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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO LÍDER NA GESTÃO DE
PESSOAS
Por: Ana Cristina Otoni Borges
Orientadora
Prof. Fabiane Muniz
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO LÍDER NA GESTÃO DE
PESSOAS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Recurso Humanos
Por: Ana Cristina Otoni Borges
.
3
AGRADECIMENTOS
A toda minha família que me apóia
nessa jornada terrena. E um
agradecimento especial aos
professores do meu curso, pois
lecionar é uma arte.
4
DEDICATÓRIA
Dedico ao meu Amor, fundamental na
minha caminhada.
“Tu te tornas eternamente responsável
por aquilo que cativas”
(Antoine de Saint-Exupéry)
5
RESUMO
Com o desenvolvimento acelerado e a demanda enorme de
informações no nosso dia a dia, cada vez mais aumenta a exigência de
qualidade e produção acelerada. O líder dessa nova era precisar ter
características para potencializar sua equipe e conquistar resultados. O líder
que possui autoconhecimento, poder de adaptabilidade, ser focado e o mais
importante que entenda de pessoas.
Este trabalho tem como proposta evidenciar o maior patrimônio de uma
corporação, que é o capital humano. O líder atual deve ter habilidades para
liderar no mundo contemporâneo. Os aspectos importantes para uma boa
liderança são: poder de adaptação, inteligência emocional e ter um olhar
humano em todas as suas ações.
6
METODOLOGIA
A metodologia usada neste trabalho está sustentada em caráter de
pesquisa bibliográfica.
Também foram pesquisadas revistas e sites especializados de liderança
e gestão de pessoas que sustentarão o tema apresentado.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO 1 - Liderança 10
1.1 – Teoria das relações Humanas 11
1.2 – Estilos de Liderança 12
1.3 – Liderança Situacional 12
1.4 - Poder e Autoridade 13
1.5 - Vôo dos Búfalos e Vôo dos Gansos 14
CAPÍTULO 2 - O Líder 16
2.1 - Competências Emocionais 19
2.2 - Laços de Confiança 20
2.3 - O Espelho 21
2.4 - Criando Empatia 22
2.5 – O líder Eficaz 24
CAPÍTULO 3 - Gestão de Pessoas 29
3.1 - Construindo Valores 31
3.2 –Entendendo as necessidades 34
3.3 – O Olhar Humano 36
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 40
8
INTRODUÇÃO
O maior patrimônio de uma empresa são as pessoas. Se as pessoas
que fazem as coisas acontecerem não estiverem motivadas e comprometidas,
dificilmente a equipe chegará ao sucesso.
Sendo assim, é importante um estudo relacionado à importância do
papel do líder na gestão de pessoas.
Os líderes são repensáveis pelo sucesso e fracasso de uma equipe.
O presente trabalho se divide em três capítulos, para contribuir com
informações que facilitem o crescimento e potencializarão de líderes do século
XXI.
No primeiro capítulo faremos uma passagem pelos estilos de liderança,
traços de personalidade, tendências de liderança e como conquistar a
autoridade na gestão de pessoas.
No segundo capítulo identificaremos ferramentas fundamentais para o
líder, sendo elas as competências emocionais, habilidades de cria empatia e
confiança. E também o que faz um líder ser eficaz e um exemplo para sue
liderados.
No terceiro capítulo ressalta o olhar humano para as pessoas, a
importância de bons relacionamentos nas corporações e como líder deve
entender de pessoas.
9
CAPÍTULO I
LIDERANÇA
Ser líder não é uma tarefa fácil. Os líderes são responsáveis pelo
sucesso ou fracasso da sua equipe. Liderança exige resiliência, disciplina,
inteligência emocional, respeito e compromisso, pois a empresa é um ser vivo
composto por colaboradores dos mais diferentes tipos.
Podemos definir liderança como processo de comandar, influenciar e
motivar um grupo de pessoas, transformando-os em equipe para atingir metas
e objetivos. Os líderes influenciam seus seguidores. Diferentemente do cargo
de chefe, que é encarregado por uma atividade, tendo autoridade de mandar e
exigir obediência.
No conceito de negócios considera que as equipes não devem ser
administradas, mas, sim lideradas para o desenvolvimento do trabalho.
Segundo Hunter (2006) liderança é a capacidade de influenciar os
outros para o bem. Equipes eficazes não são lideradas por ditadores e
autocratas.
A atividade de influenciar os outros para que se empenhem
voluntariamente na obtenção dos objetivos do grupo é definido como liderança. Liderança não é sinônimo de gerência, embora cada gerente deva ser
um líder. Um líder, entretanto, não precisa necessariamente gerenciar coisa
alguma. Um líder é sinônimo de influencia.
Segundo Hunter (2006) liderança significa conquistar as pessoas,
envolvê-las de forma que coloquem seu coração, mente, espírito, criatividade e
excelência a serviço de um objetivo. Fazendo com que sua equipe se empenhe
ao máximo na missão, dando pela equipe e a empresa.
A liderança é necessária em todos os tipos de organizações humanas,
principalmente em empresas. O líder tem que entender de pessoas e saber
identificar suas necessidades e motivações.
Segundo O`Connor (2005) liderança é a capacidade de apresentar uma
meta de forma que os outros desejem realizá-las.
10
Uma liderança bem sucedida depende de uma relação saudável entre o
líder e seus liderados.
Segundo Maxwell (2008) liderança é a capacidade de subjugar o ego
em benefício daquilo que é melhor para a empresa.
“Liderança: È a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum.” (Hunter, 2004, p.25)
1.1– Teoria das relações Humanas
Segundo Chiavenato (2000) a teoria das Relações Humana constatou a
influência sobre o comportamento das pessoas. Existem três principais
teorias sobre a liderança.
• Traços de personalidade – esta teoria vê a liderança como uma
combinação de traços, enfatizando as qualidades pessoais do
líder, onde o mesmo deve possuir características de
personalidades que facilitam o desempenho como líder. Sendo,
nesta teoria enfatiza as qualidades intrínsecas da pessoa. Esta
teoria permite concluir que os líderes já nascem como tal, não
havendo a probabilidade de ‘fazê-los’ posteriormente por meio
dos estudos já foram realizados sobre os traços de personalidade
uso de técnicas de desenvolvimento pessoal.
dos líderes bem sucedidos. Os resultados indicam bons líderes
vêm de diferentes origens e os traços de personalidade diferem
de acordo com situações.
• Estilos de liderança - A Teoria dos Estilos de Liderança parte do
princípio que os colaboradores trabalham melhor para líderes que
utilizam certos estilos de liderança. Esta teoria aponta três
estilos básicos de liderança: autocrática, democrática e Liberal.
- Liderança Autocrática: esta liderança também é chamada de
liderança autoritária ou diretiva. O líder é focado em tarefas, toma
decisões individuais, desconsiderando opiniões dos liderados. São
11
intolerantes em relação a aquilo que consideram discordância. Não
há espaço para colaboração e cooperação.
- Liderança democrática: conhecida também como liderança,
participativa ou consultiva. Este tipo de liderança é voltado para as
pessoas. Onde os liderados participam dos processos decisórios. O
líder estimula a equipe à participação dos liderados. A divisão das
tarefas e montagem dos grupos de trabalhos fica a critério dos
membros da equipe.
- Liderança liberal ou laissez faire: neste tipo de liderança os
liderados têm mais liberdade na execução das tarefas, sendo um
indicador de uma equipe madura, que não necessita de supervisão
constante. Por outro lado, pode ser considerado indício de uma
liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas sem
corrigi-las.
• Situações de lideranças ou teoria contigencial - Esta teoria
procura identificar qual dos fatores situacionais é mais importante e
prever o estilo de liderança que será mais eficaz em determinada
circunstância. O princípio fundamental das teorias situacionais de
liderança é que a eficácia do líder reside na sua capacidade de
responder ou ajustar-se a determinada situação (adaptação).
1.2- Estilos de Liderança
Embora os estilos básicos de liderança tenham sido comentados. Encontramos
outros estilos de liderança associados aos efeitos sobre o clima de trabalho e
desempenho da equipe.
• Liderança Paternalista: o líder tem um comportamento de pai
cuidando do filho. É confortável para o liderado, mas ineficiente
para organização.
• Estilo visionário: é adequado em situações onde ocorram
mudanças que exigem uma nova visão. O clima de trabalho é
positivo.
12
• Estilo Conselheiro: contribui para o funcionário ser mais eficiente,
adequando ao objetivo da organização.
• Estilo Relacional: cria um clima harmonioso entre os
componentes da equipe. Esse estilo é ideal para motivar e sarar
conflitos.
• Estilo Pressionador: atinge objetivos difíceis. Às vezes pode ter o
efeito negativo, pois é frequentemente mal executado.
• Estilo Dirigista: em situações de emergência, contribui com
informações claras e objetivas. É ideal para momentos de crise.
1.3 - Liderança Situacional
Segundo Ronchi (2007) a liderança situacional tem como objetivo a
relação entre estilo de liderança eficaz e o nível de maturidade os liderados,
tendo como ênfase sobre os comportamentos do líder em relação aos seus
liderados.
A liderança situacional surgiu diante da necessidade de um modelo
significativo na área de liderança, onde é definida a maturidade como a
capacidade e a disposição das pessoas de assumir a responsabilidade de
dirigir seu próprio comportamento. Portanto, entende-se como liderança
situacional o líder que se comporta de um determinado modo ao tratar
individualmente os membros de sua equipe, dependendo do nível de
maturidade das pessoas que o mesmo deseja influenciar. Não existe um estilo
de liderança adequado para todas as situações, mas ocasiões e estilos
diferentes de gestores.
A liderança situacional mostra uma relação entre liderança, motivação e
poder, em que o líder estará freqüentemente avaliando seus colaboradores e
alterando seu estilo de liderança, sendo ela dinâmica e flexível. A liderança
situacional busca utilizar modelos diferentes de atuação conforme a situação
encontrada.
Na liderança situacional existem quatro estilos de liderança: direção,
orientação apoio e delegação.
13
• Direção: o líder supervisiona a tarefa dada ao seu colaborador até que
o mesmo consiga executá-la de forma eficiente.
• Orientação: o líder contribui co conhecimento e apoio. Este estilo
ocorre quando o colaborador necessita conhecer a tarefa.
• Apoio: o líder se encarrega de estimular o colaborador para adquirir
segurança e conhecimento. O líder presta apoio, porém supervisiona
pouco.
• Delegação: ela ocorre quando os colaboradores possuem maior
autonomia, conhecimento e segurança com as tarefas. Muitas vezes o
colaborador inclusive tem autoridade para decisões. Neste estilo o líder
pouco apoia e acompanha “de longe” o andamento das tarefas.
1.4– PODER e AUTORIDADE
Poder utilizado de forma errada é capacidade de obrigar as pessoas
obedecer as suas decisões, mesmo que lãs não queiram. Autoridade é
habilidade de levar, de espontânea vontade a realizarem aquilo que foi
proposto pelo líder.
Segundo Hunter (2004) poder é coagir ou forçar alguém a fazer a vontade
do líder, mesmo que a pessoa preferisse não fazer.
Liderando pelo poder autoritário, a equipe é desmotivada e só trabalha
para manter o emprego. As pessoas ficam inibidas e não são pró ativas. São
equipes engessadas. Segundo Hunter (2006), quando usado de forma
autoritária, o poder deteriora relacionamentos A liderança pelo poder tem
pouca eficiência em resultados e o relacionamento líder e colaborador vai se
deteriorando até ficar irreversível.
O líder por autoridade encontra um pouco mais de tempo para ouvir as
pessoas e as trata como se fossem pessoas únicas.
Segundo Hunter (2004) autoridade é a habilidade de levar as pessoas
fazerem de boa vontade o que o líder que por causa da influência pessoal.
Segundo Rowley (2010) na liderança utilizando poder e autoridade de
forma eficiente. Existe um método confiável para entender a causa e o efeito
do poder.
14
Segundo Hunter (2004) poucos líderes desenvolvem a autoridade para
acompanhar o poder que lhes foi confiado.
O modelo divide em cinco formas diferentes:
• Poder de recompensa – o líder tem autoridade de distribuir gratificações
e recompensas. Também é fato que ele pode tirá-la como punição.
• Poder coercitivo – o líder deixa claro para equipe que eles podem ser
punidos, transferidos ou perder posições. Os colaboradores que
trabalham com esse tipo de líder normalmente são desmotivados.
• Pode legítimo – normalmente esse tipo tem origem na posição do líder.
Dependendo da posição talvez ele tenha posição de contratar e demitir,
decidir estratégias e equipes.
• Poder especialista – tipo de liderança onde é compartilhado
conhecimento, habilidades e experiência. Poder baseado na perícia.
• Poder concedido – o líder com esse tipo de poder tem autopercepção, é
flexível, colocando limites claros.
1.5 – Vôo dos Búfalos e Vôo dos Gansos
Segundo Belasco & Stayer (1994), durante muitos anos as pessoas
foram treinadas a acreditar que liderança era planejar, organizar, coordenar e
controlar. Esse modelo funciona, ou funcionava, na maioria das organizações,
muito semelhante a uma manada de búfalos.
Os búfalos são seguidores absolutamente fies ao líder. Eles fazem tudo
que o líder pedir. Nesse tipo de liderança, o líder quer que as pessoas façam o
que ele, fala, pensa e se comporta. Este tipo de liderança é baseado no poder.
O líder búfalo o centro do poder.
Na colonização da América do Norte, os colonos identificaram o
fenômeno que dizimaram manadas de búfalos com enorme facilidade: bastava
matar o líder da manada. Na ausência do líder eles não sabiam o que fazer,
sendo massacrados com facilidade.
15
O importante na liderança não é o que acontece quando você está
presente, mas sim quando está ausente.
Os gansos voam em V, a liderança muda constantemente. Eles se
revezam e todos são responsáveis. Quando muda a liderança o líder leva o
grupo se adaptar à nova realidade. Observando o vôo dos gansos, podemos
notar que todos passam pela liderança.
Sem liderança uma equipe fica sem rumo e não consegue atingir suas
vitórias.
16
CAPÍTULO 2
O Líder
Segundo Maxwell (2007) torna-se um bom líder é processo de
aprendizagem que dura a vida toda.
Segundo Ronchi (2007) a transformação da liderança por meio contínuo
de alto conhecimento independe do tipo de empresa que o líder trabalha.
Sendo comum a necessidade de o líder desenvolver as competências
fundamentais para fazer as pessoas alcançarem o sucesso. Sendo dividida em
17 competências, são elas:
• Iniciativa – os liderados esperam que o líder entre em ação. Um bom
líder sabe que sua iniciativa servirá de exemplo para sua equipe. Se o
líder consegue fazer as coisas acontecerem, sua equipe também o fará.
• Ambição – a ambição do líder não deve ser em primeiro momento
pessoal, mas sim algo maior que envolverá as pessoas e própria
corporação. A ambição é aquilo que faz as coisas se materializarem.
• Coragem – liderados, gostam de líderes corajosos que assumem os
erros e tolera os erros dos outros. A coragem utilizada de forma
equilibrada pelo líder pode influenciar os liderados, que podem se
sentirem protegidos na empresa pela coragem emanada pelo líder.
• Flexibilidade – ser líder exige flexibilidade e capacidade de
improvisação. A flexibilidade é uma arma perfeita para os dias que
vivemos em constantes transformações e revoluções, ela pode evitar
que o líder caia em armadilhas do cotidiano.
• Humildade – o verdadeiro líder sabe que a humildade o manterá no
caminho correto da aprendizagem e potencializa a capacidade de ouvir,
assumir erros, resiliência, aprender e ensinar. É preciso ser humilde
para realmente reconhecer a contribuição dos outros.
• Comunicação – o líder que utiliza de forma estratégica a comunicação
formal e informal conseguirá conquistar confiança e construir um
ambiente voltado aos valores da empresa.
17
• Integridade e confiança – um líder que consegue estabelecer um laço de
confiança e integridade, para que os liderados consigam perceber a
aplicação diária desses laços. A confiança é conquistada por exemplos
diários, enquanto a integridade é facilmente percebida no dia-a-dia.
• Persistência – o bom líder não se deixa abater pelas derrotas, persistem
e aprendem com a mesma, para no futuro alcançar o sucesso.
• Intuição – tomar decisões não é coisa fácil, em momentos difíceis ela
pode ajudar.
• Disciplina – o líder disciplinado pode garantir o direcionamento para
resultados e a sobrevivências da empresa.
• Liderar pelo exemplo – o líder antes de mandar alguém cumprir algo,
deve mostrar que é capaz de fazer aquilo que está sendo pedido. O
líder que sabe utilizar o exemplo faz acontecer, através do exemplo ele
vitaliza a organização.
• Dar significado as coisas – o líder que mostra o significado das coisas e
busca de algo, as pessoas certamente darão o melhor de cada um.
• Capacidade de servi – independente da posição hierárquica o líder deve
mostra preocupação com o desenvolvimento de cada colaborador e sua
função dentro da empresa. Ele doa boa parte do tempo para oferecer
suporte e apoio para sua equipe.
• Empatia – lideres de sucesso sentem verdadeiramente empatia e se
interessam pelo trabalho dos funcionários.
• Senso de justiça – disseminar um clima comum de senso de justiça, o
líder cria regras claras e dissemina a todos os envolvidos, diminui
consideravelmente a chance de alguém se sentir injustiçado.
• Capacidade para avaliar – a avaliação é uma das tarefas mais difíceis
de um líder. Ter habilidade de feedback e propiciar um ambiente onde
ocorra avaliação tanto do líder para equipe e no sentido contrário.
O equilíbrio das duas competências fundamentais para um grande líder
é a parte cognitiva e emocional. Em alguns momentos as exigências são
puramente cognitivas, tais como raciocínio rápido e a parte técnica. Outros
18
são chamados de competências emocionais, onde as exigências são de
pensamento e sentimentos.
Segundo O`Connor (2005) líder com visão, que assumem riscos, expõe
seus sonhos, em geral, convida seus liderados a acompanhá-los em uma
viagem rumo ao novo.
Segundo Maxwell (2007) quando os líderes não estão presentes, as
pessoas muitas vezes perdem a esperança e o rumo.
Segundo Maxwell (2008) um líder com credibilidade começa com o
sucesso pessoal e se confirma na contribuição de ajudar os outros alcançarem
o sucesso também.
Segundo Hunter (2004) grandes líderes incorporam uma mistura de
humildade pessoal com vontade profissional. São ambiciosos em primeiro
lugar pela empresa e não por si mesmos.
Segundo Hunter (2006) não precisa ter um cargo de chefia para ser um
líder e influenciar as pessoas para ter mais dedicação.
Segundo Maxwell (2008) para ser um líder de sucesso, aprenda a ser
líder antes de ter uma posição de liderança.
Segundo Goleman (2001) “quanto mais complexo o trabalho, mais
importa a inteligência emocional, até porque a deficiência nesse tipo de
capacidade pode prejudicar a utilização de qualquer conhecimento
especializado ou intelecto que uma pessoa possa ter”
“Quanto mais complexo o trabalho, mais importa a
inteligência emocional, até porque a deficiência nesse tipo
de capacidade pode prejudicar a utilização de qualquer
conhecimento especializado ou intelecto que uma pessoa
possa ter” (Goleman, 2001, p.36)
Junto com os elementos cognitivos que estão em jogo, às competências
emocionais envolvem um grau de aptidão no âmbito sentimental.
19
2.1- Competência Emocional
Fazer com que as pessoas reajam de forma desejada no trabalho,
mostra a competência emocional do líder. Dentro dessa competência
destacamos duas aptidões: empatia, interpretar e entender o sentimento dos
outros, e habilidades sociais, permitem lidar bem com os sentimentos.
Segundo O`Connor (2005) se interessar pelos problemas do liderados
demonstra respeito em relação ao outro, gerando assim um maior motivação.
Segundo Goleman (2001) a inteligência emocional potencializa o
aprendizado das habilidades práticas que são baseadas em cinco elementos:
autopercepção, motivação auto-regulação, empatia e aptidão de se relacionar.
Nossa competência emocional mostra quanto desse potencial usaremos e
adaptamos no ambiente de trabalho.
No quadro seguinte Goleman (2001) propõe a moldura de competência
emocional para o conhecimento dos pontos fortes e fracos.
Inteligência Emocional Competências Emocionais
Competência Pessoal
• Determina como lidamos conosco
Autopercepção
• Tomar conhecimento das nossas emoções
• Conhecer os pontos fortes e limitações
• Autoconfiança
Auto-regulação
• Autocontrole
• Ser honesto e integro
• Assumir responsabilidade pelo seu próprio
desempenho
• Adaptabilidade
• Inovado e criativo
Motivação
• Vontade de Realização
• Dedicação à empresa e equipe
• Iniciativa
• Otimismo
20
Competência Social • Como lidamos com relacionamentos
Empatia
• Compreender os outros
• Antever, identificar, reconhecer as
necessidades das pessoas.
• Desenvolver os outros
• Cultivar oportunidades
• Percepção política
Aptidões Sociais
• Influência
• Comunicar de forma clara e convincente
• Inspirar e guiar as pessoas
• Administrar mudanças
• Formação de vínculos
• Colaboração e cooperação
• Criar sinergia na equipe, em busca das
vitórias.
2.2 - Laços de Confiança
O líder pode influenciar negativamente ou positivamente toda realidade
de uma empresa. Equipes com influência negativa podem identificar em seus
colaboradores baixa produtividade, desmotivação e alto turnover. O líder tem
total responsabilidade pela equipe. Existem alguns pressupostos que ajudam a
estabelecer laços de confiança na equipe:
• Coerência – o discurso do líder deve combinar com a prática. A
coerência e a confiança andam de mãos dadas.
• Transparência – o líder deve se comunicar de forma clara e verdadeira.
Nada pior para uma equipe que não saber: para que? Como?Por quê?
• Ética – o líder deve fazer o bem.
• Apoio – o líder conquista a confiança quando apóia moralmente e ser for
preciso entra no “campo da batalha”.
• Humildade – reconhecer seus erros, saber se desculpar quando
necessários são características de grandes líderes.
21
• Relações interpessoais – criar um clima de respeito mútuo
• Meritrocracia – o líder que reconhece colaboradores que possuem
resultados de conquista e não abre espaço para bajuladores.
2.3 - O Espelho
Segundo Maxwell (2007) a habilidade de liderar é complicada e difícil,
que ninguém domina totalmente.
O líder é responsável pelo ambiente e indicam a direção para todos os
seus liderados. O líder tem que espelhar a cultura da organização, para
inspirar os seus liderados. O líder é o exemplo. A atitude do líder é o
termostato para o lugar onde ele trabalha.
Os Valores do líder determinam o caminho da sua equipe. Tendo uma
conduta clara, ética e de respeito. Sua equipe copiará sua conduta.
Segundo Maxwell (2007) confiança não é dada ou aceita só por causa
da posição do líder. Tem que ser adquirida, e acontece normalmente quando o
líder é testado. A reprovação ou aprovação no teste é quase sempre
determinada pelo caráter.
Os liderados devem confiar 100% no líder. Se as pessoas não puderam
confiar no líder o tempo todo, elas então não irão considerá-lo digno de
confiança alguma. O líder precisa ser o tempo todo 100%.
Segundo Maxwell (2008) pessoas abandonam pessoas, não
corporações.
Segundo Maxwell (2008) as pessoas que desistem de seus trabalhos na
empresa, na verdade estão desistindo de seus líderes.
O bom líder deve ficar em vigilância interna para não desmotivar as
pessoas e fazê-las com desistem dele
Para aumentar o potencial de sua equipe, o líder deve sempre ter
crescimento constante.
“Embora os resultados nem sempre sejam tão
impressionantes, sempre é verdade que os seguidores se
22
tornam como seus líderes: são influenciados pelos seu
valores do líder, adotam seu métodos de trabalho e até
imitam muitas das “loucuras” e hábitos do líder. Essa é a
razão por que devemos sempre estar cientes de nossas
próprias conduta antes de criticarmos as pessoas que
trabalham para nós. Se você não gosta do que as pessoas
estão fazendo, primeiro olhe para si mesmo” (Maxwell, 2007,
p.265).
2.4 – Criando Empatia
Para um líder gerar influência é fundamental criar empatia.
“É impossível causar impacto positivo em outras pessoas
sem primeiro captar como se sentem e compreendem sua
posição. Pessoas com deficiência de leitura das dicas
emocionais, ineptas nas interações sociais, têm sérias
dificuldades quando tentam exercer influência. O primeiro
passo para exercer influência é estabelecer um rapport.”
(Goleman, 2001, p.185).
Criar empatia em francês é chamado de rapport.
Segundo O`Connor (2003) rapport é qualidade de relacionamento e
respeito mútuo entre as pessoas.
Um bom rapport é construído quando o líder tem interesse genuíno em
outra pessoa, como pensa e como enxerga o mundo.
O rapport atua em 3 (três) níveis:
• Rapport Cultural – as empresas normalmente possuem uma cultura
própria. O líder necessita conhecê-la e espelhá-la para ter bons
resultados.
• Rapport de Segurança – é muito comum as pessoas ficarem na
popularmente conhecida “zona de conforto”, avesso a novidades ou
23
mudanças. O papel do líder é minimizar o desconforto para logo de
adaptarem.
• Rapport Pessoal – o líder cria um ambiente de confiança mútua durante
uma reunião, conversa e orientação aos liderados. Nós influenciamos e
nos comunicamos com as pessoas por meio de três canais: a
linguagem, tom de voz e a palavra.
Segundo O`Connor (2003) o rapport é estabelecido e mantido quando
utilizamos esses 3 (três) canais. As pessoas gostam de quem se parece com
elas.
• Linguagem corporal – a roupa que o líder escolhe para o seu dia-a-dia
de trabalho, deve transmitir e se adequar a cultura da empresa.
“Nossas impressões a respeito dos outros são formadas em
curto período de tempo, menos de dez segundos, e essas
primeiras impressões baseiam-se principalmente nas roupas
e aparências.” (O`Connor, 1997, p.82).
O líder deve combinar o estilo da cultura da organização com seu estilo
e preferências pessoais.
• Postura e movimento – a segunda maneira de obter rapport é
assemelhar a postura e os movimentos do outro. Assemelhar não é
imitar. O rapport no aspecto de acompanhamento de linguagem
corporal flui do interesse sincero do líder pelo colaborador.
• Tom de voz – acompanhar a velocidade e o volume de voz do
colaborador. Acompanhar é juntar-se ao outro em seu mundo. É como
andar no mesmo ritmo da outras pessoas.
• Palavras – o líder deve escolher antecipadamente o que ele quer que
seu colaborador lembre. Temos a tendência de nos lembrar daquilo que
acontece no início ou no final de uma conversa, reunião ou palestra.
Então, nos pontos fundamentais o líder usa a voz para enfatizar o que
quer nesses dois momentos.
24
O uso dessa técnica é de grande valia para condução da equipe.
Criar um bom canal de comunicação pode proporcionar um bom
entendimento com cada liderado. O indivíduo saber que seu líder
entende e compreende, e o que é melhor sabe se comunicar de forma
clara e respeitosa.
A empatia é algo que ajuda o líder em seu trabalho, pois melhora as
relações humanas. Há duas práticas formas de criar empatia. A que o líder se
coloca lugar do outro e a do líder que estimula o liderado a se colocar em seu
lugar. Sendo, que o líder no primeiro momento cria no primeiro momento, a
capacidade de entender e, no segundo, a capacidade de se fazer entender. As
duas são de grande importância.
Segundo Mussack (2003) ser simpático não é ser empático. A simpatia
pressupõe solidariedade e a empatia pressupõe compreensão.
A simpatia ocorre o envolvimento emocional, enquanto na empatia
ocorre uma comunicação com qualidade e eficaz.
Segundo Hunter (2004) escutar pressupõe uma atitude respeitosa em
relação às pessoas. Se usarmos a escuta empática, conseguiremos nos
colocar no lugar dos outros. A escuta empática é a melhor maneira de
desenvolver a confiança em outro ser humano. Ouvir os outros não significa
que concordamos com o que foi dito, mas que estamos interessados em
compreender suas motivações.
2.5 – O líder eficaz
O líder deve manifestar a admiração nas pessoas e mostrar a
importância delas na corporação. É impossível agregar valor nas pessoas que
desvalorizamos. O líder precisa identificar o valor das pessoas que trabalham
com ele. Elogiá-los pela contribuição de todos e valor que agregam na
empresa.
Segundo Hunter (2004) espeitar os funcionários, fazer elogios sinceros e
específicos, reconhecer as realizações e recompensar a excelência. Com isso
25
o líder estará demonstrando que ele está sinceramente interessado neles
como pessoas e não apenas pelo que eles podem fazer pela empresa.
Segundo Maxwell (2008) para ser um líder de sucesso, precisa de apoio
de muita gente. Agindo com sabedoria, saberá aproveitar e reconhecer a
contribuição das pessoas O líder eficaz tem um extremo senso de determinação, aliado ao
autoconhecimento suficiente quanto ao seu potencial de liderança. Um líder
mais eficaz e formador de líderes segue três axiomas fundamentais sobre
liderança.
• O líder circunstancial – o líder sempre influenciado pela situação. A
habilidade de observar e entender as situações exigentes, é chamado
de senso de situação, é o ponto - chave para liderança. Isso envolve
habilidades sensoriais e cognitivas. O líder eficaz capta os sinais das
circunstâncias importantes.
• O líder não–hierárquico – a hierarquia, por si só, não é condição
necessária nem suficiente para o exercício de liderança. As melhores
organizações entendem, quando o líder entra em ação, simplesmente
não podem se apoiar na hierarquia; a liderança pode ser amplamente
reconhecida quando o líder mostra a sua capacidade.
• O líder relacional – não se pode ser líder sem seguidores. A liderança é
um relacionamento construído ativamente por ambas as partes. O líder
deve ativar o engajamento de seus colaboradores em bom
relacionamento e cultivo e amadurecimento.
“Percebi que só poderia chegar ao sucesso se tivesse ajuda.
Como líder, você só terá condições de progredir quando
puder contar com gente disposta a oferecer apoio” (Maxwell,
2008, p.239)
Hoje talento envolve 3 aspectos, que são: Conhecimento, Habilidade e
Competência. No mundo coorporativo é conhecido como: CHA.
26
• Conhecimento - contribui na habilidade de aprender continuamente e
aumentar o conhecimento.
• Habilidade – significa utilizar e aplicar o conhecimento, seja para
inovações a soluções de problemas.
• Competência – é o saber fazer. A competência permite alcançar metas.
A gestão por competências vai trabalhar os conhecimentos, as habilidades
e as atitudes ou os comportamentos que a empresa precisa ter em seus
colaboradores para que todos, de forma comprometida e organizada, possam
seguir focados. A gestão de competências técnicas e comportamentais tem
como o objetivo principal desta ferramenta a junção e a prática das letras do
CHA (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), além da função que o
colaborador desenvolve dentro da organização. Para que isso ocorra é
necessário que seja aplicado também treinamento, avaliação, seleção e
remuneração por competências. A pessoa com talento precisa possuir
diferencial que a valorize. A gestão por competências não está somente
preocupada com o conhecimento técnico, mas sim com o comportamento das
pessoas dentro das organizações.
É muito freqüente o colaborador somente ouvir a voz do seu chefe,
quando este cobra a execução de uma tarefa ou para dar mais atribuições.
Colocar um indivíduo para baixo é muito fácil. Difícil é fazer alguém crescer. O
líder deve promover e reconhecer os talentos de cada indivíduo. Permitir como
os seres humanos de mostram: sinceros, honestos, capazes de agir
cordialmente com os outros. O que importa no dia a dia de trabalho não é uma
placa com o nome gravado para colocar na porta ou na mesa, mas em como
são tratados.
Existem cinco ações básicas que ajudam o líder na gestão de pessoas:
• Amabilidade - os colaboradores fazem coisas amáveis somente para
serem amáveis. A idéia é que todos tenham um comportamento gentil.
Ter relações personalizadas, onde todos se envolvem como pessoas, e
não só repensáveis por determinados serviços ou setor. O clima de
27
humildade onde o líder e os colaboradores, não se acham os donos da
verdade. O grande líder não tem problema em admitir que errou ou não
sabe sobre algo. Na humildade há um sentido de coletividade e de
priorizar as necessidades alheias. A cultura da amabilidade deve se
estender por toda a empresa.
• Confiança – a confiança é de extrema importância no mundo dos
negócios. Sem ela, nenhum líder obtém êxito. Confiança tem tudo a ver
com integridade. A liderança deve ser construída na verdade, ser um
líder franco e direto é vital. Adotar a filosofia em que as pessoas se
sintam motivados e capacitados a ter liberdade com responsabilidade.
• Orgulho – quando as pessoas trabalham em um ambiente em que seus
colaboradores têm integridade e se sentem À vontade, as pessoas
sentem orgulho em fazer parte. Esse orgulho transparece em duas
formas: satisfação interna e externa. O líder deve cria um ambiente de
trabalho atraente deixando claro como as pessoas são importantes.
• Inclusão – ela é o eixo central do processo, o ponto – chave do líder no
qual ele faz todos os seus colaboradores se sentir essencial. Todos os
colaboradores se sentem essenciais para a empresa e equipe. O líder
permite que as pessoas colaborem nas tomadas decisões.
• Reconhecimento – o dinheiro não é a razão principal pela quais as
pessoas escolhem onde vão trabalhar por toda a vida. Ao mesmo
tempo, se o dinheiro e benefícios não são compatíveis com o
desempenho profissional, com o mercado e com o padrão de vida, os
colaboradores podem se sentirem usados. Quando as pessoas
retornam para suas casas no fim do dia, querem chegar felizes e com a
sensação de dever cumprido, além da valorização financeira.
“não há associados inteiramente iguais, por isso suas
recompensas não devem ser iguais, mas precisam ser
justas. Você deve deixar claro que cada um ganha aquilo a
que faz jus – seja dinheiro, seja abraço de reconhecimento.”
(Mitchell, 2010, p.197).
28
Segundo Hunter (2004) Se você está empenhado em ser um líder eficaz,
deve adotar cada um dos três passos
Descritos abaixo a fim de garantir uma mudança de comportamento autêntica e
durável: Fundamentos – inicie pela definição de um padrão para excelência.
Conhecer e determinar o padrão a ser alcançado são vitais, se queremos ter alguma
chance de atingi-lo. Busque sempre melhorias contínuas.
Feedback – identifique suas deficiências comparando o padrão fixado e o
desempenho alcançado. Encontre uma maneira de receber feedback das pessoas mais
importantes no trabalho e na vida pessoal.
Atrito – descubra as pessoas sinceras que vão mantê-lo atentos sobre suas
deficiências mesmo que em determinados momentos ocorram conflitos. Elimine as
deficiências ou hábitos negativos substituindo-os por outros saudáveis e produtivos.
29
CAPÍTULO 3
Gerenciando Pessoas
Segundo Chiavenato (2004) gestão de pessoas é formada por pessoas
e corporações. As pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando na
corporação.
O sucesso da empresa depende do tempo que seus colaboradores
dedicam para empresa. O trabalho dos colaboradores é vital para
sobrevivência e o alcance de metas. As corporações não existiram sem as
pessoas.
“A gestão de pessoas é uma área muito sensível à
mentalidade que predomina nas organizações. Ela é
contingencial e situacional, pois depende de vários
aspectos, como cultura que existe em cada organização, da
estrutura organizacional adotada, das características do
contexto ambiental, do negócio da organização, da
tecnologia utilizada, dos possessos e de umas infinitas
variáveis importantes.” (Chiavenato, 2004, p.6).
As organizações contemporâneas mostra que está ocorrendo uma
grande mudança na forma de entender e realizar o trabalho, visando
cumprimento de objetivos, metas e a missão organizacional. O
desaparecimento das tradicionais fronteiras setoriais que existiam na década
de 90 forçou cada vez mais as organizações a buscarem formas inovadoras e
competitivas. As obtenções de resultados obtidos estão diretamente ancoradas
ao trabalho desenvolvido pelo líder e sua equipe. Para o sucesso da
corporação o líder deve proporcionar um trabalho harmônico com seus
colaboradores.
“Atualmente há um grave problema no mundo dos negócios,
que eu chamo de “desconexão humana”. As pessoas
passam mais tempo no trabalho do que em casa e querem
30
extrair satisfação pessoal e profissional da experiência
cotidiana de trabalho. Elas desejam receber apertos de mão
quando fazem coisas boas. Desejam ter oportunidade de
crescer de se aperfeiçoar. Desejam ser reconhecidas e
sentir que seu esforço faz algum sentido.” (Mitchell, 2010,
p.12).
Segundo Chiavenato (2004) gerir o talento humano é indispensável para
o sucesso das corporações. Ter pessoas não significa necessariamente ter
talentos.
As empresas bem sucedidas tratam seus funcionários como parceiros
do negócio e transmissor de competência.
Hoje o colaborador tem grande importância no desenvolvimento da
empresa e não mais como simples empregado.
Segundo Chiavenato (2004) existem aspectos fundamentais da
moderna gestão de pessoas. A gestão de pessoas se baseia em 3 aspectos,
são eles:
1. As pessoas como seres humanos – pessoas como pessoas e não como
meros recursos da empresa. Dotados de conhecimento, habilidades e
competências adequadas aos recursos educacionais.
2. As pessoas como ativadores inteligentes de recurso organizacionais –
as pessoas como fonte de impulso que dinamizam a organização e não
como agentes passivos.
3. As pessoas como parceiras da organização – pessoas capazes de levar
a organização ao sucesso. Colaboradores como parceiros ativos da
organização e não como sujeitos passivos dentro dela.
Segundo Chiavenato (2004) as pessoas constituem no principal ativo da
organização. Torna-se necessário fiquem atentam aos seus funcionários.
Empresas bem-sucedidas investem em seus colaboradores. Os
colaboradores podem alavancar ou destruir uma corporação, dependendo de
como são tratados pelos seus líderes. Eles podem ser os realizadores das
31
conquistas como podem ser fonte de problemas. Para que o sucesso e as
conquistas das corporações aconteçam, é necessária uma boa gestão de
pessoas com foco nas pessoas e que a corporação mostre a importância
delas.
Segundo Chiavenato (2004) Uma boa gestão de pessoas tem como
objetivo contribuir para eficácia organizacional. Existem alguns meio de
contribuição, são eles:
• Contribuir para organização atingir seus objetivos e realizar a sua
missão;
• Proporcionar competitividade à organização;
• Preparar as equipes e motivá-las;
• Aumentar auto-atualização e crias um bom ambiente de trabalho;
• Desenvolver qualidade de vida no trabalho;
• Impulsionar mudanças;
• Desenvolvimento da ética e responsabilidade social.
3.1 – Construindo Valores
Segundo Bernardinho (2006) o foco em resultados traz a necessidade
do líder se reinventar constantemente. Em busca de um diferencial que
garanta a liderança em resultados.
Segundo Hunter (2004) ser fiel ao prometido. Os melhores líderes são
aqueles que cumprem os compromissos assumidos. Afinal não são eles que
exigem empenho pela melhoria contínua, pessoal e organizacional. Não seria
possível pedir aos outros que sejam o melhor que possam se eles próprios não
assumissem o compromisso de se tornarem os melhores.
Segundo Bernardinho (2006) para ter resultados, devemos contar com
colaboradores com capacidade de liderança, preparados, motivados,
comprometidos, disciplinados, éticos, sintonizados por um planejamento e
unidos pelo mesmo propósito.
Segundo Hunter (2004) quando não cobramos de um funcionário ou
equipe responsabilidades de trabalhar com os padrões fixados pela
32
organização. Ninguém se beneficia quando não se cobra responsabilidade por
execução de trabalhos com eficácia. Nem funcionários, nem determinadas
áreas, nem o líder e nem menos a organização. Todos ficam estagnados em
um patamar ridículo de eficácia e somente a concorrência se beneficia da
situação.
“Quando se é professor, treinador e líder, algo extraordinário
pode acontecer: a formação de uma equipe de verdade,
com uma ligação tão forte entre seus integrantes que só
poderia ser comparada à de uma família, com laços que
duram a vida inteira.” (Wooden e Jamison, 2010, p.26).
O líder deve se potencializar em 3 (três) papéis: o de coach, o capital
humano e desenvolvendo talentos.
O capital humano é um patrimônio inestimável para uma organização
atingir o sucesso. O capital humano é composto por dois aspectos: talento e
contexto. Não basta ter talentos para possuir um bom capital humano. Esses
talentos precisam ter um contexto favorável, incentivador e desafiador.
Escolher componente da equipe é um verdadeiro jogo de xadrez para o
líder. O processo de escolher faz toda a diferença, o líder fica atento em um
conjunto e não em momentos. O histórico de resultados e desempenho é
muito importante para a escolha do colaborador. O líder vai avaliar se o
colaborador escolhido tem como foco principal o trabalho em equipe.
O líder constrói uma equipe com líderes dentro da equipe. Esse
colaborador é motivado, com espírito de equipe e determinado em realizar as
atividades em ótima qualidade.
“A harmonia que deve reinar no ambiente de trabalho não é
de uma equipe que segue o líder sem estar convencida de
que é realmente o melhor a fazer. Esta seria a falsa
harmonia. As discordâncias e os conflitos são necessários
para o desenvolvimento do senso de propriedades, que é
33
resultado da participação de todos no processo.”
(Bernardinho, 2006, p.194)
O líder quando se mantem fiel as suas convicções e sempre focado no
resultado da equipe, permite que continue próximo de seus colaboradores, em
total sintonia para motivá-los.
Segundo Goleman (2001) o líder é como um genitor em uma família.
Como tal precisa ter certeza de que suas ações são consideradas justas pelos
seus colaboradores. O bom líder cuidará dos membros de sua equipe,
defendendo-os quando atacados na organização.
Buscar o máximo é a obrigação do gestor. A preparação extrema é o
que faz a equipe suportar as grandes batalhas.
Segundo Bernardinho (2006) é preciso criar situações de desconforto
para tirar o melhor das pessoas.
O líder busca um equilíbrio entre as exigências elevadas e condições
apropriadas. Ele luta para condições adequadas para sua equipe.
Segundo Hunter (2004) o treinamento e a disciplina são importantes
porque demonstram que nos importamos com as pessoas e queremos que
elas sejam melhores que puderem ser e para isso fomos contratados, esta é a
nossa responsabilidade como líder.
Equipes vitoriosas geram grandes expectativas e mais
responsabilidades para novas conquistas. O líder mostra que a única forma de
continuar sendo uma equipe vitoriosa é se dedicando cada vez mais.
Os lideres de sucesso conseguem fazer com que todos adotem uma
noção comum de missão, metas e programação. Um líder carismático
consegue manter sua equipe no ritmo certo.
“Um bom líder é um bom vendedor. Antes de mais nada,
vendemos ideais àqueles que estão sob nossa orientação: o
time, a organização ou o grupo. Essas idéias constituem
nossa filosofia, isto é, os princípios nos quais acreditamos e
pelos quais lutamos; o que fazemos e por quê; que somos
34
individualmente e como equipe.” (Wooden e Jamison, 2010,
p.44).
Segundo Hunter (2004) a maior falha que encontramos é deixar de
confrontar as pessoas com problemas e situações cobrar responsabilidades.
Disciplinar não é punir e humilhar as pessoas. Disciplinar é levar as pessoas
ao caminho certo ajudando as a se tornarem melhores.
3.2 – Entendendo as Necessidades
Cada indivíduo representa o mundo da sua forma. Na gestão de
pessoas o líder tem que focar em cada indivíduo, pois cada um tem os seus,
sonhos, objetivos e ambições. Para extrair o melhor de cada um da sua
equipe, o líder precisa conhecer e compreender a necessidade e desejo de
cada membro da sua equipe. Sabendo que a necessidade de hoje pode não
ser a de amanhã, então a vigilância e prontidão são ferramentas para um bom
gestor. Compreender o indivíduo como um todo e não como um executor de
tarefas.
Abraham Maslow psicólogo norte-americano desenvolveu a pirâmide
das necessidades básicas dos seres humanos que são: fisiológicas,
segurança, sociais, estima, auto-realização.
O mundo corporativo utiliza a pirâmide para entender o seu colaborador.
Segundo Fadiman e Frager (1986) as primeiras necessidades em
1 - Fisiológica
2 - Segurança
3 – Social
4 – Auto - estima
5 – Auto - realização
35
geral são preponderantes, tendo que ser satisfeitas antes que apareçam a
necessidades posteriores.
Segundo Ronchi (2007) as necessidades e os desejos mudam, e
conseqüentemente, os valores das pessoas.
Maslow informa que somente quando o indivíduo tem suas
necessidades satisfeitas no primeiro degrau, é que sentirá a necessidade de
satisfazer as necessidades do segundo degrau, e assim sucessivamente.
As necessidades básicas no mundo corporativo são:
• 1 Necessidade Fisiológica – ambiente físico estruturado, horário de
trabalho adequado, respeito aos intervalos e folgas.
• 2 Necessidade de segurança – estabilidade no emprego, salário e
benefícios adequados.
• 3 Necessidades Sociais – ambiente agradável e bom relacionamento da
equipe.
• 4 Necessidade de Estima – reconhecimento, oportunidade de
crescimento, respeito e satisfação.
• 5 Necessidade de Auto-realização – sentir-se que faz parte da equipe e
da empresa, autonomia e participação nas decisões.
O líder tem que entender cada colaborador e saber identificar em qual
necessidade ele está naquele momento. O ideal que a equipe seja formada por
pessoas que passaram por todas as necessidades.
“um líder deve incentivar e dar condições para que as
pessoas se tornem melhores que podem ser.” (Hunter, 2004,
p.56).
O mundo empresarial dos dias atuais está muito acelerado, alguns
líderes estão usando a estratégia de pular para o último degrau da pirâmide de
Maslow, fazendo com que seus colaboradores sintam-se pessoas importantes
e valorizadas. Tendo como objetivo melhorar a auto-estima e o relacionamento
pessoal. Passando a ter mais velocidade na conquista de todos os degraus da
pirâmide.
36
3.3 – O Olhar Humano
O líder deve mostrar empatia e altruísmo automaticamente. Quando
tomar decisões, expressar – se com sentimento é uma ferramenta muito
admirada pelos seus colaboradores. Mostrar o que faz é por amor.
Segundo Sutton (2011) chefes inteligentes podem despertar a melhoras
no desempenho, expressando confiança em seus colaboradores.
Manter a equipe unida e trabalhando por um bom tempo junta é ideal
para manter a filosofia de trabalho. Porém, as equipes precisam de sangue
novo para novas idéias e uma nova adaptação.
Segundo Maxwell (2008) liderança é confiança, não um direito que se
adquire, por isso antes de exigir dos outros, o líder precisará se consertar
primeiro.
Segundo Hunter (2004) o ser humano são criaturas de hábito e suas
opções são incorporadas a ele. Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-
se hábitos, hábitos tornam se caráter e caráter torna-se nosso destino.
Quando alguém está infeliz, o líder deve lidar isso. As pessoas
emocionalmente esgotadas param de se concentrar em trabalho. O gestor
deve inspirar as pessoas em sentir-se bem no seu ambiente de trabalho. Se
não consegui inverter o estado emocional do colaborador, o gestor deve evitar
que infecte o restante da equipe com seu estado emocional.
“A principal fonte de liderança está na capacidade de
entender as pessoas. Para se tornar digno da
responsabilidade que cabe a um líder, é preciso conhecer o
que se passa no coração dos liderados.” (Maxwell, 2008,
p.165).
É impossível estabelecer interação se o líder não se esforçar para ouvir
e compreender.
Um bom gestor consegue mostrar para pessoas a importância deles na
empresa e que o desenvolvimento do trabalho deles é de suma importância
para o desenvolvimento da corporação
37
Pessoas abandonam pessoas, não empresas. O líder precisa aprimorar
suas percepções para identificar e corrigir quando os relacionamentos vão mal
e tentar melhorá-los. É ótimo quando as pessoas acreditam em seu líder e
mais maravilhoso quando o líder acredita nas pessoas.
O líder deve demonstrar estado emocional positivo e paixão no seu
próprio crescimento profissional, aonde as pessoas vão admiras e espalhar
esses comportamentos.
Segundo Ronchi (2007) o processo de motivação é dinâmico. Os
indivíduos trabalharão deforma eficiente com encorajamento.
Quanto mais os liderados estiverem satisfeitos, maiores os níveis de
produtividade
Segundo Hunter (2004) verdadeiro teste de eficiência do líder vai
mostrar se ele terá funcionários melhores e mais qualificados como pessoas e
como profissionais em conseqüência de sua liderança.
Segundo Hunter (2004) autocontrole e paciência são qualidades e
fundamentos do caráter de um líder e da liderança. A raiva é uma emoção
natural e saudável, a paixão é uma qualidade maravilhosa para se ter.
Segundo Hunter (2004) gentileza é dispensar atenção, apreciação e
encorajamento aos outros, é tratar os outros com cortesia. Lembre-se você
não precisa ser chefe ou ter uma posição hierarquicamente alta para encorajar
e influenciar os outros.
Segundo Hunter (2004) humildade é a demonstração de ausência de
orgulho, arrogância ou pretensão é comportamento autêntico. Quando os
comportamentos são praticados de uma forma sistemática ao longo do tempo,
mudanças reais e permanentes podem ocorrer. A mudança duradoura ocorre
aos poucos. Quando realizamos melhoras um pouco a cada dia, coisas
grandes começam a acontecer. Não devemos procurar melhoras rápidas e
grandiosas. Devemos buscar pequenas e constantes melhorias a cada dia, um
dia de cada vez. É o único modo para que aconteça e quando acontece dura
para sempre.
Segundo Hunter (2004) Os funcionários querem acreditar que o que
fazem é importante, que serve a um propósito e que agregam valor ao
38
trabalho. Se você não conhece o significado e o propósito de sua empresa
descubra um.
39
CONCLUSÃO
O mundo contemporâneo trouxe aceleradas mudanças no mundo
corporativo. Novas tecnologias, diariamente novas informações, produção
acelerada. As pessoas passam parte de seu dia no ambiente de trabalho. A
exigência aumentou muito o foco em produção e resultados deixando o
ambiente de trabalho mais competitivo e menos relacional.
O estilo de liderança que predominou no século passado onde
predominava hierarquia e o comando a base do poder. Hoje esse estilo não
funciona no meio empresarial. O modo de liderar teve que se adaptar a essa
nova era.
O líder atual precisa ser transparente, exemplo, ter inteligência
emocional, saber potencializar talentos, flexível e entender de pessoas.
As pessoas seguem pessoas, o líder conquista as pessoas com a
liderança à base de empatia.
Uma liderança bem sucedida, precisa do apoio das pessoas. E o líder
agindo com sabedoria, saberá aproveitar e reconhecer a contribuição de seus
colaboradores. Ninguém consegue o sucesso sozinho, se ela conseguiu
sozinha é por que fez algo de errado. Cada pessoa tem a participação no
sucesso da empresa.
São os colaboradores que tornam uma liderança possível. Então, um
grande líder somente existe se formar seguidores com excelência. Os
colaboradores gostam de trabalhar para quem gostam delas e as
potencializam.
40
BIBLIOGRAFIA
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41
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www.saladacoporativa.com.br, acesso 15/03/2011.
VOO DO BUFALO, O DECOLANDO PARA A EXCELENCIA, APRENDENDO A DEIXAR O Formato: Livro
Autor: STAYER, RALPH C.
Autor: BELASCO, JAMES A.
Editora: CAMPUS
Assunto: ADMINISTRAÇÃO - LIDERANÇA
ESGOTADO NO FORNECEDOR
42
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Faculdade Integrada AVM
Título da Monografia: A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO LÍDER NA
GESTÃO DE PESSOAS
Autor: Ana Cristina Otoni Borges
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