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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O MERCHANDISING NO CINEMA Por: Michelle Cabral Bianchine Dantas Orientador Prof°. Antônio Ney Rio de Janeiro 2009

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO …visibilidade de um produto/serviço ou marca, que traz em si narrativas baseadas em histórias, ficcionais ou verídicas; já a

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

    INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

    O MERCHANDISING NO CINEMA

    Por: Michelle Cabral Bianchine Dantas

    Orientador

    Prof°. Antônio Ney

    Rio de Janeiro

    2009

  • 2

    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

    INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

    O MERCHANDISING NO CINEMA

    Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

    Mestre – Universidade Candido Mendes como

    requisito parcial para obtenção do grau de

    especialista em Marketing.

    Por: Michelle Cabral Bianchine Dantas

  • 3

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço aos meus docentes em

    especial prof. Jorge Vieira, as amigas

    Cintia e Milena, também aos colegas

    de turma e aos meus Pais.

  • 4

    DEDICATÓRIA

    Dedico ao meu marido Roberto Dantas,

    quem sempre me incentivou e me apoiou.

  • 5

    RESUMO

    Esta pesquisa pretende mostrar como se desenvolve o merchandising

    no cinema, sua abordagem e técnicas utilizadas no mundo cinematográficos.

    Para isso, foram realizada pesquisas e levantamentos bibliográficos acerca do

    tema, de modo a responder a principal questão apresentada: merchandising no

    cinema como papel de fundo em cenário. Primeiramente apresentei um pouco

    da história do veículo cinema e um pouco da publicidade. Depois procurei

    demonstrar os aspectos técnicos e a ações do merchandising que são

    utilizados no mundo cinematográfico. Finalmente, com o apoio de pesquisas,

    demonstrei o caráter do merchandising no cinema e sua abordagem nos

    filmes.

  • 6

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO 07

    CAPÍTULO I - CULTURA DO MERCHANDISING 09

    CAPÍTULO II - CINEMA COMO PRODUTO 24

    CAPÍTULO III - ANÁLISE DO MERCHANDISING NOS FILME 33

    CONCLUSÃO 37

    BIBLIOGRAFIA 39

    ÍNDICE 40

    INTRODUÇÃO

  • 7

    O trabalho originou-se pelo interesse em saber como se dá o uso das

    técnicas do merchandising nas produções cinematográficas. Uma das

    ferramentas do Marketing Promocional, sendo muito utilizada atualmente nas

    cessões do cinema, seja para envolvimento do cliente e ou para fidelidade do

    mesmo junto ao produto ou marca. O objetivo deste novo recurso usado pelo

    mundo publicitário é dar destacar e segmento de um produto ou marca,

    despertando e manipulando os desejos e a necessidade junto ao espectador

    mediante a imagem (cena).

    Este estudo relaciona duas áreas de grande relevância no mundo

    contemporâneo: o cinema e a publicidade. Atualmente o canal cinema é visto

    pelos publicitários com o intuito de divulgar uma marca sobre um produto ou

    serviço, a fim de mantê-la ativa na mente de seu consumidor (o espectador) ou

    aumentar sua margem de vendas, sendo um forte meio de demonstração e

    visibilidade de um produto/serviço ou marca, que traz em si narrativas

    baseadas em histórias, ficcionais ou verídicas; já a publicidade, por sua vez,

    configura um produto audiovisual com o intuito de gerar preferência e vender

    algo, ou seja, mostrar as marcas dos produtos que aparecem na trama, sem

    necessariamente de uma menção de diálogo. Um exemplo: de Matrix (The

    Matrix, de Wachowski – 1999), para anunciar a alta tecnologia dos produtos da

    Sunsung.

    Para se criar um determinado significado, há uma inter-relação entre o

    cinema e a publicidade, pois são meios de audiovisuais que trabalham a partir

    de uma mesma base de composição e de montagem de imagens. Essa prática

    aumentará as produções na tv digital; uma relação que tende a evoluir

    significativamente no futuro, favorecendo o merchandising nas inserções de

    produto em cena.

    Primeiramente discorre-se de uma breve apresentação do

    merchandising, suas técnicas e alguns de seus conceitos básicos. Dando

    continuidade com algumas das normas utilizadas no merchandising; e mais

  • 8

    adiante, para a finalização do trabalho uma abordagem com estudos de casos,

    filmes cinematográficas que trabalham o merchandising.

    Para isso pretende-se fazer uma breve apresentação do mundo

    cinematográfico, mostrando sua história e cultura; pois o cinema oferece um

    trabalho de apelo emocional e o estético na obras, propiciando o fascínio que

    se é exercido sobre as pessoas, por este motivo vem servindo de inspiração

    para o meio publicitário.

    Para constatar essa confluência, serão analisados alguns filmes como

    estudo de casos, que mostre uso das técnicas do merchandising como papel

    de fundo das cenas.

    O que me levou a realização deste trabalho, foi ter observado que não

    se tem o merchandising inserido no contexto do filme, pois sua participação no

    mundo cinema se dá como papel de fundo em cenário e este estudo é para

    constatar que as técnicas e ações do merchandising podendo ser melhores

    trabalhadas junto ao espectador. Assim atraindo mais os anunciantes para

    esse novo meio de divulgação e amostra de seus produtos e/ou marcas.

    CAPÍTULO I

    CULTURA DO MERCHANDISING

  • 9

    I.I - HISTÓRIA DO MERCHANDISING

    Neste primeiro momento do trabalho, pretende-se relatar o início da

    publicidade dando ênfase ao uso das técnicas e ações do merchandising com

    sua aplicação no meio cinema. Como a ações do merchandising se insere no

    meio cinema.

    I.I.I – O INÍCIO DA PUBLICIDADE

    A publicidade brasileira e a propaganda, só foi se iniciar um processo de

    consolidação a partir dos anos 20 e 30, quando o desenvolvimento econômico,

    baseado na agro-exportação, promove um crescimento urbano capaz de

    abrigar diferentes atividades profissionais e setores de negócios que

    necessitam comunicar sua existência ao mercado, empresas americanas

    vindas juntamente com as agências multinacionais se estabeleceram no país,

    permitindo assim a união das agências com o aperfeiçoamento do sistema

    televisivo brasileiro, isso após duas décadas mais tarde.

    Os primeiros anúncios aparecem principalmente nos jornais e se

    referem à venda de imóveis, de escravos, datas de leilões, ofertas de serviços

    de artesãos e profissionais liberais. Embora os jornais recebam a maioria dos

    anúncios também podemos encontrar, no período, outros veículos como os

    cartazes, painéis pintados e folhetos avulsos.

    Já em 1821 surge o primeiro jornal de anúncios, Diário do Rio de

    Janeiro, este tipo de jornal surge para facilitar as transações comercial, com

  • 10

    anúncios se caracterizam por textos longos e poucas ilustrações como em

    nossos atuais classificados.

    No início do século XX, o aparecimento das revistas - chamadas de

    semanários ilustrados - os anúncios ganham ilustrações e cores e seus textos

    se tornam mais objetivos. O tipo de propaganda que se sobressai é a venda de

    remédios que aparecem principalmente em preto e branco e em tamanhos

    menores, são eles os responsáveis pelo sustento das revistas e jornais já que

    existem em grande número.

    A principal característica do anúncio neste período é o uso de políticos

    que aparecem em caricaturas e com diálogos bem humorados vendendo

    produtos alimentícios, marcas ou comentando sobre lojas. O Pó de Arroz Rei

    Alberto, um dos principais desenhistas da época.

    As primeiras agências de publicidade começam a parecer a partir de

    1914, em geral, iniciam como empresas de anúncios e evoluem para agências

    como foi o caso da Eclética que estava sediada em São Paulo, cidade que no

    período, da Primeira Guerra Mundial, ganha outras agências como a Pettinati,

    Edanée, a de Valentim Haris e a de Pedro Didier e Antônio Vaudagnoti.

    Com o desenvolvimento industrial que se inicia no país, chegam nas

    empresas americanas e com elas chegam também as agências de

    propaganda norte-americanas que imprimem uma nova estética para a

    publicidade e exigem a profissionalização das áreas envolvidas com a

    publicidade e propaganda, neste sentido, desenhistas, fotógrafos, áreas de

    criação e gráficas ganham um novo impulso técnico e profissional para atender

    as necessidades de agências a Ayer logo substituida pela J. Walter Thompson

    e o departamento de propaganda da GM que depois se torna a Gráfica

    Lanzara.

    Na década de 20 teem início as primeiras grandes campanhas de

    empresas multinacionais que se instalam no país. A Bayer é a pioneira em

    campanhas para promover seus produtos, principalmente a Cafiaspirina,

    Aspirina e Alka-Seltzer.

  • 11

    Mesmo com a crise de 29, a publicidade se desenvolve a passos largos,

    aparecem os painéis de estradas, o out-door, os anúncios em revistas e jornais

    tornam-se mais sofisticados, slides coloridos em lâminas de vidro são exibidos

    nos cinemas e programas e jingles para as rádios são criados dentro das

    agências.

    As pesquisas de mercado para conhecer o consumidor e seus hábitos

    tornam-se cada vez mais importantes e são exigências de empresas como a

    Perfumaria Gessy e dos laboratórios.

    O rádio cresce rapidamente e a partir de 1931, quando o governo

    federal passa a conceder para a iniciativa privada a exploração do sinal de

    rádio, as agências passam não só a confeccionar jingles e publicidades para

    as rádios como também produzem os programas que são patrocinados por

    grandes empresas, como o Repórter Esso. Neste período, cerca de 60% do

    capital destinado à publicidade, pelas empresas, é aplicado no rádio na forma

    de publicidade e/ou de patrocínio de programas. Os principais anunciantes são

    lojas de departamentos, restaurantes, lanchonetes, xaropes, remédios e

    produtos alimentícios.

    Com a Segunda Guerra Mundial, acontece um decréscimo no

    movimento de anúncios criando uma crise no setor da publicidade que passa a

    se recuperar somente a partir de 1945. O rádio ainda é principal veículo de

    propaganda e as radionovelas, programas de auditório, humorísticos e

    radiojornais são os programas que mais recebem patrocínio de grandes

    empresas.

    A consolidação da sociedade de consumo acontece a partir do pós-

    guerra e durante toda a década de 50, multiplicando produtos como veículos,

    eletrodomésticos, refrigerantes, confecção e fazendo surgir os crediários que

    facilitam as compras, promovem o crescimento da produção e do consumo. O

    mercado publicitário cresce e os profissionais da área a sentem a necessidade

    de se organizarem e para tanto surge a Associação Brasileira de Propaganda

  • 12

    (ABA), o Conselho Nacional de Imprensa (CNI) em 1949, e posteriormente a

    Associação Brasileira de Agência de Propaganda (ABAP).

    A Televisão irá trazer um novo impulso para a já sofisticada publicidade

    brasileira, criando mais um veículo para a divulgação de produtos e de

    campanhas. A partir de 1950 com a TV Tupi, inaugura-se uma nova era

    eletrônica e são, mais uma vez, as agência de publicidade como a McCann

    Erikson e a J. W. Thompson que irão trazer o “know-how”, criando, redigindo e

    produzindo programas e comerciais de televisão ao vivo. As “garotas

    propagandas” ganham fama e prestígio e as mais importantes foram Idalina de

    Oliveira, Meire Nogueira, Wilma Chandler, Odete Lara, Maria Rosa e Neide

    Alexandre.

    Os anúncios são principalmente de eletrodomésticos, produtos para as

    donas-de-casa, alimentos e automóveis. Neste momento um bom profissional

    de criação chegava a trabalhar para diversas agências ao mesmo tempo, e

    uma mesma agência podia fazer a campanha política de diversos candidatos.

    O crescimento econômico e industrial do país refletia-se no crescimento das

    agências e do mercado de publicidade e propaganda.

    São Paulo é o principal centro de produção de publicidade e

    propaganda, e muitos profissionais do Rio de Janeiro - capital do país no

    período - migram para as agências paulistanas com a finalidade de atenderem

    os setores em crescimento, principalmente o automobilístico que promove

    fortes campanhas e concorrências (Jeep, Volkswagen, Ford, GM, Chevrolet).

    Um reflexo do crescimento do setor publicitário é o surgimento da Revista

    Propaganda que tratava de assuntos do setor e tinha seus artigos assinados

    por grandes nomes da propaganda brasileira.

    O cinema nacional de massa, vive momentos difíceis devido ao

    desenvolvimento da televisão nos anos 50 e 60, começando uma

    concorrência, o que levou ao desespero para sua sobrevivência. Incidente este

    acontecido, que abriu espaço para a publicidade desfrutar de todo um parque

    tecnológico disponível, através da utilização de estúdios e profissionais da área

  • 13

    cinematográfica. Com a desestabilização nacional do cinema de massa, a

    publicidade televisiva brasileira pôde explorar sua linguagem padrão e

    tradicional, tornando-a mais dinâmica e adequada ao meio televisivo.

    A indústria cultural se consolida no país e a média cresce e se

    aperfeiçoa rapidamente. A programação e os anúncios ao vivo da televisão

    serão substituídos rapidamente com a chegada do VT (Vídeo Tape) permitindo

    que as agências criassem e produzissem uma publicidade muito mais

    sofisticada. E, do ponto de vista de criação e originalidade, podemos dizer que

    as décadas de 70 e 80 representam a fase áurea da publicidade brasileira. As

    agências brasileiras se multiplicam e profissionais como Duailibi, Petit,

    Zaragoza, Washington Olivetto, Alex Periscinotto, Geraldo Alonso, Marcello

    Serpa, Nizan Guanaes e Márcio Moreira entre outros, ganham renome

    internacional. A publicidade brasileira passa a ser considerada uma das

    melhores do mundo sendo o seu maior reflexo o número de premiações que as

    agências brasileiras alcançam nos festivais internacionais.

    Em 1965, uma lei determina uma remuneração para as agência, que

    20% das verbas investidas pelos anunciantes na mídia, o setor de negócios da

    publicidade e propaganda se consolida e torna-se cada vez mais sofisticado

    em termos de criação e uso de tecnologias. Durante todo o período da

    Ditadura militar (1964-1984) o setor cresceu sem grandes crises ou conflitos.

    No final do período, a crise econômica e os movimentos políticos irão se refletir

    no setor, levando-o a “apenas sobreviver nos dez anos seguintes” como nos

    informa Pyr Marcondes.

    O final do século XX marca uma nova configuração econômica no

    mundo, a globalização, irá obrigar o mercado a posicionar-se de forma

    diferenciada e este fato exige das agências uma reestruturação em termos de

    ganhos e de atendimento a seus clientes. Redução de quadros, de ganhos e

    maior maturidade do setor são as principais mudanças ocorridas. Este fato,

    permite um salto na criatividade publicitária nacional alçando o país à condição

    de terceira potência mundial em criação publicitária na década de 90.

  • 14

    A propaganda hoje, é responsável pelo sustento de boa parte da mídia e

    é inseparável do setor de negócios e de produção, sua maturidade e

    capacidade de adequar-se às novas realidades que se constituem através de

    todo o século XX é que a transforma em um dos bons setores de negócios do

    país. A publicidade brasileira passa a ser considerada uma das melhores do

    mundo, sendo o seu maior reflexo o número de premiações que as agências

    alcançaram nos festivais internacionais.

    O merchandising nasceu no cinema, numa época que se promovia

    categoria e não produtos, nas produções de Hollywood da década de 40.

    O merchandising desenvolveu-se em conseqüência do nascimento do

    conceito de livre-serviço e a multiplicação de produtos no mercado. As técnicas

    de merchandising começaram a ser desenvolvidas pelos distribuidores

    alimentares, mas atualmente, as técnicas de merchandising são utilizadas por

    lojas de serviços, ou bancos, com igual sucesso no ponto de venda, de forma a

    influenciar a decisão de compra do consumidor.

    I.I.II – CONCEITO DE MERCHANDISING

    Uma estratégia do marketing, o merchandising atua no desenvolvimento

    de ações e técnicas para divulgação e destaque de um produto, marca e

    serviços junto ao mercado, de forma que fique gravado na mente do

  • 15

    consumidor. Para o Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa

    (2002) define merchandising como “designação corrente da propaganda não

    declarada feita através da menção ou aparição de um produto, serviço ou

    marca durante um programa de televisão, rádio, teatro e cinema”. (ZENONE e

    BUAIRIDE, 2005, p.121)

    A partir da definição citada a acima, podemos entender que

    merchandising é toda inserção comercial em shows, novelas, filmes, eventos

    etc., uma propaganda indireta de um produto, marca ou serviço através dos

    meios de comunicação permitindo uma visibilidade clara, para o espectador.

    Essa exibição acontece de maneira indireta, onde o produto ou marca

    propagado acontece de maneira que esteja inserida junta a cena ou trama

    cinematográfica, as qualidades do produto, marca ou serviço não são

    mencionados, o que se há é uma visualização audiovisual.

    Este tipo de merchandising tem por objetivo persuadir o consumidor à

    compra de determinado produto, serviço ou marca, em relação a esse uso,

    vale-se do artifício de mensagens subliminares, porém muito críticas, por

    alguns teóricos. A veiculação acontece nos mais variados canais de

    comunicação, tv, rádio, cinema, vitrines etc., desta forma a uma maior

    exposição e melhor controle da mente do consumidor para a escolha e

    compra, nada exageradamente, pois o exagero pode resultar negativamente.

    O merchandising é uma soma de ações promocionais e matérias, para

    controlar a decisão de compra do consumidor, isso vale também para o

    merchandising cinematográfico, mas as ações destinadas à visualização

    audiovisual, que a partir daí o espectador, lembre-se do produto, serviço ou

    marca exposto na trama, ou cena, ele tenha a preferência de compra. Pois o

    merchandising no cinema não acontece como a maioria dos teóricos aborda no

    merchandising como ponto de venda, pois o espectador não tem o contato

    com o produto, serviço ou marca, até porque os filmes não ficam com o tempo

    suficiente como um produto de marcas numa gôndola, há uma rotatividade nas

    exibições do filme, por isso o espectador tem a associação da cena ou do ator

    que exibe ou utiliza o produto, serviço ou marca, para que atue na decisão de

  • 16

    compra deste consumidor. Essa utilização desta ação de merchandising,

    associação da imagem de pessoas tem que ser feita com critérios, bem

    estudada e bem analisada, pois transfere atributos do primeiro para o segundo.

    Já para Almeida, merchandising é um termo que

    Designa, em mídia a veiculação de menções ou aparições de

    um produto, serviço ou marca, de forma não ostensiva e

    aparentemente casual, em um programa de tv ou de rádio,

    filme cinematográfico, espetáculo teatral, fotonovela, etc.

    Técnica de inserir anúncios não declaradamente publicitário

    no contexto de uma encenação com a devida naturalidade.

    (Ex.: o herói de um filme de aventuras usa um automóvel de

    determinada marca, etc.). (ALMEIDA, 1988, P.63)

    Estas definições designam-se ao merchandising comercial. São

    mensagens subliminares para atingir o espectador, que se insere dentro de

    uma programação, no caso do cinema, e é trabalhado muito com

    patrocinadores dos filmes, cuja seu produto, serviço e ou marca são inseridos

    no contexto do filme de maneira que soa naturalmente para o espectador.

    Desta forma os publicitários perceberam um novo canal de divulgação e de

    destaque para seus clientes dentro do mercado acirrado, e os produtores de

    cinema também perceberam que poderiam lucrar. É um movimento que

    expressa a junção da cultura com a propaganda e ambas ganham com a

    repercussão dos filmes. É uma forma de comerciais ficarem mais atraentes,

    com produções mais cuidadas e com ganho também de mídia.

    “Merchandising é a forma de fazer publicidade sem que o público

    perceba que se trata de publicidade.”, afirma José Carlos Veronezzi.(Mídia Mix,

    http://www.portalda propaganda.com/mídia/mídia az/2003/09/0001, em

    07/04/2006)

    O merchandising dentro da narrativa das cenas cinematográficas, tem o

    objetivo de influenciar o telespectador sem que o mesmo perceba. Porém

  • 17

    mesmo sem uma menção de diálogo ele grava no consciente, pois a atenção

    do telespectador esta toda voltada para o filme. Este método trabalhado de

    forma simples e indireta denomina-se na arte da persuasão inconsciente, como

    citado anteriormente, o uso da técnica mensagem subliminar, pois o

    espectador está com sua atenção concentrada para o filme, seu inconsciente

    recebe as informações e mais tarde acontece à lembrança do produto, serviço

    ou marca. O objetivo do merchandising se realiza à partir, de quando esse

    estímulo audiovisual é concretizado com o ato da compra.

    O Merchandising, como é conhecida esta técnica subliminar, tem sido

    constantemente usada pela Coca-Cola em filmes. Quem não se lembra de já

    ter visto em alguma novela, ou filme um personagem bebendo aquela cerveja

    cujo rótulo e marca aparecem claramente na imagem ou então em uma partida

    de futebol você notar a existência de várias placas colocadas ao longo do

    campo exibindo marcas ou nomes de produtos. Inserido em histórias como

    filmes ou novelas, quanto menos aparece o produto, melhor é o resultado do

    merchandising. Basta que se perceba a sua presença.

    O merchandising é conhecida no meio publicitário como “product

    placement”, a prática de mostrar as marcas dos produtos que aparecem na

    trama (sem a necessidade de uma menção nos diálogos”,

    http://www.albertoclaro.pro.br/noticia.asp?codigo=797&CDO_MENU=82,

    05/04/2009; não se há uma necessidade de um diálogo narrativo com o

    produto, desta maneira se há é uma manipulação dos desejos e gostos

    mediante imagens, sendo esta uma forma sutil de publicidade, cuja de

    inserção de produto,serviço ou marca no filme não interfere no

    desenvolvimento da trama. Este método, acontece de maneira que o

    merchandising se passa como parte do cenário, que muitas das vezes se não

    bem detalhado na cena e o espectador não estiver totalmente prezo a trama,

    não acontece a técnica da persuasão junto ao espectador, desta mesma

    forma, acontece se o merchandising utilizado acontecer de maneira, como os

    publicitários falam grosseiramente, o espectador não se interessa e se há uma

    rejeição por parte dele, mas quando bem trabalhadas estas técnicas se

    http://www.albertoclaro.pro.br/noticia.asp?codigo=797&CDO_MENU=82

  • 18

    alcança o objetivo esperado pelo merchandising, que a preferência e destaque

    que leve o a compra.

    Como exemplo no filme “Se Eu fosse Você”, que o desenrolar da trama

    acontece na agência e num momento propício para divulgação de imagens

    como promoção da Claro, trata-se da inserção de produtos reais no meio da

    narrativa.

    O merchandising faz parte de um plano de marketing, que atua em

    conjunto com outras ferramentas de comunicação, onde se faz uma análise de

    situações em vários aspectos, que estudadas e obedecidas para atender o

    mercado consumidor. Para os publicitários as estratégias e objetivos, se bem

    pensado e criado, e quando bem produzido, faz com que o publico goste dele

    e do produto, ao contrário não desperta interesse e nem atração do

    espectador.

    Para o cineasta Fernando Meirelles, “- Que a grande vantagem do

    casamento entre publicidade e cinema é que a primeira leva técnicas mais

    modernas para o telão, como a digitalização de imagens e mais recursos,

    enquanto o cinema empresta melhores roteiros para a propaganda”.

    http://wwobservatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=344ASP011,

    03/04/09, a indústria cinematográfica, vem cada vez mais divulgando marcas e

    lançamentos, criando valores e influenciando o comportamento dos

    consumidores, pois, muito além do racional, o cinema penetra nos sentimentos

    e emoções da audiência.

    A inserção de marcas em filmes é uma das mais atrativas ferramentas

    de marketing, pois ao viver a experiência de assistir a um filme, emocionar-se

    com a estória e até criar laços afetivos com os personagens, o espectador tem

    a mente aberta para aceitar os valores expostos na obra, além de estar num

    ambiente reconhecível e crível, mais do que um apelo direto, cria-se uma

    referência mental, uma mensagem devida útil e fixação eficiente. O espaço

    mágico da sala de projeção nos coloca abertos à magnitude do cinema,

    absorvendo sem restrições as imagens as quais nos submetemos. Esta junção

    http://wwobservatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=344ASP011

  • 19

    de publicidade e cinema tem um futuro promissor devido também ao meio

    digital, pois daqui há alguns anos o espectador vai escolher o que irá assistir,

    afetando a tv aberta e outros meios; onde se vê grandes benefícios e

    realização em troca de interesses para as duas partes.

    Cinema é uma grande arma de merchandising. E para alguns cineastas,

    como para Tikhomiroff, esta associação entre cinema e publicidade mais que

    tendência, é uma parceria que está virando regra.

    http://wwobservatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=344ASP011,

    03/04/06.

    Pois quando de se colocar o produto, serviço ou marca em um filme é

    fazer com que os consumidores vivenciem, junto com o desenrolar da estória,

    os seus valores. Uma parceria, que cada vez mais de uns anos para cá vem

    acontecendo e trazendo resultados positivos para essa junção, da publicidade

    com o cinema.

    I.II – TÉCNICAS DO MERCHANDISING

    No merchandising e promoção de vendas, é importante ter em conta qual

    a receptividade das técnicas por parte dos consumidores. Assim, é muito

    importante conhecer determinadas características dos compradores, tais como

    a classe sócio-econômica a que pertencem, a faixa etária, fatores

    demográficos, frustrações de compra e os comportamentos adotados no

    interior do ponto de venda; isso também destina-se as técnicas para o meio

    cinema, pois são ações do marketing, que junto com a ferramenta o

    http://wwobservatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=344ASP011

  • 20

    merchandising, buscam para melhor aceitação por parte do espectador. As

    táticas usadas devem ser estudas e trabalhadas de maneira cautelosa, como

    já foi citado anteriormente; como por exemplo a técnica por associação, o uso

    da imagem de pessoas de sucesso – que significa terem feito opções corretas

    na vida, ao se colocarem como usuário do produto, passam a idéia que fizeram

    a escolha certa; técnica está que é abordada em vários meios.

    A técnica do merchandising se abordada de maneira ostensiva pode ter o

    resultado contrário junto ao espectador, portanto ações no cinema acontece de

    forma discreta e fazendo parte das cenas; deve fazer parte do roteiro,

    explorando situações naturais nas cenas, desta forma passa ao espectador

    credibilidade.

    Diferente da técnica utilizada nas telenovelas, o merchandising

    cinematográfico acontece de maneira que não se menciona os atributos

    daquele produto, marca ou serviço, mas ele é trabalhado junto ao cenário e a

    cena. Ou seja, incuti a idéia ao espectador de maneira que ele receba

    estímulos visuais. Como exemplo: o filme “Minority Report - A Nova Lei”

    (2002), de Steven Spielberg se faz merchandising de marca de relógios

    Dreamworks e de carros de marca Fox e telefones celulares entre outros estão

    inseridas na trama.

    Um outro exemplo: no filme “Amor, Sexo e Traição” dirigido por Jorge

    Fernando, as marcas Claro, Nova Schin entre outras, estão inseridas no

    contexto para não incomodar o espectador. (Clayton Melo, Meio&Mensagem

    especial de cinema, 4/07/2005) “ Como boa parte dele se passa numa agência

    de publicidade, fazia todo sentido uma ação desse tipo”, afirma Walkiria

    Barbosa, produtora e sócia da Total Filmes.

    Pode definir, já aqui, que ao contrário das propagandas tradicionais, o

    merchandising, como ação publicitária cada vez mais está freqüente e que é

    inserida na trama cinematográfica de tal forma que, muitas vezes, é percebida

    como parte integrante dela. Esta inserção comercial foca a marca ou o

    produto, indiretamente, como se é parte do cenário de filmagem. Esta ação

  • 21

    acontece de maneira sutil sem interferir na trama do filme, mas também pode-

    se dizer que o merchandising se passa como papel de figurante em cena, em

    que as marcas e produtos são estímulos visual para o espectador. Os pontos

    positivos desta ação, é o bom índice de atenção, pois o espectador nada mais

    tem a fazer, já que está ali para olhar a tela e outro ponto é a possibilidade de

    causar bom impacto audiovisual, a tela maior que a televisão, som, cor,

    movimento, no impacto. Uma pesquisa realizada pela Mediaedge Cia, do grupo

    WPP, indica que o merchandising em filmes é quase tão eficiente como a TV.

    Os dados mostram que 61% dos entrevistados disseram que percebem

    produtos inseridos em produções cinematográficas, devido ao impacto

    audiovisual.

    I .III - NORMAS DO MERCHANDISING

    As normas de promoção e merchandising, tem formato com duração de 5

    segundo, que podem vir antes no início do filme e no final do filme exibido,

    (vinheta), com o envolvimento da marca ou produto do cliente, durantes a

    exibição do filme, podendo ocupar qualquer espaço da tela e incluindo ou

    efeito sonoro.

    Quanto as vinhetas animadas, formato de duração de 10”, animação com

    envolvimento da marca ou produto do cliente durante a exibição do filme,

    podendo ocupar qualquer espaço na tela incluindo slogan.

    É de responsabilidade da agência/cliente a confecção de todo e qualquer

    material utilizado durante as ações, bem como cópias em fitas das ações

    exibidas.

    Os produtos exibidos, deverão ter os respectivos registros e obedecer às

    normas do código de defesa do consumidor e estarão sujeitos à prévia

    consulta do departamento jurídico da tv, ou do departamento de

  • 22

    mídia.http://wwwjovedata.com.br/obsite/band/ban_normas_merch.htm,

    07/04/2006.

    No merchandising, o produto é anunciado dentro da obra de ficção, que

    pode ser um capítulo de novela, e se insere na proposta dramática do

    programa: os personagens, dentro da história, usam os produtos e falam das

    qualidades. Já nas apresentações do merchandising no cinema, acontece de

    maneira mais sutil. A Rede globo, por exemplo, como não se pode aumentar o

    número de comerciais nos intervalos, faz com que o seu faturamento com o

    merchandising cresça a cada dia. Ações estas que representam uma

    tendência na televisão mundial que é seguida pela televisão brasileira.

    São as inserções do merchandising e da propaganda testemunhal, que

    são caracterizadas pela maior absorção e interatividade com o público. Nas

    novelas, o merchandising entra na trama, fazendo parte da vida do

    personagem como se fosse no real, um exemplo, da rica empresária que

    exalta as qualidades de uma marca de lingeri.

    Nos Programas a apresentador a para e começa a falar das vantagens de

    determinado serviço. Minutos estes que faz com que os atores e emissoras

    aumentam seus lucros, com alguns números de inserções.

    De acordo com dados da Record e Bandeirantes, essas inserções de

    merchandising apresentam em média 16% do faturamento comercial total das

    emissoras. Folha de São Paulo, 04/2006. Esse tipo de publicidade cresceu

    absurdamente, quase que 70% aproximadamente.

    Essas ações devem acontecer ao vivo, na linguagem do apresentador e

    respeitando o limite de 80 palavras. Isso vale para qualquer tipo de

    merchandising. No testemunhal, seus custos representam até 284% maior do

    que uma propaganda no intervalo comercial normal, o cachê do apresentador

    20% do valor total da ação. Como exemplo do programa do “Domingão do

    Faustão” (Rede Globo), que cobra R$ 360,74 mil por testemunhal de 30

    segundos; já o merchandising pode ter o custo de 149% maior do que o

    comercial tradicional. Uma inserção na novela “Cidadão Brasileiro” (Record),

  • 23

    um comercial de 30 segundos equivale ao valor por cada capitulo de novela.

    Dados da Folha de São Paulo, 04/2006.

    Essas inserções como pode verificar aumenta as verbas para quem faz o

    merchandising, atores, emissoras e diretores. Uma forma de publicidade que

    são levados em consideração aspectos ideológico, cuja principal preocupação

    é o valor que se quer atribuir ao produto ou serviço, junto ao seu público

    objetivado.

    CAPITULO II

    CINEMA COMO PRODUTO

    II.I - HISTÓRIA DO CINEMA

    Tudo começou com a necessidade de dar movimento nas ilustrações de

    desenho, inventou-se então o fenacistoscópio, no século XVIII, o inventor foi

    Joseph Plateau, um cientista belga; esse foi o primeiro aparelho, a produzir a

    ilusão de movimento num desenho. Que funcionava através de dois discos em

    dois diferentes eixos, quando girados na mesma velocidade, quem olhasse,

    através dos orifícios, tinha a impressão de que os desenhos se moviam.

  • 24

    A película de celulose, o filme, inventado por Eastman, invenção esta

    que ajudou a Thomas Edison junto ao seu assistente William Dickson, na

    invenção do cinetoscópio; que é a técnica de projetar fotogramas (quadros) de

    forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento. Uma espécie

    de gabinete onde 15 metros de filme que rodavam em carretéis; que ao olhar

    através de um visor para o interior do gabinete e podia ver as fotos em

    movimento. Logo mais tarde, em 1896, sendo substituído pelo Cinema.

    Foram poucos os filmes que fizeram o uso do som antes de 1900;

    meados da década de 1920, foi criado então um sistema que coordenava o

    som de um disco com o projetor. Depois, passando a se usar o filme

    silencioso, com música e efeitos sonoros gravados em disco. Até que a Warner

    produziu em 1927, o filme O Cantor de Jazz. Um filme que não era para ser

    falado, apenas com efeitos sonoros e músicas.

    Através de um incidente, surgiu o filme sonoro. Durante o processo de

    sonorização, Jolson pegou o microfone e disse o que costumava falar em seus

    shows: "Vocês ainda não ouviram nada". O incidente convenceu os diretores

    da Warner a substituir os quadros legendados do filme por diálogos falados.

    Era o fim do cinema mudo.

    Surgia o Cinema Novo, um divisor de águas da própria cultura brasileira.

    Que só foi possível graças à invenção do cinematógrafo pelos Irmãos Lumière

    no final do século XIX. Em dezembro de 1895, em Paris, aconteceu a primeira

    exibição pública de um filme, no Grand Café, em Paris, onde se cobrava pelas

    entradas. As duas peças exibidas, que duravam poucos minutos, já que os

    rolos de película eram curtos, chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica

    Lumière" e "A chegada do trem à Estação Ciotat", cujos títulos exprimem bem

    o conteúdo. Aqui se deu marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se, a

    partir de então, por toda a França, Europa e Estados Unidos, através de

    cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière, para captar imagens de vários

    países.

  • 25

    Como forma de registrar acontecimentos ou de narrar histórias, o

    cinema é uma arte que geralmente se denomina a sétima arte. Como registro

    de imagens e som em comunicação, o cinema também é uma mídia; desta

    forma a indústria cinematográfica se transformou em um negócio importante

    em países como a Índia e os Estados Unidos, respectivamente primeiro e

    segundo maiores produtores de filmes por ano.

    A primeira sessão pública de cinema em território Nacional aconteceu

    na cidade do Rio de Janeiro, em 1896, sete meses após ter sido inventado,

    oficialmente, pelos Irmãos Lumière, em Paris. Em 05 de novembro, aconteceu

    a primeira exibição do primeiro filme brasileiro, de autoria do português Antônio

    Leal com imagens do centro do Rio.

    A produção cinematográfica brasileira teve seu início em 1930 com a

    Companhia Cinédia, passando pela Companhia Atlântida, fundada em 1941 no

    Rio de Janeiro e com o seu contraponto, a Companhia Vera Cruz, fundada em

    São Paulo em 1949.

    O apogeu da produção ocorreu na década de 1960, mas começou a

    entrar em decadência a partir do final dos nos 70, devido a criação da tv. Em

    São Paulo, nos anos 70, se faz uma produção bem numerosa e bem

    comercial, conhecida como produção da Boca do lixo, onde despontam vários

    diretores de (filmes eróticos softcore).

    A falência ou retraimento dos estúdios cariocas e paulistas, alinhada à

    renovação do cinema na Europa e América Latina, abriu espaço para um

    sentimento revolucionário em jovens cineastas do Rio de Janeiro e da Bahia,

    que no início dos anos 1960 se insurgiam contra o industrialismo da Vera Cruz

    e a alienação cultural das chanchadas. Cada um com seu estilo e suas

    preocupações próprias, convergiam no interesse por um cinema barato, feito

    com "uma câmera na mão e uma idéia na cabeça", e que refletisse e discutisse

    a realidade brasileira sob um ponto de vista nacional-popular.

    A morte prematura do Cinema Novo, acontece neste período, apesar

    dos números aparentemente positivos, com a produção em 1978 de uma

  • 26

    centena de longas-metragens, público de sessenta milhões e o recorde de

    bilheteria de dez milhões de espectadores em 1976 com Dona Flor e seus dois

    maridos (de Bruno Barreto), a contínua ascensão do cinema norte-americano,

    a popularização da televisão, a crise econômica da década de 1980 foram os

    fatores que provocaram a queda do cinema brasileiro, sobretudo pela presença

    da censura militar, e a ação da Embrafilme, empresa estatal encarregada de

    fomentar a produção e distribuir filmes brasileiros, criticado por incentivar

    privilégios e não contribuir para a industrialização do cinema, foi colocado em

    xeque e catalizou as discussões sobre a participação do Estado no cinema e

    do Concine em março de 1990.

    Após a interrupção do governo Collor, foram criados novos instrumentos

    de estímulo à produção e sancionada a Lei do Audiovisual (1994), que

    incentiva empresas privadas a investirem em cinema. Também neste período,

    se deu início ao período mais crítico do mundo cinematográfico brasileiro, com

    a produção de menos de dez filmes por ano. Isto somado ao envolvimento de

    governos estaduais na produção levou a um novo renascimento a partir de

    1995, simbolizado pelo sucesso de Carlota Joaquina, princesa do Brazil, de

    Carla Camuratti. Cerca de 100 filmes de longa-metragem foram produzidos

    entre 1995 e 1997. Trata-se de um cinema diversificado, tecnicamente bem

    feito e apto a reconquistar a simpatia do público.

    O cinema brasileiro entrou em alta no século XXI, apesar da fragilidade

    do sistema de produção. Walter Salles Jr. se confirmava como um dos maiores

    cineastas brasileiros da atualidade. Com produções que alcançaram grandes

    qualidades técnicas e artísticas, obras como: Central do Brasil, O Primeiro Dia,

    Abril Despedaçado, etc. e mais recentemente, Cidade de Deus (Fernando

    Meirelles) e Carandiru (Hector Babenco) foram sucesso de bilheteria nacional,

    e o primeiro, concorreu a vários Oscar e obteve excelente arrecadação no

    estrangeiro. O cinema nacional ainda está longe de se tornar uma indústria

    consolidada, mas pelo menos a produção nacional foi retomada em termos de

    quantidade e qualidade.

  • 27

    Com a inovação em tecnologias e a era digital, surge o cinema digital,

    uma nova tecnologia que sofre constantemente aperfeiçoamentos. O mundo

    digital possibilita produzir um filme de forma mais barata e menos complicada.

    Waldemar Lima acredita que a demora para a implantação do Cinema Digital

    não é pela qualidade de imagens, cores, contrastes, mais sim uma briga

    comercial.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_cinematogr%C3%A1fica, 30/05/06.

    Por ser um meio de mídia barato.

    A edição digital, seu processo acontece um pouco diferente: depois de

    filmar, ou gravar, o cineasta pode ir direto para a ilha digital e editar seu filme,

    este processo é chamado de transfer, kinescopagem ou ampliação. Onde a

    imagem não é a mesma de um filme realizado em película, já que os grãos da

    película dificilmente são reproduzidos, mas o gasto é infinitamente menor. Com

    o filme pronto, é só enviar para os laboratórios especializados e fazer sua

    cópia em película 16 ou 35mm. O processo de revelação do filme, telecinar,

    como é chamado, torna o cinema caro e dificulta a produção de filmes

    independentes.

    As vantagens da nova tecnologia digital, ou seja, o sistema digital está

    em transformar a imagem em sinal eletrônico. O cinema digital reduz custos e

    tem tudo para provocar uma disparada de produções.

    II.II – CULTURA E CINEMA

    A importância da publicidade na cultura de consumo deve-se ao fato de

    que ela explicita os princípios desta cultura, no seu projeto comunicativo que

    são traduzidos por imagens e sons. Ela é um importante mecanismo para

    difundir formas simbólicas cujo sentido maior é a de um consumo estetizado e

    estilizado. A cultura de consumo, está relacionada com os meios de

    http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_cinematogr%C3%A1fica

  • 28

    comunicação; com a alta tecnologia, com as industria da informação, que

    busca expandir uma mentalidade consumista.

    A cultura de consumo está associada à complexidade humana, ou seja,

    envolve seus valores, desejos, hábitos, gostos e necessidades numa escala

    extremamente intensificada, que são transmitidas através das mídias que

    ditam essas necessidades, como padrão de consumo.

    Tudo está relacionado ao consumo como, por exemplo, o modo de

    produção, os padrões de desigualdade no acesso aos bens materiais e

    simbólicos, a maneira como se estruturaram as instituições da vida cotidiana

    (como a família, o lazer, os ambientes urbanos, etc.). Na cultura de consumo

    constantemente cria-se novos espaços para novos consumidores, tornando o

    consumo um sistema global que molda as relações dos indivíduos, que está

    sempre sendo reconfigurada por tecnologias que determinam como padrões

    de consumo.

    Nessa difusão ampliada de um certo modo de consumo, dita e estetizada

    pela publicidade através das mídias; podemos destacar dois princípios que

    definem o modo de predominância na cultura de consumo. Como primeiro

    deles, que é a dimensão simbólica de consumo, que chamamos de estetização

    de consumo. Sob este aspecto, o consumo de massa caracteriza-se pela

    proeminência dos atributos simbólicos dos produtos em detrimento de suas

    qualidades estritamente funcionais e pela sua manipulação na composição de

    estilos de vida.

    O segundo princípio do modo de consumo inerente à cultura de

    consumo é a dilatação da dimensão “imagética” do consumo, que é tratada

    como estetização do consumo. Neste caso, destaca-se a construção de

    universos imagéticos em torno dos produtos, através da conversão dos

    ‘ambientes’ voltados para o consumo em lugares mágicos onde a experiência é

    envolvida por fantasias tecnologicamente produzidas.

    O vinculo da publicidade, à cultura de consumo e sua principal razão é

    o próprio papel desempenhado pela publicidade na difusão dos princípios do

  • 29

    consumo, e na sua reconversão à modalidade propriamente contemporânea,

    massiva, de consumo. Princípios estes, que pautaram a publicidade desde

    seus primórdios são os mesmos que caracterizam o modo de consumo

    moderno.

    Nas fantasias dos consumidores, eles vão buscar o apelo para as

    mercadorias, onde os consumidores penetram no ‘mundo dos sonhos’ sem se

    sentirem tão constrangidos a comprar. O contato visual com os produtos em

    seus entornos fantásticos passa a responder por uma parte substancial dos

    prazeres sensuais do consumo. O apelo estetizado para o consumo que se

    concretiza no próprio discurso publicitário, no qual impera o desfile de formas e

    ritmos, muito mais do que o modo argumentativo de produção do sentido. O

    discurso publicitário enuncia encenando, entranhado que está na esfera da

    estetização. A estetização, ainda que contemple sonhos de teor mais

    individual, também os atrela a estilos de vida desejados como um todo.

    O conteúdo da cultura popular é determinado em grande parte pelas

    indústrias que disseminam o material cultura, como por exemplo, as indústrias

    do cinema, televisão e editoriais. No entanto, a cultura popular não pode ser

    descrita como o produto conjunto dessas indústrias; pelo contrário, é o

    resultado de uma interação contínua entre aquelas e as pessoas pertencentes

    à sociedade que consome os seus produtos. É a interação do espectador,

    público, com a sociedade midiática.

    As mídias são responsáveis pelo crescimento do aumento de

    informação à cultura, pois se há uma identificação junto ao público. Os

    publicitários e cineastas mostram um realismo de várias maneiras dentro do

    cotidiano, afetando a cultura e o comportamento das pessoas. As cenas e

    tramas, obras ficcionais não desviam do fundo de diálogos, ou seja, funcionam

    de igual de condições com o diálogo; pode-se dizer que são elementos formais

    que pode ser inseridos de maneira que o diretor achar. Se parecendo normal e

    o público analisando junto ao seu cotidiano, como efeito e causa de

    necessidade para ele.

  • 30

    Um verdadeiro veículo capaz de ser ajustado e modificado, através do

    qual o cineasta transmite suas idéias com clareza e força capaz de alterar a

    platéia, seja esse efeito intelectual ou emocional atribuindo na sua cultura.

    Como se dizia Eisenstein (1889, p.79), que o Cinema é a maior arma de

    propaganda possível. Uma arma que descoberta é capaz de alteração no

    comportamento da cultura.

    O cinema é claramente uma dessas referências e tem alimentado o

    imaginário coletivo de pessoas ao redor do mundo. Quando na falta de

    referencial, se vê a imitação dos personagens da tela de cinema, em ter que

    fazer uso daquele produto que tal personagem usou na trama ou cena

    apresentada. Essa é uma influência da mídia sobre o público espectador;

    através de efeitos audiovisuais e sonorização fazendo parte do diálogo. Como

    pode observar nos filmes violentos com, Van Damme, Stallone, seus

    personagens são imitados pelos jovens. E muitas das vezes os vêem como

    referencial.

    O merchandising por sua vez aplicado ao cinema, mesmo de forma sutil,

    não maximizado como na novela, altera as reações do espectador, mesmo

    este espectador tendo ou não condições para alcançar o efeito de desejo e

    realização. Alteração essa que por um determinado tempo, ou quando através

    de um referencial, ter a lembrança do produto marca ou serviço que foi usado

    pelo personagem. Para os espectadores com espírito de consumistas há sim

    uma forte influência no comportamento e mais uma vez as industriais faturam

    encima destes.

    Quando esse merchandising feito com pessoas famosas, famosos

    promíscos publicitariamente, a chance de causa positiva é muito maior para

    lembrança do espectador e levá-lo ao ato de compra. Isso atribui a alteração

    de comportamento.

    São expostas inserções subliminares que causam alteração no público,

    com suas apologias. Na sociedade, como se explica a crescente dissolução

  • 31

    das famílias e rebeliões contra a sociedade e a lei, pois através destas

    inserções altera a cultura e foge do consciente do espectador.

    Através de associação, é possível fazer com que os consumidores

    passem a sentir simpatia por este ou aquele produto mediante a inclusão

    dissimulada ou não de símbolos de "sexo", "amor" e outros nas imagens de

    propaganda do produto.

    A influência do cinema, alterar de maneira lenta, mas não quer dizer que

    não altera. Podemos notar que nos shoppings pessoas se vestem imitando os

    personagens do filme que assistiu, fato que acontece mais com crianças e

    jovens. Influências que para o mundo publicitário foi uma forte tacada junto aos

    seus clientes, uma forma de se expor, de modo a não se fazer perguntas e não

    percebermos conscientemente todas as conseqüências daquela exposição;

    com ações audiovisuais dando a ele referência de compra.

    São idéias de violência, rebeldia, droga como, por exemplo, que

    poderão ser absorvidas como dogmas por todas as crianças e jovens que se

    espelham naquele personagem. Como Freud dizia: “Nascemos cópias,

    morremos imitados”. Fantasias projetadas pelo cinema que tem significados e

    conseqüência efeito, com a valorização dos ideais e mudanças nas atitudes de

    comportamento.

    A influência do cinema e do merchandising sobre o consumo de massa,

    pode-se dizer que são atributos e artifícios usados, que procuram cercar o

    individuo (consumidor) por todas as partes, mostrando e informando que para

    a inclusão na sociedade de consumo é preciso tê-los como referência. Que

    para ser o mocinho, como nos filmes, ele tem que consumir os produtos

    mostrados ali. Um papel que é muito bem articulado pelo merchandising,

    através de suas técnicas, para despertar a necessidade de desejo de consumo

    e sua satisfação. Toda uma interpretação, para causar o interesse do

    espectador, o consumidor, interpretação através de fantasias, ilusões e sonhos

    que podem ser realizados.

  • 32

    E quando organizados de melhor maneira, para estar o mais próximo ao

    público, e o poder de compra realizado, pelo consumidor (espectador),

    demonstra o resultado positivo da influencia causada sobre ele, através da

    mídia.

    CAPÍTULO III

    ANÁLISE DO MERCHANDISING NOS FILMES

    III.I – ABORDAGEM DO MERCHANDISING NO CINEMA

    O merchandising desenvolveu-se em conseqüência do nascimento de

    conceito de livre-serviço e a multiplicação de produtos no mercado, como já foi

    mencionado no início deste trabalho, utiliza-se de técnicas que aplicada

    através das mídias para melhor atingir o público alvo. A primeira experiência no

    cinema com mensagem subliminares, que é utilizada pelo merchandising,

    aconteceu em 1956, através do psicólogo Jim Vicary, com mensagens quase

    que imperceptível aos olhos, frases respectivamente sobre a tela, através de

    um projetor instalado em um cinema de Nova Jersey, resultando no aumento

    das vendas de refrigerante.

  • 33

    Na década de 30 o cinema americano já se utilizava deste artifício para

    cobrir parte ou até a totalidade dos custos de produção. No Brasil, desde o

    tempo da ‘Cinédia’ ou ‘Atlantida’ vários produtos eram anunciados nas cenas

    das chanchadas em troca de ajudar financeiramente para cobertura de

    despesas nas filmagens, o que não se alterou nada nos dias atuais, hoje vistos

    como patrocinadores, para a produção da obra cinematográfica.

    A abordagem no cinema, como apresentado anteriormente, é trabalhada

    de maneira com rápida duração, e é uma técnica com grande capacidade de

    aceitação de registro no subconsciente, mesmo se passando como, papel de

    fundo, sem menção de diálogo, mais são produtos e marcas reais do dia a dia

    do espectador, garantindo assim a semelhança a realidade.

    Podemos observar a massificação desta técnica no meio

    cinematográfica, não de maneira massiva nas atribuições do produto ou

    serviço, de suas qualidades e benefícios, mas abordado de maneira clara e

    sem muitas atribuições. Como podemos observar ao se iniciar a apresentação

    do filme, – o merchandising na trama, com seus respectivos produtos ou

    serviços ou marca – logo, trailer dos patrocínios do filme, também pode se

    dizer que é um merchandising, além de estarem inseridos na trama. A sutileza

    de alguns casos de merchandising comerciais leva à febre de consumo.

    Ao contrário das propagandas tradicionais, o merchandising, se insere

    na trama, com os personagens fazendo uso daquele produto ou marca, e é

    inserida dentro da cena ou trama de maneira sem atribuição do produto, marca

    ou serviço nas cenas do filme soando como realidade de vida, e atribuindo

    visibilidade audiovisual ao espectador, para que o perceba e faça parte de seu

    cotidiano.

    Como exemplo, podemos observar a marca Wolkswagen que divulgada

    nos longas-metragens em “Mais uma Vez Amor” (2005), “Casseta & Planeta –

    A Taça do Mundo É Nossa” (2003) e “Sexo, Amor e Traição” (2004). Uma

    marca pode ser inserida em vários estilos de filme, pois o eu importa é mostrar

  • 34

    ao púbico, divulgar junto ao espectador e soando o mais naturalmente possível

    sem incomodá-lo.

    III.II - O USO DAS TÉCNICAS DO MERCHANDISING NO CINEMA

    No filme “Se Eu Fosse Você” dirigido por Jorge Fernando, as marcas

    Claro, Nova Schin entre outras, estão inseridas no contexto, de maneira que

    fazem parte do cenário. Pois não foi em nenhum momento atribuído as

    qualidades de cada marca, soando verdadeiro; pois o filme acontece dentro de

    uma agência publicitária, o que causou uma boa parceria e apresentação

    destas marcas e produtos para o espectador. O uso do merchandising soou

    como na vida real, junto aos personagens, para a sociedade. Também se usou

    desta apresentação cinematográfica para a divulgação da Claro, com uma

    ação de promoção, que foi formulada pela agência caracterizada no filme, e

    inserção de produtos reais no meio da narrativa cinematográfica.

    Com o filme “Matrix”, (The Matrix) de Larry Wachowski – 1999,

    anunciando no filme através da ação de merchandising, a alta tecnologia dos

    produtos de marca Sansung. Pois o filme se passa em um mundo virtual, e as

    tecnologias são das mais atualizadas, e em toda trama do filme é abordado as

    tecnologia sofisticada, sua abordagem de narração faz jus ao efeito

    cinematográfico.

    A obra cinematográfica “Sexo, Amor e Traição”, divulga a ação da marca

    das Lojas Americanas, o merchandising se passa como papel de fundo para a

    cena do filme, os celulares que são utilizados da marca Motorola e também os

    carros da Wolkswagen, utilizados em cena. As marcas não são mencionadas

    pelos personagens. No caso das Lojas Americanas se é notável, porque o

    slogan cobre quase que todo fundo da tela. Por isso não se passou quase que

    desapercebido, como o caso da marca dos celulares.

  • 35

    Podemos notar o merchandising com facilidade no filme “Dois Filhos de

    Francisco” - 2006, do Banco Bradesco, que é mostrada na cidadezinha do

    interior, ainda pequeno e depois em São Paulo, já um banco grande, além

    deste, também se vê a marca Texaco e do Leite de Colônia que é colocado no

    armário de banheiro do personagem de Francisco. O espectador sem prestar

    atenção do que esta acontecendo em cena, não percebe as propagandas que

    aparecem nos filmes.

    Outra maneira de apresentar as ações do merchandising, foi usado no

    filme “A Dona da História”, que usou um merchandising diferente, ao invés de

    produtos e marcas de grandes empresas, fez propaganda de filme nacionais

    como “Carandiru’, em uma cena na locadora de vídeos, localizando os

    pôsteres destes filmes. Ao invés de patrocinadores, se teve uma troca de

    interesses entre os realizadores do filme e publicitários.

    Como se mostra presente as ações do merchandising, nas obras

    ficcionais como: “Corra, Lola, Corra” – 1998 (Lola Rennt, de Tom Tykwer), para

    vender produtos e serviços bancários, do HSBC, do Real e do Itaú; o filme

    “Twister - 1996 (Idem, de Jean de Bont), vender o creme dental Close-up; a

    obra de Camuriti com o filme “Carlota Joaquina, A Princesa do Brasil” – 1995,

    para anunciar os incentivos culturais dos Postos BR; “Um Odisséia no Espaço”

    – 2001, (A Space Odissey, de Stanley Kubrick) com o anuncio do automóvel

    Zafira; o E.T., O Extraterrestre (Steven Spielberg), para anunciar automóveis

    de marca Renault, etc..

    Assim como outras obras audiovisuais, o merchandising aparece de

    forma clara, indireta e sutil.

  • 36

    CONCLUSÃO

    Pode se concluir nesta monografia, que o público está sempre

    recebendo mensagens que venham a alterar de maneira emocional ou

    intelectual, em sua vida. E criando a cada dia novos desejos a serem

    realizados e conceitos, através das mídias, e uma delas a mídia cinema.

    O merchandising apresentado nos filmes, está sim dentro do contexto

    do filme, como pode ser constatado; sua abordagem acontece de maneira que

    não soe falso e seja e não seja massivo para o espectador. Pois as

    mensagens, sem que mencionadas de diálogo junto a cena, atribuindo as

    qualidades do produto, marca ou serviço, não precisão ser mencionadas, ou

    melhor ditas; a visibilidade destes ficam gravadas no inconsciente do

    espectador, fazendo-o lembrar e criar um interesse de preferência junto a

    outros produtos, marcas e serviços concorrentes.

    Essa não menção de diálogos, no cinema faz parte da trama

    indiretamente, mais pode constatar que mesmo indiretamente eles causam

    preferência e mudança de comportamento no espectador.

    Apesar de concordar com os fatos da monografia, essas menções

    poderia ser melhor formuladas e trabalhadas dentro de cena. Essas ações do

  • 37

    merchandising poderiam ser mencionadas, não de forma massiva, como visto

    nas telenovelas, mas podendo trabalhar de maneira com que apareça melhor

    na cena ou na trama, ou seja, fazendo parte do diálogo em cena. Como por

    exemplo, de maneira não massiva, mais pelo menos abordar a marca ou o

    serviço que esta sendo divulgado dentro da obra; no filme, “Sexo, Amor e

    Traição”, como um exemplo, poderia o personagem anunciar claramente nos

    seus diálogos a marca do aparelho de celular, o qual esta introduzido em cena,

    “– Esqueci meu Motorola”. Pois quando o espectador, não muito concentrado

    no filme e sem ter muita atenção nos “acessórios”, fundo, objetos de cena e

    etc., não passe desapercebido como muita das vezes acontece em alguns

    filmes; como mostrados mais à frente. E não só apenas como papel de fundo

    em cenário, pois assim estaria de certa forma reforçando o merchandising. E

    pode se constatar que existem várias maneiras, se estudadas e pesquisadas,

    podem ser trabalhadas nas inserções do merchandising no cinema.

    O merchandising esta sim dentro do contexto do filme, mais de maneira

    sutil, claro e indireto. Pois desta forma ele tem o poder de levar o espectador,

    consumidor, ao ato de preferência e compra do produto, serviço ou marca.

    Fazendo com que os patrocinadores procurem mais as industriais

    cinematográficas para estar mais próximo junto ao seu público alvo.

    Pode verificar, neste trabalho de monografia, que a cultura de consumo

    recebe e traduz bem esse artifício usado pelo merchandising no cinema,

    através de seu discurso usado e a maneira simples e sutil que é usado.

    Mesmo trabalhando indiretamente leva a mudança no comportamento e nos

    atos da cultura.

    O merchandising faz sim um papel de fundo de cenário, mais que se

    insere dentro da trama e cena, fazendo parte de todo o contexto ali trabalhado

    no filme.

  • 38

    BIBLIOGRAFIA

    Livros

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  • 41

    ÍNDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    AGRADECIMENTO 3

    DEDICATÓRIA 4

    RESUMO 5

    SUMÁRIO 6

    INTRODUÇÃO 7

    CAPÍTULO I 9

    CULTURA DO MERCHANDISING

    1.1 – História do Merchandising 12

    1.1.1 – O início da Publicidade 9

    1.1.1 – Conceito do merchandising 15

    1.2 – Técnicas do merchandising 20

    1.3 – Normas do merchandising 21

    CAPÍTULO II 24

    CINEMA COMO PRODUTO

    2.1 – História do cinema 24

    2.2 – Cultura e Cinema 28

    CAPÍTULO III 33

    ANÁLISE DO MERCHANDISING NOS FILMES

    3.1 – Abordagem do merchandising no cinema

  • 42

    3.2 – O uso das técnicas do merchandising no cinema 34

    CONCLUSÃO 48

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52

    ÍNDICE 40

    O MERCHANDISING NO CINEMAO MERCHANDISING NO CINEMAAGRADECIMENTOS

    CAPÍTULO III - ANÁLISE DO MERCHANDISING NOS FILME33CONCLUSÃO37BIBLIOGRAFIA 39ÍNDICE40FOLHA DE ROSTO2AGRADECIMENTO3