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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O MERCHANDISING NO CINEMA
Por: Michelle Cabral Bianchine Dantas
Orientador
Prof°. Antônio Ney
Rio de Janeiro
2009
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O MERCHANDISING NO CINEMA
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Marketing.
Por: Michelle Cabral Bianchine Dantas
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus docentes em
especial prof. Jorge Vieira, as amigas
Cintia e Milena, também aos colegas
de turma e aos meus Pais.
4
DEDICATÓRIA
Dedico ao meu marido Roberto Dantas,
quem sempre me incentivou e me apoiou.
5
RESUMO
Esta pesquisa pretende mostrar como se desenvolve o merchandising
no cinema, sua abordagem e técnicas utilizadas no mundo cinematográficos.
Para isso, foram realizada pesquisas e levantamentos bibliográficos acerca do
tema, de modo a responder a principal questão apresentada: merchandising no
cinema como papel de fundo em cenário. Primeiramente apresentei um pouco
da história do veículo cinema e um pouco da publicidade. Depois procurei
demonstrar os aspectos técnicos e a ações do merchandising que são
utilizados no mundo cinematográfico. Finalmente, com o apoio de pesquisas,
demonstrei o caráter do merchandising no cinema e sua abordagem nos
filmes.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I - CULTURA DO MERCHANDISING 09
CAPÍTULO II - CINEMA COMO PRODUTO 24
CAPÍTULO III - ANÁLISE DO MERCHANDISING NOS FILME 33
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 39
ÍNDICE 40
INTRODUÇÃO
7
O trabalho originou-se pelo interesse em saber como se dá o uso das
técnicas do merchandising nas produções cinematográficas. Uma das
ferramentas do Marketing Promocional, sendo muito utilizada atualmente nas
cessões do cinema, seja para envolvimento do cliente e ou para fidelidade do
mesmo junto ao produto ou marca. O objetivo deste novo recurso usado pelo
mundo publicitário é dar destacar e segmento de um produto ou marca,
despertando e manipulando os desejos e a necessidade junto ao espectador
mediante a imagem (cena).
Este estudo relaciona duas áreas de grande relevância no mundo
contemporâneo: o cinema e a publicidade. Atualmente o canal cinema é visto
pelos publicitários com o intuito de divulgar uma marca sobre um produto ou
serviço, a fim de mantê-la ativa na mente de seu consumidor (o espectador) ou
aumentar sua margem de vendas, sendo um forte meio de demonstração e
visibilidade de um produto/serviço ou marca, que traz em si narrativas
baseadas em histórias, ficcionais ou verídicas; já a publicidade, por sua vez,
configura um produto audiovisual com o intuito de gerar preferência e vender
algo, ou seja, mostrar as marcas dos produtos que aparecem na trama, sem
necessariamente de uma menção de diálogo. Um exemplo: de Matrix (The
Matrix, de Wachowski – 1999), para anunciar a alta tecnologia dos produtos da
Sunsung.
Para se criar um determinado significado, há uma inter-relação entre o
cinema e a publicidade, pois são meios de audiovisuais que trabalham a partir
de uma mesma base de composição e de montagem de imagens. Essa prática
aumentará as produções na tv digital; uma relação que tende a evoluir
significativamente no futuro, favorecendo o merchandising nas inserções de
produto em cena.
Primeiramente discorre-se de uma breve apresentação do
merchandising, suas técnicas e alguns de seus conceitos básicos. Dando
continuidade com algumas das normas utilizadas no merchandising; e mais
8
adiante, para a finalização do trabalho uma abordagem com estudos de casos,
filmes cinematográficas que trabalham o merchandising.
Para isso pretende-se fazer uma breve apresentação do mundo
cinematográfico, mostrando sua história e cultura; pois o cinema oferece um
trabalho de apelo emocional e o estético na obras, propiciando o fascínio que
se é exercido sobre as pessoas, por este motivo vem servindo de inspiração
para o meio publicitário.
Para constatar essa confluência, serão analisados alguns filmes como
estudo de casos, que mostre uso das técnicas do merchandising como papel
de fundo das cenas.
O que me levou a realização deste trabalho, foi ter observado que não
se tem o merchandising inserido no contexto do filme, pois sua participação no
mundo cinema se dá como papel de fundo em cenário e este estudo é para
constatar que as técnicas e ações do merchandising podendo ser melhores
trabalhadas junto ao espectador. Assim atraindo mais os anunciantes para
esse novo meio de divulgação e amostra de seus produtos e/ou marcas.
CAPÍTULO I
CULTURA DO MERCHANDISING
9
I.I - HISTÓRIA DO MERCHANDISING
Neste primeiro momento do trabalho, pretende-se relatar o início da
publicidade dando ênfase ao uso das técnicas e ações do merchandising com
sua aplicação no meio cinema. Como a ações do merchandising se insere no
meio cinema.
I.I.I – O INÍCIO DA PUBLICIDADE
A publicidade brasileira e a propaganda, só foi se iniciar um processo de
consolidação a partir dos anos 20 e 30, quando o desenvolvimento econômico,
baseado na agro-exportação, promove um crescimento urbano capaz de
abrigar diferentes atividades profissionais e setores de negócios que
necessitam comunicar sua existência ao mercado, empresas americanas
vindas juntamente com as agências multinacionais se estabeleceram no país,
permitindo assim a união das agências com o aperfeiçoamento do sistema
televisivo brasileiro, isso após duas décadas mais tarde.
Os primeiros anúncios aparecem principalmente nos jornais e se
referem à venda de imóveis, de escravos, datas de leilões, ofertas de serviços
de artesãos e profissionais liberais. Embora os jornais recebam a maioria dos
anúncios também podemos encontrar, no período, outros veículos como os
cartazes, painéis pintados e folhetos avulsos.
Já em 1821 surge o primeiro jornal de anúncios, Diário do Rio de
Janeiro, este tipo de jornal surge para facilitar as transações comercial, com
10
anúncios se caracterizam por textos longos e poucas ilustrações como em
nossos atuais classificados.
No início do século XX, o aparecimento das revistas - chamadas de
semanários ilustrados - os anúncios ganham ilustrações e cores e seus textos
se tornam mais objetivos. O tipo de propaganda que se sobressai é a venda de
remédios que aparecem principalmente em preto e branco e em tamanhos
menores, são eles os responsáveis pelo sustento das revistas e jornais já que
existem em grande número.
A principal característica do anúncio neste período é o uso de políticos
que aparecem em caricaturas e com diálogos bem humorados vendendo
produtos alimentícios, marcas ou comentando sobre lojas. O Pó de Arroz Rei
Alberto, um dos principais desenhistas da época.
As primeiras agências de publicidade começam a parecer a partir de
1914, em geral, iniciam como empresas de anúncios e evoluem para agências
como foi o caso da Eclética que estava sediada em São Paulo, cidade que no
período, da Primeira Guerra Mundial, ganha outras agências como a Pettinati,
Edanée, a de Valentim Haris e a de Pedro Didier e Antônio Vaudagnoti.
Com o desenvolvimento industrial que se inicia no país, chegam nas
empresas americanas e com elas chegam também as agências de
propaganda norte-americanas que imprimem uma nova estética para a
publicidade e exigem a profissionalização das áreas envolvidas com a
publicidade e propaganda, neste sentido, desenhistas, fotógrafos, áreas de
criação e gráficas ganham um novo impulso técnico e profissional para atender
as necessidades de agências a Ayer logo substituida pela J. Walter Thompson
e o departamento de propaganda da GM que depois se torna a Gráfica
Lanzara.
Na década de 20 teem início as primeiras grandes campanhas de
empresas multinacionais que se instalam no país. A Bayer é a pioneira em
campanhas para promover seus produtos, principalmente a Cafiaspirina,
Aspirina e Alka-Seltzer.
11
Mesmo com a crise de 29, a publicidade se desenvolve a passos largos,
aparecem os painéis de estradas, o out-door, os anúncios em revistas e jornais
tornam-se mais sofisticados, slides coloridos em lâminas de vidro são exibidos
nos cinemas e programas e jingles para as rádios são criados dentro das
agências.
As pesquisas de mercado para conhecer o consumidor e seus hábitos
tornam-se cada vez mais importantes e são exigências de empresas como a
Perfumaria Gessy e dos laboratórios.
O rádio cresce rapidamente e a partir de 1931, quando o governo
federal passa a conceder para a iniciativa privada a exploração do sinal de
rádio, as agências passam não só a confeccionar jingles e publicidades para
as rádios como também produzem os programas que são patrocinados por
grandes empresas, como o Repórter Esso. Neste período, cerca de 60% do
capital destinado à publicidade, pelas empresas, é aplicado no rádio na forma
de publicidade e/ou de patrocínio de programas. Os principais anunciantes são
lojas de departamentos, restaurantes, lanchonetes, xaropes, remédios e
produtos alimentícios.
Com a Segunda Guerra Mundial, acontece um decréscimo no
movimento de anúncios criando uma crise no setor da publicidade que passa a
se recuperar somente a partir de 1945. O rádio ainda é principal veículo de
propaganda e as radionovelas, programas de auditório, humorísticos e
radiojornais são os programas que mais recebem patrocínio de grandes
empresas.
A consolidação da sociedade de consumo acontece a partir do pós-
guerra e durante toda a década de 50, multiplicando produtos como veículos,
eletrodomésticos, refrigerantes, confecção e fazendo surgir os crediários que
facilitam as compras, promovem o crescimento da produção e do consumo. O
mercado publicitário cresce e os profissionais da área a sentem a necessidade
de se organizarem e para tanto surge a Associação Brasileira de Propaganda
12
(ABA), o Conselho Nacional de Imprensa (CNI) em 1949, e posteriormente a
Associação Brasileira de Agência de Propaganda (ABAP).
A Televisão irá trazer um novo impulso para a já sofisticada publicidade
brasileira, criando mais um veículo para a divulgação de produtos e de
campanhas. A partir de 1950 com a TV Tupi, inaugura-se uma nova era
eletrônica e são, mais uma vez, as agência de publicidade como a McCann
Erikson e a J. W. Thompson que irão trazer o “know-how”, criando, redigindo e
produzindo programas e comerciais de televisão ao vivo. As “garotas
propagandas” ganham fama e prestígio e as mais importantes foram Idalina de
Oliveira, Meire Nogueira, Wilma Chandler, Odete Lara, Maria Rosa e Neide
Alexandre.
Os anúncios são principalmente de eletrodomésticos, produtos para as
donas-de-casa, alimentos e automóveis. Neste momento um bom profissional
de criação chegava a trabalhar para diversas agências ao mesmo tempo, e
uma mesma agência podia fazer a campanha política de diversos candidatos.
O crescimento econômico e industrial do país refletia-se no crescimento das
agências e do mercado de publicidade e propaganda.
São Paulo é o principal centro de produção de publicidade e
propaganda, e muitos profissionais do Rio de Janeiro - capital do país no
período - migram para as agências paulistanas com a finalidade de atenderem
os setores em crescimento, principalmente o automobilístico que promove
fortes campanhas e concorrências (Jeep, Volkswagen, Ford, GM, Chevrolet).
Um reflexo do crescimento do setor publicitário é o surgimento da Revista
Propaganda que tratava de assuntos do setor e tinha seus artigos assinados
por grandes nomes da propaganda brasileira.
O cinema nacional de massa, vive momentos difíceis devido ao
desenvolvimento da televisão nos anos 50 e 60, começando uma
concorrência, o que levou ao desespero para sua sobrevivência. Incidente este
acontecido, que abriu espaço para a publicidade desfrutar de todo um parque
tecnológico disponível, através da utilização de estúdios e profissionais da área
13
cinematográfica. Com a desestabilização nacional do cinema de massa, a
publicidade televisiva brasileira pôde explorar sua linguagem padrão e
tradicional, tornando-a mais dinâmica e adequada ao meio televisivo.
A indústria cultural se consolida no país e a média cresce e se
aperfeiçoa rapidamente. A programação e os anúncios ao vivo da televisão
serão substituídos rapidamente com a chegada do VT (Vídeo Tape) permitindo
que as agências criassem e produzissem uma publicidade muito mais
sofisticada. E, do ponto de vista de criação e originalidade, podemos dizer que
as décadas de 70 e 80 representam a fase áurea da publicidade brasileira. As
agências brasileiras se multiplicam e profissionais como Duailibi, Petit,
Zaragoza, Washington Olivetto, Alex Periscinotto, Geraldo Alonso, Marcello
Serpa, Nizan Guanaes e Márcio Moreira entre outros, ganham renome
internacional. A publicidade brasileira passa a ser considerada uma das
melhores do mundo sendo o seu maior reflexo o número de premiações que as
agências brasileiras alcançam nos festivais internacionais.
Em 1965, uma lei determina uma remuneração para as agência, que
20% das verbas investidas pelos anunciantes na mídia, o setor de negócios da
publicidade e propaganda se consolida e torna-se cada vez mais sofisticado
em termos de criação e uso de tecnologias. Durante todo o período da
Ditadura militar (1964-1984) o setor cresceu sem grandes crises ou conflitos.
No final do período, a crise econômica e os movimentos políticos irão se refletir
no setor, levando-o a “apenas sobreviver nos dez anos seguintes” como nos
informa Pyr Marcondes.
O final do século XX marca uma nova configuração econômica no
mundo, a globalização, irá obrigar o mercado a posicionar-se de forma
diferenciada e este fato exige das agências uma reestruturação em termos de
ganhos e de atendimento a seus clientes. Redução de quadros, de ganhos e
maior maturidade do setor são as principais mudanças ocorridas. Este fato,
permite um salto na criatividade publicitária nacional alçando o país à condição
de terceira potência mundial em criação publicitária na década de 90.
14
A propaganda hoje, é responsável pelo sustento de boa parte da mídia e
é inseparável do setor de negócios e de produção, sua maturidade e
capacidade de adequar-se às novas realidades que se constituem através de
todo o século XX é que a transforma em um dos bons setores de negócios do
país. A publicidade brasileira passa a ser considerada uma das melhores do
mundo, sendo o seu maior reflexo o número de premiações que as agências
alcançaram nos festivais internacionais.
O merchandising nasceu no cinema, numa época que se promovia
categoria e não produtos, nas produções de Hollywood da década de 40.
O merchandising desenvolveu-se em conseqüência do nascimento do
conceito de livre-serviço e a multiplicação de produtos no mercado. As técnicas
de merchandising começaram a ser desenvolvidas pelos distribuidores
alimentares, mas atualmente, as técnicas de merchandising são utilizadas por
lojas de serviços, ou bancos, com igual sucesso no ponto de venda, de forma a
influenciar a decisão de compra do consumidor.
I.I.II – CONCEITO DE MERCHANDISING
Uma estratégia do marketing, o merchandising atua no desenvolvimento
de ações e técnicas para divulgação e destaque de um produto, marca e
serviços junto ao mercado, de forma que fique gravado na mente do
15
consumidor. Para o Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa
(2002) define merchandising como “designação corrente da propaganda não
declarada feita através da menção ou aparição de um produto, serviço ou
marca durante um programa de televisão, rádio, teatro e cinema”. (ZENONE e
BUAIRIDE, 2005, p.121)
A partir da definição citada a acima, podemos entender que
merchandising é toda inserção comercial em shows, novelas, filmes, eventos
etc., uma propaganda indireta de um produto, marca ou serviço através dos
meios de comunicação permitindo uma visibilidade clara, para o espectador.
Essa exibição acontece de maneira indireta, onde o produto ou marca
propagado acontece de maneira que esteja inserida junta a cena ou trama
cinematográfica, as qualidades do produto, marca ou serviço não são
mencionados, o que se há é uma visualização audiovisual.
Este tipo de merchandising tem por objetivo persuadir o consumidor à
compra de determinado produto, serviço ou marca, em relação a esse uso,
vale-se do artifício de mensagens subliminares, porém muito críticas, por
alguns teóricos. A veiculação acontece nos mais variados canais de
comunicação, tv, rádio, cinema, vitrines etc., desta forma a uma maior
exposição e melhor controle da mente do consumidor para a escolha e
compra, nada exageradamente, pois o exagero pode resultar negativamente.
O merchandising é uma soma de ações promocionais e matérias, para
controlar a decisão de compra do consumidor, isso vale também para o
merchandising cinematográfico, mas as ações destinadas à visualização
audiovisual, que a partir daí o espectador, lembre-se do produto, serviço ou
marca exposto na trama, ou cena, ele tenha a preferência de compra. Pois o
merchandising no cinema não acontece como a maioria dos teóricos aborda no
merchandising como ponto de venda, pois o espectador não tem o contato
com o produto, serviço ou marca, até porque os filmes não ficam com o tempo
suficiente como um produto de marcas numa gôndola, há uma rotatividade nas
exibições do filme, por isso o espectador tem a associação da cena ou do ator
que exibe ou utiliza o produto, serviço ou marca, para que atue na decisão de
16
compra deste consumidor. Essa utilização desta ação de merchandising,
associação da imagem de pessoas tem que ser feita com critérios, bem
estudada e bem analisada, pois transfere atributos do primeiro para o segundo.
Já para Almeida, merchandising é um termo que
Designa, em mídia a veiculação de menções ou aparições de
um produto, serviço ou marca, de forma não ostensiva e
aparentemente casual, em um programa de tv ou de rádio,
filme cinematográfico, espetáculo teatral, fotonovela, etc.
Técnica de inserir anúncios não declaradamente publicitário
no contexto de uma encenação com a devida naturalidade.
(Ex.: o herói de um filme de aventuras usa um automóvel de
determinada marca, etc.). (ALMEIDA, 1988, P.63)
Estas definições designam-se ao merchandising comercial. São
mensagens subliminares para atingir o espectador, que se insere dentro de
uma programação, no caso do cinema, e é trabalhado muito com
patrocinadores dos filmes, cuja seu produto, serviço e ou marca são inseridos
no contexto do filme de maneira que soa naturalmente para o espectador.
Desta forma os publicitários perceberam um novo canal de divulgação e de
destaque para seus clientes dentro do mercado acirrado, e os produtores de
cinema também perceberam que poderiam lucrar. É um movimento que
expressa a junção da cultura com a propaganda e ambas ganham com a
repercussão dos filmes. É uma forma de comerciais ficarem mais atraentes,
com produções mais cuidadas e com ganho também de mídia.
“Merchandising é a forma de fazer publicidade sem que o público
perceba que se trata de publicidade.”, afirma José Carlos Veronezzi.(Mídia Mix,
http://www.portalda propaganda.com/mídia/mídia az/2003/09/0001, em
07/04/2006)
O merchandising dentro da narrativa das cenas cinematográficas, tem o
objetivo de influenciar o telespectador sem que o mesmo perceba. Porém
17
mesmo sem uma menção de diálogo ele grava no consciente, pois a atenção
do telespectador esta toda voltada para o filme. Este método trabalhado de
forma simples e indireta denomina-se na arte da persuasão inconsciente, como
citado anteriormente, o uso da técnica mensagem subliminar, pois o
espectador está com sua atenção concentrada para o filme, seu inconsciente
recebe as informações e mais tarde acontece à lembrança do produto, serviço
ou marca. O objetivo do merchandising se realiza à partir, de quando esse
estímulo audiovisual é concretizado com o ato da compra.
O Merchandising, como é conhecida esta técnica subliminar, tem sido
constantemente usada pela Coca-Cola em filmes. Quem não se lembra de já
ter visto em alguma novela, ou filme um personagem bebendo aquela cerveja
cujo rótulo e marca aparecem claramente na imagem ou então em uma partida
de futebol você notar a existência de várias placas colocadas ao longo do
campo exibindo marcas ou nomes de produtos. Inserido em histórias como
filmes ou novelas, quanto menos aparece o produto, melhor é o resultado do
merchandising. Basta que se perceba a sua presença.
O merchandising é conhecida no meio publicitário como “product
placement”, a prática de mostrar as marcas dos produtos que aparecem na
trama (sem a necessidade de uma menção nos diálogos”,
http://www.albertoclaro.pro.br/noticia.asp?codigo=797&CDO_MENU=82,
05/04/2009; não se há uma necessidade de um diálogo narrativo com o
produto, desta maneira se há é uma manipulação dos desejos e gostos
mediante imagens, sendo esta uma forma sutil de publicidade, cuja de
inserção de produto,serviço ou marca no filme não interfere no
desenvolvimento da trama. Este método, acontece de maneira que o
merchandising se passa como parte do cenário, que muitas das vezes se não
bem detalhado na cena e o espectador não estiver totalmente prezo a trama,
não acontece a técnica da persuasão junto ao espectador, desta mesma
forma, acontece se o merchandising utilizado acontecer de maneira, como os
publicitários falam grosseiramente, o espectador não se interessa e se há uma
rejeição por parte dele, mas quando bem trabalhadas estas técnicas se
http://www.albertoclaro.pro.br/noticia.asp?codigo=797&CDO_MENU=82
18
alcança o objetivo esperado pelo merchandising, que a preferência e destaque
que leve o a compra.
Como exemplo no filme “Se Eu fosse Você”, que o desenrolar da trama
acontece na agência e num momento propício para divulgação de imagens
como promoção da Claro, trata-se da inserção de produtos reais no meio da
narrativa.
O merchandising faz parte de um plano de marketing, que atua em
conjunto com outras ferramentas de comunicação, onde se faz uma análise de
situações em vários aspectos, que estudadas e obedecidas para atender o
mercado consumidor. Para os publicitários as estratégias e objetivos, se bem
pensado e criado, e quando bem produzido, faz com que o publico goste dele
e do produto, ao contrário não desperta interesse e nem atração do
espectador.
Para o cineasta Fernando Meirelles, “- Que a grande vantagem do
casamento entre publicidade e cinema é que a primeira leva técnicas mais
modernas para o telão, como a digitalização de imagens e mais recursos,
enquanto o cinema empresta melhores roteiros para a propaganda”.
http://wwobservatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=344ASP011,
03/04/09, a indústria cinematográfica, vem cada vez mais divulgando marcas e
lançamentos, criando valores e influenciando o comportamento dos
consumidores, pois, muito além do racional, o cinema penetra nos sentimentos
e emoções da audiência.
A inserção de marcas em filmes é uma das mais atrativas ferramentas
de marketing, pois ao viver a experiência de assistir a um filme, emocionar-se
com a estória e até criar laços afetivos com os personagens, o espectador tem
a mente aberta para aceitar os valores expostos na obra, além de estar num
ambiente reconhecível e crível, mais do que um apelo direto, cria-se uma
referência mental, uma mensagem devida útil e fixação eficiente. O espaço
mágico da sala de projeção nos coloca abertos à magnitude do cinema,
absorvendo sem restrições as imagens as quais nos submetemos. Esta junção
http://wwobservatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=344ASP011
19
de publicidade e cinema tem um futuro promissor devido também ao meio
digital, pois daqui há alguns anos o espectador vai escolher o que irá assistir,
afetando a tv aberta e outros meios; onde se vê grandes benefícios e
realização em troca de interesses para as duas partes.
Cinema é uma grande arma de merchandising. E para alguns cineastas,
como para Tikhomiroff, esta associação entre cinema e publicidade mais que
tendência, é uma parceria que está virando regra.
http://wwobservatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=344ASP011,
03/04/06.
Pois quando de se colocar o produto, serviço ou marca em um filme é
fazer com que os consumidores vivenciem, junto com o desenrolar da estória,
os seus valores. Uma parceria, que cada vez mais de uns anos para cá vem
acontecendo e trazendo resultados positivos para essa junção, da publicidade
com o cinema.
I.II – TÉCNICAS DO MERCHANDISING
No merchandising e promoção de vendas, é importante ter em conta qual
a receptividade das técnicas por parte dos consumidores. Assim, é muito
importante conhecer determinadas características dos compradores, tais como
a classe sócio-econômica a que pertencem, a faixa etária, fatores
demográficos, frustrações de compra e os comportamentos adotados no
interior do ponto de venda; isso também destina-se as técnicas para o meio
cinema, pois são ações do marketing, que junto com a ferramenta o
http://wwobservatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=344ASP011
20
merchandising, buscam para melhor aceitação por parte do espectador. As
táticas usadas devem ser estudas e trabalhadas de maneira cautelosa, como
já foi citado anteriormente; como por exemplo a técnica por associação, o uso
da imagem de pessoas de sucesso – que significa terem feito opções corretas
na vida, ao se colocarem como usuário do produto, passam a idéia que fizeram
a escolha certa; técnica está que é abordada em vários meios.
A técnica do merchandising se abordada de maneira ostensiva pode ter o
resultado contrário junto ao espectador, portanto ações no cinema acontece de
forma discreta e fazendo parte das cenas; deve fazer parte do roteiro,
explorando situações naturais nas cenas, desta forma passa ao espectador
credibilidade.
Diferente da técnica utilizada nas telenovelas, o merchandising
cinematográfico acontece de maneira que não se menciona os atributos
daquele produto, marca ou serviço, mas ele é trabalhado junto ao cenário e a
cena. Ou seja, incuti a idéia ao espectador de maneira que ele receba
estímulos visuais. Como exemplo: o filme “Minority Report - A Nova Lei”
(2002), de Steven Spielberg se faz merchandising de marca de relógios
Dreamworks e de carros de marca Fox e telefones celulares entre outros estão
inseridas na trama.
Um outro exemplo: no filme “Amor, Sexo e Traição” dirigido por Jorge
Fernando, as marcas Claro, Nova Schin entre outras, estão inseridas no
contexto para não incomodar o espectador. (Clayton Melo, Meio&Mensagem
especial de cinema, 4/07/2005) “ Como boa parte dele se passa numa agência
de publicidade, fazia todo sentido uma ação desse tipo”, afirma Walkiria
Barbosa, produtora e sócia da Total Filmes.
Pode definir, já aqui, que ao contrário das propagandas tradicionais, o
merchandising, como ação publicitária cada vez mais está freqüente e que é
inserida na trama cinematográfica de tal forma que, muitas vezes, é percebida
como parte integrante dela. Esta inserção comercial foca a marca ou o
produto, indiretamente, como se é parte do cenário de filmagem. Esta ação
21
acontece de maneira sutil sem interferir na trama do filme, mas também pode-
se dizer que o merchandising se passa como papel de figurante em cena, em
que as marcas e produtos são estímulos visual para o espectador. Os pontos
positivos desta ação, é o bom índice de atenção, pois o espectador nada mais
tem a fazer, já que está ali para olhar a tela e outro ponto é a possibilidade de
causar bom impacto audiovisual, a tela maior que a televisão, som, cor,
movimento, no impacto. Uma pesquisa realizada pela Mediaedge Cia, do grupo
WPP, indica que o merchandising em filmes é quase tão eficiente como a TV.
Os dados mostram que 61% dos entrevistados disseram que percebem
produtos inseridos em produções cinematográficas, devido ao impacto
audiovisual.
I .III - NORMAS DO MERCHANDISING
As normas de promoção e merchandising, tem formato com duração de 5
segundo, que podem vir antes no início do filme e no final do filme exibido,
(vinheta), com o envolvimento da marca ou produto do cliente, durantes a
exibição do filme, podendo ocupar qualquer espaço da tela e incluindo ou
efeito sonoro.
Quanto as vinhetas animadas, formato de duração de 10”, animação com
envolvimento da marca ou produto do cliente durante a exibição do filme,
podendo ocupar qualquer espaço na tela incluindo slogan.
É de responsabilidade da agência/cliente a confecção de todo e qualquer
material utilizado durante as ações, bem como cópias em fitas das ações
exibidas.
Os produtos exibidos, deverão ter os respectivos registros e obedecer às
normas do código de defesa do consumidor e estarão sujeitos à prévia
consulta do departamento jurídico da tv, ou do departamento de
22
mídia.http://wwwjovedata.com.br/obsite/band/ban_normas_merch.htm,
07/04/2006.
No merchandising, o produto é anunciado dentro da obra de ficção, que
pode ser um capítulo de novela, e se insere na proposta dramática do
programa: os personagens, dentro da história, usam os produtos e falam das
qualidades. Já nas apresentações do merchandising no cinema, acontece de
maneira mais sutil. A Rede globo, por exemplo, como não se pode aumentar o
número de comerciais nos intervalos, faz com que o seu faturamento com o
merchandising cresça a cada dia. Ações estas que representam uma
tendência na televisão mundial que é seguida pela televisão brasileira.
São as inserções do merchandising e da propaganda testemunhal, que
são caracterizadas pela maior absorção e interatividade com o público. Nas
novelas, o merchandising entra na trama, fazendo parte da vida do
personagem como se fosse no real, um exemplo, da rica empresária que
exalta as qualidades de uma marca de lingeri.
Nos Programas a apresentador a para e começa a falar das vantagens de
determinado serviço. Minutos estes que faz com que os atores e emissoras
aumentam seus lucros, com alguns números de inserções.
De acordo com dados da Record e Bandeirantes, essas inserções de
merchandising apresentam em média 16% do faturamento comercial total das
emissoras. Folha de São Paulo, 04/2006. Esse tipo de publicidade cresceu
absurdamente, quase que 70% aproximadamente.
Essas ações devem acontecer ao vivo, na linguagem do apresentador e
respeitando o limite de 80 palavras. Isso vale para qualquer tipo de
merchandising. No testemunhal, seus custos representam até 284% maior do
que uma propaganda no intervalo comercial normal, o cachê do apresentador
20% do valor total da ação. Como exemplo do programa do “Domingão do
Faustão” (Rede Globo), que cobra R$ 360,74 mil por testemunhal de 30
segundos; já o merchandising pode ter o custo de 149% maior do que o
comercial tradicional. Uma inserção na novela “Cidadão Brasileiro” (Record),
23
um comercial de 30 segundos equivale ao valor por cada capitulo de novela.
Dados da Folha de São Paulo, 04/2006.
Essas inserções como pode verificar aumenta as verbas para quem faz o
merchandising, atores, emissoras e diretores. Uma forma de publicidade que
são levados em consideração aspectos ideológico, cuja principal preocupação
é o valor que se quer atribuir ao produto ou serviço, junto ao seu público
objetivado.
CAPITULO II
CINEMA COMO PRODUTO
II.I - HISTÓRIA DO CINEMA
Tudo começou com a necessidade de dar movimento nas ilustrações de
desenho, inventou-se então o fenacistoscópio, no século XVIII, o inventor foi
Joseph Plateau, um cientista belga; esse foi o primeiro aparelho, a produzir a
ilusão de movimento num desenho. Que funcionava através de dois discos em
dois diferentes eixos, quando girados na mesma velocidade, quem olhasse,
através dos orifícios, tinha a impressão de que os desenhos se moviam.
24
A película de celulose, o filme, inventado por Eastman, invenção esta
que ajudou a Thomas Edison junto ao seu assistente William Dickson, na
invenção do cinetoscópio; que é a técnica de projetar fotogramas (quadros) de
forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento. Uma espécie
de gabinete onde 15 metros de filme que rodavam em carretéis; que ao olhar
através de um visor para o interior do gabinete e podia ver as fotos em
movimento. Logo mais tarde, em 1896, sendo substituído pelo Cinema.
Foram poucos os filmes que fizeram o uso do som antes de 1900;
meados da década de 1920, foi criado então um sistema que coordenava o
som de um disco com o projetor. Depois, passando a se usar o filme
silencioso, com música e efeitos sonoros gravados em disco. Até que a Warner
produziu em 1927, o filme O Cantor de Jazz. Um filme que não era para ser
falado, apenas com efeitos sonoros e músicas.
Através de um incidente, surgiu o filme sonoro. Durante o processo de
sonorização, Jolson pegou o microfone e disse o que costumava falar em seus
shows: "Vocês ainda não ouviram nada". O incidente convenceu os diretores
da Warner a substituir os quadros legendados do filme por diálogos falados.
Era o fim do cinema mudo.
Surgia o Cinema Novo, um divisor de águas da própria cultura brasileira.
Que só foi possível graças à invenção do cinematógrafo pelos Irmãos Lumière
no final do século XIX. Em dezembro de 1895, em Paris, aconteceu a primeira
exibição pública de um filme, no Grand Café, em Paris, onde se cobrava pelas
entradas. As duas peças exibidas, que duravam poucos minutos, já que os
rolos de película eram curtos, chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica
Lumière" e "A chegada do trem à Estação Ciotat", cujos títulos exprimem bem
o conteúdo. Aqui se deu marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se, a
partir de então, por toda a França, Europa e Estados Unidos, através de
cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière, para captar imagens de vários
países.
25
Como forma de registrar acontecimentos ou de narrar histórias, o
cinema é uma arte que geralmente se denomina a sétima arte. Como registro
de imagens e som em comunicação, o cinema também é uma mídia; desta
forma a indústria cinematográfica se transformou em um negócio importante
em países como a Índia e os Estados Unidos, respectivamente primeiro e
segundo maiores produtores de filmes por ano.
A primeira sessão pública de cinema em território Nacional aconteceu
na cidade do Rio de Janeiro, em 1896, sete meses após ter sido inventado,
oficialmente, pelos Irmãos Lumière, em Paris. Em 05 de novembro, aconteceu
a primeira exibição do primeiro filme brasileiro, de autoria do português Antônio
Leal com imagens do centro do Rio.
A produção cinematográfica brasileira teve seu início em 1930 com a
Companhia Cinédia, passando pela Companhia Atlântida, fundada em 1941 no
Rio de Janeiro e com o seu contraponto, a Companhia Vera Cruz, fundada em
São Paulo em 1949.
O apogeu da produção ocorreu na década de 1960, mas começou a
entrar em decadência a partir do final dos nos 70, devido a criação da tv. Em
São Paulo, nos anos 70, se faz uma produção bem numerosa e bem
comercial, conhecida como produção da Boca do lixo, onde despontam vários
diretores de (filmes eróticos softcore).
A falência ou retraimento dos estúdios cariocas e paulistas, alinhada à
renovação do cinema na Europa e América Latina, abriu espaço para um
sentimento revolucionário em jovens cineastas do Rio de Janeiro e da Bahia,
que no início dos anos 1960 se insurgiam contra o industrialismo da Vera Cruz
e a alienação cultural das chanchadas. Cada um com seu estilo e suas
preocupações próprias, convergiam no interesse por um cinema barato, feito
com "uma câmera na mão e uma idéia na cabeça", e que refletisse e discutisse
a realidade brasileira sob um ponto de vista nacional-popular.
A morte prematura do Cinema Novo, acontece neste período, apesar
dos números aparentemente positivos, com a produção em 1978 de uma
26
centena de longas-metragens, público de sessenta milhões e o recorde de
bilheteria de dez milhões de espectadores em 1976 com Dona Flor e seus dois
maridos (de Bruno Barreto), a contínua ascensão do cinema norte-americano,
a popularização da televisão, a crise econômica da década de 1980 foram os
fatores que provocaram a queda do cinema brasileiro, sobretudo pela presença
da censura militar, e a ação da Embrafilme, empresa estatal encarregada de
fomentar a produção e distribuir filmes brasileiros, criticado por incentivar
privilégios e não contribuir para a industrialização do cinema, foi colocado em
xeque e catalizou as discussões sobre a participação do Estado no cinema e
do Concine em março de 1990.
Após a interrupção do governo Collor, foram criados novos instrumentos
de estímulo à produção e sancionada a Lei do Audiovisual (1994), que
incentiva empresas privadas a investirem em cinema. Também neste período,
se deu início ao período mais crítico do mundo cinematográfico brasileiro, com
a produção de menos de dez filmes por ano. Isto somado ao envolvimento de
governos estaduais na produção levou a um novo renascimento a partir de
1995, simbolizado pelo sucesso de Carlota Joaquina, princesa do Brazil, de
Carla Camuratti. Cerca de 100 filmes de longa-metragem foram produzidos
entre 1995 e 1997. Trata-se de um cinema diversificado, tecnicamente bem
feito e apto a reconquistar a simpatia do público.
O cinema brasileiro entrou em alta no século XXI, apesar da fragilidade
do sistema de produção. Walter Salles Jr. se confirmava como um dos maiores
cineastas brasileiros da atualidade. Com produções que alcançaram grandes
qualidades técnicas e artísticas, obras como: Central do Brasil, O Primeiro Dia,
Abril Despedaçado, etc. e mais recentemente, Cidade de Deus (Fernando
Meirelles) e Carandiru (Hector Babenco) foram sucesso de bilheteria nacional,
e o primeiro, concorreu a vários Oscar e obteve excelente arrecadação no
estrangeiro. O cinema nacional ainda está longe de se tornar uma indústria
consolidada, mas pelo menos a produção nacional foi retomada em termos de
quantidade e qualidade.
27
Com a inovação em tecnologias e a era digital, surge o cinema digital,
uma nova tecnologia que sofre constantemente aperfeiçoamentos. O mundo
digital possibilita produzir um filme de forma mais barata e menos complicada.
Waldemar Lima acredita que a demora para a implantação do Cinema Digital
não é pela qualidade de imagens, cores, contrastes, mais sim uma briga
comercial.
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_cinematogr%C3%A1fica, 30/05/06.
Por ser um meio de mídia barato.
A edição digital, seu processo acontece um pouco diferente: depois de
filmar, ou gravar, o cineasta pode ir direto para a ilha digital e editar seu filme,
este processo é chamado de transfer, kinescopagem ou ampliação. Onde a
imagem não é a mesma de um filme realizado em película, já que os grãos da
película dificilmente são reproduzidos, mas o gasto é infinitamente menor. Com
o filme pronto, é só enviar para os laboratórios especializados e fazer sua
cópia em película 16 ou 35mm. O processo de revelação do filme, telecinar,
como é chamado, torna o cinema caro e dificulta a produção de filmes
independentes.
As vantagens da nova tecnologia digital, ou seja, o sistema digital está
em transformar a imagem em sinal eletrônico. O cinema digital reduz custos e
tem tudo para provocar uma disparada de produções.
II.II – CULTURA E CINEMA
A importância da publicidade na cultura de consumo deve-se ao fato de
que ela explicita os princípios desta cultura, no seu projeto comunicativo que
são traduzidos por imagens e sons. Ela é um importante mecanismo para
difundir formas simbólicas cujo sentido maior é a de um consumo estetizado e
estilizado. A cultura de consumo, está relacionada com os meios de
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_cinematogr%C3%A1fica
28
comunicação; com a alta tecnologia, com as industria da informação, que
busca expandir uma mentalidade consumista.
A cultura de consumo está associada à complexidade humana, ou seja,
envolve seus valores, desejos, hábitos, gostos e necessidades numa escala
extremamente intensificada, que são transmitidas através das mídias que
ditam essas necessidades, como padrão de consumo.
Tudo está relacionado ao consumo como, por exemplo, o modo de
produção, os padrões de desigualdade no acesso aos bens materiais e
simbólicos, a maneira como se estruturaram as instituições da vida cotidiana
(como a família, o lazer, os ambientes urbanos, etc.). Na cultura de consumo
constantemente cria-se novos espaços para novos consumidores, tornando o
consumo um sistema global que molda as relações dos indivíduos, que está
sempre sendo reconfigurada por tecnologias que determinam como padrões
de consumo.
Nessa difusão ampliada de um certo modo de consumo, dita e estetizada
pela publicidade através das mídias; podemos destacar dois princípios que
definem o modo de predominância na cultura de consumo. Como primeiro
deles, que é a dimensão simbólica de consumo, que chamamos de estetização
de consumo. Sob este aspecto, o consumo de massa caracteriza-se pela
proeminência dos atributos simbólicos dos produtos em detrimento de suas
qualidades estritamente funcionais e pela sua manipulação na composição de
estilos de vida.
O segundo princípio do modo de consumo inerente à cultura de
consumo é a dilatação da dimensão “imagética” do consumo, que é tratada
como estetização do consumo. Neste caso, destaca-se a construção de
universos imagéticos em torno dos produtos, através da conversão dos
‘ambientes’ voltados para o consumo em lugares mágicos onde a experiência é
envolvida por fantasias tecnologicamente produzidas.
O vinculo da publicidade, à cultura de consumo e sua principal razão é
o próprio papel desempenhado pela publicidade na difusão dos princípios do
29
consumo, e na sua reconversão à modalidade propriamente contemporânea,
massiva, de consumo. Princípios estes, que pautaram a publicidade desde
seus primórdios são os mesmos que caracterizam o modo de consumo
moderno.
Nas fantasias dos consumidores, eles vão buscar o apelo para as
mercadorias, onde os consumidores penetram no ‘mundo dos sonhos’ sem se
sentirem tão constrangidos a comprar. O contato visual com os produtos em
seus entornos fantásticos passa a responder por uma parte substancial dos
prazeres sensuais do consumo. O apelo estetizado para o consumo que se
concretiza no próprio discurso publicitário, no qual impera o desfile de formas e
ritmos, muito mais do que o modo argumentativo de produção do sentido. O
discurso publicitário enuncia encenando, entranhado que está na esfera da
estetização. A estetização, ainda que contemple sonhos de teor mais
individual, também os atrela a estilos de vida desejados como um todo.
O conteúdo da cultura popular é determinado em grande parte pelas
indústrias que disseminam o material cultura, como por exemplo, as indústrias
do cinema, televisão e editoriais. No entanto, a cultura popular não pode ser
descrita como o produto conjunto dessas indústrias; pelo contrário, é o
resultado de uma interação contínua entre aquelas e as pessoas pertencentes
à sociedade que consome os seus produtos. É a interação do espectador,
público, com a sociedade midiática.
As mídias são responsáveis pelo crescimento do aumento de
informação à cultura, pois se há uma identificação junto ao público. Os
publicitários e cineastas mostram um realismo de várias maneiras dentro do
cotidiano, afetando a cultura e o comportamento das pessoas. As cenas e
tramas, obras ficcionais não desviam do fundo de diálogos, ou seja, funcionam
de igual de condições com o diálogo; pode-se dizer que são elementos formais
que pode ser inseridos de maneira que o diretor achar. Se parecendo normal e
o público analisando junto ao seu cotidiano, como efeito e causa de
necessidade para ele.
30
Um verdadeiro veículo capaz de ser ajustado e modificado, através do
qual o cineasta transmite suas idéias com clareza e força capaz de alterar a
platéia, seja esse efeito intelectual ou emocional atribuindo na sua cultura.
Como se dizia Eisenstein (1889, p.79), que o Cinema é a maior arma de
propaganda possível. Uma arma que descoberta é capaz de alteração no
comportamento da cultura.
O cinema é claramente uma dessas referências e tem alimentado o
imaginário coletivo de pessoas ao redor do mundo. Quando na falta de
referencial, se vê a imitação dos personagens da tela de cinema, em ter que
fazer uso daquele produto que tal personagem usou na trama ou cena
apresentada. Essa é uma influência da mídia sobre o público espectador;
através de efeitos audiovisuais e sonorização fazendo parte do diálogo. Como
pode observar nos filmes violentos com, Van Damme, Stallone, seus
personagens são imitados pelos jovens. E muitas das vezes os vêem como
referencial.
O merchandising por sua vez aplicado ao cinema, mesmo de forma sutil,
não maximizado como na novela, altera as reações do espectador, mesmo
este espectador tendo ou não condições para alcançar o efeito de desejo e
realização. Alteração essa que por um determinado tempo, ou quando através
de um referencial, ter a lembrança do produto marca ou serviço que foi usado
pelo personagem. Para os espectadores com espírito de consumistas há sim
uma forte influência no comportamento e mais uma vez as industriais faturam
encima destes.
Quando esse merchandising feito com pessoas famosas, famosos
promíscos publicitariamente, a chance de causa positiva é muito maior para
lembrança do espectador e levá-lo ao ato de compra. Isso atribui a alteração
de comportamento.
São expostas inserções subliminares que causam alteração no público,
com suas apologias. Na sociedade, como se explica a crescente dissolução
31
das famílias e rebeliões contra a sociedade e a lei, pois através destas
inserções altera a cultura e foge do consciente do espectador.
Através de associação, é possível fazer com que os consumidores
passem a sentir simpatia por este ou aquele produto mediante a inclusão
dissimulada ou não de símbolos de "sexo", "amor" e outros nas imagens de
propaganda do produto.
A influência do cinema, alterar de maneira lenta, mas não quer dizer que
não altera. Podemos notar que nos shoppings pessoas se vestem imitando os
personagens do filme que assistiu, fato que acontece mais com crianças e
jovens. Influências que para o mundo publicitário foi uma forte tacada junto aos
seus clientes, uma forma de se expor, de modo a não se fazer perguntas e não
percebermos conscientemente todas as conseqüências daquela exposição;
com ações audiovisuais dando a ele referência de compra.
São idéias de violência, rebeldia, droga como, por exemplo, que
poderão ser absorvidas como dogmas por todas as crianças e jovens que se
espelham naquele personagem. Como Freud dizia: “Nascemos cópias,
morremos imitados”. Fantasias projetadas pelo cinema que tem significados e
conseqüência efeito, com a valorização dos ideais e mudanças nas atitudes de
comportamento.
A influência do cinema e do merchandising sobre o consumo de massa,
pode-se dizer que são atributos e artifícios usados, que procuram cercar o
individuo (consumidor) por todas as partes, mostrando e informando que para
a inclusão na sociedade de consumo é preciso tê-los como referência. Que
para ser o mocinho, como nos filmes, ele tem que consumir os produtos
mostrados ali. Um papel que é muito bem articulado pelo merchandising,
através de suas técnicas, para despertar a necessidade de desejo de consumo
e sua satisfação. Toda uma interpretação, para causar o interesse do
espectador, o consumidor, interpretação através de fantasias, ilusões e sonhos
que podem ser realizados.
32
E quando organizados de melhor maneira, para estar o mais próximo ao
público, e o poder de compra realizado, pelo consumidor (espectador),
demonstra o resultado positivo da influencia causada sobre ele, através da
mídia.
CAPÍTULO III
ANÁLISE DO MERCHANDISING NOS FILMES
III.I – ABORDAGEM DO MERCHANDISING NO CINEMA
O merchandising desenvolveu-se em conseqüência do nascimento de
conceito de livre-serviço e a multiplicação de produtos no mercado, como já foi
mencionado no início deste trabalho, utiliza-se de técnicas que aplicada
através das mídias para melhor atingir o público alvo. A primeira experiência no
cinema com mensagem subliminares, que é utilizada pelo merchandising,
aconteceu em 1956, através do psicólogo Jim Vicary, com mensagens quase
que imperceptível aos olhos, frases respectivamente sobre a tela, através de
um projetor instalado em um cinema de Nova Jersey, resultando no aumento
das vendas de refrigerante.
33
Na década de 30 o cinema americano já se utilizava deste artifício para
cobrir parte ou até a totalidade dos custos de produção. No Brasil, desde o
tempo da ‘Cinédia’ ou ‘Atlantida’ vários produtos eram anunciados nas cenas
das chanchadas em troca de ajudar financeiramente para cobertura de
despesas nas filmagens, o que não se alterou nada nos dias atuais, hoje vistos
como patrocinadores, para a produção da obra cinematográfica.
A abordagem no cinema, como apresentado anteriormente, é trabalhada
de maneira com rápida duração, e é uma técnica com grande capacidade de
aceitação de registro no subconsciente, mesmo se passando como, papel de
fundo, sem menção de diálogo, mais são produtos e marcas reais do dia a dia
do espectador, garantindo assim a semelhança a realidade.
Podemos observar a massificação desta técnica no meio
cinematográfica, não de maneira massiva nas atribuições do produto ou
serviço, de suas qualidades e benefícios, mas abordado de maneira clara e
sem muitas atribuições. Como podemos observar ao se iniciar a apresentação
do filme, – o merchandising na trama, com seus respectivos produtos ou
serviços ou marca – logo, trailer dos patrocínios do filme, também pode se
dizer que é um merchandising, além de estarem inseridos na trama. A sutileza
de alguns casos de merchandising comerciais leva à febre de consumo.
Ao contrário das propagandas tradicionais, o merchandising, se insere
na trama, com os personagens fazendo uso daquele produto ou marca, e é
inserida dentro da cena ou trama de maneira sem atribuição do produto, marca
ou serviço nas cenas do filme soando como realidade de vida, e atribuindo
visibilidade audiovisual ao espectador, para que o perceba e faça parte de seu
cotidiano.
Como exemplo, podemos observar a marca Wolkswagen que divulgada
nos longas-metragens em “Mais uma Vez Amor” (2005), “Casseta & Planeta –
A Taça do Mundo É Nossa” (2003) e “Sexo, Amor e Traição” (2004). Uma
marca pode ser inserida em vários estilos de filme, pois o eu importa é mostrar
34
ao púbico, divulgar junto ao espectador e soando o mais naturalmente possível
sem incomodá-lo.
III.II - O USO DAS TÉCNICAS DO MERCHANDISING NO CINEMA
No filme “Se Eu Fosse Você” dirigido por Jorge Fernando, as marcas
Claro, Nova Schin entre outras, estão inseridas no contexto, de maneira que
fazem parte do cenário. Pois não foi em nenhum momento atribuído as
qualidades de cada marca, soando verdadeiro; pois o filme acontece dentro de
uma agência publicitária, o que causou uma boa parceria e apresentação
destas marcas e produtos para o espectador. O uso do merchandising soou
como na vida real, junto aos personagens, para a sociedade. Também se usou
desta apresentação cinematográfica para a divulgação da Claro, com uma
ação de promoção, que foi formulada pela agência caracterizada no filme, e
inserção de produtos reais no meio da narrativa cinematográfica.
Com o filme “Matrix”, (The Matrix) de Larry Wachowski – 1999,
anunciando no filme através da ação de merchandising, a alta tecnologia dos
produtos de marca Sansung. Pois o filme se passa em um mundo virtual, e as
tecnologias são das mais atualizadas, e em toda trama do filme é abordado as
tecnologia sofisticada, sua abordagem de narração faz jus ao efeito
cinematográfico.
A obra cinematográfica “Sexo, Amor e Traição”, divulga a ação da marca
das Lojas Americanas, o merchandising se passa como papel de fundo para a
cena do filme, os celulares que são utilizados da marca Motorola e também os
carros da Wolkswagen, utilizados em cena. As marcas não são mencionadas
pelos personagens. No caso das Lojas Americanas se é notável, porque o
slogan cobre quase que todo fundo da tela. Por isso não se passou quase que
desapercebido, como o caso da marca dos celulares.
35
Podemos notar o merchandising com facilidade no filme “Dois Filhos de
Francisco” - 2006, do Banco Bradesco, que é mostrada na cidadezinha do
interior, ainda pequeno e depois em São Paulo, já um banco grande, além
deste, também se vê a marca Texaco e do Leite de Colônia que é colocado no
armário de banheiro do personagem de Francisco. O espectador sem prestar
atenção do que esta acontecendo em cena, não percebe as propagandas que
aparecem nos filmes.
Outra maneira de apresentar as ações do merchandising, foi usado no
filme “A Dona da História”, que usou um merchandising diferente, ao invés de
produtos e marcas de grandes empresas, fez propaganda de filme nacionais
como “Carandiru’, em uma cena na locadora de vídeos, localizando os
pôsteres destes filmes. Ao invés de patrocinadores, se teve uma troca de
interesses entre os realizadores do filme e publicitários.
Como se mostra presente as ações do merchandising, nas obras
ficcionais como: “Corra, Lola, Corra” – 1998 (Lola Rennt, de Tom Tykwer), para
vender produtos e serviços bancários, do HSBC, do Real e do Itaú; o filme
“Twister - 1996 (Idem, de Jean de Bont), vender o creme dental Close-up; a
obra de Camuriti com o filme “Carlota Joaquina, A Princesa do Brasil” – 1995,
para anunciar os incentivos culturais dos Postos BR; “Um Odisséia no Espaço”
– 2001, (A Space Odissey, de Stanley Kubrick) com o anuncio do automóvel
Zafira; o E.T., O Extraterrestre (Steven Spielberg), para anunciar automóveis
de marca Renault, etc..
Assim como outras obras audiovisuais, o merchandising aparece de
forma clara, indireta e sutil.
36
CONCLUSÃO
Pode se concluir nesta monografia, que o público está sempre
recebendo mensagens que venham a alterar de maneira emocional ou
intelectual, em sua vida. E criando a cada dia novos desejos a serem
realizados e conceitos, através das mídias, e uma delas a mídia cinema.
O merchandising apresentado nos filmes, está sim dentro do contexto
do filme, como pode ser constatado; sua abordagem acontece de maneira que
não soe falso e seja e não seja massivo para o espectador. Pois as
mensagens, sem que mencionadas de diálogo junto a cena, atribuindo as
qualidades do produto, marca ou serviço, não precisão ser mencionadas, ou
melhor ditas; a visibilidade destes ficam gravadas no inconsciente do
espectador, fazendo-o lembrar e criar um interesse de preferência junto a
outros produtos, marcas e serviços concorrentes.
Essa não menção de diálogos, no cinema faz parte da trama
indiretamente, mais pode constatar que mesmo indiretamente eles causam
preferência e mudança de comportamento no espectador.
Apesar de concordar com os fatos da monografia, essas menções
poderia ser melhor formuladas e trabalhadas dentro de cena. Essas ações do
37
merchandising poderiam ser mencionadas, não de forma massiva, como visto
nas telenovelas, mas podendo trabalhar de maneira com que apareça melhor
na cena ou na trama, ou seja, fazendo parte do diálogo em cena. Como por
exemplo, de maneira não massiva, mais pelo menos abordar a marca ou o
serviço que esta sendo divulgado dentro da obra; no filme, “Sexo, Amor e
Traição”, como um exemplo, poderia o personagem anunciar claramente nos
seus diálogos a marca do aparelho de celular, o qual esta introduzido em cena,
“– Esqueci meu Motorola”. Pois quando o espectador, não muito concentrado
no filme e sem ter muita atenção nos “acessórios”, fundo, objetos de cena e
etc., não passe desapercebido como muita das vezes acontece em alguns
filmes; como mostrados mais à frente. E não só apenas como papel de fundo
em cenário, pois assim estaria de certa forma reforçando o merchandising. E
pode se constatar que existem várias maneiras, se estudadas e pesquisadas,
podem ser trabalhadas nas inserções do merchandising no cinema.
O merchandising esta sim dentro do contexto do filme, mais de maneira
sutil, claro e indireto. Pois desta forma ele tem o poder de levar o espectador,
consumidor, ao ato de preferência e compra do produto, serviço ou marca.
Fazendo com que os patrocinadores procurem mais as industriais
cinematográficas para estar mais próximo junto ao seu público alvo.
Pode verificar, neste trabalho de monografia, que a cultura de consumo
recebe e traduz bem esse artifício usado pelo merchandising no cinema,
através de seu discurso usado e a maneira simples e sutil que é usado.
Mesmo trabalhando indiretamente leva a mudança no comportamento e nos
atos da cultura.
O merchandising faz sim um papel de fundo de cenário, mais que se
insere dentro da trama e cena, fazendo parte de todo o contexto ali trabalhado
no filme.
38
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41
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I 9
CULTURA DO MERCHANDISING
1.1 – História do Merchandising 12
1.1.1 – O início da Publicidade 9
1.1.1 – Conceito do merchandising 15
1.2 – Técnicas do merchandising 20
1.3 – Normas do merchandising 21
CAPÍTULO II 24
CINEMA COMO PRODUTO
2.1 – História do cinema 24
2.2 – Cultura e Cinema 28
CAPÍTULO III 33
ANÁLISE DO MERCHANDISING NOS FILMES
3.1 – Abordagem do merchandising no cinema
42
3.2 – O uso das técnicas do merchandising no cinema 34
CONCLUSÃO 48
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
ÍNDICE 40
O MERCHANDISING NO CINEMAO MERCHANDISING NO CINEMAAGRADECIMENTOS
CAPÍTULO III - ANÁLISE DO MERCHANDISING NOS FILME33CONCLUSÃO37BIBLIOGRAFIA 39ÍNDICE40FOLHA DE ROSTO2AGRADECIMENTO3