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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Educação Ambiental: trilhas perceptivas em prol do recurso natural – água. Francisca dos Santos Kill Orientador Prof. Dr. Celso Sánchez Vitória/Dezembro/2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E

DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Educação Ambiental: trilhas perceptivas

em prol do recurso natural – água.

Francisca dos Santos Kill

Orientador

Prof. Dr. Celso Sánchez

Vitória/Dezembro/2008

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E

DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Educação Ambiental: trilhas perceptivas

em prol do recurso natural – água.

Francisca dos Santos Kill

Trabalho monográfico apresentado como

condição prévia para a conclusão do curso de

Pós-graduação “Lato Sensu” em Educação

Ambiental.

Vitória /Dezembro/2008

3

AGRADECIMENTOS

A Deus que nos deu vida e amor, e criou

este maltratado mais ainda assim, Belo

Planeta.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a meu esposo Ricardo

Kill, meus filhos Richard Kill e Rodrigo

Leonardo Kill, pelo incentivo de uma vida

proativa. E em especial à minha mãe primeira

Mestra no ensino do “Ethos que cuida”.

5

RESUMO

“É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver

a vida passar. É melhor tentar, ainda que em

vão, que nada fazer.” ( Martin Luther King)

Nos dois casos/olhares exemplificados nesta abordagem monográfica, um

mesmo conceito – a educação ambiental foi avocada para a construção de

uma educação para o “caminhar/sustentabilidade.

Sustentabilidade é um conceito sistêmico,

relacionado à continuidade dos aspectos

econômicos, sociais, culturais e ambientais da

sociedade humana. e, mais a sustentabilidade

abrange vários níveis de organização, desde a

vizinhança local até o planeta inteiro.[NT. 01].

Num primeiro olhar, ressalto o Evento Técnico Feira do Verde – com a

temática: Consumo consciente: uma questão de sobrevivência. Nesta proposta

podemos visualizar a prática de educação ambiental na Gestão Pública do

Município de Vitória. E também, dizer que é um Plano de Ação da Agenda 21

Local. [NT. 02].

Relembrando que, a Agenda 21 Local é um processo através do qual as

autoridades locais trabalham em parceria com os vários setores da

comunidade na elaboração de um Plano de Ação para implementar a

sustentabilidade a nível local.

No outro, procuro estabelecer um contraponto entre esta prática de Educação

Ambiental na Gestão Pública com a práxis do Coletivo Educador [NT03].

Nessa práxis – Coletivo Educador – assume-se o “educar” / “aprendiz” na

“democraticidade”. Isto é, a importância do resgate do protagonismo dos

“Conselheiros” da cidade (Atores Sociais). O Coletivo Educador Ambiental

propiciará a mobilização social e a formação de Educadores Ambientais

Populares na cidade de Vitória.

Neste contexto, pode-se pensar o ambiente e a educação ambiental de forma

a ampliar o conceito e adotar o modelo de tecido celular de Dias (1992),

6

abordando os aspectos político, éticos, sociais, econômicos, científicos,

tecnológicos, culturais e ecológicos, por exemplo.

Construindo assim um “caminhar para a sustentabilidade.

Nestes tempos onde a informação assume um papel relevante e considerando

nosso pertencimento ao Planeta Terra, Publicizo [NT04], os textos: Carta da

Terra; Declaração do Milênio: Declaração Universal dos Direitos da Água.

Respaldada nas palavras de Avanzi: “Do cotidiano à busca pela construção da

cidadania planetária.” A contribuição para a Sincronicidade do “Aprender

mediatizado pelo mundo”.

A aposta que vale a pena fazer, neste caso – da educação ambiental, é o

diálogo. Diálogo que ao permanecer mantém a abertura necessária que não

permitirá ao cidadão a inércia e a acomodação diante da convocação – desafio

(desenvolvimento de novas atitudes no consumo do elemento água. Ou seja,

participação no processo da realidade socioambiental onde estão inseridos.

Percebemos nisto, um processo desenvolvido no Evento Técnico Feira do

Verde que neste enfretamento foi denominada de Educação Ambiental na

Gestão Pública – informar ao cidadão de que devemos nos mobilizar para

preservar os recursos naturais. Recursos que irá garantir a qualidade de vida

para esta e para as futuras gerações.

Neste contexto, a importância é a práxis desta Educação Ambiental.

Considerando-se o “desafio” diante do problema: desperdício de água. Diante

do exposto, não podemos pensar em público privilegiado a qual o “educar! –

educação ambiental deva se destinar.

Compactuamos, sim com o processo educativo na adesão dos atores sociais

(moradores da Grande Vitória) ao movimento da realidade socioambiental.

Nesta linha – proposta que aqui defendemos, insere-se o pensar do Professor

Loureiro: “Educador ambiental precisa articular-se com outros movimentos

sociais. Uma vez que todos percebem percebem: o público da Educação

Ambiental é a sociedade constituída por seus atores individuais e coletivos, em

toda a faixa etária.

7

METODOLOGIA

“mediatizados pelo mundo”. (Paulo Freire)

Os métodos empregados nesta abordagem foram:

1 – pesquisa bibliográfica;

2 – participação no \projeto piloto COLEDUC-ES. Focando na atitude de

Aprendiz e na ótica de sustentabilidade. Com autoquestionamento, auto-

responsabilidade, participação nas transformações da realidade sócio

Ambiental da cidade de Vitória. Como condição “sine qua non” para a Mudança

do paradigma social. Palavras de Moema L. Viezzer (In: Atores Sociais e Meio

Ambiente. (Encontro e Caminhos):

A vida necessita do movimento “de dentro pra

fora” do individual para o coletivo – até para

entender e trazer o movimento “de fora pra

dentro” – do coletivo para o individual, uma vez

que o movimento de transformação nunca é

isolado. Cada ser humano é o centro de uma

rede de conexões através das quais tem uma

gama de oportunidade para exercer sua

cidadania local e planetária.

3 – participação em seminários, congresso e palestra.

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9

CAPÍTULO I ..................................................................................................... 12

I.a – Educar ................................................................................................................. 12

I.b – Glossário ............................................................................................................. 14

I.c – Educação Ambiental ........................................................................................... 15

I.d- O “Conceito” ........................................................................................................ 19

CAPÍTULO II .................................................................................................... 20

PARTICIPANDO DO COLETIVO EDUCADOR ............................................... 20

CAPÍTULO III ................................................................................................... 25

DIVULGANDO OS OLHARES DO MUNDO .................................................... 25

III. a – A Carta da Terra .............................................................................................. 25

III. b – Declaração das Nações Unidas ....................................................................... 27

III. c – Declaração dos Direitos Universais da Água .................................................. 27

CONCLUSÃO .................................................................................................. 28

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................... 29

Anexo I >> Conteúdo de revistas especializadas; ........................................... 30

Anexo II >> Internet;......................................................................................... 31

Anexo III >> anexo especial ............................................................................. 32

FOLHA DE AVALIAÇÃO .................................................................................. 35

9

INTRODUÇÃO

Permeará esta abordagem monográfica “o modo de pensar dialógico”

O modo de pensar dialógico, genericamente, consiste em que quaisquer pares podem estar em contradição e ou/ serem complementares. Permite entender a unidade na diversidade, a superação do contraditório pela síntese que estabelece outras contradições, num contínuo movimento de transformação -... Palavras de (Loureiro, C.F. B.)

Nos últimos anos, os trabalhos de Educação Ambiental –em Vitória-ES, foram

realizados no Parque Pedra da Cebola – um espaço público de 7.400M². O

trabalho/Evento é denominado “Feira do Verde”.

Sendo que o último realizado em 2007 trouxe como temática ambiental o

“Consuma consciente: uma questão de sobrevivência. Este tema, conforme

Relatório de Gestão da Prefeitura de Vitória- foi desenvolvido através de

exposições, cursos, oficinas, palestras, shows e seminários.

Assim sendo, segundo, Rodrigo G. P. Junqueira –“quando os trabalhos de

educação ambiental se prestam a essa dimensão tendem a separação,

trabalhando apenas o indivíduo, através de cursos e oficinas de “motivação”,

auto-estima e coisas do gênero”. Quando o que o “que deveriam ser observado

–” é que o ser humano é ao mesmo tempo criador e criatura das condições

socioambientais que aí estão. Logo, ao trabalharmos com processos de

intervenção socioambientais; esses processos educacionais devem estar

voltados a questões que considerem, respeitem, e acima de tudo, consigam

lidar profissionalmente com “a vida como ela é”. (In: Pedagogia Social:

processos de intervenção socioambiental).

O eixo condutor desta abordagem procura a contribuição da “educação

mediadora na atividade humana, articulando teoria e prática, a educação

ambiental é mediadora da apropriação, pelos sujeitos, das qualidades e

capacidades necessárias à ação transformadora responsável diante do

ambiente em que vivem. (TOZONI-REIS, 2004, p.147)

Diante de todos os desafios: Praticando Educação Ambiental na Pedra da

Cebola, vem o questionamento – sensibilizar será que conseguiremos?

10

Neste sentido, contextualizando a vivência dos moradores de Vitória com a

frase veiculada na mídia capixaba “Dizem que os moradores de Vitória não se

preocupam com os desperdícios de Água. Assim sendo, esta constatação nos

remete a outra indagação/missão: sensibilizar será que conseguiremos.

Neste contexto e adotando “o termo” lidar profissionalmente com “a vida como

ela é”. Vida que “em todos os lugares do planeta, as ações que se

sobrepuseram ao planejamento da natureza com forte impacto ambiental estão

sendo repensadas, trazendo a necessidade urgente da formação da

consciência ambiental e cidadã e a educação de pessoas/instituições a partir

de princípios e valores que orientam as ações na perspectiva da ética do

cuidado para a sustentabilidade. (Moema L. Viezzer, In: Atores sociais e Meio

Ambientes, pag. 37 Volume2)

Para isso, buscando um “aprender pela vida”, participei ativamente como

indivíduo do PAP² - Pessoas que Aprendem Participando do Projeto Piloto

COLEDUC-ES. Em outras palavras, o mesmo que coletivos Educadores para

territórios sustentáveis.

Esse projeto tem como diretriz a Política Nacional de Educação Ambiental-

PNEA, instituída pela Lei 9795/99.

Vale lembrar, a cada ano, em decorrência do aumento da população da cidade

de Vitória e seu entorno; o abastecimento de água torna-se objeto de grande

desafio isto é, conseguir suprir as necessidades de água da população no

presente sem comprometer o abastecimento das gerações futuras.

Além disso, do desperdício, as contaminações pelo uso indiscriminado de

agrotóxicos, alta concentração de ferro, esgoto sem tratamento, estão entre os

principais problemas dos rios Jucu e Santa Maria. Principais rios que

abastecem a Grande Vitória.

A água, líquido precioso e essencial à vida: o que podemos fazer?

Diante disso, nos propomos a sermos agente e difundir ações que possam

gerar, num maior número de pessoas mudanças de consumo diante desse

recurso natural. O desafio (“consumo consciente”) – a proteção do recurso

natural, a água.

11

O Instituto Socioambiental (ISA)- nos relata, os mananciais apresentam

problemas de poluição e os desperdícios diários de água de todas as capitais

brasileiras, juntas, abasteceriam uma população de 38 milhões de pessoas,

por dia. Na Avaliação da Percepção Legislação Ambiental Básica Ambiental

da Sociedade Frente ao Conhecimento da e Pesquisa estruturada pelo Núcleo

de Estudos em Percepção Ambiental.

Ressalto igualmente que a práxis do Coletivo Educador está pautada na

temática da Secretaria de Articulação Nacional e Cidadania Ambiental (SAIC) –

do Ministério do Meio Ambiente na formação de educadores ambientais

populares. Praticando Educação Ambiental na Pedra da Cebola seguindo as

tendências da participação popular crescente e estimulada. Em outras

palavras, com base na metodologia do Programa de Formação de Educadores

Ambientais (PROFEA), que qualquer pessoa seja ela conselheiro de meio

ambiente um catador de lixo, um aluno de escola, cada qual no seu âmbito de

ações cotidianas- pode e dever se tornar um educador ambiental.

Por último, Publicizo os relatórios, documentos Declaração do Milênio em seu

Artigo IV; Carta da Terra; Declaração Universal dos Direitos da Água.

Se pensarmos em termos planetários são estas as ferramentas que buscam

conscientizar as populações sobre a responsabilidade de todos; buscando uma

sociedade ecologicamente sustentável e socialmente justa. Logo, “Água e o

desenvolvimento sustentável pressupõem um desafio que influencia

diretamente o desenvolvimento sustentável das populações do mundo todo.

.

12

CAPÍTULO I

I.a – Educar

“Os seres humanos se educam mediatizados pelo

mundo” (Paulo Freire)

“O mais amplo do mundo, o conhecimento, o reconhecimento, a alegria deixada por um

presente como um suavíssimo cometa, tudo isso e muito mais cabem na extensão de uma

palavra. Quando se diz obrigado, se dizem muitas coisas mais, que vêm de muito longe e

de muito perto, de tão longe como a origem do indivíduo, de tão perto como o secreto

pulsar do coração” (Pablo Neruda)

Na busca para adquirir subsídios para esse educar –“Ensinar esse saber

ecológico, que também corresponde à sabedoria dos antigos, será o papel

mais importante da educação no Século 21”. Isto, nas palavras do fundador e

atual diretor do Centro de Alfabetização Ecológica em Berkeley, Califórnia –

Fritjof Capra.

Neste contexto, temos: educação ambiental crítica, emancipatória ou

transformadora, ecopedagogia, educação no processo de gestão ambiental ou

ainda, alfabetização ecologia, educação ambiental formal, não formal e

informal, Conservacionista, ao Ar Livre e ainda, a Educação “par”, “sobre o” e

“no” ambiente, socioambiental, crítica, política, para o desenvolvimento

sustentável.

Evidentemente, vejo- na fase de “publicizar” falas e conceitos da educação

ambiental de importantes disseminadores das práticas educativas relacionadas

“a discussão sobre a vida em seu sentido mais profundo e a sustentabilidade

do planeta.”.

Segundo Luiz Ferraro-“(...) Quem busca conhecimentos para a Educação

ambiental está em mar aberto, navegando nas incertezas.” Por quê?

“Naturalmente, devido à multiplicidade das trilhas conceituais, práticas e

metodologias que neste “Educar” se ramificam.” Logo, seguindo os vários

debates sobre a problemática do meio ambiente podemos constatar a

surpreendente diversidade desta denominação.

13

Neste contexto, temos: educação ambiental crítica, emancipatória ou

transformadora, ecopedagogia, educação no processo de gestão ambiental ou

ainda, alfabetização ecologia, educação ambiental formal, não formal e

informal, Conservacionista, ao Ar Livre e ainda, a Educação “par”, “sobre o” e

“no” ambiente, socioambiental, crítica, política, para o desenvolvimento

sustentável.

Diante disto, convenhamos: não é tarefa fácil decidir, rapidamente, e ainda,

numa fase de aprendizado, identificar com tal ou qual prática enfrentaria a

realidade socioambiental da cidade de Vitória.

Em função da questão: “os moradores de Vitória não se preocupam com os

desperdícios de água. A água é vital para as pessoas, para as suas atividades,

logo, para seu desenvolvimento econômico e social.

Água, líquido precioso e essencial á vida. Ela é o elemento centralizador dos

“Desafios para o século XXI”, tendo em vista que:

• A vida no Planeta Terra só é possível porque existe água em estado

líquido em sua superfície.

• Não se conhece nenhum ser vivo que consiga viver sem depender da

água.

• Durante muitos anos predominou a visão de que água é recurso

inesgotável. Mesmo sendo um recurso renovável, hoje se vê um

decréscimo da disponibilidade de água potável em todo planeta.

• A gestão depende de cada um e nós.

• Do ponto de vista puramente ecológico, podemos pensar/ globalmente-

conscientização da preservação da vida no Planeta;

• “informar” e “formar” o cidadão; agindo localmente. Todos os seres vivos

dependem deste recurso vital.

Mas no nosso caso, estamos falando de uma prática educativa ambiental

crítica, voltada a formação e engajamento dos moradores; enquanto ser

individual e social, historicamente situado na Cidade de Vitória.

Para este intento, o Coletivo Educador pode ser um dos caminhos para um

“educar” do sujeito humano enquanto se individual e social: (Conselheiro da

Saúde ou da educação) historicamente situado na cidade de Vitória.

14

I.b – Glossário

As ensinanças da dúvida

Tive um chão (mas faz tempo)

todo feito de certezas

tão duras como lajedo.

Agora (o tempo é que o fez)

tenho um caminho de barro

Umedecidos de dúvidas

Mas nele (devagar vou)

me cresce funda a certeza

de que vale a pena o amor. (Thiago de Mello)

Descrevo aqui os vários conceitos de Educação Ambiental que tem sido

produzido por trabalhos de Educação Ambiental por milhares de educadores

em todo o mundo.

Logo, vejamos quiçá as primeiras definições sobre o tema:

(1) Processo dinâmico integrativo: a Educação Ambiental foi

definida (...) como "um processo permanente no qual os indivíduos e a

comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem o

conhecimento, os valores, as habilidades, as experiências e a

determinação que os torna aptos a agir -individual e coletivamente - e

resolver problemas ambientais".

(2) Transformadora: a Educação Ambiental possibilita a aquisição de

conhecimentos e habilidades capazes de induzir mudanças de

atitudes. Objetiva a construção de uma nova visão das relações do

homem com o seu meio e a adoção de novas posturas individuais e

coletivas em relação ao ambiente. A consolidação de novos valores,

conhecimentos, competências, habilidades e atitudes refletirão na

implantação de uma nova ordem ambientalmente sustentável.

(3) Participativa: a Educação Ambiental atua na sensibilização e

conscientização do cidadão, estimulando a participação individual nos

processos coletivos.

15

(4) Abrangente: a importância da Educação Ambiental extrapola as

atividades in-ternas da escola tradicional; deve ser oferecida

continuamente em todas as fases do ensino formal, envolvendo ainda

a família e a coletividade. A eficácia virá na medida em que sua

abrangência vai atingindo a totalidade dos grupos sociais.

(5) Globalizadora: a Educação Ambiental deve considerar o ambiente

em seus múltiplos aspectos e atuar com visão ampla de alcance local,

regional e global.

(6) Permanente: a Educação Ambiental tem um caráter permanente,

pois a evolução do senso crítico e a compreensão da complexidade

dos aspectos que envolvem as questões ambientais se dão de modo

crescente e continuado, não se justificando sua interrupção.

Despertada a consciência, se ganha um aliado para a melhoria das

condições de vida no planeta. UM TRECHO DA CARTA DE

BELGRADO, DE 1975:

"Governantes e planejadores podem ordenar mudanças e novas

abordagens de desenvolvimento que possam melhorar as condições

do mundo, mas tudo isto não se constituirá em soluções de curto

prazo, se a juventude não receber um novo tipo de educação. Isto vai

requerer um novo e produtivo relacionamento entre estudantes e

professores, entre escola e comunidade, entre o sistema educacional e

a sociedade. É nesse sentido que devem ser lançadas as fundações

para um programa mundial de Educação Ambiental que torne possível

o desenvolvimento de novos conhecimentos e habilidades, valores e

atitudes, visando à melhoria da qualidade ambiental e, efetivamente, à

elevação da qualidade de vida para as gerações presentes e futuras.”

I.c – Educação Ambiental

Nas palavras de Layrargues, “Educação Ambiental, portanto é o nome que

historicamente se convencionou dar às práticas relacionadas à questão

ambiental.” Disto, vem a essência das definições acima apresentadas.

16

Porém, atualmente, devido à grande diversificação de nomenclaturas não

podemos afirmar simplesmente que se faz “Educação “Ambiental”

Sendo assim, vejamos:

� Educação Ambiental: conjunto de ações educativas voltadas para

a compreensão da dinâmica dos ecossistemas, considerando os

efeitos da relação do homem com o meio, a determinação social

e a variação/evolução histórica dessa relação. Visa preparar o

indivíduo para integrarem-se criticamente ao meio, questionando

a sociedade junto à sua tecnologia, seus valores e até o seu

cotidiano de consumo, de maneira a ampliar a sua visão de

mundo numa perspectiva de integração do homem com a

natureza.

� Educação Ambiental: a coletividade constrói processos por meios

dos quais o indivíduo e valores sociais, conhecimentos,

habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio ambiente formativo, utilizando um conjunto

de atividades e idéias que levam o homem a conhecer o

ambiente e utilizar os recursos naturais de maneira racional.

� Educação Ambiental: processo de aprendizagem permanente

baseado na ética no respeito a todas as formas de vida, visando

a gerar mudanças na qualidade de vida e maior consciência de

conduta pessoal, assim côo contribuir para uma harmonia entre

seres humanos e destes com outras formas de vida. “Com vistas

a um desenvolvimento sustentável.

É nesse cenário, na perspectiva da apresentação dos sentidos identitários

desse “fazer educativo voltado à questão ambiental, convencionalmente

intitulado de “Educação Ambiental” que buscamos a decodificação desta

didática.

Em outras palavras, busquei a decodificação desta “didática da complexidade:

“Na ignorância do que realmente seja aprender, estaríamos aptos a ensinar ou

a militar?”Valeria provocar, mais perguntando: aquele que se apresenta para

17

ensinar está mesmo disposto a aprender a verdade? (Por Virgínia Maria

Machado In: em busca de uma didática da complexidade.

Na heurádica deste aprendizado:

“Recheados de discursos políticos esquecemos que o sujeito de nosso

trabalho é também biológico. “Trazemos dentro de nós, o mundo físico, o

mundo químico, o mundo vivo, e, ao mesmo tempo, dele estamos separados

por nosso pensamento, nossa consciência nossa cultura. Assim, “cosmologia,

ciências da Terra, Biologia, Ecologia permitem situar a dupla condição: natural

e metanatural”. (Morin, 2001).

Contextualizando, e a partir da percepção ambiental é que queremos contribuir

com a ampliação da luta pela qualidade de vida e uso racional da Água –

nosso bem mais precioso. Assim, citando Edgar Morin, concluímos, “mas na

verdade é importante orientar essa tomada de consciência social que leva à

cidadania para que o indivíduo exerça sua responsabilidade.”

(Ashley (2002: 6) define a responsabilidade social como “toda e qualquer ação

que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade”.

Nesse contexto, minha participação no Projeto Piloto Coletivo Educador.

O coletivo Educador é um conjunto de instituições que atuam em processos de

mobilização social e formação de educadores ambientais populares que atuam

em todos os espaços do território na criação e no empoderamento de

comunidades. Numa articulação permanente de Educação ambiental -

recomendada elogiosamente por inúmeros especialistas da questão ambiental

no mundo inteiro.

Habitar assim, esta complexidade de trabalhar o “coletivo” -percepção: vermos

por toda a parte “os desperdícios dos nossos recursos naturais. Que, neste

caso específico- Água” e permitirmos que “isto” aconteça sem pensarmos nas

conseqüências futuras?

Eís então o marco da nossa atenção. Logo, na tensão de que de um modo ou

de outro fazemos parte ativa ou passiva deste contexto ambiental; é inegável

que precisamos criar mecanismos participativos. Mesmo sabendo que existem

conflitos nas questões sobre o “espaço da participação e mobilização na

18

construção de uma realidade”. (Mauro Guimarães – In: Educação Ambiental e

Gestão para a Sustentabilidade- Unigrario, RJ).

Nesse sentido, “ser um ator político na esfera pública (Carvalho, 1992,36)

exercendo sua responsabilidade ambiental-compreensão-ação sobre

realidades complexas; construíram os “encontros e caminhos” dessa

abordagem.

Apropriada dessas informações e da urgência de fazermos alguma coisa para

ajudar na preservação deste recurso natural.

“... agir localmente e pensar globalmente”. Ressalva-se que esse agir e esse

pensar não são separados, nas constituem a práxis da EA (Educação

Ambiental), consciente de que a ação local e/ou individual age sincronicamente

no global, superando a separação entre o local e o global, entre o indivíduo e a

natureza.

Portanto, seguindo os “caminhos/ me cresce funda a certeza de (Edgar Morin)

tirarmos a s dúvidas, pois, “mas na verdade, é importante orientar e guiar essa

tomada de consciência social que leva \à cidadania para que o indivíduo

exerça sua responsabilidade. Em outras palavras, “uma educação ambiental

para chamar de “sua”? (Paul Ricouer) e refletindo sobre a frase: “Dizem que os

moradores de Vitória não se preocupam com os desperdícios de água? Não se

preocupam com sua “sustentabilidade”.

19

I.d- O “Conceito”

Heureca!!! - Com esta expressão deslumbrei o (Re) conceituando Educação

Ambiental produzido por Carlos Rodrigues Brandão.

Sendo “assim:” Eis para que serve a Educação Ambiental. “Ao lado de outras

idéias e ações sociais, ela serve para torná-lo o “ainda há tempo” uma

realidade viável e realizável, aqui e agora.” Então, elogiosamente transcrevo

“ipsis litters” – a notável passagem de Aziz Nacib Ab.[rodapé páginas 10 e 11 do Encontro e

caminhos: Formação de Educadoras (es) Ambientais –volume 2].

Que nos venha falar, um geógrafo, do alto de seu quase século de vida.

“Educação Ambiental é uma coisa mais do que geralmente tem sido

apresentada, em nosso meio. È um apelo à seriedade do conhecimento. E,

uma busca de propostas corretas de aplicação das ciências. Uma “coisa” que

se identifica com um processo. Um processo que envolve um vigoroso esforço

de recuperação de realidades nada simples. Uma ação missionária e utópica,

destinada a reformular comportamentos humanos e recriar valores perdidos e

jamais alcançados. Um esforço permanente na reflexão sobre o destino do

homem – de todos os homens – face à harmonia das condições naturais e o

futuro do planeta “vivente”, por excelência. Um processo de Educação que

garante um compromisso com o futuro. Envolvendo uma nova filosofia de vida.

E, um novo ideário comportamental, tanto em âmbito individual quanto na

escala coletiva.”(ver nota do autor no rodapé pag.11 – Transcrevo esta notável passagem de Aziz Nacib Ab.

Saber, de um precário de folhas em Xerox, com o título de Reconceituando Educação Ambiental)

20

CAPÍTULO II

PARTICIPANDO DO COLETIVO EDUCADOR

“A utopia é simultaneamente o que faz mudar a

realidade e o que é incapaz de mudá-la. O realismo é

ao mesmo tempo lúcido e cego.”(In: Journal de

Califórnia. trad. Nurimar Falci)

No início da caminhada com o COLEDUC-ES, fomos convidados a uma

viagem que vou chamar de viagem “trans”. Sendo assim, vou transcrever o que

significa literalmente essa palavra. Assim diz o “Aurélio”- trans – (Do latim

trans) Prefixo = “movimento para além de, através de”. Foi a partir deste ponto

de vista que participei das “Oficinas do COLEDUC-ES.

Citando Martin Luther King, diria:

“Eu tenho um sonho Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos

perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos. É melhor tentar e

falhar que ocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão,

que nada fazer. Mesmo se eu soubesse que amanhã o mundo se partiria em

pedaços, eu plantaria a minha macieira. Plantaria a minha macieira/a minha é

um ipê rosa. Nossa eterna mensagem de esperança é que a aurora chegará”.

[Martin Luther King)

A primeira delas foi a Oficina – O Sol nosso de cada dia- para termos uma

compreensão do Universo, dos planetas. E, especialmente do planeta Terra.

Nela descobrimos a energia do Sol, a força maior que faz “reverdecer” o

Planeta (a fotossíntese=árvores= água=vida=).

Descobrimos, também, os novos tons e cores do universo. Universo que se

encontra sempre em expansão. Percebemo-nos (como Planeta) pequenos e

frágeis perante a imensidão da Galáxia. Galáxia em constante transformação.

O mesmo se pode afirmar do nosso Planeta e de nós, de todos os seres vivos

que fazem parte destes complexos sistemas. Sistemas tão complexos, tão

polêmicos, tão interativos e tão próximos de “um futuro comum”.

Sendo assim, e ampliando a nossa percepção, assumiremos “o corpo/ ser

humano – como elemento relacional com o Planeta Terra (“ “o nosso Universo

é uma trama de relações e trocas de energia.” – “nós estamos” aqui (Planeta

21

Terra) e agora (oficina: Sol nosso...) entre o passado/presente – era

moderna=fabricação de utensílios (carros, eletroeletrônicos, etc.- num

processo de ação sobre a Natureza. Processos capazes de alterarem o seu

equilíbrio numa escala de ação crescente e “irreversível”. Será? O pensamento

de que a Terra seria eterna e que seus recursos naturais são infindáveis caiu

por terra, porque os últimos relatórios divulgados pela Organização das

Nações Unidas (ONU), a respeito da fragilidade desses recursos são mais do

que evidentes.

Diante disso, relembro das palavras do oficineiro: “se sabemos que somos

frágeis, teremos que cuidar dessa nossa fragilidade” e também, da matéria na

mídia, ou seja, a cada dia, surgem notícias sobre “os flagelados dos desastres

ecológicos. Podemos exemplificar: recentemente em Minas Gerais, uma lagoa

de resíduos de minerais pesados vazou, causando contaminação nas águas

da cidade próximas a esta lagoa. Em São Paulo, onde já é necessário e se faz

o rodízio de automóveis para evitar que o nível de poluição não seja

insuportável à vida de seus habitantes. E finalmente, em escala de “sociedade

Global”, em Londres, Detroit, Bangkok e Cidade do México, são também

exemplos de cidades que têm seus cotidianos afetados e extremamente

sensíveis a variações nas condições ambientais.

Os pontos positivos dessa oficina e que relembrei (In: Ecologia do Corpo) esta

frase dos meus estudos em Educação Ambiental: ”Não existe um ser vivo,

animal ou vegetal, que não esteja de algum modo interligado a outros de uma

forma equilibrada. Essa é uma das leis mais importantes do cosmo. Disso, vem

a importância de pensarmos na “vida” e a cerca dos impactos (desequilíbrios)

deste modelo de vida que está causando mudanças socioambientais. Sendo

assim, o Coleduc-ES- é uma semente (processo) para pensarmos “a

concepção de ambiente em sua totalidade. Este processo que, também,

podemos chamar de Educação Ambiental, educação que quer “a garantia de

continuidade e permanência do processo educativo”- para superação dos

problemas socioambientais. Isto é, repensando a nossa “responsabilidade”/ .

Aqui, lembraremos as palavras de Gustavo F. C. Lima (In. Encontros e

Caminhos: Formação de Educadoras (es)), sobre “Responsabilidade

22

Socioambiental e Sustentabilidade, que literalmente define:” podemos começar

lembrando que etimologicamente a palavra responsabilidade vem de

responder. Daí, responsabilidade socioambiental pode ser entendida como a

capacidade de responder aos problemas sociais e ambientais que

vivenciamos. Vivendo-“além dos - nossos meios.

O próximo passo foi à construção de um terrário, onde podemos compará-lo a

um micro-ecossistema. Pois, lá foram colocados insetos vivos- besouros,

aranha, minhoca e pequenas plantas. Acompanhando a evolução da vida no

Terrário vimos o nascer de uma mosca; o crescimento fora do comum de

alguns dos vegetais e sua morte. Enfim, o deixar “redescobrir” em ação. A

“curiosidade” presente em todos nós seres humanos.

Os pontos positivos desta oficina é que possamos colocar em prática nosso

lado de digamos, “pesquisador/observador, comparando o terrário com o

planeta, e verificarmos as diversas reações dos organismos vivos. Aprendendo

com as experiências simples.

Agora, as demais oficinas foram deverás informativas. Sendo que destacarei a

Oficina no Planetário – Nela, observamos o céu da cidade de Vitória diante de

duas situações.

A primeira apresentava o céu com a poluição de partículas (escapamentos de

automóveis), vindas, também das indústrias instaladas na cidade e entorno

(Grande Vitória)

A segunda surgia na abóboda, um céu sem a poluição anteriormente

demonstrada. Segundo o oficineiro, foi realizada uma pesquisa para saber de

onde provinha a poluição do céu (ar) da cidade de Vitória. E, a conclusão desta

pesquisa é que a poluição era dos escapamentos dos automóveis. Acredite se

quiser!?

Nas próximas oficinas veremos, principalmente, a multiplicidade das questões

sociais e ambientais. Exemplificado na produção do “Vídeo (Espera Maré).

Produção dos atores sociais- catadores de caranguejo que falam sobre as

conseqüências da poluição sobre o manguezal, a diminuição dos peixes, etc..

23

Da Apresentação do Vídeo “Espera Maré” e o Passeio de barca, contornando

a Ilha de Vitória; no qual podemos ver os manguezais da cidade e sua real

situação ambiental.

A visita à Escola da Ciência foi excepcional, conhecemos uma parte da História

da Cidade que não é contada nos livros de História. Exemplificando, os aterros

que ocorreram em quase toda a orla da Ilha.

Complementando com o Projeto Visitar que nos apresenta os principais pontos

do Centro de Vitória e sua História antiga de Vitória. As igrejas, a Catedral; o

Palácio Anchieta.

O lado negativo desta oficina foi o tempo de duração das atividades:

começando muito cedo: por volta das 08h00min e terminando por volta das

17h00min

A visita a Praça da Ciência, usando uma linguagem bem jovem direi: È tudo de

bom, agradável e informativo; pois, nos apresenta uma aula de física e de

ciências (o sistema solar) de uma maneira inusitada, ou seja, em meio a

plantas (dizem representar os asteróides) e os marcos representando O Sol e

os demais planetas. Continuamos a (questão da educação na saúde) oficina

no Parque Pedra da Cebola – onde ficamos conhecendo o Programa

Fitoterápico e várias ervas medicinais.

Agora no Encerramento do Projeto, fomos levados pelo “caminho da Oficina

“veracidade”- onde o nosso desfio era a localização dos vários “LÓCUS” =-

locais por onde aconteceram as ações práticas educativas do Coletivo –

COLEDU-ES que teve como “objetivo a formação contínua dos Conselheiros

eleitos na comunidade.”

Participei deste Coletivo Educador, principalmente, “assumindo uma postura

de aprendiz, como “ser consciente que quer participar ativamente das

transformações da realidade socioambiental da cidade onde vivo. E, que está

na comunidade e na instituição, em primeiro lugar, para ouvir e aprender sobre

a realidade onde pretende atuar, e não daquele que vem apenas ensinar, pois

já sabe tudo. ”E, sobretudo, pelo anseio de “buscar” uma qualidade de vida

melhor para a cidade onde vivo. Refletindo sobre o texto:” o fundamento da

Educação Ambiental está na certeza de que somos nós, as pessoas da vida

24

cotidiana- as mulheres e os homens da vida de todos os dias. “Os atores

sociais da sociedade civil, ou, se quisermos, o povo soberano (fala do “Coletivo

Educador Ambiental –Vitória –ES:” O Coletivo Educador Ambiental terá a

missão de promover o empoderamento socioambiental na cidade de Vitória –

ES)”. “Um povo soberano, ou seja, os responsáveis substantivos por tudo o

que venha a ser feito neste e em qualquer outro campo da sociedade e de

suas culturas.”

Como aprendiz, aprendiz de um saber, de um “olhar trans”. Um olhar através

de; para além de. Além da minha rua, além do meu bairro, minha cidade.

Meu compromisso ético. Fazendo parte de uma unidade=cidade de Vitória=

“uma cidade que é formada essencialmente por pessoas.” Pessoas que

merecem ter uma boa qualidade de vida. Portanto, merecem serem ouvidas,

respeitadas e terem a chance de participarem das decisões que influenciarão

em suas vidas.

Lembrando, “que podemos contar com boas políticas públicas. Podemos

mesmo partir do apoio do poder público. Podemos aceitar até mesmo a

contribuição de setores empresarias do mundo dos negócios. Mas, estas

instâncias adjetivas da vida social passam... e ficamos nós: as pessoas e

coletivos de pessoas – Conselhos dos Centros Municipais de Educação

Infantil- CMEI’s, Conselho Popular de Vi tória.

Portanto, entendo que este projeto pode ser utilizado como ferramenta de

abertura, de sensibilização dos diversos atores (especialmente os jovens).

Para pessoas interessadas em ajudar a Cidade de Vitória. Cidade que passa

por rápidas transformações sócio-ambientais. Cujos indivíduos precisam viver

e conviver e se organizarem para partilhar das resoluções dos problemas

sociais e ambientais do cotidiano comunitário. Logo, a responsabilidade pela

garantia de uma “Vitória” (cidade) melhor. Uma cidade com qualidade de vida

e conseqüentemente com um desenvolvimento sustentável.

25

CAPÍTULO III

DIVULGANDO OS OLHARES DO MUNDO

“Na aurora do terceiro milênio, é preciso compreender

que revolucionar, desenvolver, inventar, sobreviver,

viver, morrer, anda tudo inseparavelmente

ligado.”(Edgar Morin)

III. a – A Carta da Terra

O teólogo da Libertação – Leonardo Boff refere-se a este documento – como

sendo “um dos documentos ético mais consistente dos últimos anos, e já

assumido pela UNESCO.

– Preâmbulo

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em

que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se

cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo,

grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos

reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas

de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um

destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável

global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na

justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é

imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade

uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras

gerações.

– Terra, Nosso Lar

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar,

está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da

existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as

condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação

da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da

26

preservação (...) A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um

dever sagrado.

– A Situação Global

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação

ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. (...). A

injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são

causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população

humana tem sobrecarregado o sistema ecológico e social. As bases da

segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não

inevitáveis.

– Desafios Para o Futuro

A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos

outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São

necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos

de vida. (...). O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas

oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos

desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão

interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes.

– Responsabilidade Universal

(...)

O trecho acima faz parte do documento intitulado Carta da Terra que vem

sendo discutido em diversos países, inclusive no Brasil, e deverá ser aprovado

pelo ONU até 2002. Depois de aprovado será um documento equivalente à

Declaração Universal dos Direitos Humanos para a área de Meio Ambiente.

A adotar e promover os valores e objetivos da Carta. Isto requer uma mudança

na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e

de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação

a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e

global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes

culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão.

27

Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra,

porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por

verdade e sabedoria.

III. b – Declaração das Nações Unidas

É um documento histórico para o novo século. Aprovada na Cimeira do Milênio

– realizada de 6 a 8 de setembro de 2000, em Nova Iorque-, reflete as

preocupações de Estado e Governo de 191 países, que participaram da maior

reunião de dirigentes mundiais. (Kofi A. Annam – Secretario Geral das Nações

Unidas).

III. c – Declaração dos Direitos Universais da Água

É um documento redigido pela ONU – Organização das Nações Unidas – em

22 de março de 1992. O texto merece profunda reflexão e divulgação por

todos os amigos e defensores do Planeta Terra.

1- A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo,

cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente

responsável aos olhos de todos.

2- A água é a seiva do nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de

todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber

como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou agricultura.

28

CONCLUSÃO

O encaminhamento para o pensamento sistêmico inicia-se em algum momento

de nossa formação/educação. Nasce com a nossa visão de Mundo. Assim,

cada um de nós tem um olhar próprio sobre os fatos que estão acontecendo

ao nosso redor, na nossa cidade, no país, no Planeta.

Todavia não é só isso, tudo vai depender da qualidade dos processos de

aprendizagem em que estamos envolvidos; dos estímulos que o meio

desperto.

De todas as peculiaridades [visões] contraditórias de nosso mundo, a mais

comprometedora é o desequilíbrio ambiental. Nasce disso, a “nossa”

percepção de contribuição como cidadã de Vitória. A partir disso, integro-me

na visão de cidadãos que assumem uma responsabilidade social diante dos

problemas socioambientais que vivem.

A questão centralizadora da minha monografia está no fato de “que os

moradores de Vitória não se preocupam com os desperdícios de água.

A água, objetivamente, é um bem natural comum, vital e insubstituível, (Boff).

Sempre foi considerado um recurso renovável e eternamente disponível a

todos. Entretanto, hoje ela também está ameaçada. Diante dos desperdícios,

as contaminações pelo lixo e produtos químicos, o esgoto, as invasões das

áreas de proteção de mananciais e os desmatamentos e outros.

Perante isso, propomos sermos colaboradores e difundir ações educativas

voltadas a preparação dos moradores. Para que possam integrar-se

criticamente nas resoluções dos problemas socioambientais da Cidade de

Vitória.

Concluímos que, a “educação é a chave do desenvolvimento sustentável.”

Uma educação fornecida a todos os membros da sociedade; de tal maneira

que cada um se beneficie de chances reais de diálogo crítico. Sendo assim,

possa conhecer e transformar o mundo. Diríamos que estamos a buscar

“Educação Ambiental Transformadora –“ que enfatiza a educação enquanto

processo permanente, cotidiano e coletivo pelo qual agimos e refletimos,

transformando a realidade de vida (Loureiro, C. F. pg. 81). [grifo nosso]

29

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

A Implantação da Educação Ambiental no Brasil. Coordenação de Educação Ambiental da Educação e do Desporto- Brasília. 1998.

Anais do III Encontro Estadual de Educação Ambiental [e do] I Encontro da Rede Capixaba de Educação Ambiental/ Realização Rede Capixaba de Educação Ambiental (RECEA); Organização Marta Tristão, Flávia Nascimento Ribeiro. Vitória, 2004.

Educação, ambiente e sociedade: novas idéias e práticas em debate. Organizadores: Sérgio Cláudio da Costa Rodrigues, Valéria Nichetti Santana, Vera Lúcia Bernabé. Vitória, CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão, 2007.

Encontros e Caminhos: Formação de Educadoras (es) Ambientais e Coletivos Educadores – Volumes 1- Ano 2005 e Volume 2 Ano 2007 – Brasília.

Identidades da Educação Ambiental Brasileira/Ministério do Meio Ambiente, Diretoria de Educação Ambiental; Coordenação Philippe Pomier Layargues – Brasília Ministério do Meio Ambiente - MMA, 2004.

LOBINO, Maria das Graças Ferreiro. A práxis ambiental educativa: diálogo entre diferente saberes. Vitória, EDUFES, 2007.

-------------. Plantando conhecimento, colhendo cidadania, Plantas Medicinais: uma experiência transdisciplinar. Vitória, 2001

MEIO AMBIENTE NO SÉCULO 21:21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Coordenação André Trigueiro. Rio de Janeiro, Sextante, 2003.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do Futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO 2000

1. SANTOS, José Eduardo dos.; SATO, Michèle. A Contribuição da Educação

Ambiental a Esperança de Pandora. São Carlos, Rima, 2001.

2. Carta da Terra. http://www.ambientebrasil.com.br/composer. php3?base=./natural/index.html&conteudo=./natural/carta_terra.html. Acessado em 24 de agosto de 2008

3. Relatório de Gestão da Prefeitura de Vitória – Coordenação geral de Ruth

Reis. [Esta revista é uma adaptação do Relatório de Gestão, editado em 2007 pela Prefeitura de Vitória com

dados até março de 2008]

30

Anexo I >> Conteúdo de revistas especializadas;

Banas AMBIENTAL. Ano II – Nº 8 – outubro de 2000. Suplemento da

Revista Banas Qualidade. A gestão das águas e do Saneamento.

Horizonte Geográfico – Nº 116 – Ano 21- Artigo: Água, Por que ela falta.

Onde há risco de guerra.

Mãe Terra. Ano I - Nº 1- Artigo: Terra planeta água. Texto de Carlos Moura

e Cândida Vieira

Meio Ambiente no Século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental

nas suas áreas de conhecimento / coordenação André Trigueiro – Rio de

Janeiro: Sextante, 2003.

Agenda 21 – Responsabilidade Socioambiental na Prática

Banco do Brasil: Cartilha- Desenvolvida em parceria com o Ministério do

Meio Ambiente.

O Projeto Coletivo Educador de Vitória surgiu de reuniões entre os

Conselheiros que representam a Federação dos Movimentos Populares e a

Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental da Educação Ambiental

para o Desenvolvimento ou Sociedade Sustentável.

Congresso dos Municípios – Gestão das Cidades – Rede de cidades –

Desenvolvimento Regional –

Realizado nos dias 10 e 11 de setembro de 2007.

Seminário de Sustentabilidade

Seminário Agenda das Bacias Estratégicas: Rios Jucu e Santa Maria da

Vitória. Vitória – ES – 03 e 04 de junho de 20008- site –

WWW.agua2008.com.br

l) Seminário Educação Ambiental – Responsabilidade Social de Todos Realização: Prefeitura Municipal de Vitória –ES – Site WWW.vitoria.es.gov.br – Secretaria do Meio Ambiente da Cidade de Vitória – ES

31

Anexo II >> Internet;

Sites visitados com temas ligados a Educação Ambiental.

WWW.ambientebrasil.com.br-portal ambiental

WWW.agua.org.br.

WWW.aguaonline.com.br

WWW.agenda21local.com.br

WWW.dominiopublico.com.br

WWW.educarede.org.br

WWW.fifasul.br

WWW.holoseditora.com.br

WWW.leonardoboff.com.

WWW.wwf.gov.br

WWW.josesilveira.com

WWW.aoli.com.br

WWW.redeagua.org.br

WWW.centroeducacional.com.br/mestres

http://edgarmorin.sesesp.http://www.e-litterature/lecture/morin/2/html.

Os sete saberes necessários à educação do Futuro.

WWW.misa.org.

WWW.ufm.br

WWW.sercomtel.com.br

Www.uniaodasaguas.ufsc.br

WWW.wikipedia.org

Sustentabilidade - disponível em: http://PT.wikipedia.org/w/índex.

php?title.sustentabilidade&oldid=12787793..

Acessado em 22 de outubro de 2008.

Agenda 21local – disponível em:

http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=agenda_21_local&oldid=7522648

Acessado em 22 de outubro de 2008.

WWW.terrazul.com

WWW.tvecologia.com.br

32

Anexo III >> anexo especial

Texto: “O Ethos que cuida.” (Leonardo Boff)

Quando amamos, cuidamos e quando cuidamos amamos. Por isso o ethos

que ama se completa com o ethos que cuida. O "cuidado" constitui a categoria

central do novo paradigma de civilização que forceja por emergir em todas as

partes do mundo. A falta de cuidado no trato da natureza e dos recursos

escassos, a ausência de cuidado com referência ao poder da tecnociência que

construiu armas de destruição em massa e de devastação da biosfera e da

própria sobrevivência da espécie humana, nos está levando a um impasse

sem precedentes. Ou cuidamos ou pereceremos. O cuidado assume uma

dupla função: de prevenção a danos futuros e de regeneração de dados

passados. O cuidado possui esse condão: reforçar a vida, zelar pelas

condições físico-químicas, ecológicas, sociais e espirituais que permitem a

reprodução da vida e de sua ulterior evolução. O correspondente ao cuidado

em termos políticos é a "sustentabilidade" que visa encontrar o justo equilíbrio

entre o benefício racional das virtualidades da Terra e sua preservação para

nós e as gerações futuras. Talvez aduzindo a fábula do cuidado, conservada

por Higino (+17,d.C.), bibliotecário de César Augusto, entendamos melhor o

significado do ethos que cuida.

"Certo dia, Cuidado tomou um pedaço de barro e moldou-o na forma do ser

humano. Nisso apareceu Júpiter e, a pedido de Cuidado, insuflou-lhe espírito.

Cuidado quis dar-lhe um nome, mas Júpiter lho proibiu, querendo ele impôr o

nome. Começou uma discussão entre ambos. Nisso apareceu a Terra

alegando que o barro é parte de seu corpo e, que por isso, tinha o direito de

escolher um nome. Gerou-se uma discussão generalizada e sem solução.

Então todos aceitaram chamar Saturno, o velho deus ancestral, para ser o

árbitro. Este tomou a seguinte sentença, considerada justa: Você, Júpiter, deu-

lhe o espírito, receberá o espírito de volta quando essa criatura morrer. Você,

Terra, que lhe forneceu o corpo, receberá o corpo de volta, quando esta

criatura morrer.E você, Cuidado, que foi o primeiro a moldar a criatura,

acompanha-la-á, por todo o tempo em que viver. E como vocês não chegaram

33

a nenhum consenso sobre o nome, decido eu: chamar-se-á homem que vem

de humus que significa terra fértil".

Essa fábula está cheia de lições. O cuidado é anterior ao espírito infundido por

Júpiter e anterior ao corpo emprestado pela Terra. A concepção corpo-espírito

não é, portanto, originária. Originário é o cuidado "que foi o primeiro a moldar o

ser humano". O Cuidado o fez com "cuidado", zelo e devoção, portanto, com

uma atitude amorosa. Ele é, anterior, o a priori ontológico que permite o ser

humano surgir. Essas dimensões entram na constituição do ser humano. Sem

elas não é humano. Por isso se diz que o "cuidado acompanhará o ser

humano por todo o tempo em que viver". Tudo que fizer com cuidado será bem

feito.

O ethos que cuida e ama é terapêutico e libertador. Sana chagas, desanuvia o

futuro e cria esperança. Com razão diz o psicanalista Rollo May:"na atual

confusão de episódios racionalistas e técnicos, perdemos de vista o ser

humano. Devemos voltar humildemente ao simples cuidado. É o mito do

cuidado, e somente ele que nos permite resistir ao cinismo e à apatia, doenças

psicológicas de nosso tempo".

* Leonardo Boff. Teólogo.

http://alainet.org/active/4151&lang=es

34

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ............................................................................ 02

AGRADECIMENTO ............................................................................ 03

DEDICATÓRIA .................................................................................. 04

RESUMO .................................................................................. 05

METODOLOGIA ................................................................................. 07

SUMÁRIO .................................................................................. 08

INTRODUÇÃO .................................................................................. 09

CAPÍTULO I .................................................................................. 12

I.a – Educar ............................................................................... 12

I.b – Glossário .......................................................................... 14

I.c – Educação Ambiental ....................................................... 16

I.d – O “Conceito” .................................................................... 19

CAPÍTULO II .................................................................................. 20

Participando do Coletivo Educador ..................................................... 20

CAPÍTULO III .................................................................................. 25

Divulgando os Olhares do Mundo ..................................................... 25

III. a – A Carta da Terra ......................................................... 25

III. b – Declaração das Nações Unidas .................................... 27

III. c – Declaração Universal dos Direitos da Água ............... 27

CONCLUSÃO .................................................................................. 28

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ......................................................... 29

ANEXO I –(Conteúdo de Revistas Especializadas) ............................ 30

ANEXO II – INTERNET .................................................................... 31

ANEXO III – Anexo Especial ............................................................ 32

ÍNDICE ............................................................................................... 34

FOLHA DE AVALIAÇÃO .................................................................... 35

35

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Educação Ambiental: trilhas perceptivas em prol do recurso natural –

Água.

Francisca dos santos Kill

Dezembro de 2008- 12-12-2008

Avaliado por Professor Dr. Celso Sánchez

Conceito:

Nome do arquivo: Monografia pós Graduação Francisca Kill..docreajustadadezembro2008.docxgarantiaoriginal.doc

Diretório: D:\Users\Francisca Modelo: C:\Documents and Settings\Francisca\Dados de

aplicativos\Microsoft\Modelos\Normal.dotm Título: Exemplo de Monografia Assunto: Autor: a Palavras-chave: Comentários: Data de criação: 12/12/2008 18:53:00 Número de alterações: 71 Última gravação: 18/2/2009 18:36:00 Salvo por: Francisca dos Santos Kill Tempo total de edição: 281 Minutos Última impressão: 18/2/2009 19:03:00 Como a última impressão Número de páginas: 35 Número de palavras: 8.652 (aprox.) Número de caracteres: 46.724 (aprox.)