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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A NECESSIDADE DE TRABALHAR E OFERECER ESTIMULOS
ESPECIAIS DE DESENVOLVIMENTO MOTOR E FUNCIONAL
AOS DEFICIENTES.
Por: Sueila Vasconcelos Aguiar
Orientador
Prof. Vilson Sérgio de Carvalho
Rio de Janeiro
2007
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
2
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Psicomotricidade.
Por: Sueila Vasconcelos Aguiar
3
AGRADECIMENTOS
A Deus por me fazer chegar até aqui e
pela conquista de mais um sonho, a
todos amigos de sala pela ajuda,
amizade e toda atenção recebida
durante o curso. Aos professores pela
confiança e presença segura,
competente e estimulante durante todo
curso.
5
RESUMO
Desenvolver o aspecto comunicativo do corpo, o que equivale dar ao
indivíduo a possibilidade de dominar o seu corpo, de economizar sua energia,
de pensar seus gestos afim de aumentar-lhes a eficácia e a estética, de
completar e aperfeiçoar seu equilíbrio, são os principais objetivos da
Psicomotricidade. Portanto, Psicomotricidade é uma técnica que se dirige, pelo
exercício do corpo e do movimento considerando o ser em sua totalidade.
Através da pratica Psicomotora, o deficiente se educa e se previne, ele supera
o mundo ou mesmo evita dificuldades em seu processo de socialização e / ou
aprendizagem que se ignoradas poderiam ter repercussões mais significativas
adiante, ao longo de sua vida.Os portadores de deficiência, terão
favorecimento na construção e no fortalecimento de sua unidade corporal e de
sua identidade, na tomada de consciência de suas limitações e , sobretudo, de
suas potencialidades, bem como a descoberta de novas possibilidades de
relação e de estar no mundo. Em se tratando do número de pessoas
portadoras de deficiência, é importante saber de que forma a Psicomotricidade
contribui na qualidade de vida dessas pessoas.
6
METODOLOGIA
Os métodos utilizados para essa pesquisa bibliográfica foram: leituras de
livros, textos, revista e pesquisas de internet sobre a Psicomotricidade,
atividades e jogos psicomotores aplicados na educação especial.
Este trabalho foi feito tendo se como recurso referências bibliográficas,
resgatando e comparando alguns conceitos básicos e teóricos importantes
tendo como objetivo demarcar a importância da Psicomotricidade na clientela
do portador de necessidades especiais, com a finalidade de aproveitar ao
máximo o potencial do individuo fazendo com que o mesmo tenha uma vida
independente e saudável junto à sociedade.
SUMÁRIO
7
INTRODUÇÃO 8 CAPITULO I A SOCIEDADE E A PESSOA PORTADORA DE DEFICIENCIA 10 CAPITULO II PSICOMOTRICIDADE 20 CAPITULO III PSICOMOTRICISTA: PROPOSTA DE TRABALHO E ATIVIDADES PSICOMOTORAS AOS DEFICIENTES 28 CONCLUSÃO 35
INTRODUÇÃO
8
Uma das principais manifestações da vida do ser humano é o
movimento, tornando-se essencial para a formação da personalidade do
individuo. A partir do movimento, o individuo cria sua imagem de corpo, seu
esquema corporal e seu elo de comunicação com o exterior, constituindo dessa
forma, sua individualidade.
Na vida dos deficientes, a Psicomotricidade está presente nos
movimentos mais simples e naturais durante as suas atividades diárias de
forma integrada proporcionando-lhes o maior e melhor número de vivências, de
modo a levá-los a descobrir que são capazes de fazer e a terem confiança
entre si.
Ao analisar aprendizagem motora dos portadores de deficiência não
podemos desconsiderar atuação de suas habilidades cognitivas (atenção,
memória, resolução de problemas, generalização da aprendizagem) durante
todo processo. As dificuldades para aprendizagem de um determinado
movimento ou tarefa dependerá da deficiência e nível de comprometimento que
o deficiente apresentará.
Através da Psicomotricidadeos alunos da Educação Especial terão
oportunidades de utilizarem suas habilidades através de atividades motoras,
jogos e etc, afim de desenvolver o máximo de suas capacidades. A
Psicomotricidade para portadores de deficiência se constituem em uma grande
área de adaptação ao permitir nas atividades especiais a participação de
crianças e jovens em atividades lúcidas adequadas as suas possibilidades,
proporcionando que sejam valorizadas e se integrem no mesmo mundo que os
demais. Assim sendo o estudo bibliográfico, foi dividido em três capítulos.
Capítulo I:
9
• Relata neste capitulo, as informações necessárias sobre a
historia de vida dos deficientes, começando nos aspectos
históricos aos dias de hoje.
Capítulo II:
• Neste capitulo pretende-se desenvolver uma abordagem
informativa e educativa sobre a Psicomotricidade,
proporcionando melhor conhecimento.
Capítulo III:
• Abordou-se neste capítulo o papel do psicomotricista, para que
tenha uma nova conduta, melhor convivência, controle sobre os
alunos nas aulas, a partir de atividades, jogos e exercícios
psicomotores na Educação Especial.
Conclusão:
• Na conclusão desse trabalho, é feita uma apresentação da
síntese do desenvolvimento das principais questões
desenvolvidas ao longo do estudo.
Referências Bibliográficas:
• Serão listadas em ordem alfabética no final da Monografia.
CAPÍTULO I
10
A SOCIEDADE E A PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA: PASSADO, PRESENTE, FUTURO.
Regressando-se ao passado, encontramos desde os povos pré-cristãos, a
exclusão social da pessoa portadora de deficiência através de atos hediondos.
Segundo ROSADAS (1991) esses povos consideravam os individuos
portadores de deficiência pessoas amaldiçoadas pelos deuses e muitos eram
exterminados com base em leis.
Citado no trabalho intitulado Pessoa com Deficiência: Reformulando Conceitos
e Valores, do Governo Municipal de Cascavel/ PR, 2003, em épocas remotas
os romanos tomavam posições drásticas: “(..) Matamos os fetos e os recém-
nascidos monstruosos se nascerem defeituosos, afogamo-los, não devido ao
ódio mas à razão, para distinguirmos as coisas inúteis das saudáveis(...)”.
No período pós-cristão, a igreja passou a receber e cuidar desses indivíduos, e
assim, surgiram as primeiras instituições de amparo à pessoa com deficiência,
caracterizando a exclusão e a segregação das pessoas portadoras de
deficiência. Atualmente, algumas tribos indígenas, ainda exterminam as
crianças que nascem com deficiência. Certamente, temos o passado pré-
cristão no presente em tais comunidades. Observando o nosso contexto social,
que ainda não atende de forma satisfatória a todos os seus membros.
Podemos destacar a dificuldade da pessoa portadora de deficiência para ter
garantido os seus direitos e a suas necessidades básicas relacionada ao
acesso a edifícios, a restaurantes, a hotéis, a pousadas, a hospitais, a escola,
as áreas de cultura, esportes e lazer, ao transporte, ao mercado de trabalho e
outros.
1.1 – Os Valores Equivocados Sobre Deficiência e Pessoa
Portadora de Deficiência:
11
Devido a valores equivocados sobre deficiência e as pessoas
portadoras de deficiência, inclusive, por parte de pessoas portadoras de
deficiência que nutrem valores equivocados ao seu próprio respeito, a
sociedade cria uma imagem irreal e, conseqüentemente, age de forma
equivocada com estas pessoas e seus familiares.
Penso, que deficiente ainda é a sociedade que necessita ser
continuamente transformada, para viabilizar a participação de todos que a
constituem. Considero necessário para a inclusão social, para uma vida com
alegria, bem estar e qualidade de vida, que a pessoa portadora de deficiência
esteja bem informada sobre deficiência, sobre a sua deficiência, que tenha
valores corretos sobre si mesma, que compreenda o contexto social ao seu
redor, que compreenda as metas para um futuro e torne-se, naturalmente de
acordo com sua individualidade, uma pessoa que possa somar nesse sentido.
A pessoa portadora de deficiência deve ser e pode assumir as
diretrizes da sua vida, escolher o seu próprio caminho e conviver de maneira
saudável e produtiva em sociedade, compreendendo e sendo compreendida,
auxiliando e sendo auxiliada, crescendo e fazendo crescer.
1.2 - Pessoas e Deficiência:
(...) “Refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma,
total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal,
em decorrência de uma deficiência congênita ou não, em suas capacidades
físicas ou mentais”. ( Declaração do Direito das Pessoas Deficientes- ONU,
1975).
A deficiência física refere-se ao comprometimento do aparelho
locomotor que compreende o sistema ósteo- articular, o sistema muscular e o
12
sistema nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas
isoladamente ou em conjunto,podem produzir quadros de limitações físicas de
grau e gravidade variáveis, segundo (s) segmento (s) corporais afetados e o
tipo de lesão ocorrida.
Encontramos em nossa sociedade para fazer referência à pessoa com
alguma deficiência, terminologias tais como aleijado, paralítico, cocho, manco,
(para pessoas com deficiência físicas), excepcional, retardado, débil mental,
idiota( para pessoa com deficiência mental ), surdo-mudo, mudo ( para pessoa
com surdez), cego (para pessoa com deficiência visual), invalido e deficiente
para todas as pessoas com alguma deficiência.
Ressaltando a importância de utilizarmos essa terminologia de forma
integral; sem cortes, pois se excluirmos a pessoa portadora, estaremos
repetindo o mesmo erro. Isto é, estaremos nos referindo à deficiência e não “ o
portador “ ou “ portador de deficiência “, afinal, antes da deficiência existe uma
pessoa. A deficiência pertence a alguém e não a si mesma. Em primeiro lugar,
devemos enxergar a pessoa e, posteriormente, a sua deficiência.
1.3 – Os diferentes tipos de Deficiência:
• Deficiência Física:
Para CARMO (1991),as pessoas com esse tipo de deficiência
ressentem-se de uma variedade de condições neurossensoriais que
as afetam em termos de mobilidade de coordenação motora geral
ou da fala com decorrência de lesões nervosas neuro musculares e
ossteoarticulares ou ainda de má formação congênita ou adquirida.
Estas pessoas, dependendo dos casos, conseguem movimentar-se
13
com ajuda de prótese, cadeira de rodas ou outros aparelhos
auxiliares.
• Deficiência Mental:
“Refere-se a padrões intelectuais reduzidos, apresentando
comprometimentos de nível leve, moderado, severo e profundo,
além de inadequação de comportamento adaptativo, tanto maior for
o grau de comprometimento. Gera comprometimentos de nível
pessoal com diminuição da autonomia e da independência; bem
como a nível familiar, constituindo-se num fator de
comprometimento das relações intrafamiliares e numa carga
econômica, além de demandar cuidados e investimento econômico
sob o ponto de vista social.” (AAMD- Associação Americana de
Deficiência Mental)
• Deficiências Múltiplas:
“Quando a pessoa apresenta conjuntamente duas ou mais
deficiência. Na deficiência múltipla, como o indivíduo apresenta
duas ou mais deficiências primárias - mental, visual auditiva e
motora - ocorrem comprometimento que acarretam atrasos no
desenvolvimento global e na capacidade adaptativa”.(AVAPE -
Associação para valorização e Promoção de Excepcionais).
• Deficiência Visual:
Segundo dados do Instituto Benjamim Constant: “é a perda ou
redução da capacidade visual em ambos os olhos em caráter
definitivo, que não possa ser melhorada ou corrigida com o uso de
lentes ou tratamentos. Existem também pessoas com visão
subnormal, cujos limites variam com outros fatores como: fusão,
14
visão cromática, adaptação ao claro e escuro, sensibilidade a
contrastes, etc”.
• Deficiência Auditiva:
Segundo dados da (AME - Associação de Amigos Metroviários dos
Excepcionais): “É o nome usado para indicar audição ou diminuição
da capacidade de escutar os sons”. Entre as várias deficiências
auditivas existentes, há as que podem ser classificadas como
condutiva, mista ou neurossensorial. A condutiva é causada por um
problema localizado no ouvido externo e/ou médio, que “conduz” o
som até o ouvido interno. Esta deficiência, em muitos casos, é
reversível e geralmente precisa apenas de cuidados médicos.
Quando é uma lesão no ouvido interno, há uma deficiência que
recebe o nome de neurossensorial. Ela faz com que as pessoas
escutem menos e também tenham maior dificuldade de perceber ad
diferenças entre os sons. A Deficiência Auditiva mista ocorre
quando há perdas auditivas numa mesma pessoa.
Um grande número de pessoas em todo o mundo tem algum tipo de
deficiência física, mental ou sensorial, que limita sua habilidade para as
atividades diárias. O IBGE, através do CENSO2002, afirmou que 14,5% da
população brasileira é portadora de deficiência.
Ressaltando a importância de utilizarmos essa terminologia de forma
integral; sem cortes, pois se excluirmos a pessoa portadora, estaremos
repetindo o mesmo erro. Isto é, estaremos nos referindo à deficiência e não a
pessoa. Portanto, neste caso, deveríamos utilizar pessoa portadora de
deficiência e não “o portador” ou “ portador de deficiência”, afinal, antes da
deficiência existe uma pessoa. A deficiência pertence a alguém e não a si
15
mesmo. Em primeiro lugar, devemos enxergar a pessoa e, posteriormente, a
sua deficiência. Deficiência não existe sem o homem.
São por essas e outras razões que devemos selecionar nosso
vocabulário e termos constante vigilância no seu uso pois nossas palavras
transmitem idéias, sentimentos, e produzem ações e reações.Influenciam para
auxiliar ou prejudicar o processo de transformação de valores equivocados
sobre deficiência e pessoa com deficiência.
1.4 - Características das deficiências:
De acordo com Bobath (1979), a Paralisia é um problema de origem
física ou mental que se caracteriza pela perda total ou parcial do movimento.
Podem ser congênitas ou adquiridas, flácida ou espástica. Um tipo clássico de
paralisia flácida é a poliomielite ( paralisia infantil), onde os centros nervosos
são atingidos pelo vírus da poliomielite. Diminuição da motricidade podendo ir
até perda total dela que atinge um ou mais regiões do corpo; de origem
orgânica( lesão do sistema nervoso); ou funcional( sem lesão do sistema
nervoso); central( centros nervosos superiores atacados).
Rosadas (1991), afirma que se dedicou aos portadores de deficiência
ao pesquisar sobre as características das deficiências:
• ATETOSE:
Presença de movimentos involuntários e descontrolados, oriundos
da lesão cerebral, apresentando também rápidas modificações da
16
tenção muscular. Os músculos contraídos demonstram alto grau de
espamos. È geralmente ocasionada por interrupção de
retroalimentação dos gânglios basais, tálamo e córtex cerebral.
• CORÉIA:
Síndrome resultante da lesão de gânglios da base, promovendo
contrações descontroladas, de diversos grupos musculares.
Bloqueia a sucessão normal de movimentos promovendo uma
integração parcial e confusa de diversos movimentos resultando
patologicamente uma lesão difusa do corpo estriado.
• ATAXIAS:
Apresentação de movimentos inconstantes, que se tornam trêmulos e
inseguros, com perturbações na área do equilíbrio. Anormalidade
clínica do cérebro - o córtex transmite aos músculos diversos impulsos
para a realização de determinada função motora e que são
automaticamente corrigidos pelo cérebro. A interrupção deste processo
é a causa das diversas ataxias.
• EPILEPSIA:
Doença com manifestações súbitas e inesperadas, que podem vir
acompanhadas por convulsões e distúrbios de consciência, freqüente
entre hemiplégicos e tetraplégicos. Caracteriza-se por atividades
descontroladas e excessivas de uma parte do sistema nervoso central
ou de todo ele. A duração de um ataque de epilepsia é imprevisível,
sendo acompanhado quase sempre de uma depressão posterior. A
17
epilepsia provoca geralmente o estrabismo, perturbação na fala e na
audição.
• SINDROMW DE DOWN:
Anomalias de crianças do cromossomo 21, mas conhecida como
mongolismo, devido a proximidade de aparência com os mongóis.
Doença congênita que se caracteriza por apresentação de pálpebras
oblíquas, nistágmo, orelhas pequenas, nariz pequeno, pescoço largo,
mãos e dedos curtos, pênis pequeno, adiposidade, déficit mental,
problemas respiratórios e movimentação lerda. As crianças
mongolóides, apresentam-se geralmente dóceis e interessadas no
aprendizado, mas mostram-se inseguras, principalmente em relação às
irregularidades do solo e altura.
Características gerais: ambos os sexos são afetados igualmente,
homens são estéreis e mulheres são férteis.
• RAQUITISMO:
Doença do metabolismo causada por deficiência de vitamina”D”. O
raquitismo pode apresentar-se precoce: as crianças pequenas, e tardio:
em crianças maiores de cinco anos, caracterizando-se principalmente
pela desmineralização óssea. Manifesta-se, no processo por lesões a
nível de crânio, tórax e ossos das extremidades, ocasionando
posteriormente deformidades posturais como o genu-varum e o genum-
valgum.
• OBESIDADE:
Adposidadade excessiva. Sua origem pode ser de fatores hormonais,
genéticos(dominando o fator endomorfo do somatótipo); conduzindo hábitos
sedentários, e digestão demasiada de alimentos. Pode apresentar-se também
18
com características endógenas, decorrendo de anomalias no funcionamento de
alguns órgãos principalmente da glândula tireóide e certamente da hipófise, da
supra-renal e do hipotálamo.
O aumento progressivo do percentual de gordura pode provocar
complicações mecânicas quanto metabólicas.
• DEFICIÊNCIA MENTAL:
Desenvolvimento insuficiente da capacidade intelectiva. Os deficientes
mentais podem ser divididos em três grupos: dependentes, treináveis e
educáveis. Os dependentes necessitam de atenção permanente pois
são incapazes de associar algum fato e muitos até de emitir algum tipo
de linguagem expressiva, senão aquela rudimentar. Os treináveis são
capazes de, se treinados, realizar com certo condicionamento algum
tipo de atividade comum. Os educáveis podem perfeitamente receber
educação especial e alguns até alcançar as escolas de ensino regular.
• HIDROCEFALIA:
Dilatação dos ventrículos cerebrais, por um excesso de líquido
cefalorraquitidiano (LCR).
A hidrocefalia pode ser – passiva nas atrofias, o cérebro atrofiado - o
líquido cefalorraquitidiano invade o espaço vazio ou ativa pela
impossibilidade do LCR, produzido ao nível do encéfalo, ser escoado
normalmente pelas vias naturais. Aumenta então, o perímetro craniano.
• AUTISMO:
Fenômeno psicológico caracterizado pela tendência a se olhar do
mundo exterior e a ensimesmar-se; Caracterizado pelo desligamento
da realidade exterior e criação mental de um mundo autônomo;
19
Desinteresse quase total pela realidade, como refúgio no eu profundo e
recusa de todo qualquer contato com as coisas e com seres exteriores.
Na sua fase mais grave, o autismo é um dos grandes sintomas de
esquisofrenia.
CAPITULO II
PSICOMOTRICIDADE
2.1- O que é Psicomotricidade?
A psicomotricidade, nos seus primórdios, compreendia o corpo nos seus
aspectos neurofisiológicos, anatômicos e locomotores, coordenando-se e
20
sincronizando-se no espaço e no tempo, para emitir e receber significados.
Hoje, a psicomotricidade é o relacionar-se através da ação, como um meio de
tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser
natureza e o ser sociedade. A psicomotricidade está associada à afetividade e
à personalidade, porque o indivíduo utiliza seu corpo para demostrar o que
sente, e 0uma pessoa com problema motores passa a apresentar problemas
de expressão.
Fonseca (1988),comenta que a psicomotricidade é atualmente concebida como
a integração superior da motricidade,produto de uma relação intelegível entre
criança e meio. É um instrumento privilegiado através do qual a consciência se
forma e se materializa.
2.2- Conceitos de Psicomotricidade
Diversos autores apresentam conceitos relacionados à psicomotricidade. Para
Jean Lê Boulch (1991), a educação psicomotora é uma ação pedagógica
psicológica que utiliza meios da educação física com o fim de normalizar ou
melhorar o comportamento da criança.
Segundo Jean Claude Coste (1978), é a ciência encruzilhada, onde se
cruzam e se encontram múltiplos pontos de vista biológicos, psicológicos,
psicomotores, sociológicos e lingüísticos.
Para Jean de Ajuriaguerra (1970), é a ciência do pensamento através do
corpo preciso,econômico e harmonioso.
E Sidirley de Jesus Barreto (2002) afirma que é a integração do indivíduo,
utilizando, para isso, o movimento e levando em consideração os aspectos
relacionais ou afetivos, cognitivos e motrizes. É a educação pelo movimento
consciente, visando melhorar a eficiência e diminuir o gasto energético.
21
Segundo a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (2000), a
psicomotricidade “ é a ciência que estuda o homem através do seu corpo em
movimento em relação ao seu mundo interno e externo e de suas
possibilidades de perceber, atuar e agir com o outro, com os objetivos e
consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é
origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas”.
“ A Psicomotricidade consiste na unidade dinâmica das atividades, dos gestos,
das atitudes e posturas, enquanto sistema expressivo, realizador e
representativo do “ser -em- ação” e da “coexistência” com outrem “. (Jacques
Chazaud,1976).
De acordo com o Ministério da Educação e do Desporto (MEC) e a Secretaria
de Educação Especial (MEC/SEE, 1993), a psicomotricidade é a integração
das funções motrizes e mentais, sob o efeito do desenvolvimento do sistema
nervoso, destacando as relações existentes entre a motricidade, a mente e a
afetividade do indivíduo.
Perceber o seu desenvolvimento maturacional, foi uma das conquistas da
psicomotricidade até chegar na posição atual como relata BUENO (1989),
“ultrapassar os problemas motores e trabalhar também a relação entre o gesto
e a afetividade e qualidade de comunicação por indivíduos dos mesmos”.
A partir das afirmações acima sobre o que é psicomotricidade é possível
entender que a Psicomotricidade envolve toda a ação realizada pelo indivíduo,
que represente suas necessidades e permitem sua relação com os demais. É
a integração psiquismo-motricidade.
De uma maneira estática, a motricidade pode ser definida como resultado da
ação do sistema nervoso sobre a musculatura, como resposta à estimulação
22
sensorial. Enquanto o psiquismo poderia ser considerado como o conjunto de
sensações, percepções, imagens, pensamentos, afeto, etc.
2.3 - Psicomotricidade e o Deficiente: A psicomotricidade vem sendo mais utilizada, na tentativa de usufruir ao
máximo do movimento permitindo ao menos dotado a possibilidade de
perceber, entender, vivenciar, dominar, interiorizar e aproveitar as experiências
psicomotoras, normalizando sua conduta.
Foi no passado e está sendo no presente esta a visão psicomotora dos
profissionais. Perceber o indivíduo como um todo, e principalmente entender
que ele é um ser único e com características emocionais marcadas pelo seu
interno e também pelo seu externo. A Sociedade de Psicomotricidade luta a
cada dia para que os profissionais possam atuar de forma consciente e bem
estruturada.
A prática da psicomotricidade na vida dos deficientes é de muita importância.
Através desta prática, estes alunos poderão realizar experiências com o próprio
corpo, sendo indispensável no desenvolvimento das funções mentais e sociais.
Vivenciando ludicamente suas emoções para que se desenvolvam
psicomotoramente de maneira equilibrada. Pouco a pouco, desenvolverá
também a confiança deles em si mesmo e melhor conhecimento de suas
possibilidades e limites, condições necessárias para uma boa relação com o
mundo.
Segundo Bagatini (1992), o trabalho da Psicomotricidade aplicada a Educação
Especial, tem como objetivo principal, oferecer a cada aluno oportunidade de
experimentar a alegria do movimento e desenvolver sua habilidade corporal e
expressiva, a partir de uma conscientização do seu próprio corpo. Além do
caráter expressivo este trabalho enfoca também o desenvolvimento dos
23
aspectos psicomotores, que vão sendo descobertos e conquistados através do
corpo durante as aulas de Psicomotricidade.
2.4- Áreas Psicomotoras: A Psicomotrcidade desenvolve tanto o lado físico como o intelectual e assim
estrutura o emocional. O estudo da psicomotricidade, se da em áreas e são
várias as classificações e as terminologias utilizadas para dominar as funções
psicomotoras. De qualquer forma os conceitos são basicamente os mesmos; o
que muda é a forma de classificar e agrupar estes conceitos.
• IMAGEM CORPORAL
A imagem corporal diz respeito aos sentimentos do individuo em relação á
estrutura de seu corpo como a bilateralidade, dinâmica e equilíbrio corporal. As
relações entre o corpo e os objetos situados no espaço ao seu redor referem-
se aos conceitos direcionados ao individuo e a consciência de si próprio e do
desempenho do que ele cria no espaço.
Ajuriaguerra (1974) entende que é o saber pré-consciente a respeito do seu
próprio corpo e de suas partes, permitindo que o sujeito se relacione com
espaços, objetos e pessoas que a cercam.
• ESQUEMA CORPORAL
Yane (1994) entende que é a representação mental inconsciente que fazemos
do nosso próprio corpo formada a partir do momento em que este corpo
começa a ser desejado e, conseqüentemente a desejar e a ser marcado pro
uma historia singular e pelas inscrições materna e paterna.
24
É evidente que cada individuo vai adquirindo gradativamente uma noção a
respeito de si mesmo. Auto identifica-se, vai se conhecendo mais e mais, e
nesse conhecimento participativa e, preponderantemente, a imagem de próprio
corpo.
É a noção ou conhecimento do próprio corpo, que não se realiza de forma
instantânea, vai sendo adquirida gradativamente, num longo processo, que vai
desde o nascimento até a idade adulta.
• COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL
Alves (2005) explica que a coordenação motora global evolui movimentos
amplos com todo corpo, e desse modo, coloca grupos musculares diferentes
em ação simultânea, com vista à execução de movimentos voluntários mais ou
menos complexos.
A coordenação contribui também na elaboração do esquema corporal,
necessitando de uma perfeita harmonia de jogos musculares em repouso e em
movimento.
• EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO
Reúne um conjunto de aptidões estáticas estática (sem movimento) e dinâmico
(com movimento), abrangendo o controle postural e o desenvolvimento das
aquisições de locomoção.
Martins (2001) diz que o equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de equilíbrio
conseguido em determinada posição, ou de apresentar a capacidade de
manter certa postura sobre uma base. Já o equilíbrio dinâmico é aquele
conseguido com o corpo em movimento, determinando sucessivas alterações
da base de sustentação.
25
• TONICIDADE
Consideramos que a força muscular que o aluno vai adquirindo devido as
atividades realizadas no dia a dia.
Fosneca (2001) diz que a atenção fisiológica dos músculos que garantem
equilíbrio estático e dinâmico, coordenação e postura em qualquer posição
adotada pelo corpo, esteja ele parado ou em movimento. É o ato de tonificar-
se, fortalecer-se, robustecer. É a qualidade ou condição de tônico.
A tonicidade, que indica o tono muscular tem um papel fundamental no
desenvolvimento motor, ela que garante as atitudes, posturas, as mímicas, as
emoções, de onde emergem todas as atividades motoras humanas.
• LATERALIDADE
Nascimento (1986) explica que a lateralidade traduz-se pelo estabelecimento
da dominância lateral da mão, olho e pé, do mesmo lado do corpo.
A lateralidade corporal se refere ao espaço interno do individuo, capacitando-o
a utilizar um lado do corpo com maior desembaraço.
O que geralmente acontece é a confusão da lateralidade com a noção de
direita e esquerda, que está envolvida com o esquema corporal. A criança pode
ter a lateralidade adquirida, mas não saber qual é o seu lado direito e
esquerdo, ou vice-versa. No entanto, todos os fatores estão intimamente
ligados e quando a lateralidade não esta bem definida é comum ocorrerem
26
problemas na orientação espacial, na discriminação e na diferenciação entre os
lados do corpo e incapacidade de seguir a direção gráfica.
• ORGANIZAÇÃO ESPAÇO TEMPO
É a capacidade de orientar-se adequadamente no espaço e no tempo. Para
isso, é preciso ter boa noção de perto, longe, em cima, embaixo, dentro, fora,
ao lado de, antes, depois e ect...
Segundo Alves(2005) essa organização é importantíssima no processo de
adaptação do individuo ao ambiente, já que todo corpo animado ou inanimado,
ocupa necessariamente um espaço em um determinado momento.
A organização – temporal corresponde à organização intelectual do meio e esta
ligado à consciência, à memória, e às experiências vivenciadas pelo individuo.
• RITMO
Diz respeito a movimentação própria de cada um. Ritmo lento, moderado,
acelerado, cadenciado. Noção de duração e sucessão, nos diz respeito a
percepção dos sons no tempo. Engloba atividades e noções bem distintas.
• PERCEPÇÃO
A percepção está ligada à atenção, à consciência, à memória. Os estímulos
que chegam até nós provocam uma sensação que possibilita a percepção e a
discriminação.Primeiramente sentimos, através dos sentidos: tato, visão,
audição, olfato e gustação. Em seguida, percebemos, realizamos uma
27
mediação entre o sentir e o pensar. E, por fim, discriminamos, reconhecemos
as diferenças e semelhanças entre estímulos e percepções.
CAPÍTULO III
PSICOMOTRICISTA: PROPOSTAS DE TRABALHO E
ATIVIDADES PSICOMOTORAS AOS DEFICIENTES
3.1- O Papel do Psicomotricista:
O trabalho da psicomotricidade é da mais valiosa função, pois a
psicomotricidade serve como ferramenta para todas as áreas psicomotoras de
estudo voltadas para a organização afetiva, motora, social e intelectual do
indivíduo acreditando que o homem é um ser ativo capaz de se conhecer cada
vez mais e de se adaptar às diferentes situações e ambientes.
Na vida dos deficientes não é diferente, o psicomotricista deverá abordar os
aspectos principais do desenvolvimeto psicomotor de acordo com a deficiência
desse aluno. A partir daí, ele terá condições de estimular o deficiente, do ponto
de vista da linguagem, da inteligência e do corpo de forma equilibrada.
28
Segundo a Sociedade de Psicomotricidade, o psicomotricista é o profissional
da área da saúde e educação que pesquisa, avalia, previne e trata do homem
na aquisição, no desenvolvimento e nos transtornos da integração somato-
psíquica e da retrogênese.
Para Costa (1998), é de extrema importância que o psicomotricista estabeleça
critérios especias de tratamento e defina os padrões a serem atingidos por
esses alunos. Cabe a ele, conhecer a necessidade, os interesses e as
possibilidades de cada aluno portador de deficiência. É preciso considerar as
peculiaridades de cada população associada ás estratégicas que serão
utilizadas.
Holle (1979),entende-se que o desenvolvimento motor das pessoas portadoras
de deficiência, requer o auxílio constante do professor, através da estimulação
na aula. As aulas promovem o aumento do vocabulário e de movimento da
criatividade, da habilidade corporal e da consciência expressiva o que lhes
tornará seres humanos mais alegres, criativos e expressivos.
O psicomotricista pode ajudar e muito, em todas os níveis, na estimulação do
desenvolvimento cognitivo e para o desenvolvimento de aptidões e habilidades,
na formação de atitudes através de uma relação saudável e estável e,
sobretudo, respeitando e aceitando o deficiente do jeito que ele é.
3.2-Exercícios, Atividades e Jogos Psicomotores:
Alguns exercícios,atividades e/ou jogos serão apresentados com o objetivo de
proposta de trabalho para que sejam atribuídos no desenvolvimento da
psicomotricidade aplicada aos deficientes e também com a intenção de
29
fornecer ao psicomotricista mais um instrumento que facilite e enriqueça suas
intervenções junto aos indivíduos.
Certas atividades, podem ser trabalhadas usando matérias simples, ou até
mesmo confeccionados. O mais diversificado possível como: bolas, bastões,
corda, bambolês, pneus, colchões de espuma, latas, panos coloridos, etc...
Natural de preferência e, quando inviável, utilizar o de fabricação caseira.
As atividades propostas devem ser executadas em ambientes límpidos,
harmoniosos e com muita alegria. Assim devem ser estimuladas no cotidiano
do aluno, de maneira agradável e prazerosa, para que seu corpo, seu
organismo possa adquirir naturalidade nos seus movimentos.
Para desenvolver o Esquema Corporal:
-Mímica;
-Esculturas;
-Nomear partes do corpo, do corpo do colega, do corpo dos bonecos;
-Juntar partes do corpo de um boneco num quebra-cabeça;
-Adivinhação: O que é, o que é:
Que fica em cima do pescoço? Ou Que fica entre os olhos e a boca?
O aluno tenta adivinhar, nomeando a parte do corpo, apontando-a ou
movimentando-a;
- Ao som da música, todos alunos devem passear pela sala: ao cortar a
música, o professor deverá dizer: “- Passando pela floresta encontrei
com um animal” e ao falar o nome desse animal, os alunos deverão
imita-los.
- Para desenvolver a Tonicidade:
-Atividades com bambolês e a brincadeira da Corrida do saco, têm a finalidade
de aumentar no Tônus;
-Circuitos têm a finalidade de normalizar o Tônus;
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-Carrinho de mão, tem a finalidade de aumentar o Tônus de Membros
Superiores;
- Atividades com a bola Suíça faz aumentar o Tônus global;
- Brincar com massinha e argila, faz aumentar o Tônus específico das
mãos para a motricidade fina.
Para desenvolver a Orientação temporal:
- Andar devagar até o fim da sala;
- Andar depressa, voltando ao ponto de partida;
- Andar devagar e depois correr uma mesma distância demarcada no
pátio;
- Correr, bater palmas, com ritmo, dentro de um espaço de tempo, em
situações relacionadas com: Lançamentos de bolas, pequenas e
grandes, em caixas de diversos tamanhos, cesta de basquete ou
círculos desenhados no chão/ saltos e transposição de obstáculos/
marchas em equilíbrio (em bancos, linhas,etc).
Para desenvolver a Orientação Espacial:
- Pedir para andar pelo ambiente, explorando-o, primeiro com os olhos
abertos e depois com os olhos fechados;
- Jogar amarelinha;
- Montar quebra-cabeça;
- Obedecer ordem como: colocar o lápis em cima da mesa, a caneta
dentro do estojo, a mochila embaixo da cadeira e etc.
Para desenvolver o Equilíbrio:
- Andar sobre a corda de sisal, de frente e de costas;
- Andar numa trave de madeira, rente ao chão, de frente e depois de
costas;
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- Pular amarelinha e pular nas pontas dos pés também;
- Pular igual ao saci;
- Pular elástico;
- Andar sobre um trilho;
- Andar segurando objetos;
- Desafios como: Ultrapassar o banco sueco envertido em toda sua
extensão;
- Ultrapassar diversos objetos de diferentes sentidos e alturas;
- Atividades como: escalar, andar de skate, ciclismo, ginástica de solo,
capoeira, dança, entre outras.
Para desenvolvera Coordenação Motora:
- Marchar batendo palmas;
- Andar, correr, pular, dançar, subir, jogar;
- Saltar;
- Relaxar e tensionar partes do corpo;
- Chutar bolas de diferentes tamanhos e pesos;
- Engatinhar para frente e para trás, passando sobre obstáculos, por
baixo de mesas e cadeiras, sobre caminhos marcados no chão;
- Sentar-se, sentar e levantar;
- Atividades como: Lance-livre, Tiro-ao-alvo, Arco-e-flecha e Boliche,
desenvolvem a Coordenação Visiomotora.
Para desenvolver a Motricidade Fina:
- Escrever;
- Desenhar, colar e pintar;
- Perfurar, dobrar;
- Modelar massinha e argila;
- Tocar piano ou outro instrumento de teclado;
- Recortar com o dedo e com tesoura;
- Realizar trabalhos com objetos pequenos como: pinça e alicate de unha;
- Amarrar o cordão do sapato;
32
- Escolher arroz e feijão;
- Montar quebra-cabeça;
- Rasgar e amassar vários tipos de papel;
- Encher uma caixa de fósforo com seus respectivos fósforos.
Para desenvolver a Percepção:
- Selecionar diversos objetos, como: varinha de madeira, blocos, fichas de
jogos e botões. Distribuir esses materiais em diversos recipientes, como
latinhas de biscoito. Fazer com que os alunos percebam os objetos;
- De olhos abertos e/ou fechados, sentir com dedos e pés, objetos
diferentes. E com as mãos, sentir as pessoas e seu próprio corpo;
- Experimentar coisas que têm e que não têm gosto;
- Provar alimentos em diferentes temperaturas, sabores e teores;
- Experimentar odores fortes e fracos, agradáveis e desagradáveis em
materiais como: perfumes, sabonete, flores,café,álcool;
- Buscar reconhecimento de objetos, alimentos e etc., através de seus
cheiros característicos.
- Identificar e imitar sons e ruídos produzidos por animais e fenômenos da
natureza;
- Identificar cores diversas;
- Agrupar objetos de acordo com suas cores e/ou formas;
- Separar objetos altos e baixos, curtos e compridos, finos e grossos,
largo e estreitos, cheio e vazios.
Para desenvolver a Lateralidade:
- Colocar mãos desenhadas sobre o contorno de mãos desenhadas pela
parede, direita sobre direita, esquerda sobre esquerda;
- Colocar pés sobre o contorno de pés desenhados pelo chão, direita
sobre direita, esquerda sobre esquerda;
- Catar os grãos de feijão com as pontas dos dedos e separá-los para os
dois diferentes lados;
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- Propor atividades simples do dia a dia como:cortar, pinatar, escrever ,,
lançar,arremessar, entre outras, com o objetivo de trabalhar não só o
lado dominante do seu corpo, fazendo-o perceber e entender que o
corpo trabalha total e conscientemente na efetivação do movimento.
Para desenvolver a Relaxação:
- O professor irá usar a sua imaginação e é necessário que tenha música
e de preferência, que seja instrumental. Ao começar a música é só
orientar aluno, a se fazer relaxar. Pode-se propor para tirar os sapatos,
fechar os olhos e ficar em silêncio.
- Uma forma de variar este relaxamento seria: contar uma história ou
cantar uma música.
- O psicomotricista poderá adaptar quase todas as atividades e
exercícios de volta á calma, a estes alunos especias que aqui foram
citados e estudados.
Alguns exercícios podem adaptar-se a essas espécieis de deficiência aqui
citada, porque entende-se que o corpo, se exigido e movimentado,
normalmente dá o correspondente retorno.
As atividades psicomotoras contribuem para o desenvolvimeto psicomotor de
acordo com os objetivos estipulados pelos psicomotricistas, respeitando as
ordens afetivas, cognitivas, e motoras das mesma.
Naturalmente, em se tratando dos alunos Portadores de Deficiência, a
Psicomotricidade visa elevar a qualidade de vida, que objetiva integrá-los na
sociedade.
CONCLUSÃO
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Esta pesquisa se propôs a examinar alguns tópicos em torno dos “tipos de
deficiência” e as contribuições que a psicomotricidade poderia dar no sentido
de desenvolver aspectos motores, cognitivos e afetivos dos Portadores de
Necessidades Especiais, ou seja, aperfeiçoar e trabalhar o desenvolvimento
motor e funcional desses indivíduos através das atividades psicomotoras.
Relata a importância do conhecimento de algumas características de certos
tipos de deficiência, para que não surpreenda nenhum psicomotricista em suas
atividades, assim contribuindo para uma maior segurança desses alunos.
Observa que os desenvolvimentos psicomotores dos Indivíduos Portadores de
Deficiência são diferentes à de um individuo “normal”, leva um tempo maior
pois esses alunos apresentam dificuldades de entender o significado dos
conceitos de: esquema corporal, postura , lateralidade, estruturação espaço –
temporal, dificuldades motoras em relação ao deslocamento e ao equilíbrio.
Mas não deixa de ser um avanço significativo no desenvolvimento e na
aprendizagem.
Essas dificuldades vão sendo trabalhadas e estimuladas pelos
psicomotricistas, através dos exercícios psicomotores que têm objetivo, gerar
nesses alunos a necessidade de explorar objetos a sensações que o corpo
proporciona. Com isso o progresso de cada aula e o desempenho durante seu
dia a dia são compensadores para os profissionais, que acreditam na pratica
psicomotora, na obtenção de resultados.
35
BIBLIOGRAFIA
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26 - YANE,Z, Zulema Garcia. Psicomotricidade e seuas conceitos
fundamentais: Esquema e imagem corporal. Conferência proferida na III
Jornada de Psicomotricidade. Porto Alegre, 1994.
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
38
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 10
CAPÍTULO II 20
CAPÍTULO III 28
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
ÍNDICE