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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TECNOLOGIA E EDUCADOR:
UM ENFOQUE NA PREPARAÇÃO DO EDUCADOR NO USO DA
TECNOLOGIA
POR: EGAS SILVINO DOS SANTOS FILHO
ORIENTADOR
Profª MARIA ESTHER ARAUJO
RIO DE JANEIRO
2004
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TECNOLOGIA E EDUCADOR:
UM ENFOQUE NA PREPARAÇÃO DO EDUCADOR NO USO DA
TECNOLOGIA
Apresentação de monografia a Universidade
Candido Mendes como condição prévia para
a Conclusão do curso de Pós-Graduação “latu
Sensu” em Docência do Ensino Superior.
Por: Egas Silvino dos Santos Filho
3
AGRADECIMENTOS
A minha família, pela ajuda incansável,
e dedicação na minha preparação como
orientador.
E agradeço ao senhor por estar ao meu
lado nas horas mais difíceis, e de
incertezas, me orientando e incentivando.
4
DEDICATÓRIA
Aos meus filhos, com a certeza de ter
encontrado neles, o incentivo necessário
na busca do aperfeiçoamento e na
construção do saber de nossa sociedade.
Amo vocês de paixão !!!
5
"... Para se integrar no contexto da época atual
e exercer eficazmente um papel na atividade econômica, o indivíduo tem que, no
mínimo, saber ler, interpretar a realidade, expressar-se adequadamente, lidar com
conceitos científicos e matemáticos abstratos, trabalhar em grupos na resolução de
problemas relativamente complexos, entender e usufruir das potencialidades
tecnológicas do mundo que nos cerca. E, principalmente, precisa aprender a
aprender, condição indispensável para poder acompanhar as mudanças e avanços
cada vez mais rápidos que caracterizam o ritmo da sociedade moderna".
(Silva Filho, 1999)
6
RESUMO
Esta monografia tem como objetivo reciclar os professores para utilização de
tecnologia em sala de aula, ou para o ensino a distância, com tudo não
percebemos cursos específicos neste seguimento para uma reciclagem dos
atuais educadores.
Com um conteúdo bem programado, estipulando e determinando não só
teoricamente, mas também na prática, pois assim estes educadores saberiam
como se comportar desde a utilização do giz a um Data Show, e até, em caso
de quebra de um equipamento tecnológico, como deve este orientador se
comportar.
No aspecto de novas tendências em tecnologia abordada de forma a aplicação
prática. Nesta pesquisa, revela-se o uso de tecnologia pelo educador, com o
melhor aproveitamento dos recursos tecnológicos a sua volta.
7
METODOLOGIA
Emprega-se pesquisa descritiva com ênfase metodológica qualitativa no
desenvolvimento desta monografia, recorrendo-se a fontes escritas em bibliotecas,
editoras, internet, etc.
Pesquisa bibliográfica e documental destacando-se citações pertinentes ao tema em
internet periódicos e textos divulgados na internet, considerando-se de que tais fontes
escritas dão conta suficientemente das questões de pesquisas e dos objetivos propostos.
8
SUMARIO
INTRODUÇÃO 09
CAPITULO I
A INFORMATICA NO DIA A DIA 11
CAPITULO II
TECNOLOGIA E SEU USO 16
CONCLUSÃO 20
REFERENCIAS 22
INDICE 24
FOLHA DE AVALIAÇÃO 25
9
INTRODUÇÃO
O tema desta pesquisa é a aplicação dos novos recursos tecnológicos em informática
rumo a educação, com enfoque para os docentes do ensino primário, médio, superior,
bem como pós-graduação.
Desenvolver no aluno a criatividade, a pesquisa, a participação em eventos extra-classe,
e o melhor entrosamento em aluno e professor, com o uso da ferramenta de alta
tecnologia e com isso, transformar a sala de aula numa perfeita interatividade,
possibilitando assim que a tecnologia os permita a viajar em diferente aprendizado.
Assim, esta pesquisa tende a demonstrar como podemos inserir professores, no uso de
computadores, multimídia, a internet e demais recursos tecnológicos no dia a dia do já,
ou , futuro professor.
Tentaremos então, difundir os recursos tecnológicos em informática no processo de
ensino-aprendizagem observando as transformações de conceitos de tempo, espaço,
fatos e fontes de informação dentro desse Universo que é o ciberespaço.Neste contexto,
alia-se às novas ferramentas de pesquisa e as novas competências fundamentadas
adquiridas do docente. No primeiro capítulo são descritas as formas de atuação da
tecnologia, e os aspectos relacionados as mudanças na Sociedade decorrentes do
emprego dos recursos tecnológicos, sobretudo da informática. O propósito dessa
descrição é estabelecer e correlacionar as três pessoas: a Sociedade, a vida cotidiana e o
mundo globalizado, enfatizando a demonstração da participação do aluno-professor
neste contexto.
No segundo capítulo são considerados aspectos do aproveitamento e da formação do
aluno dentro do Universo tecnológico.são descritas as questões sobre empregabilidade e
ensino com o advento tecnológico, o aluno se lança ao mercado. O propósito de tais
considerações está em apresentar impacto e influência tecnológica na preparação e
formação do corpo docente. A Educação no contexto tecnológico fomentando saberes, e
saberes tecnológicos, a sua difusão.
10
CAPITULO I
A INFORMATICA NO DIA A DIA
1.1 Universo Tecnológico:
Este século é marcado por tecnologia e inovação, que são um binômio inseparável.
Calcado no uso do computador e da tecnologia da informação vimos a necessidade de
incentivar seu uso para a transformações no trabalho e na vida das pessoas, fazendo
então, o homem assimilar a tecnologia. O alcance a tecnologia, as evidências na vida do
cidadão, das transformações sociais decorridas do emprego de tecnologia nos mais
diversos ramos da Sociedade, no mundo corporativo, nas empresas, nos centros de
estudo e pesquisa, no ambiente doméstico, e principalmente, das transformações
possíveis na Educação.
Mas, há desdobramentos, no campo doméstico, por exemplo, o uso crescente de
tecnologia, as inovações, e todo o aparato eletrônico, está a cada dia mais presente na
vida do cidadão. E vem sempre acompanhados de mensagens de uma vida melhor, mais
conforto e comodidade, agilidade nos afazeres da casa, no sentido de compatibilizar a
correria diária do trabalho e da aceleração do mercado, da vida profissional.
Entre os benefícios, do uso de eletro-eletrônicos, a sua exposição nos mercados,
bazares, e lojas de entretenimento, e da invasão que independe de permissão; desfrutar
de bens antes disponíveis apenas às empresas.
Ainda no ambiente doméstico e das transformações sociais promovidas pela utilização
de tecnologia, a informática alterou o modo de lazer das crianças e adultos com a
utilização do computador. São jogos, simuladores, editores de texto, acesso à Internet;
este último, um recurso imprescindível para complementação de pesquisa e estudo.
É curiosa a popularização da Internet, a velocidade de expansão e familiaridade
alcançada jamais vista no mundo. De um recurso tecnológico tão rapidamente adotado
considerando-se o tão pouco tempo para tal; tornando se um meio de interação entre as
pessoas do mundo inteiro, diminuindo distâncias a um custo mais acessível se
comparado à rede e tarifação telefônica convencional, pois a comunicação entre pessoas
de países distintos acontece sem a utilização de interurbano.
11
No interior da rede, transformações e consolidações de laços sociais. São as salas de
bate-papo ou chats, as listas de discussões, correio eletrônico ou e-mail, as cidades
virtuais, o comércio eletrônico. A tecnologia informática está alterando os aspectos mais
profundos de nossa vida e condição humana: como tratamos a saúde, como nossos
filhos estudam (...) quais vozes serão ouvidas e até como as nações vão se formando...
Dertouzos (1997, pág. 26)
Tais considerações manifestam a adesão a tecnologia como uma forma atual e
incessante de mudanças de hábitos, de costumes, de trocas culturais entre pessoas em
diferentes regiões do mundo.
1.2 A Resistência a Tecnologia
Certos grupos de educadores parecem ser resistentes em se apropriar da informação que
lhes chega pelos novos instrumentos. Segundo Gatti "Sempre que uma inovação surge
no horizonte dos educadores, observa-se em alguns,
deslumbramento em função das possibilidades aventadas por essas inovações e, em
outros, ceticismo crônico. Esse ceticismo pode ser provocado pela decepção que os
professores vêm acumulando com políticas e propostas mal implementadas pelos
sucessivos governos, ou pela acomodação natural que temos a nossas funções e pelo
incômodo que inovações podem provocar, pois exigem alterações de comportamento e
o uso de tempo e espaço já bem exíguos".
A história da relação dos professores com as tecnologias e com a mídia é de confronto e
descrédito. Esse fato tem dificultado o avanço das tecnologias nos espaços educativos.
Apesar dos educadores serem grandes consumidores de mídia, ainda não utilizam o
veículo em seu favor.
O professor não deve ser visto como o detentor de todo o conhecimento, mas como um
facilitador e organizador de idéias e pensamentos.
O educador que assume seu papel como formador de opinião é capaz de, com a ajuda da
nova tecnologia (e não dominado por ela) ser um mediador da difusão do conhecimento,
estimulando a consciência crítica de seus alunos sobre os meios de comunicação. Essa
nova ferramenta de ensino-aprendizagem deve ser desmistificada pelo professor e
dominada por ele. As autoridades competentes também devem estimular o
12
aperfeiçoamento constante e reciclagem dos professores, disponibilizar recursos para
investir em educação e nesses novos métodos de ensino.
Senso comum de que o ´novo´ é recebido com desconfiança e recusa; em tecnologia não
é diferente, por exemplo os sentimentos relacionados ao uso do computador. E quando o
educador se depara com a necessidade de mexer com este novoequipamento, reflete o
sentimento de insegurança, medo e recusa; Os que necessitam de orientação acabam
atribuindo muitas das vezes as características das máquinas aos seres que nela
trabalham, seres frios, racionais, distantes das emoções e sentimentos.
1.3 Tecnologia em Serviço Público
No feudalismo, a posse da terra garantia influência e poder na política do
Estado. Atualmente, a informação ocupa esse lugar. O advento da informática permiti
um acesso mais amplo da informação à população, emergindo como
poderosa ferramenta de democratização.
Várias instituições educacionais, ao longo da evolução tecnológica, preocuparam-se em
equipar suas unidades com retro-projetores, vídeos-cassetes, televisões, parabólicas e
atualmente, concentram esforços na
instalação de salas de informática. Esses novos meios de comunicação funcionam como
ferramentas de ensino e aprendizagem. A informática surge como uma nova forma de
organizar, armazenar e veicular grande parte do conhecimento disponível além de
refinar os mecanismos de geração de conhecimentos futuros. Contudo, os objetivos e
fundamentos estratégicos pelos quais a relação pedagógica interage com essa base de
informações
permanecem os mesmos. Aprimora-se motricidade fina tanto com os antigos recortes
com tesoura como com o mouse do jogo de computador.
Na exposição visual em grupo, o quadro-negro e o giz são progressivamente
substituídos por projeções digitais.
A neurolinguística afirma que a palavra representa apenas 7% da capacidade de
13
influenciar na comunicação, enquanto o tom e a entonação da voz são responsáveis
por 38% e a postura corporal perfaz 55% dessa capacidade.
O educador moderno deve conhecer esses conceitos a fim de que possa concentrar
esforços de aperfeiçoamento nessas áreas críticas.
Em uma experiência recentemente vivida em curso de pós-graduação, foram
combinados vários métodos de ensino: desde a tradicional oratória e escrita, passando
pelo uso de recursos audiovisuais, internet, e jogos, chegando-se até debates e poesia.
Tratou-se de um exemplo de aperfeiçoamento e inovação do educador sem esquecer o
objeto principal de enfoque: as relações humanas.
As questões relacionadas a exclusão social e suas conseqüências não serão abordados,
mas inegavelmente tem-se diversos exemplos no setor de
serviços públicos na tentativa de dar suporte através do emprego de tecnologia aos
diversos segmentos da Sociedade.
Na esfera da gestão estadual, por exemplo, foi criado o portal de serviços denominado
“Rio Simples”. Esta iniciativa consiste em um novo modelo de prestação de serviços
públicos, reunindo vários órgãos das esferas federal, estadual e municipal num mesmo
espaço físico para atender com qualidade, rapidez, eficiência e cortesia as demandas do
cidadão.
Neste local, o “Rio Simples” oferece atendimento em balcão e através dos terminais de
auto-atendimento alocados pelos diversos órgãos do serviço público. Tais terminais
representam o acesso ao recurso tecnológico em informática que muitos cidadãos e
empresas estão desprovidos, e as trocas de informações possíveis são: documentos
impressos, e cópias de programas através de mídia eletrônica, disponíveis nas
modalidades “on-line” e em tempo real, ou seja, como se o usuário estivesse acessando
os sistemas de informação dentro da rede corporativa do órgão-alvo da consulta. Os
serviços oferecidos ao “futuro” cidadão como emissão de carteira de identidade,
emissão de carteira de trabalho, balcão de emprego, seguro desemprego, passe livre,
assistência social e jurídica, encaminhamentos para concessionárias estaduais:
Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de
Trabalho e Renda, Conselho Estadual dos
Direitos da Mulher, Agência de Desenvolvimento Local, Fundação Leão XIII.
Isto significa um reconhecimento por parte do Estado, das dificuldades
14
de acesso aos recursos tecnológicos; e principalmente de que o cidadão precisa de
total atenção do setor público no combate à exclusão digital.
1.4 Cotidiano Tecnológico Avançado
No mês de agosto os usuários domésticos de internet no Brasil, reconhecidos como
inter-nautas brasileiros, que acessam a internet de casa,navegaram uma média de 13
horas e 58 minutos, ficando atrás apenas dos japoneses em tempo de navegação na
grande rede (14 horas e 26 minutos), segundo o IBOPE/NetRatings.
O relatório divulgado nesta segunda-feira (27/09) indica que os 12 milhões de usuários
residenciais ativos no mês passado - 3,49% acima dos 11,6 milhões de inter-nautas em
julho - superaram os norte-americanos (13 horas e 40 minutos).
Em relação a agosto de 2003, o tempo navegado nas residências brasileiras subiu
24,1%. O aumento, segundo o IBOPE, foi impulsionado especialmente pela atividade
dos usuários de banda larga, responsáveis por mais se 60% do tempo navegado pelos
inter-nautas residências do País.
Avaliando o estudo, o IBOPE acredita que este pode ser o melhor natal do comércio
eletrônico desde setembro de 2000, quando o estudo da web residencial brasileira foi
iniciado. Os dados de agosto mostram que o e-commerce tem sido uma prática comum a
50% dos usuários ativos da web brasileira, nos últimos quatro meses, porcentual que
costumava ser atingido somente entre novembro e dezembro.Diversos são os tipos de
tecnologia mais comumente empregados; vão desde operações de consulta à lista
telefônica, às compras pela Internet. O computador neste contexto representa o item
com presença massiva, e que possibilita tais transformações na vida cotidiana, na
Sociedade de
consumo. Com tudo tivemos ainda, a inovação tecnológicas em câmeras e TV’s digitais,
com isso causando a descontinuidade das maquinas fotográficas que utilizam filmes.
No campo das telecomunicações, tecnologia para adesão e acesso à Internet em banda
larga. E, diversas são as tecnologias disponíveis em diferentes concessionárias de
serviços de telecomunicações, impulsionam e fator primordial, a crescente demanda de
comércio eletrônico ou e-commerce pela rede mundial de computadores.
15
E ainda temos o setor de divertimentos, onde a maioria das empresas converge para a
utilização da tecnologia para fins de controle e atendimento ao publico em geral.
16
CAPITULO II
TECNOLOGIA E SEU USO
2.1 EMPREGABILIDADE
O termo empregabilidade consiste no conjunto de conhecimentos, habilidades,
comportamentos e relações inter-pessoais que tornam o profissional apto a exercer suas
atividades em toda e qualquer organização.
A formação do profissional capaz de mediar a interação aluno-computador ganha cada
vez mais espaço nos cursos, seminários e encontros desenvolvidos por todo o mundo. A
causa disso é que está ficando cada vez mais claro que sem esse profissional
devidamente capacitado, o potencial, tanto do aluno quanto do computador, certamente
será sub-utilizado.
No entanto essa formação profissional, segundo VALENTE, (1993), não pode ocorrer
através de um treinamento. Ela deve ser propiciada através de cursos de formação. A
diferença fundamental entre treinamento e formação é que no primeiro caso treinamento
implica na adição de alguma técnica. Não implica necessariamente, em uma mudança
de atitude ou de valores de trabalho. Já o curso de formação deve ter como objetivo uma
mudança, ou pelo menos propiciar condições para que haja uma mudança, na maneira
do profissional da educação ver a sua prática, entender o processo de ensino-
aprendizagem e assumir uma nova postura como educador.Formar um professor para o
uso da informática em educação não significa a soma da informática e educação, mas a
integração das duas áreas. Ainda segundo VALENTE, formar um professor que seja
capaz de usar a informática como recurso de ensino e aprendizagem, não significa
adicionar ao seu conhecimento as técnicas ou conhecimentos de informática. É
necessário que o educador domine o computador afim de integrá-lo à sua disciplina.
Assim, o profissional deve dominar o computador, processo que exige mudanças na
maneira de pensar o processo ensino-aprendizagem.
A revolução tecnológica é vivida nos mais diversos ramos da atividade
17
econômica. Observar os novos rumos tecnológicos e suas influências no mercado de
trabalho. Ter empregabilidade é uma meta a ser alcançada tanto no trabalho nas cidades
quanto no campo.
O segredo do sucesso profissional está em reconhecer as diferenças e saber lidar com
elas, e partir para a conquista de novos e estimulantes desafios.
2.2 Corpo Docente:
Formação e Capacitação
Já se sabe que um profissional verdadeiramente conhecedor de sua área, não é aquele
que somente determina o conteúdo produzido, mas principalmente aquele que toma essa
área pelos princípios teóricos que são determinantes para se alcançarem os produtos
elaborados; ou seja, aquele que conhece a história da produção do conhecimento em sua
área, a ponto de explicar os fatos novos que a ela se agregam continuamente. Também
pode chamar-se a essa capacidade, de domínio da estrutura teórica da disciplina
(Wachowicz, 1996,
p.134).
O domínio da estrutura teórica da área educacional ou disciplina em que o educador
atua não deve ser adicionado aos conhecimentos de informática, não é isso mais aquilo.
O que deve ocorrer, é a percepção da disciplina sendo desenvolvida, trabalhada através
da informática como meio e não como um fim.
Para chegar a essa percepção há necessidade da configuração de um educador analista
simbólico, que para LITTO, (1997) caracteriza-se como o profissional que trabalha com
a manipulação de símbolos, ou seja, dados, palavras, representações orais e visuais. Para
isso o profissional deve ser capaz de três tipos de atividades:
1) identificação de problemas (onde os
profissionais identificam os problemas referentes
a sua prática);
2) solução de problemas ( onde os profissionais
buscam as soluções para os problemas; e
18
3) agenciamento estratégico ( onde os profissionais
agenciam as condições humanas e materias para
a solução dos problemas, melhorando assim, a
sua atuação).
Considerando que essas características se encontrem em pessoas diferentes ressalta-se
uma vez mais a importância da produção intelectual coletiva que pode acontecer com
mais facilidade através de projetos coletivos via Internet. Pois, identificar os problemas
na educação são questões que vão desde a estrutura física das escolas, até problemas
relacionados ao ensino e a aprendizagem. Essa vastidão que encontra-se na intersecção
destes problemas
não evoluirá nem se resolverá enquanto o educador continuar a pensar na sua prática e
nos problemas a ela concernentes de forma individual.
A compreensão da teoria que alicerça o trabalho desenvolvido, ou seja, o domínio da
estrutura teórica da disciplina, deve estar acompanhada pela compreensão dos processos
de aprendizagem pelos quais o homem passa para reproduzir o conhecimento. Só assim
o educador efetivamente será um profissional analista-simbólico, capaz de detectar os
problemas de aprendizagem em sua classe, de propor alternativas didáticas para a
superação do mesmo e de buscar cada vez mais e sempre fontes novas e inovadoras para
transformar a sua prática.
Assim, a "formação supõe uma competência técnica que não esteja desvinculada da
realidade em que se insere, consciente da problemática criada na escola e na sociedade
pelo advento das novas tecnologias, que integre os diferentes aspectos da tarefa docente:
pedagógico, técnico científico, sócio-político-cultural" (STAHL, 1997, p.303).
O professor não está imune às transformações nas relações sociais vividas pela
Sociedade, das inserções tecnológicas, das mudanças de comportamento, pedagógica e
até mesmo da administração escolar.
2.3 NOVO EDUCADOR
19
Constatamos, através das análises das representações dos docentes do Ensino
Superior que os profissionais da educação estão preocupados e inquietos com a certeza
de que as novas tecnologias estão chegando às universidades e escolas em geral. As
preocupações centram-se no despreparo e no desconhecimento desses novos meios e
nas possibilidades de aplicação que oferecem para a educação. Também surge como
preocupação a reflexão acerca dos paradigmas que permeiam a utilização de novos
meios didáticos na educação, já que a diferença didática não está no uso ou não das
novas tecnologias, mas na compreensão das suas possibilidades. Mais ainda, na
compreensão da lógica que permeia a movimentação entre os saberes no atual estágio
da sociedade tecnológica.
Como parte de uma cultura baseada em uma configuração rizomática, hiper-textual e
virtual, surge a Internet. Neste contexto, não podemos deixar de abordar a forma como
as redes comunicacionais se desenvolveram ao longo da história e as transformações
pelas quais foram responsáveis para compreender o impacto que as novas tecnologias da
informação e comunicação, incorporadas pela Internet (rede das redes), têm sobre a
educação e mais especialmente as possibilidades de interação na formação docente para
a utilização dessas novas tecnologias.
As possibilidades de configuração do profissional da educação pela interação virtual,
num processo de interlocução de saberes coletivos que se formam e transformam pela
navegação nas infomarés da informação, deve ser uma perspectiva abordada. Uma
formação que não pode acontecer pela adição da educação mais as novas tecnologias,
uma formação que esteja embasada e refletida pela teoria e prática do educador .Há
portanto a necessidade de investir na formação dos docentes com o intuito de se gerar
mudanças na seleção e no tratamento dos conteúdos a serem ensinados, tendo-se como
foco a incorporação da informática num momento em que se percebe a crescente
presença da ciência e da tecnologia nas atividades produtivas e nas relações sociais.
20
CONCLUSÃO
Devemos então concluir que, uma das tarefas emergentes para o professor será a de
ajudar a fazer sentido o labirinto de fontes de informações que estão sendo
disponibilizadas na rede cada vez em maior quantidade.
Tomando a teoria à serviço da fundamentação de sua prática e a didática para o
desenvolvimento de um ambiente de aprendizagem, o educador estará a caminho de
uma práxis eficiente e eficaz. Porém é a Ciência Pedagógica que deve fundamentar essa
prática, ou seja essa didática, que tem suas bases na Filosofia da Educação, na
Sociologia da Educação, na Psicologia da Educação e na Economia da Educação deve
estar presente em qualquer curso de capacitação, inclusive e principalmente nos que
falam das novas tecnologias da comunicação e da informação.A emergência e
velocidade da informação veiculadas pelas redes de informação não permitem mais que
a escola fique à margem dos processos tecnológicos que invadem a vida cotidiana. A
tecnologia se construiu e se constrói através da história, pelas necessidades sociais de
superação de limitações e pela hegemonia do poder.
Além de propiciar o acesso às novas tecnologias a escola precisa promover discussões,
tanto docentes quanto discentes, para as implicações que elas trazem à nossa vida em
sociedade, para a configuração dos conhecimentos individuais e coletivos, para a
criação de ambientes virtuais e conexões infinitas de informações. Informações estas
que não se configuram em conhecimento produzido para todos.As possibilidades de
atuação, de poder de crítica e de escolha do que é realmente significativo para a
aprendizagem, a concepção do que seja aprendizagem que deve embasar a prática
docente deve advir da formação do profissional da educação, que hoje se redesenha
como formação continuada.
Essa formação pode acorrer além dos cursos, quando soubermos partilhar as nossas
ansiedades, os nossos medos, as nossas interrogações e lançarmos mão de meios como a
Internet para a concretização de coletividades virtuais que somam, discutem, divergem,
buscam soluções e compartilham saberes.
Além das características de um analista-simbólico, existem exigências postas pela
comunidade comunicacional, informática e globalizada que segundo LIBÂNEO (1998),
inclui: maior competência reflexiva, interação crítica com as mídias e multimídias,
21
conjunção da escola com outros universos culturais, conhecimento e uso da
informática, formação continuada (aprender a aprender), capacidade de diálogo e
comunicação com os outros, reconhecimento das diferenças, solidariedade, qualidade de
vida, preservação ambiental.Assim, a realidade informacional contemporânea implica
em novas atitudes docentes que vê o ensino como mediação, a interdisciplinaridade
como prática, ensinar a pensar, buscar a perspectiva crítica dos conteúdos, desenvolver
capacidade comunicativa, reconhecer o impacto das novas tecnologias, atender a
diversidade cultural, atualização científica através de educação continuada, integrar
docência e afetividade e desenvolver comportamento ético. A tarefa para a formação
docente não é fácil, porém não é impossível. Tudo pode aquele que se permite olhar
com um novo olhar.
Dessa forma, aproveitar as novas tecnologias como um meio para o desenvolvimento de
uma educação voltada as exigências atuais e futuras implica em conhecê-las, em
desmistificá-las, desnudá-las perante nossas dúvidas. Essa aproximação e apropriação
só acontece pelo conhecimento.
É preciso conhecer para ver. Só enxergamos as possibilidades quando conseguimos ver,
através da nossa teoria, a aplicabilidade prática. Portanto, evidencia-se que a formação
docente já não pode acontecer desarticulada da contextualização das novas tecnologias.
O domínio da estrutura teórica da área educacional ou disciplina em que o educador
atua não deve ser adicionado aos conhecimentos de informática, não é isso mais aquilo.
O que deve ocorrer, é a percepção da disciplina sendo desenvolvida, trabalhada através
da informática como meio e não como um fim.
22
REFERENCIAS
AMORIM, Jani de Almeida. Os Professores, a Empregabilidade e a Sociedade
da Informação. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Disponível em:
<ww.revista.unicamp.br/infotec/artigos/joni.html>. Acesso em: 12 jul.
2004/10:48h.
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Disponível em: <www.comunicacao.pro.br/setepontos/4/tvdigital.htm>. Acesso
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Multimeios para a Educação: uma ferramenta necessária na era do
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COMPUTAÇÃO EM EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA. Rio de Janeiro, ago. 1997.
BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza.
Projeto de Pequisa: propostas metodológicas. 15.ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2004.
CARDOZO, Ivo. Empregabilidade: um desafio ao seu alcance. FACULDADE
DE TECNOLOGIA EMPRESARIAL. Disponível em:
<www.fte.com.br/fte_artigos.php>. Acesso em: 12 jul. 2004/11:10h.
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FERREIRA, Tonico. A Semana: Inovações Tecnológicas. Jornal Nacional, Rio
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<http://jornalnacional.globo.com/semana.jsp?id=33277>. Acesso em: 13 abr.
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FRANCO, Marcelo Araújo. Ensaio sobre as Tecnologias
WWW.ipv.pt/milleniun27/15.htm: uso da informática na educação
23
PIAGET, Jean A Construção do Real na Criança, 2ª edição
WWW.inforun.insite.com.br
WWW.h3s.com.br/somos.asp
CDCHAVES.sites.uol.com.br
WWW.infocom.cbj.net
Navegar é preciso; JACK LONDON, Editora Campus,2001
As Novas Tecnologias e a Educação, JOÃO Pedro da Ponte,
24
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03.
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 07
METODOLOGIA 08
SUMÁRIO 09
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I
A INFORMÁTICA NA SOCIEDADE 11
1.1 – Universo Tecnológico 11
1.2 – A Resistência e a Tecnologia 11
1.3 – Tecnologia em Serviço Público 12
1.4 – Cotidiano Tecnológico Avançado 14.
CAPÍTULO II
TECNOLOGIA E SEU USO 16
2.1 – Empregabilidade: Um Desafio do Século XXI 16
2.2 – Corpo Docente: Formação e Capacitação 17
2.3 – Novo Educador 18
CONCLUSÃO 20
REFERÊNCIAS 22
FOLHA DE AVALIAÇÃO 24
25
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TITULO DA MONOGRAFIA:TECNOLOGIA E EDUCADOR
UM ENFOQUE NA PREPARAÇÃO DO EDUCADOR NO USO DA
TECNOLOGIA
Autor: Egas Silvino dos Santos Filhos
DATA DE ENTREGA:_______________
AVALIADO POR: MARIA ESTHER ARAUJO CONCEITO:________