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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A GRAFOLOGIA COMO FERRAMENTA ALTERNATIVA NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO Por: Neilda de Souza Oliveira Orientador Profª. Helenice Feijó Rio de Janeiro 2009

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · O tema deste estudo é a grafologia, e a escolha justifica-se pelo fato, de que, é imprescindível para o desenvolvimento

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A GRAFOLOGIA COMO FERRAMENTA ALTERNATIVA NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

Por: Neilda de Souza Oliveira

Orientador

Profª. Helenice Feijó

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A GRAFOLOGIA COMO FERRAMENTA ALTERNATIVA NO

PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão de Recursos Humanos.

Por: . Neilda de Souza Oliveira.

Rio de Janeiro

2009

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AGRADEÇO

A Deus,

meu mestre de ontem, de hoje e de sempre.

Aos meus pais,

que me ensinaram a valor real da vida.

Ao meu marido,

que com amor e paciência, ensinou-me a lutar e

não esmorecer diante dos desafios.

A todos os professores, que com seus

exemplos de compromisso e dedicação à

educação contribuíram para o meu

crescimento.

A todos que estiveram presente na minha

caminhada, na alegria e na dor, no esforço, no

cansaço encontrei sempre a presença de todos

vocês.

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DEDICO

Aos meus pais, que foram a Inspiração para

este trabalho.

Ao meu esposo

Meus amados filhos

E a todos que lutam por um futuro melhor com

competência e dignidade.

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RESUMO

No atual momento que estamos vivendo o capital humano é o maior ativo que as organizações podem possuir. Dentro dessa perspectiva, o processo de Recrutamento e Seleção é fundamental para o sucesso da empresa. O presente estudo tem por objetivo analisar a grafologia como uma técnica do processo seletivo possibilitando maior eficácia na seleção de pessoas. Para atingir esse objetivo utilizamos como metodologia de pesquisa bibliográfica, a partir das fontes secundárias: livros, periódicos, teses e bibliografia complementar artigos da Internet. Concluímos que apesar da grafologia ser uma importante e eficiente ferramenta ela deve ser utilizada apenas de forma complementar que se soma aos tradicionais testes psicotécnicos, entrevistas e dinâmicas de grupos.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste trabalho baseia-se na pesquisa

bibliográfica, a partir das fontes secundárias: livros, periódicos, teses e

bibliografia complementar artigos da Internet. voltados para uma administração

eficaz de Recursos Humanos. Abordando um estudos pretéritos com enfoque

no processo de recrutamento e seleção utilizando a grafologia como ferramenta

alternativa.

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Falar de Recursos Humanos é como falar do MAR... Uma bela arte da natureza, porém cheia de surpresas e desafios,

Aventuras e belezas resplandecentes e inesgotáveis. Conseguir se aventurar nesse percurso é saber que

Há inúmeras incertezas, mas também muitas Conquistas e descobertas que renovam nossa vida

E nossas esperanças. Experienciemos cada vez mais, ousando...

Acreditando nas pessoas que estão no nosso negócio Selecionemos, Treinemos, invistamos, capacitemos, cobremos, avaliemos,

comuniquemos, incentivemos, reconheçamos, exijamos, integremos, reclamemos E elogiemos sinceramente.

Estejamos disponíveis para ajudar a todos aqueles que desejam sinceramente Ser ajudados: com a nossa vivência, nossa humildade...

Assim estaremos nos aperfeiçoando continuamente, Melhorando os nossos relacionamentos,

Nossa vida pessoal e profissional, Desenvolvendo e melhorando os negócios. E embora o MAR, algumas vezes nos traga Tempestades, ondas turbulentas, traiçoeiras

Jamais nos deixaremos abater, Acreditando e fazendo acreditar que vale a pena lutar.

Jacinta Grangeiro

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SUMÁRIO

Introdução ........................................................................................................... 09 Capítulo I Um novo conceito de Administração de Recursos Humanos ....................... 12 Capítulo II Recrutamento e Selenção de Pessoal ............................................................ 21 Capítulo III A grafologia como técnica do processo seletivo ...................................... 36

Conclusão .......................................................................................................... 42

Bibliografia ........................................................................................................ 44 Índice .................................................................................................................. 46

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INTRODUÇÃO

Implica reconhecer determinadas práticas como oficiais, como dominantes e reconhecer outras práticas como fora do oficial, das práticas cotidianas e comuns; implica uma escolha entre duas coisas, onde uma parece estar de acordo com as práticas dominantes e outra e a que se escolhe como alternativa, que é também a que mais convém.

Gustavo Boog (2002)

Todos os dias, centenas de pessoas fazem parte de diferentes testes

de seleção. A maioria destes testes tem como principal objetivo detectar

características da personalidade do candidato para averiguar se existem

ligações entre o perfil dele e o da empresa.

O interesse em estudar a grafologia como uma técnica de recrutamento

e seleção surgiu a partir da minha experiência como auxiliar de Recursos

humanos, de uma empresa de médio porte.

O tema deste estudo é a grafologia, e a escolha justifica-se pelo fato,

de que, é imprescindível para o desenvolvimento de uma empresa a gestão de

recursos humanos, especialmente, na questão que trata dos procedimentos de

recrutamento e seleção.

Devido à mudança do modelo de competitividade, as empresas querem

potencializar a capacidade e os conhecimentos dos indivíduos, desta forma, a

relevância do tema está em selecionar pessoas competentes para

desempenhar com sucesso a função determinada pelo cargo. Neste sentido, a

Grafologia vem sendo atualmente amplamente empregada como um recurso

que possibilita conhecer o perfil/ personalidade humana e por ser uma forma

alternativa de seleção que busca o profissional que atende requisitos e

necessidades das empresas. Desta forma, ela vem contribuindo de forma

discreta no processo seletivo que visa escolher do profissional que se encaixe

no perfil exigido pelo cargo. Resumindo “o indivíduo certo para o cargo certo”.

A grafologia tem sido usada pela polícia em perícia caligráfica, pelos

psicólogos no processo de orientação vocacional, como método de

investigação histórica, e também como procedimento de auto-conhecimento, e

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nas empresas como mais uma fonte de informações sobre o candidato.

Integrando-se cada vez mais à área de Recursos Humanos, muitas empresas

estão utilizando a grafologia por ser uma técnica rápida de aplicação, além do

baixo custo e propõe confiabilidade de resultados.

Como a grafologia vem sendo utilizada na área de recursos humanos

no processo seletivo de pessoal? Para responder essa pergunta será utilizado

o aporte teórico de vários autores entre eles Rabaglio (2001), que afirma ser

imprescindível que se conheça o perfil ideal do colaborador e suas

competências para ocupar um cargo específico. Esse perfil deve contemplar os

tipos de informações relevantes tanto para a seleção quanto para que o

candidato conheça as condições da vaga. E, Chiavenato (1998), que

complemente que a principio a grafologia se apresenta como um dos

instrumentos predominante nas áreas de Recursos Humanos das empresas,

recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento, visando ao auto-

conhecimento por meio da prática do feedback.

Portanto, a metodologia está fundamentada na pesquisa bibliográfica

utilizando como instrumento de revisão da literatura, a partir das fontes

primárias como livros, periódicos, teses e bibliografia complementar artigos da

Internet.

O objetivo desta pesquisa busca estabelecer a relação da grafologia

com a área de recrutamento e seleção uma vez que esta se apresenta como

uma recentemente e nova técnica de seleção de pessoal, área de atuação e

interesse do presente trabalho. Além de conhecer as razões que levam os

gestores organizacionais de pessoas a utilizarem tal prática, de saber quais as

vantagens e desvantagens dessa prática alternativa com relação as prática

tradicionais.

No Brasil, embora a grafologia não ser aceita como instrumento pelo

Conselho Federal de Psicologia vem sendo utilizado por empresas de grande

porte, onde a gestão de recursos humanos é considerada essencial para o

crescimento e desenvolvimento das empresas, especialmente, ao ponto que

trata dos métodos de recrutamento e seleção utilizados pelas mesmas.

Desta forma, a seleção fundamenta-se em uma das atividades

essenciais em recursos humanos, pode ser ela aplicável por diferentes

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métodos, desde concepções mais tradicionais a sistemas alternativos como a

grafologia.

O primeiro capítulo, estabelece um novo conceito de Administração de

Recursos Humanos através do caráter inovador da Gestão de Pessoas, uma

forma mais eficaz e dinâmica de se administrarem as organizações, ou seja,

motivar os funcionários, conseguindo sua maior adesão aos objetivos

organizacionais

O segundo capítulo, apresenta o processo de recrutamento e seleção,

que consistem em uma ferramenta nas quais as empresas estão dispostas a

investir, para agregar valor aos candidatos, tendo em vista que faz parte do

departamento de recursos humanos das empresas.

O terceiro capítulo aborda a grafologia como uma ferramenta que

enriquecesse todo o processo seletivo, transformando o processo de avaliação

e escolha de candidatos, especial e personalizado para cada empresa, com o

intuito de buscar profissionais que contribuam para o progresso e

desenvolvimento de ambos, empresa e funcionário.

Por fim, na conclusão a grafologia se apresenta como diferencial no

processo de seleção. Entretanto, é uma ferramenta auxiliar ou até mesmo

complementar que se soma aos tradicionais testes psicotécnicos, entrevistas e

dinâmicas de grupos.

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CAPÍTULO I

UM NOVO CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE

RECURSOS HUMANOS

A Administração de Recursos Humanos (ARH) é uma parte da ciência

administrativa responsável por estudar os processos, direta ou indiretamente,

relacionados com os membros de uma organização. Desta forma, a ARH trata

com e de pessoas (LINS e ZÚNIGA, 2007).

Segundo Oliveira (2007), a ARH é uma área de estudos relativamente

nova e está designada a promover a integração do trabalhador à organização,

por meio da coordenação de interesses entre a empresa e a mão de obra

disponível envolvendo um conjunto de técnicas e instrumentos que permitem

às organizações atrair, manter e desenvolver os talentos humanos.

Aquino, destaca ainda que

Administração de Recursos Humanos como o ramo da administração responsável pela coordenação de interesses da mão-de-obra e dos donos do capital e visa proporcionar à empresa um quadro de pessoal motivado, integrado e produtivo, estimulado a contribuir para o alcance dos objetivos organizacionais (AQUINO, 1989, p. 76).

Os assuntos normalmente abordados pela ARH têm uma multiplicidade

enorme de campos de conhecimentos, envolvendo variadas disciplinas em seu

contexto, Trata de conceitos como: Psicologia, Sociologia, Direito, Segurança,

Medicina do Trabalho, Engenharia de Sistemas e várias outras tecnologias e

disciplinas cuja aplicação visa à motivação no trabalho. Pode ser comparada a

uma rede de relações mantidas entre pessoas e os grupos no ambiente de

trabalho (Toledo, 1989).

Segundo Chiavenato (1998), os assuntos tratados pela ARH referem -

se tanto a aspectos internos como externos da organização, onde as técnicas

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são aplicadas diretamente sobre as pessoas ou indiretamente através dos

cargos ocupados ou dos planos globais ou específicos.

Figura 1 – Técnicas da ARH

Fonte: Chiavenato, 1998, p. 144

A ARH, pela sua multiplicidade está relacionada com vários níveis e

ambientes, e seqüencialmente trata desde a seara individual até o macro

ambiente, níveis estes relacionados direta ou indiretamente, causando intensos

impactos nas pessoas e nas organizações.

Sendo assim, a área ARH atualmente desempenha um papel

fundamental e preponderante na sobrevivência, consolidação e

desenvolvimento empresarial, uma área pronta para adicionar valor através de

uma mão-de-obra altamente qualificada e apta a absorver as novas

tecnologias, onde as pessoas são tratadas como pessoas e não apenas como

importantes recursos organizacionais, rompendo a maneira tradicional de tratá-

las meramente como meios de produção.

De acordo com Chiavenato (1998), a tendência da ARH é contribuir

para a eficácia organizacional através dos seguintes meios:

Técnicas de

administração de

Recursos Humanos

§ Recrutamento § Entrevista § Seleção § Integração § Avaliação do desempenho § Treinamento § Desenvolvimento de Pessoal

Aplicadas diretamente sobre

pessoas

Aplicadas

indiretamente sobre as Pessoas Através de:

§ Análise de descrição de cargos § Avaliação e classificação de cargos

§ Higiene e segurança

§ Planejamento de recursos humanos

§ Banco de dados § Plano de Benefícios Sociais § Plano de carreiras § Administração de salários

Cargos ocupados

Planos genéricos

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§ Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão;

§ Proporcionar competitividade à organização; § Proporcionar à organização empregados bem treinados e bem motivados;

§ Aumentar a auto-atualização e a satisfação dos empregados no trabalho;

§ Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho; § Administrar a mudança; § Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável.

O autor vai mais longe na sua análise ressaltando que ARH vem

atualmente assumindo uma filosofia de ação, cabendo a ela desenvolver uma

espaço de consultoria interna, com isso passa certas decisões e ações para as

gerências das demais áreas da empresa. Além disso, passa admitir intensa

ligação com o negócio da empresa, com perspectiva mais ampla e focalizada

nos resultados, caracterizando assim uma contínua preparação da empresa e

das pessoas para o futuro.

Entretanto a ARH precisa estar atenta e levar em consideração as

mudanças constantes que acontecem nas organizações e em seus ambientes,

já que precisa alcançar a eficácia e a eficiência das organizações através das

pessoas, e paralelamente favorecer condições para que estas pessoas

alcancem seus objetivos pessoais relacionados direta ou indiretamente com o

trabalho.

Nesta concepção a ARH é compartilhada por toda organização. E

tanto pode referir-se ao nível individual, como aos níveis grupal, departamental,

organizacional e mesmo ambiental da organização (CHIAVENATO, 1998).

Figura 2 – Os diversos níveis de referência de ARH

Seção

Organização

Mercado de

trabalho

Macro ambiente

Nível Individual

Cargo

Fonte: Chiavenato, 1998, p. 145

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A ARH, é de responsabilidade do executivo máximo da organização,

uma vez que é dele a responsabilidade de toda organização. Suas ações

administrativas e decisórias definem os destinos e a utilização dos recursos

disponíveis. Portanto, o sucesso de um órgão de ARH depende, na razão

direta, de ser considerado pelos chefes de linha como uma fonte de ajuda

(CHIAVENATO, 1998).

Sendo assim, a ARH tem uma função de staff, pois é responsabilidade

de linha de cada chefia cujo o processo envolve cinco processos básicos:

prover, aplicar, manter, desenvolver, monitorar as pessoas que estão

intimamente inter-relacionados e interdenpendente. Em função disso, surgem

as políticas de recursos humanos que estão geralmente assentadas em como

cuidar de cada um desses processos dentro das diversas áreas da

organização: Planejamento de Recursos Humanos; Recrutamento de pessoal;

Seleção de pessoal; Interação entre as pessoas e organizações; Organização:

administração de recursos humanos; Descrição e analise de cargos; Avaliação

do desempenho; Administração de salários; Plano de beneficio social;

Segurança no trabalho; Treinamento e desenvolvimento de pessoal;

Desenvolvimento organizacional.

Administração de Recursos Humanos, quer como significado ou como

denominação departamental, tem predominância gradativa, sendo cada vez

mais utilizada pelas organizações.

De acordo com Drucker (1993), hoje vivemos na era da informação, as

mudanças acontecem de forma rápidas, imprevistas e inesperadas devido as

informações cruzarem o mundo em malíssimos de segundos. A tecnologia da

informação provocou o surgimento da globalização da economia e a

competitividade tornou-se mais intensa entre as organizações. As pessoas e

seus conhecimentos e habilidade mentais passaram a ser a principal base da

nova organização. A Administração de Recursos Humanos cedeu lugar a uma

nova abordagem: a Gestão de Pessoas. Assim, a gestão de pessoas

representa a maneira como as organizações procuram lidar com as pessoas

que trabalham em conjunto em plena era da informação.

As pessoas passam a ser reconhecidas por suas habilidades e talentos e a antiga ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS abre espaço a GESTÃO DE PESSOAS (CHIAVENATO, 1998, p.27).

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1.1. A Gestão de Pessoas

A ação de LIDAR com as pessoas nesse novo modelo não é apenas dos profissionais de RH, mas de todos os que lideram.

Chiavenato (1998)

O surgimento de uma “nova” Administração de Recursos Humanos tem

se alastrado por todo o mundo através do caráter inovador da Gestão de

Pessoas uma forma mais eficaz e dinâmica de se administrarem as

organizações, ou seja, motivar os funcionários, conseguindo sua maior adesão

aos objetivos organizacionais (BRITTO, et al, 2006).

Desta forma, tem sido desenvolvidas técnicas de gestão com o intuito

de identificar, planejar, selecionar e desenvolver as competências que irão

gerar o diferencial competitivo e determinar o papel estratégico da organização

(BRANDÃO; GUIMARÃES, 2001).

Assim, o conceito de Gestão Pessoas vem se desenvolvendo de forma

significativa, sendo visto atualmente como um elemento-chave nas relações

humanas e estratégicas no interior das grandes corporações. Tornando-se um

assunto tão atual na área de Administração, mas que ainda é um discurso para

muitas organizações.

De acordo com Dutra (2004) com a alteração de utilização do termo

sistema de RH para modelo de gestão de pessoas modifica o entendimento de

que a área de recursos humanos é a detentora das estrutura para gerir

pessoas para uma em que os gestores são os responsáveis por essa ação.

Desta forma, passa-se a entender o modelo de gestão de pessoas como “um

Conjunto de políticas e práticas definidas de uma organização para orientar o

comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente de trabalho”

(FISCHER e FLEURY, 1998).

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QUADRO 1 – Mudanças na gestão de Recursos Humanos

Conceito Foco

De Para Gestão de recursos humanos

Operacional Estratégica

Foco Cargo Competência Gestão de desempenho Concentrada nas tarefas Concentrada no indivíduo Carreira Caminho único Flexível Desenvolvimento Especialização Multifuncionalidade Seleção Habilidades Conhecimento Remuneração Fixa Participação nos lucros e

resultados – PLR Fonte:Ubeda (2003, p. 27)

Constata-se, que a cultura empresarial vem proporcionando uma

ênfase cada vez maior à valorização do ser humano enquanto patrimônio, ao

invés de recurso da organização. Com isso, a Gestão de Pessoas vem

através dos tempos passando por amplo processo de transformação.

Os novos tempos exigem novas organizações e uma nova postura das pessoas. (...) Ambientes mutáveis exigem organizações orgânicas. (...) As características do modelo orgânico passam a ser: redução dos níveis hierárquicos e descentralização,autocontrole e auto direção do desempenho pelas próprias pessoas, cargos mutáveis e conseqüentemente redefinidos, tarefas cada vez mais complexas e diferenciadas, não mais individualizadas, mas desempenhadas em equipes multifuncionais, autogeridas e empoderadas, interação constante para a busca da eficácia, órgãos flexíveis e mutáveis cada vez mais substituídos por equipes (CHIAVENATO, 1999, p. 314-315).

Diante dessa tempestade de etapas, métodos e processos de mudança

estão os funcionários da empresa, as pessoas que precisam ser bem mais

práticas e ágil, para que as situações sejam enfrentadas por pessoas

profundamente fortalecidas, de bem consigo e com os outros e acima de tudo

bem informada de seus papéis.

Gestão de Pessoas visa evolui Administração de Recursos Humanos,

ainda mais, é a mais comum entre as expressões utilizadas nos tempos atuais

para designar os modos de lidar com as pessoas nas organizações.”(...) Alguns

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autores adeptos da Gestão de Pessoas, procuram designar as pessoas que

trabalham nas organizações não mais como empregados ou funcionários, mas

como cooperadores ou parceiros” (GIL, 2001, p. 17-18).

Nesta concepção, encontramos em Chiavenato (2003) alguns pontos

que mostram que a Administração de Recursos Humanos tem o dever de

cooperar para a eficácia organizacional através das seguintes ações:

1. Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão. 2. Proporcionar competitividade à organização. 3. Proporcionar à organização empregados bem treinados e bem motivados. 4. Aumentar a auto-atualização e a satisfação dos empregados no trabalho. 5. Desenvolver e manter a qualidade de vida no trabalho. 6. Administrar a mudança. 7. Manter políticas éticas e comportamentos socialmente responsáveis. (CHIAVENATO, 2003, p.9-110)

Com objetivos diversificados a Administração de Recursos Humanos

ganha uma nova forma, a de Gestão de Pessoas que busca a valorização dos

profissionais e do ser humano, cabendo-lhe a função de humanizar as

empresas.

A Gestão de pessoas tem por responsabilidade fazer com que a organização desenvolva e explicite sua visão de futuro, seu “sonho”, sua missão e seus objetivos maiores, onde ela quer chegar, que valores devem apoiar esse“sonho” e de quais pontos fortes ela dispõe para chegar lá (CARNEIRO, in: BOOG, 1999, p. 168)

Sendo assim, a Gestão de Pessoas precisa estar entrosada com os

novos tempos, adotando políticas condizentes. No meio das mudanças

encontrar-se a necessidade de contar com profissionais capacitados e

comprometidos, que saibam trabalhar em equipes, enfrentando os desafios

com maior autonomia e responsabilidade, agregando mais valor à organização.

Desta forma, o funcionário do século XXI necessitará conhecer mais

sobre liderança e gerenciamento, para atender as questões da organização

que aprende. Afirma ainda que, sem esses conhecimentos, as empresas terão

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dificuldades para se adaptar e mover-se com o dinamismo necessário

(KOTTER, 1997).

Ao tratar sobre gestão de pessoas a primeira coisa que se pensa e em

recrutamento e seleção de pessoas, mas gestão de pessoas não é apenas

isso, várias atividades são desenvolvidas nessa área de forma mais específica

e efetiva como: seleção, treinamento e desenvolvimento de pessoas, cargos e

salários, benefícios, questões trabalhistas, segurança do trabalho, controle e

monitoração do desempenho, planejamento, alocação dos recursos humanos

internos. Afinal, a gestão de pessoas é responsável por uma série de

atividades relacionada com acompanhamento do funcionário na empresa para

garantir o seu bem estar e contínua produtividade. Enfim, ela é responsável por

agregar valor à organização, às pessoas e a seus clientes externos e internos.

As políticas e práticas de gestão de pessoas ao contribuir para um

maior bem-estar dos clientes internos da organização, permitem-lhes uma

maior realização pessoal e profissional (DEMO, 2005).

Tanto é que, atualmente o trabalhador, que não deve mais responder

apenas às exigências do posto de trabalho para o qual era qualificado, mas sim

conseguir ser competente ao lidar com as mais inesperadas situações,

independentemente do cargo que ocupe, e orientado para o entendimento do

processo integral da produção (ZARIFIAN, 1999)

Área de gestão de pessoas está ganhando importância e

participando como peça fundamental nas decisões estratégicas das

empresas. De acordo com Chiavenato (2004), existem seis processos

básicos para gestão de pessoas.

O Processo de Agregar Pessoas, são processos utilizados para incluir novas pessoas na empresa. O Processo de Aplicar Pessoas, são os processos utilizados para desenhar as atividades que as pessoas Irão realizar na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho. O Processo de Recompensar Pessoas, são os processos utilizados para incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuais mais elevadas. O Processo de Desenvolver Pessoas, são os processos utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal. O Processo de Manter Pessoas, são os processos utilizados para criar condições

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ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. O Processos de Monitorar Pessoas, são os processos utilizados para acompanhar e controlar as atividades das e verificar resultados (Chiavenato, 1999, p. 12).

Cada processo inclui diversas atividades, conforme podemos observar

no quadro 03

QUADRO 2 – O processo da Gestão de Pessoas

O quadro acima mostra que a moderna Gestão de Pessoas consiste

em muitas atividades resumidas nestes seis processos básicos, onde todos os

estão intimamente ligados entre si, de tal maneira que se interpretam e se

influenciam reciprocamente. Cada processo tende a favorecer ou prejudicar os

demais, quando bem ou mal utilizados (CHIAVENATO, 1999, p. 12).

Esses processos vão trazer não só a vantagem competitiva para uma

organização como promovendo vidas humanas à melhoria constante de

trabalho e propondo novas oportunidades de desempenho intelectual.

Processos de Recompensar

Pessoas

Processos de

Aplicar Pessoas

Processos de Agregar Pessoas

Processos de Desenvolver Pessoas

Processos

de Monitorar Pessoas

Processos de

Manter Pessoas

• Disciplina • Higiene, segurança e qualidade de vida,

• Relações com sindicato

• Recrutamento • Seleção

• Desenho organizacional

• Desenho de cargos

• Avaliação de desempenho

• Remuneração • Benefícios e Serviços Sociais

• Treinamento • Desenvolvimento

• Mudanças • Comunicação • Consonância

• Bancos de Dados

• Sistema e Informações gerenciais

Fonte: Chiavenato, apud Mamani, 2002

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CAPÍTULO II

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL

É a etapa inicial do processo de busca e atração de mão de obra para organização, procurando prover o número adequado de candidato par as posições em aberto

TOLEDO E MILIONE, 1983.

Escolhemos este conjunto de práticas dentro da gestão de recursos

humanos para abordarmos os métodos que vem sendo utilizados para a

escolha desse recurso único de uma organização “as pessoas”.

Muitos autores definem de forma diferente o processo de recrutamento

e seleção nas organizações. Segundo Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2004),

recrutamento e seleção consistem em uma ferramenta nas quais as empresas

estão dispostas a investir, para agregar valor aos candidatos, tendo em vista

que faz parte do departamento de recursos humanos das empresas.

Para Freitas (1991), é através do estabelecimento de critérios que será

permitido identificar se o comportamento e as competências das pessoas

estão realmente alinhados com a cultura da empresa e de acordo com as

necessidades, padrões de desempenho e objetivos pretendido com a nova

contratação.

Por outro lado, é importante ressaltar que as sucessivas

transformações dos tempos atuais exercem pressão nas empresas para que se

antecipem e se adaptem às demandas que surgem. Sendo assim, Gramigna

(2002), ressalta que o recrutamento e seleção se fazem atividades necessárias

na captação de profissionais que contribuam para o crescimento e estabilidade

das organizações.

Os padrões de desempenho, geralmente exigidos ou até mesmo

esperados são determinar pelos gestores e refletem os valores considerados

válidos pela organização.

Desta forma, todas as áreas da organização devem estar engajadas no

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processo de recrutar pessoas, porque o resultado deste trabalho refletira

posteriormente na organização. O elo de entrosamento entre as áreas e os

diversos níveis hierárquicos da organização representa o sucesso da

organização

Portanto, é necessário considerar dentro do processo de seleção, a

definição pelos gestores de perfis compatíveis com os valores que orientarão o

processo de recrutamento e seleção.

O momento do recrutamento e da seleção propõe desafios para ambas

as partes e exige dos dois lados preparo, conhecimento, vontade, atenção e

maturidade. Mas é o RH que assume a dura tarefa de atender as exigências de

seu cliente e de ser socialmente responsável no trato com o candidato.

Figura 03 – O processo de Recrutamento e Seleção

Fonte: TACHIZAWA, FERREIRA E FORTUNA, 2004. p. 173

O recrutamento e a seleção fazem parte do mesmo processo: a

provisão de Recursos Humanos. Onde o processo de recrutamento e seleção

deixou de ser simplesmente fundamentado na experiência e na capacidade

técnica dos candidatos e avaliando também seu potencial emocional e

intelectual, já que atualmente as organizações estão valorizando o ser humano.

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23

2.1. O processo de Recrutamento

Recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. É basicamente um sistema de informação, através do qual a organização divulga e oferece ao mercado de recursos humanos oportunidade de emprego que pretende preencher (CHIAVENATO, 1998, p.196).

Sendo assim, a tarefa do recrutamento é a de atrair com seletividade,

através de várias técnicas de comunicação, os candidatos que possuam os

requisitos mínimos do cargo a ser preenchido. Assim o objetivo do

recrutamento é abastecer o processo seletivo de sua matéria-prima básica: os

candidatos (CHIAVENATO, 1998).

O recrutamento para Gil (2001), tem como objetivo atrair candidatos em

qualificados e com a capacidade para ocupar cargos dentro da empresa.

“Possibilita à organização dispor de um número de candidatos superior à

quantidade de cargos a serem preenchidos” (GIL, 2001, p. 98)

Quando se inicia um processo de recrutamento, ele necessariamente,

não deve apresentar as mesmas características de outros processos, deverá

sim, definir qual estratégia de recrutamento que a organização necessita.

O recrutamento requer um cauteloso planejamento que envolve um

processo que varia de acordo com o que a organização, esse planejamento

está fundamentado em três fases conforme podemos observar na figura 04.

Figura 04 – As três fases do planejamento do recrutamento

Pesquisa interna � visa constatar as necessidades da organização em

relação às suas carências de recursos humanos, a curto, médio e longo

3

Técnicas de recrutamento a aplicar

1

Pesquisa interna: O que a organização

precisa: Pessoas necessárias

para a tarefa organizacional

2

Pesquisa Externa: O que mercado de RH pode oferecer::

Fontes de recrutamento a localizar e alvejar

Fonte: CHIAVENATO, 1998, p.196

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prazos. Para isso o levantamento interno precisa ser realizado de forma é

contínua e constante, envolvendo todas as áreas é níveis da organização. Em

algumas organizações, a pesquisa interna é substituída pelo planejamento de

pessoal, que é um trabalho mais amplo.

O objetivo do Planejamento de Pessoal não é pensar nas ações que devem ser feitas no futuro, mas sim pensar no que deve ser feito agora em relação ao capital humano da organização para estar preparado para o futuro (PricewaterhouseCoopers, 2007, p.3).

O planejamento de pessoal é o processo de decisão a respeito dos

recursos humanos necessários para atingir os objetivos organizacionais, em

determinado período de tempo.

Pesquisa externa ���� o sentido desta pesquisa de mercado de Recursos

Humanos é segmentar e diferenciar assim facilitará sua análise e conseqüente

abordagem. Assim, dois aspectos importantes sobressaem da pesquisa

externa: a segmentação do mercado de RH e a localização das fontes de

recrutamento (CHIAVENATO, 1998).

O processo de recrutamento modifica-se de acordo com a organização.

De acordo com Chiavenato (1998), o inicio do processo de recrutamento

necessita da tomada de decisão do órgão que possui a vaga a ser preenchida,

pois como qualquer atividade da ARH, o recrutamento depende da decisão de

linha e de função de staff. Não possui nenhum tipo de autoridade para realizar

qualquer atividade de recrutamento sem a devida tomada de decisão por parte

do órgão que possui a vaga a ser preenchida. Geralmente esse processo é

realizado através de uma requisição de pessoal que solicita a área de recursos

humanos para recrutar o candidato adequado.

Portanto, o recrutamento é a ponte entre o mercado de trabalho e o

mercado de Recursos Humanos, que é composto por um conjunto de

candidatos que podem estar aplicados ou empregados (trabalhando em

alguma empresa) ou disponíveis (desempregado).

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O recrutamento é realizado a partir das necessidades presentes e

futuras de recursos humanos da organização e, de acordo com essas

características que será determinado o tipo de recrutamento que será realizado

pela organização, recrutamento interno, recrutamento externo ou recrutamento

misto.

2.1.1. Recrutamento interno

O recrutamento interno é definido por Fidelis e Banov (2006), como

sendo a divulgação das vagas na própria empresa permitindo oportunidades

para os próprios funcionários através de uma promoção ou transferência.

Para Chiavenato (1998), recrutamento interno é um processo ou

movimento interno de recursos humanos. É quando a empresa procura

preencher uma determinada vaga com recursos existentes dentro da própria

organização através do remanejamento de seus colaboradores por meio de

promoção, transferência, plano de carreira. Sendo este remanejamento

realizado através da movimentação vertical, também chamada de promoção ou

pela movimentação horizontal, também chamada de transferência ou pela

movimentação diagonal, a junção de uma transferência com uma promoção

para seus empregados.

Segundo Pontes (2001), Suas principais vantagens são:

Valorização dos funcionários Desempenho e potencial conhecidos Funcionários adaptados a cultura da organização Tempo de ambientação menor Processo mais rápido e mais econômico Valorização do autodesenvolvimento (PONTES, 2001, p.86).

Desta forma, recrutamento interno possui vantagens, tanto para

empresa como para os seus colaboradores. Mostrando ser uma poderosa fonte

de motivação, pois valoriza o recurso humano interno já conhecidos e

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26

integrados ao sistema organizacional aproveitando o investimento na formação

e no reforço da experiência profissional, evitando assim os riscos de não

adaptabilidade de novos membros. Deste modo, o processo se torna bem mais

rápido, implicando em um menor custo para a organização. Além de

demonstrar credibilidade por parte da empresa que se preocupa em promover

os funcionários.

Entretanto, o recrutamento interno também tem as suas desvantagens:

Exige que os novos empregados tenham potencial de desenvolvimento, mas não oferece oportunidades de crescimento; Pode gerar conflito de interesses; Gera o “Princípio de Peter": as empresas, ao promoverem incessantemente seus empregados, elevam-nos sempre à posição onde demonstram o máximo de sua incompetência. À medida que um empregado demonstra competência em um cargo, a organização promove-o sucessivamente; Quando efetuado continuamente, leva os empregados a uma progressiva limitação às políticas e diretrizes da organização; Promover só porque tem tempo de empresa e não por competência (CHIAVENATO, 1998 , p.209).

Todavia, assim como qualquer projeto, este possui suas vantagens e

desvantagens. Como bem observa Milkovich (2000), apesar das desvantagens

e limitações, o processo de recrutamento interno, se bem administrado, é um

poderoso recurso de motivação dos colaboradores. É preciso analisar bem a

situação, antes de se utilizar desta ferramenta.

2.1.2. Recrutamento Externo

Recrutamento Externo é a busca externa com um processo de captação

de pessoas fora da empresa considerando tanto o mercado de trabalho como o

mercado de recursos humanos também chamado de mercado de candidatos

(FIDELIS E BANOV, 2006, p.57).

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Marras (2001), reforça tal constatação dizendo que Recrutamento

Externo é o “Processo da capacitação de recursos humanos no mercado de

trabalho, com o objetivo de suprir uma necessidade da empresa no seu quadro

de efetivos”(MARRAS, 2001, p.73).

De acordo com Chiavenato (1998, p.210), “este processo incide sobre

os candidatos reais ou potenciais, disponíveis ou aplicados em outras

organizações” é realizado através de técnicas de recrutamento que são

denominadas veículos de recrutamento onde a organização divulga a

existência de uma oportunidade de trabalho de acordo com as necessidades e

disponibilidades mais adequados. De acordo com Carvalho e Nascimento

(2000, apud Alberton, 2002), os meios podem ser através de:

§ Anúncios em jornais, revistas, etc., § Agências de recrutamento ou empresas de consultoria em procura de recursos humanos,

§ Apresentação de candidatos por parte de funcionários, § Contatos com escolas, universidades e agremiações, § Sindicatos de empregados, § Nepotismo, § Quadros de aviso na Portaria, § Arrendamento, § Arquivos de candidatos que estão armazenados na própria empresa.

§ Apresentação espontânea do candidato.

Na maioria das vezes, essas técnicas de recrutamento são usadas

simultaneamente. Os fatores custo e tempo são de fundamental importância

para escolha da técnica e/ou do veículo mais indicado para o recrutamento

externo.

Chiavenato (1998) comenta que no Recrutamento Externo:

Há dois tipos de abordagem das fontes de recrutamento: a abordagem direta e a abordagem indireta.

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Escolas

e Universi-dades

A

própria empresa

Outras Empresas

Outras fontes

Agências

de Recrutamento

Associações

de Classe

Sindicatos

Escolas

e Universidades

A

própria empresa

Outras Empresas

Outras fontes

Fonte: Chiavenato, 1998, p. 211

Figura 05 – Recrutamento externo - Abordagem Direta empresa-mercado

Figura 06 – Recrutamento externo - Abordagem Indireta empresa-mercado

Fonte: Chiavenato, 1998, p. 211

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São inúmeras as vantagens que recrutamento externo possui:

§ Traz “sangue novo” e experiências novas para a organização. A entrada de recursos ocasiona sempre uma importação de idéias novas, de diferentes abordagens dos problemas internos da organização e, quase sempre, uma revisão na maneira pela qual os assuntos são conduzidos dentro da empresa. Com o recrutamento externo e a par do que ocorre em outras empresas". § Renova e enriquece os recursos humanos da organização, principalmente quando a política é a de admitir pessoal com gabarito igual ou melhor do que o já existente na empresa. § Aproveita os investimentos em treinamento e desenvolvimento de pessoal efetuado por outras empresas ou pelos próprios candidatos (CHIAVENATO, 1998, p. 214).

Portanto, é positiva a vinda de novos profissionais, pois eles

representam renovação de idéias para a organização, além de renovar os

recursos humanos.

Quanto as desvantagens, Chiavenato (1998), esclarece que muitas

vezes é mais demorado do que o interno, é mais caro e gera algumas

despesas imediatas com anúncios, honorários de agências, etc., menos

seguro, e ainda pode afetar a política salarial da organização.

2.1.3. Recrutamento Misto

Em face as vantagens e desvantagens dos recrutamentos interno e externo, uma solução eclética, tem sido preferida pela maioria das empresas: o recrutamento misto, ou seja, aquele que aborde tanto fontes internas como fontes externas de recursos humanos. Na prática as empresas nunca fazem apenas recrutamento interno ou apenas recrutamento externo. Ambos se complementam e se completam (CHIAVENATO, 1998, p. 217).

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O recrutamento misto é a decorrência de um recrutamento interno, que

provavelmente irá gerar uma nova vaga desta pessoa transferida, devendo

assim se fazer um recrutamento externo.

Após a definição dos meios utilizados para recrutar candidatos, inicia-

se o processo de seleção de pessoas.

2.2. Seleção

O processo de seleção merece atenção especial, já que é ele que vai

definir, por diferentes modos e com diferentes estratégias, qual candidato vai

ficar com a vaga.

Atualmente, aumentou-se a procura por pessoas eficazes e dinâmicas, capazes de aumentar a perspectiva de vida das empresas e, conseqüentemente, alcançar o sucesso. O processo para fazer com que essas pessoas trabalhem é de extrema importância para a empresa que quer chegar ao sucesso. Os objetivos organizacionais podem ser atingidos somente com, e através de pessoas, por isso a importância do cuidado com a condução do processo de seleção (ARIEIRA e GUIMARÃES).

De acordo com Santos (2003), o objetivo do processo de seleção de

pessoal é identificar candidatos que melhor se enquadram no perfil de

determinado cargo.

Para Chiavenato (1998) a seleção constitui a escolha da pessoa certa

para o lugar certo.

Campos e Lima (2008), vão mais longe em suas análises, informando

que é preciso “colocar a pessoa certa para a empresa certa”. Sendo assim, o

processo de seleção é visto a partir disto, como um elemento chave para o

sucesso da empresa.

Desta forma, o processo de Seleção procura, entre os vários

candidatos recrutados, os que possuem o perfil mais adequado aos cargos

oferecidos pela organização, com o objetivo de manter ou aumentar a

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eficiência da organização. Portanto, a seleção procura solucionar dois

problemas fundamentais: a Adequação da pessoa ao cargo e a eficiência e

eficácia da pessoa no cargo.

Segundo Chiavenato (1998), o objetivo básico da seleção é o de

escolher e classificar os candidatos adequados às necessidades da

organização, onde são utilizados múltiplos procedimentos que possibilitam uma

comparação entre os diferentes candidatos para selecionar os melhores e mais

capazes. O autor ressalta ainda que a seleção de recursos humanos pode ser

definida simplesmente “como a escolha do homem certo para o cargo certo”,

ou, mais estritamente, entre os candidatos recrutados, aqueles mais

adequados aos cargos existentes na empresa, visando manter ou aumentar a

eficiência e o desempenho do pessoal. Todo critério de seleção fundamenta-se

em dados e informações de análise e especificações do cargo a ser

preenchido, as exigências das especificações do cargo, cuja finalidade é dar

maior objetividade e precisão à seleção do pessoal para aquele cargo.

De acordo com Chiavenato (1998).

a seleção de recursos humanos é um sistema de comparação e de escolha ela deve apoiar-se em alguns padrões ou critérios para alcançar alguma validade. O padrão ou critério é extraído a partir das características do cargo a ser preenchido. Assim, o ponto de partida é a obtenção de informações sobre o cargo. (CHIAVENATO, 1998, p. 228).

Existem cinco formas diferentes de obter as informações a respeito do

cargo: descrição e análise do cargo, aplicação da técnica dos incidentes

críticos, requisição de empregado, análise do cargo no mercado, ficha

profissiográfica.

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Figura 08 – Colheita se informações sobre o cargo como fundamento do

processo de seleção

O método comum em classificar e conhecer as habilidades dos

candidatos para uma determinada função, assim como prever seu

comportamento no cargo em questão é a escolha das técnicas de seleção mais

adequadas.

De acordo com Gil (2007), as técnicas mais utilizadas pelas

organizações são: análise dos currículos, testes escritos, testes práticos, testes

psicológicos, entrevista, dinâmica de grupo. Após a utilização de um ou mais

destes recursos, parte-se para a avaliação do candidato e tomada de decisão.

Chiavenato (1998, p.231), se aprofunda nessa questão fazendo a

seguinte observação: “As técnicas de seleção podem ser classificadas em

cinco grupos” onde geralmente escolhe-se mais de uma técnica de seleção

Fonte: CHIAVENATO, 1998, p. 229

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para cada caso, auxiliando e favorecendo um amplo conjunto de informações

sobre o candidato.

Figura 08 – Grupos de técnicas de seleção

Fonte: CHIAVENATO, 1998, p. 231

Cabe ressaltar que Spector (2003), assim como Chiavenato diz que são

cinco os principais métodos de avaliação utilizados para definição de perfis. Os

métodos são: testes psicológicos; inventário biográfico; amostras de trabalho;

centro de avaliação e avaliação das competências.

Lacombe (2005), reforça essa idéia e vai mais longe em sua analise

dizendo que os principais métodos utilizados para a seleção de pessoal são:

Entrevistas de seleção

Dirigidas (com roteiro pré-estabelecido)

Não Dirigidas (sem roteiro ou livres)

Provas de conhecimentos

ou capacidade

Gerais

Específicos

De cultura geral de línguas

De cultura profissional de conhecimentos técnicos

Testes de personalidades

Expressivos

PMK

Projetivos

a árvore Rocharch TAT Szondi

Inventários

de motivação de frustração de interesses

Testes psicométricos

De aptidões Gerais Específicos

Técnicas de simulação

Psicodrama

Dramatização (role-playing)

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triagem preliminar de currículos; entrevista na unidade de seleção; informações

de pessoas confiáveis; testes técnico-profissionais; testes psicológicos;

dinâmica de grupo; entrevistas pelas chefias futuras; informações de empregos

anteriores; informações cadastrais; exame médico.

Toledo e Milione (1983 apud Guimarães e Arieira, 2005) fazem uma

importante observação a este respeito:

As atividades de seleção, tipicamente, seguem a um padrão determinado e consistem em provas de conhecimento, com a finalidade de medir o grau de conhecimentos e habilidades que o candidato possui sobre determinados assuntos. Essas provas medem o grau de conhecimento profissional ou técnico, como noções de informática, contabilidade, redação, inglês, etc. Elas podem ser oral, escrita e prática. A dinâmica de grupo, como o próprio nome diz, é uma técnica realizada em grupo que vem sendo a cada dia mais empregada pelas organizações. Ela permite ao avaliador observar o candidato interagindo com outras pessoas possibilitando, assim, uma análise desse comportamento em relação ao cargo a ser ocupado. Já a entrevista é seguramente a técnica mais utilizada em todas as organizações, ela tem inúmeras aplicações nas organizações, desde uma entrevista preliminar para o recrutamento, a entrevista de desempenho; entrevista de caráter social (entrevista social); até entrevista de desligamento, a qual poderá ser subsídio para as políticas de administração de recursos humanos das organizações (Guimarães e Arieira, p. 209-210).

Cada uma dessas etapas representa um momento de decisão no

processo seletivo, que certamente tende a descobrir as experiências,

habilidades e a motivação do futuro empregado a organização, aumentado as

informações para que seja feita a seleção final.

O processo seletivo envolve-se, portanto, num planejamento cauteloso

das etapas que o compõem, podendo encarar essas técnicas de seleção em

estágios seqüenciais (um, dois, três ou mais) isso vai depender da investigação

e necessidade da empresa. Geralmente se aplica mais de uma técnica de

seleção.

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De acordo com Zaccarelii e Teixeira (2008), muitos dos testes

psicológicos, que eram usados amplamente pelas empresas e certamente

aplicados para desvendar as várias características de comportamento, alguns

caiu em descrédito. Os autores mencionam que atualmente, o uso de métodos

alternativos como astrologia, numerologia, tarô, grafologia, etc., tem sido

considerando como formas alternativas de conhecimento além dos métodos

científicos.

As alternativas disponíveis são muitas e variam de acordo com o perfil e

complexidade de cargo a ser preenchido. Entre elas destacamos:

os testes psicológicos que são utilizados para buscar mensurar e avaliar as características próprias de cada indivíduo. São divididos em testes de personalidade e teste de aptidão. No teste grafológico, por exemplo, é feita a análise da grafia (escrita) do candidato, em que se pode avaliar inúmeros traços da personalidade do indivíduo (Guimarães e Arieira, 2005, p. 209).

Portanto, no próximo capítulo vamos abordar como técnica alternativa

no processo seletivo a grafologia.

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CAPÍTULO III

A GRAFOLOGIA COMO TÉCNICA ALTERNATIVA DO

PROCESSO SELETIVO

Contratar bons profissionais é um desafio há mais de dois mil anos”.

Harvard Business Review, 1999, p. 109.

No atual momento que estamos vivendo o capital humano é o maior

ativo que as organizações podem possuir. Portanto, um dos maiores desafios

para as empresas é exatamente atrair, manter e desenvolver pessoas,

acrescentando novos valores à organização, para aumentar a eficiência e

eficácia de suas atividades.

Dentro dessa perspectiva, o processo de seleção é fundamental para o

sucesso da empresa. Entretanto, atualmente não é tão simples realizar esta

tarefa, já que os bons candidatos estão bem parecidos tecnicamente,

procurando sempre estar a altura das exigências em termos de conhecimento

determinada pela sua área de atuação, por meio de formação superior,

idiomas, cursos de especializações, etc.

Nesse contexto, as avaliações psicológicas ganham espaço maior nos

processos seletivos. Deve-se a isso, o fato das empresas identificarem a

importância de otimizar o tempo gasto nos processos de recrutamento e

seleção e aumentar significativamente o índice de acertos na contratação do

profissional.

Uma das principais vantagens das análises de perfil pessoal é

conseguir encaixar as características de um profissional a um cargo específico

e redirecionar para funções que sejam condizentes com suas habilidades.

Nesta fase do processo de escolha, a grafologia torna-se peça fundamental, contribuindo para complementar informações que na entrevista, por exemplo, não se avalia bem. Ou seja, alguns aspectos importantes como: nível intelectual, habilidades para organização e planejamento,

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nível de perseverança, insinceridade, aptidões entre outros (BRILHANTE, 2003, p.2).

Segundo Vels (1997) A grafologia é uma ciência bastante antiga que

procura decifrar a personalidade humana por meio da escrita de cada

indivíduo. Desta forma, “a grafologia é atualmente um dos meios mais

utilizados internacionalmente na seleção de pessoal para empresas. Isto se

deve à rapidez, comodidade e amplitude e resultados no diagnóstico do caráter

e das aptidões” (VELS, 1997, p. 13).

Convidamos Luginger (2005, p.52), para reforçar nosso entendimento,

enfatizando que:

A grafologia é uma ciência que estuda e analisa a caligrafia tendo como objetivo principal determinar estados físicos, mentais e emocionais do escritor. Torna-se assim possível o conhecimento de características da personalidade e do caráter do indivíduo.

Para Souza (2007), a Grafologia é o estudo da personalidade e caráter

através dos traços da escrita. Permite mapear características de uma pessoa,

nos campos intelectual, profissional, social/relacionamentos e emocional, ou

seja, como ela age e reage em seu contexto de vida.

Na concepção de Mandruzato (1997), a grafologia é o estudo da

estrutura psicológica do ser humano através de sua escrita.

Atualmente no Brasil a grafologia ganha força em algumas empresas

que procuram entender melhor a personalidade e o potencial de seus

funcionários, já que a grafologia é uma ciência investigativa como afirma

Brilhante (2003) e que pode cooperar muito para o desenvolvimento do

domínio pessoal, proporcionando o conhecimento das limitações, as quais

representam exatamente as oportunidades de melhoria e crescimento, bem

como o reconhecimento de habilidades e competências latentes e manifestas.

Para a melhor avaliação dos recursos humanos, com menor curso e margem de erro, torna-se essencial considerar a seleção de pessoal como um processo estratégico, não só para o êxito da empresa, como também para sua própria sobrevivência: a Grafologia se apresenta como diferencial no processo de seleção,

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através da analise dos diversos tipos de escritas, visando descobrir o perfil do candidato (ROSSATO e PIRES, 2007).

O pressuposto da técnica é que pelo modo como escrevem, as

pessoas mostram quem são e como se encontram emocionalmente. Já que a

escrita é uma imagem do indivíduo, por meio dela é possível analisar o tipo de

personalidade, temperamento, caráter, conflitos internos, traumas, potencial,

vocação profissional e até doenças, físicas e psicológicas.

Como explica Camargo (2006), a técnica da grafologia está

fundamentada no caso de que a escrita nasce do cérebro. É estimulada no

palladium, caminha através dos neurônios e é apoiada pelos músculos. Isso faz

com que o individuo projete, através da escrita, aspectos emocionais

psicológicos, fisiológicos e estéticos. Desta forma, a grafologia como toda a

ciência, está baseada em um método, ou seja, para realizar uma análise da

escrita e traçar o perfil psicológico de uma pessoa é necessário seguir alguns

procedimentos.

Figura 09 – Aspectos que podem ser examinados através do estudo das

letras

Fonte: Brilhante, 2003

informando para onde está direcionada a atenção no momento atual

Foco no presente

Intelectual abordando o nível de pensamento, atenção e cognição.

Emocional demonstrando atitudes introvertidas ou extrovertidas, sentimentos e nível de parcimônia.

abordando os resultados que se pode obter através de ações produtivas. Aspirações: revelando desejos e interesses almejados.

Desempenho

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De acordo com Camargo (1999) a grafologia pode investigar o homem

com possibilidades de chegar a um alcance bem maior do que qualquer outro

tipo de teste existente na atualidade.

A utilização da grafologia como uma das principais fases do processo

de seleção, tem encontrado adeptos em todo o mundo, pelos seguintes

motivos:

§ Diminuição acentuada de custo;

§ Rapidez no processo – diminuição do tempo

§ Redução no turn over ou rotatividade;

§ Aumento de produtividade;

§ Satisfação de todos os envolvidos no processo.

O teste de grafologia é aplicado pelo examinador. É entregue ao

candidato uma folha de papel sulfite branca e uma caneta esferográfica azul ou

preta e solicitado que o mesmo elabore uma redação, com letra cursiva, de

tema é livre, exigindo apenas que tenha no mínimo 20 linhas e o candidato terá

o tempo que achar necessário. Somente após o término do teste que o

candidato é informado que se trata de um teste grafológico, até mesmo por

uma questão ética.

A grafologia tem inúmeras vantagens em ralação a outros testes, pois

por ser voltada para o campo da escrita não está impregnada por questões

como a religião, cor, raça ou gênero. É uma técnica bem rápida e de fácil

aplicação e a análise independe da presença do avaliado. Existem também as

desvantagens como: a falta formação qualidade em grafologia que leva a falta

de preparação do grafólogo, acredita-se que esses são os pontos fundamentais

para essa ferramenta não ter validação no Brasil.

Observa-se que a grafologia é uma ferramenta que enriquecesse todo

o processo seletivo, sendo de fácil aplicação e resultado satisfatório. Sem

desrespeitar a individualidade de cada um, transformando o processo de

avaliação e escolha de candidatos, especial e personalizado para cada

empresa, com o intuito de buscar profissionais que contribuam para o

progresso e desenvolvimento de ambos, empresa e funcionário.

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As empresas brasileiras ainda estão muito tímidas quanto ao uso de

técnicas alternativas no processo de seleção, apesar da tecnologia otimizar e

garantir uma boa performance nos resultados. Atualmente, existem inúmeras

ferramentas disponíveis no mercado para o RH aplicar no dia-a-dia. A questão

é saber qual recurso deve ser utilizado e se o mesmo atenderá às

necessidades da organização.

De acordo com Rodrigues (2003), o grupo Pão de Açúcar e a Novell do

Brasil estão entre as grandes empresas que utilizam a grafologia como

instrumento adicional nas atividades de RH.

No artigo “CARREIRA Vale o que está escrito” publicado na Revista

Época nº 411, caderno Economia e Negócio. Desde 1994, que o Grupo Pão de

Açúcar, utiliza a grafologia como instrumento de apoio na seleção de

funcionários. Antes ela era adota apenas para a escolha de trainees.

Atualmente a grafologia é empregada na triagem, avaliação de potencial,

análise de perfil, comparação perfil x cargo e entrevistas, como instrumento

complementar para enriquecer um processo de recrutamento e seleção, um

treinamento ou uma promoção. Reforçando desta forma, a importância da

técnica, para cargos estratégicos e de confiança.

Entretanto precisa-se estar ciente de que o “uso da grafologia é

complementar na empresa pois ele não aprova e nem reprova, e sim procura

colocar a pessoa em uma função mais adequada” (CAMARGO, 1999, p.268).

A diretora de operações da Laerte Cordeiro, Adriana Schmidt Neglia,

compartilha com a visão de que a grafologia deve ser sempre um recurso

complementar: “ela promove uma leitura muito mais completa da personalidade

das pessoas do que alguns testes psicológicos atualmente em uso, mas não

deve ser a única técnica utilizada nos processos seletivos”.

O diretor da Agrosystem, distribuidora de produtos eletrônicos

importados para agroindústria, Carlos Henrique Jacintho Andrade, é outro

adepto da grafologia, no seu caso desde 1991. Mas também não se apóia

neste recurso exclusivamente. “É mais um complemento aos testes

psicológicos feitos pela firma de recrutamento que presta serviços para a nossa

empresa”, diz Andrade. “Mas tenho constatado que a grafologia realmente

revela aspectos importantes da personalidade”.

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Nas lojas de roupas Riachuelo, a análise da letra manuscrita também

ajudou a recrutar cada um dos 12.500 funcionários da empresa. 'Em apenas

poucas linhas é possível avaliar se o candidato tem competências como

capacidade de gestão ou tendência à liderança', afirma o grafólogo Alberto

Swartzman

Apesar da grafologia ser uma ferramenta importante, essencial para

diagnóstico de perfil, um processo confiável capaz de fornecer importantes

informações, que na maioria das vezes ou quase nunca são possíveis perceber

verbalmente. Assim, no Recrutamento e Seleção, permite uma análise mais

apurada do candidato, todavia ela ainda é uma ferramenta complementar que

se soma aos tradicionais testes psicotécnicos, entrevistas e dinâmicas de

grupos.

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CONCLUSÃO

As técnicas de seleção de pessoal sempre existiram na história do

trabalho, e foram se aperfeiçoando na medida que o tempo foi passando e as

mudanças organizacionais e na própria sociedade vão ocorrendo em uma

velocidade cada vez mais acelerada. As mudanças tecnológicas, globalização

e a competitividade, exigem do mercado cada vez mais competência, levando

as empresas a se preocuparem e repensarem os seus modelos de gestão de

pessoas. Não há como fechar os olhos ou mesmo evitar as mudanças no

mercado de Recursos Humanos e no processo de gestão de pessoas.

Entre as inúmeras formas de contratar pessoas, há sempre a enorme

preocupação da empresa em trazer para seu quadro funcional o melhor, avalia-

se a todo um processo seletivo, iniciando com o recrutamento e seus

processos interno e externo, empregando-se de uma metodologia detalhada e

bastante sistemática para uma seleção mútua que estar amarrada de inúmeros

fatores e circunstâncias no interior de uma empresa.

Todas as organizações têm suas preocupação diante do quadro de

pessoas que irá contratar, fazendo uma série de diagnósticos, procurando a

melhor forma de selecionar as pessoas. Como diz Chiavenato (1998), “a

seleção constitui a escolha da pessoa certa para o lugar certo”. Por isso ativam

o processo de agregar pessoas por meio de recrutamento tendo como principal

objetivo de abastecer o processo seletivo a mão-de-obra qualificada com

menor tempo, com baixo custo e mínima margem de erro. O que leva-nos a

considerar a seleção de pessoal como um processo estratégico que acrescenta

novos valores à organização, para aumentar a eficiência e eficácia de suas

atividades.

Dentro desse contexto, as avaliações psicológicas ganham espaço

maior nos processos seletivos, devido “todos os homens são iguais, só que uns

são mais iguais do que os outros” (Owell, 1999).

As empresas, apesar das dificuldades e resistências encontradas,

procuram alternativas eficientes para a solução de seus problemas Nesse

contexto é que a grafologia se apresenta como diferencial no processo de

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seleção, através da analise dos diversos tipos de escritas, visando descobrir o

perfil do candidato. Como afirma Camargo (1999), “a grafologia pode investigar

o homem com possibilidades de chegar a um alcance maior do que qualquer

outro tipo de teste psicológico existente na realidade”. Entretanto, a grafologia é

uma ferramenta auxiliar ou até mesmo complementar que se soma aos

tradicionais testes psicotécnicos, entrevistas e dinâmicas de grupos.

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ÍNDICE Folha de Rosto ............................................................................................ 02

Agradecimento ............................................................................................ 03

Dedicatória ................................................................................................... 04

Resumo ......................................................................................................... 05

Metodologia ................................................................................................. 06

Epígrafe . ....................................................................................................... 07 Sumário ......................................................................................................... 08

Introdução .................................................................................................... 09 Capítulo I Um novo conceito de Administração de Recursos Humanos ............... 12 1.1. Gestão de pessoas ............................................................................. 16

Capítulo II Recrutamento e Seleção de Pessoal .......................................................... 21 2.1. O processo de Recrutamento ............................................................. 22

2.1.1.Recrutamento Interno ................................................................ 25 2.2.2. Recrutamento Externo............................................................... 26 2.2.3. Recrutamento Misto ................................................................. 29

2.2. O processo de Seleção ...................................................................... 27 Capítulo III A grafologia como técnica do processo seletivo ..................................... 32 Conclusão ..................................................................................................... 37 Bibliografia ................................................................................................... 38 Anexos ........................................................................................................... 40 Índice .............................................................................................................. 42

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A GRAFOLOGIA COMO FERRAMENTA ALTERNATIVA NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

Por: Neilda de Souza Oliveira

Foi avaliada por: .............................................................

Conceito: ...................................

Rio de Janeiro, _____ de ____________ de 2009.