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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL NA GESTÃO EMPRESARIAL Por: Ana Claudia Sobral de Sousa Orientador Profª. Ana Claudia Morrissy Rio de Janeiro Janeiro/2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · Os riscos de liquidez podem ser dividos em: risco de liquidez de mercado/produto e risco de liquidez de fluxo de caixa/obtenção

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL

NA GESTÃO EMPRESARIAL

Por: Ana Claudia Sobral de Sousa

Orientador

Profª. Ana Claudia Morrissy

Rio de Janeiro

Janeiro/2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL

NA GESTÃO EMPRESARIAL

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Finanças e Gestão Corporativa.

Por: Ana Claudia Sobral de Sousa.

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AGRADECIMENTOS

... aos meus pais, José Alberto e Ascenção

da Conceição, pela dedicação intensa, pela

boa educação e pelo apoio incondicional.

A minha professora Ana Claudia Morrissy,

pela orientação, apoio e preocupação com a

formação dos alunos.

A todos aqueles professores, amigos e

funcionários que, de alguma maneira,

contribuíram para minha formação.

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DEDICATÓRIA

...dedico este trabalho a minha querida filha

Amanda e meu amado companheiro Amin,

pela compreensão nos momentos que me fiz

ausente e por serem meus companheiros de

todas as horas.

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RESUMO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo apresentar

um estudo sobre a Gestão de Riscos, com foco principalmente no Risco

Operacional, evidenciando a sua importância, sendo esta uma das ferramentas que

se tornou indispensável na gestão empresarial, independente do segmento da

organização. Diante do elevado grau de importância que o processo de

Gerenciamento de Riscos tem dentro da Gestão de uma Organização, esta

pesquisa apresentará as principais atividades que envolvem este Gerenciamento,

bem como o seu impacto nas organizações. Assim sendo, para alcançar tal objetivo,

procurou-se caracterizar o elemento risco, bem como ressaltar seus principais tipos,

e abordar as normas, padrões e procedimentos de medidas preventivas e

contingenciais que melhor atendem a necessidade de minimizar os prováveis

resultados negativos, descrevendo seu planejamento, seus programas, as opções

de controles, e, por último, destacar a influência do gerenciamento do risco

operacional na gestão empresarial. A partir desse estudo, foi possível identificar a

função da gestão do risco operacional. Esta, por sua vez, quando claramente

definida, é de fundamental importância dentro da organização, a fim de diminuir o

potencial de perdas.

PALAVRAS - CHAVE: Risco, Risco Operacional e Gerenciamento de Riscos.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada no desenvolvimento deste trabalho foi principalmente

através de pesquisa bibliográfica tanto em livros quanto em revistas acadêmicas da

área, além de textos e artigos disponíveis na internet.

Com base em estudos bibliográficos e de pesquisa que apontaram a

necessidade cada vez maior em aprimorar as etapas como identificar, classificar,

mensurar, mitigar, acompanhar e gerir os riscos inerentes as empresas

independente do seu porte, percebemos o aumento significativo da sua importância

ao longo destes últimos anos, conforme apresentado no material do estudo citado,

principalmente dos autores BRASILIANO, Antonio Celso Ribeiro e ZAMITH, José

Luis Cardoso, HOPE, Jeremy.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Conceito de Risco 10

CAPÍTULO II - Definição dos Principais Tipos de Risco 12

CAPÍTULO III - A Importância de Gerenciar Riscos 20

CAPÍTULO IV - Os Objetivos Estratégicos, As Fases e/ou Etapas e As Nor-

mas acerca da Gestão de Riscos 23

CAPÍTULO V - A Influência do Gerenciamento do Risco Operacional na Ges-

tão Empresarial 37

CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA 46

ÍNDICE 47

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INTRODUÇÃO

“É perdoável ser derrotado, mas nunca surpreendido !!” (FREDERICO, O Grande)

O Risco, por ser um elemento de incerteza, é a condição que cria ou

aumenta o potencial de perdas, representando, portanto, uma forte ameaça a

qualquer Empresa, fazendo com que o processo de seu Gerenciamento tenha um

elevado grau de importância na Gestão de uma Organização. O conhecimento dos

riscos e um sistema de controles internos eficaz são componentes de extrema

importância para o sucesso de qualquer organização.

Há riscos relacionados com os negócios recorrentes e com as novas

oportunidades de negócios, no ambiente empresarial, como o lançamento de um

produto, com geração de custos sem a certeza de retorno adequado, ou a entrada

em novos mercados sem familiaridade com as estruturas política, econômica e

empresarial que lhe são inerentes (ANTUNES, 1998).

Riscos relacionados a questões operacionais, de conformidade e de outra

natureza, com implicações diferenciadas, também existem no ambiente empresarial.

É importante que a relevância dos riscos de natureza estratégica na alocação de

recursos para seu gerenciamento (em geral, escassos) seja conhecida. Problemas

de conformidade, como por exemplo, com a legislação; ou operacionais, como por

exemplo, uma falha no processo produtivo por problemas de sistemas ou de

logística; podem colocar em risco o sucesso de uma área estratégica e,

consequentemente, o sucesso de uma corporação (ANTUNES, 1998).

Ciente deste cenário de potencial de perdas, a direção das organizações de

todos os segmentos de mercado, sabem da importância em mitigar riscos

corporativos, bem como admite-se a impossibilidade de controlar eventos adversos,

tais como riscos inerentes ao negócio. Por isso, medidas preventivas e

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contingenciais são fundamentais para suportá-los a fim de minimizar os prováveis

resultados negativos decorrentes do seu impacto nos negócios.

O Processo de Gerenciamento de Riscos também é tido como investimento

em Prevenção de Perdas para uma empresa, e em um mercado competitivo

resultado da grande expansão do comércio globalizado as empresas necessitam

cada vez mais deste investimento, que elimina e reduz, efetivamente, a maioria dos

riscos acidentais.

Sabendo-se que, quando adequadamente identificados e gerenciados,

através de pesquisas e suporte especializado, os riscos de o empreendimento não

ser bem-sucedido podem ser reduzidos significativamente, e o sucesso não

somente ocorrer, mas gerar, ainda, substancial vantagem competitiva. Todavia, há

riscos que simplesmente não devem ser assumidos quando não totalmente

gerenciáveis ou se não houver recursos para tanto. Como por exemplo, construir ou

operar uma planta industrial com risco de explosão de 50%, ou até menos, é

inadmissível. O resultado da divulgação desse fato gera imagem negativa, risco de

perda de funcionários e interdição legal, com conseqüentes efeitos adversos na

reputação e nos negócios (ANTUNES, 1998).

A implementação do gerenciamento de risco, na opinião de Zamith, deve ser

uma decisão de quem efetivamente detêm o poder decisório na instituição. Esta é

uma necessidade de forma a obter resultados que tenham impacto imediato, como

influência máxima na rotina diária da instituição. Isto porque esta implementação

pode envolver mudanças internas de percepção de qualidade e lucratividade, e,

portanto requer comprometimento total da diretoria. Uma vez estabelecido o

gerenciamento de risco, os envolvidos com este devem estabelecer e aprovar

controles que garantam a saúde financeira da instituição, até mesmo em situações

catastróficas.

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CAPÍTULO I

CONCEITO DE RISCO

Risco difere de perigo. Perigo é a origem da perda. Exemplo: incêndio é um

perigo, o risco são as condições de armazenagem, carga de incêndio, cultura de

funcionários, entre outras. A violência urbana é um perigo, a concretização dela

depende das condições.

Para melhor compreender o que é risco precisamos estabelecer a distinção

entre incerteza e risco. Sempre que não sabemos ao certo o que vai ocorrer no

futuro temos incerteza. O risco é a parcela de incerteza para qual damos

importância, porque afeta o bem-estar das pessoas.

O conceito de risco permite abordagens em diversas dimensões, como por

exemplo, o simples fato de uma atividade existir, abre a possibilidade da ocorrência

de eventos ou combinação deles, cujas consequências constituem oportunidades

para obter vantagens ou então ameaças ao sucesso.

Pretende-se neste capítulo alcançar uma consistência de conceito de risco

sobre o ponto de vista de uma organização, bem como sua caracterização e a

exposição a ele.

O Risco pode ser conceituado como uma expectativa de perda expressada

como a probabilidade de que uma ameaça em particular poderá explorar uma

vulnerabilidade com um possível prejuízo, ou até mesmo, como uma medida da

incerteza associada aos retornos esperados de investimentos.

Ainda assim, o Risco não é ruim por definição, na verdade ele é essencial

para o progresso e as falhas decorrentes são parte de um processo de aprendizado.

1.1 – Caracterização de Risco

Uma empresa está sujeita a uma grande diversidade de riscos durante a

condução de seus negócios e conhecê-los é fundamental, já que aqueles aos quais

está exposta e que não sabe reconhecer são os que se revelam mais contundentes.

O risco pode ser definido como a combinação entre a probabilidade de

ocorrência de um evento e suas consequências.

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Em qualquer tipo de empreendimento há a possibilidade de eventos e

consequências que se constituem em oportunidades de benefícios ou em ameaças

ao sucesso.

A gestão de risco está cada vez mais relacionada tanto aos aspectos

positivos quanto negativos do risco. Portanto, esse padrão considera essas duas

perspectivas do risco.

Geralmente, se considera que as consequências são apenas negativas e

que, portanto, a gestão de um risco deve estar focada na prevenção e mitigação

desse dano.

1.2 – Exposição ao Risco

As mudanças no ambiente financeiro mundial, tais como a integração entre

os mercados por meio do processo de globalização, o surgimento de novas

transações e produtos, o aumento da sofisticação tecnológica e as novas

regulamentações tornaram as atividades e os processos financeiros e seus riscos

cada vez mais complexos.

Adicionalmente, as lições originadas dos desastres financeiros, contribuíram

para a evidenciação da necessidade principal de gestão de riscos na indústria

mundial.

Esses fatores influenciaram para que os órgãos reguladores e as

instituições financeiras investissem na gestão dos riscos, visando o fortalecimento

da saúde financeira dos bancos e a prevenção contra os efeitos prejudiciais ao

sistema financeiro.

Para ficar alinhado a essa perspectiva, se faz necessário o investimento no

aperfeiçoamento contínuo do processo e das práticas de gestão de riscos, em

consonância com os referenciais internacionais de mercado e com as Normas mais

recentes, tanto no Mercado Financeiro quanto em todos os Mercados dos demais

segmentos.

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CAPÍTULO II

DEFINIÇÃO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE RISCO

Uma organização, seja de qual ramo for, estará sempre exposta a algum

tipo de risco, enquanto corre pela busca de resultados, porém, a sua habilidade em

atrair estes resultados positivos, são determinados pela qualidade da gestão desse

risco.

A seguir, identificaremos os principais tipos de risco relacionados ao estudo

da mensuração e gestão de risco: de mercado, de liquidez, de crédito, País,

operacional, legal e de imagem.

2.1 – Risco de Mercado

O risco de mercado é o potencial de oscilação dos valores de um ativo

durante um período de tempo. É representado pelos desvios – volatilidade – em

relação ao resultado esperado.

Os riscos de mercado surgem porque as empresas mantêm no mercado,

posições ativas e passivas que nem sempre coincidem em termos de vencimento,

indexadores e moedas. As mudanças de preços dos ativos e dos passivos

financeiros, que oscilam por natureza, uns mais, outros menos, impactam o risco de

mercado.

2.2 – Risco de Liquidez

O risco de liquidez decorre da possibilidade de ocorrer incapacidade de

honrar os compromissos assumidos, resultante de desequilíbrio de caixa gerado

pelo descasamento dos prazos de vencimentos das operações ativas e passivas.

Uma instituição é considerada sem liquidez se os seus passivos tornarem-se

exigíveis antes da realização de ativos ou da obtenção de funding¹ suficiente para

¹ Recursos ou financiamento.

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suprir as necessidades financeiras, seja por má administração dos prazos, seja por

inadimplência de devedores.

Os riscos de liquidez podem ser dividos em: risco de liquidez de

mercado/produto e risco de liquidez de fluxo de caixa/obtenção de recursos.

2.2.1 – Risco de Liquidez de Mercado/Produto

Surge quando uma operação não pode ser conduzida pelos preços de

mercado prevalecentes, devido à atividade insuficiente no mercado.

O volume negociado é muito importante. Teoricamente, qualquer mercado

pode assimilar qualquer negociação, dependendo apenas do nível de preço.

Este risco de liquidez pode ser difícil de ser quantificado, podendo variar de

acordo com as condições de mercado, e pode ser administrado por meio do

estabelecimento de limites em determinados mercados ou produtos e também por

meio de diversificação.

2.2.2 – Risco de Liquidez de Fluxo de Caixa/Obtenção de Recursos

É a impossibilidade de cumprir as obrigações relativas ao fluxo de caixa que

pode forçar a liquidação antecipada de contratos, transformando as perdas

escriturais em perdas reais.

O risco de obtenção de recursos pode ser controlado através do

planejamento adequado das necessidades, que podem ser administradas pela

limitação dos intervalos entre os fluxos de caixa e também por meio de

diversificação.

Estudar o volume negociado em cada mercado ao qual estamos expostos

irá dizer até quanto podemos comprar ou vender de um artigo ou contrato, sem

causar um forte movimentode preço.

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2.3 – Risco de Crédito

Medida numérica da incerteza relacionada ao recebimento de um valor

contratado/compromissado, a ser pago por um tomador de um empréstimo,

contraparte de um contrato ou emissor de um título, descontadas as expectativas de

recuperação e realização de garantias.

Decorre das possibilidades de perdas resultantes das operações que geram

desembolso temporário de recursos ou das operações que geram recursos a serem

recebidos em datas futuras.

Esse tipo de risco refere-se ao possível não recebimento dos recursos a que

se tem direito ou ao seu recebimento fora do prazo e/ou das condições pactuadas.

2.4 – Risco País

Consiste no grau de confiança que o mercado mundial deposita em um

determinado país em relação à sua capacidade de honrar seus compromissos

externos.

É utilizado para avaliação de países e representado pela circunstância de o

país devedor ficar impossibilitado de honrar seus compromissos na moeda em que a

transação foi originada.

Esse risco ocorre quando o governo ou autoridade dominante impossibilita a

liberação, transferência, conversibilidade ou qualquer outra forma de câmbio ou

troca de moeda local por outra moeda que tenha curso livre nos principais mercados

mundiais.

As agências de rating² realizam a medição do risco país. São

internacionalmente reconhecidas e aceitas pela comunidade mundial de negócios.

Empregam técnicas de avaliação modernas e atuais, sendo que seu julgamento é

sólido e desprovido de quaisquer conflitos de interesses, representando uma

ferramenta de análise fundamental e necessária aos investidores.

² Avaliação em termos de qualidade

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2.5 – Risco Operacional

O risco operacional pode ser definido como uma medida numérica da

incerteza dos retornos de uma instituição caso seus sistemas, práticas e medidas de

controle não sejam capazes de resistir a falhas humanas, no processamento ou

controle das operações, danos à infra estrutura de suporte, utilização indevida de

modelos matemáticos ou produtos, alterações no ambiente dos negócios, ou a

situações adversas de mercado.

Esse tipo de risco resulta em perda inesperada para a organização ou para

seu cliente.

As principais sub-áreas do risco operacional são:

2.5.1 - Risco de Overload

Este pode ser definido como o risco de perdas por sobrecargas nos

sistemas elétrico, telefônico, de processamento de dados, etc. Exemplos: 1)

Sistemas não operacionais em agências bancárias por acúmulo de informação nos

canais de comunicação com a central de atendimento; 2) Linhas telefônicas

constantemente ocupadas.

2.5.2 - Risco de Obsolescência

Este pode ser definido como o risco de perdas pela não substituição

frequente dos equipamentos e softwares antigos. Exemplos: 1) Versões atualizadas

de softwares não compatíveis com hardware antigo; 2) Impossibilidade de integrar

sistemas computacionais desenvolvidos em versões de software diferentes.

2.5.3 - Risco de Presteza e Confiabilidade

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Este pode ser definido como o risco de perdas pelo fato de informações não

poderem ser recebidas, processadas, armazenadas e transmitidas em tempo hábil e

de forma confiável. Exemplos: 1) Situações onde informações consolidadas sobre

exposição de um banco não podem ser obtidas em tempo hábil para análise; 2)

Impossibilidade de prestar informações precisas em determinados horários devido à

atualização de bancos de dados ocorrer por processamento em batch.

2.5.4 - Risco de Equipamento

Este pode ser definido como o risco de perdas por falhas nos equipamentos

elétricos, de processamento e transmissão de dados, telefônicos, de segurança, etc.

Exemplos: 1) Redes de micros contaminados por vírus; 2) Discos rígidos

danificados; 3) Telefonia não operacional por falta de reparos.

2.5.5 - Risco de Erro Não Intencional

Este pode ser definido como o risco de perdas em decorrência de equívoco,

omissão, distração ou negligência de funcionários. Exemplos: 1) Mal atendimento de

correntistas (má vontade, falta de informação, etc.); 2) Posicionamento da tesouraria

no mercado contrário ao especificado pelo Comitê de Investimentos.

2.5.6 - Risco de Fraudes

Este pode ser definido como o risco de perdas em decorrência de

comportamentos fraudulentos (adulteração de controles, descumprimento

intencional de normas da empresa, desvio de valores, divulgação de informações

erradas, etc.). Exemplos: 1) Desvio de dinheiro de agência bancária; 2) Aceitação de

“incentivos” de clientes para conceder crédito em valores mais elevados.

2.5.7 - Risco de Qualificação

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Este pode ser definido como o risco de perdas pelo fato de funcionários

desempenharem tarefas sem qualificação profissional apropriada à função.

Exemplos: 1) Uso de estratégias de hedge com derivativos sem conhecimento por

parte do operador das limitações desta; 2) Iniciar operações em mercados

“sofisticados” sem contar com equipes devidamente preparadas.

2.5.8 - Risco de Produtos & Serviços

Este pode ser definido como o risco de perdas em decorrência da venda de

produtos ou prestação de serviços ocorrer de forma indevida ou sem atender às

necessidades e demandas de clientes. Exemplos são dados por: 1) Envio de

cartões de crédito sem consulta prévia ao cliente; 2) Recomendar a clientes de perfil

conservador o investimento em fundos de derivativos alavancados diante de um

bom desempenho no passado recente destes mesmos fundos.

2.5.9 - Risco de Regulamentação

Este pode ser definido como o risco de perdas em decorrência de

alterações, impropriedades ou inexistência de normas para controles internos ou

externos.

2.5.10 - Risco de Modelagem

Este pode ser definido como o risco de perdas pelo desenvolvimento,

utilização ou interpretação incorreta dos resultados fornecidos por modelos,

incluindo a utilização de dados incorretos. Exemplos: 1) Utilizar software comprado

de terceiros sem conhecimento de suas limitações; 2) Utilizar modelos matemáticos

sem conhecimento de suas hipóteses simplificadoras.

2.5.11 - Risco de Concentração (operacional)

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Este pode ser definido como o risco de perdas por depender de poucos

produtos, clientes e/ou mercados. Exemplos: 1) Bancos que só operem financiando

clientes de determinado segmento (por exemplo, setor automotivo, crédito a lojistas,

etc.).

2.5.12 - Risco de Catástrofe

Este pode ser definido como o risco de perdas devido a catástrofes (naturais

ou não). Exemplos: 1) Desastres naturais (enchentes) que dificultem a operação

diária da instituição ou de áreas críticas como centros de processamento, de

telecomunicações, etc. 2) Destruição do patrimônio da instituição por desastres que

abalem a estrutura civil de prédios (colisão de aviões, etc.), incêndios, etc.

2.5.13 - Risco de Segurança

Este pode ser definido como o risco de perdas devido a problemas de

segurança patrimonial e empresarial. Exemplos: Assalto; Seqüestros; Sabotagem.

2.6 – Risco Legal

Decorre do potencial de questionamento jurídico sobre a execução dos

contratos, processos judiciais ou sentenças contrárias ou adversas que possam

causar perdas que afetem os processos operacionais na organização.

Configuram riscos legais:

♦ insuficiência de documentação;

♦ falta de capacidade ou de autoridade da contraparte;

♦ incerteza legal;

♦ incapacidade de se implementar uma cobrança devido à quebra ou

insolvência na contraparte.

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2.7 – Risco de Imagem

É o risco de perdas em decorrência de alterações da reputação junto a

clientes, concorrentes, órgãos governamentais.

Uma das causas que mais influencia esse tipo de risco consiste na

publicidade negativa, verídica ou não, em relação à condução dos negócios da

organização.

São exemplos de risco de imagem:

♦ os boatos sobre a saúde de uma instituição financeira, desencadeando

corrida para saques;

♦ negociações de investimento alavancadas com perdas elevadas durante

períodos de crise;

♦ envolvimento da organização em processos de lavagem de dinheiro e

remessas de divisas ilegais.

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CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DE GERENCIAR RISCOS

“A idéia revolucionária que define a fronteira entre os tempos

modernos e o passado é o domínio do risco: a noção de que o

futuro é mais do que um capricho dos deuses e de que homens

e mulheres não são passivo ante a natureza. Até seres

humanos descobrirem como transpor essa fronteira, o futuro

era um espelho do passado ou o domínio obscuro de oráculos

e adivinhos que detinham o monopólio sobre o conhecimento

dos eventos previstos.” (BERNSTEIN, 1997, p.1).

A administração das empresas deve identificar os eventos em potencial que,

caso ocorram, afetarão a organização. Devem também determinar se esses

representam oportunidades ou se podem ter algum efeito adverso, na sua

capacidade de implementar adequadamente a estratégia e alcançar os objetivos.

Eventos de impacto negativo representam riscos que exigem avaliação e

resposta da administração. Os eventos de impacto positivo representam

oportunidades que são canalizadas de volta aos processos de fixação das

estratégias e dos objetivos. Ao identificar eventos, a administração considera uma

variedade de fatores internos e externos que podem dar origem a riscos e a

oportunidades no contexto de toda a organização.

Uma infinidade de fatores externos e internos impulsiona os eventos, que

afetam a implementação da estratégia e o cumprimento dos objetivos. Como parte

do gerenciamento de riscos corporativos, a administração deve reconhecer a

importância de compreender esses fatores e o tipo de evento que pode emanar

deles.

A gerência de riscos têm se tornado um assunto de suma importância no

meio empresarial, pois a conscientização da administração dos riscos potenciais é

hoje uma questão de competitividade e sobrevivência, além disso, a gerência de

riscos é também vista como peça fundamental para que a instituição possa navegar

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em mares mais tranquilos, pode ser definida como sendo a função, dentro do

contexto empresarial, que visa a proteção dos recursos humanos, materiais e

financeiros desta, quer através da eliminação, redução ou financiamento dos riscos,

conforme seja financeiramente mais viável..

A percepção de que as consequências irreversíveis podem afetar o meio

ambiente, que os recursos não são ilimitados e que, do ponto de vista financeiro, o

impacto pelas perdas das vidas e bens tangíveis e intangíveis da empresa, nunca

mais se recuperam, tem exigido maior preocupação e responsabilidade dos

gestores.

A administração eficaz de riscos direciona as ações no sentido de eliminar

riscos desnecessários. Os vários instrumentos disponíveis são utilizados visando um

gerenciamento com níveis mais adequados de confiança.

Quando dirige uma organização, independente do tamanho, o gestor deve

estar preocupado em gerenciar bem os assuntos mais importantes. O gestor pode

assegurar-se contra certos riscos atribuindo procedimentos de controle para o risco

não virar realidade. É possível que a implantação de controles não seja a única

resposta da administração aos riscos. Depois de identificados certos riscos, pode

decidir por não tomar nenhuma ação específica considerando os possíveis efeitos

desses riscos como “aceitáveis”. Outros, o gestor não irá aceitar. Então deverá

adotar medidas para minimizar/ mitigar o risco. Existem outros riscos que, mesmo

adotados todos os procedimentos que podem ser aplicados, ainda vão continuar

existindo: risco residual. Importante então, é concentrar os esforços na redução

desses riscos, ou seja, minimizá-los ao máximo controlando adequadamente as

causas e reduzindo a possibilidade de que se materializem, evitando, os seus

efeitos (ATTIE, 2000; BOCAYÚVA, 1999; ALMEIDA, 2003).

Portanto, o risco é entendido como um potencial de perda, ou seja, o grande

objetivo de se avaliar os riscos é ser pró-ativo e preventivo, o que não quer dizer que

os riscos serão completamente exterminados (ATTIE, 2000; BOCAYÚVA, 1999;

ALMEIDA, 2003).

Quando se administra e gerencia riscos, o retorno pode ser definido como o

aumento do capital investido ou aplicado. As incertezas quanto a esses retornos

podem ser mensuradas por meio de estimativas de probabilidades de eventos

futuros.

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Uma eficiente e eficaz gestão de riscos corporativos tem por finalidade

garantir a sustentabilidade no presente e futuro dos negócios e necessita de sólida

estrutura de políticas de Gestão de Riscos.

Dentro deste enfoque, o entendimento de risco corporativo começou a tomar

um outro corpo dentro das organizações. Embora o risco acompanhe o homem e

seja inerente à sua natureza, as organizações começaram a observar e sentir que

nem todos os riscos são iguais. O que existe quando se faz uma viagem de avião,

não é igual à realidade de uma dona de casa nas suas tarefas domésticas, nem à

situação de um navegante solitário que cruza o Atlântico. A era da crença excessiva

na racionalidade gerencial parece ter chegado ao fim. Hoje, sabe-se que o mundo

organizacional é mais complexo e ambíguo do que se pensava. A atuação gerencial

convive com a imprevisibilidade e com a ambigüidade; sendo que um dos elementos

principais dessa convivência é ter que tomar decisões baseadas em informações

incompletas e/ou em constante mudança.

Num cenário onde as mudanças são velozes, as instabilidades permanentes

e a imprevisibilidade alta, a formulação de estratégias organizacionais já não pode

combinar com métodos tradicionais de projeção e análise.

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CAPÍTULO IV

OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, AS FASES E/OU ETAPAS

E AS NORMAS ACERCA DA GESTÃO DE RISCOS

4.1 – Os Objetivos Estratégicos da Gestão de Riscos

A premissa inerente ao gerenciamento de riscos corporativos é que toda

organização existe para gerar valor às partes interessadas. Todas as organizações

enfrentam incertezas, e o desafio de seus administradores é determinar até que

ponto aceitar essa incerteza, assim como definir como essa incerteza pode interferir

no esforço para gerar valor às partes interessadas.

Incertezas representam riscos e oportunidades, com potencial para destruir

ou agregar valor. O gerenciamento de riscos corporativos possibilita aos

administradores tratar com eficácia as incertezas, bem como os riscos e as

oportunidades a elas associadas, a fim de melhorar a capacidade de gerar valor.

O valor é maximizado quando a organização estabelece estratégias e

objetivos para alcançar o equilíbrio ideal entre as metas de crescimento e de retorno

de investimentos e os riscos a elas associados, e para explorar os seus recursos

com eficácia e eficiência na busca dos objetivos da organização. Os objetivos

estratégicos do gerenciamento de riscos corporativos, segundo as premissas da

Metodologia COSO são:

♦ Alinhar o apetite a risco com a estratégia adotada – os administradores

avaliam o apetite a risco da organização ao analisar as estratégias,

definindo os objetivos a elas relacionados e desenvolvendo mecanismos

para gerenciar esses riscos.

♦ Fortalecer as decisões em resposta aos riscos – o gerenciamento de

riscos corporativos possibilita o rigor na identificação e na seleção de

alternativas de respostas aos riscos – como evitar, reduzir, compartilhar

e aceitar os riscos.

♦ Reduzir as surpresas e prejuízos operacionais – as organizações

adquirem melhor capacidade para identificar eventos em potencial e

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estabelecer respostas a estes, reduzindo surpresas e custos ou

prejuízos associados.

♦ Identificar e administrar riscos múltiplos e entre empreendimentos – toda

organização enfrenta uma gama de riscos que podem afetar diferentes

áreas da organização. A gestão de riscos corporativos possibilita uma

resposta eficaz a impactos inter relacionados e, também, respostas

integradas aos diversos riscos.

♦ Aproveitar oportunidades – pelo fato de considerar todos os eventos em

potencial, a organização posiciona-se para identificar e aproveitar as

oportunidades de forma proativa.

♦ O Otimizar o capital – a obtenção de informações adequadas a respeito

de riscos possibilita à administração conduzir uma avaliação eficaz das

necessidades de capital como um todo e aprimorar a alocação desse

capital.

Essas qualidades, inerentes ao gerenciamento de riscos corporativos

ajudam os administradores a atingir as metas de desempenho e de lucratividade da

organização, e evitam a perda de recursos. O gerenciamento de riscos corporativos

contribui para assegurar comunicação eficaz e o cumprimento de leis e

regulamentos, bem como evitar danos à reputação da organização e suas

conseqüências. Em suma, o gerenciamento de riscos corporativos ajuda a

organização a atingir seus objetivos e a evitar os perigos e surpresas em seu

percurso.

4.1.1 - Eventos – Riscos e Oportunidades

Os eventos podem gerar impacto tanto negativo quanto positivo ou ambos.

Os que geram impacto negativo representam riscos que podem impedir a criação de

valor ou mesmo destruir o valor existente. Os de impacto positivo podem

contrabalançar os de impacto negativo ou podem representar oportunidades, que

por sua vez representam a possibilidade de um evento ocorrer e influenciar

favoravelmente a realização dos objetivos, apoiando a criação ou a preservação de

valor. A direção da organização canaliza as oportunidades para seus processos de

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elaboração de estratégias ou objetivos, formulando planos que visam ao

aproveitamento destes.

4.1.2 - Definição de Gerenciamento de Riscos Corporativos

O gerenciamento de riscos corporativos trata de riscos e oportunidades que

afetam a criação ou a preservação de valor, sendo definido da seguinte forma:

O gerenciamento de riscos corporativos é um processo conduzido em uma

organização pelo conselho de administração, diretoria e demais empregados,

aplicado no estabelecimento de estratégias, formuladas para identificar em toda a

organização eventos em potencial, capazes de afetá-la, e administrar os riscos de

modo a mantê-los compatível com o apetite a risco da organização e possibilitar

garantia razoável do cumprimento dos seus objetivos.

Essa definição reflete certos conceitos fundamentais. O gerenciamento

de riscos corporativos é:

♦ um processo contínuo e que flui através da organização;

♦ conduzido pelos profissionais em todos os níveis da organização;

♦ aplicado à definição das estratégias;

♦ aplicado em toda a organização, em todos os níveis e unidades, e inclui

a formação de uma visão de portfólio de todos os riscos a que ela está

exposta;

♦ formulado para identificar eventos em potencial, cuja ocorrência poderá

afetar a organização, e para administrar os riscos de acordo com seu

apetite a risco;

♦ capaz de propiciar garantia razoável para o conselho de administração e

a diretoria executiva de uma organização;

♦ orientado para a realização de objetivos em uma ou mais categorias

distintas, mas dependentes.

Essa definição é intencionalmente ampla e adota conceitos fundamentais

sobre a forma como as empresas e outras organizações administram riscos,

possibilitando uma base para sua aplicação em organizações, indústrias e setores.

O gerenciamento de riscos corporativos orienta seu enfoque diretamente para o

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cumprimento dos objetivos estabelecidos por uma organização específica e fornece

parâmetros para definir a eficácia desse gerenciamento de riscos.

4.1.3 – Realização de Objetivos

Com base na missão ou visão estabelecida por uma organização, a

administração estabelece os planos principais, seleciona as estratégias e determina

o alinhamento dos objetivos nos níveis da organização.

Essa estrutura de gerenciamento de riscos corporativos é orientada a fim de

alcançar os objetivos de uma organização e são classificados em quatro categorias:

♦ Estratégicos – metas gerais, alinhadas com o que suportem à sua

missão.

♦ O Operações – utilização eficaz e eficiente dos recursos.

♦ Comunicação – confiabilidade de relatórios.

♦ Conformidade – cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis.

Essa classificação possibilita um enfoque nos aspectos distintos do

gerenciamento de riscos de uma organização. Apesar de essas categorias serem

distintas, elas se inter-relacionam, uma vez que determinado objetivo pode ser

classificado em mais de uma categoria, tratam de necessidades diferentes da

organização e podem permanecer sob a responsabilidade direta de diferentes

executivos. Essa classificação também permite diferenciar o que pode ser esperado

de cada categoria de objetivos. A salvaguarda dos recursos, outra categoria utilizada

por algumas organizações, também é descrita.

Em razão do fato dos objetivos relacionados com a confiabilidade e

relatórios e o cumprimento de leis e regulamentos estarem sob controle da

organização, pode-se esperar que o gerenciamento de riscos corporativos forneça

uma garantia razoável em relação ao atendimento desses objetivos. Entretanto, a

realização de objetivos estratégicos e operacionais está sujeita à ação de eventos

externos nem sempre sob o controle da organização; da mesma forma, em relação

a esses objetivos, o gerenciamento de riscos corporativos é capaz de propiciar uma

garantia razoável que a diretoria executiva e o conselho de administração, na função

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de supervisão, serão informados, no momento adequado, o quanto a organização

está avançando na direção do atendimento dos objetivos.

4.1.4 – Componentes do Gerenciamento de Riscos Corporativos

O gerenciamento de riscos corporativos é constituído de oito componentes

inter-relacionados, pela qual a administração gerência a organização, e estão

integrados com o processo de gestão. Esses componentes são as fases e/ou

etapas da Gestão de Riscos descritas no próximo subcapítulo.

4.2 – As Fases e/ou Etapas da Gestão de Riscos

4.2.1 - Ambiente Interno

O ambiente interno compreende o tom de uma organização e fornece a

base pela qual os riscos são identificados e abordados pelo seu pessoal, inclusive a

filosofia de gerenciamento de riscos, o apetite a risco, a integridade e os valores

éticos, além do ambiente em que estes estão.

4.2.2 - Fixação de Objetivos

Os objetivos devem existir antes que a administração possa identificar os

eventos em potencial que poderão afetar a sua realização. O gerenciamento de

riscos corporativos assegura que a administração disponha de um processo

implementado para estabelecer os objetivos que propiciem suporte e estejam

alinhados com a missão da organização e sejam compatíveis com o seu apetite a

riscos.

4.2.3 - Identificação de Eventos

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Os eventos internos e externos que influenciam o cumprimento dos

objetivos de uma organização devem ser identificados e classificados entre riscos e

oportunidades. Essas oportunidades são canalizadas para os processos de

estabelecimento de estratégias da administração ou de seus objetivos.

4-2-4 - Avaliação de Riscos

Os riscos são analisados, considerando-se a sua probabilidade e o impacto

como base para determinar o modo pelo qual deverão ser administrados. Esses

riscos são avaliados quanto à sua condição de inerentes e residuais.

A análise de riscos estruturada possui dois parâmetros claros a serem

estudados:

♦ saber qual a chance, a probabilidade, dos perigos virem a acontecer,

frente a condição existente – risco;

♦ calcular o impacto, seja ele operacional como financeiro.

Com estes dois critérios bem definidos podemos calcular a Perda Esperada,

que é a probabilidade do risco vir a acontecer versus seu impacto financeiro.

A perda esperada é a fotografia de cada risco nas matrizes de

monitoramento, pois representa o patamar máximo de investimento a ser realizado

pela empresa na mitigação de seu risco. Os métodos de análise de riscos podem

ser divididos em duas categorias: métodos objetivos (quantitativos) e métodos

subjetivos (qualitativos).

♦ Avaliação de Risco Quantitativa - O objetivo das avaliações de risco

quantitativas é tentar calcular valores numéricos objetivos para cada um

dos componentes coletados durante as fases de análise de

custo/benefício e de avaliação de risco. Por exemplo, você pode estimar

o valor real de cada ativo de negócios em termos do custo de

substituição, do custo associado à perda de produtividade, do custo

representado pela reputação da marca e outros valores comerciais

diretos ou indiretos. Você deverá usar a mesma objetividade ao calcular

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o custo de exposição do ativo, o custo dos controles e todos os outros

valores identificados durante o processo de gerenciamento de riscos.

♦ Avaliação de Risco Qualitativa - A diferença entre a avaliação de risco

qualitativa e a avaliação de risco quantitativa é que, na avaliação

qualitativa, você não tenta atribuir valores financeiros fixos aos ativos, às

perdas esperadas e ao custo de controles. Em vez disso, você tenta

calcular valores relativos. A análise de risco é geralmente conduzida

utilizando uma combinação de questionários e workshops colaborativos

envolvendo pessoas de diversos grupos na organização, como

especialistas em segurança, gerentes e gestores das áreas da empresa

e usuários de ativos de negócios. Em seguida, tentam reconhecer as

ameaças enfrentadas por cada ativo, e tentam imaginar quais tipos de

vulnerabilidades poderiam ser explorados por tais ameaças no futuro.

Por fim, os resultados são apresentados à gerência para serem levados

em conta durante a análise de custo/benefício.

A Microsoft, em seu Guia de Gerenciamento de Riscos, enfatiza que deve

haver uma declaração estruturada do risco, também sob os dois aspectos: Impacto

e Probabilidade.Conforme diagrama abaixo:

4.2.5 - Resposta a Risco

A administração escolhe as respostas aos riscos - evitando, aceitando,

reduzindo ou compartilhando – desenvolvendo uma série de medidas para alinhar

os riscos com a tolerância e com o apetite a risco.

Impacto Probabilidade

Declaração de riscos bem estruturada

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4.2.6 - Atividades de Controle

Políticas e procedimentos são estabelecidos e implementados para

assegurar que as respostas aos riscos sejam executadas com eficácia.

4.2.7 - Informações e Comunicações

As informações relevantes são identificadas, colhidas e comunicadas de

forma e no prazo que permitam que cumpram suas responsabilidades. A

comunicação eficaz também ocorre em um sentido mais amplo, fluindo em todos

níveis da organização.

4.2.8 – Monitoramento

A integridade da gestão de riscos corporativos é monitorada e são feitas as

modificações necessárias. O monitoramento é realizado através de atividades

gerenciais contínuas ou avaliações independentes ou de ambas as formas.

A rigor, o gerenciamento de riscos corporativos não é um processo em série

pelo qual um componente afeta apenas o próximo. É um processo multidirecional e

interativo segundo o qual quase todos os componentes influenciam os outros.

♦ Relacionamento entre Objetivos e Componentes:

Existe um relacionamento direto entre os objetivos, que uma organização

empenha-se em alcançar, e os componentes do gerenciamento de riscos

corporativos, que representam aquilo que é necessário para o seu alcance. Esse

relacionamento é apresentado em uma matriz tridimensional em forma de cubo.

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As quatro categorias de objetivos (estratégicos, operacionais, de

comunicação e conformidade) estão representadas nas colunas verticais. Os oito

componentes nas linhas horizontais e as unidades de uma organização na terceira

dimensão. Essa representação ilustra a capacidade de manter o enfoque na

totalidade do gerenciamento de riscos de uma organização, ou na categoria de

objetivos, componentes, unidade da organização ou qualquer um dos subconjuntos.

A determinação do grau de eficácia do gerenciamento de riscos corporativos

de uma organização corresponde ao julgamento decorrente da avaliação da

presença e da eficácia do funcionamento dos oito componentes. Desse modo, os

componentes também são critérios para o gerenciamento eficaz de riscos

corporativos. Para que os componentes possam estar presentes e funcionar

adequadamente, não poderá haver fraquezas significantes, e os riscos necessitam

ser enquadrados no apetite a risco da organização.

Quando se constata que o gerenciamento de riscos corporativos é eficaz em

cada uma das quatro categorias de objetivos, isso significa que o conselho de

administração e a diretoria executiva terão garantia razoável de que entenderam até

que ponto, os objetivos estratégicos e operacionais não estão realmente sendo

alcançados, o sistema de comunicação da empresa é confiável, e todas as leis e

regulamentos cabíveis estão sendo observados.

Os oito componentes não funcionarão de forma idêntica em todas as

organizações. A sua aplicação em organizações de pequeno e médio portes, por

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exemplo, poderá ser menos formal e menos estruturada. Não obstante, as

pequenas organizações podem apresentar um gerenciamento de riscos eficaz,

desde que cada um de seus componentes esteja presente e funcionando

adequadamente.

O processo de avaliação de riscos compreende uma metodologia a ser

aplicada para a percepção do risco inerente a cada operação. Considerando a

necessidade de aperfeiçoamento contínuo desses critérios, haverá uma melhora na

compreensão relativa da vulnerabilidade correspondente a cada processo além de

propiciar a oportunidade de melhoria nos controles internos e a anulação ou

redução do risco identificado.

O Método Avançado de análise e Resposta aos Riscos Corporativos – é

formado por elementos alinhados com a Futura Norma ISO 31000. Os elementos

principais do processo estão integrados no ciclo do PDCA (Plan, Do, Check e

Action).

4.3 – As Normas da Gestão de Riscos

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Neste subcapítulo iremos estudar das Normas que foram criadas

especificamente para atender as necessidades da Gestão de Riscos. São elas as

normas COSO e a ISO 31000.

O objetivo do COSO³ (Comittee of Sponsoring Organizations of the

Treadway Commission), norma criada em 1992, é o controle interno, ou seja,

elaborar um processo para garantir, com razoável certeza, que sejam atingidos os

objetivos das empresas.

Para gerar uma norma universal que englobasse os diferentes conceitos de

gestão de riscos, foi criada, em 2009, a norma ISO 31000 “General Guidelines for

principles and implementation of risk management” 4. A partir de sua criação foi

possível generalizar a gestão de risco independentemente do tipo, tamanho e área

de atuação da organização. Seu o objetivo é lidar com a incerteza que pode afetar

os objetivos empresariais.

Quando falamos em COSO estamos falando de Controle Interno, que

compreende o plano da organização e o conjunto coordenado de métodos e

medidas, adotados pela empresa, para: proteger seu patrimônio, verificar a exatidão

e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e

encorajar a adesão à política traçada pela administração.

Um dos objetivos é buscar através da norma, a eficiência e eficácia

operacional. Aqui esta categoria está relacionada com os objetivos básicos da

entidade, inclusive com os objetivos e metas de desempenho e rentabilidade, bem

como a segurança e qualidade dos ativos.

Outro ponto da norma é a confiança nos registros contábeis e financeiros,

pois, toda transações devem ser registradas e todos os registros devem refletir

transações reais, consignadas pelos valores e enquadramento corretos. A empresa,

também, deve buscar a conformidade com as leis e normativos aplicáveis à

entidade e sua área de atuação.

Pelo COSO, o Controle Interno é um processo constituído de componentes,

que estão inter-relacionados e presentes em si.

Já a norma ISO 31000 foi criada com o objetivo de ser uma norma genérica

de gerenciamento de riscos, aplicável em qualquer tipo de organização

independente do tamanho e ramo de atividade. Sua metodologia visa identificar e

analisar os riscos e os cenários que serão enfrentados. A norma pode ser aplicada a

vários tipos de riscos, por exemplo: financeiro, operacional, de saúde, de projeto, de

³ Comitê das Organizações Patrocinadoras. 4 Diretrizes Gerais para os Princípios e Implementação da Gestão de Risco.

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meio ambiente, de informação, de segurança empresarial, entre outros. A norma

serve para fazer com que as empresas não tratem os riscos de forma isolada, de

modo que possa haver um estudo de impactos cruzados entre as diversas áreas da

organização.

Assim sendo, a norma 31000 visa estabelecer uma linguagem comum e

padronizar as melhores práticas, para assim, criar a convergência, ou seja, a norma

visa a criação de uma gestão integrada dos riscos das diferentes áreas de uma

organização. Cada risco levantado deve se atrelar ao fator de risco - onde a

ferramenta acaba sendo escolhida pela empresa. Enquanto o processo de gestão

de riscos segundo a norma COSO é constituído de 8 componentes, já descritos

anteriormente, o processo de gestão de riscos da norma 31000 é dividido em sete

etapas:

• Comunicação e consulta: é importante desenvolver um plano de

comunicação com as partes internas e externas envolvidas, logo no

primeiro estágio do processo. A comunicação envolve diálogo entre as

partes, tendo como foco a consulta e não somente a comunicação de

via única. A comunicação, interna e externa, eficaz é importante para

que os responsáveis pela implementação da gestão de riscos e os

investidores compreendam quais são as decisões tomadas e por que

determinadas ações são necessárias;

• Contexto: é o ambiente no qual a organização está inserida,

compreendendo os tipos: estratégico; organizacional; de gestão de

riscos; de critérios (qual metodologia será utilizada); de estrutura e de

variáveis incontroláveis;

• Identificação dos riscos e perigos: para se ter uma visão efetiva dos

riscos e de seus fatores, existe a necessidade de se realizar uma

avaliação das condições de segurança da empresa. Após conhecer o

contexto em que a organização está inserida, é possível definir quais os

riscos que devem ser estudados. A identificação deve incluir todos os

perigos, estejam ou não sob o controle da Unidade de egócio. O

objetivo é gerar uma lista abrangente de eventos que possam afetar a

organização. Após identificar os riscos, a organização deve identificar

quais são seus fatores de risco;

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• Análise de riscos: verifica o grau de criticidade dos riscos através de

sua probabilidade de ocorrência e impacto na organização. Aqui usamos

critérios prospectivos, pois os critérios projetivos não levam em conta o

contexto atual em que a organização está inserida;

• Avaliação de riscos: calculamos o grau de probabilidade através da

fórmula GP= fator de riscos (FR) x exposição (E). Após obtermos o Grau

de Probabilidade e seu impacto é possível criar uma matriz de

vulnerabilidade para cada risco;

• Tratamento dos riscos: dependendo do risco, a organização poderá,

através de sua avaliação e análise, reter, reduzir, transferir, explorar ou

até mesmo evitar orisco. Assim, a organização cria planos de ação com

o objetivo de propor soluções possíveis para mitigar os riscos e reduzir

suas consequências;

• Monitoramento: serve para acompanhar se as medidas do Plano de

Ação estão surtindo o efeito desejado e para verificar o nível de riscos

identificados através de seus fatores de riscos.

Levando em conta o framework de cada norma:

Apesar de existirem semelhanças entre as normas ISO 31000 e COSO -

como a identificação de riscos x identificação de eventos, análise de riscos x

avaliação de riscos, monitoramento e comunicação -, o foco de cada uma é

diferente. A norma 31000 tem um processo com foco principal no risco que afeta a

empresa, com o objetivo de mitigá-los, assumi-los ou evitá-los. Já a norma COSO

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tem um processo com foco principal no controle, para garantir a eficiência e eficácia

do monitoramento das atividades que irão tratar os riscos.

A ISO 31000 busca integrar todo o processo de gestão de riscos da

empresa, mudando os conceitos tradicionais que prevêem a atuação independente

de cada área. Em seu framework, a norma recomenda que todas as áreas da

empresa interajam com um mesmo objetivo. Para isso, traz uma linguagem comum,

ou seja, a definição de uma metodologia igual para todas as áreas.

Além de abordar uma visão diferenciada, a norma terá aplicabilidade em

diversos tipos de riscos. Ela também insere em seu contexto as oportunidades para

o negócio. Outro ponto relevante na ISO 31000 é a recomendação em considerar

sempre os fatores humanos.

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CAPÍTULO V

A INFLUÊNCIA DO GERENCIAMENTO DO RISCO

OPERACIONAL NA GESTÃO EMPRESARIAL

As vantagens do Gerenciamento dos Riscos estão na redução dos custos e

riscos trabalhistas, na participação intensa da continuidade dos negócios

organizacionais (presente/futuro).

Através de avaliações periódicas, o Gerenciamento de Riscos participa

efetivamente da melhoria da qualidade organizacional da empresa, minimizando

situações de “não conformidade” (descumprimento de especificações fixadas em

normas e manuais da qualidade e visa aperfeiçoar as práticas (processos e

resultados) assegurando assim metas e resultados planejados e ainda obtém total

segurança quanto ao sigilo das informações.

Mais do que mitigar riscos (internos ou externos) e buscar a redução de

danos à organização em situação de incidentes, sejam de ordem econômica, natural

ou até um incêndio, os executivos devem pensar em caminhos e ações que

garantam a continuidade de operação da corporação. As iniciativas de

desenvolvimento de políticas estruturadas e eficazes de gestão de riscos devem

atender toda a empresa e possibilitar a criação de diretrizes mais claras sobre quais

medidas a companhia adotará.

A importância de uma política de gerenciamento de riscos permanente, que

fiscalize todas as áreas de negócios da organização se dá como um processo de

conhecimento e reconhecimento da alma da corporação.

5.1 – A Importância da Realização de Testes do PCN: Fator Crítico

de Sucesso

O universo corporativo possui inúmeras necessidades que devem ser

supridas constantemente. Entre elas está o desenvolvimento preventivo de um

conjunto de estratégias e planos de ações, a fim de garantir que os serviços

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essenciais - frente à ocorrência de um evento de grande magnitude -, sejam

devidamente identificados, preservados e, principalmente, mantidos operacionais.

Isso, até que a situação se estabilize e o funcionamento da organização seja

normalizado dentro de seu contexto de negócio, considerando duas variáveis

essenciais: os componentes e os processos.

Para isso há o Plano de Continuidade de Negócios (PCN), também

conhecido como Business Continuity Plan (BCP). Pesquisas realizadas em grandes

organizações de diversos segmentos constataram que apenas 8% das organizações

que não têm um PCN sobrevivem após um grande incidente. Tais pesquisas

revelaram que o risco mais temido pelas corporações é o de danos à reputação da

empresa, seguido pelo de interrupção de negócios e em terceiro lugar pelo de

responsabilidade civil, potencializado pela globalização.

Os testes de PCN são um ponto de gargalo da Gestão de Continuidade de

Negócio (GCN), por isso, desenvolve com sua metodologia e abordagem pró-ativa

uma estratégia que permite de forma clara e prática a aplicabilidade dos mesmos,

objetivando constatar se o plano de resposta da organização é factível.

A realização de testes no PCN é considerada um fator crítico de sucesso a

medida que permite a verificação pela organização da exequibilidade do conteúdo

do seu plano. Validar a operacionalidade das ações descritas por meio da realização

de testes é condição essencial para que o plano não seja apenas um documento

para cumprir protocolo, e sim para ser efetivo, eficiente e eficaz, atendendo a

necessidade para o qual foi desenvolvido.

“O importante nos testes é executar os procedimentos

previstos e torná-los de conhecimento do maior número de

colaboradores, para que em possível situação de contingência,

as ações necessárias e programadas sejam executadas

naturalmente, sem transtornos. Um segundo produto que se

obtém dos testes é a depuração do plano.” (Antonio Celso

Ribeiro Brasiliano).

Cabe ressaltar que para obter a certificação de sua GCN, uma organização

deve atender aos quinze aspectos da norma ABNT NBR 15999-2. Dentre esses

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aspectos estão os testes, que deverão ser documentados, através de sua

formalização e registro.

Os testes devem ser de conhecimento do maior número de colaboradores,

para que as ações programadas sejam executadas naturalmente e sem transtornos

frente a um evento inesperado.

Um plano de testes pode ser executado para um único procedimento

operacional ou para um conjunto deles. Deve contemplar cenários e locais para

execução e, principalmente, as atividades que deverão ser validadas por uma

equipe de inspeção e acompanhamento durante a realização dos testes.

Os testes de PCN podem ser divididos para abranger as chamadas

camadas estratégicas (Figura 1), que são: áreas operacionais, áreas suporte e

comitê de gerenciamento de crise.

Figura 1

• Primeira Camada Estratégica (Áreas Operacionais): Diz respeito a

sensibilização e conscientização dos gestores e colaboradores das

áreas de negócio para que possam praticar seus processos críticos em

situações anormais, em situações de contingência com efetivo reduzido

– cerca de 30%.

• Segunda e Terceira Camada Estratégica (Áreas de

Suporte e Comitê de Crise): Diz respeito ao treinamento dos

componentes do Grupo de Respostas a Contingência, ou seja, são as

áreas responsáveis por dar suporte operacional no caso de uma

contingência. Neste caso específico para a EMPRESA, esse grupo será

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o Comitê de Crise, tendo como integrantes as áreas de suporte. O

objetivo deste tipo de teste é confirmar a adequação dos procedimentos

documentados e identificar lacunas ou qualquer outro tipo de falha que

possa existir na estruturação do Plano.

Os testes são avaliados em relação aos objetivos específicos da infra-

estrutura e aos procedimentos que os colaboradores devem executar.

A validação dos testes exige critérios de avaliação em alguns casos, como:

• posse dos aplicativos necessários;

• realização de seus processos críticos – operacionalização no tempo

máximo de duas horas;

• conhecimento do PCN pelos colaboradores chave;

• ações do comitê de decisão;

• funcionamento dos equipamentos e da infra-estrutura;

• adequação do número de colaboradores para a execução dos

processos críticos;

• desmobilização dos colaboradores;

• processos de comunicação (Início da situação, evolução de

acontecimentos e no retorno a situação de normalidade).

• preparação do relatório (ações efetuadas, dificuldades e sugestões).

Embora haja um leque de modernos conceitos corporativos, muitas

organizações se deparam com quatro mitos envolvendo a aplicabilidade dos testes,

os quais são esclarecidos a seguir:

1º Diz respeito à idéia de que os testes são feitos para provar que o Plano

funciona. Nesse caso, um teste que vier a expor erros será um teste falho.

Não existem testes falhos. Os testes devem ser realizados para, entre

outros objetivos, identificar falhas.

2º Diz respeito ao REALISMO. Para alguns profissionais um teste de PCN

tem que reproduzir, do modo mais fiel possível, o ambiente de contingência

e, para isso, deve-se chegar ao ponto de interromper as atividades do dia-a-

dia para executá-lo. Tal procedimento é desnecessário e contraria a

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essência do Plano de Continuidade que é garantir a continuidade das

operações vitais.

3º Diz respeito à TOTALIDADE. Este mito diz que um teste só é válido se

todo o plano for testado. A construção de um PCN é por módulo, portanto

deverá ser testado por módulo. Essa estratégia é mais factível, viabilizando

a realização de mais testes.

4º Diz respeito à CAPACITAÇÃO. Toda empresa deve estar suficientemente

preparada para enfrentar as contingências. Uma empresa jamais estará

preparada para enfrentar uma contingência. A não ser que “suficientemente

preparada” signifique estar consciente das ações básicas necessárias.

Fatores de Sucesso são: INTUIÇÃO, DEDICAÇÃO, EFETIVA

PARTICIPAÇÃO E CAPACIDADE GERENCIAL. Tudo isso somado à

capacidade técnica das equipes e do PCN.

É importante lembrar que o processo da GCN, também conhecido por “ciclo

de vida da continuidade de negócios”, é retro-alimentativo e representa a operação

de todo seu programa dentro da organização além de englobar o ciclo PDCA - o

meio de garantir que a continuidade de negócios esteja gerenciada e aprimorada de

forma eficaz - e se aplica a todas as partes do ciclo de vida da GCN. (Figura 2)

Um Plano de Continuidade de Negócios feito por especialistas embasados

em conhecimentos técnicos é capaz de manter uma corporação inabalável frente às

Figura 2

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intempéries que possam ocorrer de toda e qualquer Análise natureza. A realização

de testes integra a prática de quem estabelece um processo para a realização do

PCN e constitui-se num fator essencial para que o plano ocorra com êxito e

mantenha o processo da GCN.

5.2 – A Tomada de Decisão

O modelo de decisão é um molde para escolher a alternativa a ser

objetivada, ou seja, para que a empresa atinja seus objetivos já planejados, e para

que surta efeito, tem que ser levado em consideração a racionalidade e o esforço do

tomador de decisão. Para Guerreiro (1996), "O modelo de decisão deve ser

específico para cada natureza de evento e corresponder ao processo decisório

lógico utilizado pelo gestor, o qual norteia a escolha das alternativas".

O processo de tomada de decisão pode ser caracterizado pela sequência

lógica dos eventos, podendo percorrer as seguintes etapas:

♦ O reconhecimento do problema;

♦ Obtenção dos fatos;

♦ Definir as alternativas de solução dos problemas;

♦ Avaliar e classificar as alternativas de solução;

♦ Validação da decisão tomada.

Existem ainda tipos de modelos de decisão que são:

♦ Simulação, onde o tomador de decisões pode viajar em possíveis

alternativas formuladas e avaliadas futuramente;

♦ Otimização, que são feitas através de estudos matemáticos e

estatísticos, para se chegar a uma única alternativa; e

♦ Heurísticos, que eliminam as alternativas menos prováveis por meio de

rotinas computadorizadas, para encontrar a solução ideal.

A informação é um recurso utilizado pelo gestor para alcançar os objetivos

de uma empresa, utilizando-a de forma eficiente e eficaz. Tem características como

relevância, custo-beneficio e a flexibilidade de adaptação ao usuário. Portanto, cada

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informação fornecida ao gestor para tomada de decisão deve ser processada e

analisada cuidadosamente para que um fluxo muito grande de informações não

atrapalhe na tomada de decisões.

Não se pode falar do processo de gestão (planejamento, execução e

controle) sem mencionar os sistemas de informação, que são base de qualquer

processo que envolva a Contabilidade, pois é por meio da informação que os

gestores avaliam e identificam as oportunidades e as ameaças que rondam o

ambiente de uma empresa.

O sistema de informações gerenciais alimenta a base de dados dos

gestores para que tomem as decisões, para isso, deve-se filtrar e analisar as

informações existentes, assim quanto melhor possa se encaixar uma informação

dentro da necessidade do gestor, melhor será a decisão a ser tomada. E essas

informações devem ser precisas e na frequência correta.

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CONCLUSÃO

Os escândalos cada vez mais expostos pela mídia de fraude e corrupção

despertaram a necessidade de se controlar, fiscalizar e auditar de uma forma mais

abrangente as organizações.

Estudiosos de economia, finanças, contabilidade e administração

começaram a dedicar mais atenção na “Avaliação de Riscos” diante dessa realidade

e a atuação das auditorias internas começou a se transformar, conforme

apresentamos no trabalho.

Essa atitude não significa que os riscos serão eliminados e extintos. Por

mais métodos de controle que se adote sempre haverá um risco residual. Importante

então, é concentrar os esforços na redução desses riscos, ou seja, minimizá-los ao

máximo controlando adequadamente as causas e reduzindo a possibilidade de que

se materializem, evitando, os seus efeitos.

A qualidade dos controles internos é uma forte medida de valor das

organizações.

Com o advento da globalização, a ênfase conferida aos controles internos

nas organizações é cada vez maior, pois reflete o nível de controle e conhecimento

que a administração tem sobre as operações e processos da organização,

impactando conseqüentemente a sua eficiência e o seu valor de mercado.

Conseqüentemente, os administradores se interessam cada vez mais pelo exercício

da boa governança e da transparência.

O maior efeito dos bons controles internos é que eles proporcionam a

normalidade do ambiente, necessária para a organização florescer. Muitas vezes o

benefício da existência de bons controles é subjacente, invisível, até o imprevisto

acontecer. A garantia da normalidade é uma prioridade para fazer negócios, além de

assegurar que as coisas certas sejam feitas como devem, cada vez melhor.

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Muitas histórias de insucesso poderiam ter tido final diferente talvez, se os

controles internos fossem mais adequados.

O uso de controles organizacionais alia-se à própria gestão do negócio, pois

os instrumentos dessa prática, colocados à disposição dos administradores das

empresas, facilitam sobremaneira a tomada de decisões, dada a sua abrangência.

Os controles internos contribuem para a salvaguarda dos ativos das

empresas, para o desenvolvimento dos negócios e, conseqüentemente, para o

resultado das operações, agregando valor à entidade.

Os estudos realizados para o trabalho resultaram na convicção da

importância de se gerir uma organização focando nos fatores de risco presentes nas

atividades, processos, programas. É uma forma de se obter maior conforto de que

as atividades estão sendo desenvolvidas com atenção aos pontos que podem

sujeitar a organização a maiores riscos de não se concretizarem os objetivos

programados.

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BIBLIOGRAFIA

1 - ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso normal e completo. 6. ed.

São Paulo: Atlas, 2003.

2 - ANTUNES, Jerônimo. Contribuição ao estudo da avaliação de risco e controles

internos na auditoria de demonstrações contábeis no Brasil. São Paulo: editora

Faculdade de Economia, 1998.

3 - ATTIE, Willian. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas,

2000.

4 - BERNSTEIN, Peter L. Desafio dos Deuses: A Fascinante história do Risco.8a

edição, Rio de Janeiro: Campus, 1997, p.1

5 - BOCAYUVA, Luiz Gustavo Almeida. Matriz de Risco para Auditoria Integral.

1999. 100f. Monografia (conclusão de curso) – Fundação Getúlio Vargas,

Escola de Administração Pública, Brasília.

6 - www.brasiliano.com.br. BRASILIANO & ASSOCIADOS, Revista Eletrônica.

2005.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

CONCEITO DE RISCO 10

1.1 – Caracterização de Risco 10

1.2 – Exposição ao Risco 11

CAPÍTULO II

DEFINIÇÃO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE RISCO 12

2.1 – Risco de Mercado 12

2.2 – Risco de Liquidez 12

2.2.1 – Risco de Liquidez de Mercado/Produto 13

2.2.2 – Risco de Liquidez de Fluxo de Caixa/Obtenção de Recursos 13

2.3 – Risco de Crédito 14

2.4 – Risco País 14

2.5 – Risco Operacional 15

2.5.1 – Risco de Overload 15

2.5.2 – Risco de Obsolescência 15

2.5.3 – Risco de Presteza e Confiabilidade 16

2.5.4 – Risco de Equipamento 16

2.5.5 – Risco de Erro Não Intencional 16

2.5.6 – Risco de Fraudes 16

2.5.7 – Risco de Qualificação 17

2.5.8 – Risco de Produtos & Serviços 17

2.5.9 – Risco de Regulamentação 17

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2.5.10 – Risco de Modelagem 17

2.5.11 – Risco de Concentração (operacional) 18

2.5.12 – Risco de Catástrofe 18

2.5.13 – Risco de Segurança 18

2.6 – Risco Legal 18

2.7 – Risco de Imagem 19

CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DE GERENCIAR RISCOS 20

CAPÍTULO IV

OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, AS FASES E/OU ETAPAS E AS NORMAS A-

CERCA DA GESTÃO DE RISCOS 23

4.1 – Os Objetivos Estratégicos da Gestão de Riscos 23

4.1.1 - Eventos – Riscos e Oportunidades 24

4.1.2 - Definição de Gerenciamento de Riscos Corporativos 25

4.1.3 – Realização de Objetivos 26

4.1.4 – Componentes do Gerenciamento de Riscos Corporativos 27

4.2 – As Fases e/ou Etapas da Gestão de Riscos 27

4.2.1 – Ambiente Interno 27

4.2.2 – Fixação de Objetivos 27

4.2.3 – Identificação de Eventos 28

4.2.4 – Avaliação de Riscos 28

4.2.5 – Resposta a Risco 30

4.2.6 – Atividades de Controle 30

4.2.7 – Informações e Comunicações 30

4.2.8 – Monitoramento 30

4.3 – As Normas da Gestão de Riscos 33

CAPÍTULO V

A INFLUÊNCIA DO GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL NA

GESTÃO

EMPRESARIAL 37

5.1 – A Importância da Realização de Testes do PCN: Fator Crítico de Sucesso 37

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5.1 – A Tomada de Decisão 42

CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA 46

ÍNDICE 47