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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÃNCIA DO FEEDBACK NO DESENVOLVIMENTO
EMPRESARIAL
Por: SÍLVIA CRISTINA SOUZA DE JESUS GONÇALVES
Orientadora
Profª: FABIANE MUNIZ
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK DO FEEDBACK NO
DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Recursos Humanos.
Por: Sílvia Cristina Souza de Jesus Gonçalves
3
AGRADECIMENTOS
Meus agradecimentos a
Deus, por ter me
sustentado me ajudando a
chegar até aqui, a minha
família, pelo o apoio
necessário, aos cole- gas
de classe por todos os
momentos que vivenciamos
juntos e, a todos que me
ajudaram com seu apoio e
confiança de que eu seria
4
capaz de conseguir.
Obrigada...
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha fa-
mília, Luiz Carlos, Tamires e
Thiago, pelo carinho e
compreensão pela ausência
necessária para que isto fosse
possível.
5
6
RESUMO
O objetivo deste trabalho é propor uma reflexão sobre a
importância do feedback para o crescimento pessoal e grupal e,
também para o desenvolvimento empresarial.
Com base nestas dificuldades que impedem aos gestores de
utilizarem esta ferramenta, proporemos analisar a importância do
feedback para o crescimento pessoal e o desenvolvimento da
empresa, as dificuldades de utilização desta ferramenta e, as
possíveis formas de aplicação de métodos capazes de facilitar o
manuseio deste instrumento, a fim de promover o crescimento de
seus colaboradores, repercutindo assim, positivamente, na
organização, propondo, também, pensarmos juntos em meios que
possam nos ajudar a lançar mão satisfatoriamente deste
instrumento que é ao mesmo tempo simples, mas de difícil
utilização.
Assim serão analisados os principais tipos de feedback e,
qual a sua importância para influenciar mudanças positivas ou
negativas na dinâmica de uma equipe de trabalho.
E, por fim, concluir o quanto a utilização do feedback
corretamente pode ser eficaz para o desenvolvimento não só do
7
profissional, o colaborador, mas para toda uma organização
empresarial.
METODOLOGIA
O desenvolvimento do trabalho proposto se deu através de
apurado levantamento bibliográfico, como livros, artigos e revistas,
para a consolidação desta pesquisa.
A Biblioteca Nacional, no setor de Acervo Geral, foi um dos
lugares onde se deu grande parte do manuseio do material
levantado. Também a biblioteca da universidade Candido Mendes
(Unidade Méier), colaborou com seu acervo para que este trabalho
fosse confeccionado. E, finalizando sites de consulta da internet
também deram suas contribuições par este desenvolvimento.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Conceito e Tipos de Feedback 11
CAPÍTULO II - Dificuldades de Utilização 19
CAPÍTULO III – Utilização da Ferramenta Feedback 28
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 44
9
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é propor a todos os que tratam com
pessoas nas diversas áreas do relacionamento, a utilizarem a
eficácia da ferramenta feedback para proporcionar crescimento,
interação e o melhoramento das relações, principalmente, no
âmbito empresarial.
Ao observar que o referido tema tem sido alvo de pesquisas
para saber a respeito do que pensam os gestores brasileiros e,
como estes utilizam o feedback para motivar sua equipe, constatou-
se a dificuldade apresentada para o manuseio do instrumento
feedback, que, na maioria das vezes, é utilizado apenas ao término
do processo de avaliação de desempenho, quando o gestor
convoca seu liderado para uma conversa a fim de apresentar-lhe de
forma bem reduzida todo um processo de atos, ações, erros e
acertos em seu dia-a-dia no trabalho.
O referido tema tem sido alvo de trabalhos de pesquisa,
demonstrando o despreparo dos gestores nos mais diversos níveis
hierárquicos em utilizar o feedback para estimular e desenvolver
suas equipes. Alguns trabalhos recentes revelaram que noventa
por cento dos gestores das empresas brasileiras reconheceram que
não sabem dar feedback, embora compreendam que tal prática é
10
importante para motivar e desenvolver seus funcionários.
Constataram ainda, que cerca de cinqüenta e sete por cento dos
subordinados declararam que se sentiram mais motivados se
recebessem feedback positivo.
Quando um funcionário faz um bom trabalho, você é capaz de
reconhecer seu bom desempenho, elogiando sua atuação? Ou
quando ele faz algo que desaprova, você esclarece o que está
errado ou apenas o repreende?
Richard L. Williams , em seu livro “Preciso saber se estou
indo bem” (Rio de Janeiro; Sextante, 2005), aborda que a
importância de se oferecer feedback e/ou o mau uso dele, pode
dificultar em muito nossas relações seja no âmbito profissional,
familiar e, nas diversas áreas que envolvem relacionamentos
interpessoais, já que ele tem um papel central na nossa vida,
regendo nossos esforços e estímulos.
Segundo o autor, quando não damos nenhum retorno a uma
pessoa, além de sentir os resultados dessa rejeição, ela pode
realmente reagir com baixa produtividade e/ou comportamento
inadequado. Desta forma, sugere o autor que, se sua equipe não
está produzindo como deveria ou se você detecta comportamentos
inapropriados, é possível que a causa subjacente seja a qualidade
e/ou a quantidade de feedback que os colaboradores estão
recebendo, provavelmente de você.
11
Com base nestas dificuldades que impedem aos gestores de
utilizarem esta ferramenta, proporemos analisarmos a importância
do feedback para o crescimento pessoal e o desenvolvimento da
empresa, as dificuldades de utilização desta ferramenta e, as
possíveis formas de aplicação de métodos capazes de facilitar o
manuseio deste instrumento, a fim de promover o crescimento de
seus colaboradores, repercutindo assim, positivamente, na
organização, propomos pensarmos juntos em meios que possam
nos ajudar a lançar mão satisfatoriamente deste instrumento que é
ao mesmo tempo simples mas também, de difícil utilização.
Assim serão analisados os principais tipos de feedback e,
qual a sua importância para influenciar mudanças positivas ou
negativas na dinâmica de uma equipe de trabalho.
E, por fim, concluir o quanto a utilização do feedback
corretamente pode ser eficaz para o desenvolvimento não só do
profissional, o colaborador, mas para toda uma organização
empresarial.
12
CAPÍTULO I
TÍTULO DO CAPÍTULO
CONCEITO E TIPOS DE FEEDBACK
“...Todos os profissionais precisam de feedback para ser
produtivos.”
Williams, R.L.2005
Neste capítulo abordaremos os tipos de feedback e sua
importância para os relacionamentos profissionais, familiares,
sociais, etc.
1.1 CONCEITO
A palavra feedback originária da língua inglesa, tornou-se de
uso comum no Brasil, especialmente no ambiente organizacional.
Utilizada frequantemente, significando dar retorno a alguém sobre
algo.
Rosângela Quaglio (2010), Consultora da MOT- (Mudanças
Organizacionais e Treinamento), declara que feedback é um termo
anglo-saxônico, introduzido nas relações vivenciais para definir um
processo muito importante na vida do grupo. Traduz-se por
realimentação, observação interpretativa ou mecanismo de revisão.
13
Utiliza-se, principalmente, nos sistemas eletrônicos e também nas
viagens espaciais para anotar o mecanismo que regula as naves no
vôo espacial. A estação terrestre observa e obtém informações da
nave que, por sua vez, envia informações para a terra, para
prosseguir sua viagem ou para corrigir desvios da rota marcada.
Quaglio (2010), em seu artigo diz que por não termos o
costume de dar e receber feedback, infelizmente, são raras as
chances de sabermos se estamos ou não fora de órbita.
Eduardo Peixoto Rocha (2001), em seu livro Feedback 360º,
ressalta a importância do feedback , dizendo:
“Feedback faz parte da vida do ser humano. A
todo momento recebemos e damos feedback a
nossos familiares, amigos, colegas de trabalho,
no trânsito. Ele está presente no nosso cotidiano”
(ROCHA, 2001, p.32).
Uma das definições dada a palavra feedback, do ponto de
vista da administração, é vista como o procedimento que consiste
no provimento de informação a uma pessoa sobre o desempenho,
conduta, eventualidade ou ação executada por esta, objetivando
orientar, reorientar e/ou estimular uma ou mais ações de melhoria
sobre ações futuras ou executadas anteriormente.
14
No processo de desenvolvimento da competência inter-
pessoal o feedback é um importante recurso porque permite que
nos vejamos como somos vistos pelos outros. É ainda, uma
atividade executada com a finalidade de maximizar o desempenho
de um indivíduo ou um grupo. Processualmente é oriundo de uma
avaliação de monitoria.
Feedback é também, importante ação administrativa que
facilita a consolidação das ações e seus resultados: ou seja,
garante retorno ao desencadeador das ações e retorna ao mesmo
o resultado.
Roland e Frances Bee, em seu livro intitulado “Feedback”
(2002), define a ação de dar feedback como “toda a informação
específica referente a um determinado comportamento ou
desempenho, que encoraja uma pessoa a melhorá-los, reforçá-los
ou desenvolvê-los”, levando a pessoa a tomar consciência de que
seu desempenho, ou atingiu o padrão desejado, a fim de incentivá-
lo e reafirmá-lo, ou ficou abaixo das expectativas, a fim de evitá-lo e
corrigi-lo.
Para se falar de feedback é preciso considerar que esta
ferramenta é um instrumento muito importante dentro do processo
de avaliação de desempenho, pois é através dele que o
funcionário/colaborador saberá como está se saindo no
desempenho e desenvolvimento da tarefa na qual ele atua.
Contudo tal avaliação deve ser um processo constante visando o
15
aprimoramento das competências exigidas pela função, a fim de
manter o profissional sempre orientado quanto do seu
desenvolvimento, e, não apenas quando da época de uma mera
avaliação formal para fazer constar nas normas ou padrões da
empresa.
Benedito R. Pontes, em Avaliação de Desempenho: uma
abordagem sistêmica, livro editado em 1989, comenta que ao se
avaliar o desempenho de um colaborador, ação utilizada visando
acompanhar o trabalho e objetivos propostos aos indivíduos,
analisa que o ato de dar feedback a esses profissionais deve
buscar torná-los motivados e produtivos.
Alguns autores como Roland e Frances Bee (2002),
igualam feedback a expressão crítica seja ela positiva ou
negativa como construtivas e importante para o desenvolvimento
de um profissional em sua área de atuação. No livro intitulado
Feedback, os autores fazem a seguinte análise:
“A crítica construtiva positiva visa a reforçar o
comportamento ou desempenho que está
atingindo o padrão desejado, e negativa quando
visa a corrigir e melhorar o comportamento ou
desempenho de baixa qualidade ou insatisfatório.
Tanto a critica positiva quanto a negativa podem
e devem ser construtivas. Os dois maiores
problemas, concernentes a essa questão, são: a
inexistência de crítica positiva; isto é, não
16
reconhecimento ou referencia de bom desem-
penho e; a crítica negativa feita de maneira tal
que seu caráter é destrutivo”.
Jansen de Queiros Ferreira, em seu artigo Feedback
para desenvolver equipes produtivas (2006), com base nos
escritos da professora e escritora Fela Moscovici (1996), analisa
os conceitos de feedback e crítica dizendo que, feedback é um
processo de ajuda mútua para mudanças de comportamento por
meio da comunicação verbalizada ou não entre duas pessoas ou
entre pessoa e grupo, no sentido de passar informações, sem
julgamento de valor, referentes à como sua atuação afeta ou é
percebida pelo outro e vice e versa. Crítica é um processo de
comunicação verbalizada ou não, entre duas pessoas ou entre
pessoa e grupo com o objetivo de passar nossos valores de certo
e errado. Geralmente traz consigo a intenção de acusar, julgar e
condenar e, não raro com intensa carga emocional dos
interlocutores cotejando os conceitos de crítica e feedback
percebe-se as diferenças entre os dois.
17
1.2 TIPOS DE FEEDBACK
Segundo Williams (2005), são quatro os tipos de feedback,
são eles: Feedback positivo, também chamado por Pontes de
feedback eficiente; feedback corretivo, feedback insignificante e
feedback ofensivo.
O feedback positivo tem como função básica reforçar
um comportamento que desejamos que se repita. Ou seja,
reforçar o que a pessoa é e o que a pessoa faz. O
comportamento pode e deve ser repetido, pois quando não
reforçamos comportamentos que nos agradam, eles correm o
risco de não se repetirem.
O feedback corretivo tem como objetivo modificar um
comportamento. Quando o comportamento de uma pessoa
precisa mudar a melhor forma de fazê-lo é através do feedback
corretivo. Williams, ressaltando a dificuldade de se manusear
essa técnica diz: “O problema é que a maioria das pessoas se
confunde e acaba descambrando para o feedback ofensivo. Sem
o devido treino, muitos não conseguem dar um feedback
corretivo de maneira eficaz, e, honestamente, isso é mesmo um
desafio.
O feedback insignificante não provoca impacto e a
outra pessoa não se sente gratificada. Williams (2005), comenta
que trata-se de um feedback tão vago ou genérico que a pessoa
18
que o recebe não tem certeza de seu propósito. Vários gestores
utilizam esse tipo de feedback acreditando que provocará um
enorme efeito positivo. Contudo, não é o que acontece.. Ele gera
uma resposta mínima por parte da outra pessoa. É uma forma
de feedback sem qualquer importância ou impacto, fazendo por
esse motivo jus ao nome. Nesse tipo de feedback são comuns
as expressões do tipo “é isso ai”, “Muito Bem”, ou “Parabéns”.
O feedback ofensivo é todo aquele que não se enquadra
nos tipos anteriores e, devemos ter cuidado pois esse tipo de
feedback pode causar danos à personalidade e à auto-estima
das pessoas. É a forma de feedback que quando utilizado
provoca no avaliado o comportamento agressivo e de
afastamento, deixando como rastros mágoa e inimizade.
Rosângela Quaglio, em seu artigo, estabelece alguns
critérios para que se possa fazer uso do feedback corretivo
satisfatoriamente. Ela diz:
“O comportamento precisa mudar. Para corrigir a “rota”
é necessário:
- Falar do comportamento específico, sem fazer
referências ao passado;
- Fazer perguntas abertas para analisar o ponto de vista
do outro (quem está recebendo o feedback);
19
- Manter a calma e não se exceder, evitando rótulos
como “incompetente”, “nunca aprende”, “fraco” etc;
- Saber exatamente o que aconteceu, para não fazer
deduções e cair em situações de preconceito,
julgamento precipitado ou estereótipos” (QUAGLIO,
2010).
20
CAPÍTULO II
DIFICULDADES PARA UTILIZAÇÃO DO FEEDBACK
“O autoconhecimento só pode ser obtido com a ajuda dos outros, por meio de
feedback, o qual precisa ser elaborado para a auto-aceitação de componentes do
eu cego”.
Fela Moscovici
Neste capítulo abordaremos possíveis entráveis para
que se possa utilizar o feedback de forma satisfatória, a partir do
ato da comunicação.
2.1 DIFICULDADES NO ATO DE COMUNICAR
A Revista VOCÊ S/A (10/2010). publicou uma pesquisa
realizada pelo Grupo DMRH, consultoria de recursos humanos
de São Paulo, revelando que aproximadamente cinqüenta por
cento dos profissionais brasileiros estão insatisfeitos com a
qualidade da comunicação no trabalho. As pessoas alegam não
entenderem o que fazer para ser promovidas nem para cumprir
suas tarefas direito.
21
A pesquisa, realizada com mais de mil e trezentos
analistas, coordenadores, supervisores, gerentes e diretores de
diversas empresas do país, mostra que o problema de
comunicação se multiplica conforme desce na hierarquia
corporativa: começa como uma marolinha na diretoria e se torna
um tsunami quando chega ao analista. Cerca de sessenta por
cento de todos os profissionais entrevistados não entendem
quais são suas metas. Segundo Martha Magalhães, consultora
da RH da DMRH, “este foi o ponto mais surpreendente do
relatório, principalmente porque os cargos mais altos têm ciência
desta informação”.
Essa pesquisa vem ratificar o quanto os gestores
encontram-se despreparados para avaliar e dar feedback desta
avaliação. Contudo faz-se necessário a compreensão de que
com o uso desta ferramenta, é possível aumentar o nível de
motivação da equipe e, consequentemente, melhorar o
resultados da empresa.
2.2 OS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
O processo de Comunicação ocorre quando o emissor (ou
codificador) emite uma mensagem (ou sinal) ao receptor (ou
decodificador), através de um canal (ou meio). O receptor
22
interpretará a mensagem que pode ter chegado até ele com
algum tipo de barreira (ruído, bloqueio, filtragem) e, a partir daí,
dará o feedback ou resposta, completando o processo de
comunicação.
Cleuza Matos, em seu artigo “A difícil arte da comunicação”,
escrito com o objetivo de pontuar alguns elementos importantes
para uma boa comunicação, diz que com os inúmeros recursos
disponíveis, uma boa comunicação ainda não é tarefa das mais
fáceis. Argumenta que nenhuma tecnologia substitui o ser humano
quando a situação em questão demanda boa vontade, ponderação
e respeito (elementos importantes que compõem aquilo o que se
quer comunicar). Pode-se ter todo o recurso de mídia, mas se não
tivermos o recurso das palavras, diz a autora: “a vaca continuará
indo pro brejo”. O recurso das palavras, porém, não pode servir
aos sofismas, temos que ser claros e verdadeiros, e,
principalmente, sensíveis à capacidade de entendimento daqueles
com quem pretendemos nos comunicar, senão, teremos apenas
ruído. Comunicar idéias, ou mesmo comunicar problemas,
pressupõe boa vontade para dividir, ponderação para analisar a
melhor forma ou o melhor momento e, respeito aos valores
daqueles que queremos atingir, justifica a autora.
No ambiente empresarial, a comunicação é condição mínima
para o sucesso. A alta administração comunica a visão da
empresa, os gerentes comunicam os objetivos e o conhecimento se
multiplica entre os que operacionalizam as tarefas. Caso a
23
comunicação não seja clara e precisa, se não houver confiança e
parceria na divisão dos conhecimentos, pode-se até se chegar a
um lugar comum, mas talvez com muitas perdas, quando, pelo
contrário, poderíamos melhorar o nosso próprio conhecimento e
nossas relações com os nossos colegas de barco. Portanto, se
queremos chegar são e salvos, devemos buscar a melhor forma de
comunicar isso, e, por que não, com um pouco de simpatia,
mostrar que queremos chegar todos juntos, conclui Cleuza Matos.
Ainda sobre a importância do ato de comunicar, Francisco
Viana, escreve, em seu livro Hermes: a divina arte de comunicar,
dizendo:
“... a qualidade da comunicação é que faz a
diferença. Que torna visíveis os trunfos
competitivos. Essa é a fonte do êxito. É uma
prática antiga, mas que ganha nova modernidade,
graças às novas demandas do presente. Isso
explica porque é preciso vê-la com sensibilidade
poética, porque é o poeta que sabe ver diferente,
que quebra as rotinas, que rompe com a
uniformidade de visões, a pasteurização dos
conceitos, da forma de agir, de pensar, de reagir”
(VIANA, 2006).
Berton Kaplan (1993), em seu livro Comunicação
Estratégica: a arte de transmitir idéias, orienta aos profissionais
24
das diversas áreas que para tornar suas idéias evidentes aos
olhos de outras pessoas e, fazer com que elas se ponham do
seu lado, todo líder deve saber comunicar as suas idéias.
Por mais óbvia que pareça, nenhuma idéia se explica por
si mesma. O gerente como líder deve ser capaz de torná-la
manifesta aos olhos dos outros. Não apenas explicá-la ou
esclarecê-la, mas criar o seu significado. A responsabilidade
mais fundamental do líder é transmitir aos outros as suas idéias.
2.3 DIFICULDADES DA UTILIZAÇÃO DO FEEDBACK
Como mencionado anteriormente, o feedback é uma
ferramenta de grande importância no processo de avaliação de
desempenho, pois é através dela que o gestor faz saber ao
colaborador como este está desenvolvendo o seu trabalho.
O ato de avaliar passa pelo viés da subjetividade, o que pode
acarretar na propensão de erros cometidos pelos gestores ou
avaliadores, por conta de tal subjetividade.
Segundo B.R. Pontes(1989), as propensões mais importantes
são:
25
- O efeito halo, é quando o gestor gosta de um empregado, sua
opinião pode ser distorcida em relação ao seu desempenho,
julgando assim sua atuação e desempenho sempre bons;
- A tendência central, que é quando o gestor avalia o
desempenho de toda a equipe como médio, por não gostar de
avaliar seus subordinados como ótimos ou péssimos.
- A complacência e o rigor, que ocorrem quando o superior
tende a ser “bonzinho” ou usa de muito rigor, ocasionando num
resultado de que todos os funcionários ou são ótimos ou, são
péssimos
- O preconceito pessoal que é quando um superior não gosta
de um empregado e, por isso, a avaliação é distorcida.
- O efeito recentidade, que ocorre quando o gestor não utiliza o
instrumento “Ficha de Desempenho”, fazendo uso das ações
mais recentes que são as mais lembradas. Dessa forma, se as
ações mais recentes forem ótimas ou péssimas, as avaliações
serão ótimas ou péssimas, porque são esquecidos
comportamentos ao longo de um período de avaliação.
Tais propensões comprometem seguramente a avaliação e,
consequentemente, tornar-se-á em um entrave para o uso do
feedback positivo, que é visto por muitos autores como o principal
estímulo a motivação do funcionário. Segundo Williams (2005), o
26
feedback positivo pode ter efeitos curativos incríveis. Ele pode
ajudar as pessoas a superar grandes obstáculos em suas vidas.
Isso acontece porque nosso cérebro é programado para dar
preferência às coisas positivas. As pessoas mentalmente
saudáveis parecem naturalmente desejar receber feedback
positivo. E, recomenda:
“Não se esqueça disso”.
(WILLIAMS, 2005)
Pontes (1989) ressalta a importância do entrevistador/gestor
iniciar a entrevista de feedback quanto ao processo avaliativo
desenvolvendo a auto confiança do entrevistado, enfatizando
seus aspectos positivos, edificando os pontos fortes,
estimulando-o a utilizar suas qualidades e aptidões para
conseguir o máximo do seu potencial. Segundo ele, até há
pouco tempo atrás, as entrevistas eram centradas na melhoria
dos pontos negativos, ao invés de explorar, ainda mais, os
pontos positivos do empregado avaliado.
Outra visão não menos importante, é o uso constante do
feedback nos relacionamentos, seja profissional, familiar, escolar,
grupal, etc. Williams (2005) aborda a importância de se estar
constantemente realimentando o reservatório dos colaborados
com feedback positivo, como forma de estimulá-los a crescer
cada vez mais.
27
Segundo, Bene Catanante (2000), em seu trabalho intitulado
Gestão do ser integral, livro que aborda a importância da visão
holística no desenvolvimento do ser humano, diz que são
grandes os desafios quando se fala de integrar alma, coração e
razão no trabalho, para a construção de propósitos comuns que
levem as pessoas a reconhecerem seus talentos, se motivarem,
se sentirem realizadas pela diferença que propiciam ao ambiente
profissional, ao núcleo familiar e á comunidade.
Richard L. Williams em seu livro propõem a um grupo de
gestores experimentar o incomodo que provoca a falta de
feedback no contexto empresarial, estendendo-o as diversas
áreas da vida. E baseando-se em pessoas reais conhecidas ao
longo de sua carreira como professor e consultor através de uma
dinâmica grupal, deixa claro o quanto a falta de feedback é
angustiante. Ser privado de feedback no decorrer do curso dos
dias trabalhos pode levar o profissional a experimentar um
sentimento de frustração que o impede de se desenvolver.
Demonstra que mesmo um funcionário extraordinário na
execução de suas tarefas necessita receber feedback para que
possa continuar crescendo.
O autor descreve o gestor do tipo “faça agora”, aquele que
espera que as tarefas sejam realizadas prontamente e, se assim
acontece ele se quer demonstra seu reconhecimento. Porém
quando as coisas não saem do jeito que ele esperava é rápido
28
em apontar o que está errado, mas não tão rápido em
reconhecer o que está certo.
Ferreira (2006), em seu artigo comenta sobre a ampla
aplicabilidade do feedback. Na família, no condomínio, no clube
e, principalmente, no trabalho onde todos são pagos para a
construção de resultados financeiros que mantêm a empresa, os
empregos ou as parcerias.
O autor continua argumentando que para dar e receber
feedback, eficazmente, requer treinamento qualificado seguido
de prática continuada. Alega que uma condicionante que limita
nossa capacidade de trabalhar o feedback, reside no traço da
nossa cultura: não temos o costume de dar e receber feedback –
e, quando o fazemos, frequentemente não o fazemos com
competência -, acabamos por dar-lhe conotação de crítica, com
relevante carga emocional tanto do emissor quanto do receptor.
Isso, provoca, não raro, reações de mágoa e agressão,
frequentemente descambando para um jogo de convencimento –
de forças de vontade, caprichos ou vaidades – no qual quanto
mais o emissor se esforça para convencer, mais aumenta a
desconfiança e a resistência do receptor. O que poderia ser uma
excelente oportunidade de conhecimento e aperfeiçoamento
pessoal e mútuo acaba transformando-se num jogo perde-
perde. Complementa seu raciocínio dizendo que dentro deste
mesmo traço cultural encontra-se a mania que, nós brasileiros,
29
temos de desqualificarmos o feedback, com frases do tipo: o que
vem de baixo não me atinge ou ele(a) é um(a) burro(a), não
sabe o que diz.
Mediante a todas as exposições quanto as dificuldades da
aplicação e utilização de se dar e receber feedback, propõem-se
analisarmos algumas formas de utilização que possam facilitar o
crescimento profissional e da organização.
30
CAPÍTULO III
UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FEEDBACK
Neste capítulo será explanada várias formas de se utilizar o
feedback em prol do crescimento pessoal, grupal e empresarial.
De acordo com os capítulos anteriores está claro que a
ausência de feedback impacta na produtividade, auto-estima e
motivação, o que compromete a lealdade do funcionário em
relação ao líder e à organização, gerando comportamentos
inadequados e, por fim aumentando o risco de perda de
funcionários.
Williams (2005) elabora 10 dimensões para que se possa dar
feedback equilibrado e construtivo. A primeira dimensão é a
elaboração de um plano, onde o gestor deve refletir sobre o que
vai dizer e utilizar exemplos objetivos. A segunda, a abordagem
específica, o emissor deve saber exatamente o que aconteceu,
evitando suposições. Foco em comportamentos, a terceira
31
dimensão, mostra que o feedback eficiente não lida com
personalidades, atitudes ou preconceitos, concentrando-se
apenas em comportamentos específicos que podem ser
analisados e mensurados. A quarta dimensão, escolha de hora
e local, se refere à agilidade com que o retorno deve ser dado e
ao local apropriado para isso. O ideal é que a opinião sobre um
trabalho seja dada imediatamente, de preferência em um clima
de pouca tensão. As críticas nunca devem ser feitas em público.
A quinta dimensão, feedback equilibrado que trata do
equilíbrio entre o retorno positivo e o corretivo. O autor comenta
que muitos gerentes não conseguem contrabalançar os dois
tipos, preferindo dar feedback corretivo.
A sexta dimensão e feedback relevante, isso significa que ,
ao se relacionar com os outros e ao expressar uma opinião, não
se deve perder a cabeça ou exagerar. É fundamental ser
objetivo e permanecer calmo. Os acontecimentos do aqui e
agora são mais importantes do que os de muito tempo atrás.
Já a dimensão seguinte, tem a ver, segundo o autor com a
utilização de Técnicas eficientes, como ir direto ao assunto,
estabelecer contato visual e focar as questões essenciais.
Oitava dimensão é o Estilo eficaz, que é a criação de uma
abordagem pessoal na hora de dar feedback. Williams orienta
que não se dê conselho a menos que a pessoa solicite.
32
A nona dimensão fala da Descrição de sentimentos, é o ato
de demonstrar o que sente, de acordo com a mensagem de
feedback que deseja passar. O autor justifica que nossos
sentimentos são importantes, além de serem poderosos e
impactantes quando combinados com uma mensagem de
feedback. E, por último é a Capacidade de ouvir, que é ouvir
atentamente e encorajar a outra pessoa a expressar seu ponto
de vista.
Anne Bruce (2006), fala em seu livro Como motivar sua
equipe, sobre a importância do gestor deixar claro o que ele
considera um bom desempenho, através da definição clara dos
padrões de execução e performance considerados satisfatórios.
Para ela, o gestor não deve pressupor que as pessoas saberão,
automaticamente, o que a palavra desempenho significa para
ele. Por isso se fará necessário expor claramente idéias e
objetivos para que se possa alcançar bom desempenho.
Da mesma forma, Williams(2005) diz que é preciso
estabelecer uma comunicação efetiva com todos, pois é através
de uma comunicação eficiente que se estabelece a compreensão
e confiança e, assim conquista-se o respeito da equipe.
3.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE FEEDBACK
33
Rosangela Quaglio (2010) apresenta cinco verdades sobre
feedback. A autora diz que a qualidade de qualquer relação
depende da qualidade e quantidade de feedback que cada
pessoa recebe da outra. Relações pobres, sem diálogos, são
conseqüência de feedbacks pobres. Relações cheias de críticas,
mal entendidos é conseqüência de feedbacks ofensivos.
Relações ricas, que fluem são conseqüência de feedbacks
positivos. Em segundo a cordialidade também é feedback. Dar
bom dia e perguntar como foi o final de semana realimenta o
relacionamento. Em terceiro, olhar nos olhos da pessoa com
quem está conversando é um tipo de feedback. Quando não
fazemos o contato visual perdemos metade da mensagem e
sinalizamos que a pessoa não é importante o bastante para
pararmos nossas atividades e ficarmos perdendo o nosso tempo
olhando para ela. O princípio seguinte é que há pessoas que
demandam mais feedback. Fornecer essa dose a mais é
respeitar as diferenças. E, por último o ato de negar feedback é o
castigar com a indiferença.
Williams (2005) classifica como cinco princípios básicos so-
bre feedback, enumerando-os da seguinte forma:
Número um: a qualidade de qualquer relação, seja profissional ou
pessoal, depende da qualidade e da quantidade de feedback que
cada indivíduo recebe do outro. Se o feedback for pobre, a
relação será igualmente pobre. Se for crítico ou ofensivo, assim
34
será a relação. Mas, se for positivo, a relação também será
positiva.
Número dois: executivos, gerentes e até mesmo supervisores
ignoram o fato de que a cordialidade é um tipo fundamental de
feedback. Por isso, dar bom dia a um funcionário e perguntar
como foi seu final de semana é um feedback importante. O que
alguns podem considerar como algo irrelevante ou papo furado
desnecessário é na verdade um feedback de grande valor para a
maioria das pessoas. Isso se aplica tanto a seus colaboradores
e colegas, como também, a amigos e familiares.
Numero três: O contato visual é um tipo de feedback. Quando
não fazemos contato visual, é como se estivéssemos dizendo:
“você não é importante o bastante para que eu perca meu tempo
olhando para você.”
A quarta coisa que precisamos saber é que algumas pessoas
demandam mais feedback do que outras. Dizemos que elas são
de “manutenção alta”, porque precisam de muita atenção e
disponibilidade. Com freqüência, evitamos dar a essas pessoas
qualquer espécie de retorno porque temos medo de que, quanto
mais lhes dermos, mais irão querer. Mas, ao negarmos feedback
a uma pessoa de “manutenção alta”, estamos de fato piorando, e
não melhorando a situação.
35
Número cinco: sonegar feedback a alguém é uma espécie de
castigo psicológico. E, justamente, por ser tão doloroso
experimentar na pele o desconforto emocional de ser ignorado
(como ocorre em muitos relacionamentos empresariais), que o
feedback pode ser também muito poderoso quando aplicado de
forma apropriada.
3.2 O USO DO FEEDBACK POSITIVO E CORRETIVO
Vimos no primeiro capítulo que são quatro os tipos de feedback,
mas apenas dois, o feedback positivo e o corretivo, devem ser
utilizados pelos gestores que desejam promover o crescimento
da equipe e o desenvolvimento de sua empresa.
3.2.1 OS QUATRO PASSOS PARA O FEEDBACK POSITIVO
Williams (2005) estabelece quatro passos para se ter um
feedback positivo. O primeiro é descrever um comportamento
específico; Em seguida descrever as conseqüências desse
comportamento; depois descreva como se sente em relação ao
comportamento e; finalizando descreva por que você se sente
dessa forma. Comenta que cada um desses quatro passos foi
36
projetado para enfocar o feedback positivo de maneira a
potencializar seu efeito.
Daniel Goleman (2001), em seu trabalho aborda a
importância da avaliação constante. Argumenta que a avaliação
está no cerne da mudança. A pessoa que sabe como está se
saindo se mantém no rumo certo. Na sua forma mais elementar,
a avaliação significa que alguém observa se – e em que grau – a
nova competência está sendo utilizada, e informa isso à pessoa.
Acrescenta a importância do feedback positivo, classificando-
a como avaliação positiva. Diz que quando a pessoa está se
saindo bem, a avaliação funciona como um impulso – por ser
positiva, reforça a autoconfiança da pessoa no sentido de
experimentar a competência emocional que está trabalhando
para melhorar. Essa autoconfiança aumentada ajuda a pessoa a
ser sair ainda melhor.
Se a avaliação for mal apresentada, feita de modo duro, ou se
nem chegar a ser feita, pode-se causar uma desmoralização ou
uma desmotivação. Os melhores resultados são obtidos quando
os que fazem as avaliações sabem como fazê-las de forma
produtiva e se sentem estimulados ou recompensados por isso,
além de serem abertos o bastante para avaliar a qualidade de
suas próprias avaliações. (extraído do livro Trabalhando com a
inteligência emocional, 2001)
37
3.2.2 CINCO PASSOS PARA CORRIGIR UM
COMPORTAMENTO
Quando o feedback positivo não é suficiente para corrigir um
comportamento, Williams sugere o uso do feedback corretivo,
orientando que a mudança de comportamento é quase sempre
um processo, principalmente em situações difíceis.
O primeiro passo, ao sinal de que um comportamento precisa
ser modificado, o autor sugere como uma boa estratégia usar o
feedback positivo, antes de qualquer coisa (p.102). O segundo
passo e fazer perguntas cuidadosamente orientadas e, quando
as perguntas não funcionam, o que o autor diz acontecer com
algumas pessoas, orienta usar a técnica de dizer de forma direta
e afirmativa o que precisa ser mudado. Aplicar a disciplina
apropriada, na medida em que é uma tentativa de modificar um
comportamento. Diz que em situações específicas é necessário e
apropriado aplicar uma boa dose de disciplina. O contrario pode
gerar um clima permissivo, que traz conseqüências negativas. E
o último passo é estabelecer um limite, deixando claro que se a
correção não acontecer imediatamente só restará uma opção.
Opção essa que caberá ao colaborador refletir sobre qual seria
tal opção.
38
Conclui que o motivo pelo qual precisamos apoiar ou corrigir
comportamentos é que eles influenciam o desempenho, que
afeta os resultados.
Os comportamentos positivos costumam gerar um
desempenho positivo, cuja tendência é produzir um resultado
positivo, que justifica e merece um feedback positivo, sob o risco
de tal comportamento não voltar a se repetir. E, se o feedback
positivo não funcionar, passe para o corretivo. Caso o feedback
corretivo não funcione, estabeleça um limite com um nível
adequado de disciplina.
39
CONCLUSÃO
Através do trabalho desenvolvido buscou-se ratificar a
importância da comunicação transparente e constante como fonte
de alimentação para a motivação, consequentemente o
crescimento pessoal e também o desenvolvimento empresarial.
Maria Quitéria L. de Souza e colaboradores, em seu artigo
(2001), comentam sobre possíveis entraves provocados pela
comunicação, dizendo que as palavras precisam estar significando
o mesmo para todos para que ocorra a completa comunicação. O
reconhecimento do bom desempenho das equipes (feedback
positivo), motivando-as e estimulando seu desenvolvimento, assim
como, conscientizar que todos os funcionários são essenciais para
a realização dos propósitos em comum.
Georges Ayob Riche e Ricardo Monte Alto, analisando os
estudos desenvolvidos por Peter Semge (Artigo Aprendizagem em
equipe), ressaltam que o diálogo facilita a aprendizagem em equipe
40
e, quando esta produz resultados, seus integrantes crescem mais
rápido e a organização também.
Mesmo com todas as evidências da importância dessa
comunicação, onde o feedback constante e imediato, se apresenta
como mola mestra para o bom funcionamento da engrenagem
empresarial, observa-se que um grande número de gestores
estejam preocupados apenas com resultados e metas, se
esquecendo que o maior patrimônio que a organização possui é o
seu capital humano e, que sem ele nenhuma meta, projeto,
objetivo ou visão será possível de ser alcançado ou de se realizar.
Para que as organizações obtenham os resultados
desejados, aumento de produtividade com altos lucros e uma
equipe motivada, deverá, em primeiro, de acordo com Charam
(2008), deve-se investir em gestores capazes de gerar novos
gestores. E, segundo Tulgan (2009), combater a epidemia de
subgerenciamento, preparando gestores capazes de explicitar
suas expectativas, dizer a cada pessoa exatamente o que fazer,
acompanhar e avaliar constantemente o desempenho de sua
equipe, corrigir as falhas com rapidez e recompensar os sucessos
ainda mais rapidamente.
41
BIBLIOGRAFIA CITADA
BEE, Roland & Frances. Feedback. Traduzido por Maria Cristina T.
Florez. SP: Ed. Nobel, 2002.
BENE, Catanante. Gestão do ser integral: como integrar alma,
coração e razão no trabalho e na vida. SP: Infinito. 2000.
BRUCE, Anne. Como motivar sua equipe. Rio de Janeiro: Sextante.
2006.
CHARAN, Ram. Líder criador de Líderes; A gestão de talentos
para garantir o Futuro e a sucessão. Ed. Campus; 1ª edição, 2008.
42
FERREIRA, Jansen de Queiroz. Artigo Feedback para desenvolver
equipes produtivas. Site www.consultores.com.br; 2006. 3p.
25/03/2011.
KAPLAN, Berton. Comunicação Estratégica: a arte de transmitir
idéias. Tradução de Roberto Raposo. RJ:Ed. LTC.1993. 221p.
MATOS, Cleuza. Artigo A difícil arte da comunicação. Site kplus.
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MOSCOVIC, Fela. Desenvolvimento Interpessoal: Treinamento em
grupo. Rio de Janeiro, José Olympio, 1996.
PINTO, Eduardo. Comunicação para a produtividade: O que você
tem a ganhar com a comunicação empresarial. RJ:Quartet; 1994.
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sistêmica. SP. Ed. São Paulo: 4ª Ed. Ver. e ampl. 1989.
QUAGLIO, Rosângela. Artigo Feedback, site motivirtual.com.br, 1-
3, 2011.
REVISTA VOCE S/A. Artigo Chefes tóxicos. Fernanda Bottoni.
Edição 133, Julho/2009, 40p.
REVISTA VOCÊ S/A. Artigo Novas lições para domar essa fera:
Seu Chefe. Andrea Giardino. Edição 148, Out/2010, 38p.
43
RICHE, Georges A.; Alto, Ricardo Monte. Aprendizagem em
Equipe:
ROCHA, Eduardo Peixoto. Feedback 360ª uma ferramenta para o
desenvolvimento pessoal e profissional. Campinas SP: Alínea.
2001, 115p.
SEMGE, Peter. Cuide bem do seu jardim. São Paulo: Exame,
jun/1999.
SOUZA, Maria Quitéria L. de; Campos, Ana Celia C.F.; Ramos,
Rubens E.B. Trabalho em equipe: A base da qualidade nas
Organizações. Ed. Cobemge. 2001.
STEWART, Thomas A. Capital Intelectual: A nova vantagem
competitiva das Empresas. RJ: 7ª ed. Ed. Campus, 2000.
TULGAN, Bruce. Tradução de Alexandre Rosas. Não tenha medo
de ser chefe. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.
VIANA, Francisco. Hermes: a divina arte da comunicação. SP.: Ed.
CLA. 2006.
WILLIAMS, Richard L. Preciso saber se estou indo bem! São
Paulo: Sextante, 2005.
44
íNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Conceito e Tipos de Feedback 11
1.1 - Conceito 12
1.2 – Tipos de Feedback 16
45
CAPÍTULO II
DIFICULDADES PARA UTILIZAÇÃO DO FEEDBACK 19
2.1 – Dificuldades no Ato de Comunicar 19
2.2 – Os elementos da Comunicação 20
2.3 – Dificuldades da utilização do Feedback 23
CAPÍTULO III
UTLIZAÇÃO DA FERRAMENTA FEEDBACK
3.1 – Princípios básicos sobre feedback 30
3.2 – Uso do Feedback Positivo e Corretivo 33
3.2.1 – Os quatro passos para o Feedback 33
Positivo
3.2.2 – Cinco passos para corrigir um 34
Comportamento
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 40
ÍNDICE 43
46
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes
Título da Monografia: A Importância do Feedback no
Desenvolvimento Empresarial
Autor: Sílvia Cristina Souza de Jesus Gonçalves
Data da entrega: 02/04/2011
Avaliado por: Fabiane Muniz Conceito: