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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ O MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSULIDERANÇA EM TEMPOS DE MUDANÇA ADRIANA COSTA OLIVEIRA Niterói –RJ 2010

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES · Grandes transformações vêm ocorrendo no mercado dos negócios que impactam diretamente na economia mundial reestruturando o ambiente empresarial

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ O MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

LIDERANÇA EM TEMPOS DE MUDANÇA

ADRIANA COSTA OLIVEIRA

Niterói –RJ

2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ O MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

LIDERANÇA EM TEMPOS DE MUDANÇA

ADRIANA COSTA OLIVEIRA Apresentação de monografia ao Instituto a Vez do Mestre como requisito parcial para obtenção do grau de especialização em Gestão Empresarial. Por: Adriana Costa Oliveira.

Niterói –RJ

2010

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu amigo Julio César.

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AGRADECIMENTO

Agradeço a DEUS por ter me dado a oportunidade e proporcionado condições para eu fazer esta Pós-graduação.

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RESUMO

Liderar pessoas constitui-se numa poderosa ferramenta no ambiente

organizacional em plena era da informação em busca da qualidade e

produtividade. Grandes transformações vêm ocorrendo no mundo dos negócios

que impactam diretamente na economia mundial reestruturando o ambiente

empresarial. O novo cenário competitivo, resultante da globalização, fazem

com que as empresas visem alcançar a excelência e melhores níveis de

competitividade. Sendo assim, a gestão de pessoas passa ser a chave para o

sucesso organizacional, a transformação de pessoas de meras fornecedoras

de mão-de-obra para fornecedoras de conhecimento é a mais nova revolução

que está ocorrendo nas organizações. Isso decorre de uma nova cultura e de

uma nova estrutura organizacional na qual se privilegiam o capital intelectual

que somente as pessoas podem proporcionar. As organizações estão

buscando um relacionamento melhor entre as pessoas, incentivando o trabalho

em equipe, a harmonia no grupo e enfatizando a importância dos líderes para o

desenvolvimento destes talentos.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 10

CAPÍTULO II 17

CAPÍTULO III 23

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA 31

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INTRODUÇÃO

Grandes transformações vêm ocorrendo no mercado dos negócios que

impactam diretamente na economia mundial reestruturando o ambiente

empresarial.

O novo cenário competitivo, resultante da globalização,

desregulamentação, privatização, entre outros, tem levado as empresa a um

contínuo repensar de suas estratégias, visando alcançar a excelência e

melhores níveis de competitividade. Essa característica dos tempos atuais, de

alta competitividade impôs também às organizações a busca de novas

maneiras e de técnicas de realização e melhoria das suas atividades, com isso,

o uso e a demanda por novas tecnologias e ferramentas de gestão cresceram

muito nos últimos anos e devem continuar em ritimo cada vez mais acelerado.

A evolução das organizações em termos de modelos estruturais e

tecnológicos, tendo as mudanças e conhecimento como novos paradigmas tem

exigido uma nova postura nos estilos pessoais e gerenciais voltados para uma

nova realidade diferenciada e emergente.

O processo de mudança nas organizações, o modelo mental dos

dirigentes são condições primárias para que as grandes mudanças ocorram.

A necessidade dos líderes do passado desenvolverem novas

habilidades e atitudes com relação ao direcionamento de sua equipe de

trabalho é fundamental para a condução das pessoas, que hoje esperam uma

nova postura de seus “Chefes”, já que os requisitos exigidos para desempenho

das atividades nas empresas modernas também mudaram.

Os líderes precisam descobrir que seu papel mudou de forma

significativa, como conseqüência, o comportamento também precisa mudar. O

desafio crítico em que se encontram, se refere ao fato de assumirem novas

responsabilidades que devem estar envolvias não apenas o alcance das metas

organizacionais, como também para o desenvolvimento de pessoas e novos

líderes capazes de dar continuidade ao constante processo de adaptação das

organizações no contexto em que se inserem.

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Quando qualquer profissional técnico passa a assumir um papel de

liderança, a equipe espera que ele tenha objetivos claros e estratégicas

adequadas para conduzir as ações em direção aos resultados organizacionais.

O líder precisa agir de acordo com seu discurso, uma vez que ele deve

servir de exemplo para as pessoas que o seguem.

Atualmente a Gestão de Pessoas, destaca-se nas pesquisas

acadêmicas e também é uma ferramenta bastante desejada no ambiente

organizacional. Contudo, este trabalho tem o objetivo de refletir sobre o tema

enfatizando a importância da liderança em tempo de mudança nas empresas,

como ela se processa e a escolha do estilo de liderança pelo líder.

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CAPITULO I

ENTENDENDO A LIDERANÇA

Resumir as principais questões que envolvem o assunto liderança, não é

uma tarefa das mais fáceis, tendo em vista que cada pessoa têm experiências,

valores, interesses, motivações, anseios, preferências e convicções

diferenciadas. Sendo assim é preciso analisar as diferenças individuais

aprendendo a conviver com o outro usando a flexibilidade que todo líder deve

desenvolver .

A liderança no campo da psicologia social e do comportamento

organizacional tem sido tema de diversas pesquisas, desde a década de 30.

Embora houvesse muitos livros e artigos ilustrando a boa liderança antes desse

período, tais obras eram teorias filosóficas ou sugestões com poucos ou

nenhum dado para sustentar seus pontos de vista.

Com o passar do tempo, a pesquisa e a literatura sobra a liderança

organizacional evoluíram, de teorias que descreviam traços e características

pessoais dos líderes eficazes passando por uma abordagem funcional básica

que esboçava o que os líderes deveriam fazer, chegando a uma abordagem

situacional ou contingencial, que propõe um estilo mais flexível, adaptativo para

a liderança.

1.1 - LIDERANÇA

Liderar é motivar as pessoas para agir em prol de um objetivo comum.

Agir motivado pelo medo ou por ameaça gera frustração e ressentimento. O

medo é o instrumento dos chefes. Não dos líderes.

A liderança não se busca é algo que se constrói. Não é como uma

receita pronta e sim um processo, um caminho. No processo de construção da

liderança a humildade é uma qualidade fundamental, no tocante a capacidade

de ouvir que nem sempre se tem razão.

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O papel do líder atualmente como ponto de ligação entre a organização

e os colaboradores: alinhar o desempenho dos colaboradores à visão da

organização, por meio da motivação, do desenvolvimento dos colaboradores e

de um bom ambiente de trabalho.

Todos esses pontos mostram que o papel da liderança é desenvolver o

capital humano, preparando o ambiente e dando condições de

desenvolvimento através de um bom relacionamento na organização. É

liderança a chave para realizar o potencial total do capital humano. Existem um

grande número de características desejáveis aos líderes, algumas que

podemos denominar intrapessoais, como humildade, modéstia, obstinação,

destemor e criatividade. Outras podem ser classificadas como interpessoais:

encorajar a conversação, facilitar a comunicação, desenvolver a confiança

mútua e entendimento, ser leal, ter sensibilidade às diferenças individuais,

motivar os outros. São lembradas também habilidades profissionais, como

dominar a tecnologia vigente e habilidades congnitivas, como pensar

estrategicamente e tomar decisões acertadas mediante pressão. Em suma,

uma pessoa de muitos recursos, capaz de lidar com a ambigüidade.

Na opinião de Chiavenato (2002) é um “imperativo a identificação de

desenvolvimento de pessoas capazes de conduzir a empresa para o século

21”. Ressalta-se que as empresas estão elaborando programas personalizados

de aprendizagem que assegurem a capacitação das pessoas em termos de

espírito empreendedor e de liderança.

Na visão de Drucker (1996, p.77) “um líder eficaz sabe que a tarefa

suprema da liderança é a criação de energias e visão humanas”.

1.2 - CONCEITO DE LIDERANÇA

Muitas são as teorias, estudos e definições de liderança, mas todas

chegam num ponto que define que liderar é desenvolver a visão de que é

realmente possível e ser capaz de influenciar as outras pessoas a ajudar a

desenvolver estes objetivos, bem como realizar e atingir seus próprios desejos

e ideais como líder.

Segundo Bergamini (1994) “liderança é um conceito escorregadio e

ilusório, que deixa perplexos mesmo os cientistas sociais. O mesmo autor

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aponta dois aspectos comuns às definições de liderança. Em primeiro lugar, a

liderança está ligada a um fenômeno grupal, isto é, envolver duas ou mais

pessoas e em segundo lugar, fica evidente tratar-se de um processo de

influenciação exercido de forma intencional por parte dos líderes sobre seus

liderados.

A Liderança é construída sobre a autoridade, que por sua vez é

construída sobre o serviço e o sacrifício, que por sua vez são construídos sobre

o amor, e tudo começa com a vontade, vontade de servir aos outros.

A autoridade é diferente de poder. Autoridade é a habilidade de

conseguir que as pessoas realizem sua vontade de bom grado, pela influência

pessoal, enquanto o poder é a faculdade de forçar ou obrigar outros a fazer a

sua vontade mesmo que ela não seja do interesse deles por sua posição

hierárquica.

Sendo assim, podemos entender então, que a liderança é uma

qualidade que faz com que alguém seja capaz de influenciar e conduzir o grupo

para um determinado objetivo.

1.3 - PODER

Podemos entender que o poder pode ser definido como um potencial de

influência, ou seja um recurso que pode ser utilizado ou não.

As bases do poder são definidas da seguinte maneira:

• Poder de Coerção – Baseado no medo de receber alguma punição.

• Poder de Legitimidade – Posição formal exercido na hierarquia

organizacional.

• Poder de Competência – Emana da qualificação, do conhecimento e da

experiência do indivíduo.

• Poder de Recompensa – Baseado na expectativa de receber um elogio,

reconhecimento ou dinheiro.

• Poder de Referência – Baseia-se nas características pessoais de um

indivíduo. Um líder com alto poder de referência geralmente é estimado

e admirado por causa de sua personalidade.

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• Poder de Informação – Baseia-se na posse ou acesso a informação

consideradas importantes pelos outros.

• Poder de Conexão – Baseia-se nas conexões com pessoas importantes

ou influentes dentro de uma organização.

Um formato de uma boa liderança dever ser sincera respeitando sempre o

indivíduo, de elevada auto-estima e principalmente servidora. Pois, podemos

entender que liderar é servir e não dominar.

1.4 - ESTILOS DE LIDERANÇA

O líder deve ser entusiasmado, otimista, motivador, participativo, ter

espírito de equipe, saber delegar tarefas e cobrar resultados. O líder

centralizador, que se irrita facilmente perde o respeito e não se mantém no

mercado de trabalho. Esclareceremos em seguida alguns tipos de liderança

que cada um deles tem os seus prós e contras. A personalidade de que dirige

interfere em muito, na maneira de liderar. Devido a experiência de tantos anos

de liderança.

Existe uma teoria que fala dos traços da personalidade. Segundo esta

teoria, o líder possuiria características marcantes de personalidade que o

qualificaria para a função. O importante é que você encontre a sua maneira de

liderar, que seja a mais adequada a sua realidade e visão do trabalho.

Liderança Autocrática – Na liderança autocrática o líder é focado

apenas nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de liderança

autoritária ou diretiva. O líder toma decisões individuais, desconsiderando a

opinião do liderados.

Liderança Democrática – Chamada ainda de liderança participativa ou

consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação

dos liderados no processo decisório. Liderança democrática – O líder orienta o

grupo a executar suas atividades, fazendo-o participar da tomada de decisão.

Liderança Paternalista - É uma liderança que visa o fim dos conflitos

em grupos, que visa um relacionamento amável, onde o líder tem uma postura

de representante paternal do grupo.

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Liderança Situacional – Baseia-se no fato de que cada situação requer

um tipo de liderança diferente, para se alcançar o melhor dos liderados. Um

líder situacional deve ser versátil e flexível, sabendo adequar seus estilos, de

acordo com a pessoa com quem trabalha e com a situação. Este líder, utiliza o

que há de melhor nas lideranças Autocrática, Liberal e Democrática e aplica,

dependendo da equipe que tem a sua disposição e do caso em tela.

O líder situacional pode escolher entre quatro tipos de ação:

Direção – Dá instruções específicas e supervisiona rigorosamente o

cumprimento das tarefas. Esta ação é usada, principalmente, com pessoas

inexperientes, mas de bom potencial para aprender.

Treinamento – O líder também dirige e supervisiona a realização das

tarefas, mas solicita sugestões e explica suas decisões. Esta ação é utilizada

com pessoas inexperientes, mas que perderam seu interesse inicial. Elas

alcançam algum desenvolvimento, mas precisam ter desafios de novas

perspectivas. Seus progressos devem ser elogiados.

Apoio – O líder ajuda e apóia os esforços dos liderados para cumprirem

as tarefas, dividindo com eles as decisões. Esta ação é para ser utilizada com

pessoas inexperientes, mas que apreciam um estilo mais participativo. Pessoas

que gostam de serem ouvidas e apoiadas, mas que têm dificuldades em tomar

decisões, necessitando, assim, do suporte do líder.

Delegação – O líder passa as responsabilidades de decisão aos

liderados. Esta ação é apropriada para pessoas experientes, que sabem como

se portar diante de crises e problemas, achando, por si mesmas, as soluções

criativas.

1.5 – MAS QUEM É O LÍDER

Observa-se que nem todos os chefes são líderes e na verdade os

líderes estão presentes em todos os níveis de uma organização.

Para ser bem sucedido como líder o profissional deve saber lidar com

aspectos relativos à comunicação, motivação, as relações interpessoais, a

dinâmica de grupo e ao trabalho em equipe.

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O líder dever estar atento para criar um ambiente propício à integração e

ao trabalho coletivo, fazendo com que o grupo sinta-se disposto e motivado em

busca do objetivo e das metas a serem alcançadas. A responsabilidade do líder

é gerar meios para que a equipe trabalhe em prol do objetivo comum.

Sendo a liderança a habilidade de influenciar pessoas em busca dos

objetivos comuns, os líderes precisam pensar como agentes de mudança, pela

sua capacidade de inovação. Saber interagir nas adversidades e instabilidades,

tornou-se requisito fundamental para sua atuação. A questão não está somente

em adquirir novos conceitos e habilidades, como também, desaprender os

antigos modelos, tendo conhecimento da cultura e missão da empresa e do

seu capital humano.

Diante das mudanças, o líder deve conciliar os interesses da

organização ao da equipe de trabalho objetivando um ambiente favorável ao

desenvolvimento. Portanto, independente do seu próprio estilo, ser líder implica

em saber conviver harmoniosamente, ser tolerante buscando sempre o

equilíbrio que é um dos princípios fundamental para este novo modelo de

liderança que o mercado vem apresentando.

O ambiente de mudanças contínuas cria para as organizações a

necessidade de uma liderança que consiga gerir nesse ambiente e ajudar os

seus funcionários a fazer o mesmo. A literatura da área discute como se

compõem características e habilidades relevantes para esse líder.

São elas: autoconhecimento, fator importante para líder. É fundamental

que ele saiba quais são os seus limites, conhecendo quais são seus pontos

fortes, para que possa usá-los da melhor forma, e seus pontos fracos, para que

possa desenvolve-los e buscar funcionários que possam supri-los. Líderes

conhecem a si mesmo. Outra característica é o conhecimento, que é o

específico de sua área, quer o relativo ou a áreas afins. Para que possa

conduzir as suas tarefas e levar seus subordinados a conduzirem as suas, o

líder necessita de conhecimentos sobre a sua área e outras áreas de trabalho.

Uma terceira característica é a confiabilidade, esta é lembrada como

característica relevante, que se estende á confiança entre líder e liderado,

condição de grande importância para gerar um ambiente de trabalho propício

para a orientação e o desenvolvimento dos funcionários.

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CAPITULO II

LIDERANÇA EM TEMPOS DE MUDANÇA

O processo ou também conhecido como gestão de mudança é um

processo eficaz de alocação de recursos, de forma a transformar a

organização, com o objetivo de melhorar a sua eficácia. Existem diversas

condicionantes que influenciam o processo de mudança de uma organização,

como o nível de recursos que a empresa dispõe, o setor onde se insere, a

maior ou menor necessidade de mudança, qualidade da gestão e a atual

envolvente política, econômica, social, tecnológica, ambiental e legal.

Habitualmente, torna-se necessário promover um processo de mudança

quando a organização não consegue alcançar os resultados estabelecidos. Os

sinais evidentes de necessidade de uma intervenção profunda, poderão ser de

caráter quantitativo ou qualitativo. Diminuição das vendas, perda de quota de

mercado, aumento de custos, poderão ser claros sinais de uma deficiente

gestão. Insatisfação dos clientes, fornecedores e colaboradores.

A mudança organizacional pode significar desde uma alteração de

posição no mercado, mudança na sua função social, modificação no seu

direcionamento estratégico com possível alteração na sua missão e visão e

reavaliação das suas práticas nos diferentes níveis de autoridade e

responsabilidade. A mudança é tida como processo natural ao longo da

existência das organizações. Para que um processo de mudança tenha

sucesso, deve existir liderança, confiança por parte dos diretores e tempo.

A intensidade das pressões internas e externas impõem esses desafios

para as empresas, fomentando a necessidade real da mudança e assim, a

quebra de paradigmas.

As necessidades de mudança, poderão revestir diversas formas, entre

as quais podemos destacar:

• Mudança Incremetal – Não gera habitualmente grandes impactos na

organização, a intervenção efetua-se através de ligeiros ajustamentos

organizacionais.

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• Mudança Planejada – Quando a empresa reformula a sua estratégia,

de uma forma claramente pacífica, normalmente ocorre quando a

organização apresenta um bom desempenho, no entanto vislumbra a

possibilidade de claras melhorias com a indicada reformulação.

• Mudança Emergente – Processo habitualmente complexo, não

planejado, no qual a organização vai respondendo de forma a

ultrapassar as ameaças ou os desafios com que se vai deparando.

• Mudança Radical – Habitualmente planejada, de forma a antecipar

acontecimentos futuros. Apesar dos diversos tipos de gestão de

mudança referidos, existe um conjunto de etapas fundamentais, comuns

aos diversos tipos de intervenções.

2.1 - TIPOS DE MUDANÇA

Existem diferentes tipos de mudança organizacionais, nomeadamente:

tecnológicos, de produtos estruturais, de pessoas/cultura e de estratégia. As

organizações podem inovar numa ou mais áreas, dependendo das forças

internas e externas de mudança. Mas a priori, falaremos das Mudanças

estruturais e culturais.

• Mudanças Estruturais – Envolvem toda a hierarquia da empresa ou

organização, as metas, as características estruturais, os procedimentos

administrativos e os sistemas administrativos. Uma mudança estrutural

bem sucedida é realizada por uma abordagem de cima para baixo

porque a habilidade para a melhoria administrativa tem a sua origem nos

níveis médio e alto da organização. O processo de cima para baixo não

significa que a coerção seja a melhor tática de implementação. As

táticas de implementação incluem instrução, participação e negociação

com todos os empregados.

• Mudanças Culturais – Referem-se a uma mudança nos valores, normas,

atitudes, crenças e comportamento dos empregados. Relacionam-se

com a maneira como os colaboradores da organização pensam.

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O treino e formação são as ferramentas frequentemente mais utilizadas

para mudar o pensamento dominante na organização. Uma empresa pode

oferecer programas de formação aos seus colaboradores em assuntos

como trabalho em equipe, qualidade, administração participativa,

atendimento ao cliente. Outra abordagem fundamental para mudança nas

pessoas e culturas é o desenvolvimento num esforço conjugado para

melhorar a capacidade de uma organização em confrontar-se com o

ambiente externo e aumentar a capacidade de resolver problemas. O

desenvolvimento organizacional melhora as relações de trabalho entre os

seus colaboradores.

2.2 - ETAPAS DA MUDANÇA

• Contratação de um líder com o perfil adequado a este tipo de

processo. Terá que possuir um conjunto de competências, entre as

quais destacamos, a experiência em situações similares e grande

capacidade de liderança.

• Definição de objetivos estratégicos, após negociação com os

diretores.

• Envolvimento da organização nos objetivos, devendo o líder

promover sua descentralização.

• Definição da nova missão da empresa.

• Envolvimento de toda a organização na missão.

• Construir uma equipe ou departamento de mudança.

• Contratação de quadros necessários ao processo de mudança.

• Dispensa de quadros não envolvidos no processo. Os colaboradores

não envolvidos neste tipo de ação, caso permaneçam na

organização, poderão ser uma importante condicionante no sucesso

da mudança.

• Atribuição de poderes a um reduzido número de pessoas.

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• Promover rápidas melhorias do desempenho, pois estas motivam as

equipes e dão credibilidade externa ao projeto.

• Apesar da importância do líder, a organização terá que criar

condições, para não depender excessivamente deste líder na

atividade corrente.

2.3 - RESISTÊNCIA À MUDANÇA

Em um sentido mais amplo, os conceitos de globalização , lucro

competitividade e mudança fazem parte integrante das decisões das

organizações, que tem seus objetivos voltados para a garantia da

sobrevivência e crescimento sustentável no mercado. Os paradigmas e as

mudanças são elementos que caracterizam a flexibilidade de adaptação e a

dinâmica de relacionamento com os indivíduos.

Nesse contexto, a mudança é influenciada por fatores internos e

externos que se relacionam positiva ou negativamente. A mudança é

caracterizada pela implantação de um novo processo, o qual se faz necessário

pela intensa competitividade do mercado que cada vez demanda processos

mais rápidos, produtos com melhor qualidade e eficiência operacional. A

inovação surge como ferramenta de garantia de sustentabilidade das

organizações, para sua produtividade e lucratividade.

A estratégia da organização deve ser conciliada com a necessidade de

mudança, pois esta relação resultará na vantagem competitiva que a

organização deseja obter no mercado. A melhor adaptação a mudança dará a

flexibilidade necessária para que se estabeleça a diferenciação da empresa no

mercado, criando valor para o cliente e sustentabilidade para a organização.

Assim, a adptação da organização e de seus líderes, constrói as bases

de uma organização bem estruturada.

Chiavento, p.251 – afirma “ quem sempre viveu em empresas imutáveis

e estáticas, fechadas e herméticas, onde as coisas não mudam, nunca

aprenderá a mudar e a inovar”. Desta forma, somente o trabalho do líder,

alinhado a sua facilidade em lidar com diversos tipos de personalidades,

poderá resultar em uma mudança eficaz e com o mínimo de resistência. A

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resistência, por sinal, se destaca como um dos principais obstáculos para a

mudança.

Atualmente, é verdadeiro afirmar que os líderes de amanhã farão muitas

coisas diferentes de maneiras incomuns das que fazem nos dias de hoje. É

paradoxal, mas temos que liderar hoje, formando novos líderes para o amanhã,

lembrando de nos preparar para liderar, também, neste amanhã que será

totalmente diferente dos dias atuais. Além disso, temos que gerar resultados

crescentes em cenários complexos nos quais a convivência da ordem com o

caos será uma constante. Esta afirmação além de paradoxal pode parecer

confusa, mas é legítima.

Liderar e executar, ensinar e aprender, pensar e agir, tudo isso

consciente de que não há uma forma pré-estabelecida para se exercer a

liderança.

Liderar em tempos modernos requer muita dedicação e preparo, mas é

algo absolutamente possível. Temos sempre que lembrar que chefe não é ser

líder. Para liderar outras pessoas, é preciso ante de mais nada ser líder de si

mesmo.

No processo de construção da liderança como vimos anteriormente, a

humildade é uma qualidade fundamental. Não me refiro a subserviência, mas a

capacidade de ouvir, de aceitar críticas e sugestões. Atualmente, raramente

estamos prontos para ouvir e sempre preparados para falar e manifestar

nossas opiniões esperando sempre que as mesma venha ser aceitas, e,

quando isso não ocorre ficamos desapontados e achamos que não devemos

mais falar ou dar sugestões, visto que não somos ouvidos. Isso faz parte da

tendência egoísta do ser humano.

Existe uma importante preocupação no que ser faz de bom, com os

pontos fortes, pois eles podem mascarar as nossas fraquezas e, às vezes,

fazer com que se negligencie comportamentos e habilidades importantes para

o exercício da liderança. Como por exemplo: O líder pode ser uma pessoa

humilde, motivador, dinâmico, que tenha prazer em ensinar, que se preocupa

com o bem estar de sua equipe e etc..., no entanto não é uma pessoa

emocionalmente inteligente. Assim, todos os seus pontos fortes, podem

facilmente serem derrubado se ele não tiver controle sobra suas próprias

emoções.

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Todavia, além do autoconhecer-se, ter uma autocrítica consistente é

salutar e inteligente para os líderes.

• Compartilhas visão, missão, objetivos, metas estruturas, tecnologias e

estratégias.

• Sondar e monitorar os ambientes internos e externos.

• Contribuir na formação de valores e crenças dignificantes.

• Ter habilidade na busca da clarificação de problemas.

• Ser criativo.

• Fazer da informação sua ferramenta de trabalho.

• Ter iniciativa, comprometimento, atitude sinérgica e ousadia.

• Visualizar o sucesso.

• Construir formas de auto-aprendizado.

• Conhecer seus pontos fortes e fracos.

• Ouvir sempre e ser ouvido.

• Reconhecer que todo mundo tem alguma coisa com que pode contribuir.

• Viabilizar a comunicação.

• Pensar globalmente e agir localmente.

• Reconhecer o trabalho das pessoas.

• Ter energia radiante.

• Ser ético.

• Buscar o autoconhecimento e o autodesenvolvimento.

• Mexer, cuidadosamente, com a cabeça das pessoas.

• Superar os próprios medos e ajudar as pessoas a superarem os seus.

• Ouvir o que pode ser considerado inconsistente, contrário ao seu ponto

de vista e até bobabem.

• Negociar, estabelecendo parcerias.

De todas as coisas aqui relacionadas não poderíamos deixar de

enfatizar que para o exercício da liderança é preciso ainda ter amor, digo, o

amor realizador, impulsionador, amor que nos faz abraçar uma causa, um

sonho, um objetivo, um ideal e nos estimula a seguir em frente, mesmo

quando já nos faltam forças. Os verdadeiros líderes conhecem esse amor e

os verdadeiros líderes, em qualquer tempo, são líderes de si mesmos.

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CAPITULO III

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Vários pesquisadores procuram entender porque determinada pessoa

torna-se um grande líder e outra não. Cada líder tem uma personalidade

própria, um estilo de liderança, suas características certas que o tornam um

líder em determinado momento e situação.

Em seus estudos sobre o assunto, Daniel Goleman (2007) percebeu um

aspecto similar nos líderes mais eficazes: todos têm um alto grau do que se

denomina inteligência emocional.

Para Goleman (2007), inteligência emocional é fundamental na

liderança. Sem ela, a pessoa pode ter o melhor treinamento do mundo, ser

inteligente, mas ainda assim não se tornará um líder.Para ele, a inteligência

emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos.

Como exemplo, recorda que a maioria das situações de trabalho é envolvida

por relacionamentos entre as pessoas e, desse modo, pessoas com qualidades

de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm

mais chances de obter o sucesso.

Segundo ele, a inteligência emocional pode ser categorizada em cinco

habilidades:

1. Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer as próprias emoções e

sentimentos quando ocorrem;

2. Controle Emocional - lidar com os próprios sentimentos, adequando-os

a cada situação vivida;

3. Auto-Motivação - dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou

realização pessoal;

4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas - reconhecer

emoções no outro e empatia de sentimentos; e

5. Habilidade em relacionamentos inter-pessoais - interação com outros

indivíduos utilizando competências sociais.

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As três primeiras são habilidades intra-pessoais e as duas últimas, inter-

pessoais. Tanto quanto as primeiras são esseciais ao auto-conhecimento,

estas últimas são importantes em:

1. Organização de Grupos - habilidade essencial da liderança, que

envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, bem como a

habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança e uma

cooperação espontânea.

2. Negociação de Soluções - característica do mediador, prevenindo e

resolvendo conflitos.

3. Empatia - é a capacidade de, ao identificar e compreender os desejos e

sentimentos dos indivíduos, reagir adequadamente de forma a canalizá-

los ao interesse comum.

4. Sensibilidade Social - é a capacidade de detectar e identificar

sentimentos e motivos das pessoas.

O líder exemplar sabe usar bem a inteligência emocional e ensina aos

demais como desenvolvê-la, impactando positivamente o clima organizacional

e a relação hierárquica.

3.1 – EMPATIA

De todos os componentes da inteligência emocional, a empatia é a mais

facilmente reconhecida. Deve ser destadado que empatia, no mundo dos

negócios, não siginifica um sentimento exagerado com o ser sentir bem dos

outros. Para um líder, não significa adotar as emoções das outras pessoas

como se fossem suas e tentar agradar a todos. Isto seria um absurdo e

tornaria a ação impossível.

Goleman (2007) afirma: “... a empatia significa levar em consideração,

com ponderação, os sentimentos dos funcionários, dentre outros fatores, no

processo de adoção de decisões inteligentes”.

Atualmente, a empatia é um componente importante da liderança, pois o

ritmo acelerado de mudanças que vem ocorrendo dentro das organizações,

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torna-se um desafio para o líder superar e a empatia facilita e muito na

execução destas tarefas.

Com a globalização, a empatia é uma característica muito importante

que os líderes possuem para trabalharem com diferentes culturas e etnias. Os

líderes entendem as sutilezas da liguagem corporal e conseguem entender

mensagens por trás das palavras, o que facilita na concretização de negócios

com culturas diferentes.

Portanto, podemos perceber que a empatia é característica presente nos

líderes, e, é muito importante para gerenciar equipes, entender suas

necessidades e realizar bons negócios com cliente de diferentes culturas.

3.2 – LIDERANÇA PELA EMPATIA

Atualmente nunca se falou tanto que o resultado é o que importa. Há

muito conhecemos premissas básicas estabelecidas para se alcançar

resultados. Podemos enumerar: dominar bem as tarefas, manter boa disciplina,

estar bem preparado profissnalamente e com muita disposição pessoal, ter

uma boa supervisão, ser extremamente dedicado, saber aonde quer chegar e

como chegar aonde se quer.

Essas porém eram algumas condições que ajudavam muito a obtenção

de bons resultados. Entretanto, o mercado sofreu profundas modificações,

fazendo com que essas condições se tornassem insuficientes para obter os

resultados esperados. É necessário algo mais especial, mais pessoal, e é

evidente que quando o líder é fraco, a equipe também é fraca, mas, a condição

básica na verdade, é uma liderança eficiente, competente e. Acima de tudo, ter

muita empatia e ser muito afetivo.

Há muito que se trabalha muito e há muito que se produz com resultado

e com eficiência. A diferença é que o tempo e a globalização passaram a exigir

muito mais dedicação, mais compromisso com as obrigações assumidas. A

razão é muito simples, uma Empresa não é criada para pagar impostos e dar

empregos, empresa é criada para dar lucro e para se obter lucro são

necessários excelentes reusltados. Potanto, o objetivo é claro: lucro e

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resultado, por conseguinte, muito esforço, muito trabalho, muita dedicação,

mujito ganho, muitosucesso, para todos.

3.3 – LIDERANÇA E BOM SENSO

Ao longo de anos, escutamos algumas frases de senso comum,

responsáveis, durante muito tempo, por fracassos de planejamentos

estratégicos, ambientes desfavoráveis, relações interpessoais fragmentas e

competitivas e, o pior, o desaparecimento de organizações.

É lamentável que muitas dessas organizações tinham propostas

fantásticas, intenções melhores ainda e um produto/serviço importante para a

demanda do mercado. Entretanto, nem só de boas intenções, de boa aparência

e de idéias maravilhosas vivem as organizações. Essas que sucumbiram ou

passaram a outro patamar no mercado de concorrência deixaram de lado

alguns critérios importantíssimos para a excelência e sobrevivência de sua

marca.

Um desses critérios, talvez um dos mais significativos, é o Sistema de

Liderança Organizacional. A partir de uma boa liderança, a organização pode

planejar-se e construir uma marca fortalecida, respeitada e de orgulho para

seus colaboradores, ou seja, é a base da liderança que dissemina culturas,

valores, crenças, visão e missão, dentro da organização.

Ainda existe um número significativo de organizações que resistem a

uma análise mais detalhada de sua cultura e posicionamento. Todavia, já

encontramos menos resistência em falar desse assunto, como também de

iniciar processos de transformações, mesmo que pequenos projetos e em

longo prazo.

O sistema de trabalho baseado em teoria antigas, como as de Taylor e

suas idéias burocráticas, por exemplo, não emplacam com bons olhos. Há

insatisfações e desmotivações rondando o ambiente dessa organização. Há

um ambiente e um clima organizacional pouco transparente, cheio de

sabotagem e de relacionamentos superficiais e pouco sustentáveis.

Sabemos que muito contribuiu a teoria tayloriana para a administração,

em sua época, tal como essa deixou algumas raízes que perpetuam até agora.

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Entretanto, do ponto de vista evolutivo, a melhor maneira de lidar com

mudanças e desenvolvimentos é utilizar-se da teoria antropofágica, isto é,

absorver o que vale para a continuidade e o crescimento de todos os

processos de desenvolvimento organizacional e extinguir tudo que é

retrógrado, obsoleto e nada criativo nas mesmas organizações.

Acredito que dessa forma, o mundo evolui. Manter cultura, tradição e

velhas frases feitas, só é bom se for pela base que o passado nos dá e como

ele contribui para sabermos o que queremos e precisamos para o futuro. Assim

foram as teorias clássicas administrativas.

Na modernidade, outros aspectos são considerados. Hoje, um dos

aspectos vitais para a sobrevivência e sustentabilidade da organização são as

suas pessoas. Por isso, criar um ambiente orgânico, através de uma liderança

efetiva, é o primeiro passo para que colaboradores comprem a marca da

organização, leve-a ao peito e à mente e venda essa empresa como ninguém o

faria.

Liderança efetiva conquista-se com diversos aspectos. Contudo, há três

deles que compõem o nível do conhecimento que diferencia liderança de

autoritarismo: competência, habilidade e atitude. Esses três aspetos darão

suporte a uma liderança de produtividade, de bem-estar, de confiança e de

comprometimento; do contrário, não se vai a lugar algum.

O líder tem de sonhar e buscar parceiros para este sono - deve

alimentar a missão organizacional - favorecendo, assim, a valorização das

crenças. Ele deve ser o gerente do seu processo, do processo de cada um de

seu time e do processo geral daquele setor. Precisa conhecer as suas

pessoas, as competências e as habilidades de cada uma, para visualizar uma

engrenagem de emoções, sentimentos, diferenças, motivos, produtividade e

comprometimento com eles próprios e com a organização que o torna vivo,

reconhecido e produtivo para a vida profissional, pessoal e social e, dessa

maneira, superar barreiras.

A liderança nem sempre é nata. Ela pode ser desenvolvida, durante o

desenvolvimento do ser humano, se este for estimulado, orientado e se tiver

exemplos que se transformem em cultura individual, crenças, valores e

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educação. Entretanto, nem todos têm essa oportunidade ou a visão de que as

experiências por que passamos devem ser de aprendizagem, mesmo que não

sejam boas para esse fim. Logo, não há muitos líderes espalhados pelo

mundo, mas há muitos que pensam poder e autoridade, algo distinto do que

estamos falando.

Firmeza, afetividade e competência é a trilogia de uma liderança que se

predispõe a uma administração democrática cujas práticas passam pela

ouvidoria, pela adesão de idéias e sugestões de outras pessoas; pela

percepção sobre pessoas, coisas e situações, por uma consciência crítica; por

respostas e feedbacks rápidos e satisfatórios às suas pessoas e ao seu

negócio, propriamente dito; pela liberdade do fazer, criar, dizer e, por fim, como

alicerce disso tudo, pela a responsabilidade assumida por cada um,

começando por essa liderança.

Acreditando muito nesse sistema de liderança, não se pretende por isso,

transformar líderes em seres fantásticos e perfeitos. No entanto, é fundamental

a aprendizagem para tal, de modo que o sucesso venha para todos, de

preferência, formando novos líderes de processos ou de equipes.

Dessa forma, é necessário que, ao sentir-se gestor, analise forças e

fraquezas, pergunte a si mesmo se está pronto para se tornar um líder, de fato.

Se há convicção e sensibilidade no que diz e que faz. Se para isso você

imprime razão, emoção e intuição. Se há, portanto, empoderamento em suas

ações, pensamentos e atitudes, posto que antes de liderar um grupo,

precisamos liderar a nós mesmos; a nossa carreira e ao nosso negócio.

É sempre bom lembrar que o ser humano vive entre a euforia e a

depressão. Portanto, mantê-lo equilibrado, ou seja, no estágio de sensatez e

de satisfação é um processo que exige conhecimento e experiência com si

mesmo e com pessoas, na medida em que são elas que precisarão encontrar

motivos para gerarem ações, mas será você, principalmente, que dará

orientação para esse caminho.

Então podemos concluir que ter empatia e ser afetivo é atribuição do

líder. O líder moderno, atual, do momento, é amigo, tolerante, orientador,

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humano, que participa e faz junto, que está ligado nos anseios da equipe e

muito exigente para que as metas sejam alcançadas.

3.4 – HABILIDADE SOCIAL

Os três primeiros componentes da inteligência emocional são

propriamente habilidades de autogerenciamento. Já empatia e habilidade social

são ligados a uma capacidade pessoal de conseguir se relacionar com as

outras pessoas.

A habilidade pessoal, não é tão simples como parece. É definida como

uma amizade com um propósito determinado: mover as pessoas na direção

desejada, de acordo com uma nova estratégia de mercado ou um novo

produto.

Segundo Goleman (2007):

Pessoas habilidosas socialmente

tendem a conquistar um amplo círculo

de relacionamentos e possuem um

talento especial para descobrir uma

base comum em pessoas de todos os

tipos, um talento para construir

entendimento. Isso não significa que

eles socializam continuamente;

significa que trabalham de acordo com

a suposição de que nada impotante se

faz sozinho. Tais pessoas têm uma

network (rede de ralacionamentos)

montada para quando houver

necessidade.

Habilidade social é o auge das outras dimensões da inteligência

emocional. As pessoas motivadas e otimistas, que entendem e controlam suas

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próprias emoções e sentem empatia com os sentimetos dos outros, geralmente

tornam-se pessoas populares e lembradas, o que é muito importante para

consolidar sua rede de relacionamentos.

A habilidade social pode ser considerada como uma capacidade de

liderança-chave em muitas empresas, pois as pessoas sabem que um líder

necessita de relacionamentos, a meta é conseguir o trabalho bem feito por

outras pessoas e a habilidade social torna isto possível. Enfim, a habilidade

social permite aos líderes colocar sua inteligência emocional para trabalhar.

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CONCLUSÃO

A liderança não é uma habilidade nata, nem privativa de uma minoria,

ela pode ser aprendida, assimilada, aperfeiçoada, adaptada e incorporada ao

“chefe”. Não existe uma fórmula única para se tornar um líder. Um líder

moderno deve correr riscos ser audacioso, entretanto deve ter um bom

planejamento estratégico, visão de futuro, sem perder a visão do presente, e

olhar o passado como referência. Como vimos anteriormente, todos os estilos

de liderança possuem vantagens e desvantagens. Na liderança autocrática o

líder centraliza totalmente a autoridade e as decisões. Os subordinados não

têm nenhuma liberdade de escolha. O líder autocrático é dominador, emite

ordens e espera obediência cega dos subordinados. Os grupos submetidos à

liderança autocrática apresentam maior volume de trabalho produzido, com

evidentes sinais de tensão, frustração e agressividade. O líder é temido pelo

grupo, que só trabalha quando ele está presente. A liderança autocrática

enfatiza somente o líder.

Na liderança democrática, o líder é extremamente comunicativo,

encoraja a participação das pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho

e com o grupo. O líder atua como um facilitador para orientar o grupo, ajudando

nas definições dos problemas e nas soluções, coordenando as atividades e

sugerindo idéias. Os grupos submetidos à liderança democrática apresentam

boa quantidade de trabalho e qualidade surpreendentemente melhor, e

comprometimento das pessoas.

Assim, na prática, o administrador poderá utilizar os três estilos de

liderança, de acordo com a tarefa a ser executada, as pessoas e a situação. O

administrador tanto poderá mandar cumprir as ordens como sugerir aos

colaboradores a realização de certas tarefas, ou ainda consultar antes de tomar

decisão. O desafio está em saber como aplicar cada estilo, com quem e em

que circunstância e tarefas a serem desenvolvidas.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

NOME DA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

TÍTULO DA MONOGRAFIA: LIDERANÇA EM TEMPOS DE MUDANÇA

DATA DE ENTREGA: 31/07/2010

AUTOR: ADRIANA COSTA OLIVEIRA

CONCEITO: