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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA Gestão de Compras Por: Alan Ferreira Moreira Araujo Orientador Prof. William Rocha Rio de Janeiro 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO ...produto, tendo que lançá-lo no mercado com uma ampla visão de marketing, para obter-se sucesso em suas vendas, mas, nada disso será

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Gestão de Compras

Por: Alan Ferreira Moreira Araujo

Orientador

Prof. William Rocha

Rio de Janeiro

2012

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Gestão de Compras

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão Empresarial.

Por:. Alan Ferreira Moreira Araujo.

3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Jesus Cristo nosso

salvador, a minha família, namorada,

amigos e colegas de trabalho.

4

DEDICATÓRIA

Dedico a minha família, minha

namorada Lorraynne Marinho, a meus

Pastores e amigos verdadeiros, que

sempre me ajudaram e nunca deixaram

que eu desistisse do meu objetivo. A

vitória é nossa!

5

RESUMO

Em resumo o trabalho refere-se à importância do setor de compras nas

organizações e se é possível o mesmo ser desenvolvido com sucesso dentro

de um Centro de Serviço Compartilhado (CSC).

Divididos em três partes serão abordados os seguintes temas: a visão

geral da área de compras, compras estratégicas (corporativas) e compras

transacionais (operacional).

A questão é a seguinte: é possível criar um setor de compras

extremamente operacional para trabalhar dentro de um CSC?

No desenrolar do trabalho vamos ver que ambas as partes tem suas

limitações e afazeres, porém devem estar em sintonia para que o projeto seja

bem executado e o Cliente final seja bem atendido. O foco é a organização, e

cada um tem que entender que é “peça” fundamental para o sucesso

acontecer.

O setor de compras corporativas não pode querer fazer o papel de

compras transacional, e vice e versa. Se cada um desenvolver a sua parte, o

ganho será tremendo, ou melhor, o desconto será tremendo. Visto que esses

descontos acabarão influenciando, e muito, no resultado final da organização.

Ou seja, é possível que exista um setor de compras dentro de um CSC,

basta ter organização e uma boa coordenação, que saberá até onde poderá

apoiar o corporativo.

6

METODOLOGIA

Após leitura de livros, pesquisas na internet e dia-a-dia no trabalho,

percebi que o caso supracitado é de suma importância para o setor de

compras “funcionar” de forma positiva para inúmeras empresas, independente

do nicho de mercado almejado.

A minha base na profissão ajuda no desenvolvimento do conteúdo

supracitado. Com certeza, o setor de compras tem participação impar nos

resultados. É com essa metodologia que o estudo é baseado e desenvolvido.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Visão geral da ares de compras 09

CAPÍTULO II - Compras Estratégicas 18

CAPÍTULO III – Compras Transacionais 31

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

BIBLIOGRAFIA CITADA 43

ÍNDICE 45

8

INTRODUÇÃO

Como podemos destacar a importância das compras empresariais de

forma geral; como as compras podem trazer resultados e reflexos positivos em

toda a organização; as razões que levaram seus dirigentes a voltar as suas

atenções para esta porta de saída do capital de giro, isto é, os gastos com as

compras empresariais? Como unir a parte técnica com a burocrática? E

também, como separar a parte técnica da burocrática?

O comprador atual deixou de ser um “tirador” de pedidos para exercer

os papeis de pesquisador, consultor e analista de valor que adquire produtos

com qualidade, sem deixar de lado o desempenho operacional, facilidades de

operação e custos de manutenção, procurando agregar serviços que levem o

aumento da lucratividade.

Alguns fatores evidenciam uma compra produtiva, independente da

criticidade da mesma. Devemos, pelo menos, destacar duas importantes

funções dentro deste “pequeno” mundo. A função estratégica e a função

transacional.

Existem características peculiares para cada função mencionada. A

primeira fica responsável pelo desenvolvimento e parte técnica, a segunda pela

parte burocrática e sistêmica. Ambas têm que estar alinhadas, pois facilitará

todo o processo. Mesmo assim, não é fácil para um gestor conduzir tanto uma,

quanto à outra, quem dirá as duas.

Hoje em dia, o mercado pede muita organização de todos os setores e,

o setor compras, não foge desta realidade. Os processos não são simples,

muito pelo contrário, são bem complexos. Mesmo assim, se houver dedicação

e comprometimento, o ganho (desconto / lucro) será enorme. Comprar não é

simplesmente entregar o produto ao Cliente final, mas sim, desenvolver todos

os processos com desenvoltura e exatidão, desde a real necessidade da

compra até a entrega da mesma.

9

CAPÍTULO I

Visão geral da área de compras

A compra é vista pela organização bem-sucedida de hoje como uma

atividade de importância estratégica considerável. Entretanto, nem todas as

empresas vêem compras como uma função desempenhada de forma melhor

por um departamento especializado. Há aquelas que, vêem mais

apropriadamente desempenhadas, quando estão próximas ao ponto da

necessidade dos bens ou serviços que são adquiridos. Então, talvez seja

verdadeiro que a maioria das grandes organizações emprega os serviços de

uma equipe dedicada de especialistas em compras e suprimentos.

Vamos entender um pouco da área de compras e algumas de suas

características.

1 A ÁREA DE COMPRAS

1.1 Conceito

O Departamento de Compras é a área da empresa responsável pela

aquisição de materiais necessários para o satisfatório desempenho de uma

organização. Isto é, através do Departamento de Compras que uma empresa

se desenvolve, por meio de materiais necessários para a execução de um

determinado serviço.

Toda empresa deve investir um valor significativo no Departamento de

Compras, sendo que sua “receita de vendas” (valor decorrente da venda de

produtos de uma empresa) é distribuída para as seguintes áreas: empregados

Fornecedores; instalações e giro Acionistas; obsolescências e tributos

10

Os ganhos obtidos pelo Departamento de Compras refletem quase

diretamente à conta de lucro da empresa. Mas, também pode ocorrer o

contrário, causando resultados negativos para a empresa.

Podemos assim, perceber a importância da área de compras, porque se

trata de um departamento inicial, sem o qual não poderia toda uma empresa

desenvolver-se de acordo com os resultados esperados. Com certeza é

preciso também de um desenvolvimento voltado também para a qualidade do

produto, tendo que lançá-lo no mercado com uma ampla visão de marketing,

para obter-se sucesso em suas vendas, mas, nada disso será possível, se o

Departamento de Compras não trabalhar de acordo com as necessidades da

empresa, voltado a qualidade e lucro que este representa.

1.2 Objetivos do Departamento de Compras

O setor tem como objetivo adquirir bens e/ou serviços, mas toda

empresa deve ter objetivos definidos de acordo com suas necessidades.

Então, precisamos identificar corretamente as necessidades, procurando

conhecer os objetivos da empresa.

Segundo Pozo (2008, p.147) o objetivo de compras é, “a capacidade de

comprar materiais e produtos na qualidade certa, na quantidade exata, no

tempo certo, no preço correto e na fonte adequada”. Como visto anteriormente,

o bom desenvolvimento da empresa depende muito do desempenho de sua

área de compras, por este motivo é importante a maximização dos valores,

contribuindo assim para o lucro da empresa. Estes bens podem ser definidos

como o produto necessário para atender à produção e à operação da empresa

(materiais diretos ou produtivos) ou para todo o restante da organização

(materiais indiretos ou improdutivos).

11

Entretanto, os serviços são todos os artifícios necessários para o

desenvolvimento dos produtos, tais como: manutenção em geral, limpeza e

vigilância, sendo contratados pelo Departamento de Compras semelhante à

aquisição de bens. Assim, podemos definir os objetivos do Departamento de

Compras a partir das seguintes metas: 1) na qualidade desejada; 2) no

momento preciso; 3) pelo menor custo possível; 4) na quantidade pedida.

O primeiro “na qualidade desejada”, trata-se de uma meta do

Departamento de Compras, que tem como responsabilidade definir o que

realmente é preciso para o desenvolvimento de um determinado produto ou

serviço e, desta forma, adquirir um produto/serviço com qualidade similar à

necessidade.

De acordo com Dias (2000, p. 147), referente às atribuições de

compras, o Departamento de Compras não poderá, por si, redefinir

especificação feita pelo solicitante ou adquirir materiais diferentes do

requisitado, mesmo que por um preço bem menor. No entanto, deverá, em

casos de alternativa de compra mais vantajosa que a originalmente pedida

pelo solicitante, fazer que este seja ouvido e dê a palavra final acerca da

qualidade do material.

O segundo, “no momento preciso”, trata-se de atender as necessidades

solicitadas pela empresa, nas datas estabelecidas, para que assim, não haja

atraso no desenvolvimento da empresa, podendo assim acarretar prejuízos.

“com essa transparência, a empresa fica sabendo de antemão possíveis

atrasos ou antecipações do fornecedor, podendo tomar ações necessárias, em

vez de improvisar soluções emergenciais”. ( CHIAVENATO 2005, p. 65 )

O terceiro, “Pelo menor custo possível”, devemos esmiuçar ao máximo o

mercado, mas atento sempre a qualidade e à entrega, pois de nada adiantará

produtos por um custo menor, se atrasarem na entrega ou tiverem uma má

qualidade, denegrindo assim a imagem da empresa.

12

O quarto e último segmento do Departamento de Compras, “na

quantidade pedida”, é a definição da quantidade de material ou serviço

necessário para um determinado departamento da empresa realizar seu

trabalho. Isto não deve confundir-se com qualidade, uma vez que, de nada

adiantaria um produto de ótima qualidade se a quantidade não atendesse as

necessidades. De Acordo com Ammer (1981, p. 85), “A questão da quantidade

certa, encontra-se no fato de que, de nada adiantará a satisfação de todos os

demais itens componentes dos objetivos do Departamento de Compras, se o

material não for entregue na quantidade solicitada. Enquanto a quantidade

requisitada não for entregue por inteiro, nossa missão não terá terminado.”

Portanto é necessário consolidar compromisso no cumprimento dos prazos

estabelecidos e qualidade para a satisfação do cliente.

1.3 Organização e Estrutura de um Departamento de Compras

O departamento de compras pode ser estruturado de forma centralizada

em apenas um setor da empresa, ou optar por uma estrutura regional, onde,

dependendo do tamanho da empresa coloca-se este departamento em uma

única unidade e esta fica responsável por aquisições das demais, como

também descentralizado, abrangendo várias áreas diferentes, isto é, para cada

área ou seção da empresa, pode haver um Departamento de Compras. Esta

diferença (descentralizado ou centralizado), porém, vai depender do tamanho

da empresa. Ambas as soluções podem oferecer vantagens e desvantagens,

pois não existe uma regra específica sobre o assunto, dependendo da

estrutura organizacional de cada empresa, somente as circunstâncias

particulares de cada organização podem orientar o gestor sobre a melhor

configuração a adotar. Assim, podemos citar as vantagens da centralização e

da descentralização, de acordo com Chiavenato (2005, p. 101): obtenção de

maiores vantagens e descontos dos fornecedores em face das compras em

quantidade mais elevadas; qualidade uniforme dos materiais adquiridos; maior

especialização dos compradores; padronização dos procedimentos de

13

compras; maior conhecimento dos fornecedores locais; melhor atendimento

das necessidades específicas do processo produtivo de cada unidade da

empresa; agilidade nas compras.

Há também uma terceira alternativa de organização, que pode ser considerada

como uma alternativa intermediária das duas anteriores, tal como nos mostra

Silva (1999, p. 125), “um departamento de compras centralizado na unidade

mais importante ou mais bem localizada, e também pequenos setores de

compras nas demais, apenas para o abastecimento de itens específicos ou de

baixo valor.”

1.4 As Relações Internas e Externas

Todo Departamento de Compras tem relações externas e internas, tanto

com empresas que abastecem a empresa, como com outros setores da própria

empresa. Assim, em razão da sua própria natureza, este departamento

mantém um forte relacionamento com o público interno da empresa. Desta

forma, estes relacionamentos são de suma importância para o

desenvolvimento deste setor, porque é preciso existir um entendimento com os

vários usuários, para poder tentar identificar meios de satisfazer as solicitações

dentro do que é estabelecido pelas normas e procedimentos da empresa.

O Departamento de Vendas representa o fornecedor perante os demais

membros da organização. Para esse departamento são canalizadas as

requisições de compra e as expectativas de pronto atendimento delas. Não

pode, portanto, ser desprezado o fato desse departamento funcionar como um

órgão assessor dos demais setores. Eles funcionam como os clientes do

Departamento de Compras”. É o conceito do cliente interno, tão em evidência

na atualidade. (MAXIMIANO 2006, p. 67).

Além do relacionamento interno há também o relacionamento externo,

que funciona como um meio de conexão com o mercado. Assim, quando

ocorre um desenvolvimento de um novo produto, os fornecedores procuram o

14

Departamento de Compras, e a empresa permanece desta forma sempre à

frente das inovações do mercado. Assim é preciso que este departamento

esteja sempre aberto as inovações, não desprezando a possibilidade de

introdução, na empresa, de uma solução melhor ou de alternativa mais barata

que a atual, para algumas necessidades específicas. Todo o profissional de

compras precisa apreciar as diversas propostas que lhe são lançadas, evitando

o julgamento prévio de propostas e alternativas dos fornecedores, podendo

encaminhar essas proposições aos setores associados ao material ou serviço,

para que estes façam os testes necessários e a avaliação correta da sua futura

utilização. Isto servirá para que a empresa em questão esteja em constante

desenvolvimento com o andamento de todo o país.

1.5 A Função do Comprador

O profissional de compras, atualmente, tem diferente função das antigas

posições profissionais que se viam. Porque antigamente, existia um comprador

interno e um externo, isto é, o profissional que cuidava apenas das compras

nacionais, e um que cuidasse das importações de produtos estrangeiros.

Assim, pode-se perceber que houve uma grande modificação na eliminação da

fronteira entre as compras nacionais e aquelas feitas no exterior, porque,

historicamente as importações eram atribuídas a um setor específico, sendo

totalmente agregadas das compras internas. Houve uma fusão de atividades,

onde o mesmo profissional para atender a uma requisição de materiais, deverá

consultar tanto os fornecedores locais como aqueles situados em outros

países ou continentes.

Mas, para que um mesmo profissional da área possa atender às

compras internas do próprio país e para as exportações, é preciso um maior

elenco de habilidades e capacitações para atuar no meio, sendo que, o

conhecimento de outros idiomas é o ponto de partida.

Desta forma novas responsabilidades foram dispostas ao profissional de

compras, onde implica tanto poder tomar maiores decisões, que podem agilizar

15

seu trabalho, como também lhe atribuem uma maior responsabilidade,

aumento assim o seu quadro de competências. Dentro deste novo panorama

do profissional de compras, pode-se identificar os seguintes cargos (e suas

competências), de acordo com a citação de Maximiano (2000, p. 231):

- Auxiliar de Compras ou Comprador Trainee (digitação de documentos e

relatórios; contato premilinar e cobrança de propostas dos fornecedores;

Follow-up; manutenção dos arquivos de documentos e programas de

informática; elaboração de pedidos simples);

- Analista de Compras ou Comprador - pleno ou sênior (avaliação de

propostas de fornecimento; negociação com fornecedores; follow-up;

elaboração de pedidos; desenvolvimento de produtos/fornecedores; visitas

técnicas a fornecedores);

- Supervisor ou Gerente (planejamento das atividades da área; organização

das tarefas; gestão das pessoas; orientação permanente; negociação de itens

especiais; avaliação do desempenho da área de compras; intenso

relacionamento

- Diretor de Compras (em poucas empresas, com atribuições interno/externo;

idênticas aos gerentes e supervisores).

Estes cargos são descritos especificamente nas empresas, onde cada

um possui responsabilidades únicas, pertinentes à sua posição dentro da

empresa. Assim, percebe-se que a importância do Departamento de Compras

está intrinsecamente ligada ao profissional da área, que é aquele que

desenvolverá o trabalho de compras, mostrando a importância da capacitação

do homem para esta área.

16

1.6 A NEGOCIAÇÃO

A negociação é compreendida como uma técnica que tem o objetivo

específico de comprar ou vender algo. Porém, este conceito não está

fundamentado apenas nestes dois princípios, envolvendo algo muito mais

complexo.

“Negociar é a arte de comprar ou vender qualquer coisa, na busca da

satisfação dos envolvidos.” (CAMPOS 1996, P. 50). Desta forma o fator de

maior importância da negociação é que os dois lados envolvidos estejam

satisfeito, porque, caso contrário, esta negociação não será bem concebida,

assim não será proveitoso ao negociador.

Existe um termo chamado de “negociata” que é a denominação dada a

uma má negociação, que ocorre quando um negociador procura esconder

alguns pontos importantes da negociação. Negociar, muitas vezes é sinônimo

de conquistar o máximo de vantagens possíveis sobre o outro negociado, mas

na verdade, o que acontece é uma necessidade de esclarecimento pelas duas

partes, para que o negócio seja bom aos dois, e assim, possa haver futuras

negociações.

Outro conceito muito utilizado para a “negociação” é que este tipo de

técnica é uma arte, que deve ser trabalhada e organizada, mas que alguns

indivíduos já possuem este dom, apenas precisando lapidá-lo de acordo com

as necessidades de cada empresa.

A negociação é uma arte porque ela é um “dom nato”; não nasce em

jogadores de futebol, mas o grau que atingiu o Pele, só ele conseguiu. Todas

as pessoas, e aquelas que foram premiadas pela natureza com este dom, a

tem em doses diferenciadas. Temos excelentes e medíocres negociadores. E

existem pessoas que simplesmente se recusam a negociar. Podemos

comparar a arte de negociar com o futebol. (FISCHAMANN 1996, p. 142).

17

Percebe-se, portanto, que a “arte da negociação” é uma característica

específica de cada ser humano, independente de seu grau de instrução. Desta

forma, outro ponto importante para uma boa negociação, é nunca subestimar o

outro negociador, por sua aparência ou grau de instrução. A negociação pode

trazer surpresas que todo o profissional tem de estar preparado para enfrentar.

Quanto o processo de negociação. Pozo (2008, p. 69) diz, “embora possa

parecer para muitos um centro de conflitos e desgastes, é um importante

elemento de fortalecimento dos laços de interesse, de melhorias contínuas e

principalmente de aumento dos lucros para ambas as empresas”. Isto decorre,

também, porque a negociação não é algo da atualidade, não é nenhuma

novidade no meio empresarial, ou em qualquer outro campo profissional.

Podemos entender então que, a todo o momento existe alguém

tentando negociar alguma coisa em troca de algo que lhe favoreça de alguma

forma.

1.7 As formas de Negociação

Trata-se do ato de comprar ou vender alguma coisa, visando o benefício

para ambas as partes. Aqui, pretendeu-se enfatizar o departamento de

compras; assim, podemos compreender três aspectos diferentes da

negociação: a negociação interpessoal, que podemos chamar de corpo a

corpo com o oponente; a negociação por “telefone” onde não há nenhum

contato visual entre ambas as partes; e a negociação virtual, mais atual, que

ocorre através da internet.

Com isso, conseguimos ter uma visão global da área e suas principais

características. Assim, fica evidente a parcela de contribuição de compras para

toda a empresa.

18

CAPÍTULO II

Compras estratégicas

Se examinarmos as responsabilidades dos compradores de

organizações com uma função de compras bem desenvolvidas, constataremos

que eles gastam apenas parte de seu tempo em atividades administrativas e

burocráticas. A maior parte de suas atividades concentra-se no

estabelecimento e no desenvolvimento de relacionamentos apropriados com

fornecedores. A ênfase em tais organizações tem evoluído além de

simplesmente reagir as necessidades dos usuários, passando a uma

abordagem proativa que reflete mais amplamente a contribuição decorrente de

administração dos dados.

A função compras participa do trabalho de se encontrar a

especificação ótima. Isso implica não apenas um produto atraente para o

departamento de marketing vender ou para a produção fabricar, mas também

um produto que inclua serviços, materiais ou componentes que sejam

econômicos para se comprar, e isso por sua vez pressupõe que sejam

atraentes para o fornecedor fabricar ou vender. Tudo isso necessita de um

grau de compromisso entre as partes envolvidas. Uma função compras fraca

que simplesmente adquire o que, por exemplo, a produção solicita está

perdendo a oportunidade de contribuir para o processo. Deve-se deixar claro

que a função compras não deve usurpar a função design ou qualquer outra,

mas ela deve informar as várias partes sobre as restrições e oportunidades

relacionadas às especificações e transmitir confiabilidade

O estudo é baseado em conceitos e teorias de especialistas. Todos têm

ampla visão dos processos de forma geral.

19

1 Conceito de Estratégia

Estratégia é quando definimos metas pré-estabelecidas para a

conquista de algo, tendo pelo menos, a maioria das condições necessárias

para uma boa execução.

De acordo com Porter (1996), estratégia é a criação de um

posicionamento único e de valor que envolve a forma com que uma

organização estrutura e desempenha suas atividades, ou seja, para o autor,

posicionamento estratégico de uma organização é a escolha das suas

atividades num caminho diferente dos seus concorrentes.

1.1 Definição de Compras Estratégicas

O conceito de Compras Estratégicas pode ser definido como um

conjunto de funções e atividades realizadas pela Área de Compras, de forma a

atingir os objetivos traçados pelo planejamento estratégico da organização.

O propósito da função de Compras dentro de um enfoque estratégico é

direcionar suas atividades para objetivos e metas a longo prazo que visam dar

vantagem competitiva à organização. Strategic Sourcing requer uma

abordagem voltada para o ciclo de vida dos produtos, um entendimento

completo e acurado sobre as necessidades da organização, e também sobre a

natureza do relacionamento entre empresa fornecedora e compradora.

O ciclo de Compras inclui a definição da estratégia de compras, na qual

serão baseados os objetivos e a tomada de decisão da aquisição; a avaliação

e seleção dos itens a serem adquiridos, ou seja, os produtos ou serviços; o

desenvolvimento dos contratos baseados nos processos e nas negociações

entre as partes e, por fim, o gerenciamento do fornecimento.

Com isso objetiva-se abraçar as mudanças organizacionais, através da

colaboração criativa e estratégica, a fim de criar valor de negócios. No futuro,

as empresas líderes de mercado serão aquelas que conseguirem combinar e

souberem gerenciar as atividades de compras com foco estratégico.

20

Em resumo, a definição consensual para Strategic Sourcing é um

processo que consiste na busca de oportunidades para enriquecimento de

valor na cadeia de fornecimento, através da identificação do nível relevante

dos itens adquiridos pela organização, do gerenciamento do seu

relacionamento com as empresas fornecedoras, da avaliação e aplicação de

planos e atividades estratégicas, com o objetivo de conseguir vantagem

competitiva.

Algumas diferenças entre compras transacionais e compras

estratégicas, sendo que este último modelo é baseado em fatores como a

capacidade dos fornecedores no desenvolvimento de integração com seus

clientes e assim desenvolverem produtos que façam a diferença no produto

final, ou seja, o processo de compras estratégico é voltado para análise e

tomadas de decisão baseada no impacto estratégico que o produto (ou o

fornecedor) terá no negócio da empresa compradora. Compras transacionais

são aquelas que consideram primordialmente a questão de preços, ou seja, a

contratação é realizada com o fornecedor que apresenta a proposta de menor

valor.

1.2 Processo de Compras Transacional

Estabelecimento e manutenção de contratos de longo prazo; gestão de

relacionamento entre empresa compradora e fornecedora.

Transação de processos de acordo com contratos pré-estabelecidos.

1.2.1 Atividade principal

Seleção de fornecedores e negociação de contratos de fornecimento

Pouca interação entre fornecedores e compradores.

1.2.2 Impacto

Redução no custo dos insumos, conseqüentemente das mercadorias

vendidas.

21

Redução no registro de dados e/ou custo do processo.

1.2.3 Habilidade necessária

Análise de dados, negociação de contratos, capacidade de construção e

gestão de relacionamento com outras empresas (fornecedores).

Prática apenas operacional.

O assunto terá maior abordagem no próximo capítulo.

1.3 Processos de Compras Estratégicos

Os processos de compras envolvem várias atividades que vão desde a

participação na elaboração, ou desenho do produto a ser adquirido até a

participação no planejamento estratégico da organização.

Compõem o ciclo do processo de compras:

Cinco estágios

1. Identificação ou antecipação das necessidades de produtos ou serviços;

2. Avaliação de potenciais fornecedores;

3. Seleção de fornecedores;

4. Solicitação e recebimento dos bens/serviços contratados;

5. Avaliação e gestão contínua da performance dos fornecedores.

Entre todos os estudos o de Clegg e Montgomery chamou mais atenção. O

passo a passo mencionado é rico em conteúdo e, analisa friamente toda a

estratégia de compras.

22

1.3.1 O modelo de Clegg e Montgomery

Clegg e Montgomery (2005), pesquisadoras de uma grande consultoria

norte-americana especializada em soluções de compras estratégicas, a A.T

Kearney, descrevem as dificuldades que as empresas de tecnologia enfrentam

nos processos de compras de produtos ou serviços desta área. Isso devido à

complexidade na composição de custos e das características técnicas

específicas dessa categoria, o que faz com que muitos tipos de produtos ou

serviços pertençam a mercados monopolizados, ou seja, itens produzidos por

uma única empresa.

Diante do cenário apresentado, Clegg e Montgomery (2005) propõe um

método aplicado nas aquisições de itens da categoria de tecnologia, Os Sete

Passos de Compras Estratégicas da A.T. Kearney, o qual afirmam trazer

resultados positivos nas negociações para empresas atuantes em diversos

segmentos de mercado, como por exemplo, empresas prestadoras de serviços

financeiros e até indústrias farmacêuticas. Segundo as pesquisadoras, esse

processo leva a resultados altamente favoráveis para as empresas

compradoras como adição na cadeia de valor, redução do tempo gasto nas

contratações e nos prazos de fornecimento, além de economias na ordem de 4

a 20 por cento. Isso ocorre devido à coleta e análise de dados com o objetivo

de auxiliar a organização na escolha dos tipos de abordagens a serem

adotadas nas negociações com as empresas fornecedoras.

Ainda sobre os sete passos de compras estratégicas descritos por Clegg e

Montgomery (2005):

1º passo – Análise do Perfil da categoria: o objetivo é entender internamente

os gastos financeiros com a categoria de aquisição em questão e também

entender o mercado fornecedor. A categorização consiste em consolidar o

histórico dos itens de aquisição que estejam dentro de um mesmo tipo de

produtos e relativos aos mesmos tipos de fornecedores. Isto é crítico para o

passo 2 que se refere à definição da estratégia de aquisição a ser adotada,

23

uma vez que servirá de base para o volume estimado no contrato de

fornecimento e que também é um fator altamente relevante para as

negociações.

Dentro do 1 º passo, Clegg e Montgomery (2005) consideram também a

realização das seguintes análises:

• Spending Analysis ou Análise dos gastos: identificando-se o volume

total de gastos relativo a toda a organização com cada fornecedor. O

objetivo é ter uma visão completa e acurada sobre os gastos em termos

de volume financeiro, gastos por região, por áreas usuárias, preços

praticados, termos e condições comerciais de acordo com os

fornecedores de cada segmento de mercado. Este estudo auxilia muitas

empresas a descobre a existência de múltiplos contratos com um único

fornecedor, que poderiam ser consolidados, e assim prover maior força

de compras num momento de negociação.

• Análise das necessidades: são realizadas entrevistas com as áreas

usuárias da empresa a fim de entender, de forma aprofundada, as

necessidades quanto aos produtos e serviços adquiridos, conhecer o

nível de satisfação dos seus fornecedores e as melhorias desejadas que

pudessem ser aplicadas em cada categoria.

• Análise do mercado fornecedor: pesquisar e entender o cenário do

mercado fornecedor, verificando as dificuldades que são enfrentadas na

fabricação dos produtos, o nível de competitividade dentro de cada

segmento de atuação, as pressões existentes nos custos, as tendências

de mercado, etc.

2º passo - Definição da Estratégia de Aquisição: é preciso considerar o nível de

sinergia entre o item que está sendo adquirido e a estratégia de atuação

adotada pela empresa. Neste passo as autoras fazem referência à matriz de

portfólio de Kraljic (1983), modelo no qual se realiza um mapeamento dos itens

24

de aquisição de acordo com seu nível de importância para o negócio da

empresa e sua representação no volume financeiro total de aquisições. O

resultado desta análise é a organização dos itens em quatro categorias: não

críticos, alavancados, gargalo e estratégicos. Após o mapeamento e

diagnóstico definem-se as estratégias de aquisição melhor adequadas para

cada tipo de categoria, como por exemplo, a consolidação de volume para os

itens não-críticos; a definição de limites de preços para os itens alavancados; a

possível substituição de produtos no caso dos itens gargalo e a gestão de

relacionamento através de contratos de longo prazo com os fornecedores de

itens estratégicos.

3º passo – Portfólio de Fornecedores: Aumentar a base e identificar potenciais

fornecedores ajuda a empresa compradora a reduzir seu nível de dependência

nas empresas fornecedoras de produtos exclusivos, característica muito

comum nos itens de tecnologia. Para isso é preciso estudar o mercado e atuar

na busca de novos fornecedores que já tenham ou estejam dispostos a

desenvolver produtos concorrentes àqueles que têm alto nível de

exclusividade. Para a criação desse portfólio de fornecedores é preciso

desenvolver critérios específicos e claros no processo de análise e seleção.

4º passo – Condução dos processos de contratação: Um processo tradicional

citado por Clegg e Montgomery (2005) é a RFP – Request for Proposal ou

Solicitação de Proposta, no qual as contratações são realizadas de forma

prática e transparente e onde também é possível padronizar especificações,

termos e condições comerciais, além da precificação de produtos e serviços.

Isso facilita a análise técnica e comercial para a empresa compradora, além de

prover informações que lhe garantam melhor base de informações para as

negociações com os fornecedores.

5º passo – Negociação e seleção de fornecedores: Clegg e Montgomery

(2005) descrevem esta fase como a mais importante num processo de

compras estratégico e para o qual é necessária grande preparação. Nesta

25

etapa deve-se definir o papel de cada participante na equipe de negociação,

definir as metas, objetivos e condições aceitáveis no processo, assim como

planos de contingência e alternativas para se chegar a um acordo. A partir de

então deve se desenvolver estratégias de negociação a serem abordadas com

os fornecedores, o que inclui possuir informações completas sobre o item

objeto de aquisição, os “drivers” de custo da empresa fornecedora, sua

situação atual do mercado e qual o poder de negociação de cada parte

envolvida no processo.

6º passo – Integração com fornecedores: No caso da contratação de um novo

fornecedor ou no caso de troca de empresas, devem-se considerar os

impactos para a organização com a implantação dessas mudanças e criar

processos e procedimentos para o início de vigência do novo contrato. Clegg e

Montgomery (2006) ressaltam que é preciso estabelecer um plano de transição

e comunicar à organização sobre as mudanças realizadas.

7º passo – Monitoramento do mercado e do nível de performance dos

fornecedores: Atuar com compras estratégicas requer um exercício contínuo

na busca de melhorias tanto nos processos de novas contratações quanto na

gestão de contratos vigentes. Para isso é imprescindível definir critérios para

medição da performance dos fornecedores e acompanhar sua atuação, seja

através de relatórios ou de pesquisas com as áreas usuárias dos contratos.

Clegg e Montgomery (2005) resumem alguns pontos importantes que auxiliam

os profissionais de Compras a aperfeiçoar suas habilidades nos processos

estratégicos:

• ]Planejar com antecedência os projetos de compras estratégicos;

• Planejar as datas de vencimento dos contratos existentes dentro de um

mesmo período. Desta forma é possível consolidar demandas e assim

obter melhor poder de barganha tanto nas renovações contratuais

quanto nas novas contratações;

26

• ]Estudar e aprender o máximo possível sobre a estruturação de preços

das categorias;

• Ter um alinhamento com o planejamento estratégico da organização,

assim como estar em sintonia com as áreas usuárias dos contratos e

buscar melhorias na performance dos fornecedores.No que se refere às

atividades de compras estratégicas, Clegg e Montgomery (2006)

destacam o processo de RFP – Request for Proposal, ou Solicitação de

Proposta, como uma ferramenta que auxilia as empresas nos

processos de contratação, principalmente quando a necessidade de

compra se tratar de contratos de alto valor. Através deste processo, a

empresa compradora pode se preparar para a fase de negociação com

os fornecedores com o maior embasamento técnico e comercial

possível.Os autores descrevem de forma prática como esta ferramenta

pode ser aplicada, demonstrando quais passos e ações são

necessárias para cada fase do processo e como sua estruturação e

condução podem ser feitas de forma que as empresas compradoras

façam uma comparação transparente e justa sobre as propostas dos

fornecedores:

• Início do processo de RFP: A montagem da equipe responsável pelo

projeto da RFP é o primeiro passo e compõe-se de profissionais das

Áreas deCompras; um responsável na Técnica que possua

conhecimento aprofundado das necessidades de contratação; a Área

Jurídica e até Financeira se necessário Estabelecer um cronograma de

projeto realista, evitando prazos apertados para entrega e envio de

documentação, o que pode gerar atrasos e desgaste quanto à

seriedade do processo.

• Definição das especificações: a publicação de uma RFP deve

considerar de forma completa todos os requisitos técnicos, comerciais e

27

jurídicos para a contratação, tudo padronizado e de forma que os

proponentes respondam com propostas que possam ser equalizadas.

Durante o processo da RFP é imprescindível ter uma postura imparcial,

respondendo a todos os questionamentos também de forma

padronizada e colocando todas as empresas em nível de igualdade de

condições.

• Estruturação da RFP: requer que a empresa compradora detalhe da

forma clara a necessidade completa da contratação, assim como

informações que traduzam os objetivos do processo e

conseqüentemente da organização, sua a situação atual e os requisitos

que os fornecedores devem atender para se classificar no processo. É

importante desenvolver critérios de avaliação e seleção claros e divulgá-

los na documentação do processo. Ao elaborar questões, é preciso

colocá-las de forma que as respostas dos fornecedores possam ser

comparadas em nível de igualdade, evitando assim confusão ou algum

desgaste no processo. Para os autores, outro ponto importante é como

se dá a precificação do produto ou serviço objeto da RFP, para isso a

elaboração de formulários permite aos fornecedores proporem preços

que possam ser comparados em bases iguais, otimizando o tempo de

análise das propostas.

• ]Elaboração da RFP: após a definição das condições comerciais, legais

e técnicas é importante a verificação do material completo pela equipe

do projeto antes da sua divulgação aos fornecedores participantes.

Nomear um responsável pela comunicação do processo (ponto único de

contato) evita transtornos como perda de prazos ou comunicações fora

do padrão estabelecido no processo.

• Análise da RFP: o profissional técnico no projeto deve ser o responsável

pela análise quantitativa e qualitativa das propostas técnicas,

construindo um parecer que possa primeiramente classificar o ranking

28

das empresas que atenderam melhor às especificações relativas ao

objeto de contratação. Após esta classificação parte-se para a análise

da parte comercial das propostas e cruzando-a com o parecer técnico

obtém-se o que se chama de“short-list”, ou seja, as empresas melhores

colocadas no processo seguirão para a fase de ratificação das

condições propostas e também da negociação de valores. Com a

finalização das negociações através de fechamento dos contratos

divulgam-se os resultados e assim dá-se início ao contrato de

fornecimento.

1.3.2 Escala de Tempo do Processo (em semanas)

1ª a 4ª semana

Estabelecer uma equipe responsável pelo projeto, ajudar a área usuária na

avaliação da necessidade de contratação, criar a RFP, pesquisar fornecedores

potenciais para participar do processo.

5ª - 6ª semana

Receber e esclarecer dúvidas sobre a RFP – parte técnica e comercial

(seja via comunicação por escrito ou pessoalmente)

7ª - 8ª semana Revisar e avaliar as propostas recebidas

9ª - 10ª semana

Checar referências de outras empresas clientes sobre as empresas

proponentes, elaborar uma lista final das melhores classificadas (técnica e

comercial), agendar apresentações.

11ª – 12ª semana

Apresentações finais das empresas classificadas, avaliação e seleção final dos

fornecedores que seguirão na fase de negociação.

29

Complementando os passos descritos anteriormente, Clegg e

Montgomery (2006) descrevem alguns pontos importantes sobre a construção

de uma RFP (Request for Proposal) com a máxima qualidade possível, para

que assim se obtenham resultados que atendam os objetivos colocados pela

empresa compradora:

• Conversar com fornecedores em potencial antes de elaborar a RFP, por

participar desse tipo de concorrência com outras empresas

compradoras o fornecedor pode dar indicações dos tipos de

informações que ajudam ou atrapalham o desenvolvimento do processo;

• Pesquisar o tipo de informação que os fornecedores precisarão para

responder a RFP;

• É importante dispor um glossário sobre os termos colocados na RFP,

pois não se pode assumir que todos os fornecedores tenham

conhecimento das terminologias aplicadas na empresa;

• Dar oportunidade aos fornecedores participantes de esclarecer dúvidas,

preferencialmente dentro do período de três dias após a publicação da

RFP, assim reduz-se o risco de recebimento de propostas não

coerentes com as especificações técnicas.

Clegg e Montgomery (2006) também citam algumas vantagens obtidas

com a aplicação do processo de RFP.

• A RFP possibilita um estudo mais aprofundado das necessidades da

empresa, o que gera melhor conhecimento sobre o produto ou serviço a

ser contratado;

• Através deste estudo, a área técnica pode estabelecer suas

necessidades de forma padronizada junto aos fornecedores, o que

30

possibilita o nivelamento técnico de produtos mesmo no caso de

fabricantes que possuam características técnicas específicas ou

produtos diferentes.

• Com a padronização de informações técnicas e demais condições de

contratação, os fornecedores têm uma visão clara do produto ou serviço

a ser adquirido assim como das características da empresa compradora.

Isso possibilita aos fornecedores a elaboração de propostas técnicas

com maior acuracidade nas especificações, ajudando-os a reduzir a

margem de risco no desenho do produto ou serviço e

conseqüentemente aumentar a competitividade nos preços propostos.

• ]Para a empresa contratante é possível também obter uma melhor

estimativa do tempo de condução do processo, uma vez que empresa

compradora passa a ter controle de todas as suas fases, evitando assim

a perda de controle no tempo dedicado em cada etapa.

• Numa RFP também se pode estabelecer critérios de seleção

mensuráveis e padronizados para a análise das propostas dos

fornecedores, tanto na parte técnica quanto comercial, o que denota

transparência e idoneidade no processo de compra.

Entendemos que o processo estratégico de compras, pode ser extenso

e cansativo, porém, se for conduzido da maneira correta, a organização terá

um ganho considerável, seja para seu produto final, ou simplesmente, em uma

negociação simples.

31

CAPÍTULO III

Compras transacionais

Vamos entrar em um “novo” mundo da área de compras. O que será

compras transacionais? Não é somente a parte estratégica que tem sua função

nas compras. Existem pessoas treinadas para apenas, executar pedidos de

compras. Vamos então, imaginar que esse setor fique dentro de um CSC

(Centro de Serviço Compartilhado). Primeiramente temos que analisar e

entender o que é um CSC.

1. Conceito de um CSC

Assim como para a Goiabada existe o queijo e para o feijão existe o

arroz, podemos dizer que para a estratégia existe a operação.

O Estudo é baseado em conceitos e teorias da SHV Energy, empresa

pela qual faço parte e o CSC ainda está amadurecendo. A SHV teve também a

consultoria da empresa Accenture. O processo foi conduzido por ambas e vem

sendo um sucesso.

O CSC tem como função dar suporte administrativo–financeiro e por

fornecer os serviços focados na necessidade do cliente com custo competitivo.

Integrando o tripé, temos todas as unidades de negócio, que têm contato direto

com os clientes finais, operacionalizando o core business da empresa. Por fim,

a matriz desenvolve estratégias, políticas e diretrizes da empresa. Concentra

as funções de apoio e analisa dados dos indicadores extraídos em melhoria

contínua do CSC, confrontando resultados com metas e estabelecendo

melhores práticas.

Caracterizados, portanto, como uma forma de liberar as unidades

empresariais dos processos de apoio, os CSC funcionam exatamente como a

32

linha de produção da empresa. Nela, os referidos processos baseados em

transações de apoio, bem como aqueles encontrados em finanças,

contabilidade ou recursos humanos, constituem os principais alvos deste tipo

de consolidação e centralização das atividades das unidades de negócio.

Um CSC atua como uma Unidade Organizacional que provê serviços

administrativos para as demais subsidiárias ou divisões dentro de um mesmo

grupo empresarial, eliminando a duplicidade de áreas funcionais dentro de

uma mesma organização.

Dentre as principais características a serem modificadas podemos citar:

• Intensa duplicidade de funções;

• Complexidade dos processos;

• Despadronização dos processos;

• Multiplicidade de funções, cargos e estruturas para suporte nas

diversas divisões;

• Diversidade de sistemas de gestão e controle;

• Inconsistência nos sistemas de informações gerenciais;

• Subutilização da força de trabalho e dos recursos físicos;

• Desperdício de recursos financeiros;

• Diminuição da competitividade no mercado.

O CSC unificará as unidades originalmente duplicadas na estrutura do

grupo. Esta nova unidade passa a operar como um prestador de serviços para

todas as demais. Ao eliminarmos as duplicidades e promovermos a

simplificação dos processos e dos sistemas de gestão, assim, os CSC podem,

além de neutralizar todas as características anteriormente mencionadas, gerar

grandes economias.

33

1.1 Modelos de CSC

Existem alguns fatores que o CSC implicará e irá influenciar diretamente

não apenas nos resultados a serem obtidos, como também no processo de

implementação. Alguns fatores devem ser considerados na seleção do modelo.

Entre eles podemos relacionar principalmente:

• Porte das operações;

• Dispersão geográfica;

• Estrutura dos processos;

• Disponibilidade de sistemas de informação;

• Nível de formação dos recursos humanos;

• Expectativa de tempo de duração do projeto;

• Expectativa de economias.

Existem alguns modelos que poderão ser adotados pela organização, de

acordo com a relação acima. São eles:

• Centro de Serviços Compartilhados Único: um único centro de serviços

para processar todas as transações a serem compartilhadas. Desta

forma, alguns processos como: contas a pagar, contas a receber,

contabilidade, financeiros, recursos humanos são todos concentrados

em um único centro.

• Centro Regional de Serviços Compartilhados: caracteriza-se por adotar

um CSC para cada região geográfica para processar todas as

transações. Neste caso, os processos de: contas a pagar, contas a

receber, contabilidade, financeiros, recursos humanos são todos

concentrados em um CSC para cada região.

• Múltiplos Centros Regionais de Serviços Compartilhados: caracterizam-

se pela concepção de centros múltiplos dentro de uma região para

34

processar as respectivas transações compartilhadas em cada parte

desta dada região. Neste caso, processos como: contas a pagar,

contas a receber, contabilidade, financeiros, recursos humanos são

todos concentrados em um CSC que possui abrangência restrita a uma

parte da região. Assim, cada região está fracionada em sub-regiões as

quais possuem seu próprio CSC para suportar autonomamente suas

respectivas transações.

• Múltiplos Centros de Serviços Compartilhados Funcionais: caracteriza-se

pela utilização de centros múltiplos numa dada região para processar

transações muito específicas a serem compartilhadas na região como

um todo ou em parte dela. Neste caso, os processos de contas a pagar

ficam em um CSC e os processos de contas a receber ficam em um

outro CSC com ambos servindo a mesma região. Pode-se,

adicionalmente, adotar-se modelos em formato misto, onde temos

combinações entre os diversos modelos acima apresentados.

1.2 Processos Compartilhados

De acordo com a pesquisa da Deloitte, os processos tipicamente

considerados na concepção dos CSC são aqueles que possuem

características comuns à diversas divisões dentro de uma corporação e as

áreas financeiras, recursos humanos e tecnologia de informações enquadram-

se como tal. Tipicamente estes processos possuem similaridades de execução

em cada divisão e, em conseqüência, podem ser unificados em um CSC.

1.3 A implantação do CSC

Para implementar um CSC devemos planejar adequadamente,

determinando as etapas e objetivos a serem alcançados, além de forte

estratégia de comunicação patrocinada pela alta direção da empresa. É de

fundamental importância, também, para a concretização da mudança para um

35

novo modelo que tem características diferentes da forma tradicional da

execução dos serviços de apoio. A comunicação é peça chave e influencia

positivamente na motivação dos envolvidos, reduzindo as naturais resistências

às mudanças.

O quadro de atuação de um CSC deve ter limites estabelecidos no nível

corporativo. Esta definição orienta a negociação entre as unidades de negócio

e o CSC sobre o conteúdo dos serviços a serem transferidos, o que reduz os

possíveis conflitos de interesses no processo de mudança.

Implantar um CSC não implica em centralização ou “mentalidade corporativa”

onde os serviços estariam localizados na sede da empresa e onde a unidade

de negócio agarra o que pode e tenta sobreviver com isso. Em um ambiente

de serviços compartilhados, os provedores de serviço podem estar localizados

em centros de excelência ou embutidos fisicamente em cada unidade de

negócio.

Conforme pesquisa, a empresa Deloitte diz que, o tempo de

implementação do CSC foi de menos do que dois anos para 87% das

empresas entrevistadas.

Contudo, iniciativas do gênero requerem um esforço contínuo de

aprimoramento. Instalar e manter um CSC em operação envolve desafios

muito complexos, que incluem a formação de uma cultura efetivamente

orientada para o usuário dos serviços, a automatização de práticas manuais, a

mensuração permanentemente dos benefícios, o monitoramento das tarefas e

principalmente a transformação do modo de atuar das pessoas na

organização. Geralmente, este processo de amadurecimento de um CSC pode

levar até 24 meses após o início da sua operação.

Alguns fatores podem agilizar a implementação de um CSC, como a presença

de um sistema de ERP – Enterprise Resources Planing (estrutura de softwares

que facilita o fluxo de informações entre os departamentos de uma empresa).

A maioria das empresas que finalizaram a implantação de um CSC em menos

de dois anos já contava com um ERP instalado. O número e o modelo de CSC

a serem montados também influenciam no tempo de implementação, segundo

o estudo.

36

Conforme já observamos no estudo, a resistência das equipes de

profissionais às mudanças que se fazem necessárias no processo de

implementação de um CSC constitui o principal ponto de dificuldade para o seu

sucesso. Contribui para essa resistência a possível perda de autonomia, do

controle das atividades e, em casos excepcionais, do próprio emprego dos

colaboradores da empresa. As organizações revelaram ter subestimado,

durante a implementação dos CSC, os esforços que seriam necessários às

ações cruciais do projeto, como o treinamento de pessoas aos novos

procedimentos, as implicações culturais contidas na mudança, a comunicação

entre os profissionais e o alinhamento estratégico dos profissionais.

Fonte: Deloitte.

1.4 Os Serviços Compartilhados no Brasil

Ainda em crescimento, a utilização do conceito de CSC no Brasil é

recente e a literatura produzida sobre o assunto ainda é bem pequena.

Grandes empresas começaram a adotar o compartilhamento de serviços, e as

notas a seguir mencionam as mudanças no gerenciamento das empresas nos

vários ramos empresariais, entre os quais:

• Bancário: Bradesco

• Editoras: Editora Abril

• Industrial: Shv Energy, Alcoa, Rhodia, Petrobrás, Votorantim Metais,

Dow Química, Monsanto, Ford (Projeto Amazon).

• Construção Civil: Camargo Correia

• Alimento e Bebidas: AmBev e Sadia

O modelo de serviços compartilhados começou a ser introduzido no final

dos anos 90. Em 1999, o Grupo Camargo Correia implantou o CSC como uma

empresa independente, oferecendo serviços em dez áreas, dentre elas:

Contabilidade, Tecnologia da Informação, Jurídica, Administração Geral,

37

Suprimentos, Saúde e Qualidade de Vida (Camargo Correia, 2005) para seis

diferentes empresas do grupo, em seis diferentes segmentos de negócio

(construção pesada, produção de cimento, serviços de engenharia e bens de

consumo como têxteis e calçados).

Em fevereiro de 2000, a Telemar promoveu a consolidação de processos,

com a harmonização dos sistemas e tecnologias.

O Grupo Votorantim, iniciou em 2000 um projeto piloto para compartilhamento

de serviços nas áreas financeiras, comercial, tecnologia da informação,

administrativa e desenvolvimento organizacional.

Em outubro 2000 a Petrobrás anunciou a revisão do modelo

organizacional que contemplava a criação de unidades de negócios e serviços,

dentre elas uma unidade de serviços compartilhados. Foram também

noticiadas naquele mesmo ano a implantação do Centro de Serviços

Compartilhados nas empresas Votorantim, Alcoa e Grupo Iracema São

Martinho (Gazeta Mercantil).

Em fevereiro de 2001 a Editora Abril reestruturou sua organização com

a utilização dos serviços compartilhados.

O Grupo Telefônica, informa o início de operação na empresa T-Gestiona

Telefônica Gestão de Serviços Compartilhados do Brasil, em abril de 2001. Em

2002, a empresa contava com centros de serviços compartilhados similares na

Argentina, Chile, Espanha, México e Peru, prestando serviços a mais de 250

empresas, incluindo mais de 50 clientes externos do Grupo.

Na área bancária, iniciou-se em 2001 com a reestruturação da área de seguros

do Banco Brasileiro de Descontos – Bradesco. A empresa organizou-se por

unidades de negócios, especializadas por linhas de produtos, e os serviços

comuns a todas elas passaram a ser prestados por unidades de serviços

compartilhados.

Em 2002 a Rhodia e a Alcoa anunciam a implantação dos serviços

compartilhados, promovido pela Gazeta Mercantil. Também no mesmo ano a

Ambev anuncia a criação na cidade de Jaguariúna, São Paulo.

38

A utilização de Serviços Compartilhados no Brasil se dissemina pelos

diversos setores da atividade econômica. Nota-se que decorreram cerca de 15

anos desde as primeiras notícias de compartilhamento de serviços até o

primeiro registro de ocorrência do modelo no Brasil.

E a área de compras, onde entra nesse processo?

2. Compras em um CSC: uma visão não muito comum.

Em nenhuma das possibilidades acima mencionadas, existe um setor de

compras. Como a área de compras, que é estratégica, poderia ser inclusa em

um CSC?

Mesmo se tratando de estratégia, é extremamente necessário que a

operação funcione. Assim a empresa Shv Energy mapeou processos e incluiu

compras em seu CSC, fundado em Agosto de 2009.

Na visão da SHV existem algumas características exclusivas para

ambas as áreas:

Corporativo

• Seleção de alternativas de suprimento

• Envolve análise das alternativas de suprimentos e definição dos tipos de

relações a manter com fornecedores (strategic sourcing).

• Deve responder: - de onde comprar? – qual lógica a seguir? – por quê?

• Atividades de cunho estratégico.

Transacional

• Execução de transações de compras.

• Envolve a realização de atividades operacionais que visam

extremamente obter os itens necessários a empresa.

39

• Deve responder: - de que forma devo comprar? – que etapas seguir,

quando?

• Atividades de cunho mais transacional.

2.1 A diferença de papeis entre as áreas

Corporativo

• Definições de longo prazo.

• Ciclo de melhoria/longo

• Definições de políticas

• Área de compras + especialistas técnicos

Transacional

• Definições de curto prazo

• Ciclo de rotina/curto

• Processo operacional

• Área de compras, apoiada por sistemas de informação.

2.2 Processos corporativos X transacionais

Corporativo

• Intensivos em conhecimento

• Alta variabilidade

• Responsabilidades/atribuições difusas

• “Estratégicos/Táticos”

40

Transacional

• Intensivos em execução

• Maior estabilidade

• Responsabilidade/atribuições claras

• “Táticos/Operacionais”

2.3 Movimentação sistêmica: uma atividade transacional.

A operação de compras, geralmente, utiliza um sistema integrado. No

caso da Shv, é utilizado o ERP Datasul. Que serve para toda a transação

operacional sistêmica. Os “compradores transacionais” ficam full time no

sistema, executando pedidos, cotando, gerando ordens..

Nesse caso, o corporativo, nem toma conhecimento dessa

movimentação, a não ser, quando tem que aprovar os pedidos gerados.

2.4 Folow-up

A atividade de acompanhamento dos pedidos é de exclusividade

transacional. Geralmente, um estagiário faz essa função. Essa função é

extremamente importante, afinal, o processo só termina quando o material

chega a seu destino final.

41

CONCLUSÃO

Todos os processos acima são minuciosos e de extrema importância

para a organização. O setor de compras contribui diretamente no lucro da

empresa. Uma boa economia gera um maior lucro. Isso é o principal objetivo

dos investidores e sócios das organizações.

Diante das duas visões apresentadas (compras estratégicas e

operacionais), fica claro que é extremamente possível que exista a divisão de

um setor de compras. O que não pode é um querer tomar a frente do outro.

Pessoas são treinadas para uma determinada função. A partir do momento

que isso muda de figura, os processos começam a “emperrar”. Se compras

corporativas se preocupar somente com a estratégia e desenvolvimento e

compras transacionais se preocupar somente com a operação, os processos

irão fluir, e o ganho será tremendo.

Entendo que não é fácil um setor de compras trabalhar em um CSC,

porém, é de grande utilidade. A partir do momento que tentamos “embolar” os

processos, tudo fica mais difícil. É necessário que o gestor responsável tenha

uma boa visão dos dois processos. Se isso acontecer, eu tenho certeza que

dará tudo certo. Hoje, eu vivo essa realidade, e tudo vem ocorrendo da melhor

maneira possível.

Resumidamente falando, a estratégia depende da operação e a operação

depende da estratégia.

42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Autores: Feres, Clélio Monte Alto / Mendes, Antonio Pinheiro / Caetano, Paulo

Alves.

Livro: Técnicas de Compras.

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Autores: Baily, Peter / Farmer, David / Jessop, David / Jones, David.

Livro: Compras: Princípios e Administração.

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Autor: Porter, Michael E.

Livro: Estratégia Competitiva .

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Pesquisas em sites:

www.sementeestrategica.com.br

www.atkearney.com

www.institutodegestao.com.br

www.visagio.com

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www.deloitte.com

43

BIBLIOGRAFIA CITADA

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Autortes: Amboni, Nerio / Rui Otávio Bernardes de Andrade.

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São Paulo: Atlas,1996.

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São Paulo: Atlas, 2000.

44

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São Paulo: Atlas. 5 ed, 2008.

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Livro: O que é Estratégia.

Cengage Learning Editores.

Autores: Wright, Peter / Mark j Kroll / John Parnell.

Livro: Administração Estratégica: conceitos.

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Autor: SILVA, José Pereira da.

Análise Financeira das Empresas.

São Paulo: Atlas,1999.

Pesquisas em sites:

www.atkearney.com

www.bain.com

www.deloitte.com

45

ÍNDICE

CAPA 1

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Visão geral da área de compras 9

1. A área de compras 9

1.1 Conceito 9

1.2 Objetivos do departamento de compras 10

1.3 Organização e estrutura de um detpto de compras 12

1.4 Relações internas e externas 13

1.5 Função do comprador 14

1.6 Negociação 16

1.7 Formas de negociação 17

CAPÍTULO II

Compras Estratégicas 18

1. Conceito da estratégia 19

1.1 definição de compras estratégicas 19

1.2 Processo de compras transacionais 20

1.2.1 Atividade principal 20

1.2.2 Impacto 20

1.2.3 Habilidade necessária 21

1.3 Processo de compras estratégicos 21

1.3.1 O modelo de Clegg e Montgomery 22

1.3.2 Escala de tempo do processo 28

46

CAPÍTULO III

Compras Transacionais 31

1. Conceito de um CSC 31

1.1 Modelos de um CSC 33

1.2 Processos compartilhados 34

1.3 Implantação do CSC 34

1.4 Os serviços compartilhados no Brasil 36

2. Compras em um CSC: Uma visão não muito comum 38

2.1 A diferença de papeis entre as áreas 39

2.2 Processos corporativos 39

2.3 Movimentação sistêmica: uma atividade transacional 40

2.4 Folow-up 40

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

BIBLIOGRAFIA CITADA 43

ÍNDICE 45