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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO O VALIOSO RECURSO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Por: Katia Cristina Guimarães da Silva Orientador Professora Ana Cristina Guimarães Rio de Janeiro 2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · seguintes livros: “Gestão de Pessoas Estratégias e Integração Organizacional” dos autores Luis César G. de Araújo e Adriana

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO O VALIOSO RECURSO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DE

RECURSOS HUMANOS

Por: Katia Cristina Guimarães da Silva

Orientador

Professora Ana Cristina Guimarães

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO O VALIOSO RECURSO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DE

RECURSOS HUMANOS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Recursos

Humanos.

Por: . Kátia Cristina Guimarães da Silva

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AGRADECIMENTOS

Esse presente foi dado por Deus e por isso o

agradeço de todo coração.

Agradeço ao meu marido Reginaldo

e aos meus filhos Victor e Igor

que me apoiaram em todos

os momentos.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a todos aqueles

que lutam por um sonho e não desistem nunca.

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RESUMO

Este é um trabalho que busca apresentar os benefícios da ferramenta de

Treinamento e Desenvolvimento na Gestão de Recursos Humanos.

O foco será destacar as principais contribuições da ferramenta de

Treinamento e Desenvolvimento no cenário atual.

Como tema central será tratado o treinamento como instrumento de

integração e desenvolvimento nas Organizações, visando o aperfeiçoamento

de desempenhos, aumento da produtividade e das relações interpessoais.

Por sua vez, haverá um aprofundamento no estudo quanto às questões do

papel do Treinamento e Desenvolvimento, que objetiva explorar o potencial de

aprendizagem e a capacidade produtiva das pessoas, visando mudanças de

comportamentos e atitudes bem como a aquisição de novas habilidades e

conhecimentos.

Na introdução do trabalho será feita uma evolução do T&D (sigla que

significa Treinamento e Desenvolvimento) na Área de Recursos Humanos, de

maneira que se possa fazer uma reflexão sobre a situação atual e a passada.

Nos três capítulos que seguirão, serão apresentados os modernos conceitos

de Treinamento e Desenvolvimento, considerando sua vital importância na vida

das organizações.

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METODOLOGIA A fundamentação dessa pesquisa foi norteada por livros voltados para a

Área de Recursos Humanos, mais precisamente na área de Treinamento e

Desenvolvimento, sendo utilizados como exemplos de bibliografias, os

seguintes livros: “Gestão de Pessoas Estratégias e Integração Organizacional”

dos autores Luis César G. de Araújo e Adriana Amadeu Garcia e “Manual de

Treinamento e Desenvolvimento Gestão e Estratégias, dos autores Gustavo

Boog e Magdalena Boog, que forneceu exemplos práticos quanto a situações

vivenciadas nas empresas e novos métodos na área de T&D.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – A aplicação do T&D nas Organizações 10

CAPÍTULO lI - O T&D como Instrumento de Integração 29

CAPÍTULO III - “Espaço Trocando Idéias” Uma proposta de integração 33

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

BIBLIOGRAFIA CITADA 40

ÍNDICE 41

FOLHA DE AVALIAÇÃO 42

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Introdução

Com a nova filosofia de Administrar com as pessoas, é fundamental uma

reflexão sobre a dimensão atual da área de Treinamento e Desenvolvimento na

Gestão de Recursos Humanos.

Destaco inicialmente que a área de Recursos Humanos integra percepções,

por ser uma área multidisciplinar onde, sua aspiração maior é a de integrar

percepções, sonhos e desejos, sobrevivendo num contexto de constantes

mudanças: sociais, políticas culturais em todo mundo.

E é submerso nesse cenário, que se encontra a área de Treinamento e

Desenvolvimento dentro do RH, onde a globalização da economia,

impulsionada pela tecnologia da informação e pelas comunicações, da qual

não se pode escapar, gera conhecimento que se transforma em um valioso

recurso estratégico para a vida das pessoas e das empresas.

A área de T&D (sigla que significa Treinamento e Desenvolvimento) é a

responsável pelas atividades de Treinamento e Desenvolvimento dentro da

Gestão de Recursos Humanos.

Foi criada com o intuito de capacitar as pessoas das organizações, visando

ocupar novas posições, como também desenvolver seu potencial.

Contudo, ao ser questionado acerca do que vem a ser treinar e desenvolver

pessoas, não podemos nos deter numa posição cômoda dizendo que estas

palavras são suficientes claras em sua definição. Isso porque, dimensionar

T&D é fazer uma leitura pensando sempre no crescimento, não só de pessoas

ou equipes, mas também dos processos e, conseqüentemente da organização

como um todo.

Durante a maior parte da segunda metade do século XX, a área de

Treinamento e Desenvolvimento tinha por atividade central preparar

trabalhadores, líderes e gestores para o desempenho de suas funções, ou seja,

a presença do Treinamento e Desenvolvimento nas Empresas decorreu da

percepção da incapacidade do sistema formal de ensino de formar para o

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mercado de trabalho em quantidade e qualidade os profissionais que deveriam

ocupar os postos de trabalhos disponíveis.

Nesse contexto, treinar, por si, só, era a idéia de todo o processo no

treinamento, ou seja, seria o ato de treinar, de adestrar e o desenvolvimento

seria tão somente um reforço à proposta de treinamento.

No entanto, essa “velha” forma de se fazer T&D nas Empresas está,

deixando de ser útil ou seja, nos dias de hoje o uso destas palavras já não

significa sucesso expressivo.

A própria expressão Treinamento e Desenvolvimento envelheceram e

começaram a pedir uma substituta. Novos desafios delineiam nos processos de

ensino profissional sinteticamente em termo das ddeezz ttrraannssffoorrmmaaççõõeess oouu

tteennddêênncciiaass aapprreesseennttaaddaass cciittaaddooss ppoorr Marco A. Oliveira (2006, p. 42)

11.. DDoo IInntteerrnnoo ppaarraa oo EExxtteerrnnoo::

Os serviços de consultoria e treinamento já não se encontravam dentro das

organizações, mas fora delas, passando a ser contratadas quando

necessárias.

22.. DDaa sseeggmmeennttaaççããoo ppaarraa oo mmeerrccaaddoo úúnniiccoo::

As instituições de ensino superior adotam o “ensino de resultados”

adaptando-se ao mercado e atendendo um novo cliente: a Empresa. Por

conseguinte, o mercado encolhe para os consultores típicos, oriundos das

empresas e não das academias, e para não ficarem de foram se engajam

nas próprias faculdades, por meio de cursos.

33.. DDoo pprreesseenncciiaall ppaarraa oo VViirrttuuaall

Adota-se o e-learning, ou seja, uma alternativa para o treinamento não

presencial, estimulado pela redução de tempo e custo nos processo de

aprendizagem através dos novos recursos computacionais e da Internet.

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44.. DDoo tteexxttoo ppaarraa aa iimmaaggeemm

O código escrito dá lugar à imagem como forma prioritária de mensagem.

Fotografias, cinema, televisão, telefone celular – enfim, todas as

modalidades midiáticas tradicionais ou emergentes – hoje convidam mais a

ver do que ler.

55.. DDoo AAvvuullssoo ee MMaannuuaall ppaarraa aa ppaarraaffeerrnnáálliiaa iinntteeggrraaddaa

A sofisticação da tecnologia dá apoio ao ensino aprendizagem: a presença

de um professor real já pode ser substituída por uma gravação. O Data

show ganha o lugar dos velhos quadros-negros, giz, retroprojetor. Em lugar

de mimeógrafo, há muito aposentado pela cópia xerográfica, usa-se o

arquivo em pdf.

66.. DDoo CCooggnniittiivvoo ppaarraa oo aaffeettiivvoo

A velocidade das mudanças encurta a vida útil dos saberes, exigindo

constate atualização ou substituição. Os conhecimentos técnicos dão lugar

aos traços de personalidade ou atitudes (empreendedorismo, crença em si

mesmo, autonomia de decisão, rapidez de aprendizagem, determinação

pessoal, inventividade e inovação, liderança, prontidão de resposta,

carisma, habilidade política, etc.) como critérios válidos para avaliar

desempenho e empregabilidade.

77.. DDaa aauullaa ppaarraa oo SShhooww

O processo ensino-aprendizagem, transformado em mercadoria pelo

capitalismo deve ser capaz de “encantar” seu cliente, de forma atraente,

sedutora a fim de conquistar o “consumidor”. O

aluno/treinando precisa ser motivado a ‘comprar” essa mercadoria, a

querer consumi-la. A aula transforma-se em show, conduzindo por um

talentoso comediante que agora diverte, tanto ou mais do que ensina.

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88.. DDoo eennssiinnoo ppaarraa aa mmeeddiiaaççããoo

Com a difusão da informação, circulante, dispersa e volátil, que vem hoje de

múltiplas fontes já não é possível que o professor seja a única fonte de

saber. A rigor, ele não mais ensina, mas, sobretudo organiza, esclarece,

compara e referenda o conhecimento dos seus alunos; vê-se obrigado a

substituir seu antigo papel de dador pelo de mediador do conhecimento.

99.. DDoo mmoonnoollííttiiccoo ppaarraa oo ggrraannuullaarr

O saber se atomiza: a rapidez e a eficiência com que se consegue chegar à

informação exata e necessária para resolver um problema, esclarecer uma

dúvida ou compreender um conceito, torna anacrônico o formato anterior de

organizar os conteúdos didáticos em blocos inteiros. Cada evento de

aprendizagem deve ser encurtado ao máximo, passando sua duração de

semanas, para dias, de dias, para horas e assim por diante.

1100.. DDaa AApprreennddiizzaaggeemm iinnddiivviidduuaall ppaarraa aa ccoolleettiivvaa

“Novos conceitos surgidos nos últimos anos procuram sustentar a tese de

que não só indivíduos, isoladamente, mas também as organizações

(coletivamente) aprendem e precisam adaptar-se ao contexto em que

operaram. Assim, no imaginário dos gestores, cada vez mais as ações de

T&D para capacitar indivíduos (cursos, seminários, etc.) dão lugar (ou

subordinam-se) a processos de mudança organizacional ou aprendizagem

coletiva.”

E a partir dessa reflexão podemos apresentar o Treinamento e

Desenvolvimento como Instrumento de Integração e Desenvolvimento nas

Organizações.

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CAPÍTULO I

A APLICAÇÃO DO T&D NAS ORGANIZAÇÕES

Frente às transformações que vem acontecendo nos últimos dez, quinze

anos no mercado, as empresas buscam pessoas ágeis, ousadas,

empreendedoras e dispostas a assumir riscos.

No mundo dos negócios, conhecimento é poder.

Porém, o conhecimento deve ser compartilhado e distribuído. Quanto mais

informação você compartilha maior é o seu retorno. Tanto para você, quanto

para a organização. É lógico que projetar o futuro dos negócios no mundo é

muito fácil e simples. Difícil é estar preparado para os acontecimentos reais no

médio e longo prazo. É essa a função de Treinamento e Desenvolvimento nas

Organizações.

No entanto, é importante lembrar que existe uma diferença entre

treinamento e desenvolvimento das pessoas.

DDEEFFIINNIIÇÇÕÕEESS EE CCOONNCCEEIITTOOSS::

Podemos conceituar Treinamento como sinônimo de um processo que

oferece condições que facilitem a aprendizagem e a plena integração das

pessoas na organização.

Segundo Chiavenato (1999, p. 294) “O treinamento é uma maneira eficaz de

delegar valor às pessoas, à organização e aos clientes. Ele enriquece o

patrimônio humano das organizações”.

Entende-se que o treinamento: tem a finalidade de melhorar as habilidades

do profissional no desempenho de suas funções.

Outra abordagem sobre Treinamento é definido por Chiavenato (1999, p.

295) “O treinamento é orientado para o presente [...] Sabe-se que a principal

estratégia para a realização do treinamento é a estrutura preparada e

desenvolvida pela organização. Pois este processo deve estar equilibrado em

uma linha de realizações.

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De acordo com Chiavenato (1999, p. 297) “O treinamento é um processo

cíclico e contínuo composto de quatro etapas: diagnóstico, desenho,

implementação e avaliação”. O importante é lembrar que o treinamento tem a

responsabilidade de atingir níveis de desempenho estabelecidos pelas

organizações, através da continuidade do seu desenvolvimento.

A idéia de treinamento nos remete a algumas perguntas como o porquê, em

que, quem, como e quando treinar. Para isso existem etapas de elaboração, ou

seja, primeiramente é necessário um diagnóstico das necessidades de

treinamento, depois, uma programação de treinamento para atender às

necessidades diagnosticadas anteriormente, logo em seguida, a aplicação e

execução, e por fim, a avaliação dos resultados obtidos.

O desenvolvimento representa um conjunto de atividades que objetiva

explorar o potencial de aprendizagem e a capacidade produtiva das pessoas,

visando mudanças de comportamentos e atitudes bem como a aquisição de

novas habilidades e conhecimentos. Tem como meta maximizar o desempenho

profissional e motivacional do ser humano, melhorando os resultados e

conseqüentemente gerando um bom clima organizacional. Já a área de

Desenvolvimento se aproxima mais da educação que é “o preparo da pessoa

para a vida e pela vida”. (Chiavenato, 2002)

O Desenvolvimento é o processo de longo prazo para aperfeiçoar as

capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros

valiosos da organização.

“O desenvolvimento inclui não apenas o treinamento, mas também a

carreira e outras experiências” (Milkovich & Boudreau, 2000, pag.338) o

desenvolvimento de pessoas para cargos a serem ocupados futuramente

[...]”Chiavenato (1999, p. 295)

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Quadro 1. Similaridade e distinção entre treinamento e desenvolvimento

Fonte: ARAUJO ;GARCIA, p.98

Aplicação de T&D Apesar de termos compreendido alguns dos conceitos e definições de

treinamento e desenvolvimento, é importante ter consciência do caráter

presente de uma pergunta: por que utilizá-lo? Por que o treinamento e

desenvolvimento? Essas perguntas parecem ter respostas fácies. No entanto,

a interpretação pode ser um pouco confusa.

Sendo assim, para entender melhor esta necessidade de aplicação, bastar

pensar na elaboração dessa monografia. Ao perguntar o porquê da razão de

ser do trabalho monográfico, certamente perceberá que faz parte de um

processo de aprendizado por meio de uma pós-graduação, em busca de um

desenvolvimento.

Avançando nessa linha de raciocínio, refletimos sobre o papel dos

professores que funcionaram como facilitadores com o propósito de minimizar

a dificuldade da compreensão da parte teórica da Gestão de Recursos

Humanos. Por outras palavras, foram escolhidas técnicas por meio do qual o

processo de aprendizagem foi facilitado, até chegar esse momento da

preparação da monografia.

TREINAMENTO DESENVOLVIMENTO

Processo de Aprendizagem Processo de Aprendizagem

Voltado para o

condicionamento da pessoa; para a execução das tarefas

Voltado ao crescimento da

pessoa em nível de conhecimento, habilidade e

atitude

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Dessa forma, podemos dizer que em se tratando de Treinamento e

Desenvolvimento, o correto seria encaminhar pessoas a um programa de T&D

com o intuito de capacitá-las para a operação do novo tendo em mente que é

fundamental que tal programa seja constantemente atualizado e integrado a

outros programas. Programas isolados fazem parte de um passado onde a

velocidade e a competência tinham ritmo diferente. Em outras palavras, pode-

se dizer que se escolhe uma técnica por meio do qual se acredita que o

processo de aprendizagem será facilitado. Contudo, é importante frisar que

“não existem técnica melhores ou piores, e sim técnicas mais ou menos

adequadas, conforme os objetivos que pretendemos atingir”

(TACHIZAWA;FERREIRA; FORTUNA, 2001)

Levantamento da necessidade o Treinamento

Vê-se que, para realização do treinamento, o levantamento da sua

necessidade deve ser tratado com muita atenção, para não ser desviado da

sua finalidade. Devem-se buscar informações relevantes. Deve-se ter uma

percepção dos problemas provocados pela carência de treinamento, estas

perguntas devem ser realizadas durante o diagnóstico para o treinamento.

Precisamente, duas questões iniciais devem ser respondidas ao se realizar o

levantamento das necessidades:

1. Quem deve ser treinado?

2. O que deve ser aprendido?

Chiavenato (2000, p. 508) comenta que: ”O levantamento de necessidade

de treinamento deve fornecer as seguintes informações para que possa traçar

a programação de treinamento”.

• O que deve ser ensinado?

• Quem deve aprender?

• Quando deve ser ensinado?

• Onde deve ser ensinado?

• Como se deve ensinar?

• Quem deve ensinar?

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É muito difícil listar todas as razões que levam qualquer empresa ao

processo de desenvolver seu pessoal. De qualquer forma, será apresentado

algumas que pode ser considerada como os principais motivos fornecidos por

(ARAUJO;GARCIA, 2009;P. 99), tais como:

• IIddeennttiiffiiccaaççããoo ddaass MMeettaass::

Seja de expansão, admissão ou desligamento de pessoas, o fato é que ao

ser definido tal escopo estará trabalhado com uma realidade de forma que

será preciso capacitar pessoas, peças-chaves nas organizações.

•• IIddeennttiiffiiccaaççããoo ddee ggaarrggaallooss::

Verificar onde as competências ou CHC (Capacidade, Habilidades,

Competências) das pessoas necessitem ser melhoradas com o intuito de

atenderem aos requisitos das funções que ocupam.

•• FFaallhhaass ddee CCoommuunniiccaaççããoo::

Quando a comunicação, ou seja, as pessoas optam por utilizar “dialetos”

que muitas vezes são interpretados de maneira diversas, e trazer falhas de

desempenho na operacionalidade das atividades, o que é prejudicial para o

cotidiano das organizações.

•• RReemmaanneejjaammeennttoo ddee ppeessssooaass::

É muito comum em casos de substituições constates motivados por vários

fatores, tais como: por ausência não tão esporádica de pessoas,

implantação de novas tecnologias, novos procedimentos de maior

complexidade, novos softwares ou férias ou mesmo faltas prolongadas

motivadas por licenças de saúde ou para treinamento fora da empresa,

aviso-prévio, período de licença programada, como por exemplo licença-

maternidade ou licença para crescimento profissional fora da empresa.

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•• MMooddeerrnniizzaaççããoo ddaa oorrggaanniizzaaççããoo::

Talvez este item seja confundido um pouco com a identificação de metas ou

com o item anterior, todavia, o nosso enfoque aqui é a atualização do

maquinário e equipamentos da organização como um todo. Desta forma,

com novas tecnologias sendo implementadas, observa-se uma carência pro

parte das pessoas na organização pelo simples fato de agora ser

necessária uma adaptação à situação. A mudança deve ser acompanhada

de perto.

•• RReeccéémm--ffoorrmmaaddooss ccoomm ccoonnhheecciimmeennttoo aaqquuéémm ddoo ddeesseejjáávveell::

É um obstáculo real não só no Brasil. Temos, é verdade, deficiências nos

métodos de aprendizagem uma vez que as instituições de ensino colocam

pessoas não qualificadas no mercado. Essas pessoas, por não

apresentarem os atributos necessários para atender às novas demandas da

empresa, acabam sendo inseridas nos programas de T&D.

•• NNaattuurreezzaa ddaass aattiivviiddaaddeess ddeesseennvvoollvviiddaass ppeellaa oorrggaanniizzaaççããoo::

O importante neste tópico é desfazer a impressão de que amplitude da

organização gera a necessidade do processo. Pelo contrário,

“ não é o tamanho da empresa que determina ou justifica a necessidade de

treinamento, mas a natureza das atividades que nela se desenvolvem “

(RÉUS, 2002). Por conseguinte, podemos deduzir que este processo é

imprescindível a todo e qualquer tipo de organização.

•• CCoommpprroommeettiimmeennttoo ddaa aallttaa ddiirreeççããoo::

Este comprometimento que estava tratando é considerado fundamental

para o sucesso de qualquer tipo de programa, e com o T&D não é diferente.

Note que esta atitude da alta direção das pessoas que detêm o poder de

decisão é fundamental porque tende a propiciar um ambiente adequado

para o desenvolvimento dos vários programas.

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•• DDiiaaggnnoossee ddaa oorrggaanniizzaaççããoo qquuee aapprreennddee::

Isto quer dizer que metas são estipuladas com base numa cuidadosa

diagnose organizacional plena que indica as necessidade de treinamento e

desenvolvimento de forma que os responsáveis por tal processo obtenham

bons resultados. Observe que esta idéia está interligada com os demais

itens aqui listados. É a organização que aprende sugerida por Peter Senge,

que mostra uma nova realidade no mundo dos negócios. Senge (1990)

chegou a conclusões sobre as organizações que aprendem depois de

considerar a existência de cinco disciplinas: domínio pessoal, modelos

mentais, objetivo comum, aprendizado em grupo e raciocínio sistêmico,

tendo dão destaque para o raciocínio sistêmico. Isto significa dizer que a

visão sistêmica deve envolver todas as ações da organização, o que inclui a

gestão de pessoas e, indubitavelmente, o treinamento e o desenvolvimento.

Organização que aprende é a organização que considera irreversíveis as

ações integradas e sistêmicas em 100% do tempo.

Enfim, após listarmos algumas razões que geram a necessidade de

treinamento e desenvolvimento é natural que outras, muitas outras,

surgirão, porque estamos em permanente mudança e a cada momento

novos porquês aparecem, impondo às organizações novas alternativas,

com o propósito de melhor adequar a estrutura social.

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Quadro 2: Algumas razões geradoras da necessidade da aplicação de

T&D - Fonte: ARAUJO ;GARCIA, p.101

Processo de T&D

Diagnose da organização que

aprende

Recém-formados com conhecimentos aquém do desejável

Remanejamento de pessoas

Modernização da organização

Falhas de comunicação

Comprometimento da alta direção

Identificação de gargalos

%atureza das atividades desenvolvidas pela

organização

Identificação de metas

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Planejamento

Entende-se que planejar o T&D é definir o seu objetivo e a abordagem

necessária para a sua realização. O planejamento do T&D segue o processo

do diagnóstico das necessidades do treinamento. O planejamento deve ser

realizado seguindo os princípios da organização. É o elo entre políticas,

diretrizes e ações formais e informais que regem as relações organizacionais.

Percebe-se que, para realização do T&D, existe a necessidade de verificar

as prioridades e ações necessárias a serem realizadas. Todo o processo deve

ser realizado após definição dos meios a serem utilizados. Busca-se definir os

recursos necessários para a aplicação do treinamento, utilizando as seguintes

perguntas:

• Quem vai ser o instrutor?

• Quais equipamentos serão utilizados (vídeo, data show, projetor,

materiais, apostilas, etc...)?

O planejamento é desenvolvido à partir da realidade fornecida pelos

diagnósticos e que visa proporcionar com a máxima eficácia possível o

desencadeamento das ações necessárias para o alcance dos objetivos

pretendidos.

Evolução de T&D

É natural que se utilizem do crescimento exponencial da tecnologia da

informação e das novas tecnologias que estão surgindo no mundo dos

negócios, tais como:

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•• WWoorrkksshhoopp ((TTrraadduuzziinnddoo:: OOffiicciinnaa))

É uma reunião de pessoas que possuem objetivos semelhantes, na maioria

das vezes referentes a um assunto específico. O interessante nesses

encontros é a troca de experiência e realidades entre as pessoas: por

intermédio de diversos tipos de dinâmicas as pessoas internalizam novos

conhecimentos acerca do tema que as levou a se encontrar. O Workshop

não é necessariamente algo que surgiu agora, existe faz tempo, mas tomou

força mais recentemente com a sua crescente utilização fora do âmbito das

organizações. Assim, a utilização de outros espaços, quase sempre salas,

miniauditórios em hotéis, gerou uma nova roupagem para os workshops,

enobrecendo a prática e tornando-a um hábito saudável. Via de regra o

workshop é realizado em um único dia, um dia interior, mas nada impede

que aconteça num final de semana em ambiente não só profissional , mas

também social e esportivo.

•• CCooaacchhiinngg::

Termo originário da língua inglesa, esta tecnologia consiste numa forma de

obter os resultados esperados desenvolvendo as habilidades dos

componentes de uma equipe e desta com um todo. Logo, alguns pontos

requerem um cuidado especial, visto que a idéia não é dar ordens, e sim

aconselhar por intermédio de uma orientação a fim de que resultados sejam

alcançados. Entenda com isso que a idéia tem a mesma base de certo

ditada popular que dia: “não dê somente peixe, ensine a pescar”. O Coach

na empresa seria o treinador de futebol, vôlei, tendo como função dar apoio

integral na relação que é quase pessoal, mostrando caminhos e

orientando. O Coach não demite, não promove, não dá férias, não adverte

nem elogia, pois não convém. Poderíamos dizer que, considerando o T&D,

coaching seria mais apropriado no treinamento do que no desenvolvimento,

por ser mias prático, voltado para orientar a fazer algo para a organização.

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•• MMeennttoorriinngg::

Apesar da semelhança guardada com o coaching, visto anteriormente,

nesse caso o responsável pelo processo (o mentor) também é intitulado

como: guia mestre, conselheiro. Dessa forma, o papel do Mentoring, tem

por objetivo potencializar o ser humano de uma maneira conducente à

excelência pessoal e profissional sob a forma de parceria. Nesse caso, o

mentor desempenhará melhor o seu papel no desenvolvimento de pessoas.

Assim seria o D do T&D, enquanto o coaching, como vimos anteriormente,

encaixa-se no T.

•• TTeelleeccoonnffeerrêênncciiaa//vviiddeeooccoonnffeerrêênncciiaass::

Utilizada por empresas que são dispersas geograficamente no Brasil ou

pelo mundo. Facilitam e reduzem o custo de difusão do conhecimento por

especialistas-conferencistas. Reduzem também o custo das reuniões para

tomada de decisões, não apenas por empresas ou corporações, mas

também por instituições publicas que têm interesse na divulgação de

políticas e decisões que afetam uma boa parte da sociedade. No passado,

a teleconferências era resultado de contatos telefônicos entre três pessoas

pelo menos. A tecnologia nos presenteou com a imagem e imediatamente a

teleconferência deixou de ser um termo traduzido por pessoas ao telefone

me vários pontos de um país ou em vários pontos do planeta, para ser uma

conferência mesmo com um expositor e uma platéia ou um encontro virtual

entre executivos de uma empresa ou outros grupos profissionais ouvindo e

participante de temas de seu interesse.

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•• IInnttrraanneett//IInntteerrnneett::

O mundo virtual chegou muito rapidamente e não deu o tempo para uma

compreensão adequada e para a utilização plena das incontáveis

alternativas do uso tanto da Internet como da Intranet. Em T&D a alternativa

virtual ainda não pode ser considerada uma prática da empresa brasileira,

embora venha sendo utilizada ainda que de uma forma pouco expressiva.

Nos sites, das empresas não há T&D de forma explícita, mas há

informações que poderiam ser interpretadas como treinamento e

desenvolvimento. Na realidade, entendemos que a área de RH aproveita os

benefícios da Intranet e Internet e inclui textos para que seu corpo funcional

possa ler, entender, apreender, internalizar e usar seções do tipo quem

somo, nossa história missão e valores.

Vale citar a existência de alguns sites que oferecem curós de extensão,

cursos técnicos, cursos de capacitação, especialização, entre outros

visando ao treinamento e desenvolvimento. Essas organizações são em

sua maioria instituições de ensino, mas é crescente o número de

organizações independentes. O que é crescente de forma exponencial é a

oferta on line ou se preferir, cursos à distância. Nesse caso não há relação

direta com T&D.

•• EEdduuccaaççããoo àà DDiissttâânncciiaa::

Educação à Distância inclui T&D. Pode ser até repetitivo, mas é importante

destacar que a Educação à Distância é uma nova ferramenta que chegou

para ficar, pelo o que tudo indica. O número de instituições que oferecem

cursos a distância tem aumentado consideravelmente, porque oferecem

resultados e também porque o uso da Internet é crescente. É bom ressaltar,

que existe um decreto expedido pelo Poder Executivo que traça normas

para a Educação á Distância. Trata-se do Decreto nº 2.494, de 10 de

fevereiro de 1998.

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•• UUnniivveerrssiiddaaddee CCoorrppoorraattiivvaa ((ee//oouu EEdduuccaaççããoo CCoorrppoorraattiivvaa))

A Universidade Corporativa, segundo Vergara (2000), “é um conceito

inspirado no tradicional conceito de universidade e abrigado pelo ambiente

empresarial e diz respeito ao desenvolvimento de pessoas da organização,

clientes, consumidores, fornecedores, franqueadores, terceirizados e até

mesmo a comunidade.”

Poderíamos afirmar que a universidade corporativa resulta de

excelentes práticas do passado, nas quais a universidade era e ainda é

contratada para realiza algum estudo, pesquisa ou ações de consultoria.

Tais práticas são facilmente encontradas em outras sociedades que não a

nossa.

No Brasil esse relacionamento sempre foi pequeno. No entanto, ao longo

dos últimos anos, surpreendeu-nos ao ver como o assunto educação

corporativa, ganhou notoriedade, tanto na esfera das empresas públicas ou

privadas quanto da própria academia.

O Conceito de UC (Universidade Corporativa) começou a ser adotada no

Brasil, no início da década de 1990, com o advento do mercado cada vez

mais globalizado, pressionando a cada vez mais as organizações investirem

na qualificação de seus colaboradores e comprometer-se com seu

desenvolvimento contínuo, como elemento-chave na criação de diferencial

competitivo. A primeira experiência de implementação foi a da Academia

Accor, em 1992. Em seguida surgiram a Universidade Martins do Varejo

(1994); o Visa Training, criado em 1997 e que originou a Universidade Visa,

lançada oficialmente em 2001.

A partir de 2000, é expressivo o crescimento dos casos de UCs no

Brasil. Para se ter uma idéia, hoje são aproximadamente 170 organizações

brasileiras ou multinacionais, tanto na esfera pública, quanto na privada,

que já implantaram e estão operando seus SEC – Sistema de Educação

Corporativa.

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Dentre os vários exemplos podemos citar: Abril, Accor, AES Eletropaulo,

Albert Einstein, Alcatel, Alcoa, Algar, Amesp, Ambe, Amil, Banco Central do

Brasil, Banco do Brasil, Banco Itaú, BankBoston, BIC, BNDS, Bosch,

Braskem, Bristol & Myers & Squib, Carrefour, Casas Pernambucanas, Caixa

Econômica Federal, Citigroup, Cocal Açúcar e Álcool, Companhia Vale do

Rio Doce, Correio, Datasul, Elektro, Eletronorte, Elevar, Elma Chips,

Embasa, Embraer, Embratel, Facchini, Fiat, Fleury, Ford, Globo, GM,

McDonald’s, Metrô-SP, Microsiga, Motorola, Natura, Nestlé, Oracle, Orbitall,

Origin, Abrasivos, Santander, Santista, Serasa, Siemens, Softway, Souza

Cruz, Syngenta, TAM, Telemar, Telemig Celular, Tigre, Ultragaz, Unimed,

Unisys, Valle, Visa, Vivax, Volkswagen, Vonpar e Xerox.

Tavares e Vasconcellos (2004) demonstram sua preocupação quanto à

compreensão equivocada da universidade corporativa, uma vez que muitas

pessoas imaginam existir apenas um rótulo simpático para T&D, e não e

nada disso. Embora tenham sido bastante rigorosos na sua comparação,

Tavares e Vasconcellos traçam as diferenças entre o treinamento e a

universidade corporativa (quadro 3)

Quadro 3 – Diferenças entre o treinamento e universidade corporativa.

m Fonte: ARAUJO ;GARCIA, p.98

TTRREEIINNAAMMEENNTTOO UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE CCOORRPPOORRAATTIIVVAA

Reativo

Fragmentado e Descentralizado

Público amplo com vários

programas abertos Tácito

Proativa

Coesa e Centralizada

Solução de aprendizagem Estratégica

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De certo, à luz dos exemplos acima, a área de T&D conduzirá melhor a

elaboração e aplicação de programa de Treinamento e Desenvolvimento

que justifiquem sua utilização.

Vantagem na Aplicação de T&D

É possível afirmar com segurança que a utilização das ferramentas

explicitadas anteriormente ou mesmo quaisquer outras que já tenha sido

incorporada deram uma certeza: é fundamental que as pessoas estejam

preparadas para os procedimentos. Treinar e desenvolver são funções de

todos os envolvidos, de quem recebe o treinamento, de quem está

desenvolvendo uma competência essencial ou não ou de quem está à

frente do programa como coordenador, condutor, facilitador. Esta

permanente e sólida interação devem sempre prevalecer.

Dessa forma, veremos as vantagens proporcionadas por um programa

de T&D, bem elaborado. Certamente algumas já foram deduzidas ao longo

desse trabalho monográfico, tais como: o ganho em competitividade e

melhoria contínua na qualidade. Entretanto, vale explicitar uma boa parte de

vantagens consideradas importantes, a seguir:

•• GGaannhhoo eemm ccoommppeettiittiivviiddaaddee ee eemm qquuaalliiddaaddee::

Quando pensamos em treinar e desenvolver pessoas logo nos vem à mente

o pensamento de que a nossa empresa, implementando tal atividade,

estará mais competitiva e, conquistando esta capacidade de competir, a

melhoria da qualidade será uma conseqüência natural dos esforços

empregados.

•• IIddeennttiiffiiccaa ooss ppoonnttooss ffoorrtteess ee ffrraaccooss ddaass ppeessssooaass ee ddaa oorrggaanniizzaaççããoo

ccoommoo uumm ttooddoo::

É importante atentar para o fato de que os programas de T&D consistem

em uma verdadeira relação de troca, na qual todos devem sair ganhando.

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• CCaappaacciittaamm aass ppeessssooaass ddaa oorrggaanniizzaaççããoo::

A partir do momento em que as pessoas são capacitadas para o curto,

médio ou longo prazo, vai ser fácil perceber que elas se sentem em um

novo mundo, rico de informações, de novos horizontes, como novos e

desejados desafios.

• AAuummeennttaa aa lluuccrraattiivviiddaaddee ddaa EEmmpprreessaa::

Ao pensarmos numa organização altamente competitiva com pessoas

adequadas a sua realidade, pontos fortes e fracos visualizados, o retorno

financeiro é uma conseqüência natural esperada a médio e longo prazo.

• RRaacciioonnaalliizzaa pprroocceeddiimmeennttooss ee ddeesseennvvoollvvee ppeessssooaass::

Essa vantagem pode ser entendida como padronização de tarefas e

crescimento das pessoas.

• AAuummeennttoo ddaa pprroodduuttiivviiddaaddee::

Esse tópico não deve ser interpretado como obrigatoriedade no processo,

mas como uma conseqüência positiva, à medida que as pessoas tendem a

sentir-se mais seguras, quando domina a atividade que exercem.

• PPrrooppiicciiaa uumm cclliimmaa oorrggaanniizzaacciioonnaall ssaauuddáávveell::

As pessoas tendem a estreitar os laços , por estarem mais dispostas a

aprender e desenvolver, com intuito de aperfeiçoar as relações entre elas.

• RReedduuzz ddeessppeerrddíícciiooss ee rreettrraabbaallhhoo ((ffaazzeerr ddee nnoovvoo))::

Com a interação pessoa/empresa, a possibilidade de ganhos qualitativos

aumenta, pois haverá redução de desperdícios e o retrabalho será reduzido

à expressão mínima.

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Quadro 4: Vantagem proporcionadas pelo processo de T&D

Fonte: ARAUJO ;GARCIA, p.111

Processo de T&D

Capacita as pessoas

Ganhos de competitividade e

em qualidade

Racionaliza procedimentos e

desenvolve pessoas

Aumenta a produtividade

Proporciona um clima

organizacional saudável

Aumenta a Lucratividade

Identifica os pontos fortes e fracos das pessoas e da

organização como um todo

Reduz desperdícios e retrabalho

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CAPÍTULO II

O T&D como Instrumento de Integração

As pessoas da organização que formam o corpo funcional contribuem para

a instalação de um clima organizacional favorável que conduz a resultados,

incluindo resultados nos negócios ou qualquer que seja a atividade-fim da

organização. E esse é o chamado capital humano que serve de combustível e

faz a máquina (organização) andar e chegar ao destino.

Nota-se que não adianta apenas motivar o empregado deve-se também

qualificá-lo para o seu melhor desenvolvimento dentro da organização.

Formam-se assim duas ferramentas para o seu crescimento: a motivação e a

qualificação. É de suma importância realizar uma análise da influência do

treinamento no comportamento do indivíduo para a realização do seu trabalho

na empresa. Nesse sentido, busca-se identificar as causas desses fatores,

para que a organização possa alcançar resultados positivos na prestação do

serviço.

Entende-se que a produtividade e o bom desempenho estão diretamente

relacionados à satisfação do profissional. Buscam-se dentro dos processos

administrativos das empresas, ferramentas para estas conquistas.

Partindo do princípio que para se diferenciar no mercado, devem-se criar novas

estratégias para a melhor prestação do seu serviço, torna-se um grande

diferencial, a preocupação com a qualificação do empregado, visto que, para

uma organização ser bem sucedida é necessário contar com pessoas

capacitadas.

Paralelamente a capacitação e a motivação as pessoas desejam na

organização um clima altamente positivo. Há alguns fatores que contribuem

para essa conquista. Seguem alguns exemplos:

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•• EEqquuiiddaaddee

É percepção de que os superiores de qualquer nível são justos na sua

relação com a estrutura social, seja com relação a avaliações realizadas ou

eventuais conflitos interpessoais.

•• RReeaalliizzaaççããoo::

Além de crescer na carreira, na empresa, ter bons salários, a realização

pode ser também entendida como um pouco mais do que isso. Estar bem

numa organização, com responsabilidade social, que respeita as leis. Isso

tudo também é realização.

•• CCoommppaannhheeiirriissmmoo::

Embora reconheçamos que competição entre as pessoas de mesma

posição seja algo previsível, não podemos deixar de reconhecer que, no

geral, as pessoas buscam uma relação amistosa, porque assim têm

possibilidades de manutenção na posição. “Uma mão lava a outra” é um

ditado conhecido e uma realidade nas organizações. Evidentemente que há

momentos e, por vezes muitos momentos, em que há o acirramento entre

as pessoas e a noção de companheirismo é colocada em plano inferior.

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O Treinamento e Desenvolvimento pode ser uma ferramenta útil para a

realização de integração de entre as pessoas, visando o desenvolvimento

da afetividade, ou seja, a capacidade de confiar e trabalhar

verdadeiramente em equipe, sem competição, sem preconceitos e sem

jogos de interesses pessoais.

No entanto, há algumas limitações que precisam ser superadas, como

por exemplo, relacionamento em conflitos. Isso porque não é novidade

para ninguém o fato de os desentendimentos entre as pessoas dentro das

organizações serem uma realidade cotidiana. Na verdade quando esses

conflitos ocorrem, toda organização direta ou indiretamente é afetada,

simplesmente pelo fato de as pessoas não estarem juntas com o mesmo

propósito.

Falta de companheirismo, de bom relacionamento, dificulta rendimento

global da organização, uma vez que o trabalho em equipe é na maioria das

vezes o recomendado quando o intuito é alcançar objetivos em menos

tempo e despendendo o mínimo recurso possível.

E é nesse contexto que processo de Treinamento e Desenvolvimento

ocupa espaço, centralizado nas relações interpessoais, contendo o

desenvolvimento de habilidades intergrupais para todos os níveis.

COMPANHEIRISMO

EQUIDADE

REALIZAÇÃO

ORGANIZAÇÃO

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Vemos, portanto que é primária a necessidade de se levar em conta a vida

subjetiva do ser humano para desenvolver programas de integração. A

prioridade é se concentrar no relacionamento sócio-afetivo, para depois

introduzir os de informações e atividades específicas da companhia (palavra

que significa comer junto o pão, em companhia).

Outra questão a ser considerada é o conflito, que pode se tornar uma

ferramenta de crescimento profissional corporativo.

É fundamental ir além da superfície do problema e analisar a posição que

as partes estão assumindo para descobrir quais são suas preocupações e

necessidades reais. O que se enxerga em seu ‘oponente’ pode não ser uma

representação fidedigna dos sentimentos que ele está vivenciando.

Os desentendimentos prosperam onde há ambigüidade. Se o argumento para

as decisões não for transparente, os problemas complexos são camuflados ou

os funcionários estão surpreendidos por decisões que eles consideram estar

contra a realidade, o conflito surge

Vários negociadores experientes compartilham idéias e argumentos, mas a

maioria das pessoas em conflito esquece-se de fazer isso

Cada conflito traz uma oportunidade de provocar mudanças positivas. No

entanto, é mais difícil concretizar melhorias se os líderes não possuem as

habilidades para conduzir conversas difíceis de maneira construtivas, que

permitam o fluxo de criatividade. A maioria das pessoas não aprecia o conflito,

e por este motivo o treinamento de habilidades traz excelentes oportunidades

de melhoria de resultados, tornando mais fácil para eles se moverem com

confiança no calor das conversas difíceis e trazer benefícios para a outra parte

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CAPÍTULO III “Espaço Trocando Idéias” Uma proposta de integração

Em 2008, com o intuito de propor a introduzir na área em que trabalhava um

programa de Treinamento & Desenvolvimento (diga-se de passagem, não era

área de Recursos Humanos), apresentei o Projeto “Espaço Trocando Idéias”,

aos meus gestores que logo foi aprovado e implementado.

Esse projeto nasceu de minhas percepções e análises sobre a carência de

integração entre as equipes, devido a descentralização dos trabalhos da área,

justamente porque meu Gerente ficava em São Paulo, com um grupo de

trabalho e parte de sua equipe atendia no Rio de Janeiro.

OO qquuee éé oo ““EESSPPAAÇÇOO TTRROOCCAANNDDOO IIDDÉÉIIAASS””??

É programa de palestras, com enfoque na diversidade de abordagens e

assuntos sugeridos pelos próprios funcionários.

O principal objetivo é a INTEGRAÇÃO FUNCIONAL, além do AUTO

DESENVOLVIMENTO tendo como referência a “TROCA DE IDÉIAS” entre os

membros das Equipes da Área.

O Espaço Trocado Idéias tinha como ênfase a troca de idéias, cuja

centralidade estava na iniciativa, na disponibilidade, na criatividade, na

dedicação e conteúdo estudado. Por isso, não havia uma padronização do

perfil de funcionário para cada tema. Todos estavam aptos a apresentar.

Escolher do tema para quem não dominava o assunto foi o grande desafio.

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CCoommoo ffooii ffeeiittoo??

Mensalmente, no Comitê de apresentação das metas dos colaboradores foi

aberto um breve espaço para a realização da atividade extra curricular, cujo

eixo estrutural foi o aproveitamento de talentos da área, que tinham a

responsabilidade de preparar e apresentar o tema previamente agendado.

QQuueemm iinntteeggrraavvaa aass eeqquuiippeess??

Dois funcionários, sendo um do Rio de Janeiro e outro de São Paulo, que

deveriam interagir, estudar o tema proposto, “trocando idéias” e apresentar

para o restante da Equipe.

Havia uma colaboradora que organizava a agenda, o controle de pessoal, a

comunicação interna, as reserva de viagens, o local para a realização da

tarefa, o material de apoio (Laptop, projetor e outros) e a preparação do Coffe

Break para a confraternização final.

OOSS PPRRIIMMEEIIRROOSS PPAASSSSOOSS

O pontapé inicial foi a realização de um foro entre todos os colaboradores,

com o intuito de apresentar sugestões de temas que iriam nortear o “Espaço

Trocando Idéias” durante o ano de 2008.

Foi encaminhado correio interno, através da intranet, com uma chamada para

que todos sugerissem os temas do “Espaço”.

RReessuummoo ddaass eettaappaass::

1º Etapa: Foro entre os funcionários do RJ e SP para a indicação de temas.

2ª Etapa: Seleção de funcionários palestrantes.

3º Etapa: Oficina de Apresentação com todos os funcionários palestrantes.

4º Etapa: Inicio das apresentações nos comitês Mensais.

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Quadro 06 – Seleção de Temas e escolha das Duplas:

.Duplas Tema Data Alvo Apresentação

Dilma Oliveira Mkt Pessoal 04/04/08 Paula Gama Mkt Pessoal 04/04/08

Cristiana Lima Excelência no Atendimento 18/04/08 Elaine Souza Excelência no Atendimento 18/04/08 Edir Maia Construindo uma imagem positiva 28/04/08 Karolina Ottoboni Construindo uma imagem positiva 28/04/08

Gilberto Viana Lidando com o estresse 05/05/08 Marcia Marques Lidando com o estresse 05/05/08 Aroldo Reis Comunicação corporal 19/05/08

Joaquim Natalio Comunicação corporal 19/05/08 Marcilene Daniel Negociação 02/06/08

Nadia Costa Negociação 02/06/08 Leandro Gomes Etiqueta na empresa 16/06/08 Severino Vieira Etiqueta na empresa 16/06/08

Saionara Regina Ética empresarial 30/06/08

Tomas Balisa Ética empresarial 30/06/08 Fabio Lucio Administração do tempo 14/07/08

Tamara Macedo Administração do tempo 14/07/08 Adalia Menezes Organização 28/07/08 Edmar Bosso Organização 28/07/08 Guto Mendes Motivação 11/08/08

Robert Nogueira Motivação 11/08/08

Rafaela Silva Comunicação na empresa 25/08/08 Solange Vieira Comunicação na empresa 25/08/08 Carmem Moura Orçamento doméstico 08/09/08 Katia Cristina Orçamento doméstico 08/09/08 Alex Zangerme Segurança de informações 22/09/08 Leonardo Vidal Segurança de informações 22/09/08

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SSeegguuee aabbaaiixxoo ccoommoo ffooii ddeelliinneeaaddoo oo ttrraajjeettoo ddaass aapprreesseennttaaççõõeess::

1. As duplas foram selecionadas aleatoriamente;

2. Não houve mudança/troca das duplas (essa foi uma regra básica);

3. Ambos deveriam apresentar o material;

4. As apresentações poderiam ocorrer em SP ou RJ, aleatoriamente;

5. O tempo de apresentação deveria ter o mínimo de trinta minutos e o

máximo de uma hora;

6. O conteúdo deveria passar uma mensagem que fizessem o “link” com o

dia-a-dia da área;

7. A forma de apresentação foi livre, sendo viável a utilização recursos

lúdicos, dinâmicas, teatro etc;

8. A apresentação deveria ser fruto de pesquisa e a fonte de pesquisa

citada no trabalho;

9. A adesão à apresentação não era de caráter obrigatório, porém foi

considerado como entrega adicional no contrato de metas da área;

10. Caso o par desistisse de participar do programa, o colaborador poderia

desenvolver e apresentar o trabalho sozinho;

11. Ao final do ciclo de apresentações, haveria uma eleição da melhor

apresentação que seria alvo de premiação.

No decorrer das apresentações as equipes, timidamente, deram passos de

interesse e motivação pelo processo de integração e crescimento pessoal,

prática que gerou em curto prazo benefícios para área, com reflexo de

integração a longo prazo.

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Avaliação do Projeto Trocando Idéias

Intuição e Ousadia, foram duas palavras-chaves que pode-se definir o

Espaço Trocando Idéias.Ou seja foi a grande “sacada” para um corpo

organizacional que se mostrava deficitária no que tange integração, sendo

possível realizá-la através do Treinamento e Desenvolvimento das pessoas e

com as pessoas.

Com essa ação de integração, os funcionários demonstraram mais

satisfação e proximidade com a organização. Com isso, a empresa conseguiu

quebrar o distanciamento, dribla e juntar a diversidade de idéias e estimular os

colaboradores a prover serviços com qualidade, mantendo principalmente o

espírito de companheirismo

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CONCLUSÃO

É notada a grande transformação da posição do Treinamento e

Desenvolvimento na área de Recursos Humanos que acompanhou a nova

filosofia de Administrar com as Pessoas.

Ao longo do tempo Treinar e Desenvolve pessoas sofreu aperfeiçoamento

e tornou-se a atividade fundamental para a busca da excelência organizacional,

prática que integra, gera conhecimentos e transforma em um valioso recurso

estratégico para a vida das pessoas e das empresas.

Partindo desse ponto de vista, muitas são as empresas que acreditam ser

esta atividade essencial, de forma que se, até a década passada, o

treinamento e desenvolvimento era visto pelos administradores como um

centro de custo, hoje esse processo passou a representar investimento.

Atualmente o processo de Treinamento e Desenvolvimento é centralizado

nas relações interpessoais e para isso é fundamental adotar modelos que

possibilitem o crescimento e o desenvolvimento de competências profissional,

bem como estimulem a troca de experiências e assegurem a continuidade do

processo.

Afinal, apenas com pessoas conscientes de sua importância e da

contribuição que presta à instituição é possível garantir de forma decisiva uma

maior eficiência dos resultados proposto pelo Treinamento e Desenvolvimento.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

OLIVEIRA, Marco A. T&D Hoje! Os novos desafios da educação profissional

nas empresas. São Paulo: 2006 (no prelo)

BOOG, Gustavo G (Cood.). Manual de Treinamento e Desenvolvimento: um

guia de operações – manual oficial da ABTD. São Paulo. Makron Books, 2001.

CHIAVENATO, I. Gerenciando Pessoas. 2. ed. São Paulo: Makron Books,

1994.

CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos

nas organizações. 6ª

tiragem. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000

ARAUJO ;GARCIA, p.98 ARAUJO, Luis Cesar G. de Gestão de Pessoas:

Estratégias e integração organizacional 2ª. Ed. São Paulo: Atalas, 2009

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1. BOOG, Gustavo G (Cood.). Manual de Treinamento e Desenvolvimento: um guia de operações – manual oficial da ABTD. São Paulo. Makron Books, 2001.

2. OLIVEIRA, Marco A. T&D Hoje! Os novos desafios da educação

profissional nas empresas. São Paulo: 2006 (no prelo)

3. CHIAVENATO, I. Gerenciando Pessoas. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.

4. CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos

humanos nas organizações. 6ª tiragem. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

5. CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000

6. MARRAS, J. P. Administração de Recursos Humanos: Do Operacional ao Estratégico. 4. ed. São Paulo: Futura, 2001Chiavenato (1999, p. 295)

7. ARAUJO ;GARCIA, p.98 ARAUJO, Luis Cesar G. de Gestão de

Pessoas: Estratégias e integração organizacional 2ª. Ed. São Paulo:

Atalas, 2009

8. Educação á Distância. Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998

9. MILKOVICH, George T. e BAUDREAU, Jhon W., Administração de

recursos humanos; tradução Reynaldo C. Marcondes.-São Paulo: Atlas

2000. (Milkovich & Boudreau, 2000, pag.338

10. TACHIZAWA, Takeshy; FERREIRA, Victor Cláudio Paradela;

FORTUNA, Antônio Alfredo Mello. Gestão com Pessoas: uma

abordagem aplicada às estratégias de negócios. São Paulo: FGV, 2001,

cap. 9, 2ª. ed.TACHIZAWA;FERREIRA; FORTUNA, 2001)

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41

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I – A aplicação do T&D nas Organizações 10

CAPÍTULO lI - O T&D como Instrumento de Integração 29

CAPÍTULO III - “Espaço Trocando Idéias” Uma proposta de integração 33

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

BIBLIOGRAFIA CITADA 40

ÍNDICE 41

FOLHA DE AVALIAÇÃO 42

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42

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Título da Monografia: Treinamento e Desenvolvimento – O valioso Recurso estratégico da Gestão de Recursos Humanos.

Autor: Kátia Cristina Guimarães da Silva

Data da entrega: 17/04/2010

Avaliado por:Ana Cristina Guimarães Conceito: