que pretendemos enquanto empresa; de quais meios e recursos efetivamente dispomos para a nossa operação. Há que se estabelecer que mercados pretendem ocupar e manter: com quais produtos o faremos com sucesso, no que podemos ser e somos melhores ou piores do que nossos concorrentes.

Para uma operação empresarial que tenha o lucro como objetivo, o campo da administração de maior importância para o alcance desta meta é sem dúvida o marketing.

A função da administração de marketing numa empresa está relacionada ao desempenho de atividades essenciais, tais como: especificar, através de sistema de informações e pesquisas de quais produtos ou serviços são desejados por

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quais grupos de consumidores, que tomam decisões sobre preços, selecionando o sistema de canais de distribuição e gerenciando o esforço promocional.

O marketing participa da fixação dos padrões de vida em sociedade. Só desenvolver um bom produto não resulta necessariamente em sucesso empresarial, pois o produto tem que ser vendido. O ponto de ligação rumo ao sucesso está na capacidade de se desenvolver novos produtos, determinando-se previamente quais as necessidades e desejos dos consumidores em potencial, e especificá-los com vistas a satisfazer tais necessidades e desejos.

"A administração de marketing deve preocupar-se com:

• Localizar e medir a demanda de um ou mais grupos de consumidores por algum tipo de produto ou serviço em determinado espaço de tempo.

• Traduzir essa demanda em produtos ou linha de produtos. • Desenvolver e implementar um plano que torne o produto disponível sob a

forma de oferta. • E todas estas ações, relembrando o foco, devem ser desenvolvidas

eficientemente para gerar lucros.

Se observarmos a essência do papel do marketing dentro da empresa, podemos vê-lo, na sua etapa de execução mais visível, como gestor da movimentação e distribuição de bens do produtor até o consumidor." Stanpleton (1994)

Analisando e Gerando Soluções Estratégicas

O mundo Globalizado força as empresas a se tornarem profissionais de Marketing, ou seja, atuarem no mercado de forma segura e enraizados nos fundamentos do Marketing atual, utilizando ferramentas comprovadamente eficazes.

A Pesquisa de Informações

Devemos considerar aqui todas as definições estratégicas requeridas para.

"Influenciar e estimular a demanda por uma marca ou produto; Determinar o conceito do melhor ponto de venda para a organização; Obter informações sobre produtos alternativos que poderão preencher as oportunidades de demanda derivadas da demanda original etc." Kotler (1985)

2.1 - O Planejamento e Desenvolvimento de Produtos

"Nesta etapa do processo é de fundamental importância que as pesquisas tenham determinado as oportunidades de mercado, definido o comportamento do consumidor, objetivando detectar e estabelecer suas preferências, em função de suas necessidades e desejos.

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De posse de tais resultados, é possível criar e desenvolver novos produtos e/ou serviços, ou modificar os produtos e/ou serviços ofertados.

Outro foco de atenção durante o planejamento é com a determinação da qualidade dos produtos ofertados e/ou do serviços prestados, e assim também da sua aparência e os resultados esperados no seu consumo ou desempenho.

Cada passo aqui é dado tomando-se por rumo o que pensa e prefere o consumidor, à luz de suas necessidades e desejos." Kotler (1985)

A Influência da Demanda e suas Ferramentas

Basicamente, envolve aqui nesta etapa todas as atividades necessárias para fazer com que o consumidor deseje o produto.

Existem várias formas de se influenciar a demanda, e as mais significativas são (Cobra, 1986):

• A propaganda

Há que se fazer distinções quando se fala em propaganda.

Muitas pessoas, por falta de informação ou de esclarecimentos adequados, infelizmente ainda confundem propaganda com marketing.

A propaganda é uma das ferramentas das mais importantes, do marketing, e não o próprio marketing como um todo.

O marketing não significa apenas e tão somente fazer propaganda, mas sim o desenvolvimento de um processo muito mais amplo e complexo, que busca realizar negócios por meio da satisfação de necessidades, e tem na propaganda uma arma poderosa, quando bem planejada e utilizada.

A propaganda, como o próprio nome nos permite deduzir, "propaga", divulgando de forma planejada dados, fatos, informações e todo e qualquer outro elemento favorável de estímulo ao consumo e de influência à decisão de compra do alvo, do consumidor em potencial que se pretende atingir.

Devemos lembrar também da propaganda institucional, que procura (influenciando positivamente) criar e manter uma imagem favorável tanto da empresa quanto de seus produtos e/ou serviços.

• A promoção de vendas

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Envolve a utilização de outros meios de divulgação do produto que são: folhetos informativos, cartazes de apresentação, displays de exposição, preparação de vitrines, feiras segmentadas ou de ocasião, demonstrações e degustações, bottons, bonés, camisetas, amostras, miniaturas, além das campanhas de vendas de oportunidade, como vendas aniversário, liquidações, etc

• A embalagem

A embalagem é parte integrante de essencial importância na influência à decisão de compra, envolvendo não apenas conter o produto, mas notadamente estimular o seu consumo, disto fazendo parte desde a definição de cores e imagens até a determinação de formatos e tamanhos, passando pelos materiais especificamente utilizados. Cobra (1986)

2.2 - A Operação de Vendas Realizando Metas

A operação de vendas é a célula fundamental no alcance dos objetivos de qualquer empreendimento de mercado.

O sistema de marketing deve sempre estar, e está, intimamente relacionado com vendas.

Apenas em alguns modelos de comercialização muito específicos a venda decorre de uma iniciativa do consumidor, como é o caso, por exemplo, das vendas por catálogos.

Na grande maioria dos modelos adotados, entretanto, a venda decorre de um esforço pessoal do vendedor, satisfazendo as necessidades de um outro indivíduo, o comprador.

A importância do vendedor dentro do sistema de marketing é indiscutível. Sobre o vendedor recai a responsabilidade pelo sucesso de todo o esforço de propaganda e promoção de vendas.

Uma vez que atua no ponto de venda, ele é o elemento-chave na política de vendas da empresa.

Não devemos nos esquecer de que, ao satisfazer necessidades e desejos, o grande objetivo do marketing é produzir vendas.

A Importância do Atendimento ao Cliente

Temos aqui a continuação da venda, a sua seqüência, o chamado pós-venda, que influencia (a depender da sua excelência) a decisão do consumidor de voltar a

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comprar ou não o produto adquirido, ou contratar novamente os serviços prestados.

O atendimento não se relaciona apenas ao aspecto técnico, mas notadamente à atenção que a empresa dá ao consumidor, procurando certificar-se de que o produto e/ou serviço tenham resultado na satisfação das necessidades e desejos do cliente.

Variáveis Controláveis e Incontroláveis

Toda empresa deve elaborar estratégias para apresentar sua oferta ao mercado, mas tendo clara a análise de todos os fatores que podem influenciar o seu traçado e cumprimento.

Tais fatores são variáveis existentes no ambiente de mercado, e podem ser internas ou externas ao mercado, determinando sua modelagem, além de mudar as intensidades, os costumes e os acontecimentos do processo de comercialização.

Estas variáveis podem ser controláveis ou incontroláveis.

Para que se possa decidir sobre quais estratégias poderão dar melhor cumprimento às metas da empresa, devemos antes conhecer cada uma destas variáveis mercadológicas.

As variáveis controláveis são aquelas sobre as quais a empresa pode exercer decisão e gerenciamento, resultando em ações táticas que determinem o comportamento no mercado, quais sejam: o produto, a concorrência, o preço, a distribuição, a propaganda e a promoção.

Já as variáveis incontroláveis são caracterizadas por ocorrências que independem das ações da empresa, mas provocam alterações substanciais no mercado.

Compete às empresas estarem atentas a elas, avaliá-las e adotar políticas que consigam conciliá-las aos objetivos empresariais.

Dentre elas destacamos: a legislação, a ética, a política, a cultura, o sistema social, a religião, os comportamentos e a economia. Há que se atentar para o critério da abordagem econômica, pois na elaboração de qualquer estratégia é de fundamental importância o fator renda, dado o seu caráter limitante, até porque sem renda não há demanda, a não ser por serviços sociais.

Vejamos ainda que a sociedade é uma estrutura complexa, onde as pessoas estão permanentemente em confronto e disputa, interligando-se, interdependendo-se.

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O homem é um animal gregário, e reflete isso na sua necessidade de pertencer a um corpo social. Essa necessidade faz com que os consumidores, a cada momento, se tornem mais exigentes, aprimorem suas análises e alterem suas decisões de compra. Os aspectos econômicos e sociais por sua vez, juntos, provocam mudanças na tecnologia, com reflexos no planejamento do produto e na definição das estratégias de marketing.

Portanto, pesquisa constante, desenvolvimento e atualização tecnológica devem sempre estar aliados ao marketing para fazer frente a mercados cada vez mais competitivos.

Consideremos também o peso preponderante dos fatores políticos e legais, tratando-se aqui das normas legais que regulamentam as operações de venda, interferem na composição de preços, determinam os critérios de financiamento à produção, controlam o sistema de crédito, sem nos esquecermos das posturas do Código de Defesa do Consumidor, fatores estes que, no seu conjunto, se não observados, podem resultar até no encerramento de atividades de uma empresa.

Compreendemos assim que, para uma empresa atuar com eficiência e resultados, há que harmonizar e compatibilizar suas ações de mercado, enquanto inseridas no macro-ambiente das forças demográficas, tecnológicas, ecológicas, políticas ilegais, e no micro-ambiente de forças da concorrência, fornecedores, canais de distribuição e público-alvo de consumidores.

A interação entre empresa e os meios ambiente, através de um sistema de marketing, que findou por conhecido como os "4 As", discorrendo sobre a finalidade da análise, as necessidades e o desenvolvimento de adaptação, os meios e ferramentas de ativação, e a importância da avaliação."

O sistema de organização de Richers, Raimar pode ser assim expresso:

"Fazer marketing é uma forma de sentir as necessidades do mercado através da análise, criar produtos ou serviços que atendam a essas necessidades mediante a adaptação e obter a venda por meio da ativação. Mas não é só, é preciso avaliar os desempenhos para, aí sim, integrar o marketing através de todas as suas funções." Richer, Raimar (1987)

Procurando desenvolver uma abordagem estratégica que, de forma sistemática e objetiva, pudesse dotar o marketing de uma ação integrada, E. Jerome McCarthy nos apresentou o que hoje é uma das estratégias mais largamente adotadas, o seu Composto de Marketing.

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Capítulo III

O Composto de Marketing como Estratégia

"A estratégia mercadológica do composto de marketing pode ser definida como o conjunto de variáveis controláveis que a empresa pode utilizar para influenciar as respostas dos consumidores, e podem ser classificadas em quatro fatores: produto, preço, ponto de venda e propaganda e promoção." McCarthy (1988)

3.1 - O primeiro "P" Produto: Qualidade, Apresentação e Marca

Buscando os meios e opções disponíveis que possam satisfazer ao seu desejo, aos quais podemos chamar de produtos, o homem atribui a cada uma deles um valor, na razão direta da possibilidade de suprir e atender com maior ou menor satisfação ao seu desejo.

"Um produto é tudo aquilo capaz de satisfazer a um desejo". Kotler (1985)

Qualquer que seja o planejamento ou a estratégia mercadológica implica antes estudarmos e conhecermos o produto.

Todas as considerações sobre preços, vias de distribuição, propaganda, etc. decorrem do estudo do produto e da identificação e localização daqueles a quem pretendemos vender: o mercado.

O empresário, ao fazer o planejamento do que vai comercializar, leva em consideração aspectos qualitativos, para verificar as características que o consumidor quer no produto, bem como o uso a que este se destina. Deve ainda analisar considerações quantitativas, para saber quantas unidades do produto devem ser produzidas para atender à demanda do mercado.

O consumidor, ao tomar sua decisão de compra, o faz levando em conta aspectos tangíveis e intangíveis.

Os aspectos tangíveis podem ser o tamanho, a cor, o modelo, o estilo, a embalagem, rotulagem, etc.

Já os aspectos intangíveis podem ser a marca, as garantias, a imagem, o status que decorre do seu consumo, os serviços agregados, etc.

O estudo e o conhecimento de qualquer produto deve considerar três características básicas: qualidade; apresentação ou embalagem, e marca.

A qualidade do produto

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É imprescindível estudar, conhecer, para poder divulgar, os pontos qualitativos de cada item de venda dos nossos produtos, objetivando destacá-los positivamente em face à concorrência, muito acirrada hoje em dia em qualquer segmento de mercado.

Devemos acrescentar aqui a importâncias das garantias, que são os meios pelos quais asseguramos ao consumidor proteção contra defeitos de fabricação do produto, de funcionamento satisfatório, ou ainda de satisfação geral no uso ou consumo, além dos serviços agregados ao produto, e que vão influenciar na sua boa imagem, favorecendo a sua aceitação.

Assim sendo, cabe-nos conhecer também os pontos falhos de qualidade e garantias dos produtos concorrentes, para tomar a iniciativa da comparação sempre que necessário.

A apresentação do produto

A apresentação de um produto é o conduto diferenciador entre dois ou mais produtos concorrentes.

É fundamental estudar a apresentação dos seus produtos e destacar seus pontos positivos durante a abordagem de vendas dos mesmos.

Note a importância (por exemplo) das cores, que exercem influência na decisão de compra dos produtos, não só por suas conotações estéticas, mas também devido a fatores emocionais.

Contam ainda o estilo e a moda, que são elementos importantes no estudo do mercado. É necessário observar atentamente as tendências da moda, duração e aceitação de certos estilos para poder bem planejar, desenvolver e comercializar seus produtos.

A embalagem pode ser entendida apenas como algo utilizado para proteger o produto ou diferenciá-lo dos demais.Todavia devemos considerar o seu aspecto funcional, no sentido de adaptá-la ao produto e às condições de uso.

Precisa ser esteticamente agradável e ter apelo visual. Deve causar impacto, identificando o produto pelo nome e uso.

Contam ainda os seguintes pontos na embalagem: suas características físicas, seu desempenho no uso, sua adequação às necessidades de armazenagem e transporte e o seu custo, dentre outros.

A marca do produto

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Destaque sempre a importância e o peso da marca do seu produto. É o primeiro e mais importante passo para estabelecer a relação de procura espontânea, pois uma marca conhecida e bem aceita é uma garantia de influência positiva na tomada de decisão de compra do consumidor.

"A marca é o nome, termo, símbolo, grupo de palavras e letras, desenho ou combinação dos elementos citados, usados para identificar bens ou serviços de um vendedor ou de um grupo de vendedores, distinguindo-se dos demais produtos ou serviços concorrentes." McCarthy (1988)

Pode ser uma marca de fabricante (ex. Nestlé); de produto (ex. Coca-Cola); de linha de produto (ex. Mônica); de varejo (ex. Mappin); dentre outras modalidades.

3.2 - O segundo "P" Preço, sua Formação e o Elo de Valor

O preço pode ser conceituado como a expressão monetária do valor de um bem, ou ainda: o preço é o valor que o consumidor está disposto a pagar no ato da compra de um bem. Podemos distinguir quatro aspectos essenciais, que norteiam o critério de determinação de preço.

O custo

O custo de um produto engloba todos os seus componentes, quais sejam: pesquisa, desenvolvimento, matérias-primas, industrialização, embalagem, rotulagem, mão-de-obra, propaganda, promoção de vendas, distribuição, impostos, taxas, administração, desperdícios, encargos sociais, etc.

Não devemos nos esquecer, na análise do custo real, de todos os investimentos em instalações, mobiliário, máquinas, equipamentos e implementos, dentre outros, que devem incidir sobre a formação de preço do produto, inclusive os encargos de sua amortização e o ônus de sua depreciação.

O desprezo por tais custos resulta na formação de preços irreais, que (a médio e longo prazo) podem comprometer os resultados, além de repercutir em perda de participação no mercado quando do seu (necessário) ajuste.

A concorrência

Quando falamos em preços competitivos, referimo-nos à concorrência.

Podemos afirmar que, de certo modo, qualquer método de determinação de preços deve contemplar a sua comparação com os preços da concorrência e o seu impacto nos resultados planejados, em face de eventuais ajustes concorrências.

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Algumas empresas são forçadas a adotar como critério seguir o preço corrente no mercado, diante da impossibilidade de competir, apresentando preços superiores aos vigentes e aceitos, mesmo comprometendo suas margens e estreitando os resultados.

Outras, entretanto, mesmo podendo ofertar preços menores, observam a conveniência de enlanguescer suas margens e alinham-se aos preços superiores praticados pela concorrência e aceitos pelos consumidores.

Observados os dois cenários acima, podemos destacar que algumas empresas simplesmente seguem o preço de algum concorrente no mercado.

Existem também empresas que, seja observando as suas margens ou até sacrificando-as, trabalham com preços ditos agressivos, objetivando ofertar preços inferiores aos de seus concorrentes e assim tomar-lhes fatias de seus consumidores, quando não simplesmente buscando manter as suas.

Há ainda o que chamamos de preços promocionais, assim designados por objetivarem promover a atração da clientela, e com ela mais e mais vendas, pelo desejo infundido na oferta da vantagem do preço reduzido.

O consumidor

Delicada é a situação de uma empresa que, após determinar seus preços, verifica que o mercado não está disposto a pagá-los.

Entende-se assim a importância de realizar pesquisas de mercado de modo a lançar o produto com o preço adequado à demanda.

Outro ponto fundamental em relação ao consumidor reside na rapidez e na imensa quantidade de informações que este recebe, e que o auxiliam na sua tomada de decisão de compra, elevando continuamente seus níveis finais de exigência, sempre mais e mais críticos.

Com a ampla abertura das importações e o crescente incremento da concorrência, os preços devem ser muito bem estudados e trabalhados para que não afetem a adequada execução das metas empresariais expressas em vendas.

O elo do valor

Definir se um preço tem valor justo, e não apenas mais caro ou mais barato do que se dispõe o consumidor a pagar, está diretamente relacionado ao menor ou ao maior interesse despertado neste consumidor.

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O valor justo de um produto pode ser estabelecido pelo elo de valor que o interesse enseja.

Quando postos frente a frente às necessidades e desejos de um consumidor com a capacidade de sua satisfação dada por um determinado produto, o interesse que ali se cria estabelece um elo que pode ser valorizado.

A satisfação de tais necessidades e desejos pode ser expressa em valores pelo consumidor, ou seja, até quanto ele está disposto a pagar por tal satisfação.

De outro lado, o preço que se pode atribuir a um produto em sua oferta aos consumidores, deve levar em conta não apenas seus custos de produção, comercialização e lucro desejado, mas também a demanda (e nela as necessidades e desejos) que ele objetiva atender.

Usando o elo de valor o consumidor, em sua tomada de decisão, julga que quanto maior a capacidade de satisfação do produto, mais justo (menos caro ou mais barato) se fará sentir o preço dado e, inversamente, quanto menor esta mesma capacidade, menos justo (ou mais caro) se fará o mesmo preço dado na percepção do consumidor.

Portanto, afirmamos que (observada a disponibilidade de meios para pagamento) não existe preço caro ou barato para qualquer produto; existe maior ou menor interesse, diante de sua capacidade de satisfazer a necessidades e desejos, que pode ser medida pelo elo de valor.

3.3 - O terceiro "P" Ponto de Venda e suas Abordagens

O ponto de venda ou distribuição pode ser entendido como a combinação de agentes através dos quais o produto flui, desde o vendedor inicial (geralmente o fabricante) até o consumidor final.

Uma empresa pode, a depender da logística planejada, utilizar-se do atacadista, do distribuidor, do varejista, do correio, de loja própria, ou de qualquer outro canal para distribuir seus produtos na praça.

As opções de escolha levam em consideração, notadamente, os custos, as características dos produtos, a área geográfica que se quer atingir, a promoção que determinados canais podem oferecer para os produtos, a concorrência e a tradição.

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Decidir qual ou quais canais de distribuição se deve usar visando uma colocação eficiente dos produtos leva em conta fatores como: valor do produto; freqüência de compra; preferências dos consumidores; e características do produto.

As finalidades essenciais que o canal de distribuição deve atender são: movimentar fisicamente os produtos promovê-los retornar informações sobre o mercado, ensejar custos de marketing reduzidos e maximizar resultados e lucros.

Existem diversos modelos de canais de distribuição, indo desde os mais clássicos e usuais até modelos avançados, específicos e singulares, desenvolvidos segundo a estratégia particular de cada Empresa.

Quanto à colocação dos produtos no ponto de venda, devemos nos ater a alguns critérios básicos para atingir níveis satisfatórios de eficiência.

Devem ser colocados nas áreas de maior tráfego, de forma a serem vistos pelo maior número possível de pessoas.

Evitar o conflito entre o produto informado pela programação visual do ponto de venda e o produto efetivamente exposto no local, como por exemplo: no setor de produtos de limpeza, a exposição de um produto alimentício.

Facilitar o acesso visual e físico ao produto, dentre outros critérios.

Há ainda a abordagem relativa à necessidade da constante busca por pontos de venda inovadores.

A indústria vem ampliando sistematicamente seu interesse por pontos de venda alternativos, e se possível inovadores, para seus produtos, como é o caso, por exemplo, de vender salgadinhos em butiques e bancas de jornal.

Na busca destes canais alternativos, dois aspectos estratégicos devem ser considerados.

Associação da imagem do produto com a do ponto de venda, e a reação dos consumidores, atentando para evitar quaisquer danos, ainda que apenas potenciais. O efeito e o impacto sobre os pontos de venda tradicionais, de modo a evitar-se apenas deslocar vendas, com riscos de queda nos resultados.

O fato é que uma nova tendência tem se firmado: aquela ação em que o consumidor é abordado na hora da decisão de compra, mais exatamente na hora em que apanha o produto. Temos aí desde as simples operações de degustação até operações mais complexas destinadas a ganhar a simpatia do consumidor, como é o caso da oferta de amostras grátis encarta das em revistas e jornais,

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casadas com maciças campanhas promocionais, multiplicando exponencialmente as vendas dos produtos.

Pesquisas do segmento supermercadista indicam que um consumidor visualiza apenas 10% (dez por cento) do mix da loja e escolhe a marca em curtíssimos 5 (cinco) segundos.

Diante disto, os fabricantes destinam cada vez mais dinheiro para os pontos de venda. Dentro da vastidão de nomes, tipos, cores e marcas de produtos, vendem mais quem aparece mais.

3.4 - O quarto "P" Propaganda e Promoção de Vendas

A propaganda tem por missão integrar o esforço promocional, operando no sentido de atingir o subconsciente do consumidor com a penetração do apelo, influenciando sua decisão de compra.

É através da repetição de um conceito que ele se infunde e difunde, fazendo variar a opinião do mercado, mas é preciso existir persistência para que ela se mantenha.

Um fator preponderante é a seleção adequada dos veículos de divulgação do esforço promocional.

Árdua e delicada é a decisão entre jornais, revistas, rádios, canais de televisão, cinemas, mala-direta, outdoor, etc.

Nos tempos atuais, de notório amadurecimento dos avanços tecnológicos nos meios de comunicação (obtidos através de maciços investimentos em pesquisas nas duas últimas décadas), além da tv aberta e das rádios, contamos com a tv por satélite, a tv a cabo e suas dezenas ou centenas de canais, os jornais cada vez mais atualizados no seu formato e apresentação, as revistas com novos e dinâmicos formatos, o acesso a informações via internet e muitos outros por vir ainda.

E, através desta multiplicidade infindável de veículos, somos maciçamente influenciados pelo marketing em nosso cotidiano.

"Desde que acordamos até o momento em que dormimos, todas as nossas ações são permeadas pelo marketing. O consumo do sabonete na higiene pessoal, ao lado da pasta dental, ou mesmo do papel higiênico, é influenciado por alguma promoção no ponto de venda ou por um comercial na televisão. A lâmina de barbear, o creme de barbear, a loção pós-barba e o desodorante têm seu uso estimulado por algum apelo persuasivo. A manteiga ou a margarina, o café solúvel

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ou o de coador, o leite, tudo passa pela sedução de compra de algum elemento de marketing." Cobra (1986)

Para uma abordagem abrangente do esforço promocional devemos subdividi-lo em três grupos de relações: as relações com os vendedores, com os revendedores e com os consumidores.

As relações com a equipe de vendas devem ser pautadas pela ampla e eficiente disponibilidade da estrutura promocional a serviço dos vendedores, os quais devem continuamente buscar desenvolver-se, aperfeiçoar e reciclar em torno da temática promocional.

No que tange às relações com os revendedores, à promoção de vendas deve atentar para a importância da rotação dos produtos nos pontos de vendas.

Para tanto, deve cuidar criteriosamente da sua reposição e substituição, pesquisando (até por indagação simples) a freqüência com que os consumidores compram determinado produto.

Isto nos dá o parâmetro de como está a resposta da demanda no mercado e permite localizar pontos vulneráveis onde o esforço promocional deve atuar.

Os revendedores geralmente são o alvo de brindes especiais em datas de significação (aniversário, inauguração, etc.) e no cumprimento e superação de metas.

Para eles são organizados e promovidos seminários de avaliação e motivação, encontros para lançamento de novos produtos, presta-se apoio à atualização do layout do ponto de venda, além de continuamente criarem-se ofertas especiais.

Já a relação com os consumidores, no âmbito do esforço promocional, é voltada a intensificar o tráfego nos pontos de vendas e assim estimular a demanda.

Para tal, a promoção utiliza-se de um vasto ferramental, que vai de brindes, amostras, concursos, passando por ofertas, embalagens de múltipla utilidade, indo até a demonstrações nos pontos de vendas, participação em feiras e exposições.

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Capitulo IV

Alvos e Estratégias no Mercado Competitivo

O processo de troca, que já vimos na introdução do estudo das etapas do processo de compra, nos remete a um dos muitos conceitos de mercado:

"Um mercado é uma arena para trocas potenciais". Kotler (1985)

Sabemos também que mercado, segundo o pensamento econômico, é onde se encontram as ofertas e a demanda.

Numa visão de marketing, podemos qualificar a oferta como a intenção de troca de produtos disponíveis por dinheiro, bens ou serviços; e a demanda como a propensão de trocar dinheiro, bens ou serviços por produtos que satisfaçam desejos e necessidades.

Vamos também compreender o processo de satisfação do consumidor, que pode ser demonstrado segundo uma fórmula simples e objetiva:

Percepção é tudo aquilo que o consumidor passa a pensar do produto, tendo-o avaliado após o consumo, e expectativa é o conjunto de necessidades e desejos que o consumidor pretende ver satisfeitos consumindo o produto. Assim sendo,

Quando a expectativa for maior do que a percepção, teremos como resultado a insatisfação do consumidor.

Entretanto, quando a percepção for maior ou igual do que as expectativas, terão aí um consumidor satisfeito.

Os mercados, quaisquer que sejam eles, comportam abordagens sempre complexas, sob qualquer ângulo de reflexão ou análise, mas Philip Kotler nos proporcionou um modelo de simplificação analítica que nos permite identificar seus principais componentes, hoje conhecidos como os "4 Os", que consiste em quatro perguntas objetivas:

Objetos de compra: O que o se compra? Objetivos de compra: Por que se compra? Organização para compra: Quem compra? Operações de compra: Como compra?

Pretendendo obter dados mais descritivos, podem ser feitas mais duas perguntas:

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Ocasiões de compra: Quando se compra? Onde se compra: Locais de compra?

Uma vez obtidas estas respostas, podemos (com seus resultados) iniciar um delineamento de mercado, estabelecendo seus contornos e tendências, seus níveis de satisfação e posturas comportamentais.

Para abordar um mercado com estratégias eficazes há que se determinar, qualificar e agrupar preliminarmente seus consumidores em potencial (ou prospectos).

Qualquer um de nós já viu ou participou de competições de tiro ao alvo, nas quais se pontua mais e mais à medida que os disparos se aproximam do centro do alvo, este distribuído em faixas que determinam tal pontuação.

Podemos usar desta figura (o alvo em faixas) para entender nossas diversas metas de mercado, seus componentes e os valores de importância para os nossos negócios.

Vamos então visualizar o mercado como estando distribuído em faixas distintas e sucessivas de um alvo (target), tanto para atribuir a cada faixa o seu tamanho e distanciamento específico, quanto para graduar e valorizar sua crescente complexidade estratégica no alcance dos nossos objetivos mercadológicos.

Faixa "A" do alvo (de fora para o centro) O Cliente consome o produto concorrente e está satisfeito

Nesta faixa de alvo do mercado estão situados os consumidores que de fato já conhecem o produto, interessam-se por ele e adquirem-no, pois com ele satisfazem necessidades e desejos específicos. Todavia, são produtos concorrentes.

Lembremos no entanto que a percepção de satisfação sempre poderá ser influenciada e assim revisada pelo consumidor, seja pelo conhecimento de novos elos de valor, ou ainda simplesmente por preços melhores de produtos concorrentes e/ou de melhor qualidade.

Oriente pois suas estratégias sob o foco de que tais consumidores tanto podem simplesmente ainda desconhecer seus produtos, ou (se já os conhecem) ainda desconhecem todos ou alguns dos seus benefícios e vantagens comparativas, de caráter positivamente competitivo.

Faixa "B" do alvo (de fora para o centro) O cliente consome um produto similar, mas está insatisfeito.

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Já nesta faixa alvos do mercado, também estão situados os consumidores que já conhecem o tipo de produto, interessaram-se por ele e até adquiriram-no, pois com ele tinham a expectativa de satisfazer necessidades e desejos específicos.

Mas atenção, aos produtos concorrentes que não estão satisfazendo (para estes consumidores, as suas) necessidades e desejos, pois a sua percepção resultou maior do que sua expectativa.

Vejamos com muito cuidado que aqui há uma insatisfação como resultante do consumo, e que ela pode tanto estar ligada à marca do produto, quanto (e aí reside o problema) diretamente ao tipo de produto e à sua capacidade efetiva de satisfazer à dada necessidade ou desejo.

Partamos então da constatação de que o ato de consumir aquele tipo de produto nos revelou uma necessidade ou desejo a satisfazer, e que por tanto há o interesse.

A expectativa da satisfação de necessidades e desejos que o produto concorrente infundiu ao consumidor, e que norteou a sua tomada de decisão na compra, revela-se agora frustrada.

Seja por benefícios e vantagens não obtidos; seja por estar hoje o custo de uso (valor pago mais os gastos agregados ao consumo) do produto num montante incompatível com a sua capacidade de desembolso; ou ainda (apenas) por desejar um produto melhor e mais adequado.

Qualquer ação nesta faixa de alvo do mercado deverá sempre ser antecedida pela determinação precisa de quais são os pontos de insatisfação dos consumidores.

A estratégia aqui deverá ser orientada para influenciar a revisão da decisão de compra do produto pelo consumidor, comparando os pontos de insatisfação com o

produto anterior, que o nosso produto possa efetivamente satisfazer, seja numa comparação qualitativa, de apresentação ou até de preço entre as marcas.

Veja que estes consumidores podem ainda desconhecer nossos produtos, ou (se já os conhecem) ainda desconhecer todos ou alguns dos seus benefícios e vantagens comparativas, de caráter positivamente competitivo.

Faixa "C" do alvo (de fora para o centro) O Cliente não consome e o nosso produto e nenhum outro similar.

Pessoas às quais a divulgação não atingiu e às quais (portanto) faltam informações, ou que avaliam não dispor de recursos para tal finalidade de consumo.

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Aqui está a maioria dos consumidores potenciais.

Quase sempre há uma divulgação insatisfatória, que não alavanca adequadamente a intenção de consumo, ou ainda a simples pressuposição de que o preço está acima das disponibilidades de comprometimento da renda.

Cabe aqui o planejamento e a execução de estratégias bem estruturadas e completas de abordagem que, detectadas e bem definidas as necessidades e os desejos a satisfazer, contemplem em seqüência as etapas de consciência, interesse, avaliação e compra.

O centro do alvo O cliente que já consome o nosso produto.

Aqui nós temos o nosso primeiro e mais importante alvo:

São os antigos e ainda atuais consumidores do nosso produto, e compõem as nossas fatias do mercado.

As maiores perdas verificadas em qualquer ramo de negócios quase sempre são contabilizadas a partir da queda de receitas anteriormente atingidas e que justificavam, davam base aos níveis de custo assumidos pela empresa dentro da correta determinação do seu ponto de equilíbrio.

O erro que usualmente se comete se encontra nas estruturas deficientes das relações de pós-venda.

Ao empreender a venda pensávamos em quais necessidades e desejos buscavam satisfazer e o fizemos (ao menos este fora o nosso objetivo).

Todavia, uma vez efetuada a troca (produto x receita), abandonamos o nosso novo comprador (agora consumidor), provavelmente com a justificativa errônea do pensamento: esse já é da casa... Ou ainda: esse agora é freguês...

Podemos conceituar, para melhor compreensão, afirmando que, quando de sua primeira compra, o consumidor ainda não é nosso Cliente, mas apenas quando a repete uma ou mais vezes.

Assim, na sua primeira compra conosco, ele é apenas um novo comprador dos nossos produtos. Todavia, se ficar satisfeito e voltar a repetir esta mesma compra também conosco, então passará a ser um nosso Cliente.

Mas vamos nos perguntar e elaborar respostas efetivas para:

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Terão o nosso produto realmente satisfeito as necessidades e desejos que deram base à decisão de compra do nosso consumidor?

Estará ele satisfeito a ponto de seguir consumindo os nossos produtos e tornar-se um nosso Cliente?

Estará ele insatisfeito, a ponto de alterar sua opção buscando produtos concorrentes?

Que estruturas mantiveram a sua disposição para o atendimento de pós-venda?

Que tipos de atendimento deram às suas eventuais reclamações ou pedidos de assistência?

Nós o mantivemos atualizado quanto às inovações, melhorias e novos avanços do nosso produto?

Informamos a ele as nossas atuais propostas promocionais, seus benefícios e vantagens?

Quais esforços a nossa concorrência poderá despender para alterar a opção de consumo feita anteriormente a favor do nosso produto?

Nossa estratégia deve estar sempre voltada a fidelização e ao zelo pela marca, com medidas freqüentes de satisfação, canais de comunicação abertos com o mercado e atendimento adequado de pós-venda, constante atualização tecnológica, assistência técnica, manutenção preventiva e corretiva quando cabíveis, o cumprimento rigoroso das garantias ofertadas, reposição sem discussão, divulgação adequada de todos os benefícios e vantagens de nossas atuais campanhas de vendas, etc.

"Clientes podem demitir todos de uma empresa, do alto executivo para baixo, simplesmente gastando seu dinheiro em outro lugar". Walton, Sam (1989)

4.1 - Preparando a "Marca" para o Mercado

Para demonstrarmos o potencial e importância do Marketing usaremos o exemplo de como criar uma Marca forte em um mercado globalizado.

Os compradores podem escolher entre diversos vendedores mais o nome desse vendedor rapidamente sumirá do seu consciente. Os compradores devem escolher as Marcas, do outro lado estão os vendedores que devem fazer suas Marcas serem reconhecidas.

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Para tornar uma Marca conhecida requer muito investimento que será benéfico em longo prazo e que parte de algumas etapas.

"Achar uma identidade para sua Marca que não só influencia o cliente como a empresa em geral. A Marca deve prometer algo, oferecer benefícios específicos como:

produto de baixo custo, produto destinado a um certo nicho de mercado, produtos diferenciados. As empresas podem escolher entre três posições de valor.

Liderança do Produto

Os produtos dessas empresas têm melhor desempenho ou proporcionam melhores adequações às necessidades dos clientes. Exemplo da Nike, Glaxo, Microsoft. Elas estão sempre à frente em tecnologia.

Posição baseada na excelência operacional

São empresas que querem ser coerentes e confiáveis ninguém dá aos clientes um custo total mais baixo.

A combinação de preços, serviços e a confiabilidade dessas empresas são imbatíveis. Exemplo McDonald's e Federal Express.

Intimidade com o cliente

"Ninguém oferece uma melhor solução total para as necessidades dos clientes." Kotler (1999)

Essas empresas ajudam a definir o problema do cliente e identifica a melhor solução. Exemplo Casa de Materiais para construção com atendimento personalizado.

É impossível uma empresa ser a melhor nas três áreas por isso ela deve escolher uma dessas áreas e ser a melhor nela e pelo menos mediana nas outras duas.

Alem desse posicionamento às empresas devem pensar também em termos de benefícios como: Ser a melhor em qualidade, ser a melhor em desempenho, mais confiável, mais durável, mais segura, mais rápida, que oferece mais pelo dinheiro gasto, a menos cara, a de maior prestigio, a que tem o melhor estilo e design, a mais fácil.

Um exemplo é o da Volvo líder em segurança, depois de escolher sua posição as empresas devem ser reconhecidas por este posicionamento." Kotler (1999)

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Temos também a forma de posicionamento por valor:

Mais por mais:

Um produto caro de extrema qualidade exemplo da Mercedes, Rolex e Mont Blanc.

Mais pela mesma coisa:

Empresas que fabricam produtos de extrema qualidade semelhante aos mais caro por menos valor de venda. Exemplo da Lexus, que fabrica carros de qualidade semelhante aos Mercedes por um custo menor.

A mesma coisa por menos:

É conhecido como desconto, ou seja, abatimento no custo total para revenda mais acessível exemplo da Taco Bell e da Good Year.

Menos por muito menos:

São empresas conhecidas por oferecerem serviços a custos muitos baixos por cortarem todos os benefícios marginais que aumentam o custo final, exemplo da Soutfwest Airlines que não oferece refeições e não reserva acentos em seus vôos e por isso diminui em 50% o custo de suas passagens.

Mais por menos:

São serviços que tem a capacidade de oferecer mais aos clientes por um custo muito menor exemplo do Wal-Mart.

Esses posicionamentos possibilitam que as empresas definem sua área de atuação.

As empresas devem mostrar aos clientes que às vezes mesmo com um custo final mais caro seus produtos tem qualidade melhor duram mais e quebram menos o que acaba gerando economias futuras.

Uma Marca precisa ter associações com coisas boas para não se tornarem apenas mais uma no mercado.

Um grande fator de decisão de compra para um cliente é a confiabilidade na Marca. A Marca influi na compra mesmo que o valor da mesma não seja atrativo.

As Marcas possuem: Valor Liquido - Valor financeiro da Marca, Identidade da Marca &endash; Significado projetado para a Marca e que a empresas tem que

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transmitir a todos, Posicionamento &endash; Como a Marca se posiciona em termos de benefícios na mente de cliente, Caráter &endash; a Marca vista por sua integridade, honestidade e confiabilidade, Imagem &endash; A maneira como a Marca é vista no mercado.

Para escolhermos o nome da Marca devemos observar um nome de fácil pronuncia e de contexto global e que sugira seus benefícios.

As Marcas devem ter seu nome associado a um adjetivo que assim que pronunciamos seu nome esse adjetivo é lembrado como o exemplo da Volvo quando pronunciamos seu nome a palavra segurança vem à mente.

Os Slogans são fundamentais e devem vir expressas na publicidade para acarretar associações exemplo da Budweiser "As rainhas das cervejas".

As marcas devem possuir um representante associado como exemplo da Nike que usa o astro do basquete Michael Jordan para associar seu prestigio ao tênis.

As empresas podem também ser representadas por desenhos animados, objetos, animais e outros, o que diminui seu custo com propaganda.

Todas essas representações enriquecem a Marca no mercado.

"Para uma Marca ter vitalidade deve.: Diferenciar &endash; A Marca deve se distinguir das demais, Relevância &endash; A Marca deve ter personalidade e significados próprios.

A estrutura da Marca consiste em: Estima &endash; A Marca deve ser vista como tendo qualidade superior e impulso, Familiaridade &endash; A Marca e conhecida e compreendida por muitas pessoas.

Uma Marca muita conhecida mais que as pessoas pouco gostam terá problemas. Uma Marca da qual muitos gostam mais que é pouco conhecida terá grande potencial de crescimento e investimento. Uma Marca com grande vitalidade e pouca estrutura tem grande potencial de crescimento.

Quando a relevância e a familiaridade de uma Marca começam a diminuir a próxima a sofrer será a estima e depois haverá queda de familiaridade." Kotler (1999)

O mais atual fenômeno que está desempenhando um papel fundamental na eliminação dos intermediários é a Internet. Uma empresa pode conduzir com êxito os seus negócios inteiramente em canais eletrônicos.

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A Internet está se transformando num canal de vendas bastante eficiente para alguns segmentos de mercado como: reservas em empresas aéreas, home banking, notícias e informações, compra de eletrodomésticos, roupas, livros, CDs e alimentos.

O poder de vendas da Internet e de conquista dos consumidores pode ser constatado por alguns dados, existem 22 milhões de homepages na World Wide Web, número que cresce diariamente. São mais de 9,47 milhões de computadores conectados à rede reunindo 10 milhões de usuários apenas nos Estados Unidos. A internet hoje , alcança praticamente todos os países do planeta.

"A Internet é uma nova frente de vendas que tem todas as chances para se tornar um novo competidor, porque ela oferece recursos para personalizar os produtos e serviços." Kotler (1999)

Isso porque um número crescente de compradores usará o computador para obter informações sobre produtos, comparar ofertas e fazer encomendas.

As vantagens competitivas da Internet são: a oferta de serviços e produtos 24 horas por dia, dispensa a ida às lojas, oferece a possibilidade de comparar preços e ofertas e estabelecer uma relação mais estreita com os vendedores.

Do lado das empresas a Internet também oferece vantagens competitivas, tais como: manter um negócio com pouco capital, pois os custos com lojas, publicidade e fornecedores são menores; atuar globalmente, testar e mudar rapidamente as estratégias e promoções de vendas.

Nesse novo ambiente eletrônico, Kotler sugere uma mudança nas estratégias tradicionais de marketing de massa que devem ser direcionadas, a partir de agora, para o marketing voltado para o cliente, em que a manutenção de antigos clientes é mais importante do que a conquista de novos.

Aqui o correio eletrônico representa um instrumento de marketing direto que cresce mais rapidamente, prometendo superar até as malas diretas como ferramenta não só de marketing mas, também de vendas a domicílio.

Para se atingir o consumidor na World Wide Web é preciso dar todos os endereços possíveis no anúncio, garantir as conexões e links para a sua home page, mudar sempre o anúncio e o conteúdo e investir com base no número de páginas visitadas.

A Marca da empresa se tornou seu maior patrimônio e é responsável pelo sucesso ou fracasso na nova economia mundial. É primordial tornar as Marcas cada vez mais fortes e respeitadas diante de um mercado que esta ficando muito criterioso,

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conceitos como qualidade já não é benefício e sim obrigação das empresas em relação a seus clientes.

Os compradores procuram produtos ou serviços confiáveis e que ofereçam benefícios específicos como garantia e assistência técnica.

Não podemos prever o que irá acontecer no futuro mais podemos afirmar que só as empresas que conseguirem acompanhar as mudanças geradas por um sistema acelerado conseguirão sobreviver, na há empresas seguras para o futuro a única certeza é que mudanças acontecem diariamente, e só se manterão de pé , as Organizações que tiverem a tecnologia de ponta ao alcance de todo o grupo , a inovação e o capital intelectual humano valorizado fazendo a diferenciação no mercado e segmento que atuar.

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Conclusão O Marketing Estratégico e a competitividade Empresarial , abrange muito mais que o ambiente interno da Organização. É necessário sólidos conhecimentos externos para atingirmos nosso objetivo principal : a captação e fidelidade de mais clientes , o conhecimento da nossa marca no mercado e a rigidez que nosso nome exerce dentro do segmento que atuamos . A facilidade de conhecer cada cliente, de saber seus gostos e opiniões já nos coloca a frente das grandes corporações, que hoje investem milhões em marketing de relacionamento para poder conhecer os seus clientes. A segmentação também é outra vantagem,enquanto as grandes têm que se dividir entre diversos estados do Brasil e até exterior, tendo que se adaptar as mudanças culturais, econômicas e sociais, as pequenas se moldam no padrão local, podendo atender de forma mais especializada . As pessoas se relacionam e as informações se espalham de forma natural e rápida, através da mídia e do boca a boca, com a credibilidade de saber quem foi a pessoa que transmitiu a mensagem.Os formatos para as criações são inúmeros, e tudo depende da criatividade das pessoas envolvidas. Se, por exemplo, uma pequena empresa fizer uma ação de divulgação em um evento, ela deve estar pronta quando os consumidores atingidos forem até a sua loja ou a sua empresa. Os funcionários devem estar informados e o departamento de marketing deve estar atuando para conseguir captar estas pessoas. È preciso estar antenado , conhecer a estratégia dos concorrentes, conhecer a fundo o gosto do seu cliente , não devemos apenas conquistar ; temos que encantar nosso cliente ; focar nosso diferencial , nossas inovações e o quanto estamos dispostos a atendê-lo bem e de maneira tal que a cada dia fortaleça nossa parceria no mercado . A Criação, um novo design , a escolha do novo ; tudo isso difere a Empresa que está em constante processo de evolução , em busca da captação e fidelização de clientes , oriundos da concorrência e da sociedade em geral. Vale ressaltar que a competitividade Empresarial é de suma importância para o crescimento e a busca de novo em qualquer organização, pois com a concorrência aprendemos a inovar, a mostrar nosso melhor e a cada dia simplificar e dar prática asa nossas atividades. O marketing estratégico vai incluir assim um conjunto de atividades passíveis de contribuir para a definição da estratégia de uma empresa em cada uma das fases atrás mencionadas. Mais concretamente, o contributo do marketing na fase de análise estratégica é feito através das seguintes atividades fundamentais: realização de estudos de mercado que permitem diagnosticar múltiplos aspetos associados aos clientes e concorrentes; A fase de formulação da estratégia requer também a intervenção do marketing estratégico na medida em que contribui para a definição das formas de adequação entre aquilo que a organização tem para oferecer e os respectivos mercados-alvo. Assim, mais concretamente, o marketing estratégico contribui com a definição de uma estratégia de segmentação (divisão do mercado em segmentos), targeting (escolha dos segmentos-alvo) e

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posicionamento (definição da imagem que se quer que seja percecionada pelos clientes potenciais), definindo ao mesmo tempo os aspetos genéricos relativamente ao marketing-mix (estratégia genérica de produto, estratégia de definição dos preços, estratégia de distribuição e estratégia de promoção). Estamos vivenciando a era da informação e tão em breve passaremos para a era do conhecimento , e somente Empresas com tecnologia de ponta, voltada ao cliente, que explora seu capital humano, valorizando, treinando, focando em seu melhor potencial, irá sobreviver em meio ao mercado que a cada dia cresce em conhecimento, inovação, cultura , tecnologia e diversificação.

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