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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO PSICOPEDAGOGIA PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA X ESCOLA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM por Tânia Regina Gonçalves da Rocha Professora Orientadora: Fabiane Diniz Rio de Janeiro 2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO PSICOPEDAGOGIA

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA X ESCOLA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

por

Tânia Regina Gonçalves da Rocha

Professora Orientadora: Fabiane Diniz

Rio de Janeiro 2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO PSICOPEDAGOGIA

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA X ESCOLA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

OBJETIVO: Desenvolver o tema: A influência da participação da família no ambiente escolar e a importância dessa parceria no processo ensino aprendizagem.

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AGRADECIMENTO

Agradeço a meu marido e minhas filhas, por estarem sempre me apoiando nos momentos importantes da minha vida, me enchendo de orgulho e a Deus a quem devo todas as minhas realizações.

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DEDICATÓRIA

A minha família sempre presente nos momentos mais importantes da minha vida e aos educadores que lutam por uma educação mais justa e comprometida.

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RESUMO

A presente monografia teve por objetivo: discutir a influência da família no

processo ensino aprendizagem , estando diretamente ligada a proposta da instituição

escolar . Através do aporte teórico percebeu-se que a garantia do trabalho participativo é

uma discussão constante dos diversos autores da educação , dentre eles Gadotti (2001) ,

Luck (2001) .

Atualmente a presença da família é uma necessidade constante , tendo em vista que

a emancipação da mulher , bem como a reestruturação do núcleo familiar , fizeram com que

ocorressem um distanciamento , refletindo numa intensa responsabilidade da instituição

escolar a educação do aluno .

É preciso um esforço conjunto na construção de valores e atitudes para educar para

a cidadania e para a paz .

Família e Escola devem estar em sintonia , numa participação constante , buscando o melhor caminho para a educação plena .

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SUMÁRIO Ü Introdução 07 Ü Capítulo I – Família 09

Suas Mudanças Durante os Tempos

Ü Capítulo II – Escola 15 Educação Escolar – Um Pequeno Histórico

Ü Capítulo III– Família & Escola 19

A Participação dos Pais e das Mães no Centro Educativo Família e Escola – Uma Parceria Possível

Ü Conclusão 27

Ü Bibliografia 28

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INTRODUÇÃO Este capítulo contará um pouco sobre a grande pesquisa feita nesta monografia.

Historicamente o acesso a escola só passou a ser viabilizado após a Revolução

Francesa, sendo que no Brasil isso ocorreria quase na metade do século passado, onde o

Movimento dos Pioneiros da Educação por meio do seu manifesto, procurava garantir a

universalização do ensino. Desta forma, surgia o embrião da democratização do ensino para

as camadas populares, no qual foi interrompido durante a ditadura militar, sendo retomado

novamente junto com a redemocratização do Brasil na década de 80. Onde se buscou por

meio da redefinição do papel do administrador escolar e da viabilização da eleição de

diretores buscando uma escola parceira e a serviço da sua comunidade.

A relação da família com a escola, facilita muito o trabalho dos profissionais da

educação, pois, se esse contato for intenso e saudável todos estarão ganhando. A escola por

ter acesso direto e com isso poder contar com a comunidade na construção das suas

propostas pedagógicas e por facilitar muito o processo ensino aprendizagem.

Aborda-se também a utilização de recursos como o Projeto Político Pedagógico,

para facilitar o acesso da comunidade com a escola.

Constitui-se, então o seguinte problema: Qual a importância da relação escola X

família no processo ensino aprendizagem e de que maneira isso pode acontecer?

Essa questão permitiu estabelecer a formulação dos objetivos a serem alcançados no

percurso do estudo.

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Capítulo I FAMÍLIA

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FAMÍLIA

Ü Suas Mudanças Durante os Tempos

Nas últimas décadas, nossa sociedade passou por mudanças que refletiram nas

relações familiares. Os pais de hoje trabalham mais e passam menos tempo com os filhos.

A mãe, antigamente era vista somente como dona de casa, hoje, principalmente por

mudanças econômicas em nosso país, trabalha fora para ajudar financeiramente sua família.

Por esse e outros motivos, valores que antes eram passados aos filhos pela família,

deixaram de existir.

Cabe à família a tarefa de estruturar o sujeito em sua identificação, individualização

e autonomia. Isso vai acontecendo à medida que a criança vive o seu dia a dia inserida em

um grupo de pessoas que lhe dão carinho, apresenta o funcionamento do mundo, oferece

suporte matéria para suas necessidade, conta história, fala sobre as coisas e os fatos,

conversa sobre o que sentem e pensam, ensinam a arte da convivência.

Essa convivência é a forma que uma família tem de marcar, ou registrar o

sobrenome da família, na criança, entendo que junto com o sobrenome vem toda uma carga

de fundo sócio-afetivo e emocional daquele grupo familiar. Cada família tem seus hábitos,

suas crenças, seus mitos e medos, sua ideologia e seus objetivos. A forma de construir o

cotidiano está relacionando a uma história que começou com os antepassados dos pais e se

alonga no dia a dia com seus filhos. Dessa forma, a criança percorre um caminho que vai

desde a mais completa fragilidade emocional, dependência absoluta, falta de autonomia e

indiferenciação até a compreensão do mundo real e a possibilidade de reconhecer o mundo

interno. A medida que as pessoas vão vivendo em família, vão reconstruindo essa história,

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2 que ao mesmo tempo em que repete a história anterior, oportuniza uma nova forma de ser a

mesma família. A família vai mudando para continuar sendo família e desta forma cumpre

com a sua função socializadora de construir pertencimento e individuação.

Cada momento histórico, cada formação econômica, cada cultura tem a estrutura

familiar mais adequada para cumprir a função de educar as crianças e de cuidar de sua

sobrevivência.

A condição histórica e a estrutura social determinam a forma como a família deve

organizar-se. Podemos chamar essa organização de núcleo familiar.

Porém, atualmente, pela mudança no país, essas tarefas familiares vem se perdendo

com tempo. As crianças precisam entender desde pequenas o motivo da ausência dos pais.

E os pais por precisarem trabalhar muito para poder sobreviver neste mundo tão

competitivo e difícil economicamente, ficam cheios de culpa pela ausência, deixando de

lado ensinamentos de base que são de total responsabilidade deles como: mostrar o mundo

como ele é para futuramente poderem viver nela; impor limites, regras. Essa preciosidade

vem se perdendo com o tempo deixando o papel de educar para outras instituições.

É óbvio que a socialização não ocorre somente no âmbito familiar. Ao mesmo

tempo em que a criança está construindo sua identidade familiar, a escola, a igreja, a

comunidade a qual está inserida, o bairro, enfim, todo o entorno vão dando as

peculiaridades a essa identidade.

A medida que a sociedade vai se tornando mais complexa, maior vão ficando as

rede relacionais e os conseqüentes resultados dessa relação. Antigamente a tarefa de

construir valores e comportamentos era exclusivamente da família. Hoje, as crianças vão

cedo para as creches, berçários e escola de Educação Infantil, fornecendo uma nova

filosofia para os educadores e para escola, que é a grande parceria da família.

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A escola é uma instituição potencialmente socializadora. Ela abre um espaço para

que os aprendizes construam novos conhecimentos, dividam seus universos pessoais,

ampliem seus ângulos de visão, assim como aprendam a respeitar outras verdades. Nessa

instituição o mundo do conhecimento, da informalidade, ou seja, o mundo objetivo, se

mistura na esfera dos sentimentos das emoções e da intuição, ao dito mundo subjetivo. São

emoção e razão que se fundem em busca de sabedoria.

De forma diferente da família, a escola tem critérios mais objetivos para as

avaliações de desempenho, maturidade e desenvolvimento, mesmo que permeando pelas

relações vinculares.

A escola de hoje pretende desenvolver no estudante uma conduta própria que

viabiliza significar o conhecimento e não mais, apenas acumulá-lo. A atitude dos

profissionais da escola está pautada no conhecimento de onde encontrar as informações

adequadas àquela comunidade e àquele aprendiz, envoltos em uma metodologia que deve

transformar em aprendizagem as vastas experiências sociais.

Para que os objetivos da escola sejam atingidos, é necessário que o aprendiz esteja

em condição de assumir o seu saber, a sua autoria, a sua autonomia, a sua capacidade

produtiva e participativa.

Ao ensinar uma criança ou um adolescente, a escola promove situações em que se

desenvolvam valores, idéias, comportamentos fundamentados numa raiz pautada em uma

moral, em sentimentos que repercutem em comportamentos adequados e sadios.

Tanto a escola quanto a família educam para que o sujeito em posse de seus

instrumentos sociais possa ser adequado e feliz e, como conseqüência desse estado de

espírito, gere economia e desenvolvimento.

Para Tania Zagury (2002 p.214)

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“ Não podemos nunca esquecer que nossos filhos aprendem talvez mais com o nosso exemplo do que

com a nossa fala.” (ZAGURY,2002,p,214)

Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o

mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas

necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e

filosofia para educar uma criança, no entanto, ela necessita da família para concretizar o seu

projeto educativo.

As duas instituições, família e escola, quanto mais se diferenciam, mais necessitam

uma da outra.

O psicanalista francês Jacques Lacan define assim a família:

“Entre todos os grupos humanos, a família desempenha um papel primordial na transmissão

de cultura. Se as tradições espirituais, a manutenção dos ritos e dos costumes, a conservação

das técnicas e do patrimônio são com ela disputadas por outros grupos sociais, a família

prevalece na 10 educação, na repressão dos instintos, na aquisição da língua acertadamente

chamada de maternas. Com isso, ela preside os processos fundamentais do desenvolvimento

psíquico.”

Lacan considera três pontos fundamentais para comprovar que a família preside os

processos fundamentais do desenvolvimento psíquico da criança:

X Educação primária: A família é responsável pelo modelo que a criança terá em termos

de conduta no desempenho de seus papéis sociais e das normas e valores que controlam

tais papéis.

X Repressão dos desejos: A criança estrutura seu ego (a base consciente de seu

psiquismo) durante o período de desenvolvimento, que vai do nascimento até a

puberdade. Esse período em que o seu ego está em formação (portanto frágil) é passado

junto à família. O ego frágil da criança não tem condições de evitar as exigências de

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prazer que provem do inconsciente e tais exigências, muitas vezes, não está de acordo

com as normas culturais como é o caso do incesto, que é proibido pela nossa

civilização.

X Aquisição da linguagem: É na família que a criança adquire a linguagem. Essa

aquisição é a condição básica para que ela “entre” no mundo. Ela depende da linguagem

para comunicar-se com os outros e também para entender a si mesma. Através da

linguagem, a criança passa a ter um controle racional da realidade que, por sua vez, irá

estruturar o seu psiquismo, dando significado aos seus sentimentos.

As primeiras experiências educacionais da criança geralmente são proporcionadas

pela família. Os sentimentos que os pais têm em relação à criança, durante os anos

anteriores à escola, são de fundamental importância para o desenvolvimento posterior da

criança e para sua aprendizagem escolar. Esses sentimentos contribuem para que a criança

desenvolva o conceito de si própria (o autoconceito), o conceito de mundo e de seu lugar no

mundo.

De acordo, com Içami Tiba (2002,p,180)

“A educação com vistas a formação do caráter, da auto-estima e da personalidade da criança ainda é,

na maior parte, responsabilidade dos pais.”(TIBA,2002,p,180)

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Capítulo II ESCOLA

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ESCOLA X Educação Escolar – Um Pequeno Histórico

A Escola nem sempre existiu. Nas sociedades pré-históricas (anteriores a escrita),

como entre os grupos indígenas que ainda existem em muitas áreas do Terceiro Mundo, não

existem escolas, nem professores. A educação se faz pela convivência das crianças com os

adultos na vida diária da comunidade, no trabalho para a sobrevivência (caça, pesca,

agricultura), nas cerimônias coletivas e nas histórias dos antepassados contadas pelos mais

velhos. Todo adulto é professor e a educação resulta da prática e da experiência.

A separação da escola em relação à vida normal do dia-a-dia começou na Idade

Média (476-1453). A atividade de ensinar tornou-se especializada, desenvolvendo-se em

espaços apropriados. Os filhos dos nobres aprendiam, nos próprios castelos, as artes da

cavalaria, a importância da honra, das boas maneiras, etc. Alguns filhos de trabalhadores da

terra freqüentavam as escolas paroquiais, onde aprendiam principalmente princípios

religiosos e morais, algumas noções matemáticas e regras gramaticais da linguagem latina.

Com a Revolução Industrial, a partir da segunda metade do século XVIII, a

burguesia intensificou seu domínio. Como conseqüência, a escola da nobreza, do tempo do

feudalismo, foi sendo substituída por uma escola mais moderna. Enquanto a primeira dava

mais importância ao saber literário (latim) e a filosofia, a segunda começou a dar ênfase as

disciplinas científicas. O desenvolvimento industrial provocou o surgimento da classe

operária. Vários fatores, como a necessidade de trabalhadores mais qualificados e a

urbanização crescente, exigindo cidadãos mais “educados”, levaram a burguesia a

convencer-se de que os trabalhadores precisavam de alguma instrução. Foi assim que a , ao

lado da escola da burguesia, surgiu a escola dos operários. A primeira levava até a

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2 universidade, preparando os futuros dirigentes; a segunda limitava-se ao ensino primário,

concentrando-se no ensino do ler, escrever e contar. Mais tarde, principalmente no início

deste século, os trabalhadores puderam freqüentar escolas profissionais.

Mas os trabalhadores começavam a lutar pelo direito à educação, pelo acesso ao

ensino público gratuito e obrigatório. Foi assim que, aos poucos, foi sendo estabelecida a

obrigatoriedade de freqüência à escola por um número sempre maior de anos. Assim foi no

Brasil, até a situação atual, em que o ensino é obrigatório dos sete aos quatorze anos.

Içami Tiba (2002,p,180), relata:

“Atualmente o contato social é muito precoce. Ainda sem completar a educação familiar, a criança já

está na escola. O ambiente social invade o familiar não só pela escola mas também pela TV, internet,

etc. Não se obedece mais a ordem: primeiro o indivíduo, depois a família, por último a sociedade.

As crianças tem dificuldade de estabelecer limites claros entre a família e a escola, principalmente

quando os próprios pais delegam à escola a educação dos filhos.

A escola é a agência especializada na educação das novas gerações. Sua finalidade

específica é colocar à disposição dos alunos, através de atividades sistemáticas e

programadas o patrimônio cultural da humanidade. Pressupõe-se que esse patrimônio, no

que tem de mais importante, esteja concentrado nas matérias escolares. Entretanto, nem

sempre isso acontece, já que o currículo escolar, geralmente não inclui experiências

humanas mais significativas, mas parcelas dessas experiências, aquelas parcelas que mais

interessam aos grupos dominantes.

Apenas um exemplo: por que se dá tão pouca importância à arte, que desenvolve a

sensibilidade, e tão grande importância a matérias que se baseiam na memorização de

conhecimentos ?

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2 Os métodos utilizados pela escola para cumprir sua finalidade específica são

bastante variados: incluem desde métodos autoritários e unilaterais, que se baseiam na

transmissão pura e simples da matéria pelo professor, até métodos em que a aprendizagem

se faz a partir das próprias experiências dos alunos, em que estes, ao invés, de receber

passivamente conhecimentos prontos, elaboram seu próprio conhecimento da realidade.

As crianças precisam sentir que pertencem a uma família. Elas carregam esse maior

dentro de si para onde forem, inclusive nos seus primeiros passos na escola.

A escola por outro lado percebe facilidades e dificuldades na criança que me casa

não eram observadas, muito menos avaliadas.

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Capítulo III

FAMÍLIA E ESCOLA

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FAMÍLIA E ESCOLA

UMA PARCERIA POSSÍVEL

Ü Como Iniciar Essa Relação

Existem diversas oportunidades de abrir a escola à comunidade, porém, é preciso

que a mesma tenha um bom projeto para que todos se sintam responsáveis, facilitando

assim o acesso das famílias à instituição escolar.

É necessário valorizar a comunidade, construir com ela um projeto pedagógico,

ouvi-la na avaliação institucional, prestar contas do trabalho realizado, abrir-lhes a porta

para ações educativas que atendam as suas necessidades.

Um passo importante para iniciar essa relação, é reconhecer o lugar no qual a escola

está inserida e detectar questões de interesse da comunidade, pois quanto maior for a

parceria entre a escola e comunidade, na definição de objetivos, estratégias e na

consolidação de um projeto pedagógico, maior será a possibilidade de oferecer aos alunos

um ambiente favorável ao desenvolvimento de potencialidades, por outro lado se pais e

comunidade não compreenderem a proposta pedagógica da escola, será difícil colocá-la em

prática.

Paro(2001, p. 17), relata:

“A participação da comunidade na escola, como todo processo democrático, é um caminho

que se faz ao caminhar, o que não elimina a necessidade de se refletir previamente a

respeito dos obstáculos e potencialidades que a realidade apresenta para a aça.” (PARO,

2001, p. 17 – 18 ).

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Se a escola fosse encarada apenas como transmissora de conhecimentos, ela estaria

ultrapassando os limites de seu papel, abrindo a escola para a comunidade, mas como a

escola é formadora de conhecimentos essa parceria torna-se muito importante.

A Utilização de Recursos na Aproximação

Uma das estratégias para trazer a comunidade até a escola é elaboração do Projeto

Político Pedagógico.

O Projeto Político Pedagógico é um instrumento de trabalho que mostra o que vai

ser feito, explicitando a filosofia da escola em consonância com as diretrizes da Educação

Nacional, é uma expressão que traduz a autonomia da mesma e o seu compromisso com a

clientela para qual destina o seu ensino, é o plano global da instituição que envolve a

construção coletiva do conhecimento. Como Vasconcellos (2000, p.169) define, é um

instrumento teórico metodológico para a intervenção e mudança da realidade, elemento de

organização e integração da atividade prática da instituição neste processo de

transformação. É político, por estar articulado ao compromisso sócio-político com os

interesses reais e coletivos da população majoritária. É pedagógico, no sentido de definir as

ações educativas e as características necessárias para cumprirem seus propósitos e sua

intencionalidade.

Como coloca Veiga (2001, p. 13):

“Político e Pedagógico têm assim uma significação indissociável. Nesse sentido é que se

deve considerar o projeto político-pedagógico como um processo permanente de reflexão e

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de discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua

intencionalidade.” (VEIGA, 2001, P. 13)

Dessa forma, as características que devem pautar um projeto político pedagógico

são: estabelecer uma direção, uma intencionalidade, ou seja, para onde deseja ir; refletir

sobre a concepção da escola e sua relação com a sociedade, que tipo de escola, qual a

realidade da sua comunidade escolar; contemplar a qualidade do ensino nas dimensões

indissociáveis, formal ou técnica e política; direcionar o tipo de ensino mantendo a

qualidade; implica um esforço coletivo e participativo, onde todos que fazem parte da

comunidade escolar sejam estimulados a participar e colaborarem na sua construção;

definir ações necessárias para que os propósitos sejam cumpridos, checando onde se deseja.

De acordo, com Gadotti (2000, p. 37):

“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa

tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade

e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado

melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado frente a determinadas

rupturas. As promessas tornam-se visíveis, os campos de ação possíveis, comprometendo

seus atores e autores.” (GADOTTI, 2001,P.37)

De acordo com Neves (2001, p.118), o projeto político pedagógico deve ser

relevante à sociedade, exigindo dos cidadãos a capacidade de participar e a autonomia para

buscar aprender constantemente.

Antes de iniciar a elaboração do projeto, deve ser feito um trabalho de

sensibilização e preparação com a comunidade escolar, apresentando a visão geral da

proposta de trabalho, motivando e mobilizando-a para com essa proposta, a fim de que os

sujeitos percebam o seu sentido. Essa questão do sentido, é importante que esteja bem

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2 esclarecida, não bastando que o indivíduo esteja fazendo, mas sim, o que esteja envolvido

com o que está fazendo.

A decisão coletiva dá seqüência à sensibilização, corresponde ao momento de

decidir a realização, de definir outros aspectos quanto ao grau de elaboração do projeto

político pedagógico.

“´(...)´ nível de abrangência (sistema, plano global, planos setoriais de serviço,

departamentos); nível de participação dos sujeitos da comunidade educativa (professores,

funcionários, pais, comunidade local, mantenedora, equipe de coordenação e direção), bem

como a forma (direta ou através de representação), nível de complexidade da elaboração

(plano de médio prazo, curto prazo; objetivo geral – específico x programa- projeto;

política- estratégia x linha de ação).” (VASCONCELLOS, 2000, p.176).

Conclui-se, então, que o projeto político pedagógico ao mesmo tempo que exige dos

educadores, funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que intentam,

requer a definição de finalidades para o processo educativo. Assim, todos juntos irão definir

o tipo de sociedade e o tipo de cidadão que pretendem formar.

Assim, é necessário que os pais e a comunidade compreendam a proposta

pedagógica da escola, facilitando assim a prática do trabalho, com isso a participação deles.

Outros recursos que podem ser utilizados nessa aproximação, são: os planejamentos,

tanto o curricular, quanto o global e os processos de comunicação.

As funções do colegiado escolar são decidir as ações, planos e destino dos

programas e recursos, os quais, são aplicados na instituição escolar.

Como uma proposta que pressupõe uma parceria com a família, é necessário realizar

um trabalho orientado para explicar aos pais o funcionamento pedagógico de modo que, ao

longo dos anos, eles possam reconhecer nas diferentes decisões pedagógicas, a essência e

os princípios norteadores do projeto pedagógico.

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QUADRO NORTEADOR PARA O PLANEJAMENTO DO TRABALHO DE PAIS

Ciclos Conceitos que Estruturam o Projeto Situações Escolares de Referência

1 Aprendizagem e desenvolvimento Aquisição da fala, desenho, jogo. Língua escrita X escrita (letramento) Jogos e matemática

2 O papel do estudante

Processo de alfabetização Representação e conceitualização do sistema de numeração decimal Lições de Casa

3 Construção X Transmissão Projetos e didáticas específicas O papel da memória Conceitos, procedimentos e atitudes

4 Autonomia e Cooperação

Ritual de passagem Aprender a estudar Tematização do processo de avaliação Trabalho em grupo

5 Inserção Social

Apresentações Atividades integradas com outros ciclos Projetos sociais Avaliação: saber, saber mostrar que sabe

EM Responsabilidade estudantil e as escolhas. Trabalho Intelectual Teórico

Projetos Especiais / Monografia Monitoria

As Dificuldades da Aproximação

Para criar vínculos com os pais, a instituição escolar tem de admitir que irão ocorrer

divergências, por esse motivo, é necessário que haja um bom projeto pedagógico, pelo qual

todos se sintam responsáveis. É válido também colocar em discussão, questões de interesse

comum e tomar iniciativas que considerem suas necessidades.

É comum encontrar dificuldades nessa aproximação e relação com os pais. A maior

dificuldade é a nossa tradição de escolas fechadas, distantes de tudo e de todos, pois

também é muito difícil expor as fraquezas e dificuldades. Para resolver esse impasse, é

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2 necessário dar a todos os trabalhadores da escola subsídios e capacitação para que eles se

sintam seguros com uma nova visão da escola. Outras dificuldades encontradas são: a

transferência da responsabilidade de educar da família para a escola. Os pais não percebiam

que a escola era um espaço público, sobre o qual tinham direitos. Aqui no Brasil as escolas

estão mais vinculadas ao sistema de ensino do que os pais.

Segundo Paro (2001, p. 20):

“Com relação aos interesses dos grupos, há certa concepção ingênua que toma a escola

como uma grande família, onde todos se amam e, bastando um pouco de boa vontade e

sacrifício, conseguem viver harmoniosamente e sem conflito.” (PARO,2001, p. 20)

Muitas vezes a realização de festas e outros eventos são maneiras de atrair os pais e

proporcionam essa aproximação estabelecendo vínculos afetivos que garantem um maior

envolvimento com o cotidiano escolar, porém, quando a comunidade participa ativamente

desse cotidiano, essa integração provoca mudanças. Por outro lado, o pai que tem a visão de

que a escola é o ambiente formador de seu filho é o que mais se interessa pela que acontece

em sala de aula.

Pode-se dizer que a aproximação escola-comunidade tem um efeito positivo e

facilita muito o processo ensino-aprendizagem. Para os educadores é uma oportunidade de

conhecer melhor a comunidade e refletir mais sobre sua prática.

Quando a comunidade entende que a escola não é do diretor, do professor e sim de

todos, ela passa a abraçar sua causa, assim estreita os vínculos e transforma a escola em

ambiente formador de cidadãos, aperfeiçoando o processo democrático. Além disso permite

trabalhar com os alunos a questão da solidariedade, respeito e ética de uma maneira mais

ampla saindo dos limites da escola, o que favorece a construção da cidadania e o

aperfeiçoamento da democracia.

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PARA QUÊ A ESCOLA CHAMA OS PAIS ?

Obter Informações

Para que os pais nos ajudem a conhecer melhor os filhos e, portanto

melhorar nossos encaminhamentos;

Para verificar se há novos acontecimentos na família que justifiquem

mudanças bruscas no comportamento dos alunos.

Solicitar ajuda

Especializada

Para mostrar aos pais que a criança necessita de ajuda especializada;

Para informar sobre o contato com os especialistas que tratam o

aluno.

Dar Informações

Para tranqüilizar os pais em relação a comportamentos novos e

comuns à faixa etária;

Para anunciar os encaminhamentos que serão ou estão sendo dados.

Orientar ou estabelecer

procedimentos comuns

casa/escola

Quanto a:

- questões gerais da idade

- lições de casa e organização

- conflitos interpessoais na escola

- questões ligada aos aspectos pedagógicos

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PARA QUÊ OS PAIS PROCURAM A ESCOLA ?

Queixar-se do trabalho pedagógico O professor não agiu de forma adequada;

O filho não está aprendendo tal coisa.

Obter informações Como o filho “está indo” na escola.

Dar informações

Sobre vida familiar;

Sobre mudanças significativas no

comportamento dos filhos

Solicitar orientação Sobre o que fazer nas situações de conflito

Sobre o crescimento dos filhos.

Reclamar da instituição Infra-estrutura – entrada e saída

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CONCLUSÃO Durante a história da educação brasileira, todo processo educacional esteve atrelado as conjunturas sócio-

político e econômica do contexto vigente, predominando o aspecto autoritário que marcou as relações coloniais,

escravistas e ditatoriais. Assim, pode-se compreender a dificuldade de que as diversas instituições educacionais sentem

em transformar as suas estruturas administrativas e pedagógicas em conformidade com o sistema vigente.

De maneira geral, o Projeto Político Pedagógico, é relevante à sociedade, pois

necessita da participação de toda a comunidade escolar, após um trabalho de sensibilização

com a mesma, facilitando assim a sua aproximação com a instituição escolar. Os

planejamentos, tanto os curriculares, quanto os específicos, também são essenciais para

facilitar essa relação, pois, também são recursos importantes para essa relação fluir de

modo profissional.

Conforme foi estudado nos capítulos anteriores pode-se perceber que é necessário

que a instituição escolar valorize a comunidade e abra a porta para ações educativas que

atendam as necessidades pessoais e culturais do educando.

A família por sua vez é responsável pela conduta social, normas e valores do aluno,

desenvolvendo nele o conceito de si, de mundo e do seu lugar no mundo.

Conclui-se, então que a parceria entre família e escola, contribui para uma aprendizagem de qualidade.

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BIBLIOGRAFIA

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BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes. Psicologias: Uma introdução no estudo da psicologia. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 1989. GADOTTI, Moacir. Educação e poder: introdução à pedagogia do conflito. 12ed. São Paulo; Cortez, 2001 . GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo: na educação e em outras instituições, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político, religioso e governamental. 5 ed. Rio de Janeiro; Vozes, 1998. GRAMSCI, Antonio. Intelectuais e a organização da cultura. Tradução: Carlos Nelson Coutinho. 8ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1991. PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. 9 ed. São Paulo; Atual,1991 PRAES, Maria de Lourdes Melo. Administração colegiada na escola. 5 ed. Campinas : Papirus, 1990. SALVADOR, César Coll. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Tradução: Emília de Oliveira Dihel . Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. TEIXEIRA, Anísio. Educação para a democracia, introdução a administração. Rio de Janeiro, 1997. VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.) Projeto político – pedagógico na escola: uma

construção possível . 12 ed. Campinas: Papirus, 2001

BASSEDAS, Eulália; HUGUET, Teresa & SOLÉ, Isabel. Aprender e Ensinar na Educação

Infantil. 1ed. Porto Alegre.Artmed, 1999.

Temas em Educação II: Livro das Jornadas 2003. São Paulo. Futuro (Congressos e Eventos

Ltda), 2003.

TIBA, Içami. Quem ama, educa!.4ed. São Paulo: Gente,2002

ZAGURY, Tania. Educar sem culpa: A gênese da ética. 18ed. Rio de Janeiro: Record,2002

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ÍNDICE

Ü Introdução 07 Ü Capítulo I – Família 09

Suas Mudanças Durante os Tempos

Ü Capítulo II – Escola 15 Educação Escolar – Um Pequeno Histórico

Ü Capítulo III– Família & Escola 19

A Participação dos Pais e das Mães no Centro Educativo Família e Escola – Uma Parceria Possível Como iniciar esta relação A utilização de recursos na aproximação As dificuldades da aproximação

Ü Conclusão 27

Ü Bibliografia 28

Ü Índice 29

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