90
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS COMO ELEMENTOS MOTIVADOR E GERADOR DE RESULTADOS NAS EMPRESAS PRIVADAS Por: Odiléia Ananias de Lima Orientadora Prof. Mônica Melo Rio de Janeiro 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU · 2011-06-03 · Os estudiosos da psicodinâmica organizacional, como Bergamini (2006), a motivação é algo interno do ser

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE INTEGRADA AVM

REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS COMO ELEMENTOS

MOTIVADOR E GERADOR DE RESULTADOS NAS EMPRESAS

PRIVADAS

Por: Odiléia Ananias de Lima

Orientadora

Prof. Mônica Melo

Rio de Janeiro

2011

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE INTEGRADA AVM

REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS COMO ELEMENTOS

MOTIVADOR E GERADOR DE RESULTADOS NAS EMPRESAS

PRIVADAS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão de

Recursos Humanos.

Por: Odiléia Ananias de Lima

3

AGRADECIMENTOS

A minha querida mãe, cujo apoio

sempre é sublime, ao meu irmão

Rogézio que acendeu chama do

estudo em meu coração, ao meu

marido Ricardo pela compreensão e

carinho, nestes longos anos de

caminhadas juntos.

Ao meu pai, Nilce, Odimilson, a

madrinha, aos meus Mestre e colegas

da AVM, aos meus amigos e em

especial a minha amiga Luiza, juntas

avançamos mais um passo em nossa

vida acadêmica.

A minha orientadora Mônica Melo, que

gentilmente leu meus manuscritos e fez

valiosas sugestões e apoio.

4

DEDICATÓRIA

A Lei Mística que rege o Universo,

que me concedeu a sabedoria para o

aprendizado, dom das palavras e

coragem.

Aos meus pais, marido, irmãos e ao

meu bebê que apesar de ainda estar

em meu ventre, me incentiva todos os

dias para vencer e ser seu exemplo

de vida.

Aos meus amigos.

A todos que me auxiliaram durante

meu trabalho, meus sinceros

agradecimentos.

5

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo identificar o conceito de remuneração e

benefícios sociais como elementos motivadores e geradores de resultados

dentro do ambiente de trabalho em uma empresa privada, referindo os seus

tipos, assim como as suas características, vantagens e desvantagens, focando

ainda as diversas fontes de motivação, remuneração e benefícios sociais

oferecidos pela organização. Tendo como objetivo final identificar se

remuneração e benefícios são maneiras de motivar pessoas e gerar resultados

nas Organizações? Esse estudo foi baseado em uma organização do terceiro

setor, sem fins lucrativos, voltada para lutas classistas na área de defesa dos

trabalhadores públicos, no estado do Rio de Janeiro, aonde em 21 anos de

atuação vem crescendo no mercado de trabalho e sofrendo muitas

modificações, quanto às questões trabalhistas no quesito remuneração de

seus empregados, neste trabalho para manter sigilo a organização estudada

será identificada como empresa Beta.

Palavras-chave: Remuneração, Benefícios, Motivação.

6

METODOLOGIA

O método utilizado é uma pesquisa é exploratória, tendo em vista, que

expõe as características da remuneração e benefícios oferecidos pela

Empresa Beta e os problemas da empresa gerado pela a falta de motivação

dos empregados, tendo com o objetivo buscar aprofundar o conhecimento

sobre o tema. É explicativa, na medida em que esclarece os fatores que

contribuem para a situação do problema encontrado na empresa estudada.

A pesquisa constitui-se em estudo de caso, utilizando-se de consulta

bibliográfica e de pesquisa de campo junto a Empresa Beta. O estudo de caso,

foi realizado especificamente com base no plano de cargos, carreira e salário e

a forma de remuneração baseada nos índices do DIEESE, como forma de

motivar os empregados, implantados na organização em meados do ano 2000.

Logo a pesquisa bibliográfica, como base teórica é realizada através de

livros, publicações e artigos escritos por profissionais reconhecidos, onde se

buscou referencial teórico para análises e verificações.

Este trabalho estuda a forma de motivar os empregados da Empresa

Beta, que é uma empresa do terceiro setor, Pessoa Jurídica de Direito Privado

sem fins lucrativos, que está ciente dos danos causados pelo não cumprimento

do plano implantado para motivar os empregados no ano 2000.

O estudo das questões propostas será a base para a Empresa Beta

motivar, além de oferecer um análise dos diversos tipos de remuneração e

benefícios, que poderá motivar a equipe e resultar em um trabalho mais

eficiente. O estudo pretende abordar em que medida as falhas no processo de

motivação para a empresa.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 08

CAPÍTULO I – DA MOTIVAÇÃO: FUNDAMENTOS E DIRETRIZES ................. 10

CAPÍTULO II - MOTIVAÇÃONAS ORGANIZAÇÕES.......................................29

CAPÍTULO III - ESTRATÉGICA DE RECOMPENSA ............................................ 40

CAPÍTULO IV - A ORGANIZAÇÃO E A MOTIVAÇÃO APLICADA ..................... 59

CAPÍTULO V - GESTÃO: DA MOTIVAÇÃO DE PESSOAS............................77

CONCLUSÃO ............................................................................................................... 85

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 87

ÍNDICE.... ...................................................................................................................... 88

FOLHA DE AVALIAÇÃO............................................................................................. 90

8

INTRODUÇÃO

Devido à alta competividade no mercado de trabalho, a globalização,

escassez de recursos, tais como profissionais qualificados, confiáveis e

comprometidos com o desenvolvimento de um bom trabalho, o fator humano

ganhou destaque na Gestão de Pessoas nas organizações, tendo em vista,

que o capital humano e a grande força que gera o progresso nas organizações

e da sociedade.

Este estudo tem como objetivo apresentar alguns fatores motivacionais:

remuneração e benefícios são as maneiras adequadas de impulsionar e

motivar os empregados, para gerar os resultados almejados e planejados

estrategicamente pelas organizações?

Para muitos empregados remuneração e benefícios não são um atrativo

que vai gerar motivação para um bom trabalho e até mesmo reter talentos,

tendo em vista, que o que é motivante para um não é para outro, porque que

cada empregado reage de uma maneira diferente a estímulos semelhantes,

pois um ambiente motivador envolve muitas outras questões, e os anseios

variam de pessoa para pessoa, em função de suas metas, objetivos, ascensão

de carreira, sendo assim o dinheiro torna-se apenas um paliativo se as

condições de trabalho oferecidas pela organização não for interessante.

Buscar maneiras de manter o empregado motivado é um grande desafio

para as organizações.

Todos os indivíduos têm necessidades próprias, carências que precisam

ser supridas para que se possa ficar em equilíbrio, entretanto todos buscam

ser recompensados pela atividade que exercem e o sucesso de uma

organização depende do comprometimento dos empregados.

Conforme Dutra (2002, P.17) menciona “à empresa cabe o papel de

estimular e dar o suporte necessário para que as pessoas possam entregar o

9

que tem de melhor, ao mesmo tempo em que recebem o que a organização

tem de melhor a oferecer-lhes”.

Buscar maneiras de manter os empregados motivados é um grande

desafio para as organizações, para que tenha empregados não somente

remunerados em função da disponibilização para a organização, mas como

parceiros e colaboradores que irão prosperar os negócios.

Para maior compreensão, foi realizado um estudo bibliográfico, junto a

livros, revistas especializadas e sites, referente ao tema.

Sendo assim, pretende-se mostrar que uma das muitas funções dos

gestor de pessoas é está contribuindo para o crescimento organizacional da

organização, do pais e uma sociedade mais justa, visando assim a melhoria

quanto aos serviços prestados e a satisfação de todos os envolvidos, clientes

internos e externos, organização e familiares.

Considerando-se este estudo, uma contribuição onde permitira melhor

analise na questão que envolve a motivação em uma organização e as

maneiras de lidar com cada empregado, fazendo que entenda sua missão, sua

importância dentro da visão da organização, se sentindo valorizado, respeitado

como ser humano e profissional, estimulando o seu desenvolvimento e da

organização, porque o melhor investimento dentro de uma organização

continua sendo o capital humano.

10

CAPÍTULO I

DA MOTIVAÇÃO: FUNDAMENTOS E DIRETRIZES

O conceito de motivação é bastante abragente, devido a sua grande

variedade e por não existir uma regra geral, logo discutir o papel da motivação

nas organizações, diante do mundo globalizado, aonde as questões de

relações humanas vêm ganhando destaque para o desenvolvimento e

lucratividade das organizações é uma tarefa complexa.

Para muitos estudiosos e gestores, a motivação do ser humano tem se

apresentado como um dos grandes desafios.

Tendo em vista, que motivar é influenciar de forma direta o

comportamento humano, já que todo o comportamento é dirigido a um objetivo.

Os estudiosos da psicodinâmica organizacional, como Bergamini (2006),

a motivação é algo interno do ser humano e está ligada ao atendimento de

necessidades pessoais, de seus desejos.

Conforme sua citação:

Muitas vezes não é fácil descobrir por que as pessoas

agem de determinadas maneiras. Isso provavelmente se

deve ao fato de que nem sempre cada uma delas faz as

mesmas coisas exatamente pelas mesmas razões.

(BERGAMINI 2006, p.7).

Conclui-se que a motivação humana é uma força interna de cada

pessoa, todavia pode-se sofrer influência do seu meio. Ao logo deste capítulo

serão apresentados os fundamentos da motivação, onde o foco será a

motivação dentro das organizações.

11

1.1 - Motivação

No mundo moderno e globalizado as informações é rapidamente

disponibilizadas e compartilhadas pelas organizações e seus empregados que

as transformam em novos produtos e serviços.

Os empregadores (administradores) possuem em suas mãos um dos

maiores desafios que é a impulsionar ou estimular a motivação das pessoas

que prestam serviços em sua organização, tornando-as decididas, confiantes,

comprometidas para executarem um bom trabalho, com o compromisso com a

qualidade e com a excelência do serviço.

Tratar de motivação é tratar de motivo, logo o motivo é algo particular e

que não pode ser transferida.

A motivação é um traço da personalidade humana que algumas

pessoas possuem e outra não, assim, é possível entender que as motivações

encontram em modificações constantes e variam de pessoa para pessoa,

sendo que a mesma pessoa pode ter diferentes níveis de motivação que

variam ao longo do tempo.

Por ser a motivação uma força interna de cada pessoa a satisfação ou

insatisfação é sentida individualmente.

Todavia, um ambiente motivador envolve muitas questões, e os anseios

variam de pessoas para pessoa, em função de suas metas, objetivos e

ascensão de carreira, sendo assim, segundo o dicionário Larousse (1999, p.

641) a motivação é definida como: estimulo e interesse, que usualmente pode

ser entendido como influência a determinado comportamento que o sujeito

possa apresentar.

12

Sendo assim, as pessoas consagram mais tempo ás atividades para as

quais são motivadas.

Outra definição, mais diretamente relacionada com a motivação no

trabalho, menciona que:

Não podemos falar de forma objetiva sobre motivação

enquanto não compreendermos que a verdadeira

motivação consiste em manter a pessoa entusiasmada,

querendo agir e dar o melhor de si à equipe. Motivar é

influenciar e inspirar à ação. (HUNTER, 2006, p.109).

Logo, Nobre (2010, p.34) define que os aspectos motivacionais são:

aqueles que movem à pessoa a determinado objetivo e estes objetivos são

peculiares a cada um, constituídos a partir da historia singular de cada pessoa.

Em outra definição sobre a motivação podemos citar:

Motivação é o processo que leva alguém a se comportar

para atingir os objetivos organizacionais, ao mesmo

tempo em que procura alcançar também os seus próprios

objetivos individuais. (CHIAVENATO, 2004, p.478).

Conclui-se que motivação é o desejo de se esforçar em direção a

determinado objetivo, seja ele organizacional ou pessoal, para satisfazer

algumas necessidades individuais.

1.1.1 - A Motivação Humana para o Trabalho

O trabalho esta entre umas das tarefas necessárias ao funcionamento

psíquico humano, logo a sua grande importância, a partir da década de 1970

as relações humanas estão sendo repensada, isto trouxe uma nova visão para

13

a organização e os empregados, porque estes não estão sendo considerados

como “maquinas” conforme a visão em décadas anteriores.

Como o aumento da preocupação com o fator humano, as organizações

revelou a importância de um fator indispensável para o progresso e o sucesso:

a motivação.

A motivação manifesta de maneiras diferentes em cada ser humano e

dependem de seus sonhos, desejos e anseios, todavia todo individuo tem

necessidades próprias, carências que precisam ser supridas para que se

possa ficar em equilíbrio, entretanto todos buscam ser recompensados pela

atividade que exercem e o sucesso de uma organização depende do

comprometimento dos empregados.

Segundo, Nobre (2010, p. 34) cada indivíduo poderá se satisfizer com

atividades diferentes, de acordo com a formação de sua personalidade

formada através dos anos, conforme as experiências vividas.

Compreende-se que no trabalho a motivação manifesta como as

necessidades de reconhecimento, crescimento e valorização das habilidades,

onde ira proporcionar ao empregado uma sensação de satisfação e segurança.

Quanto ao funcionamento da motivação, a seguinte definição:

A Motivação funciona como o resultado da interação entre

o individuo e a situação que o envolve. As pessoas

diferem quanto ao seu impulso motivacional básico e a

mesma pessoa pode ter diferentes níveis de motivação

que variam ao longo do tempo, ou seja, ela pode esta

mais motivada em um momento e menos motivada em

outra ocasião. (CHIAVENATO, 2004, p.476)

14

Para que o empregado sinta-se motivado, ele precisa sempre está em

busca de novos desafios. O empregador pode oferecer como desafios a

oportunidade de participar de um novo projeto, que fará desenvolver suas

habilidades.

Quando existe congruência entre os objetivos organizacionais e

individuais as pessoas se dispõem a exercer esforços para atingir as metas da

organização, e lógico, simultaneamente atender aos seus próprios interesses,

há uma interação que passa a funcionar como uma moeda de troca, onde

ambas as partes sai ganhando, porque a motivação é a chave do sucesso,

porque pessoas motivadas são mais produtivas.

1.1.2 – Origem da Motivação na Administração

Logo após a década de 1950, o Movimento Humanista iniciou-se pela

Teoria das Relações Humanas, o que gerou força à moderna e sucessora

Teoria Comportamental, que tem ênfase as pessoas, onde trouxe novos

conceitos para a Teoria Administrativa em relação ao comportamento

organizacional.

Os novos conceitos que vieram da psicologia e sociologia industrial se

baseavam na motivação, incentivos sociais, liderança, comunicação, dinâmica

de grupo, processo decisório, comportamento organizacional, estilos

administrativos, ao longo das décadas alterando os rumos da Teoria

Administrativa, tornando a administração mais amigável, humana e flexível.

Foi na Teoria Neo-estruturista onde o objetivo era de integrar o

conhecimento das teorias anteriores e compreender a organização a partir da

sua estrutura, como um sistema aberto, que trouxe a ampliação dos territórios

a serem explorados pela administração.

15

A partir da década de 70, surgiu novas formas de compreender a

administração e principalmente o Recursos Humanos, foi a Era da informação,

para se acompanhar o crescimento causado pela globalização dos negócios,

houve maior preocupação com a qualidade, produtividade e competividade.

Outra, mais diretamente relacionada com a Era da Informação,

menciona que:

A Era da informação privilegiaram aspectos

organizacionais como simplicidade, agilidade,

flexibilidade, trabalho em equipe e células de produção,

unidade autônomas, além de aspectos culturais como

ampla participação, comprometimento, focalização no

cliente interno e externo, orientação para meta e

resultado, busca da melhoria constante e da excelência.

(CHIAVENATO, 2004, p.54).

Sendo assim, essa idéia de administração passou a incentivar, motivar e

a valorizar a pessoa, que é o desejo de todo trabalhador, ser reconhecido pelo

grupo a que pertence, entretanto, compreende-se que apesar dos grandes

progressos nas relações humanas junto à administração, ainda há ajustes

importantes para que possa tornar-se fonte de benefícios aos que nele se

inserem.

1.1.3 - As Forças Motivacionais

Todos os indivíduos têm necessidades próprias, carências que precisam

ser supridas para que se possa ficar em equilíbrio, entretanto todos buscam

ser recompensados pela atividade que exercem e o sucesso de uma

organização depende do comprometimento dos empregados.

16

Conforme, Dutra (2002, P.17) menciona à empresa cabe o papel de

estimular e dar o suporte necessário para que as pessoas possam entregar o

que tem de melhor, ao mesmo tempo em que recebe o que a organização tem

de melhor a oferecer-lhes.

Mais diretamente relacionada com a força motivacionais no trabalho,

menciona que:

Quando grupos apreendem a remover as barreiras que se

erguem no caminho das relações saudáveis e da

viabilidade da equipe, é absolutamente impressionante a

maneira como crescer e se tornam equipe eficazes,

capazes de alcançar resultados concretos. (HUNTER,

2006, p.122).

As forças motivacionais irão variar de pessoa para pessoa, conforme

algumas forças dominantes como a motivação para realização, é a força que

algumas pessoas têm de vencer os desafios e obstáculos para concretizar os

seus objetivos.

Logo, a motivação por aflição que é a força impulsora, onde o

empregado trabalha melhor quando suas ações são elogiadas, desenvolvendo

assim relacionamentos amigáveis no trabalho.

A motivação para a competência visa um trabalho de alta qualidade,

inovadores, todavia os relacionamentos humanos ficam em segundo plano.

Já a motivação para o poder é o impulso de influenciar as pessoas e

mudar situações, que pode ser usado de forma construtiva ou destrutiva,

todavia existem dois tipos de motivação pelo poder.

17

A primeira é a necessidade de poder Institucional, cujo objetivo é

influenciar de forma direta no comportamento dos outros para o bem da

organização, os melhores administradores possui essa características, e a

segunda necessidade de poder pessoal que visa somente o prestigio pessoal,

ou seja, um administrador com essa característica fatalmente será um líder mal

sucedido, pois colocará a organização em segundo plano, o seu prestigio

pessoal terá grande relevância para ele.

A força motivacional é variável e vai depende dos estímulos recebidos e

dos empregados motivam-se para o trabalho, conforme suas forças

dominantes e objetivos individuais.

1.2- Teorias da Motivação

Com a evolução da sociedade, as teorias de administração foram

sofrendo mudanças, conforme exposto nos itens anteriores, chegando a

contemporaneidades com uma visão mais integrada do sistema organizacional

como um todo.

O ser humano é complexo, entretanto, seus aspectos motivacionais

também são e a teoria da motivação vem buscando a individualidade de cada

um, tendo em vista, a personalidade das pessoas.

Existem duas teorias da motivação, de apesar do seu conteúdo ser

questionados quanto a sua validade, são expostos a melhor maneira de

explicar a motivação humana que é a Teoria da Hierarquia das Necessidades

Humana e a Teoria dos Fatores.

1.2.1 - Teoria das Necessidades Segundo Maslow

A teoria das necessidades apresentadas por Abraham Maslow,

professor de psicologia no Instituto de Tecnologia Massachusetts, é a mais

18

conhecida de todas as teorias a respeito da motivação de comportamento

humano no trabalho, surgiu em 1943, e apesar de ser uma teoria empírica e

sem base cientifica relevante, teve ampla aceitação por parte dos

administradores, devido a sua lógica intuitiva e facilidade de compreensão, que

classificou os resultados de forma bastante simples como gratificadores ou

motivadores.

Como gratificadores estão incluídos os incentivos dados pelas empresas

para que os empregados trabalhem satisfeitos e os estímulos motivadores, são

aqueles que incentivam as pessoas a colocar mais energia, esforço e

entusiasmo para o trabalho.

Tendo como sua hipótese básica, que as necessidades estão

relacionadas de acordo com uma pirâmide de necessidades, onde o nível mais

baixo dever ser satisfeito antes das necessidades de nível mais alto, ou seja,

cada um tem de escalar uma hierarquia de necessidades para atingir o topo,

que é sua auto-realização, muitas pessoas teve dificuldades para compreender

e aceitarem estas descobertas.

De acordo com Nobre (2010, P.42) ela parte do pressuposto de que as

necessidades estão no interior de cada individuo, a motivação de todas as

suas ações tem origem na própria pessoa. Estas necessidades podem ser

conscientes ou não para o sujeito, e se constituem em suas prioridades.

As necessidades são as seguintes:

- Necessidades fisiológicas, são necessidades básicas de sobrevivência

biológica, inata no ser humano e são predominantes em relação às demais

necessidades, nela incluem a fome, sede, sono, sexo e outras necessidades

corporais.

19

- Necessidades de segurança, são necessidades que buscam assegurar

a estabilidade da pessoa, pois quando não satisfeitos causam incertezas e

inseguranças. Incluem a segurança e proteção contra ameaça ou perigo físico

e emocional, real ou imaginário, são eles: perigo, doença, desemprego, roubo

e outros.

- Necessidades sociais, surgem quando as necessidades mais baixas

(fisiológica e segurança) estão satisfeitas, e envolve os relacionamentos

humanos, incluem afeição, filiação, aceitação social e amizade, logo quando

está necessidades não é satisfeita tende a pessoa a falta de adaptação social

e a solidão.

- Necessidades de estima, incluem fatores internos dos seres humanos,

como a estima, auto-respeito, autonomia, senso de competência e os fatores

externos como o status, necessidade de reconhecimento, prestigio, atenção e

consideração, quando essa necessidade não é satisfeita podem ocorrer a

produção de sentimentos de inferioridade, dependência, desamparo que

muitas das vezes levam ao desânimo e a desmotivação.

- Necessidades de auto-realização, é a necessidade mais elevada o

topo das pirâmides, ou seja, do ser humano, está relacionada com autonomia,

independência, autocontrole, competência, enquanto as quatro necessidades

anteriores podem ser satisfeitas com recompensas externas, esta só pode ser

satisfeita o nível de interior pessoal, com o sentimento de realização, não

sendo observada nem controlada por outras pessoas.

Para Nobre (2010, p. 43) outra parte da pirâmide de Maslow é composta

pelas necessidades secundárias que são aquelas relativas ao social, à estima

e à auto-realização e as necessidades sociais vêm logo em seguida às

satisfações primaria de segurança e está relacionada com a vida em grupo,

vida social do individuo.

20

A teoria de Maslow é considerada uma melhoria em relação às teorias

anteriores de personalidades e motivação, porque expõem que as

necessidades humanas em hierarquia, de modo que, quando uma

necessidade é relativamente satisfeita, a próxima necessidade torna-se

dominante no comportamento humano.

Outra mais relacionada como a Teoria de Maslow, cita:

Os estímulos motivadores, por outro lado, incentiva as

pessoas a colocar mais energia, esforço, entusiasmo em

seu trabalho. Nesta categoria estão incluídos conceitos

como reconhecimento, elogio, apreciação, oportunidade

de crescimento, desafio e satisfação no emprego.

Herberg descobriu que aumentar um desses itens faz

com que às pessoas se superem. (HUNTER, 2006,

p.110).

Segundo Chiavenato (2004, p. 479), o primeiro passo para motivar uma

pessoa é conhecer qual é o nível da hierarquia que ela está focalizando para

poder satisfazer aquela necessidade ou carência especifica.

21

1.2.2 – Teoria dos dois Fatores Segundo Herzberg

A teoria dos dois fatores apresentadas por Frederick Herzberg tem como

base o ambiente externo e no trabalho do empregado, ou seja, e o

entendimento que o ambiente externo pode influenciar na motivação do

empregado, e chamada de teria dos fatores higiênicos (insatisfacientes) e

motivacionais (sastifacientes).

Suas descrições são:

- Fatores higiênicos ou insatisfacientes, está relacionado aos fatores do

ambiente trabalho, são aquele nos quais o empregado sempre vai necessitar,

tende ser fontes de insatisfação no trabalho e envolve salário, os benefícios

sociais, o clima, políticas e diretrizes da organização, estilo de supervisão,

condições ambientais de trabalho, segurança no trabalho e as relações com o

superior, colegas e os subordinados. Quando essas necessidades não são

supridas tende fazer surgir o sentimento de insatisfação nas pessoas.

22

- Fatores motivacionais ou satisfacientes, são aqueles que podem

oferecer algum desenvolvimento ao individuo, ou seja, sentido ao seu trabalho,

possibilidade de crescimento, progresso e reconhecimento profissional, está

relacionado ao cargo, promoções, delegação de responsabilidades. Pode ser

traduzido como satisfação no trabalho.

QUADRO 1 – Classificação de Herzberg : fatores motivacionais e higiênicos FATORES HIGIÊNICOS FATORES MOTIVACIONAIS

Fatores de insatisfação Fatores de satisfação Fatores de manutenção Fatores motivadores Conteúdo do trabalho Conteúdo do trabalho Fatores extrínsecos Fatores intrínsecos FONTE: LIMA, Odiléia

Todavia tais fatores são limitados, conforme menciona que:

A teoria dos dois fatores é criticada por basear-se em

uma pesquisa em uma pequena amostra e fazer

generalizações a partir dela. Em segundo lugar, o

trabalho de Herzberg simplifica demais a natureza da

satisfação no trabalho, quando a satisfação ou

insatisfação pode residir no contexto do trabalho, no

conteúdo do trabalho ou em ambos ao mesmo tempo.

(CHIAVENATO, 2004, p.480).

Logo Nobre (2010) comenta que um ponto questionável quanto à teoria

de Herzberg, é o fato de sua teoria não esta relacionar a satisfação com

produtividade, o que não oferece indícios conscientes da motivação, tornado

muito relativa à mensuração dos aspectos motivacionais.

Para Herzberg o não suprimento das necessidades poderia surgir

sentimentos de insatisfação nas pessoas, todavia se fosse atendida apenas

23

provocaria uma sensação neutra, ele rejeitou a idéia de que se as causas de

descontentamento no pudesse ser eliminada e os empregados se sentir

motivados, pela eliminação da causa.

O modelo de Herzberg está voltado para o comportamento humano no

trabalho, e segundo Chiavenato (2004) é uma teoria dos determinantes

satisfação e insatisfação no trabalho e não uma teoria propriamente da

motivação.

1.2.3 – Análise dos Modelos: Maslow X Herzberg

As teorias da motivação possuem inesgotáveis conclusões de grande

valia a respeito da natureza humana e seus comportamentos, logo o mais

importante e sua aplicabilidade.

As duas teorias que acabamos de examinar, são teorias que se

preocupam com as necessidades e incentivos que geram o comportamento e

foram as que mais contribuíram para identificar e classificar as necessidades

humanas, além da grande relevância dos fatores que impulsionam o

empregado para eficiência e eficácia de suas tarefas com o empenho da

utilização de suas capacidades.

Como também, auxilia os administradores a criarem um clima de

satisfação, estimulante e produtivo que ira beneficiar a organização.

Entretanto, a Teoria de Maslow está centrada nas necessidades

internas do empregado, e a Teoria de Herzberg diferencia as condições do

cargo que podem ser benéfica para satisfação das necessidades.

Sobre as Teorias de Maslow e Herzberg, temos a seguinte afirmação:

24

As Teorias de Maslow e Herzberg sobre motivação

proporcionam um arcabouço que permite ao

administrador uma aplicação prática no seu cotidiano.

Como ambas carecem de confirmação cientifica, surgiram

várias outras teorias contemporâneas com algo em

comum: certo grau de validade cientifica. Isto não

significa que ela seja perfeitamente correta, mas

constituem o estado atual da arte a respeito da motivação

das pessoas. (CHIAVENATO, 2004, P. 481).

QUADRO 2 – Teorias da Motivação

Maslow Herberg Hierarquia das Necessidades Teoria dos dois fatores

Auto-realização Motivacionais/ Satisfacionais - (Como a pessoa se sente em relação ao cargo)

Estima Higiênicos/ insatisfacionais - (Como a pessoa se sente em relação à empresa)

Sociais Segurança Fisiológicas

FONTE: LIMA, Odiléia

O estudioso Herzberg descobriu que as necessidades de auto-estima e

auto-realização de Maslow servem como fontes diretas de motivação para

trabalhar com eficácia e estas necessidades foram chamadas de fatores

motivacionais ou intrínsecos que estão relacionados à capacitação e à

realização do potencial humano no trabalho.

O desempenho eficaz no trabalho, segundo Herzberg, depende da

adequação tanto das necessidades motivadoras quanto das de higiene. A

Teoria dos Dois Fatores, de Herzberg, explica como projetar cargos para torná-

los motivacionais. Os elementos motivacionais são intrínsecos ou fatores de

conteúdo de cargos que os tornam emocionantes.

25

Logo, cabe a cada administrador, analisar ambas as teorias, e antes de

tentar aplicar uma recompensa, seria ideal descobrir qual a necessidade

particular do empregado naquele momento para que os resultados sejam

positivos, tanto para a organização como para o empregado.

1.3- Tipos de Motivação

Motivação palavra com grande abrangência em seu significado, e mais

ainda para as organizações, que com a globalização estão preocupadas em

atrair, desenvolver e manter talentos motivados.

A motivação é o processo responsável em saber direcionar, manter a

intensidade, persistência dos esforços e usar as emoções das pessoas para

atingir um objetivo que podem satisfazer suas necessidades.

Existem vários tipos de motivação será abordado a extrínseca e

intrínseca.

1.3.1- Motivação Intrínseca e Extrínseca

A motivação é uma força intrínseca em cada ser humano, todavia as

pessoas sofrem influência do ambiente em que vive, e através dele criam

novas necessidades e expectativas, sendo assim, conclui-se que a motivação

vem de dentro, porém todos os estímulos são válidos, para proporcionar a

condição de satisfação para ter de retorno à produtividade e resultados

desejados.

A Motivação intrínseca é do tipo de motivação que vem da atividade da

pessoa e parte da pessoa, ou seja, parte do simples ato da pessoa escolher o

que quer fazer. As pessoas são capazes, do mesmo modo, de agir tomados

por impulsos interiores (elementos intrínseco), fruto de carências internas.

Logo, há desejo próprio para conseguir a meta, há motivação. No entanto, a

26

movimentação é uma circunstância provisória, uma carência momentânea. Só

persiste enquanto durarem seus estímulos geradores.

A motivação extrínseca tem grande influência do meio, como por

exemplo, a buscar de querer ganhar mais dinheiro.

Sendo assim, muitas pessoas agem de certa forma para garantir que o

dinheiro vai ser dado enquanto agirem de acordo com que as empresa ou

administradores querem ou possui o anseio de fazer algo apenas para fugir de

uma penalidade ou para conseguir uma gratificação.

Em ambas as situações, a iniciativa para que a tarefa fosse realizada se

originou da própria pessoa, mas de outra (elemento extrínseco), que a instigou

de algum modo para que este se movesse em direção à meta esperada.

Sendo assim a pessoa não teria agido em um determinado sentido se

não existisse penalidade ou recompensa.

Alguns conceitos necessários relacionados com a motivação são:

Incentivos é um estímulo externo que induz uma pessoa a

tentar fazer algo ou esforçar-se para conseguir algo;

necessidades ou motivo é uma carência interna da

pessoa, ou seja, um estímulo que dirige o comportamento

para a sua satisfação; meta é a finalidade em cuja

direção se dirige o comportamento motivado; Desejo é

uma meta ou objetivo individual conscientemente visado

pela pessoa, logo a motivação é o processo que leva

alguém a se comportar para atingir os objetivos

organizacionais, ao mesmo tempo em que procura

alcançar também os seus próprios objetivos individuais.

(CHIAVENATO, 2004, p.478).

27

Entretanto, a motivação é sempre fruto de uma interação entre pessoa e

ambiente, todavia, vale ressaltar que os dois tipos de motivação podem

parecer mesclado.

1.4- Clima Organizacional

Para se adequar ao mundo competitivo dos negócios as organizações,

estão precisando investir e valorizar o seu capital intelectual, para que eles

estejam cada vez mais integrados com a organização.

Criar e manter um clima organizacional que sirva de desenvolvimento,

que seja um ambiente saudável e agradável, e onde os empregados trabalhem

satisfeitos e felizes a fim de tornar o clima satisfatório, é outro desafio dos

administradores.

O clima organizacional esta diretamente ligada com o grau de

motivação, é o reflexo do estado de espírito ou do ânimo das pessoas que lá

trabalham, tendo em vista ser o indicador de satisfação dos empregados em

relação à realidade da política de recursos humanos, modelo de gestão,

processos de comunicação, valorização profissional entre outros aspectos

dentro da organização.

Por ser o clima organizacional um fator instável, capaz de ser alterado

devido a fatores internos e externos, cabe a organização conquistar a

credibilidade, sigilo e confiança entre seus parceiros e realizar sempre que

necessários uma pesquisa para medir o clima organizacional.

De acordo com Chiavenato (1999, p. 440) “As pesquisas de clima

organizacional procuram coligir informações sobre o campo psicológico que

envolve o ambiente de trabalho das pessoas e a sua sensação pessoal neste

contexto”.

28

Entretanto, a apuração do nível de satisfação dos empregados, se faz

necessária para que os administradores possam estabelecer referências

confiáveis sobre um ambiente específico para programar ações, onde o nível

de motivação possa crescer, gerando um espírito participativo, efetivo, fazendo

que a organização venha atingir bons níveis de produtividade e

comprometimento.

Outro ponto importante é que uma pesquisa sobre o clima

organizacional irá mostrar a realidade de como os empregados realmente

vêem sua organização.

Todavia, compreendem que o bom ambiente do trabalho, depende de

ambas as partes, organização e empregados, e na realidade cada um deve

fazer a sua parte, porque se a realidade do trabalho for boa, todos os

envolvidos irão aumentar a sua contribuição e elevar suas ações e

oportunidades visando o crescimento e progresso.

Portanto, o melhor local para se trabalhar e onde o empregado e

valorizado, respeitado, sente que pode crescer e progredir profissionalmente,

todavia o ideal para os dois lados seria um tratamento amigável, assim será

desenvolvido um bom clima interno.

29

CAPÍTULO II

MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Os administradores possuem em mãos uma difícil tarefa, que está longe

do fim, porque motivar e manter motivada a equipe de trabalho, requerer

esforços diários, afinal cada ser humano é diferente, o que é motivante para

um, não é para outro, porque cada empregado reage de maneira diferente a

estímulos semelhantes.

Todavia, é difícil separar o comportamento das pessoas e o das

organizações, tendo em vista, que as organizações funcionam por meios das

pessoas, que tem o poder de decidir e agir em seu nome.

Não importa se a organização é indústria, comércio, banco, escola,

pequena, média ou grande, pública ou privada, ela sempre dependerá das

pessoas para sobreviver, prosperar, atingir seus objetivos e cumprir suas

missões, e com toda certeza as organizações não existiriam sem as pessoas.

Chiavenato (2004, p.116) conclui “As pessoas trabalham na empresa,

contribuem com seu trabalho e seus conhecimentos, experiências,

capacidades e habilidades”.

As pessoas passam boas partes de seus dias e até mesmo de suas

vidas trabalhando dentro das organizações, ou seja, torna-se uma relação de

mútua dependência na quais os benefícios também são recíprocos.

Agora para ter uma relação duradoura e renovada a cada dia, cabe as

organizações manter seus empregados motivados, porque eles fazem toda a

diferença competitiva que irá manter e promover o sucesso organizacional.

30

Muitas organizações têm mudado seus conceitos nas últimas décadas,

renovando suas teorias administrativas, e buscando novas fórmulas de atrair e

motivar talentos humanos.

As organizações precisam criar ambiente no quais os empregados se

sintam valorizados, como elementos de grande relevância, demonstrando que

os respeitam, e se dispõem a fazer de tudo que tiver ao se alcance para

enriquecer suas vidas, e principalmente visualizá-los como parceiros, assim

poderão obter o máximo rendimento deles para como as organizações.

Em relação a essa parceria, temos a seguinte citação:

As pessoas como parceiras da organização são capazes

de conduzir a organização a excelência e ao sucesso.

Como parceiros, as pessoas fazem investimentos na

organização, como esforço, dedicação,

responsabilidades, comprometimento, riscos, etc. Na

expectativa de colherem retorno desse investimento por

meio de salários, incentivos financeiros, crescimento

profissional, satisfação, carreira, etc. Todo investimento

somente se justifica quando traz um retorno razoável. Na

medida em que o retorno é bom e sustentável, a

tendência certamente será a manutenção ou aumento do

investimento. Daí o caráter de reciprocidade na interação

entre pessoas e organizações. (CHIAVENATO, 2010,

p.10).

Entretanto sabemos que não existe organização e empregados

perfeitos, conforme Dutra (2002, P.17) menciona “à empresa cabe o papel de

estimular e dar o suporte necessário para que as pessoas possam entregar o

que tem de melhor, ao mesmo tempo em que recebe o que a organização tem

de melhor a oferecer-lhes”.

31

Para se ter empregados motivados é um continuo processo de

satisfação de necessidades individuais, que geram bons resultados para a

organização.

2.1- Primeiras visões sobre motivação

Neste trabalho serão mencionados os três modelos de motivação: o

tradicional, o modelo das relações humanas e o modelo dos recursos

humanos.

O modelo tradicional sobre motivação está relacionado ao modelo de

Frederick Taylor, esse modelo visa o estudo de ganhar tempo nas atividades

repetitivas, sendo a maior quantidade de trabalho realizado em menor

quantidade de tempo.

Conforme citação:

Taylor, Gantt e Gilbreth utilizaram certos princípios de

racionalização do trabalho para projetar cargos, definir

métodos padronizados e treinar as pessoas para obter a

máxima eficiência possível. (CHIAVENATO, 2010, p.203).

Neste modelo o homem era visto como uma maquina que só produzia e

executava os serviços sem ter sentimentos.

Para este o modelo, os empregadores (administradores) acreditavam

que poderiam motivar os empregados com incentivos salariais, e que os

empregados aceitassem a autoridade do empregador (administração) em troca

de salários, como o passar do tempo este modelo fracassou.

32

O modelo das relações humanas surgiu devido Elton Mayo, discordar do

modelo tradicional.

Segundo ele a repetitividade e o mecanismo das atividades realizadas

no trabalho, ou seja, a robatização fazia reduzir a motivação, enquanto a

relação humana, ou seja, os contatos sociais faziam aumentar, criar e manter a

motivação e um clima organizacional que visasse o crescimento e

desenvolvimento de todos.

Logo, foi dada mais atenção aos grupos informais, que apresenta a

vantagem de melhor comunicação.

A motivação vinha do reconhecimento do empregado junto à

organização, como a liberdade na tomada de decisões e conhecimento do que

se passava dentro da organização.

Conforme citação:

O modelo humanista procura incrementar a interação das

pessoas entre si e entre os superiores como meio de

satisfazer as necessidades individuais e aumentar o

moral do pessoal. Contudo, a participação não afeta o

cumprimento da tarefa e nem o fluxo ou seqüência do

trabalho. Este dois aspectos permanecem intocados no

modelo humanista. (CHIAVENATO, 2010, p.206).

Os administradores com esse modelo motivam seus empregados

reconhecendo e atendendo suas necessidades sociais. Neste modelo

esperava-se que os empregados aceitassem a autoridade do empregador

(administrador), porque os supervisores tratavam-nos com consideração,

liberdade e permitiam influenciar nas decisões do trabalho.

33

O modelo dos recursos humanos foi definido por Douglas McGregor,

que discordava e fazia crítica de que o modelo das relações humanas era um

método mais modernizado para manipular os empregados, ele escreveu o lado

humano das organizações em 1960.

Para Douglas McGregor o modelo tradicional e o modelo das relações

humanas, foram denominados de Teoria X e visava apenas o dinheiro e as

relações humanas, era um modelo baseado em concepções distorcidas a

respeito do ser humano.

As organizações partiam do pressuposto que as pessoas possuíam

aversão ao trabalho e a responsabilidade, ele percebeu que a motivação

envolve muitas outras questões, logo os empregadores possuíam uma visão

diferente dos empregados.

Na citação diretamente relacionada à Teoria X temos:

O X representa um modo arcaico de ação com um

trabalhador, chegando mesmo a ser considerado por

McGregor como uma visão negativa, que não oferece

espaço e nem liberdade ao trabalhador. (NOBRE, 2010,

p.48).

A teoria X corresponde a um modelo de administração utilizado pela

Escola clássica, e suas ações eram baseadas nos fatores higiênicos definidos

por Frederick Herzberg, ou seja, o modelo de administração tradicional,

conforme mencionado no capítulo anterior.

O modelo dos recursos humanos chamado de Teoria Y era uma teoria

que baseava que o trabalho é algo semelhante á diversão e ao descanso,

acreditava-se que as pessoas são criativas e competentes.

34

Conforme citação:

O Modelo Y, é o oposto, apresenta uma visão positiva e

com o oferecimento de autonomia e liberdade para que o

empregado possa assumir a tarefa que realiza, sentindo-

se parte integrante da organização. (NOBRE, 2010, p.49).

Esse modelo visa que o clima organizacional, seja um ambiente

agradável e adequado, para que o empregado possa desfrutar de satisfação e

utilizar suas habilidades em beneficio da organização e seu desenvolvimento

pessoal, este pressuposto é a base da chamada administração participativa.

Mais diretamente relacionada com a diferença entre a teoria X e Y

temos a seguinte citação:

A concepção da teoria Y em uma organização é referente

a uma estrutura completamente diversa da proposta X,

traz consigo um estilo participativo e democrático, visando

o bem estar do ser, por meio da descentralização do

poder, da ampliação do cargo (e conseqüente aumento

da significação do trabalho), da participação de todos nas

decisões e na auto-avaliação do desempenho. Assim

busca-se uma empresa competitiva, mas extremamente

voltada para a participação ativa dos empregados que

dela fazem parte. Durante este percurso na busca pela

excelência, cada empresa se situa em graus diferentes

entre os pólos X e Y. (NOBRE, 2010, p.49).

As organizações que vem buscando os melhores resultados tratam o

capital humano como verdadeiros parceiros, por esse motivo, a Teoria X

caíram em extinção.

35

Todavia, para uma organização obter sucesso ela precisa ter seus

objetivos claramente estabelecidos.

Ao propor sua teoria, McGregor contribuiu para que as organizações

passassem a ser entendida como um sistema aberto que está conectado a um

sistema maior, que é sociedade, onde a sociedade representa uma fluidez,

onde recebem ativos e também envia por meio do que produz.

Outro ponto que merece destaque desta teoria é interação do sistema

aberto, ou seja, as pessoas estão constantemente em interação entre si, com a

organização e com o mundo externo.

Estudos mostram grandes resultados com a participação da teoria Y

como maiores níveis de produção, desenvolvimento, e geração de resultados

positivos, entretanto, em algumas organizações são utilizados ambas as

teorias.

Todavia a proposta dos estudiosos do comportamento humano nas

organizações da atualidade é integrar o empregado ao seu trabalho, buscando

assim, promover a motivação.

2.2 - Visões Sobre a Motivação nas Organizações

Existem diferentes visões sobre a motivação, entretanto cabe aos

administradores tentar compreender como os indivíduos se comportam, para

assim saber as suas particularidades e necessidades individuais, para então

concluir o que realmente irá motivá-los.

Conforme, mencionado no decorrer deste trabalho, existem várias

variáveis, teorias, métodos que irão motivar os empregados, todavia, irão

depender principalmente das suas características individuais, seus interesses e

necessidades, tendo em vista, que as pessoas diferem uma das outras.

36

Chiavenato (2004, P. 147) cita: “para mudar, a organização precisa

transforma-se em um verdadeiro ambiente de mudança, no qual as pessoas se

sintam seguras e encorajadas para a inovação e criatividade”.

Os padrões culturais das organizações estão em constantes

modificações para que ocorra uma conscientização, amadurecimento e

transformação da cultura organizacional a cada dia, e os paradigmas das

teorias e estudos anteriores possam ser modificados e renovados e as

organizações possam olhar o capital humano como parceiros para que

consigam atingir as metas pré-estabelecidas.

Na citação temos:

As empresa consideradas as melhores para se trabalhar

são exatamente aquelas que propiciam ao sujeito obter

significado nas tarefas que executa e que conseguem

colocar nas funções as pessoas que mais querem

produzir. Isso tudo sem o uso do autoritarismo que gera

mais dependência, tolhendo a possibilidade do

trabalhador ser criativo e de gerir a si mesmo. (NOBRE,

2010, p.97).

A nova visão sobre motivação dentro das organizações tem baseado em

valorizar o capital humano, além de buscar a satisfação de suas necessidades.

Logo quando há motivação por aquilo que se faz, surge também a

possibilidade do empregado investir e desenvolver mais e constantemente,

cria-se uma relação onde todos ganham.

37

2.3- Sistemas de Recompensa e a Cultura da Organização

As organizações devem ter uma relação de “ganha-ganha” com seus

empregados, tendo como base seus objetivos, desejos e necessidades para

que os objetivos mútuos sejam alcançados.

As recompensas oferecidas pela organização influência a satisfação de

seus empregados, todavia antes dos administradores tentarem aplicar uma

recompensa, seria de grande valia verificar qual a necessidade naquele

momento do empregado, tendo em vista, que cada parceiro está disposto a

investir de acordo com que a suas necessidades são supridas.

Outra, mais diretamente relacionada com a motivação nas

organizações, menciona que:

O dinheiro não deixou de constituir a motivação para os

empregados, mas, a tendência é recorrer a uma

combinação inteligente de salários, bônus, opções,

compensações, ações restritas da empresa e outros

incentivos para estruturar o pacote financeiro total que

seja mais adequado às necessidades do funcionário. Não

se pode pressupor que as pessoas vão priorizar

completamente o trabalho em suas vidas. As empresas

precisam valorizar e legitimar os engajamentos de seus

funcionários. (CHIAVENATO, 2004, p.493).

Sendo que antigamente, manter e motivar os empregados eram algo

visto como uma questão somente de recompensa através do dinheiro e de

oportunidades de ascensão.

Conforme, as necessidades da força do trabalho mencionam que:

38

As empresas necessitam de sua força de trabalho e

intelectual, alias, somente existem por meio delas. Em

contra partida, as pessoas também necessitam das

empresas, pois além de necessitarem da remuneração

para se manterem em seus gastos no mundo capitalista,

também necessitam sentirem-se produtivos quanto a

atividade que realizam. (NOBRE, 2010, p.56).

Todavia, nas ultimas décadas, a família vem ganhando destaque na

vida profissionais dos empregados, depois que a mulher adentrou ao mercado

de trabalho em massa, os homens estão mudando os seus paradigmas e

solicitando mais qualidade de vida e ações mais humanizadas.

Entretanto sabemos que ambos precisam um dos outros, ou seja, as

organizações e os empregados precisam se ajudar.

Na citação podemos compreender a importância de humanizar as

organizações:

Pode parecer redundante, mas humanizar é compreender

que os recursos humanos são, de fato, humanos, e por

isso apresentam a complexidade peculiar a nossa

espécie. Há necessidades básicas que precisam ser

atendidas e que, se forem desconsideradas, cortam pela

raiz a possibilidade de desenvolver de todo o contexto

organizacional. (NOBRE, 2010, p.85).

Outra, mais diretamente relacionada com a motivação nas

organizações, menciona que:

O dinheiro não deixou de constituir a motivação para os

empregados, mas, a tendência é recorrer a uma

39

combinação inteligente de salários, bônus, opções,

compensações, ações restritas da empresa e outros

incentivos para estruturar o pacote financeiro total que

seja mais adequado as necessidades do funcionário. Não

se pode pressupor que as pessoas vão priorizar

completamente o trabalho em suas vidas. As empresas

precisam valorizar e legitimar os engajamentos de seus

funcionários. (CHIAVENATO, 2004, p.493).

Todavia, a cultura organizacional é a fonte que envolve os empregados

a ponto de todos terem um senso comum de missão e esforçar-se para ter

bons hábitos que irão contribuir para o sucesso da organização.

Sabemos que é uma tarefa difícil buscar a harmonia entre todos os

fatores que envolvem a motivação nas organizações, ainda mais quando se

coloca em pauta o sistema de recompensa, entretanto os empregadores

(administradores) devem tentar chegar a um consenso, tendo em vista, que os

empregados motivados, irão refletir no resultado diretamente de produtos e

serviços finais oferecidos pela organização.

40

CAPÍTULO III

ESTRATEGICA DE RECOMPENSA

Hoje em dia não basta apenas atrair e formar pessoas capazes dentro

das organizações e preciso mantê-las motivadas e os processos de

recompensas é um elemento fundamental, por que toda organização possui

um sistema de recompensa para com seus parceiros.

Recompensa pode ser definida como uma retribuição, bônus, prêmio ou

reconhecimento que os empregados adquirem pelos serviços prestados, sendo

a recompensa mais utilizada é a remuneração.

O processo de recompensas é um dos principais destaques no processo

de gerir as pessoas dentro das organizações.

As recompensas financeiras são bastante importantes porque está

diretamente ligada a satisfação das necessidades básicas do empregado.

As recompensas devem ser compartilhadas entre a

organização e as pessoas que alcançaram os resultados

desejados. Isto significa que os benefícios

proporcionados pela mudança não devem ser

apropriados exclusivamente pela organização, mas

devem se repartidos e distribuídos entre a organização e

as pessoas que dela participaram em proporções

previamente estabelecidas. (CHIAVENATO, 2004, p.149).

Os processos de recompensas ocupam lugar de destaque nos

processos de gerir as pessoas nas organizações, existem várias formas de

recompensas, algumas organizações utilizam os processos fixos e rígidos,

genéricos e padronizados, tradicionais e ultrapassados, e outras ficam com os

41

processos flexíveis, mais avançados e satisfatórios para incentivar e motivar

seus empregados.

O processo tradicional é mencionado da seguinte forma:

Na abordagem tradicional, predomina o modelo do homo

economicus: a suposição de que as pessoas são

motivadas exclusivamente por incentivos salariais,

financeiros e materiais. A remuneração obedece a

padrões rígidos e imutáveis, atende a processos

padronizados de avaliação de cargos, dentro de uma

política de generalização que se aplica todos os

funcionários, indistintamente e sem levar em conta suas

diferenças individuais de desempenho. (CHIAVENATO,

2010, p.274).

No processo tradicional a remuneração é baseada no tempo e não no

desempenho, o que pode causar uma desmotivação nos empregados e a

avaliação dos empregados é feito de forma generalizada.

Na abordagem tradicional o incentivo é exclusivamente financeiro, ou

seja, o salário.

É no processo moderno podemos destacar:

Na abordagem moderna, predomina o modelo do homem

complexo: a suposição de que as pessoas são motivadas

por uma enorme variedade de incentivos, como salários,

objetivos e metas atingir, satisfação no cargo e na

organização, necessidade de auto-realização etc. Aqui a

remuneração obedece a esquemas flexíveis, atende a

processos personalizados, dentro de uma política de

42

adequação as diferenças individuais entre as pessoas e

seus desempenhos. (CHIAVENATO, 2010, p.274).

O processo moderno a remuneração é baseado nas metas e

resultados a serem alcançados pelos empregados, e os empregados são

avaliados individualmente.

Na abordagem moderna os incentivos são muitos tais como: salário,

objetivos, metas, satisfação no cargo, organização, auto-realização, liberdade

na tomada de decisões, entre outras.

Todo o sistema de recompensa desenvolvido pelas organizações é

capaz de provocar diretamente os seus empregados e tem o objetivo de

incentivar as contribuições deles para obterem a eficiência e eficácias em suas

ações dentro das organizações.

Todavia, as recompensas oferecidas pela organização influenciam na

satisfação de seus empregados, logo a sua grande importância.

3.1 Recompensas Monetárias

As teorias de Maslow e Herzberg estão baseadas com as recompensas

salariais e monetárias, tendo em vista que a teoria Maslow é sobre as

necessidades de nível mais baixo e a Herzberg sobre os fatores higiênicos.

Não se pode negar que o dinheiro direciona o comportamento das

pessoas, e muitas das vezes motiva os seus desempenhos, mas vale lembrar

que tem outras questões que motiva, pois senão não existiriam os trabalhos de

voluntários.

Se analisar o nível de importância sobre as recompensas monetárias,

ela teria grande valia se fosse pesquisada na base da pirâmide da hierarquia

43

organizacional, ou seja, os assalariados dão grande importância a qualquer

incentivo financeiro extra, logo para eles será um forte fator de motivação.

Entretanto, do meio da pirâmide organizacional para cima, os incentivos

financeiros são menos motivadores, logo outros anseios fazem parte deste

grupo de pessoas.

LAWLER (apud CHIAVENATO, 2004) verificou que o dinheiro é um

excelente motivador das pessoas por três razões fundamentais, conforme

citação:

O dinheiro pode ser um reforço condicionador, porque

está associado às necessidades de alimentação,

habitação, vestuário e recreação. Ele pode comprar todas

as coisas. Como reforço condicionador, o salário é um

resultado de primeiro nível que permite a satisfação de

outros resultados de segundo nível. O dinheiro pode ser

considerado como um incentivo ou como uma meta capaz

de reduzir carências ou necessidades. O dinheiro pode

funcionar como um redutor de ansiedade. (p.498)

As três razões citadas por LAWLER (apud CHIAVENATO, 2004),

podem ser resumidas como o dinheiro é a chave para os problemas de muitos

empregados e organizações, tendo em vista, que funciona como um

incentivador reduz a ansiedade consolidando a autoconfiança e auto-avaliação

das pessoas.

Todavia, para o dinheiro ser um fator motivador irá depender de

condições onde o empregado sinta que ele irá satisfazer todas as suas

necessidades e a crença que a obtenção do mesmo é fruto de seus esforços e

desempenho.

44

As recompensas podem ser classificadas como: recompensa financeira

e recompensa não-financeira.

3.2 Recompensas Financeiras e Não Financeira

Existem varias maneiras de motivar, é uma delas e as recompensas que

podem ser classificadas como recompensas financeiras e recompensas não

financeira.

Logo as recompensas financeiras podem ser diretas e indiretas.

As recompensas financeiras diretas são os pagamentos que os

empregados recebem na forma de salários diretos, prêmios, bônus e

comissões.

Contudo a respeito do salário, é mencionado assim:

O salário representa o elemento mais importante. Salário

é retribuição em dinheiro ou equivalente paga pelo

empregador ao empregado em função do cargo que

exerce e dos serviços que presta durante determinado

período de tempo. O salário pode ser direto ou indireto.

(CHIAVENATO, 2010, p.280).

Entretanto as recompensas financeiras indiretas é o salário indireto que

inclui o plano de beneficio e serviços sociais como: férias, gratificações, horas

extras, 13º salário, gorjetas, adicionais periculosidade, de insalubridade,

adicional noturno, adicional de tempo de serviço, participação nos resultados,

horas extras e os benefícios sociais como: alimentação, transporte e seguro de

vida e etc.

Quanto ao salário indireto, menciona que:

45

O salário Indireto decorrente de cláusula de convenção

coletiva do trabalho e do plano de benefícios e serviços

sociais oferecidos pela organização. O salário indireto

inclui: férias, gratificações, gorjeta, adicionais de

periculosidades, de insalubridade, noturno, de tempo de

serviço, participação nos resultados, horas

extraordinárias, bem como os correspondentes

monetários dos serviços de benefícios sociais oferecidos

pela organização. (CHIAVENATO, 2010, p.281).

Os salários diretos e o indireto constituem a remuneração, assunto que

mencionarei seguir.

As organizações estão preocupadas em motivar e manter o empregado

leal para com elas, evitando assim a rotatividade, logo as recompensas não

monetárias, vem ganhando destaque em muitas organizações e chamando

atenção dos empregados e concorrentes.

As recompensas não financeiras visam facilitar a vida dos empregados,

porque muitos empregados estão olhando além do dinheiro, não que este

tenha deixado de constituir parte da motivação, mas se as condições de

trabalho oferecidas pelas organizações não forem satisfatória o dinheiro torna-

se apenas um paliativo.

Entre as recompensas não-financeiras podemos citar: oportunidade de

desenvolvimento, reconhecimento, auto-estima, segurança no emprego,

qualidade de vida no trabalho, orgulho da empresa e do trabalho, promoções,

liberdade e autonomia no trabalho.

Logo, a recompensa não-financeira afeta a satisfação das pessoas com

o sistema de remuneração.

46

Conforme, Dutra (2002, P.17) menciona “à empresa cabe o papel de

estimular e dar o suporte necessário para que as pessoas possam entregar o

que tem de melhor, ao mesmo tempo em que recebe o que a organização tem

de melhor a oferecer-lhes”.

A tendência são as organizações adequar-se para oferecer

recompensas financeiras e recompensas não financeira.

3.3- Remuneração

A remuneração é constituída pelos salários diretos e salários indiretos,

logo, todo empregado está interessado em empenhar-se mais no trabalho com

dedicação e esforço pessoal, colocando suas habilidades e seus

conhecimentos a dispor da organização, desde que receba uma contribuição

adequada, que é denominada de remuneração, ou seja, é um processo de

troca entre empregador e empregado.

Possuir um plano de remuneração bem estruturado tornou-se um

diferencial nas empresas, uma ferramenta de retenção e atração de talentos,

além de agregar não só valor financeiro, mais valor intelectual aos empregados

que prestam serviços na organização que trabalha com um único propósito: ser

reconhecido e recompensado.

Remuneração é o pagamento fixo que o empregado recebe de maneira

regular na forma de salário mensal ou salário por hora.

Citação sobre remuneração:

Remuneração é o processo que envolve todas as formas

de pagamento ou de recompensas dadas ao funcionário

47

e decorrentes do seu emprego. (CHIAVENATO, 2010,

p.282).

As organizações investem em recompensas para que seus empregados

possam contribuir e ajudá-las a alcançar seus objetivos e metas.

Outra citação de remuneração:

Remuneração é o pacote de recompensas qualificáveis

que um empregado recebe pelo seu trabalho. Inclui três

componentes: remuneração básica, incentivos salariais e

remuneração indireta/beneficio. (CHIAVENATO, 2010,

p.282).

A remuneração básica é composta pelo salário mensal ou salário por

hora, os incentivos salariais se compõem pelos bônus, participação nos

resultados, entre outros e o benefícios são: seguro de vida, seguro saúde,

refeições etc.

A remuneração serve para atingir vários objetivos tais como: atrair e

reter talentos, motivação, comprometimento do pessoal, aumento da

produtividade, qualidade no trabalho, controle de custos, cumprimento da

legislação trabalhista, alcançar os objetivos organizacionais, proporcionarem

um ambiente amigável que impulsiona e motiva o trabalho.

3.3.1- Remuneração Total

A remuneração total inclui os retornos financeiros e serviços tangíveis,

além de benefícios aos empregados.

A remuneração total é composta por três componentes: remuneração

básica, incentivos salariais e benefícios.

48

Sendo a remuneração básica é a remuneração paga em dinheiro ao

empregado pela sua prestação de serviço e o pagamento é fixo que o

empregado recebe de maneira regular na forma de salário mensal ou na forma

de salário hora.

Os incentivos salariais são concedidos ao empregado de diversas

maneiras como: bônus, participação nos resultados a titulo de recompensa por

resultados alcançados, serve para recompensar os empregados pelo bom

desempenho.

São os benefícios, que é quase sempre uma remuneração indireta,

certas vantagens oferecidas pela organização que influência diretamente no

ganho profissional.

Cada organização está buscando a melhor forma de motivar os

empregados por meio da remuneração, conforme citação:

Sendo assim, na atualidade, cada empresa busca

adequar a remuneração ao seu modo de administrar, ao

mercado e à sua força de trabalho. (CHIAVENATO, 2010,

p.89).

Como colaborador da organização, os empregados estão dispostos a

investir com o trabalho, dedicação e esforço, além de seus conhecimentos e

habilidades, desde que receba uma remuneração adequada.

3.3.2- Remuneração Tradicional

Este tipo de remuneração é a mais utilizada em muitas organizações,

porque esta voltada para a função tradicional, logo os empregados são pagos

principalmente por meio de salários-base.

49

O salário é determinado por três fatores que são: o cargo específico,

manter certo nível de igualdade na remuneração pelos empregados da

organização e comparação de igualdade com os salários que são pagos á

outros empregados que estão exercendo a mesma função, na mesma região.

Contudo a remuneração começou a evoluir com a globalização e as

novas culturas de trabalho estão ganhando mercado.

Na remuneração tradicional os empregados não eram incentivados e

encorajados a desenvolver outras habilidades, como também, não eram

recompensados pela sua motivação intrínseca, como a flexibilidade, o

julgamento pratico e a capacidade de trabalhar em equipe, que hoje são

atributos indispensável para o sucesso da organização e o desenvolvimento

dos empregados.

Na remuneração tradicional os aumentos salariais são baseados na

data base, ou seja, são concebidos regularmente a cada ano, mesmo que o

empregado e a organização não tenha realmente merecido e os parâmetros de

remuneração são acrescidos de um aumento por mérito ou por reajuste ao

custo de vida.

Conforme citação:

Por ser fixa e permanente, a remuneração tradicional não

motiva as pessoas a um desempenho melhor.

Principalmente quando na empresa os salários são iguais

e os desempenhos desiguais. (CHIAVENATO, 2008,

p.325).

50

Estes tipos de remuneração pouco contribuem para impulsionar novos

valores nos empregados, por este motivo está estratégica tradicional vem

sofrendo grandes declínios.

3.3.3- Remuneração Estratégica

Com o declínio dos programas tradicionais de remuneração, surgiu uma

nova estrutura que tem como base em estratégicas e processos de trabalho

organizacionais.

A nova solução da remuneração estratégica visa impulsionar e apoiar

novos valores como a qualidade, serviços prestados ao cliente, trabalho em

equipe e a produtividade.

Este tipo de remuneração baseasse no desempenho e inclui programas

de incentivos que vão recompensar tanto o desempenho individual e do grupo,

tendo em vista, que o desempenho de um empregado pode cair ou aumentar,

como também, o da equipe dependendo da remuneração.

Na remuneração estratégica as avaliações são feitas com base nas

questões de produtividade, valor econômico agregado, desenvolvimento e

novas competências ou prestação no mercado.

3.3.4- Remuneração por Competência

Foi a partir da década de 90, que a progressão da carreira, levando em

consideração o tempo de permanecia em uma organização ou a função para

aumentar os salários fixo, fez que as organizações adotassem aos novos

modelos de remuneração.

Dando continuidade às novas alternativas que visa uma pratica mais

adequada do sistema de remuneração, que contribuam para o crescimento da

51

organização e de seus empregados, temos a remuneração por competência

que recebe vários nomes: remuneração por habilidade ou por qualificação

profissional.

Podemos definir competência como um conjunto de conhecimentos

técnicos e comportamentais adequado, corretos, agregáveis e visíveis aos

empregados e clientes e fornecedores internos.

A remuneração por competência envolve o comportamento individual

dos empregados para o cumprimento de metas e objetivos, tendo em vista,

que sua finalidade é motivar os empregados a uma melhor capacitação,

flexibilizar seus conhecimentos de acordo com a estrutura e as necessidades

para supri-lás da organização e quebras os paradigmas dos modelos

tradicionais que envolvem a hierarquia, tendo como objetivo alinhar a política

da organização aos novos aspectos da gestão de pessoas, que irão gerar

resultados na organização.

Conforme a seguinte citação:

É uma forma de remuneração relacionada com o grau de

informação e o nível de capacitação de cada pessoa. O

sistema premia habilidades técnicas ou comportamentais

dos funcionários. O foco principal passa a ser a pessoa e

não mais o cargo. Isso significa que a remuneração não

está relacionada com as exigências do cargo, mas com

as gratificações de quem desempenha as tarefas.

(CHIAVENATO, 2010, p.331).

Logo, a remuneração por competência irá remunerar pelas

características pessoais de cada empregado, ou seja, aqueles que se dedicam

e aplicam suas habilidades e conhecimentos no trabalho, diferenciando assim

os salários dos empregados, além de conceder suporte para que os

52

empregados possam investir em sua carreira, com planejamento e dedicação,

estabelecendo evoluções horizontais e verticais dentro da organização.

Entretanto, no sistema de remuneração por competência os cargos

podem ser agrupados em família, onde as faixas salariais são mais amplas,

contemplando desde empregado iniciante até o especialista que ocupa um

cargo de destaque, ou seja, a melhor distribuição de custos na folha de

pagamento, não gerando custo inesperado, mantendo um equilíbrio com

orçamento da organização e gerando um retorno positivo.

Todavia, as organizações que optarem por esse sistema de

remuneração, estará constantemente investindo em treinamento,

desenvolvimento e planejamento de sucessão, além de trazer imagens

positivas como transparência, desempenho eficaz e individual e fortes ações

de feedback.

Por esse motivo os empregados são motivados a colocar em pratica

todas as suas habilidades e competências, sendo que o envolvimento dos

empregados torna-se bastante evidente, por que todos os empregados terão

motivos para agir.

3.3.4- Remuneração Variável

Com as novas estruturações e mudanças na forma de administrar, as

organizações estão cada vez mais utilizado a pratica da remuneração variável,

devido a sua forma pratica, ela é composta por um conjunto de instrumento de

recompensa variável, que visa à complementação do salário fixo do

empregado e buscam cada vez mais benefícios e reconhecimentos.

53

Á pratica da remuneração variável estão baseados em projetos de

participação nos lucros, prêmios, incentivos, participações acionárias e

gratificações voluntárias, fora as garantidas por lei.

Em relação à remuneração variável temos a seguinte citação:

As pessoas têm a possibilidade de sentirem-se parte

integrante do sistema aberto em que está inserido. O

sentimento de responsabilidade em relação à tarefa e aos

outros é incentivando à equipe, como um todo, passa a

buscar bom desempenho. (NOBRE, 2010, p.89).

A base da remuneração variável é o êxito em metas e resultados, pré-

programados, tendo em vista, que privilegia o desempenho dos empregados e

da equipe dentro da organização.

Podemos citar que uns dos objetivos da remuneração variável e vincular

o desempenho e a recompensa, logo para incentivar o empregado e a equipe

a buscarem sempre a melhoria e qualidade total, partilharem os bons e maus

resultados, melhorar a produtividade, reforçar os valores culturais da

organização, incentivar os empregados na elaboração de novos projetos, além

de transformar uma redução do custo fixo e variável.

Como vantagens da remuneração variável têm a seguinte citação:

Uma das grandes vantagens da remuneração variável é a

flexibilidade. Se a empresa está no vermelho, pode mirar

como alvo principal o lucro. Caso precise ganhar espaço

da concorrência, elege a participação no mercado como

sua principal meta. (CHIAVENATO, 2008, p.326).

54

Desta forma a remuneração variável tem como meta unir a recompensa

ao esforço de todos os empregados que utilizam a sua criatividade,

desempenho profissional e esforço para atingir as metas, logo ela varia de

acordo com o desempenho da organização e de seus colaboradores.

3.4- Benefícios sociais

Os benefícios são certas vantagens oferecidas pelas organizações,

como uma maneira de facilitar a vida de seus empregados.

Eles são oferecidos de forma indireta da compensação total, logo a

remuneração não visa apenas recompensar os empregados pelos seus

serviços prestados e dedicações, mais influenciam a grande qualidade de vida

na organização.

Conforme citação sobre benefícios sociais:

Benefícios sociais são as facilidades, conveniências,

vantagens e serviços sociais que as empresas oferecem

aos seus empregados, no sentido de poupar-lhe esforços

e preocupações. Constitui a chamada remuneração

indireta concedida a todos os empregados, como uma

condição de emprego, independente do cargo ocupado,

em conjunto com a chamada remuneração direta que é o

salário específico para o cargo ocupado, em função da

avaliação do cargo ou do desempenho do ocupante.

(CHIAVENATO, 2010, p.340).

Antigamente os benefícios eram visto como forma de paternalismo,

todavia, hoje eles fazem parte do atrativo que as organizações oferecem para

atrair e reter talentos.

55

Outra citação referente a benefícios:

Benefícios constituem pagamentos financeiros indiretos

oferecidos aos funcionários. Incluem saúde e segurança,

férias, pensões, planos de educação, descontam em

produtos da companhia etc. (CHIAVENATO, 2010,

p.340).

Logo os planos de benefícios sociais estão apontados para certos

objetivos, que visam à melhoria da qualidade de vida dos empregados,

melhoria do clima organizacional, redução da rotação e do absenteísmo,

facilidade na atração e na manutenção de recursos humanos e aumento de

produtividade em geral.

3.4.1 – Tipos

Os benefícios sociais podem ser classificados quanto a sua exibilidade

legal, quanto á natureza e quanto aos seus objetivos.

Os benefícios sociais visam preservar as condições

físicas e mentais tanto daqueles que trabalham na

organização quanto aos familiares envolvidos neste

processo. Assim, ganha-se estrategicamente dos dois

lados, a pessoa recebe condições para sentir que tem

suporte da empresa e a organização, por sua vez, busca

garantir a satisfação do funcionários e boa imagem

perante os familiares, clientes e outros envolvidos no

sistema organizacional. (NOBRE, 2010, p.91).

Vale ressaltar que os planos de benefícios geralmente são planejados

para auxiliar o empregado em três áreas de sua vida como: no exercício do

56

cargo, fora do exercício do cargo, mas dentro da organização e fora da

empresa em seus momentos de recreação, conforme veremos a seguir.

3.4.2 - Quanto a sua exigibilidade

Os benefícios legais são aqueles exigidos pela legislação trabalhista ou

previdenciária, ou através de acordos coletivos entre organização e sindicato

de classe.

Sendo assim, os principais benefícios legais são: férias, 13º salário,

aposentadoria, seguro de acidentes de trabalho, auxilio doença, salário família,

salário maternidade entre outros.

Nos benefícios legais alguns são pagos pela organização e outros pelo

sistema previdenciário, também.

Os benefícios espontâneos ou voluntários que são concedidos por mera

liberdade das organizações, neste tipo de beneficio incluem: gratificações,

refeições subsidiado, transporte subsidiado, seguro de vida em grupo,

empréstimo aos funcionários, assistência médico-hospitalar diferenciada

mediante ao convenio, complementação de aposentadoria ou plano de

seguridade social e etc.

3.4.3 - Quanto a sua natureza

Os benefícios quanto a sua natureza, são classificados como

monetários ou não-monetários, conforme a sua natureza.

Os benefícios monetários são aqueles concedidos em dinheiro,

geralmente através da folha de pagamento, que gera encargos sociais, são

57

eles: férias, 13º salário, gratificações, complementação do salário nos

afastamentos prolongados por doença, etc.

E os benefícios não-monetários são aqueles benefícios oferecidos em

forma de serviços, vantagens ou facilidades para os empregados como:

refeitório, assistência médico-hospitalar, assistência odontológica, serviço

social e aconselhamento, clube e grêmio, transporte de casa para o trabalho e

vice-versa, horário móvel ou flexível, etc.

3.4.4- Quanto aos seus objetivos

O plano de benefícios pode ser classificado em assistenciais,

recreativos e supletivos, quanto aos seus objetivos.

Os benefícios assistenciais visam prover ao empregado e sua família

certas condições de segurança em caso de imprevistos ou emergências,

muitas das vezes fora de seu controle, nestes benefícios estão incluídos a

assistência médico-hospitalar, assistência odontológica, assistência financeira

(empréstimo), serviço social, complementação da aposentadoria,

complementação de salários em caso de afastamento prolongados por

doenças, seguro de vida em grupo, creche para os filhos dos empregados

entre outros.

Os benefícios recreativos visam proporcionar aos empregados e muitas

das vezes aos seus familiares condições físicas e psicológicas de repouso,

diversão, recreação e lazer., são eles: grêmios, clubes, área de lazer no

trabalho, musica ambiente, atividade esportiva, passeios, excursões

programadas, festividades e etc.

O plano supletivo de beneficio e serviços têm como objetivo

proporcionar aos empregados certas facilidades como transporte,

restaurante no local de trabalho, estacionamento privativo, horário móvel de

58

trabalho, convenio com mercado, farmácia, agencia bancaria no local de

trabalho e etc.

Logo todos os benefícios oferecidos pelas organizações têm como

principal objetivo facilitar a vida de seus empregados e satisfazer suas

necessidades humanas no plano dos fatores higiênicos ou insatisfacientes,

gerando resultados positivos de curto e longo prazo na organização.

3.4.5 – Vantagens dos benefícios

Conforme mencionado as vantagens dos benefícios são tanto para a

organização como para o empregado, conforme podemos citar:

- Reduz a rotatividade e o absenteísmo;

- Aumenta a motivação e o bem-estar dos empregados;

- retém talentos humanos;

- Reduz as queixas e insatisfações;

- Facilita o recrutamento;

- Melhoria na qualidade de vida do empregado;

- Melhoria do clima organizacional;

- Eleva a auto-estima dos empregados;

- Melhor à relação empregado x empregador;

- oferece assistência disponível para a solução de problemas pessoais;

- Reduz a insegurança;

- Aumenta a satisfação no trabalho, gerando o aumento da

produtividade em geral, entre outras vantagens.

Sendo assim, cabe a cada organização escolher o plano de benefícios

que mais convier com suas possibilidades financeiras e adquirem as

necessidades de seus empregados.

59

CAPÍTULO IV

A ORGANIZAÇÃO E A MOTIVAÇÃO APLICADA

A organização estudada é uma empresa do 3º setor, sem fins lucrativos,

voltada para lutas classistas na área de defesa dos trabalhadores públicos,

realizando atos públicos no estado do Rio de Janeiro, além de negociações

interestaduais, em conjunto com Centrais de trabalhadores e Confederações,

neste trabalho para manter sigilo a organização estudada será identificada

como empresa Beta.

Sua gestão é composta por uma diretoria colegiada que é eleita através

de eleição que ocorre a cada três anos, onde os associados escolhem a chapa

que melhor plataforma apresentar, podendo ficar a mesma na gestão até seis

anos caso haja reeleição.

Assim como outras organizações, a empresa Beta no decorrer de seus

21 anos de existência vem crescendo no mercado. Quando começou possui

apenas cinco funcionários, hoje são quarenta e oito, atuando na sede central e

mais cinco filiais espalhadas nos municípios cidade do Rio de Janeiro.

Tendo em vista, que as organizações definem o seu plano de

remuneração e beneficio, com o objetivo de atender as necessidades dos

empregados e motivá-los, diminuído assim a insatisfação, criando um clima de

imparcialidade, a empresa Beta, que é uma organização voltada para luta dos

trabalhadores tem esse objetivo como uma de suas metas organizacionais.

Quando o sistema de remuneração não é adequado, ele pode tornar-se

o principal responsável por reclamações trabalhistas, queda de desempenho,

demissões, rotatividade de pessoal, desperdício e finalmente, pelo

estabelecimento de um clima organizacional pouco saudável.

60

4.1 – Seu programa de incentivo

Em meados dos anos 90 era expressiva a preocupação que a Empresa

Beta tinha em motivar seus empregados e ser uma organização ideal para

trabalhar, pode-se observar essa preocupação com os muitos benefícios que

eram oferecidos, o que gerou a retenção de empregados.

Hoje o seu quadro funcional apresenta-se com empregados que possui

mais de 19 anos de “casa” o que gera os seus prós e contras para o

desenvolvimento da organização.

Os benefícios oferecidos nos anos 90 eram:

- Salário compatível com o mercado;

- Transporte alternativo subdiado (ônibus com ar condicionado ou van);

- Seguro de vida coletivo;

- Vale refeição;

- Vale alimentação;

- Plano de saúde sem custo para o empregado;

- Plano odontológico sem custo para o empregado

- Auxilio creche;

- Auxilio babá;

- Empréstimo financeiro;

- Salário depois das férias, cujo pagamento era efetuado em 06 parcelas

descontadas em folha de pagamento nos meses subseqüentes;

- Folgas em feriados prolongados e

- Horário flexível.

Apesar de todos os benefícios oferecidos, a organização sofria de

absenteísmo, desmotivação e comprometimento dos empregados, o que gerou

uma grande reviravolta, no meado do ano 2000, com a chegada de uma nova

gestão.

61

Onde foi contratada uma Consultoria de recursos humanos para realizar

uma organização na entidade, com a implantação de um plano de cargos,

carreiras e salários e o novo sistema de remuneração baseado nos índices do

DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico)

que é uma entidade civil, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos

ou econômicos, foi fundada em 1955 que congrega e é constituída por

entidades sindicais de trabalhadores do Brasil.

Uns dos posicionamentos da nova gestão para a implantação do novo

índice de remuneração e do plano de cargos, carreiras e salários foi devido à

organização não ter um sistema planejado de cargos, carreiras e salários, e

apresentar um cenários onde existiam cargos, cujos nomes, geralmente,

advinham do nome da área/seção/máquina atuante pela pessoa e não em

função da análise do processo de trabalho real.

E os salários eram definidos em função de quanto o empregado solicitou

na sua admissão ou da dificuldade do recrutamento desse elemento ou ainda

em função de reclamações por parte do empregado ao seu líder.

Na ocorrência de aumentos salariais eram feitos normalmente de

maneira coletiva e paternalista, não motivando seus empregados e,

conseqüentemente, não resultando em melhoria de produtividade,

desempenho e motivação.

O novo sistema de remuneração tinha com objeto de estudos a

importância para conter insatisfações entre os empregados, criando um clima

de imparcialidade pela avaliação criteriosa dos cargos.

Mas, afinal o que é cargo, segundo a citação:

O cargo é composto de todas as atividades

desempenhadas por uma pessoa, que podem ser

62

englobadas em um todo unificado e que ocupa uma

posição formal no organograma da organização. Para

desempenhar suas atividades, a pessoa que ocupa um

cargo deve ter uma posição definida no organograma.

(CHIAVENATO, 2008, p.219).

Logo, dentro de uma organização a concepção de cargo é o conjunto de

deveres e responsabilidade que cada empregado possui tornando separado e

distinto dos demais cargos.

Ficando muito claro que com a falta de um sistema criterioso de

classificação dos cargos dentro da empresa Beta, gerava uma insatisfação nos

empregados em função dos desajustes e desorganizações na estrutura de

remunerações, com toda a razão, não faltaram oportunidade para a

identificação das injustiças nos valores salariais em comparação com outros

cargos dentro da empresa.

Por isso, a nova gestão implantou mudança, cujo objetivo era gerar uma

força propulsora na motivação interna, tendo o seu conteúdo orientado para a

consecução de objetivos ou resultados definidos pela organização.

Atualmente os sistemas de remuneração tradicionais não estão

acompanhando o ritmo das transformações nas organizações de trabalho. As

necessidades crescentes de aquisição de novas tecnologias (técnicas),

desenvolvimento dos recursos humanos, comprometimento dos empregados

nos negócios da organização, mudanças nas estratégias em função de

mudanças no ambiente organizacional etc.; estão exercendo impacto nos

planos de cargos, carreiras e salários.

Os novos modelos visam atender estes desafios estabelecendo um

sistema de avaliação salarial com ênfase nas habilidades e competências

requeridas; ao invés de basear exclusivamente no cargo.

63

Os desenhos organizacionais mais adequados para enfrentar as

realidades do mercado de trabalho conferem mais flexibilidade à estrutura.

Para desenhar um novo modelo de cargo precisa-se de quatro

condições fundamentais como: o conjunto de tarefas, ou seja, as atribuições

que o ocupante deverá desempenhar, além dos métodos e processos de

trabalho, designar quem o empregado deverá reporta-se e por fim, quem serão

os seus subordinados.

Para alcançar este fim, as principais alternativas aceitas são: trabalho

em equipe, estilos gerenciais mais participativos, comunicação intensa,

sistemas administrativos voltados para resultados etc.

No caso específico da empresa Beta, não podemos afirmar que vivemos

exatamente está realidade, tendo em vista, ser uma empresa do terceiro setor

que não visa lucro financeiro.

No entanto, a proposta apresentada pela a Consultoria de recursos

humanos combina os aspectos de uma estrutura burocrática com aspectos de

flexibilização estrutural, com predominância da primeira, tendo como

justificativa a necessidade atual de racionalizar e formalizar a estrutura para

uma atuação mais eficiente e organizada.

A descrição detalhada dos cargos; a introdução de mais um nível

hierárquico entre os funcionários e os diretores; avaliação salarial baseada no

cargo; formalização da estrutura através de organograma etc.; são algumas

das características burocráticas que foi proposto.

No entanto, foram introduzidos alguns pontos para o desenvolvimento

de novos modelos, a principal contribuição foi a função do Coordenador em

cada secretaria (administrativa, financeira, jurídica, arquivo e jornalística), onde

um empregado, era o líder (coordenador) que ao realizar o elo entre os níveis

64

administrativo e institucional (diretoria), exercerá a liderança necessária para a

formação de equipes, a participação dos funcionários e o desenvolvimento de

habilidades para o trabalho.

O objetivo de criar a função de coordenador era que dependendo da

capacidade dos coordenadores, haveria o aumento do comprometimento e

responsabilidade dos funcionários com os resultados do seu setor.

Sendo que todas as mudanças que foram oferecidas e implantas

seguiram o estatuto vigente da empresa Beta e do acordo coletivo de trabalho,

e visavam uma estrutura de carreira, cujos objetivos era remunerar a cada

funcionário de acordo com a experiência profissional, o conhecimento, as

habilidades e os interesses do cargo que ocupa.

Também, tinha como objetivo fornecer ao empregado a oportunidade de

recompensá-lo adequadamente pelo seu desempenho e dedicação no

exercício do cargo e na carreira; obter dos empregados a aceitação do sistema

de remuneração adotado com fins de integridade, honestidade e ética

profissional; fornecer ao empregado a oportunidade de conhecer as decisões

políticas, técnicas e administrativas, com fins de contribuir na organização.

Para tanto, foram pesquisados alguns planos de entidades do mesmo

segmento, confederação e tabelas salariais, visando subsidiar uma proposta

mais próxima possível da realidade, para que a meta fosse atingida dentro do

planejamento estratégico, e a implantação do novo projeto que visava o plano

de cargos, carreiras e salários baseados nos índices do DIEESE,

demonstrasse todo o compromisso da Empresa Beta em relação à área

política de transformação, da entidade organizada na sua estrutura, com uma

administração ágil e responsável nos seus atos, sendo capaz de enfrentar os

desafios da conjuntura na construção da luta dos trabalhadores de qualidade.

65

Para um entendimento melhor deste plano de cargos, carreiras e

salários, deve-se conhecer as seguintes definições: grupo que é classificação

interna específica que representa o conjunto dos cargos; logo cargo é um

conjunto de tarefas de natureza e requisitos iguais, atribuídas e relacionadas

com as atividades finalistas da empresa Beta; o nível é a divisão básica da

carreira, organizada hierarquicamente através de fatores organizacionais

determinado na avaliação de cargos; a função gratificada é a função

coordenadora preenchida por empregados da empresa Beta; a categoria é o

conjunto de níveis com características afins.

No novo plano de cargos, carreiras e salário da Empresa Beta, a faixa

salarial era baseada nos valores de limite superior e inferior representando

níveis de cargos em cada categoria e o padrão salarial baseava no valor

numérico que representa o posicionamento do cargo na escala de salários ou

em cada nível da categoria.

Com a implantação do novo sistema de remuneração todos os salários

foram elevados consideravelmente, dos cargos agrupados nas seguintes

categorias: coordenador, (um líder por secretaria), técnico, assistente e auxiliar

operacional (auxiliar de serviço gerais, mensageiro e assistente administrativo)

até os níveis mais altos (advogados, contadores, jornalista).

A estrutura salarial está definida pelo sistema de avaliação por fatores e

pontos, método quantitativo a analítico, bastante flexível que tem como objetivo

avaliar os fatores como: experiência, ou seja, considera-se a prática, o

desembaraço profissional obtido através do contato direto com o trabalho; o

nível de instrução, de acordo com a escolaridade e especificidade exigida para

cada cargo; o esforço mental, onde se considera as exigências do trabalho em

matéria de inteligência, memória, atenção, raciocínio, imaginação e outros

aspectos da atividade mental; a iniciativa que é a liberdade de que goza o

funcionário, quanto à maneira de executar seu trabalho e tomar decisões a

respeito; a responsabilidades por informações de caráter confidencial, por

66

máquinas e equipamentos ou produtos e o ambiente que é os riscos

resultantes do exercício do trabalho.

Entretanto, no interior de cada categoria do cargo, segundo o sistema

de avaliação de cargos adotado (sistema por fatores e pontos) estarão

dispostos os seguintes padrões salariais:

Quadro 3 – Padrões salariais

GRUPO FUNCIONAL

NIVEIS CARGOS PADROES SALARIAIS

TECNICO III Administrador, Analista de

sistema, arquivologista,

Contador, ciências Humanas

e Jornalista

49 - 72

ASSISTENTE II Assistente de Administração,

Assistente de Proc. Dados e

Operador de Microcomputador e

Motorista

25 - 48

AUXILIAR I Auxiliar de Administração,

Auxiliar de Reprografia e

Auxiliar de Serviços Gerais

01 -24

FONTE: BETA, Empresa - Plano de Cargos, Carreiras e Salários

Com a implantação do plano, o desenvolvimento funcional ou

movimentos na carreira, é o que permite a qualquer empregado o

reconhecimento do mérito no exercício do cargo e a possibilidade de crescer

profissionalmente, além de motivá-lo, foram apresentados em três modos:

progressão por desempenho, progressão por incentivo a qualificação e

promoção.

A progressão por desempenho é o movimento vertical que o cargo faz

no seu respectivo nível/ grupo de carreira, a cada 18 meses, contados da data

de implantação do plano de cargos na empresa Beta.

67

O incentivo à qualificação é um incentivo concedido aos funcionários

que estiverem cursando, nas instituições de ensino formal, curso cuja

escolaridade seja igual ou superior a instrução exigida para o exercício das

funções na empresa Beta,

È a promoção refere-se ao movimento horizontal que o cargo faz, de um

grupo/nível da carreira para o subseqüente, definida através de processo

seletivo interno ou externo.

Todavia, serão observados para efeito da promoção, os seguintes

quesitos: existência da vaga; habilitação e perfil profissional; escolaridade

exigida.

A sistemática de avaliação por desempenho exigida no plano de cargos,

carreiras e salários da empresa Beta é o seguinte: a avaliação corresponderá a

apreciação periódica do desempenho de cada empregado no cargo e o seu

potencial de desenvolvimento futuro e ocorrerá a cada 18 (dezoito) meses em

três etapas, preferencialmente em abril/outubro/ abril.

Os empregados serão avaliados por cada critério previsto na tabela de

avaliação de desempenho. A avaliação será feita pelos diretores membros da

secretaria correspondente. Os diretores devem receber a assistência do

Coordenador da área, que prestará as informações necessárias.

Considerando o exercício anual de avaliação, os pontos adquiridos

reverterão em aumentos salariais no próximo período. Sendo assim, os pontos

obtidos terão caráter temporário de 18 (dezoito) meses.

Sendo o valor total dos pontos dependerá da média das notas

apresentadas e aprovadas pelas Secretarias nas três avaliações. “Em cada

critério, o funcionário deve obter, na média, as notas “boas” ou ótimas”.

68

Caso a avaliação final seja satisfatória, o empregado perceberá 01

(uma) progressão dentro do respectivo nível e categoria, correspondendo 01

(um) padrão na tabela salarial. Caso contrário, a avaliação será considerada

insatisfatória, permanecendo no mesmo padrão salarial.

Esse tipo de avaliação tem os seus pós e contra para o empregado, pois

caso o empregado venha receber uma advertência formal, perderá,

automaticamente 10 (dez) pontos adquiridos no mês de avaliação.

No caso de reincidência o funcionário perderá o direito à progressão

correspondente ao período de avaliação.

O programa de avaliação de desempenho dos empregados da empresa

Beta se caracterizará como um processo participativo e terá como objetivos:

adequação do empregado ao cargo; estimular o potencial de desenvolvimento

do empregado; auto-aperfeiçoamento do empregado; estímulo a maior

produtividade; estímulo a aquisição de habilidades requeridas para o futuro da

Entidade; incentivo salarial e ao bom desempenho e; fornecer oportunidades

de crescimento e condições de efetiva participação dos membros, tendo em

vista os objetivos da Entidade (promoções, crescimento, desenvolvimento e

motivação).

Os fatores que deverão ser levados em consideração na elaboração do

instrumento formal de avaliação são os seguintes:

Quadro 4 – Avaliação Desempenho da

Função

Conhecimento do cargo (Grau de conhecimento de suas tarefas);

Produção (Volume de trabalho executado normalmente);

Qualidade (Exatidão, esmero e ordem no trabalho executado).

Características

Individuais

Iniciativa (antecipação, especialmente na ausência de instruções

detalhadas);

69

Relação interpessoal (atitude com seus colegas de trabalho e

chefias);

Cooperação (atitude com a organização, com a chefia e com os

colegas);

Responsabilidade (comprometimento com os resultados desejados).

Avaliação

suplementar

Assiduidade (atenção a prazos, normas e procedimentos);

Pontualidade (responsabilidade quanto a horários);

Compromisso Sindical (envolvimento com o movimento sindical).

Incentivo à Qualificação (Diplomas formais e suplementares)

FONTE: BETA, Empresa - Plano de Cargos, Carreiras e Salários

Os valores em pontos para Avaliação dos fatores acima mencionados

são os seguintes:

Quadro 5 – Pontos para avaliação

CONDIÇÃO PONTOS ÓTIMO 5 BOM 3 REGULAR 1 FRACO 0 FONTE: BETA, Empresa - Plano de Cargos, Carreiras e Salários

A responsabilidade pela condução das etapas da avaliação de

desempenho dos empregados será da Comissão de Recursos Humanos, e o

processo consistirá das seguintes etapas: aplicação de um questionário de

avaliação para que a equipe de trabalho analise o desempenho de cada um de

seus membros, ajuste e avaliação das distorções, segundo as informações

contidas nos questionários, através de reuniões entre a(s) Secretaria(s)

envolvida(s), em conjunto com a Comissão de Recursos Humanos; divulgação

da quantidade de pontos obtidos pelos empregados nas avaliações, bem como

o posicionamento na carreira, padrão e níveis resultantes do processo e

apresentação de recursos de avaliação, análise e divulgação dos resultados

através da Comissão de Recursos Humanos.

70

Caso o empregado consiga um resultado máximo (55 pontos) na

avaliação de desempenho, a Comissão de Recursos Humanos estudará a

possibilidade de concessão de prêmios e incentivos.

Quadro 6 – Lotação dos cargos e funções no ano 2000 Grupo Cargos Quantitativo Ocupado

s Vagos Lotação

Auxiliar Auxiliar de

Administração

03 03 0

Administração

Auxiliar

Reprografia

01 01 0

Auxiliar de

Serviços Gerais

02 02 0

Assistente Assistente de

Administração

11 10 01 Administração,.J

urídico, Finanças

Assistente

Proc.Dados

01 01 0 Administração

Operador

Microcomputado

r

01 01 0

Motorista 02 02 0

Técnico Administrador 01 0 01 Administração

Arquivologista 01 01 0 Administração

Contador 01 0 01 Finanças

Ciências

Humanas

01 01 0 Formação e

Política Sindical

Analista de

Sistemas

01 0 01 Administração

Jornalista 02 02 0 Divulgação

Total 28 24 4 Secretarias

FONTE: BETA, Empresa - Plano de Cargos, Carreiras e Salários

71

Com a implantação da remuneração baseado no DIEESE os benefícios

espontâneos que os empregados da empresa Beta usufruíam foram

agrupados no piso salarial, ou seja, os empregados ganham altos salários,

para a realidade do mercado de trabalho hoje, todavia os benefícios foram

supridos e alguns agrupados na remuneração.

Nos pisos salariais baseados pelo DIEESE, são oferecidos pela

empresa Beta os seguintes benefícios: o auxilio alimentação e transporte é

embutido nos salários.

Todavia os benefícios oferecidos cujo pagamento é realizado de forma

integral pelos empregados são: plano de saúde e plano odontológico.

Logo, a vantagem é que o empregado pode escolher se permanece ou

não no plano de saúde ou odontológico, caso não queiram ficam descobertos.

Todavia, é uma vantagem para o empregado possuir um plano de saúde ou

odontológico empresarial, tendo em vista, por ser um número grande de vidas

o seu valor fica mais baixo em relação ao mercado de planos de saúde no

Brasil.

As demais vantagens são os benefícios legais, que são aqueles exigidos

pela legislação trabalhista ou previdenciária. Sendo assim, os principais

benefícios legais são: férias, 13º salário, aposentadoria, seguro de acidentes

de trabalho, auxilio doença, salário família, salário maternidade entre outros,

sendo os benefícios legais alguns são pagos pela empresa Beta e outros pelo

sistema previdenciário.

4.2 – A realidade hoje

A realidade vivenciada pelos empregados da empresa Beta, hoje é

envolvida por muita desmotivação e insatisfação dos empregados, tendo em

vista, que várias vezes ao longo deste período (11 anos) a gestão foi mudada e

72

a implantação do novo sistema de remuneração, implantando no ano de 2000,

onde envolvia o plano de cargos, carreiras e salários não vem sendo cumprido.

Desde sua implantação no meados dos anos 2000, só foi realizado duas

avaliações de desempenho, todavia somente uma teve o seu objetivo

concluído.

Logo, várias contratações foram realizadas sem cumprir o plano de

cargo, carreiras e salários, tendo em vista, que em sua maioria as contratações

são realizadas devidas indicações, baseada em preferências e

apadrinhamentos, esquecendo completamente das questões ética, técnicas e

humanas, que consta no plano de cargo, carreiras e salários, que ainda

deveria ser respeitado e cumprido.

Quando o plano de cargo, carreiras e salários foi implantado a empresa

Beta possuía em seu quadro funcional apenas 28 empregados, conforme

informações contidas no quadro 6, hoje esse número são de 48 empregados,

lotados na matriz e mais cinco filiais espalhadas nos municípios do Rio de

Janeiro.

Quadro 7 – Lotação dos cargos e funções no ano 2011 Grupo Cargos Ocupados Lotação Auxiliar Auxiliar.Administração 12

Administração Auxiliar de.Reprografia 01

Auxiliar de Serviços. Gerais 02

Assistente Assistente Administração 20 Administração,.Jurídico,

Finanças

Assistente Proc.Dados 01 Administração

Operador Microcomputador 03

Motorista 02

Técnico Administrador 01 Administração

Arquivologista 01 Administração

73

Contador 01 Finanças

Ciências Humanas 01 Formação e Política

Analista de Sistemas 01 Administração

Jornalista 02 Divulgação

Total 48 Todas as Secretarias

FONTE: LIMA, Odiléia

O elevado número de contratações feitas de forma irregular para o plano

de cargo, carreira e salários gera insegurança por parte dos “novos” e “velhos”

empregados, pois, nota-se que existe um elevado número de colaboradores

desempenhando uma mesma função, e mesmo sendo a pessoa errada para

aquela função, todavia, este empregado já desenvolveu alianças devido o seu

apadrinhamento que permite sua permanência no cargo.

Outro problema evidenciado está no fato de somente um único

empregado exerce todas as funções que envolvem o setor de recursos

humanos, ficando sobrecarregado, o que acarreta em um enfoque somente

nas atividades de maior relevância como: controle de ponto, folha de

pagamento, controle e pagamento de férias e encargos, contratações e

demissões.

Além deste profissional não ter o poder de tomar decisões ou até

mesmo ser apenas ouvido, pois muito poderia colaborar e suas sugestões e

atitudes muitas das vezes beneficiaria a entidade e o corpo funcional, tendo

em vista, que ele lida diretamente com a vida dos empregados que prestam

serviços e sabe a realidade cotidiana.

Dessa forma, atividades como avaliação do desempenho e das

qualificações de pessoal não são desenvolvidas, por tanto, o plano de cargos,

carreira e salários foram esquecidos.

Embora a remuneração continue sendo baseada nos índices do

DIEESE, que oferece uma boa remuneração em relação à atual realidade do

74

no mercado de trabalho de nosso país, tendo em vista que um salário mínimo,

piso nacional que entrou em vigor no dia 1º de fevereiro de 2011 é de R$

545,00, este aumento teve como base no critério atual da inflação mais a

variação do PIB do ano anterior, segundo o Ministro da Fazenda Guido

Mantega.

Todavia, segundo informações do DIEESE (Departamento Intersindical de

Estatística e Estudos Socioeconômico) o salário mínimo de acordo com o

preceito constitucional "salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado,

capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família,

como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,

transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a

preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim"

(Constituição da República Federativa do Brasil, capítulo II, Dos Direitos

Sociais, artigo 7º, inciso IV), é de apenas R$ 545,00.

Entretanto, o brasileiro precisaria de um salário mínimo (salário

necessário) no valor de R$ 2.194,18 em fevereiro de 2011 para conseguir arcar

com suas despesas básicas de acordo com o Departamento Intersindical de

Estatística e Estudos Socioeconômico, a família considerada para o sustento

com este salário é formada de dois adultos e duas crianças, sendo que estas

consomem o equivalente a um adulto, ponderando-se o gasto familiar,

chegamos ao salário mínimo necessário.

O calculo que o DIEESE verificou que é necessário mais de 4,1 vezes o

mínimo para suprir as demandas do trabalhador.

Dada à diferença, com a realidade vivida em nosso país, os salários da

Empresa Beta são baseados nos índices oferecidos pelo DIEESE, por isso, o

seu quadro funcional apresenta empregado com mais 19 anos atuando na

empresa, entretanto, isto não representa uma característica de incentivos,

motivação, pois na realidade a empresa não cumpre o plano de cargo,

75

carreiras e salários, e com a enxurrada de novos empregados “apadrinhados”

trouxe expressivamente a desmotivação.

O nível de insatisfação é crescente o que mexe com a qualidade de vida

dos empregados, tendo em vista, que apesar da boa remuneração, muitas das

vezes os empregados que não são “apadrinhados” tende trabalhar por dois ou

três que não cumpri o seu dever para o progresso da empresa, assim a

qualidade de vida é pobre, a declínio na produtividade, a comportamentos

contraproducentes como absenteísmo, sabotagem, militância sindical entre

outros.

Muitos empregados da empresa Beta, devido experiência profissional,

seu grau de instrução, é ate mesmo idade de vida, só querem ser

reconhecidos, valorizados, respeitados e sentir que pode crescer e progredir

profissionalmente, ter um objetivo e meta de carreira para motivá-los.

Para muitos só a questão financeira deixou de ser o grande fator

motivador, embora o dinheiro seja um incentivo largamente usado, podemos

salientar que sua utilização possibilita o atendimento das necessidades básicas

e de segurança em parte, entretanto, como é uma empresa que paga bem em

relação a outras do mesmo segmento, os empregados da empresa Beta,

permanece na esperança de que “algo melhore” na próxima gestão ou que

uma nova oportunidade em outra organização tão interessante financeiramente

apareça.

Seria ideal que o fator humano passe a ser valorizado com isso tanto a

empresa como o empregado tende a ganhar, porque um clima organizacional

de confiança, respeito mútuo é muito importante para aumentar a

produtividade e elevar suas oportunidades de crescimento.

Os lideres da empresa Beta precisam criar com urgência novos

métodos para estimular um desempenho maior e promover o

76

comprometimento, que é gerado através da motivação, logo as políticas de

recursos humanos devem se concentrar nos assuntos que venham valorizar o

capital humano, ajudando-os a construir seus próprios futuros e a colher

recompensas por suas contribuições, dedicação e empenho.

77

CAPÍTULO V

GESTÃO: DA MOTIVAÇÃO DE PESSOAS

Constantemente as organizações precisam investir na motivação de

suas equipes de trabalho, para que possam alcançar os objetivos almejados,

todavia, devido a sua complexidade não consegue êxito, porque afinal motivar

não é uma tarefa fácil, e podemos dizer até mesmo quase impossível, caso a

equipe não colabore e coloca-se a dispor deste empreendimento.

Por ser a motivação um estímulo interno, ou seja, está intrínseco em

cada pessoa, muitas organizações pode e vem investindo nos estímulos

externos como: incentivos financeiros, oferecendo uma boa remuneração,

salário e benefícios para manter a equipe motivada, todavia, esses estímulos

são importantes, mas o que muitos profissionais querem é ser reconhecido, ter

importância na organização, sendo assim, motivar pessoas é preciso

despertar interesses.

Conforme citação, as pessoas são diferentes entre si, logo seus anseios

também:

As pessoas constituem o mais valioso dos recursos da

organização. O dilema da área de recursos humanos é:

tratar as pessoas como pessoas, dotadas de

características próprias de personalidade, motivações,

valores pessoais e etc. (CHIAVENATO, 2008, p.87).

Outra citação a respeito das pessoas cita:

Na atualidade, após o surgimento de muitas teorias

administrativas e organizacionais, entende-se que o

homem é integrante do sistema que compõe a

organização onde ele trabalha. Os recursos humanos

78

compõem-se no conjunto de peças essenciais ao

funcionamento da maquina organizacional. (NOBRE,

2010, p.56).

Portanto, um dos fatores que deveria ser trabalhado dentro das

empresas é a capacidade de obter e manter a auto-estima dos colaboradores,

melhorando a qualidade de vida e, conseqüentemente, a produtividade.

Logo, existem vários métodos para desenvolver um programa de

motivação, que melhor se enquadre na cultura da organização, sendo o gestor

de pessoas o responsável por desenvolver o programa motivacional para

empresa, deverá buscar identificar quais as necessidades das equipes de

trabalho ou dos empregados.

5.1 – A nova gestão de pessoas

A gestão de pessoas vem passando por um amplo processo de

transformação, os sistemas tradicionalmente são utilizados como parâmetros,

mas ao longo dos anos demonstraram fragilidades diante do ambiente

turbulento, concorrido e mutável pelo qual vem passando as organizações a

todo o momento.

Escrever sobre o novo papel da gestão de pessoas é impossível sem

retratar o seu histórico, onde podemos expor que as pessoas nem sempre

foram ou talvez ainda não sejam, a principal preocupação das organizações.

Conforme, demonstrado neste trabalho bibliográfico, temos o exemplo

disto na Administração Cientifica que preconizava que o trabalhador ficava em

segundo plano em relação à produção, logo tivemos o inicio de mudanças que

relação ao empregado versos organização, que ocorreram a partir de vários

estudos acerca da relação trabalhador x organização, tais como: pirâmide de

Maslow, fatores de Herzberg, uma maior importância à teoria Y e X.

79

As organizações que visam um crescimento e a satisfação dos seus

clientes externos e internos precisam ter uma visão estratégica onde

estabeleça com a força de trabalho o respeito mútuo, uma comunicação

aberta, a valorização do capital humano, ou seja, o envolvimento de ambos os

lados, tendo em vista, que a tendência nos dias atuais é a valorização das

pessoas.

Tendo em vista, que o momento atual exige ampla transformação, uma

nova filosofia de gestão, o que implica uma grande mudança no paradigma

anterior, logo se torna fundamental ao gestor aprender a criar novas formas

organizacionais em torno de equipes e processos.

O conceito do novo papel da atual gestão de pessoas para atuar no

sucesso dos recursos humanos de uma organização precisa estar baseado em

quatro papeis como: competência em capital humano, ou seja, agregar,

aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar os empregados.

O segundo papel é Credibilidade, ou seja, precisa ganhar a confiança

dos clientes externos e internos, logo o terceiro papel é a competência em

mudanças, ter criatividade, saber inovar, desenvolver as competências

individuais e por fim ter competência nos negócios, saber focar os seus

clientes, suas necessidades e aspirações.

Trabalhar com gestão de pessoas requer do profissional algumas

características como: ser facilitador, distribuir a liderança, conciliar a visão

estratégica, colaborar e unificar todos os envolvidos na organização, ter um

enfoque na organização, definir táticas, objetivos, tomar decisões consistentes

com a estratégia geral da empresa, por que os recursos humanos nas

organizações têm função primordial dentro da sua estrutura.

Conforme citação:

80

A área de recursos humanos consiste no planejamento,

organização, desenvolvimento, coordenação e controle

de técnicas capazes de promover o desempenho eficiente

do pessoal, ao mesmo tempo em que a organização

constitui o meio que permite as pessoas que com ela

colaboram alcançar os objetivos individuais relacionados

direta ou indiretamente com o trabalho. (CHIAVENATO,

2008, p.138).

Cabe ao gestor identificar quais as necessidades da maioria dos

empregados, tendo em vista, que as pessoas possuem necessidades

constantes de perceberem o quanto seu desempenho é importante dentro da

organização, e que seu trabalho vem sendo reconhecido.

Outras necessidades são: os empregados sentem falta de uma

integração maior entre os colegas de trabalho; acreditam que seu salário não

condiz com a atividade que vem desempenhando; não estão colocados para

exercer a atividades certas, ou seja, não se sentem mais úteis desenvolvendo

outros tipos de atividades, entre outras.

Logo após a identificação das necessidades dos empregados, o gestor

poderá planejar e executar atividades voltadas a satisfazer as necessidades

dos empregados, todavia, não poderá executar um programa de motivação

que fuja da realidade da organização, tanto financeiramente como estrutural.

Pode-se concluir que um programa de motivação possui início, porém

nunca um fim e ele devem estar em constante aprimoramento para o bom

desenvolvimento da organização.

Portanto, o capital humano das organizações é o ativo mais importante,

e cabe aos recursos humanos desenvolver as habilidades, motivação e

81

satisfação para realizar os objetivos da organização, como o desenvolvimento

e satisfação plena das pessoas, além de organizar políticas e ações, para que

os empregados alcances seus objetivos individuais, através da eficiência e

eficácia.

Os recursos humanos têm como suas atividades a funções de: recrutar,

estruturar, instruir e qualificar as pessoas, ele bem planejado poderá exercer

plenamente seu papel e proporcionar à organização soluções para que os

seus empregados possam desempenhar da melhor forma o seu trabalho,

atento a todos os anseios pessoais e do ambiente social na organização.

È de sua importância o papel do gestor de pessoas, porque é ele que

vai motivar os empregados a alcançarem os objetivos da organização, com a

implantação de programas de lideranças e motivação, e para isso acontecer

muitas das vezes o gestor precisa romper paradigmas e vencer seus próprios

limites, todavia, cabe ressaltar, que o gestor de pessoas não é o responsável

direto pelo sucesso da empresa, pois esse sucesso depende de outros fatores

para alcançar resultado esperado.

Logo, cabe a organização proporcionar toda estrutura para o

administrador de recursos humanos realizarem um bom trabalho consistente.

5.2 – A importância do capital humano motivado

Por ser o capital humano a grande força propulsora que levará a

organização a obter o sucesso é o êxito em suas ações, mantê-lo motivado é

de sua importância, todavia, não é uma tarefa fácil logo, as ações

motivacionais não são restritas, porque conforme demonstrado no capitulo

anterior apenas boa remuneração, benefícios diferenciados, não são suficiente

para manter uma equipe de trabalho motivada, oferecendo o melhor, gerando

a produtividade.

82

Lógico que uma boa remuneração, pesa na decisão do empregado na

hora de sair da organização e até mesmo em sua satisfação, todavia a sua

permanência, não significa que o mesmo esteja motivado e fará o melhor com

suas habilidades para o sucesso da organização.

Conforme citação o capital humano faz toda a diferença nas

organizações:

Em seu conjunto, as pessoas constituem o capital

humano da organização. Esse capital pode valer mais ou

valer menos na medida em que contenha talentos e

competências capazes de agregar valor a organização e

torná-la mais ágil e competitiva. (CHIAVENATO, 2008,

p.85).

As organizações precisam ficar atentas à valorização do ser humano,

saber o que realmente irá satisfazer e motivar, considerando não apenas o

lado financeiro, mas também as relações interpessoais e os anseios

profissionais.

Conforme citação o capital humano faz a diferença nas organizações,

por isso, deve-se ter um recursos humanos humanizado:

Pode parecer redundante, mas humanizar é compreender

que os recursos humanos são, de fato, humanos, e por

isso apresentam a complexidade peculiar a nossa

espécie. Há necessidades básicas que precisam ser

atendidas e que, se forem desconsideradas, cortam pela

raiz a possibilidade de desenvolvimento de todo o

contexto organizacional. (NOBRE, 2010, p.84).

83

O novo gestor de pessoas precisa ter uma visão mais humanizada, para

manter a credibilidade e confiança, criando assim um clima organizacional

harmonizo que seja de crescimento e progresso para todos os envolvidos

como, por exemplo, acionistas, empregados, clientes, fornecedores e etc.

Tendo em vista, que uma gestão humanizada trás como benefícios e a

consciência para os empregados de que não trabalham somente para o

próprio bem-estar ou o da organização, mas por uma finalidade social que tem

dimensões maiores, os objetivos organizacionais passam a constituir um

incentivo à produtividade.

Logo, as organizações que não valorizam o capital humano fatalmente

irão perder espaço no mercado e criarão empregados desmotivados, pode-se

concluir que valorizar as pessoas vem tornando-se uma estratégica para o

sucesso.

Para tanto, cabe o gestor de pessoas assumirem um novo papel diante

da sociedade e manter a motivação do pessoal, tendo em vista, que

empregado motivado é empregado valorizado, portanto, produtivo.

Todavia, esses objetivos para ser alcançado precisam-se do gestor

manter um saudável relacionamento pessoal com os funcionários para

conseguir um melhor desenvolvimento e máxima utilização do potencial

humano.

Conforme citação o empregado motivado, investe no futuro da

organização:

Quando a motivação por aquilo que se faz, surge também

à possibilidade do sujeito investir em projetos para o

futuro, e como muitos autores em Recursos Humanos

concordam, na medida em que as pessoas buscam e

84

conseguem se desenvolver, as empresas também se

desenvolvem, em uma constante, onde todos ganham.

(NOBRE, 2010, p.97).

Outra característica é mostrar ao empregado através da sua própria

postura a diferença em empregar energia correta em ações que realmente

levarão aos resultados concretos, tendo como base princípios, valores que

darão direção e mérito a profissão e a vida, respeitando a legislação vigente e

as tendências da sociedade.

Conclui-se que a competência e a motivação do capital humano é a

diferença de uma organização para alcançar os resultados almejados e para

fixar, reter e manter o talentos humanos é necessário para o crescimento da

organização, logo é um grande desafio, porque outras organizações estão em

busca de talentos, e um bom profissional usufruem das condições de caminhar

pelo mercado de trabalho e se posicionar rapidamente.

Por ser o capital humano os recursos mais valiosos, um profissional

precisa ver perspectiva de crescimento na organização em que trabalha para

ter motivação e desenvolver bem suas funções, pois não há empresa que

prospere sem que as pessoas também prosperem. Se a empresa não prepara

seu efetivo humano, ela nunca vai deslanchar.

85

CONCLUSÃO

O tema abordado neste trabalho demonstra a importância da

valorização dos empregados como força propulsora que levará a organização

a obter êxitos em suas atividades gerando a produtividade, através da

motivação.

A organização precisa investir para manter os empregados motivados,

entretanto não é uma tarefas fácil, as ações que irão motivá-los, muitas das

vezes não são suficientes, gerando a rotatividade, absenteísmo e

desmotivação.

A motivação pode ser compreendida, como sendo um incentivo que

vem direcionar o comportamento humano na busca de seus objetivos da

organização através da satisfação das necessidades dos empregados, daí a

sua complexidade.

Neste trabalho procurou-se verificar os efeitos da não motivação nas

organizações e as formas utilizadas pelos gestores dentro da empresa Beta

para motivar.

Com a finalização deste trabalho e o estudo de caso da empresa Beta,

conclui-se de que o modelo ideal de motivar e manter motivado o empregado

no trabalho, requer muito mais que uma boa remuneração e beneficio, é sim a

valorização do capital humano, que é uma atividade que terá que ter esforços

de todos os envolvimentos: organização em conjunto com a área de Recursos

humanos e empregados, para saber o que realmente motiva o grupo, tendo em

vista, que as pessoas diferem uma das outras deste ponto de vista até os seus

anseios profissionais.

Logo as organizações dando oportunidade aos empregados de refletir

e emitir suas opiniões sobre a sua carreira, seus pontos fortes e seus pontos a

86

melhorar é de sua importância para enriquecer a relação empregado versos

empregador, tendo em vista, que o capital humano faz toda a diferença nas

organizações.

Pode-se perceber com o estudo de caso, o profissional de recursos

humanos e os gestores (diretoria), deveriam fazer toda a diferença, que não

acarretaria o desgaste atual, que gera a cada dia prejuízos incalculáveis a

organização e aos profissionais que lá trabalham, porque muitos funcionários

já atingiram o topo da pirâmides de Maslow, e vem buscando a realização,

querendo ser reconhecido como profissional e não as necessidades

fisiológicas.

.

Nesse sentido, percebe-se que com os conhecimentos adquiridos na

sala de aula, deve ser colocados em prática, cabe a cada Gestor de Pessoas

que está adentrando ao mercado de trabalho ter uma visão mais humanizada,

para manter a credibilidade e confiança, criando um clima organizacional que

seja de crescimento, progresso e ganho para todos os envolvidos.

87

BIBLIOGRAFIA

BERGAMINI, C.W. Motivação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1996.

CHIAVENATO, Idaberto. Administração – teoria, processo e pratica. São

Paulo. Markon Books,2004.

CHIAVENATO, Idaberto. Gestão de pessoas: O novo papel dos recursos

humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Editora Campus – Elsevier, 1999

CHIAVENATO, Idaberto. Gestão de pessoas: Terceira Edição, totalmente

revista e atualizada. Rio de Janeiro: Editora Campus – Elsevier, 2010

CHIAVENATO, Idaberto. Recursos Humanos: O capital Humano das

Organizações. São Paulo: Editora Atlas, 2008

Hunter, James C. Como se tornar um líder servidor – Os princípios de

liderança de o monge e o executivo. Rio de Janeiro – Sextante, 2005.

NOBRE, Thalita Lacerda. Motivação: Os desafios da gestão de Recursos

Humanos na atualidade. Curitiba: Juriá, 2010.

88

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ..................................................................................................... 02

AGRADECIMENTOS .................................................................................................. 03

DEDICATÓRIA ............................................................................................................. 04

RESUMO ....................................................................................................................... 05

METODOLOGIA ........................................................................................................... 06

SUMÁRIO ...................................................................................................................... 07

INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 08

CAPÍTULO I – DA MOTIVAÇÃO: FUNDAMETOS E DIRETRIZES .................... 10

1.1 - Motivação ............................................................................................................. 11

1.1.1 – A Motivação Humana para o Trabalho .............................................. 12

1.1.2 - Origem da Motivação na Administração ........................................... 14

1.1.3 – As Forças Motivacionais ...................................................................... 15

1.2 – Teoria da Motivação .......................................................................................... 17

1.2.1 – Teoria das Necessidades Segundo Maslow .................................... 17

1.2.2 – Teoria dos dois Fatores Segundo Herzberg ..................................... 21

1.2.3 - Análise dos Modelos: Maslow x Herzberg ........................................ 23

1.3 – Tipos de Motivação ............................................................................................ 25

1.3.1 – Motivação Intrínseca e Extrínseca ..................................................... 25

1.4 – Clima Organizacional ........................................................................................ 27

CAPÍTULO I I – MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES ......................................... 29

2.1 – Primeiras Visões sobre Motivação .................................................................. 31

2.2 – Visões sobre a Motivação nas Organizações ............................................... 35

2.3 – Sistemas de Recompensas e a Cultura da Organização ........................... 37

CAPÍTULO III – ESTRATÉGICA DE RECOMPENSA ......................................... 40

3.1 – Recompensas Monetárias ................................................................................ 42

3.2 – Recompensas Financeiras e Não Financeiras ............................................. 44

3.3 - Remuneração ...................................................................................................... 46

3.3.1– Remuneração Total ............................................................................... 47

3.3.2 – Remuneração Tradicional .................................................................... 48

3.3.3 – Remuneração Estratégica ................................................................... 50

89

3.3.4 – Remuneração por Competência ......................................................... 50

3.3.5 – Remuneração Variável ......................................................................... 52

3.4 – Beneficicios Sociais ........................................................................................... 54

3.4.1– Tipos ......................................................................................................... 55

3.4.2– Quanto á sua Exigibilidade ................................................................... 56

3.4.3– Quanto a sua Natureza ......................................................................... 56

3.4.4– Quanto aos seus Objetivos .................................................................. 57

3.4.5– Vantagens dos Beneficios .................................................................... 58

CAPÍTULO I V – A ORGANIZAÇÃO E A MOTIVAÇÃO APLICADA ................... 59

4.1– Seu programa de Incentivo ............................................................................... 60

4.2 – A realidade Hoje ................................................................................................. 71

CAPÍTULO V – GESTÃO: DA MOTIVAÇÃO DE PESSOAS ............................... 77

5.1 – A Nova Gestão de Pessoas ............................................................................ 78

5.2 – A Importância do Capital Humano Motivado ................................................. 81

CONCLUSÃO ............................................................................................................... 85

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 87

ÍNDICE ........................................................................................................................... 88

FOLHA DE ROSTO ..................................................................................................... 90

90

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS COMO

ELEMENTOS MOTIVADOR E GERADOR DE RESULTADOS NAS

EMPRESAS PRIVADAS

Autor: Odiléia Ananias de Lima

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: