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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A utilização de vídeo do youtube em interface da EAD:
complementação no processo de ensino-aprendizagem
Por: Márcia Andréia Rodrigues de Lima Pereira
Orientadora
Profa. Mary Sue Carvalho Pereira
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A utilização de vídeo do youtube em interface da EAD:
complementação no processo de ensino-aprendizagem
Apresentação de monografia na AVM Faculdade
Integrada – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Tecnologia Educacional
Por: Marcia Andréia Rodrigues de Lima Pereira
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AGRADECIMENTOS
...A Deus por mais uma oportunidade...
....As minhas filhas Luisa e Luana pela
compreensão da minha ausência...
....Aos meus pais pelo apoio
incondicional...
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DEDICATÓRIA
.....Dedico à todos os profissionais de
EAD.......
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RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo principal apresentar informações sobre as
tendências na modalidade Ead. As tendências em questão abrangem pontos
relevantes no que concerne a tutoria, utilização do vídeo do youtube, blog e o
ensino-aprendizagem. Surge uma nova postura, com relação ao professor
denominando-o como facilitador de tarefa e mediador, assim como um aluno
autônomo e ambos conseguem redefinir para uma aprendizagem colaborativa.
Com o avanço tecnológico a internet impulsiona formas alternativas de
disseminação do conhecimento. Contribuindo para uma forma de
aprendizagem com inúmeras possiblidades de serem difundidas. A ead muda
substancialmente estruturas tradicionais e redefine novas metodologias
pedagógicas. Iremos refletir sobre a relação do professor tutor e seu papel
cada vez mais em destaque no contexto educacional. Conheceremos as
interfaces como blogs muito utilizados como diário virtual. E que podem ser de
grande utilidade para educação em termos estratégicos e analíticos que
viabilizam o compartilhamento da informação.
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METODOLOGIA
A metodologia escolhida para realização desta monografia foi uma pesquisa bibliográfica caracterizando o presente estudo, quanto á natureza, como uma pesquisa do tipo aplicada, tendo como objetivo gerar reflexão sobre o assunto.
Para execução deste estudo bibliográfico foi utilizada, a leitura exploratória e seletiva do material de pesquisa.
A seleção de fontes de pesquisa foi baseada em publicações de autores de reconhecida importância no meio acadêmico e em livros o qual destaco alguns principais que fundamentaram o trabalho em questão como: Mattar, Maia, Moran e Peters bem como artigos acadêmicos veiculados e pesquisados através da internet.
O delineamento de pesquisa contemplou as fases de levantamento e seleção da bibliografia, coleta dos dados e leitura minuciosa sobre o assunto.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................08
CAPÍTULO I -A Nova Tendência EAD..............................................................10
CAPÍTULO II - As Mudanças no processo ensino-aprendizagem com utilização
das interfaces....................................................................................................22
CAPÍTULO III – Os desafios contemporâneos sobre tecnologia e educação..30
CONCLUSÃO...................................................................................................40
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................42
WEBGRAFIA....................................................................................................44 ÍNDICE..............................................................................................................46
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INTRODUÇÃO
Quando falamos em educação vem à tona, aluno, professor e sala de
aula. Hoje com o avanço tecnológico vislumbramos um professor tutor e um
aluno autônomo em um espaço virtual chamado interface. A educação é uma
expressão de uma grandeza que abrange questões emocionais e sociais rumo
à dignidade. A EAD rompe as fronteiras e possibilita realizações acadêmicas
marcando uma nova geração.
O tema deste estudo é utilização do vídeo do youtube como
complementação em EAD através de uma interface chamada blog.
A questão central deste trabalho se fundamenta na seguinte indagação
em que medida o vídeo no blog auxilia a construção do conhecimento em
EAD?
O tema sugerido é de fundamental relevância, pois se trata de um assunto
muito discutido hoje em dia requerendo atenção de especialistas assim como a
capacitação dos profissionais envolvidos.
No que tange as peculiaridades sobre EAD, o vídeo do youtube
utilizado em interfaces como blog requer uma visão e postura da professora
tutora estimulando através de um recurso visual os alunos, nesta modalidade
em educação, crescente nos últimos anos, de forma que os mesmos possam
formular suas ideias, desenvolver suas avaliações e compor o seu
conhecimento com o intuito de uma complementação pedagógica no processo
de ensino–aprendizagem.
Sendo assim, é necessária uma correta investigação dos efeitos deste
estimulo sobre o processo ensino-aprendizagem em EAD para que possamos
avaliar os aspectos positivos pertinentes a esta mediação.
Neste sentido, o presente estudo justifica-se em promover a
informação bem como a reflexão através de pesquisa acadêmica que poderão
elucidar a respeito de um tema dentro da atualidade e muito instigante
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tornando-o de suma importância para os novos padrões educacionais dentro
da modalidade EAD.
São, portanto objetivos desta pesquisa Investigar o auxilio do vídeo do
youtube na construção do conhecimento em EAD; Pesquisar sobre EAD;
Analisar as ferramentas colaborativas em especial a interface blog e a
utilização vídeo do youtube e Refletir sobre o processo de ensino-
aprendizagem em EAD.
No capitulo I abordaremos sobre esta nova tendência que aumenta
cada vez mais se alicerçando como uma premência que ganha novos olhares,
novos profissionais e conquistando assim novos adeptos.
Já no capitulo II comentarei as mudanças na Ead, neste cenário
grandioso das ferramentas colaborativas que se popularizam como as redes
sociais em especial o blog ou weblog e a multimídia chamada youtube.
Por fim, no capitulo III destaco alguns desafios impostos por esta
relação educação e tecnologia invadindo a nossa realidade e sendo absorvida
pela nossa cultura.
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CAPÍTULO I
A NOVA TENDÊNCIA EAD
A ead cresce consideravelmente no Brasil e dados disponíveis
revelam um grande numero de instituições que ofertam curso a distancia.
Neste cenário encontramos diversas funções desempenhadas pelos agentes
envolvidos. Poderemos vislumbrar também uma forma de relacionamento
interativo e colaborativo que são alicerçados com o uso das tecnologias.
De acordo Valente e Mattar ( 2007) “é praticamente um consenso que
a Ead obriga alunos, professores e instituições a desempenharem novos
papeis no processo de ensino e aprendizagem”( p.65), sendo assim, os
professores atuam em diferentes papeis como: professor tutor, autor de
conteúdos, designer instrucional entre outros. Os alunos possuem autonomia
em seus estudos como também uma flexibilidade onde aprendizagem é auto-
direcionada, podemos então chama-los de autodidatas. Valente & Matar ainda
reforçam:
A ead, nesse sentido, pressupõe um aluno autônomo e independente, mais responsável pelo processo de aprendizagem e disposto “a auto-aprendizagem. Podemos assim falar de aprendizagem auto-responsavel, autoplanejada, auto-organizada e auto-regulada, e lembrar da palavra autodidata. (VALENTE; MATTAR, 2007,p.66).
As instituições e o mercado de trabalho estão se adequando, a nova
realidade, pois devido às tecnologias e as mudanças da aprendizagem o
conhecimento ficou mais fácil para ser disseminado. Desta forma, quanto mais
rápidas se reestruturarem para as demandas da atualidade mais chance terão
de sobreviverem às novas exigências.
Isto nos remete a pensar em Rosini:
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A educação a distância vem crescendo rapidamente em todo mundo. Incentivados pelas possibilidades decorrentes das novas tecnologias da informação e das comunicações e por sua inserção em todos os processos produtivos, cada vez mais cidadãos e instituições vêm nessa forma de educação um meio de democratizar o acesso ao conhecimento, bem como de expandir oportunidades de trabalho e aprendizagem ao longo da vida (ROSINI, 2007, p. 65)
Assim, a Ead proporciona reformas através da utilização de
tecnologias, incentiva nova postura na forma de ensinar e propaga um novo
estilo de aprendizagem. Sem fronteiras e sem presencialidade sendo
compartilhada pela sociedade em busca de um objetivo, a potencialização do
conhecimento.
De acordo com Moran:
Estamos caminhando rapidamente para uma sociedade muito diferente, que em parte vislumbramos, mas que ainda reserva inúmeras supressas. Será uma sociedade conectada com possiblidades de comunicação, interação e aprendizagem inimagináveis hoje. Os processos de educação serão profundamente diferentes dos atuais. Todas as sociedades educam, transmitem seus valores e tradições; com isso será feito daqui a 40 ou 50 anos, não saberemos claramente. Mas sabemos que a aprendizagem será a essência da nova sociedade: aprender a conhecer, a sentir, a comunicar-se, a equilibrar o individual e o social. (MORAN, 2007, p.145)
Nesse contexto, a sociedade está sofrendo alterações na sua cultura.
Chamamos de cultura digital onde a comunicação é transformada na esfera
social. Os impactos dentro dessas possibilidades interativas trazidas pela
internet interferem também em seus códigos éticos regulando toda a
diversidade em produções escritas, compartilhadas e estudadas.
A palavra chave em questão com a Ead para sociedade da cultura
digital esta relacionada com a interatividade. Assim, como as questões de
politicas públicas educacionais propagam a inserção de todos viabilizando o
acesso a informação e o conhecimento sem discriminação. A interatividade é à
base da relação da sociedade com o uso das tecnologias de comunicação.
E em face disso, Silva (2000) conceitua interatividade como:
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Disponibilização consciente de um mais comunicacional de modo expressivamente complexo, ao mesmo tempo atentando para as interações existentes e promovendo mais e melhores interações – seja entre usuários e tecnologias digitais ou analógicas, seja nas relações presenciais ou virtuais entre seres humanos. (SILVA apud LIMA, PRETTO, FERREIRA, 2005, p. 240)
Portanto, estamos refletindo sobre uma nova educação que já redefiniu
inúmeras alternativas para a disseminação do conhecimento e bem como
mudanças na estrutura convencional. Surgem a potencialização da inteligência
coletiva no campo educacional e corporativo, atributos que mudam hábitos e
vislumbram novas metodologias bem como, sintonia com as tecnologias
vigente. A partir daí temos uma nova sociedade que interage conectada e que
se ajustam constantemente às mudanças.
1.1 – Terminologia da EAD
Vamos iniciar falando sobre a polêmica desta tendência que gera
duvidas em torno de sua nomenclatura: EAD. Ensinar ou educar a distancia
qual seria a terminologia mais aplicada.
Seria possível pensarmos em Ead sem a presencialidade de seus
sujeitos docentes e discentes. Teoricamente, não teríamos a educação e sim o
ensino ou a instrução a distancia assim diz Maia (2007) “se a presença é
essencial para intersubjetividade requerida em uma experiência de educação,
então a educação a distancia não seria possível” (p. 10) e outros autores
mencionam que seria possível, pois a ideia requer um estudo mais intenso e
proveitoso.
No que diz respeito, ao ensino a distancia, Maia (2007) destaca que “o
sucesso do ensino a distancia depende da criação, por parte das instituições e
do instrutor de oportunidades adequadas para o dialogo entre professor e
aluno, bem como de materiais didáticos adequadamente estruturados”.
(MOORE apud MAIA, 2007, p.16)
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Mesmo gerando duvidas, a muito que discutir sobre a educação a
distancia, pois a mesma pode ser empregada no presencial para disciplinas
isoladas ou apenas como semipresencial contribuindo para muitos
questionamentos.
Em contrapartida, Tori (2010) afirma que:
De fato há diferenças na forma, nos requisitos e nos métodos entre uma aprendizagem desenvolvida em uma sala de aula tradicional e aquela realizada sem contato presencial do aluno com professores e colegas. Mas também há diferenças entre, por exemplo, aulas expositivas, atividades práticas em laboratórios e dinâmicas de grupo. Nem por isso se cogita a criação de “educação expositiva”, “educação laborativa” ou “educação dinâmica”. (TORI, 2010, p. 25)
Já Rosini (2007) comenta que a ‘terminologia mais apropriada’ seria
uma ‘educação independente de distâncias’ pelo seguinte motivo, “uma vez
que com os seus inúmeros recursos tecnológicos, eliminam-se as distâncias e
fronteiras e torna-se a enorme a diversidade de arranjos e combinações
possíveis”(p.68) e que poderíamos encarar utilizando esta ‘expressão
idiomática’ a cerca de ‘educação a distancia’.
Em suma, notamos que ensinar ou educar a distancia não faz tanta
diferença quanto aos recursos tecnológicos utilizados. O mais importante é
aplicação das tecnologias para ensino e aprendizagem agregando valor e
potencializando o conhecimento.
1.2 - Características da EAD
Atualmente a ead está crescendo e ganhando cada vez mais novos
adeptos, são alunos, professores e pesquisadores engajados em uma nova
forma de aprendizagem on line. A ead facilita a implementação de tecnologias
dentro do processo de comunicação e aprendizagem.
Sua relação estrutural, metodológica e até mesmo interesses políticos
levam a uma nova tendência, que alicerçada na modalidade Ead, compreende
uma nova geração de alunos e consequentemente de futuros profissionais. A
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ead explora as potencialidades da inteligência coletiva e dissemina a
construção do conhecimento interativo.
De acordo com Maia (2007) “A Ead é uma modalidade de educação
em que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que
utiliza diversas tecnologias de comunicação” (p. 6), isso é o que pensamos no
primeiro instante, porém, como acontece a aprendizagem nesta estrutura que
se utiliza vários aparatos tecnológicos.
Ao analisarmos esta tendência nos deparamos com valiosos aspectos
e experiências pedagógicas que serão formulados e reformulados
constantemente em prol da aprendizagem, da autonomia e da mediação.
De acordo com Rosini:
O papel do educador do século XXI será crucial, pois a ele caberá a tarefa de alterar a si próprio, seu próprio comportamento, uma vez que vem de uma cultura totalitarismo para o universalismo. Logo, seu papel não mais será o de apenas informar ou formar, mas também, e sobretudo, o de incentivar seus alunos a obter uma aprendizagem mais participativa e evolutiva. (ROSINI, 2007, p.67)
Já aspectos estruturais entre a ead e aprendizagem online serão
visíveis no mundo virtual em que caminhamos da mesma forma que levaremos
em conta a fronteira geográfica e as chamadas distancias psicológicas, sociais
e culturais.
A ead esta se tornando particularmente uma forma atraente e popular
de ensino e aprendizagem. Uma grande demanda merece destaque por parte
das empresas, universidades, igrejas e o governo, não apenas por introduzi-la
e executá-la, mas por se prepararem para ela.
Para Peters (2009), as características de ead, torna-se, interessante
falarmos das universidades que consideravelmente são diferentes das outras.
As condições socioeconômicas, culturais, acadêmicos e as estratégias de
aprendizagem impulsionam para versões especiais e porque não político-
pedagógica especifica.
No que concerne aspectos pedagógicos da Ead, o uso de ambientes
informatizados, de rede, o próprio ambiente virtual de aprendizagem requerem
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um planejamento minucioso para permitirem a fluidez do processo de ensino
aprendizagem.
Segundo Behar (2009) defende que para planejarmos a proposta
pedagógica temos que vislumbrar as competências do corpo discente.
Focando sua compreensão no “processo online”, e também deverá possuir ou
desenvolver habilidades comunicativas além de ser “auto-motivado” e “auto-
disciplinado”. Devido à “flexibilidade de tempo e espaço na EAD”, o corpo
discente deverá ter pessoalmente uma definição de horários bem como o local
para seu êxito nos estudos.
Dentro dessas características a motivação é a peça chave para a ead,
neste sentido, Behar (2009) assim se posiciona:
Muitas vezes, por existir uma distância física entre professor e aluno, pode-se observar uma sensação de isolamento por parte do aluno; em vista disso, é necessário que ele se automotive e seja motivado por professores e tutores, evitando a evasão. Certamente, o aluno precisa ter equipamento e software necessários para acompanhar o curso de EAD, usando de forma adequada a tecnologia. (BEHAR, 2009, p.26)
Segundo Peters (2009) destaca que “a educação a distancia esta
agora muito valorizada, porque nos ajuda no difícil processo de romper com a
tradição e planejar algo novo, mais relevante para a sociedade pós-industrial
do conhecimento” (p. 46), a educação a distancia esta sendo alicerçada em
nosso contexto educacional bem como sofrendo ajustes a cada ano.
É relevante comentarmos que a estrutura da Ead, seus meios técnicos
são fundamentais para uma relação de dialogo onde possa existir a
mediatização da comunicação.
Segundo Moore (1990) menciona:
Educação a distância é uma relação de diálogo, estrutura e autonomia que requer meios técnicos para mediatizar esta comunicação. Educação a distância é um subconjunto de todos os programas educacionais caracterizados por: grande estrutura, baixo diálogo e grande distância transacional. (MOORE apud SILVA, 2004, p.4)
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De acordo com este relato de Moore, a EAD reúne professores,
altamente capacitados que exercerem suas funções, pois o conhecimento será
estruturado e compartilhado com os alunos sempre favorecendo a
interatividade e a construção do conhecimento através de uma comunicação
de qualidade estimulada pela mediatização.
A conectividade é um fator imperativo na dinâmica on-line. Quebrar
paradigma, do aluno e inseri-los nesta visão é fator relevante, para o
comprometimento do discente neste processo.
Neste sentido Silva (2004) assim destaca:
A tecnologia contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento da Educação a Distância, pois as barreiras até então apontadas que dificultavam os processos de aprendizagem foram vencidos. As características essenciais da Educação a Distância é a flexibilidade do espaço e do tempo, abertura dos sistemas e a maior autonomia do aluno. (SILVA, 2004, p.4)
Este fator é temporário, pois isto ocorre com os alunos de gerações
antigas, pois são os imigrantes digitais. Na medida em que for renovando o
corpo discente, a tendência é a maior interação, pois a geração mais nova são
os chamados nativos digitais, ou seja, alunos que já nasceram conectados
desde crianças e estão familiarizados com as novas tecnologias e
consequentemente haverá menor rejeição e talvez maior afeição pelo processo
à distância.
Este fato só será efetivo na medida em que houver motivação
necessária e interação entre as partes envolvidas visando superar
metodologias de ensino a distancia e garantindo a motivação do aluno.
Em face disso, Silva (2004) esclarece:
O que pode-se perceber é que na Educação a Distância o sucesso do aluno depende em grande parte de motivação e de suas condições de estudo. O desenvolvimento de pesquisas sobre metodologias de ensino para educação à distância perpassa na maior autonomia do aluno, condição sine qua non para o sucesso de qualquer experiência de Educação a Distância que pretenda superar os modelos instrucionais e behaviouristas.( SILVA, 2004, p.4)
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A questão sobre textos práticos ou trabalhos empíricos não devem ser
considerados um legado do ensino à distância uma vez que em sua maioria
são migrados do ensino presencial. Talvez o principal equívoco esteja
inabilidade do sistema ou docente em trabalhar com esta metodologia.
A questão principal neste processo é desmistificar a crença que o
professor é detentor do conhecimento incutindo no aluno a sua
responsabilidade no processo de aprendizagem. E mesmo sendo uma relação
virtual, superando as barreiras pertinentes a espaço e ao tempo, a ação educar
se prolonga para toda vida.
Isto nos remeter a pensar novamente em Silva (2004) que ressalta:
Na Educação a Distância não estamos juntos fisicamente, porém conectados. Saímos do contato físico para o contato virtual, vencendo barreiras de espaço e tempo. Devemos pensar uma sociedade educativa e educar ao longo da vida.( SILVA, 2004, p. 4)
Desta maneira estaremos quebrando o paradigma da resposta do
professor imbuindo assim no discente um espírito de curiosidade e de senso
crítico ao que lhe é oferecido. No intuito de desenvolver suas potencialidades
acadêmicas e acima de tudo valorizando o ser humano e suas experiências
adquiridas.
O comportamento do aluno pode ser oriundo da passividade do tutor ao
aceitar respostas que não expressem o pensamento crítico do aluno. Sobre
isso Rosini (2007) diz que “a educação a distancia deve tentar inverter alguns
paradigmas, principalmente quanto à produção de saber e à sua transmissão”
(p 65).
A educação a distancia também é um destaque na aprendizagem
corporativa, não há como negar a necessidade de reciclagem e capacitação do
profissional do novo milênio, pois este inserido na competitividade global busca
alternativas para inserção no mundo mercadológico contemporâneo.
Conforme Silva (2004) afirma que:
A demanda para o aprimoramento profissional é um fato hoje e a Educação a Distância apresenta-se neste cenário como uma
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modalidade capaz de contribuir para este aprimoramento além dos limites de uma sala de aula convencional. (SILVA, 2004, p.4)
Neste contexto a Ead tem sido a melhor alternativa, pois mantém a
sinergia de quem possui uma vida corrida, sem, no entanto onerar a dinâmica
do dia-a-dia. Em outras palavras é rápido, eficaz e traz resultados. Diante disso
Rosini (2007) realça que “hoje as pessoas estão mais criticas e atentas ao
processo de mudança existente nas organizações e nas próprias instituições
de ensino” (p.58).
A individualidade está cativa à necessidade do mercado, pois
independente do que o aluno almeja deve-se ter em mente que o mercado
contemporâneo exige um perfil mais arrojado, comprometido e multifuncional
do profissional. O aluno que não estiver em consonância com o mercado ficara
mais difícil de ter o seu êxito pessoal alcançado e os currículos acadêmicos
estão pautados na necessidade das empresas.
Conforme este cenário das mudanças que a Ead vem proporcionando e,
sobretudo na era do conhecimento, Freire (2008) assim se posiciona:
A sociedade contemporânea esta mergulhada em um caudaloso fluxo comunicacional e, mediante esse fato, há quem afirme que estamos vivendo a Era do conhecimento. Entretanto, o conhecimento exige reflexão (tempo e maturação) e seleção (critério, crítica), duas práticas um pouco démodés para os nossos dias. Havendo necessidade de um rotulo, chamemos de Era da informação este cenário pós-moderno.(FREIRE,2008, p.52)
Não podemos esquecer que uma das premissas da democratização do
ensino está pautada na visão de construção do conhecimento. O
conhecimento não é legado de ninguém, mas sim da humanidade. A beleza na
construção do conhecimento não está em ensinar o que acreditamos ser o
correto, mas sim ter a humildade para aprender o que já acreditávamos saber.
Portanto, suas características estão em processo de transição, estamos
nos adaptando às novas circunstâncias e que ampliaram as dimensões
culturais e educacionais. Este modo deverá influenciar e reorientar as novas
estruturas pedagógicas, favorecendo a uma revolução nessa era digital, por
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causa de mudanças impactantes da Ead, que cresce e conquista seu espaço
como um meio de viabilizar as novas exigências sociais e educacionais.
1.3 – Efeitos no ensino Contemporâneo
Atualmente, podemos notar os efeitos proporcionados com a
introdução da modalidade Ead no ensino. Torna-se uma mudança significativa
no processo educacional rompendo paradigmas dentro da nossa sociedade.
Estamos saindo da sociedade industrial para a sociedade em rede,
convergindo a nossa realidade a um novo modelo de ensino, ou seja, um novo
modelo educativo.
Assim descreve Moran sobre o novo modelo de educação a distancia:
Nos cursos a distancia, haverá modelos pela TV digital ou plataformas multimídias web com alguns momentos de aula ao vivo ou gravados, atividades de leitura, pesquisa, com orientação de professores e avaliação de compreensão de conteúdo e teremos cursos totalmente prontos, disponibilizados ao ritmo de cada aluno, com mistura de materiais audiovisuais e impressos, combinados com a tutoria on line. Caminharemos para realizar avaliações on line, sem a obrigatoriedade da presença física. (MORAN, 2007, p. 141)
Diante desta perspectiva a construção do conhecimento é adquirida
pelo aluno em caráter de autonomia, interatividade e cooperação. Nesta nova
etapa do processo de ensino, as mudanças são visíveis porque transformam e
reformulam os modelos pedagógicos para atender a uma nova demanda.
Segundo Carvalho (2008) o rendimento satisfatório no que tange a
eficácia nesta modalidade de ensino esta voltado no preparo e ‘concepção de
educação adotada que da inovação’. Desta forma, todo o processo necessário
a idealização da ação didática e assim como o entendimento de novas
posturas dos discente e docentes trazem uma valorosa influencia para o êxito
de qualquer plataforma de educação a distancia.
Sendo assim, os profissionais envolvidos são capacitados e
reestruturados ao ambiente para atender, satisfatoriamente, adotando um
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modelo pedagógico pertinente e coerente com a didática a ser desenvolvida.
Desta forma mobiliza-se entidade publica e privadas, com o uso de tecnologias
em prol da Ead.
Com o uso das tecnologias Carvalho (2008) comenta que
independente da tecnologia utilizada ‘(televisão, videoconferência,
teleconferência, áudio conferência, vídeos-aula, computador, redes de
computadores)’ bem como as e as mídias empregadas como meios de
aprendizagem na plataforma de educação a distancia ‘(softwares
educacionais, materiais impressos, rádio, televisão, Internet, Cd-rom )’, é
indispensável aplicar um molde educativo apropriado às execuções instrutivas
investidas.
Os impactos de ead procedem de mudanças sejam no ambiente econômico,
como estrutural, ocasionado por paradigmas educacionais. Conforme Behar
esta mudança dita paradigmática é resultado das tecnologias da informação e
da comunicação:
No caso da educação ocorreu uma mudança paradigmática de fora para dentro, resultante da introdução das tecnologias da informação e da comunicação, levando a um novo perfil de instituição e à reformulação das funções dos “atores” envolvidos, entre eles gestores da educação, professores, alunos e monitores. (BEHAR, 2009, p.20)
Estas mudanças contribuírem para um novo conceito de formação de
currículo. É importante sabermos que vivemos no mundo pós-moderno. Os
educadores, os professores deverão se adaptarem aos nossos currículos
inclusive o de ead. Quando nos referimos à aprendizagem informatizada, os
paradigmas também são impactantes no ensino e aprendizado da ead com os
avanços tecnológicos.
Segundo Peters (2009) a grande mudança de paradigma consiste no
principalmente no viés pedagógico, o qual rompeu a aprendizagem tradicional,
pois para o acesso da informação não é mais necessária a intervenção do
professor isso, afetou significativamente o ensino e a aprendizagem devido o
ambiente informatizado e a utilização dos recursos tecnológicos provocando
mudanças consideravelmente na postura dos professores e alunos.
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Em suma, hoje temos gestores de educação, professores-autores,
professores- tutores, alunos e monitores, materiais impressos para ead, Design
instrucional e ambiente virtual de aprendizagem e ferramentas colaborativas.
Acarretando um novo papel dos professores como mediadores. E os materiais
são estabelecidos pelos recursos didáticos desenvolvidos para a construção do
conhecimento, com isso não podemos de mencionar o surgimento de um novo
perfil de aluno, o aluno autodidata.
22
CAPÍTULO II
AS MUDANÇAS NO PROCESSO ENSINO-
APRENDIZAGEM COM A UTILIZAÇÃO DAS
INTERFACES
Podemos notar que as mudanças no processo ensino-aprendizagem
com a Ead revolucionou toda uma didática para o professor e novas
possibilidades de estudo para o aluno. Uma interface mais utilizada é AVA
(ambiente virtual de aprendizagem) de acordo com o planejamento do curso.
Conforme Carvalho (2008) o professor é o mediador do conhecimento
bem como do conteúdo favorecendo e proporcionando uma interatividade com
o aluno. Porém, dentro do conceito de interatividade, não podemos descartar
os efeitos inerente a capacidade tecnológica, mas o efeito vital no que
concerne a interação entre os envolvidos.
Esta nova perspectiva de ensino são eficientes com o uso das
interfaces. As interfaces são weblogs, fóruns, AVA onde são postadas
atividades, aulas ou trabalhos dos alunos favorecendo uma aprendizagem
colaborativa. É inquestionável também o uso dos vídeos do youtube que
permitem o aluno assistir diversas vezes toda aula e conteúdo dentro da sua
disponibilidade, além disso, Valente e Mattar (2007) comentam que o vídeo do
youtube se tornou “uma febre, até mesmo em educação, não só pela facilidade
para disponibilizar e assistir vídeos, mas também pela possibilidade de os
alunos apresentarem seus trabalhos” (p. 117), isso tem causado um impacto
revolucionário no acesso da informação e na construção do conhecimento.
Um fator primordial das interfaces são que facilitam e diminuem a
distancia na metodologia pedagógica do ensino e os professores tutores são
os responsáveis por esta interface bem como o desenvolvimento das
atividades e também no acompanhamento dos alunos.
23
O ambiente virtual é onde todos se encontram em tempo de diferentes,
e muitas vezes geograficamente também. Neste sentido, Santos assim se
posiciona:
Os ambientes virtuais de aprendizagem envolvem não só um conjunto de interfaces para socialização de informação, de conteúdos de ensino e aprendizagem, mas também, e, sobretudo, as interfaces de comunicação síncronas e assíncronas. (SANTOS, 2009, p.5664)
No que diz respeito no ensino com a utilização de interfaces a relação
de professor- tutor e alunos é definida em espaço-tempo a comunicação oral
ou escrita estabelecem a interação onde a co-presença espacial e temporal
não são exigidas.
Porém, existem dois tipos de interfaces segundo a autora:
A classificação “interfaces de conteúdos” e “interfaces de comunicação” é utilizada por nós apenas por conta de uma organização conceitual. Chamamos de interfaces de conteúdos os dispositivos que permitem produzir, disponibilizar, compartilhar conteúdos digitalizados em diversas linguagens: texto, som, imagem. Tais formatos podem ser também apresentados como mixagem, ou seja, mistura de linguagens, a exemplo dos conteúdos audiovisuais que podem misturar imagens, textos e som. Estes por sua vez podem ser apresentados em diversos suportes como via hipertextos, multimídia ou hipermídia. E chamamos de interfaces de comunicação àquelas que contemplam a troca de mensagens entre os interlocutores do grupo ou da comunidade de aprendizagem. Estas podem ser síncronas, isto é, contemplam a comunicação em tempo real (exemplos: chats, webconferências, entre outras). Podem ser assíncronas, isto é, permitem a comunicação em tempos diferentes (exemplos: fóruns, listas de discussão, blogs e wikis entre outras). (SANTOS, 2009, p.5664)
Dentro deste processo de aprendizagem, a palavra chave do sucesso
desta relação estabelecida chama-se a motivação. A motivação é um grande
aliado para conseguirmos a conclusão do curso. Já que o aprendiz virtual
busca o conhecimento e segundo Maia e Mattar (2007) “deve ter compromisso
com o aprendizado” ( p.86)
24
Nesta jornada os tutores devem recorrer aos meios mais atrativos que
despertem o interesse dos alunos a serem parceiros e cooperativos para o
rendimento e a concretização da aprendizagem. Escolhendo a interface que
melhor se adapta com o curso.
Portanto, a interface potencializa a existência virtual assim como
proporciona a liberdade para os encontros que seriam de espaço concreto.
Neste patamar podemos dizer que a inteligência coletiva está atuante suprindo
lacunas pelo processo colaborativo.
2.1 – A mediação tutor versus Aluno na aprendizagem virtual
A mediação é a ponte que conduzira para a harmonia o
relacionamento em ead, os tutores possuem uma função muito importante de
atendimento e orientação. Neste processo de acompanhamento, são
esclarecidos as duvidas do material instrucional geralmente apostilas ou
módulos de acordo como curso. A prática da mediação é dependente para o
alcance dos objetivos, assim destaca Belloni:
Na ead, a interação como o professor é indireta e tem de ser mediatizada por uma combinação dos mais adequados suportes técnicos de comunicação, o que torna esta modalidade de educação mais dependente da mediatização que a educação convencional, de onde decorre a grande importância dos meios tecnológicos. (BELLONI, 2008, p. 54)
Neste contexto os tutores promovem um relacionamento interpessoal,
pois são os primeiros a se relacionarem com os alunos voltando-se para
motivação e execução dos exercícios. Também são responsáveis em muitos
casos pela correção das provas e orientação monográfica. Por fim, nesta
relação existe o que denominamos de competências humanas, que como
aponta OLIVEIRA (2003) “é relevante considerar que a tecnologia, no caso a
internet não substitui a afetividade e as relações interpessoais” (p. 100) que
exalta as habilidades pessoais.
25
Este profissional requer atribuições no que concerne a capacitação
geralmente promovida pela coordenação. São estabelecidos os horários de
atendimento, exigidos que variem de instituição e cursos, pois podem ser
durante dias fixados ou sempre respondidos em fóruns diariamente.
Isto nos remete a pensarmos em Castro e Cocco:
O tutor é um elemento indispensável na rede de comunicação
que une os cursistas à instituição promotora do curso, pois além
de manter a motivação dos alunos, permite a retroalimentação
acadêmica e pedagógica do processo educativo. (CASTRO;
COCCO, 2004, p.10)
Sua comunicação basicamente é através de e-mails, participando o
aluno do planejamento das atividades bem como a motivação do mesmo.
Estimulando sempre o aluno a conclusão do curso. Seus encontros e
informações acontecem através dos blogs, e-mails, favorecendo um feedback.
Chamamos de professor-tutor aquela pessoa que se torna um elo
entre a interface e o aluno, pois ela aproxima o aluno do conteúdo e acima de
tudo, minimiza a solidão presente nos caminhos da ead. É o que preconiza
Ramos (2005):
O tutor passa a ser um elo entre o virtual e o real, tornando-se
assim um gestor do conhecimento, que tem por objetivo
estimular e articular o conhecimento, visando atingir a excelência
e proporcionar o compartilhamento das informações, envolvendo
assim a promoção das relações humanas e o uso de tecnologia
voltada para a educação. (RAMOS APUD OLIVEIRA; LIMA;
MERCADO; 2008, p.185)
Por isso, o professor tutor deverá ser dotado de uma capacidade
psicológica onde nem tampouco fuja seu lado profissional quanto o lado
pessoal, pois a comunicação via e-mail é um registro de momentos de vida que
podem alavancar a autoestima de um ser humano que esta do outro lado da
interface como também desestimula-lo.
26
2.2 - BLOGS
Os blogs são as interfaces utilizadas para atividades, informações, são
conhecidos como diário virtual, porém , na atividade de ead podemos convidar
os alunos a fazer postagens pertinentes as propostas e utilizarmos vídeos para
complementação da aprendizagem e além disso, Valente e Mattar (2007),
destacam ainda “a possibilidade de construção coletiva e o potencial de
interação” ( p. 99)
O interessante é que os alunos postam seus comentários de acordo
com sua disponibilidade, trata-se de uma atividade assíncrona, não precisam
estes conectados no momento da solicitação da tarefa e conforme Moran
(2007), “a possibilidade de os alunos se expressarem, tornarem suas ideias e
pesquisas visíveis confere uma dimensão mais significativa aos trabalhos
acadêmicos” (p 107).
O blog é uma interface que pode abranger vários assuntos,
cronologicamente, com fotos, postagens, links, favorecendo a aprendizagem
colaborativa. Através da interação são feitas trocas de experiências e de
saberes se tornando um canal de comunicação presente na EAD e visto
também como uma interface social. De acordo com Oliveira:
No meio acadêmico e educacional a interface blog tem ganhado
grande importância. Seu uso tem sido difundido cada vez mais
como objeto de aprendizagem, encarnado com grande
entusiasmo, ser o vetor de um modelo de ensino-aprendizagem
no qual a construção coletiva de significados representa um
novo fazer educativo. O surgimento dos blogs coincide
exatamente com o momento em que a presença das novas
tecnologias de informação e comunicação (TICs) no tecido
social passa a exigir transformações no modo de fazer e agir
das instituições sociais. (OLIVEIRA, 2006, p. 337)
27
Logo, Os blogs estão se consolidando velozmente no contexto
educacional, houve rupturas com o passado para se formar um novo presente,
em que as interações sociais colaborativas ganham destaque e o processo de
ensino-aprendizagem que se reformulou e se reconstruiu no futuro chamado
ead. Esta mudança é sentida pela introdução de ferramentas tecnológicas, de
comunicação e de infraestrutura, que são visíveis na reformulação do perfil
institucional bem como dos atores envolvidos neste processo educacional.
2.3 - O vídeo do YouTube: complementação no ensino-
aprendizagem
A inserção de vídeos como recurso pedagógico em ead visa endossar
o conhecimento teórico. São estímulos importantes necessários para o ensino
aprendizagem. Os vídeos em ead. O vídeo de ead é um complemento para
atividades bem enriquecedor no assunto proposto pelo docente. Segundo
Mattar (2009), numa apresentação do congresso de Ead se posicionou:
Vídeos têm sido cada vez mais utilizados como recurso pedagógico. O uso de vídeos em educação respeita as ideias de múltiplos estilos de aprendizagem e de múltiplas inteligências: muitos alunos aprendem melhor quando submetidos a estímulos visuais e sonoros, em comparação com uma educação tradicional, baseada principalmente em textos. (MATTAR, 2009, p.3)
O vídeo do Youtube tem seu lado negativo com a crescente postagem
de vídeos caseiros resultando em obras inadequadas a área educacional.
Devemos como tutoria pesquisar os vídeos mais adequados com clareza e
relevância do assunto e no que tange a qualidade um vídeo produzido pelos
acadêmicos de renome que propiciará melhor didática e certamente uma boa
compreensão.
Em face disso, Mattar (2009) completa que “Vídeos podem, também,
ser utilizados para registrar o progresso dos alunos em atividades e resoluções
de problemas, dentre várias outras aplicações” (p.3)
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Entretanto, um aspecto positivo é que o vídeo no youtube pode ser
visto e revisto várias vezes pelo aluno de acordo com a sua disponibilidade e
vontade de estudar. Hoje a geração já esta detentora desta cultura de
manusear com facilidades recursos online proporcionando conforto, pois
assim, poderá construir um ambiente pessoal ou personalizado para aprender
e acima de tudo com interatividade.
Ainda dentro de uma visão otimista sobre o vídeo no youtube, ele é um
excelente estímulo audiovisual. Porém, este recurso esta se destacando cada
vez mais no que tange a ensino-aprendizagem em ead. Não são exploradas
todas as suas potencialidades mais e apreciável quando incentiva o aluno a
produzir.
Neste sentido Moran (2007) afirma que:
Quando focamos mais a aprendizagem dos alunos do que o ensino,, a publicação da produção deles se torna fundamental, recursos como o portfolio, em que os alunos organizam o que produzem e colocam à disposição para consultas, são cada vez mais utilizados.(MORAN, 2007, p.108)
O uso do vídeo do youtube na verdade tornou-se uma estratégia do
ensino aprendizagem, que estimula o aluno ou usuário a produzir ou pesquisar
conteúdos de acordo com a categorização se tornando uma ferramenta
importante para a educação a distancia devido a sua acessibilidade. É o que
destaca Serrano:
O YouTube é uma ferramenta de publicação de vídeos que se utiliza de rede mundial de computadores para armazenar e expor os seus conteúdos, não existe no mundo outro suporte técnico capaz de realizar essa tarefa para tantas pessoas e de um forma tão acessível. (SERRANO, 2009, p.9)
O autor ainda reforça que é o meio de produção autônoma e disponível
para todos que se interessarem no conteúdo, onde compartilham ou expõem
suas potencialidades gerando uma inteligência agrupada e estabelecendo uma
interação entre si. Desta forma, Serrano menciona:
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O YouTube representa uma memória individual e coletiva da humanidade, os acontecimentos pessoais são armazenados como documentos digitais e disponibilizados, na rede, a possibilidade de compartilhamento entre vários indivíduos aumentam o potencial da inteligência coletiva dos grupos que apresentam como ponto em comum o interesse por determinado conteúdo. (SERRANO, 2009, p.14)
Sendo assim, o vídeo do YouTube deve ser visto como um instrumento
pedagógico muito interessante pois proporcionará a interatividade e contribuirá
para assimilação do conteúdo.
A respeito disso Moran (1995) argumenta que “os recursos
audiovisuais solicitam constantemente a imaginação, e a imaginação está
intimamente interligada à afetividade. Por isso, os jovens e a grande maioria
dos adultos respondem sensivelmente à linguagem do vídeo” (MORAN apud
CAETANO; FALKEMBACK, 2007, p.2)
Por fim, o vídeo do YouTube vem ganhando mais espaço e sendo uma
complementação do ensino-aprendizagem, sem duvida é uma ferramenta que
merece todo respaldo na área educacional visando a democratização do
acesso à informação bem como do conhecimento e se destacando no
universo do ensino a distancia.
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CAPÍTULO III
OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS SOBRE
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
Os desafios estão relacionados a uma ampliação de ofertas
pertinentes a nova demanda da sociedade, que utilizam (TICs) no seu dia a
dia. Hoje o nosso tempo é muito corrido e estamos conectados on line 24
horas. Questões profissionais, educacionais ou mesmo pessoais estão nos
imbuindo a este caminho. A ead está cada vez mais adaptada para as novas
exigências do mercado de trabalho bem como educacional.
De acordo com Belloni (2008) a ead favorecera a integração e a
atuação no mercado de trabalho.
A ampliação da modalidade a distancia no ensino superior deverá promover a integração dessas tecnologias à formação inicial dos profissionais de todas as áreas, preparando-os melhor para sua atuação no mercado de trabalho. (BELLONI apud PEREIRA, 2012, p. 5)
Desta forma o ensino muda radicalmente e com o proposito de atenuar
e experimentar novos recursos no processo de ensino aprendizagem, visto
que, esta nova abordagem é muito crescente no cenário corporativo também.
As empresas qualificam seus funcionários através da ead.
Algumas já possuem um aparato pedagógico estruturado para esta
modalidade. Em uma entrevista, o pedagogo, Luiz Carlos Moreno, define muito
bem sobre a educação no trabalho, “educação corporativa é uma ruptura como
os modelos e treinamentos [...] porque a educação privilegia o ser humano,
enquanto o treinamento focaliza a tarefa, o repetitivo”. (MORENO apud De
LUCA, 2006, p 476)
Por conseguinte, a educação a distancia vem sofrendo mudanças
entre a primeira, segunda e terceira geração no que tange a interatividade,
para perdurar seu ensino com qualidade e ser atrativo para os alunos é
31
fundamental a incorporação das tecnologias sempre interativas viabilizando o
processo educacional e atendendo as demandas da sociedade da informação.
Inerente a isso, Peters (2009) comenta que:
Na primeira geração da educação a distancia, a interatividade é visada tentando-se ativar os estudantes por meio de tarefas, problemas, estimulando-os à reflexão e auto-avaliações. Isso inclui estimular os alunos a organizarem parcerias ou pequenos grupos de auto-ajuda com outros alunos a distancia.um objetivo adicional é desenvolver habilidades interativas(habilidades cognitivas e as sociais).A segunda e a terceira gerações de educação a distancia intensificam ainda mais esta interatividade. Por causa da presença de um ambiente informatizado de aprendizagem, os estudantes se encontram em uma situação de partida muito mais favorável. (PETERS, 2009, p.109)
Cada vez mais nos congressos e seminários são discutidos e
implantados novos recursos tecnológicos no processo educacional, sendo
assim, são discutidos e rediscutidos atributos para um ensino com qualidade e
um processo avaliativo onde mensure realmente o que foi aprendido. Suas
pesquisas são direcionadas a este campo que fascinam e surgem novos
adeptos a cada ano.
Surgem também as novas mídias, entre elas, as mídias sociais que
nos depararmos com os internautas que produzem, compartilham dados ou
mesmo informações (texto, arquivo, imagens, fotos, vídeos etc) e que
favorecem debates e acima de tudo criam vinculo social, estabelecendo uma
relação interpessoal. E como isso, os seus efeitos estão acarretando
mudanças ditas paradigmáticas na educação. As mídias sociais são definidas
por Kaplan & Haelein (2010) como: “aplicações para internet construídas com
base nos fundamentos ideológicos e tecnológicos da web 2.0 e que propiciam
a criação e troca de conteúdo gerado pelo usuário” (KAPLAM; HAELEIN apud
OKADA et al, 2012, p 4)
Contudo vale ressaltar as diferenças entre educação on-line, educação
a distancia e e-learning. São termos usuais em ead, mas que possuem
características peculiares. De acordo com Almeida (2003, p. 332) elas se
diferem da seguinte forma como veremos a seguir:
32
Educação on-line, educação a distância e e-Learning são termos usuais da
área, porém não são congruentes entre si. A educação a distância pode se
realizar pelo uso de diferentes meios (correspondência postal ou eletrônica,
rádio, televisão, telefone, fax, computador, internet, etc.), técnicas que
possibilite na comunicação e abordagens educacionais; baseia-se tanto na
noção de distância física entre o aluno e o professor como na flexibilidade do
tempo e na localização do aluno em qualquer espaço.
Educação on-line é uma modalidade de educação a distância realizada via
internet, cuja comunicação ocorre de formas sincrônicas ou assincrônicas.
Tanto pode utilizar a internet para distribuir rapidamente as informações como
pode fazer uso da interatividade propiciada pela internet para concretizar a
interação entre as pessoas, cuja comunicação pode se dar de acordo com
distintas modalidades comunicativas, a saber:
• comunicação um a um, ou dito de outra forma, comunicação entre uma e
outra pessoa, como é o caso da comunicação via e-mail, que pode ter uma
mensagem enviada para muitas pessoas desde que exista uma lista específica
para tal fim, mas sua concepção é a mesma da correspondência tradicional,
portanto, existe uma pessoa que remete a informação e outra que a recebe;
• comunicação de um para muitos, ou seja, de uma pessoa para muitas
pessoas, como ocorre no uso de fóruns de discussão, nos quais existe um
mediador e todos que têm acesso ao fórum, enxergam as intervenções e
fazem suas intervenções;
• comunicação de muitas pessoas para muitas pessoas, ou comunicação
estelar, que pode ocorrer na construção colaborativa de um site ou na criação
de um grupo virtual, como é o caso das comunidades colaborativas em que
todos participam da criação e desenvolvimento da própria comunidade e
respectivas produções. O e-Learning é uma modalidade de educação a
distância com suporte na internet que se desenvolveu a partir de necessidades
de empresas relacionadas com o treinamento de seus funcionários, cujas
práticas estão centradas na seleção, organização e disponibilização de
recursos didáticos hipermediáticos.
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Por fim, ao se decidir pelo ensino ead o aluno deve compreender bem
o processo online navegação no ambiente e ser autodisciplinado. Seu
desempenho é fundamental para se dedicar ao curso, pois os horários são
flexíveis com prazos estabelecidos para conclusão, porém, existe a
necessidade de muita dedicação e perseverança.
3.1 - Desafios no âmbito educacional
A ead esta quebrando paradigmas e as tendências imposta pela
sociedade da informação vem consolidando uma nova realidade, a este fato
sendo assim as politicas públicas também sofrem reformas para conter a
demanda. A modalidade ead pela conjuntura econômica e politica é vista como
uma alternativa viável de inclusão bem como uma solução as exigências
sociais e pedagógicas. Para Laranjeiras (2007), comenta que “a ead é uma
grande resposta aos desafios de inclusão social” (LARANJEIRAS apud LIMA,
2008, p.137).
Sua implantação é estratégica para as diversificadas necessidades de
qualificação. A qualificação para o mercado de trabalho sem fronteiras é hoje,
a inovação que esta entrelaçada ao conhecimento. A competitividade continua
mais acirrada e por isso sai na frente quem estiver mais bem preparado, ou
seja, quem detém o conhecimento é por isso que a ead se destaca na
sociedade da informação.
Conforme Vergara (2000) afirma que:
A ead esta em alta por três motivos: primeiro, porque vivemos a era da informação, e saber trabalhar com ela é fundamental para poder gerar conhecimento e adquirir vantagem competitiva; segundo, porque para usufruir tal vantagem é preciso ter um grande contingente de pessoas capazes de gerar conhecimento e, nesse aspecto, a educação formal é um meio privilegiado; terceiro, porque as tradicionais formas presenciais de educação, sozinhas, não conseguem absorver toda a demanda que esta na expectativa de ser atendida pelos países, estados, municípios, empresas, organizações em geral. (VERGARA apud LIMA, 2008, p.137).
34
O que esperamos em termos de desafios para educação a distancia
esta relacionada conforme mencionado à inclusão social. São projetos
configurados para questões sociais e tecnológicas estabelecidas pelo governo.
Porém, para termos êxito é necessário que as politicas publicas contribuam
para um esforço conjunto de técnicas e estratégias pedagógicas.
Neste sentido Lima (2008) reforça:
Para que as politicas públicas dêem resultados é preciso que haja definição de estratégias técnicas e pedagógicas; e na produção de materiais para os cursos. É de suma importância o trabalho integrado de uma equipe multidisciplinar com psicólogos, pedagogos, produtores, comunicadores que priorize a didática, sem perder de vista as características dos alunos. (LIMA, 2008, p.138).
Logo, com o avanço em tecnologias da informação devemos pensar
em democratização através da Ead. Cada vez mais a inclusão social deverá
prevalecer através desta modalidade. Por causa de uma espera significativa
das ofertas educacionais. Com o crescimento da informação e do
conhecimento compartilhado como também software livres estamos
caminhando para uma ead que atenderá boa parte das carências na
educação.
3.2 - Desafios na modalidade ead: tutores qualificação e formação
Para o papel do novo tutor a proposta ficara a encargo da mediação.
Estamos quebrando lentamente a postura daquele professor detentor do
conhecimento e partindo para o facilitador de tarefas e consequentemente
aquele que media favorecendo a interação.
A este fato, Mercado, Figueiredo e Jobim (2008) destacam:
O novo papel do tutor precisa ser repensado para que não se reproduzam nos atuais ambientes de ead concepções tradicionais das figuras do professor. É preciso superar a
35
postura ainda existente, do professor transmissor de conhecimentos, passando ele, sim, a ser aquele que imprime a direção que leva á apropriação do conhecimento que dá a interação, aluno/aluno e aluno/ professor, valorizando-se o trabalho de parceria cognitiva e elaborando-se situações pedagógicas em que as diversas linguagens estejam presentes. (MERCADO; FIGUEIREDO; JOBIM, 2008, p.110)
Para atuar em ead, os tutores devem possui uma familiaridade com os
recursos de multimídia, além de disponibilidade para encontros presenciais e
capacitação previa de todo contexto ead. Acima de tudo deve ser ético em
seus critérios avaliativos, sempre dentro de uma perspectiva positiva
estabelecendo uma relação interpessoal e didática.
De acordo com Maia e Mattar (2007) o tutor é:
O tutor é também responsável pelo contato inicial com a turma (por meio de mensagens de boas-vindas, por exemplo); por provocar a apresentação dos alunos lidar com os alunos mais tímidos, que não se expõem com facilidade em um ambiente virtual; por enviar mensagens de agradecimento; por fornecer feedback rápido aos alunos; e por manter um tom amigável, podendo utilizar humor sempre que conveniente. O tutor é responsável por gera um senso de comunidade na turma que conduz, e por isso deve ter elevado grau de inteligência interpessoal. Nessas circunstancias, ele desempenha um papel social, e para isso deve conhecer o máximo possível seu público-alvo. (MAIA; MATTAR, 2007, p. 91)
Notamos que na formação pessoal de um tutor exige-se uma
maturidade emocional, atribuídos a cordialidade, espirito de liderança bem
como ser um bom ouvinte. Ainda Maia e Mattar (2007) afirmam que “uma das
funções mais importantes do tutor é justamente dar feedback constante a seus
alunos.” (p.91)
É imprescindível que a instituição se preocupe com a formação da
tutoria visando à atualização através de seminários bem como a capacitação.
A capacitação é a peça chave para a o sucesso e qualidade do ensino, pois
instiga o tutor a um grande desafio profissional através da formação
continuada, bem como o motivando para ser um profissional dinâmico e
multifacetado.
Neste contexto, Maia e Mattar (2007) assim se posicionam:
36
É essencial, então, que as instituições de ensino desenvolvam programas sérios de capacitação de tutores, inclusive para o uso das ferramentas de tutoria, e que esses programas sejam oferecidos continuamente. Muitas instituições criaram centros específicos para essas atividades e existem empresas e instituições que oferecem o serviço terceirizado de treinamento de tutores. (MAIA; MATTAR, 2007, p. 92)
Portanto, a capacitação do tutor e os aspectos pessoais são de
extrema importância para a excelência nesta modalidade de ensino porque a
motivação desse profissional acarretara bons resultados, pois ele propicia um
clima intelectual sendo o auxilio ao aluno sempre encorajando na construção
do conhecimento e trazendo de uma maneira gera o feedback do andamento
do curso.
3.3 – Desafios da modalidade EAD: o aluno autônomo na aprendizagem
O professor tutor em EAD deverá motivar os alunos e contribuir no seu
desenvolvimento em busca de uma aprendizagem autônoma. O aluno por sua
vez, aprenderá ser autônomo se responsabilizando pela sua aprendizagem em
parceria com o tutor. Essa nova forma de pensar esta atribuída a um novo
perfil de profissional no mercado.
Mas o que seria uma aprendizagem autônoma, segundo Belloni
(2008):
Por aprendizagem autônoma entende-se um processo do ensino e aprendizagem centrado no aprendente, cuja experiência são aproveitados como recursos, e no qual o professor deve assumir-se como recurso do aprendente, considerado como um ser autônomo, gestor de seu processo de aprendizagem, capaz de autodirigir e auto-regular este processo. (BELLONI, 2008, p.39)
A construção do conhecimento é fator imperativo neste relacionamento.
Sendo talvez a principal premissa didática, mais importante, que poderá
37
alicerçar programas de estudo, que possam contribuir significativamente para o
desenvolvimento e amadurecimento do aluno. Sendo assim estímulos que
servem ao propósito de inseri-lo no processo e motivá-lo simultaneamente.
A EAD reúne professores, altamente capacitados que exercem
amplamente uma função interdisciplinar, pois o conhecimento não deve ser
visto ou estudado apenas por um ângulo, mas por uma visão ampla e
abrangente que possa ampliar horizontes e quebrar paradigmas.
O fato é que para termos aluno com autonomia na aprendizagem
precisamos transformar a visão tecnicista centralizada, ou seja, de aluno
apenas receptor de conhecimento para aluno mais atuante neste processo
educacional, vislumbrando uma filosofia de educação.
Desta forma Belloni (2008) se posiciona:
A questão é complexa, pois se é verdade que qualquer ação educacional deva conhecer e considerar as características, condições de estudo e necessidades dos estudantes, é importante lembrar é também preciso conceber princípios gerais uma filosofia da educação que oriente as escolhas e definições relativas às finalidades da educação (por quê) e a seus conteúdos ( o quê), separando o enfoque tecnicista centrado no “ como” dos meios técnicos e suas metodologias.(BELLONI, 2008, p.41)
A questão do paradigma mencionado acima explica a importância de
desmistificar o professor como detentor do saber. Devemos instigar uma nova
postura no corpo discente, ou seja, a visão interdisciplinar da aprendizagem e
ampliar a sua visão na perspectiva da construção do conhecimento. O principal
atributo ao aluno contemporâneo é a sua capacidade de agregar valor ao
conceito que lhe é passado.
Este fato só será efetivo na medida em que houver comprometimento e
interação entre as partes o que em si já é redundante. A autonomia é
pertinente ao amadurecimento do discente no processo de aprendizagem o
que leva a questão do comprometimento. Ainda Belloni (2008) afirma que “ na
aprendizagem autônoma, ao contrário, o estudante não é objeto ou produto,
mas o sujeito ativo que realiza sua própria aprendizagem”. (p. 42).
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Em contrapartida, Peters (2009) aborda sobre este novo modelo em
que surge o aluno autônomo onde assumem responsabilidade no contexto de
ensino-aprendizagem estabelecendo os caminhos favoráveis ao seu estudo
inclusive seu processo avaliativo.
A busca incessante do conhecimento ela só se dá pela
conscientização do aluno neste processo, sendo o tutor um caminho paralelo,
um guia na busca do caminho que levará o aluno em busca do saber. A ead
traz esta concepção de autonomia, flexibilidade, aliada um bom material
instrucional, sendo que o tutor interage neste contexto facilitando o aluno a
atingir seus objetivos de aprendizagem. Em face disto, vale ressaltar Peters
(2006) que diz:
Através da ead transmitem-se conhecimentos. Habilidades e atitudes racionalizam-se o processo de ensino mediante a aplicação da divisão o trabalho e de princípios organizacionais, graças a uso extensivo de meios técnicos, especialmente para o objetivo de reproduzir material instrucional de alta qualidade, o que torna possível atingir um grande numero de alunos a mesmo tempo, onde quer que vivam. (PETERS apud GIANNASE-KAIMEN; CARELLI; CRUZ, 2007, p.195)
Já sabemos que o tutor exerce papel fundamental na interação do aluno
com o ambiente educacional. Seja pela experiência compartilhada durante o
processo de aprendizagem ou mesmo pela visão sistêmica do processo
educacional, o docente é imprescindível no acompanhamento e
amadurecimento do aluno diante dos desafios que são propostos.
Isto nos remete a refletirmos em Silva (2004), pois destaca que “uma
das estratégias fundamentais na Educação a Distância é o aluno vencer o
desafio de estudar sozinho, obtendo autonomia do seu ato de aprender e para
isso precisa desenvolver a habilidade de ter uma aprendizagem autônoma”.
(p.5).
Vale ressaltar que neste processo em buscar da aprendizagem
autônoma do aluno o professor deverá aproveitar melhor o seu potencial. Nem
sempre a disciplina é fácil e o aluno é autodidata. Cabe a este profissional
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interagir e cativar o estudante na busca de alternativas que compilem seu
potencial.
Segundo Pfromm Netto (2001):
Ensinar e aprender não é, por conseguinte, algo que ocorra sabor do acaso e da improvisação. Demandam materiais e programas bem-estruturados, sistemáticos, com informações organizadas em sequências apropriadas, com palavras e imagens cuidadosamente selecionadas para facilitar a compreensão, a retenção e a aplicação dos conhecimentos. (PFROMM NETTO, 2001, p. 74)
A autonomia referida acima se dá pelo amadurecimento do discente ao
discernir o melhor caminho e este não cabe ao tutor questioná-lo, pois
depende mais do amadurecimento do aluno. Ainda Pfromm Netto (2001)
destaca que um “bom ensino e boa aprendizagem significam, sobretudo,
professores versáteis, curiosos, sagazes, flexíveis, imaginosos, que gostem
dos alunos, gostem de aprender e gostem de ensinar” (p 74).
Em suma, o entrosamento entre pessoas que compartilham os
mesmos anseios minimizam a despersonalização do relacionamento do ensino
à distância. Tal abordagem incentiva e gera comprometimento sinérgico capaz
de motivar alunos e docentes. A EAD deve ser vista como uma alternativa, cuja
eficácia dependa da capacidade de interação entre as partes envolvidas, ou
seja, o desempenho do aluno depende tanto do tutor quanto o tutor depende
do aluno.
O grande desafio começa com o aluno que deseja fazer a diferença
em seu ensino-aprendizagem, buscando autogestão de seus conhecimentos e
o professor ou tutor dará o suporte favorecendo a aprendizagem autônoma,
cercada pelas suas habilidades motivacionais que despertaram o aluno nessa
jornada de educação a distancia.
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CONCLUSÃO
A utilização do vídeo do youtube em interface blog como
complementação no processo de ensino-aprendizagem é de extrema
importância para modalidade de EAD. Os vídeos suprem uma lacuna
importante, pois a explicação e exemplos ajudam a compreensão do conteúdo.
Desta maneira vislumbramos um bom aproveitamento do curso bem como o
desenvolvimento do aluno na construção do conhecimento.
O vídeo é um recurso pedagógico que estimula os sentidos visuais e
sonoros e que ameniza o estudo solitário do aluno que esta na modalidade de
ensino Ead. Desta forma ela estabelece uma confiança com o seu professor
responsável pelo curso ou a disciplina ou mesmo o tutor que é a primeira
pessoa em que mantem o contato.
O vídeo é uma ferramenta tão importante que o aluno pode estudar e
aprender de varias formas, pois revendo varias vezes poderá assimilar o
conteúdo e tira suas próprias conclusão para uma melhor avaliação. Eles
enriquecerão a disciplina ou curso não deixando o vazio de apenas um
conteúdo online ou impresso ou mesmo o e-mail. Ele marca aquele momento
como um ensino presencial onde o que mudou foi apenas o cenário, espaço
físico e não o conteúdo.
O youtube é um atrativo para milhares de pessoas, pois muitas
aprendem a manuseia as suas câmeras para registrar um fato da sua vida ou
mesmo em trabalhos da escola. Já faz parte da nova geração em
compartilham suas imagens meramente amadoras ou com intuito de avaliação
de um trabalho.
Podemos aprender sobre diversos temas, o youtube traz seu lado
peculiar de ensinar, pois são configurados a sua maneira pessoal, com
musicas, fotos, textos, ou simplesmente imagens e áudio. Esta é a pratica para
quem esta vislumbrando adquirir conhecimentos via internet.
O mais relevante com esta pesquisa é o que o youtube pode virar uma
tendência e ser direcionado para o ensino-aprendizagem, sendo mediado ou
simplesmente como uma tarefa em que o aluno assistir e fazer sua postagens.
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Sempre estimulando, e buscando sua reflexão dentro do contexto educacional
professor-tutor deve estabelecer seus limites para um bom aproveitamento do
recurso.
Com o propósito de interatividade o vídeo de youtube promove uma
interação individual onde ele consulta apenas o que foi proposto ou ele busca
uma interatividade mais ampla através da lista de reprodução. É possível
argumentar que a utilização do vídeo do youtube ajude ao aluno fazer uma
avaliação melhor, em caso de graduação, por exemplo, os alunos sempre
estudam o que o professor menciona.
Neste sentido o vídeo deve ser cuidadosamente planejado para se
exposto no conteúdo online ou blog proporcionado um entretenimento e suas
inúmeras possibilidades de interação com a educação. Contudo, toda
instituição deve esta atenta com os direitos autorais para não impedir projetos
que engajem novos experimentos com a utilização de vídeo na educação.
E mencionando sobre os blogs que, são interfaces e que também
estão enraizados na nova geração de alunos autônomos, são utilizados como
meio de comunicação, na educação corporativa e também na educação a
distancia. Para reunir os conhecimentos e reflexões de ideias bem como a
realização de atividades. Sempre como a intenção de integração, os blogs com
certeza promovem uma aprendizagem ativa e construtiva.
Portanto, o vídeo do youtube utilizado em interface como blog,
complementa o ensino-aprendizagem em ead, auxiliando no que concerne a
comunicação dos educadores, atividades propostas ou mesmo produção
expositiva de trabalhos dos alunos. Vem ganhado um destaque por ser um
meio que estimula a inteligência coletiva. É sem dúvida, uma ferramenta de
vital importância para a construção do conhecimento e principalmente na
formação educacional, pois carrega institivamente um fator social
imprescindível a democratização do acesso à informação em qualquer
ambiente de ensino online, ou seja, na educação on-line, educação a distância
ou e-Learning.
42
BIBLIOGRAFIA
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A Nova Tendência EAD 10
1.1 – Terminologia da Ead 12
1.2 – Características da Ead 13
1.3 – Efeitos no ensino contemporâneo 19
CAPÍTULO Il
As Mudanças no processo ensino-aprendizagem com
utilização das interfaces 22
2.1 – A mediação tutor versus aluno na aprendizagem
Virtual 24
2.2 – Blogs 26
2.3 – O vídeo do youtube: complementação no ensino
Aprendizagem 27
CAPÍTULO Ill
Os desafios contemporâneos sobre tecnologia e
educação 30
3.1 – Desafios no âmbito educacional 33
3.2 – Desafios na modalidade ead: tutores qualificação
e formação 34
3.3 – Desafios da modalidade ead: o aluno autônomo na
47
Aprendizagem 36
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA 42
WEBGRAFIA 44
ÍNDICE 46
