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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A GESTÃO DEMOCRÁTICA NA EDUCAÇÃO COMO ELO PARA
A AUTONOMIA ESCOLAR
Por: Catarina Braga Simões da Silva
Orientador
Profª Geni de Oliveira Lima
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A GESTÃO DEMOCRÁTICA NA EDUCAÇÃO COMO ELO PARA
A AUTONOMIA ESCOLAR
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Administração
e Supervisão Escolar.
Por: Catarina Braga Simões da Silva
Rio de Janeiro
2010
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por conceder-me a
força necessária à conclusão do curso.
Às amigas e companheiras de trabalho
e de classe, por tornarem mais branda
esta jornada.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu esposo
Marcelo, por valorizar e incentivar o meu
crescimento profissional.
5
RESUMO
O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de levantar
aspectos teóricos a respeito da gestão democrática na educação, além de
verificar os elementos necessários para o desenvolvimento de Projeto Político
Pedagógico, a fim de elaborar uma nova proposta educacional focada no
aumento da qualidade de ensino em diversas instituições escolares.
Foi possível analisar a evolução histórica do Projeto Político
Pedagógico através do ponto de vista regulatório e emancipatório, além de
identificar o papel social desempenhado pela escola no processo de formação
do indivíduo, e descrever corretamente as etapas do processo de elaboração
do projeto, exemplificando os elementos que deverão compor o planejamento e
os principais aspectos que deverão ser analisados para a concretização do
projeto.
Foi realizada uma pesquisa exploratória bibliográfica baseada
no levantamento bibliográfico, visando um maior conhecimento sobre o tema
estabelecido e assuntos relacionados.
6
METODOLOGIA
A metodologia deste estudo será realizada através de uma
pesquisa exploratória baseada no levantamento bibliográfico, a fim de obter um
maior conhecimento sobre os conceitos envolvidos no tema apresentado
através deste trabalho.
“A pesquisa exploratória visa prover o pesquisador de um
maior conhecimento sobre o tema ou problema de
pesquisa em perspectiva. Por isso, é apropriada para os
primeiros estágios da investigação quando a
familiaridade, o conhecimento e a compreensão do
fenômeno por parte do pesquisador são, geralmente,
insuficientes ou inexistentes.” (MATTAR, 1999, p. 80)
Foi utilizado um plano de leitura para a coleta de informações
em livros, periódicos e sites da internet, visando buscar referenciais históricos
para a elaboração dos tópicos propostos neste estudo.
Através desta pesquisa foi possível analisar os marcos
históricos do Projeto Político Pedagógico e atividades significativas de sua
trajetória, desde sua criação até os dias atuais, analisando assim, o papel
social da escola em relação a formação dos cidadãos e as etapas que
constituem o processo de elaboração do projeto, além de abordar o tema
gestão democrática na educação de uma maneira geral.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8
CAPÍTULO I – A GESTÃO DEMOCRÁTICA ........................................................... 10
CAPÍTULO II – A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ........ 17
CAPÍTULO III – AQUISIÇÃO DE AUTONOMIA ESCOLAR NAS PROPOSTAS
PEDAGÓGICAS ...................................................................................................... 35
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................. 45
ÍNDICE ..................................................................................................................... 48
8
INTRODUÇÃO
A Gestão Democrática na Educação permite com que as
instituições escolares alcancem a autonomia escolar, de modo a fortalecer a
qualidade das propostas educacionais.
Para a apresentação de propostas pedagógicas que
alavancam a qualidade do ensino nas escolas públicas ou particulares, há a
necessidade em desenvolver um Projeto Político Pedagógico que busca a
implantação de atividades inovadoras, permitindo a integração da cultura
educacional das instituições de ensino com aspectos democráticos capazes de
fortalecer as políticas pedagógicas.
Esses aspectos democráticos estão relacionados com os
interesses do órgão público responsável pela educação no país, funcionários
das escolas, estudantes, pais e comunidade em geral. Sendo assim, para o
desenvolvimento do projeto, é necessário que as escolas realizem um debate
para analisar as principais necessidades de todos os envolvidos no processo,
procurando estabelecer mudanças que fortaleçam a formação e o aprendizado
do aluno.
Dessa maneira, a excelência no domínio das práticas que
envolvem o projeto é adquirida através da autonomia que as instituições
escolares possuem em transformar antigas propostas em novas.
Justifica-se este trabalho na intenção de identificar quais os
aspectos que envolvem o alcance da autonomia escolar por meio da Gestão
Democrática no âmbito escolar, considerando que a autonomia permite que os
docentes desenvolvam novas práticas e descubram princípios capazes de
melhorar as ações educacionais.
9
O objetivo deste estudo está voltado para a análise dos
métodos e princípios utilizados pela Gestão Democrática nas instituições
educacionais, que almejam sempre aumentar a qualidade do ensino através de
projetos que possam alavancar o aprendizado de docentes e educandos.
As hipóteses estão associadas com a criação de um espaço
escolar onde possam ser levantados os problemas existentes no sistema
educacional, sendo passados por profissionais, pais e alunos, com o intuito de
informar aos órgãos públicos as soluções para os problemas e assim
desenvolver propostas consistentes baseadas em uma gestão democrática
relevante para melhorar a qualidade de ensino da instituição.
10
CAPÍTULO I
A GESTÃO DEMOCRÁTICA
No Brasil, a lei de Diretrizes e Bases da Educação é a
responsável por garantir a gestão democrática nas instituições educacionais,
promovendo e fortalecendo cada vez mais o papel social da escola no convívio
em sociedade.
O objetivo da educação no país é promover o desenvolvimento
de indivíduos mais cultos e humanizados para assim formar uma sociedade
mais justa e igualitária, a fim de democratizar os elementos que formam o
processo pedagógico.
Dessa maneira a gestão democrática educacional é
considerada uma oportunidade significativa para transformar as instituições
escolares em um ambiente de articulação de idéias com o intuito de
estabelecer uma discussão a respeito dos fatores que rondam a comunidade
escolar, considerando os diferentes pontos de vista de todos os envolvidos.
1.1 – A Escola e seu Papel Social
A visão direcionada a análise das políticas educacionais nas
escolas sofreu alterações em meados da década de 80, quando uma nova
tendência buscou superar a vertente social criada pelo homem por meio de
situações dicotômicas que exaltava a relação entre indivíduo/objeto. Esta nova
vertente tinha o principal objetivo de evitar práticas dualistas, já que "o sujeito,
que a ciência moderna lançara na diáspora do conhecimento irracional,
11
regressa investido da tarefa de fazer erguer sobre si uma nova ordem
científica.” (BOAVENTURA, 1981, p.43)
Assim, esta teoria refletiu do desenvolvimento de atividades
escolares inovadoras com caráter humanista, permitindo que o homem se
estabelecesse como o centro de aprendizado, no entanto, a presença da
natureza e da sociedade em geral eram consideradas humanas também.
“O projeto político-pedagógico constitui-se em uma
referência importante para a reflexão ética do trabalho
escolar, podendo redimensionar as ações do coletivo que
o concebe, elabora e avalia. Refletindo acerca de suas
concepções de homem, sociedade, educação, ensino,
aprendizagem, currículo, avaliação etc, os sujeitos da
escola podem imprimir um caráter mais crítico ao
componente ético de suas ações, distanciando-se de
práticas individualistas rumo a outras que tomem o
coletivo como foco.” (SOUSA, 2001, p. 227)
As instituições de ensino são formadas pelos interesses de
dois lados, sendo que um lado é constituído pelo órgão público responsável
pelas leis direcionadas ao desenvolvimento de novas políticas pedagógicas, e
de outro lado, está o escopo de profissionais do ensino, grupo de alunos e
conseqüentemente seus pais e sociedade. Pode haver um confronto de
opiniões, já que o governo do nosso país não possui recursos suficientes para
atender todos os pedidos e exigências da população.
O ideal é realizar um debate para a análise dos interesses mais
importantes e em seguida, identificar os recursos disponibilizados para colocar
em prática o mesmo.
“Cada escola interagem diversos processos sociais: a
reprodução das relações sociais, a criação e a
12
transformação de conhecimentos, a conservação ou
destruição da memória coletiva, o controle e a
apropriação da instituição, a resistência e a luta contra o
poder estabelecido.” (SZPELETA; ROCKWELL, 1986, p.
58)
A escola mantém seu papel de socializar o indivíduo, a partir
do momento que o aluno compreende a rotina que lhe é exigida e quando o
mesmo passa a aproveitar e usufruir dos recursos disponibilizados pelas
atividades pedagógicas, usando estas experiências para alcançar sua
realização pessoal e futuramente profissional.
Geralmente, nota-se que atualmente, muitas instituições de
ensino, seja ela pública ou particular, possuem algumas discordâncias
referentes ao sistema de ensino, ou até mesmo não há comprometimento dos
alunos em cumprir com as atividades exigidas, porém há aqueles que não
estão satisfeitos com o nível de ensino oferecido por sua escola.
Sendo assim, o processo que aumenta o desempenho social
da escola é ainda muito complexo, apresentando resultados em longo prazo.
Portanto, as instituições estabelecem normas para serem seguidas pelos
professores e alunos, resolvendo divergências, impondo alianças e realizando
acordos, permitindo a integração do aluno com as práticas docentes,
permitindo “se apropriarem do saber científico, filosófico e artístico, de tal
maneira que esse saber se torne uma mediação na construção de uma prática
social de resistências às brutais formas de alienação hoje existentes.”
(DUARTE, 2000, p. 282).
Desta forma, a educação dos jovens necessita de melhorias a
cada dia, substituindo as antigas atividades educacionais por outras que
ofereçam melhores resultados. É preciso estar sempre atento às políticas
pedagógicas para ampliar a base estudantil, a fim de formar cidadãos mais
13
responsáveis em relação à vivência social e educacional, refletindo em seu
cotidiano.
“A sala de aula funciona não como o corpo simples de
alunos-e-professor, regidos por princípios igualmente
simples que regram a chatice necessária das atividades
pedagógicas. A sala de aula organiza sua vida a partir de
uma complexa trama de relações de aliança e conflitos,
de imposição de normas e estratégias individuais ou
coletivas de transgressão, de acordos. A própria atividade
escolar, como o dar aula, fazer prova, era apenas um
breve corte, no entanto poderoso e impositivo, que
interagia, determinava relações e era determinada por
relações sociais, ao mesmo tempo internas e externas
aos limites da norma pedagógica.” (BRANDÃO, 1986,
p.121)
As atividades básicas das instituições de ensino podem estar
baseadas nas ações focadas no modo de ensino, no potencial de aprendizado
dos alunos e nos recursos que viabilizem essas ações. Com a integração de
todos estes fatores, o principal objetivo do papel social da escola será
alcançado, que é oferecer a melhor qualidade de ensino para toda a
população.
Para uma perspectiva construtiva, os professores devem lidar
com as diferentes formas de aprendizado de cada classe ou cada aluno, o
aluno deve compreender que ele é o responsável pelo próprio interesse em se
manter informado e em constante aprendizado.
1.2 – Conceito de Gestão Democrática
14
Qualquer tipo de gestão envolve um ou mais indivíduos que juntos
discutem as melhores soluções para algum problema. Na educação, a gestão
democrática visa encontrar respostas justas para os problemas que cercam o
governo no desenvolvimento da educação brasileira.
“A gestão democrática é um princípio do Estado nas
políticas educacionais que espelha o próprio Estado
Democrático de Direito e nele se espelha, postulando a
presença dos cidadãos no processo e no produto de
políticas dos governos. Os cidadãos querem mais do que
ser executores de políticas, querem ser ouvidos e ter
presença em arenas publicas de elaboração e nos
momentos de tomada de decisão. Trata-se de
democratizar a própria democracia. Tal e o caso dos
múltiplos Conselhos hoje existentes no âmbito de controle
e fiscalização de recursos obrigatórios para a educação
escolar, da merenda e de outros assuntos. Tal e o caso
também dos orçamentos participativos em diversos
municípios do país. E neste sentido que a gestão
democrática é um principio constituinte dos Conselhos
intra-escolares como os Colegiados, o Conselho da
Escola, os Conselhos dos Professores e outras formas
colegiadas de atuação.” (CURY, 2005, p. 18)
Uma gestão democrática educacional deve manter a
transparência em seus acordos, possuindo assim a autonomia, participação e
liderança necessária para alcançar a competência nos projetos pedagógicos.
Alguns princípios estão ligados com o processo de gestão
democrática, entre eles:
15
- Descentralização: a administração das propostas, as decisões
e as estratégias devem ser desenvolvidas e colocadas em pratica de modo a
não levar em consideração a hierarquia dos cargos dos envolvidos.
- Participação: todos que quiserem podem e devem participar
dos projetos pedagógicos, professores, diretores, estudantes, pais, entre
outros.
- Transparência: todas as ações que sejam decididas e
colocadas em prática devem fazer parte do conhecimento de todos os
envolvidos no projeto.
Os gestores educacionais são os responsáveis por transformar
o planejamento em um novo conceito que engloba a identificação de problemas
e resoluções através de profissionais mais envolvidos com o sistema
educacional do país, promovendo a participação de todos da comunidade.
As escolas em geral necessitam se preparar para se
transformar em um espaço onde o compromisso, competência profissional,
humanização e política estejam unidas, com o objetivo de consolidar uma nova
proposta pedagógica.
“ A educação escolar tem a tarefa de promover a
apropriação de saberes,procedimentos,atitudes e valores
por parte dos alunos,pela ação mediadora dos
professores e pela organização e gestão da escola.A
principal função social e pedagógica da escolas é a de
assegurar o desenvolvimento das capacidades
cognitivas,operativas,sociais e morais pelo seu empenho
na dinamização do currículo,no desenvolvimento dos
processos de pensar,na formação da cidadania
16
participativa a na formação ética.” (LIBÂNEO, 2004,
p.137)
Baseado nesses princípios observa-se que a educação voltada
para a visão das instituições de ensino exige maior organização na elaboração
de propostas pedagógicas, visando também a participação da comunidade
para poder desenvolver políticas que preparem os estudantes em altos níveis
de profissionalismo, incentivando níveis de escolarização mais altos.
17
CAPÍTULO II
A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
A escola serve como base para o desenvolvimento do ser
humano, sendo responsável pela formação do mesmo relacionado ao tipo de
cidadão que deseja criar. Portanto, é a escola que tem a função de estabelecer
as mudanças que necessitam ser realizadas na sociedade, podendo ser
planejadas, analisadas e apresentadas através do Projeto Político Pedagógico.
O projeto é desenvolvido de forma coletiva com a colaboração
de todos os agentes da escola, a fim de melhorar as práticas educativas e
enquadrar as ações estabelecidas pelo projeto na política educacional da
escola de forma consistente e evolutiva respondendo perguntas tais como:
"que educação se quer, que tipo de cidadão se deseja e para que projeto de
sociedade?" (GADOTTI, 2000, p. 42)
2.1 – Conceito de Projeto Político Pedagógico
O Projeto Político Pedagógico caracteriza-se por ser um
documento que orienta e estrutura as ações, possuindo caráter de mediador
referente às atividades elaboradas e os seus possíveis resultados, servindo
como referencial histórico, permitindo que a escola reveja sua evolução
educacional com o passar do tempo.
“É o plano global da instituição. Pode ser entendido como
a sistematização, nunca definitiva, de um processo de
18
Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se
concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de
ação educativa que se quer realizar. É um instrumento
teórico-metodológico para a intervenção e mudança da
realidade. É um elemento de organização e integração da
atividade prática da instituição neste processo de
transformação.” (VASCONCELOS, 2000, p.169)
Sendo assim, por meio deste projeto é possível interagir os
objetivos propostos juntamente com as ações prioritárias para a construção de
uma nova política educacional de acordo com a realidade. Deve haver
comprometimento de todos os indivíduos que fazem parte desse processo,
podendo ser, professores, diretores, estudantes, pais e todos os membros da
sociedade em geral.
Para Veiga (1995), este projeto procura uma direção
estabelecida por uma ação intencional mantendo o comprometimento em
contribuir para o andamento do projeto, estando diretamente ligado a questões
sociais e políticas, principalmente focados nos interesses da população. Do
ponto de vista pedagógico, a escola busca formar cidadãos responsáveis,
inteligentes, críticos e comprometidos com práticas humanistas interferindo
positivamente para a formação de uma sociedade mais justa.
A construção de um Projeto Político Pedagógico envolve
referenciais teóricos consistentes para qualificar os agentes participantes e
romper obstáculos que impeçam a realização de novas tarefas educativas.
Trata-se do nível de atração que estes profissionais possuem em relação ao
novo planejamento educacional apresentado no projeto, visando manter uma
postura mais responsável de todos os envolvidos.
19
Para que as informações contidas no planejamento do Projeto
Político Pedagógico sejam consistentes e realistas, o conteúdo deve
apresentar algumas características, tais como:
“a) ser processo participativo de decisões;
b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização
de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as
contradições;
c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola,
na solidariedade entre os agentes educativos e no
estímulo à participação de todos no projeto comum e
coletivo;
d) conter opções explícitas na direção de superar
problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para
uma realidade específica;
e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão.
f) nascer da própria realidade, tendo como suporte a
explicitação das causas dos problemas e das situações
nas quais tais problemas aparecem;
g) ser exeqüível e prever as condições necessárias ao
desenvolvimento e à avaliação;
h) ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a
realidade da escola;
i) ser construído continuamente, pois como produto, é
também processo.” (VEIGA, 2001, p.11)
2.2 – Aspectos Históricos do Projeto Político Pedagógico
Nota-se que apesar das características regulatórias
apresentadas na construção de um projeto político pedagógico a partir de
20
elementos construtivos, igualmente nas gestões empresariais que necessitam
de resultados rápidos, consistentes e transparentes. Porém, o projeto pode
alcançar características emancipatórias por existir diversas possibilidades, a
fim de alcançar os objetivos do projeto político pedagógico.
Segundo Veiga (1995) os princípios educacionais antigos
possuíam metodologias didáticas que exaltavam um método conservacionista
de ensino, as atuais políticas vêem a necessidade de mudanças a partir do
método tradicional aplicado anteriormente, porém nota-se que as mudanças
são realizadas de maneira imperceptíveis.
As características das escolas e instituições de ensino não se
utilizavam de sistemas explícitos, ou seja, não estavam documentados e
baseados em propostas pedagógicas. Assim, a realização das atividades
educativas eram concretizadas por meio de métodos assistemáticos e
intuitivos, onde o foco educacional estava direcionado apenas ao regime
escolar. Este regime escolar era formado pela estrutura organizacional da
instituição de ensino; regras e normas que deveriam ser cumpridas pelos
profissionais e alunos; e sistema jurídico. (AZANHA, 1998)
As escolas eram mais restritas, porém eram compostas por
estruturas gerenciais e disciplinares mais complexas, necessitando de
mudanças pedagógicas que exerciam funções capazes de contribuir para
alavancar a integração entre professores, alunos, pais e sociedade com o local
de ensino, permitindo elevar a qualidade educacional.
O projeto político pedagógico surgiu na década de 90, a fim de
inovar as políticas educacionais de acordo com as novas tendências de ensino,
tendo como objeto servir de base para um estudo de instituições de ensino
buscando a excelência na qualidade de ensino. (OSÓRIO, 2001)
21
Historicamente, observa-se que o autoritarismo das políticas
educacionais está presente nas instituições de ensino até os dias atuais. Essas
gestões não fazem uso da democracia, pelo fato do poder público ser o
responsável por implantar as políticas educacionais nas escolas, sendo que a
comunidade possui o papel de executar as atividades impostas pelos órgãos
públicos, persistindo nos modelos de projetos direcionados a melhoria do setor
educacional.
O ensino moderno se baseia nos valores de disciplina, onde
são executados e exigidos princípios de civilidade, visando a socialização dos
indivíduos de maneira produtiva, tanto para a realização pessoal e profissional,
quanto para a comunidade em geral.
“Não é apenas uma instituição que reproduz relações
sociais e valores dominantes, mas é também uma
instituição de confronto, de resistência e proposição de
inovações. A inovação educativa deve produzir rupturas e,
sob essa ótica, ela procura romper com a clássica cisão
entre concepção e execução, uma divisão própria da
organização do trabalho fragmentado.” (VEIGA, 2003, p.
277)
Com base no parâmetro de um projeto elaborado a partir de
novas idéias, o processo curricular do aluno envolve atividades onde não há
presença de inquietação, pois exige a integração de alunos e professores,
visando uma parceria para a solução de problemas e dificuldades que
viabilizem a melhora das políticas educacionais.
“O projeto político-pedagógico pode ser comparado, de
forma análoga, a uma árvore. Ou seja, plantamos uma
semente que brota, cria e fortalece suas raízes, produzem
sombra, flores e frutos que dão origem a outras árvores,
frutos... Mas, para mantê-la viva, não basta regá-la,
22
adubá-la e podá-la apenas uma vez.” (LIBÂNEO, 2004, p.
152)
A tomada de decisões referente às atividades que deverão
compor o planejamento do projeto político pedagógico é fator essencial para o
sucesso do mesmo na demonstração de resultados, já que os resultados são
colhidos a longo prazo.
Existe uma dificuldade em comprometer todas as pessoas que
deveriam estar incluídas no processo de desenvolvimento do projeto, pois
geralmente esses indivíduos possuem a visão que pouco irão colaborar para a
concretização do mesmo, isto ocorre pela falta de comprometimento dos
órgãos vigentes em oferecer métodos de ensino convincentes e consistentes
para toda a população.
2.2.1 – Regulamentação
É preciso compreender que a escola não é somente um local
para se ensinar e aprender, pelo contrario, é um local onde a democracia é
exercida através do trabalho educacional visando melhor às atividades
pedagógicas de acordo com a necessidade da comunidade e seus interesses.
Atualmente, a legislação do Brasil defende a construção de
novas políticas pedagógicas por meio de um documento em âmbito federal,
através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9.394/96, onde
inovou as concepções exigidas durante o processo de desenvolvimento de
políticas pedagógicas.
23
Para a conclusão do projeto político pedagógico, a LDB
defende no artigo 12 que as escolas e instituições educacionais devem ser
responsáveis pelas suas próprias atividades pedagógicas.
“Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as
normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a
incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e
financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-
aula estabelecidas;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada
docente;
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor
rendimento;
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando
processos de integração da sociedade com a escola;
VII - informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e
o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de
sua proposta pedagógica.
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz
competente da Comarca e ao respectivo representante do
Ministério Público a relação dos alunos que apresentem
quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do
percentual permitido em lei.” (LDB, 1996)
O corpo docente da instituição também dever se comprometer
com o projeto de novas propostas pedagógicas, cumprindo as normas
composta no artigo 13 da Lei de Diretrizes e Bases.
“Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
24
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os
alunos de menor rendimento;
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos,
além de participar integralmente dos períodos dedicados
ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional;
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola
com as famílias e a comunidade.” (LDB, 1996)
O artigo 14 refere-se a autonomia dos sistemas de ensino em
optar pela democracia constituída nos projetos educacionais baseados em
princípios de coletividade.
“Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da
gestão democrática do ensino público na educação
básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme
os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes.” (LDB, 1996)
Com base nos artigos citados acima, a atual política
pedagógica é vigiada pelas normas burocráticas apresentadas pela LDB,
portanto apresentam padrões reguladores e estratégias inovadoras
direcionadas a novas atividades curriculares e até mesmo extracurriculares,
25
elaboradas pelos profissionais da educação e cumpridas pelos mesmos, no
entanto a sociedade em geral é mantém um papel participativo essencial para
alcançar os objetivos do projeto, aumentando a capacidade de ensino das
instituições e o potencial de aprendizado dos alunos, que interferem no
cotidiano da população.
A inovação da política pedagógica só é atingida quando a
realidade permanece em conjunto com as atividades almejadas, apresentando
aspectos científicos, reformados e racionais, que seguem as normas e regras
estabelecidas na legislação.
A regulamentação tem o objetivo de estabelecer a ordem no
sistema educacional no período necessário para realizar as alterações do
projeto, que misturam conhecimentos teóricos com práticos, servindo como
ferramenta para alavancar a consistência do ensino em relação aos conteúdos
das aulas da instituição, além de suprir as necessidades e superar as
expectativas de outros departamentos que constituem a escola, como
biblioteca, área de lazer, laboratório, sala de informática, entre outros.
“Tornar-se instituinte. Um projeto político-pedagógico não
nega o instituído da escola, que é a sua história, o
conjunto dos seus currículos e dos seus métodos, o
conjunto dos seus atores internos e externos e seu modo
de vida. Um projeto sempre confronta esse instituído com
o instituinte. Não se constrói um projeto sem uma direção
política, um norte, um rumo. Por isso, todo projeto
pedagógico da escola é também político. O projeto
pedagógico da escola é, assim, sempre um processo
inconcluso, uma etapa em direção a uma finalidade que
permanece como horizonte da escola.” (GADOTTI, 1998,
p. 16)
26
Visto que a regulamentação do projeto político pedagógico
exige um desenvolvimento com base nas leis regidas pela LDB, assim busca-
se a padronização das técnicas inovadoras e das atividades relacionadas com
o ensino exemplificadas em um documento constituído das melhores idéias e
teorias para o aumento da qualidade de ensino no Brasil.
O poder público no país está concentrado em implantar
indicadores para a análise do nível de ensino nas escolas e nas instituições
focadas no ensino superior servindo como referencial para a criação de outros
projetos mais especializados permitindo uma melhor avaliação dos resultados
obtidos.
No Brasil, o MEC coloca em prática vários programas
direcionados a educação do país, a fim de expandir o direito de possuir a
alfabetização a todos os brasileiros, proporcionando a expansão da educação
em todos os territórios.
2.2.2 – Ponto de Vista Emancipatório
Para Gomez (1998) a inovação emancipatória se posiciona de
acordo com o ponto de vista construtivo apresentado durante o processo de
elaboração do projeto político pedagógico, pois permite maior conhecimento
dos princípios científicos levantados através de pesquisas sobre referenciais
teóricos que possibilitam identificar as principais necessidades de mudanças na
política de ensino e assim implantar corretamente o projeto nas escolas,
visando conquistar a perfeição dos resultados através da prática. Porém a
prática só é alcançada quando este processo é revisado e melhorado a longo
prazo.
Portanto indica a direção que a escola deve seguir, conduzindo
suas atividades de maneira a resgatar as questões sociais, econômica,
27
políticas e culturais da população, exercitando a socialização, tendo como
papel o de formar pessoas racionais e éticas, maximizando o aproveitamento
escolar e alavancando o potencial democrático de cada indivíduo, já que o
nível de importância do projeto político pedagógico está focado "no seu poder
articulador, evitando que as diferentes atividades se anulem ou enfraqueçam a
unidade da instituição". (BICUDO, 2001, p. 16)
Quando as ações pedagógicas são melhoradas a cada ano,
cria-se oportunidades indispensáveis para a qualificação dos projetos,
construindo estratégias infalíveis para o aumento da qualidade no ensino
brasileiro, alcançando a emancipação e a autonomia.
“Ao prescindir das variáveis internas, da estrutura peculiar
de cada indivíduo, ou ao desprezar a importância da
dinâmica própria da aprendizagem, o ensino se reduz a
preparar e organizar as contingências de reforço que
facilitam a aquisição dos esquemas e tipos de condutas
desejados. Uma vez determinada a conduta que vai se
configurar e as contingências de reforço sucessivo das
respostas intermediárias, a aprendizagem é inevitável,
porque o meio está cientificamente organizado para
produzi-lo.” (GOMEZ, 1998, p. 30)
O eixo articulador da escola é responsável pelas atividades
internas e externas, reconhecendo o projeto político pedagógico como uma
fonte política capaz de transformar o padrão da população em relação a
qualidade do ensino oferecido, buscar o desenvolvimento cultural e educativo
por meio das intenções coletivas juntamente com a participação de todos os
envolvidos no projeto.
Para elaborar as estratégias de ensino, é necessário identificar
os elementos que deverão ser mudados na atual política pedagógica, onde “um
processo de planejamento exige, quando se pretende o bem de todos, que a
28
participação aconteça em cada momento e em cada ação”. (GANDIN, 1999, p.
107)
2.3 – Desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico
O processo de desenvolvimento de um projeto político
pedagógico resume-se em escolher um tema que deverá ser estudado,
analisado e viabilizado por todos os envolvidos, sendo que no final do ano, é
realizada a demonstração de resultados, podendo ser modificado para o inicio
no ano posterior a fim de ser melhorado. A elaboração do projeto, é “um
processo que se constrói no dia-a-dia, mediante ação coletiva competente e
responsável, realizada mediante a superação de naturais ambigüidades,
contradições e conflitos”. (LÜCK, 2000, p. 25)
“Como instrumento de planejamento educacional, é no
projeto político pedagógico que são definidas as
prioridades e necessidades de uma unidade escolar, para
o direcionamento de sua atuação rumo à qualidade de
ensino.” (MOREIRA, 1998, p. 168)
O planejamento do projeto deve ser estabelecido a partir de
algumas etapas que facilitam a criação de um plano consistente e que permita
fácil entendimento, porém com todos os tópicos devidamente especificados e
explicados. A seguir, serão apresentadas as etapas que formam o processo de
desenvolvimento de um projeto político pedagógico.
2.3.1. Elaboração da Proposta Escolar
29
Primeiramente, a construção do projeto está baseada na
elaboração da proposta que será apresentada no planejamento. É necessária a
utilização de um diagnóstico constituído por um diagnóstico por meio do
levantamento dos atuais problemas da instituição, verificando as necessidades
de mudanças do mesmo.
Essas informações podem ser levantadas através de pesquisas
qualitativas que permitem o conhecimento sobre o modo que as ações
pedagógicas estão sendo realizadas na escola e através de pesquisas
quantitativas que permitem analisar estatisticamente os resultados sobre o
percentual de aprendizado do aluno.
“São as observações, os registros de situações e as
reflexões sobre essas observações que possibilitam ao
professor distanciar-se de seu fazer e compreendê-lo de
forma mais ampla, não como simples agir, mas como uma
ação didática possível de ser generalizada e transferida
para novas situações.” (MAGALHÃES; YAZBEK, apud
Leal, 1999, p.37)
Sendo assim, este processo envolve um grupo de elementos
que devem ser analisados para dar início ao projeto:
- Visão social, política, econômica e cultural da população ao
redor da instituição de ensino e da mesma.
- Estrutura física da escola e mobiliário, materiais pedagógicos
utilizados nas aulas.
- Verbas usadas para arcar com as despesas da escola.
30
- Quantidade de funcionários.
- Cronogramas das atividades escolares.
- Atividades realizadas pela secretaria.
- Órgão central da educação.
- Participação no projeto de outros membros, além dos
profissionais pedagógicos.
- Estatísticas educacionais do atual sistema de ensino.
- Normas da instituição de ensino.
- Desempenho e potencial de aprendizado dos alunos.
A escola pode avaliar outros aspectos que servirão de base
para desenvolver os objetivos da escola, para apresentar uma proposta que
ofereça a melhoria da educação e da gestão pedagógica.
2.3.2. Identificação dos Problemas e Obstáculos
Após a verificação dos elementos que interferem diretamente
no planejamento do projeto, a escola deve realizar um levantamentos dos
atuais problemas enfrentados pela gestão pedagógica utilizada em sala de
aula, direcionando seus esforços a identificação dos obstáculos já existentes
ou que poderão surgir à frente do projeto, para que seja realizada estratégias
flexíveis às necessidades e exigências das instituições de ensino.
“A possibilidade de construção do Projeto deve ser
31
concebida, com todas as limitações e dificuldades, como
um dos elementos de construção social, entretanto, esta
possibilidade só poderá ocorrer mediante uma mudança
de valores e atitudes não só na estrutura da sociedade ou
na própria instituição, mas nas diferentes concepções de
educação, que o momento histórico. O social exige,
permitindo, então, a compreensão do paradoxo da
inclusão social, associada aos reais princípios
democráticos, neste caso do aluno, não só como um
"paradoxo de ideais" mas como a possibilidade e o
compromisso pedagógico que todos os educandos são
capazes de aprender a partir de suas condições pessoais,
pelos seus limites e pelas suas possibilidades.” (OSÓRIO,
2001, p.04-05)
Geralmente, os problemas da escola estão relacionados com o
funcionamento e a convivência social vivida pelos professores e alunos, que
refletem na sociedade em si. Portanto, caso a escola possua uma grande
diversidade de problemas e necessidades, ela deverá priorizar aqueles que
necessitam de soluções rapidamente e os que são essenciais para a
construção de políticas pedagógicas inovadoras.
2.3.3. Descrição dos Objetivos, Estratégias e Metas Escolares
Quando a escola realizar uma análise do seu ambiente escolar
e verificar as necessidades de mudanças, ela estará apta a desenvolver seus
principais objetivos a fim de escolher as melhores estratégias para a realização
das metas.
32
Sendo assim, os objetivos educacionais são aquilo que as
instituições de ensino desejam conseguir, como exemplo, a inclusão de
atividades extracurriculares no plano de aulas, reduzir o número de alunos
reprovados, aumento da qualificação dos profissionais, entre outros.
“Não existem medidas automáticas, avaliações sem
avaliador nem avaliado; nem se pode reduzir um ao
estado de instrumento e o outro ao de objeto. Trata-se de
atores que desenvolvem determinadas estratégias, para
as quais a avaliação encerra uma aposta, sua carreira
escolar, sua formação.(...) Professor e aluno se envolvem
num jogo complexo cujas regras não estão definidas em
sua totalidade, que se estende ao longo de um curso
escolar e no qual a avaliação restringe-se a um
momento.” (PERRENOUD, 1990, p.18)
Para cada objetivo, podem existir uma ou mais estratégias que
deverão ser utilizadas durante a execução das atividades que levarão ao
cumprimento dos objetivos almejados, como exemplo, para um objetivo que
busca diminuir o índice de reprovação da escola, pode ser utilizado uma
estratégia focada na criação de monitorias que ofereçam aulas fora do horário
habitual.
As metas são referentes aos resultados obtidos com a
conquista dos objetivos, sendo que são alcançadas em um longo período,
podendo ser elaborada com a ajuda de estatísticas, como exemplo, aumentar o
índice de aprovados em 30%.
Contudo, é importante enfatizar que os objetivos, as estratégias
e as metas, devem estar integradas entre si, para ser possível atingir os
resultados esperados.
33
2.3.4. Apresentação e Acompanhamento dos Resultados
Após a realização das estratégias, a fim de atingir os objetivos
se baseando em metas, deverá ser elaborado uma apresentação dos
resultados conquistados com a aplicação do projeto político pedagógico na
gestão educacional da instituição de ensino. Com as estatísticas dos
resultados, é possível analisar se as estratégias estabelecidas foram
suficientes para alcançar os objetivos propostos. (OSÓRIO, 2001)
Os responsáveis por elaborar o projeto político pedagógico
também devem criar métodos para o acompanhamento dos resultados,
reavaliando o processo educativo oferecido aos alunos e a qualidade de ensino
de acordo com os padrões estabelecidos no projeto.
Segundo Carvalho, Lima e Silva (2006) um cronograma pode
ser criado para contribuir para o monitoramento das conquistas obtidas, sendo
que devem ser especificados os instrumentos que deverão ser utilizados,
podendo ser usados, pesquisas quantitativas ou qualitativas com todo o escopo
de funcionários da instituição, bem como alunos e pais.
Os autores consideram também que os educadores
necessitam estar em constante integração, caso seja preciso reorientar os
objetivos e metas, através de novas estratégias. Essa cultura focada em uma
análise de desempenho é essencial para a instituição que deseja melhorar a
qualidade de ensino inserida em sua política social, servindo como fator
essencial para a formação do aluno.
Apesar de ser uma questão lógica, a verificação dos resultados
ainda não é muito usado pelas escolas, pelo fato de ser uma tendência recente
que começou a ganhar força para o aumento da expansão há poucos anos,
pois antigamente não era costume avaliar os professores e a instituição em si,
34
o foco principal da avaliação de desempenho estava direcionado a apenas o
aluno, no entanto, também não era utilizada com muito sucesso.
Para facilitar esse processo de avaliação, os profissionais
podem categorizar as atividades em duas abordagens:
- Abordagem externa: referente à qualidade do ensino
oferecido aos alunos, qualificação dos professores, características da
população, entre todas as ações direcionadas a questão social.
- Abordagem interna: referente a estrutura da escola e
disposição dos espaços destinados às aulas.
Através destas abordagens, é possível identificar falhas como,
descomprometimento dos envolvidos nas atividades estabelecidas,
inconsistências nas propostas, baixa conscientização social da instituição de
ensino, indisciplina dos alunos, insatisfação dos alunos, falta de estratégias
pedagógicas focadas na melhoria da qualidade do ensino, entre outros.
35
CAPÍTULO III
AQUISIÇÃO DE AUTONOMIA ESCOLAR NAS
PROPOSTAS PEDAGÓGICAS
3.1 – Aspectos Históricos de Autonomia Escolar
Historicamente, no ano de 1932 foi publicado um artigo,
considerado um documento histórico chamado de Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova. Foi direcionado a sociedade em geral e aos órgãos públicos
com o intuito de estabelecer uma discussão sobre os sistemas educacionais da
época, no entanto este documento também tinha como objetivo desenvolver
uma espécie de roteiro estruturado para inovar as políticas educacionais
atuantes no Brasil.
“O redator foi Fernando de Azevedo, mas os signatários
foram, além do autor, mais 25 homens e mulheres de alta
expressão na vida nacional, dentre os quais vale destacar
os grandes educadores Anísio Teixeira, Sampaio Dória,
Lourenço Filho e Almeida Jr. Esse documento teve uma
continuada repercussão na educação brasileira em geral
e na educação paulista em particular, durante pelo menos
30 anos. Se percorrermos suas dezenas de páginas ainda
será possível encontrar algumas análises que não
perderam valor e, até mesmo, a indicação de algumas
soluções interessantes de problemas educacionais que
permanecem até hoje.” (AZANHA, 1998, p. 18)
Nesta época o pensamento e o conhecimento dos cidadãos
eram diferentes, a importância em relação à autonomia não era levada tão a
36
serio, sendo que foi citada no documento descrito nos parágrafos acima
apenas três vezes. O sentido empregado foi para indicar o interesse para
armazenar fundos, além das verbas disponibilizadas pelo governo, para o
investimento em novos sistemas educacionais. (ibidem, p. 18)
Assim, no ano de 1933, o mesmo autor do Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova, Fernando de Azevedo, foi o responsável pela
elaboração de outro impresso denominado de Código de Educação do Estado
de São Paulo, a fim de inovar as políticas educacionais regidas no estado, este
documento se tornou um decreto no dia 21 de abril de 1933 referente ao nº
5.884. (ibidem, p. 19)
Este documento envolvia assuntos relacionados com a
administração das instituições e suas políticas educacionais, incluindo também
as instituições rurais que na época se mantinham isoladas. Dispôs também
sobre a administração e as propostas pedagógicas estabelecidas pelo
Departamento de Educação da época que era o único órgão público a reger
normas direcionadas a qualidade de ensino no país.
“O código era constituído de 992 artigos. Apesar da
elevada quantidade de itens, a palavra autonomia é citada
apenas uma vez no parágrafo referente aos professores
das instituições escolares, que deveriam possuir
"autonomia didática dentro das normas técnicas gerais
indicadas pela pedagogia contemporânea".” (AZEVEDO,
1933, art. 239)
A visão dos indivíduos não apresentava a preocupação das
escolas exercerem poder de autodeterminação político-administrativa, ou seja,
possuírem autonomia suficiente para estipular melhoras nos sistemas
educacionais estabelecidos pelo governo.
37
Relacionado com a autonomia das escolas modernas, a Leis
de Diretrizes e Bases da Educação não utiliza diretamente a palavra
autonomia, no entanto estabelece a liberdade das instituições se organizarem
de acordo com seu próprio regimento.
Apesar desse fato, a autonomia atual não é suficiente para
alavancar a qualidade de ensino das escolas no Brasil, pois o atual sistema
educacional ainda apresenta sintomas de escassez de elementos que sejam
capazes de solucionar os problemas da educação brasileira.
Em 1983, a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo
elaborou um texto, onde a autonomia foi citada não só como palavra, mas com
o seu total significado, dando ênfase aos problemas existentes entre as
instituições de ensino e os órgãos públicos permitindo com que muitas
discussões fossem expostas para analisar o que foi escrito com a realidade
presenciada na época, porém a autonomia era vista ainda como um problema
somente das escolas e não das mesmas junto ao ministério público.
(CARVALHO, 2001)
“Esses tópicos integram, ao lado de temas como a
contextualização, por exemplo, o núcleo de um tipo de
discurso pedagógico cuja análise e debate podem
eventualmente trazer esclarecimentos importantes para
professores e instituições escolares neste momento de
transição. Assim, paralelamente às normatizações
relativas a certas diretrizes de política educacional, a
resolução e o parecer veiculam também uma determinada
perspectiva pedagógica que parece visar a reforma ou a
substituição de certas práticas, por eles qualificadas como
indesejáveis ou inadequadas em face de novas
demandas educacionais, sociais e econômicas.” (ibidem,
p. 156)
38
A partir daí, inúmeros debates, trabalhos acadêmicos, artigos,
periódicos, entre outros, desenvolveram trabalhos que geraram vários conflitos
sobre a questão da autonomia educativa.
Até os tempos modernos a autonomia está presente em
documentos, entretanto ao que se refere á prática da mesma, pode-se notar
uma carência imensa nas políticas públicas direcionadas ao setor educacional.
3.2 – Aspectos Atuais de Autonomia Escolar
A escola é o ambiente ideal para se trabalhar o
desenvolvimento da pratica da responsabilidade social. Se através do ensino
se constrói uma pessoa competente e forma um profissional, educar é o melhor
caminho a seguir para incentivar a responsabilidade social e gerar cidadãos. A
escola é o caminho para a construção de uma sociedade mais digna e justa.
Infelizmente, sabemos que o Brasil é um dos países com o
maior índice de desigualdade social e que, portanto, precisa de ajuda dos
diversos setores da sociedade. Mas, antes de qualquer ação ou de qualquer
ato ser realizado, é preciso que a população se conscientize dos problemas,
tanto individuais quanto gerais.
A importância da conscientização está no seguinte: a partir do
conhecimento da necessidade do outro, as pessoas podem desenvolver seu
senso de responsabilidade e então, agir.
“A função social do professor está posta nessa totalidade.
Como uma prática social, a função docente articula-se
com a nova sociabilidade do capital, mediante os papéis
que ela cumpre, no sentido de transformar ou de legitimar
39
as políticas educacionais em curso, demandadas pela
nova ordem mundial. Essa função mantém uma relativa
autonomia em relação à sociabilidade global, como uma
particularidade desse todo social.” (SILVA, 2006, p. 02)
Devido às constantes transformações do mercado de trabalho,
exigindo que os profissionais sejam cada vez mais qualificados, a necessidade
de professores especializados tornou-se uma preocupação vigente no sistema
de ensino brasileiro.
O trabalhador precisa estar cada vez mais integrado com os
fatores tecnológicos e habilidades comunicativas, sendo que estas atividades
são desenvolvidas a partir do ingresso do aluno nas instituições escolares.
Assim, é preciso que as políticas educacionais tenham
autonomia suficiente para elevar as competências de seus profissionais para
enfrentar uma sociedade totalmente globalizada que exige um sistema de
ensino consistente capaz de vencer a precarização do trabalho. (ibidem, p. 03)
A autonomia escolar direcionada ao desenvolvimento de
propostas pedagógicas normalmente é um problema enfrentado pelas
instituições publicas, já que as mesmas são dependentes de órgãos públicos
que controlam o sistema devassado encontrado atualmente nessas escolas.
Isto ocorre porque na maioria das vezes os órgãos públicos
desconhecem os reais problemas enfrentados nas instituições, sejam
administrativos, escolares, entre outros.
Sendo assim, a administração da escola pouco faz, pois
normalmente todas as ações devem ser informadas aos órgãos públicos,
sendo que existem grande elementos burocráticos que interferem na decisão
dos mesmos, não deixando que compreendam que as escolas possuem
40
aspectos diferentes, necessitando de estratégias diferenciadas para
solucionarem seus problemas.
“A escola pública é uma instituição social muito específica
com uma tarefa de ensino eminentemente social que, por
isso mesmo, exigiria um esforço coletivo para enfrentar
com êxito as suas dificuldades porque essas dificuldades
são antes institucionais que de cada professor. Mas, de
fato o que se tem é um conjunto de professores
preparados bem ou mal, para um desempenho
individualizado e que, por isso, resistem à idéia de que os
próprios objetivos escolares são sócioculturais e que até
mesmo o êxito no ensino de uma disciplina isolada deve
ser aferido em termos da função social da escola.”
(AZANHA, 1998, p. 21)
Um projeto político pedagógico é uma das formas mais
consistentes de adquirir a autonomia necessária para a melhoria do sistema
educacional das escolas, envolvem algumas atividades que precisam do total
comprometimento dos profissionais das instituições de ensino para exigirem
dos órgãos públicos, melhorias na educação.
Para a escola alcançar a autonomia e desenvolver a
democracia e a realidade social e econômica, deve focar suas ações na
criação de um espaço onde a sociedade pode apresentar suas idéias servindo
como fonte de reflexão por todos os interessados.
Segundo Pinheiro (1998), o domínio das práticas apresentadas
no projeto é conquistado pela autonomia que as escolas possuem em alterar
as atuais atividades conservadoras vigente nas escolas públicas, portanto, a
autonomia é o elemento que permite que os profissionais educacionais
41
elaborem novos princípios a fim de mudar as formas de orientação das ações
pedagógicas.
Sendo assim, é possível adquirir uma nova identidade
educacional considerada o principal objetivo do projeto, pois contribui na
superação dos problemas da sociedade e do sistema de ensino. Porém, não se
deve limitar a apologia às atividades isoladas por meio das normas
regulamentárias do sistema educacional, na verdade é preciso manter o foco
nas ações que geram a falta de compromisso do poder público.
“A principal possibilidade de construção do projeto político
pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de
sua capacidade de delinear sua própria identidade. Isto
significa resgatar a escola como espaço público, lugar de
debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva.” (VEIGA,
2004, p. 14)
A instituição que está disposta a desenvolver um Projeto
Político Pedagógico se propõe a realizar debates para analisar as idéias dos
profissionais, alunos, familiares e comunidade, de acordo com a possibilidade
de cada grupo, sendo essencial a presença de todos os trabalhadores da
escola no processo participativo para atender os anseios do projeto.
O papel social da escola atua de maneira a combater as
desigualdades existentes na sociedade, evitando que seus alunos façam parte
da população marginalizada e defendam a fidelidade do aluno à escola,
realizando atividades capazes de despertar o interesse dos jovens em
continuar seus estudos para que no futuro possa ser possível adquirir melhor
qualidade de vida, tanto profissional quanto pessoal.
A democracia exerce importante função no projeto de novas
propostas pedagógicas, pois permite a flexibilidade suficiente para abranger de
42
forma coletiva todos os envolvidos e assim melhorar as atividades educativas,
enquadrando todas as ações desenvolvidas focadas nas mudanças das
políticas de estudo a fim de transformar uma instituição de ensino em uma
organização capaz de formar cidadãos responsáveis, humanitários e
qualificados.
Isto é necessário, pois os velhos paradigmas estão
direcionados as atividades que não apresentam variação, com caráter rígido.
43
CONCLUSÃO
Com a elaboração deste trabalho foi possível constatar que o
Projeto Político Pedagógico surgiu com a intenção de inovar as propostas
pedagógicas, para uma melhoria da qualidade do ensino brasileiro, sendo que
envolve analisar os interesses do governo público, da escola em geral e da
sociedade, buscando novas práticas democráticas e o caráter coletivo, se
baseando na regulamentação necessária e nos princípios emancipatórios.
O projeto além de estimular as desigualdades existentes na
sociedade, é através dele que podem ser estabelecidas atividades que
impedem que o aluno faça parte da marginalidade, garantindo sua fidelidade
aos estudos aumentando o potencial de aprendizado com aulas que despertam
o interesse em alcançar sua realização pessoal.
Nota-se que o papel desempenhado pela escola neste
processo é essencial para o alcance dos objetivos apresentados no projeto, já
que os alunos possuem o direito de debater e colocar assuntos em pauta para
ser anexado no projeto, visando garantir a avaliação dos seus interesses em
novas propostas pedagógicas.
Foi visto no trabalho, que a legislação apóia a construção de
novas políticas educacionais baseadas em uma gestão democrática e fornece
leis para a criação das mesmas, tendo validade em âmbito federal através da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9.394/96, onde estabelece as
responsabilidades de todos os envolvidos na elaboração do projeto.
O processo de desenvolvimento de um projeto pedagógico
voltado para uma gestão democrática educacional consistente engloba avaliar
o histórico da instituição de ensino, bem como seus problemas atuais para a
definição dos objetivos e metas, desenvolvendo estratégias para ser possível
44
alcançá-los, e logo após, poder ser realizado uma verificação dos resultados e
acompanhamento das transformações, para que seja possível identificar falhas
e solucioná-las.
Com isso, compreende-se que ao alcançar a democracia nas
propostas pedagógicas, a instituição escolar adquire a autonomia, fortalecendo
sua relação com as políticas educacionais.
A autonomia escolar, portanto, permite com que as
organizações educacionais possam melhorar a qualidade das propostas e
conseqüentemente do ensino, contribuindo com que profissionais, alunos e
órgãos públicos estabeleçam uma relação de aprendizado mútuo beneficiando
a sociedade em geral.
Conclui-se dessa forma, que a gestão democrática contribui
significativamente para que um ambiente escolar saudável seja criado,
principalmente quando o cenário envolve a identificação dos problemas
escolares que são devidamente tratados pelos profissionais envolvidos, pais e
alunos, visando juntamente com os órgãos públicos elaborar propostas
pedagógicas realistas que possam alavancar a qualidade de ensino das
escolas.
45
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48
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ................................................................................................... 2
AGRADECIMENTO ................................................................................................... 3
DEDICATÓRIA .......................................................................................................... 4
RESUMO .................................................................................................................... 5
METODOLOGIA ........................................................................................................ 6
SUMÁRIO .................................................................................................................. 7
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8
CAPÍTULO I – A GESTÃO DEMOCRÁTICA ........................................................... 10
1.1. A Escola e seu Papel Social ........................................................................ 10
1.2. Conceito de Gestão Democrática ............................................................... 13
CAPÍTULO II – A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ........ 17
2.1. Conceito de Projeto Político Pedagógico .................................................. 17
2.2. Aspectos Históricos do Projeto Político Pedagógico ............................... 19
2.2.1. Regulamentação ..................................................................................... 22
2.2.2. Ponto de Vista Emancipatório ................................................................. 26
2.3. Desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico ..................................... 28
2.3.1. Elaboração da Proposta Escolar ............................................................. 28
2.3.2. Identificação dos Problemas e Obstáculos ............................................. 30
2.3.3. Descrição dos Objetivos, Estratégias e Metas Escolares ....................... 31
2.3.4. Apresentação e Acompanhamento dos Resultados ................................ 33
CAPÍTULO III – AQUISIÇÃO DE AUTONOMIA ESCOLAR NAS PROPOSTAS
PEDAGÓGICAS ...................................................................................................... 35
3.1. Aspectos Históricos de Autonomia Escolar .............................................. 35
3.2. Aspectos Atuais de Autonomia Escolar ..................................................... 38
49
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................. 45
ÍNDICE ..................................................................................................................... 48