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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE CONDOMÍNIOS VERTICAIS - GRANDES EMPRESAS ATUAIS Por: André Luiz Assumpção de Souza Orientador Prof. JORGE VIEIRA Rio de Janeiro 2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · exploratória, a partir do estudo de caso de um dos condomínios do Rio2, no Rio de Janeiro, abrangendo pesquisa em fontes

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

CONDOMÍNIOS VERTICAIS - GRANDES EMPRESAS ATUAIS

Por: André Luiz Assumpção de Souza

Orientador

Prof. JORGE VIEIRA

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

CONDOMÍNIOS VERTICAIS - GRANDES EMPRESAS ATUAIS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Empresarial

Por: . André Luiz Assumpção de Souza

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Grande Arquiteto do

Universo pela oportunidade de realizar

mais este trabalho de forma justa e

perfeita.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia aos meus pais

pelos esforços que me trouxeram até

este momento e a minha filha, que amo

com os mais profundos sentimentos de

carinho, acreditando que momentos

como este será rotina em sua vida, os

quais serão traçados somente por

momentos de muito sucesso, com

muita saúde, alegria e paz interior.

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RESUMO

O presente trabalho analisa a eficácia da comunicação empresarial

como ferramenta para os administradores de condomínios, observando as

diversas relações existentes com seus públicos interno e externo.

A metodologia utilizada consistiu no uso da pesquisa de campo

exploratória, a partir do estudo de caso de um dos condomínios do Rio2, no

Rio de Janeiro, abrangendo pesquisa em fontes secundárias de livros e artigos

publicados e as disponibilizadas pela organização, e realização de visitas ao

local com o para a identificação do acompanhamento e da efetivação das

ações de comunicação da que este residencial já emprega.

A pesquisa possibilitou investigar e avaliar o fenômeno contemporâneo

da Comunicação Empresarial em um contexto real, evidenciando os caminhos

que são seguidos para sua efetivação e consolidação de imagem dos negócios

realizados perante a comunidade.

É preciso observar que os resultados obtidos destacam a realidade da

empresa alvo de estudo, não devendo ser generalizados como realidade de

outras organizações.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste estudo consiste em pesquisas e

observações de campo.

O estudo quanto aos meios é bibliográfico. Foi desenvolvida pesquisa

em livros para garantir a consistência do referencial teórico.

A aplicação da pesquisa de campo exploratória ocorreu através de

visitas ao Residencial Sicília, que está localizado dentro do Condomínio Rio2,

um condomínio de condomínios na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

Ao final, mostramos a relação existente do modelo adotado pelas

empresas e os adotados pelos grandes residenciais de luxo, bem como seus

impactos junto aos públicos interno e externo e o resultado com tais

aplicações.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9

CAPÍTULO I ..................................................................................................... 11

SINAIS DA MUDANÇA..................................................................................... 11

O CONCEITO ........................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

1. CONDOMÍNIOS ........................................................................................ 11

1.1 A HISTÓRIA DOS CONDOMÍNIOS .................................................... 11

1.2 CONDOMÍNIO - ASPECTOS GERAIS ............................................... 16

CAPÍTULO II - COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA DE

GESTÃO .......................................................................................................... 20

2. A COMUNICAÇÃO .................................................................................... 20

2.1 HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ......................................................... 20

2.2 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL....................................................... 22

2.3 A ADMINISTRAÇÃO DE GRANDES CONDOMÍNIOS ....................... 27

CONCLUSÃO ................................................................................................... 29

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................... 31

ÍNDICE ............................................................................................................. 35

FOLHA DE AVALIAÇÃO .................................................................................. 36

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INTRODUÇÃO

Os grandes condomínios estão na moda. Desde os primeiros

condomínios verticais já registrados até hoje temos exemplo de moradia que

ganhou grande espaço. Com a expansão das cidades, a alternativa foi a

verticalização das moradias. Há condomínios de prédios que chegam a possuir

mais do que 300 apartamentos. Mais recentemente, os horizontais começaram

a surgir como opção de moradia comunitária com a característica de morar

numa casa e dividir o quintal com os vizinhos.

Vivendo em um ambiente social no qual mantém relações com outras

pessoas, o homem sentiu a necessidade de se comunicar. Durante milhares

de anos a comunicação limitou-se, nas sociedades primitivas, à linguagem

oral. A escrita forma mais sofisticada de comunicação, surgiu por volta de

4.000 a. C., na Mesopotâmia, Egito, China, Palestina e Índia. Todas as

grandes transformações que se seguiram na história apoiaram-se na

capacidade da comunicação. A título de exemplo do que ocorria nas

sociedades primitivas, a comunicação é o sistema que oferece coesão e

referências culturais harmônicas à civilização globalizada deste início de

milênio, a cada país, Estado, cidade, bairro, empresa, família etc.

É por isso que, cada vez mais, as empresas têm dado importância

para a Comunicação Empresarial. Antes, a atividade que durante muito tempo,

ficou relegada ao segundo plano, vista como supérflua, hoje vem se tornando

cada vez mais, uma ferramenta estratégica de gestão.

O objetivo desta monografia de pós-graduação é destacar que a

comunicação estratégica está a serviço dos Condomínios não só para recriar o

modelo que já é desenvolvido na iniciativa privada, mas, sobretudo, importar

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sua concepção e adaptá-lo às necessidades e à estrutura auxiliando na

administração.

Diante deste objetivo surge o problema: As estratégias de gestão de

comunicação das empresas podem servir de modelo nos condomínios?

O desenvolvimento da pesquisa ocorreu por meio do método de

abordagem dedutivo quando parte da visão geral da comunicação e a

sistematiza à empresa, alcançando sua visão a uma organização específica

por meio de um estudo de caso.

Para a investigação se realizar foi necessário fazer uso dos métodos

de procedimento histórico desde o surgimento da comunicação até seu avanço

tecnológico no presente século. Da mesma forma, foi apresentado um registro

da origem dos condomínios e sua definição sob o ponto de vista da legislação

brasileira, garantindo assim um melhor entendimento por todos.

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CAPÍTULO I

SINAIS DA MUDANÇA

1. Condomínios

1.1 A História dos Condomínios Nasceu depois da 1º Guerra Mundial, entre 1914 - 1918, em

decorrência da crise de habitação, que fez desaparecer a medida entre a

oferta e a análise e se agravou com a legislação de incidente sobre o

inquilinato, vagamente diferida, reduzindo o número das edificações. Apesar

disso, o aumento das cidades e coerente valorização dos terrenos urbanos,

houve obrigação de melhor aplicação do solo.

Moderando a situação, apareceu o condomínio em edifícios de

apartamentos, que desde logo, teve franca aceitação, em virtude de vários

fatores. Numerosas cidades, bem como Orleães, Rennes, Paris, Nantes,

Auxerre etc, cruzaram, pelo direito consuetudinário ou costumeiro, no qual veio

a versar a divisão de edifícios em planos horizontais a fim de resolver seus

problemas, assim como:

I - melhor aproveitamento do solo, espaço, tornando-o mais barato;

II - tornar mais econômico a edificação, condenando assim o aumento

do custo de vida beneficiando da aquisição de grandes quantidades de

materiais;

III - facilitar o alcance da casa própria, que a todos interessa provocar,

como importante elemento de coesão familiar; e

IV - prender seus donos nas circunvizinhanças dos locais de

trabalho.(MONTEIRO, 2003. p. 221 e 222)

Deste modo, a idéia de organizar condomínio nos prédios de mais de

um andar, distribuindo-os por vários proprietários, fez com que o

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desenvolvimento urbano, a valorização dos terrenos e a necessidade de

aproveitamento de espaço crescesse.

A identidade entre a divulgação da lei nova e o início da fase de

enorme propagação dos condomínios em edificações fez com que se

sugerisse a ação de saber se essa classe de condomínio era admissível, antes

da Lei de 1928, neste caso, tratava-se de investigar se podia alguém ser

possuidor de outrem, ou se, pelo avesso, desconhecendo-se no Brasil o direito

de superfície, era impossível conceber-se uma propriedade imóvel qualificado

da do solo em que se colocava a construção, pois, segundo a regra geral, o

acessório deve adotar o principal.

Até esse andamento era inacreditável a vivência da propriedade

autônoma de um apartamento, pois que este precisaria ajustar num terreno de

terceiro.

No Brasil, a favor da legislação portuguesa, a primeira notícia histórica

sobre a propriedade privada conjugada com a compartilhada, data das

Ordenações Filipinas, que então a ela se faz referência no seguinte significado:

"E se huma casa for de dous senhorios, de maneira que de hum delles

seja o sotão, e de outro o sobrado, não poderá aquêle, cujo for o sobrado,

fazer janela sobre o portal daquele, cujo for o sotão, ou logea, nem outro

edifício algum "(Livro I, Tit. 68 § 34)" (SILVIO, 2002, p.207)

Entretanto, os condomínios edilícios só se tornaram aceitável, quando,

pelo Decreto-lei nº 5.481, o legislador produziu que as edificações poderiam

ser vendidas em parte, constituindo cada apartamento uma propriedade

autônoma, suscetível de ser como tal alienada e gravada; e que os negócios

jurídicos assim alcançados dominariam ser transcritos ou inscritos no Registro

de Imóveis.

Os demais Códigos, assim como o regime do Código Civil de 1916,

desprezou a referência ao condomínio em prédios de muitos pavimentos, pois

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não aceita a classe de edifícios por planos horizontais, neste caso passaram a

reger-se pelos usos e costumes das disposições análogas do condomínio

geral. Acolhia a que se decorria por plano vertical, geradora da chamada "casa

de parede-meia", por meio de normas reguladoras ao Direito da Vizinhança.

A lei nº 5.481/28 veio consentir a "alienação parcial dos edifícios de

mais de cinco andares", edificadas de cimento-armado ou outro assunto

parecido incombustível, contanto que cada apartamento, que passaria a

compor uma unidade autônoma, reprimisse pelo menos três peças. Cada

unidade deveria ser distinguida por uma qualificação numérica e averbada no

Registro de Imóveis. No período da averbação, teria ela nascido, com a vida

própria, para o direito.

O terreno e as partes de uso comum suportam a compor coisa

inalienável e indivisível, de domínio comum de todos os proprietários do prédio.

A lei de 1928 fez obedecer ao funcionamento desse novo condomínio,

apontado, entre outras coisas, a maneira como se instala e funciona a

assembléia de condôminos, a maneira de eleição do administrador, o de se

votarem e repartirem as despesas de reparação e manutenção da edificação, a

questão do seguro, as hipóteses de desapropriação e de reconstrução do

prédio, em caso de destruição total ou parcial. Atenta, ainda, da advertência

aos direitos dos condôminos, especificada pelo empenho de harmonização da

vizinhança, coibindo, assim, a transformação da forma externa da fachada, a

instalação de estabelecimento que pudessem simular incômodo aos vizinhos,

ou de qualquer modo afetar a segurança, o sossego ou a saúde dos demais

proprietários de apartamentos, ou que se afastassem da destinação do mesmo

prédio.

Evidentemente, e como era de esperar, a lei foi extrapolada pela

realidade, pois o êxito da regra de condomínio em edificações se apontou de

atitude tão brilhante entre nós que a precisão e, depois, a prova preencheram

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as falhas que o Decreto-lei de 1928 apresentava, empregando apenas aquilo

que ele tinha de bom e que era indispensável para o funcionamento do

sistema, desfavorecendo o que era dispensável e ilícito.

Legitimamente, os condomínios edilícios apresentaram admirável

comunicação no meio urbano brasileiro. Ao lado dos prédios de apartamentos

residenciais, multiplicaram-se os destinados a escritórios e consultórios, e hoje

abundam os usados como garagens, logo, obviamente, o Decreto-lei nº

5.481/28 necessitava ser substituído.

Após, a semelhança dos modelos das legislações de outros países e

pelos fatos sociais, o Brasil deu seu primeiro passo no sentido de regular o

assunto, o direito pátrio divulgou diante a edição do Decreto nº 5.481, de 25 de

junho de 1928, que apresentou normas, de feitio insatisfatórias, que prepara

sobre a "alienação parcial dos edifícios de mais de cinco andares". Foi

modificado em seguida pelo Decreto-Lei nº 5.234 de 08/02/1943, e pela Lei nº

285 de 1948, que desdobraram a possibilidade de prédios de menos de cinco

pavimentos, sendo que antes da lei atual era admitida a venda de

apartamentos isolados, em edificações de dois andares, no qual decretou a

regulamentação dos edifícios coletivos, divididos em unidades autônomas,

tanto para fins residenciais, como comerciais e profissionais.

Neste caso, devido ao rápido crescimento da propriedade horizontal,

nos centros urbanos, necessário se fez atualizar o regime condominial dos

prédios de vários andares que não correspondia ás exigências da vida

moderna, para evitar abusos dos direitos e deveres dos incorporadores,

construtores e adquirentes das unidades. Então, fez surgir a Lei nº 4.591/64

com alterações da Lei nº 4.864/65, para atender a todos os reclamos.

A lei nº 4.591/64 compõe-se de dois títulos: o primeiro cuida do

condomínio em edificações propriamente dito, definindo-o, disciplinando sua

constituição e sua administração, tratando neste caso de sua vida como

instituição autônoma. O segundo trata das incorporações e da figura do

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incorporador, regulando não apenas os direitos e deveres, como também os

principais problemas jurídicos decorrentes das construções de prédios

destinados a condomínios em edificações, e isso, constitui importante inovação

da lei.

Então, tudo que havia de fundamental na lei de 1928 foi aproveitado.

Neste caso, muita coisa nova se inseriu nesta lei, atendendo aos reclamos da

doutrina e da experiência.

A lei de 1964 tinha o intuito de proteger o público que visa lidar com

essa pessoa, depois de definir o que entende por incorporação e por

incorporador (arts. 28 e 29), disciplina minuciosamente a atividade, buscando

impedir que sua ação, por falta de competência profissional ou idoneidade

financeira, ou moral, se torne nociva aos que com ele negociam.

A mesma lei, para pôr cobro ao abuso, determinou que quando o

incorporador contratar a entrega da unidade a prazo e preços certos,

responderá civilmente pela execução da incorporação, devendo indenizar os

adquirentes pelos prejuízos resultantes do retardamento (art. 43, II), e não

poderá modificar as condições de pagamento nem reajustar o preço das

unidades, ainda no caso de elevação dos preços e da mão-de-obra, salvo se

tiver expressamente avençada a faculdade de reajustamento (inciso IV).

Consagra ao ensejo da disciplinação das obrigações do incorporador,

é repetida quando a lei regula a construção por empreitada. Conforme o art.

55, § 1º, o legislador diz que na empreitada a preço fixo da construção será

irreajustável, independentemente das variações que sofrer o custo efetivo das

obras e quaisquer que sejam as suas causas.

Contudo, proíbe a lei que o incorporador, para pleitear aumento do

preço, alegue a teoria da imprevisão, ou aduza a incidência da cláusula Rebus

sic stantibus, pois só ele e há mais ninguém, incumbem os riscos do

empreendimento.

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O Código Civil de 2002 cita especialmente sobre o condomínio nos

edifícios de apartamentos ou edilícios, nos arts. 1.331 a 1.358. Deste modo,

ensina-nos Miguel Reale (exposição de Motivos) que se trata de um

condomínio constituído como resultado de um ato de edificação, sendo, por

essa razão, denominado edilício.(REALE, p.200)

1.2 Condomínio - Aspectos gerais

1.2.1 Condomínio em edifícios

1.2.1.1 Conceito

O condomínio em edifício ou em edificações, também é chamado de

plano horizontal ou condomínio especial, caracteriza-se pela apresentação de

uma propriedade comum ao lado de uma propriedade privativa. Cada

condômino é titular, com exclusividade, da unidade autônoma, seja

apartamento, escritório, sala, loja, sobreloja, garagem, e titular de partes ideais

das áreas comuns, assim como terreno, estrutura do prédio, telhado, rede

geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, calefação e

refrigeração central, corredor de acesso ás unidades autônomas e ao

logradouro publico e etc.

Nesse sentido, dispõe o art. 1331 do CC: "pode haver, em edificações,

partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedades comuns

dos condôminos".

Caio Mário prevê uma idéia de propriedade, e ainda, uma idéia de

condomínio. O doutrinador diz:

"Propriedade individual, exclusiva, sobre a unidade autônoma,

subordinada embora a sérias restrições (o que não é estranho ao conceito do

domínio tradicional). [...] Condomínio sobre o solo, sobre os elevadores do

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edifício, sobre a caixa-d"água, sobre o saguão da entrada, sobre as partes

enfim que interessam ao prédio como unidade arquitetônica. [...] A nosso ver

há uma compropriedade e uma propriedade individual, que vivem

juntas...".(PEREIRA, 1988, p.90)

Portanto, o condomínio edilício funde o domínio singular com o

domínio comum, formando "um direito diferente, que amalgama as noções de

propriedade e de co-propriedade."

No entendimento de Pazutti Mezzari, sobre o instituto da propriedade

horizontal amealha-se que:

"... é forma de parcelamento da propriedade, onde coexistem

compartimentos autônomos, de propriedade exclusiva, com compartimentos

destinados ao uso comum de quantos sejam os proprietários daqueles. [...].

Trata-se de direito novo, híbrido na sua origem, mas com identidade

perfeitamente determinada".(MEZZARI, 1996, p. 24 e 25)

1.2.2 Condomínio Especial

1.2.2.1 Denominação

A divisão de um edifício em apartamentos, salas, conjuntos ou andares

é admitido juridicamente sob forma em que se combinam regras da

propriedade individual e do condomínio. Cada unidade pertence

exclusivamente a um proprietário que tem o exercício do seu direito limitado

pelas obrigações especiais que decorrem de possuí-lo num edifício com outras

unidades autônomas.

Caracteriza-se pela justaposição de propriedades distintas,

perfeitamente individualizadas, ao lado do condomínio de partes do edifício,

forçadamente comuns.

A terminologia não é uniforme, neste caso, insiste em qualificá-la como

condomínio, para distingui-lo do ordinário e geral, de acordo com as seguintes

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expressões: relativo, sui generis, por andares ou apartamentos de edifícios

com apartamentos autônomos, condomínio em edificações ou condomínio

especial em edifícios. Qualquer dessas denominações pode ser aceita.

A caracterização do condomínio em edificações distingue-se entre o

privativo e o comum.

Privativo, constituindo propriedade autônoma, é a unidade, ou seja, "á

parte de um edifício constituindo objeto de propriedade separada, entidade

jurídica distinta do conjunto material a que está ligada a fração autônoma de

um edifício".[6]

A linguagem apartamento designa o conjunto de salas e quartos para

moradia, quando se destina a escritório ou se reduz a uma peça, costuma-se

chamar sala, ou conjunto, se constituído de varias salas, que ás vezes é todo

um pavimento que se separa para ser propriedade autônoma. Neste caso, o

individuo não é proprietário de um apartamento, mas, sim de um andar, ou de

um conjunto autônomo.

Comuns são o terreno e tudo quanto no edifício seja afetado ao uso de

todos os proprietários, não sendo suscetíveis de utilização exclusiva por

qualquer condômino, assim como, por exemplo: fundações, fachada, telhado,

estrutura de concreto, muros e paredes divisórias, escadarias, elevadores,

vestíbulos, corredores e outras partes de utilidade para os seus ocupantes.

As partes privativas são objeto de propriedade autônoma, já as partes

comuns de condomínio forçado.

1.2.3 A nova denominação: O Condomínio Edilício

1.2.3.1 Em que consiste

O condomínio edilício, a nova denominação do instituto da propriedade

horizontal, atualmente rege-se pelas disposições estampadas nos artigos

1.331 a 1.358, da Lei nº 10.406/2002, subdivididos em três seções:

- Seção I, abrangendo os artigos 1.331 a 1.346, engloba as

disposições gerais atinentes ao instituto;

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- Seção II, de que tratam os artigos 1.347 a 1.356, ocupa-se da

administração do condomínio;

- Seção III, por sua vez, perfazendo-se através dos artigos 1.357 e

1.358, ocupa-se das formas de extinção do condomínio.

Assim, á vista do disposto no art. 1.331, caput, do CC, emoldura-se,

ainda que sucintamente, a definição do condomínio edilício, ao qual atrai-se a

idéia de um imóvel constituído de edificações com partes de propriedade

exclusiva e comum, conjuntamente.

Insta observar que usa a expressão "edificações", na forma plural, e de

modo genérico, ensejando o entendimento de qualquer espécie de construção,

seja o empreendimento constituído de apenas um bloco, ou mais; com

qualquer número de pavimentos; com a destinação que houver.

Outrossim, da expressão igualmente pode-se questionar a abrangência

das casas térreas ou assobradadas, uma vez que, ao reportar-se o dispositivo

em comento que "pode haver, em edificações", sem qualquer remissão a

espécies, confirma-se ao vocábulo o caráter genérico empregado pelo nosso

legislador.

Indispensável é, todavia, que o edifício se componha de múltiplas

unidades autônomas, isoladas entre si, independentemente do número de

peças e da respectiva destinação (residencial ou não-residencial).

Em tal hipótese, cada unidade constituirá propriedade autônoma, com

individualidade própria, submetendo-se, não só isoladamente, como no seu

conjunto, á disciplina jurídica do mencionado estatuto.

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CAPÍTULO II - COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO

FERRAMENTA DE GESTÃO

2. A Comunicação

2.1 História da Comunicação

O homem é um ser em evolução e sua tendência natural é sair do

egocentrismo. O homem tem a necessidade de pertencer a um determinado

grupo social seja a família, a escola, o trabalho e tantos outros. (MADJAROF,

2001)

Na busca de atender às suas carências, os seres humanos produzem

seus meios de vida. É nessa atividade que recriam a si próprios e reproduzem

sua espécie num processo que é continuamente transformado pela ação das

sucessivas gerações.

Ao produzir para prover-se do que precisam, os seres humanos

procuram dominar as circunstâncias naturais, para isto, organizam-se

socialmente, estabelecem relações sociais. O ato de produzir gera também

novas necessidades, que não são, por conseguinte, simples exigências

naturais ou físicas, mas produtos da existência social.

Para que o homem satisfaça propriamente suas necessidades, ele tem

que libertar-se delas, superando-as, ou seja, fazendo com que sejam

especificamente humanas. Isso quer dizer que a necessidade humana tem que

ser inventada ou criada. O homem, portanto, não é apenas um ser de

necessidades, mas sim o ser que inventa ou cria suas próprias necessidades.

(VÁZQUEZ, 1975, p.141-2 apud RIOS, 1999, p.32)

Vivendo rodeado pelo meio ambiente físico, mas, sobretudo, pelo meio

ambiente social, composto por outras pessoas com quem mantém relações de

interdependência, o homem sentiu a necessidade de se comunicar, e dentre as

várias necessidades do homem social, uma importante delas é a comunicação.

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Segundo CHIAVENATO (2000, p. 142): “[...] comunicação é a troca de

informações entre os indivíduos”. Significa tornar comum uma mensagem ou

informação. Constitui um dos processos fundamentais da experiência humana

e da organização social.

A comunicação requer um código para formular uma mensagem e

enviá-la na forma de sinal (como ondas sonoras, letras impressas, símbolos),

por meio de um canal (ar, fios, papel) a um receptor da mensagem que a

decodifica e interpreta seu significado.

Na comunicação pessoal direta falada, ou seja, na conversação, a

linguagem funciona como código e é reforçada por elementos de comunicação

não verbal (como gestos, sinais, símbolos). A comunicação interpessoal

também pode se dar a distância, através da escrita, telefone ou internet como

meio de transmitir as mensagens.

Desde o início dos tempos, o homem procurou se comunicar com seus

semelhantes, mas não sabia como registrar isso. O primeiro passo foi a

linguagem escrita onde, aos poucos, desenvolveu o alfabeto. Foi juntando as

letras, criando palavras e, conseqüentemente, frases onde se comunicava com

seus descendentes e semelhantes.

Os povos mais primitivos desenvolveram outras maneiras de se

comunicarem e enviar mensagens, tais como tambores (África), sinais de fogo

(índios) etc. A comunicação para lugares distantes era feita por outros meios,

como correio (que foi considerado por muito tempo a maneira mais eficaz

contra a distância), os livros (que eram escritos à mão) até o surgimento da

imprensa.

Em 1876, Alexander Graham Bell inventou o telefone, com o qual as

pessoas podiam se comunicar simultaneamente, no início eram estranhos,

mas foram evoluindo.

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As duas primeiras décadas do século XX marcaram o reinado da

telegrafia sem fio, isto é, da utilização da onda eletromagnética para

transmissões de telegramas de uma pessoa para outra pessoa, com o

emprego dos sinais de ponto e traço do Código Morse. A radiodifusão, ou seja,

o aproveitamento das mesmas ondas para irradiação de programas de voz e

música para a massa, somente viria a eclodir por volta de 1920. (COSTELLA,

2002, p.240)

No século XX surge a televisão com transmissão conjunta de som e

imagem. Com a tecnologia surgiram diversos meios de comunicação, os

inventos humanos continuam aperfeiçoando as diversas maneiras de

comunicar a tradução de idéias, objetivos e intenções, num conjunto

sistemático de símbolos.

O saber comunicar-se sempre foi alvo dessas evoluções, na busca

constante para que as mensagens enviadas agrupem os seres humanos e os

tornem comuns a todos que delas tiverem interesse. É a procura constante

para que a comunicação atue com eficácia perante a sociedade.

2.2 Comunicação Empresarial

A Comunicação Empresarial compreende um conjunto complexo de

atividades, ações, estratégias, produtos e processos desenvolvidos para

reforçar a imagem de uma empresa ou entidade (sindicato, órgãos

governamentais, ONGs, associações, universidades etc) junto aos seus

públicos de interesse (consumidores, empregados, formadores de opinião,

classe política ou empresarial, acionistas, comunidade acadêmica ou

financeira, jornalistas etc) ou junto à opinião pública.

A comunicação empresarial evoluiu de seu estágio embrionário, em

que se definia como mero acessório, para assumir, agora, uma função

relevante na política negocial das empresas. Deixa, portanto, de ser atividade

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que se descarta ou se relega a segundo plano, para se firmar como insumo

estratégico, de que uma empresa ou entidade lança mão para idealizar

clientes, sensibilizar multiplicadores de opinião ou interagir com a

comunidade.(BUENO, 2000, p.50)

Na década de 70, as empresas e associações já se comunicavam,

porém não existia uma Comunicação Empresarial, as atividades de

comunicação eram percebidas e desenvolvidas isoladamente, isso porque as

empresas e o próprio país viviam em pleno regime de exceção e a postura

empresarial se afinava, muitas vezes, com a autocracia dos militares. Era um

tempo em que as greves por salários ou melhores condições de trabalho eram

resolvidas pelas milícias estaduais e não, pela negociação e o diálogo. Enfim,

não havia espaço para o diálogo e a participação.

Nos anos 90, principalmente a partir da primeira metade, as empresas

e o mercado passaram por processos constantes de mudanças das fortes

alterações e mutações políticas, econômicas e sociais, porém o ponto central

da mudança é a integração dos mercados numa “aldeia global” que segundo o

sociólogo canadense McLuhan (1969), significa a redução do planeta à uma

mesma situação que ocorre em uma aldeia, ou seja, a possibilidade de se

intercomunicar diretamente com qualquer pessoa que nela vive.

O mundo empresarial presencia no cotidiano os efeitos da era da

globalização da economia e do crescente apelo para o exercício da

competitividade, da responsabilidade social, ambiental e eficiência na

produção.

É justamente este processo de globalização que muda a face da

economia brasileira, levando as empresas a transformarem a Comunicação

Empresarial como uma ferramenta estratégica de gestão.

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A comunicação deve atender a todos os públicos de interesse da

empresa, com isso é necessário que o comunicador conheça o perfil de cada

um desses públicos, saiba quais são seus hábitos, seus interesses, como

transformar a identidade da empresa em imagem institucional real para eles e

qual é melhor forma de falar direcionadamente para cada um.

Do somatório de atividade isoladas, a área de comunicação evoluiu

para um processo integrado de relacionamento com os públicos de interesse,

de tal modo que uma empresa ou entidade moderna não pode prescindir, hoje,

dessa articulação (...) A comunicação é o espelho da cultura empresarial e

reflete, necessariamente, os valores das organizações. Se eles caminham para

valorizar o profissionalismo, a transparência, a responsabilidade social e a

participação, a comunicação se orienta no mesmo sentido”. (BUENO, 2003,

p.4).

A prática da transparência requer efetivamente, para muitas

organizações, uma mudança profunda em seu processo de gestão.

Dificilmente, aquelas que se caracterizam por uma hierarquia rígida, por

decisões centralizadas ou descartam a participação como elemento de sua

cultura, estão preparadas para uma autêntica interação com o mercado.

A organização transparente está aberta ao diálogo. Isso significa que

ela se empenha tanto em falar quanto em ouvir, estabelecendo canais

permanentes com os seus públicos, tanto interno quanto externo: empregados,

clientes, acionistas, comunidade, repartições governamentais e o público em

geral; e buscando, adaptar-se às novas demandas ou desafios.

A partir dos anos 60, as empresas, como outras instituições da

sociedade começaram a perder credibilidade e passaram a ser fiscalizadas

pelo público que, cético, começou a clamar por mais regulamentação

governamental sobre poluição, direitos civis, produtos, segurança. Durante

esse período, cresceu a importância de saber lidar com o público externo.

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Porém com grandes problemas e pequenas equipes não preparadas para o

estratégico, o setor de relações com o público externo foi assumindo papel de

maior destaque no provimento de estratégia e alcance para as comunicações.

(CORRADO, 1994, p. 29).

Para que o público interno se engaje com os objetivos da empresa é

importante que ele conheça as características dos produtos e serviços, além

de entenderem a cadeia como um todo e esteja sempre bem informado em

relação a todas as decisões tomadas por ela e a comunicação seja feita

primeiramente para o público interno e depois para o público externo.

O aumento da produtividade é o maior retorno obtido pela empresa em

todo esse processo de gestão dos investimentos sociais no seu público

interno.

A produtividade no trabalho aumenta como decorrência da maior

satisfação, motivação e capacitação dos seus funcionários. Além do retorno do

investimento pelo aumento da produtividade, a empresa socialmente

responsável alcança outros diversos tipos de retorno, como por exemplo:

retenção dos talentos [...], melhoria da qualidade de vida de seus empregados

[...], diminuição dos gastos com saúde e assistência social dos empregados

[...], redução do índice de abstenção, redução de custos com ação na justiça

do trabalho [...], aumento da auto-estima dos empregados, melhoria do clima

organizacional; consolidação de uma nova cultura empresarial. (MELO e

FRÓES, 2001, p.109)

O ambiente organizacional deve ser saudável, os colaboradores

devem se sentir confortáveis em seu ambiente de trabalho. É fundamental criar

canais efetivos de comunicação, mecanismos de recompensa para resultados,

oportunidades de aquisição de conhecimento e crescimento profissional para

os funcionários.

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Como o mercado de trabalho está bastante competitivo, alguns

empresários se esquecem de seu público interno, por acharem que ele se

sujeitará ao descaso por falta de opção profissional. Atualmente os bons

profissionais têm escolhido, cada vez mais, migrar para as empresas

socialmente responsáveis, onde seu talento possa ser reconhecido.

A responsabilidade social das empresas, ou mesmo a busca das

empresas por justiça social, seria basicamente a iniciativa espontânea das

empresas de contribuir para a construção de uma sociedade melhor e um meio

ambiente mais limpo. Ou seja, a responsabilidade social das empresas seria a

integração voluntária, por parte das empresas, das preocupações sociais e

ambientais com suas operações comerciais e com suas relações com seus

representantes e sua área de influência. (FÉLIX, 2003, p. 19)

A responsabilidade social e a comunicação se inter-relacionam. É

importante dizer que a comunicação, assim como a responsabilidade social,

deve abranger todos os públicos de interesse da empresa: funcionários,

fornecedores, clientes, comunidade, governo e sociedade. Os canais de

comunicação devem estar abertos a todos eles e devem funcionar como via de

mão dupla, caracterizando um diálogo real, que mostre respeito e a integração

da empresa com cada um, fazendo com que as informações circulem com

mais clareza, sem ruídos ou mensagens truncadas que confundam os públicos

e prejudiquem a imagem organizacional.

A transparência é outra característica comum à responsabilidade social

da comunicação. Por meio dessas características percebe-se que diversas

empresas vêm desenvolvendo um trabalho sério na área de responsabilidade

social, em vez de utilizar esse conceito para ganhos de resultados de imagem,

comunicação e marketing, fazem o inverso: utilizam as poderosas ferramentas

de comunicação para potencializar as práticas e difundir as idéias da

responsabilidade social entre os seus públicos de interesse.

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2.3 A Administração de Grandes Condomínios

De acordo com Lopes (1980), os primeiros fatores básicos da

motivação humana são o hedonismo e o idealismo. O primeiro explica que o

homem não ama a dor e o desconforto, mas o prazer e o conforto. Eis aí a

razão dos conselhos acerca de como tornar agradáveis as condições e o

ambiente de trabalho, a fim de que aquele fator seja satisfeito, resultando no

aumento da motivação.

A escolha de viver em comunidade passa desde economia à

segurança e lazer. Optar por um apartamento na maioria das vezes está ligado

à segurança que o imóvel representa e pelo baixo custo de manutenção. Em

uma casa, nos chamados "condomínios fechados", a opção é por mais espaço,

lazer e, claro, a sensação de estar protegido. O primeiro passo é a convivência

pacífica entre os moradores. Para isto é fundamental planos de comunicação

eficientes que permitam a manutenção das relações entre moradores, pois o

que for decidido afetará diretamente a todos.

Com base nessas informações, além das competências do síndico,

constantes no artigo 1.348, cabe a ele estar preparado para administrar seus

funcionários e fornecedores para prover o melhor serviço aos condôminos.

Esses grandes condomínios devem ser encarados como uma empresa, onde

os elementos básicos de administração precisam ser observados. Ao criar um

planejamento de gestão, deve-se criar uma política interna de comunicação,

onde os respectivos públicos, permitindo maior transparência para todos em

seus atos. É importante ater-se ao uso correto da linguagem e culturas para

cada tipo de público, sendo eles fornecedores, funcionários, funcionários de

baixa escolaridade, moradores, crianças e visitantes, cujo interesse é a atingir

a maior eficácia possível na passagem da informação. Tais ações, juntamente

com regras claras e cientes por todos os moradores, funcionários e

fornecedores resultarão na sensação de conforto e crescente confiança, onde

poderá conseguir a sinergia tão esperada pelos moradores. Tais condições

permitirão iniciar uma nova etapa de sua administração, que é a integração

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dos moradores e funcionários para atividades voltadas para o coletivo, tais

como campanhas de doação de alimentos, campanhas de economia de água

e energia, campanhas de reciclagem de lixo, etc. Estes pontos foram aplicados

no Residencial Sicília no Rio2, onde é possível até hoje observar seu efeito

benéfico através de um clima tranqüilo de convivência, tornando-se um local

ideal para se chamar de lar.

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CONCLUSÃO

É interessante pensar na trajetória e nas mudanças acontecidas no

processo de comunicação humano. Nos primórdios as formas de entendimento

passaram por diversas fases

Com base nas informações apresentadas no final de 2009 pelo

Condomínio, constata-se que a comunicação tanto interna como externa

ocorre por diversos meios, onde cada um é direcionado a um determinado

público visando à eficácia da comunicação, utilizando os mesmos mecanismos

das grandes empresas.

É importante considerar a Comunicação Interna e Externa um

investimento no ser humano. No entanto, os membros da administração

evidenciar seu comprometimento com as partes interessadas por meio de

atividades e práticas da organização, onde cada funcionário tem sua função

definida dentro desse processo.

Desta forma, com as observações de campo no Residencial Sicília –

Rio2 percebeu-se que a Comunicação Empresarial se torna uma poderosa

ferramenta de gestão desde que utilizada de maneira eficaz.

Com o estudo de caso percebeu-se que a empresa faz o uso muito

bem da ferramenta de comunicação, ela utiliza diversos meios de

comunicação, cada um com o mesmo objetivo, porém para um determinado

público.

Assim, a comunicação interna é determinante para o sucesso das

organizações, pois se torna fundamental para os resultados do negócio.

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É de fundamental importância que os funcionários sejam parte

integrante da organização e estejam em sintonia com o que a empresa espera

deles e saibam o que podem esperar da organização, ou seja, se o funcionário

tiver clareza de seu papel na organização e se o seu posicionamento dentro da

empresa estiver coerente com suas expectativas pessoais, os objetivos, as

metas e os desafios serão atingidos permitindo crescimento e satisfação.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 6

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO ERRO! INDICA

CAPÍTULO I ERRO! INDICA

SINAIS DA MUDANÇA ERRO! INDICA

O CONCEITO ERRO! INDICA

1. CONDOMÍNIOS ERRO! INDICA

1.1 A HISTÓRIA DOS CONDOMÍNIOS ERRO! INDICA

1.2 CONDOMÍNIO - ASPECTOS GERAIS ERRO! INDICA

1.2.1 CONDOMÍNIO EM EDIFÍCIOS ERRO! INDICA

1.2.2 CONDOMÍNIO ESPECIAL ERRO! INDICA

1.2.3 A NOVA DENOMINAÇÃO: O CONDOMÍNIO EDILÍCIO ERRO! INDICA

CAPÍTULO II - COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA DE

GESTÃO ERRO! INDICA

2. A COMUNICAÇÃO ERRO! INDICA

2.1 HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ERRO! INDICA

2.2 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ERRO! INDICA

2.3 A ADMINISTRAÇÃO DE GRANDES CONDOMÍNIOS ERRO! INDICA

CONCLUSÃO ERRO! INDICA

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ERRO! INDICA

ÍNDICE ERRO! INDICA

FOLHA DE AVALIAÇÃO ERRO! INDICA

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Instituto A Vez do Mestre

Título da Monografia: Condomínios verticais - grandes empresas

atuais

Autor: André Luiz Assumpção de Souza

Data da entrega: 28 / 03 / 2010

Avaliado por: Jorge Vieira da Rocha Conceito: