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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A Evolução e as Inovações do Mundo Empresarial Por: Raphael Luiz Amado da Mata Orientador Profª. Ana Cláudia Morrissy Rio de Janeiro 2012 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Revolução Industrial que estendeu-se ao longo do século XIX, chegando ao começo do século XX. 1.1 - Uma breve visão

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A Evolução e as Inovações do Mundo Empresarial

Por: Raphael Luiz Amado da Mata

Orientador

Profª. Ana Cláudia Morrissy

Rio de Janeiro

2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A Evolução e as Inovações do Mundo Empresarial

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Finanças e Gestão

Corporativa.

Por: Raphael Luiz Amado da Mata

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AGRADECIMENTOS

...à minha noiva que muito me ajudou

na confecção deste trabalho e aos

meus pais por entenderem que nos

momentos em que estive ausente

estava encerrando mais uma etapa da

minha vida.

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DEDICATÓRIA

.....dedica-se ao meu pai, minha mãe e

minha noiva. Pessoas que tanto amo e

que me ajudam a seguir em frente.

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo apresentar um resumo dos estudos

existentes sobre o desenvolvimento da Administração desde o seu surgimento

até os dias de hoje, com o intuito de analisar a mudança das ferramentas de

gestão utilizadas no passado e as utilizadas atualmente. Assim, torna-se

possível questionar até que ponto as empresas e seus gestores irão chegar

para reter a mão-de-obra especializada e manter seus clientes.

Com o passar dos anos, ocorreram mudanças no mundo capitalista

do qual fazemos parte e, para acompanhar as mudanças em curso e as novas

necessidades do mercado, cabe às empresas e aos responsáveis por sua

administração inovar na gestão de suas empresas, de modo que as

características de sua gestão não se tornem ultrapassadas, e assim, possam

atender a demanda do mercado.

Administrar não é mais sinônimo somente de governar ou gerir, mas

o seu conceito vai muito além. O administrador deve saber gerenciar em um

contexto de mudanças, adversidades e conflitos que possam surgir durante a

sua gerência. E o entendimento da evolução da Administração dá-se pela

análise de sua história.

Em suma, o trabalho visa analisar como se deram as mudanças na

área administrativa desde o seu surgimento, com o intuito de observar que

mudanças foram feitas na área administrativa, a fim de acompanhar o

desenvolvimento do mercado e realçar as características principais da

Administração nos dias de hoje. Quando se quer fazer parte de uma

determinada área de trabalho, faz-se primordial o entendimento do

funcionamento da mesma e como se deu o seu desenvolvimento.

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METODOLOGIA

Por tratar-se de uma revisão teórica, foi realizada uma pesquisa que

consistiu em um levantamento da literatura publicada sobre o desenvolvimento

das ferramentas de gestão utilizadas desde o seu surgimento até os dias

atuais. O estudo tem como objetivo fazer uma análise de como se deu a

evolução da Administração como profissão e o desenvolver das teorias

administrativas durante o passar dos anos, procurando analisar como era e

como se entende hoje a profissão de Administrador de Empresas. Pretendeu-

se discutir o desenvolvimento da Administração sob o viés de estudiosos da

área como Henry Ford, Peter Drucker, Henri Fayol e Frederick W. Taylor.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - O Surgimento da Administração 09

CAPÍTULO II - A Escola Clássica da Administração 11

CAPÍTULO III – A Escola de Administração Científica 15

CAPÍTULO IV – A Teoria Clássica da Administração 19

CAPÍTULO V – Ford e a Revolução nos Meios de Produção 22

CAPÍTULO VI- O Pensador Peter Drucker 26

CAPÍTULO VII- A Administração Moderna 29

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43

ÍNDICE 45

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INTRODUÇÃO

De acordo com o Novo Dicionário Aurélio, a palavra “Administração”

(do latim administratione), tem como acepções: 1.Ação de administrar;

2.Gestão de negócios públicos ou particulares; 3.Governo, regência; 4.

Conjunto de princípios, formas e funções que têm por fim ordenar a estrutura e

funcionamento de uma organização (empresa, órgão público etc.); 5. prática

desses princípios, normas e funções; 6. Função de administrador, gestão,

gerência. Mas o que isso quer dizer na prática? O que levou a origem do termo

e qual a função de um administrador?

Segundo Mary Parker Follet, autora norte-americana que tratou de

diversos temas relativos à Administração na Escola das Relações Humanas,

“Administração é a arte de fazer coisas através de pessoas”, ou seja,

administrar é desenvolver a melhor forma de agir para obter os resultados

esperados e isso se torna possível a partir do gerenciamento apropriado da

mão-de-obra disponível.

Segundo Stoner (1999, p.4), "A Administração é o processo de

planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros

da organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para

alcançar os objetivos estabelecidos". Nesse passo, caberia ao administrador

planejar, organizar, liderar e controlar a empresa da qual é responsável e os

trabalhadores que dela fazem parte.

Entretanto, a Administração teria surgido da necessidade que o

homem sentiu de se organizar em sociedade para alcançar, através da sua

força de trabalho, os seus objetivos. No início da civilização surgiram, então, as

primeiras empresas tradicionais, com povos como os assírios e babilônios, que

apresentaram princípios administrativos que ainda são utilizados até hoje pelos

teóricos da Administração. Assim, este trabalho busca mostrar a trajetória da

Administração desde o seu surgimento.

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CAPÍTULO I

O SURGIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO

Pelo que apontam os estudos sobre as primeiras civilizações,

sempre existiu na história da humanidade algum tipo de administração das

organizações, que variavam das mais simples as mais complexas. Antes dos

tipos de organizações empresarias com os quais nos deparamos atualmente, a

história da Administração passa pelos meios de organização como a

construção de governos, cidades, exércitos e, até mesmo, a elaboração e

administração das organizações religiosas. As grandes empresas, nos moldes

que conhecemos hoje, surgem apenas no final do século XXVIII com a

Revolução Industrial que estendeu-se ao longo do século XIX, chegando ao

começo do século XX.

1.1 - Uma breve visão da Revolução Industrial

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra,

com a mecanização dos meios de produção. Enquanto na Idade Média a

principal forma de produzir era o artesanato, na Idade Moderna, a civilização

observa grandes mudanças. A burguesia industrial buscando maiores lucros,

custos menores e uma produção mais acelerada, buscou alternativas para

aprimorar a produção de mercadorias. Nesse mesmo período, ocorre um

crescimento populacional, que faz com que haja uma maior demanda por

produtos e mercadorias.

Pode-se considerar a Revolução Industrial como sendo composta

por duas fases: a primeira de 1780 a 1860 e a segunda de 1860 a 1914. A

primeira fase caracteriza-se por ter o carvão como principal fonte de energia e

o ferro como principal matéria-prima. As principais invenções desse período

são a máquina de fiar, o tear hidráulico e, posteriormente, o tear mecânico e o

descaroçador de algodão, o que resulta na mecanização das oficinas e da

agricultura. O surgimento das máquinas faz com que o homem e o animal

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acabem sendo substituídos pelas mesmas, o que transforma o artesão em

operário e as pequenas oficinas dão lugar à fábrica ou à usina.

Tais mudanças fazem com que haja migração da população do

campo para as cidades e a sua instalação no entorno das indústrias, o que

leva a uma revolução nos meios de transporte e nas comunicações. Surge,

assim, nesse período, a navegação a vapor, o telégrafo e o telefone.

A segunda fase da Revolução Industrial caracteriza-se pela

revolução da eletricidade, dos derivados de petróleo como novas fontes de

energia e do aço como matéria-prima. As máquinas passam a ser automáticas,

o que torna a especialização do operário imprescindível para o manuseio das

mesmas. Nesse período, os meios de transporte e comunicação se

desenvolvem, surgindo o telégrafo sem fio e o rádio. Surgem também as

estradas de ferro, o automóvel e o avião. Como fortalecimento do capitalismo,

surgem as organizações multinacionais. Com todas essas mudanças advindas

do desenvolvimento, surge a administração moderna como meio de organizar

o crescimento acelerado e desorganizado das empresas e de suprir a

necessidade das empresas se organizarem como meio de se tornarem

competitivas.

Com o desenvolvimento tecnológico das empresas, cresce a

necessidade de se produzir mais e com eficiência a fim de fazer face à intensa

concorrência e competição do mercado. A partir disso, surgem os primeiros

métodos científicos, resultado da publicação das experiências de dois

engenheiros: o americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915) e o francês

Henri Fayol (1841-1925).

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CAPÍTULO II

A ESCOLA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

Para que seja possível entender a origem da Escola Clássica, faz-se

necessário entender os acontecimentos que ocorreram no decorrer da história.

Por volta do século XVIII, René Descartes negou todo tipo de conhecimento

que tenha como base costumes e tradição e propôs o uso do método de

racionalidade para solucionar todo e qualquer tipo de problema. No século XIX,

o racionalismo atingiu seu apogeu e no século seguinte foi aplicado às ciências

naturais e sociais.

Entretanto, mesmo com a introdução das máquinas nos meios de

produção, a racionalização ainda não tinha mostrado sua influência no campo

do trabalho. Nesse mesmo período, surgiram os pioneiros da racionalização

que, por terem ideias semelhantes, ficaram conhecidos como os fundadores da

Escola Clássica. São eles Taylor e Fayol.

A Escola Clássica de Administração Científica foi a primeira escola

da área. Ela foi criada com o intuito de legitimar a personalidade racional-legal

que se mostrava oposta à personalidade tradicional dentro das empresas. Mas

o que caracteriza uma personalidade racional-legal?

Max Weber (1864-920), considerado um dos fundadores da

Sociologia, dedicou grande parte de seu trabalho como estudioso e pensador

ao chamado processo de racionalização que provém da sociedade moderna e

capitalista. Ele desenvolveu uma teoria que defendia a existência de três tipos

de personalidade humana: a carismática, a tradicional e a racional-legal. A

personalidade carismática era uma forma de personalidade humana na qual o

ser humano era visto na posição de herói pelos seus atos. Esse seria o caso

dos líderes, profetas, guerreiros e outros de mesma característica. A

personalidade tradicional, como o próprio nome diz, era baseada nos costumes

e tradições e tinha como representantes os senhores feudais e patriarcas que

tiveram seu poder garantido pelos costumes religiosos e crenças da sociedade

da época. E, por fim, existiria a personalidade racional-legal que se

caracterizaria por ser uma nova personalidade que buscava se difundir com o

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sistema industrial racional-legal, que para Max Weber era a melhor forma de

organização social, e que tinha como fundamento legitimar as regras que

visavam um melhor desempenho nas atividades industriais que surgiam no

final do século XIX e início do século XX.

Assim, a Escola Clássica tenta impor a legitimação da personalidade

racional-legal dentro das empresas através da influência de Frederick Winslow

Taylor, um dos mais conhecidos fundadores da Escola Clássica de

Administração Científica.

2.1 - Os principais fundadores da Escola Clássica

A Escola Clássica conta com dois principais fundadores: o

americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915) e o francês Henri Fayol

(1841-1925).

Taylor é conhecido até os dias de hoje como o “Pai da Organização

Cientifica do Trabalho”. Seus métodos de trabalho tinham como base

experiências que envolviam o controle do tempo e dos movimentos que eram

desnecessários para a execução de uma tarefa. Ele acreditava que os

trabalhadores deveriam observar o geral para depois trabalhar com o detalhe

de um objeto. Esse método é conhecido como método dedutivo, ou seja,

partindo de uma situação geral e genérica, chega-se a uma situação particular.

Fayol, também era engenheiro, contudo possuía uma formação

francesa, o que o fez sempre preferir trabalhar com o método lógico-dedutivo.

Segundo ele, o administrador tinha como principais tarefas planejar, controlar,

comandar e coordenar.

2.2 - Os Principais conceitos da Escola Clássica

Uma das ideias principais que sustentam o ideal teórico da Escola

Clássica é a que caracteriza um bom administrador como alguém que planeja

e organiza seus passos de maneira cuidadosa e racional. Segundo os teóricos

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dessa escola, o homem, por ser um ser racional, tem consciência que a partir

do momento que toma uma decisão, ele deve saber qual é o curso das ações

que a ele será disponibilizado, assim como quais serão as consequências das

ações que tomou. Acreditava-se no pressuposto de racionalidade absoluta em

relação ao homem. Uma das frases mais utilizadas naquela época defendia

que aos administradores e engenheiros cabia estabelecer as normas e aos

operários apenas obedecer.

Segundo Taylor, o homem era visto como homo economicus e sobre

ele deveria recair constante vigilância, treinamento e incentivos financeiros, o

que seria o suficiente para garantir uma boa produção. Entretanto, para alguns

contemporâneos de Taylor, como o psicólogo Henry Gantt, o incentivo

financeiro poderia ser considerado uma das falhas da Administração Científica,

pois, segundo ele, o homem precisava de outros tipos de incentivo para

assegurar uma boa produção. Gantt defendeu a importância da efetivação de

incentivos psicossociais, tais como prestígio social, reconhecimento, auto-

realização, dentre outros.

Outra preocupação recorrente na época tinha relação com a

produção. Acreditava-se que se fosse descoberta a maneira certa de

produção, a eficiência do trabalho seria maximizada e os custos com a

produção diminuiriam. Ou seja, o trabalho deveria ser analisado em todas as

suas etapas e os movimentos desnecessários deveriam ser diminuídos de

forma que fossem simplificados e reduzidos ao mínimo.

A Escola Clássica também apresenta o conceito de Organização,

mas por esta entende-se não a organização da estrutura, e sim o modo pelo

qual uma empresa administra de forma organizada o processo de produção de

maneira eficiente, de modo que possa atingir seu objetivo principal: o lucro.

Segundo os preceitos da Escola Clássica, para que uma empresa obtivesse

lucro através da organização, alguns fatores se faziam essenciais, como a

divisão do trabalho; poucos subordinados para cada chefe e um alto grau de

concentração das decisões; acumulação de tarefas obedecendo ao critério de

semelhança dentro dos setores da empresa. Portanto, buscava-se a melhor

estrutura e sistemas perfeitos.

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Outro elemento que contribuiu para o conhecimento que hoje se tem

da Escola Clássica foi o Fordismo, o qual será tratado com mais detalhes em

uma próxima seção. Na época do Fordismo, o trabalho era baseado na

produção em massa nas chamadas “esteiras”. Nesse período, Ford implantou

a fabricação de um modelo de carro que foi vendido a preços baixos fazendo

com que mais pessoas pudessem ter um carro. Muitas pessoas naquela época

não possuíam acesso a carros porque eles eram muito caros, então Ford

salientou que as pessoas poderiam ter um carro a preço baixo desde que

fosse o Ford Bigode Preto, modo como era chamado o carro, e de cor preta.

De um ponto de vista didático, é possível dividir a Escola Clássica

ou Teoria Clássica da Administração em dois grupos: o primeiro tem como

representante F. Taylor e é conhecido como “Administração Científica”; e o

segundo liderado por Fayol, é denominado “Teoria Clássica da Administração”.

Assim, a abordagem clássica da Administração cobre duas áreas distintas: a

operacional, de Taylor, com ênfase nas tarefas; e a administrativa, de Fayol,

com ênfase na estrutura organizacional. Essas abordagens serão tratadas nos

próximos capítulos.

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CAPÍTULO III

A ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

A Escola de Administração Científica tem ênfase nas tarefas e seu

nome deriva da aplicação de métodos científicos, como observação,

experiência, registro e análise, nos problemas da administração, com o intuito

de alcançar maior eficiência industrial, ou seja, produzir mais a custos mais

baixos.

Taylor tinha como objetivo principal a eliminação do desperdício nas

empresas americanas, o que é um dos elementos importantes na formação do

preço dos produtos. Assim, buscava-se alcançar maior produtividade, com

menores custos e melhores margens de lucro, o que ajudaria a enfrentar a

crescente concorrência em todos os mercados.

Taylor acreditava que a organização e administração das empresas

deveriam ser estudadas cientificamente e não empiricamente. Isso significa

dizer que a improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo à

ciência. Ele preocupou-se em entrar em contato direto com os operários, a fim

de especializa-los, levando em consideração as fases do trabalho, incluindo

nesse grupo os responsáveis pela supervisão e direção. Foi o primeiro a

analisar o trabalho na fábrica, observando o tempo e os movimentos

necessários para a produção dos bens de consumo, estabelecendo, assim,

padrões de execução.

3.1 – Taylor: o senhor do tempo

Frederick Taylor é conhecido como “o senhor do tempo” por ter

revolucionado o modo como os operários trabalhavam, revolucionando o

capitalismo e fazendo com que o mundo nunca mais fosse o mesmo. Antes da

introdução das ideias revolucionárias de Taylor, os operários trabalhavam do

modo que achavam melhor e na velocidade que desejavam.

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No final do século XIX, Taylor decidiu utilizar os conceitos científicos

no modo de produção das fábricas. Sua ideia era simples, cronometrar o

tempo gasto por cada trabalhador para executar sua tarefa. Levando em

consideração os dados obtidos, ele poderia prever quanto tempo um bom

operário demoraria para terminar uma determinada ação. Nascia, assim, um

modo dos donos das empresas controlarem seus empregados, exigindo que

eles cumprissem metas. Isso ajudou a evitar o desperdício de tempo e matéria-

prima.

Com a Revolução Industrial que havia começado no século XVIII,

houve um grande crescimento no número de fábricas e a oferta de produtos

manufaturado teve um grande aumento. O mercado de consumo também

aumentou. Contudo, por volta de 1880, a febre de consumo começou a

diminuir. Como os empresários estavam faturando menos graças a queda do

consumo, eles tiveram que conter os altos custos de produção. O modo

encontrado para realizar essa tarefa foi tentar fazer os trabalhadores

produzirem mais com os mesmos recursos de antes.

É dentro desse panorama que a ciência de Taylor ganha espaço.

Quando seus métodos de planejamento enfim se difundiram, houve um grande

aumento da produtividade. A diminuição do desperdício de tempo nas

empresas garantiu ao capitalismo anos de glória. Por isso, Taylor é

considerado um grande nome na área de administração de empresas. A sua

doutrina ficou conhecida como Taylorismo.

Entre os trabalhadores, Taylor ficou conhecido como um explorador

de mão-de-obra. Graças a sua doutrina, vários trabalhadores perderam seus

empregos para trabalhadores mais produtivos. Para ele, o sistema de

produção era mais importante do que as pessoas.

3.2- A Vida e a obra de Taylor

Taylor nasceu em 1856, na cidade da Filadélfia, no estado da

Pensilvânia. Filho de um rico advogado, Taylor pretendia estudar Direito na

Universidade Harvard, mas problemas na visão o impediram de realizar seu

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desejo. Em 1875, ele começou a trabalhar como aprendiz em uma empresa

que fazia bombas a vapor. O estudante com um futuro promissor acabou por

tornar-se um simples operário.

Quando tinha apenas 22 anos de idade, Taylor foi contratado por

uma metalúrgica na Filadélfia, Midvale Steel Company, começando na linha de

produção. Dois anos depois assumiu o cargo de gerente. A mudança de cargo

ocorreu graças à sua obsessão por produzir cada vez mais. Em 1881, ele

realizou o primeiro estudo que se tornaria a base do seu método, “um estudo

de tempo”. Taylor decidiu observar e cronometrar o tempo que os

trabalhadores utilizavam para terminar uma atividade, tentando encontrar o

one best way, ou seja, “o melhor jeito de fazer”. Em 1884, o recém-formado

engenheiro foi promovido a chefe da Midvale. Com a ocupação do cargo, ele

decidiu padronizar o modo como o operário produziria e o prazo que ele teria

para realizar sua função.

Apesar da personalidade exigente de Taylor, o Taylorismo não se

caracterizou apenas pelas regras e exigências impostas ao trabalhador. Um

dos princípios essenciais de sua doutrina consistia em recompensar os

operários pelo esforço, pagando um bônus aos que conseguissem produzir

mais. Ainda na Midvale, houve a implantação de uma inovação fundamental, a

divisão da fábrica em dois níveis de hierarquia. Os gerentes se tornariam os

responsáveis por planejar, conceber e dirigir a produção e os operários, por

sua vez, possuíam somente a função de executar tarefas repetitivas, sem

pensar ou questionar.

Como resultado das mudanças implantadas pelo Taylorismo na

Midvale, os níveis de produção da fábrica dobraram. Nesse período de grande

sucesso de suas ideias, Taylor pediu demissão e, em 1890, tornou-se o diretor

geral da Manufacturing Investment Company, companhia de fabricava papel,

ainda na Filadélfia. Nessa mesma época, Taylor tornou-se um pioneiro na

profissão de consultor, visitando as empresas e se oferecendo para ajudá-las a

produzir mais e melhor.

Cinco anos mais tarde, Taylor foi convidado a trabalhar na

metalúrgica da cidade de Bethlehem, na Pensilvânia, que possuía o maior

conjunto de máquinas do mundo. Graças aos métodos e equipamentos criados

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por ele, a produção da fábrica triplicou. Além disso, com a diminuição do

número de operários devido às demissões que ocorriam em grande escala nas

fábricas coordenadas por Taylor, os salários aumentaram cerca de 60%, o que

deixava os trabalhadores mais satisfeitos. Ele conseguia fazer com que menos

operários executassem as tarefas que exigiriam um número muito maior de

operários.

O caso de Bethlehem tornou-se famoso e a partir de então, Taylor

nunca mais teria um emprego convencional. O consultor viajava dando

palestras e conquistando cada vez mais adeptos da sua doutrina. Quando, em

1908, a Universidade de Harvard criou um dos primeiros cursoz de

Administração de Empresas, parte do seu currículo se baseava nas ideias

trazidas pelo Taylorismo. Como já era de se esperar, quando seus métodos

chegaram às fábricas de armas, os trabalhadores se revoltaram. Houve a

organização de greves, e como a produção de armas sempre foi um assunto

de grande interesse para os Estados Unidos, Taylor foi convocado a ir

inúmeras vezes a Washington para explicar seu sistema de gestão ao

congresso. Essas idas e vindas à capital fizeram com que ele se tornasse mais

famoso ao mesmo tempo que fragilizavam a sua saúde. Em 1915, ele pegou

uma pneumonia e em 20 de março comemorou seu aniversário de 59 anos em

uma cama de hospital. Taylor morreu na madrugada do dia seguinte deixando

uma viúva, três filhos adotivos e os princípios do Taylorismo que seguiram

sendo aplicados no mundo todo.

Desde a morte do seu idealizador, o Taylorismo têm sofrido críticas

severas. Taylor foi criticado pelo seu método opressor. Entretanto, o

Taylorismo se tornou tão influente que foi utilizado até pelos inimigos do

capitalismo. Em 1918, um ano depois da Revolução Russa, Lênin introduziu na

Rússia o estudo e ensino do sistema de Taylor.

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CAPÍTULO IV

A TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

Ao lado da Administração Científica de Taylor, desenvolvida nos

Estados Unidos, surgia na França a outra vertente da Escola Clássica,

comandada por Henri Fayol, nascido na Grécia e educado na França. É nesse

país que Fayol trabalhou e desenvolveu seus estudos.

Tanto na Administração Científica de Taylor, quanto na Teoria

Clássica de Fayol, o objetivo é o mesmo, ou seja, proporcionar maior

produtividade do trabalho e maior eficiência do trabalhador e da empresa.

Entretanto, na primeira corrente a ênfase se dá na tarefa realizada por cada

operário e, na segunda, a ênfase se encontra na estrutura da organização.

Quanto à abordagem, a primeira apresentava uma abordagem

fundamentalmente operacional, focada na relação homem-máquina, enquanto

a segunda apresentava uma abordagem sintética, global e universal da

empresa, com uma visão estrutural e anatômica.

Fayol começa sua experiência administrativa aos 25 anos como

gerente de minas e prossegue em uma empresa que se encontra em uma

situação difícil e que ele consegue administrar com grande eficiência,

entregando ao seu sucessor, em 1918, em uma situação de estabilidade

perceptível. Assim como Taylor, Fayol procurou demonstrar que os resultados

desejados por uma empresa podem ser alcançados com previsão científica e

uso adequado dos métodos de gerência.

Segundo Fayol, a administração não se restringe somente aos que

se encontram no topo da organização, ao contrário, se distribui pelos membros

pertences a todos os níveis hierárquicos. De acordo com seus preceitos, a

Administração pode ser entendida como uma questão de medida, ponderação

e bom senso. Os princípios que regulam uma empresa não devem ser rígidos,

e sim flexíveis.

Para ele os gerentes de uma empresa deveriam seguir os seguintes

deveres (MICHEL, 2003):

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I- Assegurar cuidadosamente a preparação dos planos e sua execução;

II- Cuidar para que a organização humana e material seja coerente com o

objetivo, os recursos e os requisitos da empresa;

III- Estabelecer uma autoridade construtiva, competente, enérgica e única;

IV- Harmonizar atividades e coordenar esforços;

V- Formular decisões de forma simples, nítida e precisa;

VI- Organizar uma seleção eficiente do pessoal;

VII- Definir claramente as obrigações;

VIII- Encorajar a iniciativa e o senso de responsabilidade;

IX- Recompensar justa e adequadamente os serviços prestados;

X- Usar sanções contra falta e erros;

XI- Manter a disciplina;

XII- Subordinar os interesses individuais ao interesse geral;

XIII- Manter uma unidade de comando;

XIV- Supervisionar a ordem material e humana;

XV- Ter tudo sob controle;

XVI- Combater o excesso de regulamentos, burocracia e papelada.

É possível perceber, portanto, que a divisão do trabalho é um

elemento em comum encontrado nas teorias de Fayol e Taylor, mas enquanto

na doutrina defendida por Taylor, a divisão do trabalho se processa no nível do

operário, a partir da fragmentação das tarefas, na teoria administrativa de

Fayol, a preocupação com a divisão do trabalho acontece ao nível dos órgãos

que compõem a organização, isto é, os departamentos, divisões, seções e

unidades.

4.1- A Vida e a Obra de Fayol

Jules Henri Fayol nasceu em Istambul em 29 de julho de 1841 e

morreu em 19 de novembro de 1925, em Paris. Durante sua vida, Fayol

realizou vários trabalhos voltados para a área da administração. Ele foi o

fundador do Centro de Estudos Administrativos, no qual se reuniam,

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semanalmente, pessoas interessadas na administração de negócios

industriais, comerciais e governamentais, o que contribuiu para a disseminação

dos ideais administrativos.

Fayol direcionou seu trabalho para a empresa como um todo. Ele

procurava observar a empresa de cima para baixo, diferentemente do que

defendiam Taylor e, futuramente, Ford. Em 1888, quando estava com 47 anos,

Fayol assumiu a direção da mineradora de carvão francesa Commentry-

Fourchambault-Decazeville, que estava indo à falência e conseguiu recuperar a

empresa.

Após 58 anos de estudos, Fayol reuniu sua teorias, fruto de pesquisa e

observação, na obra “Administração Industrial Geral” (Administration

Industrielle et Generale) que só foi traduzida para o inglês em 1949. O

engenheiro francês desenvolveu uma abordagem conhecida como Gestão

Administrativa ou Processo Administrativo, a qual tratou, pela primeira vez, a

administração como disciplina e profissão que poderia ser ensinada.

Henri Fayol foi além na sua defesa da Administração como profissão,

ele defendia que a mesma possui uma função distinta de outras funções, como

finanças, produção, segurança, contabilidade e distribuição. Para ele, ao

administrador poderiam ser atribuídas cinco funções dentro de uma estrutura

organizacional, denominadas de PO3C: planejar, organizar, comandar,

controlar e coordenar. Juntamente com Taylor e Ford, eles são considerados

os pioneiros da administração. Sua visão, diferentemente de Taylor

(trabalhador) e Ford (dono), foi a de um Gerente ou Diretor. No próximo

capítulo, será feito um breve histórico da vida e trabalho de Ford.

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CAPÍTULO V

FORD E A REVOLUÇÃO NOS MEIOS DE

PRODUÇÃO

Henry Ford nasceu em 30 de julho de 1863 em Springwells, vindo a

falecer em 7 de abril de 1947 em Dearborn, nos Estados Unidos. Ele é o

famoso fundador da Ford Motor Company e foi o primeiro a implantar a ideia

de montagem em série com intuito de produzir automóveis em um menor

espaço de tempo e com menor custo. Uma das suas grandes invenções foi o

Ford T que revolucionou os transportes e a indústria americana. Ford foi,

acima de tudo, um inventor, tendo registrado 161 nos Estados Unidos. Ele se

tornou um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo por ser o único

dono da Ford Company.

Sua relação com motores começou na fazenda de seu pai, William

Ford, pois ele era o responsável pelo reparo das máquinas da fazenda.

Mostrava muita habilidade para inovar e gostava de observar o funcionamento

mecânico das máquinas e equipamentos. Como a vida na fazenda era difícil

por exigir um grande esforço na execução de trabalhos manuais, Ford desde

menino mostrava interesse em diminuir o trabalho manual com o uso de

máquinas. Em 1875, quando teve seu primeiro contato com um locomóvel a

vapor, seu grande interesse por ele o levou a estudar os carros automotores.

Com a morte de sua mãe em 1876, Ford abandonou a fazenda,

alegando que a sua mãe era a única coisa que o mantinha lá. Desde cedo,

Ford mostrou ter muita habilidade com máquinas. Aos quinze anos, tinha a

reputação de reparador de relógios por ter desmontado e remontado diversos

relógios de amigos e vizinhos. Em 1879, com dezesseis anos, Ford deixou sua

casa e foi para Detroit, a cidade vizinha, para trabalhar como aprendiz de

operador de máquinas, primeiro na empresa James F. Flower & Bros., e mais

tarde na Detroit Dry Dock Co. Retornou a Dearborn em 1882 para trabalhar na

fazenda da família e se tornar experiente na operação dos motores a vapor

portáteis da Westinghouse. Aos 19, ele entrou para a Companhia

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Westinghouse, trabalhando no conserto e na montagem de locomóveis a

vapor. Em 1885, enquanto trabalhava como mecânico das oficinas da Eagle

Motor Works, em Detroit, seu interesse passou a se concentrar nos motores a

explosão. Dois anos depois, Ford construiu seu primeiro motor desse tipo,

movido à gasolina.

Por volta do ano de 1890, Ford assumiu o lugar de engenheiro

maquinista na cidade de Detroit na Edison Illuminating Company. Em 1893,

Ford foi promovido ao cargo de Engenheiro Chefe o que fez com que ele

passasse a ter bastante tempo e dinheiro para dedicar-se às suas experiências

pessoais com motores a gasolina. Esses experimentos culminaram, em 1896,

na conclusão de seu próprio veículo automotor denominado Quadriciclo, o qual

ele testou pela primeira vez no dia 4 de junho. Depois de vários testes, Henry

Ford planejou formas de melhorar o Quadriciclo.

A ele é atribuído o chamado “Fordismo”, ou seja, a produção em

grande escala de automóveis a baixo custo por meio da utilização de uma linha

de montagem, na qual cada trabalhador tem uma função dentro do processo

de montagem, o que fazia com que fosse possível a produção de um carro a

cada 98 minutos. Além disso, Ford oferecia altos salários aos seus

funcionários.

Ford acreditava que o consumismo era uma chave para a paz,

tendo, certa vez, afirmado que não estava interessado no dinheiro, e sim no

que ele podia fazer pelo mundo com ele. Ele reuniu uma das maiores fortunas

do mundo sem possuir uma auditoria em sua companhia, pois não acreditava

em contabilistas. Graças ao seu constante empenho em baixar os custos,

houve a criação de muitas inovações técnicas e de negócios, incluindo um

sistema de franquias, responsável pela instalação de uma concessionária em

cada cidade da América do Norte e nas maiores cidades em seis continentes.

Após sua morte, sua riqueza foi deixada para a Fundação Ford e a sua família

ficou responsável pelo controle da companhia permanentemente.

Ford tinha a responsabilidade de ser engenheiro chefe na sua

primeira empresa, a Detroit Automobile Company. Entretanto, a fábrica fechou

devido à discordância com os outros diretores em relação à adoção da

produção em massa como modelo padrão. Alguns anos mais tarde, ele montou

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outra empresa voltada para carros de corrida, contudo, a produção desses

carros não obteve sucesso. Ford persistiu com a idéia e, juntamente com o

projetista Harold Wills, montou o chamado carro 999, carro de corrida com o

qual Barney Oldfield se tornou campeão, divulgando o carro em todo país.

Esse passo foi importante, pois o rendimento financeiro proveniente do

sucesso de seu carro deu suporte financeiro a suas ideias e assim a Ford

Motor Company foi fundada.

5.1 – A Ford Motor Company

Em 1903, com 40 anos de idade, juntamente com outros 11

investidores e 28 mil dólares de capital, Ford fundou a Ford Motor Company.

Ele maravilhou o mundo em 1914, oferecendo o pagamento de cinco dólares

por dia, o que mais do que duplicou o salário da maioria dos seus

trabalhadores. A sua ideia foi extremamente rentável, pois acabou com a

constante rotatividade de empregados, fazendo com que os melhores

mecânicos de Detroit fossem para a Ford, trazendo seu capital humano e sua

habilidade, aumentando a produtividade e reduzindo os custos de treinamento.

Ford chamou isso de "salário de motivação" (wage motive). Ford também

utilizou o sistema de integração vertical, que provou ser bem sucedido quando

Ford construiu uma fábrica gigantesca, na qual entravam matérias primas e

saíam automóveis acabados.

Ford modificou todo o pensamento da época com suas ideias. Ele

desenvolveu a mecanização do trabalho, a produção em massa, uma

padronização do maquinário e do equipamento, e por conseqüência, dos

produtos, forte segregação do trabalho manual em relação ao trabalho braçal,

ou seja, o operário deveria fazer seu trabalho efetuando o mínimo de

movimentação possível. Ele também implementou a política de metas e

revolucionou o tratamento dispensando aos trabalhadores, pois melhorou o

salário deles. Segundo Ford, ao proporcionar o pagamento de um salário

substancial para aqueles que trabalhavam com a produção e a distribuição,

isso fazia com os trabalhadores também pudessem comprar, aumentando o

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poder de compra e, consequentemente, criando um movimento econômico

cíclico. Por esses motivos pode-se dizer que Henry Ford tornou-se um grande

marco, sendo hoje muito estudado nas áreas de administração.

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CAPÍTULO VI

O PENSADOR PETER DRUCKER

Peter Ferdinand Drucker nasceu em 19 de novembro de 1909, na

Áustria, vindo a falecer em 11 de novembro de 2005, em Claremont, Califórnia

nos EUA. Foi professor, escritor e consultor administrativo, sendo considerado

o pai da administração moderna e o mais reconhecido dos pensadores dos

efeitos da Globalização na economia em geral e em particular nas

organizações. Para ele, a administração moderna é a ciência que trata sobre

as pessoas nas organizações.

O famoso consultor administrativo afirmava que uma empresa

conseguiria baixar seus esforços de venda a quase zero se conseguisse

vender o produto ou serviço certo, para o cliente certo, com a distribuição

adequada, por um preço adequado e no momento oportuno. Ou seja, a venda

se torna quase que automática, se a demanda tiver sido corretamente

equacionada e trabalhada.

Drucker foi o presidente honorário da Drucker Foundation e

professor de ciências sociais da Claremont Graduate Califórnia, nos Estados

Unidos, tendo escrito muitos artigos e mais de 30 livros. No decorrer de sua

carreira, o pensador produziu uma mistura única de rigor intelectual,

popularização, praticidade e profundo conhecimento das tendências cruciais.

Pode-se afirmar que não existe Teoria da Administração, do inglês

Management Theory, que não tenha como ponto de partida a obra de Drucker.

Entre seus livros mais recentes se encontram “Desafios Gerenciais para o

Século XXI”, “Administrando em Tempos de Grandes Mudanças” e “Sociedade

Pós-Capitalista”, todos publicados pela editora Pioneira, atualmente Thomson.

Peter Drucker escreveu em seu livro “Managing in the Next Society”,

que foi lançado inicialmente no Japão, e chegou em 2003 ao Brasil, que

ocorrerá o aumento da mobilidade social quando a população tiver acesso à

educação formal. Outra previsão importante apontada em seu livro é a que

defende que haverá a existência de duas forças de trabalho distintas à

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disposição dos empregadores: a das pessoas de menos e as de mais de 50

anos de idade. De acordo com sua ideias, as empresas deverão remunerá-las

também de modos diferentes, pois as primeiras necessitarão de renda

constante e emprego estável, enquanto as segundas poderão cuidar dos

trabalhos temporários.

O pensador criou três conceitos principais: o primeiro é o conceito

de "(re)privatizações", o que significa que os serviços públicos deveriam ser

privatizados como forma de reduzir a burocracia. O segundo conceito

defendido é o de "gestão por objetivos", um tipo de gestão caracterizada como

um método de planejamento e avaliação, baseado em fatores quantitativos. O

terceiro conceito é o de "descentralização das empresas" que ele podia

explicar como sendo a divisão de trabalho.

6.1- A relação de Peter Drucker com o Brasil

Além dos seminários e conferências que Peter Drucker realizou no

Brasil, ele também conhecia o país por meio de três grandes ícones nacionais:

a fabricante de aviões, Embraer; a companhia petrolífera Petrobrás e o ex-

presidente Juscelino Kubitschek. Ozires Silva, ex-presidente da Embraer, diz

que Drucker era fascinado pela história da Embraer e de como um país em

desenvolvimento, como o Brasil, pôde desenvolver uma indústria de ponta e

competir com as nações mais industrializadas do mundo neste complexo

segmento do mercado. Do mesmo modo, Drucker considerava extraordinário o

desenvolvimento da Petrobrás e seu potencial energético.

Na sua primeira visita ao Brasil, nos anos 50, Drucker pôde

conhecer o presidente Juscelino Kubitschek e apoiou a sua decisão de

construir Brasília. Otimista com o futuro brasileiro, ele afirmou não concordar

com a visão, que ficou mais em voga no fim dos anos 90, de que o Brasil havia

fracassado em seu desejo de se tornar uma nação desenvolvida.

Suas idéias era tão eficazes que seus livros foram lidos por grandes

líderes empresarias como Henry Ford, fundador da Ford Motor company, que

utilizou o primeiro best-seller de 1946 o "Concept of the Corporation" para

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reconstruir sua fábrica no pós guerra, Bill Gates, fundador da Microsoft,

Andrew Grove, ex-presidente da Intel e Jack Welch, líder por 20 anos da

General Eletric.

Peter Drucker acreditava que a eficiência do trabalhador era a peça-

chave na gestão da empresa. Entretanto, Drucker não ensinou como uma

pessoa pode tornar-se eficiente, explicando que não há um tipo de

personalidade eficaz e que a capacidade de fazer com que as coisas certas

sejam feitas é a única coisa que os líderes eficazes têm em comum.

Além de grande influência na administração, é importante levar em

consideração os grandes pensadores que influenciaram Peter. Um deles é

Sigmund Freud, em quem Peter se baseou para observar as relações

psicológicas, humanas e das relações de poder existentes dentro das

empresas. Joseph Schumpeter também fez parte da base de Peter, em

relação à inovação e ao empreendedorismo. Além disso, também não se pode

esquecer de John Keynes, que ajudou Peter a ter uma visão melhor em

relação à economia.

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CAPÍTULO VII

A ADMINISTRAÇÃO MODERNA

7.1- O Ciclo PDCA

O PDCA, ou Ciclo PDCA, é também conhecido por Ciclo de

Shewhart (Walter Shewart), que foi quem o idealizou na década de 1930, e

ainda por Ciclo de Deming (W. Edward Deming), seu principal divulgador na

década de 1950, na reconstrução do Japão após a 2ª. Guerra. Também

conhecido como Método Gerencial Básico de Qualidade, o PDCA é um método

para controle de processos e tem como foco principal a melhoria contínua.

Com o objetivo de tornar os processos de gestão de empresas mais ágeis,

concretos e objetivos, o ciclo pode ser aplicado em todos os tipos de

empresas, com o conceito de um nível melhor de gestão a cada projeto

executado.

O ciclo PDCA é dividido em quatro etapas. A primeira é o

planejamento da atividade a ser feita seguida pela execução do que for

proposto e planejado gerando uma necessidade de acompanhamento do que

foi feito. Com base nas análises, o gestor tem informações para implantar

medidas de correção nas falhas do projeto executado. O ciclo divide-se em:

1. Plan – Planeje: Defina objetivos. Tendo um problema ou uma meta

conhecida, estude, analise, decida o que fazer, elabore um plano de ação, ou

seja, após definidas as metas, deve-se buscar os meios e os procedimentos

para alcançá-las.

2. Do – Execute: É a fase de implantação do planejamento conforme o

planejado. Total ou parcialmente. Esta fase pode ser dividida em 3 etapas

básicas: Educação e treinamento / Execução / Coleta de dados.

3. Check – Verifique: Esta é uma etapa puramente gerencial, confrontar os

resultados reais com os resultados esperados. Nesta fase de checar, nós

devemos comparar o resultado obtido com a meta definida do planejamento.

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4. Action – Reaja: Aja onde necessário. Faça ajustes onde preciso. Assegure o

bom resultado e recomece o ciclo. É hora de agir, agir corretivamente, agir

preventivamente e/ ou agir para melhorar.

Quando todas as fases do ciclo são encerradas, é possível

recomeçar outro ciclo PDCA. De modo a conseguir melhorias de modo

contínuo, uma sequência PDCA poderá dar início a outra, imediamente após o

término de uma e sucessivamente, criando-se um ciclo virtuoso de

manutenção e progressão de resultados no gerenciamento e produção de

trabalho.

7.2- Just in Time

Criado e adotado em 1938, como modelo padrão e pilar da segunda

maior empresa fabricante de automóveis do planeta, a Toyota, o Just in Time

visa a maximização e otimização de aplicação dos recursos necessários para

fabricação de seus veículos.

O modelo segue o preceito inovador e ousado de que nada pode ser

comprado, produzido ou transportado sem que haja uma demanda realmente

definida, reduzindo, assim, os custos de estoque e perdas excessivas de

estoques obsoletos. Até os dias de hoje, esse método de “gestão enxuta” é

admirado e perseguido como objetivo das empresas.

A idéia de trabalhar com estoques menores e sobre demanda,

diminui a chance de perdas de estoque por problemas operacionais de

armazenagem ou estoque obsoleto e proporciona uma vantagem financeira

pelo fato de não utilizar recursos do fluxo de caixa para adquirir estoque de

possíveis negócios e negócios futuros.

Um ponto negativo do modelo está no fato de que trabalhar com o

estoque mínimo faz com que as empresas estejam vulneráveis a qualquer

contratempo ou falta de matéria-prima, podendo até ficar com a produção

suspensa por falta de produtos.

Com isso, é necessária uma relação de muita confiança e parceira

com os fornecedores, os fazendo entender a necessidade de seus serviços,

mantendo sua fidelidade e constantes treinamentos para que os atendimentos

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sejam feitos de acordo com a necessidade e que as entregas de pequenos

lotes possam ser feitas na frequência desejada.

O conceito é um ideal a ser perseguido pelas empresas. Por se

tratar de um sistema no qual primeiro se vende para depois produzir, o mesmo

pode não atender as necessidades do mundo globalizado no qual, através do

acesso à internet, os consumidores compram mercadorias de todo o planeta.

Com isso chega-se a conclusão que a administração de uma

empresa não pode ser feita a partir de uma receita. Cada negócio tem sua

particularidade e é preciso estar atento a ela para que a gestão seja adequada

às suas necessidades e, assim, seja possível alcançar o resultado esperado

por toda empresa: o maior lucro atingido com a maximização e otimização dos

recursos.

7.3- ISO

Norna popularmente conhecida como ISO, ela tem como origem do

seu nome a palavra grega "ἴσος" ("isos"), que significa igualdade. Através do

uso da palavra em grego evita-se que a organização possua diferentes

acrônimos em diferentes idiomas, já que em inglês, o acrônimo seria IOS

(International Organization for Standardization), em francês OIN (Organisation

internationale de normalisation), e assim por diante. A escolha do nome "ISO"

reflete assim o objetivo da organização, ou seja, a padronização entre as

diversas culturas.

ISO é uma entidade que congrega os grêmios de padronização ou

normalização de 170 países. Em inglês recebe o nome de International

Organization for Standardization, no português brasileiro de Organização

Internacional para Padronização, em português europeu de Organização

Internacional de Normalização, e em francês de L'Organisation internationale

de normalisation. Fundada em 23 de fevereiro de 1947, em Genebra, na Suíça,

a ISO aprova normas internacionais em todos os campos técnicos. Entre os

tipos de classificações da ISO, encontram-se:

• Normas Técnicas, como por exemplo, as da ABNT;

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• Classificações, como por exemplo, os códigos de países (PT / PRT / 620 para Portugal; BR / BRA / 076 para Brasil);

• Normas de Procedimento, como por exemplo, as de gestão da qualidade, de acordo com a ISO 9000.

• Também existe para medir partes do corpo.

Veja abaixo algumas entidades responsáveis pelas ISO, separadas por país:

• Alemanha - Deutsches Institut für Normung e.V. (DIN)

• Angola - Instituto Angolano de Normalização e Qualidade (IANORQ)

• Brasil - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

• Estados Unidos - American National Standards Institute (ANSI)

• Moçambique - Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ)

• Portugal - Instituto Português da Qualidade (IPQ)

7.3.1- Algumas normas importantes da ISO

• ISO 31 - Tamanhos e unidades.

• ISO 1000 - Unidades SI e recomendações para o uso de seus múltiplos e de algumas outras unidades.

• ISO 216 - Formatos e dimensões de papel - série A e B.

• ISO 269 - Formatos e dimensões de envelopes.

• ISO 639 - Códigos para representação de nomes de línguas.

• ISO 2108 - Sistema internacional de identificação de livros, ISBN.

• ISO 3166 - Códigos de países e subdivisões.

• ISO 4217 - Códigos de moeda.

• ISO 5218 - Convenção numérica para representação de sexos.

• ISO 5800 Sensibilidade das películas fotográficas.

• ISO 7810 - Normas para cartões ID-1,ID-2 e ID-3 (de identificação, bancários, passaporte, carta de condução).

• ISO 7811 - Métodos de gravação em cartões ID1.

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• ISO 7813 -Características adicionais de cartões ID-1.

• ISO 7816 - Cartões ID-1 com micro circuitos integrados.

• ISO 8601 - International Standard Date and Time Notation.

• ISO 8859 - Codificação de caracteres em fontes, as quais incluem o ASCII (p.ex. ISO-8859-1, ISO-8859-2).

• ISO 8879 - Standard Generalized Markup Language (SGML).

• ISO 9000 - Sistema de gestão da qualidade em ambientes de produção.

• ISO 9660 - Sistema de ficheiros para CD-ROMs.

• ISO 9899 - A linguagem de programação C.

• ISO 10006 - Gestão da qualidade (aplicada em gestão de projetos).

• ISO/IEC 10179:1996 - Semânticas de Estilo de Documentos e Linguagem de Especificações (DSSSL).

• ISO/IEC 10646 - Universal Character Set (equivalente ao Unicode).

• ISO 14000 - ISO 14064 - Normas de gestão do ambiente em ambientes de produção.

• ISO 14772 - Virtual Reality Modelling Language VRML.

• ISO/IEC 14882 - A linguagem de programação C++.

• ISO/IEC 15504 - SPICE ISO sobre as necessidades e os requisitos de um padrão internacional para avaliação de processos de SW.

• ISO/IEC 17024 - Avaliação de conformidade para estabelecer requisitos gerais para organismos que realizam certificação de pessoas.

• ISO/IEC 17025 - Laboratórios de Ensaio e Calibração.

• ISO/IEC 17799 - Tecnologia da informação: código de conduta para a gestão da segurança da informação.

• ISO/IEC 12207- Tecnologia da informação: define processo de desenvolvimento de software.

• ISO 20000 (ISO/IEC 20000) - Tecnologia da informação: define processos de gerenciamento de serviços de TI.

• ISO/IEC 26300 - Open Document Format, ODF.

7.4- O 5S

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Metodologia japonesa de gestão, o 5S configura-se como a etapa

inicial e base para implantação da Qualidade Total. O Programa 5S é assim

chamado devido a primeira letra de 5 palavras japonesas: Seiri (utilização),

Seiton (ordenação), Seiso (limpeza), Seiketsu (higiene) e Shitsuke

(autodisciplina). O programa tem como objetivo mobilizar, motivar e

conscientizar toda a empresa para a Qualidade Total, através da organização e

da disciplina no local de trabalho.

Através do uso dessa metodologia, é possível desenvolver um

planejamento sistemático, permitindo uma maior produtividade, segurança,

clima organizacional e motivação dos funcionários, o que resulta em uma

consequente melhoria da competitividade organizacional. A metodologia 5S

tem por objetivo melhorar a eficiência através da destinação adequada de

materiais, separando o que é necessário do que é desnecessário, organizando,

mantendo a limpeza, identificando os materiais e espaços e cuidando da

manutenção e melhoria do próprio 5S.

De um modo geral, o 5S é usado com outros conceitos tais como

SMED, TPM e o Just in Time. Para entender a metodologia do 5S, é preciso

entender um pouco dos conceitos citados acima. O SMED, do inglês Single

Minute Exchange of Die, é um método que foi criado nos anos 60 por Shigeo

Shingo, sendo utilizado na indústria para reduzir o tempo de preparação de

máquinas, equipamentos e linhas de produção. Tal tarefa obtém sucesso a

partir da otimização do processo de reconfiguração das ferramentas e

dispositivos de fixação de materiais. Sistema também produzido no Japão,

TPM, do inglês Total Productive Maintenance (Manutenção Produtiva Total),

tem como objetivo eliminar perdas, reduzir paradas, garantir a qualidade e

diminuir custos nas empresas com processos contínuos. O Just in Time foi

explicado na seção anterior.

A disciplina dos 5S exige que haja o descarte daquilo que não é

mais utilizado com o propósito de obter as ferramentas e partes necessárias

para a utilização. Isto é um dos princípios fundamentais do SMED, que por sua

vez catalisa a produção Just in Time. Um dos procedimentos do 5S e também

primeiro passo no TPM é a limpeza das máquinas. Todos estes conceitos

fazem parte de uma filosofia disseminada no Brasil e no mundo por vários

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institutos criados a partir de profissionais que trabalharam na Toyota e

participaram do desenvolvimento desta cultura que agrega valores como os do

5S, que têm o intuito de eliminar os desperdícios dos processos.

Com o objetivo de melhorar a produtividade e o desempenho, a

metodologia 5S foi adotada em várias organizações, desde pequenas

empresas até as grandes corporações.

7.5- O programa Seis Sigma

Essa abordagem ganhou espaço quando, em 1997, o presidente da

GE, John Ewlch, creditou parte dos resultados do maior faturamento da

empresa nos seus 105 anos de história e um lucro fenomenal ao programa de

qualidade denominado de Seis Sigma, adotado dois anos antes.

Essa abordagem foi desenvolvida pela Motorola nos anos 80, com o

objetivo de reduzir a taxa de falhas em seus produtos eletrônicos

manufaturados. Essa abordagem foi utilizada por diversas empresas no mundo

todo como um dos principais temas da Qualidade Total. O programa foi

desenvolvido com o desafio de aprimorar a confiabilidade do produto final e

reduzir a quantidade de sucata.

A origem do padrão Seis Sigma está num trabalho de benchmarking

conduzido pela Motorola. Eles perceberam, através de uma pesquisa, que os

dados das empresas de desempenho médio em relação à qualidade e nível de

satisfação do cliente apresentavam uma taxa de falhas numa faixa de 3.000 a

10.000 por milhão de passos ou procedimentos, o que seria equivalente a um

nível Sigma de 3 a 4. Contudo, o resultado das consideradas melhores

empresas, conhecidas como best-in-class, ficaram próximos a 3,4 falhas por

milhão, o que equivale ao nível 6 Sigma. A partir desse resultado, a Motorola

estabeleceu como meta, em 1993, a obtenção dos seis Sigma.

O Programa Seis Sigma tem como base uma série de filosofias,

ferramentas e técnicas que coordenadas adequadamente conseguem alcançar

de forma eficiente e rápida uma série de benefícios para as empresas, tais

como: aumento expressivo do lucro, satisfação dos clientes, maior

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envolvimento da equipe e diminuição da variação dos processos. Por essas

razões, empresas do mundo todo têm adotado o Seis Sigma. Algumas das

empresas são citadas a seguir (Souza et al., 2007):

• A gigante Allied Signal, que tem um faturamento superior a US$ 14 bilhões e

estava há alguns anos à beira da falência, iniciou em 1994 a implementação

do Seis Sigma e, de lá para cá, reduziu seus custos diretos em US$ 2 bilhões

e teve um crescimento, em 1998, de 12% e, no primeiro trimestre do ano

passado, de 14,1%.

• Presidente da General Electric, Jack Welch, descreve o Programa Seis Sigma

como "a mais importante iniciativa que a GE já empreendeu". Só em 1999, a

GE economizou mais de US$ 1,5 bilhão por causa do Programa. Desde a

implementação em 1995 até o ano de 2002, a GE conseguiu economizar

aproximadamente US$ 8 bilhões.

• Um único processo em uma única planta da Asea Brown Boveri (ABB), nos

Estados Unidos, tem gerado uma economia de cerca de US$ 770 mil por ano

com a aplicação do Seis Sigma.

• Na Polaroid, a estratégia Seis Sigma tem sido utilizada para a companhia

concentrar seu foco nos processos que afetam tanto a qualidade como suas

margens de lucro, conseguindo com isso adicionar anualmente 6% à sua

lucratividade.

• A Motorola estima que, em pouco mais de 10 anos, conseguiu economizar

mais de US$ 11 bilhões.

• Na Kodak Brasileira, houve uma redução de US$ 15 milhões em 3 anos.

7.5.1- Mas o que é o Seis Sigma?

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Seis Sigma é tecnicamente um dos elementos do processo de

Gerenciamento pela Qualidade Total. Utilizar o Seis Sigma significa medir de

forma quantitativa os esforços de qualidade e comunicar o progresso para

clientes, funcionários, fornecedores e acionistas. O modelo de aprimoramento

possui quatro fases: medir, analisar, aprimorar e controlar, utilizando as

ferramentas estatísticas em um ciclo único e dinâmico, de modo a permitir a

melhoria do processo em pontos que agregam valor.

Para assegurar o desempenho Seis Sigma, alguns conceitos devem

ser bem entendidos e aplicados. Primeiramente, é preciso compreender os

Controls Technicals Quality (CTQ’s) do cliente, ou seja, “os requisitos críticos

para a qualidade”, que são os requisitos de desempenho definidos pelo cliente

para um produto ou serviço (ANDRIETTA; MIGUEL, 2002)

Um CTQ é essencial para alcançar o sucesso de um produto ou

serviço, podendo ser um atributo ou um processo articulado pelo cliente. São

os clientes que estabelecem os CTQ’s que têm como características ser

mensurável e possuir a especificação com tolerância permissível.

O segundo conceito que assegura o desempenho Seis Sigma é a

utilização da metodologia do processo de melhoria, mais conhecida como

DMAIC.

7.5.2- O modelo DMAIC

A aplicação da metodologia Seis Sigma pode ser dividida em cinco

fases (D-M-A-I-C), do inglês: define (definir), mesure (medir), analyze

(analisar), improve (melhorar) e control (controlar).

Na fase “definir”, é identificado qual processo do negócio será

melhorado para atender a uma Característica Crítica para o Cliente (CTQ)

aumentando a sua satisfação. Após a identificação do processo a ser

melhorado, deve ser analisada a viabilidade econômica do “projeto” e ser feita

uma previsão dos benefícios que podem ser alcançados, inclusive os

financeiros.

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Na fase “medir”, faz-se um levantamento geral de todas as entradas

do processo e como se relacionam com os CTQ’s (características críticas para

a qualidade) do cliente. Assim, mede-se a capabilidade do processo, expressa

por seu valor sigma.

Na fase “analisar” deve-se procurar pelas fontes de variação que

aumentam a variabilidade do processo e que são responsáveis pela geração

de defeitos.

Na fase “melhorar” uma ação é tomada sobre o processo para

melhorá-lo com base nas fontes de variação identificadas na fase de análise.

Ao final dessa fase é calculado a nova capabilidade sigma do processo para

comprovar que houve uma melhoria significativa.

Na última etapa, a fase “controlar”, métodos para monitorar as

fontes de variação identificadas para manter a capabilidade melhorada

adquirida são empregados. A responsabilidade pelo monitoramento do

processo devem ser passadas para os donos do processo. É feita, também,

uma confirmação dos benefícios alcançados.

7.6- OHSAS 18001

Como parte de uma estratégia de gestão de riscos para lidar com

mudanças na legislação e proteger seus colaboradores, muitas organizações

estão implementando um Sistema de Gestão de Saúde e de Segurança

Ocupacional (SGSSO).

Um SGSSO tem por objetivo promover um ambiente de trabalho

seguro e saudável através de uma estrutura que permite aos seus

organizadores identificar e controlar os riscos existentes à saúde e segurança,

reduzir a possibilidade de acidentes, auxiliar na conformidade legislativa e

melhorar o desempenho geral.

A OHSAS 18001 foi desenvolvida por um conjunto de organismos

comerciais líderes e organismos internacionais de normas e certificação. Trata-

se de uma especificação de auditoria internacionalmente reconhecida para

sistemas de gestão de saúde ocupacional e segurança. A OHSAS 18001 foi

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desenvolvida com compatibilidade com a ISO 9001 e a ISO 14001, com o

intuito de ajudar a sua organização a cumprir com suas obrigações de saúde e

segurança de um modo eficiente.

A OHSAS 18001 pode ser adotada por qualquer organização que

deseja implementar um procedimento formal para redução dos riscos

associados com saúde e segurança no ambiente de trabalho para os

colaboradores, clientes e o público em geral.

7.7- SA8000

A SA8000 é uma norma internacional de avaliação da

responsabilidade social existente para empresas fornecedoras e vendedoras,

sendo baseada em convenções da Organização Internacional do trabalho(OIT)

e em outras convenções das Nações Unidas (ONU). A SA8000 é a primeira

certificação internacional da responsabilidade social e te como objetivo

principal garantir os direitos dos trabalhadores. Ela foi lançada em 1997 pela

CEPAA - Council on Economics Priorities Accreditation Agency, atualmente

chamada SAI - Social Accountability International, organização não-

governamental norte-americana, sendo a primeira certificação com alcance

global de um aspecto da responsabilidade social de empresas.

Tendo como base as normas internacionais sobre direitos humanos

e o cumprimento da legislação local referente, a SA8000 busca garantir direitos

básicos dos trabalhadores envolvidos em processos produtivos, sendo sua

norma básica composta por nove requisitos:

• Trabalho infantil: não é permitido.

• Trabalho forçado: não é permitido.

• Saúde e segurança: devem ser asseguradas.

• Liberdade de Associação e negociação coletiva: devem ser garantidas.

• Discriminação: não é permitida.

• Práticas Disciplinares: não são permitidas.

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• Horário de Trabalho: não deve ultrapassar 48hs/semana, além de 12hs-extra/semana.

• Remuneração: deve ser suficiente.

• Sistemas de gestão: deve garantir o efetivo cumprimento de todos os requisitos.

A SA8000 tem como referência os padrões de gestão da qualidade

ISO9000 e de gestão ambiental ISO14000, seguindo uma estrutura que

enfatiza a importância de sistemas de gestão para melhoria contínua.

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CONCLUSÃO

Desde o surgimento da Administração como ideal, disciplina ou

pensamento, resultado da necessidade que o homem sentiu de se organizar

em sociedade de modo a alcançar seus objetivos através da sua força de

trabalho, uma preocupação guia seus pensadores: como produzir mais e

melhor a baixos custos?

Taylor e Fayol, fundadores da Escola Clássica da Administração,

foram os primeiros a teorizarem sobre a área da administração de empresas,

tendo sido as suas teorias muito criticadas por serem fundamentalmente

mecanicistas e, muitas vezes, levarem a exploração do trabalhador, como se

ele fosse uma máquina. Com o passar do tempo, e devido às mudanças

ocorridas no mundo empresarial, como o advento da globalização e mudanças

na forma de produção, novas necessidades exigiram a elaboração de novas

teorias iniciando a chamada Administração Moderna.

A maior preocupação dos setores produtivos sempre foi a qualidade

e a produtividade, fatores que garantem uma boa competitividade. O conceito

de qualidade tem sofrido várias mudanças ao longo do tempo, sendo

considerado um fator primordial para o sucesso das empresas. Graças à

economia globalizada que vivenciamos nos dias de hoje, houve um

acirramento da competição, o que levou os empresários a se preocuparem

mais com a qualidade de seus produtos como modo de sobreviver às disputas

do mundo empresarial. Como resultado desse investimento na boa qualidade

do produto ou processo, ocorre um aumento do lucro, uma maior fidelidade

dos clientes, redução de desperdícios e erros de processos, o que leva à

necessidade de criação de mecanismos que garantam maior lucro e menos

desperdício, como a criação do Ciclo PDCA, do Just in Time e do programa

Seis Sigma.

Nos últimos vinte anos, as empresas têm revolucionado o modo

como conduzem seus negócios ao redor do mundo, além de fazer mais e

melhor, reduzir o custo, aumentar a produtividade e qualidade dos produtos e,

consequentemente, atingir melhores resultados, a grande preocupação dos

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empresários nos dias de hoje está voltada para a preservação do meio

ambiente e racionalização do uso de recursos energéticos. Ou seja, as

corporações do século XXI seguem a premissa da sustentabilidade, tão em

voga nos dias de hoje, seguindo modelos como a norma ISO 14000. Com a

diminuição dos recursos naturais e os constantes danos causados pelo homem

e suas máquinas ao planeta, é possível que num futuro muito próximo

programas que hoje são iniciativas de empresas, como algumas normas da

ISO, as quais objetivam uma melhora do meio ambiente, venham a ser

iniciativas obrigatórias tanto nas pequenas como nas grandes empresas.

Assim, no decorrer dos anos, foram e têm sido desenvolvidas

inúmeras técnicas de fabricação de produtos, prestações de serviços,

atendimento e aumento da satisfação de clientes, assim como normas de

preservação do meio ambiente, que são utilizadas pelas empresas com o

intuito de fomentar o lucro e o crescimento das organizações. Este trabalho

teve pode objetivo mostrar, através de um estudo longitudinal, algumas dessas

técnicas, como o modelo Taylor, a Linha de Produção Ford, o W. E. Deming e

suas ferramentas de gestão pela qualidade, o Toyotismo, os 5Ss, a ISO, o

programa Seis Sigma, entre outros modismos.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANDRIETTA, João Marcos; MIGUEL, Paulo A.C. A importância do método

Seis Sigma na gestão da qualidade analisada sob uma abordagem teórica.

Revista de Ciência e Tecnologia, v.11, nª20, p.91-98.

<http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/rct20art11.pdf>. Acesso em

agosto de 2012.

CAMPOS, Vicente Falconi. TQC- Controle da Qualidade Total. No estilo

japonês. Editora INDG, 8ª edição, 2004.

MICHEL, Murillo. O Método de Henri Fayol: contribuições para administração

gerencial. Revista Eletrônica de Administração, ano III, nº5, dez de 2003.

<http://www.revista.inf.br/adm05/pages/resenhas/resenha03.htm>. Acesso em:

julho de 2012.

STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5 ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1999.

Escola Clássica de Administração-Introdução. Disponível em:

<http://pt.scribd.com/doc/4786282/ESCOLA-CLASSICA-DE-DMINISTRACAO>.

Acesso em: agosto de 2012.

SOUZA, Luis F. Nuss de, et al. Seis Sigma – qualidade com lucratividade.

2007.<http://www.aedb.br/seget/artigos07/1419_Seis%20Sigma%20-

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<http://www.trf4.jus.br/trf4/upload/editor/apg_JoseRicardoPereira.pdf>. Acesso

em: setembro de 2012.

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<http://by159w.bay159.mail.live.com/default.aspx#!/mail/ViewOfficePreview.asp

x?messageid=fd5cbc57-0747-11e2-9210-00215ad8015c&folderid=00000000-

0000-0000-0000-000000000001&attindex=1&cp=-

1&attdepth=1&n=40098476>. Acesso em setembro de 2012.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

O Surgimento da Administração 9

1.1 – Uma breve visão da Revolução Industrial 9

CAPÌTULO II

A Escola Clássica da Administração 11

2.1 – Os Principais Fundadores da Escola Clássica 12

2.2 – Os Principais Conceitos da escola Clássica 12

CAPÍTULO III

A Escola de Administração Científica 15

3.1- Taylor: o Senhor do Tempo 15

3.2- A Vida e a Obra de Taylor 16

CAPÍTULO IV

A Teoria Clássica da Administração 19

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4.1- A Vida e a Obra de Fayol 20

CAPÍTULO V

Ford e a Revolução nos Meios de Produção 22

5.1- A Ford Motor Company 24

CAPÍTULO VI

O Pensador Peter Drucker 26

6.1- A Relação de Peter Drucker com o Brasil 27

CAPÍTULO VII

A Administração Moderna 29

7.1- O Ciclo PDCA 29

7.2- Just in Time 30

7.3- ISO 31

7.3.1- Algumas normas importantes da ISO 32

7.4- O 5S 33

7.5- O Programa Seis Sigma 35

7.5.1- Mas o que é o Seis Sigma? 36

7.5.2- O Modelo DMAIC 37

7.6- O HSAS 18001 38

7.7- SA8000 39

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43

ÍNDICE 44

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