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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
IAVM
A PSICOPEDAGOGIA COMO INSTRUMENTO MEDIADOR DO DESENVOLVIMENTO DA AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM
Por: Marta Janete da Silva Araujo
Orientador
Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho
Rio de Janeiro
2015
DOCUM
ENTO
PROTEG
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IREIT
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UTO
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DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
IAVM
A PSICOPEDAGOGIA COMO INSTRUMENTO MEDIADOR DO DESENVOLVIMENTO DA AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Orientação Educacional e Pedagógica.
3
AGRADECIMENTO
Em especial a minha filha Bárbara C. da Silva Araujo e a todos meus irmãos pela ajuda e incentivo a concluir mais está etapa da minha vida acadêmica.
Aos professores do curso de psicopedagogia.
A diretora da unidade escolar onde trabalho e a todos amigos que contribuíram com sugestões e incentivo e colaboração técnica.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todo
profissional de Orientação
Educacional e Pedagógica que
através dos conhecimentos
acadêmicos de sua graduação
dedicam ao aluno seu melhor
desempenho.
5
EPÍGRAFE
“Alias se alguém me pedisse para resumir, numa definição o que seria educação, eu diria que a sua única finalidade é ensinar as crianças à alegria de pensar.”
(Rubens Alves)
6
SUMÁRIO
RESUMO 7
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I - RESGATE HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO 11
CAPITULO II- AVALIAÇÃO COMO DESTRUIÇÃO DO
PROCESSO DE APRENDIZAGEM 15
CAPÍTULO III - A APRENDIZAGEM DA AVALIAÇÃO
UM DESAFIO A SER VENCIDO 20
CAPITULO IV- AVALIAÇÃO: PARCERIA PARA UM
ENSINO MELHOR 27
CONCLUSÃO 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33
7
RESUMO
O presente estudo de modo geral se propõe a investigar o papel da avaliação no processo ensino aprendizagem.
Confere destaque ao dimensionar a avaliação como sendo um processo contínuo, acumulativo, sistematizado e que não apresente fim em si mesma, e é também um indicador do ensino aprendizagem.
Concluindo que a avaliação é uma colaboradora para um ensino melhor, visto que o ato de avaliar por ser abrangente, dinamiza as oportunidades, paralelamente traz reflexões sobre o processo de aprender e redimensionar o planejamento do professor.
“Ser professor obriga a opções constantes, que
cruzam a nossa maneira de ensinar que desvendem
na nossa maneira de ensinar a nossa maneira de
ser”
(Antonio Nóvoa)
Palavra - chave : avaliação escolar- ensino aprendizagem-educação – processo continuo.
8
METODOLOGIA
Este trabalho monográfico refere-se a avaliação e será desenvolvido através da pesquisa bibliográfica em torno do assunto. Recorremos à leitura das abras de autores diversos, que dedicam-se ao estudo do tema. Dentre os textos estudados destacaremos, BARROS, Vera (Org.) “Avaliação Psicopedagógica dos Adolecentes”, (2004), FRANCO, Creso,(Org.) “Avaliação e promoção na Educação”, (2001), que muito contribuíram, para analisarmos a prática docente no processo de avaliação/aprendizagem.
9
INTRODUÇÃO
A avaliação é parte integrante dos processos de ensino e
aprendizagem, envolvendo não só o produto ou os resultados das tarefas
realizadas pelos alunos, mas também o processo percorrido por eles.
Embora ensino e aprendizagem sejam processos articulados, são diferentes.
Sobre a avaliação entre tantas outras funções deve ser a norteadora
da ação pedagógica do professor, de maneira que possa modificar seu
planejamento, retomar conteúdos, adequarem metodologias, buscar
inovações, excluir práticas fracassadas, implantar práticas novas para que o
aluno realmente aprenda. É um avaliar mais para facilitar o ato de
aprender, é por isso mesmo um processo onde s aprofunda o que for
necessário para que os alunos cresçam (aprender/aprender) mais.
Ao avaliarmos o aluno, o professor também se avalia, o que
oportuniza uma modificação no seu processo ensino aprendizagem.
Em nosso mundo, medimos e avaliamos a todo o momento.
Desde o inicio da existência humana, há a necessidade de medir e
avaliar a aprendizagem do seu aluno: O homem começa a medir de forma
informal e com o passar do tempo foi se aperfeiçoando ate formalizar.
Em geral, quando se fala em avaliação, pensa instantaneamente no
processo tradicional, no qual a escola assume o papel autoritário, fechado e
o professor manda, ensina e julga.
Num sentido mais amplo, medida é medir grandezas que não são
mensuráveis pelos físicos. Esta é a medida que deverá ser usada na
educação.
10
O processo educativo exige mais, exige medidas sistemáticas. Em
educação é importante avaliar e não medir, muitas vezes o que o aluno
aprendeu não teve o rela valor.
A avaliação do rendimento escolar é de fundamental importância
para a escola e para a supervisão pedagógica, sendo ela peça principal para
determinar o bom ou mal funcionamento de uma escola. É através dela que
se propõe o ajustamento escolar ao educando, já que uma boa formação
deste e o principal objetivo da escola.
Enquanto a avaliação permanecer atrelada a uma pedagogia
ultrapassada, a desistência ao estudo permanecerá e o aluno, o cidadão, o
povo brasileiro continuará escravo de uma elite intelectual, voltada para os
valores de matéria e ditadura fruto de uma democracia opressora.
O maior investimento que podemos fazer na vida e na educação é
investir na transformação da consciência, através da construção do
conhecimento.
Diante de grande questionamento sobre o tipo de avaliação e a forma
de que essa aprendizagem foi ministrada e assimilada em nossas escolas
nota-se a necessidade de uma profunda reflexão sobre o assunto, tornando
assim a avaliação parte continuamente do processo pedagógico a serviço de
aprendizagem. A avaliação um desafio nos meios educacionais.
11
CAPÍTULO I - RESGATE HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO
A partir do surgimento do capitalismo, houve uma mudança
substancial no papel da escola, em função da necessidade de mão de obra
para indústria. Mais do que capacitar tecnicamente as classes populares
para o trabalho, a grande finalidade da escola foi a de disciplinadora,
ajudando a preparar o individuo para a ordem, controle, a hierarquia
caracterizada pela era industrial.
A avaliação da aprendizagem colaborava com este processo de
denominação ajudando a forma de um conceito negativo (incapaz,
ignorante, problemático, etc). O problema central da avaliação hoje é o seu
uso como instrumento da discriminação se seleção social na medida em que
assume no sistema educacional brasileiro a tarefa de separar os “aptos” dos
“inaptos”, os “capazes” dos “incapazes”.
- “você tá vendo esse ai, eu não dava nada por ele.
Fala mole. Caladão. Eu até indiquei ele para
psicóloga. E não é que ele me surpreendeu? Ta
aprendendo direitinho”.
- “Esse menino é completamente nulo. Também,
pudera, a mãe é nervosa, um bando de filhos,
vivem largado por ai”.
- “Essa ai não tem jeito, a mãe é super ignorante.
Vive lá no norte. Fala errado. A menina é assim
não aprende nada”.
(Fala retirada do cotidiano da escola)
Sabe-se que a reprodução não é algo novo no entanto no caráter que
tem hoje sua historia, sua história é relativamente recente. Objetivamente
no respaldo legal para obtenção do diploma, o qual se tornou mais
12
importante que a própria aprendizagem no sistema educacional, a avaliação
transformou-se.
A avaliação não é o ato pelo qual A avalia B. É o
ato por meio do qual A e B avaliam juntos uma
prática, seu desenvolvimento, os obstáculos
encontrados ou os erros ou equívocos por ventura
cometidas. Daí o seu caráter dialógicos.
1.1 Consideração sobre conceito de avaliar a aprendizagem
Vários são os conceitos sobre avaliação, chegamos a ser considerado
uma polemica.
Há uma falta de clareza e de ordenação sistemática de conhecimento
que leva os educadores a tornarem decisões sem o conhecimento de suas
possíveis conseqüências.
A avaliação da aprendizagem neste conteúdo buscará ir
além da simples aplicações de textos, provas e tentara
verificar o rendimento através da produção livre,
relacionamentos, expressões próprias, explicações
simulações, etc.(MUZAKANI, 1986 pg. 32)
O conceito de avaliação da aprendizagem tem de significado
possível, tudo em âmbito educativo pode ser potencialmente avaliado de
alguma forma:
1ª A avaliação tem significado diferente para diferente professores.
2ª Os propósitos, os procedimentos e o uso dos resultados da
avaliação são decorrentes do que se entende por avaliação.
3ª Conhecimento mais sistemático permite aceitar, utilizar ou rejeitar
determinadas colocações teóricas quanto aos propósitos, a seleção de
13
procedimentos e ao uso das informações obtidas pelo processo de
avaliação.
Mediante o que foi exposto há posição clara e explicita, assim
apresentadas.
1º A avaliação não é um processo isolado que ocorre apenas em
certos períodos na escola na sala de aula conforme o calendário estabelece.
2º A avaliação é um dos compostos básicos do processo ensino
aprendizagem e só pode ser definida a partir de uma analise de outros
elementos desse processo, como seja os objetivos concebidos
comportamentos ou aprendizagem esperada.
3º Entende-se também que um posicionamento sobre avaliação da
aprendizagem poderá surgir da analise dos objetivos propostos para a
aprendizagem que se pretende alcançar num curso, num programa, numa
disciplina, numa aula, numa atividade.
4º O processo de avaliação da aprendizagem não pode ser analisado
isoladamente dos outros componentes do processo da elaboração do
programa de ensino do professor.
5º A avaliação não tem fim em si mesma. Os resultados da avaliação
são apenas indicadores de necessidade de aprendizagem que deverão ser
identificada pelo professor e pela escola em forma adequada de ensino
aprendizagem.
As decisões a serem tomada poderão reforçar, modificar, suspender e
acentuar objetos e situações de aprendizagem.
O conceito de avaliação que se adota conduz à ação, os
procedimentos, as estratégias utilizada na pratica, assim uma analise de
14
conceito de avaliação proposta auxiliará nas atividades de avaliação a
serem desenvolvidas.
Podem ser consideradas quatro etapas ou momentos no processo da
avaliação: delinear, obter, promover (informações) são momentos iniciais
do processos de avaliação no qual são levantadas as questão sobre “o que”
se quer avaliar e “para que” se quer avaliar e a quarta etapa é a de tomar
decisões. “No processo de aprendizagem apenas aprende verdadeiramente
aquilo que se apropria de aprendido transformando-o com o que pode ser
por isso mesmo, reinventá-lo aquilo que é capaz de aplicar o aprendido em
situações concretas” (Paulo Freire,1972. P.185)
A avaliação constitui-se num momento propício para um efetivo
dialogo, que poderão ser questionado aspectos que permitam “medir” o
percentual do seu aluno em relação a construção do conhecimento com as
atividades propostas pelo professor, a aplicação daquele conhecimento ao
seu cotidiano.
15
Capitulo II - A AVALIAÇÃO COMO DESTRUIÇÃO DO
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
O que acontece é que a nossa sociedade é profundamente desigual
com uma parcela expressiva da população, são excluída de direitos básicos
como alimentação, moradia e saúde, não é de se estranhar que as pessoas
sejam excluídas do direito a educação. Independente da faixa etária que
freqüentam a escola, pois uma sociedade excludente. Aluno esse que as
vezes poderia ter chance de ter acompanhamento com um psicopedagogo
para ajudar na sua aprendizagem fica totalmente esquecido no meio dos
outros sem ajuda.
A avaliação atribui valores aos sujeitos, aos seus processos de
aprendizagem e de desenvolvimento, aos seu hábitos, a suas capacidades, a
praticas de valores socialmente elaborados, o que significa valores
construídos nos processos de exclusão. A classificação que a escola produz
aparentemente tomando como referência é o que o aluno ou a aluna sabe ou
não sabe, está associado a dinâmica social que inclui muitos.
O excesso de alunos em sala de aula, não só dificulta a
aprendizagem dos mesmos, como também a avaliação de professor.
Estes são alguns dos problemas dos professores para formulação e
aplicação correta da avaliação do processo ensino aprendizagem do aluno.
Estes problemas tem inicio na sua formação desafiada, nos cursos de
formação de professores. Quando iniciam sua vida profissional descobrem
adequar o ensino escola à realidade sócio econômico e cultural do aluno.
Com isso, não sabe como avaliar a vivencia que o aluno trás para sala de
aula. O psicopedagogo deverá está preparado para a realidade desse aluno
16
já que a escola não está, pois o excesso de aluno em sala não só dificulta a
aprendizagem como também a avaliação do professor.
Estas são algumas, dentro tantas das dificuldades enfrentadas pelo
professor para a formulação e aplicação correta da avaliação ensino
aprendizagem do aluno.
“A avaliação é essencialmente um processo
centralizado em valores”
(Penna Firme Cepude Sant’Anna P.45)
“A avaliação tem por objetivo descobrir até que
ponto as experiências de aprendizagem tais como
projetos produzem realmente resultados desejados”
(Tyler, 1973 P.108)
As várias formas de avaliação acabam por prejudicar o crescimento
desse aluno, pois, a escola tem que adotar um critério que se aluno não
consegue acompanhar e acaba sendo excluído do sistema escolar.
A avaliação da aprendizagem não é e não pode continuar sendo
tirada da pratica educativa, que ameaça e submete a todos. Chega de
confundir avaliação de aprendizagem com exame. A avaliação da
aprendizagem pode ser avaliação e amorosa, inclusiva, dinâmica e
construtiva, diferente do exame que não são amorosos são excelente, não
são constantes mas classificatórias. A avaliação inclui, trás para dentro os
exames, selecionam, excluem marginalizam.
17
Todo esse problema que tem passado os profissionais de hoje
encontram dificuldades de desenvolverem seus trabalhos e seus objetivos
não conseguem alcançar.
18
2.1 Preocupação com avaliação
Os educadores tem enfrentado diversos problemas no desenvolver de
seu: tratar seu trabalho e seu público adequadamente, quer dizer, se
relacionar com eles conforme os novos conceitos das relação sociais e
como entender as múltiplas dimensões de exercícios de cidadania.
Não é possível praticar sem avaliar a pratica. Avaliar e praticar é
analisar o que faz, comparando os resultados óbvios com a finalidade que
procuramos alcançar com a pratica. A avaliação da pratica releva acertos,
erros e imprecisões.
A avaliação interage no processo ensino aprendizagem, é ligado ao
referencial teórico que apóia a proposta pedagógica e os objetivos
educacionais. Portanto uma avaliação adquirida deve estar a serviço da
aprendizagem, identificando durante o processo pedagógico, quais os
pontos que merecem a ser retomados e quando avançar mais
conseqüentemente avaliação e o pensar e fazer a educação.
Em síntese a avaliação da aprendizagem é um desafio a ser vencido
na escola contemporânea.
“O crescimento profissional do professor depende
da sua habilidade em garantir evidencias de
avaliação e informações materiais a fim de
constantemente melhorar seu ensino e
aprendizagem do aluno.
(Ercília Perrone – 1996 p.44)
Na escola a avaliação é parte construtiva do processo de formação do
aluno. Em primeiro lugar, devemos considerar toda e qualquer avaliação
como um movimento de nossa cultura. A avaliação é parte da vida
cotidiana.
19
20
Capitulo III- A APRENDIZAGEM DA AVALIAÇÃO UM DESAFIO A SER VENCIDO
Como avaliar-se define a pratica da concepção de ensino
aprendizagem, da função de avaliação no processo educativo e das
orientações didáticas posta em pratica. Embora a avaliação aconteça
sistematicamente durante as atividades de ensino aprendizagem é preciso
que as pespectivas de cada momento seja da avaliação seja definida
claramente para que possa alcançar o máximo de objetivo possível.
Para obter informações sobre o processo de aprendizagem é
necessário considerar a importância de uma diversidade de instrumentos e
situações para avaliar as diferentes capacidades e conteúdos curriculares,
por outro lado constatar os dados obtidos e observar a transferências das
aprendizagem em contexto diferente.
É fundamental a utilização de deferentes códigos como verbal, oral,
escrito, numérico e o gráfico. De forma a ser considerar as diferentes
aptidões dos alunos. Considere essa preocupação, o professor pode realizar
a avaliação por meio de:
• Observação Sistemática: Acompanhamento do processo de
aprendizagem dos alunos utilizando alguns instrumentos como
registro em tabela de controle diário da classe e outros.
• Analise da Produções dos Alunos: Considerar a variedade de
produções realizadas para que se possa ter um quadro real das
aprendizagem conquistadas.
• Atividades Especificas para Avaliação: Nesta os alunos devem ter
objetividade ao expor expor sobre o tema ao responder um
questionário. Para isso é necessário que seja semelhante as situações
de aprendizagem comumente estruturadas em sala de aula, isto é,
que não diferenciam em suas atividades que já foram realizadas.
21
Deixar claro para os alunos o que se pretende, pois inevitavelmente
os alunos estarão mais atento a esse aspecto. É fundamental
considerar que a avaliação das ações de esta diretamente relacionada
a avaliação da aprendizagem.
Cada professor deveria fazer um portfólio de seus alunos, pois este
sevirio de registro e propiciaria a memória do processo ensino e de
aprendizagem, tando para o estudante como para o professor.
Segundo Villas Boas (2004, P38), o portfólio é um procedimento da
avaliação que permite aos alunos participar da formulação dos objetivos de
sua aprendizagem e avalia seu processo.
É também importante que a própria pessoa leve em conta sua emoção
durante a aprendizagem. Sobre isso Klennowski (2003, P.32) cita (Loxton
Claxton) (1999 P.41) que afirma “há grande necessidade de compreender o
lugar das emoções na aprendizagem de desenvolver a habilidade de incluí-
los, administrá-la e tolerá-la”.
Por esse motivo que a avaliação é um desafio a ser vencido pois quando
trabalhamos com nosso alunos o seu todo está a espera de algo que poderá
levá-lo ao crescimento ou torná-lo uma pessoa fracassada.
3.1 As Funções da Avaliação
A avaliação desempenha varias funções e serve para múltiplos
objetivos e não apenas para o sujeito avaliado, mas para o professor, a
instituição escolar, família e o sistema social.
Partimos da realidade institucional historicamente condicionada e muito
assentada, que exige o uso: avalia-se pela função social, pôr valores sociais.
A multidisciplinidade de avaliação introduz contradições de harmonizar. E
22
p ponto de vista pedagógico que convém uma menor pressão de avaliação,
o aluno enquanto que socialmente tende a se acentuar, pois é impossível o
pensar que o sistema escolar não rotule eles, quando saem e passam par a
ávida produtiva. O que nem sempre é evidente, essas funções fica como
conflito pôr não ser claras e explicitas outras são ocultas.
O modo que o ensino está institucionalizado e o fato que os
resultados obtidos repercutem em valorizações do sujeito e até são pontos
de referencias para auto-estima, as praticas de avaliação tem influencias
decisiva nos alunos, em suas atitudes para com o estudo e conteúdo nos
professores, as suas relações sociais dentro da aula e no meio social.
A pratica de avaliar gera um certo currículo. Um sistema de avaliar e
fazer provas de varias perguntas certas que difere quanto a dificuldade e
rapidez da resposta exigidas. Em certas aplicações de prova de inteligência
ou nos vulgarmente chamados exames psicotécnicos, fazem as perguntas
difíceis e sem deixar para o final, pôr ter mais pontos, os números de
respostas. A forma de provar, implica a necessidade de não deter, de não
refletir, de buscar a melhor pontuação.
É preciso ordenar as funções das praticas de avaliação para ficar claras.
A. Definição dos resultados pedagógicos e sociais:
Pensar nos significados lingüístico dos comportamentos assim como
valores e concepções a quem nem sempre se explicitam, meio de
varias práticas de avaliação.
B. Funções sociais
De se valorizar as capacidades de memorização sobre o raciocínio?
Estimulamos o sendo críticos do aluno? Como esse tipo de
conhecimento, que consciência histórica pode se dar ?
23
A avaliação seleciona e limita a realidade valorizada, tenha ou não
consciência dessa decisão, um teste chamado inteligência, não de
absolutamente, mas, alguns comportamentos e processos foram
selecionados e admitidos como representativo dos mesmo.
Os testes não são alheios á cultura dentro do qual se define a
Inteligência. O objetivo avaliado não pode ser visto unicamente na
declaração do que queremos avaliar.Falar de valorização em avaliação
educativa supõe reconhecer a existência de critérios de referencia, não só
em quem realiza, mas no processo de busca e seleção do que quer avaliar o
que não é o medir, o processo de avaliação é construído. Para um professor
o importante é a capacidade de argumentação do aluno, para outro,é o
ajuste à resposta esperada, quando um valoriza a expressão ortográfica
correta, outro se fixa mais na influencia da linguagem. A forma de
melhorar a avaliação nas escolas é a auto analise. Por meio dos mediadores
(trabalho cotidiano, o esforço manifestado, a participação e conduta e aula
...), se reproduzem as ideologias pedagógicas. É recomendável que a equipe
pedagógicas discuta as categorias de avaliação. Nem sempre avaliação
acontece, nos ambiente escolares acaba senso formal e em julgamento
muitas vezes não verbalmente. A avaliação de ser contínua.
Comunicar os resultados da avaliação tem derivações profissionais
importantes: exige dar conta das próprias percepções do professora.É umas
das exigências para o desenvolvimento do docente que deve oferecer dados
dobre suas alterações e argumentos.
No começo do processo de inovação pela mudança das avaliações
devem ser um projeto global de atuação e conduta e que deve ser possível.
3.2 Quem deve avaliar? Avaliações internas e externas
24
O problema pode parecer irrelevante no tipo da pratica aqui estamos
acostumados, na qual a resposta é obvia: os professores avaliam seus
alunos dentro de suas classes, e as qualificações que atribuem são
colocadas em registros, nos expedientes que tornaram possíveis decidir a
passagem entres cursos, níveis e titulações finais. Esta pratica é dominante
é conhecida como avaliação interna, porque se decide em âmbito da escola,
mas podemos existir e existem outras formas possíveis.
1. A avaliação externa caracteriza-se por ser realizada por pessoas
que não estão devidamente ligadas com objeto da avaliação, nem
com os alunos, com o objetivo de servir ao diagnóstico de amplas
amostras de sujeitos ou para selecioná-los.
2. Pode-se preconizar que os alunos se avaliem entre eles a chamada
heteroavaliação, no trabalho em grupos ou em experiências de co-
gestão na aula.
3. Por conveniência pedagógica, recomenda-se em certos casos, em
que o aluno se avalie (auto avaliação) como via de responsabilizá-
lo em seu próprio processo de aprendizagem ou porque se
pretendia avaliar algum aspecto que só ele pode conhecer.
4. A avaliação externa varia de uns sistemas educativos para outros.
A norma externa apresenta-se como garantia de ser um padrão que
marcaria um nível único, idêntico para todos, a serviço da
igualdade de oportunidades.
A democratização acesso a escolaridade básica, faz do ensino uma
oportunidade igual para todos
Poder de controle
25
Pontuar o valor da aprendizagem, pela forma de realizar
instrumentos para estimular o domínio sobre as pessoas, regula a conduta
no classe e uma ameaça efetiva mais que o castigo.
Funções pedagógicas
Um modelo ou técnica para avaliar desde de uma ótica pedagógica,
conseqüência ter outras funções sócias atribuídas ao sistema escolar e os
novos conflitos.
1- Criadores de ambiente: Relação entre professor e aluno de tudo que
acontece na sala de aula.
2- Diagnóstico:
a. Conhecimento do aluno;
b. Conhecimento das conduções pessoais familiares ou sociais do aluno;
c. Para se conscientizar;
d. Diagnosticar com o fim de determinar o estado final de um aluno;
e. Diagnosticar a qualidade dos alunos. Avaliação formativa é aquela que
se realiza com o propósito de favorecer o melhor de algo: de um
processo de aprendizagem.
A avaliação formativa tem os fins a tomada de consciência que ajuda a
refletir sobre um processo no contexto natural de aula, nos leva a associá-la
com uma avaliação de caráter contínuo realizada pôr processo.
“A avaliação é reconhecida atualmente como um dos pontos
privilegiados para estudar o processo de ensino-aprendizagem. Abordar o
problema da avaliação supõe necessariamente questionar todos os
problemas fundamentais da pedagogia. Quanto mais se penetra no
26
domínio da avaliação, mais consciência se adquire do caráter
enciclopédico de nossa ignorância e mais se põe em questão nossas
certezas, ou seja, cada interrogação colocada leva a outras. Cada árvore
se enlaça com outra e a floresta aparece como imensa”.
(Cardinet, 1986ª, p.5)
27
Capitulo IV- AVALIAÇÃO: PARCERIA PARA UM ENSINO
MELHOR
A Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional ( LDB) aprovada em 1996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos. Da mesma forma os resultados obtidos pelos estudantes do longo do ano escola devem ser mais valorizados que a nota final.
A complexidade envolvida no ato de avaliar ultrapassa o ensinar – aprender: envolver dialogo, valores, necessidades, um desafio para a nossa sociedade. Vai para além da sala de aula é também uma ação política de cidadania.
“O respeito a autonomia e a dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns outros”
(Paulo Freire, 1967, p 13)
O professor para avançar na sua pratica cotidiana é desafiado a habitualmente garantir elementos de aprendizagem e que possua também o conheciment5o das necessidades/interesses dos alunos não um mero pensante de informação e nesse sentido avaliação servirá a aprendizagem, vista que será um caminho a mais para o alcance dos objetivos – aprender/ aprender(construção do conhecimento).
A eficiência do professor caminhará juntamente com a sua prática avaliativa ou seja refletindo e buscando sempre no decorrer do processo ensino-aprendizagem mecanismo que facilitem os direitos de aprender de todos os seus alunos.
A avaliação melhora a aprendizagem quando definem-se critérios ou caminhos que facilitem a aprendizagem.
• Troca de experiências • Auto-avaliação • Inclusão/Respeito • Oportunizar diferentes atualidades
28
• Utilização de instrumentos variados • Processo individual/ observação • Dialogo
O essencial de uma avaliação é descobrir como fazer um aluno, ou a turma a avançar mais. Ela deve ser precisa possessível contínua e sistematizada. Nada pode ser aleatório. É complexa interage no processo ensino-aprendizagem, ligada as propostas pedagógicas e aos objetivos educacionais.
Importante: A avaliação deve estar a serviço da APRENDIZAGEM.
• 4.1 Avaliação educacional, construção do conhecimento
A avaliação é motivo de repressão quando o professor não dá importância ao que foi construído ao longo de um processo de ensino-aprendizagem. É apenas uma forma de testar e medir os acertos e erros dos indivíduos.
Esta pratica, ainda hoje, avaliar é: dar notas, fazer provas, registrar notas, conceitos, etc. Assim o utiliza-se dos dados comparados, na medida que é mais fácil atribuir aos alunos medias de resultados obtidos em exames.
O instrumento de avaliação mais utilizado na avaliação tradicional é a prova, pela qual ficam os objetivos distorcidos e muitas vezes são marcados para castigar os alunos e ameaçá-los de reprovação. Em muitas oportunidades se quis pegar os alunos desprevenidos, causando medo entre os educando.
Em vez de fragmentar, é preciso incentivar a interação do aluno no processo de ensino aprendizagem onde cada um tem algo a ensinar para o outro, sendo a avaliação um elo entre a sociedade, as escolas e os estudantes.
Daí a necessidade de uma conscientização de todos estes segmentos, sugerindo que a avaliação seja repensada para que a qualidade do ensino não fique comprometida.O educador deve ter o cuidado com influencias na historia da vida do aluno e do próprio professor para que não haja, mesmo inconscientemente, a presença de autoritarismo e de arbitrariedade que a perspectiva construtiva tanto combate.
29
Segundo a professora Jussara Hoffmann, avaliar num novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao aluno, em seu processo de aprendizagem, reflexões acerca do mundo, formando seres críticos libertários e participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas.
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, de acordo com o art.24, inciso V, sobre avaliação escolar segue-se:
• - uma avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os eventuais provas finais;
• - a obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período do letivo, para o caso de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino e seus regimentos.
A avaliação escola é um processo pelo qual se observa, se verifica, se analisa, se interpreta um determinado fenômeno (construção do conhecimento), situando o concretamente quanto aos dados relevantes, objetivando uma tomada de decisão em busca da produção humana.
4.2 Intervenção do professor: Ação pedagógica
Nós professores buscamos constantemente melhorar nossa pratica pedagógica, principalmente quando buscamos aprimorar os processos de avaliação da escola.
Na avaliação escolar é preciso enfatizar momentos distintos: observação, analise, e compreensão das estratégias da aprendizagem, bem como tomadas de decisão favorável ao desenvolvimento do aluno. Então, é relevante a intervenção do professor em decorrência da analise da atividade realizada. Essa é a ação a ponte para que ocorra a superação intelectual ao seja a aprendizagem afetiva.
Também nós os professores precisamos ficar atentos em estabelecer critérios de avaliação em nossa escola, o que priorizamos, como compartilhamos, p que é de relevância e de interesse para os alunos. Pois a avaliação é vista como processo abrangente da existência humana que implica em uma reflexão critica no sentido de captas seus avanços, suas
30
resistências, suas dificuldades e possibilita uma tomada de decisão para superar os obstáculos, tendo em vista a função do processo transformador da função na sociedade.
Em linhas gerais a avaliação acorre paralela a aprendizagem dos alunos percorre todo processo educacional.
31
CONCLUSÃO
A avaliação da aprendizagem é um desafio a ser vencido. A
finalidade da escola é ensinar e a do aluno é aprender, aprender, trata-se ai,
de um principio de uma comunicação através do desejo de “saber” de um e
da necessidade de “transmitir” do outro. Existe, até certo ponto uma
oposição entre o desejo do educando e os objetivos e métodos regidos do
ensino como efeito, o educando tem suas necessidades, seus desejos
próprios, a sociedade através da escola tenta impor-lhe um modelo de ver e
de pensar, conforme estrutura a qual pertença o sistema escolar.
Concluímos a avaliação é necessária ao processo ensino
aprendizagem, pois identifica os pontos a serem retomados durante a ação
pedagógica, havendo uma inversão de valores no caso da avaliação da
aprendizagem: de um meio de verificação, passou a ser o fim.
Ao participarmos de um seminário sobre planejamento e avaliação
em que um palestrante, abordou sobre a dificuldade dos professores de
mudarem suas formas de avaliar( pontuando somente os erros, esquecendo-
se das aprendizagem).
“Acredito que antes de se discutir a avaliação da aprendizagem dos
alunos, cada professor deveria fazer uma auto-avaliação do seu trabalho, da
sua pratica pedagógica e enfim, mudar o ritual da avaliação e descobri-la
como diagnostica, significando dar grande passo, na mudança pedagógica
das escolas do nosso pais”
Pensar em um processo avaliativo requer compreendê-lo em sua
amplitude. Dele e nele fazem parte aluno, professor, os sistemas
municipais, ou estaduais de ensino, instituição mantenedora com suas
concepções, enfim, a comunidade escolar.
32
Neste trabalho monográfico, concluímos que o mais importante é que
os alunos e professores percebam que a avaliação da aprendizagem existe
para possibilitar o melhor desenvolvimento dos educando e não para
excluí-los. Nesse sentido, a finalidade da avaliação é: conhecer melhor o
aluno, constar o que está sendo aprendido, adequar o processo de ensino
aprendizagem.
O psicopedagogo deverá está depois estimulado ao trabalho de forma
produtiva, quando percebe que há uma finalidade na sua proposta onde
seus resultados estão sendo valorizados. A aprendizagem pode ser:
amorosa, inclusa, dinâmica e construtiva, diversa ao exames, que não são
amorosos, são excludente não são construtivos, nas classificatório. A
avaliação inclui, trás para dentro os exames selecionam, excluem
marginalizam.
Conclui-se assim que a avaliação serve como instrumento de orientação de revisão da pratica para a gestão e possíveis ações do processo. Devendo contribuir elementos alternativo constitutivo da gestão democrática é fundamental para melhoria das ações educacional.
“Estudar a avaliação é entrar na analise de toda pedagogia que se pratica”
(J.Gimeno Sacristán, 2002 p.295)
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