152
Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Doutorado em Ciências da Saúde Tese de Doutorado EFEITOS AGUDOS DO EXERCÍCIO CARDIOVASCULAR SOBRE OS NÍVEIS SEROTONINÉRGICOS E PERFIL ANTROPOMÉTRICO E PSICOMÉTRICO DE IDOSAS ATIVAS Keila Maria Dias Carmo Lopes Brasília – DF 2008

Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

i

Universidade de Brasiacutelia ndash UnB Faculdade de Sauacutede ndash FS Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias da Sauacutede Doutorado em Ciecircncias da Sauacutede

TTeessee ddee DDoouuttoorraaddoo

EEFFEEIITTOOSS AAGGUUDDOOSS DDOO EEXXEERRCCIacuteIacuteCCIIOO CCAARRDDIIOOVVAASSCCUULLAARR SSOOBBRREE OOSS NNIacuteIacuteVVEEIISS

SSEERROOTTOONNIINNEacuteEacuteRRGGIICCOOSS EE PPEERRFFIILL AANNTTRROOPPOOMMEacuteEacuteTTRRIICCOO EE PPSSIICCOOMMEacuteEacuteTTRRIICCOO DDEE

IIDDOOSSAASS AATTIIVVAASS

Keila Maria Dias Carmo Lopes Brasiacutelia ndash DF

2008

ii

EEFFEEIITTOOSS AAGGUUDDOOSS DDOO EEXXEERRCCIacuteIacuteCCIIOO CCAARRDDIIOOVVAASSCCUULLAARR SSOOBBRREE OOSS NNIacuteIacuteVVEEIISS

SSEERROOTTOONNIINNEacuteEacuteRRGGIICCOOSS EE PPEERRFFIILL AANNTTRROOPPOOMMEacuteEacuteTTRRIICCOO EE PPSSIICCOOMMEacuteEacuteTTRRIICCOO DDEE

IIDDOOSSAASS AATTIIVVAASS

Keila Maria Dias Carmo Lopes

Tese realizada como requisito para

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Doutor em

Ciecircncias da Sauacutede no programa de

poacutes-graduaccedilatildeo stricto sensu em niacutevel

de doutorado da Faculdade de Sauacutede

da Universidade de Brasiacutelia

Orientador

Prof Dr Jocircnatas de Franccedila Barros

iii

Keila Maria Dias Carmo Lopes

Efeitos agudos do exerciacutecio cardiovascular sobre os niacuteveis serotonineacutergicos e

perfil antropomeacutetrico e psicomeacutetrico de idosas ativas

Tese apresentada como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetitulo de Doutor

no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias da Sauacutede da Faculdade de Sauacutede da

Universidade de Brasiacutelia pela comissatildeo formada pelos professores

Presidente Professor Doutor Jocircnatas de Franccedila Barros

Universidade de Brasiacutelia

Membro

Professora Doutora Marisete Peralta Safons

Universidade de Brasiacutelia

Membro

Professor Doutor Martim Francisco Bottaro Marques

Universidade de Brasiacutelia

Membro

Professor Doutor Ricardo Jacoacute de Oliveira Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

Membro

Professor Doutor Paulo de Tarso Veras Farinatti Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Membro suplente Professora Doutora Julia Aparecida Devide Nogueira

Universidade de Brasiacutelia

Brasiacutelia (DF) 4 de setembro de 2008

iv

Dedico este trabalho Primeiramente a Deus a Ele toda a honra Ao meu marido Augusto meu amor e companheiro Aos meus filhotes Bruno Stefanie e Michel razatildeo de minha existecircncia Aos meus pais Nicodemus e Floriacutepes exemplo de luta amor e proteccedilatildeo Aos meus segundos pais Augusto e Marina que aprendi a amar Aos meus irmatildeos cunhados e sobrinhos minha alegria e seguranccedila

v

AAGGRRAADDEECCIIMMEENNTTOOSS

A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade

oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e

confiar quando tantos desconfiaram

Ao meu esposo por compreender minha ausecircncia por torcer e investir em meu

crescimento profissional por representar muitas vezes sozinho nossa famiacutelia sem

ao menos questionar e por incentivar quando as forccedilas esmoreciam

Aos meus filhos por serem quem satildeo tatildeo corretos e bons filhos e permitirem uma

matildee como eu querer sonhar e andar em busca de novos rumos Principalmente agrave

Stefanie filha e futura colega por me ajudar nas coletas dos dados com eficiecircncia e

boa vontade

Ao professor Dr Jocircnatas de Franccedila Barros orientador querido pela competecircncia e

serenidade e por estar sempre de portas abertas a despeito de suas atribuiccedilotildees e

por acreditar na medida certa

Ao professor Dr Ricardo Jacoacute de Oliveira co-orientador por ser amigo antes de

tudo e por abrir portas e oportunidades com confianccedila e exemplo de competecircncia

A Profa Dra Mariana S de Castro do Instituto de Biologia da UnB por sua

incomparaacutevel dedicaccedilatildeo profissional e por orientar com o coraccedilatildeo

A Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia por autorizar a utilizaccedilatildeo de suas instalaccedilotildees para

a realizaccedilatildeo das coletas de dados

Ao Laboratoacuterio Hermes Pardini pela adequaccedilatildeo dos valores referentes agraves dosagens

dos analiacuteticos investigados neste estudo

A Maria Joseacute Teixeira carinhosamente conhecida por Zezeacute pela gentileza de nos

presentear com a revisatildeo ortograacutefica deste trabalho

Aos profissionais do laboratoacuterio de anaacutelises clinicas do Hospital da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia em especial ao Dr Rico pela atenccedilatildeo e orientaccedilotildees teacutecnicas

sobre os procedimentos de coleta

Aos meus alunos da UNIP Roberto Paiva Beth e principalmente Andreacute Rosa pela

contribuiccedilatildeo nas coletas de dados

vi

Aos meus amigos mestrandos e doutorandos da UCB agrave Alessandra por estenderem

a matildeo em momentos de necessidade pela companhia e amizade

Ao Prof Ms Ricardo Moreno teacutecnico do LEEFS-UCB pela amizade por sua ajuda

competente e orientaccedilatildeo

A enfermeira Valquiacuteria por seu carinho ao atender as idosas durante as coletas

Aos Profs do Programa de Ginaacutestica nas Quadras pela amizade e por suprirem

minha ausecircncia quando precisei e aos meus alunos queridos pelo incentivo razatildeo

de meu interesse em continuar estudando

A aluna Francisca Miranda por sua ajuda incondicional nas coletas de sangue

durante o estudo piloto

Aos Profs da UNIP pelo coleguismo e incentivo Ao Prof Ms Pedro Paulo pela

compreensatildeo em adequar os horaacuterios agraves minhas necessidades

Agraves idosas que participaram desta investigaccedilatildeo por tratar-me como filha pela

assiduidade responsabilidade e atenccedilatildeo desinteressada A todas vocecircs deixo o meu

respeito meu carinho e um sentimento profundo de agradecimento

vii

Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores por aquEle que nos amou Porque estou certo de quenem a morte nem a vida nem anjos nem principadosnem coisas presentes nem futuras nem potestadesnem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura nos poderaacute separar do amor de Deusque estaacute em Cristo Jesus nosso Senhorrdquo

(Rm 83739)

viii

LLIISSTTAA DDEE AABBRREEVVIIAACcedilCcedilOtildeOtildeEESS EE SSIIGGLLAASS

5-HIAA Aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico - principal metaboacutelito da 5-HT

5-HT 5- Hidroxitriptamina ou serotonina

AAN Aminoaacutecidos neutros (AACR + AAA)

AACR Aminoaacutecidos de Cadeira Ramificada (Valina Leucina e Isoleucina)

AAA Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (Tirosina e Fenilalanina)

ACSM American College of Sports Medicine

AL Aacutecido Laacutetico

AVAD Anos de vida perdidos por morte prematura ou por ldquodescapacidadesrdquo

BNDF Brain- Derived Neurotrophic Factor

CC Circunferecircncia de Cintura

CID 10 Deacutecima versatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional das Doenccedilas

DEXA Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia

EDTA Aacutecido etilenodiaminotetraaceacutetico

et al e outros

FC Frequumlecircncia Cardiacuteaca

GC Grupo Controle

G10LA Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio

GLA Grupo Experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade do limiar anaeroacutebio

G90PCR Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Gmax Grupo experimental submetido a um teste cardiovascular maacuteximo

GLA1h Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio por um periacuteodo de 1h

h hora

HPLC-FD High-performance liquid chromatographic Fluorometric Detection

(Cromatografia liacutequida de alta performance com detector de

fluorescecircncia)

ix

BDI Beck Depression Inventory (Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck)

IMC Iacutendice de massa corporal

IPE Iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (escala de Borg)

LA Limiar anaeroacutebio (neste estudo considerado equivalente ao LV)

LL Limiar laacutetico

LV Limiar ventilatoacuterio

MAO Monoaminaoxidase

mg miligrama

min minuto

ml mililitro

nm Nanograma

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

RCQ Relaccedilatildeo cintura quadril

SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia

SNC Sistema nervoso central

TC Teste de carga

TRP Triptofano (aminoaacutecido essencial precursor da 5-TH)

TRP-L Triptofano livre (desligado da albumina)

UCB Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

max Consumo maacuteximo de oxigecircnio VO2

VO2 pico Pico de Consumo de oxigecircnio GC Percentual de gordura corporal

x

LLIISSTTAA DDEE FFIIGGUURRAASS

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina34

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas 35

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na Fadiga Perifeacuterica e Fadiga Central 42

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do Programa de atendimento ao idoso do

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF onde foi realizada a seleccedilatildeo da

amostra)62

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da Composiccedilatildeo Corporal atraveacutes do meacutetodo de

Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na

Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (UCB-DF) 64

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante

teste incremental maacuteximos avaliada no LEEFS ndash UCB-DF 65

Figura 7 ndash Escala de silhuetas Sorensen amp Stunkard (1993) 68

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por

domiacutenios e facetas 69

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob

estiacutemulo de estresse106

xi

LLIISSTTAA DDEE TTAABBEELLAASS

Tabela 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que

apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT xviii

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados

aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA

GLA1h G90LA e Gmax) 59

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio-padratildeo) das variaacuteveis da amostra 74

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvios-padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o

teste de potecircncia aeroacutebia 76

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio-padratildeo do Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva

de esforccedilo durante teste de carga 76

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio-padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da

amostra distribuiacutedos por silhuetas 77

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal 79

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance

cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e

consumo pico (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina

em repouso 81

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2)

VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) 82

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intragrupo (preacute e poacutes-testes) das variaacuteveis Serotonina

Triptofano os Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia

Ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos

experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h) 83

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-

teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2

das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h 84

xii

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 86

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 88

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Prolactina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 89

xiii

LLIISSTTAA DDEE GGRRAacuteAacuteFFIICCOOSS

Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ

GC CC e IMC) apresentadas por mulheres idosas participantes

deste estudo 75

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos)

da performance cognitiva (Avaliado) e dos valores de referecircncia

(Esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte 77

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como imagem

corporal real e imagem corporal ideal 78

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

por silhuetas (S) de 1 a 9 79

Graacutefico 5 ndash Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (Fis) psicoloacutegico (Psic)

social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral

obtida entre estes domiacutenios 80

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de

depressatildeo 80

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano

da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo 81

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis

serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 85

Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 87

Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

Prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 88

xiv

Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de AACR

e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 91

Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste da relaccedilatildeo do Triptofano

e Aminoaacutecidos Aromaacuteticos e do Triptofano com os Aminoaacutecidos de

Cadeia Ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 92

xv

LLIISSTTAA DDEE AANNEEXXOOSS

Anexo 1 ndash Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 130

Anexo 2 ndash Termo de consentimento livre e esclarecido133

Anexo 3 ndash Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo 135

Anexo 4 ndash Inventaacuterio de depressatildeo de Beck (BDI) 136

Anexo 5 ndash Questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOLndashbref)139

Anexo 6 ndash Escala de avaliaccedilatildeo da imagem corporal142

Anexo 7 ndash Mine-exame do estado mental ndash (MMSE)144

Anexo 8 ndash Declaraccedilatildeo de ciecircncia institucional 146

Anexo 9 ndash Processo de anaacutelise do projeto de pesquisa 148

xvi

LLIISSTTAA DDEE AAPPEcircEcircNNDDIICCEESS

Apecircndice 1 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os

grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 149

Apecircndice 2 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada

(AACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos

os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 150

Apecircndice 3 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos

(TRPAAA) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre

todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos

GC Gmax e GLA1h 151

Apecircndice 4 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste

(poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre

os grupos GC Gmax e GLA1h 152

xvii

GGLLOOSSSSAacuteAacuteRRIIOO

Neste estudo foram adotados os seguintes constructos1

Aeroacutebio na presenccedila de oxigecircnio livre

Anaeroacutebio ausecircncia de oxigecircnio livre

Atividade fiacutesica qualquer movimento corporal produzido por muacutesculos e que

resulta em maior dispecircndio de energia

Carboxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de CO2 catalisado por uma enzima que

utiliza biotina como grupo prosteacutetico

Deaminaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de um grupo amino (NH2)

Efeitos agudos ou respostas agudas ao exerciacutecio alteraccedilotildees sistecircmicas

orgacircnicas e celulares que ocorrem na mesma escala temporal que uma sessatildeo

simples de exerciacutecio

Efeitos crocircnicos ou respostas crocircnicas ao exerciacutecio alteraccedilotildees celulares

orgacircnicas e sistecircmicas que se mantecircm por um periacuteodo de tempo apoacutes ou como

consequumlecircncia do treinamento fiacutesico

Exerciacutecio uma subclasse da atividade fiacutesica ou seja eacute uma atividade fiacutesica

planejada estruturada repetitiva e proposital

Hidroxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de um grupo de hidroxila (OH) a uma

moleacutecula

Limiar anaeroacutebio primeiro limiar ventilatoacuterio corresponde ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas)

Oxidaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de eleacutetrons de um aacutetomo Eacute sempre

acompanhada de uma reduccedilatildeo

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio considerado neste estudo como o segundo

limiar ventilatoacuterio referente ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e

PETO2 coincidiram com a queda de PETCO2

Substrato moleacutecula reativa ou reagente em uma reaccedilatildeo catalisada por enzima

O termo constructo eacute aqui usado conforme a definiccedilatildeo de LAKATOS amp MARCONI (2003) () constructo eacute um conceito e deliberadamente inventado ou adotado com um propoacutesito cientiacutefico () (LAKATOS amp MARCONI 2003 p 104)

xviii

RREESSUUMMOO

Objetivos 1) Identificar o perfil antropomeacutetrico (PA) e psicomeacutetrico (PP) da amostra e 2) verificar o efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre as alteraccedilotildees perifeacutericas do sistema serotonineacutergico atraveacutes das concentraccedilotildees da serotonina (5-HT) e do triptofano (TRP) e de possiacuteveis alteraccedilotildees centrais atraveacutes da prolactina (PROL) e das relaccedilotildees entre o TRP e aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e aminoaacutecidos de cadeira ramificada (AACR) Meacutetodo A amostra constituiacuteda por idosas ativas (n=49 6406plusmn37 anos VO2pico= 2068plusmn249) foi dividida para um grupo controle (GC) e cinco grupos experimentais (GEs) submetidos a exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90 do limiar anaeroacutebio (LA) no LA e a 90 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA GLA e G90PCR respectivamente) a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax) e a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo no LA (GLA1h) A descriccedilatildeo do PA foi avaliada atraveacutes do iacutendice de massa corporal (IMC) relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) circunferecircncia de cintura (CC) e percentual de gordura corporal (IMC RCQ CC e GC - DEXA respectivamente) O PP foi avaliado atraveacutes da performance cognitiva (PC) da imagem corporal (IC) dos niacuteveis de qualidade de vida (QV) e de depressatildeo (ND) (MMSE escala de silhueta WHOQOL-bref e BDI respectivamente) Os resultados do PA indicaram IMC= 2655plusmn294 kgm2 RCQ= 087plusmn005 cm CC= 9142plusmn770 cm GC= 3666plusmn48 Para PP percebeu-se uma PC preservada (MMSE=256plusmn37) um alto niacutevel de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal (ple0001) onde 4286 indicaram a silhueta 3 como IC ideal A meacutedia de QV foi de 6818 e a meacutedia dos ND foi de 1018 Para as anaacutelises bioquiacutemicas apenas trecircs dos GEs apresentaram acreacutescimo (pgt005) das concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico observadas atraveacutes da PROL

Tabela 1 - Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT

Grupo Momento 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Preacute x Poacutes Poacutes x Poacutes2 Preacute x Poacutes2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GLA1h Preacute x Poacutes 492 368 1089 162 035 092 Poacutes x Poacutes2 Preacute x Pos2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GPCR Preacute x Poacutes 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreacutescimo = Acreacutescimo 5-HT= Serotonina TRP= Triptofano PROL= Prolactina AAA= Aminoaacutecidos aromaacuteticos e AACR= Aminoaacutecidos de cadeia ramificada Conclusatildeo As idosas apresentaram indicativos de obesidade e risco para doenccedilas relacionadas ao acuacutemulo de gordura insatisfaccedilatildeo com a IC adequaccedilatildeo da PC bom niacutevel de QV e indicativos de depressatildeo leve Respostas bioquiacutemicas indicaram que sessotildees de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo soacute promovem alteraccedilotildees (ple005) do sistema serotonineacutergico quando de alta intensidade ou de intensidade moderada e duraccedilatildeo de 1h Apesar de possiacuteveis benefiacutecios advindos de exerciacutecios de intensidades maacuteximas os submetidos entre o primeiro e segundo LA e de duraccedilatildeo acima de 20 min podem ser mais apropriadas para interferir nas concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de idosos presumivelmente relacionadas com a aquisiccedilatildeo de sauacutede mental

xix

AABBSSTTRRAACCTT

Purposes 1) Identify volunteers anthropometric (AS) and psychometric (PS) status and 2) verify the dose-response effects of cardiovascular physical exercise of different intensities and duration on the peripheral alterations of the serotoninergic system through serotonin (5-HT) and tryptophan (TRP) concentrations and the possible central alterations through prolactin (PROL) and the ration between TRP and aromatic (AAA) and branched-chain amino acids (AACR) Methods Sample was composed by active older women (n=49 6406plusmn37 years VO2max= 2068plusmn249) who were divided for a control group (CG) and five experimental groups (EGs) submitted to treadmill exercises 20 minutes of duration under intensities of 90 of anaerobic threshold (AT) 100 of AT and 90 of the respiratory compensation point (G90AT GAT and G90RCP respectively) and a maximal exercise test (Gmax) and to a walking for one hour in the AT (GAT1h) The description of AS was evaluated by the body mass index (BMI) waist to hip ratio (WHR) waist circunference (WC) and percent body fat (BF - DEXA) and PS was measured by the cognitive performance (CP) body image (BI) quality of life levels (QLL) and depression (DL) (MMSE silhouette scale WHOQOL- bref e BDI respectively) AS results indicated a BMI = 2655plusmn294 kgm2 WHT= 087plusmn005 cm WC= 9142plusmn770 cm BF= 3666plusmn48 For PS it was observed a preserved CP (MMSE=256 plusmn37) a high level of dissatisfaction in relation to body image (ple0001) in which 4286 indicated the silhouette 3 as the ideal BI The mean QLL was 6818 and the DL mean was 1018 In relation to the biochemistry analyses only three of the EGs presented increases (pgt005) of the central serotoninergic system concentrations (PROL)

Table 1 ndash Percent distribution of the alterations promoted by EGs that presented increases in the central 5HT concentrations

Groups Moment 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Pre x Post Post x Post2 Pre x Post2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GAT1h Pre x Post 492 368 1089 162 035 092 Post x Post2 Pre x Post2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GRCP Pre x Post 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreases = Increases 5-HT= Serotonin TRP= tryptophan PROL= Prolactin AAA= Aromatic Aminoacids and AACR= Branched-chain Aminoacids Conclusions All volunteers presented indicators of obesity and its related diseases dissatisfaction with BI adequate CP adequate QLL and indexes of light depression Biochemistry responses indicated that short-term exercise sessions promoted alterations (ple005) on serotoninergic system only at high intensity or in the moderate exercises duration of 1 hour Although the it was observed possible positive effects of maximal exercise volunteers that exercised between AT and RCP with duration of more than 20 minutes seems more appropriated to affect central serotoninergic concentrations of older individuals presumably trhough benefits related to mental health

xx

SSUUMMAacuteAacuteRRIIOO

AGRADECIMENTOS v

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS viii

LISTA DE FIGURAS x

LISTA DE TABELAS xi

LISTA DE GRAacuteFICOS xiii

LISTA DE ANEXOS xv

LISTA DE APEcircNDICES xvi

GLOSSAacuteRIO xvii

RESUMO xviii

ABSTRACT xix

SUMAacuteRIO xx

1 INTRODUCcedilAtildeO 24

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA 24

12 PROBLEMA DO ESTUDO 26

13 OBJETIVOS 26

131 Objetivo Geral 26

132 Objetivos Especiacuteficos 27

14 HIPOacuteTESES 27

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO 28

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS 28

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO 29

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 30

xxi

21 ENVELHECIMENTO 30

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO 32

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 33

231 Respostas do Sistemas Serotonineacutergico ao Exerciacutecio Fiacutesico 36

22331111 Alteraccedilotildees na barreira hematoencefaacutelica e exerciacutecios fiacutesicos 37

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergico 38

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o sistema serotonineacutergico 40

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o Sistema Serotonineacutergico 40

232 Sistema serotonineacutergico e a fadiga central 41

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 43

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO 45

2266 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS 4499

27 QUALIDADE DE VIDA 51

28 IMAGEM CORPORAL 55

3 MATERIAL E MEacuteTODO59

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO 59

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO 60

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA 60

331 Primeira fase 61

333 Definiccedilatildeo da Amostra do Estudo 61

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS 62

341 Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 62

342 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 62

3421 Massa corporal 63

3422 Estatura corporal 63

xxii

3423 Percentual de gordura corporal (GC) 63

3424 Iacutendice de massa corporal (IMC) 64

3425 Circunferecircncia de cintura (CC) e relaccedilatildeo da cintura e quadril (RCQ) 64

343 Avaliaccedilatildeo meacutedica 65

344 Teste de potecircncia aeroacutebia (VO2pico) 65

345 Teste de carga 66

3451 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio (LV) 67

346 Caracteriacutesticas psicomeacutetricas 67

3461 Performance cognitiva 67

3462 Imagem corporal 67

3463 Qualidade de vida 68

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo 70

347 Anaacutelises bioquiacutemicas 70

3471 Condiccedilotildees das coletas 70

3472 Dosagens dos analiacuteticos 71

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS 72

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO 72

4 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 74

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 74

411 Perfil antropomeacutetrico da amostra 74

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA 75

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 76

431 Performance cognitiva 76

432 Imagem corporal 77

433 Niacuteveis de qualidade de vida 79

xxiii

434 Niacuteveis de depressatildeo 80

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 82

441 Serotonina 85

442 Triptofano 86

443 Prolactina 88

444 Aminoaacutecidos aromaacuteticos e aminoaacutecidos de cadeia ramificada 90

5 DISCUSSAtildeO 93

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 93

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 94

521 Performance cognitiva 94

522 Imagem corporal 96

523 Qualidade de vida 98

524 Niacuteveis de depressatildeo 99

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 100

6 CONCLUSAtildeO 108

7 SUGESTOtildeES PARA NOVOS ESTUDOS 110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS111

24

11 IINNTTRROODDUUCcedilCcedilAtildeAtildeOO

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA

Um dos maiores desafios da sauacutede puacuteblica mundial eacute promovido pelo

crescimento desenfreado da populaccedilatildeo idosa que totalizava em 2002 um

nuacutemero de 629 milhotildees de idosos em todo o mundo (ONU 2002) O Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica baseado em dados obtidos em 2001

projetou para 2020 um aumento expressivo dessa parcela populacional que

deslocaraacute o Brasil da 16ordf para a 6ordf classificaccedilatildeo em nuacutemero de idosos na escala

mundial (IBGE 2001)

Vaacuterios satildeo os decliacutenios e as adaptaccedilotildees que o indiviacuteduo vivencia agrave medida que

o anos se acumulam Manifestaccedilotildees de desgastes podem favorecer respostas

multivariadas durante esse processo podendo interferir na composiccedilatildeo corporal

(BARBOSA et al 2001) na aptidatildeo fiacutesica na construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da imagem

corporal (MATSUO et al 2007) no desempenho cognitivo (CASSILHAS et al 2007

BIXBY et al 2007) e na percepccedilatildeo de qualidade de vida (ACSM 1998) do idoso

Maior atenccedilatildeo deve ser concedida a este fenocircmeno pois sabe-se que a

reduccedilatildeo das respostas fisioloacutegicas podem fragilizar o organismo do idoso e reduzir a

quantidade e qualidade do desempenho do Sistema Nervoso Central (PEacuteREZ 1994

OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mais que deformaccedilotildees morfoloacutegicas satildeo promovidas pela neurobiologia do

envelhecimento Alteraccedilotildees na estrutura quiacutemica cerebral de ceacutelulas nervosas satildeo do

mesmo modo observadas Um decliacutenio das enzimas responsaacuteveis pela siacutentese de

substacircncias neurotransmissoras eacute desencadeado provocando uma queda de suas

concentraccedilotildees Esse desequiliacutebrio induz ao aumento das atividades das enzimas

responsaacuteveis pela catabolizaccedilatildeo destas substacircncias reduzindo sua disponibilidade

(TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998 e OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mesmo na ausecircncia de doenccedilas o desempenho fisioloacutegico do sistema

serotonineacutergico se altera com o avanccedilar da idade Decliacutenios acentuados induzidos

25

pela reduccedilatildeo da integridade funcional desse sistema satildeo presumivelmente

responsaacuteveis pela causa ou atuam como co-fator de desordens neurodegenerativas e

psiquiaacutetricas como a depressatildeo (MORAN 2003 DUNN amp DISHMAN 1991) Todavia

em menor escala esses decliacutenios podem expor o indiviacuteduo idoso a uma maior

fragilidade e tornaacute-lo vulneraacutevel a doenccedilas (NIEMAN 1999 FEKKES 2003

GOLDBERG SMITH BARNES et al 2003)

A depressatildeo eacute considerada como um transtorno crocircnico recorrente de

etiologia multifatorial com maior prevalecircncia em pessoas do gecircnero feminino

Investigaccedilotildees indicam que maior frequumlecircncia de sintomas depressivos satildeo percebidos

com o avanccedilar da idade (SIlBERMAN SOUZA WILHEMS et al 1995 XAVIER

FERRAZ BERTOLLUCCI et al 2001) chegando a atingir parcela significativa (10)

da populaccedilatildeo de idosos (SNOWDON 2002) De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial

da Sauacutede (OMS 2001) este fenocircmeno epidemioloacutegico atinge a quarta classificaccedilatildeo

entre as 20 doenccedilas de maior AVAD (anos de vida perdidos por morte prematura ou

por ldquodescapacidadesrdquo) Natildeo se sabe ao certo o custo per capta anual de cada

paciente decorrente desta patologia no Brasil poreacutem nos EUA foi estimado um gasto

de cerca de seis mil doacutelares (ZAVASCHI et al 2002)

Desde 1963 Barchas amp Fredman observaram a possibilidade de utilizar o

exerciacutecio fiacutesico como modelo de estresse capaz de alterar os niacuteveis centrais e

perifeacutericos da serotonina Segundo Chaouloff (1997) uma uacutenica sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos dependendo de sua duraccedilatildeo e intensidade pode desencadear mudanccedilas

significativas ou natildeo na siacutentese desse neurotransmissor Entretanto percebe-se que

respostas centrais ou perifeacutericas desses sistemas natildeo se apresentam uniformes nem

lineares diante dos diferentes estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico

apresentados nos estudos que investigam esse problema (DUNN amp DISHMAN 1991)

Trabalhos recentes tecircm indicado que o aumento da exigecircncia metaboacutelica

produzida pelo estresse agudo repetitivo pode resultar em adaptaccedilotildees de diversas

vias nervosas (FERREIRA TUFIK MELLO 2001) inclusive das vias serotonineacutergicas

(OLIEIRA et al 2007) Todavia limitaccedilotildees eacuteticas que impossibilitam anaacutelises

invasivas das alteraccedilotildees centrais e a proacutepria dificuldade encontrada em organizar

realizar e controlar estudos com humanos tecircm restringido o surgimento de

26

intervenccedilotildees que tenham como objetivo a investigaccedilatildeo da anaacutelise aguda deste

evento A maioria absoluta dos estudos relacionados com o exerciacutecio fiacutesico e sistema

serotonineacutergico em humanos tem se restringido agrave relaccedilatildeo desse binocircmio com a

fadiga central nesse sentido a amostra adotada por essas investigaccedilotildees tem sido

formada por indiviacuteduos jovens e atletas (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER 2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005

PROVENZA et al2005 HELGE et al 2007) Natildeo existem na literatura estudos que

investiguem os efeitos agudos do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema serotonineacutergico de

mulheres idosas as possiacuteveis alteraccedilotildees das concentraccedilotildees perifeacutericas e centrais

desse sistema em respostas ao exerciacutecio de duraccedilatildeo e intensidade comuns a essa

populaccedilatildeo satildeo ateacute hoje desconhecidas

Mesmo considerando que a evidente influecircncia positiva exercida pela praacutetica

regular da atividade fiacutesica nos estados de humor possa estar relacionada inclusive

com alteraccedilotildees das concentraccedilotildees serotonineacutergicas e dessa intervenccedilatildeo ter a

possibilidade promissora de atuar como um tratamento alternativo para a aquisiccedilatildeo

da sauacutede mental do idoso a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para pessoas sobre o

processo degenerativo do envelhecimento ainda continua no campo especulativo da

ciecircncia necessitando poreacutem de intervenccedilotildees especificamente desenvolvidas com o

intuito de compreender a amplitude de sua atuaccedilatildeo e estabelecer paracircmetros de

intervenccedilatildeo que sejam cientificamente associados com os efeitos beneacuteficos do

exerciacutecio fiacutesico sobre a sauacutede mental dessa populaccedilatildeo (DUNN amp DISHMAN 1991

HILLMAN SNOOK JEROME 2003 TOMPOROWSKI 2003 COLCOMBE amp KRAMER

2003)

12 PROBLEMA DO ESTUDO

Qual o impacto agudo do exerciacutecio fiacutesico de diferentes intensidades e

duraccedilatildeo sobre o sistema serotonineacutergico e qual intervenccedilatildeo provocaraacute maior

alteraccedilatildeo nas concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico de mulheres idosas

ativas com idade entre 60 e 74 anos residentes em Taguatinga-DF

27

13 OBJETIVOS

131 Objetivo gera131 Objetivo gerall

O objetivo deste estudo constituiu em verificar o efeito agudo do exerciacutecio

fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre alteraccedilotildees

perifeacutericas do sistema serotonineacutergico verificado atraveacutes das concentraccedilotildees

plasmaacuteticas da serotonina e do seu precursor (o triptofano) e de possiacuteveis alteraccedilotildees

centrais verificadas indiretamente atraveacutes das concentraccedilotildees da prolactina em

mulheres idosas ativas com idade entre 60 e 74 anos inscritas em um programa de

extensatildeo de atendimento ao idoso vinculado a Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia-DF

113322 OObbjjeettiivvooss eessppeecciacuteiacuteffiiccooss

1321 Verificar alteraccedilotildees das concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) dos aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e da proporccedilatildeo

desses aminoaacutecidos com o triptofano TRPAACR e TRPAAA

1322 Identificar o perfil antropomeacutetrico da amostra atraveacutes do percentual de

gordura corporal do iacutendice de massa corporal da circunferecircncia de

cintura da relaccedilatildeo cintura e quadril e classificaacute-lo segundo os pontos de

corte estabelecidos nesse estudo para cada variaacutevel

1323 Identificar o perfil psicomeacutetrico da amostra atraveacutes do niacutevel de qualidade

de vida niacuteveis de depressatildeo da performance cognitiva e da imagem

corporal das idosas desse estudo baseado nos pontos de corte dos

instrumentos utilizados para cada variaacutevel

14 HIPOacuteTESESS

141 Quando as sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacuterem-se de uma

mesma duraccedilatildeo os grupos de intensidade mais elevadas apresentaratildeo

maiores alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees da serotonina triptofano e

prolactina

142 As sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacutedas de maior

intensidade e as de maior duraccedilatildeo promoveratildeo maiores alteraccedilotildees nas

concentraccedilotildees dos analiacuteticos dosados nesse estudo

28

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

Compreender a maneira que o exerciacutecio fiacutesico pode interferir nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico de mulheres no processo da senescecircncia

pode ter grande significado nas accedilotildees preventivas e terapecircuticas da sauacutede mental

dessa populaccedilatildeo Uma vez que alteraccedilotildees centrais das concentraccedilotildees desse

neurotransmissor estejam intimamente ligadas com patologias relacionadas com

distuacuterbios do humor performance cognitiva qualidade do sono controle do apetite e

outros (DUNN amp DISHMAN 1991 LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

A anaacutelise do efeito agudo investigado neste estudo poderaacute reduzir a

prescriccedilatildeo empiacuterica do exerciacutecio fiacutesico para fins terapecircuticos aleacutem de contribuir para

a reduccedilatildeo das intervenccedilotildees farmacoloacutegicas e dos efeitos colaterais a elas agregados

aleacutem da reduccedilatildeo dos altos custos decorrentes das intervenccedilotildees tradicionais e da

promoccedilatildeo da subtraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo de serviccedilos da sauacutede puacuteblica (DIMEO et al

2001 MATTER et al 2002 PHILLIPS KIERNAN amp KING 2003)

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS

Para o estudo do sistema serotonineacutergico foram avaliados Os niacuteveis de

serotonina (5-HT) triptofano (TRP) prolactina (PRL) aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) leucina valina e a isoleucina aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

tirosina e a fenilalanina e as relaccedilotildees do triptofano com aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) e aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA)

Para a definiccedilatildeo do perfil antropomeacutetrico da amostra foram avaliadas as

seguintes variaacuteveis o iacutendice de massa corporal (IMC) a relaccedilatildeo cintura e quadril

(RCQ) a circunferecircncia de cintura (CC) e o percentual de gordura corporal (GC)

Para a definiccedilatildeo do perfil psicomeacutetrico da amostra deste estudo foram

avaliadas as seguintes variaacuteveis o niacutevel de qualidade de vida os escores indicativos

de depressatildeo a performance cognitiva e a imagem corporal

29

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO

O alto custo orccedilado para a execuccedilatildeo deste estudo impossibilitou A inclusatildeo

de dosagens de outros marcadores bioquiacutemicos o que facilitaria sobremaneira a

compreensatildeo do cenaacuterio estudado A realizaccedilatildeo de um nuacutemero maior de coletas

por grupos o que possibilitou a realizaccedilatildeo de trecircs momentos de coletas apenas

para os grupos GC GLA1h e Gmax Adicionalmente esse fator limitou um nuacutemero

maior de indiviacuteduos na amostra o que contribuiria significativamente para a

interpretaccedilatildeo compreensatildeo e extrapolaccedilatildeo dos resultados obtidos

Por limitaccedilotildees eacuteticas algumas intervenccedilotildees realizadas para a anaacutelise das

alteraccedilotildees bioquiacutemicas centrais em experimento que utilizam modelo animal natildeo

foram permitidas neste estudo por natildeo estarem seguramente adaptadas ao

modelo humano Nesse sentido tais alteraccedilotildees foram analisadas atraveacutes da

prolactina hormocircnio considerado como marcador perifeacuterico das accedilotildees centrais

desse sistema neurotransmissor

Mesmo concisos da sensibilidade e da flutuaccedilatildeo natural das variaacuteveis

avaliadas decidiu-se pelo presente delineamento de estudo onde os grupos foram

formados por indiviacuteduos diferentes por compreender que seria mais eacutetico uma vez

que o desgaste fiacutesico intervenccedilotildees invasivas e o grande nuacutemero de visitas seria

uma sobrecarga significativa para indiviacuteduos nesta faixa etaacuteria

30

22 RREEVVIISSAtildeAtildeOO DDEE LLIITTEERRAATTUURRAA

21 ENVELHECIMENTO

A Segunda Assembleacuteia Mundial sobre o Envelhecimento realizada pelas

Naccedilotildees Unidas (2002) projetou aumento de 41 entre os anos de 2000 e 2050 do

custo global meacutedio dos cuidados de sauacutede relacionados apenas com o

envelhecimento o que representaraacute aumento de 36 para paiacuteses em

desenvolvimento e de 48 para paiacuteses desenvolvidos

O crescimento da populaccedilatildeo idosa eacute um fenocircmeno que de iniacutecio parece

caracterizar apenas ganho Todavia considerando a proporccedilatildeo que esse evento vem

ocorrendo associada agrave fragilidade dessa populaccedilatildeo o aumento populacional poderaacute

representar seacuterios problemas sociais gerando custos altiacutessimos aos governos e

consequumlentemente reduccedilatildeo na qualidade de vida

De acordo com o Censo 2000 o total de brasileiros com idade superior a 60

anos era de 14536029 o que representava 856 da populaccedilatildeo As projeccedilotildees

indicam que em 2030 teremos mais de 52 milhotildees de idosos ou 2210 da

populaccedilatildeo brasileira com mais de 60 anos fazendo-nos detentores como citado

anteriormente da 6ordf populaccedilatildeo idosa do mundo (IBGE 2000)

Natildeo se deve considerar o envelhecimento populacional como um problema

social pelo contraacuterio deve-se associaacute-lo a uma das maiores conquistas da

humanidade do seacuteculo XX O aumento da expectativa de vida no Brasil como em

todo o mundo estaacute relacionado aos esforccedilos e avanccedilos alcanccedilados no controle de

doenccedilas infecto-contagiosas melhores condiccedilotildees sanitaacuterias desenvolvimento da

induacutestria farmacecircutica planejamento familiar e mudanccedila no estilo de vida (MARINS e

ANGERAMI 1996 MATSUDO 2001)

O envelhecimento eacute um processo bioloacutegico normal que natildeo deve ser encarado

como patologia mas como processo natural que se caracteriza pela perda

progressiva das capacidades funcionais e a reduccedilatildeo da habilidade do corpo em se

adaptar agraves influecircncias do meio externo (PEacuteREZ 1994) Eacute fenocircmeno evolutivo um

31

ato contiacutenuo que acontece a partir do nascimento e caminha ateacute a morte (COSTA

1998 MAZO LOPES amp BENEDETTI 2001)

Segundo Farinatti (2002) satildeo vaacuterias as teorias que tentam explicar o

complexo processo da senescecircncia sob a oacutetica dos fenocircmenos bioloacutegicos nele

observados Entretanto tais teorias podem ser classificadas em duas grandes

categorias as de natureza geneacutetico-desenvolvimentista que entendem o processo

do envelhecimento no contexto de um continuum controlado geneticamente e as de

natureza estocaacutestica que hipotetizam que esse fenocircmeno dependeria principalmente

do acuacutemulo de agressotildees ambientais

Embora seja reconhecido como processo natural o envelhecimento natildeo eacute um

evento bioloacutegico simples Uma ampla variedade de mudanccedilas eacute observada em niacutevel

molecular celular e orgacircnico com o passar dos anos o que consequumlentemente leva

a uma reduccedilatildeo da habilidade do corpo em responder aos transtornos no equiliacutebrio

homeostaacutetico (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Da mesma forma que o ritmo do decliacutenio funcional difere entre os diversos

sistemas do corpo os eventos bioloacutegicos que se seguem ao envelhecimento

tambeacutem acontecem em momentos e em ritmos diferenciados entre indiviacuteduos

Prova disso satildeo as vezes em que somos surpreendidos quando uma pessoa diz ter

uma idade cronoloacutegica aparentando outra bioloacutegica (HAYFLICK 1997)

A diferenccedila entre o desempenho funcional de indiviacuteduos com a mesma idade

sugere que a idade cronoloacutegica que oferece informaccedilotildees numeacutericas em que as

pessoas se ordenam de acordo com sua data de nascimento seja per si medida

insuficientemente sensiacutevel a senescecircncia Dessa forma considerando a maturidade

e as diferenccedilas bioloacutegicas associadas agraves influecircncias exoacutegenas utiliza-se o termo

ldquoidade bioloacutegicardquo ou ldquoidade funcionalrdquo (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Fatores externos como o estilo de vida (sedentarismo dietas inadequadas)

fatores ambientais agentes fiacutesicos (exposiccedilatildeo a diferentes tipos de radiaccedilatildeo)

agentes quiacutemicos (fumo aacutelcool drogas) e doenccedilas crocircnicas degenerativas podem

interferir no processo do envelhecimento A accedilatildeo conjunta desses fatores aliada agrave

32

heranccedila geneacutetica podem causar impacto na extensatildeo e velocidade da evoluccedilatildeo do

envelhecimento (MAZZEOCAVANAGH EVANS 1998 MITNITSK et al 2002)

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E ENVELHECIMENTO

Existem vaacuterios conceitos e preconceitos que interferem na relaccedilatildeo entre o

desejo de exercitar e a real efetivaccedilatildeo desse haacutebito (CONNTRIPP-REIMER MAAS

2003) Esse fenocircmeno contribui para a elevaccedilatildeo da proporccedilatildeo da inatividade e

consequumlentemente da fragilidade desse segmento populacional Espera-se que

esses tabus e preconceitos sejam desmistificados por profissionais da aacuterea de sauacutede

considerando que o encorajamento exercido por eles possa exercer impacto positivo

para a adesatildeo de um estilo de vida ativo (HIRVENSALO et al 2003)

A relaccedilatildeo entre o envelhecimento exerciacutecio fiacutesico sauacutede e qualidade de vida

e a associaccedilatildeo inversa gradativa e consistente entre a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos e

a mortalidade vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente

Vaacuterios estudos longitudinais focaram seus propoacutesitos em desvendar a relaccedilatildeo entre o

binocircmio exerciacutecio fiacutesico e envelhecimento e para esse fim foram empreendidos anos

de avaliaccedilatildeo criteriosa em uma mesma amostra Resultados decorrentes desses

estudos indicam que indiviacuteduos que adotam a praacutetica regular de atividade fiacutesica

podem apresentar iacutendices de morte significativamente menores que indiviacuteduos

sedentaacuterios Que apesar de exerciacutecios leves e moderados trazerem inuacutemeros

benefiacutecios agrave sauacutede e oferecerem maior margem de seguranccedila intensidades

vigorosas claramente predizem menores taxas de mortalidade Que melhores niacuteveis

de condicionamento fiacutesico estatildeo relacionados agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedilas

cardiovasculares de enfermidades respiratoacuterias do cacircncer da pressatildeo arterial

melhora o controle do perfil lipoproteacuteico e aumenta a toleracircncia agrave glicose

(PAFFENBARGER 1988 BLAIR et al 1989 KUSHI et al 1997)

O ganho em expectativa de vida estimado pela mudanccedila do estilo de vida

sedentaacuterio para o ativo pode estar entre um e meio e dois anos de vida

(PAFFENBARGER amp KAMPERT 1997) Segundo os fisiologistas Robergs amp Roberts

(1997) uma pessoa ativa dependendo de sua aptidatildeo fiacutesica e do seu estado de

sauacutede poderaacute alcanccedilar 20 anos de diferenccedila entre a idade cronoloacutegica e a idade

33

bioloacutegica Possibilitando dessa forma que indiviacuteduos do mesmo gecircnero e com a

mesma idade cronoloacutegica possam diferir de duas a trecircs vezes em suas

caracteriacutesticas competecircncias e desempenho fiacutesico (HAYKOWSKY QUINNEY

GILLIS et al 2000 HURLEY amp ROTH 2000 NAIR 2000)

Presume-se que esse fenocircmeno relacionado aos benefiacutecios de uma vida

ativa aconteccedila em decorrecircncia da pronunciada plasticidade e adaptabilidade das

propriedades funcionais e estruturais das ceacutelulas tecidos e sistemas do corpo

humano quando expostos a estiacutemulos diversos (ASTRAND1992) Nesse sentido

dependendo da intensidade volume e duraccedilatildeo o exerciacutecio fiacutesico regular pode

exercer impacto no processo do envelhecimento realizando desaceleraccedilatildeo dos

efeitos deleteacuterios produzidos por este processo (HAYFLICK 1997 MONTEIRO

1997 PETROSKI 1997 ROBERGS amp ROBERTS 1997 ACSM 1998 NIEMAN 1999

MATSUDO MATSUDO amp NETO 2000 STEWART 2005)

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A serotonina tambeacutem conhecida como 5-Hidroxitriptamina (5-HT) foi

identificada haacute quase 50 anos com accedilatildeo em diversos tipos de muacutesculo liso e

posteriormente como agente que intensifica a agregaccedilatildeo plaquetaacuteria e atua como

neurotransmissor no sistema nervoso central (GOODMAN amp GILMAN 1996)

A serotonina compotildee o grupo das aminas biogecircnicas (neurotranasmissores)

que incluem tambeacutem as catecolaminas (adrenalina noradrenalina e dopamina)

Esses grupos funcionais regulam importantes vias no metabolismo dos mamiacuteferos e

satildeo descarboxiladas em sua maioria atraveacutes de aminoaacutecidos aromaacuteticos tirosina

fenilalanina e o triptofano (responsaacutevel direto pela siacutentese da serotonina) (ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004)

O precursor da serotonina o triptofano (TRP) destaca-se dos demais

aminoaacutecidos por duas peculiaridades primeira pertence ao grupo dos aminoaacutecidos

essenciais caracterizado por sua impossibilidade de produccedilatildeo no corpo dependendo

da ingesta alimentar para o controle de suas concentraccedilotildees segundo encontra-se

34

de forma escassa na dieta podendo chegar agrave miacutenima proporccedilatildeo de 1100 em

relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos neutros (KAPCZINSKI et al 2004)

A siacutentese da serotonina parece ser limitada pela disponibilidade ou natildeo desse

aminoaacutecido no fluido extracelular que banha os neurocircnios A fonte de TRP no

ceacuterebro eacute o sangue por outro lado a fonte deste aminoaacutecido no sangue eacute a dieta

Dessa forma acredita-se que a deficiecircncia do TRP na dieta pode induzir depleccedilatildeo

serotonineacutergica no ceacuterebro (BEAR CONNORS amp PARADISO 1996) Aleacutem do

triptofano a atividade da enzima triptofanondash hidroxilase tem accedilatildeo reguladora sobre

a siacutentese da 5-HT (RANG DALE amp RITTER 1997)

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina Fonte ndash Devlin (1998)

35

A biossiacutentese da serotonina ocorre por uma soacute via em duas etapas em que o

triptofano da dieta eacute hidroxilado na posiccedilatildeo 5 atraveacutes da enzima triptofano-

hidroxilase dando origem ao 5-hidroxitriptofano Esse por sua vez eacute

descarboxilado sob a accedilatildeo de 5-hidroxitriptofano descarboxilase originando a 5-

hidroxitriptamina ou serotonina A principal via metaboacutelica deste neurotransmissor

envolve outra enzima encontrada em quantidade abundante e com propriedades

sobre vaacuterios substratos a monoamina oxidase (MAO) com formaccedilatildeo do aacutecido 5-

(5-HIAA) principal metaboacutelito serotonineacutergico O 5-HIAA eacute excretado pela urina e

pode ser uacutetil como indicador da produccedilatildeo serotonineacutergica no organismo (VALLE et

al 1988 GOODMAN amp GILMAN 1996)

As concentraccedilotildees serotonineacutergicas podem ser observadas nas paredes do

intestino nas ceacutelulas enterocromafins (90) no sangue nas plaquetas (8 a 9)

e no sistema nervoso central (SNC) que corresponde a um pequeno percentual da

concentraccedilatildeo serotonineacutergica total (1 a 2) Pela impossibilidade da serotonina

ultrapassar a barreira hematoencefaacutelica as concentraccedilotildees do SNC dependem da

siacutentese local No entanto mesmo representando uma pequena parcela as

concentraccedilotildees centrais ocupam posiccedilatildeo central na hegemonia neuroquiacutemica (RANG

DALE amp RITTER 1997 SILVA 2002)

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas Fonte Neuroscience (1998)

36

Segundo MACHADO (1999) o sistema serotonineacutergico eacute um dos principais se

natildeo o principal sistema neurotransmissor do SNC e tem seus neurocircnios distribuiacutedos

por todo o ceacuterebro localizados na formaccedilatildeo reticular nos nuacutecleos da rafe que se

estendem na linha meacutedia do bulbo ao mesenceacutefalo (Figura 2) Os axocircnios rostrais

situados em niacuteveis mais altos nos nuacutecleos da rafe tecircm trajeto ascendente

projetando-se para quase todas as estruturas do prosenceacutefalo ateacute mesmo o coacutertex

cerebral o hipotaacutelamo e o sistema liacutembico Os axocircnios caudais situados no bulbo

satildeo projetados para a medula

Considerando que cada neurotransmissor tenha um neurorreceptor

subsequumlente investigaccedilotildees farmacoloacutegicas tecircm apontado a famiacutelia de

receptores e neurorreceptores serotonineacutergicos como a mais expressiva entre

os demais neurotransmissores 5HT1 (A B D E e F) 5HT2 (AB e C) 5HT3

5HT4 Recentes subfamiacutelias clonadas (5HT5 5HT6 e 5HT7) ainda natildeo satildeo

reconhecidas por natildeo terem suas accedilotildees fisioloacutegicas bem estabelecidas

(GOODMAN amp GILMAN 1996)

Em funccedilatildeo dessa pluralidade a accedilatildeo desse sistema eacute de caraacuteter muacuteltiplo

podendo ser percebida tanto no acircmbito perifeacuterico como ou principalmente no

sistema nervoso central Apesar de sua pequena representaccedilatildeo em relaccedilatildeo a

toda concentraccedilatildeo serotonineacutergica apresenta-se fortemente relacionada com

alteraccedilotildees fisioloacutegicas envolvidas na qualidade do sono alteraccedilotildees do humor

cogniccedilatildeo comportamento alimentar desempenho sexual e com a modulaccedilatildeo da

fadiga central (LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

223311 RReessppoossttaass ddooss ssiisstteemmaass sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo aaoo eexxeerrcciacuteiacutecciioo ffiacuteiacutessiiccoo

Em um passado bem recente a maioria expressiva de estudos realizados

com o intuito de esclarecer os benefiacutecios da praacutetica regular do exerciacutecio fiacutesico

limitava-se agraves adaptaccedilotildees fisioloacutegicas perifeacutericas e suas vantagens correlacionadas

O interesse em pesquisar o papel da proteiacutena e dos aminoaacutecidos na atividade fiacutesica

foi relegado a um segundo plano visto que o maior objetivo dos estudos ateacute entatildeo

concentrava-se em observar o efeito do exerciacutecio no metabolismo de carboidratos e

37

gorduras Todavia somente a partir da deacutecada de setenta o interesse em analisar

esse paradigma foi retomado (LEMON 1995)

Em estudo pioneiro realizado por Barchas amp Fredman (1963) verificou-se

atraveacutes de modelo animal que o estiacutemulo causado pelo exerciacutecio fiacutesico promovia

alteraccedilotildees nos niacuteveis centrais serotonineacutergicos Desde entatildeo conjectura-se que os

benefiacutecios da praacutetica de exerciacutecios natildeo se limitavam agraves alteraccedilotildees dos sistemas

envolvidos na melhoria da aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria muacutesculo-esqueleacutetica e da

composiccedilatildeo corporal Pesquisas recentes apontam evidecircncias de que no sistema

nervoso central tambeacutem aconteccedilam alteraccedilotildees metaboacutelicas para equilibrar os

distuacuterbios causados pelo exerciacutecio fiacutesico seguidas de adaptaccedilotildees regulatoacuterias

capazes de alterar as concentraccedilotildees neurotransmissoras (MEEUSEN amp PIACENTINI

2001a MEEUSEN amp PIACETINI 2001b)

O sistema nervoso central em combinaccedilatildeo com o sistema neuro-endoacutecrino

exerce importante papel na regulaccedilatildeo homeostaacutetica O exerciacutecio fiacutesico eacute considerado

um desafio para homeostase visto que vaacuterios mecanismos de regulaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

(perifeacutericos e centrais) satildeo ativados durante ou apoacutes sua praacutetica como as alteraccedilotildees

percebidas nos sistemas neurotransmissores em especiacutefico no sistema

serotonineacutergico (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001)

Segundo Chaouloff (1993) existem 3 mecanismos que podem alterar as

concentraccedilotildees centrais do Sistema Serotonineacutergico em decorrecircncia do exerciacutecio

fiacutesico Primeiro a alteraccedilatildeo da permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica

Segundo aumento da lipoacutelise e por uacuteltimo atraveacutes da disputa entre aminoaacutecidos

pela passagem da barreira hematoencefaacutelica

22331111 AAlltteerraaccedilccedilotildeotildeeess nnaa bbaarrrreeiirraa hheemmaattooeenncceeffaacuteaacutelliiccaa ee eexxeerrcciacuteiacutecciiooss ffiacuteiacutessiiccooss

A barreira hematoencefaacutelica eacute um conjunto complexo de defesa do ceacuterebro

que o protege de possiacuteveis ldquosubstacircncias estranhasldquo ou toacutexicas que possam danificaacute-

lo mantendo um ambiente quiacutemico protegido e constante para o seu bom

funcionamento Eacute semipermeaacutevel ou seja permite que algumas substacircncias a

atravessem enquanto limitam a entrada de muitas outras O tamanho das moacuteleacuteculas

38

das substacircncias eacute considerado como fator de limitaccedilatildeo para sua entrada no sistema

nervoso central (WIKEPEDIA 2007) Fenocircmenos percebidos durante a praacutetica de

exerciacutecios fiacutesicos como a hipertensatildeo a hiperosmolaridade e a hipertermia podem

alterar a permeabilidade dessa barreira

Nas uacuteltimas deacutecadas vaacuterios foram os meacutetodos e intervenccedilotildees desenvolvidos

com o intuito de analisar a evoluccedilatildeo do metabolismo da circulaccedilatildeo e da accedilatildeo

neurotransmissora cerebral Muitas delas foram utilizadas para verificar e esclarecer

a interferecircncia do exerciacutecio fiacutesico sobre este sistema e apesar das limitaccedilotildees eacuteticas

para intervenccedilotildees em humanos a hipoacutetese desta interferecircncia eacute amplamente aceita

entre autores (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001 NYBOA amp SECHER 2004)

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergic2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergicoo

Os aacutecidos graxos livres (AGL) satildeo combustiacuteveis importantes em nosso

organismo e satildeo considerados assim como os carboidratos substratos de primeira

importacircncia para o recurso energeacutetico Satildeo armazenados em sua maioria tanto na

forma de triacilglicedes nas ceacutelulas adiposas como nas ceacutelulas musculares Para que

sejam metabolizados eacute necessaacuterio que ocorra um processo chamado lipoacutelise tambeacutem

conhecido como ldquohidroacutelise de trigliceacuteriderdquo onde acontece a quebra dos triacilglicedes

em aacutecidos graxos (trecircs moleacuteculas) e glicerol (uma moleacutecula) Esse processo eacute

favorecido tanto sob condiccedilotildees de dieta hipocaloacuterica jejum ou desnutriccedilatildeo

hipotermia como tambeacutem pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos (HOUSTON 2001

POWERS amp HOWLEY 2003)

Segundo Helge et al (2007) e Friedlander et al (2007) a intensidade a

duraccedilatildeo da sessatildeo de exerciacutecio e o niacutevel de treinamento do indiviacuteduo satildeo fatores

determinantes para definir a disponibilidade de gordura que seraacute utilizada como

fonte de combustiacutevel Enquanto reduccedilotildees satildeo percebidas em outras fontes de

gordura durante o exerciacutecio fiacutesico concomitantemente satildeo observados aumentos

graduais e progressivos desse substrato do repouso agrave intensidades leves de leve agrave

moderada Todavia com o crescente aumento da intensidade a oxidaccedilatildeo dos AGLs

manteacutem-se constante durante a praacutetica de exerciacutecios de alta intensidade Por outro

lado perceberam que medidas das concentraccedilotildees sistecircmicas de AGL atuam apenas

39

como marcadores das reais concentraccedilotildees em grandes massas musculares que

podem apresentar maior migraccedilatildeo desses para as ceacutelulas musculares quando

comparadas com concentraccedilotildees no fluxo plasmaacutetico

Os aacutecidos graxos satildeo moleacuteculas de estrutura longa (de 16 a 18 aacutetomos de

carbono) tem baixo niacutevel de soludibilidade no meio aquoso do sangue e difundem

com dificuldade atraveacutes da membrana Para facilitar seu transporte para dentro das

ceacutelulas utilizam-se da albumina proteiacutena transportadora que possui trecircs siacutetios de

ligaccedilatildeo de alta afinidade para os AGLs As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de AGL em

repouso (valor aproximado de 02 ndash 04 mmol-1) podem ter aumento significativo

durante ou apoacutes o exerciacutecio fiacutesico (atingindo um valor de 20 mmol-1) necessitando

de maior accedilatildeo e concentraccedilatildeo da albumina A captaccedilatildeo destes aacutecidos pelo muacutesculo

estaacute diretamente relacionada agrave sua disponibilidade plasmaacutetica e por isso a

mobilizaccedilatildeo lipoliacutetica das reservas lipiacutedicas eacute um passo importante para garantir o

suprimento adequado de nutrientes para trabalho muscular prolongado (MAUGHAN

GLEESON amp GREENHAFF 2000 HOUSTON 2001)

O triptofano precursor da 5-HT assim como os AGLs tambeacutem utiliza-se

da albumina como transportador Eacute o uacutenico aminoaacutecido que se apresenta no

sangue sob duas formas 1) ligado agrave albumina (TRP) que representa 90 da

concentraccedilatildeo total de triptofano (TRP + TRP-L) e 2) livre (TRP-L) que

representa apenas 10 do TRP total No entanto essa pequena parcela eacute

responsaacutevel direta pela siacutentese da serotonina Acredita-se que somente a fraccedilatildeo

de TRP-L esteja disponiacutevel para ser transportada para o SNC considerando que

o tamanho da moleacutecula da albumina seja um fator limitante para sua

ultrapassagem pela barreira hematoencefaacutelica (HUFFMAN et al 2004)

Vaacuterios autores (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL

amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000 HUFFMAN et al

2004) perceberam que a lipoacutelise promovida pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

pode interferir nas concentraccedilotildees dessas porccedilotildees do triptofano (TRP e TRP-L)

Uma vez que o aumento da demanda de AGL desloca o TRP dos siacutetios de

40

ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente aumento da

disponibilidade deste precursor no SNC

22331133 CCoonncceennttrraaccedilccedilatildeatildeoo ddee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ee oo ssiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo

Vaacuterios aspectos abordados anteriormente podem estar limitando a

probabilidade de ultrapassagem do TRP pela barreira hematoencefaacutelica primeiro por

ser um aminoaacutecido essencial tem sua produccedilatildeo no organismo impossibilitada e

depende diretamente da qualidade da ingesta alimentar Segundo apresenta relaccedilatildeo

reduzida da porccedilatildeo livre responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT comparada com a porccedilatildeo

ligada agrave albumina (MAUGHAN amp SHIRREFFS 1996 ROSSI amp TIRAPEGUI 2003)

Terceiro tem uma baixa concentraccedilatildeo plasmaacutetica em relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos

(1100) aleacutem de concorrer pelo mesmo transportador para a ultrapassagem da

barreira hematoencefaacutelica com outros aminoaacutecidos neutros (AAN) a tirosina e

fenilalanina conhecidos como aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e a leucina isoleucina e

valina conhecidos como aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) Este processo de

transporte eacute regulado por competiccedilatildeo e a afinidade do transportador pelo

aminoaacutecido eacute determinada pelas concentraccedilotildees relativas dos demais aminoaacutecidos

Desta forma quanto maior for a proporccedilatildeo triptofano livre em relaccedilatildeo aos

aminoaacutecidos (TRP-LAAN) maior seraacute sua concentraccedilatildeo no SNC Adicionalmente a

razatildeo TRPAACR eacute utilizada como potencial determinante da acumulaccedilatildeo cerebral de

TRP e consequumlentemente da siacutentese de 5-HT (ROSSI amp TIRAPEGUI 2003

ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005)

Estudos comprovam que alteraccedilotildees neuroquiacutemicas desencadeadas pelo

estiacutemulo do estresse fiacutesico podem modificar tambeacutem os resultados obtidos pela

competiccedilatildeo do TRP e demais aminoaacutecidos pelo transportador Durante o exerciacutecio

percebe-se um ecircxodo de seis aminoaacutecidos da circulaccedilatildeo plasmaacutetica para serem

oxidados nos muacutesculos esqueleacutetico entre eles os AACRs Apesar de sua pequena

expressatildeo para a siacutentese energeacutetica os aminoaacutecidos podem oferecer importante

contribuiccedilatildeo para provisatildeo de energia quando a disponibilidade de outros

combustiacuteveis for limitada Sua utilizaccedilatildeo como substrato eacute capaz de um incremento

expressivo durante o exerciacutecio podendo atingir um grau de oxidaccedilatildeo como no caso

da leucina cinco vezes maior que em situaccedilatildeo de repouso (MAUGHAN GLEESON amp

GREENHAFF 2000) levando a uma subsequumlente reduccedilatildeo da concentraccedilatildeo destes

41

aminoaacutecidos na circulaccedilatildeo Todo esse processo estimula a capacidade de captaccedilatildeo do

TRP-L pelo ceacuterebro e promove tanto a siacutentese como a liberaccedilatildeo da 5-HT central

(COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973

MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000)

Diferentes intensidades e duraccedilatildeo podem alterar as respostas do sistema

serotonineacutergico significativamente ou natildeo (DUNN amp DISHMAN 1991) Sabe-se

portanto que o exerciacutecio intenso e prolongado pode resultar em um influxo

aumentado do precursor serotonineacutergico para o ceacuterebro e consequumlentemente um

aumento da serotonina eacute observado Nesse sentido considerando incremento desse

neurotransmissor e de seu envolvimento com mecanismos de cansaccedilo sono e dor

alguns autores sugeriram que esse sistema poderia atuar como principal mediador

do fenocircmeno conhecido como fadiga central

223322 SSiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo ee aa ffaaddiiggaa cceennttrraall

Postergar os efeitos da fadiga e prolongar o desempenho humano satildeo

incoacutegnitas ateacute hoje incompreendidas Atualmente vaacuterios satildeo estudos que ainda

detecircm seus esforccedilos em desvendar os misteacuterios relacionados agrave fadiga perifeacuterica e

central (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER

2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005 PROVENZA et al2005 HELGE et al

2007) De caraacuteter multifatorial e complexo a fadiga eacute estimulada por fenocircmenos

perifeacutericos e centrais que desencadeiam respostas interligadas Davis (1998) sugere

que fatores como a duraccedilatildeo e intensidade do esforccedilo tipo e densidade das

miofibrilas musculares niacutevel de aptidatildeo fiacutesica individual motivaccedilatildeo alimentaccedilatildeo e

condiccedilotildees ambientais podem interferir na natureza e extensatildeo da fadiga

O termo ldquofadigardquo pode ser inicialmente definido como o conjunto de

manifestaccedilotildees produzidas por trabalho ou exerciacutecio prolongado tendo como

consequumlecircncia a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional de manter ou continuar o

rendimento esperado Tradicionalmente relacionava-se a fadiga a eventos

metaboacutelicos interativos que afetavam os muacutesculos Todavia estudos recentes

acatam progressivamente a hipoacutetese da fadiga central Uma vez que foi observado

que ldquofatores psicoloacutegicosrdquo como por exemplo a motivaccedilatildeo e o estado de humor

poderiam interferir no desempenho das atividades fiacutesicas limitando a performance

42

Por outro lado notou-se episoacutedios de fadiga em indiviacuteduos acamados em repouso

submetidos a intervenccedilotildees ciruacutergicas o que fugiria das bases conceituais da fadiga

perifeacuterica (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004)

SENSACcedilAtildeO DE FADIGA

COMANDO CENTRAL Percepccedilatildeo de Esforccedilo

FATORES PSICOLOacuteGICOS Vontade proacutepria alteraccedilotildees do humor toleracircncia agrave dor vivecircncias anteriores expectativas ensaio mental etc

ALTERACcedilOtildeES PERIFEacuteRICAS Respostas dos muacutesculos juntas e tendotildees Fatores respiratoacuterios e cardiovasculares Receptores e nociceptores da pele

ALTERACcedilOtildeES NEUROBIOLOacuteGICAS Depleccedilatildeo de substrato energeacutetico e de niacuteveis de neurotransmissores em regiotildees do ceacuterebro Alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de amocircnia citocinas endorfinas temperatura etc

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na fadiga perifeacuterica e fadiga central Fonte Figura adaptada de Nibo e Secher (2004)

Newsholme amp Bloomstrand (1987) fundamentados pelo incremento da

serotonina poacutes-exerciacutecio e por seu envolvimento com eventos de letargia de

sono de percepccedilatildeo de dor e alteraccedilotildees nos estados de humor idealizaram a

ldquohipoacutetese da fadiga centralrdquo Descreveram o envolvimento desse neurotransmissor

como um mediador em potencial da fadiga no SNC alterando a percepccedilatildeo de

esforccedilo e da fadiga muscular Todavia vaacuterios estudos sobre este tema

antecederam ao surgimento dessa hipoacutetese O primeiro autor a abordar o termo

fadiga central foi Mosso em 1904 (MEEUSEN et al 2006) que apoacutes submeter

indiviacuteduos a uma sessatildeo de esforccedilo mental percebeu incapacidade de

manutenccedilatildeo da performance muscular

Inicialmente havia uma predileccedilatildeo por utilizar modelo animal nas

investigaccedilotildees da fadiga central o que muito contribuiu para iniciar a

compreensatildeo desse tema jaacute que limitaccedilotildees oacutebvias eram inerentes em humanos

Blomstrand et al (1988) foram os primeiros a utilizar modelo humano para

43

desvendar essa temaacutetica quando observaram em 22 sujeitos a reduccedilatildeo de

19 das concentraccedilotildees dos AACRs e um incremento 24 vezes maior dos niacuteveis

de TRP-L apoacutes uma prova de maratona

Vaacuterios estudos surgiram para investigar a validade da hipoacutetese da fadiga

central que defende a ocorrecircncia de um incremento significativo da serotonina

cerebral provocada por exerciacutecios prolongados seguida por uma reduccedilatildeo da

accedilatildeo do SNC e consequumlente deteriorizaccedilatildeo do desempenho esportivo e da

praacutetica do exerciacutecio fiacutesico (NEWSHOLME amp BLOOMSTRAND 1987) Objetivando

compreender esse paradigma foram observadas intervenccedilotildees que adotaram

metodologias muacuteltiplas que normalmente foram agrupadas na literatura por

manipulaccedilotildees nutricionais (VARNIER et al 1994 CALDERS et al1999 GOMES-

MERINO et al 2001) farmacoloacutegicas (CHENNAOUI et al 2000) ou por

manipulaccedilatildeo na prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos atraveacutes de diferentes

intensidades e duraccedilatildeo (BLOMSTRAND et al 1991 BAILEY amp AHLBORN 1992

ARIDA 1998 OLIVEIRA et al 2007)

Entre as manipulaccedilotildees nutricionais mais conhecidas estatildeo as que envolvem a

restriccedilatildeo ou disponibilizaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) de

triptofano livre (TRP-L) e de carbohidratos (CHO) a manipulaccedilatildeo farmacoloacutegica ou

realizaccedilatildeo de experimentos utilizando a administraccedilatildeo de drogas que

reconhecidamente aumentam (agonistas) ou reduzem (antagonistas) a recaptaccedilatildeo

da serotonina na fenda sinaacuteptica Por uacuteltimo a variaccedilatildeo de criteacuterios adotados na

prescriccedilatildeo de exerciacutecios alterando criteacuterios de intensidade volume duraccedilatildeo

temperatura ambiente onde os exerciacutecios satildeo praticados (MEEUSEN et al 2006)

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Os efeitos deleteacuterios que o processo do envelhecimento ocasiona sobre

sistema serotonineacutergico e consequentemente sobre o SNC tecircm sido apontados

como fatores ou co-fatores etioloacutegicos de vaacuterias doenccedilas (depressatildeo doenccedila de

Alzheimer Parkinson etc) O decliacutenio das atividades cerebrais natildeo se apresenta de

maneira uniforme entre indiviacuteduos que muitas vezes dificulta determinar quais os

eventos decorrentes do processo natural do envelhecimento e quais constituem

quadros patoloacutegicos

44

O envelhecimento provoca alteraccedilotildees na anatomia do ceacuterebro e da medula

Estima-se que o tamanho do ceacuterebro sofra um decreacutescimo aproximado de 2 por

deacutecada Segundo Payton amp Poland (1983) um indiviacuteduo na nona deacutecada pode

apresentar uma reduccedilatildeo de ateacute 20 da massa cefaacutelica aleacutem de uma desaceleraccedilatildeo

da conduccedilatildeo nervosa de 04 ao ano

Segundo Trelles (1986) o decliacutenio do envelhecimento promove alteraccedilotildees

quantitativas e qualitativas no metabolismo proteacuteico acarretando perda neuronal

principalmente no coacutertex cerebral reduccedilatildeo das concentraccedilotildees dos

neurotransmissores e aumento de seu catabolismo Nishimura Takeuchi Matsushita

et al (1998) observaram alteraccedilotildees aberrantes na morfologia de fibras

serotonineacutergicas em algumas regiotildees do ceacuterebro Distribuiacutedas desorganizadamente

essas fibras apresentavam-se altamente arborizadas com grande nuacutemero de

varicosidades com reduccedilatildeo de sua densidade e inchaccedilo lento e progressivo do

axocircnio Essas deformidades resultaram em um enfraquecimento no transporte

Aleacutem da estrutura morfoloacutegica tambeacutem os aspectos fisioloacutegicos e bioquiacutemicos

desse sistema sofre alteraccedilotildees durante a senescecircncia Uma reduccedilatildeo da atividade da

enzima responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT a triptofano hidroxilase eacute percebida em

aacutereas ricas em 5-HT como os nuacutecleos da rafe e consequumlentemente os niacuteveis desse

neurotransmissor satildeo reduzidos Em contrapartida o aacutecido 5-Hidroxiindolaceacutetico

mostra-se reduzido no liacutequido ceacutefalo-raquidiano Portanto como no caso das

catecolaminas a 5-HT apresenta um decreacutescimo em sua siacutentese e aumento em seu

catabolismo agrave medida que o envelhecimento progride (TRELLES 1986)

Esse decreacutescimo tambeacutem pode ser induzido tanto pela reduccedilatildeo do nuacutemero de

neurocircnios serotonineacutergicos no nuacutecleo da rafe como pelo aumento da atividade da

enzima MAO-B responsaacutevel pela degradaccedilatildeo serotonineacutergica Estudos post-mortem

demonstraram que haacute reduccedilatildeo do nuacutemero de receptores serotonineacutergicos no SNC

com o aumento da idade particularmente o 5-HT1 e o 5-HT2 Embora o significado

cliacutenico desse fato ainda natildeo esteja bem definido evidecircncias sugerem que indiviacuteduos

idosos sejam mais sensiacuteveis aos efeitos das drogas serotonineacutergicas do que os

jovens Postula-se que o prejuiacutezo da transmissatildeo neuronal ligado a menor aporte de

45

neurotransmissores ou a uma menor sensibilidade dos receptores a eles esteja

associado agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios emocionais cognitivos e de

comportamento em idosos (MENON FREIRIAS amp SANCHES 1998)

Os niacuteveis de 5-HT e seu metaboacutelito (5-HIAA) foram comparados tanto no

plasma como em plaquetas em grupo de mulheres idosas e mulheres mais jovens

Uma significativa relaccedilatildeo entre 5-HT e a idade foi observada visto que agrave medida que

a idade aumentava maiores niacuteveis de 5-HT e 5-HIAA plaquetaacuteria eram observados

Em contrapartida com o avanccedilar da idade as concentraccedilotildees de 5-HT no plasma

apresentaram-se reduzidas Todavia alteraccedilotildees significativas nas concentraccedilotildees de

5-HIAA no plasma natildeo foram observadas (KUMAR WEISS FERNANDEZ et al 1998)

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO

A depressatildeo eacute uma das mais comuns e devastadoras desordens psiquiaacutetricas

Atualmente embora uma variedade de estrateacutegias de tratamento esteja disponiacutevel

sua maior problemaacutetica encontra-se na consistecircncia do diagnoacutestico e no

medicamento a ser utilizado (THOME HENN amp DUMAN 2002) Essa limitaccedilatildeo

consiste em sua etiologia indefinida associada agrave heterogeneidade de sintomas (DUNN

amp DISHMAN 1991)

A depressatildeo eacute um transtorno crocircnico e recorrente visto que

aproximadamente 80 dos indiviacuteduos que recebem tratamento para um episoacutedio

depressivo satildeo acometidos por um segundo episoacutedio ao longo de suas vidas

Tambeacutem eacute considerada como um transtorno incapacitante pois atinge a quarta

classificaccedilatildeo de causa especiacutefica de incapacitaccedilatildeo quando comparada com vaacuterias

outras doenccedilas (FLECK 2003)

De acordo com o criteacuterio de diagnoacutestico de episoacutedio depressivo da OMS

(1993) segundo a deacutecima revisatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas

(CID-10) os sintomas e episoacutedios da depressatildeo podem se divididos

respectivamente em 1) Sintomas fundamentais constituiacutedos de humor deprimido

perda de interesse fatigabilidade e 2) sintomas acessoacuterios constituiacutedos de

concentraccedilatildeo e atenccedilatildeo reduzidas auto-estima e auto-confianccedila reduzidas ideacuteias de

46

culpa e inutilidade visotildees desoladas e pessimistas do futuro ideacuteias ou atos

autolesivos ou de suiciacutedio sono perturbado e apetite reduzido Por outro lado a

gravidade desta doenccedila foi classificada em trecircs graduaccedilotildees agrave saber

Episoacutedio leve associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais e dois acessoacuterios

Episoacutedio moderado associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais mais trecircs ou quatro

acessoacuterios

Episoacutedio Grave associaccedilatildeo de trecircs sintomas fundamentais mais quatro ou mais

acessoacuterios

Sabe-se que a prevalecircncia de episoacutedios depressivos tem um crescimento

linear agrave medida que envelhecemos e que o acometimento dessa doenccedila eacute mais

percebido em pessoas do gecircnero feminino (SNOWDON 2001 MAES 2002

STORDAL MYKLETUN amp DAHL 2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede a prevalecircncia de depressatildeo entre

mulheres e homens atinge a proporccedilatildeo de dois por um Todavia apesar dos avanccedilos

obtidos em justificar essa diferenccedila entre gecircneros ou ateacute mesmo em desvendar a

etiologia dessa doenccedila atraveacutes de estudos da geneacutetica influecircncias ambientais

marcadores ou anomalias bioloacutegicos comuns aos portadores de depressatildeo vaacuterias

accedilotildees profilaacuteticas e preventivas se fundamentam em hipoacuteteses e conjecturas

(RODRIGUES 2000 OMS 2000)

Prevenir a depressatildeo natildeo eacute accedilatildeo simples consiste em uma das grandes

incoacutegnitas associadas agrave essa doenccedila Identificar que medidas deveratildeo ser tomadas

no sentido de precaver recorrecircncia e recaiacuteda daquele idoso que jaacute sofreu uma ou

mais crises depressivas ainda constitui um desafio Visto que altos iacutendices de

resistecircncia ao tratamento seguidos de mortalidade satildeo observados nesta populaccedilatildeo

(SPEAR 2002) aleacutem da vulnerabilidade ao suiciacutedio a que satildeo expostos pela proacutepria

enfermidade (SCHOEVERS 2000)

O sucesso no tratamento de depressatildeo em idosos depende da gravidade desta

patologia das comorbidades com outras doenccedilas psiquiaacutetricas ou cliacutenicas da

seriedade em que o paciente e seus familiares encaram o tratamento e da escolha da

47

intervenccedilatildeo adequada visto que procedimentos mais indicados e utilizados com

frequumlecircncia por esta faixa etaacuteria natildeo estatildeo isentos de uma lista de efeitos colaterais

associados (SCALCO 2002)

Segundo GOTTFRIES (1993) o tratamento da depressatildeo no idoso segue

quase a mesma orientaccedilatildeo do tratamento em jovens exigindo um pouco mais de

criteacuterio pela maior fragilidade orgacircnica apresentada por eles Os antidepressivos satildeo

vastamente utilizados no tratamento da depressatildeo Entre eles os triciacuteclicos que tecircm

sua accedilatildeo sobre vaacuterios neurotransmissores os inibidores da enzima

monoaminaoxidase - MAO os inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo de serotonina - ISRS

e a venlafaxina que atua sobre a serotonina a noradrenalina e a dopamina Mesmo

com todo avanccedilo farmacoloacutegico esses medicamentos apresentam em alguns casos

efeitos colaterais inconvenientes como por exemplo a incompatibilidade dos

antidepressivos com outros medicamentos em caso de patologias associadas o que

eacute comum no idoso A eletroconvulsoterapia tambeacutem muito utilizada no tratamento

depressivo e considerada juntamente com os antidepressivos como um dos pilares

para essa terapia e eacute em muitos casos tida como primeira opccedilatildeo de tratamento

Contudo cuidados maiores devem ser tomados quando utilizada em idosos por sua

alta prevalecircncia de osteoporose

De acordo com SOUZA (1999) o tratamento dessa enfermidade deve ser

entendido de forma globalizada considerando o ser humano como um todo

incluindo dimensotildees bioloacutegicas psicoloacutegicas e sociais A terapia deve abranger todas

essas aacutereas natildeo omitindo a utilizaccedilatildeo de psicoterapia da farmacologia e de

mudanccedilas no estilo de vida

Entre as alteraccedilotildees adotadas para mudanccedila no estilo de vida eficazes para

melhorar os estados de humor encontra-se a praacutetica regular de exerciacutecio fiacutesico

Atualmente muitos defendem sua prescriccedilatildeo como tratamento alternativo da

depressatildeo em funccedilatildeo das alteraccedilotildees bioquiacutemicas promovidas por essa praacutetica

(DISHMAN 1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998) Os benefiacutecios

psicoloacutegicos provenientes de uma vida ativa retecircm vitalidade mobilidade e

independecircncia Melhora o sentimento de bem-estar auto-estima e apreciaccedilatildeo da vida

48

amplia a relaccedilatildeo entre amigos e conhecidos reduz o sentimento de solidatildeo e melhora

a qualidade do sono (OAKS 2000 NIEMAN 1999 DUNN amp DISHMAN 1991)

Blumenthal et al (1999) submeteram 156 senhoras idosas a uma

comparaccedilatildeo entre intervenccedilotildees farmacoloacutegicas quatro meses de exerciacutecios fiacutesicos

aeroacutebicos de intensidade moderadamente alta e a associaccedilatildeo entre exerciacutecios e

ingesta medicamentosa Eles perceberam que os trecircs grupos produziram

melhoras nos quadros depressivos e nenhuma diferenccedila significativa foi percebida

entre as intervenccedilotildees Embora os pacientes sob medicamentos tenham mostrado

respostas iniciais mais raacutepidas os submetidos ao exerciacutecio fiacutesico sistematizado

mantiveram-se por mais tempo sem recaiacutedas

Segundo Nieman (1999) pessoas fisicamente ativas e com boa aptidatildeo fiacutesica

apresentam melhor equiliacutebrio psicoloacutegico do que as sedentaacuterias O autor destacou

entre outras algumas hipoacuteteses comuns no meio cientiacutefico que tentam explicar o

sentimento de bem-estar em resposta agrave praacutetica do exerciacutecio fiacutesico regular 1) que agrave

medida que o organismo do indiviacuteduo ativo se adapte agraves alteraccedilotildees metaboacutelicas

induzidas pela praacutetica do exerciacutecio fiacutesico o corpo seja fortalecido e treinado para

reagir calmamente aos estiacutemulos desencadeados por um estresse mental 2) que a

melhora do humor possa estar atrelada agrave praacutetica de exerciacutecios aeroacutebios por produzir

um incremento do fluxo sanguumliacuteneo e do transporte de oxigecircnio para o ceacuterebro em

funccedilatildeo de alteraccedilotildees estruturais cerebrais permanentes como por exemplo o

surgimento de vasos sanguiacuteneos e terminaccedilotildees nervosas extras 3) que as alteraccedilotildees

bioquiacutemicas provocadas pelo exerciacutecio possam exercer um papel terapecircutico

importante no tratamento e prevenccedilatildeo da depressatildeo em funccedilatildeo da normalizaccedilatildeo das

concentraccedilotildees cerebrais da serotonina dopamina e norepinefrina

A associaccedilatildeo inversa entre casos depressivos tem sido investigada em estudos

longitudinais Um dos mais claacutessicos foi realizado por Paffembarger Lee amp Leugn

(1994) que teve a duraccedilatildeo de 27 anos em indiviacuteduos com idade entre 35 e 74 anos

que indicou que casos depressivos apresentavam maior associaccedilatildeo com menores

gastos energeacuteticos Outro estudo com duraccedilatildeo de 8 anos percebeu que a reduccedilatildeo

49

da frequumlecircncia semanal ou da intensidade do exerciacutecio pode aumentar a probabilidade

de casos depressivos (LAMPINEN HEIKKENEN amp RUOPPILA 2000)

Em suma percebe-se que menores niacuteveis de atividade fiacutesica estatildeo

associados com sintomas depressivos mais graves (MOORE BABYAK WOOD et al

1999) que os escores de depressatildeo estatildeo diretamente relacionados com o tempo

de praacutetica e a frequecircncia semanal que os exerciacutecios fiacutesicos satildeo oferecidos (LEGRAND

amp HEUZE 2007) que entre a comunidade cientiacutefica exista uma predileccedilatildeo por

prescrever exerciacutecios aeroacutebios para fins preventivos e terapecircuticos da depressatildeo

(RIBEIR0 1998 WERNECK et al 2006) e que a escolha da intensidade adequada

para esse fim se apresenta de forma inconsistente na literatura todavia

considerando o perfil da populaccedilatildeo percebe-se maior predileccedilatildeo intensidades leves agrave

moderada (LEGRAND amp HEUZE 2007)

26 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS

A ideacuteia equivocada de que a ldquosenilidaderdquo era uma consequumlecircncia normal do

envelhecimento foi amplamente disseminada Todavia percebe-se um alto grau de

afinidade entre o decliacutenio das funccedilotildees cognitivas e o avanccedilar da idade mesmo

entre indiviacuteduos saudaacuteveis (HAYFLICK 1997 SCHUIT et al 2001)

Um processo de lentificaccedilatildeo global (tanto no processamento de informaccedilotildees

quanto na realizaccedilatildeo motora de uma tarefa) eacute percebido durante o envelhecimento

poreacutem natildeo foi estabelecido um ritmo padronizado para acontecer essas alteraccedilotildees No

entanto estima-se que o melhor desempenho cognitivo seja alcanccedilado no iniacutecio da

idade adulta enquanto que o decliacutenio do mesmo seja percebido na meia idade por

volta dos 45 anos (ANTUNES MELLO amp BUENO 2002)

Durante o processo de envelhecimento eacute provaacutevel que as funccedilotildees de memoacuteria

operacional tornem-se mais susceptiacuteveis a interferecircncias de informaccedilotildees

irrelevantesdistratoras (CABEZA amp NYBERG 2000 MILHAM et al 2002) Essa

reduzida efetividade funcional parece associada a uma menor responsividade de

sistemas cerebrais acircntero-posteriores responsaacuteveis por aspectos executivos do

controle atencional (BANICH et al 2000 MILHAM et al 2002)

50

Adicionalmente resultados de investigaccedilotildees tecircm sugerido decliacutenio na

habilidade cerebral para inibir respostas natildeo apropriadas (POSNER amp DEHAENE

1994 WEST 1999 CABEZA amp NYBERG 2000) Esse deacuteficit parece decorrente de

uma descompensaccedilatildeo na sensibilidade do coacutertex anterior do ciacutengulo o melhor

candidato conhecido para o processamento inibitoacuterio e o monitoramento de

respostas em conflito (MILHAM et al 2002)

Estudos realizados nas uacuteltimas deacutecadas sugerem que condutas diaacuterias

podem afetar positivamente ou natildeo as estruturas do ceacuterebro em niacuteveis

celulares moleculares e sistecircmicos Vaacuterias pesquisas sugerem que os efeitos

promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico voluntaacuterio possam elevar os niacuteveis de fatores

neurotroacuteficos derivados do ceacuterebro (BDNF) e de outros fatores de crescimento

estimula a neurogecircnesis e aumenta a resistecircncia do ceacuterebro Nesse sentido a

melhora da aptidatildeo cardiovascular pode resultar em um aumento da

plasticidade do ceacuterebro humano aleacutem de exercer reduccedilatildeo tanto na senescecircncia

bioloacutegica como cognitiva (MATTSON CHAN amp DUAN 2002 COTMAN amp

BERCHTOLD 2002 COLCOMBE et al 2003)

Uma das hipoacuteteses mais aceita para a compreensatildeo do decliacutenio cognitivo foi

baseada na reduccedilatildeo da funccedilatildeo cardiovascular decorrente do envelhecimento que

acarretaria diminuiccedilatildeo progressiva da disponibilidade de oxigecircnio no ceacuterebro

Baseado nessa problemaacutetica estudos comprovaram atraveacutes de modelo animal o

aumento do fluxo sanguumliacuteneo e da disponibilidade de oxigecircnio durante o exerciacutecio

Todavia sabe-se que essa natildeo eacute a uacutenica contribuiccedilatildeo e alteraccedilatildeo promovida pelo

exerciacutecio fiacutesico em niacuteveis centrais Uma das habilidades desse tipo de estresse

consiste em aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica promovendo

alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de alguns hormocircnios de neurotransmissores

(ANTUNES MELLO amp BUENO 2002 ROSSI amp TIRAPEGUI 1999)

Crescentes evidecircncias sugerem a contribuiccedilatildeo do sistema serotonineacutergico

no desempenho das funccedilotildees cognitivas Natildeo existem trabalhos disponiacuteveis ateacute

a presente data que ofereccedilam seguramente a fundamentaccedilatildeo e amplitude

desse envolvimento Contudo sua disponibilidade na fisiologia patofisiologia e

51

terapecircutica do processo cognitivo deixa-nos fortes evidecircncias desse

envolvimento (MENESES 1999)

Outro indiacutecio de envolvimento desse neurotransmissor com os aspectos

cognitivos consiste na localizaccedilatildeo de alguns receptores serotonineacutergicos em aacutereas

cerebrais responsaacuteveis pela aprendizagem e memoacuteria incluindo o hipocampo

amigdala e cortex cerebral Receptores e vias da serotonina parecem estar situados

em aacutereas relacionadas com a disfunccedilatildeo do processo cognitivo Aparentemente a

doenccedila de Alzheimer estaacute associada com decreacutescimo nos marcadores serotonineacutergicos

como do complexo da rafe complexo de captaccedilatildeotransporte e no nuacutemero de alguns

receptores serotonineacutergicos Tem-se observado que pacientes esquizofrecircnicos com

doenccedila de Alzheimer apresentam correlaccedilatildeo significativa dos niacuteveis da serotonina e de

seu principal metaboacutelito (5-HIAA) Diferentes processos serotonineacutergicos estatildeo sob

investigaccedilatildeo para serem utilizados no tratamento da amneacutesia e da doenccedila de

Alzheimer (MENESES 1999)

Na uacuteltima deacutecada o interesse em verificar a relaccedilatildeo da serotonina com a

cogniccedilatildeo aumentou subitamente apoacutes a idealizaccedilatildeo de uma manipulaccedilatildeo

farmacoloacutegica agrave base de aminoaacutecidos que resultava na depleccedilatildeo aguda do

triptofano possibilitando a realizaccedilatildeo de estudos em humanos vivos

(EDITORIAL 2004) Todavia os resultados advindos da utilizaccedilatildeo dessa

manipulaccedilatildeo natildeo satildeo convergentes em relaccedilatildeo aos benefiacutecios cognitivos

(PORTER et al 2000 MURPHY 2002) necessitando de novas intervenccedilotildees que

colaborem para o esclarecimento do tema

27 QUALIDADE DE VIDA

A busca por uma vida com qualidade felicidade bem-estar e prazer e uma

constante luta pela satisfaccedilatildeo de suas necessidades tem sido uma aspiraccedilatildeo que

acompanha o homem desde o princiacutepio da humanidade Todavia a expressatildeo

ldquoqualidade de vidardquo foi utilizada pela primeira vez ou tornou-se notoacuteria quando em

discurso o presidente dos Estados Unidos Lyndon Jonhson em 1964 afirmava que

os objetivos natildeo poderiam ser medidos atraveacutes de balanccedilos bancaacuterios Todavia

poderiam ser medidos atraveacutes da ldquoqualidade de vidardquo que estes proporcionariam agraves

52

pessoas O indicador de qualidade de vida utilizado naquele discurso baseava-se

principalmente em fatores econocircmicos o que significa na atualidade apenas uma

das facetas expressas nesse termo (SETIEacuteN SANTAMARIA 1993 OMS 1998)

Atualmente a expressatildeo ldquoqualidade de vidardquo apesar de muito utilizada natildeo

adquiriu um conceito que abrangesse todo o seu significado Por ser um termo em

moda muitas pessoas o utilizam projetando para o conceito um significado diferente

dificultando ainda mais a tentativa de definiccedilatildeo (GRIMLEY-EVANS 1996)

Esse conflito conceitual agrava-se pelo fato da variaacutevel ldquoqualidade de vidardquo ser

mensurada utilizando instrumentos situaccedilotildees contextos e pessoas distintas (KING

DOBSON HARNET 1996) GILL e FEINSTEIN (1994) observaram que 85 das

publicaccedilotildees cientiacuteficas que abordavam esse tema e que por eles foram investigadas natildeo

apresentaram uma definiccedilatildeo para ldquoqualidade de vidardquo isto talvez por sua

multidisciplinariedade Dessa forma natildeo existe entre os poucos conceitos um que

detenha aceitaccedilatildeo universal (FARQUHAR 1995)

Com o passar dos anos o interesse dessa temaacutetica aumentou

expressivamente vaacuterios instrumentos foram elaborados e validados cientificamente

construiacutedos sob forma de escalas objetivas para permitir quantificar dados tidos

como subjetivos Variando na abordagem e na forma de apresentaccedilatildeo essas escalas

satildeo aplicadas isoladamente ou associadas podendo fornecer medidas globais e

especiacuteficas de qualidade de vida Medidas que certamente natildeo tecircm a mesma

precisatildeo e rigor como por exemplo aquelas adquiridas atraveacutes de dados

bioquiacutemicos mas que satildeo capazes de contribuir para compreensatildeo de vaacuterias

problemaacuteticas e facilitar na elaboraccedilatildeo de procedimentos preventivos ou de

resoluccedilatildeo de problemas dentro da aacuterea estudada

Presumivelmente o termo ldquoqualidade de vida e sauacutederdquo foi utilizado pela

primeira vez em meados dos anos de 1960 no editorial ldquoMedicina e Qualidade de

vidardquo (ELKINGTON 1966) Desde entatildeo vaacuterios estudos surgiram dando enfoque para

essa nova dimensatildeo de qualidade de vida avaliando intervenccedilotildees terapecircuticas e

condutas meacutedicas para formular poliacuteticas de sauacutede HUNT (1980) acredita que os

indicadores de qualidade de vida na aacuterea de sauacutede satildeo baseados na expectativa de

53

vida morbidade e mortalidade aleacutem de padratildeo de avaliaccedilatildeo de tratamentos

oferecidos aos pacientes Jaacute que a percepccedilatildeo subjetiva do paciente quanto ao seu

estado de sauacutede seja um indicador importante a ser considerado e deve ser sempre

avaliado Adicionalmente Kaplan (1984) afirma que o impacto da sauacutede sobre a

mobilidade atividade fiacutesica e atividade social estaacute intimamente relacionado com a

qualidade de vida e sauacutede

A OMS ciente da necessidade cientiacutefica de esclarecer convencionar ou

facilitar pesquisas dentro dessa temaacutetica organizou uma equipe de especialistas

com o objetivo de elaborar um instrumento geneacuterico de avaliaccedilatildeo da ldquoqualidade de

vidardquo construiacutedo atraveacutes de um meacutetodo transcultural (WHOQOL) Foi entatildeo que

surgiu o conceito elaborado por profissionais que consideram que a qualidade de

vida seja a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e

sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo aos seus objetivos expectativas

padrotildees e preocupaccedilotildees Conscientes da complexidade do tema a OMS admitiu

que embora natildeo houvesse uma definiccedilatildeo consensual de qualidade de vida havia

concordacircncia consideraacutevel acerca de algumas caracteriacutesticas desse constructo

como por exemplo a subjetividade que aleacutem das condiccedilotildees objetivas como

aquisiccedilotildees materiais muito valorizadas nos primeiros instrumentos elaborados

existam as condiccedilotildees subjetivas oportunizando e valorizando as percepccedilotildees e os

valores dados pelos sujeitos dentro de um contexto A segunda caracteriacutestica foi a

multidimensionalidade em que o instrumento deveria enfocar no miacutenimo trecircs

dimensotildees baacutesicas (fiacutesica psicoloacutegica e social) sempre em uma vertente subjetiva

como o indiviacuteduo percebe seu estado fiacutesico cognitivo e afetivo suas relaccedilotildees

interpessoais e os papeacuteis sociais em sua vida Terceiro a bipolaridade o

instrumento deveraacute incluir dimensotildees positivas e negativas e enfatizar a percepccedilatildeo

do indiviacuteduo acerca destas dimensotildees (OMS 2004)

A qualidade de vida eacute tatildeo importante para o idoso como para qualquer outro

indiviacuteduo de outra faixa etaacuteria Conviver bem com os decliacutenios naturais promovidos

pelo envelhecimento deve ser um desafio possiacutevel Envelhecer satisfatoriamente

depende do delicado equiliacutebrio entre as limitaccedilotildees e as potencialidades do indiviacuteduo

54

que lhe possibilitaraacute lidar em diferentes graus de eficaacutecia com as perdas inevitaacuteveis

do envelhecimento (NERI 2000)

FERRANS (1990) conceituou qualidade de vida como a sensaccedilatildeo de bem-estar

de um indiviacuteduo que varia da satisfaccedilatildeo agrave insatisfaccedilatildeo com respeito agraves aacutereas da

vida que satildeo importantes para ele A literatura gerontoloacutegica apresenta conceitos de

envelhecimento como ldquovelhice bem-sucedidardquo ldquoqualidade de velhicerdquo no sentido de

satisfaccedilatildeo de vida e estado de acircnimo como formas de tentar medir o bem-estar

Lawton (1991) enfoca a qualidade de vida na velhice como uma avaliaccedilatildeo

multidimensional referenciada por criteacuterios socionormativos (objetivos) e

intrapessoais (subjetivos) a respeito das relaccedilotildees atuais passadas e prospectivas

entre o indiviacuteduo maduro ou idoso e o seu ambiente

Uma velhice bem-sucedida envolve aspectos de realizaccedilatildeo do potencial

para alcanccedilar o bem-estar fiacutesico social e psicoloacutegico avaliado como adequado

pelo indiviacuteduo e pelo seu grupo etaacuterio tendo como paracircmetro as condiccedilotildees

objetivas e os valores sociais fundamentados no que seria desejaacutevel para que as

pessoas pudessem realizar seu potencial e a manutenccedilatildeo da competecircncia

funcional em domiacutenios selecionados por meio de mecanismos de compensaccedilatildeo e

otimizaccedilatildeo (NERI 2000)

Knorst et al (2001) e Hernandes e Barros (2004) afirmam que existe um

estreito relacionamento entre a qualidade de vida do idoso e sua habilidade ou

capacidade de desempenhar atividades ou tarefas da vida diaacuteria com autonomia e

independecircncia e destacam a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos como um fenocircmeno

facilitador entre eles

Natildeo eacute justo e nem eacute humano prolongar a vida dos que jaacute ultrapassam a fase

adulta quando natildeo lhes satildeo dadas condiccedilotildees de sobrevivecircncia digna Eacute melhor

acrescentar vida aos anos a serem vividos do que anos agrave vida precariamente vivida

(PAPALEacuteO NETTO amp PONTE 2002) O objetivo natildeo deve ser o de prolongar a vida e

com ela o sofrimento mas tornar a fragilidade uma pequena parcela da vida e

morrer jovem e com qualidade de vida o mais tarde possiacutevel

55

28 IMAGEM CORPORAL

Segundo Faith amp Allison (1996) e Williamson amp Orsquoneil (1998) imagem

corporal eacute a capacidade de representaccedilatildeo mental do proacuteprio corpo a interaccedilatildeo

entre o componente perceptivo avaliaccedilatildeo cognitiva do tamanho do corpo e o

componente postural Uma complexa resposta afetivandashcognitivondashcomportamental agrave

essa avaliaccedilatildeo Uma percepccedilatildeo individual de seu proacuteprio corpo e a maneira como

se sente a despeito

Para Mataruna (2004) a imagem corporal eacute uma figuraccedilatildeo do proacuteprio corpo

formada e estruturada na mente do mesmo indiviacuteduo que se desenvolve desde o

nascimento ateacute a morte dentro de uma estrutura complexa e subjetiva sofrendo

modificaccedilotildees que implicam na construccedilatildeo contiacutenua e reconstruccedilatildeo incessante

resultante do processamento de estiacutemulo

Vaacuterios fatores podem influenciar negativamente sobre a imagem corporal

de um indiviacuteduo por estabelecerem padrotildees dificilmente atingiacuteveis Como por

exemplo a existecircncia de forte tendecircncia social e cultural de considerar a

ldquomagrezardquo como uma situaccedilatildeo ideal de aceitaccedilatildeo e ecircxito Segundo a National

Eating Disorders Assciation esses padrotildees de beleza satildeo infelizmente

altamente discrepantes com a realidade visto que apenas 2 de mulheres satildeo

tatildeo magras quanto os modelos promovidos pelos meios de comunicaccedilatildeo

aumentando assim a insatisfaccedilatildeo com o proacuteprio corpo e resultando em

tentativa incessante em transforma-lo (KOWALSKI 2003)

Jovens adolescentes em sua maioria do sexo feminino internalizam esses

valores e modificam seus haacutebitos de vida em funccedilatildeo de se enquadrarem dentro

desses quisitos Quando adultas ou na meia-idade sentimentos de auto-criacutetica satildeo

intensificados e seus valores pessoais satildeo associados a eles resultando em

insidiosa destruiccedilatildeo da auto-estima e possiacutevel desenvolvimento de distuacuterbios

alimentares e desordens comportamentais comprometendo sua sauacutede fiacutesica e

mental podendo ateacute culminar com a morte Por conseguinte a literatura revela

que mulheres idosas quando insatisfeitas com a aparecircncia de seu corpo tendem

ser mais conscientes do que mulheres mais jovens Todavia essa consciecircncia natildeo

56

significa satisfaccedilatildeo visto que vaacuterios estudos que realizaram anaacutelise comparativa

entre mulheres jovens e idosas perceberam que um grande nuacutemero (60) de

insatisfaccedilatildeo e distorccedilatildeo da imagem corporal (forma e tamanho) persistiu ainda

entre idosas (FEY- YENSAN et al 2002)

Por outro lado apoacutes a comparaccedilatildeo entre gecircneros resultados de

investigaccedilotildees destacaram que os homens apresentam resultados mais positivos

em relaccedilatildeo agrave satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que as mulheres incluindo

tanto aspectos esteacuteticos como o peso corporal e a aparecircncia facial quanto

aspectos funcionais como a coordenaccedilatildeo motora a agilidade a sauacutede e o

desempenho sexual Mulheres em funccedilatildeo de vaacuterios eventos inerentes agrave sua

natureza apresentam maior flutuaccedilatildeo nas transiccedilotildees da formaccedilatildeo da imagem

corporal quando comparadas aos homens (HARGREAVES amp TIGGEMANN 2004

KAGAWA et al 2007) o que presumivelmente pode estar associado agrave maior

prevalecircncia de doenccedilas como a bulemia e anorexia relacionadas agrave insatisfaccedilatildeo e

distorccedilatildeo da imagem corporal real em funccedilatildeo de uma imagem corporal estipulada

como ideal (HAY 2002 CONNER amp JOHNSON 2004)

Confronto entre grupos eacutetnicos indicam que maior grau de insatisfaccedilatildeo com

a imagem corporal eacute apresentado por mulheres brancas seguido por mulheres

negras e por uacuteltimo mulheres asiaacuteticas (FITZGIBBON BLACKMAN amp AVELLONE 2000 CACHELIN et al 2002)

Acredita-se que a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos possa interferir

positivamente para construccedilatildeo da imagem corporal Le Boulch (1998) afirmou que

o principal objeto da educaccedilatildeo psicomotora constitui-se em ajudar o indiviacuteduo em

seus primeiros anos de vida a conseguir melhor percepccedilatildeo de sua imagem corporal

Schilder (1990) um dos mais conceituados pesquisadores da imagem corporal

enfatiza a importacircncia do movimento e da accedilatildeo para o reconhecimento e construccedilatildeo

desta imagem Segundo ele a relaccedilatildeo acontece nos dois sentidos tanto o

movimento faz-se necessaacuterio para a percepccedilatildeo e compreensatildeo do proacuteprio corpo

quanto o conhecimento das diversas partes do corpo e de suas relaccedilotildees muacutetuas seja

necessaacuterio para a realizaccedilatildeo de qualquer movimento Nesse sentido investigaccedilotildees

57

recentes ratificam essa influecircncia positiva do exerciacutecio afirmando que indiviacuteduos

submetidos a programa regular de atividade fiacutesica apresentaram maiores iacutendices

de satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que indiviacuteduos sedentaacuterios (BAHRAM amp

TEHRAN 2003 MATSUO et al 2007)

A insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal entre mulheres idosas diferencia-se

de sua insatisfaccedilatildeo quando jovem O processo do envelhecimento natildeo apenas

interfere em sua apresentaccedilatildeo esteacutetica (cabelos pele denticcedilatildeo postura peso

corporal entonaccedilatildeo da voz etc) mas reduz o desempenho de todo seu

organismo limitando-o para a execuccedilatildeo de muitas atividades diaacuterias Assim

sendo a perda da beleza da independecircncia e da energia associadas a perdas

de entes queridos da sauacutede ou da individualidade pode causar um grande

impacto na vida da mulher idosa e interferir em sua auto imagem (HAYFLICK

1997 FEY-YENSAN et al 2002)

Pessoas com uma visatildeo saudaacutevel de sua imagem corporal vecircem-se

realisticamente e tendem a gostar de seus corpos Uma imagem corporal positiva

revela auto-confianccedila energia vitalidade e auto-avaliaccedilatildeo positiva sentimentos de

beleza e atraccedilatildeo confianccedila e respeito pelo proacuteprio corpo liberdade de expressatildeo

corporal independentemente do peso corporal que apresenta Por outro lado

pessoas com a imagem corporal pobre e distorcida sentem-se insatisfeitas e

indiferentes em relaccedilatildeo ao proacuteprio corpo Pensam que sua aparecircncia seja alvo de

criacuteticas e sentem-se constantemente avaliadas pelos outros Ao auto-avaliar-se datildeo

importacircncia excessiva ao aspecto fiacutesico com uma preocupaccedilatildeo angustiante com o

proacuteprio corpo Detecircm sentimentos constantes de vergonha ou acanhamento que

podem vir seguidos de atitudes como avaliar sua composiccedilatildeo corporal

excessivamente (pesar medir) e com frequumlecircncia procuram comprar ou

experimentar roupas novas disfarccedilar o tamanho e forma do corpo usando roupas

largas e grandes evitar situaccedilotildees sociais que possam desencadear auto-

consciecircncia fiacutesica que tenham que expor o corpo vestindo roupas de banho

(KOWALSKI 2003 SHEENArsquos 2003)

58

A percepccedilatildeo subjetiva que uma pessoa tem sobre seu corpo pode ser mais

importante do que a realidade objetiva de sua aparecircncia Nesse sentido o peso

natildeo parece por si soacute ser o uacutenico determinante do grau de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo com imagem corporal (ALMEIDA 2002)

59

33 MMAATTEERRIIAALL EE MMEacuteEacuteTTOODDOO

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO

Foi realizado um delineamento quase experimental (Tabela 2) de abordagem

quantitativa (COZBY 2003 MARCONI amp LAKATOS 2003) com preacute e poacutes-testes nos

quais os dados referentes agraves variaacuteveis IMC VO2pico idade e duraccedilatildeo do teste

incremental na esteira foram considerados para a distribuiccedilatildeo da amostra para o

grupo controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90PCR e Gmax)

Sessotildees agudas de exerciacutecios cardiovasculares de diferentes intensidades e duraccedilatildeo

foram utilizadas como fator experimental Os resultados foram adquiridos pela

comparaccedilatildeo das meacutedias intragrupos e entregrupos

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90LA e Gmax) Grupo Seleccedilatildeo Preacute-teste Tratamento Poacutes-teste Δ

GC Natildeo aleatoacuteria a (GC) Nenhum b (GC) b (GC) - a (GC) G90LA Natildeo aleatoacuteria a (G90LA) 90 LA 20rsquo b (G90LA) b (G90LA) - a (G90LA) GLA Natildeo aleatoacuteria a (GLA) No LA 20rsquo b (GLA) b (GLA) - a (GLA) G90PCR Natildeo aleatoacuteria a (G90PCR) 90 LA 20rsquo b (G90PCR) b (G90PCR) - a (G90PCR) Gmax Natildeo aleatoacuteria a (Gmax) Teste max b (Gmax) b (Gmax) - a (Gmax) GLA1h Natildeo aleatoacuteria a (GLA1h) No LA 1h b (GLA1h) b (GLA1h) - a (GLA1h) Δ = diferenccedila entre preacute e poacutes-testes

O delineamento quase-experimental preacute-testepoacutes-teste com grupo controle

natildeo equivalente tambeacutem conhecido como experimento natildeo aleatoacuterio eacute um estudo

no qual o investigador interveacutem na caracteriacutestica que estaacute sendo investigada

entretanto natildeo haacute alocaccedilatildeo aleatoacuteria dos participantes ou de aacutereas aos grupos

que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo Essa eacute a principal diferenccedila em relaccedilatildeo ao

estudo experimental Os grupos que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo satildeo

geralmente formados considerando os aspectos administrativos criteacuterios

operacionais e o recrutamento de voluntaacuterios Entre as vantagens do estudo

quase-experimental pode-se citar ser implementado concomitantemente agrave

execuccedilatildeo das accedilotildees avaliar programas que atingem grandes populaccedilotildees e por

razotildees eacuteticas uma vez que o programa natildeo necessita ser interrompido para ser

avaliado As principais limitaccedilotildees satildeo a natildeo aleatoriedade na definiccedilatildeo da

amostra ao tamanho da amostra a ser estudada principalmente quando o

60

resultado de interesse eacute relativamente raro ao tempo e aos recursos necessaacuterios

para o desenvolvimento do estudo (CAMPBELL amp STANLEY 1979)

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO

Foi estabelecida como populaccedilatildeo alvo desse estudo um grupo de senhoras

inscritas em um programa de extensatildeo de atendimento ao idoso (Figura 4) vinculado

ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Stricto Sensu da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

(PPGEFUCB-DF) que representou um total de 225 senhoras

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA

333311 PPrriimmeeiirraa ffaassee

Criteacuterios de inclusatildeo apoacutes a avaliaccedilatildeo meacutedica a mulher deveria ser considerada

apta agrave praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ter idade entre 60 e 74 anos ser fisicamente

ativa (por um periacuteodo miacutenimo de 6 meses) fisicamente independente e ser

alfabetizada

Criteacuterios de exclusatildeo Uso abusivo de cigarros e bebidas associados agrave

dependecircncia co-morbidades meacutedicas capazes de interferir na realizaccedilatildeo e resultados

desse estudo como diabetes cardiopatias acidente vascular cerebral doenccedila de

Alzheimer doenccedila de Parkinson e distuacuterbios na tireoacuteide a utilizaccedilatildeo de

medicamentos antidepressivos limitaccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticas ou doenccedilas

cardiovasculares que impossibilitem a realizaccedilatildeo dos testes fiacutesicos que seratildeo

realizados nesse estudo

333322 SSeegguunnddaa ffaassee

Todas as voluntaacuterias que se enquadraram nos requisitos da primeira fase foram

informadas sobre os procedimentos que seriam utilizados nesta investigaccedilatildeo e seus

possiacuteveis desconfortos riscos e benefiacutecios Em seguida foram convidadas se assim o

desejassem a assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2) A

discordacircncia dos termos expostos aliada agrave negaccedilatildeo do consentimento foram

considerados como fator de exclusatildeo

61

A amostra desse estudo foi selecionada de forma natildeo-probabiliacutestica de um

grupo de 225 senhoras inseridas em um Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB- DF) Para a

seleccedilatildeo 147 idosas foram impossibilitadas de participar por apresentarem

incompatibilidade com os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos nesse

estudo (subitem 331) agrave saber

17 Idosas apresentaram restriccedilotildees meacutedicas para a realizaccedilatildeo do teste de esforccedilo

maacuteximo (TEM)

19 Idosas encerraram o TEM precocemente pelos criteacuterios descritos no item 344

16 Idosas apresentaram idade acima da faixa etaacuteria preestabelecida (ge 75 anos)

54 Idosas apresentaram o tempo de realizaccedilatildeo do TEM menor do que 480 s ou

apresentaram um VO2pico menor que ge17 (mlkgmin) no TEM

29 Idosas apresentaram Diabetes Mellitus tipo II

06 Idosas apresentaram hipo ou hiper tiroidismo

01 Idosa apresentou doenccedila de Parkinson

05 idosas faziam uso de antidepressivos

333333 DDeeffiinniiccedilccedilatildeatildeoo ddaa aammoossttrraa ddoo eessttuuddoo

A amostra foi constituiacuteda por 49 mulheres idosas ativas (n=49) fisicamente

independentes (SPIRDUSO 2005) com idade compreendida entre 60 e 74 anos que

foram distribuiacutedas para seis grupos utilizando como criteacuterio de distribuiccedilatildeo o iacutendice

de massa corporal o VO2pico o tempo de duraccedilatildeo no teste incremental na esteira e

a idade Um grupo controle (GC n= 8) e cinco grupos experimentais submetidos a

sessatildeo de exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90

do limiar anaeroacutebio na intensidade do limiar anaeroacutebio e a 90 do ponto de

compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA n=8 GLA n=8 e G90PCR n= 8

respectivamente) submetido a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax n= 8) e

submetido a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo sob agrave intensidade do limiar

anaeroacutebio (GLA1h n=9)

62

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do programa de atendimento ao idoso do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF) onde foi realizada a seleccedilatildeo da amostra

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS

334411 QQuueessttiioonnaacuteaacuterriioo ddee ssaauacuteuacuteddee ee hhaacuteaacutebbiittooss ddee vviiddaa

O preenchimento do questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida (Anexo 1) foi

realizado no ato da matriacutecula Constituiacutedo de 30 perguntas elaboradas com intuito de

obter melhor caracterizaccedilatildeo da amostra aleacutem de identificar criteacuterios de exclusatildeo preacute-

estabelecidos (item 331) As sete primeiras perguntas foram constituiacutedas do

questionaacuterio PAR-Q (Physical Activity Readiness Questionnaire) tambeacutem conhecido

como Questionaacuterio de Prontidatildeo para Atividade Fiacutesica Utilizado para identificar e

rastrear indiviacuteduos que necessitam de avaliaccedilatildeo ou tratamento medico preacutevio antes

de iniciar um programa de exerciacutecios fiacutesicos (THOMAS READING SHEPHARD 1992)

Os demais questionamentos referiram-se agrave sauacutede fiacutesica e mental das voluntaacuterias de

sua ingesta medicamentosa intervenccedilotildees ciruacutergicas a que foram submetidas

acometimentos de doenccedilas niacutevel de atividade fiacutesica escolariadade e renda familiar

334422 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccaass

Para melhor caracterizaccedilatildeo da amostra foram determinadas caracteriacutesticas

fiacutesicas por meio das seguintes medidas antropomeacutetricas massa e estatura corporal

iacutendice de massa corporal (IMC) percentual de gordura Corporal (GC)

circunferecircncia de cintura (CC) e a relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) Os instrumentos e

procedimentos foram

63

3421 Massa corporal

A avaliaccedilatildeo da massa corporal foi realizada atraveacutes de balanccedila da marca

Toledo digital modelo 2096 PP com carga miacutenima de 125 kg e carga maacutexima de

150 kg e resoluccedilatildeo de 01 gramas As voluntaacuterias foram avaliadas sem calccedilados com

roupas leves (bermuda e camiseta) e sem acessoacuterios foram posicionadas em peacute

(ereta) no centro da plataforma da balanccedila frente ao monitor com braccedilos soltos e

peacutes paralelos A mensuraccedilatildeo foi efetuada em quilogramas

3422 Estatura corporal

Para anaacutelise da estatura corporal foi utilizado um estadiocircmetro da marca

Cardiomed de resoluccedilatildeo de 01 cm As idosas foram posicionadas eretas com os

calcanhares a cintura peacutelvica a cintura escapular e a regiatildeo occipital em contato

com a parede Todas as idosas foram orientadas a manter a cabeccedila paralela ao chatildeo

e o olhar fixo na posiccedilatildeo horizontal (plano Frankfurt) A avaliada apresentou-se

descalccedila e sem adereccedilos no cabelo A mensuraccedilatildeo deu-se durante a execuccedilatildeo de

inspiraccedilatildeo profunda seguida de apneacuteia

3423 Percentual de gordura corporal

Para a anaacutelise do GC atraveacutes da medida da gordura corporal total (Figura

5) utilizou-se o meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia-DEXA (Marca

LUNAR ndash DPX ndash IQ versatildeo 46A) Foi solicitado que as voluntaacuterias se apresentassem

com roupas leves e sem adereccedilos de metais Para a anaacutelise dessa medida as idosas

foram cuidadosamente posicionadas em decuacutebito dorsal sobre a mesa do

equipamento Uma varredura completa do corpo foi realizada por uma fonte de raio

ldquoXrdquo e um detector em um braccedilo de scanner com uma velocidade relativamente

lenta de 1cms O mapeamento de todo o corpo pelo DEXA foi estimado em torno de

12 a 18 minutos dependendo da composiccedilatildeo corporal da voluntaacuteria O ponto de

corte adotado para essa variaacutevel foi o de Lohman (1992) Onde percentual de

gordura lt que 20 = abaixo do peso entre 20 e 30 = peso normal e gt de 30 =

excesso de gordura corporal

64

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal atraveacutes do meacutetodo de Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia ndash UCB-DF

3424 Iacutendice de massa corporal

Para a tomada do Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizou-se a equaccedilatildeo peso

em quilogramas dividido pela estatura em metros elevada ao quadrado

O ponto de corte estabelecido para esta variaacutevel foi o da OMS (2003)

CLASSIFICACcedilAtildeO IMC kgm2 RISCO DE COMORBIDADE Baixo Peso lt 185 Baixo ( poreacutem risco para outras problemas cliacutenicos) Peso Normal 185 a 249 Meacutedio Sobrepeso 250 a 29 Aumentado Obesidade I 30 a 349 Moderado Obesidade II 35 a 399 Severo Obesidade III gt= 40 Muito Severo

3425 Circunferecircncia de cintura e relaccedilatildeo da cintura e quadril

Para a avaliaccedilatildeo da circunferecircncia de cintura (CC) verificou-se a tomada do

periacutemetro da cintura com a fita posicionada ao redor da menor circunferecircncia

localizada entre as costelas e a crista iliacuteaca A mensuraccedilatildeo do periacutemetro do quadril

foi realizada posicionando a fita ao redor do quadril na regiatildeo de maior

protuberacircncia A relaccedilatildeo cintura e quadril (RCQ) foi obtida pela divisatildeo da CC pela

circunferecircncia do quadril Os pontos de corte estabelecidos para estas variaacuteveis

foram elaborados pela OMS (1998) CC ge 85cm = risco para doenccedilas crocircnicas e

CC ge 88cm= risco muito aumentado RCQ lt 085cm = favoraacutevel para a sauacutede e RCQ

gt 085 = desfavoraacutevel para a sauacutede

65

334433 AAvvaalliiaaccedilccedilatildeatildeoo mmeacuteeacuteddiiccaa

Antes do teste de potecircncia aeroacutebia toda amostra foi submetida a

avaliaccedilatildeo meacutedica que consistiu do preenchimento de questionaacuterio utilizado

como anamnese avaliaccedilatildeo cliacutenica e eletrocardiograma (ECG) em repouso As

avaliaccedilotildees fiacutesicas foram realizadas somente apoacutes ser descartada a existecircncia de

riscos para a realizaccedilatildeo das mesmas

334444 TTeessttee ddee ppoottecircecircnncciiaa aaeerroacuteoacutebbiiaa ((VVOO22ppiiccoo))

Para avaliar a capacidade cardiorrepiratoacuteria toda a amostra foi submetida a

um teste cardiopulmonar (Figura 6) realizado em esteira rolante (modelo RT 300 Pro

Moviment Brasil) Os procedimentos foram realizados no Laboratoacuterio de Estudos em

Educaccedilatildeo Fiacutesica e Sauacutede (LEEFS) que foi climatizado em torno dos 22 ordmC e

apresenta os equipamentos e medicaccedilotildees necessaacuterias para uma eventual situaccedilatildeo de

emergecircncia Monitoraccedilatildeo eletrocardiograacutefica (ECG Digital Micromed Brasil) foi

realizada antes durante e depois do esforccedilo fiacutesico obedecendo a seguinte sequumlecircncia

loacutegica repouso (12 derivaccedilotildees padratildeo) durante toda a realizaccedilatildeo do esforccedilo (trecircs

derivaccedilotildees CM5 D2M e V2M) e seis minutos de recuperaccedilatildeo O exame foi

supervisionado por um meacutedico cardiologista e conduzido sob o protocolo de rampa

padronizado e adequado para o perfil da amostra apoacutes a realizaccedilatildeo de testes-piloto

para que a exaustatildeo ocorresse entre oito e doze minutos O teste consistiu

inicialmente de uma velocidade de 20 kmh e 0 de inclinaccedilatildeo aos 10 minutos de

teste a velocidade e inclinaccedilatildeo prevista de 60 kmh e 6 respectivamente

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante teste incremental maacuteximo realizada no LEEFS ndash UCB-DF

66

A cada dois minutos a pressatildeo arterial foi mensurada utilizando um

esfigmomanocircmetro de coluna de mercuacuterio e a percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo

monitorada atraveacutes de comunicaccedilatildeo direta utilizando como instrumento a escala de

Borg (2000 Anexo 3) Durante a realizaccedilatildeo do esforccedilo as voluntaacuterias respiraram

atraveacutes de uma maacutescara de silicone (Hans Rudolf Alemanha) O consumo de

oxigecircnio (VO2) a produccedilatildeo de dioacutexido de carbono (VCO2) e a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foram mensurados a cada ciclo respiratoacuterio atraveacutes de um analisador de gases

(Metalyzer 3b Coacutertex Alemanha) O software utilizado para gerenciar o exame foi o

Ergo PC Elite for Windows (Micromed Brasil) que controla a velocidade e a

inclinaccedilatildeo da esteira atraveacutes de interface de comunicaccedilatildeo com o computador

O ponto de corte da American Heart Association (1972) foi adotado para

classificaccedilatildeo do niacutevel de aptidatildeo cardiopulmonar onde V02max (mlKgmin) lt

13 = aptidatildeo muito fraca de 13 a 17= fraca 18 a 23 = regular 24 a 34 = boa

e gt 35 = excelente

Foram adotados como criteacuterios de interrupccedilatildeo do teste a exaustatildeo voluntaacuteria

o aumento suacutebito da pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) acima de 250 mmHg e da

pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) acima de 140 mmHg queda sustentada da PAS

percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo (PSE) na escala de Borg de 19-20 (BORG 2000

Anexo 3) manifestaccedilatildeo cliacutenica de dor ou queimaccedilatildeo toraacutecica infradesnivelamento do

segmento ST_3mm supradesnivelamento do segmento ST_ 2mm em derivaccedilatildeo sem

presenccedila de onda Q arritmia ventricular complexa aparecimento de taquicardia

supraventricular sustentada taquicardia atrial fibrilaccedilatildeo atrial bloqueio

atrioventricular de 2ordm e 3ordm graus sinais de insuficiecircncia ventricular esquerda ou

falecircncias dos sistemas de monitorizaccedilatildeo e registro

334455 TTeessttee ddee ccaarrggaa

O agendamento dos TCs aconteceram de forma alternada entre grupos Todos

os testes foram realizados no periacuteodo da manhatilde Apoacutes ser oferecido um desjejum

padratildeo a PA da voluntaacuteria era aferida e em seguida iniciava-se um monitoramento

da FC de 5 em 5 minutos Apoacutes 20 minutos de repouso realizava-se a primeira

coleta de sangue seguida pelo iniacutecio do TC Os testes foram precedidos e sucedidos

por um periacuteodo de 3 minutos de aquecimento e desaquecimento respectivamente

67

Para definiccedilatildeo da intensidade do TC tomaram-se como base os dados individuais

obtidos no teste de potecircncia aeroacutebia em que foi pontuada a FC e a PSE referente ao

limiar determinado para cada grupo (LA ou PCR) e calculou-se o percentual da

intensidade desejada Apesar de estabelecer uma zona-alvo de amplitude superior e

inferior de 5 bpm procurou-se manter a intensidade estabilizada o mais proacuteximo

possiacutevel da FC e PSE alvo A intensidade e a duraccedilatildeo preestabelecidas para cada

grupo foram descritas no item 332 Imediatamente apoacutes o teacutermino do TC

realizou-se a segunda coleta de sangue e um novo periacuteodo de 20 min de repouso foi

oferecido ateacute que PA e FC estivessem proacuteximas dos valores iniciais nesse momento

apenas os grupos GLA1h GC e Gmax foram submetidos a uma 3ordf coleta de sangue

Um lanche foi novamente oferecido em funccedilatildeo do desgaste fiacutesico associado agraves

coletas de sangue

33445511 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio

A determinaccedilatildeo dos limiares ventilatoacuterios foi realizada atraveacutes da

segmentaccedilatildeo das curvas de diferentes paracircmetros ventilatoacuterios equivalentes

ventilatoacuterios de O2 (VEVO2) e CO2 (VEVCO2) fraccedilotildees expiradas finais de O2 (PETO2)

e CO2 (PETCO2) e quociente respiratoacuterio (QR) O primeiro limiar ventilatoacuterio (LV1)

tratado neste estudo como limiar anaeroacutebio (LA) correspondeu ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas) O segundo limiar ventilatoacuterio

(LV2) tambeacutem conhecido como ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (PCR)

correspondeu ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e PETO2

coincidiram com a queda de PETCO2 (SKINNER amp MCLELLAN 1980)

346 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass ppssiiccoommeacuteeacutettrriiccaass

3461 Performance cognitiva

Para o rastreamento da performance e decliacutenio cognitivo utilizou-se o

Miniexame do Estado Mental ndash MMSE (ANEXO 7) considerado como teste

cognitivo breve composto por itens que avaliam a orientaccedilatildeo temporoespacial

registro memoacuteria de curto prazo atenccedilatildeo caacutelculo linguagem e praxia

68

construcional (FOLSTEIN 1975) O ponto de corte adotado foi o estabelecido por

Brucki et al (2003)

3462 Imagem corporal

Para a anaacutelise da imagem corporal foi adotada uma escala de silhuetas

proposta por Sorensen e Stunkard (1993) Esse instrumento constitui-se de 9

silhuetas com diferentes imagens corporais dispostas da mais magra agrave mais gorda

em ordem crescente (Anexo 6) Questionamentos baseados na auto-avaliaccedilatildeo da

imagem corporal real (ICR) a que a avaliada considera ter atualmente a imagem

corporal ideal (ICI) aquela desejada e idealizada pela idosa a percepccedilatildeo da imagem

corporal da idosa apresentada pelo avaliador (ICA) e perguntas sobre procedimentos

alimentares e ciruacutergicos adotados para manter ou alterar a imagem corporal

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Figura 7 ndash Escala de silhuetas de Sorensen amp Stunkard (1993)

O grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal foi calculado utilizando a

diferenccedila entre a imagem corporal real e a imagem corporal ideal (GI= CR ndash ICI) O

grau de distorccedilatildeo da imagem corporal foi calculado pela diferenccedila entre a imagem

corporal real e a imagem corporal apontada pelo avaliador (GD= ICR -ICA)

3463 Qualidade de Vida

Para a anaacutelise dos niacuteveis de qualidade de vida foi utilizada a versatildeo abreviada

em portuguecircs do questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOL-100) da Organizaccedilatildeo

Mundial de Sauacutede (OMS) adaptado por Fleck et al (1999) conhecido como

WHOQOL- bref (ANEXO 5)

69

O WHOQOLndashbref eacute constituiacutedo de 26 questotildees sendo duas gerais sobre o

tema qualidade de vida e as demais representando cada uma das 24 facetas que

compotildeem o instrumento original O nuacutemero de questionamentos referente a cada

domiacutenio se apresenta de acordo com o quadro a seguir

DOMIacuteNIO 1 - Domiacutenio Fiacutesico DOMIacuteNIO 2 - Domiacutenio Psicoloacutegico

1ordf - Dor e desconforto 2ordf - Energia e fadiga 3ordf - Sono e repouso 9ordf - Mobilidade 10ordf - Atividades da vida cotidiana 11ordf - Dependecircncia de medicaccedilatildeo ou de tratamentos

4ordf - Sentimentos positivos 5ordf - Pensar aprender memoacuteria e concentraccedilatildeo 6ordf - Auto-estima 7ordf - Imagem corporal e aparecircncia 8ordf - Sentimentos negativos 24ordf - Espiritualidade religiatildeo crenccedilas pessoais

DOMIacuteNIO 3 - Relaccedilotildees Sociais DOMIacuteNIO 4 - Meio Ambiente

13ordf - Relaccedilotildees pessoais 14ordf - Suporte (apoio) social 15ordf - Atividade sexual

16ordf - Seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo 17ordf - Ambiente no lar 18ordf - Recursos financeiros 19ordf - Cuidados de sauacutede e sociais

disponibilidade e qualidade 20ordf - Oportunidades de adquirir novas

informaccedilotildees e habilidades 21ordf - Participaccedilatildeo em e oportunidades de

recreaccedilatildeolazer 22ordf - Ambiente fiacutesico (poluiccedilatildeo ruiacutedo

tracircnsito clima) 23ordf - Transporte

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por domiacutenios e facetas

Apesar desse instrumento natildeo apresentar ponto de corte para classificar as

meacutedias indicadas para cada domiacutenio adotou-se para maior compreensatildeo dos

resultados os seguintes pontos de corte de 0 a 20 ldquomuito ruimrdquo de 21 a 40

ldquoruimrdquo de 41 a 60 ldquonem ruim e nem bomrdquo de 61 a 80 ldquobomrdquo e de 81 a 100

ldquomuito bomrdquo

Para identificar os niacuteveis de qualidade de vida calculou-se o valor dos 4

domiacutenios (fiacutesico psicoloacutegico ambiental e social) de acordo com a Sintaxe ldquoSPSS -

WHOQOL-bref questionnairerdquo Foi adotada a meacutedia desses domiacutenios como niacutevel de

qualidade de vida geral

70

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo

A avaliaccedilatildeo dos niacuteveis de depressatildeo das participantes deste estudo foi

baseada nos escores indicativos de depressatildeo do inventaacuterio de depressatildeo de Beck

(Beck Depression Inventory ndash BDI) um dos mais frequumlentes instrumentos de medida

para avaliar o estado de depressatildeo na populaccedilatildeo versatildeo em portuguecircs validada

para a populaccedilatildeo brasileira O BDI consistiu de 21 grupos de afirmaccedilotildees contendo

quatro frases cada um (Anexo 4) Apoacutes leitura cuidadosa a avaliada teve que

escolher a frase que mais se adequava agrave maneira como estava se sentido na semana

que antecedeu a avaliaccedilatildeo Os itens do inventaacuterio tiveram por finalidade avaliar os

sintomas e atitudes como tristeza pessimismo sensaccedilatildeo de fracasso insatisfaccedilatildeo

sentimento de culpa sentimento de puniccedilatildeo autodepreciaccedilatildeo auto-acusaccedilotildees

ideacuteias suicidas crises de choro irritabilidade retraccedilatildeo social indecisatildeo distorccedilatildeo da

imagem corporal inibiccedilatildeo para o trabalho distuacuterbio de sono fatigabilidade perda de

apetite e de peso preocupaccedilatildeo somaacutetica e diminuiccedilatildeo da libido O ponto de corte

adotado para definir os niacuteveis indicativos de depressatildeo seguiu a proposta do Center

for Cognitive Therapy que em escores menores que 10 o indiviacuteduo foi considerado

sem depressatildeo de 10 a 18 com depressatildeo leve de 19 a 29 com depressatildeo

moderada e escores de 30 a 63 considerados portadores de depressatildeo grave

(GORESTEIN amp ANDRADE 1998)

334477 AAnnaacuteaacutelliisseess bbiiooqquuiacuteiacutemmiiccaass

3471 Condiccedilotildees das coletas

Para a avaliaccedilatildeo dos analiacuteticos verificados neste estudo todos os grupos

foram submetidos a dois momentos de coleta de sangue Entretanto com o intuito

de verificar o comportamento da variaacutevel no periacuteodo de recuperaccedilatildeo submeteu-se

3 grupos (GLA 1h GC e Gmax) a uma coleta e dosagem adicional a saber

G90LA GLA e GPCR 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso e 2ordf coleta)

Imediatamente apoacutes sessatildeo de exerciacutecio

Gmax e GLA1h 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) imediatamente

apoacutes sessatildeo aguda de exerciacutecio e 3ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso

71

GC 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) 20 minutos apoacutes a primeira

coleta e 3ordf coleta) 1h apoacutes a primeira coleta

Para a coleta de sangue toda a amostra foi submetida a um jejum de 12

horas e a uma dieta de 24 horas que restringia os alimentos ricos em

triptofano como tomate abacate nozes banana pickles e berinjela

Adicionalmente foi oferecido um desjejum padratildeo 30 minutos antes do iniacutecio do

repouso inicial Para efeito de controle todas as coletas foram realizadas das

7h30 agraves 10h da manhatilde

Em cada coleta um volume de 5 ml de sangue foi colhido em tubos

vacutainers com heparina para a dosagem da cromatografia quantitativa de

aminoaacutecidos 5 ml de sangue em tubos secos para a dosagem da prolactina e

10 ml em tubos com EDTA para a dosagem da serotonina O sangue foi

centrifugado a 1200 rpm por 20 minutos Apoacutes a centrifugaccedilatildeo o plasma colhido

em tubos com EDTA foi aliquotado para dois tubos contendo 10 mg de EDTA e

75 mg de aacutecido ascoacuterbico e imediatamente centrifugado novamente Todo o

material foi congelado a -20 ordmC e a anaacutelise foi realizada em ateacute 7 dias

3472 Dosagens dos analiacuteticos

Para a dosagem da serotonina foi utilizado meacutetodo de cromatografia

liacutequida de alta eficiecircncia com detector de fluorescecircncia (High-performance

liquid chromatographic ndash Fluorometric Detection - HPLC ndash FD) Esse sistema

consistiu de uma bomba da marca Waters modelo 515 com detector de

fluorescecircncia da marca Waters modelo 474 com comprimento de onda de

excitaccedilatildeo de 285 nm e comprimento de onda de emissatildeo de 345 nm A coluna

analiacutetica utilizada foi a coluna Novandash Pack C 18 (39 x 150 nm) da marca

Waters A fase moacutevel consistiu de um tampatildeo de 507 ml de hidroacutexido de

amocircnia 647 ml de aacutecido aceacutetico glacial e 02 g de EDTA dissoacutedico e 1760 ml

de aacutegua destilada O PH foi ajustado para 51 com 6 M de hidroacutexido de amocircnia

e 325 ml de metanol quinze minutos antes da utilizaccedilatildeo A teacutecnica utilizada foi

a sugerida por Pesce amp Kaplan (1987)

72

Para a dosagem do triptofano e demais aminoaacutecidos utilizou-se

igualmente da teacutecnica HPLC com detector de fluorescecircncia A coluna analiacutetica

utilizada foi a Tchsphere ODS 5micro 150 mm 46 mm O fluxo foi de 09 mlmin o

comprimento da onda de excitaccedilatildeo e de emissatildeo foi de 330 nm e 418 nm

respectivamente Para a fase moacutevel A 40 mM Na2HPO4 PH 78 [55 g NaH2PO4

monohidrato + aacutegua ajustado para o PH 78 com soluccedilatildeo de NaOH (10N)] e

para fase moacutevel B ACN MeOH aacutegua (454510 vv) A teacutecnica sugerida foi

descrita por Woodward amp Henderson Jr (2007)

A prolactina foi dosada utilizando a teacutecnica de imunoensaio com o

equipamento DXI 800 da Baeckam coulter

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Todos os procedimentos metodoloacutegicos deste estudo foram submetidos agrave

apreciaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede

(FS) da Universidade de Brasiacutelia (UnB) conforme resoluccedilotildees Nordm 19696 e 25797

anexo 1 paacutegina 28 Recebendo em 14 de setembro de 2004 o registro de

aprovaccedilatildeo de nordm 0712004 (Anexo 9)

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO

Os dados foram organizados atraveacutes de medidas descritivas (meacutedia e desvio

padratildeo) e submetidos agrave uma anaacutelise exploratoacuteria Os outliers identificados foram

ajustados para que natildeo interferissem excessivamente na meacutedia A teacutecnica utilizada

para a correccedilatildeo desses valores foi a sugerida por Tabachnick e Fidell (2003) em que

os valores extremos superiores e inferiores satildeo ajustados de modo que fiquem igual

a uma unidade acima do valor mais alto ou uma unidade abaixo do menor valor da

amostra respectivamente A normalidade dos dados foi testada utilizando os testes

de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk e a homogeneidade das variacircncias foi

avaliado atraveacutes do teste de Levene Toda a anaacutelise estatiacutestica foi realizada utilizando

o softwares SAS 91 e o SPSS versatildeo 14 for Windowsreg

Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos foi utilizado como medida central a

meacutedia aritimeacutetica e como medida de dispersatildeo o desvio padratildeo Para medidas de

73

prevalecircncia os resultados foram apresentados em forma de frequumlecircncia e percentual

Utilizou-se o teste ldquotrdquo de student para investigar diferenccedilas entre a escolha da

imagem corporal ideal e a imagem corporal real (ICI x ICR) e da imagem corporal

real com a avaliaccedilatildeo do avaliador (ICR x ICA)

Para a anaacutelise de associaccedilatildeo foi utilizada a correlaccedilatildeo linear de Pearson para

identificar relaccedilotildees entre as variaacuteveis antropomeacutetricas com o grau de insatisfaccedilatildeo

com a imagem corporal e tambeacutem entre a capacidade cardiorrespiratoacuteria (VO2pico)

com os niacuteveis de depressatildeo e as variaacuteveis bioquiacutemicas

Utilizou-se a anaacutelise de variacircncia (Split Plot ANOVA) para verificar as

alteraccedilotildees bioquiacutemicas intra e entre grupos

O niacutevel de significacircncia estabelecido foi de ple005

74

44 AANNAacuteAacuteLLIISSEE DDOOSS RREESSUULLTTAADDOOSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

A amostra deste estudo foi formada por 49 mulheres idosas ativas com meacutedia

de 6406plusmn37 anos de idade e de 52plusmn43 anos de escolaridade A maioria estava

inserida em programa de atividade fiacutesica regular por mais de 2 anos (40) com

frequumlecircncia de 3 sessotildees semanais (66) de duraccedilatildeo de 1h (70) e intensidade

maior que 11 na escala percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo de Borg de (82) 551 da

amostra foi classificada como par-Q positivo com maior prevalecircncia nos itens

referentes agrave utilizaccedilatildeo de medicamentos prescritos para o controle da hipertensatildeo

arterial e problemas cardiacuteacos (36) sucedido por sensaccedilotildees de tonturas e

desmaios (18) e problemas ortopeacutedicos (163)

441111 PPeerrffiill aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccoo ddaa aammoossttrraa

Para exame geral dos dados antropomeacutetricos foi realizado uma anaacutelise

descritiva (Tabela 3) seguida por anaacutelise detalhada em forma de percentual (Graacutefico

1) distribuindo os dados por pontos de corte preestabelecidos Para a variaacutevel GC

a meacutedia dos valores indicou ldquoexcesso de gordura corporalrdquo em que 8776 das

idosas apresentaram iacutendices acima de 30 GC A meacutedia do IMC classificou a

amostra com ldquosobrepeso e risco aumentado para comorbidadesrdquo em que apenas

2857 das idosas apresentaram o IMC ldquonormalrdquo

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio padratildeo) das variaacuteveis da amostra Peso

(kg)

Estatura (cm)

GC ()

IMC (kgm2)

RCQ (cm)

CC (cm)

Meacutedia 6332 15429 3666 2655 087 9142

DP plusmn 728 plusmn 676 plusmn 48 plusmn 294 plusmn 005 plusmn 770

A meacutedia dos dados encontrados para o RCQ indicou ldquoiacutendices desfavoraacuteveisrdquo

para a sauacutede em que 7143 da amostra apresentou valores iguais ou acima de

85 cm para esta relaccedilatildeo As meacutedias da CC classificaram a amostra com um ldquorisco

aumentadordquo para doenccedilas crocircnicas adicionalmente percebeu-se que 7959 da

75

amostra estavam classificadas com o ldquorisco muito aumentadordquo para doenccedilas

relacionadas ao acuacutemulo de adiposidade abdominal

Iacutendice de Massa Corporal - IMC

000

5918

12242857

Baixo Peso Peso Normal SobrepesoObesidade I Obesidade II Obesidade III

Percentual de Gordura- G

0 1224

8776

Abaixo do Peso Peso Normal Excesso Gordura

Relaccedilatildeo Cintura Quadril- RCQ

2857

7142

Favoraacutevel Desfavoraacutevel

Circunferecircncia de Cintura- CC

2041

7959

Risco Aumentado Risco Muito Aumentado Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ GC CC e IMC)

apresentadas por mulheres idosas participantes deste estudo

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA

A anaacutelise dos dados obtidos na avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia demonstrou que

a maioria (7826) das idosas foi classificada com uma aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquoregularrdquo Nenhuma das idosas avaliadas apresentou aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquomuito fracardquo ou ldquoexcelenterdquo Menores fraccedilotildees foram observadas entre as

classificaccedilotildees ldquofracardquo e ldquoboardquo (87 e 1304 respectivamente) Segundo dados

disponibilizados (Tabela 4) o tempo meacutedio do teste de potecircncia aeroacutebia foi de 12

minutos e a descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido apresentada pelas voluntaacuterias no

uacuteltimo estaacutegio do teste de esforccedilo relacionava-se aos estaacutegios da Escala de Borg

ldquointensordquo e ldquomuito Intensordquo

76

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o teste de potecircncia aeroacutebia

Variaacuteveis observadas FCrep

(bpm) FCmax (bpm)

VO2pico (mlkgmin)

R Duraccedilatildeo (s)

PSE

METs

Meacutedia 7172 14795 2068 109 62530 1783 591

DP plusmn 1083 plusmn 568 plusmn 249 plusmn 003 plusmn 8837 plusmn 158 plusmn 086

FCrep= frequumlecircncia cardiacuteaca de repouso FCmax= frequecircncia cardiacuteaca maacutexima VO2pico = consumo pico de oxigecircnio R = razatildeo de troca respiratoacuteria Duraccedilatildeo = tempo do teste PSE= percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo e METs= equivalente metaboacutelico basal

Para a meacutedia do iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (IPE) pelos grupos

experimentais durante o teste de carga percebeu-se que as intensidades atingidas

foram compatiacuteveis com as intensidades prescritas

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo do Iacutendice de Percepccedilatildeo Subjetiva de Esforccedilo durante teste de carga GRUPO Meacutedia e Desvio Padratildeo IPE

GC _____ _____ G90LA 925 plusmn 12 Leve GLA 113 plusmn 05 Moderada G90PCR 137 plusmn 18 Intensa (Moderada Alta) Gmax 174 plusmn 08 Muito Intensa (Alta) GLA1h 125 plusmn 10 Moderada

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

431 Performance cognitiva

Para anaacutelise da performance cognitiva a amostra foi distribuiacuteda em extratos

formados por tempo (anos) de escolaridade previamente estabelecido pelos pontos

de corte adotados Observou-se que a maioria (5918) das idosas apresentaram

entre 1 e 4 anos de escolaridade seguido pelos extratos de 9 a 11 anos e de 5 a 8

anos de escolaridade (1836 102 respectivamente) Menores percentuais

(613 e 613) foram atribuiacutedos ao primeiro e ao uacuteltimo extratos referentes a

analfabetos e 12 ou mais anos de escolaridade

O Graacutefico 2 apresenta na maioria das vezes uma equivalecircncia entre a

performance cognitiva obtida pelas idosas que constituiacuteram a amostra desta

investigaccedilatildeo e os escores esperados para populaccedilotildees com as mesmas caracteriacutesticas

de idade e escolaridade Dados apresentados (Tabela 8) mostraram correlaccedilatildeo

77

positiva e significativa entre a performance cognitiva e a capacidade

cardiorrespiratoacuteria (VO pico) 2

1923

2527 27 27 28 28 29 28

0

5

10

15

20

25

30

Perfo

rman

ce C

ogni

tiva

0 1 a 4 5 a 8 9 a 11 gt12

Esperado Avaliado

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos) da performance cognitiva (avaliado) e dos valores de referecircncia (esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte

432 Imagem corpora432 Imagem corporall

Para efeito de melhor compreensatildeo da imagem corporal os dados

antropomeacutetricos das idosas voluntaacuterias deste estudo foram alocados para as

silhuetas indicadas como imagem corporal real (Tabela 6) Percebe-se que a

tendecircncia da maioria dos valores do IMC do GC e CC foi apresentada de forma

crescente correspondendo agrave expectativa subjetivada pela escala de silhuetas em

que as mulheres satildeo ordenadas da mais magra agrave mais obesa

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da amostra distribuiacutedos por silhuetas

Silhueta Indicada como Imagem Corporal Real 1 2 3 4 5 6 7 8 9

GC 2870 3215 3637 3642 4428 4340 plusmn 265 plusmn 417 plusmn 339 plusmn 447 plusmn 145 plusmn 000

CC 9333 7850 9078 9186 9550 9800 plusmn 1210 plusmn 212 plusmn 797 plusmn 563 plusmn 1115 plusmn 000

RCQ 091 079 087 089 087 097 plusmn 002 plusmn 004 plusmn 006 plusmn 004 plusmn 011 plusmn 000

IMC 2176 2148 2574 2747 3088 2915 plusmn 125 plusmn 182 plusmn 222 plusmn 201 plusmn 220 plusmn 000

GC = percentual de gordura corporal () IMC= iacutendice de massa corporal (kg m2) CC= circunferecircncia de Cintura (cm) e RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril (cm)

78

Dados apresentados (Graacutefico 3) indicam que a imagem corporal real (ICR)

representada em sua maioria pelas silhuetas de nuacutemero 5 (4286) natildeo coincidiu

com a imagem corporal que as idosas apontaram como ideal (ICI) representadas

pelas silhuetas de nuacutemero 3 (4286) Esse deslocamento da ICR para ICI na

maioria das vezes apresentada de maiores silhuetas em direccedilatildeo a silhuetas menores

sinalizou grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal significativo (ple 0001) por

parte das idosas (Graacutefico 4) Adicionalmente natildeo foi identificada diferenccedila

significativa (p= 033) entre a avaliaccedilatildeo da ICR realizada pela idosa e a avaliaccedilatildeo

efetivada pelo avaliador (ICA) o que indicou presumivelmente ausecircncia de

distorccedilatildeo e discrepacircncia na avaliaccedilatildeo da IC realizada

612 612

1429

408

4286

36743265

429

204

816

204 2 0 0 005

1015202530354045

1 2 3 4 5 6 7 8 9

REAL IDEAL

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como

imagem corporal real e imagem corporal ideal

Dados referentes ao questionaacuterio sobre a IC indicaram que 511 das idosas

afirmaram que sua aparecircncia fiacutesica natildeo se aproximava dos padrotildees de beleza atuais

536 asseguraram ter realizado dieta para a reduccedilatildeo do peso corporal para fins

esteacuteticos Embora 9387 da amostra tenham afirmado nunca ter se submetido a

uma intervenccedilatildeo de cirurgia plaacutestica com intuito de melhorar sua imagem corporal

6326 asseguraram que se submeteriam a esta modalidade de intervenccedilatildeo

ciruacutergica se disponibilizada gratuitamente

79

25

-05

0

05

1

15

2

25G

rau

de In

satis

faccedilatilde

o- IC

R (

)

152127

1

-033 0

S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal por silhuetas (S) de 1 a 9

Os resultados descritos na Tabela 7 apoacutes o teste de correlaccedilatildeo de Pearson

(r) indicaram que o grau de insatisfaccedilatildeo com a ICR apresentou uma correlaccedilatildeo

positiva fraca e moderada com o percentual de gordura corporal e o iacutendice de massa

corporal respectivamente O IMC foi a variaacutevel que apresentou maior prediccedilatildeo para

as demais variaacuteveis indicando ainda relaccedilatildeo positiva moderada com o percentual de

gordura e circunferecircncia de cintura e fraca com a relaccedilatildeo cintura e quadril

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

Variaacuteveis

IMC GC CC RCQ GI 1 0669 0520 O290 0463 IMC 0669 1 0297 O001 0325 GC 0520 0297 1 0735 0067 CC 0290 0001 0735 1 0002 RCQ 0463 0325 0067 0002 1 GI

ple 005 ple 001 ple 0001 GI = grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal IMC= iacutendice de massa corporal GC= percentual de gordura corporal CC= circunferecircncia de cintura RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril e GI= grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal real

443333 NNiacuteiacutevveeiiss ddee qquuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Segundo as meacutedias apresentadas no Graacutefico 5 a amostra classificou-se com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida tanto para o domiacutenio fiacutesico como para os

domiacutenios psicoloacutegico e social A menor meacutedia foi observada para o domiacutenio

80

ambiental que ficou classificado com o niacutevel ldquonem ruim e nem bomrdquo Na meacutedia geral

destes quatro domiacutenios considerada como o quesito ldquoqualidade de vida geralrdquo a

amostra foi classificada com um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida

74496922 7075

58106818

0102030405060708090

100

Niacutev

el d

e Q

ualid

ade

de V

ida

Fis Psic Soc Amb geral

ndashGraacutefico 5 Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (fis) psicoloacutegico (Psic) social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral obtida entre estes domiacutenios (geral)

443344 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Para verificar os niacuteveis indicativos de depressatildeo a amostra foi distribuiacuteda para

os pontos de corte preacute estabelecidos (Graacutefico 6) Os resultados indicaram que a

maioria da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo leverdquo (551) seguida pelas

classificaccedilotildees ldquosem depressatildeordquo (4285) e ldquodepressatildeo moderadardquo (205)

Nenhuma parcela da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo graverdquo

4285

551

205 0

0

10

20

30

40

50

60

Dis

tribu

iccedilatildeo

()

Niacutev

eis

de D

epre

ssatildeo

lt 10 10 a 18 19 a 29 30 a 63

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de depressatildeo

81

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e consumo pico de oxigecircnio (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina em repouso MMSE BDI VO2pico SEROTONINA TRIPTOFANO PROLACTINA MMSE 1 -239 290 094 -243 095 BDI -239 1 -303 -176 -254 134 VO2pico 290 -303 1 176 159 -197 SEROTONINA 094 -176 176 1 211 -046 TRIPTOFANO -243 -254 159 211 1 -118 PROLACTINA 095 134 -197 -046 -118 1

ple 005

Resultados indicaram (Tabela 8) que os escores indicativos de depressatildeo

(BDI) natildeo se correlacionaram com os niacuteveis plasmaacuteticos (repouso) de serotonina do

triptofano e da prolactina Por outro lado uma relaccedilatildeo negativa e significativa desta

variaacutevel foi observada com a potecircncia aeroacutebia (VO2pico) Indicando que quanto

maior for os niacuteveis de VO pico menores escores de depressatildeo foram observados 2

Triptofano

591

4832 4746

0

10

20

30

40

50

60

70

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

mm

l

Prolactina

484548

37

0

1

2

3

4

5

6

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

gm

l

Serotonina

1575614614

1296

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nono

gm

l

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo

82

Apoacutes anaacutelise inferencial nenhuma diferenccedila significativa dos niacuteveis

perifeacutericos (em repouso) do triptofano da prolactina e da serotonina foi

observada entre os grupos ldquosem depressatildeordquo ldquodepressatildeo leverdquo e ldquodepressatildeo

moderadardquo (Graacutefico 7) No entanto a distribuiccedilatildeo dos dados sinaliza um

decreacutescimo das concentraccedilotildees desses analiacuteticos agrave medida que a classificaccedilatildeo dos

escores apresentou maior indicativo de depressatildeo

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2) VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) Idade

n= 8 IMC n= 8

VO2pico n= 8

Tempo Teste n= 8

P valor 09336 04454 01483 08228

GC 6262 plusmn 440 2676 plusmn 329 2011 plusmn 192 1131 plusmn 145

G90LA 6612 plusmn 364 2591 plusmn 422 2030 plusmn 319 1210 plusmn 171

GLA 6550 plusmn 430 2708 plusmn 280 1944 plusmn 152 1130 plusmn 150

G90PCR 6362 plusmn 350 2692 plusmn 280 2069 plusmn 271 1147 plusmn 168

Gpico 6362 plusmn 377 2635 plusmn 289 2198 plusmn 294 1205 plusmn 115

GLA1h 6300 plusmn 254 2631 plusmn 222 2134 plusmn 176 1223 plusmn 156

IMC= iacutendice de massa corporal VO2pico= consumo pico de oxigecircnio

A homogeneidade entre grupos (Tabela 9) foi assumida depois de testados os

criteacuterios de inclusatildeo adotados para seleccedilatildeo e alocaccedilatildeo da amostra para o grupo

controle (GC) e os grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h)

Nesse sentido nenhuma diferenccedila significativa foi observada entre as variaacuteveis

idade IMC VO2pico e duraccedilatildeo do teste de potecircncia aeroacutebia

83

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intra grupo preacute e poacutes-testes das variaacuteveis serotonina triptofano os aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e os de cadeia ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h)

Variaacutevel GC G90LA GLA

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 11491 plusmn 1933 11749 plusmn 2440 08184 14298 plusmn 3158 12788 plusmn 3158 04609 13123 plusmn 4424 11949 plusmn 4425 06040

Triptofano 6404 plusmn 2756 6199plusmn 2216 08721 5739 plusmn 3321 5606 plusmn 3321 09392 4213 plusmn 2092 5285 plusmn 3295 04499

Prolactina 460 plusmn 139 453 plusmn 139 09154 584 plusmn 169 529 plusmn 169 05268 559 plusmn 149 523 plusmn 096 05729

AAA 16691 plusmn 3593 17220 plusmn 5511 08235 15146 plusmn 5492 17558 plusmn 5492 03481 12849 plusmn 2356 15203 plusmn 4287 01951

AACR 61748 plusmn 14830 60585 plusmn 16427 08840 49553plusmn 16146 54339 plusmn 16146 05897 46411 plusmn 8074 51918 plusmn 14224 03571

TRP_AAA 03727 plusmn 01511 03774 plusmn 01116 09440 03058 plusmn 01787 02752 plusmn 00941 06750 03406 plusmn 01851 03434 plusmn 01732 09758

TRP_ AACR 00922 plusmn 00212 01037 plusmn 00309 04000 01094 plusmn 00459 01057 plusmn 00547 08855 00905 plusmn 00408 01013 plusmn 00523 06532

Variaacutevel G90PCR Gmax GGLA1h

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 15664 plusmn 2905 14488 plusmn 4188 05245 19215 plusmn 3600 17210 plusmn 3678 028912 18197 plusmn 2658 19093 plusmn 1245 03730

Triptofano 3591 plusmn 898 4151 plusmn 2187 05137 5724 plusmn 2351 4315 plusmn 2837 029778 5723 plusmn 1062 5934 plusmn 1775 07634

Prolactina 535 plusmn 176 551 plusmn 184 08592 463 plusmn 125 489 plusmn 131 068794 514 plusmn 155 570 plusmn 173 04832

AAA 10984 plusmn 2673 10701 plusmn 2807 08396 13079 plusmn 3969 12763 plusmn 3357 086584 12843 plusmn 2750 13052 plusmn 2934 08781

AACR 39965 42194 42194 plusmn 10914 06732 45514plusmn 10710 40323 plusmn 11663 036948 45852plusmn 8460 45691 plusmn 10569 09720

TRP_AAA 03391 plusmn 00889 03953 plusmn 01657 04124 04298 plusmn 01187 03205 plusmn 01520 013155 04541 plusmn 00780 04583 plusmn 00935 09182

TRP_ AACR 00939 plusmn 00309 00997 plusmn 00394 07484 01207 plusmn 00373 01087 plusmn 00578 062848 01256 plusmn 00146 01301 plusmn 00146 06109

p le 005 - Efeito significante percebido apoacutes comparaccedilatildeo intra grupo entre os momentos preacute e poacutes-testes

84

Para a compreensatildeo das respostas do sistema serotonineacutergico aos diferentes

estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico foram analisados (intra e entre os grupos)

o comportamento dos niacuteveis perifeacutericos da serotonina do triptofano da prolactina e

dos aminoaacutecidos aromaacuteticos e de cadeia ramificada e da proporccedilatildeo do triptofano

com estes aminoaacutecidos

Apoacutes anaacutelise intra grupos diferenccedilas (ple 005) entre as meacutedias desses

analiacuteticos soacute foram observadas entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste2 ou poacutes-

teste1 x poacutes-teste2 nos grupos GC Gmax e GLA1h que foram submetidos ao

momento Poacutes2 Nesse sentido nenhuma diferenccedila estatiacutesticamente significativa foi

observada (Tabela 10) entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste1 (Tabela 11)

Considerando que os criteacuterios para estabelecer se uma alteraccedilatildeo seja ou natildeo

significativa nem sempre coadunam entre as anaacutelises estatiacutesticas e as anaacutelises

cliacutenicas as meacutedias aritimeacuteticas obtidas foram distribuiacutedas graficamente por variaacuteveis

e grupos para melhor compreensatildeo das respostas metaboacutelicas produzidas por cada

protocolo aqui investigado

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2 das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h Preacute-teste x poacutes-teste1 Preacute-teste x poacutes-teste2 Poacutes-teste1 x poacutes-teste2

VARIAVEL GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h

SEROTONINA 08184 02891 03730 07791 00258 02797 09138 01776 00516

TRIPTOFANO 08721 02978 07634 05410 00514 03195 06127 05172 03145

PROLACTINA 09154 06879 04832 10000 05735 09877 09170 08095 04790

AAA 08235 08658 08781 02046 04434 04571 02458 05063 03756

AACR 08840 03695 09720 08199 00735 03246 09596 03889 03992

TRP_AAA 09440 01315 09182 07335 00477 07281 07456 09513 06768

TRP_AACR 04000 06285 06109 08470 02531 08146 04869 07114 07400

Aminoaacutecidos aromaacuteticos= AAA aminoaacutecidos de cadeia ramificada= AACR triptofano= TRP p le 005

85

441 Serotonin441 Serotoninaa

Nenhum dos grupos avaliados apresentou alteraccedilatildeo significativa (ple 005)

para a comparaccedilatildeo dos niacuteveis serotonineacutergicos em resposta ao fator experimental

entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste Todavia diferenccedilas significativas foram

observadas apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo nos grupos Gmax entre os

momentos preacute-teste x poacutes-teste2 e no GLA1h entre os momentos poacutes-teste1 x

poacutes- teste2

0

50

100

150

200

nano

gm

l

Serotonina

Pre 11491 14298 13123 15664 19215 18197

Poacutes 11749 12788 11949 14488 1721 19093

Poacutes2 11926 14498 16515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

p le 005

Observou-se que o exerciacutecio de curta duraccedilatildeo le 20 minutos tende a reduzir os

niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina imediatamente apoacutes o seu teacutermino o que natildeo foi

observado para os exerciacutecios de maior duraccedilatildeo (1h) que apresentou um incremento

imediato seguido de um decliacutenio significativo apoacutes 20 minutos de repouso

Adicionalmente comparaccedilatildeo entre grupos (Tabela 12) sinalizou diferenccedilas

significativas entre os niacuteveis de serotonina entre GLA1h x G90LA (ple 0001) e entre

o GLA1h x G90PCR (ple 005) Diferenccedilas iniciais (preacute-teste x poacutes-teste) significativas

entre vaacuterios grupos impossibilitaram comparaccedilatildeo entre os mesmos

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

86

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 14298 plusmn 3158 -2806 01383 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -1039 04738 Preacute 13123 plusmn 4424 -1631 03555 GLA Poacutes 11949 plusmn 4425 -200 09125 Preacute 15664 plusmn 2905 -4173 00045 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2739 01323 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -7724 00001 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5461 00035

444422 TTrriippttooffaannoo

Resultados (Graacutefico 9) indicam aumento (pgt 005) imediato dos niacuteveis do

triptofano aminoaacutecido precursor da serotonina apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de

intensidade moderada (GLA e GLA1h) agrave moderada alta (G90PCR) Respostas

inversas foram observadas apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e alta

intensidade (Gmax) que apresentou decliacutenio um imediato dos niacuteveis de

tripotofano que foram reduzidos significativamente (ple 005) apoacutes 20 minutos do

teacutermino do exerciacutecio

Poacutes 2 14498 plusmn 3956 -2572 02083 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -6705 00001 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7345 00001 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -4589 00232 GLA Preacute 14298 plusmn 3158 -1175 06133 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -839 06692 Preacute 15664 plusmn 2905 -2541 01959 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2539 02582 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -6093 00092 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5261 00092 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -5074 00333 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7145 00218

Preacute 15664 plusmn 2905 -1366 04935 G90LA G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -1700 03748 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -4918 00333 Poacutes 17210 plusmn 3678 -4423 00218 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -3899 00602 Poacutes 19093 plusmn 1245 -6306 00001

Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -3551 00476 G90PCR Poacutes 17210 plusmn 3678 -2723 01888 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -2533 00800 Poacutes 19093 plusmn 1245 -4606 00065

05137 Gmax GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 1018 Poacutes 19093 plusmn 1245 -1883 01675 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -2017 02908 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

87

0

10

20

30

40

50

60

70nm

olm

l

Triptofano

Preacute 6404 5739 4213 3591 5724 5723Poacutes 6199 5606 5285 4151 4315 5934Poacutes2 5712 3537 5242

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 ndash Preacute-teste x Poacutes-teste2 Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

A comparaccedilatildeo entre grupos para a variaacutevel do triptofano foi impossibilitada

entre as anaacutelises GC x GLA GC x G90PCR G90PCR x Gmax e G90PCR x GLA1h por

natildeo apresentarem homogeneidade inicial e logicamente apresentarem diferenccedilas

antes mesmo da anaacutelise inferencial o que confundiria atribuiacute-las ao tratamento

Todavia diferenccedilas significativas foram percebidas entre as respostas das

concentraccedilotildees desse aminoaacutecido apresentadas por indiviacuteduos idosos submetidos agrave

sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e intensidade maacutexima (Gmax) e os submetidos

a exerciacutecios de duraccedilatildeo de 1h e intensidade moderada (GLA1h) Antes e

imediatamente apoacutes a sessatildeo de exerciacutecios as meacutedias das concentraccedilotildees de

triptofano entre esses grupos natildeo foram significativas o que apenas foi observado

apoacutes 20minutos de recuperaccedilatildeo (p= 0 999 P= 0173 e p= 0019 respectivamente)

Da mesma forma o Gmax apresentou diferenccedila significativa apoacutes ser comparado

com o Grupo controle (p= 06038 p= 0 1611 p= 00160 respectivamente)

88

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

444433 PPrroollaaccttiinnaa

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 5739 plusmn 3321 665 06796 Poacutes 5606 plusmn 3321 592 06811 GLA Preacute 4213 plusmn 2092 2191 00949 Poacutes 5285 plusmn 3295 914 05257 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2813 00158 Poacutes 4151 plusmn 2187 2047 00840 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 680 06038 Poacutes 4315 plusmn 2837 1884 01611 Poacutes 2 3537 plusmn 1704 2175 00160 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 680 05021 Poacutes 5934 plusmn 1775 264 07841 Poacutes 2 5242 plusmn 918 2175 04344 G90LA GLA Preacute 4213 plusmn 2092 1526 03083 Poacutes 5285 plusmn 3295 321 08488 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2148 01155 Poacutes 4151 plusmn 2187 1455 03182 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 015 00310 Poacutes 4315 plusmn 2837 1291 08990 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 015 09901 Poacutes 5934 plusmn 1775 -328 07996 GLA G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 621 04530 Poacutes 4151 plusmn 2187 1134 04310 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -1511 01958 Poacutes 4315 plusmn 2837 970 05382 GGLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -1511 00751 Poacutes 5934 plusmn 1775 -649 06144 G90PCR Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -2133 08990 Poacutes 4315 plusmn 2837 -164 03582 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -2132 00005 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1783 00833 Gmax GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 000 09996 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1619 01734 Poacutes 2 5242 plusmn 918 -1705 00197

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

89

Embora nenhuma mudanccedila significativa tenha sido percebida nas

concentraccedilotildees da prolactina apoacutes comparaccedilatildeo intra grupos (Graacutefico 10) maiores

alteraccedilotildees foram apresentadas pelos grupos submetidos agrave sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos do que no GC Aumento das concentraccedilotildees de prolactina foi observado nos

grupos submetidos a exerciacutecios de intensidades mais elevadas (G90PCR e Gmax) e

aos de maior duraccedilatildeo (GLA1h) Apesar de todos os grupos apresentarem

homogeneidade entre as meacutedias iniciais nenhuma diferenccedila significativa foi

observada entre as meacutedias dos diversos tipos de protocolos de exerciacutecios que as

idosas foram submetidas (Tabela 14)

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel

prolactina nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP

DIFERENCcedilA p

GC Preacute 584 plusmn 169 -1237 01330 G90LA Poacutes 529 plusmn 169 -0762 03405 Preacute 559 plusmn 149 -0987 01916 GLA Poacutes 523 plusmn 096 -0700 02611 Preacute 535 plusmn 176 -0750 03595 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0987 02451 Gmax Preacute 463 plusmn 125 -0025 09703 Poacutes 489 plusmn 131 -0362 05995 Poacutes2 508 plusmn 189 -0488 05712 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0544 04596 Poacutes 570 plusmn 173 -1175 01464 Poacutes2 515 plusmn 144 -0555 04403

GLA Preacute 559 plusmn 149 0250 07592 G90LA Poacutes 523 plusmn 096 0062 09288 Preacute 535 plusmn 176 0487 05820 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0225 08023 Gmax Preacute 463 plusmn 125 1212 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0400 01267 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0693 03933 Poacutes 570 plusmn 173 -0412 06267 GLA Preacute 535 plusmn 176 0237 07751 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0287 07010 Gmax Preacute 463 plusmn 125 0962 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0337 05665 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0443 05584 Poacutes 570 plusmn 173 -0475 05027

Gmax Preacute 463 plusmn 125 0725 03582 G90PCR Poacutes 489 plusmn 131 0625 04462 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0205 08013 Poacutes 570 plusmn 173 0225 08312 Gmax GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0519 04629 Poacutes 570 plusmn 173 -0812 02966 Poacutes2 515 plusmn 144 -0068 09343

90

444444 AAmmiinnooaacuteaacutecciiddooss aarroommaacuteaacutettiiccooss ee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ddee ccaaddeeiiaa rraammiiffiiccaaddaa

Anaacutelises estatiacutesticas intra grupos (Graacutefico 11) natildeo indicaram diferenccedilas

significativas para a comparaccedilatildeo das meacutedias das concentraccedilotildees dos Aminoaacutecidos

Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia Ramificada (AACR) Respostas aos diferentes

protocolos de exerciacutecios a que as idosas voluntaacuterias deste estudo foram submetidas

indicaram uma tendecircncia das concentraccedilotildees desses grupos de aminoaacutecidos a elevar-

se imediatamente apoacutes exerciacutecios de intensidades leves e moderadas

Adicionalmente agrave medida que a intensidade foi elevada uma reduccedilatildeo gradual destas

concentraccedilotildees foi observada

Comparaccedilotildees entre grupos (Apecircndices 1 e 2) natildeo indicaram diferenccedilas (ple

005) para as respostas das concentraccedilotildees dos AACRs aos diferentes protocolos de

exerciacutecios preestabelecidos neste estudo Apesar de natildeo apresentarem niacutevel de

significacircncia aqui estabelecido (ple 005) percebeu-se que o grupo Gmax apresentou

diferenccedilas relevantes ao ser comparado (preacute e poacutes-testes) com os grupos G90LA e

GLA (de p= 06009 para p= 00664 e de p= 08526 para p= 00963

respectivamente)

Para as concentraccedilotildees dos AAAs foram observadas diferenccedilas significativas

entre os grupos G90LA e Gmax G90LA e GLa1h e GLA e G90PCR

Anaacutelises comparativas intra grupos (Graacutefico 12) natildeo indicaram nenhuma alteraccedilatildeo

significativa entre os momentos preacute e poacutes-testes tanto para a relaccedilatildeo do triptofano e

os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRP-AACR) como da relaccedilatildeo do triptofano

para os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRP-AAA) Entretanto resposta significativa foi

apresentada pelo Gmax entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste2 quando um

decliacutenio significativo da relaccedilatildeo TRP-AAA foi observado A exposiccedilatildeo graacutefica pode

facilitar a observaccedilatildeo de certa similaridade nas oscilaccedilotildees promovidas pelo exerciacutecio

entre essas duas relaccedilotildees Diferenccedilas (ple005) foram observadas somente na

comparaccedilatildeo entre os grupos (Apecircndices 3 e 4) Gmax e GLA1h tanto para a relaccedilatildeo

entre TRP-AACR quanto para a relaccedilatildeo entre TRP-AAA (p= 07216 p= 03161 p=

00364 e p= O6217 p= 00376 p= 00080 respectivamente)

91

0

50

100

150

200

nmol

ml

Aminoaacutecidos Aromaacuteticos

Preacute 16691 15146 12849 10984 13079 12843Poacutes1 1722 17558 15203 10701 12763 13052Poacutes2 1662 11447 12022

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h 0

100

200

300

400

500

600

700

Aminoaacutecidos de Cadeia Ramificada

Preacute 61748 49553 46411 39965 45514 45852Poacutes1 60585 54339 51918 42194 40323 45691Poacutes2 60222 35493 4173

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de AACR e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

92

0

002

004

006

008

01

012

014

TRP-AACR

Preacute 00922 01094 00905 00939 01207 01256Poacutes1 01037 01057 01013 00997 01087 01301Poacutes2 00979 00998 01272

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h0

00501

01502

02503

035

0404505

TRP-AAA

Preacute 03727 03058 03406 03391 04298 04541Poacutes1 03774 02752 03434 03953 03205 04583Poacutes2 03947 03167 04409

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes da relaccedilatildeo do triptofano e aminoaacutecidos aromaacuteticos e do triptofano com os aminoaacutecidos de cadeia ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

93

55 DDIISSCCUUSSSSAtildeAtildeOO

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

As respostas fisioloacutegicas observadas apoacutes avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia de

mulheres idosas no presente estudo indicaram sinais de esforccedilo maacuteximo baseado

em paracircmetros fisioloacutegicos como a FCmax que atingiu 948 da frequumlecircncia

cardiacuteaca esperada apoacutes teste de esforccedilo maacuteximo (220 ndash idade) medida proacutexima do

valor alcanccedilado (952 957) em estudos que submeteram idosos brasileiros a

um teste incremental em esteira (SILVA et al 2007 VACANTI et al 2004) Outras

variaacuteveis observadas como a razatildeo de troca respiratoacuteria R= 109 a percepccedilatildeo

subjetiva de esforccedilo 17 a duraccedilatildeo meacutedia do teste entre 10 e 12 minutos e a

incapacidade de responder ao estiacutemulo verbal para dar continuidade ao exerciacutecio

satildeo da mesma forma reconhecidas na literatura cientiacutefica como preditoras de

esforccedilo maacuteximo para indiviacuteduos idosos (NEDER amp NERY 2002 SBC 2002)

Em concordacircncia com o relato de vaacuterios estudos que reportaram um

decreacutescimo de 5 a 15 por deacutecada da funccedilatildeo cardiovascular maacutexima apoacutes os 25

anos de idade em funccedilatildeo do processo do envelhecimento (ACSM 1998) as mulheres

idosas (6406plusmn37 anos) voluntaacuterias da presente investigaccedilatildeo apresentaram um

VO2pico (2068 mlkgmin) inferior ao de mulheres ativas de faixas etaacuterias menores

(FLEG 2005) e superiores aos apresentados por mulheres faixa etaacuteria maior

(FOSTER 1986) Apesar da capacidade cardiorrespiratoacuteria apresentada pelas

voluntaacuterias ser classificada segundo a American Heart Association (1972) como

ldquoregularrdquo observou-se que o volume maacuteximo de oxigecircnio consumido foi menor que o

observado em estudos (DE WILD et al 1995 SILVA et al 2007) com mulheres de

idade mais avanccedilada (2224plusmn493 e 246plusmn47 mlkgmin 6712plusmn516 e 728plusmn36

anos respectivamente) Tal fato pode estar relacionado com o alto iacutendice de

sobrepeso e obesidade avaliados Apesar de controverso (GORAN 2000) presume-

se que mulheres obesas apresentem reduccedilatildeo da aptidatildeo fiacutesica e da capacidade

funcional em relaccedilatildeo agraves eutroacuteficas e com sobrepeso (ORSI 2008)

94

Agrave semelhanccedila de pesquisas realizadas com a populaccedilatildeo brasileira (SANTOS amp

SICHIERI 2005 KRAUSE et al 2007) e de outros paiacuteses (VISSER et al 1999

ZHANG 2008) este estudo observou que as mulheres idosas apresentaram alta

prevalecircncia de sobrepeso obesidade e presumivelmente elevada predisposiccedilatildeo a

doenccedilas crocircnicas decorrentes do acuacutemulo de gordura Segundo a Organizaccedilatildeo

Mundial da Sauacutede (2003) tais doenccedilas tecircm sido associadas ao acuacutemulo de massa

gorda global avaliada neste estudo pelas medidas do IMC e do GC e os riscos

relativos para essas doenccedilas satildeo verificados pela obesidade central avaliados neste

estudo atraveacutes das medidas da RCQ e CC (OMS 2003)

A despeito dos resultados aqui analisados sabe-se que tanto as medidas

antropomeacutetricas como seus respectivos pontos de corte disponibilizados na literatura

para essa parcela populacional ainda satildeo inconsistentes o que consequumlentemente

torna questionaacutevel sua relaccedilatildeo verdadeira para prediccedilatildeo agrave mortalidade e aos fatores

de risco (JANSSEN amp MARK 2007) Uma vez que em sua maioria satildeo validados para

populaccedilotildees mais jovens e desconsideram a redistribuiccedilatildeo natural da composiccedilatildeo

corporal durante o processo do envelhecimento assim como para caracteriacutesticas

peculiares de cada raccedila (EMED KRONBAUER MAGNONI 2006 TINOCO et al 2006)

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

552211 PPeerrffoorrmmaannccee ccooggnniittiivvaa

A avaliaccedilatildeo da performance cognitiva eacute amplamente utilizada em estudos com

indiviacuteduos idosos (LAKS et al 2003 BRUCKI et al 2003 LURENCcedilO amp VERAS

2006) Embora os motivos que induzem o deacuteficit cognitivo com o passar dos anos

ainda natildeo estejam bem estabelecidos na literatura supotildee-se que a reduccedilatildeo da

velocidade no processamento de informaccedilotildees o decreacutescimo de atenccedilatildeo o deacuteficit

sensorial a reduccedilatildeo da capacidade de memoacuteria de trabalho o prejuiacutezo na funccedilatildeo do

lobo frontal e na funccedilatildeo neurotransmissora aleacutem da deterioraccedilatildeo da circulaccedilatildeo

sanguiacutenea central e do decliacutenio da atuaccedilatildeo da barreira hematoencefaacutelica estejam

envolvidos Eacute de entendimento cientiacutefico que o envelhecimento atue como um dos

principais fatores de risco para a queda do desempenho cognitivo e que aumente a

vulnerabilidade desse processo (ANTUNES et al 2006)

95

Apesar de a performance cognitiva ser avaliada nesse estudo apenas para

disponibilizar de forma superficial o perfil cognitivo da amostra e para o

rastreamento de possiacuteveis casos de demecircncia natildeo se pode desaperceber a

equivalecircncia entre os escores obtidos e os resultados previstos para essa populaccedilatildeo

propondo supostamente que a amostra apresentou suas funccedilotildees cognitivas

preservadas (BRUCKI et al 2003)

Segundo estudo realizado por Laks et al (2003) que randomizou um

nuacutemero de 341 idosos brasileiros (65 a 84 anos) para dois grupos idosos mais

jovens (7313plusmn527) e idosos mais velhos (88plusmn490) que foram subdivididos para

2 subgrupos (alfabetizados e natildeo-alfabetizados) foi observado que

comparativamente os grupos se diferenciavam tanto por faixa etaacuteria como para o

fator ldquoescolaridaderdquo O escore geral observado em idosos mais jovens (natildeo-

alfabetizados e alfabetizados) daquele estudo apresentou-se bem menor que os

deste estudo (1729plusmn440 2242plusmn498 e 23plusmn00 2715plusmn301 respectivamente)

Da mesma forma este estudo apresentou valores superiores aos apresentados por

Lourenccedilo e Veras (2006) que encontraram em indiviacuteduos (n=303) com idade

acima de 65 anos escores de 1819 para idosos analfabetos e 2425 para

alfabetizados Adicionalmente escores observados neste estudo (2300plusmn00

2672plusmn302 2760plusmn482 2788plusmn1154 2833plusmn057) por niacuteveis de escolaridade

(analfabeto 1 a 4 5 a 8 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo) foram maiores que

os apresentados por Brucki et al (2003) na faixa etaacuteria referente (1881plusmn296

2485plusmn303 2657plusmn151 2875plusmn126 e 2717 plusmn194)

Presume-se que essa aparente vantagem entre maiores escores deste

estudo em relaccedilatildeo aos demais possa estar relacionada com a praacutetica regular de

exerciacutecios fiacutesicos um dos criteacuterios de inclusatildeo aqui estabelecidos uma vez que

detectou-se relaccedilatildeo positiva e significativa entre a performance cognitiva com a

capacidade cardiorrespiratoacuteria das idosas avaliadas (Tabela 8) Acredita-se que a

atividade fiacutesica sistematizada possa atuar como alternativa natildeo medicamentosa

para a melhora cognitiva de idosas natildeo-demenciadas (ANTUNES et al 2001) por

estar envolvida com fatores de crescimento neural como BNDF (brain-derived

neurotrophic factor) ou a outros estimuladores neurogecircnicos que atuam na

manuntenccedilatildeo da funccedilatildeo cerebral e na promoccedilatildeo da plasticidade neural (ANTUNES

96

et al 2006) e por agir de forma natildeo-farmacoloacutegica com accedilotildees neurotransmissoras

capazes de intervir na performance cognitiva (ANTUNES et al 2001 ANSTEY et

al 2004 ANTUNES et al 2006)

Relatos cientiacuteficos tecircm investigado a accedilatildeo neurotransmissora sobre o processo

cognitivo e confirmam que aleacutem do sistema colineacutergico tambeacutem o sistema

serotonineacutergico exerccedila inferecircncia sobre as funccedilotildees cognitivas e que alteraccedilotildees

parciais desse sistema podem causar enfraquecimento severo na memoacuteria e no

aprendizado do indiviacuteduo jovem ou idoso Adversamente perceberam melhoras

significativas tanto na memoacuteria como no comportamento de aprendizagem apoacutes

restauraccedilatildeo da inervaccedilatildeo serotonineacutergica em aacutereas hipocampais (RICHTER-LEVIN amp

SEGAL 1993) Fortes evidecircncias sustentam a hipoacutetese desse envolvimento como

por exemplo a localizaccedilatildeo das vias serotonineacutergicas e a disposiccedilatildeo de seus

receptores que coincidem com aacutereas cerebrais envolvidas com os processos normais

de aprendizagem e com regiotildees relacionadas com distuacuterbios das funccedilotildees cognitivas

como por exemplo o hipocampo a amiacutegdala e o coacutertex cerebral (MENESES 1999)

Outrossim a clara interferecircncia das accedilotildees de seus neuroreceptores preacute (5-HT1A 5-

HT1B 5-HT2A2C e 5-HT3) e poacutes-sinaacutepticos (5-HT2B2C and 5-HT4) e das

alteraccedilotildees promovidas pela recaptaccedilatildeo e o transporte da serotonina na modulaccedilatildeo e

na consolidaccedilatildeo da aprendizagem (MENESES amp HONG 1997 MENESES 1999)

552222 IImmaaggeemm ccoorrppoorraall

A silhueta indicada como a imagem corporal ideal (ICI) foi a de nuacutemero 3

(IMC = 2148plusmn182) coincidindo com estudos realizados com mulheres de outras

nacionalidades (BULIK et al 2001 TEHARD 2002 DAMASCENO et al 2005) que

apresentaram meacutedia do IMC proacutexima ao deste estudo (205plusmn09 22plusmn10 e

200plusmn03 respectivamente) Interessante notar que todos esses iacutendices enquadram-

se na classificaccedilatildeo ldquopeso normalrdquo segundo ponto de corte utilizado neste estudo

(OMS 2002) A predileccedilatildeo por menores silhuetas percebida em outras faixas etaacuterias

(ERLING amp HWANG 2004 TRICHES amp GIUGLIANI 2007) tambeacutem persistiu entre as

mulheres idosas aqui investigadas resultando em grau estatisticamente significativo

de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

97

Resultados indicaram que as medidas antropomeacutetricas que sinalizam o

acuacutemulo de gordura global (IMC e o GC) apresentam relaccedilatildeo positiva e

significativa com o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal O que natildeo foi

observada para as medidas relacionadas com o acumulo central de gordura (RCQ e

CC) Fator preocupante uma vez que essas apresentam maior risco para a aquisiccedilatildeo

de doenccedilas cardiacuteacas e degenerativas (OMS 2003)

O fato das idosas participantes desta intervenccedilatildeo natildeo terem um grau

significativo (p= 037) de distorccedilatildeo da IC pode estar presumivelmente relacionado

com primeiro a praacutetica regular da atividade fiacutesica pois sabe-se que a construccedilatildeo da

IC e o processo do desenvolvimento motor se interagem continuamente (LE BOUCH

1992) Existe uma interferecircncia muacutetua entre esse binocircmio As sensaccedilotildees sinesteacutesicas

e proprioceptivas promovidas pelo exerciacutecio fiacutesico associadas agraves experiecircncias

vivenciadas anteriormente desencadeiam respostas centrais que facilitam a

compreensatildeo do indiviacuteduo ativo sobre informaccedilotildees (sua localizaccedilatildeo suas limitaccedilotildees e

potencialidades) que interferiratildeo positivamente na IC do mesmo (SCHILDER 1999)

Segundo o rastreamento e a exclusatildeo de casos relacionados com decliacutenios

cognitivos durante a seleccedilatildeo da amostra podem ter contribuiacutedo para eliminar

indiviacuteduos com situaccedilotildees de disfunccedilotildees neuroloacutegicas potencialmente capazes de

desencadear quadros patoloacutegicos de distorccedilatildeo da IC (SCHILDER 1999) Terceiro a

meacutedia elevada dos domiacutenios de Qualidade de Vida apresentada pela maioria dos

indiviacuteduos independentemente da silhueta em que se enquadraram E por uacuteltimo

os baixos niacuteveis indicativos de depressatildeo apresentados pela maioria das voluntaacuterias

o que pode ter inferido em avaliaccedilatildeo com baixo grau de distorccedilatildeo A capacidade

interventora do equiliacutebrio emocional sobre a habilidade do indiviacuteduo avaliar sua ICR eacute

tema amplamente discutido na literatura Sua interferecircncia negativa sobre a IC pode

estar relacionada com doenccedilas afins e culminar com a morte

A incongruecircncia entre a alta prevalecircncia da insatisfaccedilatildeo com a IC identificada

apoacutes aplicaccedilatildeo da escala de silhuetas (quando as idosas indicavam outras silhuetas

que natildeo a suas como ICI) e a baixa prevalecircncia observada nas respostas advindas

do questionaacuterio (quando as idosas eram indagadas claramente se estavam ou natildeo

satisfeitas com sua IC) indica a possibilidade de que a percepccedilatildeo da satisfaccedilatildeo com a

IC possa ultrapassar as barreiras estabelecidas pelos instrumentos aqui adotados e

98

envolvam fatores e dimensotildees ateacute entatildeo desconhecidos (SLADE 1994) Talvez

existam estaacutegios conscientes e inconscientes durante esse processo de avaliaccedilatildeo Um

mais estruturado com criteacuterios regras associaccedilotildees de valores bem estabelecidos e

maior maturidade para definir os paracircmetros entre o ldquoReal x Idealrdquo que o outro

552233 QQuuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Apesar do processo do envelhecimento natural estar relacionado a muitas

perdas (ACSM 1998 HAYFLICK 1997) a amostra deste estudo foi classificada com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida geral (6818) que refletiu as meacutedias dos

domiacutenios fiacutesico psicoloacutegico e social (7449 6922 7075 e 6818 respectivamente)

Por outro lado percebeu-se que o domiacutenio ambiental (que considerou os itens de

seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo ambiente no lar recursos financeiros disponibilidade e

qualidade oferecidas na sauacutede social a oportunidade de adquirir novas informaccedilotildees

e habilidades participaccedilatildeo e oportunidades de recreaccedilatildeo e lazer ambiente fiacutesico e

existecircncia e qualidade do transporte) apresentou meacutedia (5810) e classificaccedilatildeo

inferiores as dos demais domiacutenios Resultados semelhantes a este foram observados

em estudos realizados com idosos em outras regiotildees do Brasil (SILVA amp REZENDE

2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) o que pode sinalizar um sentimento de

insatisfaccedilatildeo dessa populaccedilatildeo com os serviccedilos oferecidos pelos oacutergatildeos

governamentais bem como o amparo que tem sido direcionado para esta

comunidade Comparativamente observou-se que as meacutedias para o domiacutenio fiacutesico e

para a meacutedia geral de qualidade de vida foram maiores que os apresentados por

idosos sedentaacuterios sadios (563 e 58 respectivamente) e sedentaacuterios com depressatildeo

(4802 e 5289 respectivamente) ( GORDIA et al 2007 SILVA amp REZENDE 2006)

Tem-se reportado que o estilo de vida ativo seja capaz de interferir

amplamente no niacutevel de qualidade de vida do idoso interferindo nos domiacutenios

fiacutesico por promover maior autonomia ao idoso no desempenho das atividades da

vida diaacuteria e sauacutede fiacutesica (KNORST et al 2001) psicoloacutegicos (DUNN amp DISHMAN

1991 NIEMAN 1999 TELLA et al 2004) induzindo a uma melhor sauacutede

emocional e social (PAFFENBARGER LEE LEUNG 1994 HERNANDES amp BARROS

2004) por ser um instrumento eficiente de reinclusatildeo do idoso nas atividades

comunitaacuterias Adversamente apesar de o domiacutenio ambiental apresentar um baixo

99

escore tanto nesse estudo como em vaacuterios outras investigaccedilotildees (SILVA amp

REZENDE 2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) coadunamos com a ideacuteia de

Carvalho amp Carvalho (2008) e acreditamos na interferecircncia positiva do exerciacutecio

sobre esta variaacutevel mesmo que em menor proporccedilatildeo quando comparada com os

demais domiacutenios

552244 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Uma relaccedilatildeo negativa e significativa foi observada neste estudo (Tabela 8)

entre os escores indicativos de depressatildeo e a capacidade cardiorrespiratoacuteria

(VO2pico) o que sugere efeitos positivos do exerciacutecio sobre indicativos de depressatildeo

abordada em relatos anteriores (PAFFENBARGER LEE amp LEUGN 1994 DISHMAN

1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998)

Considerando a idade e o gecircnero dos indiviacuteduos aqui estudados indicados

com maior predisposiccedilatildeo ao diagnoacutestico de depressatildeo (OMS 2000 RODRIGUES

2000) a amostra deste estudo apresentou em meacutedia o escore 1018 no inventaacuterio

de depressatildeo de Beck muito proacuteximo do ponto de corte que indica ausecircncia de

depressatildeo (BDIlt10) Resultado semelhante aos observados em mulheres idosas

apoacutes serem submetidas a um periacuteodo de 4 meses de exerciacutecios aeroacutebio de

intensidade moderadamente alta que reduziram significativamente os escores de

depressatildeo de 152 para 1021 (OLIVEIRA et al 2007)

Conjectura-se exerciacutecios fiacutesicos de intensidade moderada alta possam

produzir uma accedilatildeo terapecircutica mais lenta poreacutem eficaz e de efeitos mais

duradouros que agraves apresentadas por intervenccedilotildees farmacoloacutegicas em sujeitos idosos

de depressatildeo moderada (BLUMENTHAL 1999)

Embora a maioria dos estudos relate melhoras dos estados de humor apoacutes um

periacuteodo de exerciacutecios fiacutesicos alguns sugerem que os efeitos positivos possam ser

observados mesmo apoacutes sessatildeo aguda (TOSKOVIC 2001 ROSA et al 2004)

Todavia a utilizaccedilatildeo de exerciacutecios para fins terapecircuticos tem sido muitas vezes

questionada uma vez que os efeitos produzidos sofram interferecircncia de caraacuteter

multifatorial e que dependendo da populaccedilatildeo estudada para as relaccedilotildees gecircnero e

idade gravidade do quadro depressivo intensidade e duraccedilatildeo do exerciacutecio as

100

respostas podem diversificar-se (DUNN amp DISHMAN 1991 PHILLIPS KIERNAN amp

KING 2003 WERNERCK et al 2006)

Considerando que uma das hipoacuteteses que tentam explicar as bases

etioloacutegicas desse transtorno do humor fundamenta-se nas alteraccedilotildees

neurobioloacutegicas percebidas no sistema monoamineacutergico (DUNN amp DISHMAN

1991) sistema que foi analisado no presente estudo Investigou-se entatildeo a

possibilidade de uma associaccedilatildeo significativa entre as concentraccedilotildees da

serotonina triptofano e prolactina (em repouso) e os escores indicativos de

depressatildeo (Tabela 8) o que foi posteriormente rejeitada No entanto apoacutes a

amostra ser dividida para os escores de depressatildeo percebeu-se decliacutenio desses

analiacuteticos agrave medida que o quadro de depressatildeo foi se agravando (Graacutefico 7) o

que coadunou com relatos anteriores que prevecircem decreacutescimo dessas

concentraccedilotildees no diagnoacutestico da depressatildeo (DUNN amp DISHMAN1991 STRUumlDER

amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp WEICKER 2001b MORAN 2003)

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A utilizaccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos como modelo de estresse tem sido

amplamente utilizada em diversas pesquisas para manipulaccedilatildeo do sistema

serotonineacutergico (CHAOULOFF 1997 STRUumlDER amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp

WEICKER 2001b ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005) Para a compreensatildeo da

interaccedilatildeo desse binocircmio muitos estudos tecircm analisado o impacto que o exerciacutecio

fiacutesico tem causado sobre o aporte serotonineacutergico perifeacuterico (MARTIN et al 2000

LOPES 2001) ou sobre o sistema nervoso central (BAILEY DAVIS AHLBORN 1993

DISHMAN 1997) adotando em suas investigaccedilotildees tanto modelo humano (ARIDA

NAFFAH-MAZZACORATTI SOARES 1998 DWYER amp FLYNN 2002 OLIVEIRA et al

2007) como modelos animais (KUROSAWA et al 1993 GOMEZ-MERINO et al

2001 KALINSKI DLUZEN STADULIS 2001) Manipulaccedilotildees farmacoloacutegicas sucedidas

de sessotildees de exerciacutecios fiacutesicos tecircm sido utilizadas tanto para a compreensatildeo da

extensatildeo da accedilatildeo dos neurotransmissores e neuroreceptores como para a produccedilatildeo

e o catabolismo das enzimas relacionadas com a siacutentese e depleccedilatildeo serotonineacutergica

(MEEUSEN et al 1997) Adicionalmente outros recursos aleacutem dos farmacoloacutegicos

tecircm sido empregados para a concepccedilatildeo desse paradigma como as alteraccedilotildees

101

nutricionais que manipulam dietas com suplementaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada dos aminoaacutecidos aromaacuteticos de carboidratos e de aacutecidos graxos livres

(DAVIS 1998 BLOMSTRAND 2006) e as alteraccedilotildees do meio ambiente atraveacutes do

controle da temperatura Entretanto os efeitos agudos do exerciacutecio cardiovascular

foran avaliados nesse estudo apoacutes submeter mulheres idosas a diferentes

intensidades e duraccedilatildeo de caminhada sem a utilizaccedilatildeo de outro fator experimental

atraveacutes da anaacutelise das concentraccedilotildees perifeacutericas da serotonina e demais analiacuteticos

relacionados agrave sua siacutentese

Apesar da variedade metodoloacutegica disponiacutevel na literatura a grande maioria das

investigaccedilotildees que versam sobre esse tema afunilam seus objetivos em desvendar a

relaccedilatildeo da interaccedilatildeo ldquoexeriacutecio fiacutesico e sistema serotonineacutergicordquo agrave alta performance e agrave

possibilidade de prolongamento do tempo de esforccedilo Nesse sentido para melhor

compreensatildeo desse paradigma agrave procura de menores limitaccedilotildees eacuteticas maior controle

das variaacuteveis intervenientes e consequumlentemente maior avanccedilo cientiacutefico adotam

preferencialmente modelos animais ou indiviacuteduos jovens e atletas Tais criteacuterios de

seleccedilatildeo dificultaram comparaccedilotildees de vaacuterios estudos com os resultados aqui

apresentados uma vez que mulheres idosas foram tidas como modelo de amostra

Apesar de estudos afirmarem que o processo de senescecircncia possa estar associado

com marcadores caracteriacutesticos do decliacutenio fisioloacutegico e morfoloacutegico do sistema

serotonineacutergico e seja capaz de repercutir qualitativa e quantitativamente em suas

accedilotildees neuroquiacutemicas (TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998) sabe-se que as

implicaccedilotildees desse binocircmio extrapolam os limites da alta performance Relatos

cientiacuteficos confirmam que a promoccedilatildeo da sauacutede e do bem estar fiacutesico e mental possam

estar associados inclusive a exerciacutecios fiacutesicos de pequena duraccedilatildeo (DWYER amp FLYNN

2002) por serem capazes de produzir alteraccedilotildees significativas na atuaccedilatildeo

neurotransmissora em algumas regiotildees do ceacuterebro mesmo que nenhuma alteraccedilatildeo

perifeacuterica seja aparente (KUROSAWA et al 1993)

Neste estudo o valor meacutedio dos niacuteveis de serotonina de toda a amostra

(154plusmn4288 nanogml) apresentou-se maior do que concentraccedilotildees (7925plusmn694

6375plusmn410 e 6533plusmn433 nanogml) avaliadas em indiviacuteduos mais jovens

(2263plusmn245 2437plusmn329 e 23plusmn316 anos de idade) e proacuteximos dos valores

apresentados (15203plusmn7287 e 12235plusmn1515 nanogml) em indiviacuteduos de meia

102

idade (4555plusmn559 e 4750plusmn1561 anos) ou de faixa etaacuteria semelhante

(13827plusmn6059 nanogml 578plusmn59 anos) apresentados em outros estudos

(SOARES1995 ARIDA 1998 e OLIVEIRA et al 2007 respectivamente)

Evidentemente seria precipitado afirmar que o processo de envelhecimento esteja

relacionado ao acuacutemulo adicional das concentraccedilotildees serotonineacutergicas plasmaacuteticas

uma vez que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agraves diferenccedilas metodoloacutegicas

adotadas nos protocolos de coleta congelamento e dosagem desse analiacutetico Tal

hipoacutetese ocupa posiccedilatildeo controversa na literatura sendo poucas vezes confirmada

como nos dados apresentados por Chen Luuml Huang (2002) ou na maioria das vezes

negada (KUMAR et al 1998)

Apesar da maioria dos grupos avaliados terem apresentado tendecircncia agrave

reduccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos serotonineacutergicos apoacutes sessatildeo de exerciacutecios fiacutesicos

apenas dois dos seis grupos apresentaram decliacutenio significativo do aporte de

serotonina O primeiro apoacutes ser submetido a teste de potecircncia aeroacutebia (Gmax)

reduziu seus niacuteveis de serotonina divergindo dos resultados apresentados por

estudos de Soares (1995) e Steinberg Sposito Tufik et al (1998) que apoacutes

submeterem indiviacuteduos adultos jovens (atletas e ativos respectivamente) a um

estresse fiacutesico semelhante ao prescrito nesta investigaccedilatildeo perceberam aumento

significativo e natildeo decliacutenio destes niacuteveis Percebe-se que a habilidade do sistema

serotonineacutergico em responder diferentes desenhos de protocolos de exerciacutecios fiacutesicos

tanto eacute desconhecida como vulneraacutevel agrave interferecircncias multifatoriais (MARTIN et al

2000) e que presumivelmente o envelhecimento possa interferir signifcativamente

sobre esses resultados

O segundo grupo que apresentou alteraccedilotildees significativas dos niacuteveis

perifeacutericos de serotonina foi o GLA1h que apresentou imediatamente apoacutes 1h de

caminhada de intensidade moderada aumento de 5 (pgt 005) dos niacuteveis

plasmaacuteticos desse neurotransmissor que foi sucedido por um decliacutenio significativo

(ple 005) apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo (18196plusmn2658 19093plusmn1244 e

16515plusmn3639 nanogml respectivamente) A sessatildeo de exerciacutecios a que esse grupo

foi submetido foi semelhante agraves oferecidas em estudo realizado com mulheres

idosas (LOPES 2001) que apoacutes um treinamento de 8 semanas (5 diassemana)

103

perceberam similarmente reduccedilatildeo significativa desse neurotransmissor em

repouso nas concentraccedilotildees plasmaacuteticas A comparaccedilatildeo dessas duas intervenccedilotildees

sugere que organismos de indiviacuteduos idosos assim como os de indiviacuteduos mais

jovens possuam mecanismos neuromoduladores que satildeo acionados em respostas a

sucessivos estiacutemulos promovidos por uma sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico

A despeito do decliacutenio perifeacuterico dos niacuteveis serotonineacutergicos apresentados pelo

GLA1h observou-se um possiacutevel incremento (108) no aporte central desse

neurotransmissor analisados atraveacutes das concentraccedilotildees de prolactina Estudos

sugerem que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agrave lipoacutelise promovida pela praacutetica

de exerciacutecios capaz de interferir nas concentraccedilotildees das porccedilotildees do triptofano (TRP e

TRP-L) Uma vez que o aumento da demanda de aacutecidos graxos livres desloca o TRP

dos siacutetios de ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente

aumento da disponibilidade desse precursor no SNC (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM

1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000

HUFFMAN et al 2004) Essa resposta ao exerciacutecio moderado pode desencadear

presumivelmente efeitos terapecircuticos naturais capazes de intervir beneficamente

em quadros cliacutenicos de doenccedilas associadas agrave alteraccedilotildees do humor e cogniccedilatildeo

(GUSZKOWSKA 2004) O que pode ser confirmado por estudos recentes realizados

com mulheres idosas onde relatam que exerciacutecios moderados mostraram-se

eficientes para a reduccedilatildeo tanto dos niacuteveis de depressatildeo (OLIVEIRA et al 2007)

como tambeacutem favorecem o processamento cognitivo (SILVA 2006)

Nenhuma alteraccedilatildeo estatisticamente significativa foi identificada nos

deslocamento das concentraccedilotildees aminoaciacutedicas em exerciacutecio de curta duraccedilatildeo (20

minutos) de intensidades baixas e moderadas conforme previsto por Meeusen

Watson Hasegawa et al (2006) Todavia considerando que os criteacuterios estatiacutesticos

nem sempre coadunam com as respostas cliacutenicas promovidas pelo desencadeamento

fisioloacutegico das accedilotildees neuroquiacutemicas algumas observaccedilotildees foram realizadas Nesse

sentido percebeu-se que o fator intensidade interferiu de maneira discreta (pgt 005)

sobre as concentraccedilotildees tanto do triptofano quanto dos demais aminoaacutecidos (AACR e

AAN) em que um aumento do triptofano foi observado em grupos submetidos agrave

exerciacutecios de intensidade moderada (GLA 254) agrave moderada alta (G90PCR

156) e um aumento igualmente discreto dos AACR e AAA em exerciacutecios de

104

intensidade leve agrave moderada (G90LA 96 16 GLA 118 e 183

respectivamente) Obviamente tais respostas aminoaciacutedicas ao exerciacutecio

interferiram tanto na relaccedilatildeo do TRPACCR que elevou-se (pgt 005) nos grupos

submetidos agrave intensidade igual ou acima do limiar anaeroacutebio (GLA 12 e G90PCR

62) como na relaccedilatildeo TRPAAA que foi aumentada apenas sob a intensidade

acima do limiar anaeroacutebio (G90PCR 168) Interessante notar que ao comparar

esse comportamento de distribuiccedilatildeo dos aminoaacutecidos com as respostas plasmaacuteticas

da prolactina marcador perifeacuterico das concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais

observou-se que todos os grupos (de duraccedilatildeo de 20 minutos) com exceccedilatildeo do

G90PCR que apresentou um aumento miacutenimo (3) apresentaram um decliacutenio das

concentraccedilotildees de prolactina

Adversamente resultados disponibilizados neste estudo indicaram que

exerciacutecios de curta duraccedilatildeo podem promover sim alteraccedilotildees significativas nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico assim como exerciacutecios de longa duraccedilatildeo

desde que constituiacutedos de alta intensidade o que vai ao encontro com estudos

realizados por Struumlder amp Weicker (2001) Nesse sentido o grupo Gmax apresentou

um decliacutenio significativo (ple 005) nos 20 minutos de recuperaccedilatildeo das concentraccedilatildeo

tanto do TRP quanto da relaccedilatildeo TRPAAA e adicionalmente uma reduccedilatildeo de 17

(p= 007) da relaccedilatildeo TRPAACR Sugere-se que tais alteraccedilotildees bioquiacutemicas possam

explicar a depleccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina igualmente observada para

esse mesmo momento no Gmax A despeito de o aporte teoacuterico indicar que decliacutenios

das relaccedilotildees TRPAAA e TRPAACR estejam relacionados com o decreacutescimo da

disponibilidade do precursor serotonineacutergico nas vias centrais e por conseguinte da

siacutentese serotonineacutergica (STRUumlDER et al 1999 NEWSHOLME amp BLOMSTRAND 2006

MEEUSEN et al 2006) percebeu-se de forma ambiacutegua tendecircncia de elevaccedilatildeo (pgt

005) e natildeo de decreacutescimo dos niacuteveis centrais desse neurotransmissor avaliados

atraveacutes da prolactina imediatamente apoacutes o exerciacutecio e apoacutes os 20 primeiros minutos

de recuperaccedilatildeo (561 e 971 respectivamente) Provavelmente tal fenocircmeno

possa estar relacionado com o fato ocorrido em outras investigaccedilotildees (CHAOULOFF et

al 1986 CHAOULOFF 1997 STRUumlDER et al 1999) quando o decliacutenio ou nenhuma

alteraccedilatildeo significativa das concentraccedilotildees do TRP total (TRP + TRP-L) forma em que

foi dosada neste estudo natildeo convergiu com um acreacutescimo significativo das

concentraccedilotildees do TRP-L uacutenica parcela capaz de atravessar a barreira

hematoencefaacutelica e responsaacutevel pela siacutentese da serotonina central (CURZON

105

FRIEDEL KNOTT 1973) Adicionalmente quanto aos decliacutenios significativos dos niacuteveis

plasmaacuteticos de triptofano e de serotonina podem outrossim estar relacionados com o

aumento da atividade da enzima triptofano pirolase responsaacutevel pela atenuaccedilatildeo das

concentraccedilotildees do triptofano acionada por possiacutevel aumento da adrenalina e do

cortisol em resposta agrave alta intensidade a que o grupo foi submetido e ao niacutevel de

estresse psicoloacutegico que esse tipo protocolo pode induzir (STRUumlDER amp WEICKER

2001a) Apesar do aumento do cortisol apresentar de forma mais pronunciada em

exerciacutecios intensos de maior duraccedilatildeo existem relatos de que exerciacutecios de curta

duraccedilatildeo possam produzir acreacutescimo em sua concentraccedilatildeo (SIMOtildeES MARCON

OLIVEIRA et al 2004 BOTTARO MARTINS GENTIL et al 2007)

Apoacutes anaacutelise comparativa entre grupos percebeu-se que os grupos Gmax e

GLA1h apresentaram maiores diferenccedilas estatiacutesticas quando comparados entre si e

com os demais grupos Presume-se que as diferenccedilas estatiacutesticas encontradas entre

grupos para as dosagens dos vaacuterios analiacuteticos aqui investigados estejam

relacionadas principalmente com as dessemelhanccedilas entre o recrutamento de

substrato energeacutetico agraves diferentes intensidades e duraccedilatildeo previstas nesta

investigaccedilatildeo Uma vez que o aumento da lipoacutelise interfere de forma indireta nas

concentraccedilotildees de serotonina (CURZON 1973 MEEUSEN et al 2006) e com os

mecanismos de alerta desencadeados em situaccedilatildeo de altas intensidades (SIMOtildeES et

al 2004)

Mesmo considerando as limitaccedilotildees desta investigaccedilatildeo os relatos aqui

elucidados revelaram a complexidade e sensibilidade do sistema serotonineacutergico em

responder agraves diferentes manipulaccedilotildees atraveacutes do estresse fiacutesico Priorizar um desses

modelos em detrimento do outro deve ser considerado com cautela uma vez que

nem todos os grupos foram avaliados apoacutes os primeiros momentos de recuperaccedilatildeo

No entanto baseado nos relatos anteriormente realizados sabe-se que apenas trecircs

das intervenccedilotildees G90PCR o Gmax e o GLA1h sugeriram acreacutescimos das

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais (3 971 1089 respectivamente)

parcela envolvida com efeitos positivos na sauacutede mental do idoso

Nesse sentido sabe-se da inviabilidade de prescrever sistematicamente sessotildees

de exerciacutecios de intensidade maacutexima para indiviacuteduos idosos que mesmo

desconsiderando riscos eminentes que esta praacutetica poderia incorrer respostas

negativas a este tipo de estresse poderia ser desencadeadas no sistema

106

serotonineacutergico por influecircncia de mecanismos de accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-

adrenal (HPA) Uma vez que ciente da experiecircncia de risco e de desconforto

vivenciados em sessotildees de exerciacutecio muito intenso o organismo do idoso pode entrar

em estado de alerta e modular atraveacutes do complexo amgdaloacuteide processos plaacutesticos

sediados no hipocampo envolvidos com processamento de informaccedilotildees

especialmente em situaccedilotildees de estresse

Apoacutes acionada a memoacuteria aversiva do hipocampo neurocircnios secretam

Corticotrofinas (CRF) que por sua vez estimula a hipoacutefise anterior a liberar na

circulaccedilatildeo sanguumliacutenea o hormocircnio adreno-cortico-troacutefico (ACTH) que vai provocar a

produccedilatildeo de hormocircnios corticoesteroacuteides (CORT) pela glacircndula supra-renal

principalmente o cortisol que satildeo liberados na corrente sanguiacutenea e chegando ao

ceacuterebro atuam sobre o hipocampo para inibir a liberaccedilatildeo e atuaccedilatildeo das CRFs

(MORAIS SOUZA BAPTISTA 2004 JOCA PADOVAN GUIMARAtildeES 2003) No

entanto enquanto a amiacutegdala for estimulada esse processo continua e por

conseguinte a liberaccedilatildeo do cortisol na corrente sanguiacutenea eacute continuada (MORAIS

SOUZA BAPTISTA 2004) Adicionalmente sabe-se que os glicocorticoacuteides podem

modular o sistema serotonineacutergico e suprimir sua siacutentese (SANTOS 2005)

Fonte httpwwwcnsforumcomimagebankitemHPA_NORM_DPN_3defaultaspx

Por outro lado a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos no limiar ventilatoacuterio 1 (LA)

com um volume (tempo ou distacircncia) baixo ou moderado aplicados na forma de um

programa de treinamento progressivo controlado pode ser considerada como

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob estiacutemulo de estresse

107

importante instrumento de prevenccedilatildeo de doenccedilas de promoccedilatildeo da sauacutede e auxiliar

no tratamento de diversas patologias senatildeo como terapecircutica uacutenica ao menos como

auxiliar nas terapecircuticas tradicionais (STELLA et al 2004) Exerciacutecios fiacutesicos

praticados no limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio 2 (PCR) ou acima do limiar de lactato

associado a grande duraccedilatildeo ou volume podem ser inadequados para fins de terapias

relacionadas agrave sauacutede mental (ARAUacuteJO MELLO LEITE 2007) Apesar de serem

observados aspectos positivos pela prescriccedilatildeo de exerciacutecios de alta intensidade

acredita-se que intensidades moderadas possam ser mais apropriadas para a

populaccedilatildeo idosa aleacutem de induzir melhoras significativas no perfil do humor

qualidade de vida e benefiacutecios cognitivos (CASILHAS et al 2007)

108

66 CCOONNCCLLUUSSAtildeAtildeOO

Considerando o perfil antropomeacutetrico psicomeacutetrico e da capacidade

cardiorrespiratoacuteria observados em mulheres idosas submetidas a esta investigaccedilatildeo

Observou-se maior prevalecircncia de sobrepeso com excesso de gordura

corporal sinalizando iacutendices desfavoraacuteveis para a sauacutede O IMC foi a variaacutevel

antropomeacutetrica de maior prediccedilatildeo para o alto grau de insatisfaccedilatildeo com a

imagem corporal

A silhueta de nuacutemero 5 apontada como imagem corporal real natildeo coincidiu

com a silhueta de nuacutemero 3 indicada como a imagem corporal ideal o que conduziu

a um grau significativo de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

A amostra apresentou performance cognitiva equivalente agrave esperada para sua

faixa etaacuteria um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida e um escore indicativo de

depressatildeo ldquoleverdquo de associaccedilatildeo negativa e significativa com sua capacidade

cardiorrespiratoacuteria classificada como ldquoregularrdquo

Considerando o efeito agudo do sistema serotonineacutergico agraves diferentes

manipulaccedilotildees de exerciacutecio fiacutesico observou-se que

Sessotildees agudas de exerciacutecios fiacutesicos de duraccedilatildeo menor que 20 minutos

apresentaram decliacutenio significativo das concentraccedilotildees serotonineacutergicas do

tripotofano e da relaccedilatildeo das concentraccedilotildees do triptofano com os aminoaacutecidos

aromaacuteticos quando submetidos agrave intensidade maacutexima

Alteraccedilotildees discretas foram percebidas entre as concentraccedilotildees aminoaciacutedicas

em que os aminoaacutecidos de cadeia ramificada e os aromaacuteticos aumentaram suas

concetraccedilotildees nas intensidades leve e moderada e o triptofano nas intensidades

moderadas agrave moderada alta

Considerando as vaacuterias medidas de cautela em prescrever sistematicamente

exerciacutecios de intensidade maacutexima para a populaccedilatildeo idosa conclui-se que sessotildees de

exerciacutecios submetidos entre o primeiro e segundo limiar anaeroacutebico de duraccedilatildeo

109

entre 20 minutos e uma hora sejam mais apropriadas para interferir nas

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de mulheres idosas presumivelmente

relacionadas com a sauacutede mental

110

77 SSUUGGEESSTTOtildeOtildeEESS PPAARRAA NNOOVVOOSS EESSTTUUDDOOSS

Para novas investigaccedilotildees do efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema

serotonineacutergico em mulheres idosas e aumentar a compreensatildeo da dimensatildeo das

respostas deste sistema a este modelo de estresse sugere-se

Que aleacutem das dosagens realizadas neste estudo sejam incluiacutedas as do

principal metaboacutelito serotonineacutergico o aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico da parcela livre do

triptofano e da enzima monoamina oxidase

A realizaccedilatildeo de um maior nuacutemero de coletas para compreender o

comportamento de cada analiacutetico

Que a duraccedilatildeo das sessotildees de exerciacutecios seja determinada pela capacidade

individual de cada indiviacuteduo da amostra e que o tempo seja definido pela solicitaccedilatildeo

de cada idoso

111

RREEFFEERREcircEcircNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRAacuteAacuteFFIICCAASS

ACSM ndash American College of Sports Medicine Exercise and Physical Activity for older adults Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 2 n 6 p 992-1008 1998

ALMEIDA GANA imagem corporal de mulheres morbidamente obesas avaliadas atraveacutes do desenho da figura humana Psicologia reflexatildeo e criacutetica v 15 n 2 p 283-292 2002

American Heart Association (AHA) Exercise and Training of Apparently Healthy Individuals A Handbook for Physicians Dallas American Heart Association 1972

ANSTEY KJ WINDSOR JD JORM AF et al Association of Pulmonary Function with Cognitive Performance in Early Middle and Late Adulthood Gerontology v 50 p 230-234 2004

ANTUNES HKM SANTOS RF MELLO MT et al Cognitive Alterations in Older Women Caused by Systematic Physical Exercise In 7th Annual Congress of The European College of Sport Science v 2 p 1015-1015

ANTUNES HKM SANTOS RF CASSILHAS R et al Exerciacutecio fiacutesico e funccedilatildeo cognitiva Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 12 n 2 2006

ANTUNES HKM SANTOS RF HEREDIA RAG et al Alteraccedilotildees Cognitivas em Idosas Decorrentes do Exerciacutecio Fiacutesico Sistematizado Revista da Sobama v 6 n 1 p 27-33 2001

ARAUacuteJO SRC MELLO MT LEITE JR Anxiety disorders and physical exercise Revista Brasileira de Psiquiatria v 29 n 2 p 64-71 2007

ARIDA RM NAFFAH-MAZZACORATTI MG SOARES JS et al Monoamine Responses to acute and cronic aerobic exercise in normotensive and hypertensive subjects Satildeo Paulo Medical Journal v 116 n 1 p 1624-1624 1998

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 p 102ndash113 2005

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 2005

ASTRAND PO Why Exercise Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 6 n 3 p 25-37 1992

112

BAHRAM A SHAFIZADEH M A comparative and correlational study of the body-image in active and inactive adults and with body composition and somatotype Autralian Association for research in education 2003 Disponiacutevel em httpwwwaareeduau03papbah03789pdf Acesso em 18 fev 2008

BAILEY SP DAVIS AHLBORN EN Neuroendocrine and substrate responses to altered brain 5-HT activity during prolonged exercise to fatigue Journal Applied Physiology v 74 n 6 p 3006-3012 1993

BAILEY SP DAVIS MM AHLBORN EN Effect of increased brain serotonergic activity on endurance performance in the rat Acta Physiologica Scandinava v 145 p 75-76 1992

BANICH MT MILHAM M P ATCHLEY R et al Studies of Stroop tasks reveal unique roles of anterior and posterior brain systems in attentional selection Journal of Cognitive Neuroscience V 12 n 6 p 988-10002000

BARBOSA AR SANTAREacuteM JM JACOB FILHO W et al Comparaccedilatildeo da gordura corporal de mulheres idosas segundo antropometria bioimpedacircncia e DEXA Archivos Latinoamericanos de Nutricioacuten Organo Oficial de la Sociedad Latinoamericana de Nutricioacuten Caracas v 51 n 1 p 49-56 2001

BARCHAS JD FREDMAN D Brain amines response to physiological stress Biochemical Pharmacology v 12 p 1232-1235 1963

BEAR MF CONNORS BW PARADISO M A L Neuroscience exploring the Brain Canadaacute Williams amp Wilkins 1996

BISCIOTTI GN VILARDI JUNIOR NP MANFIO EF A fadiga aspectos centrais e perifeacutericos Revista Fisioterapia Brasil v 2 n 6 p 353 2001

BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007

BLAIR SN KOHL HW PAFFENBARGER JR RS et al Physical fitness and all-cause mortality Journal of the American Medical Association v262 p 2395-2401 1989

BLOMSTRAND E Branched-Chain Amino Acids in Exercise A Role for Branched-Chain Amino Acids in Reducing Central Fatigue The Journal of Nutrition v 136 n 2 p 544S-547S 2006

BLOMSTRAND E CELSING F NEWSHOLME EA Changes in plasma concentrations of aromatic and branched-chain amino acids during sustained exercise and their possible role in fatigue Acta Physiologica Scandinavica v 133 n 1 p 115-121 1988

BLOMSTRAND E HASSMEN P EKBLOM B Administration of branched-chain amino acids during sustained exercise - Effects on performance and plasma

113

concentration of some amino acids European journal of applied physiology v 63 p 83-88 1991

BLUMENTHAL JA Effects of exercise training on older patients with major depression Archives of Internal Medicine v 159 p 234-256 1999

BORG G Escalas de Borg para dor e o esforccedilo percebido Satildeo Paulo Manole 2000 115p

BOTTARO M MARTINS B GENTIL P et al Effects of rest duration between sets of resistance training on acute hormonal responses in trained women Journal of science and medicine in sport 2007 Dec 17 [Epub ahead of print] Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpubmed18093876 Acesso em 10 fev 2008

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil Suggestions for utilization of the mini -mental state examination in Brazil Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil [Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil] Arquivos de Neuro-Psiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BULIK CM WADE TD HEATH AC Relating body mass index to figural stimuli Population-based normative data for Caucasians International journal of obesity and related metabolic disorders v 25 p 1517-1524 2001

CABEZA R amp NYBERG L Neural bases of learning and memory functional neuroimaging evidence Current Opinion Neurology V13 p 415-421 2000

CACHELIN FM REBECK RM CHUNG GH et al Does egthnicity influence body-size preference A comparison of body image and body size Obesity research v 10 n 3 p 158-166 2002

CALDERS P MATTHYS D DERAVE W et al Effect of branched-chain amino acids (BCAA) glucose and glucose plus BCAA on endurance performance in rats Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 31 n 4 p 583-587 1999

CAMPBELL DT STANLEY JC Delineamentos Experimentais e Quase-Experimentais de Pesquisa Satildeo Paulo Pedagoacutegica e Universitaacuteria 1979 138p

CARVALHO MCM CARVALHO GA Atividade fiacutesica e qualidade de vida em mulheres idosas Efdeportes revista digital ano 13 nordm 122 2008 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 08 maio 2008

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

114

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

CASSILHAS RC VIANA VA GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1401-1407 2007

CHAOULOFF F Physiopharmacological interactions between stress hormones and central serotonergic systems Brain Research Reviews v 18 p 1-32 1993

CHAOULOFF F KENNETT GA SERRURRIER B et al Amino acid analysis demonstrates that increased plasma free tryptophan causes the increase of brain tryptophan during exercise in the rat Journal of neurochemistry 46 1647-1650 1986

CHEN Y LUuml X HUANG Y et al Changes of plasma serotonin precursor metabolite concentrations in postmenopausal women with hot flushes Zhonghua Fu Chan Ke Za Zhi v 37 n 12 p726-728 2002

CHENNAOUI M GRIMALDI B FILLION MP et al Effects of physical training on functional activity of 5-HT1B receptors in rat central nervous system role of 5-HT-moduline Naunyn ndash Schmiedebergs archives of Pharmacology v 361 n 6 p 600-604 2000

CHODZKO-ZAJKO WJ The Physiology of Aging Structural changes and functional consequences Implications for research and clinical pratice in the exercise and activity sciences Quest v 48 p 311-329 1996

CIESLAK F ELSANGEDY HM KRINSKI K et al Estudo da qualidade de vida de mulheres idosas participantes do programa da universidade aberta agrave terceira idade na cidade de ponta grossa - PR Efdeportes revista digital ano 12 n 113 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 03 maio 2008

COLCOMBE S amp KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science V14 n 2 p 125-130 2003

COLCOMBE S KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science v 14 n 2 p 125-130 2003

CONN VS TRIPP-REIMER T MAAS ML Older women and exercise Theory of planned behavior beliefs Public Health Nursing v 20 n 2 p 153-163 2003

CONNER M JOHNSON C Gender Sexuality Body Image and Eating Behaviours Journal of Health Psychology v 7 n 6 p 675ndash684 2004

115

COSTA E M S Gerontodrama ndash A Velhice em Cena Satildeo Paulo Agora 1998

COSTILL DL BOWERS R BRAUNAM G Muscle glycognen utilization during prolonged exercise on successive days Journal Applied Physiology v 31 p 834-838 1971

COTMAN C W BERCHTOLD N C Exercise a behavioral intervention to enhance brain health and plasticity Trends in Neurosciences V 25 n 6 p 295 ndash 301 2002

CURZON G FRIEDEL D KNOTT PJ The effect of fatty acids on the binding of tryptophan to plasma proteins Nature v 242 p 198-200 1973

DAMASCENO VO LIMA JRP VIANNA JM et al Novaes JS Tipo fiacutesico ideal e satisfaccedilatildeo com a imagem corporal de praticantes de caminhada Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 3 p 181-186 2005

DAVIS JM Carboidratos aminoaacutecidos de cadeia ramificada e resistecircncia hipoacuteteses da fadiga central Nutriccedilatildeo no esporte n 17 1998

DAVIS JM Nutritional Influences on Central Mechanisms of Fatigue Involving Serotonin In MAUGHAN R J amp SHIRREFFS S M Biochemistry of Exercise USA Human Kinetics 1996 p 445-447

DE WILD GM HOEFNAGELS WH OESEBURG B et al Maximal oxygen uptake in 153 elderly Dutch people (69-87 years) who participated in the 1993 Nijmegen 4-day march European journal of applied physiology v 72 n 1-2 p 134-43 1995

DEVLIN TM Manual de Bioquiacutemica com Correlaccedilotildees Cliacutenicas 4 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998

DIMEO F BAUER M VARAHRAM et al Benefits from aerobic exercise in patients with major depression a pilot study British Journal of Sports Medicine v 35 p 114-117 2001

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DUNN AL DISHMAN RK Exercise and The Neurobiology of Depression Exercise Sport Science Review v 19 p 41-98 1991

DWYER D FLYNN J Short term aerobic exercise training in young males does not alter sensitivity to a central serotonin agonist Experimental Physiology v 87 p 83-89 2002

116

EDITORIAL Cognitive changes after acute tryptophan depletion What can they tell us Psychological Medicine v 34 p 3 - 8 2004

EMED TCXS KRONBAUER A MAGNONI D Mini nutritional assessment as indicator of diagnosis in asylumsrsquo elderly Revista Brasileira de Nutricatildeo Cliacutenica v 21 n 3 p 219-223 2006

ERLIN A HWANG C Body-esteem in Swedish 10-year-old children Perceptual and motor skills v 99 n 2 p 437-444 2004

FAITH MS ALISSON DB Assessment of psychological status among obese persons In THOMPSON JK ed Body Image Eating Disorders and Obesity Washington DC American Psychological Association p 365-387 1996

FARINATTI PTV Teorias bioloacutegicas do envelhecimento do geneacutetico ao estocaacutestico Rev Bras Med Esporte _ v 8 n 4 p 1-10 2002 Disponiacutevel em httpwwwboletimeforgcanal=12ampfile=538 Acesso em 12032006

FARQUHAR M Definitions of quality of life a taxonomy Journal of Advanced Nursing v 22 n 3 p 502-508 1995

FECHIO JJ BRANDAtildeO MRF A influecircncia da atividade fiacutesica nos estados de humor Revista da Associaccedilatildeo dos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de Londrina v 12 n 2 p 21-27 1997

FEKKES D VAN GOOL AR Interferon tryptophan and depression Blackwell Munksgaard v15 p 8-14 2003

FERRANS CE Development of a quality of life index for patients with cancer Oncology Nursing Foacuterum v 17 n 3 p 15-19 1990

FERREIRA SE TUFIK S MELLO MT Neuroadapataccedilatildeo uma proposta alternativa de atividade fiacutesica para usuaacuterios de drogas em recuperaccedilatildeo Revista Brasileira Ciecircncia e Movimento v 9 n 1 p 31-39 2001

FEY-YENSAN NL MCCORMICK LM ENGLISH C Body Image and Weight Preoccupations in Older Women A Review Healthy Weight Journal v 16 n 5 p 68-71 2002

FITZGIBBON ML BLACKMAN LR AVELLONE ME The relationship between body image discrepancy and body mass index across ethnic groups Obesity research v 8 n 8 p 582-589 2000

FLECK MPA LAFER B SOUGEY EB DEL PORTO JA BRASIL MA FURUENA F Diretrizes da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira para o tratamento da depressatildeo (Versatildeo integral) Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n 2 p 114-122 2003

117

FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999

FLEG JL MORRELL CH BOS AG et al Accelerated Longitudinal Decline of Aerobic Capacity in Healthy Older Adults Journal of the American Heart Association v 112 p 674-682 2005

FOLSTEIN MF FOLSTEIN SE MCHUGH PR Mini-Mental State a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician Journal of Psychiatric Research v 12 p 189-198 1975

Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986

Friedlander AL Jacobs KA Fattor JA et al Contributions of working muscle to whole body lipid metabolism are altered by exercise American journal of physiology Endocrinology and metabolism v 292 p E107-E116 2007

GILL TM FEINSTEIN AR A critical appraisal of the quality of quality of life measurements Journal of the American Medical Association v 272 p 619-626 1994

GOLDBERG S SMITH GS BARNES A et al Serotonin modulation of cerebral glucose metabolism in normal aging Neurobiology of aging v 25 p 167-174 2003

GOMEZ-MERINO D BEQUET F BERTHELOT M et al Evidence that the branched-chain amino acid L-valine prevents exercise induced release of 5-HT in rat hippocampus International Journal of Sports Medicine v 22 n 5 p 317-22 2001

GOODMAN amp GILMAN As Bases Farmacoloacutegicas da Terapecircutica 9ordf ediccedilatildeo Chile Mcgraw-Hill 1996 cap 11

GORAN M FIELDS DA HUNTER GR et al Total body fat does not influence maximal aerobic capacity International journal of obesity and related metabolic disorders v 24 n 7 p 841-848 2000

GORDIA AP QUADROS TMB VILELA JUacuteNIOR GB et al Comparaccedilatildeo da qualidade de vida de mulheres idosas praticantes e natildeo praticantes de exerciacutecio Efdeportes revista digital ano 11 n 106 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 07 maio 2008

GORESTEIN C ANDRADE L Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Propriedades psicomeacutetricas da versatildeo em portuguecircs Journal Clinical Psychology v 25 n 5 ediccedilatildeo especial p 245-250 1998

GOTTFRIES CG Depressatildeo no idoso Estrateacutegias de tratamento Nordic Journal of Psychiatry v 47 n 30 p 75-81 1993

118

GRIMLEY-EVANS Qualidade de Vida p 29 1996

GUSZKOWSKA M Effects of exercise on anxiety depression and mood Psychiatria polska v 38 n 4 p 611-620 2004

HARGREAVES DA TIGGEMANN M Idealized media images and adolescent body image lsquolsquocomparingrsquorsquo boys and girls Body Image v 1 p 1351ndash1361 2004

HAY PJ Epidemiologia dos transtornos alimentares estado atual e desenvolvimentos futuros Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl III p 13-17 2002

HAYFLICK L Como e porque envelhecemos 2 ordf ed Rio de Janeiro Campus 1997

HAYKOWSKY MJ QUINNEY HA GILLIS R et al Left ventricular morphology in junior and master resistance treined athletes Medicine and Science in Sports and Exercise v 32 n 2 p 349-352 2000

HELGE JW STALLKNECHT B RICHTER EA et al Muscle metabolism during graded quadriceps exercise in man Physiology in Press Journal of Psychophysiology 2007 Disponiacutevel em httpwwwpubmedcentralnihgovarticlerenderfcgiartid=2170831 Acessado em 12 Fev 2007

HERNANDES ESC BARROS JF Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas e educacionais para idosos sobre o desempenho em testes de atividades da vida diaacuteria Revista brasileira de Ciecircncia e Movimento v 12 n 2 p 43-50 2004

HILLMAN CH SNOOK EM JEROME GJ Acute cardiovascular exercise and executive control function Intenational Journal of Psychophysiology v 8 n 3 p 307-14 2003

HIRVENSALO M HEIKKINEN E LINTUNEN T et al The effect of advice by health care professionals on increasing physical activity of older people Scandinavian Journal of Medicine amp Science in Sports v 13 n 4 p 231-236 2003

HUFFMAN DM ALTENA S MAWHINNEY T et al Effect of n-3 fatty acids on free tryptophan and exercise fatigue European journal of applied physiology v 92 p 584-591 2004

HUNT SM McKENNA SP MCEWEN J et al A quantitative approach to perceived health status a validation study Journal of Epidemiology and Community Health v 34 n 4 p 281-286 1980

HURLEY BF ROTH SM Strenght training in the elderly effects on risk factors for age-related diseas Sports and Medicine v 30 n 4 p 249-68 2000

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa no Brasil Rio de Janeiro 2001

119

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa em Taguatinga CODEPLAN - IDHABDF 2000

JANSSEN I MARK AE Elevated body mass index and mortality risk in the elderly Obesity Reviews V 8 p 41-59 2007

JOCA SRL PADOVAN CM GUIMARAtildeES FS Estresse depressatildeo e hipocampo Stress depression and the hippocampus Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n Supl II p 46-51 2003

KAGAWA M KUROIWA C UENISHI K et al A comparison of body perceptions in relation to measured body composition in young Japanese males and females Body Image v 4 p 372-380 2007

KALINSKI MI DLUZEN DE STADULIS R Methamphetamine produces subsequent reductions in running time to exhaustion in mice Brain Research v 7 p 160-164 2001

KAPCZINSKI F BUSNELLO J ABREU MR et al Aspectos da Fisiologia do Triptofano Disponiacutevel em httpwwwhcnetuspbripqrevistaindexhtml acessado em 03 fev 2004

KAPLAN MI SADOCK BJ Pertubaccedilotildees afetivas in KAPLAN M I SADOCK B J Compendio de psiquiatria dinacircmica Trad Por Namuri costa 3ordf ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1984 cap 16 p 313-33

KAPLAN R M ANDERSON J P WU A W Applications in aids cystic fibrosis and arthritis Med care v27 1989 p27-43

KING MT DOBSON AJ HARNETT PR A comparison of two quality-of-life questionnaires for cancer clinical trials the functional living index--cancer (FLIC) and the quality of life questionnaire core module (QLQ-C30) Journal of Clinical Epidemiology v 9 n 1 p 21-29 1996

KNORST MR SILVA MPM MANTELLI C et al Qualidade de vida do idoso In Terra NL organizador Envelhecendo com qualidade de vida programa Geron da PUCRS Porto Alegre EDIPUCRS p 29-32 2001

KOWALSKI KM Current Health 2 0163156X v 29 n 7 p 6-7 2003

KRAUSE MP HALLAGE T GAMA MPR et al Associaccedilatildeo entre Perfil lipiacutedico e Adiposidade Corporal em mulheres com Mais de 60 Anos de Idade Arquivos brasileiros de cardiologia v 89 n 3 p163-169 2007

KUMAR AM WEISS S FERNANDEZ JB et al Peripheral serotonin levels in women role of aging and ethnicity Gerontology v 44 p 211-216 1998

KUROSAWA M OKADA K SATO A et al Extracellular release of acetylcholine noradrenaline and serotonin increases in the cerebral cortex during walking in conscious rats Neuroscience Letters v 161 p 73-76 1993

120

KUSHI LH FEE RM FOLSOM AR et al Physical activity and mortality in posmenopausal women Journal of the American Medical Association v 277 p 1287-1292 1997

LAKS J BATISTA EMR GUILHERME ERLG et al O mini exame do estado mental em idosos de uma comunidade Dados parciais de Santo Antocircnio de Paacutedua Rio de Janeiro Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 782-785 2003

LAWTON MP A Multidimensional View of Quality of Life in Frail Elders In J E Birren et al (Eds) The Concept and Measurement of Quality of Life in the Frail Elderly San Diego Academic Press p 3-27 1991

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1988

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1992

LEGRAND F HEUZE JP Antidepressant Effects Associated With Different Exercise Conditions in Participants With Depression A Pilot Study Journal of Sport amp Exercise Psychology v 29 p 348-364 2007

LEMON PWR Do athletes need mor dietary protein na amino acids International Journal of Sport Nutrition v 5 p S39-61 1995

LOPES KMDC Os efeitos crocircnicos do exerciacutecio fiacutesico aeroacutebio nos niacuteveis de serotonina e depressatildeo em mulheres idosas 2001122f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndash Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia Brasiacutelia 2001

LOURENCcedilO RA VERASI RP Mini-Exame do Estado Mentalcaracteriacutesticas psicomeacutetricas em idosos ambulatoriais Revista de Sauacutede Puacuteblica v 40 n 4 p 712-719 2006

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica 5ordm edSatildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARINS MJS ANGERAMI ELS Problemas dos idosos na alta hospitalar In Gerontologia v 2 p 678-74 1996

MARTIN CL DUCLOS M AGUERRE S et al Corticotropic and serotonergic responses to acute stress withwithout prior exercise training in different rat strains Acta Physiologica Scandinavica v 168 n 3 p 421-30 2000

MATARUNA L Imagem corporal noccedilotildees e definiccedilotildees Efdeportes 10 (71) 2004 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 13 jun 2007

MATSUDO SMM MATSUDO VKR NETO B Efeitos beneacuteficos da atividade fiacutesica na aptidatildeo fiacutesica e sauacutede mental durante o processo de envelhecimento Revista atividade fiacutesica amp Sauacutede v 5 n 2 p 60-76 2000

121

MATSUO RF VELARDI M BRANDAtildeO MRF et al Imagem corporal de idosas e atividade fiacutesica Revista Mackenzie de Educaccedilatildeo Fiacutesica e Esporte v 6 n 1 p 37-43 2007

MATTER A S RODRIGUEZ C GUTHRIE M F et al Effects of exercise on depressive symptoms in older adults with poorly responsive depressive disorder British journal of physichiatry v 180 p 411 ndash 415 2002

MATTSON M P CHAN S L DUAN W Modification of brain aging and neurodegenerative disorders by genes diet and behavior Physiological reviews V 82 p 637 ndash 6722002

MAUGHAN R GLEESON M GREENHAFF PL Bioquiacutemica do exerciacutecio e do treinamento 1 ed Satildeo Paulo Manole p 132-136 2000

MAZO GZ LOPES MA BENEDETTI TB Atividade fiacutesica e o idoso concepccedilatildeo gerontoloacutegica Porto Alegre Sulina 2001

MAZZEO RS CAVANAGH P EVANS WJ et al - Exerciacutecio e atividade fiacutesica para pessoas idosas Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 3 p 48-68 1998

Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 29 n 1 p 58-62 1997

MEEUSEN R PIACENTINI M Exercise and Neurotransmission A Window to the Future European Journal of Sport Science v 1 n 1 p 1-12 2001

MEEUSEN R ROEYKENS J MAGNUS L et al Endurance perform ance in humans the effect of a dopamine precursor or a specific serotonin (5-HT2A2C) antagonist International Journal of Sports and Medicine v 18 n 8 p 571-577 1997

MEEUSEN R THORREacute K CHAOULOFF F et al Effects of tryptophan andor acute running on extracellular 5-HT and 5-HIAA levels in the hippocampus of food-deprived rats Brain Research v 740 p 245-252 1996

MEEUSEN R WATSON P HASEGAWA H et al The Serotonin Hypothesis and Beyond Sports Medicine v 36 n 10 p 881-909 2006

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111-1125 1999

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111 ndash 1125 1999

MENESES A HONG E A pharmacological analysis of serotonergic receptors effects of their activation of blockade in learning Progress in neuro-psychopharmacology amp biological psychiatry v 21 n 2 p 273-296 1997

122

MENON MA FREIRIAS A SANCHES M Tratamento de depressatildeo no idoso Psychiatry online Brazil v 3 n 12 1998

MILHAM M P ERICKSON KI BANICH MT et al Attentional control in the aging brain Insights from na fMRI study of the Stroop task Brain and Cognition v 49 n 3 p 277-296 2002

MITNITSKI AB GRAHAM JE MOGILNER AJ et al Frailty and late-life mortality in relation to chronological and biological age BMC Geriatrics v 2 p 1 2002

MONTEIRO WD Forccedila Muscular Uma Abordagem Fisioloacutegica em Funccedilatildeo do Sexo Idade e Treinamento Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 50-66 1997

MOORE KE BABYAK MA WOOD CE et al The association between physical activity and depression in older depressed adults Journal of Aging and Physical Activity v 7 n 1 p 55-61 1999

MORAIS PR SOUZA FG BAPTISTA MN Relaccedilotildees entre Siacutendrome de Burnout e Transtornos de Humor In BAPTISTA MN Suiciacutedio e Depressatildeo ndash Atualizaccedilotildeearauacutejis Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2004 p 217-230

MORAN M Depression-Serotonin link Many mysteries Remain Psychiatric News v 38 n 9 p 48 2003

MURPHY F SMITH K COWENP ROBBINS T SAHAKIAN B The effects of tryptophan depletion on cognitive em affective processing in healthy volunteers Psychopharmacology v 163 n 1 p 42-53 2002

NAIR KS Age-related changes in muscle Mayo Clinic Proceedings v75 Suppl p S14-18 2000

NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002

NERI AL Qualidade de vida na velhice e atendimento domiciliaacuterio In DUARTE YAD DIOGO MJD Atendimento domiciliar um enfoque gerontoloacutegico Satildeo Paulo Atheneu cap 4 p 33-47 2000

NEWSHOLME EA ACWORTH IN BLOOMSTRAND E Amino acids brain neurotransmitters and a functional link between muscle and brain that is important in sustained exercise in Benzi G Advances in Myochemistry London John Libbey Eurotext P 127-133 1987

NEWSHOLME EA BLOMSTRAND E Branched-chain amino acids and central fatigue The Journal of nutrition v 136 n 1 Suppl p 274S-276S 2006

NIEMAN DC Exerciacutecio e sauacutede como se prevenir de doenccedilas usando o exerciacutecio como seu medicamento Satildeo Paulo Manole 1999 p 217-308

123

NISHIMURA A TAKEUCHI Y MATSUSHITA H et al Vulnerability to aging in the rat serotonerg system Acta Neuropatholoacutegica v96 n 6 p 581-595 1998

NYBOA L SECHER NH Cerebral perturbations provoked by prolonged exercise Progress in Neurobiology v 72 p 223ndash261 2004

OAKS S Exercise and depression American Fitness v 18 n 3 p 38-41 2000

OLIVEIRA RJ FURTADO AC Envelhecimento do Sistema nervoso e o exerciacutecio fiacutesico Educacioacuten Fiacutesica y Deporte v 15 p 1-5 1999

OLIVEIRA RJ LOPES KM COacuteRDOVA C BOTTARO M Aerobic training and the changes on the serum levels of serotonin and the symptoms of depression in the elderly women Biology of Sport v 24 n 3 p 255-264 2007

OMS - Classificaccedilatildeo de transtornos mentais e de comportamento da CID-10 S Paulo Artes Meacutedicas 1993

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2003

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2002

OMS - Informe sobre la salud en el mundo Salud mental nuevos conocimientos nuevas esperanzas Ginebra Organizacioacuten Mundial de la Salud 2001

OMS - Organisation mondiale de la santeacute Active Ageing From Evidence to Action Genegraveve lOMS 2000

OMS - Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede Divisatildeo de Sauacutede Mental GRUPOWHOQOL Versatildeo em portuguecircs dos instrumentos de avaliaccedilatildeo de qualidade de Vida (WHOQOL) 1998

OMS - WHOQOL GroupThe World Health Organizations WHOQOL-BREF quality of life assessment psychometric properties and results of the international field trial A report from the WHOQOL group Quality of Life Research v 13 n 2 p 299-310 2004

ONU - Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas Populaccedilatildeo e Envelhecimeto Factos e Nuacutemeros Segunda assembleacuteia mundial sobre o envelhecimento 2002

ORSI JVA NAHAS FX GOMES HC et al Impacto da obesidade na capacidade funcional de mulheres Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira v 54 n 2 p 106-109 2008

PAFFENBARGER JR RS KAMPERT JB LEE IM Physical activity and health of college men longitudinal observations International Journal of Sports and Medicine v 18 p s200-203 1997

124

PAFFENBARGER RS Contributions of epidemiology to exercise science and cardiovascular health Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 p 426-438 1988

PAFFENBARGER RS LEE IM LEUNG R Physical activity and personal characteristics associated with depression and suicide in American college men Acta Psychiatrica Scandinavica Supplementum v 377 p 16-22 1994

PAPALEacuteO NETTO M O estudo da velhice no seacuteculo XX histoacuterico definiccedilatildeo do campo e termos baacutesicos In Freitas Elizabete Viana de et al (Orgs) Tratado de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan p 02-12 2002

PAULO MG TEIXEIRA AR JOTZ GP et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida de Cuidadores de Idosos Portadores de Deficiecircncia Auditiva Influecircncia do Uso de Proacuteteses Auditivas Arquivo Internacional de Otorrinolaringologista v 12 n 1 p 28-36 2008

PAYTON OD POLAND JL Aging process implicatios for Clinical Practice Phisical Therapy v 63 n 1 p 41-48 1983

PEacuteREZ AS La Medicina y el Proceso de Envejecimiento al Final Del siglo XX Instituto de Espana Anales de la Real Academia Nacional de Medicina ndash Nuacutemero extraordinaacuterio Madrid 1994

PETROSKI EC Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas na terceira idade Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 34-40 1997

PHILLIPS WT KIERNAN M KING A C Physical Activity as a Nonpharmacological Treatment for Depression A Review Complementary Health Practice Review v 8 n 2 p 139-152 2003

PORTER R J LUNN SB WALKER LLM et al Cognitive deficit induced by acute tryptophan depletion in patients with Alzheimerrsquos disease American Journal of psychiatry v 157 n 4 2000

POSNER M I amp DEHAENE S ATTENTIONAL NETWORKS Trends in Neuroscience V 17 n 2 p 75-79 1994

POWERS K S HOWLEY T E Fisiologia do Exerciacutecio Satildeo Paulo Manole 2003

PROVENZA IC MARA LS LIMA WC et al Relaccedilatildeo da siacutendrome do excesso de treinamento com estresse fadiga e serotonina Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 6 2005

RANG HP DALE MM RITTER JM Farmacologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 1997 p 139-444

125

RICHTER-LEVIN G SEGAL M Age-related cognitive deficits in rats are associated with a combined loss of cholinergic and serotonergic functions Annals of the New York Academy of Sciences v 24 n 695 p 254-257 1993

ROBERGS RA ROBERTS SO Exercise Physiology Exercise performance and Clinical Applicatios Mosby 1997 p 578-596

RODRIGUES MJSF O diagnoacutestico de depressatildeo Piscologia USP v 11 n 1 p 1-22 2000

ROSA DA DE MELLO MT NEGRAtildeO AB et al Mood changes after maximal exercise testing in subjects with symptoms of exercise dependence Perceptual and motor skills v 99 n 1 p 341-353 2004

ROSSI L CASTRO I TIRAPEGUI J Suplementaccedilatildeo com aminoaacutecidos de cadeia ramificada e alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de serotonina cerebral Nutrire v 26 p1-10 2003

ROSSI L TIRAPEGUI J Implicaccedilotildees do sistema serotonineacutergico no exerciacutecio fiacutesico Arquivos Brasileiros de Endocrinologia amp Metabologia Satildeo Paulo v 48 n 2 p 227-233 2004

ROSSI L TIRAPEGUIJ Aspectos atuais sobre exerciacutecio fiacutesico fadiga e nutriccedilatildeo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 13 n 1 p 67 ndash 82 1999

SANTIEacuteN SANTAMARIA ML Indicadores socials de calidad de vida Un sistema de medicioacuten aplicado al Paiacutes Vasco Montalbaacuten Madrid Centro de Investigaciones Solioloacutegicas v 133 1993

SANTOS DM SICHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica v 39 n 2 2005

SCALCO MZ Tratamento de idosos com depressatildeo utilizando triciacuteclicos IMAO ISRS e outros antidepressivos Revista Brasileira de Psiquitriatria v 24 Supl I p 55-63 2002

SCHILDER PA Imagem do corpo as energias construtivas da psique 3ordfed Satildeo Paulo Martins Fontes 1999

SCHOEVERS RA GEERLINGS M I BEEKMAN ATF et al Association of depression and gender with mortality in old age British Journal of Psychiatry v 177 p 336-342 2000

SCHUIT A J FESKENS E J M LAUNER LJ et al Physical activity and cognitive decline the role of the apolipoprotein e4 allele Medicine amp Science in sports amp Exercise v 33 n 5 p 772 ndash777 2001

SHEENArsquoS Imagem corporal Disponiacutevel em httpwwwsheenasplaceorg Acesso em 8 jan 2004

126

SILBERMAN C SOUZA C WILHEMS F et al Cognitive deficit and depressive symptoms in a community group of elderly people a preliminary study Revista de Sauacutede Publica v 29 n 6 p 444-450 1995

SILVA MMS TINOCO ALA BRITO LF et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

SILVA P Farmacologia 6ordf ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 2002 p 296-297

SILVA TE REZENDE CHA Avaliaccedilatildeo transversal da qualidade de vida de idosos participantes de centros de convivecircncia e institucionalizados por meio do questionaacuterio geneacuterico WHOQOL-BREF 2006 Horizonte Cientiacutefico Disponiacutevel em httpwwwproppufubrrevistaeletronicaEdicao202006_1Dtais_estevaopdf Acesso em 03 maio 2008

SILVA VAP BOTTARO M JUSTINO MA et al Frequumlecircncia Cardiacuteaca Maacutexima em Idosas Brasileiras uma Comparaccedilatildeo entre Valores Medidos e Previstos Arquivos brasileiros de cardiologia v 88 n 3 p 314-320 2007

SIMOtildeES HG MARCON F OLIVEIRA F et al Resposta da razatildeo testosteronacortisol durante o treinamento de corredores velocistas e fundistas Revista brasileira de educaccedilatildeo fiacutesica e esporte v 18 n 1 p31-46 2004

SKINNER JS MCLELLAN J The transition from the aerobic and anaerobic metabolism In RESEARCH QUATERLY OF EXERCISE AND SPORTS 1980

SLADE PD What is body image Behaviour research and therapy v 32 n 5 p497-502 1994

SNOWDON J How high is the prevalence of depression in old age Revista brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 42-47 2002

SNOWDON J Is depression more prevalent in old age Australian and New Zealand Journal of Psychiatry v 35 p 782-787 2001

SOARES J Niacuteveis seacutericos de serotonina frente ao exerciacutecio agudo maacuteximo em indiviacuteduos natildeo treinados e treinados em corridas de meio-fundo e velocidade 199573f Tese (Doutorado em Ciecircncias) ndash Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 1995

SORENSEN TIA STUNKARD AJ Does obesity run in families because of genes An adoption study using silhouettes as a measure of obesity Acta Psychiatric Scandinavica 1993

SOUZA FGM Tratamento da depressatildeo Revista brasileira de Psiquiatria v 21 p 18-23 1999

127

SPEAR J How long should older people take antidepressants to prevent relapse Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 70-73 2002

SPIRDUSO WW FRANCIS LD MCRAE PG Physical Dimension of Aging ndash 2nd Edition Human Kinetics 2005

STEINBERG L L SPOSITO MMM LAURO FAA et al Serum level of serotonin during rest and during exercise in paraplegic patients Spinal Cord v 36 p 18-20 1998

STELLA SG ANTUNES HK SANTOS RF et al Transtornos do humor e exerciacutecio In Mello MT organizador Atividade fiacutesica exerciacutecio fiacutesico e aspectos psicobioloacutegicos Satildeo Paulo Guanabara Koogan 2004 p 51-9

STEWART KJ Longevity Health Sciences The Phoenix Conference Annals of the New York Academy of Sciences v 1055 p 193-206 2005

STORDAL E MYKLETUN A DAHL AA The association between age and depression in the general population a multivariate examination Acta Psychiatrica Scandinava v 107 p 132-141 2003

STRUumlDER H K HOLLMANN W PLATEN P et al Effect of acute and chronic exercise on plasma amino acids and prolactin concentrations and on [3H] Ketanserin Binding to Serotonin 2A receptors on human platelets Europe Journal Apply of Physiology v 79 p 318-324 1999

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part I International Journal of Sports and Medicine v 22 p 467-481 2001a

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part II International Journal of Sports and Medicine v 22 p 482-97 2001b

TEHARD B VAN LIERE MJ COM-NOUGUE C et al Anthropometric Measurements and Body Silhouette of Women Validity and Perception Journal of the American Dietetic Association v 102 n 12 p 1779-1784 2002

THOMAS S READING J SHEPHARD RJ Revision of the Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) Canadian journal of sport sciences v 17 p 338-345 1992

THOME J HENN FA DUMAN RS Cyclic AMP response element-binding protein and depression Expert Review of Anticancer Therapy v 2 n 3 p 347-354 2002

TINOCO ALA BRITO LF SANTrsquoANNA MSL et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

128

TOMPOROWSKI PD Effects of acute bouts of exercise on cognition Acta Psychologica v 112 p 297-324 2003

TOSKOVIC NN Alterations in selected measures of mood with a single bout of dynamic Taekwondo exercise in college-age students Perceptual and motor skills v 92 n 3 Pt p 1031-1038 2001

TRELLES L El envejecimiento del sistema nervioso Aspectos estructurales y bioquiacutemicos Revista de Neuro-Psiquiatria v 4 p 192-202 1986

TRICHES R M GIUGLIANI E R Body dissatisfaction in school children from two cities in the South of Brazil Revista de Nutriccedilatildeo v 20 n 2 p 119-128 2007

VACANTI L J SESPEDES LBH SARPI MO O teste ergomeacutetrico eacute uacutetil seguro e eficaz mesmo em indiviacuteduos muito idosos com 75 anos ou mais Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 82 n 2 p 147-150 2004

VALLE LBS FILHO RMO DELUCIA R et al Farmacologia Integrada Princiacutepios baacutesicos - v 1 Rio de Janeiro Livraria Atheneu 1988 p 353-364

VARNIER M P SARTO P MARTINES D Effects of infusing branched-brain amino acid during incremental exercise with reduced muscle glycogen content European journal of applied n 69 p 26-31 1994

VISSER M FUERST T LANG T et al Validity of fan-beam dual-energy X-ray absorptiometry for measuring fat-free mass and leg muscle mass Journal Applied Physiology v 87 p 513-1520 1999

WATSON P HASEGAWA H ROELANDS B et al Acute dopaminenoradrenaline reuptake inhibition enhances human exercise performance in warm but not temperate conditions The Journal of physiology v 565 n 3 p 873-883 2005

WERNERCK FZ BARA FILHO MG RIBEIRO LCS Efeitos do exerciacutecio fiacutesico sobre os estados de humor Revisatildeo Revista Brasileira sobre psicologia do esporte v 0 p 22-54 2006

WILLIAMSON DA OrsquoNEIL PM Behavioral and psychological correlates of obesity In BRAY G A BOUCHARD C JAMES WPT eds Handbook of obesity New York Marcel Dekker 1998 p 129-142

WOOD AT HALL MR Reversed-phase high-performance liquid chromatography of catecholamines and indoleamines using a simple gradient solvent system and native fluorescence detection Journal of Chromatography v B n 744 p 221ndash225 2000

XAVIER FMF FERAZ MPT BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 p 62-70 2001

129

XAVIER F MARCOS F BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 2001

ZAVASCHI MLS SATLER F POESTER D et al Associaccedilatildeo entre trauma por perda na infacircncia e depressatildeo na vida adulta Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 n 4 p 189-95 2002

ZHANGX SUN Z ZHANG X et al Prevalence and associated factors of overweight and obesity in older rural Chinese Obesity v 16 p 168ndash171 2008

130

AANNEEXXOO 11 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE SSAAUacuteUacuteDDEE EE HHAacuteAacuteBBIITTOOSS DDEE VVIIDDAA Nome_________________________________________________________________ Endereccedilo_________________________________________________________________________ Fone ( s) ________________________ Cel _____________________ Dt nasc _________

Leia com atenccedilatildeo e escolha a resposta que mais se aproximar a sua

realidade

1 Algum meacutedico jaacute lhe disse que vocecirc tem um problema cardiacuteaco e deve fazer exerciacutecios apenas sob orientaccedilatildeo meacutedica ( ) Sim ( ) natildeo

2 Vocecirc sente dor no peito quando realiza atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

3 No mecircs passado vocecirc teve dor no peito quando natildeo estava fazendo atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

4 Vocecirc perde o equiliacutebrio por causa de tonturas ou jaacute desmaiou alguma vez ( ) Sim ( ) natildeo

5 Vocecirc tem problema em algum osso ou articulaccedilatildeo que poderia piorar com a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ( ) Sim ( ) natildeo

6 Seu meacutedico lhe receitou atualmente alguma medicaccedilatildeo (por exemplo diureacuteticos) para pressatildeo ou problema de coraccedilatildeo ( ) Sim ( ) natildeo

7 Vocecirc conhece alguma outra razatildeo pela qual natildeo deveria praticar atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo Qual ___________________________________________________________

8 Costuma fazer check- up ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

9 Vocecirc fuma ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantos cigarros por dia ___________________________________________

10 Faz uso de bebidas alcooacutelicas ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantas vezes por semana __________________________________________

131

11 Marque um ldquoxrdquo nas doenccedilas que vocecirc tem ou jaacute teve

( ) a hipertensatildeo ( ) diabetes ( ) cardiopatias ( ) doenccedila de Alzheimer ( ) acidente vascular cerebral ( ) depressatildeo ( ) doenccedila de Parkinson

( ) _____________________ ( )_________

12 Sente dores na coluna ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Onde _________________________________________________________

13 Faz controle de colesterol ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

14 Pratica exerciacutecios fiacutesicos regularmente ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

15 Qual (quais) a(s) modalidade(s) de exerciacutecio fiacutesico que vocecirc pratica atualmente _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16 Haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses 17 Com qual frequumlecircncia semanal

( ) 1x ( ) 2x ( ) 3x ( ) 4x ( ) 5x ( ) 6x ( ) 7x ( ) gt 7x 18 Qual a duraccedilatildeo desta atividade por sessatildeo (em minutos)

( ) 10 ( ) 15 ( ) 20 ( ) 30 ( ) 40 ( ) 50 ( ) 60 ( ) gt 60 19 Qual eacute a Intensidade desta atividade

( ) Leviacutessima ( ) leve ( ) moderada ( ) um pouco alta ( ) alta ( )altiacutessima NAtildeO PRATICA nenhuma atividade fiacutesica haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses ( ) nunca participou

20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

21 Toma remeacutedio para depressatildeo ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22 Sofre de insocircnia

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes 23 Toma algum remeacutedio para dormir

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual _________________________________________________________

132

24 Jaacute fez alguma cirurgia ( ) Sim ( ) natildeo

Cirurgia Data Cirurgia Data

25 Quais os remeacutedios que vocecirc estaacute utilizando atualmente

Nome do remeacutedio Para que Posologia

26 Tem algum problema de sauacutede que natildeo foi aqui relatado ainda

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (Quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 27 A respeito da sua renda familiar assinale a alternativa correspondente a sua

realidade ( ) ateacute um salaacuterio miacutenimo ( ) dois salaacuterios miacutenimos ( ) 3 salaacuterios miacutenimos ( ) 4 a 5 salarios ( ) 6 a 7 salaacuterios ( ) acima de 10 salaacuterios ( ) 10 a 15 salaacuterios ( ) acima de 15 salaacuterios

28 A respeito do seu grau de escolaridade ( ) Analfabeto ( ) primaacuterio incompleto ( ) Primaacuterio completo ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino meacutedio ( ) Ensino Superior

29 Em que classe social vocecirc se enquadra ( ) Baixa ( ) Meacutedia ( ) Meacutedia alta ( ) Alta

OBSERVACcedilOtildeES

133

AANNEEXXOO 22 ndashndash TTEERRMMOO DDEE CCOONNSSEENNTTIIMMEENNTTOO LLIIVVRREE EE EESSCCLLAARREECCIIDDOO

NOME _______________________________________________________________

1 - ESCLARECIMENTO DAS AVALIACcedilOtildeES

11 Teste de esforccedilo e sessatildeo de exerciacutecios Vocecirc estaraacute realizando 1 teste de esforccedilo em esteira A intensidade teraacute iniacutecio em um niacutevel que vocecirc poderaacute realizar facilmente e seraacute aumentada progressivamente O tempo do teste dependeraacute do seu niacutevel de aptidatildeo fiacutesica Durante a execuccedilatildeo do mesmo devido agrave sensaccedilatildeo de fadiga ou desconforto vocecirc poderaacute solicitar que seja finalizado em qualquer momento que desejar Da mesma forma poderemos parar o teste a qualquer indiacutecio de risco percebido durante o teste

Vocecirc seraacute solicitado tambeacutem a realizar uma sessatildeo de caminhada em esteira durante 20 minutos

12 Dosagem de serotonina triptofano e aminoaacutecidos Seratildeo realizadas 2 coletas de sangue em momentos distintos A primeira ser realizada no preacute-teste em repouso e a segunda no poacutes-teste apoacutes teste de esforccedilo (no caso do Grupo Controle apoacutes 20 minutos em repouso)

13 Avaliaccedilatildeo das caracteriacutesticas fiacutesicas Seratildeo avaliados a massa corporal a estatura e o percentual de gordura (atraveacutes do meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia (DXA))

14 Preenchimento de questionaacuterios e similares Questionaacuterio de Sauacutede e Haacutebitos de Vida Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Questionaacuterio de Qualidade de Vida e Escala de Imagem corporal

2 - RISCOS E DESCONFORTOS POSSIacuteVEIS DURANTE O EXERCIacuteCIO FIacuteSICO Estou ciente da possibilidade de existir certas alteraccedilotildees durante o teste de esforccedilo que podem incluir resposta anormal da pressatildeo arterial desmaios distuacuterbios do riacutetmo cardiacuteaco e em rariacutessimos casos um derrame ou morte Todo esforccedilo seraacute feito para minimizar estes riscos pela avaliaccedilatildeo das informaccedilotildees preliminares relacionadas agrave sua sauacutede e agrave sua aptidatildeo fiacutesica e pelas observaccedilotildees realizadas durante a consulta meacutedica associada a um eletrocardiograma em repouso

3 - RESPONSABILIDADES DO PARTICIPANTE Responder com clareza e veracidade todas as perguntas contidas nos questionaacuterios e testes

A participaccedilatildeo no teste de esforccedilo maacuteximo e exames (no caso do Grupo Experimental)

Informar imediatamente as sensaccedilotildees de desconforto durante o esforccedilo fiacutesico

Proceder de acordo com as instruccedilotildees de dieta alimentar e jejum no periacuteodo que anteceder a coleta de sangue

134

4 -QUESTIONAMENTOS Qualquer pergunta sobre os procedimentos utilizados nos testes exames e treinamento satildeo encorajadas Caso tenha alguma duacutevida ou observaccedilotildees favor nos solicitar explicaccedilotildees adicionais

5 -OS RESULTADOS OBTIDOS E SUA DIVULGACcedilAtildeO Estou ciente que as informaccedilotildees obtidas por meio dos resultados de todos os testes e exames poderatildeo ser utilizadas como dados em pesquisas cientiacuteficas e seratildeo divulgadas em congressos e similares

6 - BENEFIacuteCIOS ESPERADOS A realizaccedilatildeo deste estudo contribuiraacute na accedilatildeo de profissionais da aacuterea de sauacutede dando-lhes maior fundamentaccedilatildeo cientiacutefica dos benefiacutecios advindos da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico em relaccedilatildeo aos idosos Aleacutem de nortear accedilatildeo destes profissionais em divulgar esclarecer e no caso de professores de educaccedilatildeo fiacutesica prescrever com maior seguranccedila um protocolo que possa oferecer maior benefiacutecio para esta faixa etaacuteria

7 - LIBERDADE DE CONSENTIMENTO A sua permissatildeo para participar desta pesquisa eacute voluntaacuteria Vocecirc estaraacute livre para negar este consentimento ou para parar em qualquer momento se assim o desejar

Eu li este termo de consentimento e compreendi os procedimentos que realizarei Estou de acordo em participar desta pesquisa

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG do participante)

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG da testemunha)

Brasiacutelia _______________________

Responsaacutevel pela pesquisa Keila Mordf Dias Carmo Lopes (Fone 3353 2064 cel 9963 2598) Colocircnia Agriacutecola Samambaia Chaacutecara 152 Rua 4 Lote 17

135

AANNEEXXOO 33 ndashndash IacuteIacuteNNDDIICCEE DDEE PPEERRCCEEPPCcedilCcedilAtildeAtildeOO SSUUBBJJEETTIIVVAA DDEE EESSFFOORRCcedilCcedilOO

ESCALA DE BORG

6 (Nenhum esforccedilo real)

7 Muito Muito Leve

8

9 Muito Leve

10

11 Moderada (Razoavelmente)

12

13 Moderada Alta ( Pouco Intenso)

14

15 Intenso (Intensidade Alta)

16

17 Muito Intenso

18

19 Muito Muito Intenso

20 (Esforccedilo maacuteximo) A escala de Borg eacute constituiacuteda por 15 categorias graduadas de 6 a 20 estando cada grau iacutempar relacionado a uma descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido (BORG Gunnar 2000)

136

AANNEEXXOO 44 ndashndash IINNVVEENNTTAacuteAacuteRRIIOO DDEE DDEEPPRREESSSSAtildeAtildeOO DDEE BBEECCKK ((BBDDII))

Este questionaacuterio consiste em 21 grupos de afirmaccedilotildees Depois de ler cuidadosamente

cada grupo faccedila um ciacuterculo em torno do nuacutemero (0 1 2 ou 3) diante da afirmaccedilatildeo em cada

grupo que descreve melhor a maneira como vocecirc tem se sentido nesta semana incluindo

hoje Se vaacuterias afirmaccedilotildees num grupo parecerem se aplicar igualmente bem faccedila um ciacuterculo

em cada uma

Tome o cuidado de ler todas as afirmaccedilotildees em cada grupo antes de fazer a sua escolha 1 0 Natildeo me sinto triste 1 Eu me sinto triste 2 Estou sempre triste e natildeo consigo sair disso 3 Estou tatildeo triste ou infeliz que natildeo consigo suportar 2 0 Natildeo estou especialmente desanimado quanto ao futuro 1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro 2 Acho que nada tenho a esperar

3 Acho o futuro sem esperanccedila e tenho a impressatildeo de que as coisas natildeo podem melhorar 3 0 Natildeo me sinto um fracasso 1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum 2 Quando olho para traacutes na minha vida tudo o que posso ver eacute um monte de fracassos 3 Acho que como pessoa sou um completo fracasso 4 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes 1 Natildeo sinto mais prazer nas coisas como antes 2 Natildeo encontro um prazer real em mais nada 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo 5 0 Natildeo me sinto especialmente culpado 1 Eu me sinto culpado agraves vezes 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo 3 Eu me sinto sempre culpado 6 0 Natildeo acho que esteja sendo punido 1 Acho que posso ser punido 2 Creio que vou ser punido 3 Acho que estou sendo punido 7 0 Natildeo me sinto decepcionado comigo mesmo 1 Estou decepcionado comigo mesmo 2 Estou enojado de mim 3 Eu me odeio 8 0 Natildeo me sinto de qualquer modo pior que os outros 1 Sou criacutetico em relaccedilatildeo a mim devido a minhas fraquezas ou a meus erros 2 Eu me culpo sempre por minhas falhas 3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece

137

9 0 Natildeo tenho quaisquer ideacuteias de me matar 1 Tenho ideacuteias de me matar mas natildeo as executaria 2 Gostaria de me matar 3 Eu me mataria se tivesse oportunidade 10 0 Natildeo choro mais que o habitual 1 Choro mais agora do que costumava 2 Agora choro o tempo todo

3 Costumava ser capaz de chorar mas agora natildeo consigo mesmo que o queira 11 0 Natildeo sou mais irritado agora do que jaacute fui 1 Fico molestado ou irritado mais facilmente do que costumava 2 Atualmente me sinto irritado o tempo todo 3 Absolutamente natildeo me irrito com as coisas que costumavam irritar-me 12 0 Natildeo perdi o interesse nas outras pessoas 1 Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas 2 Perdi a maior parte do meu interesse nas outras pessoas 3 Perdi todo o meu interesse nas outras pessoas 13 0 Tomo decisotildees mais ou menos tatildeo bem como em outra eacutepoca 1 Adio minhas decisotildees mais do que costumava 2 Tenho maior dificuldade em tomar decisotildees do que antes 3 Natildeo consigo mais tomar decisotildees 14 0 Natildeo sinto que minha aparecircncia seja pior do que costumava ser 1 Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos 2 Sinto que haacute mudanccedilas permanentes em minha aparecircncia que me fazem parecer sem

atrativos 3 Considero-me feio 15 0 Posso trabalhar mais ou menos tatildeo bem quanto antes 1 Preciso de um esforccedilo extra para comeccedilar qualquer coisa 2 Tenho de me esforccedilar muito ateacute fazer qualquer coisa 3 Natildeo consigo fazer nenhum trabalho 16 0 Durmo tatildeo bem quanto de haacutebito 1 Natildeo durmo tatildeo bem quanto costumava

2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que de haacutebito e tenho dificuldade para voltar a dormir

3 Acordo vaacuterias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade para voltar a dormir 17 0 Natildeo fico mais cansado que de haacutebito 1 Fico cansado com mais facilidade do que costumava 2 Sinto-me cansado ao fazer qualquer coisa 3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa 18 0 Meu apetite natildeo estaacute pior do que de haacutebito 1 Meu apetite natildeo eacute tatildeo bom quanto costumava ser 2 Meu apetite estaacute muito pior agora 3 Natildeo tenho mais nenhum apetite 19 0 Natildeo perdi muito peso se eacute que perdi algum ultimamente 1 Perdi mais de 25 Kg 2 Perdi mais de 5 Kg 3 Perdi mais de 75 Kg Estou deliberadamente tentando perder peso comendo menos SIM ( ) NAtildeO ( )

138

20 0 Natildeo me preocupo mais que o de haacutebito com minha sauacutede 1 Preocupo-me com problemas fiacutesicos como dores e afliccedilotildees ou perturbaccedilotildees no estocircmago ou

prisatildeo de ventre 2 Estou muito preocupado com problemas fiacutesicos e eacute difiacutecil pensar em outra coisa que natildeo isso 3 Estou tatildeo preocupado com meus problemas fiacutesicos que natildeo consigo pensar em outra coisa 21 0 Natildeo tenho observado qualquer mudanccedila recente em meu interesse sexual 1 Estou menos interessado por sexo que costumava 2 Estou bem menos interessado em sexo atualmente 3 Perdi completamente o interesse por sexo

139

AANNEEXXOO 55 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE QQUUAALLIIDDAADDEE DDEE VVIIDDAA

((WWHHOOQQOOLLndashndash bbrreeff))

Nome___________________________________________________ Modalidade ________________________________________ Este questionaacuterio eacute sobre como vocecirc se sente a respeito de sua qualidade de vida sauacutede e outras aacutereas de sua vida Por favor responda a todas as questotildees Se vocecirc natildeo tem certeza sobre que resposta dar em uma questatildeo por favor escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada Esta muitas vezes poderaacute ser sua primeira escolha Por favor tenha em mente seus valores aspiraccedilotildees prazeres e preocupaccedilotildees Noacutes estamos perguntando o que vocecirc acha de sua vida tomando como referecircncia as duas uacuteltimas semanas Por favor leia cada questatildeo veja o que vocecirc acha e circule no nuacutemero e lhe parece a MELHOR RESPOSTA 1- Como vocecirc avaliaria sua qualidade de vida muito ruim Ruim nem ruim nem boa boa muito boa 1 2 3 4 5

2-Quatildeo satisfeito vocecirc estaacute com a sua sauacutede

muito insatisfeito Insatisfeito nem satisfeito nem insatisfeito satisfeito muito satisfeito

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes satildeo sobre o quanto vocecirc tem sentido algumas coisas nas uacuteltimas duas semanas 3-Em que medida vocecirc acha que sua dor (fiacutesica) impede vocecirc de fazer o que vocecirc precisa nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

4-O quanto vocecirc precisa de algum tratamento meacutedico para levar sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

5- O quanto vocecirc aproveita a vida nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

6- Em que medida vocecirc acha que a sua vida tem sentido nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

7- O quanto vocecirc consegue se concentrar nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

8- Quatildeo seguro(a) vocecirc se sente em sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

9- Quatildeo saudaacutevel eacute o seu ambiente fiacutesico (clima barulho poluiccedilatildeo atrativos) nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

140

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo completamente vocecirc tem sentido ou eacute capaz de fazer certas coisas nestas uacuteltimas duas semanas 10- Vocecirc tem energia suficiente para seu dia-a- dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

11- Vocecirc eacute capaz de aceitar sua aparecircncia fiacutesica nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

12- Vocecirc tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

13- Quatildeo disponiacuteveis para vocecirc estatildeo as informaccedilotildees que precisa no seu dia-a-dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

14- Em que medida vocecirc tem oportunidades de atividade de lazer nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo bem ou satisfeito vocecirc se sentiu a respeito de vaacuterios aspectos de sua vida nas uacuteltimas duas semanas 15- Quatildeo bem vocecirc eacute capaz de se locomover

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 16- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu sono

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 17- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 18- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade para o trabalho

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 19- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute consigo mesmo

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 20- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com suas relaccedilotildees pessoais (amigos parentes conhecidos colegas)

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 21- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua vida sexual

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 22- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o apoio que vocecirc recebe de seus amigos

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5

141

23- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com as condiccedilotildees do local onde mora

muito ruim ruim Nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 24- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu acesso aos serviccedilos de sauacutede

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 25- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu meio de transporte

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes referem-se a com que frequumlecircncia vocecirc sentiu ou experimentou certas coisas nas uacuteltimas duas semanas 26- Com que frequumlecircncia vocecirc tem sentimentos negativos tais como mau humor desespero ansiedade depressatildeo

nunca Algumas vezes frequumlentemente muito frequumlentemente sempre

1 2 3 4 5

Algueacutem lhe ajudou a preencher este questionaacuterio ( ) Sim ( ) Natildeo

Quanto tempo vocecirc levou para preencher este questionaacuterio _________________

Vocecirc tem algum comentaacuterio sobre o questionaacuterio

OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO

142

AANNEEXXOO 66 ndashndash EESSCCAALLAA DDEE AAVVAALLIIAACcedilCcedilAtildeAtildeOO DDAA IIMMAAGGEEMM CCOORRPPOORRAALL

NOME______________________________________________________ IDADE ____________ M C _________ Gord ________ IMC ___________

A seguir vocecirc tem uma seacuterie de 9 silhuetas femininas Observe

cuidadosamente cada uma das figuras e responda Qual o nuacutemero da figura

correspondente agraves seguintes perguntas Lembre que natildeo haacute respostas certas ou

erradas (Adaptado de SORENSEN e STUNKARD 1993)

1- Qual aparecircncia fiacutesica mais se parece com vocecirc ATUALMENTE 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 2- Qual aparecircncia fiacutesica que vocecirc GOSTARIA DE TER 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 3- Qual aparecircncia fiacutesica vocecirc tinha HAacute UM ANO ATRAacuteS 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 4- Avaliaccedilatildeo do avaliador 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 5- Vocecirc estaacute satisfeita com sua aparecircncia atual

( ) sim ( ) natildeo

6- Vocecirc acha que sua aparecircncia se aproxima com os padrotildees de beleza ditados pela miacutedia

( ) sim ( ) natildeo

143

7- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma dieta para o controle do peso corporal

( ) sim ( ) natildeo

8- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma cirurgia plaacutestica visando melhoria da esteacutetica corporal

( ) sim ( ) natildeo

9- Vocecirc realizaria caso fosse disponibilizado gratuitamente uma ou mais uma intervenccedilatildeo

ciruacutergica plaacutestica com fins esteacuteticos

( ) sim ( ) natildeo

144

AANNEEXXOO 77 ndashndash MMIINNEE-- EEXXAAMMEE DDOO EESSTTAADDOO MMEENNTTAALL ndashndash ((MMMMSSEE))

NOME DO SUJEITO 1) ORIENTACcedilAtildeO TEMPORAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) ANO ESTACcedilAtildeO MEcircS DIA DIA DA SEMANA TOTAL 2) ORIENTACcedilAtildeO ESPACIAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) CIDADE ESTADO BAIRRO LOCAL ANDAR OU PREacuteDIO TOTAL 3) REGISTRO MOSTRE AS 3 IMAGENS E PECcedilA AO SUJEITO PARA NOMEAacute-LAS (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL 4) CAacuteLCULO PECcedilA AO SUJEITO PARA SUBTRAIR 7 DE CADA UM DOS NUacuteMEROS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) 100 (R = 93) 93 (R = 86) 86 (R = 79) 79 (R = 72) 65 (R = 65) TOTAL 5) EVOCACcedilAtildeO PECcedilA AO SUJEITO PARA RELEMBRAR QUAIS FORAM OS TREcircS OBJETOS DA QUESTAtildeO ANTERIOR (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL

145

6) LINGUAGEM 1 MOSTRE UM RELOacuteGIO E UMA CANETA AO SUJEITO E PECcedilA PARA ELE NOMEAacute-LAS (TOTAL = 2 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) RELOacuteGIO CANETA TOTAL 7) LINGUAGEM 2 PECcedilA AO SUJEITO PARA REPETIR A FRASE NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute (TOTAL = 1 PONTO) NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute TOTAL 8) LINGUAGEM 3 VOCEcirc IRAacute DAR UM COMANDO VERBAL AO SUJEITO E PEDIR QUE ELE SIGA AS SEGUINTES ORDENS PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO E COLOQUE-O EM CIMA DA MESA (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA ORDEM SEGUIDA CORRETAMENTE)

PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO COLOQUE EM CIMA DA MESA TOTAL 9) LINGUAGEM 4 PECcedilA AO SUJEITO QUE OBEDECcedilA AO COMANDO QUE ESTARAacute NA PLACA COM A SEGUINTE ORDEM ldquoFECHE OS OLHOSrdquo (TOTAL = 1 PONTO) FECHE OS OLHOS TOTAL 10) LINGUAGEM 5 PECcedilA AO SUJEITO PARA ESCREVER UMA FRASE COMPLETA (TOTAL = 1 PONTO) FRASE COMPLETA TOTAL 11) LINGUAGEM 6 DEcirc UMA FOLHA EM BRANCO AO SUJEITO MOSTRE O DESENHO ABAIXO E PECcedilA PARA QUE ELE COPIE (TOTAL = 1 PONTO)

COacutePIA DO DESENHO TOTAL ESCORE GERAL DO TESTE

146

147

148

AANNEEXXOO 99

149

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 11

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P GC Preacute 15146 plusmn 5492 1545 04532 G90LA Poacutes 17558 plusmn 5492 -337 09041 Preacute 12849 plusmn 2356 3842 00241 GLA Poacutes 15203 plusmn 4287 2018 04275 Preacute 10984 plusmn 2673 5707 00029 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6519 00099 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 3613 00770 Poacutes 12763 plusmn 3357 4458 00710 Poacutes2 11447 plusmn 4297 3173 00940

00247 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 3848 Poacutes 13052 plusmn 2934 4168 00663 Poacutes2 12022 plusmn 1698 2598 00244

GLA Preacute 12849 plusmn 2356 2297 02123 G90LA Poacutes 15203 plusmn 4287 2355 03553 Preacute 10984 plusmn 2673 4162 00377 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6856 00072 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 2067 03392 Poacutes 12763 plusmn 3357 4795 00536 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 2303 02081 Poacutes 13052 plusmn 2934 4505 00486 GLA Preacute 10984 plusmn 2673 1865 01609 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 4501 00262 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -230 08899 Poacutes 12763 plusmn 3357 2440 02256 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 005 09966 Poacutes 13052 plusmn 2934 2150 02415

Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -2095 02360 G90PCR Poacutes 12763 plusmn 3357 -2061 02040 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -1860 01790 Poacutes 13052 plusmn 2934 -2351 01131 Gmax GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -290 08877 Poacutes 13052 plusmn 2934 235 08519 Poacutes2 12022 plusmn 1698 -575 07157

p le 005 ple 001 ndash Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

150

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 22

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P

GC Preacute 49553 plusmn 16146 12195 01673 G90LA Poacutes 54339 plusmn 16146 6246 04558 Preacute 46411 plusmn 8074 15336 00223 GLA Poacutes 51918 plusmn 14224 8867 02782 Preacute 39965 plusmn 9746 21783 00037 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 18391 00195 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 16234 00250 Poacutes 40323 plusmn 11663 20263 00130 Poacutes2 35493 plusmn 9993 24729 00004 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 15895 00147 Poacutes 45691 plusmn 10569 14894 00399 Poacutes2 41730 plusmn 8746 18492 00017

GLA Preacute 46411 plusmn 8074 3141 06660 G90LA Poacutes 51918 plusmn 14224 2421 07550 Preacute 39965 plusmn 9746 9588 02149 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 12145 00998 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 4039 06009 Poacutes 40323 plusmn 11663 14016 00664 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 3700 05956 Poacutes 45691 plusmn 10569 8648 02060 GLA Preacute 39965 plusmn 9746 6446 01717 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 9724 01473 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 897 08526 Poacutes 40323 plusmn 11663 11595 00963 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 559 08914 Poacutes 45691 plusmn 10569 6226 03182

Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 -5549 02968 G90PCR Poacutes 40323 plusmn 11663 1871 07453 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -5887 02021 Poacutes 45691 plusmn 10569 -3497 05126 Gmax GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -338 09430 Poacutes 45691 plusmn 10569 -5369 03351

Poacutes2 41730 plusmn 8746 -6237 01900

p le 005 ple 001 ple 0001 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

151

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 33

Tabelandash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 03058 plusmn 01787 00668 04326 G90LA Poacutes 02752 plusmn 00941 01022 00677 Preacute 03406 plusmn 01851 00320 07102 GLA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00340 06476 Preacute 03391 plusmn 00889 00335 05969 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00178 08039 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00571 04149 Poacutes 03205 plusmn 01520 00568 04080 Poacutes2 03167 plusmn 00873 0078 01126 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00813 01761 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00808 01249 Poacutes2 04409 plusmn 00801 -00462 02991

GLA Preacute 03406 plusmn 01851 -00348 07077 G90LA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00681 03446 Preacute 03391 plusmn 00889 -00333 09838 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -01200 05501 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -01239 01245 Poacutes 03205 plusmn 01520 -00453 04853 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01482 00388 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01830 00011 GLA Preacute 03391 plusmn 00889 00015 06442 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00519 00965 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00891 02708 Poacutes 03205 plusmn 01520 00228 07833 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01134 01132 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01149 01040

Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00906 01058 G90PCR Poacutes 03205 plusmn 01520 00747 03631 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01149 00124 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00629 03426 Gmax GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00242 06217 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01377 00376

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos Poacutes2 04409 plusmn 00801 -01242 00080

152

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 44

p le 005 ple 001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

Tabela ndash Compara

ccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 01094 plusmn 00459 -00171 03536 Poacutes 01057 plusmn 00547 -00019 09313 GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00016 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00024 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00017 08995 Poacutes 00997 plusmn 00394 00040 08235 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00285 00818 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00049 08348 Poacutes2 00998 plusmn 00326 -00055 06946 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00333 00017 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00263 00552 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00329 00016 G90LA GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00188 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00043 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 00154 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00059 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00113 05976 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00029 09174 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00162 03312 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00244 02349 GLA G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00033 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00016 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00301 01453 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00073 07935 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00350 00290 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00287 01499 G90PCR Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00268 01406 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00089 07229 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00316 00149 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00303 00631 Gmax GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00048 07216 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00214 03161 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00274 00364

  • A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e confiar quando tantos desconfiaram
    • BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007
      • FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999
        • Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986
        • NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002
          • Nome_________________________________________________________________
            • 20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia
            • OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO
                • NOME______________________________________________________
                • ANO
                  • ESTACcedilAtildeO
                    • CIDADE
                    • PENTE
                    • PENTE
                    • RELOacuteGIO
                    • NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute
                    • PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA
                    • FECHE OS OLHOS
                    • FRASE COMPLETA
                    • COacutePIA DO DESENHO
Page 2: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

ii

EEFFEEIITTOOSS AAGGUUDDOOSS DDOO EEXXEERRCCIacuteIacuteCCIIOO CCAARRDDIIOOVVAASSCCUULLAARR SSOOBBRREE OOSS NNIacuteIacuteVVEEIISS

SSEERROOTTOONNIINNEacuteEacuteRRGGIICCOOSS EE PPEERRFFIILL AANNTTRROOPPOOMMEacuteEacuteTTRRIICCOO EE PPSSIICCOOMMEacuteEacuteTTRRIICCOO DDEE

IIDDOOSSAASS AATTIIVVAASS

Keila Maria Dias Carmo Lopes

Tese realizada como requisito para

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Doutor em

Ciecircncias da Sauacutede no programa de

poacutes-graduaccedilatildeo stricto sensu em niacutevel

de doutorado da Faculdade de Sauacutede

da Universidade de Brasiacutelia

Orientador

Prof Dr Jocircnatas de Franccedila Barros

iii

Keila Maria Dias Carmo Lopes

Efeitos agudos do exerciacutecio cardiovascular sobre os niacuteveis serotonineacutergicos e

perfil antropomeacutetrico e psicomeacutetrico de idosas ativas

Tese apresentada como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetitulo de Doutor

no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias da Sauacutede da Faculdade de Sauacutede da

Universidade de Brasiacutelia pela comissatildeo formada pelos professores

Presidente Professor Doutor Jocircnatas de Franccedila Barros

Universidade de Brasiacutelia

Membro

Professora Doutora Marisete Peralta Safons

Universidade de Brasiacutelia

Membro

Professor Doutor Martim Francisco Bottaro Marques

Universidade de Brasiacutelia

Membro

Professor Doutor Ricardo Jacoacute de Oliveira Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

Membro

Professor Doutor Paulo de Tarso Veras Farinatti Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Membro suplente Professora Doutora Julia Aparecida Devide Nogueira

Universidade de Brasiacutelia

Brasiacutelia (DF) 4 de setembro de 2008

iv

Dedico este trabalho Primeiramente a Deus a Ele toda a honra Ao meu marido Augusto meu amor e companheiro Aos meus filhotes Bruno Stefanie e Michel razatildeo de minha existecircncia Aos meus pais Nicodemus e Floriacutepes exemplo de luta amor e proteccedilatildeo Aos meus segundos pais Augusto e Marina que aprendi a amar Aos meus irmatildeos cunhados e sobrinhos minha alegria e seguranccedila

v

AAGGRRAADDEECCIIMMEENNTTOOSS

A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade

oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e

confiar quando tantos desconfiaram

Ao meu esposo por compreender minha ausecircncia por torcer e investir em meu

crescimento profissional por representar muitas vezes sozinho nossa famiacutelia sem

ao menos questionar e por incentivar quando as forccedilas esmoreciam

Aos meus filhos por serem quem satildeo tatildeo corretos e bons filhos e permitirem uma

matildee como eu querer sonhar e andar em busca de novos rumos Principalmente agrave

Stefanie filha e futura colega por me ajudar nas coletas dos dados com eficiecircncia e

boa vontade

Ao professor Dr Jocircnatas de Franccedila Barros orientador querido pela competecircncia e

serenidade e por estar sempre de portas abertas a despeito de suas atribuiccedilotildees e

por acreditar na medida certa

Ao professor Dr Ricardo Jacoacute de Oliveira co-orientador por ser amigo antes de

tudo e por abrir portas e oportunidades com confianccedila e exemplo de competecircncia

A Profa Dra Mariana S de Castro do Instituto de Biologia da UnB por sua

incomparaacutevel dedicaccedilatildeo profissional e por orientar com o coraccedilatildeo

A Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia por autorizar a utilizaccedilatildeo de suas instalaccedilotildees para

a realizaccedilatildeo das coletas de dados

Ao Laboratoacuterio Hermes Pardini pela adequaccedilatildeo dos valores referentes agraves dosagens

dos analiacuteticos investigados neste estudo

A Maria Joseacute Teixeira carinhosamente conhecida por Zezeacute pela gentileza de nos

presentear com a revisatildeo ortograacutefica deste trabalho

Aos profissionais do laboratoacuterio de anaacutelises clinicas do Hospital da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia em especial ao Dr Rico pela atenccedilatildeo e orientaccedilotildees teacutecnicas

sobre os procedimentos de coleta

Aos meus alunos da UNIP Roberto Paiva Beth e principalmente Andreacute Rosa pela

contribuiccedilatildeo nas coletas de dados

vi

Aos meus amigos mestrandos e doutorandos da UCB agrave Alessandra por estenderem

a matildeo em momentos de necessidade pela companhia e amizade

Ao Prof Ms Ricardo Moreno teacutecnico do LEEFS-UCB pela amizade por sua ajuda

competente e orientaccedilatildeo

A enfermeira Valquiacuteria por seu carinho ao atender as idosas durante as coletas

Aos Profs do Programa de Ginaacutestica nas Quadras pela amizade e por suprirem

minha ausecircncia quando precisei e aos meus alunos queridos pelo incentivo razatildeo

de meu interesse em continuar estudando

A aluna Francisca Miranda por sua ajuda incondicional nas coletas de sangue

durante o estudo piloto

Aos Profs da UNIP pelo coleguismo e incentivo Ao Prof Ms Pedro Paulo pela

compreensatildeo em adequar os horaacuterios agraves minhas necessidades

Agraves idosas que participaram desta investigaccedilatildeo por tratar-me como filha pela

assiduidade responsabilidade e atenccedilatildeo desinteressada A todas vocecircs deixo o meu

respeito meu carinho e um sentimento profundo de agradecimento

vii

Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores por aquEle que nos amou Porque estou certo de quenem a morte nem a vida nem anjos nem principadosnem coisas presentes nem futuras nem potestadesnem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura nos poderaacute separar do amor de Deusque estaacute em Cristo Jesus nosso Senhorrdquo

(Rm 83739)

viii

LLIISSTTAA DDEE AABBRREEVVIIAACcedilCcedilOtildeOtildeEESS EE SSIIGGLLAASS

5-HIAA Aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico - principal metaboacutelito da 5-HT

5-HT 5- Hidroxitriptamina ou serotonina

AAN Aminoaacutecidos neutros (AACR + AAA)

AACR Aminoaacutecidos de Cadeira Ramificada (Valina Leucina e Isoleucina)

AAA Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (Tirosina e Fenilalanina)

ACSM American College of Sports Medicine

AL Aacutecido Laacutetico

AVAD Anos de vida perdidos por morte prematura ou por ldquodescapacidadesrdquo

BNDF Brain- Derived Neurotrophic Factor

CC Circunferecircncia de Cintura

CID 10 Deacutecima versatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional das Doenccedilas

DEXA Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia

EDTA Aacutecido etilenodiaminotetraaceacutetico

et al e outros

FC Frequumlecircncia Cardiacuteaca

GC Grupo Controle

G10LA Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio

GLA Grupo Experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade do limiar anaeroacutebio

G90PCR Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Gmax Grupo experimental submetido a um teste cardiovascular maacuteximo

GLA1h Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio por um periacuteodo de 1h

h hora

HPLC-FD High-performance liquid chromatographic Fluorometric Detection

(Cromatografia liacutequida de alta performance com detector de

fluorescecircncia)

ix

BDI Beck Depression Inventory (Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck)

IMC Iacutendice de massa corporal

IPE Iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (escala de Borg)

LA Limiar anaeroacutebio (neste estudo considerado equivalente ao LV)

LL Limiar laacutetico

LV Limiar ventilatoacuterio

MAO Monoaminaoxidase

mg miligrama

min minuto

ml mililitro

nm Nanograma

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

RCQ Relaccedilatildeo cintura quadril

SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia

SNC Sistema nervoso central

TC Teste de carga

TRP Triptofano (aminoaacutecido essencial precursor da 5-TH)

TRP-L Triptofano livre (desligado da albumina)

UCB Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

max Consumo maacuteximo de oxigecircnio VO2

VO2 pico Pico de Consumo de oxigecircnio GC Percentual de gordura corporal

x

LLIISSTTAA DDEE FFIIGGUURRAASS

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina34

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas 35

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na Fadiga Perifeacuterica e Fadiga Central 42

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do Programa de atendimento ao idoso do

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF onde foi realizada a seleccedilatildeo da

amostra)62

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da Composiccedilatildeo Corporal atraveacutes do meacutetodo de

Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na

Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (UCB-DF) 64

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante

teste incremental maacuteximos avaliada no LEEFS ndash UCB-DF 65

Figura 7 ndash Escala de silhuetas Sorensen amp Stunkard (1993) 68

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por

domiacutenios e facetas 69

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob

estiacutemulo de estresse106

xi

LLIISSTTAA DDEE TTAABBEELLAASS

Tabela 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que

apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT xviii

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados

aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA

GLA1h G90LA e Gmax) 59

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio-padratildeo) das variaacuteveis da amostra 74

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvios-padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o

teste de potecircncia aeroacutebia 76

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio-padratildeo do Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva

de esforccedilo durante teste de carga 76

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio-padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da

amostra distribuiacutedos por silhuetas 77

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal 79

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance

cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e

consumo pico (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina

em repouso 81

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2)

VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) 82

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intragrupo (preacute e poacutes-testes) das variaacuteveis Serotonina

Triptofano os Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia

Ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos

experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h) 83

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-

teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2

das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h 84

xii

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 86

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 88

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Prolactina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 89

xiii

LLIISSTTAA DDEE GGRRAacuteAacuteFFIICCOOSS

Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ

GC CC e IMC) apresentadas por mulheres idosas participantes

deste estudo 75

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos)

da performance cognitiva (Avaliado) e dos valores de referecircncia

(Esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte 77

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como imagem

corporal real e imagem corporal ideal 78

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

por silhuetas (S) de 1 a 9 79

Graacutefico 5 ndash Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (Fis) psicoloacutegico (Psic)

social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral

obtida entre estes domiacutenios 80

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de

depressatildeo 80

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano

da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo 81

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis

serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 85

Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 87

Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

Prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 88

xiv

Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de AACR

e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 91

Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste da relaccedilatildeo do Triptofano

e Aminoaacutecidos Aromaacuteticos e do Triptofano com os Aminoaacutecidos de

Cadeia Ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 92

xv

LLIISSTTAA DDEE AANNEEXXOOSS

Anexo 1 ndash Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 130

Anexo 2 ndash Termo de consentimento livre e esclarecido133

Anexo 3 ndash Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo 135

Anexo 4 ndash Inventaacuterio de depressatildeo de Beck (BDI) 136

Anexo 5 ndash Questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOLndashbref)139

Anexo 6 ndash Escala de avaliaccedilatildeo da imagem corporal142

Anexo 7 ndash Mine-exame do estado mental ndash (MMSE)144

Anexo 8 ndash Declaraccedilatildeo de ciecircncia institucional 146

Anexo 9 ndash Processo de anaacutelise do projeto de pesquisa 148

xvi

LLIISSTTAA DDEE AAPPEcircEcircNNDDIICCEESS

Apecircndice 1 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os

grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 149

Apecircndice 2 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada

(AACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos

os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 150

Apecircndice 3 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos

(TRPAAA) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre

todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos

GC Gmax e GLA1h 151

Apecircndice 4 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste

(poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre

os grupos GC Gmax e GLA1h 152

xvii

GGLLOOSSSSAacuteAacuteRRIIOO

Neste estudo foram adotados os seguintes constructos1

Aeroacutebio na presenccedila de oxigecircnio livre

Anaeroacutebio ausecircncia de oxigecircnio livre

Atividade fiacutesica qualquer movimento corporal produzido por muacutesculos e que

resulta em maior dispecircndio de energia

Carboxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de CO2 catalisado por uma enzima que

utiliza biotina como grupo prosteacutetico

Deaminaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de um grupo amino (NH2)

Efeitos agudos ou respostas agudas ao exerciacutecio alteraccedilotildees sistecircmicas

orgacircnicas e celulares que ocorrem na mesma escala temporal que uma sessatildeo

simples de exerciacutecio

Efeitos crocircnicos ou respostas crocircnicas ao exerciacutecio alteraccedilotildees celulares

orgacircnicas e sistecircmicas que se mantecircm por um periacuteodo de tempo apoacutes ou como

consequumlecircncia do treinamento fiacutesico

Exerciacutecio uma subclasse da atividade fiacutesica ou seja eacute uma atividade fiacutesica

planejada estruturada repetitiva e proposital

Hidroxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de um grupo de hidroxila (OH) a uma

moleacutecula

Limiar anaeroacutebio primeiro limiar ventilatoacuterio corresponde ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas)

Oxidaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de eleacutetrons de um aacutetomo Eacute sempre

acompanhada de uma reduccedilatildeo

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio considerado neste estudo como o segundo

limiar ventilatoacuterio referente ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e

PETO2 coincidiram com a queda de PETCO2

Substrato moleacutecula reativa ou reagente em uma reaccedilatildeo catalisada por enzima

O termo constructo eacute aqui usado conforme a definiccedilatildeo de LAKATOS amp MARCONI (2003) () constructo eacute um conceito e deliberadamente inventado ou adotado com um propoacutesito cientiacutefico () (LAKATOS amp MARCONI 2003 p 104)

xviii

RREESSUUMMOO

Objetivos 1) Identificar o perfil antropomeacutetrico (PA) e psicomeacutetrico (PP) da amostra e 2) verificar o efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre as alteraccedilotildees perifeacutericas do sistema serotonineacutergico atraveacutes das concentraccedilotildees da serotonina (5-HT) e do triptofano (TRP) e de possiacuteveis alteraccedilotildees centrais atraveacutes da prolactina (PROL) e das relaccedilotildees entre o TRP e aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e aminoaacutecidos de cadeira ramificada (AACR) Meacutetodo A amostra constituiacuteda por idosas ativas (n=49 6406plusmn37 anos VO2pico= 2068plusmn249) foi dividida para um grupo controle (GC) e cinco grupos experimentais (GEs) submetidos a exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90 do limiar anaeroacutebio (LA) no LA e a 90 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA GLA e G90PCR respectivamente) a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax) e a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo no LA (GLA1h) A descriccedilatildeo do PA foi avaliada atraveacutes do iacutendice de massa corporal (IMC) relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) circunferecircncia de cintura (CC) e percentual de gordura corporal (IMC RCQ CC e GC - DEXA respectivamente) O PP foi avaliado atraveacutes da performance cognitiva (PC) da imagem corporal (IC) dos niacuteveis de qualidade de vida (QV) e de depressatildeo (ND) (MMSE escala de silhueta WHOQOL-bref e BDI respectivamente) Os resultados do PA indicaram IMC= 2655plusmn294 kgm2 RCQ= 087plusmn005 cm CC= 9142plusmn770 cm GC= 3666plusmn48 Para PP percebeu-se uma PC preservada (MMSE=256plusmn37) um alto niacutevel de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal (ple0001) onde 4286 indicaram a silhueta 3 como IC ideal A meacutedia de QV foi de 6818 e a meacutedia dos ND foi de 1018 Para as anaacutelises bioquiacutemicas apenas trecircs dos GEs apresentaram acreacutescimo (pgt005) das concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico observadas atraveacutes da PROL

Tabela 1 - Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT

Grupo Momento 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Preacute x Poacutes Poacutes x Poacutes2 Preacute x Poacutes2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GLA1h Preacute x Poacutes 492 368 1089 162 035 092 Poacutes x Poacutes2 Preacute x Pos2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GPCR Preacute x Poacutes 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreacutescimo = Acreacutescimo 5-HT= Serotonina TRP= Triptofano PROL= Prolactina AAA= Aminoaacutecidos aromaacuteticos e AACR= Aminoaacutecidos de cadeia ramificada Conclusatildeo As idosas apresentaram indicativos de obesidade e risco para doenccedilas relacionadas ao acuacutemulo de gordura insatisfaccedilatildeo com a IC adequaccedilatildeo da PC bom niacutevel de QV e indicativos de depressatildeo leve Respostas bioquiacutemicas indicaram que sessotildees de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo soacute promovem alteraccedilotildees (ple005) do sistema serotonineacutergico quando de alta intensidade ou de intensidade moderada e duraccedilatildeo de 1h Apesar de possiacuteveis benefiacutecios advindos de exerciacutecios de intensidades maacuteximas os submetidos entre o primeiro e segundo LA e de duraccedilatildeo acima de 20 min podem ser mais apropriadas para interferir nas concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de idosos presumivelmente relacionadas com a aquisiccedilatildeo de sauacutede mental

xix

AABBSSTTRRAACCTT

Purposes 1) Identify volunteers anthropometric (AS) and psychometric (PS) status and 2) verify the dose-response effects of cardiovascular physical exercise of different intensities and duration on the peripheral alterations of the serotoninergic system through serotonin (5-HT) and tryptophan (TRP) concentrations and the possible central alterations through prolactin (PROL) and the ration between TRP and aromatic (AAA) and branched-chain amino acids (AACR) Methods Sample was composed by active older women (n=49 6406plusmn37 years VO2max= 2068plusmn249) who were divided for a control group (CG) and five experimental groups (EGs) submitted to treadmill exercises 20 minutes of duration under intensities of 90 of anaerobic threshold (AT) 100 of AT and 90 of the respiratory compensation point (G90AT GAT and G90RCP respectively) and a maximal exercise test (Gmax) and to a walking for one hour in the AT (GAT1h) The description of AS was evaluated by the body mass index (BMI) waist to hip ratio (WHR) waist circunference (WC) and percent body fat (BF - DEXA) and PS was measured by the cognitive performance (CP) body image (BI) quality of life levels (QLL) and depression (DL) (MMSE silhouette scale WHOQOL- bref e BDI respectively) AS results indicated a BMI = 2655plusmn294 kgm2 WHT= 087plusmn005 cm WC= 9142plusmn770 cm BF= 3666plusmn48 For PS it was observed a preserved CP (MMSE=256 plusmn37) a high level of dissatisfaction in relation to body image (ple0001) in which 4286 indicated the silhouette 3 as the ideal BI The mean QLL was 6818 and the DL mean was 1018 In relation to the biochemistry analyses only three of the EGs presented increases (pgt005) of the central serotoninergic system concentrations (PROL)

Table 1 ndash Percent distribution of the alterations promoted by EGs that presented increases in the central 5HT concentrations

Groups Moment 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Pre x Post Post x Post2 Pre x Post2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GAT1h Pre x Post 492 368 1089 162 035 092 Post x Post2 Pre x Post2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GRCP Pre x Post 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreases = Increases 5-HT= Serotonin TRP= tryptophan PROL= Prolactin AAA= Aromatic Aminoacids and AACR= Branched-chain Aminoacids Conclusions All volunteers presented indicators of obesity and its related diseases dissatisfaction with BI adequate CP adequate QLL and indexes of light depression Biochemistry responses indicated that short-term exercise sessions promoted alterations (ple005) on serotoninergic system only at high intensity or in the moderate exercises duration of 1 hour Although the it was observed possible positive effects of maximal exercise volunteers that exercised between AT and RCP with duration of more than 20 minutes seems more appropriated to affect central serotoninergic concentrations of older individuals presumably trhough benefits related to mental health

xx

SSUUMMAacuteAacuteRRIIOO

AGRADECIMENTOS v

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS viii

LISTA DE FIGURAS x

LISTA DE TABELAS xi

LISTA DE GRAacuteFICOS xiii

LISTA DE ANEXOS xv

LISTA DE APEcircNDICES xvi

GLOSSAacuteRIO xvii

RESUMO xviii

ABSTRACT xix

SUMAacuteRIO xx

1 INTRODUCcedilAtildeO 24

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA 24

12 PROBLEMA DO ESTUDO 26

13 OBJETIVOS 26

131 Objetivo Geral 26

132 Objetivos Especiacuteficos 27

14 HIPOacuteTESES 27

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO 28

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS 28

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO 29

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 30

xxi

21 ENVELHECIMENTO 30

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO 32

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 33

231 Respostas do Sistemas Serotonineacutergico ao Exerciacutecio Fiacutesico 36

22331111 Alteraccedilotildees na barreira hematoencefaacutelica e exerciacutecios fiacutesicos 37

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergico 38

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o sistema serotonineacutergico 40

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o Sistema Serotonineacutergico 40

232 Sistema serotonineacutergico e a fadiga central 41

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 43

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO 45

2266 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS 4499

27 QUALIDADE DE VIDA 51

28 IMAGEM CORPORAL 55

3 MATERIAL E MEacuteTODO59

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO 59

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO 60

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA 60

331 Primeira fase 61

333 Definiccedilatildeo da Amostra do Estudo 61

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS 62

341 Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 62

342 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 62

3421 Massa corporal 63

3422 Estatura corporal 63

xxii

3423 Percentual de gordura corporal (GC) 63

3424 Iacutendice de massa corporal (IMC) 64

3425 Circunferecircncia de cintura (CC) e relaccedilatildeo da cintura e quadril (RCQ) 64

343 Avaliaccedilatildeo meacutedica 65

344 Teste de potecircncia aeroacutebia (VO2pico) 65

345 Teste de carga 66

3451 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio (LV) 67

346 Caracteriacutesticas psicomeacutetricas 67

3461 Performance cognitiva 67

3462 Imagem corporal 67

3463 Qualidade de vida 68

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo 70

347 Anaacutelises bioquiacutemicas 70

3471 Condiccedilotildees das coletas 70

3472 Dosagens dos analiacuteticos 71

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS 72

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO 72

4 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 74

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 74

411 Perfil antropomeacutetrico da amostra 74

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA 75

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 76

431 Performance cognitiva 76

432 Imagem corporal 77

433 Niacuteveis de qualidade de vida 79

xxiii

434 Niacuteveis de depressatildeo 80

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 82

441 Serotonina 85

442 Triptofano 86

443 Prolactina 88

444 Aminoaacutecidos aromaacuteticos e aminoaacutecidos de cadeia ramificada 90

5 DISCUSSAtildeO 93

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 93

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 94

521 Performance cognitiva 94

522 Imagem corporal 96

523 Qualidade de vida 98

524 Niacuteveis de depressatildeo 99

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 100

6 CONCLUSAtildeO 108

7 SUGESTOtildeES PARA NOVOS ESTUDOS 110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS111

24

11 IINNTTRROODDUUCcedilCcedilAtildeAtildeOO

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA

Um dos maiores desafios da sauacutede puacuteblica mundial eacute promovido pelo

crescimento desenfreado da populaccedilatildeo idosa que totalizava em 2002 um

nuacutemero de 629 milhotildees de idosos em todo o mundo (ONU 2002) O Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica baseado em dados obtidos em 2001

projetou para 2020 um aumento expressivo dessa parcela populacional que

deslocaraacute o Brasil da 16ordf para a 6ordf classificaccedilatildeo em nuacutemero de idosos na escala

mundial (IBGE 2001)

Vaacuterios satildeo os decliacutenios e as adaptaccedilotildees que o indiviacuteduo vivencia agrave medida que

o anos se acumulam Manifestaccedilotildees de desgastes podem favorecer respostas

multivariadas durante esse processo podendo interferir na composiccedilatildeo corporal

(BARBOSA et al 2001) na aptidatildeo fiacutesica na construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da imagem

corporal (MATSUO et al 2007) no desempenho cognitivo (CASSILHAS et al 2007

BIXBY et al 2007) e na percepccedilatildeo de qualidade de vida (ACSM 1998) do idoso

Maior atenccedilatildeo deve ser concedida a este fenocircmeno pois sabe-se que a

reduccedilatildeo das respostas fisioloacutegicas podem fragilizar o organismo do idoso e reduzir a

quantidade e qualidade do desempenho do Sistema Nervoso Central (PEacuteREZ 1994

OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mais que deformaccedilotildees morfoloacutegicas satildeo promovidas pela neurobiologia do

envelhecimento Alteraccedilotildees na estrutura quiacutemica cerebral de ceacutelulas nervosas satildeo do

mesmo modo observadas Um decliacutenio das enzimas responsaacuteveis pela siacutentese de

substacircncias neurotransmissoras eacute desencadeado provocando uma queda de suas

concentraccedilotildees Esse desequiliacutebrio induz ao aumento das atividades das enzimas

responsaacuteveis pela catabolizaccedilatildeo destas substacircncias reduzindo sua disponibilidade

(TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998 e OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mesmo na ausecircncia de doenccedilas o desempenho fisioloacutegico do sistema

serotonineacutergico se altera com o avanccedilar da idade Decliacutenios acentuados induzidos

25

pela reduccedilatildeo da integridade funcional desse sistema satildeo presumivelmente

responsaacuteveis pela causa ou atuam como co-fator de desordens neurodegenerativas e

psiquiaacutetricas como a depressatildeo (MORAN 2003 DUNN amp DISHMAN 1991) Todavia

em menor escala esses decliacutenios podem expor o indiviacuteduo idoso a uma maior

fragilidade e tornaacute-lo vulneraacutevel a doenccedilas (NIEMAN 1999 FEKKES 2003

GOLDBERG SMITH BARNES et al 2003)

A depressatildeo eacute considerada como um transtorno crocircnico recorrente de

etiologia multifatorial com maior prevalecircncia em pessoas do gecircnero feminino

Investigaccedilotildees indicam que maior frequumlecircncia de sintomas depressivos satildeo percebidos

com o avanccedilar da idade (SIlBERMAN SOUZA WILHEMS et al 1995 XAVIER

FERRAZ BERTOLLUCCI et al 2001) chegando a atingir parcela significativa (10)

da populaccedilatildeo de idosos (SNOWDON 2002) De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial

da Sauacutede (OMS 2001) este fenocircmeno epidemioloacutegico atinge a quarta classificaccedilatildeo

entre as 20 doenccedilas de maior AVAD (anos de vida perdidos por morte prematura ou

por ldquodescapacidadesrdquo) Natildeo se sabe ao certo o custo per capta anual de cada

paciente decorrente desta patologia no Brasil poreacutem nos EUA foi estimado um gasto

de cerca de seis mil doacutelares (ZAVASCHI et al 2002)

Desde 1963 Barchas amp Fredman observaram a possibilidade de utilizar o

exerciacutecio fiacutesico como modelo de estresse capaz de alterar os niacuteveis centrais e

perifeacutericos da serotonina Segundo Chaouloff (1997) uma uacutenica sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos dependendo de sua duraccedilatildeo e intensidade pode desencadear mudanccedilas

significativas ou natildeo na siacutentese desse neurotransmissor Entretanto percebe-se que

respostas centrais ou perifeacutericas desses sistemas natildeo se apresentam uniformes nem

lineares diante dos diferentes estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico

apresentados nos estudos que investigam esse problema (DUNN amp DISHMAN 1991)

Trabalhos recentes tecircm indicado que o aumento da exigecircncia metaboacutelica

produzida pelo estresse agudo repetitivo pode resultar em adaptaccedilotildees de diversas

vias nervosas (FERREIRA TUFIK MELLO 2001) inclusive das vias serotonineacutergicas

(OLIEIRA et al 2007) Todavia limitaccedilotildees eacuteticas que impossibilitam anaacutelises

invasivas das alteraccedilotildees centrais e a proacutepria dificuldade encontrada em organizar

realizar e controlar estudos com humanos tecircm restringido o surgimento de

26

intervenccedilotildees que tenham como objetivo a investigaccedilatildeo da anaacutelise aguda deste

evento A maioria absoluta dos estudos relacionados com o exerciacutecio fiacutesico e sistema

serotonineacutergico em humanos tem se restringido agrave relaccedilatildeo desse binocircmio com a

fadiga central nesse sentido a amostra adotada por essas investigaccedilotildees tem sido

formada por indiviacuteduos jovens e atletas (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER 2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005

PROVENZA et al2005 HELGE et al 2007) Natildeo existem na literatura estudos que

investiguem os efeitos agudos do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema serotonineacutergico de

mulheres idosas as possiacuteveis alteraccedilotildees das concentraccedilotildees perifeacutericas e centrais

desse sistema em respostas ao exerciacutecio de duraccedilatildeo e intensidade comuns a essa

populaccedilatildeo satildeo ateacute hoje desconhecidas

Mesmo considerando que a evidente influecircncia positiva exercida pela praacutetica

regular da atividade fiacutesica nos estados de humor possa estar relacionada inclusive

com alteraccedilotildees das concentraccedilotildees serotonineacutergicas e dessa intervenccedilatildeo ter a

possibilidade promissora de atuar como um tratamento alternativo para a aquisiccedilatildeo

da sauacutede mental do idoso a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para pessoas sobre o

processo degenerativo do envelhecimento ainda continua no campo especulativo da

ciecircncia necessitando poreacutem de intervenccedilotildees especificamente desenvolvidas com o

intuito de compreender a amplitude de sua atuaccedilatildeo e estabelecer paracircmetros de

intervenccedilatildeo que sejam cientificamente associados com os efeitos beneacuteficos do

exerciacutecio fiacutesico sobre a sauacutede mental dessa populaccedilatildeo (DUNN amp DISHMAN 1991

HILLMAN SNOOK JEROME 2003 TOMPOROWSKI 2003 COLCOMBE amp KRAMER

2003)

12 PROBLEMA DO ESTUDO

Qual o impacto agudo do exerciacutecio fiacutesico de diferentes intensidades e

duraccedilatildeo sobre o sistema serotonineacutergico e qual intervenccedilatildeo provocaraacute maior

alteraccedilatildeo nas concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico de mulheres idosas

ativas com idade entre 60 e 74 anos residentes em Taguatinga-DF

27

13 OBJETIVOS

131 Objetivo gera131 Objetivo gerall

O objetivo deste estudo constituiu em verificar o efeito agudo do exerciacutecio

fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre alteraccedilotildees

perifeacutericas do sistema serotonineacutergico verificado atraveacutes das concentraccedilotildees

plasmaacuteticas da serotonina e do seu precursor (o triptofano) e de possiacuteveis alteraccedilotildees

centrais verificadas indiretamente atraveacutes das concentraccedilotildees da prolactina em

mulheres idosas ativas com idade entre 60 e 74 anos inscritas em um programa de

extensatildeo de atendimento ao idoso vinculado a Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia-DF

113322 OObbjjeettiivvooss eessppeecciacuteiacuteffiiccooss

1321 Verificar alteraccedilotildees das concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) dos aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e da proporccedilatildeo

desses aminoaacutecidos com o triptofano TRPAACR e TRPAAA

1322 Identificar o perfil antropomeacutetrico da amostra atraveacutes do percentual de

gordura corporal do iacutendice de massa corporal da circunferecircncia de

cintura da relaccedilatildeo cintura e quadril e classificaacute-lo segundo os pontos de

corte estabelecidos nesse estudo para cada variaacutevel

1323 Identificar o perfil psicomeacutetrico da amostra atraveacutes do niacutevel de qualidade

de vida niacuteveis de depressatildeo da performance cognitiva e da imagem

corporal das idosas desse estudo baseado nos pontos de corte dos

instrumentos utilizados para cada variaacutevel

14 HIPOacuteTESESS

141 Quando as sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacuterem-se de uma

mesma duraccedilatildeo os grupos de intensidade mais elevadas apresentaratildeo

maiores alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees da serotonina triptofano e

prolactina

142 As sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacutedas de maior

intensidade e as de maior duraccedilatildeo promoveratildeo maiores alteraccedilotildees nas

concentraccedilotildees dos analiacuteticos dosados nesse estudo

28

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

Compreender a maneira que o exerciacutecio fiacutesico pode interferir nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico de mulheres no processo da senescecircncia

pode ter grande significado nas accedilotildees preventivas e terapecircuticas da sauacutede mental

dessa populaccedilatildeo Uma vez que alteraccedilotildees centrais das concentraccedilotildees desse

neurotransmissor estejam intimamente ligadas com patologias relacionadas com

distuacuterbios do humor performance cognitiva qualidade do sono controle do apetite e

outros (DUNN amp DISHMAN 1991 LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

A anaacutelise do efeito agudo investigado neste estudo poderaacute reduzir a

prescriccedilatildeo empiacuterica do exerciacutecio fiacutesico para fins terapecircuticos aleacutem de contribuir para

a reduccedilatildeo das intervenccedilotildees farmacoloacutegicas e dos efeitos colaterais a elas agregados

aleacutem da reduccedilatildeo dos altos custos decorrentes das intervenccedilotildees tradicionais e da

promoccedilatildeo da subtraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo de serviccedilos da sauacutede puacuteblica (DIMEO et al

2001 MATTER et al 2002 PHILLIPS KIERNAN amp KING 2003)

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS

Para o estudo do sistema serotonineacutergico foram avaliados Os niacuteveis de

serotonina (5-HT) triptofano (TRP) prolactina (PRL) aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) leucina valina e a isoleucina aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

tirosina e a fenilalanina e as relaccedilotildees do triptofano com aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) e aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA)

Para a definiccedilatildeo do perfil antropomeacutetrico da amostra foram avaliadas as

seguintes variaacuteveis o iacutendice de massa corporal (IMC) a relaccedilatildeo cintura e quadril

(RCQ) a circunferecircncia de cintura (CC) e o percentual de gordura corporal (GC)

Para a definiccedilatildeo do perfil psicomeacutetrico da amostra deste estudo foram

avaliadas as seguintes variaacuteveis o niacutevel de qualidade de vida os escores indicativos

de depressatildeo a performance cognitiva e a imagem corporal

29

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO

O alto custo orccedilado para a execuccedilatildeo deste estudo impossibilitou A inclusatildeo

de dosagens de outros marcadores bioquiacutemicos o que facilitaria sobremaneira a

compreensatildeo do cenaacuterio estudado A realizaccedilatildeo de um nuacutemero maior de coletas

por grupos o que possibilitou a realizaccedilatildeo de trecircs momentos de coletas apenas

para os grupos GC GLA1h e Gmax Adicionalmente esse fator limitou um nuacutemero

maior de indiviacuteduos na amostra o que contribuiria significativamente para a

interpretaccedilatildeo compreensatildeo e extrapolaccedilatildeo dos resultados obtidos

Por limitaccedilotildees eacuteticas algumas intervenccedilotildees realizadas para a anaacutelise das

alteraccedilotildees bioquiacutemicas centrais em experimento que utilizam modelo animal natildeo

foram permitidas neste estudo por natildeo estarem seguramente adaptadas ao

modelo humano Nesse sentido tais alteraccedilotildees foram analisadas atraveacutes da

prolactina hormocircnio considerado como marcador perifeacuterico das accedilotildees centrais

desse sistema neurotransmissor

Mesmo concisos da sensibilidade e da flutuaccedilatildeo natural das variaacuteveis

avaliadas decidiu-se pelo presente delineamento de estudo onde os grupos foram

formados por indiviacuteduos diferentes por compreender que seria mais eacutetico uma vez

que o desgaste fiacutesico intervenccedilotildees invasivas e o grande nuacutemero de visitas seria

uma sobrecarga significativa para indiviacuteduos nesta faixa etaacuteria

30

22 RREEVVIISSAtildeAtildeOO DDEE LLIITTEERRAATTUURRAA

21 ENVELHECIMENTO

A Segunda Assembleacuteia Mundial sobre o Envelhecimento realizada pelas

Naccedilotildees Unidas (2002) projetou aumento de 41 entre os anos de 2000 e 2050 do

custo global meacutedio dos cuidados de sauacutede relacionados apenas com o

envelhecimento o que representaraacute aumento de 36 para paiacuteses em

desenvolvimento e de 48 para paiacuteses desenvolvidos

O crescimento da populaccedilatildeo idosa eacute um fenocircmeno que de iniacutecio parece

caracterizar apenas ganho Todavia considerando a proporccedilatildeo que esse evento vem

ocorrendo associada agrave fragilidade dessa populaccedilatildeo o aumento populacional poderaacute

representar seacuterios problemas sociais gerando custos altiacutessimos aos governos e

consequumlentemente reduccedilatildeo na qualidade de vida

De acordo com o Censo 2000 o total de brasileiros com idade superior a 60

anos era de 14536029 o que representava 856 da populaccedilatildeo As projeccedilotildees

indicam que em 2030 teremos mais de 52 milhotildees de idosos ou 2210 da

populaccedilatildeo brasileira com mais de 60 anos fazendo-nos detentores como citado

anteriormente da 6ordf populaccedilatildeo idosa do mundo (IBGE 2000)

Natildeo se deve considerar o envelhecimento populacional como um problema

social pelo contraacuterio deve-se associaacute-lo a uma das maiores conquistas da

humanidade do seacuteculo XX O aumento da expectativa de vida no Brasil como em

todo o mundo estaacute relacionado aos esforccedilos e avanccedilos alcanccedilados no controle de

doenccedilas infecto-contagiosas melhores condiccedilotildees sanitaacuterias desenvolvimento da

induacutestria farmacecircutica planejamento familiar e mudanccedila no estilo de vida (MARINS e

ANGERAMI 1996 MATSUDO 2001)

O envelhecimento eacute um processo bioloacutegico normal que natildeo deve ser encarado

como patologia mas como processo natural que se caracteriza pela perda

progressiva das capacidades funcionais e a reduccedilatildeo da habilidade do corpo em se

adaptar agraves influecircncias do meio externo (PEacuteREZ 1994) Eacute fenocircmeno evolutivo um

31

ato contiacutenuo que acontece a partir do nascimento e caminha ateacute a morte (COSTA

1998 MAZO LOPES amp BENEDETTI 2001)

Segundo Farinatti (2002) satildeo vaacuterias as teorias que tentam explicar o

complexo processo da senescecircncia sob a oacutetica dos fenocircmenos bioloacutegicos nele

observados Entretanto tais teorias podem ser classificadas em duas grandes

categorias as de natureza geneacutetico-desenvolvimentista que entendem o processo

do envelhecimento no contexto de um continuum controlado geneticamente e as de

natureza estocaacutestica que hipotetizam que esse fenocircmeno dependeria principalmente

do acuacutemulo de agressotildees ambientais

Embora seja reconhecido como processo natural o envelhecimento natildeo eacute um

evento bioloacutegico simples Uma ampla variedade de mudanccedilas eacute observada em niacutevel

molecular celular e orgacircnico com o passar dos anos o que consequumlentemente leva

a uma reduccedilatildeo da habilidade do corpo em responder aos transtornos no equiliacutebrio

homeostaacutetico (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Da mesma forma que o ritmo do decliacutenio funcional difere entre os diversos

sistemas do corpo os eventos bioloacutegicos que se seguem ao envelhecimento

tambeacutem acontecem em momentos e em ritmos diferenciados entre indiviacuteduos

Prova disso satildeo as vezes em que somos surpreendidos quando uma pessoa diz ter

uma idade cronoloacutegica aparentando outra bioloacutegica (HAYFLICK 1997)

A diferenccedila entre o desempenho funcional de indiviacuteduos com a mesma idade

sugere que a idade cronoloacutegica que oferece informaccedilotildees numeacutericas em que as

pessoas se ordenam de acordo com sua data de nascimento seja per si medida

insuficientemente sensiacutevel a senescecircncia Dessa forma considerando a maturidade

e as diferenccedilas bioloacutegicas associadas agraves influecircncias exoacutegenas utiliza-se o termo

ldquoidade bioloacutegicardquo ou ldquoidade funcionalrdquo (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Fatores externos como o estilo de vida (sedentarismo dietas inadequadas)

fatores ambientais agentes fiacutesicos (exposiccedilatildeo a diferentes tipos de radiaccedilatildeo)

agentes quiacutemicos (fumo aacutelcool drogas) e doenccedilas crocircnicas degenerativas podem

interferir no processo do envelhecimento A accedilatildeo conjunta desses fatores aliada agrave

32

heranccedila geneacutetica podem causar impacto na extensatildeo e velocidade da evoluccedilatildeo do

envelhecimento (MAZZEOCAVANAGH EVANS 1998 MITNITSK et al 2002)

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E ENVELHECIMENTO

Existem vaacuterios conceitos e preconceitos que interferem na relaccedilatildeo entre o

desejo de exercitar e a real efetivaccedilatildeo desse haacutebito (CONNTRIPP-REIMER MAAS

2003) Esse fenocircmeno contribui para a elevaccedilatildeo da proporccedilatildeo da inatividade e

consequumlentemente da fragilidade desse segmento populacional Espera-se que

esses tabus e preconceitos sejam desmistificados por profissionais da aacuterea de sauacutede

considerando que o encorajamento exercido por eles possa exercer impacto positivo

para a adesatildeo de um estilo de vida ativo (HIRVENSALO et al 2003)

A relaccedilatildeo entre o envelhecimento exerciacutecio fiacutesico sauacutede e qualidade de vida

e a associaccedilatildeo inversa gradativa e consistente entre a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos e

a mortalidade vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente

Vaacuterios estudos longitudinais focaram seus propoacutesitos em desvendar a relaccedilatildeo entre o

binocircmio exerciacutecio fiacutesico e envelhecimento e para esse fim foram empreendidos anos

de avaliaccedilatildeo criteriosa em uma mesma amostra Resultados decorrentes desses

estudos indicam que indiviacuteduos que adotam a praacutetica regular de atividade fiacutesica

podem apresentar iacutendices de morte significativamente menores que indiviacuteduos

sedentaacuterios Que apesar de exerciacutecios leves e moderados trazerem inuacutemeros

benefiacutecios agrave sauacutede e oferecerem maior margem de seguranccedila intensidades

vigorosas claramente predizem menores taxas de mortalidade Que melhores niacuteveis

de condicionamento fiacutesico estatildeo relacionados agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedilas

cardiovasculares de enfermidades respiratoacuterias do cacircncer da pressatildeo arterial

melhora o controle do perfil lipoproteacuteico e aumenta a toleracircncia agrave glicose

(PAFFENBARGER 1988 BLAIR et al 1989 KUSHI et al 1997)

O ganho em expectativa de vida estimado pela mudanccedila do estilo de vida

sedentaacuterio para o ativo pode estar entre um e meio e dois anos de vida

(PAFFENBARGER amp KAMPERT 1997) Segundo os fisiologistas Robergs amp Roberts

(1997) uma pessoa ativa dependendo de sua aptidatildeo fiacutesica e do seu estado de

sauacutede poderaacute alcanccedilar 20 anos de diferenccedila entre a idade cronoloacutegica e a idade

33

bioloacutegica Possibilitando dessa forma que indiviacuteduos do mesmo gecircnero e com a

mesma idade cronoloacutegica possam diferir de duas a trecircs vezes em suas

caracteriacutesticas competecircncias e desempenho fiacutesico (HAYKOWSKY QUINNEY

GILLIS et al 2000 HURLEY amp ROTH 2000 NAIR 2000)

Presume-se que esse fenocircmeno relacionado aos benefiacutecios de uma vida

ativa aconteccedila em decorrecircncia da pronunciada plasticidade e adaptabilidade das

propriedades funcionais e estruturais das ceacutelulas tecidos e sistemas do corpo

humano quando expostos a estiacutemulos diversos (ASTRAND1992) Nesse sentido

dependendo da intensidade volume e duraccedilatildeo o exerciacutecio fiacutesico regular pode

exercer impacto no processo do envelhecimento realizando desaceleraccedilatildeo dos

efeitos deleteacuterios produzidos por este processo (HAYFLICK 1997 MONTEIRO

1997 PETROSKI 1997 ROBERGS amp ROBERTS 1997 ACSM 1998 NIEMAN 1999

MATSUDO MATSUDO amp NETO 2000 STEWART 2005)

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A serotonina tambeacutem conhecida como 5-Hidroxitriptamina (5-HT) foi

identificada haacute quase 50 anos com accedilatildeo em diversos tipos de muacutesculo liso e

posteriormente como agente que intensifica a agregaccedilatildeo plaquetaacuteria e atua como

neurotransmissor no sistema nervoso central (GOODMAN amp GILMAN 1996)

A serotonina compotildee o grupo das aminas biogecircnicas (neurotranasmissores)

que incluem tambeacutem as catecolaminas (adrenalina noradrenalina e dopamina)

Esses grupos funcionais regulam importantes vias no metabolismo dos mamiacuteferos e

satildeo descarboxiladas em sua maioria atraveacutes de aminoaacutecidos aromaacuteticos tirosina

fenilalanina e o triptofano (responsaacutevel direto pela siacutentese da serotonina) (ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004)

O precursor da serotonina o triptofano (TRP) destaca-se dos demais

aminoaacutecidos por duas peculiaridades primeira pertence ao grupo dos aminoaacutecidos

essenciais caracterizado por sua impossibilidade de produccedilatildeo no corpo dependendo

da ingesta alimentar para o controle de suas concentraccedilotildees segundo encontra-se

34

de forma escassa na dieta podendo chegar agrave miacutenima proporccedilatildeo de 1100 em

relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos neutros (KAPCZINSKI et al 2004)

A siacutentese da serotonina parece ser limitada pela disponibilidade ou natildeo desse

aminoaacutecido no fluido extracelular que banha os neurocircnios A fonte de TRP no

ceacuterebro eacute o sangue por outro lado a fonte deste aminoaacutecido no sangue eacute a dieta

Dessa forma acredita-se que a deficiecircncia do TRP na dieta pode induzir depleccedilatildeo

serotonineacutergica no ceacuterebro (BEAR CONNORS amp PARADISO 1996) Aleacutem do

triptofano a atividade da enzima triptofanondash hidroxilase tem accedilatildeo reguladora sobre

a siacutentese da 5-HT (RANG DALE amp RITTER 1997)

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina Fonte ndash Devlin (1998)

35

A biossiacutentese da serotonina ocorre por uma soacute via em duas etapas em que o

triptofano da dieta eacute hidroxilado na posiccedilatildeo 5 atraveacutes da enzima triptofano-

hidroxilase dando origem ao 5-hidroxitriptofano Esse por sua vez eacute

descarboxilado sob a accedilatildeo de 5-hidroxitriptofano descarboxilase originando a 5-

hidroxitriptamina ou serotonina A principal via metaboacutelica deste neurotransmissor

envolve outra enzima encontrada em quantidade abundante e com propriedades

sobre vaacuterios substratos a monoamina oxidase (MAO) com formaccedilatildeo do aacutecido 5-

(5-HIAA) principal metaboacutelito serotonineacutergico O 5-HIAA eacute excretado pela urina e

pode ser uacutetil como indicador da produccedilatildeo serotonineacutergica no organismo (VALLE et

al 1988 GOODMAN amp GILMAN 1996)

As concentraccedilotildees serotonineacutergicas podem ser observadas nas paredes do

intestino nas ceacutelulas enterocromafins (90) no sangue nas plaquetas (8 a 9)

e no sistema nervoso central (SNC) que corresponde a um pequeno percentual da

concentraccedilatildeo serotonineacutergica total (1 a 2) Pela impossibilidade da serotonina

ultrapassar a barreira hematoencefaacutelica as concentraccedilotildees do SNC dependem da

siacutentese local No entanto mesmo representando uma pequena parcela as

concentraccedilotildees centrais ocupam posiccedilatildeo central na hegemonia neuroquiacutemica (RANG

DALE amp RITTER 1997 SILVA 2002)

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas Fonte Neuroscience (1998)

36

Segundo MACHADO (1999) o sistema serotonineacutergico eacute um dos principais se

natildeo o principal sistema neurotransmissor do SNC e tem seus neurocircnios distribuiacutedos

por todo o ceacuterebro localizados na formaccedilatildeo reticular nos nuacutecleos da rafe que se

estendem na linha meacutedia do bulbo ao mesenceacutefalo (Figura 2) Os axocircnios rostrais

situados em niacuteveis mais altos nos nuacutecleos da rafe tecircm trajeto ascendente

projetando-se para quase todas as estruturas do prosenceacutefalo ateacute mesmo o coacutertex

cerebral o hipotaacutelamo e o sistema liacutembico Os axocircnios caudais situados no bulbo

satildeo projetados para a medula

Considerando que cada neurotransmissor tenha um neurorreceptor

subsequumlente investigaccedilotildees farmacoloacutegicas tecircm apontado a famiacutelia de

receptores e neurorreceptores serotonineacutergicos como a mais expressiva entre

os demais neurotransmissores 5HT1 (A B D E e F) 5HT2 (AB e C) 5HT3

5HT4 Recentes subfamiacutelias clonadas (5HT5 5HT6 e 5HT7) ainda natildeo satildeo

reconhecidas por natildeo terem suas accedilotildees fisioloacutegicas bem estabelecidas

(GOODMAN amp GILMAN 1996)

Em funccedilatildeo dessa pluralidade a accedilatildeo desse sistema eacute de caraacuteter muacuteltiplo

podendo ser percebida tanto no acircmbito perifeacuterico como ou principalmente no

sistema nervoso central Apesar de sua pequena representaccedilatildeo em relaccedilatildeo a

toda concentraccedilatildeo serotonineacutergica apresenta-se fortemente relacionada com

alteraccedilotildees fisioloacutegicas envolvidas na qualidade do sono alteraccedilotildees do humor

cogniccedilatildeo comportamento alimentar desempenho sexual e com a modulaccedilatildeo da

fadiga central (LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

223311 RReessppoossttaass ddooss ssiisstteemmaass sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo aaoo eexxeerrcciacuteiacutecciioo ffiacuteiacutessiiccoo

Em um passado bem recente a maioria expressiva de estudos realizados

com o intuito de esclarecer os benefiacutecios da praacutetica regular do exerciacutecio fiacutesico

limitava-se agraves adaptaccedilotildees fisioloacutegicas perifeacutericas e suas vantagens correlacionadas

O interesse em pesquisar o papel da proteiacutena e dos aminoaacutecidos na atividade fiacutesica

foi relegado a um segundo plano visto que o maior objetivo dos estudos ateacute entatildeo

concentrava-se em observar o efeito do exerciacutecio no metabolismo de carboidratos e

37

gorduras Todavia somente a partir da deacutecada de setenta o interesse em analisar

esse paradigma foi retomado (LEMON 1995)

Em estudo pioneiro realizado por Barchas amp Fredman (1963) verificou-se

atraveacutes de modelo animal que o estiacutemulo causado pelo exerciacutecio fiacutesico promovia

alteraccedilotildees nos niacuteveis centrais serotonineacutergicos Desde entatildeo conjectura-se que os

benefiacutecios da praacutetica de exerciacutecios natildeo se limitavam agraves alteraccedilotildees dos sistemas

envolvidos na melhoria da aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria muacutesculo-esqueleacutetica e da

composiccedilatildeo corporal Pesquisas recentes apontam evidecircncias de que no sistema

nervoso central tambeacutem aconteccedilam alteraccedilotildees metaboacutelicas para equilibrar os

distuacuterbios causados pelo exerciacutecio fiacutesico seguidas de adaptaccedilotildees regulatoacuterias

capazes de alterar as concentraccedilotildees neurotransmissoras (MEEUSEN amp PIACENTINI

2001a MEEUSEN amp PIACETINI 2001b)

O sistema nervoso central em combinaccedilatildeo com o sistema neuro-endoacutecrino

exerce importante papel na regulaccedilatildeo homeostaacutetica O exerciacutecio fiacutesico eacute considerado

um desafio para homeostase visto que vaacuterios mecanismos de regulaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

(perifeacutericos e centrais) satildeo ativados durante ou apoacutes sua praacutetica como as alteraccedilotildees

percebidas nos sistemas neurotransmissores em especiacutefico no sistema

serotonineacutergico (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001)

Segundo Chaouloff (1993) existem 3 mecanismos que podem alterar as

concentraccedilotildees centrais do Sistema Serotonineacutergico em decorrecircncia do exerciacutecio

fiacutesico Primeiro a alteraccedilatildeo da permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica

Segundo aumento da lipoacutelise e por uacuteltimo atraveacutes da disputa entre aminoaacutecidos

pela passagem da barreira hematoencefaacutelica

22331111 AAlltteerraaccedilccedilotildeotildeeess nnaa bbaarrrreeiirraa hheemmaattooeenncceeffaacuteaacutelliiccaa ee eexxeerrcciacuteiacutecciiooss ffiacuteiacutessiiccooss

A barreira hematoencefaacutelica eacute um conjunto complexo de defesa do ceacuterebro

que o protege de possiacuteveis ldquosubstacircncias estranhasldquo ou toacutexicas que possam danificaacute-

lo mantendo um ambiente quiacutemico protegido e constante para o seu bom

funcionamento Eacute semipermeaacutevel ou seja permite que algumas substacircncias a

atravessem enquanto limitam a entrada de muitas outras O tamanho das moacuteleacuteculas

38

das substacircncias eacute considerado como fator de limitaccedilatildeo para sua entrada no sistema

nervoso central (WIKEPEDIA 2007) Fenocircmenos percebidos durante a praacutetica de

exerciacutecios fiacutesicos como a hipertensatildeo a hiperosmolaridade e a hipertermia podem

alterar a permeabilidade dessa barreira

Nas uacuteltimas deacutecadas vaacuterios foram os meacutetodos e intervenccedilotildees desenvolvidos

com o intuito de analisar a evoluccedilatildeo do metabolismo da circulaccedilatildeo e da accedilatildeo

neurotransmissora cerebral Muitas delas foram utilizadas para verificar e esclarecer

a interferecircncia do exerciacutecio fiacutesico sobre este sistema e apesar das limitaccedilotildees eacuteticas

para intervenccedilotildees em humanos a hipoacutetese desta interferecircncia eacute amplamente aceita

entre autores (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001 NYBOA amp SECHER 2004)

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergic2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergicoo

Os aacutecidos graxos livres (AGL) satildeo combustiacuteveis importantes em nosso

organismo e satildeo considerados assim como os carboidratos substratos de primeira

importacircncia para o recurso energeacutetico Satildeo armazenados em sua maioria tanto na

forma de triacilglicedes nas ceacutelulas adiposas como nas ceacutelulas musculares Para que

sejam metabolizados eacute necessaacuterio que ocorra um processo chamado lipoacutelise tambeacutem

conhecido como ldquohidroacutelise de trigliceacuteriderdquo onde acontece a quebra dos triacilglicedes

em aacutecidos graxos (trecircs moleacuteculas) e glicerol (uma moleacutecula) Esse processo eacute

favorecido tanto sob condiccedilotildees de dieta hipocaloacuterica jejum ou desnutriccedilatildeo

hipotermia como tambeacutem pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos (HOUSTON 2001

POWERS amp HOWLEY 2003)

Segundo Helge et al (2007) e Friedlander et al (2007) a intensidade a

duraccedilatildeo da sessatildeo de exerciacutecio e o niacutevel de treinamento do indiviacuteduo satildeo fatores

determinantes para definir a disponibilidade de gordura que seraacute utilizada como

fonte de combustiacutevel Enquanto reduccedilotildees satildeo percebidas em outras fontes de

gordura durante o exerciacutecio fiacutesico concomitantemente satildeo observados aumentos

graduais e progressivos desse substrato do repouso agrave intensidades leves de leve agrave

moderada Todavia com o crescente aumento da intensidade a oxidaccedilatildeo dos AGLs

manteacutem-se constante durante a praacutetica de exerciacutecios de alta intensidade Por outro

lado perceberam que medidas das concentraccedilotildees sistecircmicas de AGL atuam apenas

39

como marcadores das reais concentraccedilotildees em grandes massas musculares que

podem apresentar maior migraccedilatildeo desses para as ceacutelulas musculares quando

comparadas com concentraccedilotildees no fluxo plasmaacutetico

Os aacutecidos graxos satildeo moleacuteculas de estrutura longa (de 16 a 18 aacutetomos de

carbono) tem baixo niacutevel de soludibilidade no meio aquoso do sangue e difundem

com dificuldade atraveacutes da membrana Para facilitar seu transporte para dentro das

ceacutelulas utilizam-se da albumina proteiacutena transportadora que possui trecircs siacutetios de

ligaccedilatildeo de alta afinidade para os AGLs As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de AGL em

repouso (valor aproximado de 02 ndash 04 mmol-1) podem ter aumento significativo

durante ou apoacutes o exerciacutecio fiacutesico (atingindo um valor de 20 mmol-1) necessitando

de maior accedilatildeo e concentraccedilatildeo da albumina A captaccedilatildeo destes aacutecidos pelo muacutesculo

estaacute diretamente relacionada agrave sua disponibilidade plasmaacutetica e por isso a

mobilizaccedilatildeo lipoliacutetica das reservas lipiacutedicas eacute um passo importante para garantir o

suprimento adequado de nutrientes para trabalho muscular prolongado (MAUGHAN

GLEESON amp GREENHAFF 2000 HOUSTON 2001)

O triptofano precursor da 5-HT assim como os AGLs tambeacutem utiliza-se

da albumina como transportador Eacute o uacutenico aminoaacutecido que se apresenta no

sangue sob duas formas 1) ligado agrave albumina (TRP) que representa 90 da

concentraccedilatildeo total de triptofano (TRP + TRP-L) e 2) livre (TRP-L) que

representa apenas 10 do TRP total No entanto essa pequena parcela eacute

responsaacutevel direta pela siacutentese da serotonina Acredita-se que somente a fraccedilatildeo

de TRP-L esteja disponiacutevel para ser transportada para o SNC considerando que

o tamanho da moleacutecula da albumina seja um fator limitante para sua

ultrapassagem pela barreira hematoencefaacutelica (HUFFMAN et al 2004)

Vaacuterios autores (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL

amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000 HUFFMAN et al

2004) perceberam que a lipoacutelise promovida pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

pode interferir nas concentraccedilotildees dessas porccedilotildees do triptofano (TRP e TRP-L)

Uma vez que o aumento da demanda de AGL desloca o TRP dos siacutetios de

40

ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente aumento da

disponibilidade deste precursor no SNC

22331133 CCoonncceennttrraaccedilccedilatildeatildeoo ddee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ee oo ssiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo

Vaacuterios aspectos abordados anteriormente podem estar limitando a

probabilidade de ultrapassagem do TRP pela barreira hematoencefaacutelica primeiro por

ser um aminoaacutecido essencial tem sua produccedilatildeo no organismo impossibilitada e

depende diretamente da qualidade da ingesta alimentar Segundo apresenta relaccedilatildeo

reduzida da porccedilatildeo livre responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT comparada com a porccedilatildeo

ligada agrave albumina (MAUGHAN amp SHIRREFFS 1996 ROSSI amp TIRAPEGUI 2003)

Terceiro tem uma baixa concentraccedilatildeo plasmaacutetica em relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos

(1100) aleacutem de concorrer pelo mesmo transportador para a ultrapassagem da

barreira hematoencefaacutelica com outros aminoaacutecidos neutros (AAN) a tirosina e

fenilalanina conhecidos como aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e a leucina isoleucina e

valina conhecidos como aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) Este processo de

transporte eacute regulado por competiccedilatildeo e a afinidade do transportador pelo

aminoaacutecido eacute determinada pelas concentraccedilotildees relativas dos demais aminoaacutecidos

Desta forma quanto maior for a proporccedilatildeo triptofano livre em relaccedilatildeo aos

aminoaacutecidos (TRP-LAAN) maior seraacute sua concentraccedilatildeo no SNC Adicionalmente a

razatildeo TRPAACR eacute utilizada como potencial determinante da acumulaccedilatildeo cerebral de

TRP e consequumlentemente da siacutentese de 5-HT (ROSSI amp TIRAPEGUI 2003

ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005)

Estudos comprovam que alteraccedilotildees neuroquiacutemicas desencadeadas pelo

estiacutemulo do estresse fiacutesico podem modificar tambeacutem os resultados obtidos pela

competiccedilatildeo do TRP e demais aminoaacutecidos pelo transportador Durante o exerciacutecio

percebe-se um ecircxodo de seis aminoaacutecidos da circulaccedilatildeo plasmaacutetica para serem

oxidados nos muacutesculos esqueleacutetico entre eles os AACRs Apesar de sua pequena

expressatildeo para a siacutentese energeacutetica os aminoaacutecidos podem oferecer importante

contribuiccedilatildeo para provisatildeo de energia quando a disponibilidade de outros

combustiacuteveis for limitada Sua utilizaccedilatildeo como substrato eacute capaz de um incremento

expressivo durante o exerciacutecio podendo atingir um grau de oxidaccedilatildeo como no caso

da leucina cinco vezes maior que em situaccedilatildeo de repouso (MAUGHAN GLEESON amp

GREENHAFF 2000) levando a uma subsequumlente reduccedilatildeo da concentraccedilatildeo destes

41

aminoaacutecidos na circulaccedilatildeo Todo esse processo estimula a capacidade de captaccedilatildeo do

TRP-L pelo ceacuterebro e promove tanto a siacutentese como a liberaccedilatildeo da 5-HT central

(COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973

MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000)

Diferentes intensidades e duraccedilatildeo podem alterar as respostas do sistema

serotonineacutergico significativamente ou natildeo (DUNN amp DISHMAN 1991) Sabe-se

portanto que o exerciacutecio intenso e prolongado pode resultar em um influxo

aumentado do precursor serotonineacutergico para o ceacuterebro e consequumlentemente um

aumento da serotonina eacute observado Nesse sentido considerando incremento desse

neurotransmissor e de seu envolvimento com mecanismos de cansaccedilo sono e dor

alguns autores sugeriram que esse sistema poderia atuar como principal mediador

do fenocircmeno conhecido como fadiga central

223322 SSiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo ee aa ffaaddiiggaa cceennttrraall

Postergar os efeitos da fadiga e prolongar o desempenho humano satildeo

incoacutegnitas ateacute hoje incompreendidas Atualmente vaacuterios satildeo estudos que ainda

detecircm seus esforccedilos em desvendar os misteacuterios relacionados agrave fadiga perifeacuterica e

central (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER

2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005 PROVENZA et al2005 HELGE et al

2007) De caraacuteter multifatorial e complexo a fadiga eacute estimulada por fenocircmenos

perifeacutericos e centrais que desencadeiam respostas interligadas Davis (1998) sugere

que fatores como a duraccedilatildeo e intensidade do esforccedilo tipo e densidade das

miofibrilas musculares niacutevel de aptidatildeo fiacutesica individual motivaccedilatildeo alimentaccedilatildeo e

condiccedilotildees ambientais podem interferir na natureza e extensatildeo da fadiga

O termo ldquofadigardquo pode ser inicialmente definido como o conjunto de

manifestaccedilotildees produzidas por trabalho ou exerciacutecio prolongado tendo como

consequumlecircncia a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional de manter ou continuar o

rendimento esperado Tradicionalmente relacionava-se a fadiga a eventos

metaboacutelicos interativos que afetavam os muacutesculos Todavia estudos recentes

acatam progressivamente a hipoacutetese da fadiga central Uma vez que foi observado

que ldquofatores psicoloacutegicosrdquo como por exemplo a motivaccedilatildeo e o estado de humor

poderiam interferir no desempenho das atividades fiacutesicas limitando a performance

42

Por outro lado notou-se episoacutedios de fadiga em indiviacuteduos acamados em repouso

submetidos a intervenccedilotildees ciruacutergicas o que fugiria das bases conceituais da fadiga

perifeacuterica (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004)

SENSACcedilAtildeO DE FADIGA

COMANDO CENTRAL Percepccedilatildeo de Esforccedilo

FATORES PSICOLOacuteGICOS Vontade proacutepria alteraccedilotildees do humor toleracircncia agrave dor vivecircncias anteriores expectativas ensaio mental etc

ALTERACcedilOtildeES PERIFEacuteRICAS Respostas dos muacutesculos juntas e tendotildees Fatores respiratoacuterios e cardiovasculares Receptores e nociceptores da pele

ALTERACcedilOtildeES NEUROBIOLOacuteGICAS Depleccedilatildeo de substrato energeacutetico e de niacuteveis de neurotransmissores em regiotildees do ceacuterebro Alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de amocircnia citocinas endorfinas temperatura etc

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na fadiga perifeacuterica e fadiga central Fonte Figura adaptada de Nibo e Secher (2004)

Newsholme amp Bloomstrand (1987) fundamentados pelo incremento da

serotonina poacutes-exerciacutecio e por seu envolvimento com eventos de letargia de

sono de percepccedilatildeo de dor e alteraccedilotildees nos estados de humor idealizaram a

ldquohipoacutetese da fadiga centralrdquo Descreveram o envolvimento desse neurotransmissor

como um mediador em potencial da fadiga no SNC alterando a percepccedilatildeo de

esforccedilo e da fadiga muscular Todavia vaacuterios estudos sobre este tema

antecederam ao surgimento dessa hipoacutetese O primeiro autor a abordar o termo

fadiga central foi Mosso em 1904 (MEEUSEN et al 2006) que apoacutes submeter

indiviacuteduos a uma sessatildeo de esforccedilo mental percebeu incapacidade de

manutenccedilatildeo da performance muscular

Inicialmente havia uma predileccedilatildeo por utilizar modelo animal nas

investigaccedilotildees da fadiga central o que muito contribuiu para iniciar a

compreensatildeo desse tema jaacute que limitaccedilotildees oacutebvias eram inerentes em humanos

Blomstrand et al (1988) foram os primeiros a utilizar modelo humano para

43

desvendar essa temaacutetica quando observaram em 22 sujeitos a reduccedilatildeo de

19 das concentraccedilotildees dos AACRs e um incremento 24 vezes maior dos niacuteveis

de TRP-L apoacutes uma prova de maratona

Vaacuterios estudos surgiram para investigar a validade da hipoacutetese da fadiga

central que defende a ocorrecircncia de um incremento significativo da serotonina

cerebral provocada por exerciacutecios prolongados seguida por uma reduccedilatildeo da

accedilatildeo do SNC e consequumlente deteriorizaccedilatildeo do desempenho esportivo e da

praacutetica do exerciacutecio fiacutesico (NEWSHOLME amp BLOOMSTRAND 1987) Objetivando

compreender esse paradigma foram observadas intervenccedilotildees que adotaram

metodologias muacuteltiplas que normalmente foram agrupadas na literatura por

manipulaccedilotildees nutricionais (VARNIER et al 1994 CALDERS et al1999 GOMES-

MERINO et al 2001) farmacoloacutegicas (CHENNAOUI et al 2000) ou por

manipulaccedilatildeo na prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos atraveacutes de diferentes

intensidades e duraccedilatildeo (BLOMSTRAND et al 1991 BAILEY amp AHLBORN 1992

ARIDA 1998 OLIVEIRA et al 2007)

Entre as manipulaccedilotildees nutricionais mais conhecidas estatildeo as que envolvem a

restriccedilatildeo ou disponibilizaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) de

triptofano livre (TRP-L) e de carbohidratos (CHO) a manipulaccedilatildeo farmacoloacutegica ou

realizaccedilatildeo de experimentos utilizando a administraccedilatildeo de drogas que

reconhecidamente aumentam (agonistas) ou reduzem (antagonistas) a recaptaccedilatildeo

da serotonina na fenda sinaacuteptica Por uacuteltimo a variaccedilatildeo de criteacuterios adotados na

prescriccedilatildeo de exerciacutecios alterando criteacuterios de intensidade volume duraccedilatildeo

temperatura ambiente onde os exerciacutecios satildeo praticados (MEEUSEN et al 2006)

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Os efeitos deleteacuterios que o processo do envelhecimento ocasiona sobre

sistema serotonineacutergico e consequentemente sobre o SNC tecircm sido apontados

como fatores ou co-fatores etioloacutegicos de vaacuterias doenccedilas (depressatildeo doenccedila de

Alzheimer Parkinson etc) O decliacutenio das atividades cerebrais natildeo se apresenta de

maneira uniforme entre indiviacuteduos que muitas vezes dificulta determinar quais os

eventos decorrentes do processo natural do envelhecimento e quais constituem

quadros patoloacutegicos

44

O envelhecimento provoca alteraccedilotildees na anatomia do ceacuterebro e da medula

Estima-se que o tamanho do ceacuterebro sofra um decreacutescimo aproximado de 2 por

deacutecada Segundo Payton amp Poland (1983) um indiviacuteduo na nona deacutecada pode

apresentar uma reduccedilatildeo de ateacute 20 da massa cefaacutelica aleacutem de uma desaceleraccedilatildeo

da conduccedilatildeo nervosa de 04 ao ano

Segundo Trelles (1986) o decliacutenio do envelhecimento promove alteraccedilotildees

quantitativas e qualitativas no metabolismo proteacuteico acarretando perda neuronal

principalmente no coacutertex cerebral reduccedilatildeo das concentraccedilotildees dos

neurotransmissores e aumento de seu catabolismo Nishimura Takeuchi Matsushita

et al (1998) observaram alteraccedilotildees aberrantes na morfologia de fibras

serotonineacutergicas em algumas regiotildees do ceacuterebro Distribuiacutedas desorganizadamente

essas fibras apresentavam-se altamente arborizadas com grande nuacutemero de

varicosidades com reduccedilatildeo de sua densidade e inchaccedilo lento e progressivo do

axocircnio Essas deformidades resultaram em um enfraquecimento no transporte

Aleacutem da estrutura morfoloacutegica tambeacutem os aspectos fisioloacutegicos e bioquiacutemicos

desse sistema sofre alteraccedilotildees durante a senescecircncia Uma reduccedilatildeo da atividade da

enzima responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT a triptofano hidroxilase eacute percebida em

aacutereas ricas em 5-HT como os nuacutecleos da rafe e consequumlentemente os niacuteveis desse

neurotransmissor satildeo reduzidos Em contrapartida o aacutecido 5-Hidroxiindolaceacutetico

mostra-se reduzido no liacutequido ceacutefalo-raquidiano Portanto como no caso das

catecolaminas a 5-HT apresenta um decreacutescimo em sua siacutentese e aumento em seu

catabolismo agrave medida que o envelhecimento progride (TRELLES 1986)

Esse decreacutescimo tambeacutem pode ser induzido tanto pela reduccedilatildeo do nuacutemero de

neurocircnios serotonineacutergicos no nuacutecleo da rafe como pelo aumento da atividade da

enzima MAO-B responsaacutevel pela degradaccedilatildeo serotonineacutergica Estudos post-mortem

demonstraram que haacute reduccedilatildeo do nuacutemero de receptores serotonineacutergicos no SNC

com o aumento da idade particularmente o 5-HT1 e o 5-HT2 Embora o significado

cliacutenico desse fato ainda natildeo esteja bem definido evidecircncias sugerem que indiviacuteduos

idosos sejam mais sensiacuteveis aos efeitos das drogas serotonineacutergicas do que os

jovens Postula-se que o prejuiacutezo da transmissatildeo neuronal ligado a menor aporte de

45

neurotransmissores ou a uma menor sensibilidade dos receptores a eles esteja

associado agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios emocionais cognitivos e de

comportamento em idosos (MENON FREIRIAS amp SANCHES 1998)

Os niacuteveis de 5-HT e seu metaboacutelito (5-HIAA) foram comparados tanto no

plasma como em plaquetas em grupo de mulheres idosas e mulheres mais jovens

Uma significativa relaccedilatildeo entre 5-HT e a idade foi observada visto que agrave medida que

a idade aumentava maiores niacuteveis de 5-HT e 5-HIAA plaquetaacuteria eram observados

Em contrapartida com o avanccedilar da idade as concentraccedilotildees de 5-HT no plasma

apresentaram-se reduzidas Todavia alteraccedilotildees significativas nas concentraccedilotildees de

5-HIAA no plasma natildeo foram observadas (KUMAR WEISS FERNANDEZ et al 1998)

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO

A depressatildeo eacute uma das mais comuns e devastadoras desordens psiquiaacutetricas

Atualmente embora uma variedade de estrateacutegias de tratamento esteja disponiacutevel

sua maior problemaacutetica encontra-se na consistecircncia do diagnoacutestico e no

medicamento a ser utilizado (THOME HENN amp DUMAN 2002) Essa limitaccedilatildeo

consiste em sua etiologia indefinida associada agrave heterogeneidade de sintomas (DUNN

amp DISHMAN 1991)

A depressatildeo eacute um transtorno crocircnico e recorrente visto que

aproximadamente 80 dos indiviacuteduos que recebem tratamento para um episoacutedio

depressivo satildeo acometidos por um segundo episoacutedio ao longo de suas vidas

Tambeacutem eacute considerada como um transtorno incapacitante pois atinge a quarta

classificaccedilatildeo de causa especiacutefica de incapacitaccedilatildeo quando comparada com vaacuterias

outras doenccedilas (FLECK 2003)

De acordo com o criteacuterio de diagnoacutestico de episoacutedio depressivo da OMS

(1993) segundo a deacutecima revisatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas

(CID-10) os sintomas e episoacutedios da depressatildeo podem se divididos

respectivamente em 1) Sintomas fundamentais constituiacutedos de humor deprimido

perda de interesse fatigabilidade e 2) sintomas acessoacuterios constituiacutedos de

concentraccedilatildeo e atenccedilatildeo reduzidas auto-estima e auto-confianccedila reduzidas ideacuteias de

46

culpa e inutilidade visotildees desoladas e pessimistas do futuro ideacuteias ou atos

autolesivos ou de suiciacutedio sono perturbado e apetite reduzido Por outro lado a

gravidade desta doenccedila foi classificada em trecircs graduaccedilotildees agrave saber

Episoacutedio leve associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais e dois acessoacuterios

Episoacutedio moderado associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais mais trecircs ou quatro

acessoacuterios

Episoacutedio Grave associaccedilatildeo de trecircs sintomas fundamentais mais quatro ou mais

acessoacuterios

Sabe-se que a prevalecircncia de episoacutedios depressivos tem um crescimento

linear agrave medida que envelhecemos e que o acometimento dessa doenccedila eacute mais

percebido em pessoas do gecircnero feminino (SNOWDON 2001 MAES 2002

STORDAL MYKLETUN amp DAHL 2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede a prevalecircncia de depressatildeo entre

mulheres e homens atinge a proporccedilatildeo de dois por um Todavia apesar dos avanccedilos

obtidos em justificar essa diferenccedila entre gecircneros ou ateacute mesmo em desvendar a

etiologia dessa doenccedila atraveacutes de estudos da geneacutetica influecircncias ambientais

marcadores ou anomalias bioloacutegicos comuns aos portadores de depressatildeo vaacuterias

accedilotildees profilaacuteticas e preventivas se fundamentam em hipoacuteteses e conjecturas

(RODRIGUES 2000 OMS 2000)

Prevenir a depressatildeo natildeo eacute accedilatildeo simples consiste em uma das grandes

incoacutegnitas associadas agrave essa doenccedila Identificar que medidas deveratildeo ser tomadas

no sentido de precaver recorrecircncia e recaiacuteda daquele idoso que jaacute sofreu uma ou

mais crises depressivas ainda constitui um desafio Visto que altos iacutendices de

resistecircncia ao tratamento seguidos de mortalidade satildeo observados nesta populaccedilatildeo

(SPEAR 2002) aleacutem da vulnerabilidade ao suiciacutedio a que satildeo expostos pela proacutepria

enfermidade (SCHOEVERS 2000)

O sucesso no tratamento de depressatildeo em idosos depende da gravidade desta

patologia das comorbidades com outras doenccedilas psiquiaacutetricas ou cliacutenicas da

seriedade em que o paciente e seus familiares encaram o tratamento e da escolha da

47

intervenccedilatildeo adequada visto que procedimentos mais indicados e utilizados com

frequumlecircncia por esta faixa etaacuteria natildeo estatildeo isentos de uma lista de efeitos colaterais

associados (SCALCO 2002)

Segundo GOTTFRIES (1993) o tratamento da depressatildeo no idoso segue

quase a mesma orientaccedilatildeo do tratamento em jovens exigindo um pouco mais de

criteacuterio pela maior fragilidade orgacircnica apresentada por eles Os antidepressivos satildeo

vastamente utilizados no tratamento da depressatildeo Entre eles os triciacuteclicos que tecircm

sua accedilatildeo sobre vaacuterios neurotransmissores os inibidores da enzima

monoaminaoxidase - MAO os inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo de serotonina - ISRS

e a venlafaxina que atua sobre a serotonina a noradrenalina e a dopamina Mesmo

com todo avanccedilo farmacoloacutegico esses medicamentos apresentam em alguns casos

efeitos colaterais inconvenientes como por exemplo a incompatibilidade dos

antidepressivos com outros medicamentos em caso de patologias associadas o que

eacute comum no idoso A eletroconvulsoterapia tambeacutem muito utilizada no tratamento

depressivo e considerada juntamente com os antidepressivos como um dos pilares

para essa terapia e eacute em muitos casos tida como primeira opccedilatildeo de tratamento

Contudo cuidados maiores devem ser tomados quando utilizada em idosos por sua

alta prevalecircncia de osteoporose

De acordo com SOUZA (1999) o tratamento dessa enfermidade deve ser

entendido de forma globalizada considerando o ser humano como um todo

incluindo dimensotildees bioloacutegicas psicoloacutegicas e sociais A terapia deve abranger todas

essas aacutereas natildeo omitindo a utilizaccedilatildeo de psicoterapia da farmacologia e de

mudanccedilas no estilo de vida

Entre as alteraccedilotildees adotadas para mudanccedila no estilo de vida eficazes para

melhorar os estados de humor encontra-se a praacutetica regular de exerciacutecio fiacutesico

Atualmente muitos defendem sua prescriccedilatildeo como tratamento alternativo da

depressatildeo em funccedilatildeo das alteraccedilotildees bioquiacutemicas promovidas por essa praacutetica

(DISHMAN 1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998) Os benefiacutecios

psicoloacutegicos provenientes de uma vida ativa retecircm vitalidade mobilidade e

independecircncia Melhora o sentimento de bem-estar auto-estima e apreciaccedilatildeo da vida

48

amplia a relaccedilatildeo entre amigos e conhecidos reduz o sentimento de solidatildeo e melhora

a qualidade do sono (OAKS 2000 NIEMAN 1999 DUNN amp DISHMAN 1991)

Blumenthal et al (1999) submeteram 156 senhoras idosas a uma

comparaccedilatildeo entre intervenccedilotildees farmacoloacutegicas quatro meses de exerciacutecios fiacutesicos

aeroacutebicos de intensidade moderadamente alta e a associaccedilatildeo entre exerciacutecios e

ingesta medicamentosa Eles perceberam que os trecircs grupos produziram

melhoras nos quadros depressivos e nenhuma diferenccedila significativa foi percebida

entre as intervenccedilotildees Embora os pacientes sob medicamentos tenham mostrado

respostas iniciais mais raacutepidas os submetidos ao exerciacutecio fiacutesico sistematizado

mantiveram-se por mais tempo sem recaiacutedas

Segundo Nieman (1999) pessoas fisicamente ativas e com boa aptidatildeo fiacutesica

apresentam melhor equiliacutebrio psicoloacutegico do que as sedentaacuterias O autor destacou

entre outras algumas hipoacuteteses comuns no meio cientiacutefico que tentam explicar o

sentimento de bem-estar em resposta agrave praacutetica do exerciacutecio fiacutesico regular 1) que agrave

medida que o organismo do indiviacuteduo ativo se adapte agraves alteraccedilotildees metaboacutelicas

induzidas pela praacutetica do exerciacutecio fiacutesico o corpo seja fortalecido e treinado para

reagir calmamente aos estiacutemulos desencadeados por um estresse mental 2) que a

melhora do humor possa estar atrelada agrave praacutetica de exerciacutecios aeroacutebios por produzir

um incremento do fluxo sanguumliacuteneo e do transporte de oxigecircnio para o ceacuterebro em

funccedilatildeo de alteraccedilotildees estruturais cerebrais permanentes como por exemplo o

surgimento de vasos sanguiacuteneos e terminaccedilotildees nervosas extras 3) que as alteraccedilotildees

bioquiacutemicas provocadas pelo exerciacutecio possam exercer um papel terapecircutico

importante no tratamento e prevenccedilatildeo da depressatildeo em funccedilatildeo da normalizaccedilatildeo das

concentraccedilotildees cerebrais da serotonina dopamina e norepinefrina

A associaccedilatildeo inversa entre casos depressivos tem sido investigada em estudos

longitudinais Um dos mais claacutessicos foi realizado por Paffembarger Lee amp Leugn

(1994) que teve a duraccedilatildeo de 27 anos em indiviacuteduos com idade entre 35 e 74 anos

que indicou que casos depressivos apresentavam maior associaccedilatildeo com menores

gastos energeacuteticos Outro estudo com duraccedilatildeo de 8 anos percebeu que a reduccedilatildeo

49

da frequumlecircncia semanal ou da intensidade do exerciacutecio pode aumentar a probabilidade

de casos depressivos (LAMPINEN HEIKKENEN amp RUOPPILA 2000)

Em suma percebe-se que menores niacuteveis de atividade fiacutesica estatildeo

associados com sintomas depressivos mais graves (MOORE BABYAK WOOD et al

1999) que os escores de depressatildeo estatildeo diretamente relacionados com o tempo

de praacutetica e a frequecircncia semanal que os exerciacutecios fiacutesicos satildeo oferecidos (LEGRAND

amp HEUZE 2007) que entre a comunidade cientiacutefica exista uma predileccedilatildeo por

prescrever exerciacutecios aeroacutebios para fins preventivos e terapecircuticos da depressatildeo

(RIBEIR0 1998 WERNECK et al 2006) e que a escolha da intensidade adequada

para esse fim se apresenta de forma inconsistente na literatura todavia

considerando o perfil da populaccedilatildeo percebe-se maior predileccedilatildeo intensidades leves agrave

moderada (LEGRAND amp HEUZE 2007)

26 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS

A ideacuteia equivocada de que a ldquosenilidaderdquo era uma consequumlecircncia normal do

envelhecimento foi amplamente disseminada Todavia percebe-se um alto grau de

afinidade entre o decliacutenio das funccedilotildees cognitivas e o avanccedilar da idade mesmo

entre indiviacuteduos saudaacuteveis (HAYFLICK 1997 SCHUIT et al 2001)

Um processo de lentificaccedilatildeo global (tanto no processamento de informaccedilotildees

quanto na realizaccedilatildeo motora de uma tarefa) eacute percebido durante o envelhecimento

poreacutem natildeo foi estabelecido um ritmo padronizado para acontecer essas alteraccedilotildees No

entanto estima-se que o melhor desempenho cognitivo seja alcanccedilado no iniacutecio da

idade adulta enquanto que o decliacutenio do mesmo seja percebido na meia idade por

volta dos 45 anos (ANTUNES MELLO amp BUENO 2002)

Durante o processo de envelhecimento eacute provaacutevel que as funccedilotildees de memoacuteria

operacional tornem-se mais susceptiacuteveis a interferecircncias de informaccedilotildees

irrelevantesdistratoras (CABEZA amp NYBERG 2000 MILHAM et al 2002) Essa

reduzida efetividade funcional parece associada a uma menor responsividade de

sistemas cerebrais acircntero-posteriores responsaacuteveis por aspectos executivos do

controle atencional (BANICH et al 2000 MILHAM et al 2002)

50

Adicionalmente resultados de investigaccedilotildees tecircm sugerido decliacutenio na

habilidade cerebral para inibir respostas natildeo apropriadas (POSNER amp DEHAENE

1994 WEST 1999 CABEZA amp NYBERG 2000) Esse deacuteficit parece decorrente de

uma descompensaccedilatildeo na sensibilidade do coacutertex anterior do ciacutengulo o melhor

candidato conhecido para o processamento inibitoacuterio e o monitoramento de

respostas em conflito (MILHAM et al 2002)

Estudos realizados nas uacuteltimas deacutecadas sugerem que condutas diaacuterias

podem afetar positivamente ou natildeo as estruturas do ceacuterebro em niacuteveis

celulares moleculares e sistecircmicos Vaacuterias pesquisas sugerem que os efeitos

promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico voluntaacuterio possam elevar os niacuteveis de fatores

neurotroacuteficos derivados do ceacuterebro (BDNF) e de outros fatores de crescimento

estimula a neurogecircnesis e aumenta a resistecircncia do ceacuterebro Nesse sentido a

melhora da aptidatildeo cardiovascular pode resultar em um aumento da

plasticidade do ceacuterebro humano aleacutem de exercer reduccedilatildeo tanto na senescecircncia

bioloacutegica como cognitiva (MATTSON CHAN amp DUAN 2002 COTMAN amp

BERCHTOLD 2002 COLCOMBE et al 2003)

Uma das hipoacuteteses mais aceita para a compreensatildeo do decliacutenio cognitivo foi

baseada na reduccedilatildeo da funccedilatildeo cardiovascular decorrente do envelhecimento que

acarretaria diminuiccedilatildeo progressiva da disponibilidade de oxigecircnio no ceacuterebro

Baseado nessa problemaacutetica estudos comprovaram atraveacutes de modelo animal o

aumento do fluxo sanguumliacuteneo e da disponibilidade de oxigecircnio durante o exerciacutecio

Todavia sabe-se que essa natildeo eacute a uacutenica contribuiccedilatildeo e alteraccedilatildeo promovida pelo

exerciacutecio fiacutesico em niacuteveis centrais Uma das habilidades desse tipo de estresse

consiste em aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica promovendo

alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de alguns hormocircnios de neurotransmissores

(ANTUNES MELLO amp BUENO 2002 ROSSI amp TIRAPEGUI 1999)

Crescentes evidecircncias sugerem a contribuiccedilatildeo do sistema serotonineacutergico

no desempenho das funccedilotildees cognitivas Natildeo existem trabalhos disponiacuteveis ateacute

a presente data que ofereccedilam seguramente a fundamentaccedilatildeo e amplitude

desse envolvimento Contudo sua disponibilidade na fisiologia patofisiologia e

51

terapecircutica do processo cognitivo deixa-nos fortes evidecircncias desse

envolvimento (MENESES 1999)

Outro indiacutecio de envolvimento desse neurotransmissor com os aspectos

cognitivos consiste na localizaccedilatildeo de alguns receptores serotonineacutergicos em aacutereas

cerebrais responsaacuteveis pela aprendizagem e memoacuteria incluindo o hipocampo

amigdala e cortex cerebral Receptores e vias da serotonina parecem estar situados

em aacutereas relacionadas com a disfunccedilatildeo do processo cognitivo Aparentemente a

doenccedila de Alzheimer estaacute associada com decreacutescimo nos marcadores serotonineacutergicos

como do complexo da rafe complexo de captaccedilatildeotransporte e no nuacutemero de alguns

receptores serotonineacutergicos Tem-se observado que pacientes esquizofrecircnicos com

doenccedila de Alzheimer apresentam correlaccedilatildeo significativa dos niacuteveis da serotonina e de

seu principal metaboacutelito (5-HIAA) Diferentes processos serotonineacutergicos estatildeo sob

investigaccedilatildeo para serem utilizados no tratamento da amneacutesia e da doenccedila de

Alzheimer (MENESES 1999)

Na uacuteltima deacutecada o interesse em verificar a relaccedilatildeo da serotonina com a

cogniccedilatildeo aumentou subitamente apoacutes a idealizaccedilatildeo de uma manipulaccedilatildeo

farmacoloacutegica agrave base de aminoaacutecidos que resultava na depleccedilatildeo aguda do

triptofano possibilitando a realizaccedilatildeo de estudos em humanos vivos

(EDITORIAL 2004) Todavia os resultados advindos da utilizaccedilatildeo dessa

manipulaccedilatildeo natildeo satildeo convergentes em relaccedilatildeo aos benefiacutecios cognitivos

(PORTER et al 2000 MURPHY 2002) necessitando de novas intervenccedilotildees que

colaborem para o esclarecimento do tema

27 QUALIDADE DE VIDA

A busca por uma vida com qualidade felicidade bem-estar e prazer e uma

constante luta pela satisfaccedilatildeo de suas necessidades tem sido uma aspiraccedilatildeo que

acompanha o homem desde o princiacutepio da humanidade Todavia a expressatildeo

ldquoqualidade de vidardquo foi utilizada pela primeira vez ou tornou-se notoacuteria quando em

discurso o presidente dos Estados Unidos Lyndon Jonhson em 1964 afirmava que

os objetivos natildeo poderiam ser medidos atraveacutes de balanccedilos bancaacuterios Todavia

poderiam ser medidos atraveacutes da ldquoqualidade de vidardquo que estes proporcionariam agraves

52

pessoas O indicador de qualidade de vida utilizado naquele discurso baseava-se

principalmente em fatores econocircmicos o que significa na atualidade apenas uma

das facetas expressas nesse termo (SETIEacuteN SANTAMARIA 1993 OMS 1998)

Atualmente a expressatildeo ldquoqualidade de vidardquo apesar de muito utilizada natildeo

adquiriu um conceito que abrangesse todo o seu significado Por ser um termo em

moda muitas pessoas o utilizam projetando para o conceito um significado diferente

dificultando ainda mais a tentativa de definiccedilatildeo (GRIMLEY-EVANS 1996)

Esse conflito conceitual agrava-se pelo fato da variaacutevel ldquoqualidade de vidardquo ser

mensurada utilizando instrumentos situaccedilotildees contextos e pessoas distintas (KING

DOBSON HARNET 1996) GILL e FEINSTEIN (1994) observaram que 85 das

publicaccedilotildees cientiacuteficas que abordavam esse tema e que por eles foram investigadas natildeo

apresentaram uma definiccedilatildeo para ldquoqualidade de vidardquo isto talvez por sua

multidisciplinariedade Dessa forma natildeo existe entre os poucos conceitos um que

detenha aceitaccedilatildeo universal (FARQUHAR 1995)

Com o passar dos anos o interesse dessa temaacutetica aumentou

expressivamente vaacuterios instrumentos foram elaborados e validados cientificamente

construiacutedos sob forma de escalas objetivas para permitir quantificar dados tidos

como subjetivos Variando na abordagem e na forma de apresentaccedilatildeo essas escalas

satildeo aplicadas isoladamente ou associadas podendo fornecer medidas globais e

especiacuteficas de qualidade de vida Medidas que certamente natildeo tecircm a mesma

precisatildeo e rigor como por exemplo aquelas adquiridas atraveacutes de dados

bioquiacutemicos mas que satildeo capazes de contribuir para compreensatildeo de vaacuterias

problemaacuteticas e facilitar na elaboraccedilatildeo de procedimentos preventivos ou de

resoluccedilatildeo de problemas dentro da aacuterea estudada

Presumivelmente o termo ldquoqualidade de vida e sauacutederdquo foi utilizado pela

primeira vez em meados dos anos de 1960 no editorial ldquoMedicina e Qualidade de

vidardquo (ELKINGTON 1966) Desde entatildeo vaacuterios estudos surgiram dando enfoque para

essa nova dimensatildeo de qualidade de vida avaliando intervenccedilotildees terapecircuticas e

condutas meacutedicas para formular poliacuteticas de sauacutede HUNT (1980) acredita que os

indicadores de qualidade de vida na aacuterea de sauacutede satildeo baseados na expectativa de

53

vida morbidade e mortalidade aleacutem de padratildeo de avaliaccedilatildeo de tratamentos

oferecidos aos pacientes Jaacute que a percepccedilatildeo subjetiva do paciente quanto ao seu

estado de sauacutede seja um indicador importante a ser considerado e deve ser sempre

avaliado Adicionalmente Kaplan (1984) afirma que o impacto da sauacutede sobre a

mobilidade atividade fiacutesica e atividade social estaacute intimamente relacionado com a

qualidade de vida e sauacutede

A OMS ciente da necessidade cientiacutefica de esclarecer convencionar ou

facilitar pesquisas dentro dessa temaacutetica organizou uma equipe de especialistas

com o objetivo de elaborar um instrumento geneacuterico de avaliaccedilatildeo da ldquoqualidade de

vidardquo construiacutedo atraveacutes de um meacutetodo transcultural (WHOQOL) Foi entatildeo que

surgiu o conceito elaborado por profissionais que consideram que a qualidade de

vida seja a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e

sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo aos seus objetivos expectativas

padrotildees e preocupaccedilotildees Conscientes da complexidade do tema a OMS admitiu

que embora natildeo houvesse uma definiccedilatildeo consensual de qualidade de vida havia

concordacircncia consideraacutevel acerca de algumas caracteriacutesticas desse constructo

como por exemplo a subjetividade que aleacutem das condiccedilotildees objetivas como

aquisiccedilotildees materiais muito valorizadas nos primeiros instrumentos elaborados

existam as condiccedilotildees subjetivas oportunizando e valorizando as percepccedilotildees e os

valores dados pelos sujeitos dentro de um contexto A segunda caracteriacutestica foi a

multidimensionalidade em que o instrumento deveria enfocar no miacutenimo trecircs

dimensotildees baacutesicas (fiacutesica psicoloacutegica e social) sempre em uma vertente subjetiva

como o indiviacuteduo percebe seu estado fiacutesico cognitivo e afetivo suas relaccedilotildees

interpessoais e os papeacuteis sociais em sua vida Terceiro a bipolaridade o

instrumento deveraacute incluir dimensotildees positivas e negativas e enfatizar a percepccedilatildeo

do indiviacuteduo acerca destas dimensotildees (OMS 2004)

A qualidade de vida eacute tatildeo importante para o idoso como para qualquer outro

indiviacuteduo de outra faixa etaacuteria Conviver bem com os decliacutenios naturais promovidos

pelo envelhecimento deve ser um desafio possiacutevel Envelhecer satisfatoriamente

depende do delicado equiliacutebrio entre as limitaccedilotildees e as potencialidades do indiviacuteduo

54

que lhe possibilitaraacute lidar em diferentes graus de eficaacutecia com as perdas inevitaacuteveis

do envelhecimento (NERI 2000)

FERRANS (1990) conceituou qualidade de vida como a sensaccedilatildeo de bem-estar

de um indiviacuteduo que varia da satisfaccedilatildeo agrave insatisfaccedilatildeo com respeito agraves aacutereas da

vida que satildeo importantes para ele A literatura gerontoloacutegica apresenta conceitos de

envelhecimento como ldquovelhice bem-sucedidardquo ldquoqualidade de velhicerdquo no sentido de

satisfaccedilatildeo de vida e estado de acircnimo como formas de tentar medir o bem-estar

Lawton (1991) enfoca a qualidade de vida na velhice como uma avaliaccedilatildeo

multidimensional referenciada por criteacuterios socionormativos (objetivos) e

intrapessoais (subjetivos) a respeito das relaccedilotildees atuais passadas e prospectivas

entre o indiviacuteduo maduro ou idoso e o seu ambiente

Uma velhice bem-sucedida envolve aspectos de realizaccedilatildeo do potencial

para alcanccedilar o bem-estar fiacutesico social e psicoloacutegico avaliado como adequado

pelo indiviacuteduo e pelo seu grupo etaacuterio tendo como paracircmetro as condiccedilotildees

objetivas e os valores sociais fundamentados no que seria desejaacutevel para que as

pessoas pudessem realizar seu potencial e a manutenccedilatildeo da competecircncia

funcional em domiacutenios selecionados por meio de mecanismos de compensaccedilatildeo e

otimizaccedilatildeo (NERI 2000)

Knorst et al (2001) e Hernandes e Barros (2004) afirmam que existe um

estreito relacionamento entre a qualidade de vida do idoso e sua habilidade ou

capacidade de desempenhar atividades ou tarefas da vida diaacuteria com autonomia e

independecircncia e destacam a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos como um fenocircmeno

facilitador entre eles

Natildeo eacute justo e nem eacute humano prolongar a vida dos que jaacute ultrapassam a fase

adulta quando natildeo lhes satildeo dadas condiccedilotildees de sobrevivecircncia digna Eacute melhor

acrescentar vida aos anos a serem vividos do que anos agrave vida precariamente vivida

(PAPALEacuteO NETTO amp PONTE 2002) O objetivo natildeo deve ser o de prolongar a vida e

com ela o sofrimento mas tornar a fragilidade uma pequena parcela da vida e

morrer jovem e com qualidade de vida o mais tarde possiacutevel

55

28 IMAGEM CORPORAL

Segundo Faith amp Allison (1996) e Williamson amp Orsquoneil (1998) imagem

corporal eacute a capacidade de representaccedilatildeo mental do proacuteprio corpo a interaccedilatildeo

entre o componente perceptivo avaliaccedilatildeo cognitiva do tamanho do corpo e o

componente postural Uma complexa resposta afetivandashcognitivondashcomportamental agrave

essa avaliaccedilatildeo Uma percepccedilatildeo individual de seu proacuteprio corpo e a maneira como

se sente a despeito

Para Mataruna (2004) a imagem corporal eacute uma figuraccedilatildeo do proacuteprio corpo

formada e estruturada na mente do mesmo indiviacuteduo que se desenvolve desde o

nascimento ateacute a morte dentro de uma estrutura complexa e subjetiva sofrendo

modificaccedilotildees que implicam na construccedilatildeo contiacutenua e reconstruccedilatildeo incessante

resultante do processamento de estiacutemulo

Vaacuterios fatores podem influenciar negativamente sobre a imagem corporal

de um indiviacuteduo por estabelecerem padrotildees dificilmente atingiacuteveis Como por

exemplo a existecircncia de forte tendecircncia social e cultural de considerar a

ldquomagrezardquo como uma situaccedilatildeo ideal de aceitaccedilatildeo e ecircxito Segundo a National

Eating Disorders Assciation esses padrotildees de beleza satildeo infelizmente

altamente discrepantes com a realidade visto que apenas 2 de mulheres satildeo

tatildeo magras quanto os modelos promovidos pelos meios de comunicaccedilatildeo

aumentando assim a insatisfaccedilatildeo com o proacuteprio corpo e resultando em

tentativa incessante em transforma-lo (KOWALSKI 2003)

Jovens adolescentes em sua maioria do sexo feminino internalizam esses

valores e modificam seus haacutebitos de vida em funccedilatildeo de se enquadrarem dentro

desses quisitos Quando adultas ou na meia-idade sentimentos de auto-criacutetica satildeo

intensificados e seus valores pessoais satildeo associados a eles resultando em

insidiosa destruiccedilatildeo da auto-estima e possiacutevel desenvolvimento de distuacuterbios

alimentares e desordens comportamentais comprometendo sua sauacutede fiacutesica e

mental podendo ateacute culminar com a morte Por conseguinte a literatura revela

que mulheres idosas quando insatisfeitas com a aparecircncia de seu corpo tendem

ser mais conscientes do que mulheres mais jovens Todavia essa consciecircncia natildeo

56

significa satisfaccedilatildeo visto que vaacuterios estudos que realizaram anaacutelise comparativa

entre mulheres jovens e idosas perceberam que um grande nuacutemero (60) de

insatisfaccedilatildeo e distorccedilatildeo da imagem corporal (forma e tamanho) persistiu ainda

entre idosas (FEY- YENSAN et al 2002)

Por outro lado apoacutes a comparaccedilatildeo entre gecircneros resultados de

investigaccedilotildees destacaram que os homens apresentam resultados mais positivos

em relaccedilatildeo agrave satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que as mulheres incluindo

tanto aspectos esteacuteticos como o peso corporal e a aparecircncia facial quanto

aspectos funcionais como a coordenaccedilatildeo motora a agilidade a sauacutede e o

desempenho sexual Mulheres em funccedilatildeo de vaacuterios eventos inerentes agrave sua

natureza apresentam maior flutuaccedilatildeo nas transiccedilotildees da formaccedilatildeo da imagem

corporal quando comparadas aos homens (HARGREAVES amp TIGGEMANN 2004

KAGAWA et al 2007) o que presumivelmente pode estar associado agrave maior

prevalecircncia de doenccedilas como a bulemia e anorexia relacionadas agrave insatisfaccedilatildeo e

distorccedilatildeo da imagem corporal real em funccedilatildeo de uma imagem corporal estipulada

como ideal (HAY 2002 CONNER amp JOHNSON 2004)

Confronto entre grupos eacutetnicos indicam que maior grau de insatisfaccedilatildeo com

a imagem corporal eacute apresentado por mulheres brancas seguido por mulheres

negras e por uacuteltimo mulheres asiaacuteticas (FITZGIBBON BLACKMAN amp AVELLONE 2000 CACHELIN et al 2002)

Acredita-se que a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos possa interferir

positivamente para construccedilatildeo da imagem corporal Le Boulch (1998) afirmou que

o principal objeto da educaccedilatildeo psicomotora constitui-se em ajudar o indiviacuteduo em

seus primeiros anos de vida a conseguir melhor percepccedilatildeo de sua imagem corporal

Schilder (1990) um dos mais conceituados pesquisadores da imagem corporal

enfatiza a importacircncia do movimento e da accedilatildeo para o reconhecimento e construccedilatildeo

desta imagem Segundo ele a relaccedilatildeo acontece nos dois sentidos tanto o

movimento faz-se necessaacuterio para a percepccedilatildeo e compreensatildeo do proacuteprio corpo

quanto o conhecimento das diversas partes do corpo e de suas relaccedilotildees muacutetuas seja

necessaacuterio para a realizaccedilatildeo de qualquer movimento Nesse sentido investigaccedilotildees

57

recentes ratificam essa influecircncia positiva do exerciacutecio afirmando que indiviacuteduos

submetidos a programa regular de atividade fiacutesica apresentaram maiores iacutendices

de satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que indiviacuteduos sedentaacuterios (BAHRAM amp

TEHRAN 2003 MATSUO et al 2007)

A insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal entre mulheres idosas diferencia-se

de sua insatisfaccedilatildeo quando jovem O processo do envelhecimento natildeo apenas

interfere em sua apresentaccedilatildeo esteacutetica (cabelos pele denticcedilatildeo postura peso

corporal entonaccedilatildeo da voz etc) mas reduz o desempenho de todo seu

organismo limitando-o para a execuccedilatildeo de muitas atividades diaacuterias Assim

sendo a perda da beleza da independecircncia e da energia associadas a perdas

de entes queridos da sauacutede ou da individualidade pode causar um grande

impacto na vida da mulher idosa e interferir em sua auto imagem (HAYFLICK

1997 FEY-YENSAN et al 2002)

Pessoas com uma visatildeo saudaacutevel de sua imagem corporal vecircem-se

realisticamente e tendem a gostar de seus corpos Uma imagem corporal positiva

revela auto-confianccedila energia vitalidade e auto-avaliaccedilatildeo positiva sentimentos de

beleza e atraccedilatildeo confianccedila e respeito pelo proacuteprio corpo liberdade de expressatildeo

corporal independentemente do peso corporal que apresenta Por outro lado

pessoas com a imagem corporal pobre e distorcida sentem-se insatisfeitas e

indiferentes em relaccedilatildeo ao proacuteprio corpo Pensam que sua aparecircncia seja alvo de

criacuteticas e sentem-se constantemente avaliadas pelos outros Ao auto-avaliar-se datildeo

importacircncia excessiva ao aspecto fiacutesico com uma preocupaccedilatildeo angustiante com o

proacuteprio corpo Detecircm sentimentos constantes de vergonha ou acanhamento que

podem vir seguidos de atitudes como avaliar sua composiccedilatildeo corporal

excessivamente (pesar medir) e com frequumlecircncia procuram comprar ou

experimentar roupas novas disfarccedilar o tamanho e forma do corpo usando roupas

largas e grandes evitar situaccedilotildees sociais que possam desencadear auto-

consciecircncia fiacutesica que tenham que expor o corpo vestindo roupas de banho

(KOWALSKI 2003 SHEENArsquos 2003)

58

A percepccedilatildeo subjetiva que uma pessoa tem sobre seu corpo pode ser mais

importante do que a realidade objetiva de sua aparecircncia Nesse sentido o peso

natildeo parece por si soacute ser o uacutenico determinante do grau de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo com imagem corporal (ALMEIDA 2002)

59

33 MMAATTEERRIIAALL EE MMEacuteEacuteTTOODDOO

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO

Foi realizado um delineamento quase experimental (Tabela 2) de abordagem

quantitativa (COZBY 2003 MARCONI amp LAKATOS 2003) com preacute e poacutes-testes nos

quais os dados referentes agraves variaacuteveis IMC VO2pico idade e duraccedilatildeo do teste

incremental na esteira foram considerados para a distribuiccedilatildeo da amostra para o

grupo controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90PCR e Gmax)

Sessotildees agudas de exerciacutecios cardiovasculares de diferentes intensidades e duraccedilatildeo

foram utilizadas como fator experimental Os resultados foram adquiridos pela

comparaccedilatildeo das meacutedias intragrupos e entregrupos

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90LA e Gmax) Grupo Seleccedilatildeo Preacute-teste Tratamento Poacutes-teste Δ

GC Natildeo aleatoacuteria a (GC) Nenhum b (GC) b (GC) - a (GC) G90LA Natildeo aleatoacuteria a (G90LA) 90 LA 20rsquo b (G90LA) b (G90LA) - a (G90LA) GLA Natildeo aleatoacuteria a (GLA) No LA 20rsquo b (GLA) b (GLA) - a (GLA) G90PCR Natildeo aleatoacuteria a (G90PCR) 90 LA 20rsquo b (G90PCR) b (G90PCR) - a (G90PCR) Gmax Natildeo aleatoacuteria a (Gmax) Teste max b (Gmax) b (Gmax) - a (Gmax) GLA1h Natildeo aleatoacuteria a (GLA1h) No LA 1h b (GLA1h) b (GLA1h) - a (GLA1h) Δ = diferenccedila entre preacute e poacutes-testes

O delineamento quase-experimental preacute-testepoacutes-teste com grupo controle

natildeo equivalente tambeacutem conhecido como experimento natildeo aleatoacuterio eacute um estudo

no qual o investigador interveacutem na caracteriacutestica que estaacute sendo investigada

entretanto natildeo haacute alocaccedilatildeo aleatoacuteria dos participantes ou de aacutereas aos grupos

que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo Essa eacute a principal diferenccedila em relaccedilatildeo ao

estudo experimental Os grupos que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo satildeo

geralmente formados considerando os aspectos administrativos criteacuterios

operacionais e o recrutamento de voluntaacuterios Entre as vantagens do estudo

quase-experimental pode-se citar ser implementado concomitantemente agrave

execuccedilatildeo das accedilotildees avaliar programas que atingem grandes populaccedilotildees e por

razotildees eacuteticas uma vez que o programa natildeo necessita ser interrompido para ser

avaliado As principais limitaccedilotildees satildeo a natildeo aleatoriedade na definiccedilatildeo da

amostra ao tamanho da amostra a ser estudada principalmente quando o

60

resultado de interesse eacute relativamente raro ao tempo e aos recursos necessaacuterios

para o desenvolvimento do estudo (CAMPBELL amp STANLEY 1979)

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO

Foi estabelecida como populaccedilatildeo alvo desse estudo um grupo de senhoras

inscritas em um programa de extensatildeo de atendimento ao idoso (Figura 4) vinculado

ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Stricto Sensu da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

(PPGEFUCB-DF) que representou um total de 225 senhoras

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA

333311 PPrriimmeeiirraa ffaassee

Criteacuterios de inclusatildeo apoacutes a avaliaccedilatildeo meacutedica a mulher deveria ser considerada

apta agrave praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ter idade entre 60 e 74 anos ser fisicamente

ativa (por um periacuteodo miacutenimo de 6 meses) fisicamente independente e ser

alfabetizada

Criteacuterios de exclusatildeo Uso abusivo de cigarros e bebidas associados agrave

dependecircncia co-morbidades meacutedicas capazes de interferir na realizaccedilatildeo e resultados

desse estudo como diabetes cardiopatias acidente vascular cerebral doenccedila de

Alzheimer doenccedila de Parkinson e distuacuterbios na tireoacuteide a utilizaccedilatildeo de

medicamentos antidepressivos limitaccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticas ou doenccedilas

cardiovasculares que impossibilitem a realizaccedilatildeo dos testes fiacutesicos que seratildeo

realizados nesse estudo

333322 SSeegguunnddaa ffaassee

Todas as voluntaacuterias que se enquadraram nos requisitos da primeira fase foram

informadas sobre os procedimentos que seriam utilizados nesta investigaccedilatildeo e seus

possiacuteveis desconfortos riscos e benefiacutecios Em seguida foram convidadas se assim o

desejassem a assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2) A

discordacircncia dos termos expostos aliada agrave negaccedilatildeo do consentimento foram

considerados como fator de exclusatildeo

61

A amostra desse estudo foi selecionada de forma natildeo-probabiliacutestica de um

grupo de 225 senhoras inseridas em um Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB- DF) Para a

seleccedilatildeo 147 idosas foram impossibilitadas de participar por apresentarem

incompatibilidade com os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos nesse

estudo (subitem 331) agrave saber

17 Idosas apresentaram restriccedilotildees meacutedicas para a realizaccedilatildeo do teste de esforccedilo

maacuteximo (TEM)

19 Idosas encerraram o TEM precocemente pelos criteacuterios descritos no item 344

16 Idosas apresentaram idade acima da faixa etaacuteria preestabelecida (ge 75 anos)

54 Idosas apresentaram o tempo de realizaccedilatildeo do TEM menor do que 480 s ou

apresentaram um VO2pico menor que ge17 (mlkgmin) no TEM

29 Idosas apresentaram Diabetes Mellitus tipo II

06 Idosas apresentaram hipo ou hiper tiroidismo

01 Idosa apresentou doenccedila de Parkinson

05 idosas faziam uso de antidepressivos

333333 DDeeffiinniiccedilccedilatildeatildeoo ddaa aammoossttrraa ddoo eessttuuddoo

A amostra foi constituiacuteda por 49 mulheres idosas ativas (n=49) fisicamente

independentes (SPIRDUSO 2005) com idade compreendida entre 60 e 74 anos que

foram distribuiacutedas para seis grupos utilizando como criteacuterio de distribuiccedilatildeo o iacutendice

de massa corporal o VO2pico o tempo de duraccedilatildeo no teste incremental na esteira e

a idade Um grupo controle (GC n= 8) e cinco grupos experimentais submetidos a

sessatildeo de exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90

do limiar anaeroacutebio na intensidade do limiar anaeroacutebio e a 90 do ponto de

compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA n=8 GLA n=8 e G90PCR n= 8

respectivamente) submetido a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax n= 8) e

submetido a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo sob agrave intensidade do limiar

anaeroacutebio (GLA1h n=9)

62

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do programa de atendimento ao idoso do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF) onde foi realizada a seleccedilatildeo da amostra

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS

334411 QQuueessttiioonnaacuteaacuterriioo ddee ssaauacuteuacuteddee ee hhaacuteaacutebbiittooss ddee vviiddaa

O preenchimento do questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida (Anexo 1) foi

realizado no ato da matriacutecula Constituiacutedo de 30 perguntas elaboradas com intuito de

obter melhor caracterizaccedilatildeo da amostra aleacutem de identificar criteacuterios de exclusatildeo preacute-

estabelecidos (item 331) As sete primeiras perguntas foram constituiacutedas do

questionaacuterio PAR-Q (Physical Activity Readiness Questionnaire) tambeacutem conhecido

como Questionaacuterio de Prontidatildeo para Atividade Fiacutesica Utilizado para identificar e

rastrear indiviacuteduos que necessitam de avaliaccedilatildeo ou tratamento medico preacutevio antes

de iniciar um programa de exerciacutecios fiacutesicos (THOMAS READING SHEPHARD 1992)

Os demais questionamentos referiram-se agrave sauacutede fiacutesica e mental das voluntaacuterias de

sua ingesta medicamentosa intervenccedilotildees ciruacutergicas a que foram submetidas

acometimentos de doenccedilas niacutevel de atividade fiacutesica escolariadade e renda familiar

334422 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccaass

Para melhor caracterizaccedilatildeo da amostra foram determinadas caracteriacutesticas

fiacutesicas por meio das seguintes medidas antropomeacutetricas massa e estatura corporal

iacutendice de massa corporal (IMC) percentual de gordura Corporal (GC)

circunferecircncia de cintura (CC) e a relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) Os instrumentos e

procedimentos foram

63

3421 Massa corporal

A avaliaccedilatildeo da massa corporal foi realizada atraveacutes de balanccedila da marca

Toledo digital modelo 2096 PP com carga miacutenima de 125 kg e carga maacutexima de

150 kg e resoluccedilatildeo de 01 gramas As voluntaacuterias foram avaliadas sem calccedilados com

roupas leves (bermuda e camiseta) e sem acessoacuterios foram posicionadas em peacute

(ereta) no centro da plataforma da balanccedila frente ao monitor com braccedilos soltos e

peacutes paralelos A mensuraccedilatildeo foi efetuada em quilogramas

3422 Estatura corporal

Para anaacutelise da estatura corporal foi utilizado um estadiocircmetro da marca

Cardiomed de resoluccedilatildeo de 01 cm As idosas foram posicionadas eretas com os

calcanhares a cintura peacutelvica a cintura escapular e a regiatildeo occipital em contato

com a parede Todas as idosas foram orientadas a manter a cabeccedila paralela ao chatildeo

e o olhar fixo na posiccedilatildeo horizontal (plano Frankfurt) A avaliada apresentou-se

descalccedila e sem adereccedilos no cabelo A mensuraccedilatildeo deu-se durante a execuccedilatildeo de

inspiraccedilatildeo profunda seguida de apneacuteia

3423 Percentual de gordura corporal

Para a anaacutelise do GC atraveacutes da medida da gordura corporal total (Figura

5) utilizou-se o meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia-DEXA (Marca

LUNAR ndash DPX ndash IQ versatildeo 46A) Foi solicitado que as voluntaacuterias se apresentassem

com roupas leves e sem adereccedilos de metais Para a anaacutelise dessa medida as idosas

foram cuidadosamente posicionadas em decuacutebito dorsal sobre a mesa do

equipamento Uma varredura completa do corpo foi realizada por uma fonte de raio

ldquoXrdquo e um detector em um braccedilo de scanner com uma velocidade relativamente

lenta de 1cms O mapeamento de todo o corpo pelo DEXA foi estimado em torno de

12 a 18 minutos dependendo da composiccedilatildeo corporal da voluntaacuteria O ponto de

corte adotado para essa variaacutevel foi o de Lohman (1992) Onde percentual de

gordura lt que 20 = abaixo do peso entre 20 e 30 = peso normal e gt de 30 =

excesso de gordura corporal

64

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal atraveacutes do meacutetodo de Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia ndash UCB-DF

3424 Iacutendice de massa corporal

Para a tomada do Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizou-se a equaccedilatildeo peso

em quilogramas dividido pela estatura em metros elevada ao quadrado

O ponto de corte estabelecido para esta variaacutevel foi o da OMS (2003)

CLASSIFICACcedilAtildeO IMC kgm2 RISCO DE COMORBIDADE Baixo Peso lt 185 Baixo ( poreacutem risco para outras problemas cliacutenicos) Peso Normal 185 a 249 Meacutedio Sobrepeso 250 a 29 Aumentado Obesidade I 30 a 349 Moderado Obesidade II 35 a 399 Severo Obesidade III gt= 40 Muito Severo

3425 Circunferecircncia de cintura e relaccedilatildeo da cintura e quadril

Para a avaliaccedilatildeo da circunferecircncia de cintura (CC) verificou-se a tomada do

periacutemetro da cintura com a fita posicionada ao redor da menor circunferecircncia

localizada entre as costelas e a crista iliacuteaca A mensuraccedilatildeo do periacutemetro do quadril

foi realizada posicionando a fita ao redor do quadril na regiatildeo de maior

protuberacircncia A relaccedilatildeo cintura e quadril (RCQ) foi obtida pela divisatildeo da CC pela

circunferecircncia do quadril Os pontos de corte estabelecidos para estas variaacuteveis

foram elaborados pela OMS (1998) CC ge 85cm = risco para doenccedilas crocircnicas e

CC ge 88cm= risco muito aumentado RCQ lt 085cm = favoraacutevel para a sauacutede e RCQ

gt 085 = desfavoraacutevel para a sauacutede

65

334433 AAvvaalliiaaccedilccedilatildeatildeoo mmeacuteeacuteddiiccaa

Antes do teste de potecircncia aeroacutebia toda amostra foi submetida a

avaliaccedilatildeo meacutedica que consistiu do preenchimento de questionaacuterio utilizado

como anamnese avaliaccedilatildeo cliacutenica e eletrocardiograma (ECG) em repouso As

avaliaccedilotildees fiacutesicas foram realizadas somente apoacutes ser descartada a existecircncia de

riscos para a realizaccedilatildeo das mesmas

334444 TTeessttee ddee ppoottecircecircnncciiaa aaeerroacuteoacutebbiiaa ((VVOO22ppiiccoo))

Para avaliar a capacidade cardiorrepiratoacuteria toda a amostra foi submetida a

um teste cardiopulmonar (Figura 6) realizado em esteira rolante (modelo RT 300 Pro

Moviment Brasil) Os procedimentos foram realizados no Laboratoacuterio de Estudos em

Educaccedilatildeo Fiacutesica e Sauacutede (LEEFS) que foi climatizado em torno dos 22 ordmC e

apresenta os equipamentos e medicaccedilotildees necessaacuterias para uma eventual situaccedilatildeo de

emergecircncia Monitoraccedilatildeo eletrocardiograacutefica (ECG Digital Micromed Brasil) foi

realizada antes durante e depois do esforccedilo fiacutesico obedecendo a seguinte sequumlecircncia

loacutegica repouso (12 derivaccedilotildees padratildeo) durante toda a realizaccedilatildeo do esforccedilo (trecircs

derivaccedilotildees CM5 D2M e V2M) e seis minutos de recuperaccedilatildeo O exame foi

supervisionado por um meacutedico cardiologista e conduzido sob o protocolo de rampa

padronizado e adequado para o perfil da amostra apoacutes a realizaccedilatildeo de testes-piloto

para que a exaustatildeo ocorresse entre oito e doze minutos O teste consistiu

inicialmente de uma velocidade de 20 kmh e 0 de inclinaccedilatildeo aos 10 minutos de

teste a velocidade e inclinaccedilatildeo prevista de 60 kmh e 6 respectivamente

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante teste incremental maacuteximo realizada no LEEFS ndash UCB-DF

66

A cada dois minutos a pressatildeo arterial foi mensurada utilizando um

esfigmomanocircmetro de coluna de mercuacuterio e a percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo

monitorada atraveacutes de comunicaccedilatildeo direta utilizando como instrumento a escala de

Borg (2000 Anexo 3) Durante a realizaccedilatildeo do esforccedilo as voluntaacuterias respiraram

atraveacutes de uma maacutescara de silicone (Hans Rudolf Alemanha) O consumo de

oxigecircnio (VO2) a produccedilatildeo de dioacutexido de carbono (VCO2) e a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foram mensurados a cada ciclo respiratoacuterio atraveacutes de um analisador de gases

(Metalyzer 3b Coacutertex Alemanha) O software utilizado para gerenciar o exame foi o

Ergo PC Elite for Windows (Micromed Brasil) que controla a velocidade e a

inclinaccedilatildeo da esteira atraveacutes de interface de comunicaccedilatildeo com o computador

O ponto de corte da American Heart Association (1972) foi adotado para

classificaccedilatildeo do niacutevel de aptidatildeo cardiopulmonar onde V02max (mlKgmin) lt

13 = aptidatildeo muito fraca de 13 a 17= fraca 18 a 23 = regular 24 a 34 = boa

e gt 35 = excelente

Foram adotados como criteacuterios de interrupccedilatildeo do teste a exaustatildeo voluntaacuteria

o aumento suacutebito da pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) acima de 250 mmHg e da

pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) acima de 140 mmHg queda sustentada da PAS

percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo (PSE) na escala de Borg de 19-20 (BORG 2000

Anexo 3) manifestaccedilatildeo cliacutenica de dor ou queimaccedilatildeo toraacutecica infradesnivelamento do

segmento ST_3mm supradesnivelamento do segmento ST_ 2mm em derivaccedilatildeo sem

presenccedila de onda Q arritmia ventricular complexa aparecimento de taquicardia

supraventricular sustentada taquicardia atrial fibrilaccedilatildeo atrial bloqueio

atrioventricular de 2ordm e 3ordm graus sinais de insuficiecircncia ventricular esquerda ou

falecircncias dos sistemas de monitorizaccedilatildeo e registro

334455 TTeessttee ddee ccaarrggaa

O agendamento dos TCs aconteceram de forma alternada entre grupos Todos

os testes foram realizados no periacuteodo da manhatilde Apoacutes ser oferecido um desjejum

padratildeo a PA da voluntaacuteria era aferida e em seguida iniciava-se um monitoramento

da FC de 5 em 5 minutos Apoacutes 20 minutos de repouso realizava-se a primeira

coleta de sangue seguida pelo iniacutecio do TC Os testes foram precedidos e sucedidos

por um periacuteodo de 3 minutos de aquecimento e desaquecimento respectivamente

67

Para definiccedilatildeo da intensidade do TC tomaram-se como base os dados individuais

obtidos no teste de potecircncia aeroacutebia em que foi pontuada a FC e a PSE referente ao

limiar determinado para cada grupo (LA ou PCR) e calculou-se o percentual da

intensidade desejada Apesar de estabelecer uma zona-alvo de amplitude superior e

inferior de 5 bpm procurou-se manter a intensidade estabilizada o mais proacuteximo

possiacutevel da FC e PSE alvo A intensidade e a duraccedilatildeo preestabelecidas para cada

grupo foram descritas no item 332 Imediatamente apoacutes o teacutermino do TC

realizou-se a segunda coleta de sangue e um novo periacuteodo de 20 min de repouso foi

oferecido ateacute que PA e FC estivessem proacuteximas dos valores iniciais nesse momento

apenas os grupos GLA1h GC e Gmax foram submetidos a uma 3ordf coleta de sangue

Um lanche foi novamente oferecido em funccedilatildeo do desgaste fiacutesico associado agraves

coletas de sangue

33445511 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio

A determinaccedilatildeo dos limiares ventilatoacuterios foi realizada atraveacutes da

segmentaccedilatildeo das curvas de diferentes paracircmetros ventilatoacuterios equivalentes

ventilatoacuterios de O2 (VEVO2) e CO2 (VEVCO2) fraccedilotildees expiradas finais de O2 (PETO2)

e CO2 (PETCO2) e quociente respiratoacuterio (QR) O primeiro limiar ventilatoacuterio (LV1)

tratado neste estudo como limiar anaeroacutebio (LA) correspondeu ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas) O segundo limiar ventilatoacuterio

(LV2) tambeacutem conhecido como ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (PCR)

correspondeu ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e PETO2

coincidiram com a queda de PETCO2 (SKINNER amp MCLELLAN 1980)

346 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass ppssiiccoommeacuteeacutettrriiccaass

3461 Performance cognitiva

Para o rastreamento da performance e decliacutenio cognitivo utilizou-se o

Miniexame do Estado Mental ndash MMSE (ANEXO 7) considerado como teste

cognitivo breve composto por itens que avaliam a orientaccedilatildeo temporoespacial

registro memoacuteria de curto prazo atenccedilatildeo caacutelculo linguagem e praxia

68

construcional (FOLSTEIN 1975) O ponto de corte adotado foi o estabelecido por

Brucki et al (2003)

3462 Imagem corporal

Para a anaacutelise da imagem corporal foi adotada uma escala de silhuetas

proposta por Sorensen e Stunkard (1993) Esse instrumento constitui-se de 9

silhuetas com diferentes imagens corporais dispostas da mais magra agrave mais gorda

em ordem crescente (Anexo 6) Questionamentos baseados na auto-avaliaccedilatildeo da

imagem corporal real (ICR) a que a avaliada considera ter atualmente a imagem

corporal ideal (ICI) aquela desejada e idealizada pela idosa a percepccedilatildeo da imagem

corporal da idosa apresentada pelo avaliador (ICA) e perguntas sobre procedimentos

alimentares e ciruacutergicos adotados para manter ou alterar a imagem corporal

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Figura 7 ndash Escala de silhuetas de Sorensen amp Stunkard (1993)

O grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal foi calculado utilizando a

diferenccedila entre a imagem corporal real e a imagem corporal ideal (GI= CR ndash ICI) O

grau de distorccedilatildeo da imagem corporal foi calculado pela diferenccedila entre a imagem

corporal real e a imagem corporal apontada pelo avaliador (GD= ICR -ICA)

3463 Qualidade de Vida

Para a anaacutelise dos niacuteveis de qualidade de vida foi utilizada a versatildeo abreviada

em portuguecircs do questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOL-100) da Organizaccedilatildeo

Mundial de Sauacutede (OMS) adaptado por Fleck et al (1999) conhecido como

WHOQOL- bref (ANEXO 5)

69

O WHOQOLndashbref eacute constituiacutedo de 26 questotildees sendo duas gerais sobre o

tema qualidade de vida e as demais representando cada uma das 24 facetas que

compotildeem o instrumento original O nuacutemero de questionamentos referente a cada

domiacutenio se apresenta de acordo com o quadro a seguir

DOMIacuteNIO 1 - Domiacutenio Fiacutesico DOMIacuteNIO 2 - Domiacutenio Psicoloacutegico

1ordf - Dor e desconforto 2ordf - Energia e fadiga 3ordf - Sono e repouso 9ordf - Mobilidade 10ordf - Atividades da vida cotidiana 11ordf - Dependecircncia de medicaccedilatildeo ou de tratamentos

4ordf - Sentimentos positivos 5ordf - Pensar aprender memoacuteria e concentraccedilatildeo 6ordf - Auto-estima 7ordf - Imagem corporal e aparecircncia 8ordf - Sentimentos negativos 24ordf - Espiritualidade religiatildeo crenccedilas pessoais

DOMIacuteNIO 3 - Relaccedilotildees Sociais DOMIacuteNIO 4 - Meio Ambiente

13ordf - Relaccedilotildees pessoais 14ordf - Suporte (apoio) social 15ordf - Atividade sexual

16ordf - Seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo 17ordf - Ambiente no lar 18ordf - Recursos financeiros 19ordf - Cuidados de sauacutede e sociais

disponibilidade e qualidade 20ordf - Oportunidades de adquirir novas

informaccedilotildees e habilidades 21ordf - Participaccedilatildeo em e oportunidades de

recreaccedilatildeolazer 22ordf - Ambiente fiacutesico (poluiccedilatildeo ruiacutedo

tracircnsito clima) 23ordf - Transporte

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por domiacutenios e facetas

Apesar desse instrumento natildeo apresentar ponto de corte para classificar as

meacutedias indicadas para cada domiacutenio adotou-se para maior compreensatildeo dos

resultados os seguintes pontos de corte de 0 a 20 ldquomuito ruimrdquo de 21 a 40

ldquoruimrdquo de 41 a 60 ldquonem ruim e nem bomrdquo de 61 a 80 ldquobomrdquo e de 81 a 100

ldquomuito bomrdquo

Para identificar os niacuteveis de qualidade de vida calculou-se o valor dos 4

domiacutenios (fiacutesico psicoloacutegico ambiental e social) de acordo com a Sintaxe ldquoSPSS -

WHOQOL-bref questionnairerdquo Foi adotada a meacutedia desses domiacutenios como niacutevel de

qualidade de vida geral

70

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo

A avaliaccedilatildeo dos niacuteveis de depressatildeo das participantes deste estudo foi

baseada nos escores indicativos de depressatildeo do inventaacuterio de depressatildeo de Beck

(Beck Depression Inventory ndash BDI) um dos mais frequumlentes instrumentos de medida

para avaliar o estado de depressatildeo na populaccedilatildeo versatildeo em portuguecircs validada

para a populaccedilatildeo brasileira O BDI consistiu de 21 grupos de afirmaccedilotildees contendo

quatro frases cada um (Anexo 4) Apoacutes leitura cuidadosa a avaliada teve que

escolher a frase que mais se adequava agrave maneira como estava se sentido na semana

que antecedeu a avaliaccedilatildeo Os itens do inventaacuterio tiveram por finalidade avaliar os

sintomas e atitudes como tristeza pessimismo sensaccedilatildeo de fracasso insatisfaccedilatildeo

sentimento de culpa sentimento de puniccedilatildeo autodepreciaccedilatildeo auto-acusaccedilotildees

ideacuteias suicidas crises de choro irritabilidade retraccedilatildeo social indecisatildeo distorccedilatildeo da

imagem corporal inibiccedilatildeo para o trabalho distuacuterbio de sono fatigabilidade perda de

apetite e de peso preocupaccedilatildeo somaacutetica e diminuiccedilatildeo da libido O ponto de corte

adotado para definir os niacuteveis indicativos de depressatildeo seguiu a proposta do Center

for Cognitive Therapy que em escores menores que 10 o indiviacuteduo foi considerado

sem depressatildeo de 10 a 18 com depressatildeo leve de 19 a 29 com depressatildeo

moderada e escores de 30 a 63 considerados portadores de depressatildeo grave

(GORESTEIN amp ANDRADE 1998)

334477 AAnnaacuteaacutelliisseess bbiiooqquuiacuteiacutemmiiccaass

3471 Condiccedilotildees das coletas

Para a avaliaccedilatildeo dos analiacuteticos verificados neste estudo todos os grupos

foram submetidos a dois momentos de coleta de sangue Entretanto com o intuito

de verificar o comportamento da variaacutevel no periacuteodo de recuperaccedilatildeo submeteu-se

3 grupos (GLA 1h GC e Gmax) a uma coleta e dosagem adicional a saber

G90LA GLA e GPCR 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso e 2ordf coleta)

Imediatamente apoacutes sessatildeo de exerciacutecio

Gmax e GLA1h 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) imediatamente

apoacutes sessatildeo aguda de exerciacutecio e 3ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso

71

GC 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) 20 minutos apoacutes a primeira

coleta e 3ordf coleta) 1h apoacutes a primeira coleta

Para a coleta de sangue toda a amostra foi submetida a um jejum de 12

horas e a uma dieta de 24 horas que restringia os alimentos ricos em

triptofano como tomate abacate nozes banana pickles e berinjela

Adicionalmente foi oferecido um desjejum padratildeo 30 minutos antes do iniacutecio do

repouso inicial Para efeito de controle todas as coletas foram realizadas das

7h30 agraves 10h da manhatilde

Em cada coleta um volume de 5 ml de sangue foi colhido em tubos

vacutainers com heparina para a dosagem da cromatografia quantitativa de

aminoaacutecidos 5 ml de sangue em tubos secos para a dosagem da prolactina e

10 ml em tubos com EDTA para a dosagem da serotonina O sangue foi

centrifugado a 1200 rpm por 20 minutos Apoacutes a centrifugaccedilatildeo o plasma colhido

em tubos com EDTA foi aliquotado para dois tubos contendo 10 mg de EDTA e

75 mg de aacutecido ascoacuterbico e imediatamente centrifugado novamente Todo o

material foi congelado a -20 ordmC e a anaacutelise foi realizada em ateacute 7 dias

3472 Dosagens dos analiacuteticos

Para a dosagem da serotonina foi utilizado meacutetodo de cromatografia

liacutequida de alta eficiecircncia com detector de fluorescecircncia (High-performance

liquid chromatographic ndash Fluorometric Detection - HPLC ndash FD) Esse sistema

consistiu de uma bomba da marca Waters modelo 515 com detector de

fluorescecircncia da marca Waters modelo 474 com comprimento de onda de

excitaccedilatildeo de 285 nm e comprimento de onda de emissatildeo de 345 nm A coluna

analiacutetica utilizada foi a coluna Novandash Pack C 18 (39 x 150 nm) da marca

Waters A fase moacutevel consistiu de um tampatildeo de 507 ml de hidroacutexido de

amocircnia 647 ml de aacutecido aceacutetico glacial e 02 g de EDTA dissoacutedico e 1760 ml

de aacutegua destilada O PH foi ajustado para 51 com 6 M de hidroacutexido de amocircnia

e 325 ml de metanol quinze minutos antes da utilizaccedilatildeo A teacutecnica utilizada foi

a sugerida por Pesce amp Kaplan (1987)

72

Para a dosagem do triptofano e demais aminoaacutecidos utilizou-se

igualmente da teacutecnica HPLC com detector de fluorescecircncia A coluna analiacutetica

utilizada foi a Tchsphere ODS 5micro 150 mm 46 mm O fluxo foi de 09 mlmin o

comprimento da onda de excitaccedilatildeo e de emissatildeo foi de 330 nm e 418 nm

respectivamente Para a fase moacutevel A 40 mM Na2HPO4 PH 78 [55 g NaH2PO4

monohidrato + aacutegua ajustado para o PH 78 com soluccedilatildeo de NaOH (10N)] e

para fase moacutevel B ACN MeOH aacutegua (454510 vv) A teacutecnica sugerida foi

descrita por Woodward amp Henderson Jr (2007)

A prolactina foi dosada utilizando a teacutecnica de imunoensaio com o

equipamento DXI 800 da Baeckam coulter

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Todos os procedimentos metodoloacutegicos deste estudo foram submetidos agrave

apreciaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede

(FS) da Universidade de Brasiacutelia (UnB) conforme resoluccedilotildees Nordm 19696 e 25797

anexo 1 paacutegina 28 Recebendo em 14 de setembro de 2004 o registro de

aprovaccedilatildeo de nordm 0712004 (Anexo 9)

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO

Os dados foram organizados atraveacutes de medidas descritivas (meacutedia e desvio

padratildeo) e submetidos agrave uma anaacutelise exploratoacuteria Os outliers identificados foram

ajustados para que natildeo interferissem excessivamente na meacutedia A teacutecnica utilizada

para a correccedilatildeo desses valores foi a sugerida por Tabachnick e Fidell (2003) em que

os valores extremos superiores e inferiores satildeo ajustados de modo que fiquem igual

a uma unidade acima do valor mais alto ou uma unidade abaixo do menor valor da

amostra respectivamente A normalidade dos dados foi testada utilizando os testes

de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk e a homogeneidade das variacircncias foi

avaliado atraveacutes do teste de Levene Toda a anaacutelise estatiacutestica foi realizada utilizando

o softwares SAS 91 e o SPSS versatildeo 14 for Windowsreg

Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos foi utilizado como medida central a

meacutedia aritimeacutetica e como medida de dispersatildeo o desvio padratildeo Para medidas de

73

prevalecircncia os resultados foram apresentados em forma de frequumlecircncia e percentual

Utilizou-se o teste ldquotrdquo de student para investigar diferenccedilas entre a escolha da

imagem corporal ideal e a imagem corporal real (ICI x ICR) e da imagem corporal

real com a avaliaccedilatildeo do avaliador (ICR x ICA)

Para a anaacutelise de associaccedilatildeo foi utilizada a correlaccedilatildeo linear de Pearson para

identificar relaccedilotildees entre as variaacuteveis antropomeacutetricas com o grau de insatisfaccedilatildeo

com a imagem corporal e tambeacutem entre a capacidade cardiorrespiratoacuteria (VO2pico)

com os niacuteveis de depressatildeo e as variaacuteveis bioquiacutemicas

Utilizou-se a anaacutelise de variacircncia (Split Plot ANOVA) para verificar as

alteraccedilotildees bioquiacutemicas intra e entre grupos

O niacutevel de significacircncia estabelecido foi de ple005

74

44 AANNAacuteAacuteLLIISSEE DDOOSS RREESSUULLTTAADDOOSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

A amostra deste estudo foi formada por 49 mulheres idosas ativas com meacutedia

de 6406plusmn37 anos de idade e de 52plusmn43 anos de escolaridade A maioria estava

inserida em programa de atividade fiacutesica regular por mais de 2 anos (40) com

frequumlecircncia de 3 sessotildees semanais (66) de duraccedilatildeo de 1h (70) e intensidade

maior que 11 na escala percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo de Borg de (82) 551 da

amostra foi classificada como par-Q positivo com maior prevalecircncia nos itens

referentes agrave utilizaccedilatildeo de medicamentos prescritos para o controle da hipertensatildeo

arterial e problemas cardiacuteacos (36) sucedido por sensaccedilotildees de tonturas e

desmaios (18) e problemas ortopeacutedicos (163)

441111 PPeerrffiill aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccoo ddaa aammoossttrraa

Para exame geral dos dados antropomeacutetricos foi realizado uma anaacutelise

descritiva (Tabela 3) seguida por anaacutelise detalhada em forma de percentual (Graacutefico

1) distribuindo os dados por pontos de corte preestabelecidos Para a variaacutevel GC

a meacutedia dos valores indicou ldquoexcesso de gordura corporalrdquo em que 8776 das

idosas apresentaram iacutendices acima de 30 GC A meacutedia do IMC classificou a

amostra com ldquosobrepeso e risco aumentado para comorbidadesrdquo em que apenas

2857 das idosas apresentaram o IMC ldquonormalrdquo

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio padratildeo) das variaacuteveis da amostra Peso

(kg)

Estatura (cm)

GC ()

IMC (kgm2)

RCQ (cm)

CC (cm)

Meacutedia 6332 15429 3666 2655 087 9142

DP plusmn 728 plusmn 676 plusmn 48 plusmn 294 plusmn 005 plusmn 770

A meacutedia dos dados encontrados para o RCQ indicou ldquoiacutendices desfavoraacuteveisrdquo

para a sauacutede em que 7143 da amostra apresentou valores iguais ou acima de

85 cm para esta relaccedilatildeo As meacutedias da CC classificaram a amostra com um ldquorisco

aumentadordquo para doenccedilas crocircnicas adicionalmente percebeu-se que 7959 da

75

amostra estavam classificadas com o ldquorisco muito aumentadordquo para doenccedilas

relacionadas ao acuacutemulo de adiposidade abdominal

Iacutendice de Massa Corporal - IMC

000

5918

12242857

Baixo Peso Peso Normal SobrepesoObesidade I Obesidade II Obesidade III

Percentual de Gordura- G

0 1224

8776

Abaixo do Peso Peso Normal Excesso Gordura

Relaccedilatildeo Cintura Quadril- RCQ

2857

7142

Favoraacutevel Desfavoraacutevel

Circunferecircncia de Cintura- CC

2041

7959

Risco Aumentado Risco Muito Aumentado Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ GC CC e IMC)

apresentadas por mulheres idosas participantes deste estudo

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA

A anaacutelise dos dados obtidos na avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia demonstrou que

a maioria (7826) das idosas foi classificada com uma aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquoregularrdquo Nenhuma das idosas avaliadas apresentou aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquomuito fracardquo ou ldquoexcelenterdquo Menores fraccedilotildees foram observadas entre as

classificaccedilotildees ldquofracardquo e ldquoboardquo (87 e 1304 respectivamente) Segundo dados

disponibilizados (Tabela 4) o tempo meacutedio do teste de potecircncia aeroacutebia foi de 12

minutos e a descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido apresentada pelas voluntaacuterias no

uacuteltimo estaacutegio do teste de esforccedilo relacionava-se aos estaacutegios da Escala de Borg

ldquointensordquo e ldquomuito Intensordquo

76

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o teste de potecircncia aeroacutebia

Variaacuteveis observadas FCrep

(bpm) FCmax (bpm)

VO2pico (mlkgmin)

R Duraccedilatildeo (s)

PSE

METs

Meacutedia 7172 14795 2068 109 62530 1783 591

DP plusmn 1083 plusmn 568 plusmn 249 plusmn 003 plusmn 8837 plusmn 158 plusmn 086

FCrep= frequumlecircncia cardiacuteaca de repouso FCmax= frequecircncia cardiacuteaca maacutexima VO2pico = consumo pico de oxigecircnio R = razatildeo de troca respiratoacuteria Duraccedilatildeo = tempo do teste PSE= percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo e METs= equivalente metaboacutelico basal

Para a meacutedia do iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (IPE) pelos grupos

experimentais durante o teste de carga percebeu-se que as intensidades atingidas

foram compatiacuteveis com as intensidades prescritas

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo do Iacutendice de Percepccedilatildeo Subjetiva de Esforccedilo durante teste de carga GRUPO Meacutedia e Desvio Padratildeo IPE

GC _____ _____ G90LA 925 plusmn 12 Leve GLA 113 plusmn 05 Moderada G90PCR 137 plusmn 18 Intensa (Moderada Alta) Gmax 174 plusmn 08 Muito Intensa (Alta) GLA1h 125 plusmn 10 Moderada

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

431 Performance cognitiva

Para anaacutelise da performance cognitiva a amostra foi distribuiacuteda em extratos

formados por tempo (anos) de escolaridade previamente estabelecido pelos pontos

de corte adotados Observou-se que a maioria (5918) das idosas apresentaram

entre 1 e 4 anos de escolaridade seguido pelos extratos de 9 a 11 anos e de 5 a 8

anos de escolaridade (1836 102 respectivamente) Menores percentuais

(613 e 613) foram atribuiacutedos ao primeiro e ao uacuteltimo extratos referentes a

analfabetos e 12 ou mais anos de escolaridade

O Graacutefico 2 apresenta na maioria das vezes uma equivalecircncia entre a

performance cognitiva obtida pelas idosas que constituiacuteram a amostra desta

investigaccedilatildeo e os escores esperados para populaccedilotildees com as mesmas caracteriacutesticas

de idade e escolaridade Dados apresentados (Tabela 8) mostraram correlaccedilatildeo

77

positiva e significativa entre a performance cognitiva e a capacidade

cardiorrespiratoacuteria (VO pico) 2

1923

2527 27 27 28 28 29 28

0

5

10

15

20

25

30

Perfo

rman

ce C

ogni

tiva

0 1 a 4 5 a 8 9 a 11 gt12

Esperado Avaliado

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos) da performance cognitiva (avaliado) e dos valores de referecircncia (esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte

432 Imagem corpora432 Imagem corporall

Para efeito de melhor compreensatildeo da imagem corporal os dados

antropomeacutetricos das idosas voluntaacuterias deste estudo foram alocados para as

silhuetas indicadas como imagem corporal real (Tabela 6) Percebe-se que a

tendecircncia da maioria dos valores do IMC do GC e CC foi apresentada de forma

crescente correspondendo agrave expectativa subjetivada pela escala de silhuetas em

que as mulheres satildeo ordenadas da mais magra agrave mais obesa

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da amostra distribuiacutedos por silhuetas

Silhueta Indicada como Imagem Corporal Real 1 2 3 4 5 6 7 8 9

GC 2870 3215 3637 3642 4428 4340 plusmn 265 plusmn 417 plusmn 339 plusmn 447 plusmn 145 plusmn 000

CC 9333 7850 9078 9186 9550 9800 plusmn 1210 plusmn 212 plusmn 797 plusmn 563 plusmn 1115 plusmn 000

RCQ 091 079 087 089 087 097 plusmn 002 plusmn 004 plusmn 006 plusmn 004 plusmn 011 plusmn 000

IMC 2176 2148 2574 2747 3088 2915 plusmn 125 plusmn 182 plusmn 222 plusmn 201 plusmn 220 plusmn 000

GC = percentual de gordura corporal () IMC= iacutendice de massa corporal (kg m2) CC= circunferecircncia de Cintura (cm) e RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril (cm)

78

Dados apresentados (Graacutefico 3) indicam que a imagem corporal real (ICR)

representada em sua maioria pelas silhuetas de nuacutemero 5 (4286) natildeo coincidiu

com a imagem corporal que as idosas apontaram como ideal (ICI) representadas

pelas silhuetas de nuacutemero 3 (4286) Esse deslocamento da ICR para ICI na

maioria das vezes apresentada de maiores silhuetas em direccedilatildeo a silhuetas menores

sinalizou grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal significativo (ple 0001) por

parte das idosas (Graacutefico 4) Adicionalmente natildeo foi identificada diferenccedila

significativa (p= 033) entre a avaliaccedilatildeo da ICR realizada pela idosa e a avaliaccedilatildeo

efetivada pelo avaliador (ICA) o que indicou presumivelmente ausecircncia de

distorccedilatildeo e discrepacircncia na avaliaccedilatildeo da IC realizada

612 612

1429

408

4286

36743265

429

204

816

204 2 0 0 005

1015202530354045

1 2 3 4 5 6 7 8 9

REAL IDEAL

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como

imagem corporal real e imagem corporal ideal

Dados referentes ao questionaacuterio sobre a IC indicaram que 511 das idosas

afirmaram que sua aparecircncia fiacutesica natildeo se aproximava dos padrotildees de beleza atuais

536 asseguraram ter realizado dieta para a reduccedilatildeo do peso corporal para fins

esteacuteticos Embora 9387 da amostra tenham afirmado nunca ter se submetido a

uma intervenccedilatildeo de cirurgia plaacutestica com intuito de melhorar sua imagem corporal

6326 asseguraram que se submeteriam a esta modalidade de intervenccedilatildeo

ciruacutergica se disponibilizada gratuitamente

79

25

-05

0

05

1

15

2

25G

rau

de In

satis

faccedilatilde

o- IC

R (

)

152127

1

-033 0

S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal por silhuetas (S) de 1 a 9

Os resultados descritos na Tabela 7 apoacutes o teste de correlaccedilatildeo de Pearson

(r) indicaram que o grau de insatisfaccedilatildeo com a ICR apresentou uma correlaccedilatildeo

positiva fraca e moderada com o percentual de gordura corporal e o iacutendice de massa

corporal respectivamente O IMC foi a variaacutevel que apresentou maior prediccedilatildeo para

as demais variaacuteveis indicando ainda relaccedilatildeo positiva moderada com o percentual de

gordura e circunferecircncia de cintura e fraca com a relaccedilatildeo cintura e quadril

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

Variaacuteveis

IMC GC CC RCQ GI 1 0669 0520 O290 0463 IMC 0669 1 0297 O001 0325 GC 0520 0297 1 0735 0067 CC 0290 0001 0735 1 0002 RCQ 0463 0325 0067 0002 1 GI

ple 005 ple 001 ple 0001 GI = grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal IMC= iacutendice de massa corporal GC= percentual de gordura corporal CC= circunferecircncia de cintura RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril e GI= grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal real

443333 NNiacuteiacutevveeiiss ddee qquuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Segundo as meacutedias apresentadas no Graacutefico 5 a amostra classificou-se com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida tanto para o domiacutenio fiacutesico como para os

domiacutenios psicoloacutegico e social A menor meacutedia foi observada para o domiacutenio

80

ambiental que ficou classificado com o niacutevel ldquonem ruim e nem bomrdquo Na meacutedia geral

destes quatro domiacutenios considerada como o quesito ldquoqualidade de vida geralrdquo a

amostra foi classificada com um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida

74496922 7075

58106818

0102030405060708090

100

Niacutev

el d

e Q

ualid

ade

de V

ida

Fis Psic Soc Amb geral

ndashGraacutefico 5 Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (fis) psicoloacutegico (Psic) social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral obtida entre estes domiacutenios (geral)

443344 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Para verificar os niacuteveis indicativos de depressatildeo a amostra foi distribuiacuteda para

os pontos de corte preacute estabelecidos (Graacutefico 6) Os resultados indicaram que a

maioria da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo leverdquo (551) seguida pelas

classificaccedilotildees ldquosem depressatildeordquo (4285) e ldquodepressatildeo moderadardquo (205)

Nenhuma parcela da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo graverdquo

4285

551

205 0

0

10

20

30

40

50

60

Dis

tribu

iccedilatildeo

()

Niacutev

eis

de D

epre

ssatildeo

lt 10 10 a 18 19 a 29 30 a 63

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de depressatildeo

81

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e consumo pico de oxigecircnio (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina em repouso MMSE BDI VO2pico SEROTONINA TRIPTOFANO PROLACTINA MMSE 1 -239 290 094 -243 095 BDI -239 1 -303 -176 -254 134 VO2pico 290 -303 1 176 159 -197 SEROTONINA 094 -176 176 1 211 -046 TRIPTOFANO -243 -254 159 211 1 -118 PROLACTINA 095 134 -197 -046 -118 1

ple 005

Resultados indicaram (Tabela 8) que os escores indicativos de depressatildeo

(BDI) natildeo se correlacionaram com os niacuteveis plasmaacuteticos (repouso) de serotonina do

triptofano e da prolactina Por outro lado uma relaccedilatildeo negativa e significativa desta

variaacutevel foi observada com a potecircncia aeroacutebia (VO2pico) Indicando que quanto

maior for os niacuteveis de VO pico menores escores de depressatildeo foram observados 2

Triptofano

591

4832 4746

0

10

20

30

40

50

60

70

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

mm

l

Prolactina

484548

37

0

1

2

3

4

5

6

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

gm

l

Serotonina

1575614614

1296

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nono

gm

l

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo

82

Apoacutes anaacutelise inferencial nenhuma diferenccedila significativa dos niacuteveis

perifeacutericos (em repouso) do triptofano da prolactina e da serotonina foi

observada entre os grupos ldquosem depressatildeordquo ldquodepressatildeo leverdquo e ldquodepressatildeo

moderadardquo (Graacutefico 7) No entanto a distribuiccedilatildeo dos dados sinaliza um

decreacutescimo das concentraccedilotildees desses analiacuteticos agrave medida que a classificaccedilatildeo dos

escores apresentou maior indicativo de depressatildeo

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2) VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) Idade

n= 8 IMC n= 8

VO2pico n= 8

Tempo Teste n= 8

P valor 09336 04454 01483 08228

GC 6262 plusmn 440 2676 plusmn 329 2011 plusmn 192 1131 plusmn 145

G90LA 6612 plusmn 364 2591 plusmn 422 2030 plusmn 319 1210 plusmn 171

GLA 6550 plusmn 430 2708 plusmn 280 1944 plusmn 152 1130 plusmn 150

G90PCR 6362 plusmn 350 2692 plusmn 280 2069 plusmn 271 1147 plusmn 168

Gpico 6362 plusmn 377 2635 plusmn 289 2198 plusmn 294 1205 plusmn 115

GLA1h 6300 plusmn 254 2631 plusmn 222 2134 plusmn 176 1223 plusmn 156

IMC= iacutendice de massa corporal VO2pico= consumo pico de oxigecircnio

A homogeneidade entre grupos (Tabela 9) foi assumida depois de testados os

criteacuterios de inclusatildeo adotados para seleccedilatildeo e alocaccedilatildeo da amostra para o grupo

controle (GC) e os grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h)

Nesse sentido nenhuma diferenccedila significativa foi observada entre as variaacuteveis

idade IMC VO2pico e duraccedilatildeo do teste de potecircncia aeroacutebia

83

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intra grupo preacute e poacutes-testes das variaacuteveis serotonina triptofano os aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e os de cadeia ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h)

Variaacutevel GC G90LA GLA

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 11491 plusmn 1933 11749 plusmn 2440 08184 14298 plusmn 3158 12788 plusmn 3158 04609 13123 plusmn 4424 11949 plusmn 4425 06040

Triptofano 6404 plusmn 2756 6199plusmn 2216 08721 5739 plusmn 3321 5606 plusmn 3321 09392 4213 plusmn 2092 5285 plusmn 3295 04499

Prolactina 460 plusmn 139 453 plusmn 139 09154 584 plusmn 169 529 plusmn 169 05268 559 plusmn 149 523 plusmn 096 05729

AAA 16691 plusmn 3593 17220 plusmn 5511 08235 15146 plusmn 5492 17558 plusmn 5492 03481 12849 plusmn 2356 15203 plusmn 4287 01951

AACR 61748 plusmn 14830 60585 plusmn 16427 08840 49553plusmn 16146 54339 plusmn 16146 05897 46411 plusmn 8074 51918 plusmn 14224 03571

TRP_AAA 03727 plusmn 01511 03774 plusmn 01116 09440 03058 plusmn 01787 02752 plusmn 00941 06750 03406 plusmn 01851 03434 plusmn 01732 09758

TRP_ AACR 00922 plusmn 00212 01037 plusmn 00309 04000 01094 plusmn 00459 01057 plusmn 00547 08855 00905 plusmn 00408 01013 plusmn 00523 06532

Variaacutevel G90PCR Gmax GGLA1h

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 15664 plusmn 2905 14488 plusmn 4188 05245 19215 plusmn 3600 17210 plusmn 3678 028912 18197 plusmn 2658 19093 plusmn 1245 03730

Triptofano 3591 plusmn 898 4151 plusmn 2187 05137 5724 plusmn 2351 4315 plusmn 2837 029778 5723 plusmn 1062 5934 plusmn 1775 07634

Prolactina 535 plusmn 176 551 plusmn 184 08592 463 plusmn 125 489 plusmn 131 068794 514 plusmn 155 570 plusmn 173 04832

AAA 10984 plusmn 2673 10701 plusmn 2807 08396 13079 plusmn 3969 12763 plusmn 3357 086584 12843 plusmn 2750 13052 plusmn 2934 08781

AACR 39965 42194 42194 plusmn 10914 06732 45514plusmn 10710 40323 plusmn 11663 036948 45852plusmn 8460 45691 plusmn 10569 09720

TRP_AAA 03391 plusmn 00889 03953 plusmn 01657 04124 04298 plusmn 01187 03205 plusmn 01520 013155 04541 plusmn 00780 04583 plusmn 00935 09182

TRP_ AACR 00939 plusmn 00309 00997 plusmn 00394 07484 01207 plusmn 00373 01087 plusmn 00578 062848 01256 plusmn 00146 01301 plusmn 00146 06109

p le 005 - Efeito significante percebido apoacutes comparaccedilatildeo intra grupo entre os momentos preacute e poacutes-testes

84

Para a compreensatildeo das respostas do sistema serotonineacutergico aos diferentes

estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico foram analisados (intra e entre os grupos)

o comportamento dos niacuteveis perifeacutericos da serotonina do triptofano da prolactina e

dos aminoaacutecidos aromaacuteticos e de cadeia ramificada e da proporccedilatildeo do triptofano

com estes aminoaacutecidos

Apoacutes anaacutelise intra grupos diferenccedilas (ple 005) entre as meacutedias desses

analiacuteticos soacute foram observadas entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste2 ou poacutes-

teste1 x poacutes-teste2 nos grupos GC Gmax e GLA1h que foram submetidos ao

momento Poacutes2 Nesse sentido nenhuma diferenccedila estatiacutesticamente significativa foi

observada (Tabela 10) entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste1 (Tabela 11)

Considerando que os criteacuterios para estabelecer se uma alteraccedilatildeo seja ou natildeo

significativa nem sempre coadunam entre as anaacutelises estatiacutesticas e as anaacutelises

cliacutenicas as meacutedias aritimeacuteticas obtidas foram distribuiacutedas graficamente por variaacuteveis

e grupos para melhor compreensatildeo das respostas metaboacutelicas produzidas por cada

protocolo aqui investigado

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2 das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h Preacute-teste x poacutes-teste1 Preacute-teste x poacutes-teste2 Poacutes-teste1 x poacutes-teste2

VARIAVEL GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h

SEROTONINA 08184 02891 03730 07791 00258 02797 09138 01776 00516

TRIPTOFANO 08721 02978 07634 05410 00514 03195 06127 05172 03145

PROLACTINA 09154 06879 04832 10000 05735 09877 09170 08095 04790

AAA 08235 08658 08781 02046 04434 04571 02458 05063 03756

AACR 08840 03695 09720 08199 00735 03246 09596 03889 03992

TRP_AAA 09440 01315 09182 07335 00477 07281 07456 09513 06768

TRP_AACR 04000 06285 06109 08470 02531 08146 04869 07114 07400

Aminoaacutecidos aromaacuteticos= AAA aminoaacutecidos de cadeia ramificada= AACR triptofano= TRP p le 005

85

441 Serotonin441 Serotoninaa

Nenhum dos grupos avaliados apresentou alteraccedilatildeo significativa (ple 005)

para a comparaccedilatildeo dos niacuteveis serotonineacutergicos em resposta ao fator experimental

entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste Todavia diferenccedilas significativas foram

observadas apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo nos grupos Gmax entre os

momentos preacute-teste x poacutes-teste2 e no GLA1h entre os momentos poacutes-teste1 x

poacutes- teste2

0

50

100

150

200

nano

gm

l

Serotonina

Pre 11491 14298 13123 15664 19215 18197

Poacutes 11749 12788 11949 14488 1721 19093

Poacutes2 11926 14498 16515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

p le 005

Observou-se que o exerciacutecio de curta duraccedilatildeo le 20 minutos tende a reduzir os

niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina imediatamente apoacutes o seu teacutermino o que natildeo foi

observado para os exerciacutecios de maior duraccedilatildeo (1h) que apresentou um incremento

imediato seguido de um decliacutenio significativo apoacutes 20 minutos de repouso

Adicionalmente comparaccedilatildeo entre grupos (Tabela 12) sinalizou diferenccedilas

significativas entre os niacuteveis de serotonina entre GLA1h x G90LA (ple 0001) e entre

o GLA1h x G90PCR (ple 005) Diferenccedilas iniciais (preacute-teste x poacutes-teste) significativas

entre vaacuterios grupos impossibilitaram comparaccedilatildeo entre os mesmos

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

86

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 14298 plusmn 3158 -2806 01383 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -1039 04738 Preacute 13123 plusmn 4424 -1631 03555 GLA Poacutes 11949 plusmn 4425 -200 09125 Preacute 15664 plusmn 2905 -4173 00045 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2739 01323 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -7724 00001 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5461 00035

444422 TTrriippttooffaannoo

Resultados (Graacutefico 9) indicam aumento (pgt 005) imediato dos niacuteveis do

triptofano aminoaacutecido precursor da serotonina apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de

intensidade moderada (GLA e GLA1h) agrave moderada alta (G90PCR) Respostas

inversas foram observadas apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e alta

intensidade (Gmax) que apresentou decliacutenio um imediato dos niacuteveis de

tripotofano que foram reduzidos significativamente (ple 005) apoacutes 20 minutos do

teacutermino do exerciacutecio

Poacutes 2 14498 plusmn 3956 -2572 02083 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -6705 00001 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7345 00001 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -4589 00232 GLA Preacute 14298 plusmn 3158 -1175 06133 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -839 06692 Preacute 15664 plusmn 2905 -2541 01959 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2539 02582 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -6093 00092 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5261 00092 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -5074 00333 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7145 00218

Preacute 15664 plusmn 2905 -1366 04935 G90LA G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -1700 03748 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -4918 00333 Poacutes 17210 plusmn 3678 -4423 00218 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -3899 00602 Poacutes 19093 plusmn 1245 -6306 00001

Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -3551 00476 G90PCR Poacutes 17210 plusmn 3678 -2723 01888 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -2533 00800 Poacutes 19093 plusmn 1245 -4606 00065

05137 Gmax GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 1018 Poacutes 19093 plusmn 1245 -1883 01675 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -2017 02908 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

87

0

10

20

30

40

50

60

70nm

olm

l

Triptofano

Preacute 6404 5739 4213 3591 5724 5723Poacutes 6199 5606 5285 4151 4315 5934Poacutes2 5712 3537 5242

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 ndash Preacute-teste x Poacutes-teste2 Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

A comparaccedilatildeo entre grupos para a variaacutevel do triptofano foi impossibilitada

entre as anaacutelises GC x GLA GC x G90PCR G90PCR x Gmax e G90PCR x GLA1h por

natildeo apresentarem homogeneidade inicial e logicamente apresentarem diferenccedilas

antes mesmo da anaacutelise inferencial o que confundiria atribuiacute-las ao tratamento

Todavia diferenccedilas significativas foram percebidas entre as respostas das

concentraccedilotildees desse aminoaacutecido apresentadas por indiviacuteduos idosos submetidos agrave

sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e intensidade maacutexima (Gmax) e os submetidos

a exerciacutecios de duraccedilatildeo de 1h e intensidade moderada (GLA1h) Antes e

imediatamente apoacutes a sessatildeo de exerciacutecios as meacutedias das concentraccedilotildees de

triptofano entre esses grupos natildeo foram significativas o que apenas foi observado

apoacutes 20minutos de recuperaccedilatildeo (p= 0 999 P= 0173 e p= 0019 respectivamente)

Da mesma forma o Gmax apresentou diferenccedila significativa apoacutes ser comparado

com o Grupo controle (p= 06038 p= 0 1611 p= 00160 respectivamente)

88

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

444433 PPrroollaaccttiinnaa

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 5739 plusmn 3321 665 06796 Poacutes 5606 plusmn 3321 592 06811 GLA Preacute 4213 plusmn 2092 2191 00949 Poacutes 5285 plusmn 3295 914 05257 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2813 00158 Poacutes 4151 plusmn 2187 2047 00840 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 680 06038 Poacutes 4315 plusmn 2837 1884 01611 Poacutes 2 3537 plusmn 1704 2175 00160 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 680 05021 Poacutes 5934 plusmn 1775 264 07841 Poacutes 2 5242 plusmn 918 2175 04344 G90LA GLA Preacute 4213 plusmn 2092 1526 03083 Poacutes 5285 plusmn 3295 321 08488 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2148 01155 Poacutes 4151 plusmn 2187 1455 03182 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 015 00310 Poacutes 4315 plusmn 2837 1291 08990 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 015 09901 Poacutes 5934 plusmn 1775 -328 07996 GLA G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 621 04530 Poacutes 4151 plusmn 2187 1134 04310 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -1511 01958 Poacutes 4315 plusmn 2837 970 05382 GGLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -1511 00751 Poacutes 5934 plusmn 1775 -649 06144 G90PCR Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -2133 08990 Poacutes 4315 plusmn 2837 -164 03582 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -2132 00005 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1783 00833 Gmax GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 000 09996 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1619 01734 Poacutes 2 5242 plusmn 918 -1705 00197

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

89

Embora nenhuma mudanccedila significativa tenha sido percebida nas

concentraccedilotildees da prolactina apoacutes comparaccedilatildeo intra grupos (Graacutefico 10) maiores

alteraccedilotildees foram apresentadas pelos grupos submetidos agrave sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos do que no GC Aumento das concentraccedilotildees de prolactina foi observado nos

grupos submetidos a exerciacutecios de intensidades mais elevadas (G90PCR e Gmax) e

aos de maior duraccedilatildeo (GLA1h) Apesar de todos os grupos apresentarem

homogeneidade entre as meacutedias iniciais nenhuma diferenccedila significativa foi

observada entre as meacutedias dos diversos tipos de protocolos de exerciacutecios que as

idosas foram submetidas (Tabela 14)

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel

prolactina nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP

DIFERENCcedilA p

GC Preacute 584 plusmn 169 -1237 01330 G90LA Poacutes 529 plusmn 169 -0762 03405 Preacute 559 plusmn 149 -0987 01916 GLA Poacutes 523 plusmn 096 -0700 02611 Preacute 535 plusmn 176 -0750 03595 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0987 02451 Gmax Preacute 463 plusmn 125 -0025 09703 Poacutes 489 plusmn 131 -0362 05995 Poacutes2 508 plusmn 189 -0488 05712 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0544 04596 Poacutes 570 plusmn 173 -1175 01464 Poacutes2 515 plusmn 144 -0555 04403

GLA Preacute 559 plusmn 149 0250 07592 G90LA Poacutes 523 plusmn 096 0062 09288 Preacute 535 plusmn 176 0487 05820 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0225 08023 Gmax Preacute 463 plusmn 125 1212 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0400 01267 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0693 03933 Poacutes 570 plusmn 173 -0412 06267 GLA Preacute 535 plusmn 176 0237 07751 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0287 07010 Gmax Preacute 463 plusmn 125 0962 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0337 05665 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0443 05584 Poacutes 570 plusmn 173 -0475 05027

Gmax Preacute 463 plusmn 125 0725 03582 G90PCR Poacutes 489 plusmn 131 0625 04462 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0205 08013 Poacutes 570 plusmn 173 0225 08312 Gmax GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0519 04629 Poacutes 570 plusmn 173 -0812 02966 Poacutes2 515 plusmn 144 -0068 09343

90

444444 AAmmiinnooaacuteaacutecciiddooss aarroommaacuteaacutettiiccooss ee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ddee ccaaddeeiiaa rraammiiffiiccaaddaa

Anaacutelises estatiacutesticas intra grupos (Graacutefico 11) natildeo indicaram diferenccedilas

significativas para a comparaccedilatildeo das meacutedias das concentraccedilotildees dos Aminoaacutecidos

Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia Ramificada (AACR) Respostas aos diferentes

protocolos de exerciacutecios a que as idosas voluntaacuterias deste estudo foram submetidas

indicaram uma tendecircncia das concentraccedilotildees desses grupos de aminoaacutecidos a elevar-

se imediatamente apoacutes exerciacutecios de intensidades leves e moderadas

Adicionalmente agrave medida que a intensidade foi elevada uma reduccedilatildeo gradual destas

concentraccedilotildees foi observada

Comparaccedilotildees entre grupos (Apecircndices 1 e 2) natildeo indicaram diferenccedilas (ple

005) para as respostas das concentraccedilotildees dos AACRs aos diferentes protocolos de

exerciacutecios preestabelecidos neste estudo Apesar de natildeo apresentarem niacutevel de

significacircncia aqui estabelecido (ple 005) percebeu-se que o grupo Gmax apresentou

diferenccedilas relevantes ao ser comparado (preacute e poacutes-testes) com os grupos G90LA e

GLA (de p= 06009 para p= 00664 e de p= 08526 para p= 00963

respectivamente)

Para as concentraccedilotildees dos AAAs foram observadas diferenccedilas significativas

entre os grupos G90LA e Gmax G90LA e GLa1h e GLA e G90PCR

Anaacutelises comparativas intra grupos (Graacutefico 12) natildeo indicaram nenhuma alteraccedilatildeo

significativa entre os momentos preacute e poacutes-testes tanto para a relaccedilatildeo do triptofano e

os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRP-AACR) como da relaccedilatildeo do triptofano

para os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRP-AAA) Entretanto resposta significativa foi

apresentada pelo Gmax entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste2 quando um

decliacutenio significativo da relaccedilatildeo TRP-AAA foi observado A exposiccedilatildeo graacutefica pode

facilitar a observaccedilatildeo de certa similaridade nas oscilaccedilotildees promovidas pelo exerciacutecio

entre essas duas relaccedilotildees Diferenccedilas (ple005) foram observadas somente na

comparaccedilatildeo entre os grupos (Apecircndices 3 e 4) Gmax e GLA1h tanto para a relaccedilatildeo

entre TRP-AACR quanto para a relaccedilatildeo entre TRP-AAA (p= 07216 p= 03161 p=

00364 e p= O6217 p= 00376 p= 00080 respectivamente)

91

0

50

100

150

200

nmol

ml

Aminoaacutecidos Aromaacuteticos

Preacute 16691 15146 12849 10984 13079 12843Poacutes1 1722 17558 15203 10701 12763 13052Poacutes2 1662 11447 12022

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h 0

100

200

300

400

500

600

700

Aminoaacutecidos de Cadeia Ramificada

Preacute 61748 49553 46411 39965 45514 45852Poacutes1 60585 54339 51918 42194 40323 45691Poacutes2 60222 35493 4173

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de AACR e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

92

0

002

004

006

008

01

012

014

TRP-AACR

Preacute 00922 01094 00905 00939 01207 01256Poacutes1 01037 01057 01013 00997 01087 01301Poacutes2 00979 00998 01272

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h0

00501

01502

02503

035

0404505

TRP-AAA

Preacute 03727 03058 03406 03391 04298 04541Poacutes1 03774 02752 03434 03953 03205 04583Poacutes2 03947 03167 04409

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes da relaccedilatildeo do triptofano e aminoaacutecidos aromaacuteticos e do triptofano com os aminoaacutecidos de cadeia ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

93

55 DDIISSCCUUSSSSAtildeAtildeOO

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

As respostas fisioloacutegicas observadas apoacutes avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia de

mulheres idosas no presente estudo indicaram sinais de esforccedilo maacuteximo baseado

em paracircmetros fisioloacutegicos como a FCmax que atingiu 948 da frequumlecircncia

cardiacuteaca esperada apoacutes teste de esforccedilo maacuteximo (220 ndash idade) medida proacutexima do

valor alcanccedilado (952 957) em estudos que submeteram idosos brasileiros a

um teste incremental em esteira (SILVA et al 2007 VACANTI et al 2004) Outras

variaacuteveis observadas como a razatildeo de troca respiratoacuteria R= 109 a percepccedilatildeo

subjetiva de esforccedilo 17 a duraccedilatildeo meacutedia do teste entre 10 e 12 minutos e a

incapacidade de responder ao estiacutemulo verbal para dar continuidade ao exerciacutecio

satildeo da mesma forma reconhecidas na literatura cientiacutefica como preditoras de

esforccedilo maacuteximo para indiviacuteduos idosos (NEDER amp NERY 2002 SBC 2002)

Em concordacircncia com o relato de vaacuterios estudos que reportaram um

decreacutescimo de 5 a 15 por deacutecada da funccedilatildeo cardiovascular maacutexima apoacutes os 25

anos de idade em funccedilatildeo do processo do envelhecimento (ACSM 1998) as mulheres

idosas (6406plusmn37 anos) voluntaacuterias da presente investigaccedilatildeo apresentaram um

VO2pico (2068 mlkgmin) inferior ao de mulheres ativas de faixas etaacuterias menores

(FLEG 2005) e superiores aos apresentados por mulheres faixa etaacuteria maior

(FOSTER 1986) Apesar da capacidade cardiorrespiratoacuteria apresentada pelas

voluntaacuterias ser classificada segundo a American Heart Association (1972) como

ldquoregularrdquo observou-se que o volume maacuteximo de oxigecircnio consumido foi menor que o

observado em estudos (DE WILD et al 1995 SILVA et al 2007) com mulheres de

idade mais avanccedilada (2224plusmn493 e 246plusmn47 mlkgmin 6712plusmn516 e 728plusmn36

anos respectivamente) Tal fato pode estar relacionado com o alto iacutendice de

sobrepeso e obesidade avaliados Apesar de controverso (GORAN 2000) presume-

se que mulheres obesas apresentem reduccedilatildeo da aptidatildeo fiacutesica e da capacidade

funcional em relaccedilatildeo agraves eutroacuteficas e com sobrepeso (ORSI 2008)

94

Agrave semelhanccedila de pesquisas realizadas com a populaccedilatildeo brasileira (SANTOS amp

SICHIERI 2005 KRAUSE et al 2007) e de outros paiacuteses (VISSER et al 1999

ZHANG 2008) este estudo observou que as mulheres idosas apresentaram alta

prevalecircncia de sobrepeso obesidade e presumivelmente elevada predisposiccedilatildeo a

doenccedilas crocircnicas decorrentes do acuacutemulo de gordura Segundo a Organizaccedilatildeo

Mundial da Sauacutede (2003) tais doenccedilas tecircm sido associadas ao acuacutemulo de massa

gorda global avaliada neste estudo pelas medidas do IMC e do GC e os riscos

relativos para essas doenccedilas satildeo verificados pela obesidade central avaliados neste

estudo atraveacutes das medidas da RCQ e CC (OMS 2003)

A despeito dos resultados aqui analisados sabe-se que tanto as medidas

antropomeacutetricas como seus respectivos pontos de corte disponibilizados na literatura

para essa parcela populacional ainda satildeo inconsistentes o que consequumlentemente

torna questionaacutevel sua relaccedilatildeo verdadeira para prediccedilatildeo agrave mortalidade e aos fatores

de risco (JANSSEN amp MARK 2007) Uma vez que em sua maioria satildeo validados para

populaccedilotildees mais jovens e desconsideram a redistribuiccedilatildeo natural da composiccedilatildeo

corporal durante o processo do envelhecimento assim como para caracteriacutesticas

peculiares de cada raccedila (EMED KRONBAUER MAGNONI 2006 TINOCO et al 2006)

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

552211 PPeerrffoorrmmaannccee ccooggnniittiivvaa

A avaliaccedilatildeo da performance cognitiva eacute amplamente utilizada em estudos com

indiviacuteduos idosos (LAKS et al 2003 BRUCKI et al 2003 LURENCcedilO amp VERAS

2006) Embora os motivos que induzem o deacuteficit cognitivo com o passar dos anos

ainda natildeo estejam bem estabelecidos na literatura supotildee-se que a reduccedilatildeo da

velocidade no processamento de informaccedilotildees o decreacutescimo de atenccedilatildeo o deacuteficit

sensorial a reduccedilatildeo da capacidade de memoacuteria de trabalho o prejuiacutezo na funccedilatildeo do

lobo frontal e na funccedilatildeo neurotransmissora aleacutem da deterioraccedilatildeo da circulaccedilatildeo

sanguiacutenea central e do decliacutenio da atuaccedilatildeo da barreira hematoencefaacutelica estejam

envolvidos Eacute de entendimento cientiacutefico que o envelhecimento atue como um dos

principais fatores de risco para a queda do desempenho cognitivo e que aumente a

vulnerabilidade desse processo (ANTUNES et al 2006)

95

Apesar de a performance cognitiva ser avaliada nesse estudo apenas para

disponibilizar de forma superficial o perfil cognitivo da amostra e para o

rastreamento de possiacuteveis casos de demecircncia natildeo se pode desaperceber a

equivalecircncia entre os escores obtidos e os resultados previstos para essa populaccedilatildeo

propondo supostamente que a amostra apresentou suas funccedilotildees cognitivas

preservadas (BRUCKI et al 2003)

Segundo estudo realizado por Laks et al (2003) que randomizou um

nuacutemero de 341 idosos brasileiros (65 a 84 anos) para dois grupos idosos mais

jovens (7313plusmn527) e idosos mais velhos (88plusmn490) que foram subdivididos para

2 subgrupos (alfabetizados e natildeo-alfabetizados) foi observado que

comparativamente os grupos se diferenciavam tanto por faixa etaacuteria como para o

fator ldquoescolaridaderdquo O escore geral observado em idosos mais jovens (natildeo-

alfabetizados e alfabetizados) daquele estudo apresentou-se bem menor que os

deste estudo (1729plusmn440 2242plusmn498 e 23plusmn00 2715plusmn301 respectivamente)

Da mesma forma este estudo apresentou valores superiores aos apresentados por

Lourenccedilo e Veras (2006) que encontraram em indiviacuteduos (n=303) com idade

acima de 65 anos escores de 1819 para idosos analfabetos e 2425 para

alfabetizados Adicionalmente escores observados neste estudo (2300plusmn00

2672plusmn302 2760plusmn482 2788plusmn1154 2833plusmn057) por niacuteveis de escolaridade

(analfabeto 1 a 4 5 a 8 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo) foram maiores que

os apresentados por Brucki et al (2003) na faixa etaacuteria referente (1881plusmn296

2485plusmn303 2657plusmn151 2875plusmn126 e 2717 plusmn194)

Presume-se que essa aparente vantagem entre maiores escores deste

estudo em relaccedilatildeo aos demais possa estar relacionada com a praacutetica regular de

exerciacutecios fiacutesicos um dos criteacuterios de inclusatildeo aqui estabelecidos uma vez que

detectou-se relaccedilatildeo positiva e significativa entre a performance cognitiva com a

capacidade cardiorrespiratoacuteria das idosas avaliadas (Tabela 8) Acredita-se que a

atividade fiacutesica sistematizada possa atuar como alternativa natildeo medicamentosa

para a melhora cognitiva de idosas natildeo-demenciadas (ANTUNES et al 2001) por

estar envolvida com fatores de crescimento neural como BNDF (brain-derived

neurotrophic factor) ou a outros estimuladores neurogecircnicos que atuam na

manuntenccedilatildeo da funccedilatildeo cerebral e na promoccedilatildeo da plasticidade neural (ANTUNES

96

et al 2006) e por agir de forma natildeo-farmacoloacutegica com accedilotildees neurotransmissoras

capazes de intervir na performance cognitiva (ANTUNES et al 2001 ANSTEY et

al 2004 ANTUNES et al 2006)

Relatos cientiacuteficos tecircm investigado a accedilatildeo neurotransmissora sobre o processo

cognitivo e confirmam que aleacutem do sistema colineacutergico tambeacutem o sistema

serotonineacutergico exerccedila inferecircncia sobre as funccedilotildees cognitivas e que alteraccedilotildees

parciais desse sistema podem causar enfraquecimento severo na memoacuteria e no

aprendizado do indiviacuteduo jovem ou idoso Adversamente perceberam melhoras

significativas tanto na memoacuteria como no comportamento de aprendizagem apoacutes

restauraccedilatildeo da inervaccedilatildeo serotonineacutergica em aacutereas hipocampais (RICHTER-LEVIN amp

SEGAL 1993) Fortes evidecircncias sustentam a hipoacutetese desse envolvimento como

por exemplo a localizaccedilatildeo das vias serotonineacutergicas e a disposiccedilatildeo de seus

receptores que coincidem com aacutereas cerebrais envolvidas com os processos normais

de aprendizagem e com regiotildees relacionadas com distuacuterbios das funccedilotildees cognitivas

como por exemplo o hipocampo a amiacutegdala e o coacutertex cerebral (MENESES 1999)

Outrossim a clara interferecircncia das accedilotildees de seus neuroreceptores preacute (5-HT1A 5-

HT1B 5-HT2A2C e 5-HT3) e poacutes-sinaacutepticos (5-HT2B2C and 5-HT4) e das

alteraccedilotildees promovidas pela recaptaccedilatildeo e o transporte da serotonina na modulaccedilatildeo e

na consolidaccedilatildeo da aprendizagem (MENESES amp HONG 1997 MENESES 1999)

552222 IImmaaggeemm ccoorrppoorraall

A silhueta indicada como a imagem corporal ideal (ICI) foi a de nuacutemero 3

(IMC = 2148plusmn182) coincidindo com estudos realizados com mulheres de outras

nacionalidades (BULIK et al 2001 TEHARD 2002 DAMASCENO et al 2005) que

apresentaram meacutedia do IMC proacutexima ao deste estudo (205plusmn09 22plusmn10 e

200plusmn03 respectivamente) Interessante notar que todos esses iacutendices enquadram-

se na classificaccedilatildeo ldquopeso normalrdquo segundo ponto de corte utilizado neste estudo

(OMS 2002) A predileccedilatildeo por menores silhuetas percebida em outras faixas etaacuterias

(ERLING amp HWANG 2004 TRICHES amp GIUGLIANI 2007) tambeacutem persistiu entre as

mulheres idosas aqui investigadas resultando em grau estatisticamente significativo

de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

97

Resultados indicaram que as medidas antropomeacutetricas que sinalizam o

acuacutemulo de gordura global (IMC e o GC) apresentam relaccedilatildeo positiva e

significativa com o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal O que natildeo foi

observada para as medidas relacionadas com o acumulo central de gordura (RCQ e

CC) Fator preocupante uma vez que essas apresentam maior risco para a aquisiccedilatildeo

de doenccedilas cardiacuteacas e degenerativas (OMS 2003)

O fato das idosas participantes desta intervenccedilatildeo natildeo terem um grau

significativo (p= 037) de distorccedilatildeo da IC pode estar presumivelmente relacionado

com primeiro a praacutetica regular da atividade fiacutesica pois sabe-se que a construccedilatildeo da

IC e o processo do desenvolvimento motor se interagem continuamente (LE BOUCH

1992) Existe uma interferecircncia muacutetua entre esse binocircmio As sensaccedilotildees sinesteacutesicas

e proprioceptivas promovidas pelo exerciacutecio fiacutesico associadas agraves experiecircncias

vivenciadas anteriormente desencadeiam respostas centrais que facilitam a

compreensatildeo do indiviacuteduo ativo sobre informaccedilotildees (sua localizaccedilatildeo suas limitaccedilotildees e

potencialidades) que interferiratildeo positivamente na IC do mesmo (SCHILDER 1999)

Segundo o rastreamento e a exclusatildeo de casos relacionados com decliacutenios

cognitivos durante a seleccedilatildeo da amostra podem ter contribuiacutedo para eliminar

indiviacuteduos com situaccedilotildees de disfunccedilotildees neuroloacutegicas potencialmente capazes de

desencadear quadros patoloacutegicos de distorccedilatildeo da IC (SCHILDER 1999) Terceiro a

meacutedia elevada dos domiacutenios de Qualidade de Vida apresentada pela maioria dos

indiviacuteduos independentemente da silhueta em que se enquadraram E por uacuteltimo

os baixos niacuteveis indicativos de depressatildeo apresentados pela maioria das voluntaacuterias

o que pode ter inferido em avaliaccedilatildeo com baixo grau de distorccedilatildeo A capacidade

interventora do equiliacutebrio emocional sobre a habilidade do indiviacuteduo avaliar sua ICR eacute

tema amplamente discutido na literatura Sua interferecircncia negativa sobre a IC pode

estar relacionada com doenccedilas afins e culminar com a morte

A incongruecircncia entre a alta prevalecircncia da insatisfaccedilatildeo com a IC identificada

apoacutes aplicaccedilatildeo da escala de silhuetas (quando as idosas indicavam outras silhuetas

que natildeo a suas como ICI) e a baixa prevalecircncia observada nas respostas advindas

do questionaacuterio (quando as idosas eram indagadas claramente se estavam ou natildeo

satisfeitas com sua IC) indica a possibilidade de que a percepccedilatildeo da satisfaccedilatildeo com a

IC possa ultrapassar as barreiras estabelecidas pelos instrumentos aqui adotados e

98

envolvam fatores e dimensotildees ateacute entatildeo desconhecidos (SLADE 1994) Talvez

existam estaacutegios conscientes e inconscientes durante esse processo de avaliaccedilatildeo Um

mais estruturado com criteacuterios regras associaccedilotildees de valores bem estabelecidos e

maior maturidade para definir os paracircmetros entre o ldquoReal x Idealrdquo que o outro

552233 QQuuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Apesar do processo do envelhecimento natural estar relacionado a muitas

perdas (ACSM 1998 HAYFLICK 1997) a amostra deste estudo foi classificada com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida geral (6818) que refletiu as meacutedias dos

domiacutenios fiacutesico psicoloacutegico e social (7449 6922 7075 e 6818 respectivamente)

Por outro lado percebeu-se que o domiacutenio ambiental (que considerou os itens de

seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo ambiente no lar recursos financeiros disponibilidade e

qualidade oferecidas na sauacutede social a oportunidade de adquirir novas informaccedilotildees

e habilidades participaccedilatildeo e oportunidades de recreaccedilatildeo e lazer ambiente fiacutesico e

existecircncia e qualidade do transporte) apresentou meacutedia (5810) e classificaccedilatildeo

inferiores as dos demais domiacutenios Resultados semelhantes a este foram observados

em estudos realizados com idosos em outras regiotildees do Brasil (SILVA amp REZENDE

2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) o que pode sinalizar um sentimento de

insatisfaccedilatildeo dessa populaccedilatildeo com os serviccedilos oferecidos pelos oacutergatildeos

governamentais bem como o amparo que tem sido direcionado para esta

comunidade Comparativamente observou-se que as meacutedias para o domiacutenio fiacutesico e

para a meacutedia geral de qualidade de vida foram maiores que os apresentados por

idosos sedentaacuterios sadios (563 e 58 respectivamente) e sedentaacuterios com depressatildeo

(4802 e 5289 respectivamente) ( GORDIA et al 2007 SILVA amp REZENDE 2006)

Tem-se reportado que o estilo de vida ativo seja capaz de interferir

amplamente no niacutevel de qualidade de vida do idoso interferindo nos domiacutenios

fiacutesico por promover maior autonomia ao idoso no desempenho das atividades da

vida diaacuteria e sauacutede fiacutesica (KNORST et al 2001) psicoloacutegicos (DUNN amp DISHMAN

1991 NIEMAN 1999 TELLA et al 2004) induzindo a uma melhor sauacutede

emocional e social (PAFFENBARGER LEE LEUNG 1994 HERNANDES amp BARROS

2004) por ser um instrumento eficiente de reinclusatildeo do idoso nas atividades

comunitaacuterias Adversamente apesar de o domiacutenio ambiental apresentar um baixo

99

escore tanto nesse estudo como em vaacuterios outras investigaccedilotildees (SILVA amp

REZENDE 2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) coadunamos com a ideacuteia de

Carvalho amp Carvalho (2008) e acreditamos na interferecircncia positiva do exerciacutecio

sobre esta variaacutevel mesmo que em menor proporccedilatildeo quando comparada com os

demais domiacutenios

552244 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Uma relaccedilatildeo negativa e significativa foi observada neste estudo (Tabela 8)

entre os escores indicativos de depressatildeo e a capacidade cardiorrespiratoacuteria

(VO2pico) o que sugere efeitos positivos do exerciacutecio sobre indicativos de depressatildeo

abordada em relatos anteriores (PAFFENBARGER LEE amp LEUGN 1994 DISHMAN

1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998)

Considerando a idade e o gecircnero dos indiviacuteduos aqui estudados indicados

com maior predisposiccedilatildeo ao diagnoacutestico de depressatildeo (OMS 2000 RODRIGUES

2000) a amostra deste estudo apresentou em meacutedia o escore 1018 no inventaacuterio

de depressatildeo de Beck muito proacuteximo do ponto de corte que indica ausecircncia de

depressatildeo (BDIlt10) Resultado semelhante aos observados em mulheres idosas

apoacutes serem submetidas a um periacuteodo de 4 meses de exerciacutecios aeroacutebio de

intensidade moderadamente alta que reduziram significativamente os escores de

depressatildeo de 152 para 1021 (OLIVEIRA et al 2007)

Conjectura-se exerciacutecios fiacutesicos de intensidade moderada alta possam

produzir uma accedilatildeo terapecircutica mais lenta poreacutem eficaz e de efeitos mais

duradouros que agraves apresentadas por intervenccedilotildees farmacoloacutegicas em sujeitos idosos

de depressatildeo moderada (BLUMENTHAL 1999)

Embora a maioria dos estudos relate melhoras dos estados de humor apoacutes um

periacuteodo de exerciacutecios fiacutesicos alguns sugerem que os efeitos positivos possam ser

observados mesmo apoacutes sessatildeo aguda (TOSKOVIC 2001 ROSA et al 2004)

Todavia a utilizaccedilatildeo de exerciacutecios para fins terapecircuticos tem sido muitas vezes

questionada uma vez que os efeitos produzidos sofram interferecircncia de caraacuteter

multifatorial e que dependendo da populaccedilatildeo estudada para as relaccedilotildees gecircnero e

idade gravidade do quadro depressivo intensidade e duraccedilatildeo do exerciacutecio as

100

respostas podem diversificar-se (DUNN amp DISHMAN 1991 PHILLIPS KIERNAN amp

KING 2003 WERNERCK et al 2006)

Considerando que uma das hipoacuteteses que tentam explicar as bases

etioloacutegicas desse transtorno do humor fundamenta-se nas alteraccedilotildees

neurobioloacutegicas percebidas no sistema monoamineacutergico (DUNN amp DISHMAN

1991) sistema que foi analisado no presente estudo Investigou-se entatildeo a

possibilidade de uma associaccedilatildeo significativa entre as concentraccedilotildees da

serotonina triptofano e prolactina (em repouso) e os escores indicativos de

depressatildeo (Tabela 8) o que foi posteriormente rejeitada No entanto apoacutes a

amostra ser dividida para os escores de depressatildeo percebeu-se decliacutenio desses

analiacuteticos agrave medida que o quadro de depressatildeo foi se agravando (Graacutefico 7) o

que coadunou com relatos anteriores que prevecircem decreacutescimo dessas

concentraccedilotildees no diagnoacutestico da depressatildeo (DUNN amp DISHMAN1991 STRUumlDER

amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp WEICKER 2001b MORAN 2003)

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A utilizaccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos como modelo de estresse tem sido

amplamente utilizada em diversas pesquisas para manipulaccedilatildeo do sistema

serotonineacutergico (CHAOULOFF 1997 STRUumlDER amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp

WEICKER 2001b ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005) Para a compreensatildeo da

interaccedilatildeo desse binocircmio muitos estudos tecircm analisado o impacto que o exerciacutecio

fiacutesico tem causado sobre o aporte serotonineacutergico perifeacuterico (MARTIN et al 2000

LOPES 2001) ou sobre o sistema nervoso central (BAILEY DAVIS AHLBORN 1993

DISHMAN 1997) adotando em suas investigaccedilotildees tanto modelo humano (ARIDA

NAFFAH-MAZZACORATTI SOARES 1998 DWYER amp FLYNN 2002 OLIVEIRA et al

2007) como modelos animais (KUROSAWA et al 1993 GOMEZ-MERINO et al

2001 KALINSKI DLUZEN STADULIS 2001) Manipulaccedilotildees farmacoloacutegicas sucedidas

de sessotildees de exerciacutecios fiacutesicos tecircm sido utilizadas tanto para a compreensatildeo da

extensatildeo da accedilatildeo dos neurotransmissores e neuroreceptores como para a produccedilatildeo

e o catabolismo das enzimas relacionadas com a siacutentese e depleccedilatildeo serotonineacutergica

(MEEUSEN et al 1997) Adicionalmente outros recursos aleacutem dos farmacoloacutegicos

tecircm sido empregados para a concepccedilatildeo desse paradigma como as alteraccedilotildees

101

nutricionais que manipulam dietas com suplementaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada dos aminoaacutecidos aromaacuteticos de carboidratos e de aacutecidos graxos livres

(DAVIS 1998 BLOMSTRAND 2006) e as alteraccedilotildees do meio ambiente atraveacutes do

controle da temperatura Entretanto os efeitos agudos do exerciacutecio cardiovascular

foran avaliados nesse estudo apoacutes submeter mulheres idosas a diferentes

intensidades e duraccedilatildeo de caminhada sem a utilizaccedilatildeo de outro fator experimental

atraveacutes da anaacutelise das concentraccedilotildees perifeacutericas da serotonina e demais analiacuteticos

relacionados agrave sua siacutentese

Apesar da variedade metodoloacutegica disponiacutevel na literatura a grande maioria das

investigaccedilotildees que versam sobre esse tema afunilam seus objetivos em desvendar a

relaccedilatildeo da interaccedilatildeo ldquoexeriacutecio fiacutesico e sistema serotonineacutergicordquo agrave alta performance e agrave

possibilidade de prolongamento do tempo de esforccedilo Nesse sentido para melhor

compreensatildeo desse paradigma agrave procura de menores limitaccedilotildees eacuteticas maior controle

das variaacuteveis intervenientes e consequumlentemente maior avanccedilo cientiacutefico adotam

preferencialmente modelos animais ou indiviacuteduos jovens e atletas Tais criteacuterios de

seleccedilatildeo dificultaram comparaccedilotildees de vaacuterios estudos com os resultados aqui

apresentados uma vez que mulheres idosas foram tidas como modelo de amostra

Apesar de estudos afirmarem que o processo de senescecircncia possa estar associado

com marcadores caracteriacutesticos do decliacutenio fisioloacutegico e morfoloacutegico do sistema

serotonineacutergico e seja capaz de repercutir qualitativa e quantitativamente em suas

accedilotildees neuroquiacutemicas (TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998) sabe-se que as

implicaccedilotildees desse binocircmio extrapolam os limites da alta performance Relatos

cientiacuteficos confirmam que a promoccedilatildeo da sauacutede e do bem estar fiacutesico e mental possam

estar associados inclusive a exerciacutecios fiacutesicos de pequena duraccedilatildeo (DWYER amp FLYNN

2002) por serem capazes de produzir alteraccedilotildees significativas na atuaccedilatildeo

neurotransmissora em algumas regiotildees do ceacuterebro mesmo que nenhuma alteraccedilatildeo

perifeacuterica seja aparente (KUROSAWA et al 1993)

Neste estudo o valor meacutedio dos niacuteveis de serotonina de toda a amostra

(154plusmn4288 nanogml) apresentou-se maior do que concentraccedilotildees (7925plusmn694

6375plusmn410 e 6533plusmn433 nanogml) avaliadas em indiviacuteduos mais jovens

(2263plusmn245 2437plusmn329 e 23plusmn316 anos de idade) e proacuteximos dos valores

apresentados (15203plusmn7287 e 12235plusmn1515 nanogml) em indiviacuteduos de meia

102

idade (4555plusmn559 e 4750plusmn1561 anos) ou de faixa etaacuteria semelhante

(13827plusmn6059 nanogml 578plusmn59 anos) apresentados em outros estudos

(SOARES1995 ARIDA 1998 e OLIVEIRA et al 2007 respectivamente)

Evidentemente seria precipitado afirmar que o processo de envelhecimento esteja

relacionado ao acuacutemulo adicional das concentraccedilotildees serotonineacutergicas plasmaacuteticas

uma vez que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agraves diferenccedilas metodoloacutegicas

adotadas nos protocolos de coleta congelamento e dosagem desse analiacutetico Tal

hipoacutetese ocupa posiccedilatildeo controversa na literatura sendo poucas vezes confirmada

como nos dados apresentados por Chen Luuml Huang (2002) ou na maioria das vezes

negada (KUMAR et al 1998)

Apesar da maioria dos grupos avaliados terem apresentado tendecircncia agrave

reduccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos serotonineacutergicos apoacutes sessatildeo de exerciacutecios fiacutesicos

apenas dois dos seis grupos apresentaram decliacutenio significativo do aporte de

serotonina O primeiro apoacutes ser submetido a teste de potecircncia aeroacutebia (Gmax)

reduziu seus niacuteveis de serotonina divergindo dos resultados apresentados por

estudos de Soares (1995) e Steinberg Sposito Tufik et al (1998) que apoacutes

submeterem indiviacuteduos adultos jovens (atletas e ativos respectivamente) a um

estresse fiacutesico semelhante ao prescrito nesta investigaccedilatildeo perceberam aumento

significativo e natildeo decliacutenio destes niacuteveis Percebe-se que a habilidade do sistema

serotonineacutergico em responder diferentes desenhos de protocolos de exerciacutecios fiacutesicos

tanto eacute desconhecida como vulneraacutevel agrave interferecircncias multifatoriais (MARTIN et al

2000) e que presumivelmente o envelhecimento possa interferir signifcativamente

sobre esses resultados

O segundo grupo que apresentou alteraccedilotildees significativas dos niacuteveis

perifeacutericos de serotonina foi o GLA1h que apresentou imediatamente apoacutes 1h de

caminhada de intensidade moderada aumento de 5 (pgt 005) dos niacuteveis

plasmaacuteticos desse neurotransmissor que foi sucedido por um decliacutenio significativo

(ple 005) apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo (18196plusmn2658 19093plusmn1244 e

16515plusmn3639 nanogml respectivamente) A sessatildeo de exerciacutecios a que esse grupo

foi submetido foi semelhante agraves oferecidas em estudo realizado com mulheres

idosas (LOPES 2001) que apoacutes um treinamento de 8 semanas (5 diassemana)

103

perceberam similarmente reduccedilatildeo significativa desse neurotransmissor em

repouso nas concentraccedilotildees plasmaacuteticas A comparaccedilatildeo dessas duas intervenccedilotildees

sugere que organismos de indiviacuteduos idosos assim como os de indiviacuteduos mais

jovens possuam mecanismos neuromoduladores que satildeo acionados em respostas a

sucessivos estiacutemulos promovidos por uma sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico

A despeito do decliacutenio perifeacuterico dos niacuteveis serotonineacutergicos apresentados pelo

GLA1h observou-se um possiacutevel incremento (108) no aporte central desse

neurotransmissor analisados atraveacutes das concentraccedilotildees de prolactina Estudos

sugerem que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agrave lipoacutelise promovida pela praacutetica

de exerciacutecios capaz de interferir nas concentraccedilotildees das porccedilotildees do triptofano (TRP e

TRP-L) Uma vez que o aumento da demanda de aacutecidos graxos livres desloca o TRP

dos siacutetios de ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente

aumento da disponibilidade desse precursor no SNC (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM

1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000

HUFFMAN et al 2004) Essa resposta ao exerciacutecio moderado pode desencadear

presumivelmente efeitos terapecircuticos naturais capazes de intervir beneficamente

em quadros cliacutenicos de doenccedilas associadas agrave alteraccedilotildees do humor e cogniccedilatildeo

(GUSZKOWSKA 2004) O que pode ser confirmado por estudos recentes realizados

com mulheres idosas onde relatam que exerciacutecios moderados mostraram-se

eficientes para a reduccedilatildeo tanto dos niacuteveis de depressatildeo (OLIVEIRA et al 2007)

como tambeacutem favorecem o processamento cognitivo (SILVA 2006)

Nenhuma alteraccedilatildeo estatisticamente significativa foi identificada nos

deslocamento das concentraccedilotildees aminoaciacutedicas em exerciacutecio de curta duraccedilatildeo (20

minutos) de intensidades baixas e moderadas conforme previsto por Meeusen

Watson Hasegawa et al (2006) Todavia considerando que os criteacuterios estatiacutesticos

nem sempre coadunam com as respostas cliacutenicas promovidas pelo desencadeamento

fisioloacutegico das accedilotildees neuroquiacutemicas algumas observaccedilotildees foram realizadas Nesse

sentido percebeu-se que o fator intensidade interferiu de maneira discreta (pgt 005)

sobre as concentraccedilotildees tanto do triptofano quanto dos demais aminoaacutecidos (AACR e

AAN) em que um aumento do triptofano foi observado em grupos submetidos agrave

exerciacutecios de intensidade moderada (GLA 254) agrave moderada alta (G90PCR

156) e um aumento igualmente discreto dos AACR e AAA em exerciacutecios de

104

intensidade leve agrave moderada (G90LA 96 16 GLA 118 e 183

respectivamente) Obviamente tais respostas aminoaciacutedicas ao exerciacutecio

interferiram tanto na relaccedilatildeo do TRPACCR que elevou-se (pgt 005) nos grupos

submetidos agrave intensidade igual ou acima do limiar anaeroacutebio (GLA 12 e G90PCR

62) como na relaccedilatildeo TRPAAA que foi aumentada apenas sob a intensidade

acima do limiar anaeroacutebio (G90PCR 168) Interessante notar que ao comparar

esse comportamento de distribuiccedilatildeo dos aminoaacutecidos com as respostas plasmaacuteticas

da prolactina marcador perifeacuterico das concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais

observou-se que todos os grupos (de duraccedilatildeo de 20 minutos) com exceccedilatildeo do

G90PCR que apresentou um aumento miacutenimo (3) apresentaram um decliacutenio das

concentraccedilotildees de prolactina

Adversamente resultados disponibilizados neste estudo indicaram que

exerciacutecios de curta duraccedilatildeo podem promover sim alteraccedilotildees significativas nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico assim como exerciacutecios de longa duraccedilatildeo

desde que constituiacutedos de alta intensidade o que vai ao encontro com estudos

realizados por Struumlder amp Weicker (2001) Nesse sentido o grupo Gmax apresentou

um decliacutenio significativo (ple 005) nos 20 minutos de recuperaccedilatildeo das concentraccedilatildeo

tanto do TRP quanto da relaccedilatildeo TRPAAA e adicionalmente uma reduccedilatildeo de 17

(p= 007) da relaccedilatildeo TRPAACR Sugere-se que tais alteraccedilotildees bioquiacutemicas possam

explicar a depleccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina igualmente observada para

esse mesmo momento no Gmax A despeito de o aporte teoacuterico indicar que decliacutenios

das relaccedilotildees TRPAAA e TRPAACR estejam relacionados com o decreacutescimo da

disponibilidade do precursor serotonineacutergico nas vias centrais e por conseguinte da

siacutentese serotonineacutergica (STRUumlDER et al 1999 NEWSHOLME amp BLOMSTRAND 2006

MEEUSEN et al 2006) percebeu-se de forma ambiacutegua tendecircncia de elevaccedilatildeo (pgt

005) e natildeo de decreacutescimo dos niacuteveis centrais desse neurotransmissor avaliados

atraveacutes da prolactina imediatamente apoacutes o exerciacutecio e apoacutes os 20 primeiros minutos

de recuperaccedilatildeo (561 e 971 respectivamente) Provavelmente tal fenocircmeno

possa estar relacionado com o fato ocorrido em outras investigaccedilotildees (CHAOULOFF et

al 1986 CHAOULOFF 1997 STRUumlDER et al 1999) quando o decliacutenio ou nenhuma

alteraccedilatildeo significativa das concentraccedilotildees do TRP total (TRP + TRP-L) forma em que

foi dosada neste estudo natildeo convergiu com um acreacutescimo significativo das

concentraccedilotildees do TRP-L uacutenica parcela capaz de atravessar a barreira

hematoencefaacutelica e responsaacutevel pela siacutentese da serotonina central (CURZON

105

FRIEDEL KNOTT 1973) Adicionalmente quanto aos decliacutenios significativos dos niacuteveis

plasmaacuteticos de triptofano e de serotonina podem outrossim estar relacionados com o

aumento da atividade da enzima triptofano pirolase responsaacutevel pela atenuaccedilatildeo das

concentraccedilotildees do triptofano acionada por possiacutevel aumento da adrenalina e do

cortisol em resposta agrave alta intensidade a que o grupo foi submetido e ao niacutevel de

estresse psicoloacutegico que esse tipo protocolo pode induzir (STRUumlDER amp WEICKER

2001a) Apesar do aumento do cortisol apresentar de forma mais pronunciada em

exerciacutecios intensos de maior duraccedilatildeo existem relatos de que exerciacutecios de curta

duraccedilatildeo possam produzir acreacutescimo em sua concentraccedilatildeo (SIMOtildeES MARCON

OLIVEIRA et al 2004 BOTTARO MARTINS GENTIL et al 2007)

Apoacutes anaacutelise comparativa entre grupos percebeu-se que os grupos Gmax e

GLA1h apresentaram maiores diferenccedilas estatiacutesticas quando comparados entre si e

com os demais grupos Presume-se que as diferenccedilas estatiacutesticas encontradas entre

grupos para as dosagens dos vaacuterios analiacuteticos aqui investigados estejam

relacionadas principalmente com as dessemelhanccedilas entre o recrutamento de

substrato energeacutetico agraves diferentes intensidades e duraccedilatildeo previstas nesta

investigaccedilatildeo Uma vez que o aumento da lipoacutelise interfere de forma indireta nas

concentraccedilotildees de serotonina (CURZON 1973 MEEUSEN et al 2006) e com os

mecanismos de alerta desencadeados em situaccedilatildeo de altas intensidades (SIMOtildeES et

al 2004)

Mesmo considerando as limitaccedilotildees desta investigaccedilatildeo os relatos aqui

elucidados revelaram a complexidade e sensibilidade do sistema serotonineacutergico em

responder agraves diferentes manipulaccedilotildees atraveacutes do estresse fiacutesico Priorizar um desses

modelos em detrimento do outro deve ser considerado com cautela uma vez que

nem todos os grupos foram avaliados apoacutes os primeiros momentos de recuperaccedilatildeo

No entanto baseado nos relatos anteriormente realizados sabe-se que apenas trecircs

das intervenccedilotildees G90PCR o Gmax e o GLA1h sugeriram acreacutescimos das

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais (3 971 1089 respectivamente)

parcela envolvida com efeitos positivos na sauacutede mental do idoso

Nesse sentido sabe-se da inviabilidade de prescrever sistematicamente sessotildees

de exerciacutecios de intensidade maacutexima para indiviacuteduos idosos que mesmo

desconsiderando riscos eminentes que esta praacutetica poderia incorrer respostas

negativas a este tipo de estresse poderia ser desencadeadas no sistema

106

serotonineacutergico por influecircncia de mecanismos de accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-

adrenal (HPA) Uma vez que ciente da experiecircncia de risco e de desconforto

vivenciados em sessotildees de exerciacutecio muito intenso o organismo do idoso pode entrar

em estado de alerta e modular atraveacutes do complexo amgdaloacuteide processos plaacutesticos

sediados no hipocampo envolvidos com processamento de informaccedilotildees

especialmente em situaccedilotildees de estresse

Apoacutes acionada a memoacuteria aversiva do hipocampo neurocircnios secretam

Corticotrofinas (CRF) que por sua vez estimula a hipoacutefise anterior a liberar na

circulaccedilatildeo sanguumliacutenea o hormocircnio adreno-cortico-troacutefico (ACTH) que vai provocar a

produccedilatildeo de hormocircnios corticoesteroacuteides (CORT) pela glacircndula supra-renal

principalmente o cortisol que satildeo liberados na corrente sanguiacutenea e chegando ao

ceacuterebro atuam sobre o hipocampo para inibir a liberaccedilatildeo e atuaccedilatildeo das CRFs

(MORAIS SOUZA BAPTISTA 2004 JOCA PADOVAN GUIMARAtildeES 2003) No

entanto enquanto a amiacutegdala for estimulada esse processo continua e por

conseguinte a liberaccedilatildeo do cortisol na corrente sanguiacutenea eacute continuada (MORAIS

SOUZA BAPTISTA 2004) Adicionalmente sabe-se que os glicocorticoacuteides podem

modular o sistema serotonineacutergico e suprimir sua siacutentese (SANTOS 2005)

Fonte httpwwwcnsforumcomimagebankitemHPA_NORM_DPN_3defaultaspx

Por outro lado a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos no limiar ventilatoacuterio 1 (LA)

com um volume (tempo ou distacircncia) baixo ou moderado aplicados na forma de um

programa de treinamento progressivo controlado pode ser considerada como

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob estiacutemulo de estresse

107

importante instrumento de prevenccedilatildeo de doenccedilas de promoccedilatildeo da sauacutede e auxiliar

no tratamento de diversas patologias senatildeo como terapecircutica uacutenica ao menos como

auxiliar nas terapecircuticas tradicionais (STELLA et al 2004) Exerciacutecios fiacutesicos

praticados no limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio 2 (PCR) ou acima do limiar de lactato

associado a grande duraccedilatildeo ou volume podem ser inadequados para fins de terapias

relacionadas agrave sauacutede mental (ARAUacuteJO MELLO LEITE 2007) Apesar de serem

observados aspectos positivos pela prescriccedilatildeo de exerciacutecios de alta intensidade

acredita-se que intensidades moderadas possam ser mais apropriadas para a

populaccedilatildeo idosa aleacutem de induzir melhoras significativas no perfil do humor

qualidade de vida e benefiacutecios cognitivos (CASILHAS et al 2007)

108

66 CCOONNCCLLUUSSAtildeAtildeOO

Considerando o perfil antropomeacutetrico psicomeacutetrico e da capacidade

cardiorrespiratoacuteria observados em mulheres idosas submetidas a esta investigaccedilatildeo

Observou-se maior prevalecircncia de sobrepeso com excesso de gordura

corporal sinalizando iacutendices desfavoraacuteveis para a sauacutede O IMC foi a variaacutevel

antropomeacutetrica de maior prediccedilatildeo para o alto grau de insatisfaccedilatildeo com a

imagem corporal

A silhueta de nuacutemero 5 apontada como imagem corporal real natildeo coincidiu

com a silhueta de nuacutemero 3 indicada como a imagem corporal ideal o que conduziu

a um grau significativo de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

A amostra apresentou performance cognitiva equivalente agrave esperada para sua

faixa etaacuteria um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida e um escore indicativo de

depressatildeo ldquoleverdquo de associaccedilatildeo negativa e significativa com sua capacidade

cardiorrespiratoacuteria classificada como ldquoregularrdquo

Considerando o efeito agudo do sistema serotonineacutergico agraves diferentes

manipulaccedilotildees de exerciacutecio fiacutesico observou-se que

Sessotildees agudas de exerciacutecios fiacutesicos de duraccedilatildeo menor que 20 minutos

apresentaram decliacutenio significativo das concentraccedilotildees serotonineacutergicas do

tripotofano e da relaccedilatildeo das concentraccedilotildees do triptofano com os aminoaacutecidos

aromaacuteticos quando submetidos agrave intensidade maacutexima

Alteraccedilotildees discretas foram percebidas entre as concentraccedilotildees aminoaciacutedicas

em que os aminoaacutecidos de cadeia ramificada e os aromaacuteticos aumentaram suas

concetraccedilotildees nas intensidades leve e moderada e o triptofano nas intensidades

moderadas agrave moderada alta

Considerando as vaacuterias medidas de cautela em prescrever sistematicamente

exerciacutecios de intensidade maacutexima para a populaccedilatildeo idosa conclui-se que sessotildees de

exerciacutecios submetidos entre o primeiro e segundo limiar anaeroacutebico de duraccedilatildeo

109

entre 20 minutos e uma hora sejam mais apropriadas para interferir nas

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de mulheres idosas presumivelmente

relacionadas com a sauacutede mental

110

77 SSUUGGEESSTTOtildeOtildeEESS PPAARRAA NNOOVVOOSS EESSTTUUDDOOSS

Para novas investigaccedilotildees do efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema

serotonineacutergico em mulheres idosas e aumentar a compreensatildeo da dimensatildeo das

respostas deste sistema a este modelo de estresse sugere-se

Que aleacutem das dosagens realizadas neste estudo sejam incluiacutedas as do

principal metaboacutelito serotonineacutergico o aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico da parcela livre do

triptofano e da enzima monoamina oxidase

A realizaccedilatildeo de um maior nuacutemero de coletas para compreender o

comportamento de cada analiacutetico

Que a duraccedilatildeo das sessotildees de exerciacutecios seja determinada pela capacidade

individual de cada indiviacuteduo da amostra e que o tempo seja definido pela solicitaccedilatildeo

de cada idoso

111

RREEFFEERREcircEcircNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRAacuteAacuteFFIICCAASS

ACSM ndash American College of Sports Medicine Exercise and Physical Activity for older adults Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 2 n 6 p 992-1008 1998

ALMEIDA GANA imagem corporal de mulheres morbidamente obesas avaliadas atraveacutes do desenho da figura humana Psicologia reflexatildeo e criacutetica v 15 n 2 p 283-292 2002

American Heart Association (AHA) Exercise and Training of Apparently Healthy Individuals A Handbook for Physicians Dallas American Heart Association 1972

ANSTEY KJ WINDSOR JD JORM AF et al Association of Pulmonary Function with Cognitive Performance in Early Middle and Late Adulthood Gerontology v 50 p 230-234 2004

ANTUNES HKM SANTOS RF MELLO MT et al Cognitive Alterations in Older Women Caused by Systematic Physical Exercise In 7th Annual Congress of The European College of Sport Science v 2 p 1015-1015

ANTUNES HKM SANTOS RF CASSILHAS R et al Exerciacutecio fiacutesico e funccedilatildeo cognitiva Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 12 n 2 2006

ANTUNES HKM SANTOS RF HEREDIA RAG et al Alteraccedilotildees Cognitivas em Idosas Decorrentes do Exerciacutecio Fiacutesico Sistematizado Revista da Sobama v 6 n 1 p 27-33 2001

ARAUacuteJO SRC MELLO MT LEITE JR Anxiety disorders and physical exercise Revista Brasileira de Psiquiatria v 29 n 2 p 64-71 2007

ARIDA RM NAFFAH-MAZZACORATTI MG SOARES JS et al Monoamine Responses to acute and cronic aerobic exercise in normotensive and hypertensive subjects Satildeo Paulo Medical Journal v 116 n 1 p 1624-1624 1998

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 p 102ndash113 2005

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 2005

ASTRAND PO Why Exercise Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 6 n 3 p 25-37 1992

112

BAHRAM A SHAFIZADEH M A comparative and correlational study of the body-image in active and inactive adults and with body composition and somatotype Autralian Association for research in education 2003 Disponiacutevel em httpwwwaareeduau03papbah03789pdf Acesso em 18 fev 2008

BAILEY SP DAVIS AHLBORN EN Neuroendocrine and substrate responses to altered brain 5-HT activity during prolonged exercise to fatigue Journal Applied Physiology v 74 n 6 p 3006-3012 1993

BAILEY SP DAVIS MM AHLBORN EN Effect of increased brain serotonergic activity on endurance performance in the rat Acta Physiologica Scandinava v 145 p 75-76 1992

BANICH MT MILHAM M P ATCHLEY R et al Studies of Stroop tasks reveal unique roles of anterior and posterior brain systems in attentional selection Journal of Cognitive Neuroscience V 12 n 6 p 988-10002000

BARBOSA AR SANTAREacuteM JM JACOB FILHO W et al Comparaccedilatildeo da gordura corporal de mulheres idosas segundo antropometria bioimpedacircncia e DEXA Archivos Latinoamericanos de Nutricioacuten Organo Oficial de la Sociedad Latinoamericana de Nutricioacuten Caracas v 51 n 1 p 49-56 2001

BARCHAS JD FREDMAN D Brain amines response to physiological stress Biochemical Pharmacology v 12 p 1232-1235 1963

BEAR MF CONNORS BW PARADISO M A L Neuroscience exploring the Brain Canadaacute Williams amp Wilkins 1996

BISCIOTTI GN VILARDI JUNIOR NP MANFIO EF A fadiga aspectos centrais e perifeacutericos Revista Fisioterapia Brasil v 2 n 6 p 353 2001

BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007

BLAIR SN KOHL HW PAFFENBARGER JR RS et al Physical fitness and all-cause mortality Journal of the American Medical Association v262 p 2395-2401 1989

BLOMSTRAND E Branched-Chain Amino Acids in Exercise A Role for Branched-Chain Amino Acids in Reducing Central Fatigue The Journal of Nutrition v 136 n 2 p 544S-547S 2006

BLOMSTRAND E CELSING F NEWSHOLME EA Changes in plasma concentrations of aromatic and branched-chain amino acids during sustained exercise and their possible role in fatigue Acta Physiologica Scandinavica v 133 n 1 p 115-121 1988

BLOMSTRAND E HASSMEN P EKBLOM B Administration of branched-chain amino acids during sustained exercise - Effects on performance and plasma

113

concentration of some amino acids European journal of applied physiology v 63 p 83-88 1991

BLUMENTHAL JA Effects of exercise training on older patients with major depression Archives of Internal Medicine v 159 p 234-256 1999

BORG G Escalas de Borg para dor e o esforccedilo percebido Satildeo Paulo Manole 2000 115p

BOTTARO M MARTINS B GENTIL P et al Effects of rest duration between sets of resistance training on acute hormonal responses in trained women Journal of science and medicine in sport 2007 Dec 17 [Epub ahead of print] Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpubmed18093876 Acesso em 10 fev 2008

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil Suggestions for utilization of the mini -mental state examination in Brazil Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil [Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil] Arquivos de Neuro-Psiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BULIK CM WADE TD HEATH AC Relating body mass index to figural stimuli Population-based normative data for Caucasians International journal of obesity and related metabolic disorders v 25 p 1517-1524 2001

CABEZA R amp NYBERG L Neural bases of learning and memory functional neuroimaging evidence Current Opinion Neurology V13 p 415-421 2000

CACHELIN FM REBECK RM CHUNG GH et al Does egthnicity influence body-size preference A comparison of body image and body size Obesity research v 10 n 3 p 158-166 2002

CALDERS P MATTHYS D DERAVE W et al Effect of branched-chain amino acids (BCAA) glucose and glucose plus BCAA on endurance performance in rats Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 31 n 4 p 583-587 1999

CAMPBELL DT STANLEY JC Delineamentos Experimentais e Quase-Experimentais de Pesquisa Satildeo Paulo Pedagoacutegica e Universitaacuteria 1979 138p

CARVALHO MCM CARVALHO GA Atividade fiacutesica e qualidade de vida em mulheres idosas Efdeportes revista digital ano 13 nordm 122 2008 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 08 maio 2008

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

114

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

CASSILHAS RC VIANA VA GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1401-1407 2007

CHAOULOFF F Physiopharmacological interactions between stress hormones and central serotonergic systems Brain Research Reviews v 18 p 1-32 1993

CHAOULOFF F KENNETT GA SERRURRIER B et al Amino acid analysis demonstrates that increased plasma free tryptophan causes the increase of brain tryptophan during exercise in the rat Journal of neurochemistry 46 1647-1650 1986

CHEN Y LUuml X HUANG Y et al Changes of plasma serotonin precursor metabolite concentrations in postmenopausal women with hot flushes Zhonghua Fu Chan Ke Za Zhi v 37 n 12 p726-728 2002

CHENNAOUI M GRIMALDI B FILLION MP et al Effects of physical training on functional activity of 5-HT1B receptors in rat central nervous system role of 5-HT-moduline Naunyn ndash Schmiedebergs archives of Pharmacology v 361 n 6 p 600-604 2000

CHODZKO-ZAJKO WJ The Physiology of Aging Structural changes and functional consequences Implications for research and clinical pratice in the exercise and activity sciences Quest v 48 p 311-329 1996

CIESLAK F ELSANGEDY HM KRINSKI K et al Estudo da qualidade de vida de mulheres idosas participantes do programa da universidade aberta agrave terceira idade na cidade de ponta grossa - PR Efdeportes revista digital ano 12 n 113 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 03 maio 2008

COLCOMBE S amp KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science V14 n 2 p 125-130 2003

COLCOMBE S KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science v 14 n 2 p 125-130 2003

CONN VS TRIPP-REIMER T MAAS ML Older women and exercise Theory of planned behavior beliefs Public Health Nursing v 20 n 2 p 153-163 2003

CONNER M JOHNSON C Gender Sexuality Body Image and Eating Behaviours Journal of Health Psychology v 7 n 6 p 675ndash684 2004

115

COSTA E M S Gerontodrama ndash A Velhice em Cena Satildeo Paulo Agora 1998

COSTILL DL BOWERS R BRAUNAM G Muscle glycognen utilization during prolonged exercise on successive days Journal Applied Physiology v 31 p 834-838 1971

COTMAN C W BERCHTOLD N C Exercise a behavioral intervention to enhance brain health and plasticity Trends in Neurosciences V 25 n 6 p 295 ndash 301 2002

CURZON G FRIEDEL D KNOTT PJ The effect of fatty acids on the binding of tryptophan to plasma proteins Nature v 242 p 198-200 1973

DAMASCENO VO LIMA JRP VIANNA JM et al Novaes JS Tipo fiacutesico ideal e satisfaccedilatildeo com a imagem corporal de praticantes de caminhada Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 3 p 181-186 2005

DAVIS JM Carboidratos aminoaacutecidos de cadeia ramificada e resistecircncia hipoacuteteses da fadiga central Nutriccedilatildeo no esporte n 17 1998

DAVIS JM Nutritional Influences on Central Mechanisms of Fatigue Involving Serotonin In MAUGHAN R J amp SHIRREFFS S M Biochemistry of Exercise USA Human Kinetics 1996 p 445-447

DE WILD GM HOEFNAGELS WH OESEBURG B et al Maximal oxygen uptake in 153 elderly Dutch people (69-87 years) who participated in the 1993 Nijmegen 4-day march European journal of applied physiology v 72 n 1-2 p 134-43 1995

DEVLIN TM Manual de Bioquiacutemica com Correlaccedilotildees Cliacutenicas 4 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998

DIMEO F BAUER M VARAHRAM et al Benefits from aerobic exercise in patients with major depression a pilot study British Journal of Sports Medicine v 35 p 114-117 2001

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DUNN AL DISHMAN RK Exercise and The Neurobiology of Depression Exercise Sport Science Review v 19 p 41-98 1991

DWYER D FLYNN J Short term aerobic exercise training in young males does not alter sensitivity to a central serotonin agonist Experimental Physiology v 87 p 83-89 2002

116

EDITORIAL Cognitive changes after acute tryptophan depletion What can they tell us Psychological Medicine v 34 p 3 - 8 2004

EMED TCXS KRONBAUER A MAGNONI D Mini nutritional assessment as indicator of diagnosis in asylumsrsquo elderly Revista Brasileira de Nutricatildeo Cliacutenica v 21 n 3 p 219-223 2006

ERLIN A HWANG C Body-esteem in Swedish 10-year-old children Perceptual and motor skills v 99 n 2 p 437-444 2004

FAITH MS ALISSON DB Assessment of psychological status among obese persons In THOMPSON JK ed Body Image Eating Disorders and Obesity Washington DC American Psychological Association p 365-387 1996

FARINATTI PTV Teorias bioloacutegicas do envelhecimento do geneacutetico ao estocaacutestico Rev Bras Med Esporte _ v 8 n 4 p 1-10 2002 Disponiacutevel em httpwwwboletimeforgcanal=12ampfile=538 Acesso em 12032006

FARQUHAR M Definitions of quality of life a taxonomy Journal of Advanced Nursing v 22 n 3 p 502-508 1995

FECHIO JJ BRANDAtildeO MRF A influecircncia da atividade fiacutesica nos estados de humor Revista da Associaccedilatildeo dos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de Londrina v 12 n 2 p 21-27 1997

FEKKES D VAN GOOL AR Interferon tryptophan and depression Blackwell Munksgaard v15 p 8-14 2003

FERRANS CE Development of a quality of life index for patients with cancer Oncology Nursing Foacuterum v 17 n 3 p 15-19 1990

FERREIRA SE TUFIK S MELLO MT Neuroadapataccedilatildeo uma proposta alternativa de atividade fiacutesica para usuaacuterios de drogas em recuperaccedilatildeo Revista Brasileira Ciecircncia e Movimento v 9 n 1 p 31-39 2001

FEY-YENSAN NL MCCORMICK LM ENGLISH C Body Image and Weight Preoccupations in Older Women A Review Healthy Weight Journal v 16 n 5 p 68-71 2002

FITZGIBBON ML BLACKMAN LR AVELLONE ME The relationship between body image discrepancy and body mass index across ethnic groups Obesity research v 8 n 8 p 582-589 2000

FLECK MPA LAFER B SOUGEY EB DEL PORTO JA BRASIL MA FURUENA F Diretrizes da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira para o tratamento da depressatildeo (Versatildeo integral) Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n 2 p 114-122 2003

117

FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999

FLEG JL MORRELL CH BOS AG et al Accelerated Longitudinal Decline of Aerobic Capacity in Healthy Older Adults Journal of the American Heart Association v 112 p 674-682 2005

FOLSTEIN MF FOLSTEIN SE MCHUGH PR Mini-Mental State a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician Journal of Psychiatric Research v 12 p 189-198 1975

Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986

Friedlander AL Jacobs KA Fattor JA et al Contributions of working muscle to whole body lipid metabolism are altered by exercise American journal of physiology Endocrinology and metabolism v 292 p E107-E116 2007

GILL TM FEINSTEIN AR A critical appraisal of the quality of quality of life measurements Journal of the American Medical Association v 272 p 619-626 1994

GOLDBERG S SMITH GS BARNES A et al Serotonin modulation of cerebral glucose metabolism in normal aging Neurobiology of aging v 25 p 167-174 2003

GOMEZ-MERINO D BEQUET F BERTHELOT M et al Evidence that the branched-chain amino acid L-valine prevents exercise induced release of 5-HT in rat hippocampus International Journal of Sports Medicine v 22 n 5 p 317-22 2001

GOODMAN amp GILMAN As Bases Farmacoloacutegicas da Terapecircutica 9ordf ediccedilatildeo Chile Mcgraw-Hill 1996 cap 11

GORAN M FIELDS DA HUNTER GR et al Total body fat does not influence maximal aerobic capacity International journal of obesity and related metabolic disorders v 24 n 7 p 841-848 2000

GORDIA AP QUADROS TMB VILELA JUacuteNIOR GB et al Comparaccedilatildeo da qualidade de vida de mulheres idosas praticantes e natildeo praticantes de exerciacutecio Efdeportes revista digital ano 11 n 106 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 07 maio 2008

GORESTEIN C ANDRADE L Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Propriedades psicomeacutetricas da versatildeo em portuguecircs Journal Clinical Psychology v 25 n 5 ediccedilatildeo especial p 245-250 1998

GOTTFRIES CG Depressatildeo no idoso Estrateacutegias de tratamento Nordic Journal of Psychiatry v 47 n 30 p 75-81 1993

118

GRIMLEY-EVANS Qualidade de Vida p 29 1996

GUSZKOWSKA M Effects of exercise on anxiety depression and mood Psychiatria polska v 38 n 4 p 611-620 2004

HARGREAVES DA TIGGEMANN M Idealized media images and adolescent body image lsquolsquocomparingrsquorsquo boys and girls Body Image v 1 p 1351ndash1361 2004

HAY PJ Epidemiologia dos transtornos alimentares estado atual e desenvolvimentos futuros Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl III p 13-17 2002

HAYFLICK L Como e porque envelhecemos 2 ordf ed Rio de Janeiro Campus 1997

HAYKOWSKY MJ QUINNEY HA GILLIS R et al Left ventricular morphology in junior and master resistance treined athletes Medicine and Science in Sports and Exercise v 32 n 2 p 349-352 2000

HELGE JW STALLKNECHT B RICHTER EA et al Muscle metabolism during graded quadriceps exercise in man Physiology in Press Journal of Psychophysiology 2007 Disponiacutevel em httpwwwpubmedcentralnihgovarticlerenderfcgiartid=2170831 Acessado em 12 Fev 2007

HERNANDES ESC BARROS JF Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas e educacionais para idosos sobre o desempenho em testes de atividades da vida diaacuteria Revista brasileira de Ciecircncia e Movimento v 12 n 2 p 43-50 2004

HILLMAN CH SNOOK EM JEROME GJ Acute cardiovascular exercise and executive control function Intenational Journal of Psychophysiology v 8 n 3 p 307-14 2003

HIRVENSALO M HEIKKINEN E LINTUNEN T et al The effect of advice by health care professionals on increasing physical activity of older people Scandinavian Journal of Medicine amp Science in Sports v 13 n 4 p 231-236 2003

HUFFMAN DM ALTENA S MAWHINNEY T et al Effect of n-3 fatty acids on free tryptophan and exercise fatigue European journal of applied physiology v 92 p 584-591 2004

HUNT SM McKENNA SP MCEWEN J et al A quantitative approach to perceived health status a validation study Journal of Epidemiology and Community Health v 34 n 4 p 281-286 1980

HURLEY BF ROTH SM Strenght training in the elderly effects on risk factors for age-related diseas Sports and Medicine v 30 n 4 p 249-68 2000

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa no Brasil Rio de Janeiro 2001

119

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa em Taguatinga CODEPLAN - IDHABDF 2000

JANSSEN I MARK AE Elevated body mass index and mortality risk in the elderly Obesity Reviews V 8 p 41-59 2007

JOCA SRL PADOVAN CM GUIMARAtildeES FS Estresse depressatildeo e hipocampo Stress depression and the hippocampus Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n Supl II p 46-51 2003

KAGAWA M KUROIWA C UENISHI K et al A comparison of body perceptions in relation to measured body composition in young Japanese males and females Body Image v 4 p 372-380 2007

KALINSKI MI DLUZEN DE STADULIS R Methamphetamine produces subsequent reductions in running time to exhaustion in mice Brain Research v 7 p 160-164 2001

KAPCZINSKI F BUSNELLO J ABREU MR et al Aspectos da Fisiologia do Triptofano Disponiacutevel em httpwwwhcnetuspbripqrevistaindexhtml acessado em 03 fev 2004

KAPLAN MI SADOCK BJ Pertubaccedilotildees afetivas in KAPLAN M I SADOCK B J Compendio de psiquiatria dinacircmica Trad Por Namuri costa 3ordf ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1984 cap 16 p 313-33

KAPLAN R M ANDERSON J P WU A W Applications in aids cystic fibrosis and arthritis Med care v27 1989 p27-43

KING MT DOBSON AJ HARNETT PR A comparison of two quality-of-life questionnaires for cancer clinical trials the functional living index--cancer (FLIC) and the quality of life questionnaire core module (QLQ-C30) Journal of Clinical Epidemiology v 9 n 1 p 21-29 1996

KNORST MR SILVA MPM MANTELLI C et al Qualidade de vida do idoso In Terra NL organizador Envelhecendo com qualidade de vida programa Geron da PUCRS Porto Alegre EDIPUCRS p 29-32 2001

KOWALSKI KM Current Health 2 0163156X v 29 n 7 p 6-7 2003

KRAUSE MP HALLAGE T GAMA MPR et al Associaccedilatildeo entre Perfil lipiacutedico e Adiposidade Corporal em mulheres com Mais de 60 Anos de Idade Arquivos brasileiros de cardiologia v 89 n 3 p163-169 2007

KUMAR AM WEISS S FERNANDEZ JB et al Peripheral serotonin levels in women role of aging and ethnicity Gerontology v 44 p 211-216 1998

KUROSAWA M OKADA K SATO A et al Extracellular release of acetylcholine noradrenaline and serotonin increases in the cerebral cortex during walking in conscious rats Neuroscience Letters v 161 p 73-76 1993

120

KUSHI LH FEE RM FOLSOM AR et al Physical activity and mortality in posmenopausal women Journal of the American Medical Association v 277 p 1287-1292 1997

LAKS J BATISTA EMR GUILHERME ERLG et al O mini exame do estado mental em idosos de uma comunidade Dados parciais de Santo Antocircnio de Paacutedua Rio de Janeiro Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 782-785 2003

LAWTON MP A Multidimensional View of Quality of Life in Frail Elders In J E Birren et al (Eds) The Concept and Measurement of Quality of Life in the Frail Elderly San Diego Academic Press p 3-27 1991

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1988

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1992

LEGRAND F HEUZE JP Antidepressant Effects Associated With Different Exercise Conditions in Participants With Depression A Pilot Study Journal of Sport amp Exercise Psychology v 29 p 348-364 2007

LEMON PWR Do athletes need mor dietary protein na amino acids International Journal of Sport Nutrition v 5 p S39-61 1995

LOPES KMDC Os efeitos crocircnicos do exerciacutecio fiacutesico aeroacutebio nos niacuteveis de serotonina e depressatildeo em mulheres idosas 2001122f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndash Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia Brasiacutelia 2001

LOURENCcedilO RA VERASI RP Mini-Exame do Estado Mentalcaracteriacutesticas psicomeacutetricas em idosos ambulatoriais Revista de Sauacutede Puacuteblica v 40 n 4 p 712-719 2006

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica 5ordm edSatildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARINS MJS ANGERAMI ELS Problemas dos idosos na alta hospitalar In Gerontologia v 2 p 678-74 1996

MARTIN CL DUCLOS M AGUERRE S et al Corticotropic and serotonergic responses to acute stress withwithout prior exercise training in different rat strains Acta Physiologica Scandinavica v 168 n 3 p 421-30 2000

MATARUNA L Imagem corporal noccedilotildees e definiccedilotildees Efdeportes 10 (71) 2004 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 13 jun 2007

MATSUDO SMM MATSUDO VKR NETO B Efeitos beneacuteficos da atividade fiacutesica na aptidatildeo fiacutesica e sauacutede mental durante o processo de envelhecimento Revista atividade fiacutesica amp Sauacutede v 5 n 2 p 60-76 2000

121

MATSUO RF VELARDI M BRANDAtildeO MRF et al Imagem corporal de idosas e atividade fiacutesica Revista Mackenzie de Educaccedilatildeo Fiacutesica e Esporte v 6 n 1 p 37-43 2007

MATTER A S RODRIGUEZ C GUTHRIE M F et al Effects of exercise on depressive symptoms in older adults with poorly responsive depressive disorder British journal of physichiatry v 180 p 411 ndash 415 2002

MATTSON M P CHAN S L DUAN W Modification of brain aging and neurodegenerative disorders by genes diet and behavior Physiological reviews V 82 p 637 ndash 6722002

MAUGHAN R GLEESON M GREENHAFF PL Bioquiacutemica do exerciacutecio e do treinamento 1 ed Satildeo Paulo Manole p 132-136 2000

MAZO GZ LOPES MA BENEDETTI TB Atividade fiacutesica e o idoso concepccedilatildeo gerontoloacutegica Porto Alegre Sulina 2001

MAZZEO RS CAVANAGH P EVANS WJ et al - Exerciacutecio e atividade fiacutesica para pessoas idosas Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 3 p 48-68 1998

Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 29 n 1 p 58-62 1997

MEEUSEN R PIACENTINI M Exercise and Neurotransmission A Window to the Future European Journal of Sport Science v 1 n 1 p 1-12 2001

MEEUSEN R ROEYKENS J MAGNUS L et al Endurance perform ance in humans the effect of a dopamine precursor or a specific serotonin (5-HT2A2C) antagonist International Journal of Sports and Medicine v 18 n 8 p 571-577 1997

MEEUSEN R THORREacute K CHAOULOFF F et al Effects of tryptophan andor acute running on extracellular 5-HT and 5-HIAA levels in the hippocampus of food-deprived rats Brain Research v 740 p 245-252 1996

MEEUSEN R WATSON P HASEGAWA H et al The Serotonin Hypothesis and Beyond Sports Medicine v 36 n 10 p 881-909 2006

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111-1125 1999

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111 ndash 1125 1999

MENESES A HONG E A pharmacological analysis of serotonergic receptors effects of their activation of blockade in learning Progress in neuro-psychopharmacology amp biological psychiatry v 21 n 2 p 273-296 1997

122

MENON MA FREIRIAS A SANCHES M Tratamento de depressatildeo no idoso Psychiatry online Brazil v 3 n 12 1998

MILHAM M P ERICKSON KI BANICH MT et al Attentional control in the aging brain Insights from na fMRI study of the Stroop task Brain and Cognition v 49 n 3 p 277-296 2002

MITNITSKI AB GRAHAM JE MOGILNER AJ et al Frailty and late-life mortality in relation to chronological and biological age BMC Geriatrics v 2 p 1 2002

MONTEIRO WD Forccedila Muscular Uma Abordagem Fisioloacutegica em Funccedilatildeo do Sexo Idade e Treinamento Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 50-66 1997

MOORE KE BABYAK MA WOOD CE et al The association between physical activity and depression in older depressed adults Journal of Aging and Physical Activity v 7 n 1 p 55-61 1999

MORAIS PR SOUZA FG BAPTISTA MN Relaccedilotildees entre Siacutendrome de Burnout e Transtornos de Humor In BAPTISTA MN Suiciacutedio e Depressatildeo ndash Atualizaccedilotildeearauacutejis Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2004 p 217-230

MORAN M Depression-Serotonin link Many mysteries Remain Psychiatric News v 38 n 9 p 48 2003

MURPHY F SMITH K COWENP ROBBINS T SAHAKIAN B The effects of tryptophan depletion on cognitive em affective processing in healthy volunteers Psychopharmacology v 163 n 1 p 42-53 2002

NAIR KS Age-related changes in muscle Mayo Clinic Proceedings v75 Suppl p S14-18 2000

NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002

NERI AL Qualidade de vida na velhice e atendimento domiciliaacuterio In DUARTE YAD DIOGO MJD Atendimento domiciliar um enfoque gerontoloacutegico Satildeo Paulo Atheneu cap 4 p 33-47 2000

NEWSHOLME EA ACWORTH IN BLOOMSTRAND E Amino acids brain neurotransmitters and a functional link between muscle and brain that is important in sustained exercise in Benzi G Advances in Myochemistry London John Libbey Eurotext P 127-133 1987

NEWSHOLME EA BLOMSTRAND E Branched-chain amino acids and central fatigue The Journal of nutrition v 136 n 1 Suppl p 274S-276S 2006

NIEMAN DC Exerciacutecio e sauacutede como se prevenir de doenccedilas usando o exerciacutecio como seu medicamento Satildeo Paulo Manole 1999 p 217-308

123

NISHIMURA A TAKEUCHI Y MATSUSHITA H et al Vulnerability to aging in the rat serotonerg system Acta Neuropatholoacutegica v96 n 6 p 581-595 1998

NYBOA L SECHER NH Cerebral perturbations provoked by prolonged exercise Progress in Neurobiology v 72 p 223ndash261 2004

OAKS S Exercise and depression American Fitness v 18 n 3 p 38-41 2000

OLIVEIRA RJ FURTADO AC Envelhecimento do Sistema nervoso e o exerciacutecio fiacutesico Educacioacuten Fiacutesica y Deporte v 15 p 1-5 1999

OLIVEIRA RJ LOPES KM COacuteRDOVA C BOTTARO M Aerobic training and the changes on the serum levels of serotonin and the symptoms of depression in the elderly women Biology of Sport v 24 n 3 p 255-264 2007

OMS - Classificaccedilatildeo de transtornos mentais e de comportamento da CID-10 S Paulo Artes Meacutedicas 1993

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2003

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2002

OMS - Informe sobre la salud en el mundo Salud mental nuevos conocimientos nuevas esperanzas Ginebra Organizacioacuten Mundial de la Salud 2001

OMS - Organisation mondiale de la santeacute Active Ageing From Evidence to Action Genegraveve lOMS 2000

OMS - Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede Divisatildeo de Sauacutede Mental GRUPOWHOQOL Versatildeo em portuguecircs dos instrumentos de avaliaccedilatildeo de qualidade de Vida (WHOQOL) 1998

OMS - WHOQOL GroupThe World Health Organizations WHOQOL-BREF quality of life assessment psychometric properties and results of the international field trial A report from the WHOQOL group Quality of Life Research v 13 n 2 p 299-310 2004

ONU - Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas Populaccedilatildeo e Envelhecimeto Factos e Nuacutemeros Segunda assembleacuteia mundial sobre o envelhecimento 2002

ORSI JVA NAHAS FX GOMES HC et al Impacto da obesidade na capacidade funcional de mulheres Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira v 54 n 2 p 106-109 2008

PAFFENBARGER JR RS KAMPERT JB LEE IM Physical activity and health of college men longitudinal observations International Journal of Sports and Medicine v 18 p s200-203 1997

124

PAFFENBARGER RS Contributions of epidemiology to exercise science and cardiovascular health Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 p 426-438 1988

PAFFENBARGER RS LEE IM LEUNG R Physical activity and personal characteristics associated with depression and suicide in American college men Acta Psychiatrica Scandinavica Supplementum v 377 p 16-22 1994

PAPALEacuteO NETTO M O estudo da velhice no seacuteculo XX histoacuterico definiccedilatildeo do campo e termos baacutesicos In Freitas Elizabete Viana de et al (Orgs) Tratado de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan p 02-12 2002

PAULO MG TEIXEIRA AR JOTZ GP et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida de Cuidadores de Idosos Portadores de Deficiecircncia Auditiva Influecircncia do Uso de Proacuteteses Auditivas Arquivo Internacional de Otorrinolaringologista v 12 n 1 p 28-36 2008

PAYTON OD POLAND JL Aging process implicatios for Clinical Practice Phisical Therapy v 63 n 1 p 41-48 1983

PEacuteREZ AS La Medicina y el Proceso de Envejecimiento al Final Del siglo XX Instituto de Espana Anales de la Real Academia Nacional de Medicina ndash Nuacutemero extraordinaacuterio Madrid 1994

PETROSKI EC Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas na terceira idade Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 34-40 1997

PHILLIPS WT KIERNAN M KING A C Physical Activity as a Nonpharmacological Treatment for Depression A Review Complementary Health Practice Review v 8 n 2 p 139-152 2003

PORTER R J LUNN SB WALKER LLM et al Cognitive deficit induced by acute tryptophan depletion in patients with Alzheimerrsquos disease American Journal of psychiatry v 157 n 4 2000

POSNER M I amp DEHAENE S ATTENTIONAL NETWORKS Trends in Neuroscience V 17 n 2 p 75-79 1994

POWERS K S HOWLEY T E Fisiologia do Exerciacutecio Satildeo Paulo Manole 2003

PROVENZA IC MARA LS LIMA WC et al Relaccedilatildeo da siacutendrome do excesso de treinamento com estresse fadiga e serotonina Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 6 2005

RANG HP DALE MM RITTER JM Farmacologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 1997 p 139-444

125

RICHTER-LEVIN G SEGAL M Age-related cognitive deficits in rats are associated with a combined loss of cholinergic and serotonergic functions Annals of the New York Academy of Sciences v 24 n 695 p 254-257 1993

ROBERGS RA ROBERTS SO Exercise Physiology Exercise performance and Clinical Applicatios Mosby 1997 p 578-596

RODRIGUES MJSF O diagnoacutestico de depressatildeo Piscologia USP v 11 n 1 p 1-22 2000

ROSA DA DE MELLO MT NEGRAtildeO AB et al Mood changes after maximal exercise testing in subjects with symptoms of exercise dependence Perceptual and motor skills v 99 n 1 p 341-353 2004

ROSSI L CASTRO I TIRAPEGUI J Suplementaccedilatildeo com aminoaacutecidos de cadeia ramificada e alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de serotonina cerebral Nutrire v 26 p1-10 2003

ROSSI L TIRAPEGUI J Implicaccedilotildees do sistema serotonineacutergico no exerciacutecio fiacutesico Arquivos Brasileiros de Endocrinologia amp Metabologia Satildeo Paulo v 48 n 2 p 227-233 2004

ROSSI L TIRAPEGUIJ Aspectos atuais sobre exerciacutecio fiacutesico fadiga e nutriccedilatildeo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 13 n 1 p 67 ndash 82 1999

SANTIEacuteN SANTAMARIA ML Indicadores socials de calidad de vida Un sistema de medicioacuten aplicado al Paiacutes Vasco Montalbaacuten Madrid Centro de Investigaciones Solioloacutegicas v 133 1993

SANTOS DM SICHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica v 39 n 2 2005

SCALCO MZ Tratamento de idosos com depressatildeo utilizando triciacuteclicos IMAO ISRS e outros antidepressivos Revista Brasileira de Psiquitriatria v 24 Supl I p 55-63 2002

SCHILDER PA Imagem do corpo as energias construtivas da psique 3ordfed Satildeo Paulo Martins Fontes 1999

SCHOEVERS RA GEERLINGS M I BEEKMAN ATF et al Association of depression and gender with mortality in old age British Journal of Psychiatry v 177 p 336-342 2000

SCHUIT A J FESKENS E J M LAUNER LJ et al Physical activity and cognitive decline the role of the apolipoprotein e4 allele Medicine amp Science in sports amp Exercise v 33 n 5 p 772 ndash777 2001

SHEENArsquoS Imagem corporal Disponiacutevel em httpwwwsheenasplaceorg Acesso em 8 jan 2004

126

SILBERMAN C SOUZA C WILHEMS F et al Cognitive deficit and depressive symptoms in a community group of elderly people a preliminary study Revista de Sauacutede Publica v 29 n 6 p 444-450 1995

SILVA MMS TINOCO ALA BRITO LF et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

SILVA P Farmacologia 6ordf ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 2002 p 296-297

SILVA TE REZENDE CHA Avaliaccedilatildeo transversal da qualidade de vida de idosos participantes de centros de convivecircncia e institucionalizados por meio do questionaacuterio geneacuterico WHOQOL-BREF 2006 Horizonte Cientiacutefico Disponiacutevel em httpwwwproppufubrrevistaeletronicaEdicao202006_1Dtais_estevaopdf Acesso em 03 maio 2008

SILVA VAP BOTTARO M JUSTINO MA et al Frequumlecircncia Cardiacuteaca Maacutexima em Idosas Brasileiras uma Comparaccedilatildeo entre Valores Medidos e Previstos Arquivos brasileiros de cardiologia v 88 n 3 p 314-320 2007

SIMOtildeES HG MARCON F OLIVEIRA F et al Resposta da razatildeo testosteronacortisol durante o treinamento de corredores velocistas e fundistas Revista brasileira de educaccedilatildeo fiacutesica e esporte v 18 n 1 p31-46 2004

SKINNER JS MCLELLAN J The transition from the aerobic and anaerobic metabolism In RESEARCH QUATERLY OF EXERCISE AND SPORTS 1980

SLADE PD What is body image Behaviour research and therapy v 32 n 5 p497-502 1994

SNOWDON J How high is the prevalence of depression in old age Revista brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 42-47 2002

SNOWDON J Is depression more prevalent in old age Australian and New Zealand Journal of Psychiatry v 35 p 782-787 2001

SOARES J Niacuteveis seacutericos de serotonina frente ao exerciacutecio agudo maacuteximo em indiviacuteduos natildeo treinados e treinados em corridas de meio-fundo e velocidade 199573f Tese (Doutorado em Ciecircncias) ndash Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 1995

SORENSEN TIA STUNKARD AJ Does obesity run in families because of genes An adoption study using silhouettes as a measure of obesity Acta Psychiatric Scandinavica 1993

SOUZA FGM Tratamento da depressatildeo Revista brasileira de Psiquiatria v 21 p 18-23 1999

127

SPEAR J How long should older people take antidepressants to prevent relapse Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 70-73 2002

SPIRDUSO WW FRANCIS LD MCRAE PG Physical Dimension of Aging ndash 2nd Edition Human Kinetics 2005

STEINBERG L L SPOSITO MMM LAURO FAA et al Serum level of serotonin during rest and during exercise in paraplegic patients Spinal Cord v 36 p 18-20 1998

STELLA SG ANTUNES HK SANTOS RF et al Transtornos do humor e exerciacutecio In Mello MT organizador Atividade fiacutesica exerciacutecio fiacutesico e aspectos psicobioloacutegicos Satildeo Paulo Guanabara Koogan 2004 p 51-9

STEWART KJ Longevity Health Sciences The Phoenix Conference Annals of the New York Academy of Sciences v 1055 p 193-206 2005

STORDAL E MYKLETUN A DAHL AA The association between age and depression in the general population a multivariate examination Acta Psychiatrica Scandinava v 107 p 132-141 2003

STRUumlDER H K HOLLMANN W PLATEN P et al Effect of acute and chronic exercise on plasma amino acids and prolactin concentrations and on [3H] Ketanserin Binding to Serotonin 2A receptors on human platelets Europe Journal Apply of Physiology v 79 p 318-324 1999

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part I International Journal of Sports and Medicine v 22 p 467-481 2001a

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part II International Journal of Sports and Medicine v 22 p 482-97 2001b

TEHARD B VAN LIERE MJ COM-NOUGUE C et al Anthropometric Measurements and Body Silhouette of Women Validity and Perception Journal of the American Dietetic Association v 102 n 12 p 1779-1784 2002

THOMAS S READING J SHEPHARD RJ Revision of the Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) Canadian journal of sport sciences v 17 p 338-345 1992

THOME J HENN FA DUMAN RS Cyclic AMP response element-binding protein and depression Expert Review of Anticancer Therapy v 2 n 3 p 347-354 2002

TINOCO ALA BRITO LF SANTrsquoANNA MSL et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

128

TOMPOROWSKI PD Effects of acute bouts of exercise on cognition Acta Psychologica v 112 p 297-324 2003

TOSKOVIC NN Alterations in selected measures of mood with a single bout of dynamic Taekwondo exercise in college-age students Perceptual and motor skills v 92 n 3 Pt p 1031-1038 2001

TRELLES L El envejecimiento del sistema nervioso Aspectos estructurales y bioquiacutemicos Revista de Neuro-Psiquiatria v 4 p 192-202 1986

TRICHES R M GIUGLIANI E R Body dissatisfaction in school children from two cities in the South of Brazil Revista de Nutriccedilatildeo v 20 n 2 p 119-128 2007

VACANTI L J SESPEDES LBH SARPI MO O teste ergomeacutetrico eacute uacutetil seguro e eficaz mesmo em indiviacuteduos muito idosos com 75 anos ou mais Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 82 n 2 p 147-150 2004

VALLE LBS FILHO RMO DELUCIA R et al Farmacologia Integrada Princiacutepios baacutesicos - v 1 Rio de Janeiro Livraria Atheneu 1988 p 353-364

VARNIER M P SARTO P MARTINES D Effects of infusing branched-brain amino acid during incremental exercise with reduced muscle glycogen content European journal of applied n 69 p 26-31 1994

VISSER M FUERST T LANG T et al Validity of fan-beam dual-energy X-ray absorptiometry for measuring fat-free mass and leg muscle mass Journal Applied Physiology v 87 p 513-1520 1999

WATSON P HASEGAWA H ROELANDS B et al Acute dopaminenoradrenaline reuptake inhibition enhances human exercise performance in warm but not temperate conditions The Journal of physiology v 565 n 3 p 873-883 2005

WERNERCK FZ BARA FILHO MG RIBEIRO LCS Efeitos do exerciacutecio fiacutesico sobre os estados de humor Revisatildeo Revista Brasileira sobre psicologia do esporte v 0 p 22-54 2006

WILLIAMSON DA OrsquoNEIL PM Behavioral and psychological correlates of obesity In BRAY G A BOUCHARD C JAMES WPT eds Handbook of obesity New York Marcel Dekker 1998 p 129-142

WOOD AT HALL MR Reversed-phase high-performance liquid chromatography of catecholamines and indoleamines using a simple gradient solvent system and native fluorescence detection Journal of Chromatography v B n 744 p 221ndash225 2000

XAVIER FMF FERAZ MPT BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 p 62-70 2001

129

XAVIER F MARCOS F BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 2001

ZAVASCHI MLS SATLER F POESTER D et al Associaccedilatildeo entre trauma por perda na infacircncia e depressatildeo na vida adulta Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 n 4 p 189-95 2002

ZHANGX SUN Z ZHANG X et al Prevalence and associated factors of overweight and obesity in older rural Chinese Obesity v 16 p 168ndash171 2008

130

AANNEEXXOO 11 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE SSAAUacuteUacuteDDEE EE HHAacuteAacuteBBIITTOOSS DDEE VVIIDDAA Nome_________________________________________________________________ Endereccedilo_________________________________________________________________________ Fone ( s) ________________________ Cel _____________________ Dt nasc _________

Leia com atenccedilatildeo e escolha a resposta que mais se aproximar a sua

realidade

1 Algum meacutedico jaacute lhe disse que vocecirc tem um problema cardiacuteaco e deve fazer exerciacutecios apenas sob orientaccedilatildeo meacutedica ( ) Sim ( ) natildeo

2 Vocecirc sente dor no peito quando realiza atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

3 No mecircs passado vocecirc teve dor no peito quando natildeo estava fazendo atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

4 Vocecirc perde o equiliacutebrio por causa de tonturas ou jaacute desmaiou alguma vez ( ) Sim ( ) natildeo

5 Vocecirc tem problema em algum osso ou articulaccedilatildeo que poderia piorar com a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ( ) Sim ( ) natildeo

6 Seu meacutedico lhe receitou atualmente alguma medicaccedilatildeo (por exemplo diureacuteticos) para pressatildeo ou problema de coraccedilatildeo ( ) Sim ( ) natildeo

7 Vocecirc conhece alguma outra razatildeo pela qual natildeo deveria praticar atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo Qual ___________________________________________________________

8 Costuma fazer check- up ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

9 Vocecirc fuma ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantos cigarros por dia ___________________________________________

10 Faz uso de bebidas alcooacutelicas ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantas vezes por semana __________________________________________

131

11 Marque um ldquoxrdquo nas doenccedilas que vocecirc tem ou jaacute teve

( ) a hipertensatildeo ( ) diabetes ( ) cardiopatias ( ) doenccedila de Alzheimer ( ) acidente vascular cerebral ( ) depressatildeo ( ) doenccedila de Parkinson

( ) _____________________ ( )_________

12 Sente dores na coluna ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Onde _________________________________________________________

13 Faz controle de colesterol ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

14 Pratica exerciacutecios fiacutesicos regularmente ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

15 Qual (quais) a(s) modalidade(s) de exerciacutecio fiacutesico que vocecirc pratica atualmente _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16 Haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses 17 Com qual frequumlecircncia semanal

( ) 1x ( ) 2x ( ) 3x ( ) 4x ( ) 5x ( ) 6x ( ) 7x ( ) gt 7x 18 Qual a duraccedilatildeo desta atividade por sessatildeo (em minutos)

( ) 10 ( ) 15 ( ) 20 ( ) 30 ( ) 40 ( ) 50 ( ) 60 ( ) gt 60 19 Qual eacute a Intensidade desta atividade

( ) Leviacutessima ( ) leve ( ) moderada ( ) um pouco alta ( ) alta ( )altiacutessima NAtildeO PRATICA nenhuma atividade fiacutesica haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses ( ) nunca participou

20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

21 Toma remeacutedio para depressatildeo ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22 Sofre de insocircnia

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes 23 Toma algum remeacutedio para dormir

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual _________________________________________________________

132

24 Jaacute fez alguma cirurgia ( ) Sim ( ) natildeo

Cirurgia Data Cirurgia Data

25 Quais os remeacutedios que vocecirc estaacute utilizando atualmente

Nome do remeacutedio Para que Posologia

26 Tem algum problema de sauacutede que natildeo foi aqui relatado ainda

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (Quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 27 A respeito da sua renda familiar assinale a alternativa correspondente a sua

realidade ( ) ateacute um salaacuterio miacutenimo ( ) dois salaacuterios miacutenimos ( ) 3 salaacuterios miacutenimos ( ) 4 a 5 salarios ( ) 6 a 7 salaacuterios ( ) acima de 10 salaacuterios ( ) 10 a 15 salaacuterios ( ) acima de 15 salaacuterios

28 A respeito do seu grau de escolaridade ( ) Analfabeto ( ) primaacuterio incompleto ( ) Primaacuterio completo ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino meacutedio ( ) Ensino Superior

29 Em que classe social vocecirc se enquadra ( ) Baixa ( ) Meacutedia ( ) Meacutedia alta ( ) Alta

OBSERVACcedilOtildeES

133

AANNEEXXOO 22 ndashndash TTEERRMMOO DDEE CCOONNSSEENNTTIIMMEENNTTOO LLIIVVRREE EE EESSCCLLAARREECCIIDDOO

NOME _______________________________________________________________

1 - ESCLARECIMENTO DAS AVALIACcedilOtildeES

11 Teste de esforccedilo e sessatildeo de exerciacutecios Vocecirc estaraacute realizando 1 teste de esforccedilo em esteira A intensidade teraacute iniacutecio em um niacutevel que vocecirc poderaacute realizar facilmente e seraacute aumentada progressivamente O tempo do teste dependeraacute do seu niacutevel de aptidatildeo fiacutesica Durante a execuccedilatildeo do mesmo devido agrave sensaccedilatildeo de fadiga ou desconforto vocecirc poderaacute solicitar que seja finalizado em qualquer momento que desejar Da mesma forma poderemos parar o teste a qualquer indiacutecio de risco percebido durante o teste

Vocecirc seraacute solicitado tambeacutem a realizar uma sessatildeo de caminhada em esteira durante 20 minutos

12 Dosagem de serotonina triptofano e aminoaacutecidos Seratildeo realizadas 2 coletas de sangue em momentos distintos A primeira ser realizada no preacute-teste em repouso e a segunda no poacutes-teste apoacutes teste de esforccedilo (no caso do Grupo Controle apoacutes 20 minutos em repouso)

13 Avaliaccedilatildeo das caracteriacutesticas fiacutesicas Seratildeo avaliados a massa corporal a estatura e o percentual de gordura (atraveacutes do meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia (DXA))

14 Preenchimento de questionaacuterios e similares Questionaacuterio de Sauacutede e Haacutebitos de Vida Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Questionaacuterio de Qualidade de Vida e Escala de Imagem corporal

2 - RISCOS E DESCONFORTOS POSSIacuteVEIS DURANTE O EXERCIacuteCIO FIacuteSICO Estou ciente da possibilidade de existir certas alteraccedilotildees durante o teste de esforccedilo que podem incluir resposta anormal da pressatildeo arterial desmaios distuacuterbios do riacutetmo cardiacuteaco e em rariacutessimos casos um derrame ou morte Todo esforccedilo seraacute feito para minimizar estes riscos pela avaliaccedilatildeo das informaccedilotildees preliminares relacionadas agrave sua sauacutede e agrave sua aptidatildeo fiacutesica e pelas observaccedilotildees realizadas durante a consulta meacutedica associada a um eletrocardiograma em repouso

3 - RESPONSABILIDADES DO PARTICIPANTE Responder com clareza e veracidade todas as perguntas contidas nos questionaacuterios e testes

A participaccedilatildeo no teste de esforccedilo maacuteximo e exames (no caso do Grupo Experimental)

Informar imediatamente as sensaccedilotildees de desconforto durante o esforccedilo fiacutesico

Proceder de acordo com as instruccedilotildees de dieta alimentar e jejum no periacuteodo que anteceder a coleta de sangue

134

4 -QUESTIONAMENTOS Qualquer pergunta sobre os procedimentos utilizados nos testes exames e treinamento satildeo encorajadas Caso tenha alguma duacutevida ou observaccedilotildees favor nos solicitar explicaccedilotildees adicionais

5 -OS RESULTADOS OBTIDOS E SUA DIVULGACcedilAtildeO Estou ciente que as informaccedilotildees obtidas por meio dos resultados de todos os testes e exames poderatildeo ser utilizadas como dados em pesquisas cientiacuteficas e seratildeo divulgadas em congressos e similares

6 - BENEFIacuteCIOS ESPERADOS A realizaccedilatildeo deste estudo contribuiraacute na accedilatildeo de profissionais da aacuterea de sauacutede dando-lhes maior fundamentaccedilatildeo cientiacutefica dos benefiacutecios advindos da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico em relaccedilatildeo aos idosos Aleacutem de nortear accedilatildeo destes profissionais em divulgar esclarecer e no caso de professores de educaccedilatildeo fiacutesica prescrever com maior seguranccedila um protocolo que possa oferecer maior benefiacutecio para esta faixa etaacuteria

7 - LIBERDADE DE CONSENTIMENTO A sua permissatildeo para participar desta pesquisa eacute voluntaacuteria Vocecirc estaraacute livre para negar este consentimento ou para parar em qualquer momento se assim o desejar

Eu li este termo de consentimento e compreendi os procedimentos que realizarei Estou de acordo em participar desta pesquisa

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG do participante)

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG da testemunha)

Brasiacutelia _______________________

Responsaacutevel pela pesquisa Keila Mordf Dias Carmo Lopes (Fone 3353 2064 cel 9963 2598) Colocircnia Agriacutecola Samambaia Chaacutecara 152 Rua 4 Lote 17

135

AANNEEXXOO 33 ndashndash IacuteIacuteNNDDIICCEE DDEE PPEERRCCEEPPCcedilCcedilAtildeAtildeOO SSUUBBJJEETTIIVVAA DDEE EESSFFOORRCcedilCcedilOO

ESCALA DE BORG

6 (Nenhum esforccedilo real)

7 Muito Muito Leve

8

9 Muito Leve

10

11 Moderada (Razoavelmente)

12

13 Moderada Alta ( Pouco Intenso)

14

15 Intenso (Intensidade Alta)

16

17 Muito Intenso

18

19 Muito Muito Intenso

20 (Esforccedilo maacuteximo) A escala de Borg eacute constituiacuteda por 15 categorias graduadas de 6 a 20 estando cada grau iacutempar relacionado a uma descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido (BORG Gunnar 2000)

136

AANNEEXXOO 44 ndashndash IINNVVEENNTTAacuteAacuteRRIIOO DDEE DDEEPPRREESSSSAtildeAtildeOO DDEE BBEECCKK ((BBDDII))

Este questionaacuterio consiste em 21 grupos de afirmaccedilotildees Depois de ler cuidadosamente

cada grupo faccedila um ciacuterculo em torno do nuacutemero (0 1 2 ou 3) diante da afirmaccedilatildeo em cada

grupo que descreve melhor a maneira como vocecirc tem se sentido nesta semana incluindo

hoje Se vaacuterias afirmaccedilotildees num grupo parecerem se aplicar igualmente bem faccedila um ciacuterculo

em cada uma

Tome o cuidado de ler todas as afirmaccedilotildees em cada grupo antes de fazer a sua escolha 1 0 Natildeo me sinto triste 1 Eu me sinto triste 2 Estou sempre triste e natildeo consigo sair disso 3 Estou tatildeo triste ou infeliz que natildeo consigo suportar 2 0 Natildeo estou especialmente desanimado quanto ao futuro 1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro 2 Acho que nada tenho a esperar

3 Acho o futuro sem esperanccedila e tenho a impressatildeo de que as coisas natildeo podem melhorar 3 0 Natildeo me sinto um fracasso 1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum 2 Quando olho para traacutes na minha vida tudo o que posso ver eacute um monte de fracassos 3 Acho que como pessoa sou um completo fracasso 4 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes 1 Natildeo sinto mais prazer nas coisas como antes 2 Natildeo encontro um prazer real em mais nada 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo 5 0 Natildeo me sinto especialmente culpado 1 Eu me sinto culpado agraves vezes 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo 3 Eu me sinto sempre culpado 6 0 Natildeo acho que esteja sendo punido 1 Acho que posso ser punido 2 Creio que vou ser punido 3 Acho que estou sendo punido 7 0 Natildeo me sinto decepcionado comigo mesmo 1 Estou decepcionado comigo mesmo 2 Estou enojado de mim 3 Eu me odeio 8 0 Natildeo me sinto de qualquer modo pior que os outros 1 Sou criacutetico em relaccedilatildeo a mim devido a minhas fraquezas ou a meus erros 2 Eu me culpo sempre por minhas falhas 3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece

137

9 0 Natildeo tenho quaisquer ideacuteias de me matar 1 Tenho ideacuteias de me matar mas natildeo as executaria 2 Gostaria de me matar 3 Eu me mataria se tivesse oportunidade 10 0 Natildeo choro mais que o habitual 1 Choro mais agora do que costumava 2 Agora choro o tempo todo

3 Costumava ser capaz de chorar mas agora natildeo consigo mesmo que o queira 11 0 Natildeo sou mais irritado agora do que jaacute fui 1 Fico molestado ou irritado mais facilmente do que costumava 2 Atualmente me sinto irritado o tempo todo 3 Absolutamente natildeo me irrito com as coisas que costumavam irritar-me 12 0 Natildeo perdi o interesse nas outras pessoas 1 Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas 2 Perdi a maior parte do meu interesse nas outras pessoas 3 Perdi todo o meu interesse nas outras pessoas 13 0 Tomo decisotildees mais ou menos tatildeo bem como em outra eacutepoca 1 Adio minhas decisotildees mais do que costumava 2 Tenho maior dificuldade em tomar decisotildees do que antes 3 Natildeo consigo mais tomar decisotildees 14 0 Natildeo sinto que minha aparecircncia seja pior do que costumava ser 1 Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos 2 Sinto que haacute mudanccedilas permanentes em minha aparecircncia que me fazem parecer sem

atrativos 3 Considero-me feio 15 0 Posso trabalhar mais ou menos tatildeo bem quanto antes 1 Preciso de um esforccedilo extra para comeccedilar qualquer coisa 2 Tenho de me esforccedilar muito ateacute fazer qualquer coisa 3 Natildeo consigo fazer nenhum trabalho 16 0 Durmo tatildeo bem quanto de haacutebito 1 Natildeo durmo tatildeo bem quanto costumava

2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que de haacutebito e tenho dificuldade para voltar a dormir

3 Acordo vaacuterias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade para voltar a dormir 17 0 Natildeo fico mais cansado que de haacutebito 1 Fico cansado com mais facilidade do que costumava 2 Sinto-me cansado ao fazer qualquer coisa 3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa 18 0 Meu apetite natildeo estaacute pior do que de haacutebito 1 Meu apetite natildeo eacute tatildeo bom quanto costumava ser 2 Meu apetite estaacute muito pior agora 3 Natildeo tenho mais nenhum apetite 19 0 Natildeo perdi muito peso se eacute que perdi algum ultimamente 1 Perdi mais de 25 Kg 2 Perdi mais de 5 Kg 3 Perdi mais de 75 Kg Estou deliberadamente tentando perder peso comendo menos SIM ( ) NAtildeO ( )

138

20 0 Natildeo me preocupo mais que o de haacutebito com minha sauacutede 1 Preocupo-me com problemas fiacutesicos como dores e afliccedilotildees ou perturbaccedilotildees no estocircmago ou

prisatildeo de ventre 2 Estou muito preocupado com problemas fiacutesicos e eacute difiacutecil pensar em outra coisa que natildeo isso 3 Estou tatildeo preocupado com meus problemas fiacutesicos que natildeo consigo pensar em outra coisa 21 0 Natildeo tenho observado qualquer mudanccedila recente em meu interesse sexual 1 Estou menos interessado por sexo que costumava 2 Estou bem menos interessado em sexo atualmente 3 Perdi completamente o interesse por sexo

139

AANNEEXXOO 55 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE QQUUAALLIIDDAADDEE DDEE VVIIDDAA

((WWHHOOQQOOLLndashndash bbrreeff))

Nome___________________________________________________ Modalidade ________________________________________ Este questionaacuterio eacute sobre como vocecirc se sente a respeito de sua qualidade de vida sauacutede e outras aacutereas de sua vida Por favor responda a todas as questotildees Se vocecirc natildeo tem certeza sobre que resposta dar em uma questatildeo por favor escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada Esta muitas vezes poderaacute ser sua primeira escolha Por favor tenha em mente seus valores aspiraccedilotildees prazeres e preocupaccedilotildees Noacutes estamos perguntando o que vocecirc acha de sua vida tomando como referecircncia as duas uacuteltimas semanas Por favor leia cada questatildeo veja o que vocecirc acha e circule no nuacutemero e lhe parece a MELHOR RESPOSTA 1- Como vocecirc avaliaria sua qualidade de vida muito ruim Ruim nem ruim nem boa boa muito boa 1 2 3 4 5

2-Quatildeo satisfeito vocecirc estaacute com a sua sauacutede

muito insatisfeito Insatisfeito nem satisfeito nem insatisfeito satisfeito muito satisfeito

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes satildeo sobre o quanto vocecirc tem sentido algumas coisas nas uacuteltimas duas semanas 3-Em que medida vocecirc acha que sua dor (fiacutesica) impede vocecirc de fazer o que vocecirc precisa nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

4-O quanto vocecirc precisa de algum tratamento meacutedico para levar sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

5- O quanto vocecirc aproveita a vida nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

6- Em que medida vocecirc acha que a sua vida tem sentido nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

7- O quanto vocecirc consegue se concentrar nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

8- Quatildeo seguro(a) vocecirc se sente em sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

9- Quatildeo saudaacutevel eacute o seu ambiente fiacutesico (clima barulho poluiccedilatildeo atrativos) nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

140

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo completamente vocecirc tem sentido ou eacute capaz de fazer certas coisas nestas uacuteltimas duas semanas 10- Vocecirc tem energia suficiente para seu dia-a- dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

11- Vocecirc eacute capaz de aceitar sua aparecircncia fiacutesica nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

12- Vocecirc tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

13- Quatildeo disponiacuteveis para vocecirc estatildeo as informaccedilotildees que precisa no seu dia-a-dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

14- Em que medida vocecirc tem oportunidades de atividade de lazer nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo bem ou satisfeito vocecirc se sentiu a respeito de vaacuterios aspectos de sua vida nas uacuteltimas duas semanas 15- Quatildeo bem vocecirc eacute capaz de se locomover

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 16- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu sono

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 17- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 18- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade para o trabalho

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 19- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute consigo mesmo

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 20- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com suas relaccedilotildees pessoais (amigos parentes conhecidos colegas)

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 21- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua vida sexual

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 22- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o apoio que vocecirc recebe de seus amigos

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5

141

23- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com as condiccedilotildees do local onde mora

muito ruim ruim Nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 24- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu acesso aos serviccedilos de sauacutede

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 25- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu meio de transporte

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes referem-se a com que frequumlecircncia vocecirc sentiu ou experimentou certas coisas nas uacuteltimas duas semanas 26- Com que frequumlecircncia vocecirc tem sentimentos negativos tais como mau humor desespero ansiedade depressatildeo

nunca Algumas vezes frequumlentemente muito frequumlentemente sempre

1 2 3 4 5

Algueacutem lhe ajudou a preencher este questionaacuterio ( ) Sim ( ) Natildeo

Quanto tempo vocecirc levou para preencher este questionaacuterio _________________

Vocecirc tem algum comentaacuterio sobre o questionaacuterio

OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO

142

AANNEEXXOO 66 ndashndash EESSCCAALLAA DDEE AAVVAALLIIAACcedilCcedilAtildeAtildeOO DDAA IIMMAAGGEEMM CCOORRPPOORRAALL

NOME______________________________________________________ IDADE ____________ M C _________ Gord ________ IMC ___________

A seguir vocecirc tem uma seacuterie de 9 silhuetas femininas Observe

cuidadosamente cada uma das figuras e responda Qual o nuacutemero da figura

correspondente agraves seguintes perguntas Lembre que natildeo haacute respostas certas ou

erradas (Adaptado de SORENSEN e STUNKARD 1993)

1- Qual aparecircncia fiacutesica mais se parece com vocecirc ATUALMENTE 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 2- Qual aparecircncia fiacutesica que vocecirc GOSTARIA DE TER 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 3- Qual aparecircncia fiacutesica vocecirc tinha HAacute UM ANO ATRAacuteS 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 4- Avaliaccedilatildeo do avaliador 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 5- Vocecirc estaacute satisfeita com sua aparecircncia atual

( ) sim ( ) natildeo

6- Vocecirc acha que sua aparecircncia se aproxima com os padrotildees de beleza ditados pela miacutedia

( ) sim ( ) natildeo

143

7- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma dieta para o controle do peso corporal

( ) sim ( ) natildeo

8- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma cirurgia plaacutestica visando melhoria da esteacutetica corporal

( ) sim ( ) natildeo

9- Vocecirc realizaria caso fosse disponibilizado gratuitamente uma ou mais uma intervenccedilatildeo

ciruacutergica plaacutestica com fins esteacuteticos

( ) sim ( ) natildeo

144

AANNEEXXOO 77 ndashndash MMIINNEE-- EEXXAAMMEE DDOO EESSTTAADDOO MMEENNTTAALL ndashndash ((MMMMSSEE))

NOME DO SUJEITO 1) ORIENTACcedilAtildeO TEMPORAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) ANO ESTACcedilAtildeO MEcircS DIA DIA DA SEMANA TOTAL 2) ORIENTACcedilAtildeO ESPACIAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) CIDADE ESTADO BAIRRO LOCAL ANDAR OU PREacuteDIO TOTAL 3) REGISTRO MOSTRE AS 3 IMAGENS E PECcedilA AO SUJEITO PARA NOMEAacute-LAS (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL 4) CAacuteLCULO PECcedilA AO SUJEITO PARA SUBTRAIR 7 DE CADA UM DOS NUacuteMEROS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) 100 (R = 93) 93 (R = 86) 86 (R = 79) 79 (R = 72) 65 (R = 65) TOTAL 5) EVOCACcedilAtildeO PECcedilA AO SUJEITO PARA RELEMBRAR QUAIS FORAM OS TREcircS OBJETOS DA QUESTAtildeO ANTERIOR (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL

145

6) LINGUAGEM 1 MOSTRE UM RELOacuteGIO E UMA CANETA AO SUJEITO E PECcedilA PARA ELE NOMEAacute-LAS (TOTAL = 2 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) RELOacuteGIO CANETA TOTAL 7) LINGUAGEM 2 PECcedilA AO SUJEITO PARA REPETIR A FRASE NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute (TOTAL = 1 PONTO) NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute TOTAL 8) LINGUAGEM 3 VOCEcirc IRAacute DAR UM COMANDO VERBAL AO SUJEITO E PEDIR QUE ELE SIGA AS SEGUINTES ORDENS PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO E COLOQUE-O EM CIMA DA MESA (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA ORDEM SEGUIDA CORRETAMENTE)

PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO COLOQUE EM CIMA DA MESA TOTAL 9) LINGUAGEM 4 PECcedilA AO SUJEITO QUE OBEDECcedilA AO COMANDO QUE ESTARAacute NA PLACA COM A SEGUINTE ORDEM ldquoFECHE OS OLHOSrdquo (TOTAL = 1 PONTO) FECHE OS OLHOS TOTAL 10) LINGUAGEM 5 PECcedilA AO SUJEITO PARA ESCREVER UMA FRASE COMPLETA (TOTAL = 1 PONTO) FRASE COMPLETA TOTAL 11) LINGUAGEM 6 DEcirc UMA FOLHA EM BRANCO AO SUJEITO MOSTRE O DESENHO ABAIXO E PECcedilA PARA QUE ELE COPIE (TOTAL = 1 PONTO)

COacutePIA DO DESENHO TOTAL ESCORE GERAL DO TESTE

146

147

148

AANNEEXXOO 99

149

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 11

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P GC Preacute 15146 plusmn 5492 1545 04532 G90LA Poacutes 17558 plusmn 5492 -337 09041 Preacute 12849 plusmn 2356 3842 00241 GLA Poacutes 15203 plusmn 4287 2018 04275 Preacute 10984 plusmn 2673 5707 00029 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6519 00099 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 3613 00770 Poacutes 12763 plusmn 3357 4458 00710 Poacutes2 11447 plusmn 4297 3173 00940

00247 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 3848 Poacutes 13052 plusmn 2934 4168 00663 Poacutes2 12022 plusmn 1698 2598 00244

GLA Preacute 12849 plusmn 2356 2297 02123 G90LA Poacutes 15203 plusmn 4287 2355 03553 Preacute 10984 plusmn 2673 4162 00377 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6856 00072 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 2067 03392 Poacutes 12763 plusmn 3357 4795 00536 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 2303 02081 Poacutes 13052 plusmn 2934 4505 00486 GLA Preacute 10984 plusmn 2673 1865 01609 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 4501 00262 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -230 08899 Poacutes 12763 plusmn 3357 2440 02256 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 005 09966 Poacutes 13052 plusmn 2934 2150 02415

Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -2095 02360 G90PCR Poacutes 12763 plusmn 3357 -2061 02040 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -1860 01790 Poacutes 13052 plusmn 2934 -2351 01131 Gmax GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -290 08877 Poacutes 13052 plusmn 2934 235 08519 Poacutes2 12022 plusmn 1698 -575 07157

p le 005 ple 001 ndash Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

150

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 22

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P

GC Preacute 49553 plusmn 16146 12195 01673 G90LA Poacutes 54339 plusmn 16146 6246 04558 Preacute 46411 plusmn 8074 15336 00223 GLA Poacutes 51918 plusmn 14224 8867 02782 Preacute 39965 plusmn 9746 21783 00037 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 18391 00195 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 16234 00250 Poacutes 40323 plusmn 11663 20263 00130 Poacutes2 35493 plusmn 9993 24729 00004 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 15895 00147 Poacutes 45691 plusmn 10569 14894 00399 Poacutes2 41730 plusmn 8746 18492 00017

GLA Preacute 46411 plusmn 8074 3141 06660 G90LA Poacutes 51918 plusmn 14224 2421 07550 Preacute 39965 plusmn 9746 9588 02149 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 12145 00998 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 4039 06009 Poacutes 40323 plusmn 11663 14016 00664 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 3700 05956 Poacutes 45691 plusmn 10569 8648 02060 GLA Preacute 39965 plusmn 9746 6446 01717 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 9724 01473 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 897 08526 Poacutes 40323 plusmn 11663 11595 00963 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 559 08914 Poacutes 45691 plusmn 10569 6226 03182

Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 -5549 02968 G90PCR Poacutes 40323 plusmn 11663 1871 07453 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -5887 02021 Poacutes 45691 plusmn 10569 -3497 05126 Gmax GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -338 09430 Poacutes 45691 plusmn 10569 -5369 03351

Poacutes2 41730 plusmn 8746 -6237 01900

p le 005 ple 001 ple 0001 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

151

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 33

Tabelandash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 03058 plusmn 01787 00668 04326 G90LA Poacutes 02752 plusmn 00941 01022 00677 Preacute 03406 plusmn 01851 00320 07102 GLA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00340 06476 Preacute 03391 plusmn 00889 00335 05969 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00178 08039 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00571 04149 Poacutes 03205 plusmn 01520 00568 04080 Poacutes2 03167 plusmn 00873 0078 01126 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00813 01761 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00808 01249 Poacutes2 04409 plusmn 00801 -00462 02991

GLA Preacute 03406 plusmn 01851 -00348 07077 G90LA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00681 03446 Preacute 03391 plusmn 00889 -00333 09838 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -01200 05501 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -01239 01245 Poacutes 03205 plusmn 01520 -00453 04853 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01482 00388 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01830 00011 GLA Preacute 03391 plusmn 00889 00015 06442 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00519 00965 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00891 02708 Poacutes 03205 plusmn 01520 00228 07833 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01134 01132 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01149 01040

Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00906 01058 G90PCR Poacutes 03205 plusmn 01520 00747 03631 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01149 00124 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00629 03426 Gmax GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00242 06217 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01377 00376

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos Poacutes2 04409 plusmn 00801 -01242 00080

152

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 44

p le 005 ple 001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

Tabela ndash Compara

ccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 01094 plusmn 00459 -00171 03536 Poacutes 01057 plusmn 00547 -00019 09313 GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00016 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00024 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00017 08995 Poacutes 00997 plusmn 00394 00040 08235 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00285 00818 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00049 08348 Poacutes2 00998 plusmn 00326 -00055 06946 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00333 00017 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00263 00552 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00329 00016 G90LA GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00188 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00043 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 00154 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00059 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00113 05976 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00029 09174 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00162 03312 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00244 02349 GLA G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00033 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00016 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00301 01453 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00073 07935 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00350 00290 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00287 01499 G90PCR Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00268 01406 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00089 07229 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00316 00149 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00303 00631 Gmax GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00048 07216 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00214 03161 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00274 00364

  • A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e confiar quando tantos desconfiaram
    • BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007
      • FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999
        • Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986
        • NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002
          • Nome_________________________________________________________________
            • 20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia
            • OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO
                • NOME______________________________________________________
                • ANO
                  • ESTACcedilAtildeO
                    • CIDADE
                    • PENTE
                    • PENTE
                    • RELOacuteGIO
                    • NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute
                    • PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA
                    • FECHE OS OLHOS
                    • FRASE COMPLETA
                    • COacutePIA DO DESENHO
Page 3: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

iii

Keila Maria Dias Carmo Lopes

Efeitos agudos do exerciacutecio cardiovascular sobre os niacuteveis serotonineacutergicos e

perfil antropomeacutetrico e psicomeacutetrico de idosas ativas

Tese apresentada como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetitulo de Doutor

no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias da Sauacutede da Faculdade de Sauacutede da

Universidade de Brasiacutelia pela comissatildeo formada pelos professores

Presidente Professor Doutor Jocircnatas de Franccedila Barros

Universidade de Brasiacutelia

Membro

Professora Doutora Marisete Peralta Safons

Universidade de Brasiacutelia

Membro

Professor Doutor Martim Francisco Bottaro Marques

Universidade de Brasiacutelia

Membro

Professor Doutor Ricardo Jacoacute de Oliveira Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

Membro

Professor Doutor Paulo de Tarso Veras Farinatti Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Membro suplente Professora Doutora Julia Aparecida Devide Nogueira

Universidade de Brasiacutelia

Brasiacutelia (DF) 4 de setembro de 2008

iv

Dedico este trabalho Primeiramente a Deus a Ele toda a honra Ao meu marido Augusto meu amor e companheiro Aos meus filhotes Bruno Stefanie e Michel razatildeo de minha existecircncia Aos meus pais Nicodemus e Floriacutepes exemplo de luta amor e proteccedilatildeo Aos meus segundos pais Augusto e Marina que aprendi a amar Aos meus irmatildeos cunhados e sobrinhos minha alegria e seguranccedila

v

AAGGRRAADDEECCIIMMEENNTTOOSS

A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade

oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e

confiar quando tantos desconfiaram

Ao meu esposo por compreender minha ausecircncia por torcer e investir em meu

crescimento profissional por representar muitas vezes sozinho nossa famiacutelia sem

ao menos questionar e por incentivar quando as forccedilas esmoreciam

Aos meus filhos por serem quem satildeo tatildeo corretos e bons filhos e permitirem uma

matildee como eu querer sonhar e andar em busca de novos rumos Principalmente agrave

Stefanie filha e futura colega por me ajudar nas coletas dos dados com eficiecircncia e

boa vontade

Ao professor Dr Jocircnatas de Franccedila Barros orientador querido pela competecircncia e

serenidade e por estar sempre de portas abertas a despeito de suas atribuiccedilotildees e

por acreditar na medida certa

Ao professor Dr Ricardo Jacoacute de Oliveira co-orientador por ser amigo antes de

tudo e por abrir portas e oportunidades com confianccedila e exemplo de competecircncia

A Profa Dra Mariana S de Castro do Instituto de Biologia da UnB por sua

incomparaacutevel dedicaccedilatildeo profissional e por orientar com o coraccedilatildeo

A Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia por autorizar a utilizaccedilatildeo de suas instalaccedilotildees para

a realizaccedilatildeo das coletas de dados

Ao Laboratoacuterio Hermes Pardini pela adequaccedilatildeo dos valores referentes agraves dosagens

dos analiacuteticos investigados neste estudo

A Maria Joseacute Teixeira carinhosamente conhecida por Zezeacute pela gentileza de nos

presentear com a revisatildeo ortograacutefica deste trabalho

Aos profissionais do laboratoacuterio de anaacutelises clinicas do Hospital da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia em especial ao Dr Rico pela atenccedilatildeo e orientaccedilotildees teacutecnicas

sobre os procedimentos de coleta

Aos meus alunos da UNIP Roberto Paiva Beth e principalmente Andreacute Rosa pela

contribuiccedilatildeo nas coletas de dados

vi

Aos meus amigos mestrandos e doutorandos da UCB agrave Alessandra por estenderem

a matildeo em momentos de necessidade pela companhia e amizade

Ao Prof Ms Ricardo Moreno teacutecnico do LEEFS-UCB pela amizade por sua ajuda

competente e orientaccedilatildeo

A enfermeira Valquiacuteria por seu carinho ao atender as idosas durante as coletas

Aos Profs do Programa de Ginaacutestica nas Quadras pela amizade e por suprirem

minha ausecircncia quando precisei e aos meus alunos queridos pelo incentivo razatildeo

de meu interesse em continuar estudando

A aluna Francisca Miranda por sua ajuda incondicional nas coletas de sangue

durante o estudo piloto

Aos Profs da UNIP pelo coleguismo e incentivo Ao Prof Ms Pedro Paulo pela

compreensatildeo em adequar os horaacuterios agraves minhas necessidades

Agraves idosas que participaram desta investigaccedilatildeo por tratar-me como filha pela

assiduidade responsabilidade e atenccedilatildeo desinteressada A todas vocecircs deixo o meu

respeito meu carinho e um sentimento profundo de agradecimento

vii

Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores por aquEle que nos amou Porque estou certo de quenem a morte nem a vida nem anjos nem principadosnem coisas presentes nem futuras nem potestadesnem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura nos poderaacute separar do amor de Deusque estaacute em Cristo Jesus nosso Senhorrdquo

(Rm 83739)

viii

LLIISSTTAA DDEE AABBRREEVVIIAACcedilCcedilOtildeOtildeEESS EE SSIIGGLLAASS

5-HIAA Aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico - principal metaboacutelito da 5-HT

5-HT 5- Hidroxitriptamina ou serotonina

AAN Aminoaacutecidos neutros (AACR + AAA)

AACR Aminoaacutecidos de Cadeira Ramificada (Valina Leucina e Isoleucina)

AAA Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (Tirosina e Fenilalanina)

ACSM American College of Sports Medicine

AL Aacutecido Laacutetico

AVAD Anos de vida perdidos por morte prematura ou por ldquodescapacidadesrdquo

BNDF Brain- Derived Neurotrophic Factor

CC Circunferecircncia de Cintura

CID 10 Deacutecima versatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional das Doenccedilas

DEXA Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia

EDTA Aacutecido etilenodiaminotetraaceacutetico

et al e outros

FC Frequumlecircncia Cardiacuteaca

GC Grupo Controle

G10LA Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio

GLA Grupo Experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade do limiar anaeroacutebio

G90PCR Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Gmax Grupo experimental submetido a um teste cardiovascular maacuteximo

GLA1h Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio por um periacuteodo de 1h

h hora

HPLC-FD High-performance liquid chromatographic Fluorometric Detection

(Cromatografia liacutequida de alta performance com detector de

fluorescecircncia)

ix

BDI Beck Depression Inventory (Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck)

IMC Iacutendice de massa corporal

IPE Iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (escala de Borg)

LA Limiar anaeroacutebio (neste estudo considerado equivalente ao LV)

LL Limiar laacutetico

LV Limiar ventilatoacuterio

MAO Monoaminaoxidase

mg miligrama

min minuto

ml mililitro

nm Nanograma

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

RCQ Relaccedilatildeo cintura quadril

SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia

SNC Sistema nervoso central

TC Teste de carga

TRP Triptofano (aminoaacutecido essencial precursor da 5-TH)

TRP-L Triptofano livre (desligado da albumina)

UCB Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

max Consumo maacuteximo de oxigecircnio VO2

VO2 pico Pico de Consumo de oxigecircnio GC Percentual de gordura corporal

x

LLIISSTTAA DDEE FFIIGGUURRAASS

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina34

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas 35

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na Fadiga Perifeacuterica e Fadiga Central 42

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do Programa de atendimento ao idoso do

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF onde foi realizada a seleccedilatildeo da

amostra)62

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da Composiccedilatildeo Corporal atraveacutes do meacutetodo de

Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na

Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (UCB-DF) 64

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante

teste incremental maacuteximos avaliada no LEEFS ndash UCB-DF 65

Figura 7 ndash Escala de silhuetas Sorensen amp Stunkard (1993) 68

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por

domiacutenios e facetas 69

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob

estiacutemulo de estresse106

xi

LLIISSTTAA DDEE TTAABBEELLAASS

Tabela 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que

apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT xviii

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados

aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA

GLA1h G90LA e Gmax) 59

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio-padratildeo) das variaacuteveis da amostra 74

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvios-padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o

teste de potecircncia aeroacutebia 76

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio-padratildeo do Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva

de esforccedilo durante teste de carga 76

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio-padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da

amostra distribuiacutedos por silhuetas 77

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal 79

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance

cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e

consumo pico (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina

em repouso 81

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2)

VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) 82

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intragrupo (preacute e poacutes-testes) das variaacuteveis Serotonina

Triptofano os Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia

Ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos

experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h) 83

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-

teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2

das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h 84

xii

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 86

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 88

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Prolactina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 89

xiii

LLIISSTTAA DDEE GGRRAacuteAacuteFFIICCOOSS

Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ

GC CC e IMC) apresentadas por mulheres idosas participantes

deste estudo 75

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos)

da performance cognitiva (Avaliado) e dos valores de referecircncia

(Esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte 77

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como imagem

corporal real e imagem corporal ideal 78

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

por silhuetas (S) de 1 a 9 79

Graacutefico 5 ndash Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (Fis) psicoloacutegico (Psic)

social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral

obtida entre estes domiacutenios 80

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de

depressatildeo 80

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano

da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo 81

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis

serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 85

Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 87

Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

Prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 88

xiv

Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de AACR

e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 91

Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste da relaccedilatildeo do Triptofano

e Aminoaacutecidos Aromaacuteticos e do Triptofano com os Aminoaacutecidos de

Cadeia Ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 92

xv

LLIISSTTAA DDEE AANNEEXXOOSS

Anexo 1 ndash Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 130

Anexo 2 ndash Termo de consentimento livre e esclarecido133

Anexo 3 ndash Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo 135

Anexo 4 ndash Inventaacuterio de depressatildeo de Beck (BDI) 136

Anexo 5 ndash Questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOLndashbref)139

Anexo 6 ndash Escala de avaliaccedilatildeo da imagem corporal142

Anexo 7 ndash Mine-exame do estado mental ndash (MMSE)144

Anexo 8 ndash Declaraccedilatildeo de ciecircncia institucional 146

Anexo 9 ndash Processo de anaacutelise do projeto de pesquisa 148

xvi

LLIISSTTAA DDEE AAPPEcircEcircNNDDIICCEESS

Apecircndice 1 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os

grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 149

Apecircndice 2 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada

(AACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos

os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 150

Apecircndice 3 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos

(TRPAAA) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre

todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos

GC Gmax e GLA1h 151

Apecircndice 4 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste

(poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre

os grupos GC Gmax e GLA1h 152

xvii

GGLLOOSSSSAacuteAacuteRRIIOO

Neste estudo foram adotados os seguintes constructos1

Aeroacutebio na presenccedila de oxigecircnio livre

Anaeroacutebio ausecircncia de oxigecircnio livre

Atividade fiacutesica qualquer movimento corporal produzido por muacutesculos e que

resulta em maior dispecircndio de energia

Carboxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de CO2 catalisado por uma enzima que

utiliza biotina como grupo prosteacutetico

Deaminaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de um grupo amino (NH2)

Efeitos agudos ou respostas agudas ao exerciacutecio alteraccedilotildees sistecircmicas

orgacircnicas e celulares que ocorrem na mesma escala temporal que uma sessatildeo

simples de exerciacutecio

Efeitos crocircnicos ou respostas crocircnicas ao exerciacutecio alteraccedilotildees celulares

orgacircnicas e sistecircmicas que se mantecircm por um periacuteodo de tempo apoacutes ou como

consequumlecircncia do treinamento fiacutesico

Exerciacutecio uma subclasse da atividade fiacutesica ou seja eacute uma atividade fiacutesica

planejada estruturada repetitiva e proposital

Hidroxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de um grupo de hidroxila (OH) a uma

moleacutecula

Limiar anaeroacutebio primeiro limiar ventilatoacuterio corresponde ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas)

Oxidaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de eleacutetrons de um aacutetomo Eacute sempre

acompanhada de uma reduccedilatildeo

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio considerado neste estudo como o segundo

limiar ventilatoacuterio referente ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e

PETO2 coincidiram com a queda de PETCO2

Substrato moleacutecula reativa ou reagente em uma reaccedilatildeo catalisada por enzima

O termo constructo eacute aqui usado conforme a definiccedilatildeo de LAKATOS amp MARCONI (2003) () constructo eacute um conceito e deliberadamente inventado ou adotado com um propoacutesito cientiacutefico () (LAKATOS amp MARCONI 2003 p 104)

xviii

RREESSUUMMOO

Objetivos 1) Identificar o perfil antropomeacutetrico (PA) e psicomeacutetrico (PP) da amostra e 2) verificar o efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre as alteraccedilotildees perifeacutericas do sistema serotonineacutergico atraveacutes das concentraccedilotildees da serotonina (5-HT) e do triptofano (TRP) e de possiacuteveis alteraccedilotildees centrais atraveacutes da prolactina (PROL) e das relaccedilotildees entre o TRP e aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e aminoaacutecidos de cadeira ramificada (AACR) Meacutetodo A amostra constituiacuteda por idosas ativas (n=49 6406plusmn37 anos VO2pico= 2068plusmn249) foi dividida para um grupo controle (GC) e cinco grupos experimentais (GEs) submetidos a exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90 do limiar anaeroacutebio (LA) no LA e a 90 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA GLA e G90PCR respectivamente) a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax) e a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo no LA (GLA1h) A descriccedilatildeo do PA foi avaliada atraveacutes do iacutendice de massa corporal (IMC) relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) circunferecircncia de cintura (CC) e percentual de gordura corporal (IMC RCQ CC e GC - DEXA respectivamente) O PP foi avaliado atraveacutes da performance cognitiva (PC) da imagem corporal (IC) dos niacuteveis de qualidade de vida (QV) e de depressatildeo (ND) (MMSE escala de silhueta WHOQOL-bref e BDI respectivamente) Os resultados do PA indicaram IMC= 2655plusmn294 kgm2 RCQ= 087plusmn005 cm CC= 9142plusmn770 cm GC= 3666plusmn48 Para PP percebeu-se uma PC preservada (MMSE=256plusmn37) um alto niacutevel de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal (ple0001) onde 4286 indicaram a silhueta 3 como IC ideal A meacutedia de QV foi de 6818 e a meacutedia dos ND foi de 1018 Para as anaacutelises bioquiacutemicas apenas trecircs dos GEs apresentaram acreacutescimo (pgt005) das concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico observadas atraveacutes da PROL

Tabela 1 - Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT

Grupo Momento 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Preacute x Poacutes Poacutes x Poacutes2 Preacute x Poacutes2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GLA1h Preacute x Poacutes 492 368 1089 162 035 092 Poacutes x Poacutes2 Preacute x Pos2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GPCR Preacute x Poacutes 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreacutescimo = Acreacutescimo 5-HT= Serotonina TRP= Triptofano PROL= Prolactina AAA= Aminoaacutecidos aromaacuteticos e AACR= Aminoaacutecidos de cadeia ramificada Conclusatildeo As idosas apresentaram indicativos de obesidade e risco para doenccedilas relacionadas ao acuacutemulo de gordura insatisfaccedilatildeo com a IC adequaccedilatildeo da PC bom niacutevel de QV e indicativos de depressatildeo leve Respostas bioquiacutemicas indicaram que sessotildees de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo soacute promovem alteraccedilotildees (ple005) do sistema serotonineacutergico quando de alta intensidade ou de intensidade moderada e duraccedilatildeo de 1h Apesar de possiacuteveis benefiacutecios advindos de exerciacutecios de intensidades maacuteximas os submetidos entre o primeiro e segundo LA e de duraccedilatildeo acima de 20 min podem ser mais apropriadas para interferir nas concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de idosos presumivelmente relacionadas com a aquisiccedilatildeo de sauacutede mental

xix

AABBSSTTRRAACCTT

Purposes 1) Identify volunteers anthropometric (AS) and psychometric (PS) status and 2) verify the dose-response effects of cardiovascular physical exercise of different intensities and duration on the peripheral alterations of the serotoninergic system through serotonin (5-HT) and tryptophan (TRP) concentrations and the possible central alterations through prolactin (PROL) and the ration between TRP and aromatic (AAA) and branched-chain amino acids (AACR) Methods Sample was composed by active older women (n=49 6406plusmn37 years VO2max= 2068plusmn249) who were divided for a control group (CG) and five experimental groups (EGs) submitted to treadmill exercises 20 minutes of duration under intensities of 90 of anaerobic threshold (AT) 100 of AT and 90 of the respiratory compensation point (G90AT GAT and G90RCP respectively) and a maximal exercise test (Gmax) and to a walking for one hour in the AT (GAT1h) The description of AS was evaluated by the body mass index (BMI) waist to hip ratio (WHR) waist circunference (WC) and percent body fat (BF - DEXA) and PS was measured by the cognitive performance (CP) body image (BI) quality of life levels (QLL) and depression (DL) (MMSE silhouette scale WHOQOL- bref e BDI respectively) AS results indicated a BMI = 2655plusmn294 kgm2 WHT= 087plusmn005 cm WC= 9142plusmn770 cm BF= 3666plusmn48 For PS it was observed a preserved CP (MMSE=256 plusmn37) a high level of dissatisfaction in relation to body image (ple0001) in which 4286 indicated the silhouette 3 as the ideal BI The mean QLL was 6818 and the DL mean was 1018 In relation to the biochemistry analyses only three of the EGs presented increases (pgt005) of the central serotoninergic system concentrations (PROL)

Table 1 ndash Percent distribution of the alterations promoted by EGs that presented increases in the central 5HT concentrations

Groups Moment 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Pre x Post Post x Post2 Pre x Post2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GAT1h Pre x Post 492 368 1089 162 035 092 Post x Post2 Pre x Post2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GRCP Pre x Post 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreases = Increases 5-HT= Serotonin TRP= tryptophan PROL= Prolactin AAA= Aromatic Aminoacids and AACR= Branched-chain Aminoacids Conclusions All volunteers presented indicators of obesity and its related diseases dissatisfaction with BI adequate CP adequate QLL and indexes of light depression Biochemistry responses indicated that short-term exercise sessions promoted alterations (ple005) on serotoninergic system only at high intensity or in the moderate exercises duration of 1 hour Although the it was observed possible positive effects of maximal exercise volunteers that exercised between AT and RCP with duration of more than 20 minutes seems more appropriated to affect central serotoninergic concentrations of older individuals presumably trhough benefits related to mental health

xx

SSUUMMAacuteAacuteRRIIOO

AGRADECIMENTOS v

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS viii

LISTA DE FIGURAS x

LISTA DE TABELAS xi

LISTA DE GRAacuteFICOS xiii

LISTA DE ANEXOS xv

LISTA DE APEcircNDICES xvi

GLOSSAacuteRIO xvii

RESUMO xviii

ABSTRACT xix

SUMAacuteRIO xx

1 INTRODUCcedilAtildeO 24

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA 24

12 PROBLEMA DO ESTUDO 26

13 OBJETIVOS 26

131 Objetivo Geral 26

132 Objetivos Especiacuteficos 27

14 HIPOacuteTESES 27

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO 28

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS 28

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO 29

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 30

xxi

21 ENVELHECIMENTO 30

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO 32

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 33

231 Respostas do Sistemas Serotonineacutergico ao Exerciacutecio Fiacutesico 36

22331111 Alteraccedilotildees na barreira hematoencefaacutelica e exerciacutecios fiacutesicos 37

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergico 38

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o sistema serotonineacutergico 40

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o Sistema Serotonineacutergico 40

232 Sistema serotonineacutergico e a fadiga central 41

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 43

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO 45

2266 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS 4499

27 QUALIDADE DE VIDA 51

28 IMAGEM CORPORAL 55

3 MATERIAL E MEacuteTODO59

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO 59

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO 60

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA 60

331 Primeira fase 61

333 Definiccedilatildeo da Amostra do Estudo 61

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS 62

341 Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 62

342 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 62

3421 Massa corporal 63

3422 Estatura corporal 63

xxii

3423 Percentual de gordura corporal (GC) 63

3424 Iacutendice de massa corporal (IMC) 64

3425 Circunferecircncia de cintura (CC) e relaccedilatildeo da cintura e quadril (RCQ) 64

343 Avaliaccedilatildeo meacutedica 65

344 Teste de potecircncia aeroacutebia (VO2pico) 65

345 Teste de carga 66

3451 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio (LV) 67

346 Caracteriacutesticas psicomeacutetricas 67

3461 Performance cognitiva 67

3462 Imagem corporal 67

3463 Qualidade de vida 68

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo 70

347 Anaacutelises bioquiacutemicas 70

3471 Condiccedilotildees das coletas 70

3472 Dosagens dos analiacuteticos 71

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS 72

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO 72

4 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 74

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 74

411 Perfil antropomeacutetrico da amostra 74

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA 75

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 76

431 Performance cognitiva 76

432 Imagem corporal 77

433 Niacuteveis de qualidade de vida 79

xxiii

434 Niacuteveis de depressatildeo 80

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 82

441 Serotonina 85

442 Triptofano 86

443 Prolactina 88

444 Aminoaacutecidos aromaacuteticos e aminoaacutecidos de cadeia ramificada 90

5 DISCUSSAtildeO 93

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 93

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 94

521 Performance cognitiva 94

522 Imagem corporal 96

523 Qualidade de vida 98

524 Niacuteveis de depressatildeo 99

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 100

6 CONCLUSAtildeO 108

7 SUGESTOtildeES PARA NOVOS ESTUDOS 110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS111

24

11 IINNTTRROODDUUCcedilCcedilAtildeAtildeOO

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA

Um dos maiores desafios da sauacutede puacuteblica mundial eacute promovido pelo

crescimento desenfreado da populaccedilatildeo idosa que totalizava em 2002 um

nuacutemero de 629 milhotildees de idosos em todo o mundo (ONU 2002) O Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica baseado em dados obtidos em 2001

projetou para 2020 um aumento expressivo dessa parcela populacional que

deslocaraacute o Brasil da 16ordf para a 6ordf classificaccedilatildeo em nuacutemero de idosos na escala

mundial (IBGE 2001)

Vaacuterios satildeo os decliacutenios e as adaptaccedilotildees que o indiviacuteduo vivencia agrave medida que

o anos se acumulam Manifestaccedilotildees de desgastes podem favorecer respostas

multivariadas durante esse processo podendo interferir na composiccedilatildeo corporal

(BARBOSA et al 2001) na aptidatildeo fiacutesica na construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da imagem

corporal (MATSUO et al 2007) no desempenho cognitivo (CASSILHAS et al 2007

BIXBY et al 2007) e na percepccedilatildeo de qualidade de vida (ACSM 1998) do idoso

Maior atenccedilatildeo deve ser concedida a este fenocircmeno pois sabe-se que a

reduccedilatildeo das respostas fisioloacutegicas podem fragilizar o organismo do idoso e reduzir a

quantidade e qualidade do desempenho do Sistema Nervoso Central (PEacuteREZ 1994

OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mais que deformaccedilotildees morfoloacutegicas satildeo promovidas pela neurobiologia do

envelhecimento Alteraccedilotildees na estrutura quiacutemica cerebral de ceacutelulas nervosas satildeo do

mesmo modo observadas Um decliacutenio das enzimas responsaacuteveis pela siacutentese de

substacircncias neurotransmissoras eacute desencadeado provocando uma queda de suas

concentraccedilotildees Esse desequiliacutebrio induz ao aumento das atividades das enzimas

responsaacuteveis pela catabolizaccedilatildeo destas substacircncias reduzindo sua disponibilidade

(TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998 e OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mesmo na ausecircncia de doenccedilas o desempenho fisioloacutegico do sistema

serotonineacutergico se altera com o avanccedilar da idade Decliacutenios acentuados induzidos

25

pela reduccedilatildeo da integridade funcional desse sistema satildeo presumivelmente

responsaacuteveis pela causa ou atuam como co-fator de desordens neurodegenerativas e

psiquiaacutetricas como a depressatildeo (MORAN 2003 DUNN amp DISHMAN 1991) Todavia

em menor escala esses decliacutenios podem expor o indiviacuteduo idoso a uma maior

fragilidade e tornaacute-lo vulneraacutevel a doenccedilas (NIEMAN 1999 FEKKES 2003

GOLDBERG SMITH BARNES et al 2003)

A depressatildeo eacute considerada como um transtorno crocircnico recorrente de

etiologia multifatorial com maior prevalecircncia em pessoas do gecircnero feminino

Investigaccedilotildees indicam que maior frequumlecircncia de sintomas depressivos satildeo percebidos

com o avanccedilar da idade (SIlBERMAN SOUZA WILHEMS et al 1995 XAVIER

FERRAZ BERTOLLUCCI et al 2001) chegando a atingir parcela significativa (10)

da populaccedilatildeo de idosos (SNOWDON 2002) De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial

da Sauacutede (OMS 2001) este fenocircmeno epidemioloacutegico atinge a quarta classificaccedilatildeo

entre as 20 doenccedilas de maior AVAD (anos de vida perdidos por morte prematura ou

por ldquodescapacidadesrdquo) Natildeo se sabe ao certo o custo per capta anual de cada

paciente decorrente desta patologia no Brasil poreacutem nos EUA foi estimado um gasto

de cerca de seis mil doacutelares (ZAVASCHI et al 2002)

Desde 1963 Barchas amp Fredman observaram a possibilidade de utilizar o

exerciacutecio fiacutesico como modelo de estresse capaz de alterar os niacuteveis centrais e

perifeacutericos da serotonina Segundo Chaouloff (1997) uma uacutenica sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos dependendo de sua duraccedilatildeo e intensidade pode desencadear mudanccedilas

significativas ou natildeo na siacutentese desse neurotransmissor Entretanto percebe-se que

respostas centrais ou perifeacutericas desses sistemas natildeo se apresentam uniformes nem

lineares diante dos diferentes estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico

apresentados nos estudos que investigam esse problema (DUNN amp DISHMAN 1991)

Trabalhos recentes tecircm indicado que o aumento da exigecircncia metaboacutelica

produzida pelo estresse agudo repetitivo pode resultar em adaptaccedilotildees de diversas

vias nervosas (FERREIRA TUFIK MELLO 2001) inclusive das vias serotonineacutergicas

(OLIEIRA et al 2007) Todavia limitaccedilotildees eacuteticas que impossibilitam anaacutelises

invasivas das alteraccedilotildees centrais e a proacutepria dificuldade encontrada em organizar

realizar e controlar estudos com humanos tecircm restringido o surgimento de

26

intervenccedilotildees que tenham como objetivo a investigaccedilatildeo da anaacutelise aguda deste

evento A maioria absoluta dos estudos relacionados com o exerciacutecio fiacutesico e sistema

serotonineacutergico em humanos tem se restringido agrave relaccedilatildeo desse binocircmio com a

fadiga central nesse sentido a amostra adotada por essas investigaccedilotildees tem sido

formada por indiviacuteduos jovens e atletas (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER 2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005

PROVENZA et al2005 HELGE et al 2007) Natildeo existem na literatura estudos que

investiguem os efeitos agudos do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema serotonineacutergico de

mulheres idosas as possiacuteveis alteraccedilotildees das concentraccedilotildees perifeacutericas e centrais

desse sistema em respostas ao exerciacutecio de duraccedilatildeo e intensidade comuns a essa

populaccedilatildeo satildeo ateacute hoje desconhecidas

Mesmo considerando que a evidente influecircncia positiva exercida pela praacutetica

regular da atividade fiacutesica nos estados de humor possa estar relacionada inclusive

com alteraccedilotildees das concentraccedilotildees serotonineacutergicas e dessa intervenccedilatildeo ter a

possibilidade promissora de atuar como um tratamento alternativo para a aquisiccedilatildeo

da sauacutede mental do idoso a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para pessoas sobre o

processo degenerativo do envelhecimento ainda continua no campo especulativo da

ciecircncia necessitando poreacutem de intervenccedilotildees especificamente desenvolvidas com o

intuito de compreender a amplitude de sua atuaccedilatildeo e estabelecer paracircmetros de

intervenccedilatildeo que sejam cientificamente associados com os efeitos beneacuteficos do

exerciacutecio fiacutesico sobre a sauacutede mental dessa populaccedilatildeo (DUNN amp DISHMAN 1991

HILLMAN SNOOK JEROME 2003 TOMPOROWSKI 2003 COLCOMBE amp KRAMER

2003)

12 PROBLEMA DO ESTUDO

Qual o impacto agudo do exerciacutecio fiacutesico de diferentes intensidades e

duraccedilatildeo sobre o sistema serotonineacutergico e qual intervenccedilatildeo provocaraacute maior

alteraccedilatildeo nas concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico de mulheres idosas

ativas com idade entre 60 e 74 anos residentes em Taguatinga-DF

27

13 OBJETIVOS

131 Objetivo gera131 Objetivo gerall

O objetivo deste estudo constituiu em verificar o efeito agudo do exerciacutecio

fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre alteraccedilotildees

perifeacutericas do sistema serotonineacutergico verificado atraveacutes das concentraccedilotildees

plasmaacuteticas da serotonina e do seu precursor (o triptofano) e de possiacuteveis alteraccedilotildees

centrais verificadas indiretamente atraveacutes das concentraccedilotildees da prolactina em

mulheres idosas ativas com idade entre 60 e 74 anos inscritas em um programa de

extensatildeo de atendimento ao idoso vinculado a Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia-DF

113322 OObbjjeettiivvooss eessppeecciacuteiacuteffiiccooss

1321 Verificar alteraccedilotildees das concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) dos aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e da proporccedilatildeo

desses aminoaacutecidos com o triptofano TRPAACR e TRPAAA

1322 Identificar o perfil antropomeacutetrico da amostra atraveacutes do percentual de

gordura corporal do iacutendice de massa corporal da circunferecircncia de

cintura da relaccedilatildeo cintura e quadril e classificaacute-lo segundo os pontos de

corte estabelecidos nesse estudo para cada variaacutevel

1323 Identificar o perfil psicomeacutetrico da amostra atraveacutes do niacutevel de qualidade

de vida niacuteveis de depressatildeo da performance cognitiva e da imagem

corporal das idosas desse estudo baseado nos pontos de corte dos

instrumentos utilizados para cada variaacutevel

14 HIPOacuteTESESS

141 Quando as sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacuterem-se de uma

mesma duraccedilatildeo os grupos de intensidade mais elevadas apresentaratildeo

maiores alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees da serotonina triptofano e

prolactina

142 As sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacutedas de maior

intensidade e as de maior duraccedilatildeo promoveratildeo maiores alteraccedilotildees nas

concentraccedilotildees dos analiacuteticos dosados nesse estudo

28

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

Compreender a maneira que o exerciacutecio fiacutesico pode interferir nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico de mulheres no processo da senescecircncia

pode ter grande significado nas accedilotildees preventivas e terapecircuticas da sauacutede mental

dessa populaccedilatildeo Uma vez que alteraccedilotildees centrais das concentraccedilotildees desse

neurotransmissor estejam intimamente ligadas com patologias relacionadas com

distuacuterbios do humor performance cognitiva qualidade do sono controle do apetite e

outros (DUNN amp DISHMAN 1991 LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

A anaacutelise do efeito agudo investigado neste estudo poderaacute reduzir a

prescriccedilatildeo empiacuterica do exerciacutecio fiacutesico para fins terapecircuticos aleacutem de contribuir para

a reduccedilatildeo das intervenccedilotildees farmacoloacutegicas e dos efeitos colaterais a elas agregados

aleacutem da reduccedilatildeo dos altos custos decorrentes das intervenccedilotildees tradicionais e da

promoccedilatildeo da subtraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo de serviccedilos da sauacutede puacuteblica (DIMEO et al

2001 MATTER et al 2002 PHILLIPS KIERNAN amp KING 2003)

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS

Para o estudo do sistema serotonineacutergico foram avaliados Os niacuteveis de

serotonina (5-HT) triptofano (TRP) prolactina (PRL) aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) leucina valina e a isoleucina aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

tirosina e a fenilalanina e as relaccedilotildees do triptofano com aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) e aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA)

Para a definiccedilatildeo do perfil antropomeacutetrico da amostra foram avaliadas as

seguintes variaacuteveis o iacutendice de massa corporal (IMC) a relaccedilatildeo cintura e quadril

(RCQ) a circunferecircncia de cintura (CC) e o percentual de gordura corporal (GC)

Para a definiccedilatildeo do perfil psicomeacutetrico da amostra deste estudo foram

avaliadas as seguintes variaacuteveis o niacutevel de qualidade de vida os escores indicativos

de depressatildeo a performance cognitiva e a imagem corporal

29

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO

O alto custo orccedilado para a execuccedilatildeo deste estudo impossibilitou A inclusatildeo

de dosagens de outros marcadores bioquiacutemicos o que facilitaria sobremaneira a

compreensatildeo do cenaacuterio estudado A realizaccedilatildeo de um nuacutemero maior de coletas

por grupos o que possibilitou a realizaccedilatildeo de trecircs momentos de coletas apenas

para os grupos GC GLA1h e Gmax Adicionalmente esse fator limitou um nuacutemero

maior de indiviacuteduos na amostra o que contribuiria significativamente para a

interpretaccedilatildeo compreensatildeo e extrapolaccedilatildeo dos resultados obtidos

Por limitaccedilotildees eacuteticas algumas intervenccedilotildees realizadas para a anaacutelise das

alteraccedilotildees bioquiacutemicas centrais em experimento que utilizam modelo animal natildeo

foram permitidas neste estudo por natildeo estarem seguramente adaptadas ao

modelo humano Nesse sentido tais alteraccedilotildees foram analisadas atraveacutes da

prolactina hormocircnio considerado como marcador perifeacuterico das accedilotildees centrais

desse sistema neurotransmissor

Mesmo concisos da sensibilidade e da flutuaccedilatildeo natural das variaacuteveis

avaliadas decidiu-se pelo presente delineamento de estudo onde os grupos foram

formados por indiviacuteduos diferentes por compreender que seria mais eacutetico uma vez

que o desgaste fiacutesico intervenccedilotildees invasivas e o grande nuacutemero de visitas seria

uma sobrecarga significativa para indiviacuteduos nesta faixa etaacuteria

30

22 RREEVVIISSAtildeAtildeOO DDEE LLIITTEERRAATTUURRAA

21 ENVELHECIMENTO

A Segunda Assembleacuteia Mundial sobre o Envelhecimento realizada pelas

Naccedilotildees Unidas (2002) projetou aumento de 41 entre os anos de 2000 e 2050 do

custo global meacutedio dos cuidados de sauacutede relacionados apenas com o

envelhecimento o que representaraacute aumento de 36 para paiacuteses em

desenvolvimento e de 48 para paiacuteses desenvolvidos

O crescimento da populaccedilatildeo idosa eacute um fenocircmeno que de iniacutecio parece

caracterizar apenas ganho Todavia considerando a proporccedilatildeo que esse evento vem

ocorrendo associada agrave fragilidade dessa populaccedilatildeo o aumento populacional poderaacute

representar seacuterios problemas sociais gerando custos altiacutessimos aos governos e

consequumlentemente reduccedilatildeo na qualidade de vida

De acordo com o Censo 2000 o total de brasileiros com idade superior a 60

anos era de 14536029 o que representava 856 da populaccedilatildeo As projeccedilotildees

indicam que em 2030 teremos mais de 52 milhotildees de idosos ou 2210 da

populaccedilatildeo brasileira com mais de 60 anos fazendo-nos detentores como citado

anteriormente da 6ordf populaccedilatildeo idosa do mundo (IBGE 2000)

Natildeo se deve considerar o envelhecimento populacional como um problema

social pelo contraacuterio deve-se associaacute-lo a uma das maiores conquistas da

humanidade do seacuteculo XX O aumento da expectativa de vida no Brasil como em

todo o mundo estaacute relacionado aos esforccedilos e avanccedilos alcanccedilados no controle de

doenccedilas infecto-contagiosas melhores condiccedilotildees sanitaacuterias desenvolvimento da

induacutestria farmacecircutica planejamento familiar e mudanccedila no estilo de vida (MARINS e

ANGERAMI 1996 MATSUDO 2001)

O envelhecimento eacute um processo bioloacutegico normal que natildeo deve ser encarado

como patologia mas como processo natural que se caracteriza pela perda

progressiva das capacidades funcionais e a reduccedilatildeo da habilidade do corpo em se

adaptar agraves influecircncias do meio externo (PEacuteREZ 1994) Eacute fenocircmeno evolutivo um

31

ato contiacutenuo que acontece a partir do nascimento e caminha ateacute a morte (COSTA

1998 MAZO LOPES amp BENEDETTI 2001)

Segundo Farinatti (2002) satildeo vaacuterias as teorias que tentam explicar o

complexo processo da senescecircncia sob a oacutetica dos fenocircmenos bioloacutegicos nele

observados Entretanto tais teorias podem ser classificadas em duas grandes

categorias as de natureza geneacutetico-desenvolvimentista que entendem o processo

do envelhecimento no contexto de um continuum controlado geneticamente e as de

natureza estocaacutestica que hipotetizam que esse fenocircmeno dependeria principalmente

do acuacutemulo de agressotildees ambientais

Embora seja reconhecido como processo natural o envelhecimento natildeo eacute um

evento bioloacutegico simples Uma ampla variedade de mudanccedilas eacute observada em niacutevel

molecular celular e orgacircnico com o passar dos anos o que consequumlentemente leva

a uma reduccedilatildeo da habilidade do corpo em responder aos transtornos no equiliacutebrio

homeostaacutetico (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Da mesma forma que o ritmo do decliacutenio funcional difere entre os diversos

sistemas do corpo os eventos bioloacutegicos que se seguem ao envelhecimento

tambeacutem acontecem em momentos e em ritmos diferenciados entre indiviacuteduos

Prova disso satildeo as vezes em que somos surpreendidos quando uma pessoa diz ter

uma idade cronoloacutegica aparentando outra bioloacutegica (HAYFLICK 1997)

A diferenccedila entre o desempenho funcional de indiviacuteduos com a mesma idade

sugere que a idade cronoloacutegica que oferece informaccedilotildees numeacutericas em que as

pessoas se ordenam de acordo com sua data de nascimento seja per si medida

insuficientemente sensiacutevel a senescecircncia Dessa forma considerando a maturidade

e as diferenccedilas bioloacutegicas associadas agraves influecircncias exoacutegenas utiliza-se o termo

ldquoidade bioloacutegicardquo ou ldquoidade funcionalrdquo (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Fatores externos como o estilo de vida (sedentarismo dietas inadequadas)

fatores ambientais agentes fiacutesicos (exposiccedilatildeo a diferentes tipos de radiaccedilatildeo)

agentes quiacutemicos (fumo aacutelcool drogas) e doenccedilas crocircnicas degenerativas podem

interferir no processo do envelhecimento A accedilatildeo conjunta desses fatores aliada agrave

32

heranccedila geneacutetica podem causar impacto na extensatildeo e velocidade da evoluccedilatildeo do

envelhecimento (MAZZEOCAVANAGH EVANS 1998 MITNITSK et al 2002)

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E ENVELHECIMENTO

Existem vaacuterios conceitos e preconceitos que interferem na relaccedilatildeo entre o

desejo de exercitar e a real efetivaccedilatildeo desse haacutebito (CONNTRIPP-REIMER MAAS

2003) Esse fenocircmeno contribui para a elevaccedilatildeo da proporccedilatildeo da inatividade e

consequumlentemente da fragilidade desse segmento populacional Espera-se que

esses tabus e preconceitos sejam desmistificados por profissionais da aacuterea de sauacutede

considerando que o encorajamento exercido por eles possa exercer impacto positivo

para a adesatildeo de um estilo de vida ativo (HIRVENSALO et al 2003)

A relaccedilatildeo entre o envelhecimento exerciacutecio fiacutesico sauacutede e qualidade de vida

e a associaccedilatildeo inversa gradativa e consistente entre a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos e

a mortalidade vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente

Vaacuterios estudos longitudinais focaram seus propoacutesitos em desvendar a relaccedilatildeo entre o

binocircmio exerciacutecio fiacutesico e envelhecimento e para esse fim foram empreendidos anos

de avaliaccedilatildeo criteriosa em uma mesma amostra Resultados decorrentes desses

estudos indicam que indiviacuteduos que adotam a praacutetica regular de atividade fiacutesica

podem apresentar iacutendices de morte significativamente menores que indiviacuteduos

sedentaacuterios Que apesar de exerciacutecios leves e moderados trazerem inuacutemeros

benefiacutecios agrave sauacutede e oferecerem maior margem de seguranccedila intensidades

vigorosas claramente predizem menores taxas de mortalidade Que melhores niacuteveis

de condicionamento fiacutesico estatildeo relacionados agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedilas

cardiovasculares de enfermidades respiratoacuterias do cacircncer da pressatildeo arterial

melhora o controle do perfil lipoproteacuteico e aumenta a toleracircncia agrave glicose

(PAFFENBARGER 1988 BLAIR et al 1989 KUSHI et al 1997)

O ganho em expectativa de vida estimado pela mudanccedila do estilo de vida

sedentaacuterio para o ativo pode estar entre um e meio e dois anos de vida

(PAFFENBARGER amp KAMPERT 1997) Segundo os fisiologistas Robergs amp Roberts

(1997) uma pessoa ativa dependendo de sua aptidatildeo fiacutesica e do seu estado de

sauacutede poderaacute alcanccedilar 20 anos de diferenccedila entre a idade cronoloacutegica e a idade

33

bioloacutegica Possibilitando dessa forma que indiviacuteduos do mesmo gecircnero e com a

mesma idade cronoloacutegica possam diferir de duas a trecircs vezes em suas

caracteriacutesticas competecircncias e desempenho fiacutesico (HAYKOWSKY QUINNEY

GILLIS et al 2000 HURLEY amp ROTH 2000 NAIR 2000)

Presume-se que esse fenocircmeno relacionado aos benefiacutecios de uma vida

ativa aconteccedila em decorrecircncia da pronunciada plasticidade e adaptabilidade das

propriedades funcionais e estruturais das ceacutelulas tecidos e sistemas do corpo

humano quando expostos a estiacutemulos diversos (ASTRAND1992) Nesse sentido

dependendo da intensidade volume e duraccedilatildeo o exerciacutecio fiacutesico regular pode

exercer impacto no processo do envelhecimento realizando desaceleraccedilatildeo dos

efeitos deleteacuterios produzidos por este processo (HAYFLICK 1997 MONTEIRO

1997 PETROSKI 1997 ROBERGS amp ROBERTS 1997 ACSM 1998 NIEMAN 1999

MATSUDO MATSUDO amp NETO 2000 STEWART 2005)

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A serotonina tambeacutem conhecida como 5-Hidroxitriptamina (5-HT) foi

identificada haacute quase 50 anos com accedilatildeo em diversos tipos de muacutesculo liso e

posteriormente como agente que intensifica a agregaccedilatildeo plaquetaacuteria e atua como

neurotransmissor no sistema nervoso central (GOODMAN amp GILMAN 1996)

A serotonina compotildee o grupo das aminas biogecircnicas (neurotranasmissores)

que incluem tambeacutem as catecolaminas (adrenalina noradrenalina e dopamina)

Esses grupos funcionais regulam importantes vias no metabolismo dos mamiacuteferos e

satildeo descarboxiladas em sua maioria atraveacutes de aminoaacutecidos aromaacuteticos tirosina

fenilalanina e o triptofano (responsaacutevel direto pela siacutentese da serotonina) (ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004)

O precursor da serotonina o triptofano (TRP) destaca-se dos demais

aminoaacutecidos por duas peculiaridades primeira pertence ao grupo dos aminoaacutecidos

essenciais caracterizado por sua impossibilidade de produccedilatildeo no corpo dependendo

da ingesta alimentar para o controle de suas concentraccedilotildees segundo encontra-se

34

de forma escassa na dieta podendo chegar agrave miacutenima proporccedilatildeo de 1100 em

relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos neutros (KAPCZINSKI et al 2004)

A siacutentese da serotonina parece ser limitada pela disponibilidade ou natildeo desse

aminoaacutecido no fluido extracelular que banha os neurocircnios A fonte de TRP no

ceacuterebro eacute o sangue por outro lado a fonte deste aminoaacutecido no sangue eacute a dieta

Dessa forma acredita-se que a deficiecircncia do TRP na dieta pode induzir depleccedilatildeo

serotonineacutergica no ceacuterebro (BEAR CONNORS amp PARADISO 1996) Aleacutem do

triptofano a atividade da enzima triptofanondash hidroxilase tem accedilatildeo reguladora sobre

a siacutentese da 5-HT (RANG DALE amp RITTER 1997)

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina Fonte ndash Devlin (1998)

35

A biossiacutentese da serotonina ocorre por uma soacute via em duas etapas em que o

triptofano da dieta eacute hidroxilado na posiccedilatildeo 5 atraveacutes da enzima triptofano-

hidroxilase dando origem ao 5-hidroxitriptofano Esse por sua vez eacute

descarboxilado sob a accedilatildeo de 5-hidroxitriptofano descarboxilase originando a 5-

hidroxitriptamina ou serotonina A principal via metaboacutelica deste neurotransmissor

envolve outra enzima encontrada em quantidade abundante e com propriedades

sobre vaacuterios substratos a monoamina oxidase (MAO) com formaccedilatildeo do aacutecido 5-

(5-HIAA) principal metaboacutelito serotonineacutergico O 5-HIAA eacute excretado pela urina e

pode ser uacutetil como indicador da produccedilatildeo serotonineacutergica no organismo (VALLE et

al 1988 GOODMAN amp GILMAN 1996)

As concentraccedilotildees serotonineacutergicas podem ser observadas nas paredes do

intestino nas ceacutelulas enterocromafins (90) no sangue nas plaquetas (8 a 9)

e no sistema nervoso central (SNC) que corresponde a um pequeno percentual da

concentraccedilatildeo serotonineacutergica total (1 a 2) Pela impossibilidade da serotonina

ultrapassar a barreira hematoencefaacutelica as concentraccedilotildees do SNC dependem da

siacutentese local No entanto mesmo representando uma pequena parcela as

concentraccedilotildees centrais ocupam posiccedilatildeo central na hegemonia neuroquiacutemica (RANG

DALE amp RITTER 1997 SILVA 2002)

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas Fonte Neuroscience (1998)

36

Segundo MACHADO (1999) o sistema serotonineacutergico eacute um dos principais se

natildeo o principal sistema neurotransmissor do SNC e tem seus neurocircnios distribuiacutedos

por todo o ceacuterebro localizados na formaccedilatildeo reticular nos nuacutecleos da rafe que se

estendem na linha meacutedia do bulbo ao mesenceacutefalo (Figura 2) Os axocircnios rostrais

situados em niacuteveis mais altos nos nuacutecleos da rafe tecircm trajeto ascendente

projetando-se para quase todas as estruturas do prosenceacutefalo ateacute mesmo o coacutertex

cerebral o hipotaacutelamo e o sistema liacutembico Os axocircnios caudais situados no bulbo

satildeo projetados para a medula

Considerando que cada neurotransmissor tenha um neurorreceptor

subsequumlente investigaccedilotildees farmacoloacutegicas tecircm apontado a famiacutelia de

receptores e neurorreceptores serotonineacutergicos como a mais expressiva entre

os demais neurotransmissores 5HT1 (A B D E e F) 5HT2 (AB e C) 5HT3

5HT4 Recentes subfamiacutelias clonadas (5HT5 5HT6 e 5HT7) ainda natildeo satildeo

reconhecidas por natildeo terem suas accedilotildees fisioloacutegicas bem estabelecidas

(GOODMAN amp GILMAN 1996)

Em funccedilatildeo dessa pluralidade a accedilatildeo desse sistema eacute de caraacuteter muacuteltiplo

podendo ser percebida tanto no acircmbito perifeacuterico como ou principalmente no

sistema nervoso central Apesar de sua pequena representaccedilatildeo em relaccedilatildeo a

toda concentraccedilatildeo serotonineacutergica apresenta-se fortemente relacionada com

alteraccedilotildees fisioloacutegicas envolvidas na qualidade do sono alteraccedilotildees do humor

cogniccedilatildeo comportamento alimentar desempenho sexual e com a modulaccedilatildeo da

fadiga central (LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

223311 RReessppoossttaass ddooss ssiisstteemmaass sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo aaoo eexxeerrcciacuteiacutecciioo ffiacuteiacutessiiccoo

Em um passado bem recente a maioria expressiva de estudos realizados

com o intuito de esclarecer os benefiacutecios da praacutetica regular do exerciacutecio fiacutesico

limitava-se agraves adaptaccedilotildees fisioloacutegicas perifeacutericas e suas vantagens correlacionadas

O interesse em pesquisar o papel da proteiacutena e dos aminoaacutecidos na atividade fiacutesica

foi relegado a um segundo plano visto que o maior objetivo dos estudos ateacute entatildeo

concentrava-se em observar o efeito do exerciacutecio no metabolismo de carboidratos e

37

gorduras Todavia somente a partir da deacutecada de setenta o interesse em analisar

esse paradigma foi retomado (LEMON 1995)

Em estudo pioneiro realizado por Barchas amp Fredman (1963) verificou-se

atraveacutes de modelo animal que o estiacutemulo causado pelo exerciacutecio fiacutesico promovia

alteraccedilotildees nos niacuteveis centrais serotonineacutergicos Desde entatildeo conjectura-se que os

benefiacutecios da praacutetica de exerciacutecios natildeo se limitavam agraves alteraccedilotildees dos sistemas

envolvidos na melhoria da aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria muacutesculo-esqueleacutetica e da

composiccedilatildeo corporal Pesquisas recentes apontam evidecircncias de que no sistema

nervoso central tambeacutem aconteccedilam alteraccedilotildees metaboacutelicas para equilibrar os

distuacuterbios causados pelo exerciacutecio fiacutesico seguidas de adaptaccedilotildees regulatoacuterias

capazes de alterar as concentraccedilotildees neurotransmissoras (MEEUSEN amp PIACENTINI

2001a MEEUSEN amp PIACETINI 2001b)

O sistema nervoso central em combinaccedilatildeo com o sistema neuro-endoacutecrino

exerce importante papel na regulaccedilatildeo homeostaacutetica O exerciacutecio fiacutesico eacute considerado

um desafio para homeostase visto que vaacuterios mecanismos de regulaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

(perifeacutericos e centrais) satildeo ativados durante ou apoacutes sua praacutetica como as alteraccedilotildees

percebidas nos sistemas neurotransmissores em especiacutefico no sistema

serotonineacutergico (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001)

Segundo Chaouloff (1993) existem 3 mecanismos que podem alterar as

concentraccedilotildees centrais do Sistema Serotonineacutergico em decorrecircncia do exerciacutecio

fiacutesico Primeiro a alteraccedilatildeo da permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica

Segundo aumento da lipoacutelise e por uacuteltimo atraveacutes da disputa entre aminoaacutecidos

pela passagem da barreira hematoencefaacutelica

22331111 AAlltteerraaccedilccedilotildeotildeeess nnaa bbaarrrreeiirraa hheemmaattooeenncceeffaacuteaacutelliiccaa ee eexxeerrcciacuteiacutecciiooss ffiacuteiacutessiiccooss

A barreira hematoencefaacutelica eacute um conjunto complexo de defesa do ceacuterebro

que o protege de possiacuteveis ldquosubstacircncias estranhasldquo ou toacutexicas que possam danificaacute-

lo mantendo um ambiente quiacutemico protegido e constante para o seu bom

funcionamento Eacute semipermeaacutevel ou seja permite que algumas substacircncias a

atravessem enquanto limitam a entrada de muitas outras O tamanho das moacuteleacuteculas

38

das substacircncias eacute considerado como fator de limitaccedilatildeo para sua entrada no sistema

nervoso central (WIKEPEDIA 2007) Fenocircmenos percebidos durante a praacutetica de

exerciacutecios fiacutesicos como a hipertensatildeo a hiperosmolaridade e a hipertermia podem

alterar a permeabilidade dessa barreira

Nas uacuteltimas deacutecadas vaacuterios foram os meacutetodos e intervenccedilotildees desenvolvidos

com o intuito de analisar a evoluccedilatildeo do metabolismo da circulaccedilatildeo e da accedilatildeo

neurotransmissora cerebral Muitas delas foram utilizadas para verificar e esclarecer

a interferecircncia do exerciacutecio fiacutesico sobre este sistema e apesar das limitaccedilotildees eacuteticas

para intervenccedilotildees em humanos a hipoacutetese desta interferecircncia eacute amplamente aceita

entre autores (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001 NYBOA amp SECHER 2004)

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergic2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergicoo

Os aacutecidos graxos livres (AGL) satildeo combustiacuteveis importantes em nosso

organismo e satildeo considerados assim como os carboidratos substratos de primeira

importacircncia para o recurso energeacutetico Satildeo armazenados em sua maioria tanto na

forma de triacilglicedes nas ceacutelulas adiposas como nas ceacutelulas musculares Para que

sejam metabolizados eacute necessaacuterio que ocorra um processo chamado lipoacutelise tambeacutem

conhecido como ldquohidroacutelise de trigliceacuteriderdquo onde acontece a quebra dos triacilglicedes

em aacutecidos graxos (trecircs moleacuteculas) e glicerol (uma moleacutecula) Esse processo eacute

favorecido tanto sob condiccedilotildees de dieta hipocaloacuterica jejum ou desnutriccedilatildeo

hipotermia como tambeacutem pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos (HOUSTON 2001

POWERS amp HOWLEY 2003)

Segundo Helge et al (2007) e Friedlander et al (2007) a intensidade a

duraccedilatildeo da sessatildeo de exerciacutecio e o niacutevel de treinamento do indiviacuteduo satildeo fatores

determinantes para definir a disponibilidade de gordura que seraacute utilizada como

fonte de combustiacutevel Enquanto reduccedilotildees satildeo percebidas em outras fontes de

gordura durante o exerciacutecio fiacutesico concomitantemente satildeo observados aumentos

graduais e progressivos desse substrato do repouso agrave intensidades leves de leve agrave

moderada Todavia com o crescente aumento da intensidade a oxidaccedilatildeo dos AGLs

manteacutem-se constante durante a praacutetica de exerciacutecios de alta intensidade Por outro

lado perceberam que medidas das concentraccedilotildees sistecircmicas de AGL atuam apenas

39

como marcadores das reais concentraccedilotildees em grandes massas musculares que

podem apresentar maior migraccedilatildeo desses para as ceacutelulas musculares quando

comparadas com concentraccedilotildees no fluxo plasmaacutetico

Os aacutecidos graxos satildeo moleacuteculas de estrutura longa (de 16 a 18 aacutetomos de

carbono) tem baixo niacutevel de soludibilidade no meio aquoso do sangue e difundem

com dificuldade atraveacutes da membrana Para facilitar seu transporte para dentro das

ceacutelulas utilizam-se da albumina proteiacutena transportadora que possui trecircs siacutetios de

ligaccedilatildeo de alta afinidade para os AGLs As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de AGL em

repouso (valor aproximado de 02 ndash 04 mmol-1) podem ter aumento significativo

durante ou apoacutes o exerciacutecio fiacutesico (atingindo um valor de 20 mmol-1) necessitando

de maior accedilatildeo e concentraccedilatildeo da albumina A captaccedilatildeo destes aacutecidos pelo muacutesculo

estaacute diretamente relacionada agrave sua disponibilidade plasmaacutetica e por isso a

mobilizaccedilatildeo lipoliacutetica das reservas lipiacutedicas eacute um passo importante para garantir o

suprimento adequado de nutrientes para trabalho muscular prolongado (MAUGHAN

GLEESON amp GREENHAFF 2000 HOUSTON 2001)

O triptofano precursor da 5-HT assim como os AGLs tambeacutem utiliza-se

da albumina como transportador Eacute o uacutenico aminoaacutecido que se apresenta no

sangue sob duas formas 1) ligado agrave albumina (TRP) que representa 90 da

concentraccedilatildeo total de triptofano (TRP + TRP-L) e 2) livre (TRP-L) que

representa apenas 10 do TRP total No entanto essa pequena parcela eacute

responsaacutevel direta pela siacutentese da serotonina Acredita-se que somente a fraccedilatildeo

de TRP-L esteja disponiacutevel para ser transportada para o SNC considerando que

o tamanho da moleacutecula da albumina seja um fator limitante para sua

ultrapassagem pela barreira hematoencefaacutelica (HUFFMAN et al 2004)

Vaacuterios autores (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL

amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000 HUFFMAN et al

2004) perceberam que a lipoacutelise promovida pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

pode interferir nas concentraccedilotildees dessas porccedilotildees do triptofano (TRP e TRP-L)

Uma vez que o aumento da demanda de AGL desloca o TRP dos siacutetios de

40

ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente aumento da

disponibilidade deste precursor no SNC

22331133 CCoonncceennttrraaccedilccedilatildeatildeoo ddee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ee oo ssiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo

Vaacuterios aspectos abordados anteriormente podem estar limitando a

probabilidade de ultrapassagem do TRP pela barreira hematoencefaacutelica primeiro por

ser um aminoaacutecido essencial tem sua produccedilatildeo no organismo impossibilitada e

depende diretamente da qualidade da ingesta alimentar Segundo apresenta relaccedilatildeo

reduzida da porccedilatildeo livre responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT comparada com a porccedilatildeo

ligada agrave albumina (MAUGHAN amp SHIRREFFS 1996 ROSSI amp TIRAPEGUI 2003)

Terceiro tem uma baixa concentraccedilatildeo plasmaacutetica em relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos

(1100) aleacutem de concorrer pelo mesmo transportador para a ultrapassagem da

barreira hematoencefaacutelica com outros aminoaacutecidos neutros (AAN) a tirosina e

fenilalanina conhecidos como aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e a leucina isoleucina e

valina conhecidos como aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) Este processo de

transporte eacute regulado por competiccedilatildeo e a afinidade do transportador pelo

aminoaacutecido eacute determinada pelas concentraccedilotildees relativas dos demais aminoaacutecidos

Desta forma quanto maior for a proporccedilatildeo triptofano livre em relaccedilatildeo aos

aminoaacutecidos (TRP-LAAN) maior seraacute sua concentraccedilatildeo no SNC Adicionalmente a

razatildeo TRPAACR eacute utilizada como potencial determinante da acumulaccedilatildeo cerebral de

TRP e consequumlentemente da siacutentese de 5-HT (ROSSI amp TIRAPEGUI 2003

ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005)

Estudos comprovam que alteraccedilotildees neuroquiacutemicas desencadeadas pelo

estiacutemulo do estresse fiacutesico podem modificar tambeacutem os resultados obtidos pela

competiccedilatildeo do TRP e demais aminoaacutecidos pelo transportador Durante o exerciacutecio

percebe-se um ecircxodo de seis aminoaacutecidos da circulaccedilatildeo plasmaacutetica para serem

oxidados nos muacutesculos esqueleacutetico entre eles os AACRs Apesar de sua pequena

expressatildeo para a siacutentese energeacutetica os aminoaacutecidos podem oferecer importante

contribuiccedilatildeo para provisatildeo de energia quando a disponibilidade de outros

combustiacuteveis for limitada Sua utilizaccedilatildeo como substrato eacute capaz de um incremento

expressivo durante o exerciacutecio podendo atingir um grau de oxidaccedilatildeo como no caso

da leucina cinco vezes maior que em situaccedilatildeo de repouso (MAUGHAN GLEESON amp

GREENHAFF 2000) levando a uma subsequumlente reduccedilatildeo da concentraccedilatildeo destes

41

aminoaacutecidos na circulaccedilatildeo Todo esse processo estimula a capacidade de captaccedilatildeo do

TRP-L pelo ceacuterebro e promove tanto a siacutentese como a liberaccedilatildeo da 5-HT central

(COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973

MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000)

Diferentes intensidades e duraccedilatildeo podem alterar as respostas do sistema

serotonineacutergico significativamente ou natildeo (DUNN amp DISHMAN 1991) Sabe-se

portanto que o exerciacutecio intenso e prolongado pode resultar em um influxo

aumentado do precursor serotonineacutergico para o ceacuterebro e consequumlentemente um

aumento da serotonina eacute observado Nesse sentido considerando incremento desse

neurotransmissor e de seu envolvimento com mecanismos de cansaccedilo sono e dor

alguns autores sugeriram que esse sistema poderia atuar como principal mediador

do fenocircmeno conhecido como fadiga central

223322 SSiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo ee aa ffaaddiiggaa cceennttrraall

Postergar os efeitos da fadiga e prolongar o desempenho humano satildeo

incoacutegnitas ateacute hoje incompreendidas Atualmente vaacuterios satildeo estudos que ainda

detecircm seus esforccedilos em desvendar os misteacuterios relacionados agrave fadiga perifeacuterica e

central (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER

2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005 PROVENZA et al2005 HELGE et al

2007) De caraacuteter multifatorial e complexo a fadiga eacute estimulada por fenocircmenos

perifeacutericos e centrais que desencadeiam respostas interligadas Davis (1998) sugere

que fatores como a duraccedilatildeo e intensidade do esforccedilo tipo e densidade das

miofibrilas musculares niacutevel de aptidatildeo fiacutesica individual motivaccedilatildeo alimentaccedilatildeo e

condiccedilotildees ambientais podem interferir na natureza e extensatildeo da fadiga

O termo ldquofadigardquo pode ser inicialmente definido como o conjunto de

manifestaccedilotildees produzidas por trabalho ou exerciacutecio prolongado tendo como

consequumlecircncia a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional de manter ou continuar o

rendimento esperado Tradicionalmente relacionava-se a fadiga a eventos

metaboacutelicos interativos que afetavam os muacutesculos Todavia estudos recentes

acatam progressivamente a hipoacutetese da fadiga central Uma vez que foi observado

que ldquofatores psicoloacutegicosrdquo como por exemplo a motivaccedilatildeo e o estado de humor

poderiam interferir no desempenho das atividades fiacutesicas limitando a performance

42

Por outro lado notou-se episoacutedios de fadiga em indiviacuteduos acamados em repouso

submetidos a intervenccedilotildees ciruacutergicas o que fugiria das bases conceituais da fadiga

perifeacuterica (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004)

SENSACcedilAtildeO DE FADIGA

COMANDO CENTRAL Percepccedilatildeo de Esforccedilo

FATORES PSICOLOacuteGICOS Vontade proacutepria alteraccedilotildees do humor toleracircncia agrave dor vivecircncias anteriores expectativas ensaio mental etc

ALTERACcedilOtildeES PERIFEacuteRICAS Respostas dos muacutesculos juntas e tendotildees Fatores respiratoacuterios e cardiovasculares Receptores e nociceptores da pele

ALTERACcedilOtildeES NEUROBIOLOacuteGICAS Depleccedilatildeo de substrato energeacutetico e de niacuteveis de neurotransmissores em regiotildees do ceacuterebro Alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de amocircnia citocinas endorfinas temperatura etc

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na fadiga perifeacuterica e fadiga central Fonte Figura adaptada de Nibo e Secher (2004)

Newsholme amp Bloomstrand (1987) fundamentados pelo incremento da

serotonina poacutes-exerciacutecio e por seu envolvimento com eventos de letargia de

sono de percepccedilatildeo de dor e alteraccedilotildees nos estados de humor idealizaram a

ldquohipoacutetese da fadiga centralrdquo Descreveram o envolvimento desse neurotransmissor

como um mediador em potencial da fadiga no SNC alterando a percepccedilatildeo de

esforccedilo e da fadiga muscular Todavia vaacuterios estudos sobre este tema

antecederam ao surgimento dessa hipoacutetese O primeiro autor a abordar o termo

fadiga central foi Mosso em 1904 (MEEUSEN et al 2006) que apoacutes submeter

indiviacuteduos a uma sessatildeo de esforccedilo mental percebeu incapacidade de

manutenccedilatildeo da performance muscular

Inicialmente havia uma predileccedilatildeo por utilizar modelo animal nas

investigaccedilotildees da fadiga central o que muito contribuiu para iniciar a

compreensatildeo desse tema jaacute que limitaccedilotildees oacutebvias eram inerentes em humanos

Blomstrand et al (1988) foram os primeiros a utilizar modelo humano para

43

desvendar essa temaacutetica quando observaram em 22 sujeitos a reduccedilatildeo de

19 das concentraccedilotildees dos AACRs e um incremento 24 vezes maior dos niacuteveis

de TRP-L apoacutes uma prova de maratona

Vaacuterios estudos surgiram para investigar a validade da hipoacutetese da fadiga

central que defende a ocorrecircncia de um incremento significativo da serotonina

cerebral provocada por exerciacutecios prolongados seguida por uma reduccedilatildeo da

accedilatildeo do SNC e consequumlente deteriorizaccedilatildeo do desempenho esportivo e da

praacutetica do exerciacutecio fiacutesico (NEWSHOLME amp BLOOMSTRAND 1987) Objetivando

compreender esse paradigma foram observadas intervenccedilotildees que adotaram

metodologias muacuteltiplas que normalmente foram agrupadas na literatura por

manipulaccedilotildees nutricionais (VARNIER et al 1994 CALDERS et al1999 GOMES-

MERINO et al 2001) farmacoloacutegicas (CHENNAOUI et al 2000) ou por

manipulaccedilatildeo na prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos atraveacutes de diferentes

intensidades e duraccedilatildeo (BLOMSTRAND et al 1991 BAILEY amp AHLBORN 1992

ARIDA 1998 OLIVEIRA et al 2007)

Entre as manipulaccedilotildees nutricionais mais conhecidas estatildeo as que envolvem a

restriccedilatildeo ou disponibilizaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) de

triptofano livre (TRP-L) e de carbohidratos (CHO) a manipulaccedilatildeo farmacoloacutegica ou

realizaccedilatildeo de experimentos utilizando a administraccedilatildeo de drogas que

reconhecidamente aumentam (agonistas) ou reduzem (antagonistas) a recaptaccedilatildeo

da serotonina na fenda sinaacuteptica Por uacuteltimo a variaccedilatildeo de criteacuterios adotados na

prescriccedilatildeo de exerciacutecios alterando criteacuterios de intensidade volume duraccedilatildeo

temperatura ambiente onde os exerciacutecios satildeo praticados (MEEUSEN et al 2006)

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Os efeitos deleteacuterios que o processo do envelhecimento ocasiona sobre

sistema serotonineacutergico e consequentemente sobre o SNC tecircm sido apontados

como fatores ou co-fatores etioloacutegicos de vaacuterias doenccedilas (depressatildeo doenccedila de

Alzheimer Parkinson etc) O decliacutenio das atividades cerebrais natildeo se apresenta de

maneira uniforme entre indiviacuteduos que muitas vezes dificulta determinar quais os

eventos decorrentes do processo natural do envelhecimento e quais constituem

quadros patoloacutegicos

44

O envelhecimento provoca alteraccedilotildees na anatomia do ceacuterebro e da medula

Estima-se que o tamanho do ceacuterebro sofra um decreacutescimo aproximado de 2 por

deacutecada Segundo Payton amp Poland (1983) um indiviacuteduo na nona deacutecada pode

apresentar uma reduccedilatildeo de ateacute 20 da massa cefaacutelica aleacutem de uma desaceleraccedilatildeo

da conduccedilatildeo nervosa de 04 ao ano

Segundo Trelles (1986) o decliacutenio do envelhecimento promove alteraccedilotildees

quantitativas e qualitativas no metabolismo proteacuteico acarretando perda neuronal

principalmente no coacutertex cerebral reduccedilatildeo das concentraccedilotildees dos

neurotransmissores e aumento de seu catabolismo Nishimura Takeuchi Matsushita

et al (1998) observaram alteraccedilotildees aberrantes na morfologia de fibras

serotonineacutergicas em algumas regiotildees do ceacuterebro Distribuiacutedas desorganizadamente

essas fibras apresentavam-se altamente arborizadas com grande nuacutemero de

varicosidades com reduccedilatildeo de sua densidade e inchaccedilo lento e progressivo do

axocircnio Essas deformidades resultaram em um enfraquecimento no transporte

Aleacutem da estrutura morfoloacutegica tambeacutem os aspectos fisioloacutegicos e bioquiacutemicos

desse sistema sofre alteraccedilotildees durante a senescecircncia Uma reduccedilatildeo da atividade da

enzima responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT a triptofano hidroxilase eacute percebida em

aacutereas ricas em 5-HT como os nuacutecleos da rafe e consequumlentemente os niacuteveis desse

neurotransmissor satildeo reduzidos Em contrapartida o aacutecido 5-Hidroxiindolaceacutetico

mostra-se reduzido no liacutequido ceacutefalo-raquidiano Portanto como no caso das

catecolaminas a 5-HT apresenta um decreacutescimo em sua siacutentese e aumento em seu

catabolismo agrave medida que o envelhecimento progride (TRELLES 1986)

Esse decreacutescimo tambeacutem pode ser induzido tanto pela reduccedilatildeo do nuacutemero de

neurocircnios serotonineacutergicos no nuacutecleo da rafe como pelo aumento da atividade da

enzima MAO-B responsaacutevel pela degradaccedilatildeo serotonineacutergica Estudos post-mortem

demonstraram que haacute reduccedilatildeo do nuacutemero de receptores serotonineacutergicos no SNC

com o aumento da idade particularmente o 5-HT1 e o 5-HT2 Embora o significado

cliacutenico desse fato ainda natildeo esteja bem definido evidecircncias sugerem que indiviacuteduos

idosos sejam mais sensiacuteveis aos efeitos das drogas serotonineacutergicas do que os

jovens Postula-se que o prejuiacutezo da transmissatildeo neuronal ligado a menor aporte de

45

neurotransmissores ou a uma menor sensibilidade dos receptores a eles esteja

associado agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios emocionais cognitivos e de

comportamento em idosos (MENON FREIRIAS amp SANCHES 1998)

Os niacuteveis de 5-HT e seu metaboacutelito (5-HIAA) foram comparados tanto no

plasma como em plaquetas em grupo de mulheres idosas e mulheres mais jovens

Uma significativa relaccedilatildeo entre 5-HT e a idade foi observada visto que agrave medida que

a idade aumentava maiores niacuteveis de 5-HT e 5-HIAA plaquetaacuteria eram observados

Em contrapartida com o avanccedilar da idade as concentraccedilotildees de 5-HT no plasma

apresentaram-se reduzidas Todavia alteraccedilotildees significativas nas concentraccedilotildees de

5-HIAA no plasma natildeo foram observadas (KUMAR WEISS FERNANDEZ et al 1998)

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO

A depressatildeo eacute uma das mais comuns e devastadoras desordens psiquiaacutetricas

Atualmente embora uma variedade de estrateacutegias de tratamento esteja disponiacutevel

sua maior problemaacutetica encontra-se na consistecircncia do diagnoacutestico e no

medicamento a ser utilizado (THOME HENN amp DUMAN 2002) Essa limitaccedilatildeo

consiste em sua etiologia indefinida associada agrave heterogeneidade de sintomas (DUNN

amp DISHMAN 1991)

A depressatildeo eacute um transtorno crocircnico e recorrente visto que

aproximadamente 80 dos indiviacuteduos que recebem tratamento para um episoacutedio

depressivo satildeo acometidos por um segundo episoacutedio ao longo de suas vidas

Tambeacutem eacute considerada como um transtorno incapacitante pois atinge a quarta

classificaccedilatildeo de causa especiacutefica de incapacitaccedilatildeo quando comparada com vaacuterias

outras doenccedilas (FLECK 2003)

De acordo com o criteacuterio de diagnoacutestico de episoacutedio depressivo da OMS

(1993) segundo a deacutecima revisatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas

(CID-10) os sintomas e episoacutedios da depressatildeo podem se divididos

respectivamente em 1) Sintomas fundamentais constituiacutedos de humor deprimido

perda de interesse fatigabilidade e 2) sintomas acessoacuterios constituiacutedos de

concentraccedilatildeo e atenccedilatildeo reduzidas auto-estima e auto-confianccedila reduzidas ideacuteias de

46

culpa e inutilidade visotildees desoladas e pessimistas do futuro ideacuteias ou atos

autolesivos ou de suiciacutedio sono perturbado e apetite reduzido Por outro lado a

gravidade desta doenccedila foi classificada em trecircs graduaccedilotildees agrave saber

Episoacutedio leve associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais e dois acessoacuterios

Episoacutedio moderado associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais mais trecircs ou quatro

acessoacuterios

Episoacutedio Grave associaccedilatildeo de trecircs sintomas fundamentais mais quatro ou mais

acessoacuterios

Sabe-se que a prevalecircncia de episoacutedios depressivos tem um crescimento

linear agrave medida que envelhecemos e que o acometimento dessa doenccedila eacute mais

percebido em pessoas do gecircnero feminino (SNOWDON 2001 MAES 2002

STORDAL MYKLETUN amp DAHL 2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede a prevalecircncia de depressatildeo entre

mulheres e homens atinge a proporccedilatildeo de dois por um Todavia apesar dos avanccedilos

obtidos em justificar essa diferenccedila entre gecircneros ou ateacute mesmo em desvendar a

etiologia dessa doenccedila atraveacutes de estudos da geneacutetica influecircncias ambientais

marcadores ou anomalias bioloacutegicos comuns aos portadores de depressatildeo vaacuterias

accedilotildees profilaacuteticas e preventivas se fundamentam em hipoacuteteses e conjecturas

(RODRIGUES 2000 OMS 2000)

Prevenir a depressatildeo natildeo eacute accedilatildeo simples consiste em uma das grandes

incoacutegnitas associadas agrave essa doenccedila Identificar que medidas deveratildeo ser tomadas

no sentido de precaver recorrecircncia e recaiacuteda daquele idoso que jaacute sofreu uma ou

mais crises depressivas ainda constitui um desafio Visto que altos iacutendices de

resistecircncia ao tratamento seguidos de mortalidade satildeo observados nesta populaccedilatildeo

(SPEAR 2002) aleacutem da vulnerabilidade ao suiciacutedio a que satildeo expostos pela proacutepria

enfermidade (SCHOEVERS 2000)

O sucesso no tratamento de depressatildeo em idosos depende da gravidade desta

patologia das comorbidades com outras doenccedilas psiquiaacutetricas ou cliacutenicas da

seriedade em que o paciente e seus familiares encaram o tratamento e da escolha da

47

intervenccedilatildeo adequada visto que procedimentos mais indicados e utilizados com

frequumlecircncia por esta faixa etaacuteria natildeo estatildeo isentos de uma lista de efeitos colaterais

associados (SCALCO 2002)

Segundo GOTTFRIES (1993) o tratamento da depressatildeo no idoso segue

quase a mesma orientaccedilatildeo do tratamento em jovens exigindo um pouco mais de

criteacuterio pela maior fragilidade orgacircnica apresentada por eles Os antidepressivos satildeo

vastamente utilizados no tratamento da depressatildeo Entre eles os triciacuteclicos que tecircm

sua accedilatildeo sobre vaacuterios neurotransmissores os inibidores da enzima

monoaminaoxidase - MAO os inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo de serotonina - ISRS

e a venlafaxina que atua sobre a serotonina a noradrenalina e a dopamina Mesmo

com todo avanccedilo farmacoloacutegico esses medicamentos apresentam em alguns casos

efeitos colaterais inconvenientes como por exemplo a incompatibilidade dos

antidepressivos com outros medicamentos em caso de patologias associadas o que

eacute comum no idoso A eletroconvulsoterapia tambeacutem muito utilizada no tratamento

depressivo e considerada juntamente com os antidepressivos como um dos pilares

para essa terapia e eacute em muitos casos tida como primeira opccedilatildeo de tratamento

Contudo cuidados maiores devem ser tomados quando utilizada em idosos por sua

alta prevalecircncia de osteoporose

De acordo com SOUZA (1999) o tratamento dessa enfermidade deve ser

entendido de forma globalizada considerando o ser humano como um todo

incluindo dimensotildees bioloacutegicas psicoloacutegicas e sociais A terapia deve abranger todas

essas aacutereas natildeo omitindo a utilizaccedilatildeo de psicoterapia da farmacologia e de

mudanccedilas no estilo de vida

Entre as alteraccedilotildees adotadas para mudanccedila no estilo de vida eficazes para

melhorar os estados de humor encontra-se a praacutetica regular de exerciacutecio fiacutesico

Atualmente muitos defendem sua prescriccedilatildeo como tratamento alternativo da

depressatildeo em funccedilatildeo das alteraccedilotildees bioquiacutemicas promovidas por essa praacutetica

(DISHMAN 1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998) Os benefiacutecios

psicoloacutegicos provenientes de uma vida ativa retecircm vitalidade mobilidade e

independecircncia Melhora o sentimento de bem-estar auto-estima e apreciaccedilatildeo da vida

48

amplia a relaccedilatildeo entre amigos e conhecidos reduz o sentimento de solidatildeo e melhora

a qualidade do sono (OAKS 2000 NIEMAN 1999 DUNN amp DISHMAN 1991)

Blumenthal et al (1999) submeteram 156 senhoras idosas a uma

comparaccedilatildeo entre intervenccedilotildees farmacoloacutegicas quatro meses de exerciacutecios fiacutesicos

aeroacutebicos de intensidade moderadamente alta e a associaccedilatildeo entre exerciacutecios e

ingesta medicamentosa Eles perceberam que os trecircs grupos produziram

melhoras nos quadros depressivos e nenhuma diferenccedila significativa foi percebida

entre as intervenccedilotildees Embora os pacientes sob medicamentos tenham mostrado

respostas iniciais mais raacutepidas os submetidos ao exerciacutecio fiacutesico sistematizado

mantiveram-se por mais tempo sem recaiacutedas

Segundo Nieman (1999) pessoas fisicamente ativas e com boa aptidatildeo fiacutesica

apresentam melhor equiliacutebrio psicoloacutegico do que as sedentaacuterias O autor destacou

entre outras algumas hipoacuteteses comuns no meio cientiacutefico que tentam explicar o

sentimento de bem-estar em resposta agrave praacutetica do exerciacutecio fiacutesico regular 1) que agrave

medida que o organismo do indiviacuteduo ativo se adapte agraves alteraccedilotildees metaboacutelicas

induzidas pela praacutetica do exerciacutecio fiacutesico o corpo seja fortalecido e treinado para

reagir calmamente aos estiacutemulos desencadeados por um estresse mental 2) que a

melhora do humor possa estar atrelada agrave praacutetica de exerciacutecios aeroacutebios por produzir

um incremento do fluxo sanguumliacuteneo e do transporte de oxigecircnio para o ceacuterebro em

funccedilatildeo de alteraccedilotildees estruturais cerebrais permanentes como por exemplo o

surgimento de vasos sanguiacuteneos e terminaccedilotildees nervosas extras 3) que as alteraccedilotildees

bioquiacutemicas provocadas pelo exerciacutecio possam exercer um papel terapecircutico

importante no tratamento e prevenccedilatildeo da depressatildeo em funccedilatildeo da normalizaccedilatildeo das

concentraccedilotildees cerebrais da serotonina dopamina e norepinefrina

A associaccedilatildeo inversa entre casos depressivos tem sido investigada em estudos

longitudinais Um dos mais claacutessicos foi realizado por Paffembarger Lee amp Leugn

(1994) que teve a duraccedilatildeo de 27 anos em indiviacuteduos com idade entre 35 e 74 anos

que indicou que casos depressivos apresentavam maior associaccedilatildeo com menores

gastos energeacuteticos Outro estudo com duraccedilatildeo de 8 anos percebeu que a reduccedilatildeo

49

da frequumlecircncia semanal ou da intensidade do exerciacutecio pode aumentar a probabilidade

de casos depressivos (LAMPINEN HEIKKENEN amp RUOPPILA 2000)

Em suma percebe-se que menores niacuteveis de atividade fiacutesica estatildeo

associados com sintomas depressivos mais graves (MOORE BABYAK WOOD et al

1999) que os escores de depressatildeo estatildeo diretamente relacionados com o tempo

de praacutetica e a frequecircncia semanal que os exerciacutecios fiacutesicos satildeo oferecidos (LEGRAND

amp HEUZE 2007) que entre a comunidade cientiacutefica exista uma predileccedilatildeo por

prescrever exerciacutecios aeroacutebios para fins preventivos e terapecircuticos da depressatildeo

(RIBEIR0 1998 WERNECK et al 2006) e que a escolha da intensidade adequada

para esse fim se apresenta de forma inconsistente na literatura todavia

considerando o perfil da populaccedilatildeo percebe-se maior predileccedilatildeo intensidades leves agrave

moderada (LEGRAND amp HEUZE 2007)

26 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS

A ideacuteia equivocada de que a ldquosenilidaderdquo era uma consequumlecircncia normal do

envelhecimento foi amplamente disseminada Todavia percebe-se um alto grau de

afinidade entre o decliacutenio das funccedilotildees cognitivas e o avanccedilar da idade mesmo

entre indiviacuteduos saudaacuteveis (HAYFLICK 1997 SCHUIT et al 2001)

Um processo de lentificaccedilatildeo global (tanto no processamento de informaccedilotildees

quanto na realizaccedilatildeo motora de uma tarefa) eacute percebido durante o envelhecimento

poreacutem natildeo foi estabelecido um ritmo padronizado para acontecer essas alteraccedilotildees No

entanto estima-se que o melhor desempenho cognitivo seja alcanccedilado no iniacutecio da

idade adulta enquanto que o decliacutenio do mesmo seja percebido na meia idade por

volta dos 45 anos (ANTUNES MELLO amp BUENO 2002)

Durante o processo de envelhecimento eacute provaacutevel que as funccedilotildees de memoacuteria

operacional tornem-se mais susceptiacuteveis a interferecircncias de informaccedilotildees

irrelevantesdistratoras (CABEZA amp NYBERG 2000 MILHAM et al 2002) Essa

reduzida efetividade funcional parece associada a uma menor responsividade de

sistemas cerebrais acircntero-posteriores responsaacuteveis por aspectos executivos do

controle atencional (BANICH et al 2000 MILHAM et al 2002)

50

Adicionalmente resultados de investigaccedilotildees tecircm sugerido decliacutenio na

habilidade cerebral para inibir respostas natildeo apropriadas (POSNER amp DEHAENE

1994 WEST 1999 CABEZA amp NYBERG 2000) Esse deacuteficit parece decorrente de

uma descompensaccedilatildeo na sensibilidade do coacutertex anterior do ciacutengulo o melhor

candidato conhecido para o processamento inibitoacuterio e o monitoramento de

respostas em conflito (MILHAM et al 2002)

Estudos realizados nas uacuteltimas deacutecadas sugerem que condutas diaacuterias

podem afetar positivamente ou natildeo as estruturas do ceacuterebro em niacuteveis

celulares moleculares e sistecircmicos Vaacuterias pesquisas sugerem que os efeitos

promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico voluntaacuterio possam elevar os niacuteveis de fatores

neurotroacuteficos derivados do ceacuterebro (BDNF) e de outros fatores de crescimento

estimula a neurogecircnesis e aumenta a resistecircncia do ceacuterebro Nesse sentido a

melhora da aptidatildeo cardiovascular pode resultar em um aumento da

plasticidade do ceacuterebro humano aleacutem de exercer reduccedilatildeo tanto na senescecircncia

bioloacutegica como cognitiva (MATTSON CHAN amp DUAN 2002 COTMAN amp

BERCHTOLD 2002 COLCOMBE et al 2003)

Uma das hipoacuteteses mais aceita para a compreensatildeo do decliacutenio cognitivo foi

baseada na reduccedilatildeo da funccedilatildeo cardiovascular decorrente do envelhecimento que

acarretaria diminuiccedilatildeo progressiva da disponibilidade de oxigecircnio no ceacuterebro

Baseado nessa problemaacutetica estudos comprovaram atraveacutes de modelo animal o

aumento do fluxo sanguumliacuteneo e da disponibilidade de oxigecircnio durante o exerciacutecio

Todavia sabe-se que essa natildeo eacute a uacutenica contribuiccedilatildeo e alteraccedilatildeo promovida pelo

exerciacutecio fiacutesico em niacuteveis centrais Uma das habilidades desse tipo de estresse

consiste em aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica promovendo

alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de alguns hormocircnios de neurotransmissores

(ANTUNES MELLO amp BUENO 2002 ROSSI amp TIRAPEGUI 1999)

Crescentes evidecircncias sugerem a contribuiccedilatildeo do sistema serotonineacutergico

no desempenho das funccedilotildees cognitivas Natildeo existem trabalhos disponiacuteveis ateacute

a presente data que ofereccedilam seguramente a fundamentaccedilatildeo e amplitude

desse envolvimento Contudo sua disponibilidade na fisiologia patofisiologia e

51

terapecircutica do processo cognitivo deixa-nos fortes evidecircncias desse

envolvimento (MENESES 1999)

Outro indiacutecio de envolvimento desse neurotransmissor com os aspectos

cognitivos consiste na localizaccedilatildeo de alguns receptores serotonineacutergicos em aacutereas

cerebrais responsaacuteveis pela aprendizagem e memoacuteria incluindo o hipocampo

amigdala e cortex cerebral Receptores e vias da serotonina parecem estar situados

em aacutereas relacionadas com a disfunccedilatildeo do processo cognitivo Aparentemente a

doenccedila de Alzheimer estaacute associada com decreacutescimo nos marcadores serotonineacutergicos

como do complexo da rafe complexo de captaccedilatildeotransporte e no nuacutemero de alguns

receptores serotonineacutergicos Tem-se observado que pacientes esquizofrecircnicos com

doenccedila de Alzheimer apresentam correlaccedilatildeo significativa dos niacuteveis da serotonina e de

seu principal metaboacutelito (5-HIAA) Diferentes processos serotonineacutergicos estatildeo sob

investigaccedilatildeo para serem utilizados no tratamento da amneacutesia e da doenccedila de

Alzheimer (MENESES 1999)

Na uacuteltima deacutecada o interesse em verificar a relaccedilatildeo da serotonina com a

cogniccedilatildeo aumentou subitamente apoacutes a idealizaccedilatildeo de uma manipulaccedilatildeo

farmacoloacutegica agrave base de aminoaacutecidos que resultava na depleccedilatildeo aguda do

triptofano possibilitando a realizaccedilatildeo de estudos em humanos vivos

(EDITORIAL 2004) Todavia os resultados advindos da utilizaccedilatildeo dessa

manipulaccedilatildeo natildeo satildeo convergentes em relaccedilatildeo aos benefiacutecios cognitivos

(PORTER et al 2000 MURPHY 2002) necessitando de novas intervenccedilotildees que

colaborem para o esclarecimento do tema

27 QUALIDADE DE VIDA

A busca por uma vida com qualidade felicidade bem-estar e prazer e uma

constante luta pela satisfaccedilatildeo de suas necessidades tem sido uma aspiraccedilatildeo que

acompanha o homem desde o princiacutepio da humanidade Todavia a expressatildeo

ldquoqualidade de vidardquo foi utilizada pela primeira vez ou tornou-se notoacuteria quando em

discurso o presidente dos Estados Unidos Lyndon Jonhson em 1964 afirmava que

os objetivos natildeo poderiam ser medidos atraveacutes de balanccedilos bancaacuterios Todavia

poderiam ser medidos atraveacutes da ldquoqualidade de vidardquo que estes proporcionariam agraves

52

pessoas O indicador de qualidade de vida utilizado naquele discurso baseava-se

principalmente em fatores econocircmicos o que significa na atualidade apenas uma

das facetas expressas nesse termo (SETIEacuteN SANTAMARIA 1993 OMS 1998)

Atualmente a expressatildeo ldquoqualidade de vidardquo apesar de muito utilizada natildeo

adquiriu um conceito que abrangesse todo o seu significado Por ser um termo em

moda muitas pessoas o utilizam projetando para o conceito um significado diferente

dificultando ainda mais a tentativa de definiccedilatildeo (GRIMLEY-EVANS 1996)

Esse conflito conceitual agrava-se pelo fato da variaacutevel ldquoqualidade de vidardquo ser

mensurada utilizando instrumentos situaccedilotildees contextos e pessoas distintas (KING

DOBSON HARNET 1996) GILL e FEINSTEIN (1994) observaram que 85 das

publicaccedilotildees cientiacuteficas que abordavam esse tema e que por eles foram investigadas natildeo

apresentaram uma definiccedilatildeo para ldquoqualidade de vidardquo isto talvez por sua

multidisciplinariedade Dessa forma natildeo existe entre os poucos conceitos um que

detenha aceitaccedilatildeo universal (FARQUHAR 1995)

Com o passar dos anos o interesse dessa temaacutetica aumentou

expressivamente vaacuterios instrumentos foram elaborados e validados cientificamente

construiacutedos sob forma de escalas objetivas para permitir quantificar dados tidos

como subjetivos Variando na abordagem e na forma de apresentaccedilatildeo essas escalas

satildeo aplicadas isoladamente ou associadas podendo fornecer medidas globais e

especiacuteficas de qualidade de vida Medidas que certamente natildeo tecircm a mesma

precisatildeo e rigor como por exemplo aquelas adquiridas atraveacutes de dados

bioquiacutemicos mas que satildeo capazes de contribuir para compreensatildeo de vaacuterias

problemaacuteticas e facilitar na elaboraccedilatildeo de procedimentos preventivos ou de

resoluccedilatildeo de problemas dentro da aacuterea estudada

Presumivelmente o termo ldquoqualidade de vida e sauacutederdquo foi utilizado pela

primeira vez em meados dos anos de 1960 no editorial ldquoMedicina e Qualidade de

vidardquo (ELKINGTON 1966) Desde entatildeo vaacuterios estudos surgiram dando enfoque para

essa nova dimensatildeo de qualidade de vida avaliando intervenccedilotildees terapecircuticas e

condutas meacutedicas para formular poliacuteticas de sauacutede HUNT (1980) acredita que os

indicadores de qualidade de vida na aacuterea de sauacutede satildeo baseados na expectativa de

53

vida morbidade e mortalidade aleacutem de padratildeo de avaliaccedilatildeo de tratamentos

oferecidos aos pacientes Jaacute que a percepccedilatildeo subjetiva do paciente quanto ao seu

estado de sauacutede seja um indicador importante a ser considerado e deve ser sempre

avaliado Adicionalmente Kaplan (1984) afirma que o impacto da sauacutede sobre a

mobilidade atividade fiacutesica e atividade social estaacute intimamente relacionado com a

qualidade de vida e sauacutede

A OMS ciente da necessidade cientiacutefica de esclarecer convencionar ou

facilitar pesquisas dentro dessa temaacutetica organizou uma equipe de especialistas

com o objetivo de elaborar um instrumento geneacuterico de avaliaccedilatildeo da ldquoqualidade de

vidardquo construiacutedo atraveacutes de um meacutetodo transcultural (WHOQOL) Foi entatildeo que

surgiu o conceito elaborado por profissionais que consideram que a qualidade de

vida seja a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e

sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo aos seus objetivos expectativas

padrotildees e preocupaccedilotildees Conscientes da complexidade do tema a OMS admitiu

que embora natildeo houvesse uma definiccedilatildeo consensual de qualidade de vida havia

concordacircncia consideraacutevel acerca de algumas caracteriacutesticas desse constructo

como por exemplo a subjetividade que aleacutem das condiccedilotildees objetivas como

aquisiccedilotildees materiais muito valorizadas nos primeiros instrumentos elaborados

existam as condiccedilotildees subjetivas oportunizando e valorizando as percepccedilotildees e os

valores dados pelos sujeitos dentro de um contexto A segunda caracteriacutestica foi a

multidimensionalidade em que o instrumento deveria enfocar no miacutenimo trecircs

dimensotildees baacutesicas (fiacutesica psicoloacutegica e social) sempre em uma vertente subjetiva

como o indiviacuteduo percebe seu estado fiacutesico cognitivo e afetivo suas relaccedilotildees

interpessoais e os papeacuteis sociais em sua vida Terceiro a bipolaridade o

instrumento deveraacute incluir dimensotildees positivas e negativas e enfatizar a percepccedilatildeo

do indiviacuteduo acerca destas dimensotildees (OMS 2004)

A qualidade de vida eacute tatildeo importante para o idoso como para qualquer outro

indiviacuteduo de outra faixa etaacuteria Conviver bem com os decliacutenios naturais promovidos

pelo envelhecimento deve ser um desafio possiacutevel Envelhecer satisfatoriamente

depende do delicado equiliacutebrio entre as limitaccedilotildees e as potencialidades do indiviacuteduo

54

que lhe possibilitaraacute lidar em diferentes graus de eficaacutecia com as perdas inevitaacuteveis

do envelhecimento (NERI 2000)

FERRANS (1990) conceituou qualidade de vida como a sensaccedilatildeo de bem-estar

de um indiviacuteduo que varia da satisfaccedilatildeo agrave insatisfaccedilatildeo com respeito agraves aacutereas da

vida que satildeo importantes para ele A literatura gerontoloacutegica apresenta conceitos de

envelhecimento como ldquovelhice bem-sucedidardquo ldquoqualidade de velhicerdquo no sentido de

satisfaccedilatildeo de vida e estado de acircnimo como formas de tentar medir o bem-estar

Lawton (1991) enfoca a qualidade de vida na velhice como uma avaliaccedilatildeo

multidimensional referenciada por criteacuterios socionormativos (objetivos) e

intrapessoais (subjetivos) a respeito das relaccedilotildees atuais passadas e prospectivas

entre o indiviacuteduo maduro ou idoso e o seu ambiente

Uma velhice bem-sucedida envolve aspectos de realizaccedilatildeo do potencial

para alcanccedilar o bem-estar fiacutesico social e psicoloacutegico avaliado como adequado

pelo indiviacuteduo e pelo seu grupo etaacuterio tendo como paracircmetro as condiccedilotildees

objetivas e os valores sociais fundamentados no que seria desejaacutevel para que as

pessoas pudessem realizar seu potencial e a manutenccedilatildeo da competecircncia

funcional em domiacutenios selecionados por meio de mecanismos de compensaccedilatildeo e

otimizaccedilatildeo (NERI 2000)

Knorst et al (2001) e Hernandes e Barros (2004) afirmam que existe um

estreito relacionamento entre a qualidade de vida do idoso e sua habilidade ou

capacidade de desempenhar atividades ou tarefas da vida diaacuteria com autonomia e

independecircncia e destacam a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos como um fenocircmeno

facilitador entre eles

Natildeo eacute justo e nem eacute humano prolongar a vida dos que jaacute ultrapassam a fase

adulta quando natildeo lhes satildeo dadas condiccedilotildees de sobrevivecircncia digna Eacute melhor

acrescentar vida aos anos a serem vividos do que anos agrave vida precariamente vivida

(PAPALEacuteO NETTO amp PONTE 2002) O objetivo natildeo deve ser o de prolongar a vida e

com ela o sofrimento mas tornar a fragilidade uma pequena parcela da vida e

morrer jovem e com qualidade de vida o mais tarde possiacutevel

55

28 IMAGEM CORPORAL

Segundo Faith amp Allison (1996) e Williamson amp Orsquoneil (1998) imagem

corporal eacute a capacidade de representaccedilatildeo mental do proacuteprio corpo a interaccedilatildeo

entre o componente perceptivo avaliaccedilatildeo cognitiva do tamanho do corpo e o

componente postural Uma complexa resposta afetivandashcognitivondashcomportamental agrave

essa avaliaccedilatildeo Uma percepccedilatildeo individual de seu proacuteprio corpo e a maneira como

se sente a despeito

Para Mataruna (2004) a imagem corporal eacute uma figuraccedilatildeo do proacuteprio corpo

formada e estruturada na mente do mesmo indiviacuteduo que se desenvolve desde o

nascimento ateacute a morte dentro de uma estrutura complexa e subjetiva sofrendo

modificaccedilotildees que implicam na construccedilatildeo contiacutenua e reconstruccedilatildeo incessante

resultante do processamento de estiacutemulo

Vaacuterios fatores podem influenciar negativamente sobre a imagem corporal

de um indiviacuteduo por estabelecerem padrotildees dificilmente atingiacuteveis Como por

exemplo a existecircncia de forte tendecircncia social e cultural de considerar a

ldquomagrezardquo como uma situaccedilatildeo ideal de aceitaccedilatildeo e ecircxito Segundo a National

Eating Disorders Assciation esses padrotildees de beleza satildeo infelizmente

altamente discrepantes com a realidade visto que apenas 2 de mulheres satildeo

tatildeo magras quanto os modelos promovidos pelos meios de comunicaccedilatildeo

aumentando assim a insatisfaccedilatildeo com o proacuteprio corpo e resultando em

tentativa incessante em transforma-lo (KOWALSKI 2003)

Jovens adolescentes em sua maioria do sexo feminino internalizam esses

valores e modificam seus haacutebitos de vida em funccedilatildeo de se enquadrarem dentro

desses quisitos Quando adultas ou na meia-idade sentimentos de auto-criacutetica satildeo

intensificados e seus valores pessoais satildeo associados a eles resultando em

insidiosa destruiccedilatildeo da auto-estima e possiacutevel desenvolvimento de distuacuterbios

alimentares e desordens comportamentais comprometendo sua sauacutede fiacutesica e

mental podendo ateacute culminar com a morte Por conseguinte a literatura revela

que mulheres idosas quando insatisfeitas com a aparecircncia de seu corpo tendem

ser mais conscientes do que mulheres mais jovens Todavia essa consciecircncia natildeo

56

significa satisfaccedilatildeo visto que vaacuterios estudos que realizaram anaacutelise comparativa

entre mulheres jovens e idosas perceberam que um grande nuacutemero (60) de

insatisfaccedilatildeo e distorccedilatildeo da imagem corporal (forma e tamanho) persistiu ainda

entre idosas (FEY- YENSAN et al 2002)

Por outro lado apoacutes a comparaccedilatildeo entre gecircneros resultados de

investigaccedilotildees destacaram que os homens apresentam resultados mais positivos

em relaccedilatildeo agrave satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que as mulheres incluindo

tanto aspectos esteacuteticos como o peso corporal e a aparecircncia facial quanto

aspectos funcionais como a coordenaccedilatildeo motora a agilidade a sauacutede e o

desempenho sexual Mulheres em funccedilatildeo de vaacuterios eventos inerentes agrave sua

natureza apresentam maior flutuaccedilatildeo nas transiccedilotildees da formaccedilatildeo da imagem

corporal quando comparadas aos homens (HARGREAVES amp TIGGEMANN 2004

KAGAWA et al 2007) o que presumivelmente pode estar associado agrave maior

prevalecircncia de doenccedilas como a bulemia e anorexia relacionadas agrave insatisfaccedilatildeo e

distorccedilatildeo da imagem corporal real em funccedilatildeo de uma imagem corporal estipulada

como ideal (HAY 2002 CONNER amp JOHNSON 2004)

Confronto entre grupos eacutetnicos indicam que maior grau de insatisfaccedilatildeo com

a imagem corporal eacute apresentado por mulheres brancas seguido por mulheres

negras e por uacuteltimo mulheres asiaacuteticas (FITZGIBBON BLACKMAN amp AVELLONE 2000 CACHELIN et al 2002)

Acredita-se que a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos possa interferir

positivamente para construccedilatildeo da imagem corporal Le Boulch (1998) afirmou que

o principal objeto da educaccedilatildeo psicomotora constitui-se em ajudar o indiviacuteduo em

seus primeiros anos de vida a conseguir melhor percepccedilatildeo de sua imagem corporal

Schilder (1990) um dos mais conceituados pesquisadores da imagem corporal

enfatiza a importacircncia do movimento e da accedilatildeo para o reconhecimento e construccedilatildeo

desta imagem Segundo ele a relaccedilatildeo acontece nos dois sentidos tanto o

movimento faz-se necessaacuterio para a percepccedilatildeo e compreensatildeo do proacuteprio corpo

quanto o conhecimento das diversas partes do corpo e de suas relaccedilotildees muacutetuas seja

necessaacuterio para a realizaccedilatildeo de qualquer movimento Nesse sentido investigaccedilotildees

57

recentes ratificam essa influecircncia positiva do exerciacutecio afirmando que indiviacuteduos

submetidos a programa regular de atividade fiacutesica apresentaram maiores iacutendices

de satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que indiviacuteduos sedentaacuterios (BAHRAM amp

TEHRAN 2003 MATSUO et al 2007)

A insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal entre mulheres idosas diferencia-se

de sua insatisfaccedilatildeo quando jovem O processo do envelhecimento natildeo apenas

interfere em sua apresentaccedilatildeo esteacutetica (cabelos pele denticcedilatildeo postura peso

corporal entonaccedilatildeo da voz etc) mas reduz o desempenho de todo seu

organismo limitando-o para a execuccedilatildeo de muitas atividades diaacuterias Assim

sendo a perda da beleza da independecircncia e da energia associadas a perdas

de entes queridos da sauacutede ou da individualidade pode causar um grande

impacto na vida da mulher idosa e interferir em sua auto imagem (HAYFLICK

1997 FEY-YENSAN et al 2002)

Pessoas com uma visatildeo saudaacutevel de sua imagem corporal vecircem-se

realisticamente e tendem a gostar de seus corpos Uma imagem corporal positiva

revela auto-confianccedila energia vitalidade e auto-avaliaccedilatildeo positiva sentimentos de

beleza e atraccedilatildeo confianccedila e respeito pelo proacuteprio corpo liberdade de expressatildeo

corporal independentemente do peso corporal que apresenta Por outro lado

pessoas com a imagem corporal pobre e distorcida sentem-se insatisfeitas e

indiferentes em relaccedilatildeo ao proacuteprio corpo Pensam que sua aparecircncia seja alvo de

criacuteticas e sentem-se constantemente avaliadas pelos outros Ao auto-avaliar-se datildeo

importacircncia excessiva ao aspecto fiacutesico com uma preocupaccedilatildeo angustiante com o

proacuteprio corpo Detecircm sentimentos constantes de vergonha ou acanhamento que

podem vir seguidos de atitudes como avaliar sua composiccedilatildeo corporal

excessivamente (pesar medir) e com frequumlecircncia procuram comprar ou

experimentar roupas novas disfarccedilar o tamanho e forma do corpo usando roupas

largas e grandes evitar situaccedilotildees sociais que possam desencadear auto-

consciecircncia fiacutesica que tenham que expor o corpo vestindo roupas de banho

(KOWALSKI 2003 SHEENArsquos 2003)

58

A percepccedilatildeo subjetiva que uma pessoa tem sobre seu corpo pode ser mais

importante do que a realidade objetiva de sua aparecircncia Nesse sentido o peso

natildeo parece por si soacute ser o uacutenico determinante do grau de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo com imagem corporal (ALMEIDA 2002)

59

33 MMAATTEERRIIAALL EE MMEacuteEacuteTTOODDOO

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO

Foi realizado um delineamento quase experimental (Tabela 2) de abordagem

quantitativa (COZBY 2003 MARCONI amp LAKATOS 2003) com preacute e poacutes-testes nos

quais os dados referentes agraves variaacuteveis IMC VO2pico idade e duraccedilatildeo do teste

incremental na esteira foram considerados para a distribuiccedilatildeo da amostra para o

grupo controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90PCR e Gmax)

Sessotildees agudas de exerciacutecios cardiovasculares de diferentes intensidades e duraccedilatildeo

foram utilizadas como fator experimental Os resultados foram adquiridos pela

comparaccedilatildeo das meacutedias intragrupos e entregrupos

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90LA e Gmax) Grupo Seleccedilatildeo Preacute-teste Tratamento Poacutes-teste Δ

GC Natildeo aleatoacuteria a (GC) Nenhum b (GC) b (GC) - a (GC) G90LA Natildeo aleatoacuteria a (G90LA) 90 LA 20rsquo b (G90LA) b (G90LA) - a (G90LA) GLA Natildeo aleatoacuteria a (GLA) No LA 20rsquo b (GLA) b (GLA) - a (GLA) G90PCR Natildeo aleatoacuteria a (G90PCR) 90 LA 20rsquo b (G90PCR) b (G90PCR) - a (G90PCR) Gmax Natildeo aleatoacuteria a (Gmax) Teste max b (Gmax) b (Gmax) - a (Gmax) GLA1h Natildeo aleatoacuteria a (GLA1h) No LA 1h b (GLA1h) b (GLA1h) - a (GLA1h) Δ = diferenccedila entre preacute e poacutes-testes

O delineamento quase-experimental preacute-testepoacutes-teste com grupo controle

natildeo equivalente tambeacutem conhecido como experimento natildeo aleatoacuterio eacute um estudo

no qual o investigador interveacutem na caracteriacutestica que estaacute sendo investigada

entretanto natildeo haacute alocaccedilatildeo aleatoacuteria dos participantes ou de aacutereas aos grupos

que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo Essa eacute a principal diferenccedila em relaccedilatildeo ao

estudo experimental Os grupos que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo satildeo

geralmente formados considerando os aspectos administrativos criteacuterios

operacionais e o recrutamento de voluntaacuterios Entre as vantagens do estudo

quase-experimental pode-se citar ser implementado concomitantemente agrave

execuccedilatildeo das accedilotildees avaliar programas que atingem grandes populaccedilotildees e por

razotildees eacuteticas uma vez que o programa natildeo necessita ser interrompido para ser

avaliado As principais limitaccedilotildees satildeo a natildeo aleatoriedade na definiccedilatildeo da

amostra ao tamanho da amostra a ser estudada principalmente quando o

60

resultado de interesse eacute relativamente raro ao tempo e aos recursos necessaacuterios

para o desenvolvimento do estudo (CAMPBELL amp STANLEY 1979)

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO

Foi estabelecida como populaccedilatildeo alvo desse estudo um grupo de senhoras

inscritas em um programa de extensatildeo de atendimento ao idoso (Figura 4) vinculado

ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Stricto Sensu da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

(PPGEFUCB-DF) que representou um total de 225 senhoras

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA

333311 PPrriimmeeiirraa ffaassee

Criteacuterios de inclusatildeo apoacutes a avaliaccedilatildeo meacutedica a mulher deveria ser considerada

apta agrave praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ter idade entre 60 e 74 anos ser fisicamente

ativa (por um periacuteodo miacutenimo de 6 meses) fisicamente independente e ser

alfabetizada

Criteacuterios de exclusatildeo Uso abusivo de cigarros e bebidas associados agrave

dependecircncia co-morbidades meacutedicas capazes de interferir na realizaccedilatildeo e resultados

desse estudo como diabetes cardiopatias acidente vascular cerebral doenccedila de

Alzheimer doenccedila de Parkinson e distuacuterbios na tireoacuteide a utilizaccedilatildeo de

medicamentos antidepressivos limitaccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticas ou doenccedilas

cardiovasculares que impossibilitem a realizaccedilatildeo dos testes fiacutesicos que seratildeo

realizados nesse estudo

333322 SSeegguunnddaa ffaassee

Todas as voluntaacuterias que se enquadraram nos requisitos da primeira fase foram

informadas sobre os procedimentos que seriam utilizados nesta investigaccedilatildeo e seus

possiacuteveis desconfortos riscos e benefiacutecios Em seguida foram convidadas se assim o

desejassem a assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2) A

discordacircncia dos termos expostos aliada agrave negaccedilatildeo do consentimento foram

considerados como fator de exclusatildeo

61

A amostra desse estudo foi selecionada de forma natildeo-probabiliacutestica de um

grupo de 225 senhoras inseridas em um Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB- DF) Para a

seleccedilatildeo 147 idosas foram impossibilitadas de participar por apresentarem

incompatibilidade com os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos nesse

estudo (subitem 331) agrave saber

17 Idosas apresentaram restriccedilotildees meacutedicas para a realizaccedilatildeo do teste de esforccedilo

maacuteximo (TEM)

19 Idosas encerraram o TEM precocemente pelos criteacuterios descritos no item 344

16 Idosas apresentaram idade acima da faixa etaacuteria preestabelecida (ge 75 anos)

54 Idosas apresentaram o tempo de realizaccedilatildeo do TEM menor do que 480 s ou

apresentaram um VO2pico menor que ge17 (mlkgmin) no TEM

29 Idosas apresentaram Diabetes Mellitus tipo II

06 Idosas apresentaram hipo ou hiper tiroidismo

01 Idosa apresentou doenccedila de Parkinson

05 idosas faziam uso de antidepressivos

333333 DDeeffiinniiccedilccedilatildeatildeoo ddaa aammoossttrraa ddoo eessttuuddoo

A amostra foi constituiacuteda por 49 mulheres idosas ativas (n=49) fisicamente

independentes (SPIRDUSO 2005) com idade compreendida entre 60 e 74 anos que

foram distribuiacutedas para seis grupos utilizando como criteacuterio de distribuiccedilatildeo o iacutendice

de massa corporal o VO2pico o tempo de duraccedilatildeo no teste incremental na esteira e

a idade Um grupo controle (GC n= 8) e cinco grupos experimentais submetidos a

sessatildeo de exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90

do limiar anaeroacutebio na intensidade do limiar anaeroacutebio e a 90 do ponto de

compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA n=8 GLA n=8 e G90PCR n= 8

respectivamente) submetido a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax n= 8) e

submetido a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo sob agrave intensidade do limiar

anaeroacutebio (GLA1h n=9)

62

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do programa de atendimento ao idoso do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF) onde foi realizada a seleccedilatildeo da amostra

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS

334411 QQuueessttiioonnaacuteaacuterriioo ddee ssaauacuteuacuteddee ee hhaacuteaacutebbiittooss ddee vviiddaa

O preenchimento do questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida (Anexo 1) foi

realizado no ato da matriacutecula Constituiacutedo de 30 perguntas elaboradas com intuito de

obter melhor caracterizaccedilatildeo da amostra aleacutem de identificar criteacuterios de exclusatildeo preacute-

estabelecidos (item 331) As sete primeiras perguntas foram constituiacutedas do

questionaacuterio PAR-Q (Physical Activity Readiness Questionnaire) tambeacutem conhecido

como Questionaacuterio de Prontidatildeo para Atividade Fiacutesica Utilizado para identificar e

rastrear indiviacuteduos que necessitam de avaliaccedilatildeo ou tratamento medico preacutevio antes

de iniciar um programa de exerciacutecios fiacutesicos (THOMAS READING SHEPHARD 1992)

Os demais questionamentos referiram-se agrave sauacutede fiacutesica e mental das voluntaacuterias de

sua ingesta medicamentosa intervenccedilotildees ciruacutergicas a que foram submetidas

acometimentos de doenccedilas niacutevel de atividade fiacutesica escolariadade e renda familiar

334422 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccaass

Para melhor caracterizaccedilatildeo da amostra foram determinadas caracteriacutesticas

fiacutesicas por meio das seguintes medidas antropomeacutetricas massa e estatura corporal

iacutendice de massa corporal (IMC) percentual de gordura Corporal (GC)

circunferecircncia de cintura (CC) e a relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) Os instrumentos e

procedimentos foram

63

3421 Massa corporal

A avaliaccedilatildeo da massa corporal foi realizada atraveacutes de balanccedila da marca

Toledo digital modelo 2096 PP com carga miacutenima de 125 kg e carga maacutexima de

150 kg e resoluccedilatildeo de 01 gramas As voluntaacuterias foram avaliadas sem calccedilados com

roupas leves (bermuda e camiseta) e sem acessoacuterios foram posicionadas em peacute

(ereta) no centro da plataforma da balanccedila frente ao monitor com braccedilos soltos e

peacutes paralelos A mensuraccedilatildeo foi efetuada em quilogramas

3422 Estatura corporal

Para anaacutelise da estatura corporal foi utilizado um estadiocircmetro da marca

Cardiomed de resoluccedilatildeo de 01 cm As idosas foram posicionadas eretas com os

calcanhares a cintura peacutelvica a cintura escapular e a regiatildeo occipital em contato

com a parede Todas as idosas foram orientadas a manter a cabeccedila paralela ao chatildeo

e o olhar fixo na posiccedilatildeo horizontal (plano Frankfurt) A avaliada apresentou-se

descalccedila e sem adereccedilos no cabelo A mensuraccedilatildeo deu-se durante a execuccedilatildeo de

inspiraccedilatildeo profunda seguida de apneacuteia

3423 Percentual de gordura corporal

Para a anaacutelise do GC atraveacutes da medida da gordura corporal total (Figura

5) utilizou-se o meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia-DEXA (Marca

LUNAR ndash DPX ndash IQ versatildeo 46A) Foi solicitado que as voluntaacuterias se apresentassem

com roupas leves e sem adereccedilos de metais Para a anaacutelise dessa medida as idosas

foram cuidadosamente posicionadas em decuacutebito dorsal sobre a mesa do

equipamento Uma varredura completa do corpo foi realizada por uma fonte de raio

ldquoXrdquo e um detector em um braccedilo de scanner com uma velocidade relativamente

lenta de 1cms O mapeamento de todo o corpo pelo DEXA foi estimado em torno de

12 a 18 minutos dependendo da composiccedilatildeo corporal da voluntaacuteria O ponto de

corte adotado para essa variaacutevel foi o de Lohman (1992) Onde percentual de

gordura lt que 20 = abaixo do peso entre 20 e 30 = peso normal e gt de 30 =

excesso de gordura corporal

64

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal atraveacutes do meacutetodo de Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia ndash UCB-DF

3424 Iacutendice de massa corporal

Para a tomada do Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizou-se a equaccedilatildeo peso

em quilogramas dividido pela estatura em metros elevada ao quadrado

O ponto de corte estabelecido para esta variaacutevel foi o da OMS (2003)

CLASSIFICACcedilAtildeO IMC kgm2 RISCO DE COMORBIDADE Baixo Peso lt 185 Baixo ( poreacutem risco para outras problemas cliacutenicos) Peso Normal 185 a 249 Meacutedio Sobrepeso 250 a 29 Aumentado Obesidade I 30 a 349 Moderado Obesidade II 35 a 399 Severo Obesidade III gt= 40 Muito Severo

3425 Circunferecircncia de cintura e relaccedilatildeo da cintura e quadril

Para a avaliaccedilatildeo da circunferecircncia de cintura (CC) verificou-se a tomada do

periacutemetro da cintura com a fita posicionada ao redor da menor circunferecircncia

localizada entre as costelas e a crista iliacuteaca A mensuraccedilatildeo do periacutemetro do quadril

foi realizada posicionando a fita ao redor do quadril na regiatildeo de maior

protuberacircncia A relaccedilatildeo cintura e quadril (RCQ) foi obtida pela divisatildeo da CC pela

circunferecircncia do quadril Os pontos de corte estabelecidos para estas variaacuteveis

foram elaborados pela OMS (1998) CC ge 85cm = risco para doenccedilas crocircnicas e

CC ge 88cm= risco muito aumentado RCQ lt 085cm = favoraacutevel para a sauacutede e RCQ

gt 085 = desfavoraacutevel para a sauacutede

65

334433 AAvvaalliiaaccedilccedilatildeatildeoo mmeacuteeacuteddiiccaa

Antes do teste de potecircncia aeroacutebia toda amostra foi submetida a

avaliaccedilatildeo meacutedica que consistiu do preenchimento de questionaacuterio utilizado

como anamnese avaliaccedilatildeo cliacutenica e eletrocardiograma (ECG) em repouso As

avaliaccedilotildees fiacutesicas foram realizadas somente apoacutes ser descartada a existecircncia de

riscos para a realizaccedilatildeo das mesmas

334444 TTeessttee ddee ppoottecircecircnncciiaa aaeerroacuteoacutebbiiaa ((VVOO22ppiiccoo))

Para avaliar a capacidade cardiorrepiratoacuteria toda a amostra foi submetida a

um teste cardiopulmonar (Figura 6) realizado em esteira rolante (modelo RT 300 Pro

Moviment Brasil) Os procedimentos foram realizados no Laboratoacuterio de Estudos em

Educaccedilatildeo Fiacutesica e Sauacutede (LEEFS) que foi climatizado em torno dos 22 ordmC e

apresenta os equipamentos e medicaccedilotildees necessaacuterias para uma eventual situaccedilatildeo de

emergecircncia Monitoraccedilatildeo eletrocardiograacutefica (ECG Digital Micromed Brasil) foi

realizada antes durante e depois do esforccedilo fiacutesico obedecendo a seguinte sequumlecircncia

loacutegica repouso (12 derivaccedilotildees padratildeo) durante toda a realizaccedilatildeo do esforccedilo (trecircs

derivaccedilotildees CM5 D2M e V2M) e seis minutos de recuperaccedilatildeo O exame foi

supervisionado por um meacutedico cardiologista e conduzido sob o protocolo de rampa

padronizado e adequado para o perfil da amostra apoacutes a realizaccedilatildeo de testes-piloto

para que a exaustatildeo ocorresse entre oito e doze minutos O teste consistiu

inicialmente de uma velocidade de 20 kmh e 0 de inclinaccedilatildeo aos 10 minutos de

teste a velocidade e inclinaccedilatildeo prevista de 60 kmh e 6 respectivamente

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante teste incremental maacuteximo realizada no LEEFS ndash UCB-DF

66

A cada dois minutos a pressatildeo arterial foi mensurada utilizando um

esfigmomanocircmetro de coluna de mercuacuterio e a percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo

monitorada atraveacutes de comunicaccedilatildeo direta utilizando como instrumento a escala de

Borg (2000 Anexo 3) Durante a realizaccedilatildeo do esforccedilo as voluntaacuterias respiraram

atraveacutes de uma maacutescara de silicone (Hans Rudolf Alemanha) O consumo de

oxigecircnio (VO2) a produccedilatildeo de dioacutexido de carbono (VCO2) e a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foram mensurados a cada ciclo respiratoacuterio atraveacutes de um analisador de gases

(Metalyzer 3b Coacutertex Alemanha) O software utilizado para gerenciar o exame foi o

Ergo PC Elite for Windows (Micromed Brasil) que controla a velocidade e a

inclinaccedilatildeo da esteira atraveacutes de interface de comunicaccedilatildeo com o computador

O ponto de corte da American Heart Association (1972) foi adotado para

classificaccedilatildeo do niacutevel de aptidatildeo cardiopulmonar onde V02max (mlKgmin) lt

13 = aptidatildeo muito fraca de 13 a 17= fraca 18 a 23 = regular 24 a 34 = boa

e gt 35 = excelente

Foram adotados como criteacuterios de interrupccedilatildeo do teste a exaustatildeo voluntaacuteria

o aumento suacutebito da pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) acima de 250 mmHg e da

pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) acima de 140 mmHg queda sustentada da PAS

percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo (PSE) na escala de Borg de 19-20 (BORG 2000

Anexo 3) manifestaccedilatildeo cliacutenica de dor ou queimaccedilatildeo toraacutecica infradesnivelamento do

segmento ST_3mm supradesnivelamento do segmento ST_ 2mm em derivaccedilatildeo sem

presenccedila de onda Q arritmia ventricular complexa aparecimento de taquicardia

supraventricular sustentada taquicardia atrial fibrilaccedilatildeo atrial bloqueio

atrioventricular de 2ordm e 3ordm graus sinais de insuficiecircncia ventricular esquerda ou

falecircncias dos sistemas de monitorizaccedilatildeo e registro

334455 TTeessttee ddee ccaarrggaa

O agendamento dos TCs aconteceram de forma alternada entre grupos Todos

os testes foram realizados no periacuteodo da manhatilde Apoacutes ser oferecido um desjejum

padratildeo a PA da voluntaacuteria era aferida e em seguida iniciava-se um monitoramento

da FC de 5 em 5 minutos Apoacutes 20 minutos de repouso realizava-se a primeira

coleta de sangue seguida pelo iniacutecio do TC Os testes foram precedidos e sucedidos

por um periacuteodo de 3 minutos de aquecimento e desaquecimento respectivamente

67

Para definiccedilatildeo da intensidade do TC tomaram-se como base os dados individuais

obtidos no teste de potecircncia aeroacutebia em que foi pontuada a FC e a PSE referente ao

limiar determinado para cada grupo (LA ou PCR) e calculou-se o percentual da

intensidade desejada Apesar de estabelecer uma zona-alvo de amplitude superior e

inferior de 5 bpm procurou-se manter a intensidade estabilizada o mais proacuteximo

possiacutevel da FC e PSE alvo A intensidade e a duraccedilatildeo preestabelecidas para cada

grupo foram descritas no item 332 Imediatamente apoacutes o teacutermino do TC

realizou-se a segunda coleta de sangue e um novo periacuteodo de 20 min de repouso foi

oferecido ateacute que PA e FC estivessem proacuteximas dos valores iniciais nesse momento

apenas os grupos GLA1h GC e Gmax foram submetidos a uma 3ordf coleta de sangue

Um lanche foi novamente oferecido em funccedilatildeo do desgaste fiacutesico associado agraves

coletas de sangue

33445511 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio

A determinaccedilatildeo dos limiares ventilatoacuterios foi realizada atraveacutes da

segmentaccedilatildeo das curvas de diferentes paracircmetros ventilatoacuterios equivalentes

ventilatoacuterios de O2 (VEVO2) e CO2 (VEVCO2) fraccedilotildees expiradas finais de O2 (PETO2)

e CO2 (PETCO2) e quociente respiratoacuterio (QR) O primeiro limiar ventilatoacuterio (LV1)

tratado neste estudo como limiar anaeroacutebio (LA) correspondeu ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas) O segundo limiar ventilatoacuterio

(LV2) tambeacutem conhecido como ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (PCR)

correspondeu ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e PETO2

coincidiram com a queda de PETCO2 (SKINNER amp MCLELLAN 1980)

346 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass ppssiiccoommeacuteeacutettrriiccaass

3461 Performance cognitiva

Para o rastreamento da performance e decliacutenio cognitivo utilizou-se o

Miniexame do Estado Mental ndash MMSE (ANEXO 7) considerado como teste

cognitivo breve composto por itens que avaliam a orientaccedilatildeo temporoespacial

registro memoacuteria de curto prazo atenccedilatildeo caacutelculo linguagem e praxia

68

construcional (FOLSTEIN 1975) O ponto de corte adotado foi o estabelecido por

Brucki et al (2003)

3462 Imagem corporal

Para a anaacutelise da imagem corporal foi adotada uma escala de silhuetas

proposta por Sorensen e Stunkard (1993) Esse instrumento constitui-se de 9

silhuetas com diferentes imagens corporais dispostas da mais magra agrave mais gorda

em ordem crescente (Anexo 6) Questionamentos baseados na auto-avaliaccedilatildeo da

imagem corporal real (ICR) a que a avaliada considera ter atualmente a imagem

corporal ideal (ICI) aquela desejada e idealizada pela idosa a percepccedilatildeo da imagem

corporal da idosa apresentada pelo avaliador (ICA) e perguntas sobre procedimentos

alimentares e ciruacutergicos adotados para manter ou alterar a imagem corporal

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Figura 7 ndash Escala de silhuetas de Sorensen amp Stunkard (1993)

O grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal foi calculado utilizando a

diferenccedila entre a imagem corporal real e a imagem corporal ideal (GI= CR ndash ICI) O

grau de distorccedilatildeo da imagem corporal foi calculado pela diferenccedila entre a imagem

corporal real e a imagem corporal apontada pelo avaliador (GD= ICR -ICA)

3463 Qualidade de Vida

Para a anaacutelise dos niacuteveis de qualidade de vida foi utilizada a versatildeo abreviada

em portuguecircs do questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOL-100) da Organizaccedilatildeo

Mundial de Sauacutede (OMS) adaptado por Fleck et al (1999) conhecido como

WHOQOL- bref (ANEXO 5)

69

O WHOQOLndashbref eacute constituiacutedo de 26 questotildees sendo duas gerais sobre o

tema qualidade de vida e as demais representando cada uma das 24 facetas que

compotildeem o instrumento original O nuacutemero de questionamentos referente a cada

domiacutenio se apresenta de acordo com o quadro a seguir

DOMIacuteNIO 1 - Domiacutenio Fiacutesico DOMIacuteNIO 2 - Domiacutenio Psicoloacutegico

1ordf - Dor e desconforto 2ordf - Energia e fadiga 3ordf - Sono e repouso 9ordf - Mobilidade 10ordf - Atividades da vida cotidiana 11ordf - Dependecircncia de medicaccedilatildeo ou de tratamentos

4ordf - Sentimentos positivos 5ordf - Pensar aprender memoacuteria e concentraccedilatildeo 6ordf - Auto-estima 7ordf - Imagem corporal e aparecircncia 8ordf - Sentimentos negativos 24ordf - Espiritualidade religiatildeo crenccedilas pessoais

DOMIacuteNIO 3 - Relaccedilotildees Sociais DOMIacuteNIO 4 - Meio Ambiente

13ordf - Relaccedilotildees pessoais 14ordf - Suporte (apoio) social 15ordf - Atividade sexual

16ordf - Seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo 17ordf - Ambiente no lar 18ordf - Recursos financeiros 19ordf - Cuidados de sauacutede e sociais

disponibilidade e qualidade 20ordf - Oportunidades de adquirir novas

informaccedilotildees e habilidades 21ordf - Participaccedilatildeo em e oportunidades de

recreaccedilatildeolazer 22ordf - Ambiente fiacutesico (poluiccedilatildeo ruiacutedo

tracircnsito clima) 23ordf - Transporte

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por domiacutenios e facetas

Apesar desse instrumento natildeo apresentar ponto de corte para classificar as

meacutedias indicadas para cada domiacutenio adotou-se para maior compreensatildeo dos

resultados os seguintes pontos de corte de 0 a 20 ldquomuito ruimrdquo de 21 a 40

ldquoruimrdquo de 41 a 60 ldquonem ruim e nem bomrdquo de 61 a 80 ldquobomrdquo e de 81 a 100

ldquomuito bomrdquo

Para identificar os niacuteveis de qualidade de vida calculou-se o valor dos 4

domiacutenios (fiacutesico psicoloacutegico ambiental e social) de acordo com a Sintaxe ldquoSPSS -

WHOQOL-bref questionnairerdquo Foi adotada a meacutedia desses domiacutenios como niacutevel de

qualidade de vida geral

70

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo

A avaliaccedilatildeo dos niacuteveis de depressatildeo das participantes deste estudo foi

baseada nos escores indicativos de depressatildeo do inventaacuterio de depressatildeo de Beck

(Beck Depression Inventory ndash BDI) um dos mais frequumlentes instrumentos de medida

para avaliar o estado de depressatildeo na populaccedilatildeo versatildeo em portuguecircs validada

para a populaccedilatildeo brasileira O BDI consistiu de 21 grupos de afirmaccedilotildees contendo

quatro frases cada um (Anexo 4) Apoacutes leitura cuidadosa a avaliada teve que

escolher a frase que mais se adequava agrave maneira como estava se sentido na semana

que antecedeu a avaliaccedilatildeo Os itens do inventaacuterio tiveram por finalidade avaliar os

sintomas e atitudes como tristeza pessimismo sensaccedilatildeo de fracasso insatisfaccedilatildeo

sentimento de culpa sentimento de puniccedilatildeo autodepreciaccedilatildeo auto-acusaccedilotildees

ideacuteias suicidas crises de choro irritabilidade retraccedilatildeo social indecisatildeo distorccedilatildeo da

imagem corporal inibiccedilatildeo para o trabalho distuacuterbio de sono fatigabilidade perda de

apetite e de peso preocupaccedilatildeo somaacutetica e diminuiccedilatildeo da libido O ponto de corte

adotado para definir os niacuteveis indicativos de depressatildeo seguiu a proposta do Center

for Cognitive Therapy que em escores menores que 10 o indiviacuteduo foi considerado

sem depressatildeo de 10 a 18 com depressatildeo leve de 19 a 29 com depressatildeo

moderada e escores de 30 a 63 considerados portadores de depressatildeo grave

(GORESTEIN amp ANDRADE 1998)

334477 AAnnaacuteaacutelliisseess bbiiooqquuiacuteiacutemmiiccaass

3471 Condiccedilotildees das coletas

Para a avaliaccedilatildeo dos analiacuteticos verificados neste estudo todos os grupos

foram submetidos a dois momentos de coleta de sangue Entretanto com o intuito

de verificar o comportamento da variaacutevel no periacuteodo de recuperaccedilatildeo submeteu-se

3 grupos (GLA 1h GC e Gmax) a uma coleta e dosagem adicional a saber

G90LA GLA e GPCR 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso e 2ordf coleta)

Imediatamente apoacutes sessatildeo de exerciacutecio

Gmax e GLA1h 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) imediatamente

apoacutes sessatildeo aguda de exerciacutecio e 3ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso

71

GC 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) 20 minutos apoacutes a primeira

coleta e 3ordf coleta) 1h apoacutes a primeira coleta

Para a coleta de sangue toda a amostra foi submetida a um jejum de 12

horas e a uma dieta de 24 horas que restringia os alimentos ricos em

triptofano como tomate abacate nozes banana pickles e berinjela

Adicionalmente foi oferecido um desjejum padratildeo 30 minutos antes do iniacutecio do

repouso inicial Para efeito de controle todas as coletas foram realizadas das

7h30 agraves 10h da manhatilde

Em cada coleta um volume de 5 ml de sangue foi colhido em tubos

vacutainers com heparina para a dosagem da cromatografia quantitativa de

aminoaacutecidos 5 ml de sangue em tubos secos para a dosagem da prolactina e

10 ml em tubos com EDTA para a dosagem da serotonina O sangue foi

centrifugado a 1200 rpm por 20 minutos Apoacutes a centrifugaccedilatildeo o plasma colhido

em tubos com EDTA foi aliquotado para dois tubos contendo 10 mg de EDTA e

75 mg de aacutecido ascoacuterbico e imediatamente centrifugado novamente Todo o

material foi congelado a -20 ordmC e a anaacutelise foi realizada em ateacute 7 dias

3472 Dosagens dos analiacuteticos

Para a dosagem da serotonina foi utilizado meacutetodo de cromatografia

liacutequida de alta eficiecircncia com detector de fluorescecircncia (High-performance

liquid chromatographic ndash Fluorometric Detection - HPLC ndash FD) Esse sistema

consistiu de uma bomba da marca Waters modelo 515 com detector de

fluorescecircncia da marca Waters modelo 474 com comprimento de onda de

excitaccedilatildeo de 285 nm e comprimento de onda de emissatildeo de 345 nm A coluna

analiacutetica utilizada foi a coluna Novandash Pack C 18 (39 x 150 nm) da marca

Waters A fase moacutevel consistiu de um tampatildeo de 507 ml de hidroacutexido de

amocircnia 647 ml de aacutecido aceacutetico glacial e 02 g de EDTA dissoacutedico e 1760 ml

de aacutegua destilada O PH foi ajustado para 51 com 6 M de hidroacutexido de amocircnia

e 325 ml de metanol quinze minutos antes da utilizaccedilatildeo A teacutecnica utilizada foi

a sugerida por Pesce amp Kaplan (1987)

72

Para a dosagem do triptofano e demais aminoaacutecidos utilizou-se

igualmente da teacutecnica HPLC com detector de fluorescecircncia A coluna analiacutetica

utilizada foi a Tchsphere ODS 5micro 150 mm 46 mm O fluxo foi de 09 mlmin o

comprimento da onda de excitaccedilatildeo e de emissatildeo foi de 330 nm e 418 nm

respectivamente Para a fase moacutevel A 40 mM Na2HPO4 PH 78 [55 g NaH2PO4

monohidrato + aacutegua ajustado para o PH 78 com soluccedilatildeo de NaOH (10N)] e

para fase moacutevel B ACN MeOH aacutegua (454510 vv) A teacutecnica sugerida foi

descrita por Woodward amp Henderson Jr (2007)

A prolactina foi dosada utilizando a teacutecnica de imunoensaio com o

equipamento DXI 800 da Baeckam coulter

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Todos os procedimentos metodoloacutegicos deste estudo foram submetidos agrave

apreciaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede

(FS) da Universidade de Brasiacutelia (UnB) conforme resoluccedilotildees Nordm 19696 e 25797

anexo 1 paacutegina 28 Recebendo em 14 de setembro de 2004 o registro de

aprovaccedilatildeo de nordm 0712004 (Anexo 9)

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO

Os dados foram organizados atraveacutes de medidas descritivas (meacutedia e desvio

padratildeo) e submetidos agrave uma anaacutelise exploratoacuteria Os outliers identificados foram

ajustados para que natildeo interferissem excessivamente na meacutedia A teacutecnica utilizada

para a correccedilatildeo desses valores foi a sugerida por Tabachnick e Fidell (2003) em que

os valores extremos superiores e inferiores satildeo ajustados de modo que fiquem igual

a uma unidade acima do valor mais alto ou uma unidade abaixo do menor valor da

amostra respectivamente A normalidade dos dados foi testada utilizando os testes

de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk e a homogeneidade das variacircncias foi

avaliado atraveacutes do teste de Levene Toda a anaacutelise estatiacutestica foi realizada utilizando

o softwares SAS 91 e o SPSS versatildeo 14 for Windowsreg

Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos foi utilizado como medida central a

meacutedia aritimeacutetica e como medida de dispersatildeo o desvio padratildeo Para medidas de

73

prevalecircncia os resultados foram apresentados em forma de frequumlecircncia e percentual

Utilizou-se o teste ldquotrdquo de student para investigar diferenccedilas entre a escolha da

imagem corporal ideal e a imagem corporal real (ICI x ICR) e da imagem corporal

real com a avaliaccedilatildeo do avaliador (ICR x ICA)

Para a anaacutelise de associaccedilatildeo foi utilizada a correlaccedilatildeo linear de Pearson para

identificar relaccedilotildees entre as variaacuteveis antropomeacutetricas com o grau de insatisfaccedilatildeo

com a imagem corporal e tambeacutem entre a capacidade cardiorrespiratoacuteria (VO2pico)

com os niacuteveis de depressatildeo e as variaacuteveis bioquiacutemicas

Utilizou-se a anaacutelise de variacircncia (Split Plot ANOVA) para verificar as

alteraccedilotildees bioquiacutemicas intra e entre grupos

O niacutevel de significacircncia estabelecido foi de ple005

74

44 AANNAacuteAacuteLLIISSEE DDOOSS RREESSUULLTTAADDOOSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

A amostra deste estudo foi formada por 49 mulheres idosas ativas com meacutedia

de 6406plusmn37 anos de idade e de 52plusmn43 anos de escolaridade A maioria estava

inserida em programa de atividade fiacutesica regular por mais de 2 anos (40) com

frequumlecircncia de 3 sessotildees semanais (66) de duraccedilatildeo de 1h (70) e intensidade

maior que 11 na escala percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo de Borg de (82) 551 da

amostra foi classificada como par-Q positivo com maior prevalecircncia nos itens

referentes agrave utilizaccedilatildeo de medicamentos prescritos para o controle da hipertensatildeo

arterial e problemas cardiacuteacos (36) sucedido por sensaccedilotildees de tonturas e

desmaios (18) e problemas ortopeacutedicos (163)

441111 PPeerrffiill aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccoo ddaa aammoossttrraa

Para exame geral dos dados antropomeacutetricos foi realizado uma anaacutelise

descritiva (Tabela 3) seguida por anaacutelise detalhada em forma de percentual (Graacutefico

1) distribuindo os dados por pontos de corte preestabelecidos Para a variaacutevel GC

a meacutedia dos valores indicou ldquoexcesso de gordura corporalrdquo em que 8776 das

idosas apresentaram iacutendices acima de 30 GC A meacutedia do IMC classificou a

amostra com ldquosobrepeso e risco aumentado para comorbidadesrdquo em que apenas

2857 das idosas apresentaram o IMC ldquonormalrdquo

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio padratildeo) das variaacuteveis da amostra Peso

(kg)

Estatura (cm)

GC ()

IMC (kgm2)

RCQ (cm)

CC (cm)

Meacutedia 6332 15429 3666 2655 087 9142

DP plusmn 728 plusmn 676 plusmn 48 plusmn 294 plusmn 005 plusmn 770

A meacutedia dos dados encontrados para o RCQ indicou ldquoiacutendices desfavoraacuteveisrdquo

para a sauacutede em que 7143 da amostra apresentou valores iguais ou acima de

85 cm para esta relaccedilatildeo As meacutedias da CC classificaram a amostra com um ldquorisco

aumentadordquo para doenccedilas crocircnicas adicionalmente percebeu-se que 7959 da

75

amostra estavam classificadas com o ldquorisco muito aumentadordquo para doenccedilas

relacionadas ao acuacutemulo de adiposidade abdominal

Iacutendice de Massa Corporal - IMC

000

5918

12242857

Baixo Peso Peso Normal SobrepesoObesidade I Obesidade II Obesidade III

Percentual de Gordura- G

0 1224

8776

Abaixo do Peso Peso Normal Excesso Gordura

Relaccedilatildeo Cintura Quadril- RCQ

2857

7142

Favoraacutevel Desfavoraacutevel

Circunferecircncia de Cintura- CC

2041

7959

Risco Aumentado Risco Muito Aumentado Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ GC CC e IMC)

apresentadas por mulheres idosas participantes deste estudo

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA

A anaacutelise dos dados obtidos na avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia demonstrou que

a maioria (7826) das idosas foi classificada com uma aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquoregularrdquo Nenhuma das idosas avaliadas apresentou aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquomuito fracardquo ou ldquoexcelenterdquo Menores fraccedilotildees foram observadas entre as

classificaccedilotildees ldquofracardquo e ldquoboardquo (87 e 1304 respectivamente) Segundo dados

disponibilizados (Tabela 4) o tempo meacutedio do teste de potecircncia aeroacutebia foi de 12

minutos e a descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido apresentada pelas voluntaacuterias no

uacuteltimo estaacutegio do teste de esforccedilo relacionava-se aos estaacutegios da Escala de Borg

ldquointensordquo e ldquomuito Intensordquo

76

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o teste de potecircncia aeroacutebia

Variaacuteveis observadas FCrep

(bpm) FCmax (bpm)

VO2pico (mlkgmin)

R Duraccedilatildeo (s)

PSE

METs

Meacutedia 7172 14795 2068 109 62530 1783 591

DP plusmn 1083 plusmn 568 plusmn 249 plusmn 003 plusmn 8837 plusmn 158 plusmn 086

FCrep= frequumlecircncia cardiacuteaca de repouso FCmax= frequecircncia cardiacuteaca maacutexima VO2pico = consumo pico de oxigecircnio R = razatildeo de troca respiratoacuteria Duraccedilatildeo = tempo do teste PSE= percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo e METs= equivalente metaboacutelico basal

Para a meacutedia do iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (IPE) pelos grupos

experimentais durante o teste de carga percebeu-se que as intensidades atingidas

foram compatiacuteveis com as intensidades prescritas

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo do Iacutendice de Percepccedilatildeo Subjetiva de Esforccedilo durante teste de carga GRUPO Meacutedia e Desvio Padratildeo IPE

GC _____ _____ G90LA 925 plusmn 12 Leve GLA 113 plusmn 05 Moderada G90PCR 137 plusmn 18 Intensa (Moderada Alta) Gmax 174 plusmn 08 Muito Intensa (Alta) GLA1h 125 plusmn 10 Moderada

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

431 Performance cognitiva

Para anaacutelise da performance cognitiva a amostra foi distribuiacuteda em extratos

formados por tempo (anos) de escolaridade previamente estabelecido pelos pontos

de corte adotados Observou-se que a maioria (5918) das idosas apresentaram

entre 1 e 4 anos de escolaridade seguido pelos extratos de 9 a 11 anos e de 5 a 8

anos de escolaridade (1836 102 respectivamente) Menores percentuais

(613 e 613) foram atribuiacutedos ao primeiro e ao uacuteltimo extratos referentes a

analfabetos e 12 ou mais anos de escolaridade

O Graacutefico 2 apresenta na maioria das vezes uma equivalecircncia entre a

performance cognitiva obtida pelas idosas que constituiacuteram a amostra desta

investigaccedilatildeo e os escores esperados para populaccedilotildees com as mesmas caracteriacutesticas

de idade e escolaridade Dados apresentados (Tabela 8) mostraram correlaccedilatildeo

77

positiva e significativa entre a performance cognitiva e a capacidade

cardiorrespiratoacuteria (VO pico) 2

1923

2527 27 27 28 28 29 28

0

5

10

15

20

25

30

Perfo

rman

ce C

ogni

tiva

0 1 a 4 5 a 8 9 a 11 gt12

Esperado Avaliado

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos) da performance cognitiva (avaliado) e dos valores de referecircncia (esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte

432 Imagem corpora432 Imagem corporall

Para efeito de melhor compreensatildeo da imagem corporal os dados

antropomeacutetricos das idosas voluntaacuterias deste estudo foram alocados para as

silhuetas indicadas como imagem corporal real (Tabela 6) Percebe-se que a

tendecircncia da maioria dos valores do IMC do GC e CC foi apresentada de forma

crescente correspondendo agrave expectativa subjetivada pela escala de silhuetas em

que as mulheres satildeo ordenadas da mais magra agrave mais obesa

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da amostra distribuiacutedos por silhuetas

Silhueta Indicada como Imagem Corporal Real 1 2 3 4 5 6 7 8 9

GC 2870 3215 3637 3642 4428 4340 plusmn 265 plusmn 417 plusmn 339 plusmn 447 plusmn 145 plusmn 000

CC 9333 7850 9078 9186 9550 9800 plusmn 1210 plusmn 212 plusmn 797 plusmn 563 plusmn 1115 plusmn 000

RCQ 091 079 087 089 087 097 plusmn 002 plusmn 004 plusmn 006 plusmn 004 plusmn 011 plusmn 000

IMC 2176 2148 2574 2747 3088 2915 plusmn 125 plusmn 182 plusmn 222 plusmn 201 plusmn 220 plusmn 000

GC = percentual de gordura corporal () IMC= iacutendice de massa corporal (kg m2) CC= circunferecircncia de Cintura (cm) e RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril (cm)

78

Dados apresentados (Graacutefico 3) indicam que a imagem corporal real (ICR)

representada em sua maioria pelas silhuetas de nuacutemero 5 (4286) natildeo coincidiu

com a imagem corporal que as idosas apontaram como ideal (ICI) representadas

pelas silhuetas de nuacutemero 3 (4286) Esse deslocamento da ICR para ICI na

maioria das vezes apresentada de maiores silhuetas em direccedilatildeo a silhuetas menores

sinalizou grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal significativo (ple 0001) por

parte das idosas (Graacutefico 4) Adicionalmente natildeo foi identificada diferenccedila

significativa (p= 033) entre a avaliaccedilatildeo da ICR realizada pela idosa e a avaliaccedilatildeo

efetivada pelo avaliador (ICA) o que indicou presumivelmente ausecircncia de

distorccedilatildeo e discrepacircncia na avaliaccedilatildeo da IC realizada

612 612

1429

408

4286

36743265

429

204

816

204 2 0 0 005

1015202530354045

1 2 3 4 5 6 7 8 9

REAL IDEAL

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como

imagem corporal real e imagem corporal ideal

Dados referentes ao questionaacuterio sobre a IC indicaram que 511 das idosas

afirmaram que sua aparecircncia fiacutesica natildeo se aproximava dos padrotildees de beleza atuais

536 asseguraram ter realizado dieta para a reduccedilatildeo do peso corporal para fins

esteacuteticos Embora 9387 da amostra tenham afirmado nunca ter se submetido a

uma intervenccedilatildeo de cirurgia plaacutestica com intuito de melhorar sua imagem corporal

6326 asseguraram que se submeteriam a esta modalidade de intervenccedilatildeo

ciruacutergica se disponibilizada gratuitamente

79

25

-05

0

05

1

15

2

25G

rau

de In

satis

faccedilatilde

o- IC

R (

)

152127

1

-033 0

S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal por silhuetas (S) de 1 a 9

Os resultados descritos na Tabela 7 apoacutes o teste de correlaccedilatildeo de Pearson

(r) indicaram que o grau de insatisfaccedilatildeo com a ICR apresentou uma correlaccedilatildeo

positiva fraca e moderada com o percentual de gordura corporal e o iacutendice de massa

corporal respectivamente O IMC foi a variaacutevel que apresentou maior prediccedilatildeo para

as demais variaacuteveis indicando ainda relaccedilatildeo positiva moderada com o percentual de

gordura e circunferecircncia de cintura e fraca com a relaccedilatildeo cintura e quadril

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

Variaacuteveis

IMC GC CC RCQ GI 1 0669 0520 O290 0463 IMC 0669 1 0297 O001 0325 GC 0520 0297 1 0735 0067 CC 0290 0001 0735 1 0002 RCQ 0463 0325 0067 0002 1 GI

ple 005 ple 001 ple 0001 GI = grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal IMC= iacutendice de massa corporal GC= percentual de gordura corporal CC= circunferecircncia de cintura RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril e GI= grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal real

443333 NNiacuteiacutevveeiiss ddee qquuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Segundo as meacutedias apresentadas no Graacutefico 5 a amostra classificou-se com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida tanto para o domiacutenio fiacutesico como para os

domiacutenios psicoloacutegico e social A menor meacutedia foi observada para o domiacutenio

80

ambiental que ficou classificado com o niacutevel ldquonem ruim e nem bomrdquo Na meacutedia geral

destes quatro domiacutenios considerada como o quesito ldquoqualidade de vida geralrdquo a

amostra foi classificada com um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida

74496922 7075

58106818

0102030405060708090

100

Niacutev

el d

e Q

ualid

ade

de V

ida

Fis Psic Soc Amb geral

ndashGraacutefico 5 Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (fis) psicoloacutegico (Psic) social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral obtida entre estes domiacutenios (geral)

443344 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Para verificar os niacuteveis indicativos de depressatildeo a amostra foi distribuiacuteda para

os pontos de corte preacute estabelecidos (Graacutefico 6) Os resultados indicaram que a

maioria da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo leverdquo (551) seguida pelas

classificaccedilotildees ldquosem depressatildeordquo (4285) e ldquodepressatildeo moderadardquo (205)

Nenhuma parcela da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo graverdquo

4285

551

205 0

0

10

20

30

40

50

60

Dis

tribu

iccedilatildeo

()

Niacutev

eis

de D

epre

ssatildeo

lt 10 10 a 18 19 a 29 30 a 63

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de depressatildeo

81

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e consumo pico de oxigecircnio (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina em repouso MMSE BDI VO2pico SEROTONINA TRIPTOFANO PROLACTINA MMSE 1 -239 290 094 -243 095 BDI -239 1 -303 -176 -254 134 VO2pico 290 -303 1 176 159 -197 SEROTONINA 094 -176 176 1 211 -046 TRIPTOFANO -243 -254 159 211 1 -118 PROLACTINA 095 134 -197 -046 -118 1

ple 005

Resultados indicaram (Tabela 8) que os escores indicativos de depressatildeo

(BDI) natildeo se correlacionaram com os niacuteveis plasmaacuteticos (repouso) de serotonina do

triptofano e da prolactina Por outro lado uma relaccedilatildeo negativa e significativa desta

variaacutevel foi observada com a potecircncia aeroacutebia (VO2pico) Indicando que quanto

maior for os niacuteveis de VO pico menores escores de depressatildeo foram observados 2

Triptofano

591

4832 4746

0

10

20

30

40

50

60

70

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

mm

l

Prolactina

484548

37

0

1

2

3

4

5

6

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

gm

l

Serotonina

1575614614

1296

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nono

gm

l

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo

82

Apoacutes anaacutelise inferencial nenhuma diferenccedila significativa dos niacuteveis

perifeacutericos (em repouso) do triptofano da prolactina e da serotonina foi

observada entre os grupos ldquosem depressatildeordquo ldquodepressatildeo leverdquo e ldquodepressatildeo

moderadardquo (Graacutefico 7) No entanto a distribuiccedilatildeo dos dados sinaliza um

decreacutescimo das concentraccedilotildees desses analiacuteticos agrave medida que a classificaccedilatildeo dos

escores apresentou maior indicativo de depressatildeo

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2) VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) Idade

n= 8 IMC n= 8

VO2pico n= 8

Tempo Teste n= 8

P valor 09336 04454 01483 08228

GC 6262 plusmn 440 2676 plusmn 329 2011 plusmn 192 1131 plusmn 145

G90LA 6612 plusmn 364 2591 plusmn 422 2030 plusmn 319 1210 plusmn 171

GLA 6550 plusmn 430 2708 plusmn 280 1944 plusmn 152 1130 plusmn 150

G90PCR 6362 plusmn 350 2692 plusmn 280 2069 plusmn 271 1147 plusmn 168

Gpico 6362 plusmn 377 2635 plusmn 289 2198 plusmn 294 1205 plusmn 115

GLA1h 6300 plusmn 254 2631 plusmn 222 2134 plusmn 176 1223 plusmn 156

IMC= iacutendice de massa corporal VO2pico= consumo pico de oxigecircnio

A homogeneidade entre grupos (Tabela 9) foi assumida depois de testados os

criteacuterios de inclusatildeo adotados para seleccedilatildeo e alocaccedilatildeo da amostra para o grupo

controle (GC) e os grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h)

Nesse sentido nenhuma diferenccedila significativa foi observada entre as variaacuteveis

idade IMC VO2pico e duraccedilatildeo do teste de potecircncia aeroacutebia

83

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intra grupo preacute e poacutes-testes das variaacuteveis serotonina triptofano os aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e os de cadeia ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h)

Variaacutevel GC G90LA GLA

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 11491 plusmn 1933 11749 plusmn 2440 08184 14298 plusmn 3158 12788 plusmn 3158 04609 13123 plusmn 4424 11949 plusmn 4425 06040

Triptofano 6404 plusmn 2756 6199plusmn 2216 08721 5739 plusmn 3321 5606 plusmn 3321 09392 4213 plusmn 2092 5285 plusmn 3295 04499

Prolactina 460 plusmn 139 453 plusmn 139 09154 584 plusmn 169 529 plusmn 169 05268 559 plusmn 149 523 plusmn 096 05729

AAA 16691 plusmn 3593 17220 plusmn 5511 08235 15146 plusmn 5492 17558 plusmn 5492 03481 12849 plusmn 2356 15203 plusmn 4287 01951

AACR 61748 plusmn 14830 60585 plusmn 16427 08840 49553plusmn 16146 54339 plusmn 16146 05897 46411 plusmn 8074 51918 plusmn 14224 03571

TRP_AAA 03727 plusmn 01511 03774 plusmn 01116 09440 03058 plusmn 01787 02752 plusmn 00941 06750 03406 plusmn 01851 03434 plusmn 01732 09758

TRP_ AACR 00922 plusmn 00212 01037 plusmn 00309 04000 01094 plusmn 00459 01057 plusmn 00547 08855 00905 plusmn 00408 01013 plusmn 00523 06532

Variaacutevel G90PCR Gmax GGLA1h

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 15664 plusmn 2905 14488 plusmn 4188 05245 19215 plusmn 3600 17210 plusmn 3678 028912 18197 plusmn 2658 19093 plusmn 1245 03730

Triptofano 3591 plusmn 898 4151 plusmn 2187 05137 5724 plusmn 2351 4315 plusmn 2837 029778 5723 plusmn 1062 5934 plusmn 1775 07634

Prolactina 535 plusmn 176 551 plusmn 184 08592 463 plusmn 125 489 plusmn 131 068794 514 plusmn 155 570 plusmn 173 04832

AAA 10984 plusmn 2673 10701 plusmn 2807 08396 13079 plusmn 3969 12763 plusmn 3357 086584 12843 plusmn 2750 13052 plusmn 2934 08781

AACR 39965 42194 42194 plusmn 10914 06732 45514plusmn 10710 40323 plusmn 11663 036948 45852plusmn 8460 45691 plusmn 10569 09720

TRP_AAA 03391 plusmn 00889 03953 plusmn 01657 04124 04298 plusmn 01187 03205 plusmn 01520 013155 04541 plusmn 00780 04583 plusmn 00935 09182

TRP_ AACR 00939 plusmn 00309 00997 plusmn 00394 07484 01207 plusmn 00373 01087 plusmn 00578 062848 01256 plusmn 00146 01301 plusmn 00146 06109

p le 005 - Efeito significante percebido apoacutes comparaccedilatildeo intra grupo entre os momentos preacute e poacutes-testes

84

Para a compreensatildeo das respostas do sistema serotonineacutergico aos diferentes

estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico foram analisados (intra e entre os grupos)

o comportamento dos niacuteveis perifeacutericos da serotonina do triptofano da prolactina e

dos aminoaacutecidos aromaacuteticos e de cadeia ramificada e da proporccedilatildeo do triptofano

com estes aminoaacutecidos

Apoacutes anaacutelise intra grupos diferenccedilas (ple 005) entre as meacutedias desses

analiacuteticos soacute foram observadas entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste2 ou poacutes-

teste1 x poacutes-teste2 nos grupos GC Gmax e GLA1h que foram submetidos ao

momento Poacutes2 Nesse sentido nenhuma diferenccedila estatiacutesticamente significativa foi

observada (Tabela 10) entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste1 (Tabela 11)

Considerando que os criteacuterios para estabelecer se uma alteraccedilatildeo seja ou natildeo

significativa nem sempre coadunam entre as anaacutelises estatiacutesticas e as anaacutelises

cliacutenicas as meacutedias aritimeacuteticas obtidas foram distribuiacutedas graficamente por variaacuteveis

e grupos para melhor compreensatildeo das respostas metaboacutelicas produzidas por cada

protocolo aqui investigado

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2 das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h Preacute-teste x poacutes-teste1 Preacute-teste x poacutes-teste2 Poacutes-teste1 x poacutes-teste2

VARIAVEL GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h

SEROTONINA 08184 02891 03730 07791 00258 02797 09138 01776 00516

TRIPTOFANO 08721 02978 07634 05410 00514 03195 06127 05172 03145

PROLACTINA 09154 06879 04832 10000 05735 09877 09170 08095 04790

AAA 08235 08658 08781 02046 04434 04571 02458 05063 03756

AACR 08840 03695 09720 08199 00735 03246 09596 03889 03992

TRP_AAA 09440 01315 09182 07335 00477 07281 07456 09513 06768

TRP_AACR 04000 06285 06109 08470 02531 08146 04869 07114 07400

Aminoaacutecidos aromaacuteticos= AAA aminoaacutecidos de cadeia ramificada= AACR triptofano= TRP p le 005

85

441 Serotonin441 Serotoninaa

Nenhum dos grupos avaliados apresentou alteraccedilatildeo significativa (ple 005)

para a comparaccedilatildeo dos niacuteveis serotonineacutergicos em resposta ao fator experimental

entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste Todavia diferenccedilas significativas foram

observadas apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo nos grupos Gmax entre os

momentos preacute-teste x poacutes-teste2 e no GLA1h entre os momentos poacutes-teste1 x

poacutes- teste2

0

50

100

150

200

nano

gm

l

Serotonina

Pre 11491 14298 13123 15664 19215 18197

Poacutes 11749 12788 11949 14488 1721 19093

Poacutes2 11926 14498 16515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

p le 005

Observou-se que o exerciacutecio de curta duraccedilatildeo le 20 minutos tende a reduzir os

niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina imediatamente apoacutes o seu teacutermino o que natildeo foi

observado para os exerciacutecios de maior duraccedilatildeo (1h) que apresentou um incremento

imediato seguido de um decliacutenio significativo apoacutes 20 minutos de repouso

Adicionalmente comparaccedilatildeo entre grupos (Tabela 12) sinalizou diferenccedilas

significativas entre os niacuteveis de serotonina entre GLA1h x G90LA (ple 0001) e entre

o GLA1h x G90PCR (ple 005) Diferenccedilas iniciais (preacute-teste x poacutes-teste) significativas

entre vaacuterios grupos impossibilitaram comparaccedilatildeo entre os mesmos

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

86

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 14298 plusmn 3158 -2806 01383 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -1039 04738 Preacute 13123 plusmn 4424 -1631 03555 GLA Poacutes 11949 plusmn 4425 -200 09125 Preacute 15664 plusmn 2905 -4173 00045 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2739 01323 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -7724 00001 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5461 00035

444422 TTrriippttooffaannoo

Resultados (Graacutefico 9) indicam aumento (pgt 005) imediato dos niacuteveis do

triptofano aminoaacutecido precursor da serotonina apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de

intensidade moderada (GLA e GLA1h) agrave moderada alta (G90PCR) Respostas

inversas foram observadas apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e alta

intensidade (Gmax) que apresentou decliacutenio um imediato dos niacuteveis de

tripotofano que foram reduzidos significativamente (ple 005) apoacutes 20 minutos do

teacutermino do exerciacutecio

Poacutes 2 14498 plusmn 3956 -2572 02083 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -6705 00001 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7345 00001 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -4589 00232 GLA Preacute 14298 plusmn 3158 -1175 06133 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -839 06692 Preacute 15664 plusmn 2905 -2541 01959 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2539 02582 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -6093 00092 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5261 00092 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -5074 00333 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7145 00218

Preacute 15664 plusmn 2905 -1366 04935 G90LA G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -1700 03748 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -4918 00333 Poacutes 17210 plusmn 3678 -4423 00218 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -3899 00602 Poacutes 19093 plusmn 1245 -6306 00001

Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -3551 00476 G90PCR Poacutes 17210 plusmn 3678 -2723 01888 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -2533 00800 Poacutes 19093 plusmn 1245 -4606 00065

05137 Gmax GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 1018 Poacutes 19093 plusmn 1245 -1883 01675 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -2017 02908 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

87

0

10

20

30

40

50

60

70nm

olm

l

Triptofano

Preacute 6404 5739 4213 3591 5724 5723Poacutes 6199 5606 5285 4151 4315 5934Poacutes2 5712 3537 5242

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 ndash Preacute-teste x Poacutes-teste2 Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

A comparaccedilatildeo entre grupos para a variaacutevel do triptofano foi impossibilitada

entre as anaacutelises GC x GLA GC x G90PCR G90PCR x Gmax e G90PCR x GLA1h por

natildeo apresentarem homogeneidade inicial e logicamente apresentarem diferenccedilas

antes mesmo da anaacutelise inferencial o que confundiria atribuiacute-las ao tratamento

Todavia diferenccedilas significativas foram percebidas entre as respostas das

concentraccedilotildees desse aminoaacutecido apresentadas por indiviacuteduos idosos submetidos agrave

sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e intensidade maacutexima (Gmax) e os submetidos

a exerciacutecios de duraccedilatildeo de 1h e intensidade moderada (GLA1h) Antes e

imediatamente apoacutes a sessatildeo de exerciacutecios as meacutedias das concentraccedilotildees de

triptofano entre esses grupos natildeo foram significativas o que apenas foi observado

apoacutes 20minutos de recuperaccedilatildeo (p= 0 999 P= 0173 e p= 0019 respectivamente)

Da mesma forma o Gmax apresentou diferenccedila significativa apoacutes ser comparado

com o Grupo controle (p= 06038 p= 0 1611 p= 00160 respectivamente)

88

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

444433 PPrroollaaccttiinnaa

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 5739 plusmn 3321 665 06796 Poacutes 5606 plusmn 3321 592 06811 GLA Preacute 4213 plusmn 2092 2191 00949 Poacutes 5285 plusmn 3295 914 05257 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2813 00158 Poacutes 4151 plusmn 2187 2047 00840 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 680 06038 Poacutes 4315 plusmn 2837 1884 01611 Poacutes 2 3537 plusmn 1704 2175 00160 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 680 05021 Poacutes 5934 plusmn 1775 264 07841 Poacutes 2 5242 plusmn 918 2175 04344 G90LA GLA Preacute 4213 plusmn 2092 1526 03083 Poacutes 5285 plusmn 3295 321 08488 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2148 01155 Poacutes 4151 plusmn 2187 1455 03182 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 015 00310 Poacutes 4315 plusmn 2837 1291 08990 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 015 09901 Poacutes 5934 plusmn 1775 -328 07996 GLA G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 621 04530 Poacutes 4151 plusmn 2187 1134 04310 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -1511 01958 Poacutes 4315 plusmn 2837 970 05382 GGLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -1511 00751 Poacutes 5934 plusmn 1775 -649 06144 G90PCR Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -2133 08990 Poacutes 4315 plusmn 2837 -164 03582 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -2132 00005 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1783 00833 Gmax GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 000 09996 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1619 01734 Poacutes 2 5242 plusmn 918 -1705 00197

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

89

Embora nenhuma mudanccedila significativa tenha sido percebida nas

concentraccedilotildees da prolactina apoacutes comparaccedilatildeo intra grupos (Graacutefico 10) maiores

alteraccedilotildees foram apresentadas pelos grupos submetidos agrave sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos do que no GC Aumento das concentraccedilotildees de prolactina foi observado nos

grupos submetidos a exerciacutecios de intensidades mais elevadas (G90PCR e Gmax) e

aos de maior duraccedilatildeo (GLA1h) Apesar de todos os grupos apresentarem

homogeneidade entre as meacutedias iniciais nenhuma diferenccedila significativa foi

observada entre as meacutedias dos diversos tipos de protocolos de exerciacutecios que as

idosas foram submetidas (Tabela 14)

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel

prolactina nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP

DIFERENCcedilA p

GC Preacute 584 plusmn 169 -1237 01330 G90LA Poacutes 529 plusmn 169 -0762 03405 Preacute 559 plusmn 149 -0987 01916 GLA Poacutes 523 plusmn 096 -0700 02611 Preacute 535 plusmn 176 -0750 03595 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0987 02451 Gmax Preacute 463 plusmn 125 -0025 09703 Poacutes 489 plusmn 131 -0362 05995 Poacutes2 508 plusmn 189 -0488 05712 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0544 04596 Poacutes 570 plusmn 173 -1175 01464 Poacutes2 515 plusmn 144 -0555 04403

GLA Preacute 559 plusmn 149 0250 07592 G90LA Poacutes 523 plusmn 096 0062 09288 Preacute 535 plusmn 176 0487 05820 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0225 08023 Gmax Preacute 463 plusmn 125 1212 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0400 01267 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0693 03933 Poacutes 570 plusmn 173 -0412 06267 GLA Preacute 535 plusmn 176 0237 07751 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0287 07010 Gmax Preacute 463 plusmn 125 0962 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0337 05665 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0443 05584 Poacutes 570 plusmn 173 -0475 05027

Gmax Preacute 463 plusmn 125 0725 03582 G90PCR Poacutes 489 plusmn 131 0625 04462 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0205 08013 Poacutes 570 plusmn 173 0225 08312 Gmax GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0519 04629 Poacutes 570 plusmn 173 -0812 02966 Poacutes2 515 plusmn 144 -0068 09343

90

444444 AAmmiinnooaacuteaacutecciiddooss aarroommaacuteaacutettiiccooss ee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ddee ccaaddeeiiaa rraammiiffiiccaaddaa

Anaacutelises estatiacutesticas intra grupos (Graacutefico 11) natildeo indicaram diferenccedilas

significativas para a comparaccedilatildeo das meacutedias das concentraccedilotildees dos Aminoaacutecidos

Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia Ramificada (AACR) Respostas aos diferentes

protocolos de exerciacutecios a que as idosas voluntaacuterias deste estudo foram submetidas

indicaram uma tendecircncia das concentraccedilotildees desses grupos de aminoaacutecidos a elevar-

se imediatamente apoacutes exerciacutecios de intensidades leves e moderadas

Adicionalmente agrave medida que a intensidade foi elevada uma reduccedilatildeo gradual destas

concentraccedilotildees foi observada

Comparaccedilotildees entre grupos (Apecircndices 1 e 2) natildeo indicaram diferenccedilas (ple

005) para as respostas das concentraccedilotildees dos AACRs aos diferentes protocolos de

exerciacutecios preestabelecidos neste estudo Apesar de natildeo apresentarem niacutevel de

significacircncia aqui estabelecido (ple 005) percebeu-se que o grupo Gmax apresentou

diferenccedilas relevantes ao ser comparado (preacute e poacutes-testes) com os grupos G90LA e

GLA (de p= 06009 para p= 00664 e de p= 08526 para p= 00963

respectivamente)

Para as concentraccedilotildees dos AAAs foram observadas diferenccedilas significativas

entre os grupos G90LA e Gmax G90LA e GLa1h e GLA e G90PCR

Anaacutelises comparativas intra grupos (Graacutefico 12) natildeo indicaram nenhuma alteraccedilatildeo

significativa entre os momentos preacute e poacutes-testes tanto para a relaccedilatildeo do triptofano e

os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRP-AACR) como da relaccedilatildeo do triptofano

para os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRP-AAA) Entretanto resposta significativa foi

apresentada pelo Gmax entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste2 quando um

decliacutenio significativo da relaccedilatildeo TRP-AAA foi observado A exposiccedilatildeo graacutefica pode

facilitar a observaccedilatildeo de certa similaridade nas oscilaccedilotildees promovidas pelo exerciacutecio

entre essas duas relaccedilotildees Diferenccedilas (ple005) foram observadas somente na

comparaccedilatildeo entre os grupos (Apecircndices 3 e 4) Gmax e GLA1h tanto para a relaccedilatildeo

entre TRP-AACR quanto para a relaccedilatildeo entre TRP-AAA (p= 07216 p= 03161 p=

00364 e p= O6217 p= 00376 p= 00080 respectivamente)

91

0

50

100

150

200

nmol

ml

Aminoaacutecidos Aromaacuteticos

Preacute 16691 15146 12849 10984 13079 12843Poacutes1 1722 17558 15203 10701 12763 13052Poacutes2 1662 11447 12022

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h 0

100

200

300

400

500

600

700

Aminoaacutecidos de Cadeia Ramificada

Preacute 61748 49553 46411 39965 45514 45852Poacutes1 60585 54339 51918 42194 40323 45691Poacutes2 60222 35493 4173

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de AACR e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

92

0

002

004

006

008

01

012

014

TRP-AACR

Preacute 00922 01094 00905 00939 01207 01256Poacutes1 01037 01057 01013 00997 01087 01301Poacutes2 00979 00998 01272

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h0

00501

01502

02503

035

0404505

TRP-AAA

Preacute 03727 03058 03406 03391 04298 04541Poacutes1 03774 02752 03434 03953 03205 04583Poacutes2 03947 03167 04409

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes da relaccedilatildeo do triptofano e aminoaacutecidos aromaacuteticos e do triptofano com os aminoaacutecidos de cadeia ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

93

55 DDIISSCCUUSSSSAtildeAtildeOO

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

As respostas fisioloacutegicas observadas apoacutes avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia de

mulheres idosas no presente estudo indicaram sinais de esforccedilo maacuteximo baseado

em paracircmetros fisioloacutegicos como a FCmax que atingiu 948 da frequumlecircncia

cardiacuteaca esperada apoacutes teste de esforccedilo maacuteximo (220 ndash idade) medida proacutexima do

valor alcanccedilado (952 957) em estudos que submeteram idosos brasileiros a

um teste incremental em esteira (SILVA et al 2007 VACANTI et al 2004) Outras

variaacuteveis observadas como a razatildeo de troca respiratoacuteria R= 109 a percepccedilatildeo

subjetiva de esforccedilo 17 a duraccedilatildeo meacutedia do teste entre 10 e 12 minutos e a

incapacidade de responder ao estiacutemulo verbal para dar continuidade ao exerciacutecio

satildeo da mesma forma reconhecidas na literatura cientiacutefica como preditoras de

esforccedilo maacuteximo para indiviacuteduos idosos (NEDER amp NERY 2002 SBC 2002)

Em concordacircncia com o relato de vaacuterios estudos que reportaram um

decreacutescimo de 5 a 15 por deacutecada da funccedilatildeo cardiovascular maacutexima apoacutes os 25

anos de idade em funccedilatildeo do processo do envelhecimento (ACSM 1998) as mulheres

idosas (6406plusmn37 anos) voluntaacuterias da presente investigaccedilatildeo apresentaram um

VO2pico (2068 mlkgmin) inferior ao de mulheres ativas de faixas etaacuterias menores

(FLEG 2005) e superiores aos apresentados por mulheres faixa etaacuteria maior

(FOSTER 1986) Apesar da capacidade cardiorrespiratoacuteria apresentada pelas

voluntaacuterias ser classificada segundo a American Heart Association (1972) como

ldquoregularrdquo observou-se que o volume maacuteximo de oxigecircnio consumido foi menor que o

observado em estudos (DE WILD et al 1995 SILVA et al 2007) com mulheres de

idade mais avanccedilada (2224plusmn493 e 246plusmn47 mlkgmin 6712plusmn516 e 728plusmn36

anos respectivamente) Tal fato pode estar relacionado com o alto iacutendice de

sobrepeso e obesidade avaliados Apesar de controverso (GORAN 2000) presume-

se que mulheres obesas apresentem reduccedilatildeo da aptidatildeo fiacutesica e da capacidade

funcional em relaccedilatildeo agraves eutroacuteficas e com sobrepeso (ORSI 2008)

94

Agrave semelhanccedila de pesquisas realizadas com a populaccedilatildeo brasileira (SANTOS amp

SICHIERI 2005 KRAUSE et al 2007) e de outros paiacuteses (VISSER et al 1999

ZHANG 2008) este estudo observou que as mulheres idosas apresentaram alta

prevalecircncia de sobrepeso obesidade e presumivelmente elevada predisposiccedilatildeo a

doenccedilas crocircnicas decorrentes do acuacutemulo de gordura Segundo a Organizaccedilatildeo

Mundial da Sauacutede (2003) tais doenccedilas tecircm sido associadas ao acuacutemulo de massa

gorda global avaliada neste estudo pelas medidas do IMC e do GC e os riscos

relativos para essas doenccedilas satildeo verificados pela obesidade central avaliados neste

estudo atraveacutes das medidas da RCQ e CC (OMS 2003)

A despeito dos resultados aqui analisados sabe-se que tanto as medidas

antropomeacutetricas como seus respectivos pontos de corte disponibilizados na literatura

para essa parcela populacional ainda satildeo inconsistentes o que consequumlentemente

torna questionaacutevel sua relaccedilatildeo verdadeira para prediccedilatildeo agrave mortalidade e aos fatores

de risco (JANSSEN amp MARK 2007) Uma vez que em sua maioria satildeo validados para

populaccedilotildees mais jovens e desconsideram a redistribuiccedilatildeo natural da composiccedilatildeo

corporal durante o processo do envelhecimento assim como para caracteriacutesticas

peculiares de cada raccedila (EMED KRONBAUER MAGNONI 2006 TINOCO et al 2006)

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

552211 PPeerrffoorrmmaannccee ccooggnniittiivvaa

A avaliaccedilatildeo da performance cognitiva eacute amplamente utilizada em estudos com

indiviacuteduos idosos (LAKS et al 2003 BRUCKI et al 2003 LURENCcedilO amp VERAS

2006) Embora os motivos que induzem o deacuteficit cognitivo com o passar dos anos

ainda natildeo estejam bem estabelecidos na literatura supotildee-se que a reduccedilatildeo da

velocidade no processamento de informaccedilotildees o decreacutescimo de atenccedilatildeo o deacuteficit

sensorial a reduccedilatildeo da capacidade de memoacuteria de trabalho o prejuiacutezo na funccedilatildeo do

lobo frontal e na funccedilatildeo neurotransmissora aleacutem da deterioraccedilatildeo da circulaccedilatildeo

sanguiacutenea central e do decliacutenio da atuaccedilatildeo da barreira hematoencefaacutelica estejam

envolvidos Eacute de entendimento cientiacutefico que o envelhecimento atue como um dos

principais fatores de risco para a queda do desempenho cognitivo e que aumente a

vulnerabilidade desse processo (ANTUNES et al 2006)

95

Apesar de a performance cognitiva ser avaliada nesse estudo apenas para

disponibilizar de forma superficial o perfil cognitivo da amostra e para o

rastreamento de possiacuteveis casos de demecircncia natildeo se pode desaperceber a

equivalecircncia entre os escores obtidos e os resultados previstos para essa populaccedilatildeo

propondo supostamente que a amostra apresentou suas funccedilotildees cognitivas

preservadas (BRUCKI et al 2003)

Segundo estudo realizado por Laks et al (2003) que randomizou um

nuacutemero de 341 idosos brasileiros (65 a 84 anos) para dois grupos idosos mais

jovens (7313plusmn527) e idosos mais velhos (88plusmn490) que foram subdivididos para

2 subgrupos (alfabetizados e natildeo-alfabetizados) foi observado que

comparativamente os grupos se diferenciavam tanto por faixa etaacuteria como para o

fator ldquoescolaridaderdquo O escore geral observado em idosos mais jovens (natildeo-

alfabetizados e alfabetizados) daquele estudo apresentou-se bem menor que os

deste estudo (1729plusmn440 2242plusmn498 e 23plusmn00 2715plusmn301 respectivamente)

Da mesma forma este estudo apresentou valores superiores aos apresentados por

Lourenccedilo e Veras (2006) que encontraram em indiviacuteduos (n=303) com idade

acima de 65 anos escores de 1819 para idosos analfabetos e 2425 para

alfabetizados Adicionalmente escores observados neste estudo (2300plusmn00

2672plusmn302 2760plusmn482 2788plusmn1154 2833plusmn057) por niacuteveis de escolaridade

(analfabeto 1 a 4 5 a 8 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo) foram maiores que

os apresentados por Brucki et al (2003) na faixa etaacuteria referente (1881plusmn296

2485plusmn303 2657plusmn151 2875plusmn126 e 2717 plusmn194)

Presume-se que essa aparente vantagem entre maiores escores deste

estudo em relaccedilatildeo aos demais possa estar relacionada com a praacutetica regular de

exerciacutecios fiacutesicos um dos criteacuterios de inclusatildeo aqui estabelecidos uma vez que

detectou-se relaccedilatildeo positiva e significativa entre a performance cognitiva com a

capacidade cardiorrespiratoacuteria das idosas avaliadas (Tabela 8) Acredita-se que a

atividade fiacutesica sistematizada possa atuar como alternativa natildeo medicamentosa

para a melhora cognitiva de idosas natildeo-demenciadas (ANTUNES et al 2001) por

estar envolvida com fatores de crescimento neural como BNDF (brain-derived

neurotrophic factor) ou a outros estimuladores neurogecircnicos que atuam na

manuntenccedilatildeo da funccedilatildeo cerebral e na promoccedilatildeo da plasticidade neural (ANTUNES

96

et al 2006) e por agir de forma natildeo-farmacoloacutegica com accedilotildees neurotransmissoras

capazes de intervir na performance cognitiva (ANTUNES et al 2001 ANSTEY et

al 2004 ANTUNES et al 2006)

Relatos cientiacuteficos tecircm investigado a accedilatildeo neurotransmissora sobre o processo

cognitivo e confirmam que aleacutem do sistema colineacutergico tambeacutem o sistema

serotonineacutergico exerccedila inferecircncia sobre as funccedilotildees cognitivas e que alteraccedilotildees

parciais desse sistema podem causar enfraquecimento severo na memoacuteria e no

aprendizado do indiviacuteduo jovem ou idoso Adversamente perceberam melhoras

significativas tanto na memoacuteria como no comportamento de aprendizagem apoacutes

restauraccedilatildeo da inervaccedilatildeo serotonineacutergica em aacutereas hipocampais (RICHTER-LEVIN amp

SEGAL 1993) Fortes evidecircncias sustentam a hipoacutetese desse envolvimento como

por exemplo a localizaccedilatildeo das vias serotonineacutergicas e a disposiccedilatildeo de seus

receptores que coincidem com aacutereas cerebrais envolvidas com os processos normais

de aprendizagem e com regiotildees relacionadas com distuacuterbios das funccedilotildees cognitivas

como por exemplo o hipocampo a amiacutegdala e o coacutertex cerebral (MENESES 1999)

Outrossim a clara interferecircncia das accedilotildees de seus neuroreceptores preacute (5-HT1A 5-

HT1B 5-HT2A2C e 5-HT3) e poacutes-sinaacutepticos (5-HT2B2C and 5-HT4) e das

alteraccedilotildees promovidas pela recaptaccedilatildeo e o transporte da serotonina na modulaccedilatildeo e

na consolidaccedilatildeo da aprendizagem (MENESES amp HONG 1997 MENESES 1999)

552222 IImmaaggeemm ccoorrppoorraall

A silhueta indicada como a imagem corporal ideal (ICI) foi a de nuacutemero 3

(IMC = 2148plusmn182) coincidindo com estudos realizados com mulheres de outras

nacionalidades (BULIK et al 2001 TEHARD 2002 DAMASCENO et al 2005) que

apresentaram meacutedia do IMC proacutexima ao deste estudo (205plusmn09 22plusmn10 e

200plusmn03 respectivamente) Interessante notar que todos esses iacutendices enquadram-

se na classificaccedilatildeo ldquopeso normalrdquo segundo ponto de corte utilizado neste estudo

(OMS 2002) A predileccedilatildeo por menores silhuetas percebida em outras faixas etaacuterias

(ERLING amp HWANG 2004 TRICHES amp GIUGLIANI 2007) tambeacutem persistiu entre as

mulheres idosas aqui investigadas resultando em grau estatisticamente significativo

de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

97

Resultados indicaram que as medidas antropomeacutetricas que sinalizam o

acuacutemulo de gordura global (IMC e o GC) apresentam relaccedilatildeo positiva e

significativa com o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal O que natildeo foi

observada para as medidas relacionadas com o acumulo central de gordura (RCQ e

CC) Fator preocupante uma vez que essas apresentam maior risco para a aquisiccedilatildeo

de doenccedilas cardiacuteacas e degenerativas (OMS 2003)

O fato das idosas participantes desta intervenccedilatildeo natildeo terem um grau

significativo (p= 037) de distorccedilatildeo da IC pode estar presumivelmente relacionado

com primeiro a praacutetica regular da atividade fiacutesica pois sabe-se que a construccedilatildeo da

IC e o processo do desenvolvimento motor se interagem continuamente (LE BOUCH

1992) Existe uma interferecircncia muacutetua entre esse binocircmio As sensaccedilotildees sinesteacutesicas

e proprioceptivas promovidas pelo exerciacutecio fiacutesico associadas agraves experiecircncias

vivenciadas anteriormente desencadeiam respostas centrais que facilitam a

compreensatildeo do indiviacuteduo ativo sobre informaccedilotildees (sua localizaccedilatildeo suas limitaccedilotildees e

potencialidades) que interferiratildeo positivamente na IC do mesmo (SCHILDER 1999)

Segundo o rastreamento e a exclusatildeo de casos relacionados com decliacutenios

cognitivos durante a seleccedilatildeo da amostra podem ter contribuiacutedo para eliminar

indiviacuteduos com situaccedilotildees de disfunccedilotildees neuroloacutegicas potencialmente capazes de

desencadear quadros patoloacutegicos de distorccedilatildeo da IC (SCHILDER 1999) Terceiro a

meacutedia elevada dos domiacutenios de Qualidade de Vida apresentada pela maioria dos

indiviacuteduos independentemente da silhueta em que se enquadraram E por uacuteltimo

os baixos niacuteveis indicativos de depressatildeo apresentados pela maioria das voluntaacuterias

o que pode ter inferido em avaliaccedilatildeo com baixo grau de distorccedilatildeo A capacidade

interventora do equiliacutebrio emocional sobre a habilidade do indiviacuteduo avaliar sua ICR eacute

tema amplamente discutido na literatura Sua interferecircncia negativa sobre a IC pode

estar relacionada com doenccedilas afins e culminar com a morte

A incongruecircncia entre a alta prevalecircncia da insatisfaccedilatildeo com a IC identificada

apoacutes aplicaccedilatildeo da escala de silhuetas (quando as idosas indicavam outras silhuetas

que natildeo a suas como ICI) e a baixa prevalecircncia observada nas respostas advindas

do questionaacuterio (quando as idosas eram indagadas claramente se estavam ou natildeo

satisfeitas com sua IC) indica a possibilidade de que a percepccedilatildeo da satisfaccedilatildeo com a

IC possa ultrapassar as barreiras estabelecidas pelos instrumentos aqui adotados e

98

envolvam fatores e dimensotildees ateacute entatildeo desconhecidos (SLADE 1994) Talvez

existam estaacutegios conscientes e inconscientes durante esse processo de avaliaccedilatildeo Um

mais estruturado com criteacuterios regras associaccedilotildees de valores bem estabelecidos e

maior maturidade para definir os paracircmetros entre o ldquoReal x Idealrdquo que o outro

552233 QQuuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Apesar do processo do envelhecimento natural estar relacionado a muitas

perdas (ACSM 1998 HAYFLICK 1997) a amostra deste estudo foi classificada com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida geral (6818) que refletiu as meacutedias dos

domiacutenios fiacutesico psicoloacutegico e social (7449 6922 7075 e 6818 respectivamente)

Por outro lado percebeu-se que o domiacutenio ambiental (que considerou os itens de

seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo ambiente no lar recursos financeiros disponibilidade e

qualidade oferecidas na sauacutede social a oportunidade de adquirir novas informaccedilotildees

e habilidades participaccedilatildeo e oportunidades de recreaccedilatildeo e lazer ambiente fiacutesico e

existecircncia e qualidade do transporte) apresentou meacutedia (5810) e classificaccedilatildeo

inferiores as dos demais domiacutenios Resultados semelhantes a este foram observados

em estudos realizados com idosos em outras regiotildees do Brasil (SILVA amp REZENDE

2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) o que pode sinalizar um sentimento de

insatisfaccedilatildeo dessa populaccedilatildeo com os serviccedilos oferecidos pelos oacutergatildeos

governamentais bem como o amparo que tem sido direcionado para esta

comunidade Comparativamente observou-se que as meacutedias para o domiacutenio fiacutesico e

para a meacutedia geral de qualidade de vida foram maiores que os apresentados por

idosos sedentaacuterios sadios (563 e 58 respectivamente) e sedentaacuterios com depressatildeo

(4802 e 5289 respectivamente) ( GORDIA et al 2007 SILVA amp REZENDE 2006)

Tem-se reportado que o estilo de vida ativo seja capaz de interferir

amplamente no niacutevel de qualidade de vida do idoso interferindo nos domiacutenios

fiacutesico por promover maior autonomia ao idoso no desempenho das atividades da

vida diaacuteria e sauacutede fiacutesica (KNORST et al 2001) psicoloacutegicos (DUNN amp DISHMAN

1991 NIEMAN 1999 TELLA et al 2004) induzindo a uma melhor sauacutede

emocional e social (PAFFENBARGER LEE LEUNG 1994 HERNANDES amp BARROS

2004) por ser um instrumento eficiente de reinclusatildeo do idoso nas atividades

comunitaacuterias Adversamente apesar de o domiacutenio ambiental apresentar um baixo

99

escore tanto nesse estudo como em vaacuterios outras investigaccedilotildees (SILVA amp

REZENDE 2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) coadunamos com a ideacuteia de

Carvalho amp Carvalho (2008) e acreditamos na interferecircncia positiva do exerciacutecio

sobre esta variaacutevel mesmo que em menor proporccedilatildeo quando comparada com os

demais domiacutenios

552244 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Uma relaccedilatildeo negativa e significativa foi observada neste estudo (Tabela 8)

entre os escores indicativos de depressatildeo e a capacidade cardiorrespiratoacuteria

(VO2pico) o que sugere efeitos positivos do exerciacutecio sobre indicativos de depressatildeo

abordada em relatos anteriores (PAFFENBARGER LEE amp LEUGN 1994 DISHMAN

1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998)

Considerando a idade e o gecircnero dos indiviacuteduos aqui estudados indicados

com maior predisposiccedilatildeo ao diagnoacutestico de depressatildeo (OMS 2000 RODRIGUES

2000) a amostra deste estudo apresentou em meacutedia o escore 1018 no inventaacuterio

de depressatildeo de Beck muito proacuteximo do ponto de corte que indica ausecircncia de

depressatildeo (BDIlt10) Resultado semelhante aos observados em mulheres idosas

apoacutes serem submetidas a um periacuteodo de 4 meses de exerciacutecios aeroacutebio de

intensidade moderadamente alta que reduziram significativamente os escores de

depressatildeo de 152 para 1021 (OLIVEIRA et al 2007)

Conjectura-se exerciacutecios fiacutesicos de intensidade moderada alta possam

produzir uma accedilatildeo terapecircutica mais lenta poreacutem eficaz e de efeitos mais

duradouros que agraves apresentadas por intervenccedilotildees farmacoloacutegicas em sujeitos idosos

de depressatildeo moderada (BLUMENTHAL 1999)

Embora a maioria dos estudos relate melhoras dos estados de humor apoacutes um

periacuteodo de exerciacutecios fiacutesicos alguns sugerem que os efeitos positivos possam ser

observados mesmo apoacutes sessatildeo aguda (TOSKOVIC 2001 ROSA et al 2004)

Todavia a utilizaccedilatildeo de exerciacutecios para fins terapecircuticos tem sido muitas vezes

questionada uma vez que os efeitos produzidos sofram interferecircncia de caraacuteter

multifatorial e que dependendo da populaccedilatildeo estudada para as relaccedilotildees gecircnero e

idade gravidade do quadro depressivo intensidade e duraccedilatildeo do exerciacutecio as

100

respostas podem diversificar-se (DUNN amp DISHMAN 1991 PHILLIPS KIERNAN amp

KING 2003 WERNERCK et al 2006)

Considerando que uma das hipoacuteteses que tentam explicar as bases

etioloacutegicas desse transtorno do humor fundamenta-se nas alteraccedilotildees

neurobioloacutegicas percebidas no sistema monoamineacutergico (DUNN amp DISHMAN

1991) sistema que foi analisado no presente estudo Investigou-se entatildeo a

possibilidade de uma associaccedilatildeo significativa entre as concentraccedilotildees da

serotonina triptofano e prolactina (em repouso) e os escores indicativos de

depressatildeo (Tabela 8) o que foi posteriormente rejeitada No entanto apoacutes a

amostra ser dividida para os escores de depressatildeo percebeu-se decliacutenio desses

analiacuteticos agrave medida que o quadro de depressatildeo foi se agravando (Graacutefico 7) o

que coadunou com relatos anteriores que prevecircem decreacutescimo dessas

concentraccedilotildees no diagnoacutestico da depressatildeo (DUNN amp DISHMAN1991 STRUumlDER

amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp WEICKER 2001b MORAN 2003)

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A utilizaccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos como modelo de estresse tem sido

amplamente utilizada em diversas pesquisas para manipulaccedilatildeo do sistema

serotonineacutergico (CHAOULOFF 1997 STRUumlDER amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp

WEICKER 2001b ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005) Para a compreensatildeo da

interaccedilatildeo desse binocircmio muitos estudos tecircm analisado o impacto que o exerciacutecio

fiacutesico tem causado sobre o aporte serotonineacutergico perifeacuterico (MARTIN et al 2000

LOPES 2001) ou sobre o sistema nervoso central (BAILEY DAVIS AHLBORN 1993

DISHMAN 1997) adotando em suas investigaccedilotildees tanto modelo humano (ARIDA

NAFFAH-MAZZACORATTI SOARES 1998 DWYER amp FLYNN 2002 OLIVEIRA et al

2007) como modelos animais (KUROSAWA et al 1993 GOMEZ-MERINO et al

2001 KALINSKI DLUZEN STADULIS 2001) Manipulaccedilotildees farmacoloacutegicas sucedidas

de sessotildees de exerciacutecios fiacutesicos tecircm sido utilizadas tanto para a compreensatildeo da

extensatildeo da accedilatildeo dos neurotransmissores e neuroreceptores como para a produccedilatildeo

e o catabolismo das enzimas relacionadas com a siacutentese e depleccedilatildeo serotonineacutergica

(MEEUSEN et al 1997) Adicionalmente outros recursos aleacutem dos farmacoloacutegicos

tecircm sido empregados para a concepccedilatildeo desse paradigma como as alteraccedilotildees

101

nutricionais que manipulam dietas com suplementaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada dos aminoaacutecidos aromaacuteticos de carboidratos e de aacutecidos graxos livres

(DAVIS 1998 BLOMSTRAND 2006) e as alteraccedilotildees do meio ambiente atraveacutes do

controle da temperatura Entretanto os efeitos agudos do exerciacutecio cardiovascular

foran avaliados nesse estudo apoacutes submeter mulheres idosas a diferentes

intensidades e duraccedilatildeo de caminhada sem a utilizaccedilatildeo de outro fator experimental

atraveacutes da anaacutelise das concentraccedilotildees perifeacutericas da serotonina e demais analiacuteticos

relacionados agrave sua siacutentese

Apesar da variedade metodoloacutegica disponiacutevel na literatura a grande maioria das

investigaccedilotildees que versam sobre esse tema afunilam seus objetivos em desvendar a

relaccedilatildeo da interaccedilatildeo ldquoexeriacutecio fiacutesico e sistema serotonineacutergicordquo agrave alta performance e agrave

possibilidade de prolongamento do tempo de esforccedilo Nesse sentido para melhor

compreensatildeo desse paradigma agrave procura de menores limitaccedilotildees eacuteticas maior controle

das variaacuteveis intervenientes e consequumlentemente maior avanccedilo cientiacutefico adotam

preferencialmente modelos animais ou indiviacuteduos jovens e atletas Tais criteacuterios de

seleccedilatildeo dificultaram comparaccedilotildees de vaacuterios estudos com os resultados aqui

apresentados uma vez que mulheres idosas foram tidas como modelo de amostra

Apesar de estudos afirmarem que o processo de senescecircncia possa estar associado

com marcadores caracteriacutesticos do decliacutenio fisioloacutegico e morfoloacutegico do sistema

serotonineacutergico e seja capaz de repercutir qualitativa e quantitativamente em suas

accedilotildees neuroquiacutemicas (TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998) sabe-se que as

implicaccedilotildees desse binocircmio extrapolam os limites da alta performance Relatos

cientiacuteficos confirmam que a promoccedilatildeo da sauacutede e do bem estar fiacutesico e mental possam

estar associados inclusive a exerciacutecios fiacutesicos de pequena duraccedilatildeo (DWYER amp FLYNN

2002) por serem capazes de produzir alteraccedilotildees significativas na atuaccedilatildeo

neurotransmissora em algumas regiotildees do ceacuterebro mesmo que nenhuma alteraccedilatildeo

perifeacuterica seja aparente (KUROSAWA et al 1993)

Neste estudo o valor meacutedio dos niacuteveis de serotonina de toda a amostra

(154plusmn4288 nanogml) apresentou-se maior do que concentraccedilotildees (7925plusmn694

6375plusmn410 e 6533plusmn433 nanogml) avaliadas em indiviacuteduos mais jovens

(2263plusmn245 2437plusmn329 e 23plusmn316 anos de idade) e proacuteximos dos valores

apresentados (15203plusmn7287 e 12235plusmn1515 nanogml) em indiviacuteduos de meia

102

idade (4555plusmn559 e 4750plusmn1561 anos) ou de faixa etaacuteria semelhante

(13827plusmn6059 nanogml 578plusmn59 anos) apresentados em outros estudos

(SOARES1995 ARIDA 1998 e OLIVEIRA et al 2007 respectivamente)

Evidentemente seria precipitado afirmar que o processo de envelhecimento esteja

relacionado ao acuacutemulo adicional das concentraccedilotildees serotonineacutergicas plasmaacuteticas

uma vez que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agraves diferenccedilas metodoloacutegicas

adotadas nos protocolos de coleta congelamento e dosagem desse analiacutetico Tal

hipoacutetese ocupa posiccedilatildeo controversa na literatura sendo poucas vezes confirmada

como nos dados apresentados por Chen Luuml Huang (2002) ou na maioria das vezes

negada (KUMAR et al 1998)

Apesar da maioria dos grupos avaliados terem apresentado tendecircncia agrave

reduccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos serotonineacutergicos apoacutes sessatildeo de exerciacutecios fiacutesicos

apenas dois dos seis grupos apresentaram decliacutenio significativo do aporte de

serotonina O primeiro apoacutes ser submetido a teste de potecircncia aeroacutebia (Gmax)

reduziu seus niacuteveis de serotonina divergindo dos resultados apresentados por

estudos de Soares (1995) e Steinberg Sposito Tufik et al (1998) que apoacutes

submeterem indiviacuteduos adultos jovens (atletas e ativos respectivamente) a um

estresse fiacutesico semelhante ao prescrito nesta investigaccedilatildeo perceberam aumento

significativo e natildeo decliacutenio destes niacuteveis Percebe-se que a habilidade do sistema

serotonineacutergico em responder diferentes desenhos de protocolos de exerciacutecios fiacutesicos

tanto eacute desconhecida como vulneraacutevel agrave interferecircncias multifatoriais (MARTIN et al

2000) e que presumivelmente o envelhecimento possa interferir signifcativamente

sobre esses resultados

O segundo grupo que apresentou alteraccedilotildees significativas dos niacuteveis

perifeacutericos de serotonina foi o GLA1h que apresentou imediatamente apoacutes 1h de

caminhada de intensidade moderada aumento de 5 (pgt 005) dos niacuteveis

plasmaacuteticos desse neurotransmissor que foi sucedido por um decliacutenio significativo

(ple 005) apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo (18196plusmn2658 19093plusmn1244 e

16515plusmn3639 nanogml respectivamente) A sessatildeo de exerciacutecios a que esse grupo

foi submetido foi semelhante agraves oferecidas em estudo realizado com mulheres

idosas (LOPES 2001) que apoacutes um treinamento de 8 semanas (5 diassemana)

103

perceberam similarmente reduccedilatildeo significativa desse neurotransmissor em

repouso nas concentraccedilotildees plasmaacuteticas A comparaccedilatildeo dessas duas intervenccedilotildees

sugere que organismos de indiviacuteduos idosos assim como os de indiviacuteduos mais

jovens possuam mecanismos neuromoduladores que satildeo acionados em respostas a

sucessivos estiacutemulos promovidos por uma sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico

A despeito do decliacutenio perifeacuterico dos niacuteveis serotonineacutergicos apresentados pelo

GLA1h observou-se um possiacutevel incremento (108) no aporte central desse

neurotransmissor analisados atraveacutes das concentraccedilotildees de prolactina Estudos

sugerem que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agrave lipoacutelise promovida pela praacutetica

de exerciacutecios capaz de interferir nas concentraccedilotildees das porccedilotildees do triptofano (TRP e

TRP-L) Uma vez que o aumento da demanda de aacutecidos graxos livres desloca o TRP

dos siacutetios de ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente

aumento da disponibilidade desse precursor no SNC (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM

1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000

HUFFMAN et al 2004) Essa resposta ao exerciacutecio moderado pode desencadear

presumivelmente efeitos terapecircuticos naturais capazes de intervir beneficamente

em quadros cliacutenicos de doenccedilas associadas agrave alteraccedilotildees do humor e cogniccedilatildeo

(GUSZKOWSKA 2004) O que pode ser confirmado por estudos recentes realizados

com mulheres idosas onde relatam que exerciacutecios moderados mostraram-se

eficientes para a reduccedilatildeo tanto dos niacuteveis de depressatildeo (OLIVEIRA et al 2007)

como tambeacutem favorecem o processamento cognitivo (SILVA 2006)

Nenhuma alteraccedilatildeo estatisticamente significativa foi identificada nos

deslocamento das concentraccedilotildees aminoaciacutedicas em exerciacutecio de curta duraccedilatildeo (20

minutos) de intensidades baixas e moderadas conforme previsto por Meeusen

Watson Hasegawa et al (2006) Todavia considerando que os criteacuterios estatiacutesticos

nem sempre coadunam com as respostas cliacutenicas promovidas pelo desencadeamento

fisioloacutegico das accedilotildees neuroquiacutemicas algumas observaccedilotildees foram realizadas Nesse

sentido percebeu-se que o fator intensidade interferiu de maneira discreta (pgt 005)

sobre as concentraccedilotildees tanto do triptofano quanto dos demais aminoaacutecidos (AACR e

AAN) em que um aumento do triptofano foi observado em grupos submetidos agrave

exerciacutecios de intensidade moderada (GLA 254) agrave moderada alta (G90PCR

156) e um aumento igualmente discreto dos AACR e AAA em exerciacutecios de

104

intensidade leve agrave moderada (G90LA 96 16 GLA 118 e 183

respectivamente) Obviamente tais respostas aminoaciacutedicas ao exerciacutecio

interferiram tanto na relaccedilatildeo do TRPACCR que elevou-se (pgt 005) nos grupos

submetidos agrave intensidade igual ou acima do limiar anaeroacutebio (GLA 12 e G90PCR

62) como na relaccedilatildeo TRPAAA que foi aumentada apenas sob a intensidade

acima do limiar anaeroacutebio (G90PCR 168) Interessante notar que ao comparar

esse comportamento de distribuiccedilatildeo dos aminoaacutecidos com as respostas plasmaacuteticas

da prolactina marcador perifeacuterico das concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais

observou-se que todos os grupos (de duraccedilatildeo de 20 minutos) com exceccedilatildeo do

G90PCR que apresentou um aumento miacutenimo (3) apresentaram um decliacutenio das

concentraccedilotildees de prolactina

Adversamente resultados disponibilizados neste estudo indicaram que

exerciacutecios de curta duraccedilatildeo podem promover sim alteraccedilotildees significativas nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico assim como exerciacutecios de longa duraccedilatildeo

desde que constituiacutedos de alta intensidade o que vai ao encontro com estudos

realizados por Struumlder amp Weicker (2001) Nesse sentido o grupo Gmax apresentou

um decliacutenio significativo (ple 005) nos 20 minutos de recuperaccedilatildeo das concentraccedilatildeo

tanto do TRP quanto da relaccedilatildeo TRPAAA e adicionalmente uma reduccedilatildeo de 17

(p= 007) da relaccedilatildeo TRPAACR Sugere-se que tais alteraccedilotildees bioquiacutemicas possam

explicar a depleccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina igualmente observada para

esse mesmo momento no Gmax A despeito de o aporte teoacuterico indicar que decliacutenios

das relaccedilotildees TRPAAA e TRPAACR estejam relacionados com o decreacutescimo da

disponibilidade do precursor serotonineacutergico nas vias centrais e por conseguinte da

siacutentese serotonineacutergica (STRUumlDER et al 1999 NEWSHOLME amp BLOMSTRAND 2006

MEEUSEN et al 2006) percebeu-se de forma ambiacutegua tendecircncia de elevaccedilatildeo (pgt

005) e natildeo de decreacutescimo dos niacuteveis centrais desse neurotransmissor avaliados

atraveacutes da prolactina imediatamente apoacutes o exerciacutecio e apoacutes os 20 primeiros minutos

de recuperaccedilatildeo (561 e 971 respectivamente) Provavelmente tal fenocircmeno

possa estar relacionado com o fato ocorrido em outras investigaccedilotildees (CHAOULOFF et

al 1986 CHAOULOFF 1997 STRUumlDER et al 1999) quando o decliacutenio ou nenhuma

alteraccedilatildeo significativa das concentraccedilotildees do TRP total (TRP + TRP-L) forma em que

foi dosada neste estudo natildeo convergiu com um acreacutescimo significativo das

concentraccedilotildees do TRP-L uacutenica parcela capaz de atravessar a barreira

hematoencefaacutelica e responsaacutevel pela siacutentese da serotonina central (CURZON

105

FRIEDEL KNOTT 1973) Adicionalmente quanto aos decliacutenios significativos dos niacuteveis

plasmaacuteticos de triptofano e de serotonina podem outrossim estar relacionados com o

aumento da atividade da enzima triptofano pirolase responsaacutevel pela atenuaccedilatildeo das

concentraccedilotildees do triptofano acionada por possiacutevel aumento da adrenalina e do

cortisol em resposta agrave alta intensidade a que o grupo foi submetido e ao niacutevel de

estresse psicoloacutegico que esse tipo protocolo pode induzir (STRUumlDER amp WEICKER

2001a) Apesar do aumento do cortisol apresentar de forma mais pronunciada em

exerciacutecios intensos de maior duraccedilatildeo existem relatos de que exerciacutecios de curta

duraccedilatildeo possam produzir acreacutescimo em sua concentraccedilatildeo (SIMOtildeES MARCON

OLIVEIRA et al 2004 BOTTARO MARTINS GENTIL et al 2007)

Apoacutes anaacutelise comparativa entre grupos percebeu-se que os grupos Gmax e

GLA1h apresentaram maiores diferenccedilas estatiacutesticas quando comparados entre si e

com os demais grupos Presume-se que as diferenccedilas estatiacutesticas encontradas entre

grupos para as dosagens dos vaacuterios analiacuteticos aqui investigados estejam

relacionadas principalmente com as dessemelhanccedilas entre o recrutamento de

substrato energeacutetico agraves diferentes intensidades e duraccedilatildeo previstas nesta

investigaccedilatildeo Uma vez que o aumento da lipoacutelise interfere de forma indireta nas

concentraccedilotildees de serotonina (CURZON 1973 MEEUSEN et al 2006) e com os

mecanismos de alerta desencadeados em situaccedilatildeo de altas intensidades (SIMOtildeES et

al 2004)

Mesmo considerando as limitaccedilotildees desta investigaccedilatildeo os relatos aqui

elucidados revelaram a complexidade e sensibilidade do sistema serotonineacutergico em

responder agraves diferentes manipulaccedilotildees atraveacutes do estresse fiacutesico Priorizar um desses

modelos em detrimento do outro deve ser considerado com cautela uma vez que

nem todos os grupos foram avaliados apoacutes os primeiros momentos de recuperaccedilatildeo

No entanto baseado nos relatos anteriormente realizados sabe-se que apenas trecircs

das intervenccedilotildees G90PCR o Gmax e o GLA1h sugeriram acreacutescimos das

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais (3 971 1089 respectivamente)

parcela envolvida com efeitos positivos na sauacutede mental do idoso

Nesse sentido sabe-se da inviabilidade de prescrever sistematicamente sessotildees

de exerciacutecios de intensidade maacutexima para indiviacuteduos idosos que mesmo

desconsiderando riscos eminentes que esta praacutetica poderia incorrer respostas

negativas a este tipo de estresse poderia ser desencadeadas no sistema

106

serotonineacutergico por influecircncia de mecanismos de accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-

adrenal (HPA) Uma vez que ciente da experiecircncia de risco e de desconforto

vivenciados em sessotildees de exerciacutecio muito intenso o organismo do idoso pode entrar

em estado de alerta e modular atraveacutes do complexo amgdaloacuteide processos plaacutesticos

sediados no hipocampo envolvidos com processamento de informaccedilotildees

especialmente em situaccedilotildees de estresse

Apoacutes acionada a memoacuteria aversiva do hipocampo neurocircnios secretam

Corticotrofinas (CRF) que por sua vez estimula a hipoacutefise anterior a liberar na

circulaccedilatildeo sanguumliacutenea o hormocircnio adreno-cortico-troacutefico (ACTH) que vai provocar a

produccedilatildeo de hormocircnios corticoesteroacuteides (CORT) pela glacircndula supra-renal

principalmente o cortisol que satildeo liberados na corrente sanguiacutenea e chegando ao

ceacuterebro atuam sobre o hipocampo para inibir a liberaccedilatildeo e atuaccedilatildeo das CRFs

(MORAIS SOUZA BAPTISTA 2004 JOCA PADOVAN GUIMARAtildeES 2003) No

entanto enquanto a amiacutegdala for estimulada esse processo continua e por

conseguinte a liberaccedilatildeo do cortisol na corrente sanguiacutenea eacute continuada (MORAIS

SOUZA BAPTISTA 2004) Adicionalmente sabe-se que os glicocorticoacuteides podem

modular o sistema serotonineacutergico e suprimir sua siacutentese (SANTOS 2005)

Fonte httpwwwcnsforumcomimagebankitemHPA_NORM_DPN_3defaultaspx

Por outro lado a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos no limiar ventilatoacuterio 1 (LA)

com um volume (tempo ou distacircncia) baixo ou moderado aplicados na forma de um

programa de treinamento progressivo controlado pode ser considerada como

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob estiacutemulo de estresse

107

importante instrumento de prevenccedilatildeo de doenccedilas de promoccedilatildeo da sauacutede e auxiliar

no tratamento de diversas patologias senatildeo como terapecircutica uacutenica ao menos como

auxiliar nas terapecircuticas tradicionais (STELLA et al 2004) Exerciacutecios fiacutesicos

praticados no limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio 2 (PCR) ou acima do limiar de lactato

associado a grande duraccedilatildeo ou volume podem ser inadequados para fins de terapias

relacionadas agrave sauacutede mental (ARAUacuteJO MELLO LEITE 2007) Apesar de serem

observados aspectos positivos pela prescriccedilatildeo de exerciacutecios de alta intensidade

acredita-se que intensidades moderadas possam ser mais apropriadas para a

populaccedilatildeo idosa aleacutem de induzir melhoras significativas no perfil do humor

qualidade de vida e benefiacutecios cognitivos (CASILHAS et al 2007)

108

66 CCOONNCCLLUUSSAtildeAtildeOO

Considerando o perfil antropomeacutetrico psicomeacutetrico e da capacidade

cardiorrespiratoacuteria observados em mulheres idosas submetidas a esta investigaccedilatildeo

Observou-se maior prevalecircncia de sobrepeso com excesso de gordura

corporal sinalizando iacutendices desfavoraacuteveis para a sauacutede O IMC foi a variaacutevel

antropomeacutetrica de maior prediccedilatildeo para o alto grau de insatisfaccedilatildeo com a

imagem corporal

A silhueta de nuacutemero 5 apontada como imagem corporal real natildeo coincidiu

com a silhueta de nuacutemero 3 indicada como a imagem corporal ideal o que conduziu

a um grau significativo de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

A amostra apresentou performance cognitiva equivalente agrave esperada para sua

faixa etaacuteria um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida e um escore indicativo de

depressatildeo ldquoleverdquo de associaccedilatildeo negativa e significativa com sua capacidade

cardiorrespiratoacuteria classificada como ldquoregularrdquo

Considerando o efeito agudo do sistema serotonineacutergico agraves diferentes

manipulaccedilotildees de exerciacutecio fiacutesico observou-se que

Sessotildees agudas de exerciacutecios fiacutesicos de duraccedilatildeo menor que 20 minutos

apresentaram decliacutenio significativo das concentraccedilotildees serotonineacutergicas do

tripotofano e da relaccedilatildeo das concentraccedilotildees do triptofano com os aminoaacutecidos

aromaacuteticos quando submetidos agrave intensidade maacutexima

Alteraccedilotildees discretas foram percebidas entre as concentraccedilotildees aminoaciacutedicas

em que os aminoaacutecidos de cadeia ramificada e os aromaacuteticos aumentaram suas

concetraccedilotildees nas intensidades leve e moderada e o triptofano nas intensidades

moderadas agrave moderada alta

Considerando as vaacuterias medidas de cautela em prescrever sistematicamente

exerciacutecios de intensidade maacutexima para a populaccedilatildeo idosa conclui-se que sessotildees de

exerciacutecios submetidos entre o primeiro e segundo limiar anaeroacutebico de duraccedilatildeo

109

entre 20 minutos e uma hora sejam mais apropriadas para interferir nas

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de mulheres idosas presumivelmente

relacionadas com a sauacutede mental

110

77 SSUUGGEESSTTOtildeOtildeEESS PPAARRAA NNOOVVOOSS EESSTTUUDDOOSS

Para novas investigaccedilotildees do efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema

serotonineacutergico em mulheres idosas e aumentar a compreensatildeo da dimensatildeo das

respostas deste sistema a este modelo de estresse sugere-se

Que aleacutem das dosagens realizadas neste estudo sejam incluiacutedas as do

principal metaboacutelito serotonineacutergico o aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico da parcela livre do

triptofano e da enzima monoamina oxidase

A realizaccedilatildeo de um maior nuacutemero de coletas para compreender o

comportamento de cada analiacutetico

Que a duraccedilatildeo das sessotildees de exerciacutecios seja determinada pela capacidade

individual de cada indiviacuteduo da amostra e que o tempo seja definido pela solicitaccedilatildeo

de cada idoso

111

RREEFFEERREcircEcircNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRAacuteAacuteFFIICCAASS

ACSM ndash American College of Sports Medicine Exercise and Physical Activity for older adults Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 2 n 6 p 992-1008 1998

ALMEIDA GANA imagem corporal de mulheres morbidamente obesas avaliadas atraveacutes do desenho da figura humana Psicologia reflexatildeo e criacutetica v 15 n 2 p 283-292 2002

American Heart Association (AHA) Exercise and Training of Apparently Healthy Individuals A Handbook for Physicians Dallas American Heart Association 1972

ANSTEY KJ WINDSOR JD JORM AF et al Association of Pulmonary Function with Cognitive Performance in Early Middle and Late Adulthood Gerontology v 50 p 230-234 2004

ANTUNES HKM SANTOS RF MELLO MT et al Cognitive Alterations in Older Women Caused by Systematic Physical Exercise In 7th Annual Congress of The European College of Sport Science v 2 p 1015-1015

ANTUNES HKM SANTOS RF CASSILHAS R et al Exerciacutecio fiacutesico e funccedilatildeo cognitiva Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 12 n 2 2006

ANTUNES HKM SANTOS RF HEREDIA RAG et al Alteraccedilotildees Cognitivas em Idosas Decorrentes do Exerciacutecio Fiacutesico Sistematizado Revista da Sobama v 6 n 1 p 27-33 2001

ARAUacuteJO SRC MELLO MT LEITE JR Anxiety disorders and physical exercise Revista Brasileira de Psiquiatria v 29 n 2 p 64-71 2007

ARIDA RM NAFFAH-MAZZACORATTI MG SOARES JS et al Monoamine Responses to acute and cronic aerobic exercise in normotensive and hypertensive subjects Satildeo Paulo Medical Journal v 116 n 1 p 1624-1624 1998

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 p 102ndash113 2005

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 2005

ASTRAND PO Why Exercise Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 6 n 3 p 25-37 1992

112

BAHRAM A SHAFIZADEH M A comparative and correlational study of the body-image in active and inactive adults and with body composition and somatotype Autralian Association for research in education 2003 Disponiacutevel em httpwwwaareeduau03papbah03789pdf Acesso em 18 fev 2008

BAILEY SP DAVIS AHLBORN EN Neuroendocrine and substrate responses to altered brain 5-HT activity during prolonged exercise to fatigue Journal Applied Physiology v 74 n 6 p 3006-3012 1993

BAILEY SP DAVIS MM AHLBORN EN Effect of increased brain serotonergic activity on endurance performance in the rat Acta Physiologica Scandinava v 145 p 75-76 1992

BANICH MT MILHAM M P ATCHLEY R et al Studies of Stroop tasks reveal unique roles of anterior and posterior brain systems in attentional selection Journal of Cognitive Neuroscience V 12 n 6 p 988-10002000

BARBOSA AR SANTAREacuteM JM JACOB FILHO W et al Comparaccedilatildeo da gordura corporal de mulheres idosas segundo antropometria bioimpedacircncia e DEXA Archivos Latinoamericanos de Nutricioacuten Organo Oficial de la Sociedad Latinoamericana de Nutricioacuten Caracas v 51 n 1 p 49-56 2001

BARCHAS JD FREDMAN D Brain amines response to physiological stress Biochemical Pharmacology v 12 p 1232-1235 1963

BEAR MF CONNORS BW PARADISO M A L Neuroscience exploring the Brain Canadaacute Williams amp Wilkins 1996

BISCIOTTI GN VILARDI JUNIOR NP MANFIO EF A fadiga aspectos centrais e perifeacutericos Revista Fisioterapia Brasil v 2 n 6 p 353 2001

BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007

BLAIR SN KOHL HW PAFFENBARGER JR RS et al Physical fitness and all-cause mortality Journal of the American Medical Association v262 p 2395-2401 1989

BLOMSTRAND E Branched-Chain Amino Acids in Exercise A Role for Branched-Chain Amino Acids in Reducing Central Fatigue The Journal of Nutrition v 136 n 2 p 544S-547S 2006

BLOMSTRAND E CELSING F NEWSHOLME EA Changes in plasma concentrations of aromatic and branched-chain amino acids during sustained exercise and their possible role in fatigue Acta Physiologica Scandinavica v 133 n 1 p 115-121 1988

BLOMSTRAND E HASSMEN P EKBLOM B Administration of branched-chain amino acids during sustained exercise - Effects on performance and plasma

113

concentration of some amino acids European journal of applied physiology v 63 p 83-88 1991

BLUMENTHAL JA Effects of exercise training on older patients with major depression Archives of Internal Medicine v 159 p 234-256 1999

BORG G Escalas de Borg para dor e o esforccedilo percebido Satildeo Paulo Manole 2000 115p

BOTTARO M MARTINS B GENTIL P et al Effects of rest duration between sets of resistance training on acute hormonal responses in trained women Journal of science and medicine in sport 2007 Dec 17 [Epub ahead of print] Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpubmed18093876 Acesso em 10 fev 2008

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil Suggestions for utilization of the mini -mental state examination in Brazil Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil [Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil] Arquivos de Neuro-Psiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BULIK CM WADE TD HEATH AC Relating body mass index to figural stimuli Population-based normative data for Caucasians International journal of obesity and related metabolic disorders v 25 p 1517-1524 2001

CABEZA R amp NYBERG L Neural bases of learning and memory functional neuroimaging evidence Current Opinion Neurology V13 p 415-421 2000

CACHELIN FM REBECK RM CHUNG GH et al Does egthnicity influence body-size preference A comparison of body image and body size Obesity research v 10 n 3 p 158-166 2002

CALDERS P MATTHYS D DERAVE W et al Effect of branched-chain amino acids (BCAA) glucose and glucose plus BCAA on endurance performance in rats Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 31 n 4 p 583-587 1999

CAMPBELL DT STANLEY JC Delineamentos Experimentais e Quase-Experimentais de Pesquisa Satildeo Paulo Pedagoacutegica e Universitaacuteria 1979 138p

CARVALHO MCM CARVALHO GA Atividade fiacutesica e qualidade de vida em mulheres idosas Efdeportes revista digital ano 13 nordm 122 2008 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 08 maio 2008

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

114

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

CASSILHAS RC VIANA VA GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1401-1407 2007

CHAOULOFF F Physiopharmacological interactions between stress hormones and central serotonergic systems Brain Research Reviews v 18 p 1-32 1993

CHAOULOFF F KENNETT GA SERRURRIER B et al Amino acid analysis demonstrates that increased plasma free tryptophan causes the increase of brain tryptophan during exercise in the rat Journal of neurochemistry 46 1647-1650 1986

CHEN Y LUuml X HUANG Y et al Changes of plasma serotonin precursor metabolite concentrations in postmenopausal women with hot flushes Zhonghua Fu Chan Ke Za Zhi v 37 n 12 p726-728 2002

CHENNAOUI M GRIMALDI B FILLION MP et al Effects of physical training on functional activity of 5-HT1B receptors in rat central nervous system role of 5-HT-moduline Naunyn ndash Schmiedebergs archives of Pharmacology v 361 n 6 p 600-604 2000

CHODZKO-ZAJKO WJ The Physiology of Aging Structural changes and functional consequences Implications for research and clinical pratice in the exercise and activity sciences Quest v 48 p 311-329 1996

CIESLAK F ELSANGEDY HM KRINSKI K et al Estudo da qualidade de vida de mulheres idosas participantes do programa da universidade aberta agrave terceira idade na cidade de ponta grossa - PR Efdeportes revista digital ano 12 n 113 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 03 maio 2008

COLCOMBE S amp KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science V14 n 2 p 125-130 2003

COLCOMBE S KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science v 14 n 2 p 125-130 2003

CONN VS TRIPP-REIMER T MAAS ML Older women and exercise Theory of planned behavior beliefs Public Health Nursing v 20 n 2 p 153-163 2003

CONNER M JOHNSON C Gender Sexuality Body Image and Eating Behaviours Journal of Health Psychology v 7 n 6 p 675ndash684 2004

115

COSTA E M S Gerontodrama ndash A Velhice em Cena Satildeo Paulo Agora 1998

COSTILL DL BOWERS R BRAUNAM G Muscle glycognen utilization during prolonged exercise on successive days Journal Applied Physiology v 31 p 834-838 1971

COTMAN C W BERCHTOLD N C Exercise a behavioral intervention to enhance brain health and plasticity Trends in Neurosciences V 25 n 6 p 295 ndash 301 2002

CURZON G FRIEDEL D KNOTT PJ The effect of fatty acids on the binding of tryptophan to plasma proteins Nature v 242 p 198-200 1973

DAMASCENO VO LIMA JRP VIANNA JM et al Novaes JS Tipo fiacutesico ideal e satisfaccedilatildeo com a imagem corporal de praticantes de caminhada Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 3 p 181-186 2005

DAVIS JM Carboidratos aminoaacutecidos de cadeia ramificada e resistecircncia hipoacuteteses da fadiga central Nutriccedilatildeo no esporte n 17 1998

DAVIS JM Nutritional Influences on Central Mechanisms of Fatigue Involving Serotonin In MAUGHAN R J amp SHIRREFFS S M Biochemistry of Exercise USA Human Kinetics 1996 p 445-447

DE WILD GM HOEFNAGELS WH OESEBURG B et al Maximal oxygen uptake in 153 elderly Dutch people (69-87 years) who participated in the 1993 Nijmegen 4-day march European journal of applied physiology v 72 n 1-2 p 134-43 1995

DEVLIN TM Manual de Bioquiacutemica com Correlaccedilotildees Cliacutenicas 4 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998

DIMEO F BAUER M VARAHRAM et al Benefits from aerobic exercise in patients with major depression a pilot study British Journal of Sports Medicine v 35 p 114-117 2001

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DUNN AL DISHMAN RK Exercise and The Neurobiology of Depression Exercise Sport Science Review v 19 p 41-98 1991

DWYER D FLYNN J Short term aerobic exercise training in young males does not alter sensitivity to a central serotonin agonist Experimental Physiology v 87 p 83-89 2002

116

EDITORIAL Cognitive changes after acute tryptophan depletion What can they tell us Psychological Medicine v 34 p 3 - 8 2004

EMED TCXS KRONBAUER A MAGNONI D Mini nutritional assessment as indicator of diagnosis in asylumsrsquo elderly Revista Brasileira de Nutricatildeo Cliacutenica v 21 n 3 p 219-223 2006

ERLIN A HWANG C Body-esteem in Swedish 10-year-old children Perceptual and motor skills v 99 n 2 p 437-444 2004

FAITH MS ALISSON DB Assessment of psychological status among obese persons In THOMPSON JK ed Body Image Eating Disorders and Obesity Washington DC American Psychological Association p 365-387 1996

FARINATTI PTV Teorias bioloacutegicas do envelhecimento do geneacutetico ao estocaacutestico Rev Bras Med Esporte _ v 8 n 4 p 1-10 2002 Disponiacutevel em httpwwwboletimeforgcanal=12ampfile=538 Acesso em 12032006

FARQUHAR M Definitions of quality of life a taxonomy Journal of Advanced Nursing v 22 n 3 p 502-508 1995

FECHIO JJ BRANDAtildeO MRF A influecircncia da atividade fiacutesica nos estados de humor Revista da Associaccedilatildeo dos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de Londrina v 12 n 2 p 21-27 1997

FEKKES D VAN GOOL AR Interferon tryptophan and depression Blackwell Munksgaard v15 p 8-14 2003

FERRANS CE Development of a quality of life index for patients with cancer Oncology Nursing Foacuterum v 17 n 3 p 15-19 1990

FERREIRA SE TUFIK S MELLO MT Neuroadapataccedilatildeo uma proposta alternativa de atividade fiacutesica para usuaacuterios de drogas em recuperaccedilatildeo Revista Brasileira Ciecircncia e Movimento v 9 n 1 p 31-39 2001

FEY-YENSAN NL MCCORMICK LM ENGLISH C Body Image and Weight Preoccupations in Older Women A Review Healthy Weight Journal v 16 n 5 p 68-71 2002

FITZGIBBON ML BLACKMAN LR AVELLONE ME The relationship between body image discrepancy and body mass index across ethnic groups Obesity research v 8 n 8 p 582-589 2000

FLECK MPA LAFER B SOUGEY EB DEL PORTO JA BRASIL MA FURUENA F Diretrizes da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira para o tratamento da depressatildeo (Versatildeo integral) Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n 2 p 114-122 2003

117

FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999

FLEG JL MORRELL CH BOS AG et al Accelerated Longitudinal Decline of Aerobic Capacity in Healthy Older Adults Journal of the American Heart Association v 112 p 674-682 2005

FOLSTEIN MF FOLSTEIN SE MCHUGH PR Mini-Mental State a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician Journal of Psychiatric Research v 12 p 189-198 1975

Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986

Friedlander AL Jacobs KA Fattor JA et al Contributions of working muscle to whole body lipid metabolism are altered by exercise American journal of physiology Endocrinology and metabolism v 292 p E107-E116 2007

GILL TM FEINSTEIN AR A critical appraisal of the quality of quality of life measurements Journal of the American Medical Association v 272 p 619-626 1994

GOLDBERG S SMITH GS BARNES A et al Serotonin modulation of cerebral glucose metabolism in normal aging Neurobiology of aging v 25 p 167-174 2003

GOMEZ-MERINO D BEQUET F BERTHELOT M et al Evidence that the branched-chain amino acid L-valine prevents exercise induced release of 5-HT in rat hippocampus International Journal of Sports Medicine v 22 n 5 p 317-22 2001

GOODMAN amp GILMAN As Bases Farmacoloacutegicas da Terapecircutica 9ordf ediccedilatildeo Chile Mcgraw-Hill 1996 cap 11

GORAN M FIELDS DA HUNTER GR et al Total body fat does not influence maximal aerobic capacity International journal of obesity and related metabolic disorders v 24 n 7 p 841-848 2000

GORDIA AP QUADROS TMB VILELA JUacuteNIOR GB et al Comparaccedilatildeo da qualidade de vida de mulheres idosas praticantes e natildeo praticantes de exerciacutecio Efdeportes revista digital ano 11 n 106 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 07 maio 2008

GORESTEIN C ANDRADE L Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Propriedades psicomeacutetricas da versatildeo em portuguecircs Journal Clinical Psychology v 25 n 5 ediccedilatildeo especial p 245-250 1998

GOTTFRIES CG Depressatildeo no idoso Estrateacutegias de tratamento Nordic Journal of Psychiatry v 47 n 30 p 75-81 1993

118

GRIMLEY-EVANS Qualidade de Vida p 29 1996

GUSZKOWSKA M Effects of exercise on anxiety depression and mood Psychiatria polska v 38 n 4 p 611-620 2004

HARGREAVES DA TIGGEMANN M Idealized media images and adolescent body image lsquolsquocomparingrsquorsquo boys and girls Body Image v 1 p 1351ndash1361 2004

HAY PJ Epidemiologia dos transtornos alimentares estado atual e desenvolvimentos futuros Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl III p 13-17 2002

HAYFLICK L Como e porque envelhecemos 2 ordf ed Rio de Janeiro Campus 1997

HAYKOWSKY MJ QUINNEY HA GILLIS R et al Left ventricular morphology in junior and master resistance treined athletes Medicine and Science in Sports and Exercise v 32 n 2 p 349-352 2000

HELGE JW STALLKNECHT B RICHTER EA et al Muscle metabolism during graded quadriceps exercise in man Physiology in Press Journal of Psychophysiology 2007 Disponiacutevel em httpwwwpubmedcentralnihgovarticlerenderfcgiartid=2170831 Acessado em 12 Fev 2007

HERNANDES ESC BARROS JF Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas e educacionais para idosos sobre o desempenho em testes de atividades da vida diaacuteria Revista brasileira de Ciecircncia e Movimento v 12 n 2 p 43-50 2004

HILLMAN CH SNOOK EM JEROME GJ Acute cardiovascular exercise and executive control function Intenational Journal of Psychophysiology v 8 n 3 p 307-14 2003

HIRVENSALO M HEIKKINEN E LINTUNEN T et al The effect of advice by health care professionals on increasing physical activity of older people Scandinavian Journal of Medicine amp Science in Sports v 13 n 4 p 231-236 2003

HUFFMAN DM ALTENA S MAWHINNEY T et al Effect of n-3 fatty acids on free tryptophan and exercise fatigue European journal of applied physiology v 92 p 584-591 2004

HUNT SM McKENNA SP MCEWEN J et al A quantitative approach to perceived health status a validation study Journal of Epidemiology and Community Health v 34 n 4 p 281-286 1980

HURLEY BF ROTH SM Strenght training in the elderly effects on risk factors for age-related diseas Sports and Medicine v 30 n 4 p 249-68 2000

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa no Brasil Rio de Janeiro 2001

119

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa em Taguatinga CODEPLAN - IDHABDF 2000

JANSSEN I MARK AE Elevated body mass index and mortality risk in the elderly Obesity Reviews V 8 p 41-59 2007

JOCA SRL PADOVAN CM GUIMARAtildeES FS Estresse depressatildeo e hipocampo Stress depression and the hippocampus Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n Supl II p 46-51 2003

KAGAWA M KUROIWA C UENISHI K et al A comparison of body perceptions in relation to measured body composition in young Japanese males and females Body Image v 4 p 372-380 2007

KALINSKI MI DLUZEN DE STADULIS R Methamphetamine produces subsequent reductions in running time to exhaustion in mice Brain Research v 7 p 160-164 2001

KAPCZINSKI F BUSNELLO J ABREU MR et al Aspectos da Fisiologia do Triptofano Disponiacutevel em httpwwwhcnetuspbripqrevistaindexhtml acessado em 03 fev 2004

KAPLAN MI SADOCK BJ Pertubaccedilotildees afetivas in KAPLAN M I SADOCK B J Compendio de psiquiatria dinacircmica Trad Por Namuri costa 3ordf ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1984 cap 16 p 313-33

KAPLAN R M ANDERSON J P WU A W Applications in aids cystic fibrosis and arthritis Med care v27 1989 p27-43

KING MT DOBSON AJ HARNETT PR A comparison of two quality-of-life questionnaires for cancer clinical trials the functional living index--cancer (FLIC) and the quality of life questionnaire core module (QLQ-C30) Journal of Clinical Epidemiology v 9 n 1 p 21-29 1996

KNORST MR SILVA MPM MANTELLI C et al Qualidade de vida do idoso In Terra NL organizador Envelhecendo com qualidade de vida programa Geron da PUCRS Porto Alegre EDIPUCRS p 29-32 2001

KOWALSKI KM Current Health 2 0163156X v 29 n 7 p 6-7 2003

KRAUSE MP HALLAGE T GAMA MPR et al Associaccedilatildeo entre Perfil lipiacutedico e Adiposidade Corporal em mulheres com Mais de 60 Anos de Idade Arquivos brasileiros de cardiologia v 89 n 3 p163-169 2007

KUMAR AM WEISS S FERNANDEZ JB et al Peripheral serotonin levels in women role of aging and ethnicity Gerontology v 44 p 211-216 1998

KUROSAWA M OKADA K SATO A et al Extracellular release of acetylcholine noradrenaline and serotonin increases in the cerebral cortex during walking in conscious rats Neuroscience Letters v 161 p 73-76 1993

120

KUSHI LH FEE RM FOLSOM AR et al Physical activity and mortality in posmenopausal women Journal of the American Medical Association v 277 p 1287-1292 1997

LAKS J BATISTA EMR GUILHERME ERLG et al O mini exame do estado mental em idosos de uma comunidade Dados parciais de Santo Antocircnio de Paacutedua Rio de Janeiro Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 782-785 2003

LAWTON MP A Multidimensional View of Quality of Life in Frail Elders In J E Birren et al (Eds) The Concept and Measurement of Quality of Life in the Frail Elderly San Diego Academic Press p 3-27 1991

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1988

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1992

LEGRAND F HEUZE JP Antidepressant Effects Associated With Different Exercise Conditions in Participants With Depression A Pilot Study Journal of Sport amp Exercise Psychology v 29 p 348-364 2007

LEMON PWR Do athletes need mor dietary protein na amino acids International Journal of Sport Nutrition v 5 p S39-61 1995

LOPES KMDC Os efeitos crocircnicos do exerciacutecio fiacutesico aeroacutebio nos niacuteveis de serotonina e depressatildeo em mulheres idosas 2001122f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndash Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia Brasiacutelia 2001

LOURENCcedilO RA VERASI RP Mini-Exame do Estado Mentalcaracteriacutesticas psicomeacutetricas em idosos ambulatoriais Revista de Sauacutede Puacuteblica v 40 n 4 p 712-719 2006

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica 5ordm edSatildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARINS MJS ANGERAMI ELS Problemas dos idosos na alta hospitalar In Gerontologia v 2 p 678-74 1996

MARTIN CL DUCLOS M AGUERRE S et al Corticotropic and serotonergic responses to acute stress withwithout prior exercise training in different rat strains Acta Physiologica Scandinavica v 168 n 3 p 421-30 2000

MATARUNA L Imagem corporal noccedilotildees e definiccedilotildees Efdeportes 10 (71) 2004 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 13 jun 2007

MATSUDO SMM MATSUDO VKR NETO B Efeitos beneacuteficos da atividade fiacutesica na aptidatildeo fiacutesica e sauacutede mental durante o processo de envelhecimento Revista atividade fiacutesica amp Sauacutede v 5 n 2 p 60-76 2000

121

MATSUO RF VELARDI M BRANDAtildeO MRF et al Imagem corporal de idosas e atividade fiacutesica Revista Mackenzie de Educaccedilatildeo Fiacutesica e Esporte v 6 n 1 p 37-43 2007

MATTER A S RODRIGUEZ C GUTHRIE M F et al Effects of exercise on depressive symptoms in older adults with poorly responsive depressive disorder British journal of physichiatry v 180 p 411 ndash 415 2002

MATTSON M P CHAN S L DUAN W Modification of brain aging and neurodegenerative disorders by genes diet and behavior Physiological reviews V 82 p 637 ndash 6722002

MAUGHAN R GLEESON M GREENHAFF PL Bioquiacutemica do exerciacutecio e do treinamento 1 ed Satildeo Paulo Manole p 132-136 2000

MAZO GZ LOPES MA BENEDETTI TB Atividade fiacutesica e o idoso concepccedilatildeo gerontoloacutegica Porto Alegre Sulina 2001

MAZZEO RS CAVANAGH P EVANS WJ et al - Exerciacutecio e atividade fiacutesica para pessoas idosas Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 3 p 48-68 1998

Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 29 n 1 p 58-62 1997

MEEUSEN R PIACENTINI M Exercise and Neurotransmission A Window to the Future European Journal of Sport Science v 1 n 1 p 1-12 2001

MEEUSEN R ROEYKENS J MAGNUS L et al Endurance perform ance in humans the effect of a dopamine precursor or a specific serotonin (5-HT2A2C) antagonist International Journal of Sports and Medicine v 18 n 8 p 571-577 1997

MEEUSEN R THORREacute K CHAOULOFF F et al Effects of tryptophan andor acute running on extracellular 5-HT and 5-HIAA levels in the hippocampus of food-deprived rats Brain Research v 740 p 245-252 1996

MEEUSEN R WATSON P HASEGAWA H et al The Serotonin Hypothesis and Beyond Sports Medicine v 36 n 10 p 881-909 2006

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111-1125 1999

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111 ndash 1125 1999

MENESES A HONG E A pharmacological analysis of serotonergic receptors effects of their activation of blockade in learning Progress in neuro-psychopharmacology amp biological psychiatry v 21 n 2 p 273-296 1997

122

MENON MA FREIRIAS A SANCHES M Tratamento de depressatildeo no idoso Psychiatry online Brazil v 3 n 12 1998

MILHAM M P ERICKSON KI BANICH MT et al Attentional control in the aging brain Insights from na fMRI study of the Stroop task Brain and Cognition v 49 n 3 p 277-296 2002

MITNITSKI AB GRAHAM JE MOGILNER AJ et al Frailty and late-life mortality in relation to chronological and biological age BMC Geriatrics v 2 p 1 2002

MONTEIRO WD Forccedila Muscular Uma Abordagem Fisioloacutegica em Funccedilatildeo do Sexo Idade e Treinamento Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 50-66 1997

MOORE KE BABYAK MA WOOD CE et al The association between physical activity and depression in older depressed adults Journal of Aging and Physical Activity v 7 n 1 p 55-61 1999

MORAIS PR SOUZA FG BAPTISTA MN Relaccedilotildees entre Siacutendrome de Burnout e Transtornos de Humor In BAPTISTA MN Suiciacutedio e Depressatildeo ndash Atualizaccedilotildeearauacutejis Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2004 p 217-230

MORAN M Depression-Serotonin link Many mysteries Remain Psychiatric News v 38 n 9 p 48 2003

MURPHY F SMITH K COWENP ROBBINS T SAHAKIAN B The effects of tryptophan depletion on cognitive em affective processing in healthy volunteers Psychopharmacology v 163 n 1 p 42-53 2002

NAIR KS Age-related changes in muscle Mayo Clinic Proceedings v75 Suppl p S14-18 2000

NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002

NERI AL Qualidade de vida na velhice e atendimento domiciliaacuterio In DUARTE YAD DIOGO MJD Atendimento domiciliar um enfoque gerontoloacutegico Satildeo Paulo Atheneu cap 4 p 33-47 2000

NEWSHOLME EA ACWORTH IN BLOOMSTRAND E Amino acids brain neurotransmitters and a functional link between muscle and brain that is important in sustained exercise in Benzi G Advances in Myochemistry London John Libbey Eurotext P 127-133 1987

NEWSHOLME EA BLOMSTRAND E Branched-chain amino acids and central fatigue The Journal of nutrition v 136 n 1 Suppl p 274S-276S 2006

NIEMAN DC Exerciacutecio e sauacutede como se prevenir de doenccedilas usando o exerciacutecio como seu medicamento Satildeo Paulo Manole 1999 p 217-308

123

NISHIMURA A TAKEUCHI Y MATSUSHITA H et al Vulnerability to aging in the rat serotonerg system Acta Neuropatholoacutegica v96 n 6 p 581-595 1998

NYBOA L SECHER NH Cerebral perturbations provoked by prolonged exercise Progress in Neurobiology v 72 p 223ndash261 2004

OAKS S Exercise and depression American Fitness v 18 n 3 p 38-41 2000

OLIVEIRA RJ FURTADO AC Envelhecimento do Sistema nervoso e o exerciacutecio fiacutesico Educacioacuten Fiacutesica y Deporte v 15 p 1-5 1999

OLIVEIRA RJ LOPES KM COacuteRDOVA C BOTTARO M Aerobic training and the changes on the serum levels of serotonin and the symptoms of depression in the elderly women Biology of Sport v 24 n 3 p 255-264 2007

OMS - Classificaccedilatildeo de transtornos mentais e de comportamento da CID-10 S Paulo Artes Meacutedicas 1993

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2003

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2002

OMS - Informe sobre la salud en el mundo Salud mental nuevos conocimientos nuevas esperanzas Ginebra Organizacioacuten Mundial de la Salud 2001

OMS - Organisation mondiale de la santeacute Active Ageing From Evidence to Action Genegraveve lOMS 2000

OMS - Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede Divisatildeo de Sauacutede Mental GRUPOWHOQOL Versatildeo em portuguecircs dos instrumentos de avaliaccedilatildeo de qualidade de Vida (WHOQOL) 1998

OMS - WHOQOL GroupThe World Health Organizations WHOQOL-BREF quality of life assessment psychometric properties and results of the international field trial A report from the WHOQOL group Quality of Life Research v 13 n 2 p 299-310 2004

ONU - Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas Populaccedilatildeo e Envelhecimeto Factos e Nuacutemeros Segunda assembleacuteia mundial sobre o envelhecimento 2002

ORSI JVA NAHAS FX GOMES HC et al Impacto da obesidade na capacidade funcional de mulheres Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira v 54 n 2 p 106-109 2008

PAFFENBARGER JR RS KAMPERT JB LEE IM Physical activity and health of college men longitudinal observations International Journal of Sports and Medicine v 18 p s200-203 1997

124

PAFFENBARGER RS Contributions of epidemiology to exercise science and cardiovascular health Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 p 426-438 1988

PAFFENBARGER RS LEE IM LEUNG R Physical activity and personal characteristics associated with depression and suicide in American college men Acta Psychiatrica Scandinavica Supplementum v 377 p 16-22 1994

PAPALEacuteO NETTO M O estudo da velhice no seacuteculo XX histoacuterico definiccedilatildeo do campo e termos baacutesicos In Freitas Elizabete Viana de et al (Orgs) Tratado de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan p 02-12 2002

PAULO MG TEIXEIRA AR JOTZ GP et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida de Cuidadores de Idosos Portadores de Deficiecircncia Auditiva Influecircncia do Uso de Proacuteteses Auditivas Arquivo Internacional de Otorrinolaringologista v 12 n 1 p 28-36 2008

PAYTON OD POLAND JL Aging process implicatios for Clinical Practice Phisical Therapy v 63 n 1 p 41-48 1983

PEacuteREZ AS La Medicina y el Proceso de Envejecimiento al Final Del siglo XX Instituto de Espana Anales de la Real Academia Nacional de Medicina ndash Nuacutemero extraordinaacuterio Madrid 1994

PETROSKI EC Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas na terceira idade Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 34-40 1997

PHILLIPS WT KIERNAN M KING A C Physical Activity as a Nonpharmacological Treatment for Depression A Review Complementary Health Practice Review v 8 n 2 p 139-152 2003

PORTER R J LUNN SB WALKER LLM et al Cognitive deficit induced by acute tryptophan depletion in patients with Alzheimerrsquos disease American Journal of psychiatry v 157 n 4 2000

POSNER M I amp DEHAENE S ATTENTIONAL NETWORKS Trends in Neuroscience V 17 n 2 p 75-79 1994

POWERS K S HOWLEY T E Fisiologia do Exerciacutecio Satildeo Paulo Manole 2003

PROVENZA IC MARA LS LIMA WC et al Relaccedilatildeo da siacutendrome do excesso de treinamento com estresse fadiga e serotonina Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 6 2005

RANG HP DALE MM RITTER JM Farmacologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 1997 p 139-444

125

RICHTER-LEVIN G SEGAL M Age-related cognitive deficits in rats are associated with a combined loss of cholinergic and serotonergic functions Annals of the New York Academy of Sciences v 24 n 695 p 254-257 1993

ROBERGS RA ROBERTS SO Exercise Physiology Exercise performance and Clinical Applicatios Mosby 1997 p 578-596

RODRIGUES MJSF O diagnoacutestico de depressatildeo Piscologia USP v 11 n 1 p 1-22 2000

ROSA DA DE MELLO MT NEGRAtildeO AB et al Mood changes after maximal exercise testing in subjects with symptoms of exercise dependence Perceptual and motor skills v 99 n 1 p 341-353 2004

ROSSI L CASTRO I TIRAPEGUI J Suplementaccedilatildeo com aminoaacutecidos de cadeia ramificada e alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de serotonina cerebral Nutrire v 26 p1-10 2003

ROSSI L TIRAPEGUI J Implicaccedilotildees do sistema serotonineacutergico no exerciacutecio fiacutesico Arquivos Brasileiros de Endocrinologia amp Metabologia Satildeo Paulo v 48 n 2 p 227-233 2004

ROSSI L TIRAPEGUIJ Aspectos atuais sobre exerciacutecio fiacutesico fadiga e nutriccedilatildeo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 13 n 1 p 67 ndash 82 1999

SANTIEacuteN SANTAMARIA ML Indicadores socials de calidad de vida Un sistema de medicioacuten aplicado al Paiacutes Vasco Montalbaacuten Madrid Centro de Investigaciones Solioloacutegicas v 133 1993

SANTOS DM SICHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica v 39 n 2 2005

SCALCO MZ Tratamento de idosos com depressatildeo utilizando triciacuteclicos IMAO ISRS e outros antidepressivos Revista Brasileira de Psiquitriatria v 24 Supl I p 55-63 2002

SCHILDER PA Imagem do corpo as energias construtivas da psique 3ordfed Satildeo Paulo Martins Fontes 1999

SCHOEVERS RA GEERLINGS M I BEEKMAN ATF et al Association of depression and gender with mortality in old age British Journal of Psychiatry v 177 p 336-342 2000

SCHUIT A J FESKENS E J M LAUNER LJ et al Physical activity and cognitive decline the role of the apolipoprotein e4 allele Medicine amp Science in sports amp Exercise v 33 n 5 p 772 ndash777 2001

SHEENArsquoS Imagem corporal Disponiacutevel em httpwwwsheenasplaceorg Acesso em 8 jan 2004

126

SILBERMAN C SOUZA C WILHEMS F et al Cognitive deficit and depressive symptoms in a community group of elderly people a preliminary study Revista de Sauacutede Publica v 29 n 6 p 444-450 1995

SILVA MMS TINOCO ALA BRITO LF et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

SILVA P Farmacologia 6ordf ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 2002 p 296-297

SILVA TE REZENDE CHA Avaliaccedilatildeo transversal da qualidade de vida de idosos participantes de centros de convivecircncia e institucionalizados por meio do questionaacuterio geneacuterico WHOQOL-BREF 2006 Horizonte Cientiacutefico Disponiacutevel em httpwwwproppufubrrevistaeletronicaEdicao202006_1Dtais_estevaopdf Acesso em 03 maio 2008

SILVA VAP BOTTARO M JUSTINO MA et al Frequumlecircncia Cardiacuteaca Maacutexima em Idosas Brasileiras uma Comparaccedilatildeo entre Valores Medidos e Previstos Arquivos brasileiros de cardiologia v 88 n 3 p 314-320 2007

SIMOtildeES HG MARCON F OLIVEIRA F et al Resposta da razatildeo testosteronacortisol durante o treinamento de corredores velocistas e fundistas Revista brasileira de educaccedilatildeo fiacutesica e esporte v 18 n 1 p31-46 2004

SKINNER JS MCLELLAN J The transition from the aerobic and anaerobic metabolism In RESEARCH QUATERLY OF EXERCISE AND SPORTS 1980

SLADE PD What is body image Behaviour research and therapy v 32 n 5 p497-502 1994

SNOWDON J How high is the prevalence of depression in old age Revista brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 42-47 2002

SNOWDON J Is depression more prevalent in old age Australian and New Zealand Journal of Psychiatry v 35 p 782-787 2001

SOARES J Niacuteveis seacutericos de serotonina frente ao exerciacutecio agudo maacuteximo em indiviacuteduos natildeo treinados e treinados em corridas de meio-fundo e velocidade 199573f Tese (Doutorado em Ciecircncias) ndash Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 1995

SORENSEN TIA STUNKARD AJ Does obesity run in families because of genes An adoption study using silhouettes as a measure of obesity Acta Psychiatric Scandinavica 1993

SOUZA FGM Tratamento da depressatildeo Revista brasileira de Psiquiatria v 21 p 18-23 1999

127

SPEAR J How long should older people take antidepressants to prevent relapse Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 70-73 2002

SPIRDUSO WW FRANCIS LD MCRAE PG Physical Dimension of Aging ndash 2nd Edition Human Kinetics 2005

STEINBERG L L SPOSITO MMM LAURO FAA et al Serum level of serotonin during rest and during exercise in paraplegic patients Spinal Cord v 36 p 18-20 1998

STELLA SG ANTUNES HK SANTOS RF et al Transtornos do humor e exerciacutecio In Mello MT organizador Atividade fiacutesica exerciacutecio fiacutesico e aspectos psicobioloacutegicos Satildeo Paulo Guanabara Koogan 2004 p 51-9

STEWART KJ Longevity Health Sciences The Phoenix Conference Annals of the New York Academy of Sciences v 1055 p 193-206 2005

STORDAL E MYKLETUN A DAHL AA The association between age and depression in the general population a multivariate examination Acta Psychiatrica Scandinava v 107 p 132-141 2003

STRUumlDER H K HOLLMANN W PLATEN P et al Effect of acute and chronic exercise on plasma amino acids and prolactin concentrations and on [3H] Ketanserin Binding to Serotonin 2A receptors on human platelets Europe Journal Apply of Physiology v 79 p 318-324 1999

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part I International Journal of Sports and Medicine v 22 p 467-481 2001a

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part II International Journal of Sports and Medicine v 22 p 482-97 2001b

TEHARD B VAN LIERE MJ COM-NOUGUE C et al Anthropometric Measurements and Body Silhouette of Women Validity and Perception Journal of the American Dietetic Association v 102 n 12 p 1779-1784 2002

THOMAS S READING J SHEPHARD RJ Revision of the Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) Canadian journal of sport sciences v 17 p 338-345 1992

THOME J HENN FA DUMAN RS Cyclic AMP response element-binding protein and depression Expert Review of Anticancer Therapy v 2 n 3 p 347-354 2002

TINOCO ALA BRITO LF SANTrsquoANNA MSL et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

128

TOMPOROWSKI PD Effects of acute bouts of exercise on cognition Acta Psychologica v 112 p 297-324 2003

TOSKOVIC NN Alterations in selected measures of mood with a single bout of dynamic Taekwondo exercise in college-age students Perceptual and motor skills v 92 n 3 Pt p 1031-1038 2001

TRELLES L El envejecimiento del sistema nervioso Aspectos estructurales y bioquiacutemicos Revista de Neuro-Psiquiatria v 4 p 192-202 1986

TRICHES R M GIUGLIANI E R Body dissatisfaction in school children from two cities in the South of Brazil Revista de Nutriccedilatildeo v 20 n 2 p 119-128 2007

VACANTI L J SESPEDES LBH SARPI MO O teste ergomeacutetrico eacute uacutetil seguro e eficaz mesmo em indiviacuteduos muito idosos com 75 anos ou mais Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 82 n 2 p 147-150 2004

VALLE LBS FILHO RMO DELUCIA R et al Farmacologia Integrada Princiacutepios baacutesicos - v 1 Rio de Janeiro Livraria Atheneu 1988 p 353-364

VARNIER M P SARTO P MARTINES D Effects of infusing branched-brain amino acid during incremental exercise with reduced muscle glycogen content European journal of applied n 69 p 26-31 1994

VISSER M FUERST T LANG T et al Validity of fan-beam dual-energy X-ray absorptiometry for measuring fat-free mass and leg muscle mass Journal Applied Physiology v 87 p 513-1520 1999

WATSON P HASEGAWA H ROELANDS B et al Acute dopaminenoradrenaline reuptake inhibition enhances human exercise performance in warm but not temperate conditions The Journal of physiology v 565 n 3 p 873-883 2005

WERNERCK FZ BARA FILHO MG RIBEIRO LCS Efeitos do exerciacutecio fiacutesico sobre os estados de humor Revisatildeo Revista Brasileira sobre psicologia do esporte v 0 p 22-54 2006

WILLIAMSON DA OrsquoNEIL PM Behavioral and psychological correlates of obesity In BRAY G A BOUCHARD C JAMES WPT eds Handbook of obesity New York Marcel Dekker 1998 p 129-142

WOOD AT HALL MR Reversed-phase high-performance liquid chromatography of catecholamines and indoleamines using a simple gradient solvent system and native fluorescence detection Journal of Chromatography v B n 744 p 221ndash225 2000

XAVIER FMF FERAZ MPT BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 p 62-70 2001

129

XAVIER F MARCOS F BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 2001

ZAVASCHI MLS SATLER F POESTER D et al Associaccedilatildeo entre trauma por perda na infacircncia e depressatildeo na vida adulta Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 n 4 p 189-95 2002

ZHANGX SUN Z ZHANG X et al Prevalence and associated factors of overweight and obesity in older rural Chinese Obesity v 16 p 168ndash171 2008

130

AANNEEXXOO 11 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE SSAAUacuteUacuteDDEE EE HHAacuteAacuteBBIITTOOSS DDEE VVIIDDAA Nome_________________________________________________________________ Endereccedilo_________________________________________________________________________ Fone ( s) ________________________ Cel _____________________ Dt nasc _________

Leia com atenccedilatildeo e escolha a resposta que mais se aproximar a sua

realidade

1 Algum meacutedico jaacute lhe disse que vocecirc tem um problema cardiacuteaco e deve fazer exerciacutecios apenas sob orientaccedilatildeo meacutedica ( ) Sim ( ) natildeo

2 Vocecirc sente dor no peito quando realiza atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

3 No mecircs passado vocecirc teve dor no peito quando natildeo estava fazendo atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

4 Vocecirc perde o equiliacutebrio por causa de tonturas ou jaacute desmaiou alguma vez ( ) Sim ( ) natildeo

5 Vocecirc tem problema em algum osso ou articulaccedilatildeo que poderia piorar com a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ( ) Sim ( ) natildeo

6 Seu meacutedico lhe receitou atualmente alguma medicaccedilatildeo (por exemplo diureacuteticos) para pressatildeo ou problema de coraccedilatildeo ( ) Sim ( ) natildeo

7 Vocecirc conhece alguma outra razatildeo pela qual natildeo deveria praticar atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo Qual ___________________________________________________________

8 Costuma fazer check- up ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

9 Vocecirc fuma ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantos cigarros por dia ___________________________________________

10 Faz uso de bebidas alcooacutelicas ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantas vezes por semana __________________________________________

131

11 Marque um ldquoxrdquo nas doenccedilas que vocecirc tem ou jaacute teve

( ) a hipertensatildeo ( ) diabetes ( ) cardiopatias ( ) doenccedila de Alzheimer ( ) acidente vascular cerebral ( ) depressatildeo ( ) doenccedila de Parkinson

( ) _____________________ ( )_________

12 Sente dores na coluna ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Onde _________________________________________________________

13 Faz controle de colesterol ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

14 Pratica exerciacutecios fiacutesicos regularmente ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

15 Qual (quais) a(s) modalidade(s) de exerciacutecio fiacutesico que vocecirc pratica atualmente _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16 Haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses 17 Com qual frequumlecircncia semanal

( ) 1x ( ) 2x ( ) 3x ( ) 4x ( ) 5x ( ) 6x ( ) 7x ( ) gt 7x 18 Qual a duraccedilatildeo desta atividade por sessatildeo (em minutos)

( ) 10 ( ) 15 ( ) 20 ( ) 30 ( ) 40 ( ) 50 ( ) 60 ( ) gt 60 19 Qual eacute a Intensidade desta atividade

( ) Leviacutessima ( ) leve ( ) moderada ( ) um pouco alta ( ) alta ( )altiacutessima NAtildeO PRATICA nenhuma atividade fiacutesica haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses ( ) nunca participou

20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

21 Toma remeacutedio para depressatildeo ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22 Sofre de insocircnia

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes 23 Toma algum remeacutedio para dormir

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual _________________________________________________________

132

24 Jaacute fez alguma cirurgia ( ) Sim ( ) natildeo

Cirurgia Data Cirurgia Data

25 Quais os remeacutedios que vocecirc estaacute utilizando atualmente

Nome do remeacutedio Para que Posologia

26 Tem algum problema de sauacutede que natildeo foi aqui relatado ainda

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (Quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 27 A respeito da sua renda familiar assinale a alternativa correspondente a sua

realidade ( ) ateacute um salaacuterio miacutenimo ( ) dois salaacuterios miacutenimos ( ) 3 salaacuterios miacutenimos ( ) 4 a 5 salarios ( ) 6 a 7 salaacuterios ( ) acima de 10 salaacuterios ( ) 10 a 15 salaacuterios ( ) acima de 15 salaacuterios

28 A respeito do seu grau de escolaridade ( ) Analfabeto ( ) primaacuterio incompleto ( ) Primaacuterio completo ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino meacutedio ( ) Ensino Superior

29 Em que classe social vocecirc se enquadra ( ) Baixa ( ) Meacutedia ( ) Meacutedia alta ( ) Alta

OBSERVACcedilOtildeES

133

AANNEEXXOO 22 ndashndash TTEERRMMOO DDEE CCOONNSSEENNTTIIMMEENNTTOO LLIIVVRREE EE EESSCCLLAARREECCIIDDOO

NOME _______________________________________________________________

1 - ESCLARECIMENTO DAS AVALIACcedilOtildeES

11 Teste de esforccedilo e sessatildeo de exerciacutecios Vocecirc estaraacute realizando 1 teste de esforccedilo em esteira A intensidade teraacute iniacutecio em um niacutevel que vocecirc poderaacute realizar facilmente e seraacute aumentada progressivamente O tempo do teste dependeraacute do seu niacutevel de aptidatildeo fiacutesica Durante a execuccedilatildeo do mesmo devido agrave sensaccedilatildeo de fadiga ou desconforto vocecirc poderaacute solicitar que seja finalizado em qualquer momento que desejar Da mesma forma poderemos parar o teste a qualquer indiacutecio de risco percebido durante o teste

Vocecirc seraacute solicitado tambeacutem a realizar uma sessatildeo de caminhada em esteira durante 20 minutos

12 Dosagem de serotonina triptofano e aminoaacutecidos Seratildeo realizadas 2 coletas de sangue em momentos distintos A primeira ser realizada no preacute-teste em repouso e a segunda no poacutes-teste apoacutes teste de esforccedilo (no caso do Grupo Controle apoacutes 20 minutos em repouso)

13 Avaliaccedilatildeo das caracteriacutesticas fiacutesicas Seratildeo avaliados a massa corporal a estatura e o percentual de gordura (atraveacutes do meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia (DXA))

14 Preenchimento de questionaacuterios e similares Questionaacuterio de Sauacutede e Haacutebitos de Vida Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Questionaacuterio de Qualidade de Vida e Escala de Imagem corporal

2 - RISCOS E DESCONFORTOS POSSIacuteVEIS DURANTE O EXERCIacuteCIO FIacuteSICO Estou ciente da possibilidade de existir certas alteraccedilotildees durante o teste de esforccedilo que podem incluir resposta anormal da pressatildeo arterial desmaios distuacuterbios do riacutetmo cardiacuteaco e em rariacutessimos casos um derrame ou morte Todo esforccedilo seraacute feito para minimizar estes riscos pela avaliaccedilatildeo das informaccedilotildees preliminares relacionadas agrave sua sauacutede e agrave sua aptidatildeo fiacutesica e pelas observaccedilotildees realizadas durante a consulta meacutedica associada a um eletrocardiograma em repouso

3 - RESPONSABILIDADES DO PARTICIPANTE Responder com clareza e veracidade todas as perguntas contidas nos questionaacuterios e testes

A participaccedilatildeo no teste de esforccedilo maacuteximo e exames (no caso do Grupo Experimental)

Informar imediatamente as sensaccedilotildees de desconforto durante o esforccedilo fiacutesico

Proceder de acordo com as instruccedilotildees de dieta alimentar e jejum no periacuteodo que anteceder a coleta de sangue

134

4 -QUESTIONAMENTOS Qualquer pergunta sobre os procedimentos utilizados nos testes exames e treinamento satildeo encorajadas Caso tenha alguma duacutevida ou observaccedilotildees favor nos solicitar explicaccedilotildees adicionais

5 -OS RESULTADOS OBTIDOS E SUA DIVULGACcedilAtildeO Estou ciente que as informaccedilotildees obtidas por meio dos resultados de todos os testes e exames poderatildeo ser utilizadas como dados em pesquisas cientiacuteficas e seratildeo divulgadas em congressos e similares

6 - BENEFIacuteCIOS ESPERADOS A realizaccedilatildeo deste estudo contribuiraacute na accedilatildeo de profissionais da aacuterea de sauacutede dando-lhes maior fundamentaccedilatildeo cientiacutefica dos benefiacutecios advindos da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico em relaccedilatildeo aos idosos Aleacutem de nortear accedilatildeo destes profissionais em divulgar esclarecer e no caso de professores de educaccedilatildeo fiacutesica prescrever com maior seguranccedila um protocolo que possa oferecer maior benefiacutecio para esta faixa etaacuteria

7 - LIBERDADE DE CONSENTIMENTO A sua permissatildeo para participar desta pesquisa eacute voluntaacuteria Vocecirc estaraacute livre para negar este consentimento ou para parar em qualquer momento se assim o desejar

Eu li este termo de consentimento e compreendi os procedimentos que realizarei Estou de acordo em participar desta pesquisa

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG do participante)

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG da testemunha)

Brasiacutelia _______________________

Responsaacutevel pela pesquisa Keila Mordf Dias Carmo Lopes (Fone 3353 2064 cel 9963 2598) Colocircnia Agriacutecola Samambaia Chaacutecara 152 Rua 4 Lote 17

135

AANNEEXXOO 33 ndashndash IacuteIacuteNNDDIICCEE DDEE PPEERRCCEEPPCcedilCcedilAtildeAtildeOO SSUUBBJJEETTIIVVAA DDEE EESSFFOORRCcedilCcedilOO

ESCALA DE BORG

6 (Nenhum esforccedilo real)

7 Muito Muito Leve

8

9 Muito Leve

10

11 Moderada (Razoavelmente)

12

13 Moderada Alta ( Pouco Intenso)

14

15 Intenso (Intensidade Alta)

16

17 Muito Intenso

18

19 Muito Muito Intenso

20 (Esforccedilo maacuteximo) A escala de Borg eacute constituiacuteda por 15 categorias graduadas de 6 a 20 estando cada grau iacutempar relacionado a uma descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido (BORG Gunnar 2000)

136

AANNEEXXOO 44 ndashndash IINNVVEENNTTAacuteAacuteRRIIOO DDEE DDEEPPRREESSSSAtildeAtildeOO DDEE BBEECCKK ((BBDDII))

Este questionaacuterio consiste em 21 grupos de afirmaccedilotildees Depois de ler cuidadosamente

cada grupo faccedila um ciacuterculo em torno do nuacutemero (0 1 2 ou 3) diante da afirmaccedilatildeo em cada

grupo que descreve melhor a maneira como vocecirc tem se sentido nesta semana incluindo

hoje Se vaacuterias afirmaccedilotildees num grupo parecerem se aplicar igualmente bem faccedila um ciacuterculo

em cada uma

Tome o cuidado de ler todas as afirmaccedilotildees em cada grupo antes de fazer a sua escolha 1 0 Natildeo me sinto triste 1 Eu me sinto triste 2 Estou sempre triste e natildeo consigo sair disso 3 Estou tatildeo triste ou infeliz que natildeo consigo suportar 2 0 Natildeo estou especialmente desanimado quanto ao futuro 1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro 2 Acho que nada tenho a esperar

3 Acho o futuro sem esperanccedila e tenho a impressatildeo de que as coisas natildeo podem melhorar 3 0 Natildeo me sinto um fracasso 1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum 2 Quando olho para traacutes na minha vida tudo o que posso ver eacute um monte de fracassos 3 Acho que como pessoa sou um completo fracasso 4 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes 1 Natildeo sinto mais prazer nas coisas como antes 2 Natildeo encontro um prazer real em mais nada 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo 5 0 Natildeo me sinto especialmente culpado 1 Eu me sinto culpado agraves vezes 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo 3 Eu me sinto sempre culpado 6 0 Natildeo acho que esteja sendo punido 1 Acho que posso ser punido 2 Creio que vou ser punido 3 Acho que estou sendo punido 7 0 Natildeo me sinto decepcionado comigo mesmo 1 Estou decepcionado comigo mesmo 2 Estou enojado de mim 3 Eu me odeio 8 0 Natildeo me sinto de qualquer modo pior que os outros 1 Sou criacutetico em relaccedilatildeo a mim devido a minhas fraquezas ou a meus erros 2 Eu me culpo sempre por minhas falhas 3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece

137

9 0 Natildeo tenho quaisquer ideacuteias de me matar 1 Tenho ideacuteias de me matar mas natildeo as executaria 2 Gostaria de me matar 3 Eu me mataria se tivesse oportunidade 10 0 Natildeo choro mais que o habitual 1 Choro mais agora do que costumava 2 Agora choro o tempo todo

3 Costumava ser capaz de chorar mas agora natildeo consigo mesmo que o queira 11 0 Natildeo sou mais irritado agora do que jaacute fui 1 Fico molestado ou irritado mais facilmente do que costumava 2 Atualmente me sinto irritado o tempo todo 3 Absolutamente natildeo me irrito com as coisas que costumavam irritar-me 12 0 Natildeo perdi o interesse nas outras pessoas 1 Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas 2 Perdi a maior parte do meu interesse nas outras pessoas 3 Perdi todo o meu interesse nas outras pessoas 13 0 Tomo decisotildees mais ou menos tatildeo bem como em outra eacutepoca 1 Adio minhas decisotildees mais do que costumava 2 Tenho maior dificuldade em tomar decisotildees do que antes 3 Natildeo consigo mais tomar decisotildees 14 0 Natildeo sinto que minha aparecircncia seja pior do que costumava ser 1 Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos 2 Sinto que haacute mudanccedilas permanentes em minha aparecircncia que me fazem parecer sem

atrativos 3 Considero-me feio 15 0 Posso trabalhar mais ou menos tatildeo bem quanto antes 1 Preciso de um esforccedilo extra para comeccedilar qualquer coisa 2 Tenho de me esforccedilar muito ateacute fazer qualquer coisa 3 Natildeo consigo fazer nenhum trabalho 16 0 Durmo tatildeo bem quanto de haacutebito 1 Natildeo durmo tatildeo bem quanto costumava

2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que de haacutebito e tenho dificuldade para voltar a dormir

3 Acordo vaacuterias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade para voltar a dormir 17 0 Natildeo fico mais cansado que de haacutebito 1 Fico cansado com mais facilidade do que costumava 2 Sinto-me cansado ao fazer qualquer coisa 3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa 18 0 Meu apetite natildeo estaacute pior do que de haacutebito 1 Meu apetite natildeo eacute tatildeo bom quanto costumava ser 2 Meu apetite estaacute muito pior agora 3 Natildeo tenho mais nenhum apetite 19 0 Natildeo perdi muito peso se eacute que perdi algum ultimamente 1 Perdi mais de 25 Kg 2 Perdi mais de 5 Kg 3 Perdi mais de 75 Kg Estou deliberadamente tentando perder peso comendo menos SIM ( ) NAtildeO ( )

138

20 0 Natildeo me preocupo mais que o de haacutebito com minha sauacutede 1 Preocupo-me com problemas fiacutesicos como dores e afliccedilotildees ou perturbaccedilotildees no estocircmago ou

prisatildeo de ventre 2 Estou muito preocupado com problemas fiacutesicos e eacute difiacutecil pensar em outra coisa que natildeo isso 3 Estou tatildeo preocupado com meus problemas fiacutesicos que natildeo consigo pensar em outra coisa 21 0 Natildeo tenho observado qualquer mudanccedila recente em meu interesse sexual 1 Estou menos interessado por sexo que costumava 2 Estou bem menos interessado em sexo atualmente 3 Perdi completamente o interesse por sexo

139

AANNEEXXOO 55 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE QQUUAALLIIDDAADDEE DDEE VVIIDDAA

((WWHHOOQQOOLLndashndash bbrreeff))

Nome___________________________________________________ Modalidade ________________________________________ Este questionaacuterio eacute sobre como vocecirc se sente a respeito de sua qualidade de vida sauacutede e outras aacutereas de sua vida Por favor responda a todas as questotildees Se vocecirc natildeo tem certeza sobre que resposta dar em uma questatildeo por favor escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada Esta muitas vezes poderaacute ser sua primeira escolha Por favor tenha em mente seus valores aspiraccedilotildees prazeres e preocupaccedilotildees Noacutes estamos perguntando o que vocecirc acha de sua vida tomando como referecircncia as duas uacuteltimas semanas Por favor leia cada questatildeo veja o que vocecirc acha e circule no nuacutemero e lhe parece a MELHOR RESPOSTA 1- Como vocecirc avaliaria sua qualidade de vida muito ruim Ruim nem ruim nem boa boa muito boa 1 2 3 4 5

2-Quatildeo satisfeito vocecirc estaacute com a sua sauacutede

muito insatisfeito Insatisfeito nem satisfeito nem insatisfeito satisfeito muito satisfeito

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes satildeo sobre o quanto vocecirc tem sentido algumas coisas nas uacuteltimas duas semanas 3-Em que medida vocecirc acha que sua dor (fiacutesica) impede vocecirc de fazer o que vocecirc precisa nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

4-O quanto vocecirc precisa de algum tratamento meacutedico para levar sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

5- O quanto vocecirc aproveita a vida nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

6- Em que medida vocecirc acha que a sua vida tem sentido nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

7- O quanto vocecirc consegue se concentrar nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

8- Quatildeo seguro(a) vocecirc se sente em sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

9- Quatildeo saudaacutevel eacute o seu ambiente fiacutesico (clima barulho poluiccedilatildeo atrativos) nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

140

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo completamente vocecirc tem sentido ou eacute capaz de fazer certas coisas nestas uacuteltimas duas semanas 10- Vocecirc tem energia suficiente para seu dia-a- dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

11- Vocecirc eacute capaz de aceitar sua aparecircncia fiacutesica nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

12- Vocecirc tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

13- Quatildeo disponiacuteveis para vocecirc estatildeo as informaccedilotildees que precisa no seu dia-a-dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

14- Em que medida vocecirc tem oportunidades de atividade de lazer nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo bem ou satisfeito vocecirc se sentiu a respeito de vaacuterios aspectos de sua vida nas uacuteltimas duas semanas 15- Quatildeo bem vocecirc eacute capaz de se locomover

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 16- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu sono

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 17- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 18- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade para o trabalho

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 19- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute consigo mesmo

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 20- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com suas relaccedilotildees pessoais (amigos parentes conhecidos colegas)

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 21- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua vida sexual

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 22- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o apoio que vocecirc recebe de seus amigos

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5

141

23- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com as condiccedilotildees do local onde mora

muito ruim ruim Nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 24- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu acesso aos serviccedilos de sauacutede

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 25- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu meio de transporte

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes referem-se a com que frequumlecircncia vocecirc sentiu ou experimentou certas coisas nas uacuteltimas duas semanas 26- Com que frequumlecircncia vocecirc tem sentimentos negativos tais como mau humor desespero ansiedade depressatildeo

nunca Algumas vezes frequumlentemente muito frequumlentemente sempre

1 2 3 4 5

Algueacutem lhe ajudou a preencher este questionaacuterio ( ) Sim ( ) Natildeo

Quanto tempo vocecirc levou para preencher este questionaacuterio _________________

Vocecirc tem algum comentaacuterio sobre o questionaacuterio

OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO

142

AANNEEXXOO 66 ndashndash EESSCCAALLAA DDEE AAVVAALLIIAACcedilCcedilAtildeAtildeOO DDAA IIMMAAGGEEMM CCOORRPPOORRAALL

NOME______________________________________________________ IDADE ____________ M C _________ Gord ________ IMC ___________

A seguir vocecirc tem uma seacuterie de 9 silhuetas femininas Observe

cuidadosamente cada uma das figuras e responda Qual o nuacutemero da figura

correspondente agraves seguintes perguntas Lembre que natildeo haacute respostas certas ou

erradas (Adaptado de SORENSEN e STUNKARD 1993)

1- Qual aparecircncia fiacutesica mais se parece com vocecirc ATUALMENTE 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 2- Qual aparecircncia fiacutesica que vocecirc GOSTARIA DE TER 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 3- Qual aparecircncia fiacutesica vocecirc tinha HAacute UM ANO ATRAacuteS 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 4- Avaliaccedilatildeo do avaliador 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 5- Vocecirc estaacute satisfeita com sua aparecircncia atual

( ) sim ( ) natildeo

6- Vocecirc acha que sua aparecircncia se aproxima com os padrotildees de beleza ditados pela miacutedia

( ) sim ( ) natildeo

143

7- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma dieta para o controle do peso corporal

( ) sim ( ) natildeo

8- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma cirurgia plaacutestica visando melhoria da esteacutetica corporal

( ) sim ( ) natildeo

9- Vocecirc realizaria caso fosse disponibilizado gratuitamente uma ou mais uma intervenccedilatildeo

ciruacutergica plaacutestica com fins esteacuteticos

( ) sim ( ) natildeo

144

AANNEEXXOO 77 ndashndash MMIINNEE-- EEXXAAMMEE DDOO EESSTTAADDOO MMEENNTTAALL ndashndash ((MMMMSSEE))

NOME DO SUJEITO 1) ORIENTACcedilAtildeO TEMPORAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) ANO ESTACcedilAtildeO MEcircS DIA DIA DA SEMANA TOTAL 2) ORIENTACcedilAtildeO ESPACIAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) CIDADE ESTADO BAIRRO LOCAL ANDAR OU PREacuteDIO TOTAL 3) REGISTRO MOSTRE AS 3 IMAGENS E PECcedilA AO SUJEITO PARA NOMEAacute-LAS (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL 4) CAacuteLCULO PECcedilA AO SUJEITO PARA SUBTRAIR 7 DE CADA UM DOS NUacuteMEROS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) 100 (R = 93) 93 (R = 86) 86 (R = 79) 79 (R = 72) 65 (R = 65) TOTAL 5) EVOCACcedilAtildeO PECcedilA AO SUJEITO PARA RELEMBRAR QUAIS FORAM OS TREcircS OBJETOS DA QUESTAtildeO ANTERIOR (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL

145

6) LINGUAGEM 1 MOSTRE UM RELOacuteGIO E UMA CANETA AO SUJEITO E PECcedilA PARA ELE NOMEAacute-LAS (TOTAL = 2 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) RELOacuteGIO CANETA TOTAL 7) LINGUAGEM 2 PECcedilA AO SUJEITO PARA REPETIR A FRASE NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute (TOTAL = 1 PONTO) NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute TOTAL 8) LINGUAGEM 3 VOCEcirc IRAacute DAR UM COMANDO VERBAL AO SUJEITO E PEDIR QUE ELE SIGA AS SEGUINTES ORDENS PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO E COLOQUE-O EM CIMA DA MESA (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA ORDEM SEGUIDA CORRETAMENTE)

PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO COLOQUE EM CIMA DA MESA TOTAL 9) LINGUAGEM 4 PECcedilA AO SUJEITO QUE OBEDECcedilA AO COMANDO QUE ESTARAacute NA PLACA COM A SEGUINTE ORDEM ldquoFECHE OS OLHOSrdquo (TOTAL = 1 PONTO) FECHE OS OLHOS TOTAL 10) LINGUAGEM 5 PECcedilA AO SUJEITO PARA ESCREVER UMA FRASE COMPLETA (TOTAL = 1 PONTO) FRASE COMPLETA TOTAL 11) LINGUAGEM 6 DEcirc UMA FOLHA EM BRANCO AO SUJEITO MOSTRE O DESENHO ABAIXO E PECcedilA PARA QUE ELE COPIE (TOTAL = 1 PONTO)

COacutePIA DO DESENHO TOTAL ESCORE GERAL DO TESTE

146

147

148

AANNEEXXOO 99

149

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 11

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P GC Preacute 15146 plusmn 5492 1545 04532 G90LA Poacutes 17558 plusmn 5492 -337 09041 Preacute 12849 plusmn 2356 3842 00241 GLA Poacutes 15203 plusmn 4287 2018 04275 Preacute 10984 plusmn 2673 5707 00029 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6519 00099 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 3613 00770 Poacutes 12763 plusmn 3357 4458 00710 Poacutes2 11447 plusmn 4297 3173 00940

00247 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 3848 Poacutes 13052 plusmn 2934 4168 00663 Poacutes2 12022 plusmn 1698 2598 00244

GLA Preacute 12849 plusmn 2356 2297 02123 G90LA Poacutes 15203 plusmn 4287 2355 03553 Preacute 10984 plusmn 2673 4162 00377 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6856 00072 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 2067 03392 Poacutes 12763 plusmn 3357 4795 00536 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 2303 02081 Poacutes 13052 plusmn 2934 4505 00486 GLA Preacute 10984 plusmn 2673 1865 01609 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 4501 00262 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -230 08899 Poacutes 12763 plusmn 3357 2440 02256 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 005 09966 Poacutes 13052 plusmn 2934 2150 02415

Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -2095 02360 G90PCR Poacutes 12763 plusmn 3357 -2061 02040 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -1860 01790 Poacutes 13052 plusmn 2934 -2351 01131 Gmax GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -290 08877 Poacutes 13052 plusmn 2934 235 08519 Poacutes2 12022 plusmn 1698 -575 07157

p le 005 ple 001 ndash Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

150

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 22

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P

GC Preacute 49553 plusmn 16146 12195 01673 G90LA Poacutes 54339 plusmn 16146 6246 04558 Preacute 46411 plusmn 8074 15336 00223 GLA Poacutes 51918 plusmn 14224 8867 02782 Preacute 39965 plusmn 9746 21783 00037 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 18391 00195 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 16234 00250 Poacutes 40323 plusmn 11663 20263 00130 Poacutes2 35493 plusmn 9993 24729 00004 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 15895 00147 Poacutes 45691 plusmn 10569 14894 00399 Poacutes2 41730 plusmn 8746 18492 00017

GLA Preacute 46411 plusmn 8074 3141 06660 G90LA Poacutes 51918 plusmn 14224 2421 07550 Preacute 39965 plusmn 9746 9588 02149 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 12145 00998 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 4039 06009 Poacutes 40323 plusmn 11663 14016 00664 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 3700 05956 Poacutes 45691 plusmn 10569 8648 02060 GLA Preacute 39965 plusmn 9746 6446 01717 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 9724 01473 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 897 08526 Poacutes 40323 plusmn 11663 11595 00963 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 559 08914 Poacutes 45691 plusmn 10569 6226 03182

Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 -5549 02968 G90PCR Poacutes 40323 plusmn 11663 1871 07453 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -5887 02021 Poacutes 45691 plusmn 10569 -3497 05126 Gmax GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -338 09430 Poacutes 45691 plusmn 10569 -5369 03351

Poacutes2 41730 plusmn 8746 -6237 01900

p le 005 ple 001 ple 0001 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

151

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 33

Tabelandash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 03058 plusmn 01787 00668 04326 G90LA Poacutes 02752 plusmn 00941 01022 00677 Preacute 03406 plusmn 01851 00320 07102 GLA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00340 06476 Preacute 03391 plusmn 00889 00335 05969 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00178 08039 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00571 04149 Poacutes 03205 plusmn 01520 00568 04080 Poacutes2 03167 plusmn 00873 0078 01126 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00813 01761 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00808 01249 Poacutes2 04409 plusmn 00801 -00462 02991

GLA Preacute 03406 plusmn 01851 -00348 07077 G90LA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00681 03446 Preacute 03391 plusmn 00889 -00333 09838 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -01200 05501 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -01239 01245 Poacutes 03205 plusmn 01520 -00453 04853 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01482 00388 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01830 00011 GLA Preacute 03391 plusmn 00889 00015 06442 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00519 00965 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00891 02708 Poacutes 03205 plusmn 01520 00228 07833 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01134 01132 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01149 01040

Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00906 01058 G90PCR Poacutes 03205 plusmn 01520 00747 03631 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01149 00124 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00629 03426 Gmax GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00242 06217 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01377 00376

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos Poacutes2 04409 plusmn 00801 -01242 00080

152

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 44

p le 005 ple 001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

Tabela ndash Compara

ccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 01094 plusmn 00459 -00171 03536 Poacutes 01057 plusmn 00547 -00019 09313 GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00016 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00024 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00017 08995 Poacutes 00997 plusmn 00394 00040 08235 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00285 00818 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00049 08348 Poacutes2 00998 plusmn 00326 -00055 06946 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00333 00017 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00263 00552 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00329 00016 G90LA GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00188 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00043 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 00154 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00059 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00113 05976 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00029 09174 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00162 03312 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00244 02349 GLA G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00033 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00016 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00301 01453 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00073 07935 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00350 00290 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00287 01499 G90PCR Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00268 01406 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00089 07229 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00316 00149 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00303 00631 Gmax GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00048 07216 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00214 03161 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00274 00364

  • A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e confiar quando tantos desconfiaram
    • BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007
      • FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999
        • Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986
        • NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002
          • Nome_________________________________________________________________
            • 20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia
            • OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO
                • NOME______________________________________________________
                • ANO
                  • ESTACcedilAtildeO
                    • CIDADE
                    • PENTE
                    • PENTE
                    • RELOacuteGIO
                    • NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute
                    • PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA
                    • FECHE OS OLHOS
                    • FRASE COMPLETA
                    • COacutePIA DO DESENHO
Page 4: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

iv

Dedico este trabalho Primeiramente a Deus a Ele toda a honra Ao meu marido Augusto meu amor e companheiro Aos meus filhotes Bruno Stefanie e Michel razatildeo de minha existecircncia Aos meus pais Nicodemus e Floriacutepes exemplo de luta amor e proteccedilatildeo Aos meus segundos pais Augusto e Marina que aprendi a amar Aos meus irmatildeos cunhados e sobrinhos minha alegria e seguranccedila

v

AAGGRRAADDEECCIIMMEENNTTOOSS

A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade

oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e

confiar quando tantos desconfiaram

Ao meu esposo por compreender minha ausecircncia por torcer e investir em meu

crescimento profissional por representar muitas vezes sozinho nossa famiacutelia sem

ao menos questionar e por incentivar quando as forccedilas esmoreciam

Aos meus filhos por serem quem satildeo tatildeo corretos e bons filhos e permitirem uma

matildee como eu querer sonhar e andar em busca de novos rumos Principalmente agrave

Stefanie filha e futura colega por me ajudar nas coletas dos dados com eficiecircncia e

boa vontade

Ao professor Dr Jocircnatas de Franccedila Barros orientador querido pela competecircncia e

serenidade e por estar sempre de portas abertas a despeito de suas atribuiccedilotildees e

por acreditar na medida certa

Ao professor Dr Ricardo Jacoacute de Oliveira co-orientador por ser amigo antes de

tudo e por abrir portas e oportunidades com confianccedila e exemplo de competecircncia

A Profa Dra Mariana S de Castro do Instituto de Biologia da UnB por sua

incomparaacutevel dedicaccedilatildeo profissional e por orientar com o coraccedilatildeo

A Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia por autorizar a utilizaccedilatildeo de suas instalaccedilotildees para

a realizaccedilatildeo das coletas de dados

Ao Laboratoacuterio Hermes Pardini pela adequaccedilatildeo dos valores referentes agraves dosagens

dos analiacuteticos investigados neste estudo

A Maria Joseacute Teixeira carinhosamente conhecida por Zezeacute pela gentileza de nos

presentear com a revisatildeo ortograacutefica deste trabalho

Aos profissionais do laboratoacuterio de anaacutelises clinicas do Hospital da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia em especial ao Dr Rico pela atenccedilatildeo e orientaccedilotildees teacutecnicas

sobre os procedimentos de coleta

Aos meus alunos da UNIP Roberto Paiva Beth e principalmente Andreacute Rosa pela

contribuiccedilatildeo nas coletas de dados

vi

Aos meus amigos mestrandos e doutorandos da UCB agrave Alessandra por estenderem

a matildeo em momentos de necessidade pela companhia e amizade

Ao Prof Ms Ricardo Moreno teacutecnico do LEEFS-UCB pela amizade por sua ajuda

competente e orientaccedilatildeo

A enfermeira Valquiacuteria por seu carinho ao atender as idosas durante as coletas

Aos Profs do Programa de Ginaacutestica nas Quadras pela amizade e por suprirem

minha ausecircncia quando precisei e aos meus alunos queridos pelo incentivo razatildeo

de meu interesse em continuar estudando

A aluna Francisca Miranda por sua ajuda incondicional nas coletas de sangue

durante o estudo piloto

Aos Profs da UNIP pelo coleguismo e incentivo Ao Prof Ms Pedro Paulo pela

compreensatildeo em adequar os horaacuterios agraves minhas necessidades

Agraves idosas que participaram desta investigaccedilatildeo por tratar-me como filha pela

assiduidade responsabilidade e atenccedilatildeo desinteressada A todas vocecircs deixo o meu

respeito meu carinho e um sentimento profundo de agradecimento

vii

Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores por aquEle que nos amou Porque estou certo de quenem a morte nem a vida nem anjos nem principadosnem coisas presentes nem futuras nem potestadesnem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura nos poderaacute separar do amor de Deusque estaacute em Cristo Jesus nosso Senhorrdquo

(Rm 83739)

viii

LLIISSTTAA DDEE AABBRREEVVIIAACcedilCcedilOtildeOtildeEESS EE SSIIGGLLAASS

5-HIAA Aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico - principal metaboacutelito da 5-HT

5-HT 5- Hidroxitriptamina ou serotonina

AAN Aminoaacutecidos neutros (AACR + AAA)

AACR Aminoaacutecidos de Cadeira Ramificada (Valina Leucina e Isoleucina)

AAA Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (Tirosina e Fenilalanina)

ACSM American College of Sports Medicine

AL Aacutecido Laacutetico

AVAD Anos de vida perdidos por morte prematura ou por ldquodescapacidadesrdquo

BNDF Brain- Derived Neurotrophic Factor

CC Circunferecircncia de Cintura

CID 10 Deacutecima versatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional das Doenccedilas

DEXA Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia

EDTA Aacutecido etilenodiaminotetraaceacutetico

et al e outros

FC Frequumlecircncia Cardiacuteaca

GC Grupo Controle

G10LA Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio

GLA Grupo Experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade do limiar anaeroacutebio

G90PCR Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Gmax Grupo experimental submetido a um teste cardiovascular maacuteximo

GLA1h Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio por um periacuteodo de 1h

h hora

HPLC-FD High-performance liquid chromatographic Fluorometric Detection

(Cromatografia liacutequida de alta performance com detector de

fluorescecircncia)

ix

BDI Beck Depression Inventory (Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck)

IMC Iacutendice de massa corporal

IPE Iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (escala de Borg)

LA Limiar anaeroacutebio (neste estudo considerado equivalente ao LV)

LL Limiar laacutetico

LV Limiar ventilatoacuterio

MAO Monoaminaoxidase

mg miligrama

min minuto

ml mililitro

nm Nanograma

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

RCQ Relaccedilatildeo cintura quadril

SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia

SNC Sistema nervoso central

TC Teste de carga

TRP Triptofano (aminoaacutecido essencial precursor da 5-TH)

TRP-L Triptofano livre (desligado da albumina)

UCB Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

max Consumo maacuteximo de oxigecircnio VO2

VO2 pico Pico de Consumo de oxigecircnio GC Percentual de gordura corporal

x

LLIISSTTAA DDEE FFIIGGUURRAASS

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina34

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas 35

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na Fadiga Perifeacuterica e Fadiga Central 42

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do Programa de atendimento ao idoso do

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF onde foi realizada a seleccedilatildeo da

amostra)62

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da Composiccedilatildeo Corporal atraveacutes do meacutetodo de

Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na

Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (UCB-DF) 64

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante

teste incremental maacuteximos avaliada no LEEFS ndash UCB-DF 65

Figura 7 ndash Escala de silhuetas Sorensen amp Stunkard (1993) 68

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por

domiacutenios e facetas 69

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob

estiacutemulo de estresse106

xi

LLIISSTTAA DDEE TTAABBEELLAASS

Tabela 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que

apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT xviii

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados

aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA

GLA1h G90LA e Gmax) 59

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio-padratildeo) das variaacuteveis da amostra 74

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvios-padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o

teste de potecircncia aeroacutebia 76

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio-padratildeo do Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva

de esforccedilo durante teste de carga 76

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio-padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da

amostra distribuiacutedos por silhuetas 77

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal 79

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance

cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e

consumo pico (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina

em repouso 81

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2)

VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) 82

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intragrupo (preacute e poacutes-testes) das variaacuteveis Serotonina

Triptofano os Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia

Ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos

experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h) 83

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-

teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2

das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h 84

xii

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 86

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 88

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Prolactina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 89

xiii

LLIISSTTAA DDEE GGRRAacuteAacuteFFIICCOOSS

Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ

GC CC e IMC) apresentadas por mulheres idosas participantes

deste estudo 75

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos)

da performance cognitiva (Avaliado) e dos valores de referecircncia

(Esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte 77

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como imagem

corporal real e imagem corporal ideal 78

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

por silhuetas (S) de 1 a 9 79

Graacutefico 5 ndash Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (Fis) psicoloacutegico (Psic)

social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral

obtida entre estes domiacutenios 80

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de

depressatildeo 80

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano

da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo 81

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis

serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 85

Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 87

Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

Prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 88

xiv

Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de AACR

e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 91

Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste da relaccedilatildeo do Triptofano

e Aminoaacutecidos Aromaacuteticos e do Triptofano com os Aminoaacutecidos de

Cadeia Ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 92

xv

LLIISSTTAA DDEE AANNEEXXOOSS

Anexo 1 ndash Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 130

Anexo 2 ndash Termo de consentimento livre e esclarecido133

Anexo 3 ndash Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo 135

Anexo 4 ndash Inventaacuterio de depressatildeo de Beck (BDI) 136

Anexo 5 ndash Questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOLndashbref)139

Anexo 6 ndash Escala de avaliaccedilatildeo da imagem corporal142

Anexo 7 ndash Mine-exame do estado mental ndash (MMSE)144

Anexo 8 ndash Declaraccedilatildeo de ciecircncia institucional 146

Anexo 9 ndash Processo de anaacutelise do projeto de pesquisa 148

xvi

LLIISSTTAA DDEE AAPPEcircEcircNNDDIICCEESS

Apecircndice 1 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os

grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 149

Apecircndice 2 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada

(AACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos

os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 150

Apecircndice 3 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos

(TRPAAA) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre

todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos

GC Gmax e GLA1h 151

Apecircndice 4 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste

(poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre

os grupos GC Gmax e GLA1h 152

xvii

GGLLOOSSSSAacuteAacuteRRIIOO

Neste estudo foram adotados os seguintes constructos1

Aeroacutebio na presenccedila de oxigecircnio livre

Anaeroacutebio ausecircncia de oxigecircnio livre

Atividade fiacutesica qualquer movimento corporal produzido por muacutesculos e que

resulta em maior dispecircndio de energia

Carboxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de CO2 catalisado por uma enzima que

utiliza biotina como grupo prosteacutetico

Deaminaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de um grupo amino (NH2)

Efeitos agudos ou respostas agudas ao exerciacutecio alteraccedilotildees sistecircmicas

orgacircnicas e celulares que ocorrem na mesma escala temporal que uma sessatildeo

simples de exerciacutecio

Efeitos crocircnicos ou respostas crocircnicas ao exerciacutecio alteraccedilotildees celulares

orgacircnicas e sistecircmicas que se mantecircm por um periacuteodo de tempo apoacutes ou como

consequumlecircncia do treinamento fiacutesico

Exerciacutecio uma subclasse da atividade fiacutesica ou seja eacute uma atividade fiacutesica

planejada estruturada repetitiva e proposital

Hidroxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de um grupo de hidroxila (OH) a uma

moleacutecula

Limiar anaeroacutebio primeiro limiar ventilatoacuterio corresponde ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas)

Oxidaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de eleacutetrons de um aacutetomo Eacute sempre

acompanhada de uma reduccedilatildeo

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio considerado neste estudo como o segundo

limiar ventilatoacuterio referente ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e

PETO2 coincidiram com a queda de PETCO2

Substrato moleacutecula reativa ou reagente em uma reaccedilatildeo catalisada por enzima

O termo constructo eacute aqui usado conforme a definiccedilatildeo de LAKATOS amp MARCONI (2003) () constructo eacute um conceito e deliberadamente inventado ou adotado com um propoacutesito cientiacutefico () (LAKATOS amp MARCONI 2003 p 104)

xviii

RREESSUUMMOO

Objetivos 1) Identificar o perfil antropomeacutetrico (PA) e psicomeacutetrico (PP) da amostra e 2) verificar o efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre as alteraccedilotildees perifeacutericas do sistema serotonineacutergico atraveacutes das concentraccedilotildees da serotonina (5-HT) e do triptofano (TRP) e de possiacuteveis alteraccedilotildees centrais atraveacutes da prolactina (PROL) e das relaccedilotildees entre o TRP e aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e aminoaacutecidos de cadeira ramificada (AACR) Meacutetodo A amostra constituiacuteda por idosas ativas (n=49 6406plusmn37 anos VO2pico= 2068plusmn249) foi dividida para um grupo controle (GC) e cinco grupos experimentais (GEs) submetidos a exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90 do limiar anaeroacutebio (LA) no LA e a 90 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA GLA e G90PCR respectivamente) a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax) e a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo no LA (GLA1h) A descriccedilatildeo do PA foi avaliada atraveacutes do iacutendice de massa corporal (IMC) relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) circunferecircncia de cintura (CC) e percentual de gordura corporal (IMC RCQ CC e GC - DEXA respectivamente) O PP foi avaliado atraveacutes da performance cognitiva (PC) da imagem corporal (IC) dos niacuteveis de qualidade de vida (QV) e de depressatildeo (ND) (MMSE escala de silhueta WHOQOL-bref e BDI respectivamente) Os resultados do PA indicaram IMC= 2655plusmn294 kgm2 RCQ= 087plusmn005 cm CC= 9142plusmn770 cm GC= 3666plusmn48 Para PP percebeu-se uma PC preservada (MMSE=256plusmn37) um alto niacutevel de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal (ple0001) onde 4286 indicaram a silhueta 3 como IC ideal A meacutedia de QV foi de 6818 e a meacutedia dos ND foi de 1018 Para as anaacutelises bioquiacutemicas apenas trecircs dos GEs apresentaram acreacutescimo (pgt005) das concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico observadas atraveacutes da PROL

Tabela 1 - Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT

Grupo Momento 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Preacute x Poacutes Poacutes x Poacutes2 Preacute x Poacutes2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GLA1h Preacute x Poacutes 492 368 1089 162 035 092 Poacutes x Poacutes2 Preacute x Pos2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GPCR Preacute x Poacutes 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreacutescimo = Acreacutescimo 5-HT= Serotonina TRP= Triptofano PROL= Prolactina AAA= Aminoaacutecidos aromaacuteticos e AACR= Aminoaacutecidos de cadeia ramificada Conclusatildeo As idosas apresentaram indicativos de obesidade e risco para doenccedilas relacionadas ao acuacutemulo de gordura insatisfaccedilatildeo com a IC adequaccedilatildeo da PC bom niacutevel de QV e indicativos de depressatildeo leve Respostas bioquiacutemicas indicaram que sessotildees de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo soacute promovem alteraccedilotildees (ple005) do sistema serotonineacutergico quando de alta intensidade ou de intensidade moderada e duraccedilatildeo de 1h Apesar de possiacuteveis benefiacutecios advindos de exerciacutecios de intensidades maacuteximas os submetidos entre o primeiro e segundo LA e de duraccedilatildeo acima de 20 min podem ser mais apropriadas para interferir nas concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de idosos presumivelmente relacionadas com a aquisiccedilatildeo de sauacutede mental

xix

AABBSSTTRRAACCTT

Purposes 1) Identify volunteers anthropometric (AS) and psychometric (PS) status and 2) verify the dose-response effects of cardiovascular physical exercise of different intensities and duration on the peripheral alterations of the serotoninergic system through serotonin (5-HT) and tryptophan (TRP) concentrations and the possible central alterations through prolactin (PROL) and the ration between TRP and aromatic (AAA) and branched-chain amino acids (AACR) Methods Sample was composed by active older women (n=49 6406plusmn37 years VO2max= 2068plusmn249) who were divided for a control group (CG) and five experimental groups (EGs) submitted to treadmill exercises 20 minutes of duration under intensities of 90 of anaerobic threshold (AT) 100 of AT and 90 of the respiratory compensation point (G90AT GAT and G90RCP respectively) and a maximal exercise test (Gmax) and to a walking for one hour in the AT (GAT1h) The description of AS was evaluated by the body mass index (BMI) waist to hip ratio (WHR) waist circunference (WC) and percent body fat (BF - DEXA) and PS was measured by the cognitive performance (CP) body image (BI) quality of life levels (QLL) and depression (DL) (MMSE silhouette scale WHOQOL- bref e BDI respectively) AS results indicated a BMI = 2655plusmn294 kgm2 WHT= 087plusmn005 cm WC= 9142plusmn770 cm BF= 3666plusmn48 For PS it was observed a preserved CP (MMSE=256 plusmn37) a high level of dissatisfaction in relation to body image (ple0001) in which 4286 indicated the silhouette 3 as the ideal BI The mean QLL was 6818 and the DL mean was 1018 In relation to the biochemistry analyses only three of the EGs presented increases (pgt005) of the central serotoninergic system concentrations (PROL)

Table 1 ndash Percent distribution of the alterations promoted by EGs that presented increases in the central 5HT concentrations

Groups Moment 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Pre x Post Post x Post2 Pre x Post2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GAT1h Pre x Post 492 368 1089 162 035 092 Post x Post2 Pre x Post2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GRCP Pre x Post 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreases = Increases 5-HT= Serotonin TRP= tryptophan PROL= Prolactin AAA= Aromatic Aminoacids and AACR= Branched-chain Aminoacids Conclusions All volunteers presented indicators of obesity and its related diseases dissatisfaction with BI adequate CP adequate QLL and indexes of light depression Biochemistry responses indicated that short-term exercise sessions promoted alterations (ple005) on serotoninergic system only at high intensity or in the moderate exercises duration of 1 hour Although the it was observed possible positive effects of maximal exercise volunteers that exercised between AT and RCP with duration of more than 20 minutes seems more appropriated to affect central serotoninergic concentrations of older individuals presumably trhough benefits related to mental health

xx

SSUUMMAacuteAacuteRRIIOO

AGRADECIMENTOS v

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS viii

LISTA DE FIGURAS x

LISTA DE TABELAS xi

LISTA DE GRAacuteFICOS xiii

LISTA DE ANEXOS xv

LISTA DE APEcircNDICES xvi

GLOSSAacuteRIO xvii

RESUMO xviii

ABSTRACT xix

SUMAacuteRIO xx

1 INTRODUCcedilAtildeO 24

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA 24

12 PROBLEMA DO ESTUDO 26

13 OBJETIVOS 26

131 Objetivo Geral 26

132 Objetivos Especiacuteficos 27

14 HIPOacuteTESES 27

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO 28

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS 28

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO 29

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 30

xxi

21 ENVELHECIMENTO 30

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO 32

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 33

231 Respostas do Sistemas Serotonineacutergico ao Exerciacutecio Fiacutesico 36

22331111 Alteraccedilotildees na barreira hematoencefaacutelica e exerciacutecios fiacutesicos 37

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergico 38

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o sistema serotonineacutergico 40

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o Sistema Serotonineacutergico 40

232 Sistema serotonineacutergico e a fadiga central 41

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 43

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO 45

2266 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS 4499

27 QUALIDADE DE VIDA 51

28 IMAGEM CORPORAL 55

3 MATERIAL E MEacuteTODO59

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO 59

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO 60

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA 60

331 Primeira fase 61

333 Definiccedilatildeo da Amostra do Estudo 61

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS 62

341 Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 62

342 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 62

3421 Massa corporal 63

3422 Estatura corporal 63

xxii

3423 Percentual de gordura corporal (GC) 63

3424 Iacutendice de massa corporal (IMC) 64

3425 Circunferecircncia de cintura (CC) e relaccedilatildeo da cintura e quadril (RCQ) 64

343 Avaliaccedilatildeo meacutedica 65

344 Teste de potecircncia aeroacutebia (VO2pico) 65

345 Teste de carga 66

3451 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio (LV) 67

346 Caracteriacutesticas psicomeacutetricas 67

3461 Performance cognitiva 67

3462 Imagem corporal 67

3463 Qualidade de vida 68

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo 70

347 Anaacutelises bioquiacutemicas 70

3471 Condiccedilotildees das coletas 70

3472 Dosagens dos analiacuteticos 71

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS 72

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO 72

4 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 74

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 74

411 Perfil antropomeacutetrico da amostra 74

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA 75

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 76

431 Performance cognitiva 76

432 Imagem corporal 77

433 Niacuteveis de qualidade de vida 79

xxiii

434 Niacuteveis de depressatildeo 80

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 82

441 Serotonina 85

442 Triptofano 86

443 Prolactina 88

444 Aminoaacutecidos aromaacuteticos e aminoaacutecidos de cadeia ramificada 90

5 DISCUSSAtildeO 93

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 93

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 94

521 Performance cognitiva 94

522 Imagem corporal 96

523 Qualidade de vida 98

524 Niacuteveis de depressatildeo 99

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 100

6 CONCLUSAtildeO 108

7 SUGESTOtildeES PARA NOVOS ESTUDOS 110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS111

24

11 IINNTTRROODDUUCcedilCcedilAtildeAtildeOO

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA

Um dos maiores desafios da sauacutede puacuteblica mundial eacute promovido pelo

crescimento desenfreado da populaccedilatildeo idosa que totalizava em 2002 um

nuacutemero de 629 milhotildees de idosos em todo o mundo (ONU 2002) O Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica baseado em dados obtidos em 2001

projetou para 2020 um aumento expressivo dessa parcela populacional que

deslocaraacute o Brasil da 16ordf para a 6ordf classificaccedilatildeo em nuacutemero de idosos na escala

mundial (IBGE 2001)

Vaacuterios satildeo os decliacutenios e as adaptaccedilotildees que o indiviacuteduo vivencia agrave medida que

o anos se acumulam Manifestaccedilotildees de desgastes podem favorecer respostas

multivariadas durante esse processo podendo interferir na composiccedilatildeo corporal

(BARBOSA et al 2001) na aptidatildeo fiacutesica na construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da imagem

corporal (MATSUO et al 2007) no desempenho cognitivo (CASSILHAS et al 2007

BIXBY et al 2007) e na percepccedilatildeo de qualidade de vida (ACSM 1998) do idoso

Maior atenccedilatildeo deve ser concedida a este fenocircmeno pois sabe-se que a

reduccedilatildeo das respostas fisioloacutegicas podem fragilizar o organismo do idoso e reduzir a

quantidade e qualidade do desempenho do Sistema Nervoso Central (PEacuteREZ 1994

OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mais que deformaccedilotildees morfoloacutegicas satildeo promovidas pela neurobiologia do

envelhecimento Alteraccedilotildees na estrutura quiacutemica cerebral de ceacutelulas nervosas satildeo do

mesmo modo observadas Um decliacutenio das enzimas responsaacuteveis pela siacutentese de

substacircncias neurotransmissoras eacute desencadeado provocando uma queda de suas

concentraccedilotildees Esse desequiliacutebrio induz ao aumento das atividades das enzimas

responsaacuteveis pela catabolizaccedilatildeo destas substacircncias reduzindo sua disponibilidade

(TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998 e OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mesmo na ausecircncia de doenccedilas o desempenho fisioloacutegico do sistema

serotonineacutergico se altera com o avanccedilar da idade Decliacutenios acentuados induzidos

25

pela reduccedilatildeo da integridade funcional desse sistema satildeo presumivelmente

responsaacuteveis pela causa ou atuam como co-fator de desordens neurodegenerativas e

psiquiaacutetricas como a depressatildeo (MORAN 2003 DUNN amp DISHMAN 1991) Todavia

em menor escala esses decliacutenios podem expor o indiviacuteduo idoso a uma maior

fragilidade e tornaacute-lo vulneraacutevel a doenccedilas (NIEMAN 1999 FEKKES 2003

GOLDBERG SMITH BARNES et al 2003)

A depressatildeo eacute considerada como um transtorno crocircnico recorrente de

etiologia multifatorial com maior prevalecircncia em pessoas do gecircnero feminino

Investigaccedilotildees indicam que maior frequumlecircncia de sintomas depressivos satildeo percebidos

com o avanccedilar da idade (SIlBERMAN SOUZA WILHEMS et al 1995 XAVIER

FERRAZ BERTOLLUCCI et al 2001) chegando a atingir parcela significativa (10)

da populaccedilatildeo de idosos (SNOWDON 2002) De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial

da Sauacutede (OMS 2001) este fenocircmeno epidemioloacutegico atinge a quarta classificaccedilatildeo

entre as 20 doenccedilas de maior AVAD (anos de vida perdidos por morte prematura ou

por ldquodescapacidadesrdquo) Natildeo se sabe ao certo o custo per capta anual de cada

paciente decorrente desta patologia no Brasil poreacutem nos EUA foi estimado um gasto

de cerca de seis mil doacutelares (ZAVASCHI et al 2002)

Desde 1963 Barchas amp Fredman observaram a possibilidade de utilizar o

exerciacutecio fiacutesico como modelo de estresse capaz de alterar os niacuteveis centrais e

perifeacutericos da serotonina Segundo Chaouloff (1997) uma uacutenica sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos dependendo de sua duraccedilatildeo e intensidade pode desencadear mudanccedilas

significativas ou natildeo na siacutentese desse neurotransmissor Entretanto percebe-se que

respostas centrais ou perifeacutericas desses sistemas natildeo se apresentam uniformes nem

lineares diante dos diferentes estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico

apresentados nos estudos que investigam esse problema (DUNN amp DISHMAN 1991)

Trabalhos recentes tecircm indicado que o aumento da exigecircncia metaboacutelica

produzida pelo estresse agudo repetitivo pode resultar em adaptaccedilotildees de diversas

vias nervosas (FERREIRA TUFIK MELLO 2001) inclusive das vias serotonineacutergicas

(OLIEIRA et al 2007) Todavia limitaccedilotildees eacuteticas que impossibilitam anaacutelises

invasivas das alteraccedilotildees centrais e a proacutepria dificuldade encontrada em organizar

realizar e controlar estudos com humanos tecircm restringido o surgimento de

26

intervenccedilotildees que tenham como objetivo a investigaccedilatildeo da anaacutelise aguda deste

evento A maioria absoluta dos estudos relacionados com o exerciacutecio fiacutesico e sistema

serotonineacutergico em humanos tem se restringido agrave relaccedilatildeo desse binocircmio com a

fadiga central nesse sentido a amostra adotada por essas investigaccedilotildees tem sido

formada por indiviacuteduos jovens e atletas (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER 2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005

PROVENZA et al2005 HELGE et al 2007) Natildeo existem na literatura estudos que

investiguem os efeitos agudos do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema serotonineacutergico de

mulheres idosas as possiacuteveis alteraccedilotildees das concentraccedilotildees perifeacutericas e centrais

desse sistema em respostas ao exerciacutecio de duraccedilatildeo e intensidade comuns a essa

populaccedilatildeo satildeo ateacute hoje desconhecidas

Mesmo considerando que a evidente influecircncia positiva exercida pela praacutetica

regular da atividade fiacutesica nos estados de humor possa estar relacionada inclusive

com alteraccedilotildees das concentraccedilotildees serotonineacutergicas e dessa intervenccedilatildeo ter a

possibilidade promissora de atuar como um tratamento alternativo para a aquisiccedilatildeo

da sauacutede mental do idoso a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para pessoas sobre o

processo degenerativo do envelhecimento ainda continua no campo especulativo da

ciecircncia necessitando poreacutem de intervenccedilotildees especificamente desenvolvidas com o

intuito de compreender a amplitude de sua atuaccedilatildeo e estabelecer paracircmetros de

intervenccedilatildeo que sejam cientificamente associados com os efeitos beneacuteficos do

exerciacutecio fiacutesico sobre a sauacutede mental dessa populaccedilatildeo (DUNN amp DISHMAN 1991

HILLMAN SNOOK JEROME 2003 TOMPOROWSKI 2003 COLCOMBE amp KRAMER

2003)

12 PROBLEMA DO ESTUDO

Qual o impacto agudo do exerciacutecio fiacutesico de diferentes intensidades e

duraccedilatildeo sobre o sistema serotonineacutergico e qual intervenccedilatildeo provocaraacute maior

alteraccedilatildeo nas concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico de mulheres idosas

ativas com idade entre 60 e 74 anos residentes em Taguatinga-DF

27

13 OBJETIVOS

131 Objetivo gera131 Objetivo gerall

O objetivo deste estudo constituiu em verificar o efeito agudo do exerciacutecio

fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre alteraccedilotildees

perifeacutericas do sistema serotonineacutergico verificado atraveacutes das concentraccedilotildees

plasmaacuteticas da serotonina e do seu precursor (o triptofano) e de possiacuteveis alteraccedilotildees

centrais verificadas indiretamente atraveacutes das concentraccedilotildees da prolactina em

mulheres idosas ativas com idade entre 60 e 74 anos inscritas em um programa de

extensatildeo de atendimento ao idoso vinculado a Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia-DF

113322 OObbjjeettiivvooss eessppeecciacuteiacuteffiiccooss

1321 Verificar alteraccedilotildees das concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) dos aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e da proporccedilatildeo

desses aminoaacutecidos com o triptofano TRPAACR e TRPAAA

1322 Identificar o perfil antropomeacutetrico da amostra atraveacutes do percentual de

gordura corporal do iacutendice de massa corporal da circunferecircncia de

cintura da relaccedilatildeo cintura e quadril e classificaacute-lo segundo os pontos de

corte estabelecidos nesse estudo para cada variaacutevel

1323 Identificar o perfil psicomeacutetrico da amostra atraveacutes do niacutevel de qualidade

de vida niacuteveis de depressatildeo da performance cognitiva e da imagem

corporal das idosas desse estudo baseado nos pontos de corte dos

instrumentos utilizados para cada variaacutevel

14 HIPOacuteTESESS

141 Quando as sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacuterem-se de uma

mesma duraccedilatildeo os grupos de intensidade mais elevadas apresentaratildeo

maiores alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees da serotonina triptofano e

prolactina

142 As sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacutedas de maior

intensidade e as de maior duraccedilatildeo promoveratildeo maiores alteraccedilotildees nas

concentraccedilotildees dos analiacuteticos dosados nesse estudo

28

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

Compreender a maneira que o exerciacutecio fiacutesico pode interferir nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico de mulheres no processo da senescecircncia

pode ter grande significado nas accedilotildees preventivas e terapecircuticas da sauacutede mental

dessa populaccedilatildeo Uma vez que alteraccedilotildees centrais das concentraccedilotildees desse

neurotransmissor estejam intimamente ligadas com patologias relacionadas com

distuacuterbios do humor performance cognitiva qualidade do sono controle do apetite e

outros (DUNN amp DISHMAN 1991 LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

A anaacutelise do efeito agudo investigado neste estudo poderaacute reduzir a

prescriccedilatildeo empiacuterica do exerciacutecio fiacutesico para fins terapecircuticos aleacutem de contribuir para

a reduccedilatildeo das intervenccedilotildees farmacoloacutegicas e dos efeitos colaterais a elas agregados

aleacutem da reduccedilatildeo dos altos custos decorrentes das intervenccedilotildees tradicionais e da

promoccedilatildeo da subtraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo de serviccedilos da sauacutede puacuteblica (DIMEO et al

2001 MATTER et al 2002 PHILLIPS KIERNAN amp KING 2003)

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS

Para o estudo do sistema serotonineacutergico foram avaliados Os niacuteveis de

serotonina (5-HT) triptofano (TRP) prolactina (PRL) aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) leucina valina e a isoleucina aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

tirosina e a fenilalanina e as relaccedilotildees do triptofano com aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) e aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA)

Para a definiccedilatildeo do perfil antropomeacutetrico da amostra foram avaliadas as

seguintes variaacuteveis o iacutendice de massa corporal (IMC) a relaccedilatildeo cintura e quadril

(RCQ) a circunferecircncia de cintura (CC) e o percentual de gordura corporal (GC)

Para a definiccedilatildeo do perfil psicomeacutetrico da amostra deste estudo foram

avaliadas as seguintes variaacuteveis o niacutevel de qualidade de vida os escores indicativos

de depressatildeo a performance cognitiva e a imagem corporal

29

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO

O alto custo orccedilado para a execuccedilatildeo deste estudo impossibilitou A inclusatildeo

de dosagens de outros marcadores bioquiacutemicos o que facilitaria sobremaneira a

compreensatildeo do cenaacuterio estudado A realizaccedilatildeo de um nuacutemero maior de coletas

por grupos o que possibilitou a realizaccedilatildeo de trecircs momentos de coletas apenas

para os grupos GC GLA1h e Gmax Adicionalmente esse fator limitou um nuacutemero

maior de indiviacuteduos na amostra o que contribuiria significativamente para a

interpretaccedilatildeo compreensatildeo e extrapolaccedilatildeo dos resultados obtidos

Por limitaccedilotildees eacuteticas algumas intervenccedilotildees realizadas para a anaacutelise das

alteraccedilotildees bioquiacutemicas centrais em experimento que utilizam modelo animal natildeo

foram permitidas neste estudo por natildeo estarem seguramente adaptadas ao

modelo humano Nesse sentido tais alteraccedilotildees foram analisadas atraveacutes da

prolactina hormocircnio considerado como marcador perifeacuterico das accedilotildees centrais

desse sistema neurotransmissor

Mesmo concisos da sensibilidade e da flutuaccedilatildeo natural das variaacuteveis

avaliadas decidiu-se pelo presente delineamento de estudo onde os grupos foram

formados por indiviacuteduos diferentes por compreender que seria mais eacutetico uma vez

que o desgaste fiacutesico intervenccedilotildees invasivas e o grande nuacutemero de visitas seria

uma sobrecarga significativa para indiviacuteduos nesta faixa etaacuteria

30

22 RREEVVIISSAtildeAtildeOO DDEE LLIITTEERRAATTUURRAA

21 ENVELHECIMENTO

A Segunda Assembleacuteia Mundial sobre o Envelhecimento realizada pelas

Naccedilotildees Unidas (2002) projetou aumento de 41 entre os anos de 2000 e 2050 do

custo global meacutedio dos cuidados de sauacutede relacionados apenas com o

envelhecimento o que representaraacute aumento de 36 para paiacuteses em

desenvolvimento e de 48 para paiacuteses desenvolvidos

O crescimento da populaccedilatildeo idosa eacute um fenocircmeno que de iniacutecio parece

caracterizar apenas ganho Todavia considerando a proporccedilatildeo que esse evento vem

ocorrendo associada agrave fragilidade dessa populaccedilatildeo o aumento populacional poderaacute

representar seacuterios problemas sociais gerando custos altiacutessimos aos governos e

consequumlentemente reduccedilatildeo na qualidade de vida

De acordo com o Censo 2000 o total de brasileiros com idade superior a 60

anos era de 14536029 o que representava 856 da populaccedilatildeo As projeccedilotildees

indicam que em 2030 teremos mais de 52 milhotildees de idosos ou 2210 da

populaccedilatildeo brasileira com mais de 60 anos fazendo-nos detentores como citado

anteriormente da 6ordf populaccedilatildeo idosa do mundo (IBGE 2000)

Natildeo se deve considerar o envelhecimento populacional como um problema

social pelo contraacuterio deve-se associaacute-lo a uma das maiores conquistas da

humanidade do seacuteculo XX O aumento da expectativa de vida no Brasil como em

todo o mundo estaacute relacionado aos esforccedilos e avanccedilos alcanccedilados no controle de

doenccedilas infecto-contagiosas melhores condiccedilotildees sanitaacuterias desenvolvimento da

induacutestria farmacecircutica planejamento familiar e mudanccedila no estilo de vida (MARINS e

ANGERAMI 1996 MATSUDO 2001)

O envelhecimento eacute um processo bioloacutegico normal que natildeo deve ser encarado

como patologia mas como processo natural que se caracteriza pela perda

progressiva das capacidades funcionais e a reduccedilatildeo da habilidade do corpo em se

adaptar agraves influecircncias do meio externo (PEacuteREZ 1994) Eacute fenocircmeno evolutivo um

31

ato contiacutenuo que acontece a partir do nascimento e caminha ateacute a morte (COSTA

1998 MAZO LOPES amp BENEDETTI 2001)

Segundo Farinatti (2002) satildeo vaacuterias as teorias que tentam explicar o

complexo processo da senescecircncia sob a oacutetica dos fenocircmenos bioloacutegicos nele

observados Entretanto tais teorias podem ser classificadas em duas grandes

categorias as de natureza geneacutetico-desenvolvimentista que entendem o processo

do envelhecimento no contexto de um continuum controlado geneticamente e as de

natureza estocaacutestica que hipotetizam que esse fenocircmeno dependeria principalmente

do acuacutemulo de agressotildees ambientais

Embora seja reconhecido como processo natural o envelhecimento natildeo eacute um

evento bioloacutegico simples Uma ampla variedade de mudanccedilas eacute observada em niacutevel

molecular celular e orgacircnico com o passar dos anos o que consequumlentemente leva

a uma reduccedilatildeo da habilidade do corpo em responder aos transtornos no equiliacutebrio

homeostaacutetico (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Da mesma forma que o ritmo do decliacutenio funcional difere entre os diversos

sistemas do corpo os eventos bioloacutegicos que se seguem ao envelhecimento

tambeacutem acontecem em momentos e em ritmos diferenciados entre indiviacuteduos

Prova disso satildeo as vezes em que somos surpreendidos quando uma pessoa diz ter

uma idade cronoloacutegica aparentando outra bioloacutegica (HAYFLICK 1997)

A diferenccedila entre o desempenho funcional de indiviacuteduos com a mesma idade

sugere que a idade cronoloacutegica que oferece informaccedilotildees numeacutericas em que as

pessoas se ordenam de acordo com sua data de nascimento seja per si medida

insuficientemente sensiacutevel a senescecircncia Dessa forma considerando a maturidade

e as diferenccedilas bioloacutegicas associadas agraves influecircncias exoacutegenas utiliza-se o termo

ldquoidade bioloacutegicardquo ou ldquoidade funcionalrdquo (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Fatores externos como o estilo de vida (sedentarismo dietas inadequadas)

fatores ambientais agentes fiacutesicos (exposiccedilatildeo a diferentes tipos de radiaccedilatildeo)

agentes quiacutemicos (fumo aacutelcool drogas) e doenccedilas crocircnicas degenerativas podem

interferir no processo do envelhecimento A accedilatildeo conjunta desses fatores aliada agrave

32

heranccedila geneacutetica podem causar impacto na extensatildeo e velocidade da evoluccedilatildeo do

envelhecimento (MAZZEOCAVANAGH EVANS 1998 MITNITSK et al 2002)

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E ENVELHECIMENTO

Existem vaacuterios conceitos e preconceitos que interferem na relaccedilatildeo entre o

desejo de exercitar e a real efetivaccedilatildeo desse haacutebito (CONNTRIPP-REIMER MAAS

2003) Esse fenocircmeno contribui para a elevaccedilatildeo da proporccedilatildeo da inatividade e

consequumlentemente da fragilidade desse segmento populacional Espera-se que

esses tabus e preconceitos sejam desmistificados por profissionais da aacuterea de sauacutede

considerando que o encorajamento exercido por eles possa exercer impacto positivo

para a adesatildeo de um estilo de vida ativo (HIRVENSALO et al 2003)

A relaccedilatildeo entre o envelhecimento exerciacutecio fiacutesico sauacutede e qualidade de vida

e a associaccedilatildeo inversa gradativa e consistente entre a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos e

a mortalidade vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente

Vaacuterios estudos longitudinais focaram seus propoacutesitos em desvendar a relaccedilatildeo entre o

binocircmio exerciacutecio fiacutesico e envelhecimento e para esse fim foram empreendidos anos

de avaliaccedilatildeo criteriosa em uma mesma amostra Resultados decorrentes desses

estudos indicam que indiviacuteduos que adotam a praacutetica regular de atividade fiacutesica

podem apresentar iacutendices de morte significativamente menores que indiviacuteduos

sedentaacuterios Que apesar de exerciacutecios leves e moderados trazerem inuacutemeros

benefiacutecios agrave sauacutede e oferecerem maior margem de seguranccedila intensidades

vigorosas claramente predizem menores taxas de mortalidade Que melhores niacuteveis

de condicionamento fiacutesico estatildeo relacionados agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedilas

cardiovasculares de enfermidades respiratoacuterias do cacircncer da pressatildeo arterial

melhora o controle do perfil lipoproteacuteico e aumenta a toleracircncia agrave glicose

(PAFFENBARGER 1988 BLAIR et al 1989 KUSHI et al 1997)

O ganho em expectativa de vida estimado pela mudanccedila do estilo de vida

sedentaacuterio para o ativo pode estar entre um e meio e dois anos de vida

(PAFFENBARGER amp KAMPERT 1997) Segundo os fisiologistas Robergs amp Roberts

(1997) uma pessoa ativa dependendo de sua aptidatildeo fiacutesica e do seu estado de

sauacutede poderaacute alcanccedilar 20 anos de diferenccedila entre a idade cronoloacutegica e a idade

33

bioloacutegica Possibilitando dessa forma que indiviacuteduos do mesmo gecircnero e com a

mesma idade cronoloacutegica possam diferir de duas a trecircs vezes em suas

caracteriacutesticas competecircncias e desempenho fiacutesico (HAYKOWSKY QUINNEY

GILLIS et al 2000 HURLEY amp ROTH 2000 NAIR 2000)

Presume-se que esse fenocircmeno relacionado aos benefiacutecios de uma vida

ativa aconteccedila em decorrecircncia da pronunciada plasticidade e adaptabilidade das

propriedades funcionais e estruturais das ceacutelulas tecidos e sistemas do corpo

humano quando expostos a estiacutemulos diversos (ASTRAND1992) Nesse sentido

dependendo da intensidade volume e duraccedilatildeo o exerciacutecio fiacutesico regular pode

exercer impacto no processo do envelhecimento realizando desaceleraccedilatildeo dos

efeitos deleteacuterios produzidos por este processo (HAYFLICK 1997 MONTEIRO

1997 PETROSKI 1997 ROBERGS amp ROBERTS 1997 ACSM 1998 NIEMAN 1999

MATSUDO MATSUDO amp NETO 2000 STEWART 2005)

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A serotonina tambeacutem conhecida como 5-Hidroxitriptamina (5-HT) foi

identificada haacute quase 50 anos com accedilatildeo em diversos tipos de muacutesculo liso e

posteriormente como agente que intensifica a agregaccedilatildeo plaquetaacuteria e atua como

neurotransmissor no sistema nervoso central (GOODMAN amp GILMAN 1996)

A serotonina compotildee o grupo das aminas biogecircnicas (neurotranasmissores)

que incluem tambeacutem as catecolaminas (adrenalina noradrenalina e dopamina)

Esses grupos funcionais regulam importantes vias no metabolismo dos mamiacuteferos e

satildeo descarboxiladas em sua maioria atraveacutes de aminoaacutecidos aromaacuteticos tirosina

fenilalanina e o triptofano (responsaacutevel direto pela siacutentese da serotonina) (ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004)

O precursor da serotonina o triptofano (TRP) destaca-se dos demais

aminoaacutecidos por duas peculiaridades primeira pertence ao grupo dos aminoaacutecidos

essenciais caracterizado por sua impossibilidade de produccedilatildeo no corpo dependendo

da ingesta alimentar para o controle de suas concentraccedilotildees segundo encontra-se

34

de forma escassa na dieta podendo chegar agrave miacutenima proporccedilatildeo de 1100 em

relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos neutros (KAPCZINSKI et al 2004)

A siacutentese da serotonina parece ser limitada pela disponibilidade ou natildeo desse

aminoaacutecido no fluido extracelular que banha os neurocircnios A fonte de TRP no

ceacuterebro eacute o sangue por outro lado a fonte deste aminoaacutecido no sangue eacute a dieta

Dessa forma acredita-se que a deficiecircncia do TRP na dieta pode induzir depleccedilatildeo

serotonineacutergica no ceacuterebro (BEAR CONNORS amp PARADISO 1996) Aleacutem do

triptofano a atividade da enzima triptofanondash hidroxilase tem accedilatildeo reguladora sobre

a siacutentese da 5-HT (RANG DALE amp RITTER 1997)

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina Fonte ndash Devlin (1998)

35

A biossiacutentese da serotonina ocorre por uma soacute via em duas etapas em que o

triptofano da dieta eacute hidroxilado na posiccedilatildeo 5 atraveacutes da enzima triptofano-

hidroxilase dando origem ao 5-hidroxitriptofano Esse por sua vez eacute

descarboxilado sob a accedilatildeo de 5-hidroxitriptofano descarboxilase originando a 5-

hidroxitriptamina ou serotonina A principal via metaboacutelica deste neurotransmissor

envolve outra enzima encontrada em quantidade abundante e com propriedades

sobre vaacuterios substratos a monoamina oxidase (MAO) com formaccedilatildeo do aacutecido 5-

(5-HIAA) principal metaboacutelito serotonineacutergico O 5-HIAA eacute excretado pela urina e

pode ser uacutetil como indicador da produccedilatildeo serotonineacutergica no organismo (VALLE et

al 1988 GOODMAN amp GILMAN 1996)

As concentraccedilotildees serotonineacutergicas podem ser observadas nas paredes do

intestino nas ceacutelulas enterocromafins (90) no sangue nas plaquetas (8 a 9)

e no sistema nervoso central (SNC) que corresponde a um pequeno percentual da

concentraccedilatildeo serotonineacutergica total (1 a 2) Pela impossibilidade da serotonina

ultrapassar a barreira hematoencefaacutelica as concentraccedilotildees do SNC dependem da

siacutentese local No entanto mesmo representando uma pequena parcela as

concentraccedilotildees centrais ocupam posiccedilatildeo central na hegemonia neuroquiacutemica (RANG

DALE amp RITTER 1997 SILVA 2002)

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas Fonte Neuroscience (1998)

36

Segundo MACHADO (1999) o sistema serotonineacutergico eacute um dos principais se

natildeo o principal sistema neurotransmissor do SNC e tem seus neurocircnios distribuiacutedos

por todo o ceacuterebro localizados na formaccedilatildeo reticular nos nuacutecleos da rafe que se

estendem na linha meacutedia do bulbo ao mesenceacutefalo (Figura 2) Os axocircnios rostrais

situados em niacuteveis mais altos nos nuacutecleos da rafe tecircm trajeto ascendente

projetando-se para quase todas as estruturas do prosenceacutefalo ateacute mesmo o coacutertex

cerebral o hipotaacutelamo e o sistema liacutembico Os axocircnios caudais situados no bulbo

satildeo projetados para a medula

Considerando que cada neurotransmissor tenha um neurorreceptor

subsequumlente investigaccedilotildees farmacoloacutegicas tecircm apontado a famiacutelia de

receptores e neurorreceptores serotonineacutergicos como a mais expressiva entre

os demais neurotransmissores 5HT1 (A B D E e F) 5HT2 (AB e C) 5HT3

5HT4 Recentes subfamiacutelias clonadas (5HT5 5HT6 e 5HT7) ainda natildeo satildeo

reconhecidas por natildeo terem suas accedilotildees fisioloacutegicas bem estabelecidas

(GOODMAN amp GILMAN 1996)

Em funccedilatildeo dessa pluralidade a accedilatildeo desse sistema eacute de caraacuteter muacuteltiplo

podendo ser percebida tanto no acircmbito perifeacuterico como ou principalmente no

sistema nervoso central Apesar de sua pequena representaccedilatildeo em relaccedilatildeo a

toda concentraccedilatildeo serotonineacutergica apresenta-se fortemente relacionada com

alteraccedilotildees fisioloacutegicas envolvidas na qualidade do sono alteraccedilotildees do humor

cogniccedilatildeo comportamento alimentar desempenho sexual e com a modulaccedilatildeo da

fadiga central (LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

223311 RReessppoossttaass ddooss ssiisstteemmaass sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo aaoo eexxeerrcciacuteiacutecciioo ffiacuteiacutessiiccoo

Em um passado bem recente a maioria expressiva de estudos realizados

com o intuito de esclarecer os benefiacutecios da praacutetica regular do exerciacutecio fiacutesico

limitava-se agraves adaptaccedilotildees fisioloacutegicas perifeacutericas e suas vantagens correlacionadas

O interesse em pesquisar o papel da proteiacutena e dos aminoaacutecidos na atividade fiacutesica

foi relegado a um segundo plano visto que o maior objetivo dos estudos ateacute entatildeo

concentrava-se em observar o efeito do exerciacutecio no metabolismo de carboidratos e

37

gorduras Todavia somente a partir da deacutecada de setenta o interesse em analisar

esse paradigma foi retomado (LEMON 1995)

Em estudo pioneiro realizado por Barchas amp Fredman (1963) verificou-se

atraveacutes de modelo animal que o estiacutemulo causado pelo exerciacutecio fiacutesico promovia

alteraccedilotildees nos niacuteveis centrais serotonineacutergicos Desde entatildeo conjectura-se que os

benefiacutecios da praacutetica de exerciacutecios natildeo se limitavam agraves alteraccedilotildees dos sistemas

envolvidos na melhoria da aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria muacutesculo-esqueleacutetica e da

composiccedilatildeo corporal Pesquisas recentes apontam evidecircncias de que no sistema

nervoso central tambeacutem aconteccedilam alteraccedilotildees metaboacutelicas para equilibrar os

distuacuterbios causados pelo exerciacutecio fiacutesico seguidas de adaptaccedilotildees regulatoacuterias

capazes de alterar as concentraccedilotildees neurotransmissoras (MEEUSEN amp PIACENTINI

2001a MEEUSEN amp PIACETINI 2001b)

O sistema nervoso central em combinaccedilatildeo com o sistema neuro-endoacutecrino

exerce importante papel na regulaccedilatildeo homeostaacutetica O exerciacutecio fiacutesico eacute considerado

um desafio para homeostase visto que vaacuterios mecanismos de regulaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

(perifeacutericos e centrais) satildeo ativados durante ou apoacutes sua praacutetica como as alteraccedilotildees

percebidas nos sistemas neurotransmissores em especiacutefico no sistema

serotonineacutergico (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001)

Segundo Chaouloff (1993) existem 3 mecanismos que podem alterar as

concentraccedilotildees centrais do Sistema Serotonineacutergico em decorrecircncia do exerciacutecio

fiacutesico Primeiro a alteraccedilatildeo da permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica

Segundo aumento da lipoacutelise e por uacuteltimo atraveacutes da disputa entre aminoaacutecidos

pela passagem da barreira hematoencefaacutelica

22331111 AAlltteerraaccedilccedilotildeotildeeess nnaa bbaarrrreeiirraa hheemmaattooeenncceeffaacuteaacutelliiccaa ee eexxeerrcciacuteiacutecciiooss ffiacuteiacutessiiccooss

A barreira hematoencefaacutelica eacute um conjunto complexo de defesa do ceacuterebro

que o protege de possiacuteveis ldquosubstacircncias estranhasldquo ou toacutexicas que possam danificaacute-

lo mantendo um ambiente quiacutemico protegido e constante para o seu bom

funcionamento Eacute semipermeaacutevel ou seja permite que algumas substacircncias a

atravessem enquanto limitam a entrada de muitas outras O tamanho das moacuteleacuteculas

38

das substacircncias eacute considerado como fator de limitaccedilatildeo para sua entrada no sistema

nervoso central (WIKEPEDIA 2007) Fenocircmenos percebidos durante a praacutetica de

exerciacutecios fiacutesicos como a hipertensatildeo a hiperosmolaridade e a hipertermia podem

alterar a permeabilidade dessa barreira

Nas uacuteltimas deacutecadas vaacuterios foram os meacutetodos e intervenccedilotildees desenvolvidos

com o intuito de analisar a evoluccedilatildeo do metabolismo da circulaccedilatildeo e da accedilatildeo

neurotransmissora cerebral Muitas delas foram utilizadas para verificar e esclarecer

a interferecircncia do exerciacutecio fiacutesico sobre este sistema e apesar das limitaccedilotildees eacuteticas

para intervenccedilotildees em humanos a hipoacutetese desta interferecircncia eacute amplamente aceita

entre autores (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001 NYBOA amp SECHER 2004)

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergic2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergicoo

Os aacutecidos graxos livres (AGL) satildeo combustiacuteveis importantes em nosso

organismo e satildeo considerados assim como os carboidratos substratos de primeira

importacircncia para o recurso energeacutetico Satildeo armazenados em sua maioria tanto na

forma de triacilglicedes nas ceacutelulas adiposas como nas ceacutelulas musculares Para que

sejam metabolizados eacute necessaacuterio que ocorra um processo chamado lipoacutelise tambeacutem

conhecido como ldquohidroacutelise de trigliceacuteriderdquo onde acontece a quebra dos triacilglicedes

em aacutecidos graxos (trecircs moleacuteculas) e glicerol (uma moleacutecula) Esse processo eacute

favorecido tanto sob condiccedilotildees de dieta hipocaloacuterica jejum ou desnutriccedilatildeo

hipotermia como tambeacutem pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos (HOUSTON 2001

POWERS amp HOWLEY 2003)

Segundo Helge et al (2007) e Friedlander et al (2007) a intensidade a

duraccedilatildeo da sessatildeo de exerciacutecio e o niacutevel de treinamento do indiviacuteduo satildeo fatores

determinantes para definir a disponibilidade de gordura que seraacute utilizada como

fonte de combustiacutevel Enquanto reduccedilotildees satildeo percebidas em outras fontes de

gordura durante o exerciacutecio fiacutesico concomitantemente satildeo observados aumentos

graduais e progressivos desse substrato do repouso agrave intensidades leves de leve agrave

moderada Todavia com o crescente aumento da intensidade a oxidaccedilatildeo dos AGLs

manteacutem-se constante durante a praacutetica de exerciacutecios de alta intensidade Por outro

lado perceberam que medidas das concentraccedilotildees sistecircmicas de AGL atuam apenas

39

como marcadores das reais concentraccedilotildees em grandes massas musculares que

podem apresentar maior migraccedilatildeo desses para as ceacutelulas musculares quando

comparadas com concentraccedilotildees no fluxo plasmaacutetico

Os aacutecidos graxos satildeo moleacuteculas de estrutura longa (de 16 a 18 aacutetomos de

carbono) tem baixo niacutevel de soludibilidade no meio aquoso do sangue e difundem

com dificuldade atraveacutes da membrana Para facilitar seu transporte para dentro das

ceacutelulas utilizam-se da albumina proteiacutena transportadora que possui trecircs siacutetios de

ligaccedilatildeo de alta afinidade para os AGLs As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de AGL em

repouso (valor aproximado de 02 ndash 04 mmol-1) podem ter aumento significativo

durante ou apoacutes o exerciacutecio fiacutesico (atingindo um valor de 20 mmol-1) necessitando

de maior accedilatildeo e concentraccedilatildeo da albumina A captaccedilatildeo destes aacutecidos pelo muacutesculo

estaacute diretamente relacionada agrave sua disponibilidade plasmaacutetica e por isso a

mobilizaccedilatildeo lipoliacutetica das reservas lipiacutedicas eacute um passo importante para garantir o

suprimento adequado de nutrientes para trabalho muscular prolongado (MAUGHAN

GLEESON amp GREENHAFF 2000 HOUSTON 2001)

O triptofano precursor da 5-HT assim como os AGLs tambeacutem utiliza-se

da albumina como transportador Eacute o uacutenico aminoaacutecido que se apresenta no

sangue sob duas formas 1) ligado agrave albumina (TRP) que representa 90 da

concentraccedilatildeo total de triptofano (TRP + TRP-L) e 2) livre (TRP-L) que

representa apenas 10 do TRP total No entanto essa pequena parcela eacute

responsaacutevel direta pela siacutentese da serotonina Acredita-se que somente a fraccedilatildeo

de TRP-L esteja disponiacutevel para ser transportada para o SNC considerando que

o tamanho da moleacutecula da albumina seja um fator limitante para sua

ultrapassagem pela barreira hematoencefaacutelica (HUFFMAN et al 2004)

Vaacuterios autores (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL

amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000 HUFFMAN et al

2004) perceberam que a lipoacutelise promovida pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

pode interferir nas concentraccedilotildees dessas porccedilotildees do triptofano (TRP e TRP-L)

Uma vez que o aumento da demanda de AGL desloca o TRP dos siacutetios de

40

ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente aumento da

disponibilidade deste precursor no SNC

22331133 CCoonncceennttrraaccedilccedilatildeatildeoo ddee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ee oo ssiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo

Vaacuterios aspectos abordados anteriormente podem estar limitando a

probabilidade de ultrapassagem do TRP pela barreira hematoencefaacutelica primeiro por

ser um aminoaacutecido essencial tem sua produccedilatildeo no organismo impossibilitada e

depende diretamente da qualidade da ingesta alimentar Segundo apresenta relaccedilatildeo

reduzida da porccedilatildeo livre responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT comparada com a porccedilatildeo

ligada agrave albumina (MAUGHAN amp SHIRREFFS 1996 ROSSI amp TIRAPEGUI 2003)

Terceiro tem uma baixa concentraccedilatildeo plasmaacutetica em relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos

(1100) aleacutem de concorrer pelo mesmo transportador para a ultrapassagem da

barreira hematoencefaacutelica com outros aminoaacutecidos neutros (AAN) a tirosina e

fenilalanina conhecidos como aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e a leucina isoleucina e

valina conhecidos como aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) Este processo de

transporte eacute regulado por competiccedilatildeo e a afinidade do transportador pelo

aminoaacutecido eacute determinada pelas concentraccedilotildees relativas dos demais aminoaacutecidos

Desta forma quanto maior for a proporccedilatildeo triptofano livre em relaccedilatildeo aos

aminoaacutecidos (TRP-LAAN) maior seraacute sua concentraccedilatildeo no SNC Adicionalmente a

razatildeo TRPAACR eacute utilizada como potencial determinante da acumulaccedilatildeo cerebral de

TRP e consequumlentemente da siacutentese de 5-HT (ROSSI amp TIRAPEGUI 2003

ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005)

Estudos comprovam que alteraccedilotildees neuroquiacutemicas desencadeadas pelo

estiacutemulo do estresse fiacutesico podem modificar tambeacutem os resultados obtidos pela

competiccedilatildeo do TRP e demais aminoaacutecidos pelo transportador Durante o exerciacutecio

percebe-se um ecircxodo de seis aminoaacutecidos da circulaccedilatildeo plasmaacutetica para serem

oxidados nos muacutesculos esqueleacutetico entre eles os AACRs Apesar de sua pequena

expressatildeo para a siacutentese energeacutetica os aminoaacutecidos podem oferecer importante

contribuiccedilatildeo para provisatildeo de energia quando a disponibilidade de outros

combustiacuteveis for limitada Sua utilizaccedilatildeo como substrato eacute capaz de um incremento

expressivo durante o exerciacutecio podendo atingir um grau de oxidaccedilatildeo como no caso

da leucina cinco vezes maior que em situaccedilatildeo de repouso (MAUGHAN GLEESON amp

GREENHAFF 2000) levando a uma subsequumlente reduccedilatildeo da concentraccedilatildeo destes

41

aminoaacutecidos na circulaccedilatildeo Todo esse processo estimula a capacidade de captaccedilatildeo do

TRP-L pelo ceacuterebro e promove tanto a siacutentese como a liberaccedilatildeo da 5-HT central

(COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973

MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000)

Diferentes intensidades e duraccedilatildeo podem alterar as respostas do sistema

serotonineacutergico significativamente ou natildeo (DUNN amp DISHMAN 1991) Sabe-se

portanto que o exerciacutecio intenso e prolongado pode resultar em um influxo

aumentado do precursor serotonineacutergico para o ceacuterebro e consequumlentemente um

aumento da serotonina eacute observado Nesse sentido considerando incremento desse

neurotransmissor e de seu envolvimento com mecanismos de cansaccedilo sono e dor

alguns autores sugeriram que esse sistema poderia atuar como principal mediador

do fenocircmeno conhecido como fadiga central

223322 SSiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo ee aa ffaaddiiggaa cceennttrraall

Postergar os efeitos da fadiga e prolongar o desempenho humano satildeo

incoacutegnitas ateacute hoje incompreendidas Atualmente vaacuterios satildeo estudos que ainda

detecircm seus esforccedilos em desvendar os misteacuterios relacionados agrave fadiga perifeacuterica e

central (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER

2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005 PROVENZA et al2005 HELGE et al

2007) De caraacuteter multifatorial e complexo a fadiga eacute estimulada por fenocircmenos

perifeacutericos e centrais que desencadeiam respostas interligadas Davis (1998) sugere

que fatores como a duraccedilatildeo e intensidade do esforccedilo tipo e densidade das

miofibrilas musculares niacutevel de aptidatildeo fiacutesica individual motivaccedilatildeo alimentaccedilatildeo e

condiccedilotildees ambientais podem interferir na natureza e extensatildeo da fadiga

O termo ldquofadigardquo pode ser inicialmente definido como o conjunto de

manifestaccedilotildees produzidas por trabalho ou exerciacutecio prolongado tendo como

consequumlecircncia a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional de manter ou continuar o

rendimento esperado Tradicionalmente relacionava-se a fadiga a eventos

metaboacutelicos interativos que afetavam os muacutesculos Todavia estudos recentes

acatam progressivamente a hipoacutetese da fadiga central Uma vez que foi observado

que ldquofatores psicoloacutegicosrdquo como por exemplo a motivaccedilatildeo e o estado de humor

poderiam interferir no desempenho das atividades fiacutesicas limitando a performance

42

Por outro lado notou-se episoacutedios de fadiga em indiviacuteduos acamados em repouso

submetidos a intervenccedilotildees ciruacutergicas o que fugiria das bases conceituais da fadiga

perifeacuterica (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004)

SENSACcedilAtildeO DE FADIGA

COMANDO CENTRAL Percepccedilatildeo de Esforccedilo

FATORES PSICOLOacuteGICOS Vontade proacutepria alteraccedilotildees do humor toleracircncia agrave dor vivecircncias anteriores expectativas ensaio mental etc

ALTERACcedilOtildeES PERIFEacuteRICAS Respostas dos muacutesculos juntas e tendotildees Fatores respiratoacuterios e cardiovasculares Receptores e nociceptores da pele

ALTERACcedilOtildeES NEUROBIOLOacuteGICAS Depleccedilatildeo de substrato energeacutetico e de niacuteveis de neurotransmissores em regiotildees do ceacuterebro Alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de amocircnia citocinas endorfinas temperatura etc

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na fadiga perifeacuterica e fadiga central Fonte Figura adaptada de Nibo e Secher (2004)

Newsholme amp Bloomstrand (1987) fundamentados pelo incremento da

serotonina poacutes-exerciacutecio e por seu envolvimento com eventos de letargia de

sono de percepccedilatildeo de dor e alteraccedilotildees nos estados de humor idealizaram a

ldquohipoacutetese da fadiga centralrdquo Descreveram o envolvimento desse neurotransmissor

como um mediador em potencial da fadiga no SNC alterando a percepccedilatildeo de

esforccedilo e da fadiga muscular Todavia vaacuterios estudos sobre este tema

antecederam ao surgimento dessa hipoacutetese O primeiro autor a abordar o termo

fadiga central foi Mosso em 1904 (MEEUSEN et al 2006) que apoacutes submeter

indiviacuteduos a uma sessatildeo de esforccedilo mental percebeu incapacidade de

manutenccedilatildeo da performance muscular

Inicialmente havia uma predileccedilatildeo por utilizar modelo animal nas

investigaccedilotildees da fadiga central o que muito contribuiu para iniciar a

compreensatildeo desse tema jaacute que limitaccedilotildees oacutebvias eram inerentes em humanos

Blomstrand et al (1988) foram os primeiros a utilizar modelo humano para

43

desvendar essa temaacutetica quando observaram em 22 sujeitos a reduccedilatildeo de

19 das concentraccedilotildees dos AACRs e um incremento 24 vezes maior dos niacuteveis

de TRP-L apoacutes uma prova de maratona

Vaacuterios estudos surgiram para investigar a validade da hipoacutetese da fadiga

central que defende a ocorrecircncia de um incremento significativo da serotonina

cerebral provocada por exerciacutecios prolongados seguida por uma reduccedilatildeo da

accedilatildeo do SNC e consequumlente deteriorizaccedilatildeo do desempenho esportivo e da

praacutetica do exerciacutecio fiacutesico (NEWSHOLME amp BLOOMSTRAND 1987) Objetivando

compreender esse paradigma foram observadas intervenccedilotildees que adotaram

metodologias muacuteltiplas que normalmente foram agrupadas na literatura por

manipulaccedilotildees nutricionais (VARNIER et al 1994 CALDERS et al1999 GOMES-

MERINO et al 2001) farmacoloacutegicas (CHENNAOUI et al 2000) ou por

manipulaccedilatildeo na prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos atraveacutes de diferentes

intensidades e duraccedilatildeo (BLOMSTRAND et al 1991 BAILEY amp AHLBORN 1992

ARIDA 1998 OLIVEIRA et al 2007)

Entre as manipulaccedilotildees nutricionais mais conhecidas estatildeo as que envolvem a

restriccedilatildeo ou disponibilizaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) de

triptofano livre (TRP-L) e de carbohidratos (CHO) a manipulaccedilatildeo farmacoloacutegica ou

realizaccedilatildeo de experimentos utilizando a administraccedilatildeo de drogas que

reconhecidamente aumentam (agonistas) ou reduzem (antagonistas) a recaptaccedilatildeo

da serotonina na fenda sinaacuteptica Por uacuteltimo a variaccedilatildeo de criteacuterios adotados na

prescriccedilatildeo de exerciacutecios alterando criteacuterios de intensidade volume duraccedilatildeo

temperatura ambiente onde os exerciacutecios satildeo praticados (MEEUSEN et al 2006)

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Os efeitos deleteacuterios que o processo do envelhecimento ocasiona sobre

sistema serotonineacutergico e consequentemente sobre o SNC tecircm sido apontados

como fatores ou co-fatores etioloacutegicos de vaacuterias doenccedilas (depressatildeo doenccedila de

Alzheimer Parkinson etc) O decliacutenio das atividades cerebrais natildeo se apresenta de

maneira uniforme entre indiviacuteduos que muitas vezes dificulta determinar quais os

eventos decorrentes do processo natural do envelhecimento e quais constituem

quadros patoloacutegicos

44

O envelhecimento provoca alteraccedilotildees na anatomia do ceacuterebro e da medula

Estima-se que o tamanho do ceacuterebro sofra um decreacutescimo aproximado de 2 por

deacutecada Segundo Payton amp Poland (1983) um indiviacuteduo na nona deacutecada pode

apresentar uma reduccedilatildeo de ateacute 20 da massa cefaacutelica aleacutem de uma desaceleraccedilatildeo

da conduccedilatildeo nervosa de 04 ao ano

Segundo Trelles (1986) o decliacutenio do envelhecimento promove alteraccedilotildees

quantitativas e qualitativas no metabolismo proteacuteico acarretando perda neuronal

principalmente no coacutertex cerebral reduccedilatildeo das concentraccedilotildees dos

neurotransmissores e aumento de seu catabolismo Nishimura Takeuchi Matsushita

et al (1998) observaram alteraccedilotildees aberrantes na morfologia de fibras

serotonineacutergicas em algumas regiotildees do ceacuterebro Distribuiacutedas desorganizadamente

essas fibras apresentavam-se altamente arborizadas com grande nuacutemero de

varicosidades com reduccedilatildeo de sua densidade e inchaccedilo lento e progressivo do

axocircnio Essas deformidades resultaram em um enfraquecimento no transporte

Aleacutem da estrutura morfoloacutegica tambeacutem os aspectos fisioloacutegicos e bioquiacutemicos

desse sistema sofre alteraccedilotildees durante a senescecircncia Uma reduccedilatildeo da atividade da

enzima responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT a triptofano hidroxilase eacute percebida em

aacutereas ricas em 5-HT como os nuacutecleos da rafe e consequumlentemente os niacuteveis desse

neurotransmissor satildeo reduzidos Em contrapartida o aacutecido 5-Hidroxiindolaceacutetico

mostra-se reduzido no liacutequido ceacutefalo-raquidiano Portanto como no caso das

catecolaminas a 5-HT apresenta um decreacutescimo em sua siacutentese e aumento em seu

catabolismo agrave medida que o envelhecimento progride (TRELLES 1986)

Esse decreacutescimo tambeacutem pode ser induzido tanto pela reduccedilatildeo do nuacutemero de

neurocircnios serotonineacutergicos no nuacutecleo da rafe como pelo aumento da atividade da

enzima MAO-B responsaacutevel pela degradaccedilatildeo serotonineacutergica Estudos post-mortem

demonstraram que haacute reduccedilatildeo do nuacutemero de receptores serotonineacutergicos no SNC

com o aumento da idade particularmente o 5-HT1 e o 5-HT2 Embora o significado

cliacutenico desse fato ainda natildeo esteja bem definido evidecircncias sugerem que indiviacuteduos

idosos sejam mais sensiacuteveis aos efeitos das drogas serotonineacutergicas do que os

jovens Postula-se que o prejuiacutezo da transmissatildeo neuronal ligado a menor aporte de

45

neurotransmissores ou a uma menor sensibilidade dos receptores a eles esteja

associado agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios emocionais cognitivos e de

comportamento em idosos (MENON FREIRIAS amp SANCHES 1998)

Os niacuteveis de 5-HT e seu metaboacutelito (5-HIAA) foram comparados tanto no

plasma como em plaquetas em grupo de mulheres idosas e mulheres mais jovens

Uma significativa relaccedilatildeo entre 5-HT e a idade foi observada visto que agrave medida que

a idade aumentava maiores niacuteveis de 5-HT e 5-HIAA plaquetaacuteria eram observados

Em contrapartida com o avanccedilar da idade as concentraccedilotildees de 5-HT no plasma

apresentaram-se reduzidas Todavia alteraccedilotildees significativas nas concentraccedilotildees de

5-HIAA no plasma natildeo foram observadas (KUMAR WEISS FERNANDEZ et al 1998)

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO

A depressatildeo eacute uma das mais comuns e devastadoras desordens psiquiaacutetricas

Atualmente embora uma variedade de estrateacutegias de tratamento esteja disponiacutevel

sua maior problemaacutetica encontra-se na consistecircncia do diagnoacutestico e no

medicamento a ser utilizado (THOME HENN amp DUMAN 2002) Essa limitaccedilatildeo

consiste em sua etiologia indefinida associada agrave heterogeneidade de sintomas (DUNN

amp DISHMAN 1991)

A depressatildeo eacute um transtorno crocircnico e recorrente visto que

aproximadamente 80 dos indiviacuteduos que recebem tratamento para um episoacutedio

depressivo satildeo acometidos por um segundo episoacutedio ao longo de suas vidas

Tambeacutem eacute considerada como um transtorno incapacitante pois atinge a quarta

classificaccedilatildeo de causa especiacutefica de incapacitaccedilatildeo quando comparada com vaacuterias

outras doenccedilas (FLECK 2003)

De acordo com o criteacuterio de diagnoacutestico de episoacutedio depressivo da OMS

(1993) segundo a deacutecima revisatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas

(CID-10) os sintomas e episoacutedios da depressatildeo podem se divididos

respectivamente em 1) Sintomas fundamentais constituiacutedos de humor deprimido

perda de interesse fatigabilidade e 2) sintomas acessoacuterios constituiacutedos de

concentraccedilatildeo e atenccedilatildeo reduzidas auto-estima e auto-confianccedila reduzidas ideacuteias de

46

culpa e inutilidade visotildees desoladas e pessimistas do futuro ideacuteias ou atos

autolesivos ou de suiciacutedio sono perturbado e apetite reduzido Por outro lado a

gravidade desta doenccedila foi classificada em trecircs graduaccedilotildees agrave saber

Episoacutedio leve associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais e dois acessoacuterios

Episoacutedio moderado associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais mais trecircs ou quatro

acessoacuterios

Episoacutedio Grave associaccedilatildeo de trecircs sintomas fundamentais mais quatro ou mais

acessoacuterios

Sabe-se que a prevalecircncia de episoacutedios depressivos tem um crescimento

linear agrave medida que envelhecemos e que o acometimento dessa doenccedila eacute mais

percebido em pessoas do gecircnero feminino (SNOWDON 2001 MAES 2002

STORDAL MYKLETUN amp DAHL 2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede a prevalecircncia de depressatildeo entre

mulheres e homens atinge a proporccedilatildeo de dois por um Todavia apesar dos avanccedilos

obtidos em justificar essa diferenccedila entre gecircneros ou ateacute mesmo em desvendar a

etiologia dessa doenccedila atraveacutes de estudos da geneacutetica influecircncias ambientais

marcadores ou anomalias bioloacutegicos comuns aos portadores de depressatildeo vaacuterias

accedilotildees profilaacuteticas e preventivas se fundamentam em hipoacuteteses e conjecturas

(RODRIGUES 2000 OMS 2000)

Prevenir a depressatildeo natildeo eacute accedilatildeo simples consiste em uma das grandes

incoacutegnitas associadas agrave essa doenccedila Identificar que medidas deveratildeo ser tomadas

no sentido de precaver recorrecircncia e recaiacuteda daquele idoso que jaacute sofreu uma ou

mais crises depressivas ainda constitui um desafio Visto que altos iacutendices de

resistecircncia ao tratamento seguidos de mortalidade satildeo observados nesta populaccedilatildeo

(SPEAR 2002) aleacutem da vulnerabilidade ao suiciacutedio a que satildeo expostos pela proacutepria

enfermidade (SCHOEVERS 2000)

O sucesso no tratamento de depressatildeo em idosos depende da gravidade desta

patologia das comorbidades com outras doenccedilas psiquiaacutetricas ou cliacutenicas da

seriedade em que o paciente e seus familiares encaram o tratamento e da escolha da

47

intervenccedilatildeo adequada visto que procedimentos mais indicados e utilizados com

frequumlecircncia por esta faixa etaacuteria natildeo estatildeo isentos de uma lista de efeitos colaterais

associados (SCALCO 2002)

Segundo GOTTFRIES (1993) o tratamento da depressatildeo no idoso segue

quase a mesma orientaccedilatildeo do tratamento em jovens exigindo um pouco mais de

criteacuterio pela maior fragilidade orgacircnica apresentada por eles Os antidepressivos satildeo

vastamente utilizados no tratamento da depressatildeo Entre eles os triciacuteclicos que tecircm

sua accedilatildeo sobre vaacuterios neurotransmissores os inibidores da enzima

monoaminaoxidase - MAO os inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo de serotonina - ISRS

e a venlafaxina que atua sobre a serotonina a noradrenalina e a dopamina Mesmo

com todo avanccedilo farmacoloacutegico esses medicamentos apresentam em alguns casos

efeitos colaterais inconvenientes como por exemplo a incompatibilidade dos

antidepressivos com outros medicamentos em caso de patologias associadas o que

eacute comum no idoso A eletroconvulsoterapia tambeacutem muito utilizada no tratamento

depressivo e considerada juntamente com os antidepressivos como um dos pilares

para essa terapia e eacute em muitos casos tida como primeira opccedilatildeo de tratamento

Contudo cuidados maiores devem ser tomados quando utilizada em idosos por sua

alta prevalecircncia de osteoporose

De acordo com SOUZA (1999) o tratamento dessa enfermidade deve ser

entendido de forma globalizada considerando o ser humano como um todo

incluindo dimensotildees bioloacutegicas psicoloacutegicas e sociais A terapia deve abranger todas

essas aacutereas natildeo omitindo a utilizaccedilatildeo de psicoterapia da farmacologia e de

mudanccedilas no estilo de vida

Entre as alteraccedilotildees adotadas para mudanccedila no estilo de vida eficazes para

melhorar os estados de humor encontra-se a praacutetica regular de exerciacutecio fiacutesico

Atualmente muitos defendem sua prescriccedilatildeo como tratamento alternativo da

depressatildeo em funccedilatildeo das alteraccedilotildees bioquiacutemicas promovidas por essa praacutetica

(DISHMAN 1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998) Os benefiacutecios

psicoloacutegicos provenientes de uma vida ativa retecircm vitalidade mobilidade e

independecircncia Melhora o sentimento de bem-estar auto-estima e apreciaccedilatildeo da vida

48

amplia a relaccedilatildeo entre amigos e conhecidos reduz o sentimento de solidatildeo e melhora

a qualidade do sono (OAKS 2000 NIEMAN 1999 DUNN amp DISHMAN 1991)

Blumenthal et al (1999) submeteram 156 senhoras idosas a uma

comparaccedilatildeo entre intervenccedilotildees farmacoloacutegicas quatro meses de exerciacutecios fiacutesicos

aeroacutebicos de intensidade moderadamente alta e a associaccedilatildeo entre exerciacutecios e

ingesta medicamentosa Eles perceberam que os trecircs grupos produziram

melhoras nos quadros depressivos e nenhuma diferenccedila significativa foi percebida

entre as intervenccedilotildees Embora os pacientes sob medicamentos tenham mostrado

respostas iniciais mais raacutepidas os submetidos ao exerciacutecio fiacutesico sistematizado

mantiveram-se por mais tempo sem recaiacutedas

Segundo Nieman (1999) pessoas fisicamente ativas e com boa aptidatildeo fiacutesica

apresentam melhor equiliacutebrio psicoloacutegico do que as sedentaacuterias O autor destacou

entre outras algumas hipoacuteteses comuns no meio cientiacutefico que tentam explicar o

sentimento de bem-estar em resposta agrave praacutetica do exerciacutecio fiacutesico regular 1) que agrave

medida que o organismo do indiviacuteduo ativo se adapte agraves alteraccedilotildees metaboacutelicas

induzidas pela praacutetica do exerciacutecio fiacutesico o corpo seja fortalecido e treinado para

reagir calmamente aos estiacutemulos desencadeados por um estresse mental 2) que a

melhora do humor possa estar atrelada agrave praacutetica de exerciacutecios aeroacutebios por produzir

um incremento do fluxo sanguumliacuteneo e do transporte de oxigecircnio para o ceacuterebro em

funccedilatildeo de alteraccedilotildees estruturais cerebrais permanentes como por exemplo o

surgimento de vasos sanguiacuteneos e terminaccedilotildees nervosas extras 3) que as alteraccedilotildees

bioquiacutemicas provocadas pelo exerciacutecio possam exercer um papel terapecircutico

importante no tratamento e prevenccedilatildeo da depressatildeo em funccedilatildeo da normalizaccedilatildeo das

concentraccedilotildees cerebrais da serotonina dopamina e norepinefrina

A associaccedilatildeo inversa entre casos depressivos tem sido investigada em estudos

longitudinais Um dos mais claacutessicos foi realizado por Paffembarger Lee amp Leugn

(1994) que teve a duraccedilatildeo de 27 anos em indiviacuteduos com idade entre 35 e 74 anos

que indicou que casos depressivos apresentavam maior associaccedilatildeo com menores

gastos energeacuteticos Outro estudo com duraccedilatildeo de 8 anos percebeu que a reduccedilatildeo

49

da frequumlecircncia semanal ou da intensidade do exerciacutecio pode aumentar a probabilidade

de casos depressivos (LAMPINEN HEIKKENEN amp RUOPPILA 2000)

Em suma percebe-se que menores niacuteveis de atividade fiacutesica estatildeo

associados com sintomas depressivos mais graves (MOORE BABYAK WOOD et al

1999) que os escores de depressatildeo estatildeo diretamente relacionados com o tempo

de praacutetica e a frequecircncia semanal que os exerciacutecios fiacutesicos satildeo oferecidos (LEGRAND

amp HEUZE 2007) que entre a comunidade cientiacutefica exista uma predileccedilatildeo por

prescrever exerciacutecios aeroacutebios para fins preventivos e terapecircuticos da depressatildeo

(RIBEIR0 1998 WERNECK et al 2006) e que a escolha da intensidade adequada

para esse fim se apresenta de forma inconsistente na literatura todavia

considerando o perfil da populaccedilatildeo percebe-se maior predileccedilatildeo intensidades leves agrave

moderada (LEGRAND amp HEUZE 2007)

26 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS

A ideacuteia equivocada de que a ldquosenilidaderdquo era uma consequumlecircncia normal do

envelhecimento foi amplamente disseminada Todavia percebe-se um alto grau de

afinidade entre o decliacutenio das funccedilotildees cognitivas e o avanccedilar da idade mesmo

entre indiviacuteduos saudaacuteveis (HAYFLICK 1997 SCHUIT et al 2001)

Um processo de lentificaccedilatildeo global (tanto no processamento de informaccedilotildees

quanto na realizaccedilatildeo motora de uma tarefa) eacute percebido durante o envelhecimento

poreacutem natildeo foi estabelecido um ritmo padronizado para acontecer essas alteraccedilotildees No

entanto estima-se que o melhor desempenho cognitivo seja alcanccedilado no iniacutecio da

idade adulta enquanto que o decliacutenio do mesmo seja percebido na meia idade por

volta dos 45 anos (ANTUNES MELLO amp BUENO 2002)

Durante o processo de envelhecimento eacute provaacutevel que as funccedilotildees de memoacuteria

operacional tornem-se mais susceptiacuteveis a interferecircncias de informaccedilotildees

irrelevantesdistratoras (CABEZA amp NYBERG 2000 MILHAM et al 2002) Essa

reduzida efetividade funcional parece associada a uma menor responsividade de

sistemas cerebrais acircntero-posteriores responsaacuteveis por aspectos executivos do

controle atencional (BANICH et al 2000 MILHAM et al 2002)

50

Adicionalmente resultados de investigaccedilotildees tecircm sugerido decliacutenio na

habilidade cerebral para inibir respostas natildeo apropriadas (POSNER amp DEHAENE

1994 WEST 1999 CABEZA amp NYBERG 2000) Esse deacuteficit parece decorrente de

uma descompensaccedilatildeo na sensibilidade do coacutertex anterior do ciacutengulo o melhor

candidato conhecido para o processamento inibitoacuterio e o monitoramento de

respostas em conflito (MILHAM et al 2002)

Estudos realizados nas uacuteltimas deacutecadas sugerem que condutas diaacuterias

podem afetar positivamente ou natildeo as estruturas do ceacuterebro em niacuteveis

celulares moleculares e sistecircmicos Vaacuterias pesquisas sugerem que os efeitos

promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico voluntaacuterio possam elevar os niacuteveis de fatores

neurotroacuteficos derivados do ceacuterebro (BDNF) e de outros fatores de crescimento

estimula a neurogecircnesis e aumenta a resistecircncia do ceacuterebro Nesse sentido a

melhora da aptidatildeo cardiovascular pode resultar em um aumento da

plasticidade do ceacuterebro humano aleacutem de exercer reduccedilatildeo tanto na senescecircncia

bioloacutegica como cognitiva (MATTSON CHAN amp DUAN 2002 COTMAN amp

BERCHTOLD 2002 COLCOMBE et al 2003)

Uma das hipoacuteteses mais aceita para a compreensatildeo do decliacutenio cognitivo foi

baseada na reduccedilatildeo da funccedilatildeo cardiovascular decorrente do envelhecimento que

acarretaria diminuiccedilatildeo progressiva da disponibilidade de oxigecircnio no ceacuterebro

Baseado nessa problemaacutetica estudos comprovaram atraveacutes de modelo animal o

aumento do fluxo sanguumliacuteneo e da disponibilidade de oxigecircnio durante o exerciacutecio

Todavia sabe-se que essa natildeo eacute a uacutenica contribuiccedilatildeo e alteraccedilatildeo promovida pelo

exerciacutecio fiacutesico em niacuteveis centrais Uma das habilidades desse tipo de estresse

consiste em aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica promovendo

alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de alguns hormocircnios de neurotransmissores

(ANTUNES MELLO amp BUENO 2002 ROSSI amp TIRAPEGUI 1999)

Crescentes evidecircncias sugerem a contribuiccedilatildeo do sistema serotonineacutergico

no desempenho das funccedilotildees cognitivas Natildeo existem trabalhos disponiacuteveis ateacute

a presente data que ofereccedilam seguramente a fundamentaccedilatildeo e amplitude

desse envolvimento Contudo sua disponibilidade na fisiologia patofisiologia e

51

terapecircutica do processo cognitivo deixa-nos fortes evidecircncias desse

envolvimento (MENESES 1999)

Outro indiacutecio de envolvimento desse neurotransmissor com os aspectos

cognitivos consiste na localizaccedilatildeo de alguns receptores serotonineacutergicos em aacutereas

cerebrais responsaacuteveis pela aprendizagem e memoacuteria incluindo o hipocampo

amigdala e cortex cerebral Receptores e vias da serotonina parecem estar situados

em aacutereas relacionadas com a disfunccedilatildeo do processo cognitivo Aparentemente a

doenccedila de Alzheimer estaacute associada com decreacutescimo nos marcadores serotonineacutergicos

como do complexo da rafe complexo de captaccedilatildeotransporte e no nuacutemero de alguns

receptores serotonineacutergicos Tem-se observado que pacientes esquizofrecircnicos com

doenccedila de Alzheimer apresentam correlaccedilatildeo significativa dos niacuteveis da serotonina e de

seu principal metaboacutelito (5-HIAA) Diferentes processos serotonineacutergicos estatildeo sob

investigaccedilatildeo para serem utilizados no tratamento da amneacutesia e da doenccedila de

Alzheimer (MENESES 1999)

Na uacuteltima deacutecada o interesse em verificar a relaccedilatildeo da serotonina com a

cogniccedilatildeo aumentou subitamente apoacutes a idealizaccedilatildeo de uma manipulaccedilatildeo

farmacoloacutegica agrave base de aminoaacutecidos que resultava na depleccedilatildeo aguda do

triptofano possibilitando a realizaccedilatildeo de estudos em humanos vivos

(EDITORIAL 2004) Todavia os resultados advindos da utilizaccedilatildeo dessa

manipulaccedilatildeo natildeo satildeo convergentes em relaccedilatildeo aos benefiacutecios cognitivos

(PORTER et al 2000 MURPHY 2002) necessitando de novas intervenccedilotildees que

colaborem para o esclarecimento do tema

27 QUALIDADE DE VIDA

A busca por uma vida com qualidade felicidade bem-estar e prazer e uma

constante luta pela satisfaccedilatildeo de suas necessidades tem sido uma aspiraccedilatildeo que

acompanha o homem desde o princiacutepio da humanidade Todavia a expressatildeo

ldquoqualidade de vidardquo foi utilizada pela primeira vez ou tornou-se notoacuteria quando em

discurso o presidente dos Estados Unidos Lyndon Jonhson em 1964 afirmava que

os objetivos natildeo poderiam ser medidos atraveacutes de balanccedilos bancaacuterios Todavia

poderiam ser medidos atraveacutes da ldquoqualidade de vidardquo que estes proporcionariam agraves

52

pessoas O indicador de qualidade de vida utilizado naquele discurso baseava-se

principalmente em fatores econocircmicos o que significa na atualidade apenas uma

das facetas expressas nesse termo (SETIEacuteN SANTAMARIA 1993 OMS 1998)

Atualmente a expressatildeo ldquoqualidade de vidardquo apesar de muito utilizada natildeo

adquiriu um conceito que abrangesse todo o seu significado Por ser um termo em

moda muitas pessoas o utilizam projetando para o conceito um significado diferente

dificultando ainda mais a tentativa de definiccedilatildeo (GRIMLEY-EVANS 1996)

Esse conflito conceitual agrava-se pelo fato da variaacutevel ldquoqualidade de vidardquo ser

mensurada utilizando instrumentos situaccedilotildees contextos e pessoas distintas (KING

DOBSON HARNET 1996) GILL e FEINSTEIN (1994) observaram que 85 das

publicaccedilotildees cientiacuteficas que abordavam esse tema e que por eles foram investigadas natildeo

apresentaram uma definiccedilatildeo para ldquoqualidade de vidardquo isto talvez por sua

multidisciplinariedade Dessa forma natildeo existe entre os poucos conceitos um que

detenha aceitaccedilatildeo universal (FARQUHAR 1995)

Com o passar dos anos o interesse dessa temaacutetica aumentou

expressivamente vaacuterios instrumentos foram elaborados e validados cientificamente

construiacutedos sob forma de escalas objetivas para permitir quantificar dados tidos

como subjetivos Variando na abordagem e na forma de apresentaccedilatildeo essas escalas

satildeo aplicadas isoladamente ou associadas podendo fornecer medidas globais e

especiacuteficas de qualidade de vida Medidas que certamente natildeo tecircm a mesma

precisatildeo e rigor como por exemplo aquelas adquiridas atraveacutes de dados

bioquiacutemicos mas que satildeo capazes de contribuir para compreensatildeo de vaacuterias

problemaacuteticas e facilitar na elaboraccedilatildeo de procedimentos preventivos ou de

resoluccedilatildeo de problemas dentro da aacuterea estudada

Presumivelmente o termo ldquoqualidade de vida e sauacutederdquo foi utilizado pela

primeira vez em meados dos anos de 1960 no editorial ldquoMedicina e Qualidade de

vidardquo (ELKINGTON 1966) Desde entatildeo vaacuterios estudos surgiram dando enfoque para

essa nova dimensatildeo de qualidade de vida avaliando intervenccedilotildees terapecircuticas e

condutas meacutedicas para formular poliacuteticas de sauacutede HUNT (1980) acredita que os

indicadores de qualidade de vida na aacuterea de sauacutede satildeo baseados na expectativa de

53

vida morbidade e mortalidade aleacutem de padratildeo de avaliaccedilatildeo de tratamentos

oferecidos aos pacientes Jaacute que a percepccedilatildeo subjetiva do paciente quanto ao seu

estado de sauacutede seja um indicador importante a ser considerado e deve ser sempre

avaliado Adicionalmente Kaplan (1984) afirma que o impacto da sauacutede sobre a

mobilidade atividade fiacutesica e atividade social estaacute intimamente relacionado com a

qualidade de vida e sauacutede

A OMS ciente da necessidade cientiacutefica de esclarecer convencionar ou

facilitar pesquisas dentro dessa temaacutetica organizou uma equipe de especialistas

com o objetivo de elaborar um instrumento geneacuterico de avaliaccedilatildeo da ldquoqualidade de

vidardquo construiacutedo atraveacutes de um meacutetodo transcultural (WHOQOL) Foi entatildeo que

surgiu o conceito elaborado por profissionais que consideram que a qualidade de

vida seja a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e

sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo aos seus objetivos expectativas

padrotildees e preocupaccedilotildees Conscientes da complexidade do tema a OMS admitiu

que embora natildeo houvesse uma definiccedilatildeo consensual de qualidade de vida havia

concordacircncia consideraacutevel acerca de algumas caracteriacutesticas desse constructo

como por exemplo a subjetividade que aleacutem das condiccedilotildees objetivas como

aquisiccedilotildees materiais muito valorizadas nos primeiros instrumentos elaborados

existam as condiccedilotildees subjetivas oportunizando e valorizando as percepccedilotildees e os

valores dados pelos sujeitos dentro de um contexto A segunda caracteriacutestica foi a

multidimensionalidade em que o instrumento deveria enfocar no miacutenimo trecircs

dimensotildees baacutesicas (fiacutesica psicoloacutegica e social) sempre em uma vertente subjetiva

como o indiviacuteduo percebe seu estado fiacutesico cognitivo e afetivo suas relaccedilotildees

interpessoais e os papeacuteis sociais em sua vida Terceiro a bipolaridade o

instrumento deveraacute incluir dimensotildees positivas e negativas e enfatizar a percepccedilatildeo

do indiviacuteduo acerca destas dimensotildees (OMS 2004)

A qualidade de vida eacute tatildeo importante para o idoso como para qualquer outro

indiviacuteduo de outra faixa etaacuteria Conviver bem com os decliacutenios naturais promovidos

pelo envelhecimento deve ser um desafio possiacutevel Envelhecer satisfatoriamente

depende do delicado equiliacutebrio entre as limitaccedilotildees e as potencialidades do indiviacuteduo

54

que lhe possibilitaraacute lidar em diferentes graus de eficaacutecia com as perdas inevitaacuteveis

do envelhecimento (NERI 2000)

FERRANS (1990) conceituou qualidade de vida como a sensaccedilatildeo de bem-estar

de um indiviacuteduo que varia da satisfaccedilatildeo agrave insatisfaccedilatildeo com respeito agraves aacutereas da

vida que satildeo importantes para ele A literatura gerontoloacutegica apresenta conceitos de

envelhecimento como ldquovelhice bem-sucedidardquo ldquoqualidade de velhicerdquo no sentido de

satisfaccedilatildeo de vida e estado de acircnimo como formas de tentar medir o bem-estar

Lawton (1991) enfoca a qualidade de vida na velhice como uma avaliaccedilatildeo

multidimensional referenciada por criteacuterios socionormativos (objetivos) e

intrapessoais (subjetivos) a respeito das relaccedilotildees atuais passadas e prospectivas

entre o indiviacuteduo maduro ou idoso e o seu ambiente

Uma velhice bem-sucedida envolve aspectos de realizaccedilatildeo do potencial

para alcanccedilar o bem-estar fiacutesico social e psicoloacutegico avaliado como adequado

pelo indiviacuteduo e pelo seu grupo etaacuterio tendo como paracircmetro as condiccedilotildees

objetivas e os valores sociais fundamentados no que seria desejaacutevel para que as

pessoas pudessem realizar seu potencial e a manutenccedilatildeo da competecircncia

funcional em domiacutenios selecionados por meio de mecanismos de compensaccedilatildeo e

otimizaccedilatildeo (NERI 2000)

Knorst et al (2001) e Hernandes e Barros (2004) afirmam que existe um

estreito relacionamento entre a qualidade de vida do idoso e sua habilidade ou

capacidade de desempenhar atividades ou tarefas da vida diaacuteria com autonomia e

independecircncia e destacam a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos como um fenocircmeno

facilitador entre eles

Natildeo eacute justo e nem eacute humano prolongar a vida dos que jaacute ultrapassam a fase

adulta quando natildeo lhes satildeo dadas condiccedilotildees de sobrevivecircncia digna Eacute melhor

acrescentar vida aos anos a serem vividos do que anos agrave vida precariamente vivida

(PAPALEacuteO NETTO amp PONTE 2002) O objetivo natildeo deve ser o de prolongar a vida e

com ela o sofrimento mas tornar a fragilidade uma pequena parcela da vida e

morrer jovem e com qualidade de vida o mais tarde possiacutevel

55

28 IMAGEM CORPORAL

Segundo Faith amp Allison (1996) e Williamson amp Orsquoneil (1998) imagem

corporal eacute a capacidade de representaccedilatildeo mental do proacuteprio corpo a interaccedilatildeo

entre o componente perceptivo avaliaccedilatildeo cognitiva do tamanho do corpo e o

componente postural Uma complexa resposta afetivandashcognitivondashcomportamental agrave

essa avaliaccedilatildeo Uma percepccedilatildeo individual de seu proacuteprio corpo e a maneira como

se sente a despeito

Para Mataruna (2004) a imagem corporal eacute uma figuraccedilatildeo do proacuteprio corpo

formada e estruturada na mente do mesmo indiviacuteduo que se desenvolve desde o

nascimento ateacute a morte dentro de uma estrutura complexa e subjetiva sofrendo

modificaccedilotildees que implicam na construccedilatildeo contiacutenua e reconstruccedilatildeo incessante

resultante do processamento de estiacutemulo

Vaacuterios fatores podem influenciar negativamente sobre a imagem corporal

de um indiviacuteduo por estabelecerem padrotildees dificilmente atingiacuteveis Como por

exemplo a existecircncia de forte tendecircncia social e cultural de considerar a

ldquomagrezardquo como uma situaccedilatildeo ideal de aceitaccedilatildeo e ecircxito Segundo a National

Eating Disorders Assciation esses padrotildees de beleza satildeo infelizmente

altamente discrepantes com a realidade visto que apenas 2 de mulheres satildeo

tatildeo magras quanto os modelos promovidos pelos meios de comunicaccedilatildeo

aumentando assim a insatisfaccedilatildeo com o proacuteprio corpo e resultando em

tentativa incessante em transforma-lo (KOWALSKI 2003)

Jovens adolescentes em sua maioria do sexo feminino internalizam esses

valores e modificam seus haacutebitos de vida em funccedilatildeo de se enquadrarem dentro

desses quisitos Quando adultas ou na meia-idade sentimentos de auto-criacutetica satildeo

intensificados e seus valores pessoais satildeo associados a eles resultando em

insidiosa destruiccedilatildeo da auto-estima e possiacutevel desenvolvimento de distuacuterbios

alimentares e desordens comportamentais comprometendo sua sauacutede fiacutesica e

mental podendo ateacute culminar com a morte Por conseguinte a literatura revela

que mulheres idosas quando insatisfeitas com a aparecircncia de seu corpo tendem

ser mais conscientes do que mulheres mais jovens Todavia essa consciecircncia natildeo

56

significa satisfaccedilatildeo visto que vaacuterios estudos que realizaram anaacutelise comparativa

entre mulheres jovens e idosas perceberam que um grande nuacutemero (60) de

insatisfaccedilatildeo e distorccedilatildeo da imagem corporal (forma e tamanho) persistiu ainda

entre idosas (FEY- YENSAN et al 2002)

Por outro lado apoacutes a comparaccedilatildeo entre gecircneros resultados de

investigaccedilotildees destacaram que os homens apresentam resultados mais positivos

em relaccedilatildeo agrave satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que as mulheres incluindo

tanto aspectos esteacuteticos como o peso corporal e a aparecircncia facial quanto

aspectos funcionais como a coordenaccedilatildeo motora a agilidade a sauacutede e o

desempenho sexual Mulheres em funccedilatildeo de vaacuterios eventos inerentes agrave sua

natureza apresentam maior flutuaccedilatildeo nas transiccedilotildees da formaccedilatildeo da imagem

corporal quando comparadas aos homens (HARGREAVES amp TIGGEMANN 2004

KAGAWA et al 2007) o que presumivelmente pode estar associado agrave maior

prevalecircncia de doenccedilas como a bulemia e anorexia relacionadas agrave insatisfaccedilatildeo e

distorccedilatildeo da imagem corporal real em funccedilatildeo de uma imagem corporal estipulada

como ideal (HAY 2002 CONNER amp JOHNSON 2004)

Confronto entre grupos eacutetnicos indicam que maior grau de insatisfaccedilatildeo com

a imagem corporal eacute apresentado por mulheres brancas seguido por mulheres

negras e por uacuteltimo mulheres asiaacuteticas (FITZGIBBON BLACKMAN amp AVELLONE 2000 CACHELIN et al 2002)

Acredita-se que a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos possa interferir

positivamente para construccedilatildeo da imagem corporal Le Boulch (1998) afirmou que

o principal objeto da educaccedilatildeo psicomotora constitui-se em ajudar o indiviacuteduo em

seus primeiros anos de vida a conseguir melhor percepccedilatildeo de sua imagem corporal

Schilder (1990) um dos mais conceituados pesquisadores da imagem corporal

enfatiza a importacircncia do movimento e da accedilatildeo para o reconhecimento e construccedilatildeo

desta imagem Segundo ele a relaccedilatildeo acontece nos dois sentidos tanto o

movimento faz-se necessaacuterio para a percepccedilatildeo e compreensatildeo do proacuteprio corpo

quanto o conhecimento das diversas partes do corpo e de suas relaccedilotildees muacutetuas seja

necessaacuterio para a realizaccedilatildeo de qualquer movimento Nesse sentido investigaccedilotildees

57

recentes ratificam essa influecircncia positiva do exerciacutecio afirmando que indiviacuteduos

submetidos a programa regular de atividade fiacutesica apresentaram maiores iacutendices

de satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que indiviacuteduos sedentaacuterios (BAHRAM amp

TEHRAN 2003 MATSUO et al 2007)

A insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal entre mulheres idosas diferencia-se

de sua insatisfaccedilatildeo quando jovem O processo do envelhecimento natildeo apenas

interfere em sua apresentaccedilatildeo esteacutetica (cabelos pele denticcedilatildeo postura peso

corporal entonaccedilatildeo da voz etc) mas reduz o desempenho de todo seu

organismo limitando-o para a execuccedilatildeo de muitas atividades diaacuterias Assim

sendo a perda da beleza da independecircncia e da energia associadas a perdas

de entes queridos da sauacutede ou da individualidade pode causar um grande

impacto na vida da mulher idosa e interferir em sua auto imagem (HAYFLICK

1997 FEY-YENSAN et al 2002)

Pessoas com uma visatildeo saudaacutevel de sua imagem corporal vecircem-se

realisticamente e tendem a gostar de seus corpos Uma imagem corporal positiva

revela auto-confianccedila energia vitalidade e auto-avaliaccedilatildeo positiva sentimentos de

beleza e atraccedilatildeo confianccedila e respeito pelo proacuteprio corpo liberdade de expressatildeo

corporal independentemente do peso corporal que apresenta Por outro lado

pessoas com a imagem corporal pobre e distorcida sentem-se insatisfeitas e

indiferentes em relaccedilatildeo ao proacuteprio corpo Pensam que sua aparecircncia seja alvo de

criacuteticas e sentem-se constantemente avaliadas pelos outros Ao auto-avaliar-se datildeo

importacircncia excessiva ao aspecto fiacutesico com uma preocupaccedilatildeo angustiante com o

proacuteprio corpo Detecircm sentimentos constantes de vergonha ou acanhamento que

podem vir seguidos de atitudes como avaliar sua composiccedilatildeo corporal

excessivamente (pesar medir) e com frequumlecircncia procuram comprar ou

experimentar roupas novas disfarccedilar o tamanho e forma do corpo usando roupas

largas e grandes evitar situaccedilotildees sociais que possam desencadear auto-

consciecircncia fiacutesica que tenham que expor o corpo vestindo roupas de banho

(KOWALSKI 2003 SHEENArsquos 2003)

58

A percepccedilatildeo subjetiva que uma pessoa tem sobre seu corpo pode ser mais

importante do que a realidade objetiva de sua aparecircncia Nesse sentido o peso

natildeo parece por si soacute ser o uacutenico determinante do grau de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo com imagem corporal (ALMEIDA 2002)

59

33 MMAATTEERRIIAALL EE MMEacuteEacuteTTOODDOO

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO

Foi realizado um delineamento quase experimental (Tabela 2) de abordagem

quantitativa (COZBY 2003 MARCONI amp LAKATOS 2003) com preacute e poacutes-testes nos

quais os dados referentes agraves variaacuteveis IMC VO2pico idade e duraccedilatildeo do teste

incremental na esteira foram considerados para a distribuiccedilatildeo da amostra para o

grupo controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90PCR e Gmax)

Sessotildees agudas de exerciacutecios cardiovasculares de diferentes intensidades e duraccedilatildeo

foram utilizadas como fator experimental Os resultados foram adquiridos pela

comparaccedilatildeo das meacutedias intragrupos e entregrupos

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90LA e Gmax) Grupo Seleccedilatildeo Preacute-teste Tratamento Poacutes-teste Δ

GC Natildeo aleatoacuteria a (GC) Nenhum b (GC) b (GC) - a (GC) G90LA Natildeo aleatoacuteria a (G90LA) 90 LA 20rsquo b (G90LA) b (G90LA) - a (G90LA) GLA Natildeo aleatoacuteria a (GLA) No LA 20rsquo b (GLA) b (GLA) - a (GLA) G90PCR Natildeo aleatoacuteria a (G90PCR) 90 LA 20rsquo b (G90PCR) b (G90PCR) - a (G90PCR) Gmax Natildeo aleatoacuteria a (Gmax) Teste max b (Gmax) b (Gmax) - a (Gmax) GLA1h Natildeo aleatoacuteria a (GLA1h) No LA 1h b (GLA1h) b (GLA1h) - a (GLA1h) Δ = diferenccedila entre preacute e poacutes-testes

O delineamento quase-experimental preacute-testepoacutes-teste com grupo controle

natildeo equivalente tambeacutem conhecido como experimento natildeo aleatoacuterio eacute um estudo

no qual o investigador interveacutem na caracteriacutestica que estaacute sendo investigada

entretanto natildeo haacute alocaccedilatildeo aleatoacuteria dos participantes ou de aacutereas aos grupos

que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo Essa eacute a principal diferenccedila em relaccedilatildeo ao

estudo experimental Os grupos que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo satildeo

geralmente formados considerando os aspectos administrativos criteacuterios

operacionais e o recrutamento de voluntaacuterios Entre as vantagens do estudo

quase-experimental pode-se citar ser implementado concomitantemente agrave

execuccedilatildeo das accedilotildees avaliar programas que atingem grandes populaccedilotildees e por

razotildees eacuteticas uma vez que o programa natildeo necessita ser interrompido para ser

avaliado As principais limitaccedilotildees satildeo a natildeo aleatoriedade na definiccedilatildeo da

amostra ao tamanho da amostra a ser estudada principalmente quando o

60

resultado de interesse eacute relativamente raro ao tempo e aos recursos necessaacuterios

para o desenvolvimento do estudo (CAMPBELL amp STANLEY 1979)

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO

Foi estabelecida como populaccedilatildeo alvo desse estudo um grupo de senhoras

inscritas em um programa de extensatildeo de atendimento ao idoso (Figura 4) vinculado

ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Stricto Sensu da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

(PPGEFUCB-DF) que representou um total de 225 senhoras

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA

333311 PPrriimmeeiirraa ffaassee

Criteacuterios de inclusatildeo apoacutes a avaliaccedilatildeo meacutedica a mulher deveria ser considerada

apta agrave praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ter idade entre 60 e 74 anos ser fisicamente

ativa (por um periacuteodo miacutenimo de 6 meses) fisicamente independente e ser

alfabetizada

Criteacuterios de exclusatildeo Uso abusivo de cigarros e bebidas associados agrave

dependecircncia co-morbidades meacutedicas capazes de interferir na realizaccedilatildeo e resultados

desse estudo como diabetes cardiopatias acidente vascular cerebral doenccedila de

Alzheimer doenccedila de Parkinson e distuacuterbios na tireoacuteide a utilizaccedilatildeo de

medicamentos antidepressivos limitaccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticas ou doenccedilas

cardiovasculares que impossibilitem a realizaccedilatildeo dos testes fiacutesicos que seratildeo

realizados nesse estudo

333322 SSeegguunnddaa ffaassee

Todas as voluntaacuterias que se enquadraram nos requisitos da primeira fase foram

informadas sobre os procedimentos que seriam utilizados nesta investigaccedilatildeo e seus

possiacuteveis desconfortos riscos e benefiacutecios Em seguida foram convidadas se assim o

desejassem a assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2) A

discordacircncia dos termos expostos aliada agrave negaccedilatildeo do consentimento foram

considerados como fator de exclusatildeo

61

A amostra desse estudo foi selecionada de forma natildeo-probabiliacutestica de um

grupo de 225 senhoras inseridas em um Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB- DF) Para a

seleccedilatildeo 147 idosas foram impossibilitadas de participar por apresentarem

incompatibilidade com os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos nesse

estudo (subitem 331) agrave saber

17 Idosas apresentaram restriccedilotildees meacutedicas para a realizaccedilatildeo do teste de esforccedilo

maacuteximo (TEM)

19 Idosas encerraram o TEM precocemente pelos criteacuterios descritos no item 344

16 Idosas apresentaram idade acima da faixa etaacuteria preestabelecida (ge 75 anos)

54 Idosas apresentaram o tempo de realizaccedilatildeo do TEM menor do que 480 s ou

apresentaram um VO2pico menor que ge17 (mlkgmin) no TEM

29 Idosas apresentaram Diabetes Mellitus tipo II

06 Idosas apresentaram hipo ou hiper tiroidismo

01 Idosa apresentou doenccedila de Parkinson

05 idosas faziam uso de antidepressivos

333333 DDeeffiinniiccedilccedilatildeatildeoo ddaa aammoossttrraa ddoo eessttuuddoo

A amostra foi constituiacuteda por 49 mulheres idosas ativas (n=49) fisicamente

independentes (SPIRDUSO 2005) com idade compreendida entre 60 e 74 anos que

foram distribuiacutedas para seis grupos utilizando como criteacuterio de distribuiccedilatildeo o iacutendice

de massa corporal o VO2pico o tempo de duraccedilatildeo no teste incremental na esteira e

a idade Um grupo controle (GC n= 8) e cinco grupos experimentais submetidos a

sessatildeo de exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90

do limiar anaeroacutebio na intensidade do limiar anaeroacutebio e a 90 do ponto de

compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA n=8 GLA n=8 e G90PCR n= 8

respectivamente) submetido a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax n= 8) e

submetido a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo sob agrave intensidade do limiar

anaeroacutebio (GLA1h n=9)

62

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do programa de atendimento ao idoso do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF) onde foi realizada a seleccedilatildeo da amostra

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS

334411 QQuueessttiioonnaacuteaacuterriioo ddee ssaauacuteuacuteddee ee hhaacuteaacutebbiittooss ddee vviiddaa

O preenchimento do questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida (Anexo 1) foi

realizado no ato da matriacutecula Constituiacutedo de 30 perguntas elaboradas com intuito de

obter melhor caracterizaccedilatildeo da amostra aleacutem de identificar criteacuterios de exclusatildeo preacute-

estabelecidos (item 331) As sete primeiras perguntas foram constituiacutedas do

questionaacuterio PAR-Q (Physical Activity Readiness Questionnaire) tambeacutem conhecido

como Questionaacuterio de Prontidatildeo para Atividade Fiacutesica Utilizado para identificar e

rastrear indiviacuteduos que necessitam de avaliaccedilatildeo ou tratamento medico preacutevio antes

de iniciar um programa de exerciacutecios fiacutesicos (THOMAS READING SHEPHARD 1992)

Os demais questionamentos referiram-se agrave sauacutede fiacutesica e mental das voluntaacuterias de

sua ingesta medicamentosa intervenccedilotildees ciruacutergicas a que foram submetidas

acometimentos de doenccedilas niacutevel de atividade fiacutesica escolariadade e renda familiar

334422 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccaass

Para melhor caracterizaccedilatildeo da amostra foram determinadas caracteriacutesticas

fiacutesicas por meio das seguintes medidas antropomeacutetricas massa e estatura corporal

iacutendice de massa corporal (IMC) percentual de gordura Corporal (GC)

circunferecircncia de cintura (CC) e a relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) Os instrumentos e

procedimentos foram

63

3421 Massa corporal

A avaliaccedilatildeo da massa corporal foi realizada atraveacutes de balanccedila da marca

Toledo digital modelo 2096 PP com carga miacutenima de 125 kg e carga maacutexima de

150 kg e resoluccedilatildeo de 01 gramas As voluntaacuterias foram avaliadas sem calccedilados com

roupas leves (bermuda e camiseta) e sem acessoacuterios foram posicionadas em peacute

(ereta) no centro da plataforma da balanccedila frente ao monitor com braccedilos soltos e

peacutes paralelos A mensuraccedilatildeo foi efetuada em quilogramas

3422 Estatura corporal

Para anaacutelise da estatura corporal foi utilizado um estadiocircmetro da marca

Cardiomed de resoluccedilatildeo de 01 cm As idosas foram posicionadas eretas com os

calcanhares a cintura peacutelvica a cintura escapular e a regiatildeo occipital em contato

com a parede Todas as idosas foram orientadas a manter a cabeccedila paralela ao chatildeo

e o olhar fixo na posiccedilatildeo horizontal (plano Frankfurt) A avaliada apresentou-se

descalccedila e sem adereccedilos no cabelo A mensuraccedilatildeo deu-se durante a execuccedilatildeo de

inspiraccedilatildeo profunda seguida de apneacuteia

3423 Percentual de gordura corporal

Para a anaacutelise do GC atraveacutes da medida da gordura corporal total (Figura

5) utilizou-se o meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia-DEXA (Marca

LUNAR ndash DPX ndash IQ versatildeo 46A) Foi solicitado que as voluntaacuterias se apresentassem

com roupas leves e sem adereccedilos de metais Para a anaacutelise dessa medida as idosas

foram cuidadosamente posicionadas em decuacutebito dorsal sobre a mesa do

equipamento Uma varredura completa do corpo foi realizada por uma fonte de raio

ldquoXrdquo e um detector em um braccedilo de scanner com uma velocidade relativamente

lenta de 1cms O mapeamento de todo o corpo pelo DEXA foi estimado em torno de

12 a 18 minutos dependendo da composiccedilatildeo corporal da voluntaacuteria O ponto de

corte adotado para essa variaacutevel foi o de Lohman (1992) Onde percentual de

gordura lt que 20 = abaixo do peso entre 20 e 30 = peso normal e gt de 30 =

excesso de gordura corporal

64

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal atraveacutes do meacutetodo de Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia ndash UCB-DF

3424 Iacutendice de massa corporal

Para a tomada do Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizou-se a equaccedilatildeo peso

em quilogramas dividido pela estatura em metros elevada ao quadrado

O ponto de corte estabelecido para esta variaacutevel foi o da OMS (2003)

CLASSIFICACcedilAtildeO IMC kgm2 RISCO DE COMORBIDADE Baixo Peso lt 185 Baixo ( poreacutem risco para outras problemas cliacutenicos) Peso Normal 185 a 249 Meacutedio Sobrepeso 250 a 29 Aumentado Obesidade I 30 a 349 Moderado Obesidade II 35 a 399 Severo Obesidade III gt= 40 Muito Severo

3425 Circunferecircncia de cintura e relaccedilatildeo da cintura e quadril

Para a avaliaccedilatildeo da circunferecircncia de cintura (CC) verificou-se a tomada do

periacutemetro da cintura com a fita posicionada ao redor da menor circunferecircncia

localizada entre as costelas e a crista iliacuteaca A mensuraccedilatildeo do periacutemetro do quadril

foi realizada posicionando a fita ao redor do quadril na regiatildeo de maior

protuberacircncia A relaccedilatildeo cintura e quadril (RCQ) foi obtida pela divisatildeo da CC pela

circunferecircncia do quadril Os pontos de corte estabelecidos para estas variaacuteveis

foram elaborados pela OMS (1998) CC ge 85cm = risco para doenccedilas crocircnicas e

CC ge 88cm= risco muito aumentado RCQ lt 085cm = favoraacutevel para a sauacutede e RCQ

gt 085 = desfavoraacutevel para a sauacutede

65

334433 AAvvaalliiaaccedilccedilatildeatildeoo mmeacuteeacuteddiiccaa

Antes do teste de potecircncia aeroacutebia toda amostra foi submetida a

avaliaccedilatildeo meacutedica que consistiu do preenchimento de questionaacuterio utilizado

como anamnese avaliaccedilatildeo cliacutenica e eletrocardiograma (ECG) em repouso As

avaliaccedilotildees fiacutesicas foram realizadas somente apoacutes ser descartada a existecircncia de

riscos para a realizaccedilatildeo das mesmas

334444 TTeessttee ddee ppoottecircecircnncciiaa aaeerroacuteoacutebbiiaa ((VVOO22ppiiccoo))

Para avaliar a capacidade cardiorrepiratoacuteria toda a amostra foi submetida a

um teste cardiopulmonar (Figura 6) realizado em esteira rolante (modelo RT 300 Pro

Moviment Brasil) Os procedimentos foram realizados no Laboratoacuterio de Estudos em

Educaccedilatildeo Fiacutesica e Sauacutede (LEEFS) que foi climatizado em torno dos 22 ordmC e

apresenta os equipamentos e medicaccedilotildees necessaacuterias para uma eventual situaccedilatildeo de

emergecircncia Monitoraccedilatildeo eletrocardiograacutefica (ECG Digital Micromed Brasil) foi

realizada antes durante e depois do esforccedilo fiacutesico obedecendo a seguinte sequumlecircncia

loacutegica repouso (12 derivaccedilotildees padratildeo) durante toda a realizaccedilatildeo do esforccedilo (trecircs

derivaccedilotildees CM5 D2M e V2M) e seis minutos de recuperaccedilatildeo O exame foi

supervisionado por um meacutedico cardiologista e conduzido sob o protocolo de rampa

padronizado e adequado para o perfil da amostra apoacutes a realizaccedilatildeo de testes-piloto

para que a exaustatildeo ocorresse entre oito e doze minutos O teste consistiu

inicialmente de uma velocidade de 20 kmh e 0 de inclinaccedilatildeo aos 10 minutos de

teste a velocidade e inclinaccedilatildeo prevista de 60 kmh e 6 respectivamente

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante teste incremental maacuteximo realizada no LEEFS ndash UCB-DF

66

A cada dois minutos a pressatildeo arterial foi mensurada utilizando um

esfigmomanocircmetro de coluna de mercuacuterio e a percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo

monitorada atraveacutes de comunicaccedilatildeo direta utilizando como instrumento a escala de

Borg (2000 Anexo 3) Durante a realizaccedilatildeo do esforccedilo as voluntaacuterias respiraram

atraveacutes de uma maacutescara de silicone (Hans Rudolf Alemanha) O consumo de

oxigecircnio (VO2) a produccedilatildeo de dioacutexido de carbono (VCO2) e a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foram mensurados a cada ciclo respiratoacuterio atraveacutes de um analisador de gases

(Metalyzer 3b Coacutertex Alemanha) O software utilizado para gerenciar o exame foi o

Ergo PC Elite for Windows (Micromed Brasil) que controla a velocidade e a

inclinaccedilatildeo da esteira atraveacutes de interface de comunicaccedilatildeo com o computador

O ponto de corte da American Heart Association (1972) foi adotado para

classificaccedilatildeo do niacutevel de aptidatildeo cardiopulmonar onde V02max (mlKgmin) lt

13 = aptidatildeo muito fraca de 13 a 17= fraca 18 a 23 = regular 24 a 34 = boa

e gt 35 = excelente

Foram adotados como criteacuterios de interrupccedilatildeo do teste a exaustatildeo voluntaacuteria

o aumento suacutebito da pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) acima de 250 mmHg e da

pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) acima de 140 mmHg queda sustentada da PAS

percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo (PSE) na escala de Borg de 19-20 (BORG 2000

Anexo 3) manifestaccedilatildeo cliacutenica de dor ou queimaccedilatildeo toraacutecica infradesnivelamento do

segmento ST_3mm supradesnivelamento do segmento ST_ 2mm em derivaccedilatildeo sem

presenccedila de onda Q arritmia ventricular complexa aparecimento de taquicardia

supraventricular sustentada taquicardia atrial fibrilaccedilatildeo atrial bloqueio

atrioventricular de 2ordm e 3ordm graus sinais de insuficiecircncia ventricular esquerda ou

falecircncias dos sistemas de monitorizaccedilatildeo e registro

334455 TTeessttee ddee ccaarrggaa

O agendamento dos TCs aconteceram de forma alternada entre grupos Todos

os testes foram realizados no periacuteodo da manhatilde Apoacutes ser oferecido um desjejum

padratildeo a PA da voluntaacuteria era aferida e em seguida iniciava-se um monitoramento

da FC de 5 em 5 minutos Apoacutes 20 minutos de repouso realizava-se a primeira

coleta de sangue seguida pelo iniacutecio do TC Os testes foram precedidos e sucedidos

por um periacuteodo de 3 minutos de aquecimento e desaquecimento respectivamente

67

Para definiccedilatildeo da intensidade do TC tomaram-se como base os dados individuais

obtidos no teste de potecircncia aeroacutebia em que foi pontuada a FC e a PSE referente ao

limiar determinado para cada grupo (LA ou PCR) e calculou-se o percentual da

intensidade desejada Apesar de estabelecer uma zona-alvo de amplitude superior e

inferior de 5 bpm procurou-se manter a intensidade estabilizada o mais proacuteximo

possiacutevel da FC e PSE alvo A intensidade e a duraccedilatildeo preestabelecidas para cada

grupo foram descritas no item 332 Imediatamente apoacutes o teacutermino do TC

realizou-se a segunda coleta de sangue e um novo periacuteodo de 20 min de repouso foi

oferecido ateacute que PA e FC estivessem proacuteximas dos valores iniciais nesse momento

apenas os grupos GLA1h GC e Gmax foram submetidos a uma 3ordf coleta de sangue

Um lanche foi novamente oferecido em funccedilatildeo do desgaste fiacutesico associado agraves

coletas de sangue

33445511 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio

A determinaccedilatildeo dos limiares ventilatoacuterios foi realizada atraveacutes da

segmentaccedilatildeo das curvas de diferentes paracircmetros ventilatoacuterios equivalentes

ventilatoacuterios de O2 (VEVO2) e CO2 (VEVCO2) fraccedilotildees expiradas finais de O2 (PETO2)

e CO2 (PETCO2) e quociente respiratoacuterio (QR) O primeiro limiar ventilatoacuterio (LV1)

tratado neste estudo como limiar anaeroacutebio (LA) correspondeu ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas) O segundo limiar ventilatoacuterio

(LV2) tambeacutem conhecido como ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (PCR)

correspondeu ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e PETO2

coincidiram com a queda de PETCO2 (SKINNER amp MCLELLAN 1980)

346 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass ppssiiccoommeacuteeacutettrriiccaass

3461 Performance cognitiva

Para o rastreamento da performance e decliacutenio cognitivo utilizou-se o

Miniexame do Estado Mental ndash MMSE (ANEXO 7) considerado como teste

cognitivo breve composto por itens que avaliam a orientaccedilatildeo temporoespacial

registro memoacuteria de curto prazo atenccedilatildeo caacutelculo linguagem e praxia

68

construcional (FOLSTEIN 1975) O ponto de corte adotado foi o estabelecido por

Brucki et al (2003)

3462 Imagem corporal

Para a anaacutelise da imagem corporal foi adotada uma escala de silhuetas

proposta por Sorensen e Stunkard (1993) Esse instrumento constitui-se de 9

silhuetas com diferentes imagens corporais dispostas da mais magra agrave mais gorda

em ordem crescente (Anexo 6) Questionamentos baseados na auto-avaliaccedilatildeo da

imagem corporal real (ICR) a que a avaliada considera ter atualmente a imagem

corporal ideal (ICI) aquela desejada e idealizada pela idosa a percepccedilatildeo da imagem

corporal da idosa apresentada pelo avaliador (ICA) e perguntas sobre procedimentos

alimentares e ciruacutergicos adotados para manter ou alterar a imagem corporal

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Figura 7 ndash Escala de silhuetas de Sorensen amp Stunkard (1993)

O grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal foi calculado utilizando a

diferenccedila entre a imagem corporal real e a imagem corporal ideal (GI= CR ndash ICI) O

grau de distorccedilatildeo da imagem corporal foi calculado pela diferenccedila entre a imagem

corporal real e a imagem corporal apontada pelo avaliador (GD= ICR -ICA)

3463 Qualidade de Vida

Para a anaacutelise dos niacuteveis de qualidade de vida foi utilizada a versatildeo abreviada

em portuguecircs do questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOL-100) da Organizaccedilatildeo

Mundial de Sauacutede (OMS) adaptado por Fleck et al (1999) conhecido como

WHOQOL- bref (ANEXO 5)

69

O WHOQOLndashbref eacute constituiacutedo de 26 questotildees sendo duas gerais sobre o

tema qualidade de vida e as demais representando cada uma das 24 facetas que

compotildeem o instrumento original O nuacutemero de questionamentos referente a cada

domiacutenio se apresenta de acordo com o quadro a seguir

DOMIacuteNIO 1 - Domiacutenio Fiacutesico DOMIacuteNIO 2 - Domiacutenio Psicoloacutegico

1ordf - Dor e desconforto 2ordf - Energia e fadiga 3ordf - Sono e repouso 9ordf - Mobilidade 10ordf - Atividades da vida cotidiana 11ordf - Dependecircncia de medicaccedilatildeo ou de tratamentos

4ordf - Sentimentos positivos 5ordf - Pensar aprender memoacuteria e concentraccedilatildeo 6ordf - Auto-estima 7ordf - Imagem corporal e aparecircncia 8ordf - Sentimentos negativos 24ordf - Espiritualidade religiatildeo crenccedilas pessoais

DOMIacuteNIO 3 - Relaccedilotildees Sociais DOMIacuteNIO 4 - Meio Ambiente

13ordf - Relaccedilotildees pessoais 14ordf - Suporte (apoio) social 15ordf - Atividade sexual

16ordf - Seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo 17ordf - Ambiente no lar 18ordf - Recursos financeiros 19ordf - Cuidados de sauacutede e sociais

disponibilidade e qualidade 20ordf - Oportunidades de adquirir novas

informaccedilotildees e habilidades 21ordf - Participaccedilatildeo em e oportunidades de

recreaccedilatildeolazer 22ordf - Ambiente fiacutesico (poluiccedilatildeo ruiacutedo

tracircnsito clima) 23ordf - Transporte

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por domiacutenios e facetas

Apesar desse instrumento natildeo apresentar ponto de corte para classificar as

meacutedias indicadas para cada domiacutenio adotou-se para maior compreensatildeo dos

resultados os seguintes pontos de corte de 0 a 20 ldquomuito ruimrdquo de 21 a 40

ldquoruimrdquo de 41 a 60 ldquonem ruim e nem bomrdquo de 61 a 80 ldquobomrdquo e de 81 a 100

ldquomuito bomrdquo

Para identificar os niacuteveis de qualidade de vida calculou-se o valor dos 4

domiacutenios (fiacutesico psicoloacutegico ambiental e social) de acordo com a Sintaxe ldquoSPSS -

WHOQOL-bref questionnairerdquo Foi adotada a meacutedia desses domiacutenios como niacutevel de

qualidade de vida geral

70

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo

A avaliaccedilatildeo dos niacuteveis de depressatildeo das participantes deste estudo foi

baseada nos escores indicativos de depressatildeo do inventaacuterio de depressatildeo de Beck

(Beck Depression Inventory ndash BDI) um dos mais frequumlentes instrumentos de medida

para avaliar o estado de depressatildeo na populaccedilatildeo versatildeo em portuguecircs validada

para a populaccedilatildeo brasileira O BDI consistiu de 21 grupos de afirmaccedilotildees contendo

quatro frases cada um (Anexo 4) Apoacutes leitura cuidadosa a avaliada teve que

escolher a frase que mais se adequava agrave maneira como estava se sentido na semana

que antecedeu a avaliaccedilatildeo Os itens do inventaacuterio tiveram por finalidade avaliar os

sintomas e atitudes como tristeza pessimismo sensaccedilatildeo de fracasso insatisfaccedilatildeo

sentimento de culpa sentimento de puniccedilatildeo autodepreciaccedilatildeo auto-acusaccedilotildees

ideacuteias suicidas crises de choro irritabilidade retraccedilatildeo social indecisatildeo distorccedilatildeo da

imagem corporal inibiccedilatildeo para o trabalho distuacuterbio de sono fatigabilidade perda de

apetite e de peso preocupaccedilatildeo somaacutetica e diminuiccedilatildeo da libido O ponto de corte

adotado para definir os niacuteveis indicativos de depressatildeo seguiu a proposta do Center

for Cognitive Therapy que em escores menores que 10 o indiviacuteduo foi considerado

sem depressatildeo de 10 a 18 com depressatildeo leve de 19 a 29 com depressatildeo

moderada e escores de 30 a 63 considerados portadores de depressatildeo grave

(GORESTEIN amp ANDRADE 1998)

334477 AAnnaacuteaacutelliisseess bbiiooqquuiacuteiacutemmiiccaass

3471 Condiccedilotildees das coletas

Para a avaliaccedilatildeo dos analiacuteticos verificados neste estudo todos os grupos

foram submetidos a dois momentos de coleta de sangue Entretanto com o intuito

de verificar o comportamento da variaacutevel no periacuteodo de recuperaccedilatildeo submeteu-se

3 grupos (GLA 1h GC e Gmax) a uma coleta e dosagem adicional a saber

G90LA GLA e GPCR 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso e 2ordf coleta)

Imediatamente apoacutes sessatildeo de exerciacutecio

Gmax e GLA1h 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) imediatamente

apoacutes sessatildeo aguda de exerciacutecio e 3ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso

71

GC 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) 20 minutos apoacutes a primeira

coleta e 3ordf coleta) 1h apoacutes a primeira coleta

Para a coleta de sangue toda a amostra foi submetida a um jejum de 12

horas e a uma dieta de 24 horas que restringia os alimentos ricos em

triptofano como tomate abacate nozes banana pickles e berinjela

Adicionalmente foi oferecido um desjejum padratildeo 30 minutos antes do iniacutecio do

repouso inicial Para efeito de controle todas as coletas foram realizadas das

7h30 agraves 10h da manhatilde

Em cada coleta um volume de 5 ml de sangue foi colhido em tubos

vacutainers com heparina para a dosagem da cromatografia quantitativa de

aminoaacutecidos 5 ml de sangue em tubos secos para a dosagem da prolactina e

10 ml em tubos com EDTA para a dosagem da serotonina O sangue foi

centrifugado a 1200 rpm por 20 minutos Apoacutes a centrifugaccedilatildeo o plasma colhido

em tubos com EDTA foi aliquotado para dois tubos contendo 10 mg de EDTA e

75 mg de aacutecido ascoacuterbico e imediatamente centrifugado novamente Todo o

material foi congelado a -20 ordmC e a anaacutelise foi realizada em ateacute 7 dias

3472 Dosagens dos analiacuteticos

Para a dosagem da serotonina foi utilizado meacutetodo de cromatografia

liacutequida de alta eficiecircncia com detector de fluorescecircncia (High-performance

liquid chromatographic ndash Fluorometric Detection - HPLC ndash FD) Esse sistema

consistiu de uma bomba da marca Waters modelo 515 com detector de

fluorescecircncia da marca Waters modelo 474 com comprimento de onda de

excitaccedilatildeo de 285 nm e comprimento de onda de emissatildeo de 345 nm A coluna

analiacutetica utilizada foi a coluna Novandash Pack C 18 (39 x 150 nm) da marca

Waters A fase moacutevel consistiu de um tampatildeo de 507 ml de hidroacutexido de

amocircnia 647 ml de aacutecido aceacutetico glacial e 02 g de EDTA dissoacutedico e 1760 ml

de aacutegua destilada O PH foi ajustado para 51 com 6 M de hidroacutexido de amocircnia

e 325 ml de metanol quinze minutos antes da utilizaccedilatildeo A teacutecnica utilizada foi

a sugerida por Pesce amp Kaplan (1987)

72

Para a dosagem do triptofano e demais aminoaacutecidos utilizou-se

igualmente da teacutecnica HPLC com detector de fluorescecircncia A coluna analiacutetica

utilizada foi a Tchsphere ODS 5micro 150 mm 46 mm O fluxo foi de 09 mlmin o

comprimento da onda de excitaccedilatildeo e de emissatildeo foi de 330 nm e 418 nm

respectivamente Para a fase moacutevel A 40 mM Na2HPO4 PH 78 [55 g NaH2PO4

monohidrato + aacutegua ajustado para o PH 78 com soluccedilatildeo de NaOH (10N)] e

para fase moacutevel B ACN MeOH aacutegua (454510 vv) A teacutecnica sugerida foi

descrita por Woodward amp Henderson Jr (2007)

A prolactina foi dosada utilizando a teacutecnica de imunoensaio com o

equipamento DXI 800 da Baeckam coulter

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Todos os procedimentos metodoloacutegicos deste estudo foram submetidos agrave

apreciaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede

(FS) da Universidade de Brasiacutelia (UnB) conforme resoluccedilotildees Nordm 19696 e 25797

anexo 1 paacutegina 28 Recebendo em 14 de setembro de 2004 o registro de

aprovaccedilatildeo de nordm 0712004 (Anexo 9)

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO

Os dados foram organizados atraveacutes de medidas descritivas (meacutedia e desvio

padratildeo) e submetidos agrave uma anaacutelise exploratoacuteria Os outliers identificados foram

ajustados para que natildeo interferissem excessivamente na meacutedia A teacutecnica utilizada

para a correccedilatildeo desses valores foi a sugerida por Tabachnick e Fidell (2003) em que

os valores extremos superiores e inferiores satildeo ajustados de modo que fiquem igual

a uma unidade acima do valor mais alto ou uma unidade abaixo do menor valor da

amostra respectivamente A normalidade dos dados foi testada utilizando os testes

de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk e a homogeneidade das variacircncias foi

avaliado atraveacutes do teste de Levene Toda a anaacutelise estatiacutestica foi realizada utilizando

o softwares SAS 91 e o SPSS versatildeo 14 for Windowsreg

Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos foi utilizado como medida central a

meacutedia aritimeacutetica e como medida de dispersatildeo o desvio padratildeo Para medidas de

73

prevalecircncia os resultados foram apresentados em forma de frequumlecircncia e percentual

Utilizou-se o teste ldquotrdquo de student para investigar diferenccedilas entre a escolha da

imagem corporal ideal e a imagem corporal real (ICI x ICR) e da imagem corporal

real com a avaliaccedilatildeo do avaliador (ICR x ICA)

Para a anaacutelise de associaccedilatildeo foi utilizada a correlaccedilatildeo linear de Pearson para

identificar relaccedilotildees entre as variaacuteveis antropomeacutetricas com o grau de insatisfaccedilatildeo

com a imagem corporal e tambeacutem entre a capacidade cardiorrespiratoacuteria (VO2pico)

com os niacuteveis de depressatildeo e as variaacuteveis bioquiacutemicas

Utilizou-se a anaacutelise de variacircncia (Split Plot ANOVA) para verificar as

alteraccedilotildees bioquiacutemicas intra e entre grupos

O niacutevel de significacircncia estabelecido foi de ple005

74

44 AANNAacuteAacuteLLIISSEE DDOOSS RREESSUULLTTAADDOOSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

A amostra deste estudo foi formada por 49 mulheres idosas ativas com meacutedia

de 6406plusmn37 anos de idade e de 52plusmn43 anos de escolaridade A maioria estava

inserida em programa de atividade fiacutesica regular por mais de 2 anos (40) com

frequumlecircncia de 3 sessotildees semanais (66) de duraccedilatildeo de 1h (70) e intensidade

maior que 11 na escala percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo de Borg de (82) 551 da

amostra foi classificada como par-Q positivo com maior prevalecircncia nos itens

referentes agrave utilizaccedilatildeo de medicamentos prescritos para o controle da hipertensatildeo

arterial e problemas cardiacuteacos (36) sucedido por sensaccedilotildees de tonturas e

desmaios (18) e problemas ortopeacutedicos (163)

441111 PPeerrffiill aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccoo ddaa aammoossttrraa

Para exame geral dos dados antropomeacutetricos foi realizado uma anaacutelise

descritiva (Tabela 3) seguida por anaacutelise detalhada em forma de percentual (Graacutefico

1) distribuindo os dados por pontos de corte preestabelecidos Para a variaacutevel GC

a meacutedia dos valores indicou ldquoexcesso de gordura corporalrdquo em que 8776 das

idosas apresentaram iacutendices acima de 30 GC A meacutedia do IMC classificou a

amostra com ldquosobrepeso e risco aumentado para comorbidadesrdquo em que apenas

2857 das idosas apresentaram o IMC ldquonormalrdquo

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio padratildeo) das variaacuteveis da amostra Peso

(kg)

Estatura (cm)

GC ()

IMC (kgm2)

RCQ (cm)

CC (cm)

Meacutedia 6332 15429 3666 2655 087 9142

DP plusmn 728 plusmn 676 plusmn 48 plusmn 294 plusmn 005 plusmn 770

A meacutedia dos dados encontrados para o RCQ indicou ldquoiacutendices desfavoraacuteveisrdquo

para a sauacutede em que 7143 da amostra apresentou valores iguais ou acima de

85 cm para esta relaccedilatildeo As meacutedias da CC classificaram a amostra com um ldquorisco

aumentadordquo para doenccedilas crocircnicas adicionalmente percebeu-se que 7959 da

75

amostra estavam classificadas com o ldquorisco muito aumentadordquo para doenccedilas

relacionadas ao acuacutemulo de adiposidade abdominal

Iacutendice de Massa Corporal - IMC

000

5918

12242857

Baixo Peso Peso Normal SobrepesoObesidade I Obesidade II Obesidade III

Percentual de Gordura- G

0 1224

8776

Abaixo do Peso Peso Normal Excesso Gordura

Relaccedilatildeo Cintura Quadril- RCQ

2857

7142

Favoraacutevel Desfavoraacutevel

Circunferecircncia de Cintura- CC

2041

7959

Risco Aumentado Risco Muito Aumentado Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ GC CC e IMC)

apresentadas por mulheres idosas participantes deste estudo

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA

A anaacutelise dos dados obtidos na avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia demonstrou que

a maioria (7826) das idosas foi classificada com uma aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquoregularrdquo Nenhuma das idosas avaliadas apresentou aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquomuito fracardquo ou ldquoexcelenterdquo Menores fraccedilotildees foram observadas entre as

classificaccedilotildees ldquofracardquo e ldquoboardquo (87 e 1304 respectivamente) Segundo dados

disponibilizados (Tabela 4) o tempo meacutedio do teste de potecircncia aeroacutebia foi de 12

minutos e a descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido apresentada pelas voluntaacuterias no

uacuteltimo estaacutegio do teste de esforccedilo relacionava-se aos estaacutegios da Escala de Borg

ldquointensordquo e ldquomuito Intensordquo

76

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o teste de potecircncia aeroacutebia

Variaacuteveis observadas FCrep

(bpm) FCmax (bpm)

VO2pico (mlkgmin)

R Duraccedilatildeo (s)

PSE

METs

Meacutedia 7172 14795 2068 109 62530 1783 591

DP plusmn 1083 plusmn 568 plusmn 249 plusmn 003 plusmn 8837 plusmn 158 plusmn 086

FCrep= frequumlecircncia cardiacuteaca de repouso FCmax= frequecircncia cardiacuteaca maacutexima VO2pico = consumo pico de oxigecircnio R = razatildeo de troca respiratoacuteria Duraccedilatildeo = tempo do teste PSE= percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo e METs= equivalente metaboacutelico basal

Para a meacutedia do iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (IPE) pelos grupos

experimentais durante o teste de carga percebeu-se que as intensidades atingidas

foram compatiacuteveis com as intensidades prescritas

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo do Iacutendice de Percepccedilatildeo Subjetiva de Esforccedilo durante teste de carga GRUPO Meacutedia e Desvio Padratildeo IPE

GC _____ _____ G90LA 925 plusmn 12 Leve GLA 113 plusmn 05 Moderada G90PCR 137 plusmn 18 Intensa (Moderada Alta) Gmax 174 plusmn 08 Muito Intensa (Alta) GLA1h 125 plusmn 10 Moderada

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

431 Performance cognitiva

Para anaacutelise da performance cognitiva a amostra foi distribuiacuteda em extratos

formados por tempo (anos) de escolaridade previamente estabelecido pelos pontos

de corte adotados Observou-se que a maioria (5918) das idosas apresentaram

entre 1 e 4 anos de escolaridade seguido pelos extratos de 9 a 11 anos e de 5 a 8

anos de escolaridade (1836 102 respectivamente) Menores percentuais

(613 e 613) foram atribuiacutedos ao primeiro e ao uacuteltimo extratos referentes a

analfabetos e 12 ou mais anos de escolaridade

O Graacutefico 2 apresenta na maioria das vezes uma equivalecircncia entre a

performance cognitiva obtida pelas idosas que constituiacuteram a amostra desta

investigaccedilatildeo e os escores esperados para populaccedilotildees com as mesmas caracteriacutesticas

de idade e escolaridade Dados apresentados (Tabela 8) mostraram correlaccedilatildeo

77

positiva e significativa entre a performance cognitiva e a capacidade

cardiorrespiratoacuteria (VO pico) 2

1923

2527 27 27 28 28 29 28

0

5

10

15

20

25

30

Perfo

rman

ce C

ogni

tiva

0 1 a 4 5 a 8 9 a 11 gt12

Esperado Avaliado

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos) da performance cognitiva (avaliado) e dos valores de referecircncia (esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte

432 Imagem corpora432 Imagem corporall

Para efeito de melhor compreensatildeo da imagem corporal os dados

antropomeacutetricos das idosas voluntaacuterias deste estudo foram alocados para as

silhuetas indicadas como imagem corporal real (Tabela 6) Percebe-se que a

tendecircncia da maioria dos valores do IMC do GC e CC foi apresentada de forma

crescente correspondendo agrave expectativa subjetivada pela escala de silhuetas em

que as mulheres satildeo ordenadas da mais magra agrave mais obesa

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da amostra distribuiacutedos por silhuetas

Silhueta Indicada como Imagem Corporal Real 1 2 3 4 5 6 7 8 9

GC 2870 3215 3637 3642 4428 4340 plusmn 265 plusmn 417 plusmn 339 plusmn 447 plusmn 145 plusmn 000

CC 9333 7850 9078 9186 9550 9800 plusmn 1210 plusmn 212 plusmn 797 plusmn 563 plusmn 1115 plusmn 000

RCQ 091 079 087 089 087 097 plusmn 002 plusmn 004 plusmn 006 plusmn 004 plusmn 011 plusmn 000

IMC 2176 2148 2574 2747 3088 2915 plusmn 125 plusmn 182 plusmn 222 plusmn 201 plusmn 220 plusmn 000

GC = percentual de gordura corporal () IMC= iacutendice de massa corporal (kg m2) CC= circunferecircncia de Cintura (cm) e RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril (cm)

78

Dados apresentados (Graacutefico 3) indicam que a imagem corporal real (ICR)

representada em sua maioria pelas silhuetas de nuacutemero 5 (4286) natildeo coincidiu

com a imagem corporal que as idosas apontaram como ideal (ICI) representadas

pelas silhuetas de nuacutemero 3 (4286) Esse deslocamento da ICR para ICI na

maioria das vezes apresentada de maiores silhuetas em direccedilatildeo a silhuetas menores

sinalizou grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal significativo (ple 0001) por

parte das idosas (Graacutefico 4) Adicionalmente natildeo foi identificada diferenccedila

significativa (p= 033) entre a avaliaccedilatildeo da ICR realizada pela idosa e a avaliaccedilatildeo

efetivada pelo avaliador (ICA) o que indicou presumivelmente ausecircncia de

distorccedilatildeo e discrepacircncia na avaliaccedilatildeo da IC realizada

612 612

1429

408

4286

36743265

429

204

816

204 2 0 0 005

1015202530354045

1 2 3 4 5 6 7 8 9

REAL IDEAL

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como

imagem corporal real e imagem corporal ideal

Dados referentes ao questionaacuterio sobre a IC indicaram que 511 das idosas

afirmaram que sua aparecircncia fiacutesica natildeo se aproximava dos padrotildees de beleza atuais

536 asseguraram ter realizado dieta para a reduccedilatildeo do peso corporal para fins

esteacuteticos Embora 9387 da amostra tenham afirmado nunca ter se submetido a

uma intervenccedilatildeo de cirurgia plaacutestica com intuito de melhorar sua imagem corporal

6326 asseguraram que se submeteriam a esta modalidade de intervenccedilatildeo

ciruacutergica se disponibilizada gratuitamente

79

25

-05

0

05

1

15

2

25G

rau

de In

satis

faccedilatilde

o- IC

R (

)

152127

1

-033 0

S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal por silhuetas (S) de 1 a 9

Os resultados descritos na Tabela 7 apoacutes o teste de correlaccedilatildeo de Pearson

(r) indicaram que o grau de insatisfaccedilatildeo com a ICR apresentou uma correlaccedilatildeo

positiva fraca e moderada com o percentual de gordura corporal e o iacutendice de massa

corporal respectivamente O IMC foi a variaacutevel que apresentou maior prediccedilatildeo para

as demais variaacuteveis indicando ainda relaccedilatildeo positiva moderada com o percentual de

gordura e circunferecircncia de cintura e fraca com a relaccedilatildeo cintura e quadril

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

Variaacuteveis

IMC GC CC RCQ GI 1 0669 0520 O290 0463 IMC 0669 1 0297 O001 0325 GC 0520 0297 1 0735 0067 CC 0290 0001 0735 1 0002 RCQ 0463 0325 0067 0002 1 GI

ple 005 ple 001 ple 0001 GI = grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal IMC= iacutendice de massa corporal GC= percentual de gordura corporal CC= circunferecircncia de cintura RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril e GI= grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal real

443333 NNiacuteiacutevveeiiss ddee qquuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Segundo as meacutedias apresentadas no Graacutefico 5 a amostra classificou-se com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida tanto para o domiacutenio fiacutesico como para os

domiacutenios psicoloacutegico e social A menor meacutedia foi observada para o domiacutenio

80

ambiental que ficou classificado com o niacutevel ldquonem ruim e nem bomrdquo Na meacutedia geral

destes quatro domiacutenios considerada como o quesito ldquoqualidade de vida geralrdquo a

amostra foi classificada com um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida

74496922 7075

58106818

0102030405060708090

100

Niacutev

el d

e Q

ualid

ade

de V

ida

Fis Psic Soc Amb geral

ndashGraacutefico 5 Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (fis) psicoloacutegico (Psic) social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral obtida entre estes domiacutenios (geral)

443344 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Para verificar os niacuteveis indicativos de depressatildeo a amostra foi distribuiacuteda para

os pontos de corte preacute estabelecidos (Graacutefico 6) Os resultados indicaram que a

maioria da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo leverdquo (551) seguida pelas

classificaccedilotildees ldquosem depressatildeordquo (4285) e ldquodepressatildeo moderadardquo (205)

Nenhuma parcela da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo graverdquo

4285

551

205 0

0

10

20

30

40

50

60

Dis

tribu

iccedilatildeo

()

Niacutev

eis

de D

epre

ssatildeo

lt 10 10 a 18 19 a 29 30 a 63

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de depressatildeo

81

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e consumo pico de oxigecircnio (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina em repouso MMSE BDI VO2pico SEROTONINA TRIPTOFANO PROLACTINA MMSE 1 -239 290 094 -243 095 BDI -239 1 -303 -176 -254 134 VO2pico 290 -303 1 176 159 -197 SEROTONINA 094 -176 176 1 211 -046 TRIPTOFANO -243 -254 159 211 1 -118 PROLACTINA 095 134 -197 -046 -118 1

ple 005

Resultados indicaram (Tabela 8) que os escores indicativos de depressatildeo

(BDI) natildeo se correlacionaram com os niacuteveis plasmaacuteticos (repouso) de serotonina do

triptofano e da prolactina Por outro lado uma relaccedilatildeo negativa e significativa desta

variaacutevel foi observada com a potecircncia aeroacutebia (VO2pico) Indicando que quanto

maior for os niacuteveis de VO pico menores escores de depressatildeo foram observados 2

Triptofano

591

4832 4746

0

10

20

30

40

50

60

70

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

mm

l

Prolactina

484548

37

0

1

2

3

4

5

6

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

gm

l

Serotonina

1575614614

1296

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nono

gm

l

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo

82

Apoacutes anaacutelise inferencial nenhuma diferenccedila significativa dos niacuteveis

perifeacutericos (em repouso) do triptofano da prolactina e da serotonina foi

observada entre os grupos ldquosem depressatildeordquo ldquodepressatildeo leverdquo e ldquodepressatildeo

moderadardquo (Graacutefico 7) No entanto a distribuiccedilatildeo dos dados sinaliza um

decreacutescimo das concentraccedilotildees desses analiacuteticos agrave medida que a classificaccedilatildeo dos

escores apresentou maior indicativo de depressatildeo

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2) VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) Idade

n= 8 IMC n= 8

VO2pico n= 8

Tempo Teste n= 8

P valor 09336 04454 01483 08228

GC 6262 plusmn 440 2676 plusmn 329 2011 plusmn 192 1131 plusmn 145

G90LA 6612 plusmn 364 2591 plusmn 422 2030 plusmn 319 1210 plusmn 171

GLA 6550 plusmn 430 2708 plusmn 280 1944 plusmn 152 1130 plusmn 150

G90PCR 6362 plusmn 350 2692 plusmn 280 2069 plusmn 271 1147 plusmn 168

Gpico 6362 plusmn 377 2635 plusmn 289 2198 plusmn 294 1205 plusmn 115

GLA1h 6300 plusmn 254 2631 plusmn 222 2134 plusmn 176 1223 plusmn 156

IMC= iacutendice de massa corporal VO2pico= consumo pico de oxigecircnio

A homogeneidade entre grupos (Tabela 9) foi assumida depois de testados os

criteacuterios de inclusatildeo adotados para seleccedilatildeo e alocaccedilatildeo da amostra para o grupo

controle (GC) e os grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h)

Nesse sentido nenhuma diferenccedila significativa foi observada entre as variaacuteveis

idade IMC VO2pico e duraccedilatildeo do teste de potecircncia aeroacutebia

83

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intra grupo preacute e poacutes-testes das variaacuteveis serotonina triptofano os aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e os de cadeia ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h)

Variaacutevel GC G90LA GLA

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 11491 plusmn 1933 11749 plusmn 2440 08184 14298 plusmn 3158 12788 plusmn 3158 04609 13123 plusmn 4424 11949 plusmn 4425 06040

Triptofano 6404 plusmn 2756 6199plusmn 2216 08721 5739 plusmn 3321 5606 plusmn 3321 09392 4213 plusmn 2092 5285 plusmn 3295 04499

Prolactina 460 plusmn 139 453 plusmn 139 09154 584 plusmn 169 529 plusmn 169 05268 559 plusmn 149 523 plusmn 096 05729

AAA 16691 plusmn 3593 17220 plusmn 5511 08235 15146 plusmn 5492 17558 plusmn 5492 03481 12849 plusmn 2356 15203 plusmn 4287 01951

AACR 61748 plusmn 14830 60585 plusmn 16427 08840 49553plusmn 16146 54339 plusmn 16146 05897 46411 plusmn 8074 51918 plusmn 14224 03571

TRP_AAA 03727 plusmn 01511 03774 plusmn 01116 09440 03058 plusmn 01787 02752 plusmn 00941 06750 03406 plusmn 01851 03434 plusmn 01732 09758

TRP_ AACR 00922 plusmn 00212 01037 plusmn 00309 04000 01094 plusmn 00459 01057 plusmn 00547 08855 00905 plusmn 00408 01013 plusmn 00523 06532

Variaacutevel G90PCR Gmax GGLA1h

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 15664 plusmn 2905 14488 plusmn 4188 05245 19215 plusmn 3600 17210 plusmn 3678 028912 18197 plusmn 2658 19093 plusmn 1245 03730

Triptofano 3591 plusmn 898 4151 plusmn 2187 05137 5724 plusmn 2351 4315 plusmn 2837 029778 5723 plusmn 1062 5934 plusmn 1775 07634

Prolactina 535 plusmn 176 551 plusmn 184 08592 463 plusmn 125 489 plusmn 131 068794 514 plusmn 155 570 plusmn 173 04832

AAA 10984 plusmn 2673 10701 plusmn 2807 08396 13079 plusmn 3969 12763 plusmn 3357 086584 12843 plusmn 2750 13052 plusmn 2934 08781

AACR 39965 42194 42194 plusmn 10914 06732 45514plusmn 10710 40323 plusmn 11663 036948 45852plusmn 8460 45691 plusmn 10569 09720

TRP_AAA 03391 plusmn 00889 03953 plusmn 01657 04124 04298 plusmn 01187 03205 plusmn 01520 013155 04541 plusmn 00780 04583 plusmn 00935 09182

TRP_ AACR 00939 plusmn 00309 00997 plusmn 00394 07484 01207 plusmn 00373 01087 plusmn 00578 062848 01256 plusmn 00146 01301 plusmn 00146 06109

p le 005 - Efeito significante percebido apoacutes comparaccedilatildeo intra grupo entre os momentos preacute e poacutes-testes

84

Para a compreensatildeo das respostas do sistema serotonineacutergico aos diferentes

estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico foram analisados (intra e entre os grupos)

o comportamento dos niacuteveis perifeacutericos da serotonina do triptofano da prolactina e

dos aminoaacutecidos aromaacuteticos e de cadeia ramificada e da proporccedilatildeo do triptofano

com estes aminoaacutecidos

Apoacutes anaacutelise intra grupos diferenccedilas (ple 005) entre as meacutedias desses

analiacuteticos soacute foram observadas entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste2 ou poacutes-

teste1 x poacutes-teste2 nos grupos GC Gmax e GLA1h que foram submetidos ao

momento Poacutes2 Nesse sentido nenhuma diferenccedila estatiacutesticamente significativa foi

observada (Tabela 10) entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste1 (Tabela 11)

Considerando que os criteacuterios para estabelecer se uma alteraccedilatildeo seja ou natildeo

significativa nem sempre coadunam entre as anaacutelises estatiacutesticas e as anaacutelises

cliacutenicas as meacutedias aritimeacuteticas obtidas foram distribuiacutedas graficamente por variaacuteveis

e grupos para melhor compreensatildeo das respostas metaboacutelicas produzidas por cada

protocolo aqui investigado

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2 das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h Preacute-teste x poacutes-teste1 Preacute-teste x poacutes-teste2 Poacutes-teste1 x poacutes-teste2

VARIAVEL GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h

SEROTONINA 08184 02891 03730 07791 00258 02797 09138 01776 00516

TRIPTOFANO 08721 02978 07634 05410 00514 03195 06127 05172 03145

PROLACTINA 09154 06879 04832 10000 05735 09877 09170 08095 04790

AAA 08235 08658 08781 02046 04434 04571 02458 05063 03756

AACR 08840 03695 09720 08199 00735 03246 09596 03889 03992

TRP_AAA 09440 01315 09182 07335 00477 07281 07456 09513 06768

TRP_AACR 04000 06285 06109 08470 02531 08146 04869 07114 07400

Aminoaacutecidos aromaacuteticos= AAA aminoaacutecidos de cadeia ramificada= AACR triptofano= TRP p le 005

85

441 Serotonin441 Serotoninaa

Nenhum dos grupos avaliados apresentou alteraccedilatildeo significativa (ple 005)

para a comparaccedilatildeo dos niacuteveis serotonineacutergicos em resposta ao fator experimental

entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste Todavia diferenccedilas significativas foram

observadas apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo nos grupos Gmax entre os

momentos preacute-teste x poacutes-teste2 e no GLA1h entre os momentos poacutes-teste1 x

poacutes- teste2

0

50

100

150

200

nano

gm

l

Serotonina

Pre 11491 14298 13123 15664 19215 18197

Poacutes 11749 12788 11949 14488 1721 19093

Poacutes2 11926 14498 16515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

p le 005

Observou-se que o exerciacutecio de curta duraccedilatildeo le 20 minutos tende a reduzir os

niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina imediatamente apoacutes o seu teacutermino o que natildeo foi

observado para os exerciacutecios de maior duraccedilatildeo (1h) que apresentou um incremento

imediato seguido de um decliacutenio significativo apoacutes 20 minutos de repouso

Adicionalmente comparaccedilatildeo entre grupos (Tabela 12) sinalizou diferenccedilas

significativas entre os niacuteveis de serotonina entre GLA1h x G90LA (ple 0001) e entre

o GLA1h x G90PCR (ple 005) Diferenccedilas iniciais (preacute-teste x poacutes-teste) significativas

entre vaacuterios grupos impossibilitaram comparaccedilatildeo entre os mesmos

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

86

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 14298 plusmn 3158 -2806 01383 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -1039 04738 Preacute 13123 plusmn 4424 -1631 03555 GLA Poacutes 11949 plusmn 4425 -200 09125 Preacute 15664 plusmn 2905 -4173 00045 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2739 01323 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -7724 00001 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5461 00035

444422 TTrriippttooffaannoo

Resultados (Graacutefico 9) indicam aumento (pgt 005) imediato dos niacuteveis do

triptofano aminoaacutecido precursor da serotonina apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de

intensidade moderada (GLA e GLA1h) agrave moderada alta (G90PCR) Respostas

inversas foram observadas apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e alta

intensidade (Gmax) que apresentou decliacutenio um imediato dos niacuteveis de

tripotofano que foram reduzidos significativamente (ple 005) apoacutes 20 minutos do

teacutermino do exerciacutecio

Poacutes 2 14498 plusmn 3956 -2572 02083 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -6705 00001 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7345 00001 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -4589 00232 GLA Preacute 14298 plusmn 3158 -1175 06133 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -839 06692 Preacute 15664 plusmn 2905 -2541 01959 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2539 02582 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -6093 00092 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5261 00092 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -5074 00333 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7145 00218

Preacute 15664 plusmn 2905 -1366 04935 G90LA G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -1700 03748 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -4918 00333 Poacutes 17210 plusmn 3678 -4423 00218 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -3899 00602 Poacutes 19093 plusmn 1245 -6306 00001

Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -3551 00476 G90PCR Poacutes 17210 plusmn 3678 -2723 01888 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -2533 00800 Poacutes 19093 plusmn 1245 -4606 00065

05137 Gmax GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 1018 Poacutes 19093 plusmn 1245 -1883 01675 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -2017 02908 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

87

0

10

20

30

40

50

60

70nm

olm

l

Triptofano

Preacute 6404 5739 4213 3591 5724 5723Poacutes 6199 5606 5285 4151 4315 5934Poacutes2 5712 3537 5242

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 ndash Preacute-teste x Poacutes-teste2 Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

A comparaccedilatildeo entre grupos para a variaacutevel do triptofano foi impossibilitada

entre as anaacutelises GC x GLA GC x G90PCR G90PCR x Gmax e G90PCR x GLA1h por

natildeo apresentarem homogeneidade inicial e logicamente apresentarem diferenccedilas

antes mesmo da anaacutelise inferencial o que confundiria atribuiacute-las ao tratamento

Todavia diferenccedilas significativas foram percebidas entre as respostas das

concentraccedilotildees desse aminoaacutecido apresentadas por indiviacuteduos idosos submetidos agrave

sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e intensidade maacutexima (Gmax) e os submetidos

a exerciacutecios de duraccedilatildeo de 1h e intensidade moderada (GLA1h) Antes e

imediatamente apoacutes a sessatildeo de exerciacutecios as meacutedias das concentraccedilotildees de

triptofano entre esses grupos natildeo foram significativas o que apenas foi observado

apoacutes 20minutos de recuperaccedilatildeo (p= 0 999 P= 0173 e p= 0019 respectivamente)

Da mesma forma o Gmax apresentou diferenccedila significativa apoacutes ser comparado

com o Grupo controle (p= 06038 p= 0 1611 p= 00160 respectivamente)

88

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

444433 PPrroollaaccttiinnaa

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 5739 plusmn 3321 665 06796 Poacutes 5606 plusmn 3321 592 06811 GLA Preacute 4213 plusmn 2092 2191 00949 Poacutes 5285 plusmn 3295 914 05257 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2813 00158 Poacutes 4151 plusmn 2187 2047 00840 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 680 06038 Poacutes 4315 plusmn 2837 1884 01611 Poacutes 2 3537 plusmn 1704 2175 00160 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 680 05021 Poacutes 5934 plusmn 1775 264 07841 Poacutes 2 5242 plusmn 918 2175 04344 G90LA GLA Preacute 4213 plusmn 2092 1526 03083 Poacutes 5285 plusmn 3295 321 08488 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2148 01155 Poacutes 4151 plusmn 2187 1455 03182 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 015 00310 Poacutes 4315 plusmn 2837 1291 08990 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 015 09901 Poacutes 5934 plusmn 1775 -328 07996 GLA G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 621 04530 Poacutes 4151 plusmn 2187 1134 04310 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -1511 01958 Poacutes 4315 plusmn 2837 970 05382 GGLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -1511 00751 Poacutes 5934 plusmn 1775 -649 06144 G90PCR Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -2133 08990 Poacutes 4315 plusmn 2837 -164 03582 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -2132 00005 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1783 00833 Gmax GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 000 09996 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1619 01734 Poacutes 2 5242 plusmn 918 -1705 00197

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

89

Embora nenhuma mudanccedila significativa tenha sido percebida nas

concentraccedilotildees da prolactina apoacutes comparaccedilatildeo intra grupos (Graacutefico 10) maiores

alteraccedilotildees foram apresentadas pelos grupos submetidos agrave sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos do que no GC Aumento das concentraccedilotildees de prolactina foi observado nos

grupos submetidos a exerciacutecios de intensidades mais elevadas (G90PCR e Gmax) e

aos de maior duraccedilatildeo (GLA1h) Apesar de todos os grupos apresentarem

homogeneidade entre as meacutedias iniciais nenhuma diferenccedila significativa foi

observada entre as meacutedias dos diversos tipos de protocolos de exerciacutecios que as

idosas foram submetidas (Tabela 14)

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel

prolactina nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP

DIFERENCcedilA p

GC Preacute 584 plusmn 169 -1237 01330 G90LA Poacutes 529 plusmn 169 -0762 03405 Preacute 559 plusmn 149 -0987 01916 GLA Poacutes 523 plusmn 096 -0700 02611 Preacute 535 plusmn 176 -0750 03595 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0987 02451 Gmax Preacute 463 plusmn 125 -0025 09703 Poacutes 489 plusmn 131 -0362 05995 Poacutes2 508 plusmn 189 -0488 05712 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0544 04596 Poacutes 570 plusmn 173 -1175 01464 Poacutes2 515 plusmn 144 -0555 04403

GLA Preacute 559 plusmn 149 0250 07592 G90LA Poacutes 523 plusmn 096 0062 09288 Preacute 535 plusmn 176 0487 05820 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0225 08023 Gmax Preacute 463 plusmn 125 1212 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0400 01267 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0693 03933 Poacutes 570 plusmn 173 -0412 06267 GLA Preacute 535 plusmn 176 0237 07751 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0287 07010 Gmax Preacute 463 plusmn 125 0962 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0337 05665 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0443 05584 Poacutes 570 plusmn 173 -0475 05027

Gmax Preacute 463 plusmn 125 0725 03582 G90PCR Poacutes 489 plusmn 131 0625 04462 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0205 08013 Poacutes 570 plusmn 173 0225 08312 Gmax GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0519 04629 Poacutes 570 plusmn 173 -0812 02966 Poacutes2 515 plusmn 144 -0068 09343

90

444444 AAmmiinnooaacuteaacutecciiddooss aarroommaacuteaacutettiiccooss ee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ddee ccaaddeeiiaa rraammiiffiiccaaddaa

Anaacutelises estatiacutesticas intra grupos (Graacutefico 11) natildeo indicaram diferenccedilas

significativas para a comparaccedilatildeo das meacutedias das concentraccedilotildees dos Aminoaacutecidos

Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia Ramificada (AACR) Respostas aos diferentes

protocolos de exerciacutecios a que as idosas voluntaacuterias deste estudo foram submetidas

indicaram uma tendecircncia das concentraccedilotildees desses grupos de aminoaacutecidos a elevar-

se imediatamente apoacutes exerciacutecios de intensidades leves e moderadas

Adicionalmente agrave medida que a intensidade foi elevada uma reduccedilatildeo gradual destas

concentraccedilotildees foi observada

Comparaccedilotildees entre grupos (Apecircndices 1 e 2) natildeo indicaram diferenccedilas (ple

005) para as respostas das concentraccedilotildees dos AACRs aos diferentes protocolos de

exerciacutecios preestabelecidos neste estudo Apesar de natildeo apresentarem niacutevel de

significacircncia aqui estabelecido (ple 005) percebeu-se que o grupo Gmax apresentou

diferenccedilas relevantes ao ser comparado (preacute e poacutes-testes) com os grupos G90LA e

GLA (de p= 06009 para p= 00664 e de p= 08526 para p= 00963

respectivamente)

Para as concentraccedilotildees dos AAAs foram observadas diferenccedilas significativas

entre os grupos G90LA e Gmax G90LA e GLa1h e GLA e G90PCR

Anaacutelises comparativas intra grupos (Graacutefico 12) natildeo indicaram nenhuma alteraccedilatildeo

significativa entre os momentos preacute e poacutes-testes tanto para a relaccedilatildeo do triptofano e

os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRP-AACR) como da relaccedilatildeo do triptofano

para os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRP-AAA) Entretanto resposta significativa foi

apresentada pelo Gmax entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste2 quando um

decliacutenio significativo da relaccedilatildeo TRP-AAA foi observado A exposiccedilatildeo graacutefica pode

facilitar a observaccedilatildeo de certa similaridade nas oscilaccedilotildees promovidas pelo exerciacutecio

entre essas duas relaccedilotildees Diferenccedilas (ple005) foram observadas somente na

comparaccedilatildeo entre os grupos (Apecircndices 3 e 4) Gmax e GLA1h tanto para a relaccedilatildeo

entre TRP-AACR quanto para a relaccedilatildeo entre TRP-AAA (p= 07216 p= 03161 p=

00364 e p= O6217 p= 00376 p= 00080 respectivamente)

91

0

50

100

150

200

nmol

ml

Aminoaacutecidos Aromaacuteticos

Preacute 16691 15146 12849 10984 13079 12843Poacutes1 1722 17558 15203 10701 12763 13052Poacutes2 1662 11447 12022

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h 0

100

200

300

400

500

600

700

Aminoaacutecidos de Cadeia Ramificada

Preacute 61748 49553 46411 39965 45514 45852Poacutes1 60585 54339 51918 42194 40323 45691Poacutes2 60222 35493 4173

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de AACR e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

92

0

002

004

006

008

01

012

014

TRP-AACR

Preacute 00922 01094 00905 00939 01207 01256Poacutes1 01037 01057 01013 00997 01087 01301Poacutes2 00979 00998 01272

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h0

00501

01502

02503

035

0404505

TRP-AAA

Preacute 03727 03058 03406 03391 04298 04541Poacutes1 03774 02752 03434 03953 03205 04583Poacutes2 03947 03167 04409

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes da relaccedilatildeo do triptofano e aminoaacutecidos aromaacuteticos e do triptofano com os aminoaacutecidos de cadeia ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

93

55 DDIISSCCUUSSSSAtildeAtildeOO

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

As respostas fisioloacutegicas observadas apoacutes avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia de

mulheres idosas no presente estudo indicaram sinais de esforccedilo maacuteximo baseado

em paracircmetros fisioloacutegicos como a FCmax que atingiu 948 da frequumlecircncia

cardiacuteaca esperada apoacutes teste de esforccedilo maacuteximo (220 ndash idade) medida proacutexima do

valor alcanccedilado (952 957) em estudos que submeteram idosos brasileiros a

um teste incremental em esteira (SILVA et al 2007 VACANTI et al 2004) Outras

variaacuteveis observadas como a razatildeo de troca respiratoacuteria R= 109 a percepccedilatildeo

subjetiva de esforccedilo 17 a duraccedilatildeo meacutedia do teste entre 10 e 12 minutos e a

incapacidade de responder ao estiacutemulo verbal para dar continuidade ao exerciacutecio

satildeo da mesma forma reconhecidas na literatura cientiacutefica como preditoras de

esforccedilo maacuteximo para indiviacuteduos idosos (NEDER amp NERY 2002 SBC 2002)

Em concordacircncia com o relato de vaacuterios estudos que reportaram um

decreacutescimo de 5 a 15 por deacutecada da funccedilatildeo cardiovascular maacutexima apoacutes os 25

anos de idade em funccedilatildeo do processo do envelhecimento (ACSM 1998) as mulheres

idosas (6406plusmn37 anos) voluntaacuterias da presente investigaccedilatildeo apresentaram um

VO2pico (2068 mlkgmin) inferior ao de mulheres ativas de faixas etaacuterias menores

(FLEG 2005) e superiores aos apresentados por mulheres faixa etaacuteria maior

(FOSTER 1986) Apesar da capacidade cardiorrespiratoacuteria apresentada pelas

voluntaacuterias ser classificada segundo a American Heart Association (1972) como

ldquoregularrdquo observou-se que o volume maacuteximo de oxigecircnio consumido foi menor que o

observado em estudos (DE WILD et al 1995 SILVA et al 2007) com mulheres de

idade mais avanccedilada (2224plusmn493 e 246plusmn47 mlkgmin 6712plusmn516 e 728plusmn36

anos respectivamente) Tal fato pode estar relacionado com o alto iacutendice de

sobrepeso e obesidade avaliados Apesar de controverso (GORAN 2000) presume-

se que mulheres obesas apresentem reduccedilatildeo da aptidatildeo fiacutesica e da capacidade

funcional em relaccedilatildeo agraves eutroacuteficas e com sobrepeso (ORSI 2008)

94

Agrave semelhanccedila de pesquisas realizadas com a populaccedilatildeo brasileira (SANTOS amp

SICHIERI 2005 KRAUSE et al 2007) e de outros paiacuteses (VISSER et al 1999

ZHANG 2008) este estudo observou que as mulheres idosas apresentaram alta

prevalecircncia de sobrepeso obesidade e presumivelmente elevada predisposiccedilatildeo a

doenccedilas crocircnicas decorrentes do acuacutemulo de gordura Segundo a Organizaccedilatildeo

Mundial da Sauacutede (2003) tais doenccedilas tecircm sido associadas ao acuacutemulo de massa

gorda global avaliada neste estudo pelas medidas do IMC e do GC e os riscos

relativos para essas doenccedilas satildeo verificados pela obesidade central avaliados neste

estudo atraveacutes das medidas da RCQ e CC (OMS 2003)

A despeito dos resultados aqui analisados sabe-se que tanto as medidas

antropomeacutetricas como seus respectivos pontos de corte disponibilizados na literatura

para essa parcela populacional ainda satildeo inconsistentes o que consequumlentemente

torna questionaacutevel sua relaccedilatildeo verdadeira para prediccedilatildeo agrave mortalidade e aos fatores

de risco (JANSSEN amp MARK 2007) Uma vez que em sua maioria satildeo validados para

populaccedilotildees mais jovens e desconsideram a redistribuiccedilatildeo natural da composiccedilatildeo

corporal durante o processo do envelhecimento assim como para caracteriacutesticas

peculiares de cada raccedila (EMED KRONBAUER MAGNONI 2006 TINOCO et al 2006)

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

552211 PPeerrffoorrmmaannccee ccooggnniittiivvaa

A avaliaccedilatildeo da performance cognitiva eacute amplamente utilizada em estudos com

indiviacuteduos idosos (LAKS et al 2003 BRUCKI et al 2003 LURENCcedilO amp VERAS

2006) Embora os motivos que induzem o deacuteficit cognitivo com o passar dos anos

ainda natildeo estejam bem estabelecidos na literatura supotildee-se que a reduccedilatildeo da

velocidade no processamento de informaccedilotildees o decreacutescimo de atenccedilatildeo o deacuteficit

sensorial a reduccedilatildeo da capacidade de memoacuteria de trabalho o prejuiacutezo na funccedilatildeo do

lobo frontal e na funccedilatildeo neurotransmissora aleacutem da deterioraccedilatildeo da circulaccedilatildeo

sanguiacutenea central e do decliacutenio da atuaccedilatildeo da barreira hematoencefaacutelica estejam

envolvidos Eacute de entendimento cientiacutefico que o envelhecimento atue como um dos

principais fatores de risco para a queda do desempenho cognitivo e que aumente a

vulnerabilidade desse processo (ANTUNES et al 2006)

95

Apesar de a performance cognitiva ser avaliada nesse estudo apenas para

disponibilizar de forma superficial o perfil cognitivo da amostra e para o

rastreamento de possiacuteveis casos de demecircncia natildeo se pode desaperceber a

equivalecircncia entre os escores obtidos e os resultados previstos para essa populaccedilatildeo

propondo supostamente que a amostra apresentou suas funccedilotildees cognitivas

preservadas (BRUCKI et al 2003)

Segundo estudo realizado por Laks et al (2003) que randomizou um

nuacutemero de 341 idosos brasileiros (65 a 84 anos) para dois grupos idosos mais

jovens (7313plusmn527) e idosos mais velhos (88plusmn490) que foram subdivididos para

2 subgrupos (alfabetizados e natildeo-alfabetizados) foi observado que

comparativamente os grupos se diferenciavam tanto por faixa etaacuteria como para o

fator ldquoescolaridaderdquo O escore geral observado em idosos mais jovens (natildeo-

alfabetizados e alfabetizados) daquele estudo apresentou-se bem menor que os

deste estudo (1729plusmn440 2242plusmn498 e 23plusmn00 2715plusmn301 respectivamente)

Da mesma forma este estudo apresentou valores superiores aos apresentados por

Lourenccedilo e Veras (2006) que encontraram em indiviacuteduos (n=303) com idade

acima de 65 anos escores de 1819 para idosos analfabetos e 2425 para

alfabetizados Adicionalmente escores observados neste estudo (2300plusmn00

2672plusmn302 2760plusmn482 2788plusmn1154 2833plusmn057) por niacuteveis de escolaridade

(analfabeto 1 a 4 5 a 8 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo) foram maiores que

os apresentados por Brucki et al (2003) na faixa etaacuteria referente (1881plusmn296

2485plusmn303 2657plusmn151 2875plusmn126 e 2717 plusmn194)

Presume-se que essa aparente vantagem entre maiores escores deste

estudo em relaccedilatildeo aos demais possa estar relacionada com a praacutetica regular de

exerciacutecios fiacutesicos um dos criteacuterios de inclusatildeo aqui estabelecidos uma vez que

detectou-se relaccedilatildeo positiva e significativa entre a performance cognitiva com a

capacidade cardiorrespiratoacuteria das idosas avaliadas (Tabela 8) Acredita-se que a

atividade fiacutesica sistematizada possa atuar como alternativa natildeo medicamentosa

para a melhora cognitiva de idosas natildeo-demenciadas (ANTUNES et al 2001) por

estar envolvida com fatores de crescimento neural como BNDF (brain-derived

neurotrophic factor) ou a outros estimuladores neurogecircnicos que atuam na

manuntenccedilatildeo da funccedilatildeo cerebral e na promoccedilatildeo da plasticidade neural (ANTUNES

96

et al 2006) e por agir de forma natildeo-farmacoloacutegica com accedilotildees neurotransmissoras

capazes de intervir na performance cognitiva (ANTUNES et al 2001 ANSTEY et

al 2004 ANTUNES et al 2006)

Relatos cientiacuteficos tecircm investigado a accedilatildeo neurotransmissora sobre o processo

cognitivo e confirmam que aleacutem do sistema colineacutergico tambeacutem o sistema

serotonineacutergico exerccedila inferecircncia sobre as funccedilotildees cognitivas e que alteraccedilotildees

parciais desse sistema podem causar enfraquecimento severo na memoacuteria e no

aprendizado do indiviacuteduo jovem ou idoso Adversamente perceberam melhoras

significativas tanto na memoacuteria como no comportamento de aprendizagem apoacutes

restauraccedilatildeo da inervaccedilatildeo serotonineacutergica em aacutereas hipocampais (RICHTER-LEVIN amp

SEGAL 1993) Fortes evidecircncias sustentam a hipoacutetese desse envolvimento como

por exemplo a localizaccedilatildeo das vias serotonineacutergicas e a disposiccedilatildeo de seus

receptores que coincidem com aacutereas cerebrais envolvidas com os processos normais

de aprendizagem e com regiotildees relacionadas com distuacuterbios das funccedilotildees cognitivas

como por exemplo o hipocampo a amiacutegdala e o coacutertex cerebral (MENESES 1999)

Outrossim a clara interferecircncia das accedilotildees de seus neuroreceptores preacute (5-HT1A 5-

HT1B 5-HT2A2C e 5-HT3) e poacutes-sinaacutepticos (5-HT2B2C and 5-HT4) e das

alteraccedilotildees promovidas pela recaptaccedilatildeo e o transporte da serotonina na modulaccedilatildeo e

na consolidaccedilatildeo da aprendizagem (MENESES amp HONG 1997 MENESES 1999)

552222 IImmaaggeemm ccoorrppoorraall

A silhueta indicada como a imagem corporal ideal (ICI) foi a de nuacutemero 3

(IMC = 2148plusmn182) coincidindo com estudos realizados com mulheres de outras

nacionalidades (BULIK et al 2001 TEHARD 2002 DAMASCENO et al 2005) que

apresentaram meacutedia do IMC proacutexima ao deste estudo (205plusmn09 22plusmn10 e

200plusmn03 respectivamente) Interessante notar que todos esses iacutendices enquadram-

se na classificaccedilatildeo ldquopeso normalrdquo segundo ponto de corte utilizado neste estudo

(OMS 2002) A predileccedilatildeo por menores silhuetas percebida em outras faixas etaacuterias

(ERLING amp HWANG 2004 TRICHES amp GIUGLIANI 2007) tambeacutem persistiu entre as

mulheres idosas aqui investigadas resultando em grau estatisticamente significativo

de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

97

Resultados indicaram que as medidas antropomeacutetricas que sinalizam o

acuacutemulo de gordura global (IMC e o GC) apresentam relaccedilatildeo positiva e

significativa com o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal O que natildeo foi

observada para as medidas relacionadas com o acumulo central de gordura (RCQ e

CC) Fator preocupante uma vez que essas apresentam maior risco para a aquisiccedilatildeo

de doenccedilas cardiacuteacas e degenerativas (OMS 2003)

O fato das idosas participantes desta intervenccedilatildeo natildeo terem um grau

significativo (p= 037) de distorccedilatildeo da IC pode estar presumivelmente relacionado

com primeiro a praacutetica regular da atividade fiacutesica pois sabe-se que a construccedilatildeo da

IC e o processo do desenvolvimento motor se interagem continuamente (LE BOUCH

1992) Existe uma interferecircncia muacutetua entre esse binocircmio As sensaccedilotildees sinesteacutesicas

e proprioceptivas promovidas pelo exerciacutecio fiacutesico associadas agraves experiecircncias

vivenciadas anteriormente desencadeiam respostas centrais que facilitam a

compreensatildeo do indiviacuteduo ativo sobre informaccedilotildees (sua localizaccedilatildeo suas limitaccedilotildees e

potencialidades) que interferiratildeo positivamente na IC do mesmo (SCHILDER 1999)

Segundo o rastreamento e a exclusatildeo de casos relacionados com decliacutenios

cognitivos durante a seleccedilatildeo da amostra podem ter contribuiacutedo para eliminar

indiviacuteduos com situaccedilotildees de disfunccedilotildees neuroloacutegicas potencialmente capazes de

desencadear quadros patoloacutegicos de distorccedilatildeo da IC (SCHILDER 1999) Terceiro a

meacutedia elevada dos domiacutenios de Qualidade de Vida apresentada pela maioria dos

indiviacuteduos independentemente da silhueta em que se enquadraram E por uacuteltimo

os baixos niacuteveis indicativos de depressatildeo apresentados pela maioria das voluntaacuterias

o que pode ter inferido em avaliaccedilatildeo com baixo grau de distorccedilatildeo A capacidade

interventora do equiliacutebrio emocional sobre a habilidade do indiviacuteduo avaliar sua ICR eacute

tema amplamente discutido na literatura Sua interferecircncia negativa sobre a IC pode

estar relacionada com doenccedilas afins e culminar com a morte

A incongruecircncia entre a alta prevalecircncia da insatisfaccedilatildeo com a IC identificada

apoacutes aplicaccedilatildeo da escala de silhuetas (quando as idosas indicavam outras silhuetas

que natildeo a suas como ICI) e a baixa prevalecircncia observada nas respostas advindas

do questionaacuterio (quando as idosas eram indagadas claramente se estavam ou natildeo

satisfeitas com sua IC) indica a possibilidade de que a percepccedilatildeo da satisfaccedilatildeo com a

IC possa ultrapassar as barreiras estabelecidas pelos instrumentos aqui adotados e

98

envolvam fatores e dimensotildees ateacute entatildeo desconhecidos (SLADE 1994) Talvez

existam estaacutegios conscientes e inconscientes durante esse processo de avaliaccedilatildeo Um

mais estruturado com criteacuterios regras associaccedilotildees de valores bem estabelecidos e

maior maturidade para definir os paracircmetros entre o ldquoReal x Idealrdquo que o outro

552233 QQuuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Apesar do processo do envelhecimento natural estar relacionado a muitas

perdas (ACSM 1998 HAYFLICK 1997) a amostra deste estudo foi classificada com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida geral (6818) que refletiu as meacutedias dos

domiacutenios fiacutesico psicoloacutegico e social (7449 6922 7075 e 6818 respectivamente)

Por outro lado percebeu-se que o domiacutenio ambiental (que considerou os itens de

seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo ambiente no lar recursos financeiros disponibilidade e

qualidade oferecidas na sauacutede social a oportunidade de adquirir novas informaccedilotildees

e habilidades participaccedilatildeo e oportunidades de recreaccedilatildeo e lazer ambiente fiacutesico e

existecircncia e qualidade do transporte) apresentou meacutedia (5810) e classificaccedilatildeo

inferiores as dos demais domiacutenios Resultados semelhantes a este foram observados

em estudos realizados com idosos em outras regiotildees do Brasil (SILVA amp REZENDE

2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) o que pode sinalizar um sentimento de

insatisfaccedilatildeo dessa populaccedilatildeo com os serviccedilos oferecidos pelos oacutergatildeos

governamentais bem como o amparo que tem sido direcionado para esta

comunidade Comparativamente observou-se que as meacutedias para o domiacutenio fiacutesico e

para a meacutedia geral de qualidade de vida foram maiores que os apresentados por

idosos sedentaacuterios sadios (563 e 58 respectivamente) e sedentaacuterios com depressatildeo

(4802 e 5289 respectivamente) ( GORDIA et al 2007 SILVA amp REZENDE 2006)

Tem-se reportado que o estilo de vida ativo seja capaz de interferir

amplamente no niacutevel de qualidade de vida do idoso interferindo nos domiacutenios

fiacutesico por promover maior autonomia ao idoso no desempenho das atividades da

vida diaacuteria e sauacutede fiacutesica (KNORST et al 2001) psicoloacutegicos (DUNN amp DISHMAN

1991 NIEMAN 1999 TELLA et al 2004) induzindo a uma melhor sauacutede

emocional e social (PAFFENBARGER LEE LEUNG 1994 HERNANDES amp BARROS

2004) por ser um instrumento eficiente de reinclusatildeo do idoso nas atividades

comunitaacuterias Adversamente apesar de o domiacutenio ambiental apresentar um baixo

99

escore tanto nesse estudo como em vaacuterios outras investigaccedilotildees (SILVA amp

REZENDE 2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) coadunamos com a ideacuteia de

Carvalho amp Carvalho (2008) e acreditamos na interferecircncia positiva do exerciacutecio

sobre esta variaacutevel mesmo que em menor proporccedilatildeo quando comparada com os

demais domiacutenios

552244 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Uma relaccedilatildeo negativa e significativa foi observada neste estudo (Tabela 8)

entre os escores indicativos de depressatildeo e a capacidade cardiorrespiratoacuteria

(VO2pico) o que sugere efeitos positivos do exerciacutecio sobre indicativos de depressatildeo

abordada em relatos anteriores (PAFFENBARGER LEE amp LEUGN 1994 DISHMAN

1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998)

Considerando a idade e o gecircnero dos indiviacuteduos aqui estudados indicados

com maior predisposiccedilatildeo ao diagnoacutestico de depressatildeo (OMS 2000 RODRIGUES

2000) a amostra deste estudo apresentou em meacutedia o escore 1018 no inventaacuterio

de depressatildeo de Beck muito proacuteximo do ponto de corte que indica ausecircncia de

depressatildeo (BDIlt10) Resultado semelhante aos observados em mulheres idosas

apoacutes serem submetidas a um periacuteodo de 4 meses de exerciacutecios aeroacutebio de

intensidade moderadamente alta que reduziram significativamente os escores de

depressatildeo de 152 para 1021 (OLIVEIRA et al 2007)

Conjectura-se exerciacutecios fiacutesicos de intensidade moderada alta possam

produzir uma accedilatildeo terapecircutica mais lenta poreacutem eficaz e de efeitos mais

duradouros que agraves apresentadas por intervenccedilotildees farmacoloacutegicas em sujeitos idosos

de depressatildeo moderada (BLUMENTHAL 1999)

Embora a maioria dos estudos relate melhoras dos estados de humor apoacutes um

periacuteodo de exerciacutecios fiacutesicos alguns sugerem que os efeitos positivos possam ser

observados mesmo apoacutes sessatildeo aguda (TOSKOVIC 2001 ROSA et al 2004)

Todavia a utilizaccedilatildeo de exerciacutecios para fins terapecircuticos tem sido muitas vezes

questionada uma vez que os efeitos produzidos sofram interferecircncia de caraacuteter

multifatorial e que dependendo da populaccedilatildeo estudada para as relaccedilotildees gecircnero e

idade gravidade do quadro depressivo intensidade e duraccedilatildeo do exerciacutecio as

100

respostas podem diversificar-se (DUNN amp DISHMAN 1991 PHILLIPS KIERNAN amp

KING 2003 WERNERCK et al 2006)

Considerando que uma das hipoacuteteses que tentam explicar as bases

etioloacutegicas desse transtorno do humor fundamenta-se nas alteraccedilotildees

neurobioloacutegicas percebidas no sistema monoamineacutergico (DUNN amp DISHMAN

1991) sistema que foi analisado no presente estudo Investigou-se entatildeo a

possibilidade de uma associaccedilatildeo significativa entre as concentraccedilotildees da

serotonina triptofano e prolactina (em repouso) e os escores indicativos de

depressatildeo (Tabela 8) o que foi posteriormente rejeitada No entanto apoacutes a

amostra ser dividida para os escores de depressatildeo percebeu-se decliacutenio desses

analiacuteticos agrave medida que o quadro de depressatildeo foi se agravando (Graacutefico 7) o

que coadunou com relatos anteriores que prevecircem decreacutescimo dessas

concentraccedilotildees no diagnoacutestico da depressatildeo (DUNN amp DISHMAN1991 STRUumlDER

amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp WEICKER 2001b MORAN 2003)

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A utilizaccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos como modelo de estresse tem sido

amplamente utilizada em diversas pesquisas para manipulaccedilatildeo do sistema

serotonineacutergico (CHAOULOFF 1997 STRUumlDER amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp

WEICKER 2001b ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005) Para a compreensatildeo da

interaccedilatildeo desse binocircmio muitos estudos tecircm analisado o impacto que o exerciacutecio

fiacutesico tem causado sobre o aporte serotonineacutergico perifeacuterico (MARTIN et al 2000

LOPES 2001) ou sobre o sistema nervoso central (BAILEY DAVIS AHLBORN 1993

DISHMAN 1997) adotando em suas investigaccedilotildees tanto modelo humano (ARIDA

NAFFAH-MAZZACORATTI SOARES 1998 DWYER amp FLYNN 2002 OLIVEIRA et al

2007) como modelos animais (KUROSAWA et al 1993 GOMEZ-MERINO et al

2001 KALINSKI DLUZEN STADULIS 2001) Manipulaccedilotildees farmacoloacutegicas sucedidas

de sessotildees de exerciacutecios fiacutesicos tecircm sido utilizadas tanto para a compreensatildeo da

extensatildeo da accedilatildeo dos neurotransmissores e neuroreceptores como para a produccedilatildeo

e o catabolismo das enzimas relacionadas com a siacutentese e depleccedilatildeo serotonineacutergica

(MEEUSEN et al 1997) Adicionalmente outros recursos aleacutem dos farmacoloacutegicos

tecircm sido empregados para a concepccedilatildeo desse paradigma como as alteraccedilotildees

101

nutricionais que manipulam dietas com suplementaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada dos aminoaacutecidos aromaacuteticos de carboidratos e de aacutecidos graxos livres

(DAVIS 1998 BLOMSTRAND 2006) e as alteraccedilotildees do meio ambiente atraveacutes do

controle da temperatura Entretanto os efeitos agudos do exerciacutecio cardiovascular

foran avaliados nesse estudo apoacutes submeter mulheres idosas a diferentes

intensidades e duraccedilatildeo de caminhada sem a utilizaccedilatildeo de outro fator experimental

atraveacutes da anaacutelise das concentraccedilotildees perifeacutericas da serotonina e demais analiacuteticos

relacionados agrave sua siacutentese

Apesar da variedade metodoloacutegica disponiacutevel na literatura a grande maioria das

investigaccedilotildees que versam sobre esse tema afunilam seus objetivos em desvendar a

relaccedilatildeo da interaccedilatildeo ldquoexeriacutecio fiacutesico e sistema serotonineacutergicordquo agrave alta performance e agrave

possibilidade de prolongamento do tempo de esforccedilo Nesse sentido para melhor

compreensatildeo desse paradigma agrave procura de menores limitaccedilotildees eacuteticas maior controle

das variaacuteveis intervenientes e consequumlentemente maior avanccedilo cientiacutefico adotam

preferencialmente modelos animais ou indiviacuteduos jovens e atletas Tais criteacuterios de

seleccedilatildeo dificultaram comparaccedilotildees de vaacuterios estudos com os resultados aqui

apresentados uma vez que mulheres idosas foram tidas como modelo de amostra

Apesar de estudos afirmarem que o processo de senescecircncia possa estar associado

com marcadores caracteriacutesticos do decliacutenio fisioloacutegico e morfoloacutegico do sistema

serotonineacutergico e seja capaz de repercutir qualitativa e quantitativamente em suas

accedilotildees neuroquiacutemicas (TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998) sabe-se que as

implicaccedilotildees desse binocircmio extrapolam os limites da alta performance Relatos

cientiacuteficos confirmam que a promoccedilatildeo da sauacutede e do bem estar fiacutesico e mental possam

estar associados inclusive a exerciacutecios fiacutesicos de pequena duraccedilatildeo (DWYER amp FLYNN

2002) por serem capazes de produzir alteraccedilotildees significativas na atuaccedilatildeo

neurotransmissora em algumas regiotildees do ceacuterebro mesmo que nenhuma alteraccedilatildeo

perifeacuterica seja aparente (KUROSAWA et al 1993)

Neste estudo o valor meacutedio dos niacuteveis de serotonina de toda a amostra

(154plusmn4288 nanogml) apresentou-se maior do que concentraccedilotildees (7925plusmn694

6375plusmn410 e 6533plusmn433 nanogml) avaliadas em indiviacuteduos mais jovens

(2263plusmn245 2437plusmn329 e 23plusmn316 anos de idade) e proacuteximos dos valores

apresentados (15203plusmn7287 e 12235plusmn1515 nanogml) em indiviacuteduos de meia

102

idade (4555plusmn559 e 4750plusmn1561 anos) ou de faixa etaacuteria semelhante

(13827plusmn6059 nanogml 578plusmn59 anos) apresentados em outros estudos

(SOARES1995 ARIDA 1998 e OLIVEIRA et al 2007 respectivamente)

Evidentemente seria precipitado afirmar que o processo de envelhecimento esteja

relacionado ao acuacutemulo adicional das concentraccedilotildees serotonineacutergicas plasmaacuteticas

uma vez que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agraves diferenccedilas metodoloacutegicas

adotadas nos protocolos de coleta congelamento e dosagem desse analiacutetico Tal

hipoacutetese ocupa posiccedilatildeo controversa na literatura sendo poucas vezes confirmada

como nos dados apresentados por Chen Luuml Huang (2002) ou na maioria das vezes

negada (KUMAR et al 1998)

Apesar da maioria dos grupos avaliados terem apresentado tendecircncia agrave

reduccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos serotonineacutergicos apoacutes sessatildeo de exerciacutecios fiacutesicos

apenas dois dos seis grupos apresentaram decliacutenio significativo do aporte de

serotonina O primeiro apoacutes ser submetido a teste de potecircncia aeroacutebia (Gmax)

reduziu seus niacuteveis de serotonina divergindo dos resultados apresentados por

estudos de Soares (1995) e Steinberg Sposito Tufik et al (1998) que apoacutes

submeterem indiviacuteduos adultos jovens (atletas e ativos respectivamente) a um

estresse fiacutesico semelhante ao prescrito nesta investigaccedilatildeo perceberam aumento

significativo e natildeo decliacutenio destes niacuteveis Percebe-se que a habilidade do sistema

serotonineacutergico em responder diferentes desenhos de protocolos de exerciacutecios fiacutesicos

tanto eacute desconhecida como vulneraacutevel agrave interferecircncias multifatoriais (MARTIN et al

2000) e que presumivelmente o envelhecimento possa interferir signifcativamente

sobre esses resultados

O segundo grupo que apresentou alteraccedilotildees significativas dos niacuteveis

perifeacutericos de serotonina foi o GLA1h que apresentou imediatamente apoacutes 1h de

caminhada de intensidade moderada aumento de 5 (pgt 005) dos niacuteveis

plasmaacuteticos desse neurotransmissor que foi sucedido por um decliacutenio significativo

(ple 005) apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo (18196plusmn2658 19093plusmn1244 e

16515plusmn3639 nanogml respectivamente) A sessatildeo de exerciacutecios a que esse grupo

foi submetido foi semelhante agraves oferecidas em estudo realizado com mulheres

idosas (LOPES 2001) que apoacutes um treinamento de 8 semanas (5 diassemana)

103

perceberam similarmente reduccedilatildeo significativa desse neurotransmissor em

repouso nas concentraccedilotildees plasmaacuteticas A comparaccedilatildeo dessas duas intervenccedilotildees

sugere que organismos de indiviacuteduos idosos assim como os de indiviacuteduos mais

jovens possuam mecanismos neuromoduladores que satildeo acionados em respostas a

sucessivos estiacutemulos promovidos por uma sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico

A despeito do decliacutenio perifeacuterico dos niacuteveis serotonineacutergicos apresentados pelo

GLA1h observou-se um possiacutevel incremento (108) no aporte central desse

neurotransmissor analisados atraveacutes das concentraccedilotildees de prolactina Estudos

sugerem que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agrave lipoacutelise promovida pela praacutetica

de exerciacutecios capaz de interferir nas concentraccedilotildees das porccedilotildees do triptofano (TRP e

TRP-L) Uma vez que o aumento da demanda de aacutecidos graxos livres desloca o TRP

dos siacutetios de ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente

aumento da disponibilidade desse precursor no SNC (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM

1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000

HUFFMAN et al 2004) Essa resposta ao exerciacutecio moderado pode desencadear

presumivelmente efeitos terapecircuticos naturais capazes de intervir beneficamente

em quadros cliacutenicos de doenccedilas associadas agrave alteraccedilotildees do humor e cogniccedilatildeo

(GUSZKOWSKA 2004) O que pode ser confirmado por estudos recentes realizados

com mulheres idosas onde relatam que exerciacutecios moderados mostraram-se

eficientes para a reduccedilatildeo tanto dos niacuteveis de depressatildeo (OLIVEIRA et al 2007)

como tambeacutem favorecem o processamento cognitivo (SILVA 2006)

Nenhuma alteraccedilatildeo estatisticamente significativa foi identificada nos

deslocamento das concentraccedilotildees aminoaciacutedicas em exerciacutecio de curta duraccedilatildeo (20

minutos) de intensidades baixas e moderadas conforme previsto por Meeusen

Watson Hasegawa et al (2006) Todavia considerando que os criteacuterios estatiacutesticos

nem sempre coadunam com as respostas cliacutenicas promovidas pelo desencadeamento

fisioloacutegico das accedilotildees neuroquiacutemicas algumas observaccedilotildees foram realizadas Nesse

sentido percebeu-se que o fator intensidade interferiu de maneira discreta (pgt 005)

sobre as concentraccedilotildees tanto do triptofano quanto dos demais aminoaacutecidos (AACR e

AAN) em que um aumento do triptofano foi observado em grupos submetidos agrave

exerciacutecios de intensidade moderada (GLA 254) agrave moderada alta (G90PCR

156) e um aumento igualmente discreto dos AACR e AAA em exerciacutecios de

104

intensidade leve agrave moderada (G90LA 96 16 GLA 118 e 183

respectivamente) Obviamente tais respostas aminoaciacutedicas ao exerciacutecio

interferiram tanto na relaccedilatildeo do TRPACCR que elevou-se (pgt 005) nos grupos

submetidos agrave intensidade igual ou acima do limiar anaeroacutebio (GLA 12 e G90PCR

62) como na relaccedilatildeo TRPAAA que foi aumentada apenas sob a intensidade

acima do limiar anaeroacutebio (G90PCR 168) Interessante notar que ao comparar

esse comportamento de distribuiccedilatildeo dos aminoaacutecidos com as respostas plasmaacuteticas

da prolactina marcador perifeacuterico das concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais

observou-se que todos os grupos (de duraccedilatildeo de 20 minutos) com exceccedilatildeo do

G90PCR que apresentou um aumento miacutenimo (3) apresentaram um decliacutenio das

concentraccedilotildees de prolactina

Adversamente resultados disponibilizados neste estudo indicaram que

exerciacutecios de curta duraccedilatildeo podem promover sim alteraccedilotildees significativas nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico assim como exerciacutecios de longa duraccedilatildeo

desde que constituiacutedos de alta intensidade o que vai ao encontro com estudos

realizados por Struumlder amp Weicker (2001) Nesse sentido o grupo Gmax apresentou

um decliacutenio significativo (ple 005) nos 20 minutos de recuperaccedilatildeo das concentraccedilatildeo

tanto do TRP quanto da relaccedilatildeo TRPAAA e adicionalmente uma reduccedilatildeo de 17

(p= 007) da relaccedilatildeo TRPAACR Sugere-se que tais alteraccedilotildees bioquiacutemicas possam

explicar a depleccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina igualmente observada para

esse mesmo momento no Gmax A despeito de o aporte teoacuterico indicar que decliacutenios

das relaccedilotildees TRPAAA e TRPAACR estejam relacionados com o decreacutescimo da

disponibilidade do precursor serotonineacutergico nas vias centrais e por conseguinte da

siacutentese serotonineacutergica (STRUumlDER et al 1999 NEWSHOLME amp BLOMSTRAND 2006

MEEUSEN et al 2006) percebeu-se de forma ambiacutegua tendecircncia de elevaccedilatildeo (pgt

005) e natildeo de decreacutescimo dos niacuteveis centrais desse neurotransmissor avaliados

atraveacutes da prolactina imediatamente apoacutes o exerciacutecio e apoacutes os 20 primeiros minutos

de recuperaccedilatildeo (561 e 971 respectivamente) Provavelmente tal fenocircmeno

possa estar relacionado com o fato ocorrido em outras investigaccedilotildees (CHAOULOFF et

al 1986 CHAOULOFF 1997 STRUumlDER et al 1999) quando o decliacutenio ou nenhuma

alteraccedilatildeo significativa das concentraccedilotildees do TRP total (TRP + TRP-L) forma em que

foi dosada neste estudo natildeo convergiu com um acreacutescimo significativo das

concentraccedilotildees do TRP-L uacutenica parcela capaz de atravessar a barreira

hematoencefaacutelica e responsaacutevel pela siacutentese da serotonina central (CURZON

105

FRIEDEL KNOTT 1973) Adicionalmente quanto aos decliacutenios significativos dos niacuteveis

plasmaacuteticos de triptofano e de serotonina podem outrossim estar relacionados com o

aumento da atividade da enzima triptofano pirolase responsaacutevel pela atenuaccedilatildeo das

concentraccedilotildees do triptofano acionada por possiacutevel aumento da adrenalina e do

cortisol em resposta agrave alta intensidade a que o grupo foi submetido e ao niacutevel de

estresse psicoloacutegico que esse tipo protocolo pode induzir (STRUumlDER amp WEICKER

2001a) Apesar do aumento do cortisol apresentar de forma mais pronunciada em

exerciacutecios intensos de maior duraccedilatildeo existem relatos de que exerciacutecios de curta

duraccedilatildeo possam produzir acreacutescimo em sua concentraccedilatildeo (SIMOtildeES MARCON

OLIVEIRA et al 2004 BOTTARO MARTINS GENTIL et al 2007)

Apoacutes anaacutelise comparativa entre grupos percebeu-se que os grupos Gmax e

GLA1h apresentaram maiores diferenccedilas estatiacutesticas quando comparados entre si e

com os demais grupos Presume-se que as diferenccedilas estatiacutesticas encontradas entre

grupos para as dosagens dos vaacuterios analiacuteticos aqui investigados estejam

relacionadas principalmente com as dessemelhanccedilas entre o recrutamento de

substrato energeacutetico agraves diferentes intensidades e duraccedilatildeo previstas nesta

investigaccedilatildeo Uma vez que o aumento da lipoacutelise interfere de forma indireta nas

concentraccedilotildees de serotonina (CURZON 1973 MEEUSEN et al 2006) e com os

mecanismos de alerta desencadeados em situaccedilatildeo de altas intensidades (SIMOtildeES et

al 2004)

Mesmo considerando as limitaccedilotildees desta investigaccedilatildeo os relatos aqui

elucidados revelaram a complexidade e sensibilidade do sistema serotonineacutergico em

responder agraves diferentes manipulaccedilotildees atraveacutes do estresse fiacutesico Priorizar um desses

modelos em detrimento do outro deve ser considerado com cautela uma vez que

nem todos os grupos foram avaliados apoacutes os primeiros momentos de recuperaccedilatildeo

No entanto baseado nos relatos anteriormente realizados sabe-se que apenas trecircs

das intervenccedilotildees G90PCR o Gmax e o GLA1h sugeriram acreacutescimos das

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais (3 971 1089 respectivamente)

parcela envolvida com efeitos positivos na sauacutede mental do idoso

Nesse sentido sabe-se da inviabilidade de prescrever sistematicamente sessotildees

de exerciacutecios de intensidade maacutexima para indiviacuteduos idosos que mesmo

desconsiderando riscos eminentes que esta praacutetica poderia incorrer respostas

negativas a este tipo de estresse poderia ser desencadeadas no sistema

106

serotonineacutergico por influecircncia de mecanismos de accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-

adrenal (HPA) Uma vez que ciente da experiecircncia de risco e de desconforto

vivenciados em sessotildees de exerciacutecio muito intenso o organismo do idoso pode entrar

em estado de alerta e modular atraveacutes do complexo amgdaloacuteide processos plaacutesticos

sediados no hipocampo envolvidos com processamento de informaccedilotildees

especialmente em situaccedilotildees de estresse

Apoacutes acionada a memoacuteria aversiva do hipocampo neurocircnios secretam

Corticotrofinas (CRF) que por sua vez estimula a hipoacutefise anterior a liberar na

circulaccedilatildeo sanguumliacutenea o hormocircnio adreno-cortico-troacutefico (ACTH) que vai provocar a

produccedilatildeo de hormocircnios corticoesteroacuteides (CORT) pela glacircndula supra-renal

principalmente o cortisol que satildeo liberados na corrente sanguiacutenea e chegando ao

ceacuterebro atuam sobre o hipocampo para inibir a liberaccedilatildeo e atuaccedilatildeo das CRFs

(MORAIS SOUZA BAPTISTA 2004 JOCA PADOVAN GUIMARAtildeES 2003) No

entanto enquanto a amiacutegdala for estimulada esse processo continua e por

conseguinte a liberaccedilatildeo do cortisol na corrente sanguiacutenea eacute continuada (MORAIS

SOUZA BAPTISTA 2004) Adicionalmente sabe-se que os glicocorticoacuteides podem

modular o sistema serotonineacutergico e suprimir sua siacutentese (SANTOS 2005)

Fonte httpwwwcnsforumcomimagebankitemHPA_NORM_DPN_3defaultaspx

Por outro lado a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos no limiar ventilatoacuterio 1 (LA)

com um volume (tempo ou distacircncia) baixo ou moderado aplicados na forma de um

programa de treinamento progressivo controlado pode ser considerada como

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob estiacutemulo de estresse

107

importante instrumento de prevenccedilatildeo de doenccedilas de promoccedilatildeo da sauacutede e auxiliar

no tratamento de diversas patologias senatildeo como terapecircutica uacutenica ao menos como

auxiliar nas terapecircuticas tradicionais (STELLA et al 2004) Exerciacutecios fiacutesicos

praticados no limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio 2 (PCR) ou acima do limiar de lactato

associado a grande duraccedilatildeo ou volume podem ser inadequados para fins de terapias

relacionadas agrave sauacutede mental (ARAUacuteJO MELLO LEITE 2007) Apesar de serem

observados aspectos positivos pela prescriccedilatildeo de exerciacutecios de alta intensidade

acredita-se que intensidades moderadas possam ser mais apropriadas para a

populaccedilatildeo idosa aleacutem de induzir melhoras significativas no perfil do humor

qualidade de vida e benefiacutecios cognitivos (CASILHAS et al 2007)

108

66 CCOONNCCLLUUSSAtildeAtildeOO

Considerando o perfil antropomeacutetrico psicomeacutetrico e da capacidade

cardiorrespiratoacuteria observados em mulheres idosas submetidas a esta investigaccedilatildeo

Observou-se maior prevalecircncia de sobrepeso com excesso de gordura

corporal sinalizando iacutendices desfavoraacuteveis para a sauacutede O IMC foi a variaacutevel

antropomeacutetrica de maior prediccedilatildeo para o alto grau de insatisfaccedilatildeo com a

imagem corporal

A silhueta de nuacutemero 5 apontada como imagem corporal real natildeo coincidiu

com a silhueta de nuacutemero 3 indicada como a imagem corporal ideal o que conduziu

a um grau significativo de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

A amostra apresentou performance cognitiva equivalente agrave esperada para sua

faixa etaacuteria um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida e um escore indicativo de

depressatildeo ldquoleverdquo de associaccedilatildeo negativa e significativa com sua capacidade

cardiorrespiratoacuteria classificada como ldquoregularrdquo

Considerando o efeito agudo do sistema serotonineacutergico agraves diferentes

manipulaccedilotildees de exerciacutecio fiacutesico observou-se que

Sessotildees agudas de exerciacutecios fiacutesicos de duraccedilatildeo menor que 20 minutos

apresentaram decliacutenio significativo das concentraccedilotildees serotonineacutergicas do

tripotofano e da relaccedilatildeo das concentraccedilotildees do triptofano com os aminoaacutecidos

aromaacuteticos quando submetidos agrave intensidade maacutexima

Alteraccedilotildees discretas foram percebidas entre as concentraccedilotildees aminoaciacutedicas

em que os aminoaacutecidos de cadeia ramificada e os aromaacuteticos aumentaram suas

concetraccedilotildees nas intensidades leve e moderada e o triptofano nas intensidades

moderadas agrave moderada alta

Considerando as vaacuterias medidas de cautela em prescrever sistematicamente

exerciacutecios de intensidade maacutexima para a populaccedilatildeo idosa conclui-se que sessotildees de

exerciacutecios submetidos entre o primeiro e segundo limiar anaeroacutebico de duraccedilatildeo

109

entre 20 minutos e uma hora sejam mais apropriadas para interferir nas

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de mulheres idosas presumivelmente

relacionadas com a sauacutede mental

110

77 SSUUGGEESSTTOtildeOtildeEESS PPAARRAA NNOOVVOOSS EESSTTUUDDOOSS

Para novas investigaccedilotildees do efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema

serotonineacutergico em mulheres idosas e aumentar a compreensatildeo da dimensatildeo das

respostas deste sistema a este modelo de estresse sugere-se

Que aleacutem das dosagens realizadas neste estudo sejam incluiacutedas as do

principal metaboacutelito serotonineacutergico o aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico da parcela livre do

triptofano e da enzima monoamina oxidase

A realizaccedilatildeo de um maior nuacutemero de coletas para compreender o

comportamento de cada analiacutetico

Que a duraccedilatildeo das sessotildees de exerciacutecios seja determinada pela capacidade

individual de cada indiviacuteduo da amostra e que o tempo seja definido pela solicitaccedilatildeo

de cada idoso

111

RREEFFEERREcircEcircNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRAacuteAacuteFFIICCAASS

ACSM ndash American College of Sports Medicine Exercise and Physical Activity for older adults Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 2 n 6 p 992-1008 1998

ALMEIDA GANA imagem corporal de mulheres morbidamente obesas avaliadas atraveacutes do desenho da figura humana Psicologia reflexatildeo e criacutetica v 15 n 2 p 283-292 2002

American Heart Association (AHA) Exercise and Training of Apparently Healthy Individuals A Handbook for Physicians Dallas American Heart Association 1972

ANSTEY KJ WINDSOR JD JORM AF et al Association of Pulmonary Function with Cognitive Performance in Early Middle and Late Adulthood Gerontology v 50 p 230-234 2004

ANTUNES HKM SANTOS RF MELLO MT et al Cognitive Alterations in Older Women Caused by Systematic Physical Exercise In 7th Annual Congress of The European College of Sport Science v 2 p 1015-1015

ANTUNES HKM SANTOS RF CASSILHAS R et al Exerciacutecio fiacutesico e funccedilatildeo cognitiva Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 12 n 2 2006

ANTUNES HKM SANTOS RF HEREDIA RAG et al Alteraccedilotildees Cognitivas em Idosas Decorrentes do Exerciacutecio Fiacutesico Sistematizado Revista da Sobama v 6 n 1 p 27-33 2001

ARAUacuteJO SRC MELLO MT LEITE JR Anxiety disorders and physical exercise Revista Brasileira de Psiquiatria v 29 n 2 p 64-71 2007

ARIDA RM NAFFAH-MAZZACORATTI MG SOARES JS et al Monoamine Responses to acute and cronic aerobic exercise in normotensive and hypertensive subjects Satildeo Paulo Medical Journal v 116 n 1 p 1624-1624 1998

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 p 102ndash113 2005

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 2005

ASTRAND PO Why Exercise Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 6 n 3 p 25-37 1992

112

BAHRAM A SHAFIZADEH M A comparative and correlational study of the body-image in active and inactive adults and with body composition and somatotype Autralian Association for research in education 2003 Disponiacutevel em httpwwwaareeduau03papbah03789pdf Acesso em 18 fev 2008

BAILEY SP DAVIS AHLBORN EN Neuroendocrine and substrate responses to altered brain 5-HT activity during prolonged exercise to fatigue Journal Applied Physiology v 74 n 6 p 3006-3012 1993

BAILEY SP DAVIS MM AHLBORN EN Effect of increased brain serotonergic activity on endurance performance in the rat Acta Physiologica Scandinava v 145 p 75-76 1992

BANICH MT MILHAM M P ATCHLEY R et al Studies of Stroop tasks reveal unique roles of anterior and posterior brain systems in attentional selection Journal of Cognitive Neuroscience V 12 n 6 p 988-10002000

BARBOSA AR SANTAREacuteM JM JACOB FILHO W et al Comparaccedilatildeo da gordura corporal de mulheres idosas segundo antropometria bioimpedacircncia e DEXA Archivos Latinoamericanos de Nutricioacuten Organo Oficial de la Sociedad Latinoamericana de Nutricioacuten Caracas v 51 n 1 p 49-56 2001

BARCHAS JD FREDMAN D Brain amines response to physiological stress Biochemical Pharmacology v 12 p 1232-1235 1963

BEAR MF CONNORS BW PARADISO M A L Neuroscience exploring the Brain Canadaacute Williams amp Wilkins 1996

BISCIOTTI GN VILARDI JUNIOR NP MANFIO EF A fadiga aspectos centrais e perifeacutericos Revista Fisioterapia Brasil v 2 n 6 p 353 2001

BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007

BLAIR SN KOHL HW PAFFENBARGER JR RS et al Physical fitness and all-cause mortality Journal of the American Medical Association v262 p 2395-2401 1989

BLOMSTRAND E Branched-Chain Amino Acids in Exercise A Role for Branched-Chain Amino Acids in Reducing Central Fatigue The Journal of Nutrition v 136 n 2 p 544S-547S 2006

BLOMSTRAND E CELSING F NEWSHOLME EA Changes in plasma concentrations of aromatic and branched-chain amino acids during sustained exercise and their possible role in fatigue Acta Physiologica Scandinavica v 133 n 1 p 115-121 1988

BLOMSTRAND E HASSMEN P EKBLOM B Administration of branched-chain amino acids during sustained exercise - Effects on performance and plasma

113

concentration of some amino acids European journal of applied physiology v 63 p 83-88 1991

BLUMENTHAL JA Effects of exercise training on older patients with major depression Archives of Internal Medicine v 159 p 234-256 1999

BORG G Escalas de Borg para dor e o esforccedilo percebido Satildeo Paulo Manole 2000 115p

BOTTARO M MARTINS B GENTIL P et al Effects of rest duration between sets of resistance training on acute hormonal responses in trained women Journal of science and medicine in sport 2007 Dec 17 [Epub ahead of print] Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpubmed18093876 Acesso em 10 fev 2008

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil Suggestions for utilization of the mini -mental state examination in Brazil Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil [Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil] Arquivos de Neuro-Psiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BULIK CM WADE TD HEATH AC Relating body mass index to figural stimuli Population-based normative data for Caucasians International journal of obesity and related metabolic disorders v 25 p 1517-1524 2001

CABEZA R amp NYBERG L Neural bases of learning and memory functional neuroimaging evidence Current Opinion Neurology V13 p 415-421 2000

CACHELIN FM REBECK RM CHUNG GH et al Does egthnicity influence body-size preference A comparison of body image and body size Obesity research v 10 n 3 p 158-166 2002

CALDERS P MATTHYS D DERAVE W et al Effect of branched-chain amino acids (BCAA) glucose and glucose plus BCAA on endurance performance in rats Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 31 n 4 p 583-587 1999

CAMPBELL DT STANLEY JC Delineamentos Experimentais e Quase-Experimentais de Pesquisa Satildeo Paulo Pedagoacutegica e Universitaacuteria 1979 138p

CARVALHO MCM CARVALHO GA Atividade fiacutesica e qualidade de vida em mulheres idosas Efdeportes revista digital ano 13 nordm 122 2008 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 08 maio 2008

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

114

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

CASSILHAS RC VIANA VA GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1401-1407 2007

CHAOULOFF F Physiopharmacological interactions between stress hormones and central serotonergic systems Brain Research Reviews v 18 p 1-32 1993

CHAOULOFF F KENNETT GA SERRURRIER B et al Amino acid analysis demonstrates that increased plasma free tryptophan causes the increase of brain tryptophan during exercise in the rat Journal of neurochemistry 46 1647-1650 1986

CHEN Y LUuml X HUANG Y et al Changes of plasma serotonin precursor metabolite concentrations in postmenopausal women with hot flushes Zhonghua Fu Chan Ke Za Zhi v 37 n 12 p726-728 2002

CHENNAOUI M GRIMALDI B FILLION MP et al Effects of physical training on functional activity of 5-HT1B receptors in rat central nervous system role of 5-HT-moduline Naunyn ndash Schmiedebergs archives of Pharmacology v 361 n 6 p 600-604 2000

CHODZKO-ZAJKO WJ The Physiology of Aging Structural changes and functional consequences Implications for research and clinical pratice in the exercise and activity sciences Quest v 48 p 311-329 1996

CIESLAK F ELSANGEDY HM KRINSKI K et al Estudo da qualidade de vida de mulheres idosas participantes do programa da universidade aberta agrave terceira idade na cidade de ponta grossa - PR Efdeportes revista digital ano 12 n 113 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 03 maio 2008

COLCOMBE S amp KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science V14 n 2 p 125-130 2003

COLCOMBE S KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science v 14 n 2 p 125-130 2003

CONN VS TRIPP-REIMER T MAAS ML Older women and exercise Theory of planned behavior beliefs Public Health Nursing v 20 n 2 p 153-163 2003

CONNER M JOHNSON C Gender Sexuality Body Image and Eating Behaviours Journal of Health Psychology v 7 n 6 p 675ndash684 2004

115

COSTA E M S Gerontodrama ndash A Velhice em Cena Satildeo Paulo Agora 1998

COSTILL DL BOWERS R BRAUNAM G Muscle glycognen utilization during prolonged exercise on successive days Journal Applied Physiology v 31 p 834-838 1971

COTMAN C W BERCHTOLD N C Exercise a behavioral intervention to enhance brain health and plasticity Trends in Neurosciences V 25 n 6 p 295 ndash 301 2002

CURZON G FRIEDEL D KNOTT PJ The effect of fatty acids on the binding of tryptophan to plasma proteins Nature v 242 p 198-200 1973

DAMASCENO VO LIMA JRP VIANNA JM et al Novaes JS Tipo fiacutesico ideal e satisfaccedilatildeo com a imagem corporal de praticantes de caminhada Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 3 p 181-186 2005

DAVIS JM Carboidratos aminoaacutecidos de cadeia ramificada e resistecircncia hipoacuteteses da fadiga central Nutriccedilatildeo no esporte n 17 1998

DAVIS JM Nutritional Influences on Central Mechanisms of Fatigue Involving Serotonin In MAUGHAN R J amp SHIRREFFS S M Biochemistry of Exercise USA Human Kinetics 1996 p 445-447

DE WILD GM HOEFNAGELS WH OESEBURG B et al Maximal oxygen uptake in 153 elderly Dutch people (69-87 years) who participated in the 1993 Nijmegen 4-day march European journal of applied physiology v 72 n 1-2 p 134-43 1995

DEVLIN TM Manual de Bioquiacutemica com Correlaccedilotildees Cliacutenicas 4 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998

DIMEO F BAUER M VARAHRAM et al Benefits from aerobic exercise in patients with major depression a pilot study British Journal of Sports Medicine v 35 p 114-117 2001

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DUNN AL DISHMAN RK Exercise and The Neurobiology of Depression Exercise Sport Science Review v 19 p 41-98 1991

DWYER D FLYNN J Short term aerobic exercise training in young males does not alter sensitivity to a central serotonin agonist Experimental Physiology v 87 p 83-89 2002

116

EDITORIAL Cognitive changes after acute tryptophan depletion What can they tell us Psychological Medicine v 34 p 3 - 8 2004

EMED TCXS KRONBAUER A MAGNONI D Mini nutritional assessment as indicator of diagnosis in asylumsrsquo elderly Revista Brasileira de Nutricatildeo Cliacutenica v 21 n 3 p 219-223 2006

ERLIN A HWANG C Body-esteem in Swedish 10-year-old children Perceptual and motor skills v 99 n 2 p 437-444 2004

FAITH MS ALISSON DB Assessment of psychological status among obese persons In THOMPSON JK ed Body Image Eating Disorders and Obesity Washington DC American Psychological Association p 365-387 1996

FARINATTI PTV Teorias bioloacutegicas do envelhecimento do geneacutetico ao estocaacutestico Rev Bras Med Esporte _ v 8 n 4 p 1-10 2002 Disponiacutevel em httpwwwboletimeforgcanal=12ampfile=538 Acesso em 12032006

FARQUHAR M Definitions of quality of life a taxonomy Journal of Advanced Nursing v 22 n 3 p 502-508 1995

FECHIO JJ BRANDAtildeO MRF A influecircncia da atividade fiacutesica nos estados de humor Revista da Associaccedilatildeo dos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de Londrina v 12 n 2 p 21-27 1997

FEKKES D VAN GOOL AR Interferon tryptophan and depression Blackwell Munksgaard v15 p 8-14 2003

FERRANS CE Development of a quality of life index for patients with cancer Oncology Nursing Foacuterum v 17 n 3 p 15-19 1990

FERREIRA SE TUFIK S MELLO MT Neuroadapataccedilatildeo uma proposta alternativa de atividade fiacutesica para usuaacuterios de drogas em recuperaccedilatildeo Revista Brasileira Ciecircncia e Movimento v 9 n 1 p 31-39 2001

FEY-YENSAN NL MCCORMICK LM ENGLISH C Body Image and Weight Preoccupations in Older Women A Review Healthy Weight Journal v 16 n 5 p 68-71 2002

FITZGIBBON ML BLACKMAN LR AVELLONE ME The relationship between body image discrepancy and body mass index across ethnic groups Obesity research v 8 n 8 p 582-589 2000

FLECK MPA LAFER B SOUGEY EB DEL PORTO JA BRASIL MA FURUENA F Diretrizes da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira para o tratamento da depressatildeo (Versatildeo integral) Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n 2 p 114-122 2003

117

FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999

FLEG JL MORRELL CH BOS AG et al Accelerated Longitudinal Decline of Aerobic Capacity in Healthy Older Adults Journal of the American Heart Association v 112 p 674-682 2005

FOLSTEIN MF FOLSTEIN SE MCHUGH PR Mini-Mental State a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician Journal of Psychiatric Research v 12 p 189-198 1975

Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986

Friedlander AL Jacobs KA Fattor JA et al Contributions of working muscle to whole body lipid metabolism are altered by exercise American journal of physiology Endocrinology and metabolism v 292 p E107-E116 2007

GILL TM FEINSTEIN AR A critical appraisal of the quality of quality of life measurements Journal of the American Medical Association v 272 p 619-626 1994

GOLDBERG S SMITH GS BARNES A et al Serotonin modulation of cerebral glucose metabolism in normal aging Neurobiology of aging v 25 p 167-174 2003

GOMEZ-MERINO D BEQUET F BERTHELOT M et al Evidence that the branched-chain amino acid L-valine prevents exercise induced release of 5-HT in rat hippocampus International Journal of Sports Medicine v 22 n 5 p 317-22 2001

GOODMAN amp GILMAN As Bases Farmacoloacutegicas da Terapecircutica 9ordf ediccedilatildeo Chile Mcgraw-Hill 1996 cap 11

GORAN M FIELDS DA HUNTER GR et al Total body fat does not influence maximal aerobic capacity International journal of obesity and related metabolic disorders v 24 n 7 p 841-848 2000

GORDIA AP QUADROS TMB VILELA JUacuteNIOR GB et al Comparaccedilatildeo da qualidade de vida de mulheres idosas praticantes e natildeo praticantes de exerciacutecio Efdeportes revista digital ano 11 n 106 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 07 maio 2008

GORESTEIN C ANDRADE L Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Propriedades psicomeacutetricas da versatildeo em portuguecircs Journal Clinical Psychology v 25 n 5 ediccedilatildeo especial p 245-250 1998

GOTTFRIES CG Depressatildeo no idoso Estrateacutegias de tratamento Nordic Journal of Psychiatry v 47 n 30 p 75-81 1993

118

GRIMLEY-EVANS Qualidade de Vida p 29 1996

GUSZKOWSKA M Effects of exercise on anxiety depression and mood Psychiatria polska v 38 n 4 p 611-620 2004

HARGREAVES DA TIGGEMANN M Idealized media images and adolescent body image lsquolsquocomparingrsquorsquo boys and girls Body Image v 1 p 1351ndash1361 2004

HAY PJ Epidemiologia dos transtornos alimentares estado atual e desenvolvimentos futuros Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl III p 13-17 2002

HAYFLICK L Como e porque envelhecemos 2 ordf ed Rio de Janeiro Campus 1997

HAYKOWSKY MJ QUINNEY HA GILLIS R et al Left ventricular morphology in junior and master resistance treined athletes Medicine and Science in Sports and Exercise v 32 n 2 p 349-352 2000

HELGE JW STALLKNECHT B RICHTER EA et al Muscle metabolism during graded quadriceps exercise in man Physiology in Press Journal of Psychophysiology 2007 Disponiacutevel em httpwwwpubmedcentralnihgovarticlerenderfcgiartid=2170831 Acessado em 12 Fev 2007

HERNANDES ESC BARROS JF Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas e educacionais para idosos sobre o desempenho em testes de atividades da vida diaacuteria Revista brasileira de Ciecircncia e Movimento v 12 n 2 p 43-50 2004

HILLMAN CH SNOOK EM JEROME GJ Acute cardiovascular exercise and executive control function Intenational Journal of Psychophysiology v 8 n 3 p 307-14 2003

HIRVENSALO M HEIKKINEN E LINTUNEN T et al The effect of advice by health care professionals on increasing physical activity of older people Scandinavian Journal of Medicine amp Science in Sports v 13 n 4 p 231-236 2003

HUFFMAN DM ALTENA S MAWHINNEY T et al Effect of n-3 fatty acids on free tryptophan and exercise fatigue European journal of applied physiology v 92 p 584-591 2004

HUNT SM McKENNA SP MCEWEN J et al A quantitative approach to perceived health status a validation study Journal of Epidemiology and Community Health v 34 n 4 p 281-286 1980

HURLEY BF ROTH SM Strenght training in the elderly effects on risk factors for age-related diseas Sports and Medicine v 30 n 4 p 249-68 2000

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa no Brasil Rio de Janeiro 2001

119

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa em Taguatinga CODEPLAN - IDHABDF 2000

JANSSEN I MARK AE Elevated body mass index and mortality risk in the elderly Obesity Reviews V 8 p 41-59 2007

JOCA SRL PADOVAN CM GUIMARAtildeES FS Estresse depressatildeo e hipocampo Stress depression and the hippocampus Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n Supl II p 46-51 2003

KAGAWA M KUROIWA C UENISHI K et al A comparison of body perceptions in relation to measured body composition in young Japanese males and females Body Image v 4 p 372-380 2007

KALINSKI MI DLUZEN DE STADULIS R Methamphetamine produces subsequent reductions in running time to exhaustion in mice Brain Research v 7 p 160-164 2001

KAPCZINSKI F BUSNELLO J ABREU MR et al Aspectos da Fisiologia do Triptofano Disponiacutevel em httpwwwhcnetuspbripqrevistaindexhtml acessado em 03 fev 2004

KAPLAN MI SADOCK BJ Pertubaccedilotildees afetivas in KAPLAN M I SADOCK B J Compendio de psiquiatria dinacircmica Trad Por Namuri costa 3ordf ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1984 cap 16 p 313-33

KAPLAN R M ANDERSON J P WU A W Applications in aids cystic fibrosis and arthritis Med care v27 1989 p27-43

KING MT DOBSON AJ HARNETT PR A comparison of two quality-of-life questionnaires for cancer clinical trials the functional living index--cancer (FLIC) and the quality of life questionnaire core module (QLQ-C30) Journal of Clinical Epidemiology v 9 n 1 p 21-29 1996

KNORST MR SILVA MPM MANTELLI C et al Qualidade de vida do idoso In Terra NL organizador Envelhecendo com qualidade de vida programa Geron da PUCRS Porto Alegre EDIPUCRS p 29-32 2001

KOWALSKI KM Current Health 2 0163156X v 29 n 7 p 6-7 2003

KRAUSE MP HALLAGE T GAMA MPR et al Associaccedilatildeo entre Perfil lipiacutedico e Adiposidade Corporal em mulheres com Mais de 60 Anos de Idade Arquivos brasileiros de cardiologia v 89 n 3 p163-169 2007

KUMAR AM WEISS S FERNANDEZ JB et al Peripheral serotonin levels in women role of aging and ethnicity Gerontology v 44 p 211-216 1998

KUROSAWA M OKADA K SATO A et al Extracellular release of acetylcholine noradrenaline and serotonin increases in the cerebral cortex during walking in conscious rats Neuroscience Letters v 161 p 73-76 1993

120

KUSHI LH FEE RM FOLSOM AR et al Physical activity and mortality in posmenopausal women Journal of the American Medical Association v 277 p 1287-1292 1997

LAKS J BATISTA EMR GUILHERME ERLG et al O mini exame do estado mental em idosos de uma comunidade Dados parciais de Santo Antocircnio de Paacutedua Rio de Janeiro Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 782-785 2003

LAWTON MP A Multidimensional View of Quality of Life in Frail Elders In J E Birren et al (Eds) The Concept and Measurement of Quality of Life in the Frail Elderly San Diego Academic Press p 3-27 1991

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1988

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1992

LEGRAND F HEUZE JP Antidepressant Effects Associated With Different Exercise Conditions in Participants With Depression A Pilot Study Journal of Sport amp Exercise Psychology v 29 p 348-364 2007

LEMON PWR Do athletes need mor dietary protein na amino acids International Journal of Sport Nutrition v 5 p S39-61 1995

LOPES KMDC Os efeitos crocircnicos do exerciacutecio fiacutesico aeroacutebio nos niacuteveis de serotonina e depressatildeo em mulheres idosas 2001122f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndash Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia Brasiacutelia 2001

LOURENCcedilO RA VERASI RP Mini-Exame do Estado Mentalcaracteriacutesticas psicomeacutetricas em idosos ambulatoriais Revista de Sauacutede Puacuteblica v 40 n 4 p 712-719 2006

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica 5ordm edSatildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARINS MJS ANGERAMI ELS Problemas dos idosos na alta hospitalar In Gerontologia v 2 p 678-74 1996

MARTIN CL DUCLOS M AGUERRE S et al Corticotropic and serotonergic responses to acute stress withwithout prior exercise training in different rat strains Acta Physiologica Scandinavica v 168 n 3 p 421-30 2000

MATARUNA L Imagem corporal noccedilotildees e definiccedilotildees Efdeportes 10 (71) 2004 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 13 jun 2007

MATSUDO SMM MATSUDO VKR NETO B Efeitos beneacuteficos da atividade fiacutesica na aptidatildeo fiacutesica e sauacutede mental durante o processo de envelhecimento Revista atividade fiacutesica amp Sauacutede v 5 n 2 p 60-76 2000

121

MATSUO RF VELARDI M BRANDAtildeO MRF et al Imagem corporal de idosas e atividade fiacutesica Revista Mackenzie de Educaccedilatildeo Fiacutesica e Esporte v 6 n 1 p 37-43 2007

MATTER A S RODRIGUEZ C GUTHRIE M F et al Effects of exercise on depressive symptoms in older adults with poorly responsive depressive disorder British journal of physichiatry v 180 p 411 ndash 415 2002

MATTSON M P CHAN S L DUAN W Modification of brain aging and neurodegenerative disorders by genes diet and behavior Physiological reviews V 82 p 637 ndash 6722002

MAUGHAN R GLEESON M GREENHAFF PL Bioquiacutemica do exerciacutecio e do treinamento 1 ed Satildeo Paulo Manole p 132-136 2000

MAZO GZ LOPES MA BENEDETTI TB Atividade fiacutesica e o idoso concepccedilatildeo gerontoloacutegica Porto Alegre Sulina 2001

MAZZEO RS CAVANAGH P EVANS WJ et al - Exerciacutecio e atividade fiacutesica para pessoas idosas Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 3 p 48-68 1998

Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 29 n 1 p 58-62 1997

MEEUSEN R PIACENTINI M Exercise and Neurotransmission A Window to the Future European Journal of Sport Science v 1 n 1 p 1-12 2001

MEEUSEN R ROEYKENS J MAGNUS L et al Endurance perform ance in humans the effect of a dopamine precursor or a specific serotonin (5-HT2A2C) antagonist International Journal of Sports and Medicine v 18 n 8 p 571-577 1997

MEEUSEN R THORREacute K CHAOULOFF F et al Effects of tryptophan andor acute running on extracellular 5-HT and 5-HIAA levels in the hippocampus of food-deprived rats Brain Research v 740 p 245-252 1996

MEEUSEN R WATSON P HASEGAWA H et al The Serotonin Hypothesis and Beyond Sports Medicine v 36 n 10 p 881-909 2006

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111-1125 1999

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111 ndash 1125 1999

MENESES A HONG E A pharmacological analysis of serotonergic receptors effects of their activation of blockade in learning Progress in neuro-psychopharmacology amp biological psychiatry v 21 n 2 p 273-296 1997

122

MENON MA FREIRIAS A SANCHES M Tratamento de depressatildeo no idoso Psychiatry online Brazil v 3 n 12 1998

MILHAM M P ERICKSON KI BANICH MT et al Attentional control in the aging brain Insights from na fMRI study of the Stroop task Brain and Cognition v 49 n 3 p 277-296 2002

MITNITSKI AB GRAHAM JE MOGILNER AJ et al Frailty and late-life mortality in relation to chronological and biological age BMC Geriatrics v 2 p 1 2002

MONTEIRO WD Forccedila Muscular Uma Abordagem Fisioloacutegica em Funccedilatildeo do Sexo Idade e Treinamento Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 50-66 1997

MOORE KE BABYAK MA WOOD CE et al The association between physical activity and depression in older depressed adults Journal of Aging and Physical Activity v 7 n 1 p 55-61 1999

MORAIS PR SOUZA FG BAPTISTA MN Relaccedilotildees entre Siacutendrome de Burnout e Transtornos de Humor In BAPTISTA MN Suiciacutedio e Depressatildeo ndash Atualizaccedilotildeearauacutejis Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2004 p 217-230

MORAN M Depression-Serotonin link Many mysteries Remain Psychiatric News v 38 n 9 p 48 2003

MURPHY F SMITH K COWENP ROBBINS T SAHAKIAN B The effects of tryptophan depletion on cognitive em affective processing in healthy volunteers Psychopharmacology v 163 n 1 p 42-53 2002

NAIR KS Age-related changes in muscle Mayo Clinic Proceedings v75 Suppl p S14-18 2000

NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002

NERI AL Qualidade de vida na velhice e atendimento domiciliaacuterio In DUARTE YAD DIOGO MJD Atendimento domiciliar um enfoque gerontoloacutegico Satildeo Paulo Atheneu cap 4 p 33-47 2000

NEWSHOLME EA ACWORTH IN BLOOMSTRAND E Amino acids brain neurotransmitters and a functional link between muscle and brain that is important in sustained exercise in Benzi G Advances in Myochemistry London John Libbey Eurotext P 127-133 1987

NEWSHOLME EA BLOMSTRAND E Branched-chain amino acids and central fatigue The Journal of nutrition v 136 n 1 Suppl p 274S-276S 2006

NIEMAN DC Exerciacutecio e sauacutede como se prevenir de doenccedilas usando o exerciacutecio como seu medicamento Satildeo Paulo Manole 1999 p 217-308

123

NISHIMURA A TAKEUCHI Y MATSUSHITA H et al Vulnerability to aging in the rat serotonerg system Acta Neuropatholoacutegica v96 n 6 p 581-595 1998

NYBOA L SECHER NH Cerebral perturbations provoked by prolonged exercise Progress in Neurobiology v 72 p 223ndash261 2004

OAKS S Exercise and depression American Fitness v 18 n 3 p 38-41 2000

OLIVEIRA RJ FURTADO AC Envelhecimento do Sistema nervoso e o exerciacutecio fiacutesico Educacioacuten Fiacutesica y Deporte v 15 p 1-5 1999

OLIVEIRA RJ LOPES KM COacuteRDOVA C BOTTARO M Aerobic training and the changes on the serum levels of serotonin and the symptoms of depression in the elderly women Biology of Sport v 24 n 3 p 255-264 2007

OMS - Classificaccedilatildeo de transtornos mentais e de comportamento da CID-10 S Paulo Artes Meacutedicas 1993

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2003

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2002

OMS - Informe sobre la salud en el mundo Salud mental nuevos conocimientos nuevas esperanzas Ginebra Organizacioacuten Mundial de la Salud 2001

OMS - Organisation mondiale de la santeacute Active Ageing From Evidence to Action Genegraveve lOMS 2000

OMS - Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede Divisatildeo de Sauacutede Mental GRUPOWHOQOL Versatildeo em portuguecircs dos instrumentos de avaliaccedilatildeo de qualidade de Vida (WHOQOL) 1998

OMS - WHOQOL GroupThe World Health Organizations WHOQOL-BREF quality of life assessment psychometric properties and results of the international field trial A report from the WHOQOL group Quality of Life Research v 13 n 2 p 299-310 2004

ONU - Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas Populaccedilatildeo e Envelhecimeto Factos e Nuacutemeros Segunda assembleacuteia mundial sobre o envelhecimento 2002

ORSI JVA NAHAS FX GOMES HC et al Impacto da obesidade na capacidade funcional de mulheres Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira v 54 n 2 p 106-109 2008

PAFFENBARGER JR RS KAMPERT JB LEE IM Physical activity and health of college men longitudinal observations International Journal of Sports and Medicine v 18 p s200-203 1997

124

PAFFENBARGER RS Contributions of epidemiology to exercise science and cardiovascular health Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 p 426-438 1988

PAFFENBARGER RS LEE IM LEUNG R Physical activity and personal characteristics associated with depression and suicide in American college men Acta Psychiatrica Scandinavica Supplementum v 377 p 16-22 1994

PAPALEacuteO NETTO M O estudo da velhice no seacuteculo XX histoacuterico definiccedilatildeo do campo e termos baacutesicos In Freitas Elizabete Viana de et al (Orgs) Tratado de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan p 02-12 2002

PAULO MG TEIXEIRA AR JOTZ GP et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida de Cuidadores de Idosos Portadores de Deficiecircncia Auditiva Influecircncia do Uso de Proacuteteses Auditivas Arquivo Internacional de Otorrinolaringologista v 12 n 1 p 28-36 2008

PAYTON OD POLAND JL Aging process implicatios for Clinical Practice Phisical Therapy v 63 n 1 p 41-48 1983

PEacuteREZ AS La Medicina y el Proceso de Envejecimiento al Final Del siglo XX Instituto de Espana Anales de la Real Academia Nacional de Medicina ndash Nuacutemero extraordinaacuterio Madrid 1994

PETROSKI EC Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas na terceira idade Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 34-40 1997

PHILLIPS WT KIERNAN M KING A C Physical Activity as a Nonpharmacological Treatment for Depression A Review Complementary Health Practice Review v 8 n 2 p 139-152 2003

PORTER R J LUNN SB WALKER LLM et al Cognitive deficit induced by acute tryptophan depletion in patients with Alzheimerrsquos disease American Journal of psychiatry v 157 n 4 2000

POSNER M I amp DEHAENE S ATTENTIONAL NETWORKS Trends in Neuroscience V 17 n 2 p 75-79 1994

POWERS K S HOWLEY T E Fisiologia do Exerciacutecio Satildeo Paulo Manole 2003

PROVENZA IC MARA LS LIMA WC et al Relaccedilatildeo da siacutendrome do excesso de treinamento com estresse fadiga e serotonina Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 6 2005

RANG HP DALE MM RITTER JM Farmacologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 1997 p 139-444

125

RICHTER-LEVIN G SEGAL M Age-related cognitive deficits in rats are associated with a combined loss of cholinergic and serotonergic functions Annals of the New York Academy of Sciences v 24 n 695 p 254-257 1993

ROBERGS RA ROBERTS SO Exercise Physiology Exercise performance and Clinical Applicatios Mosby 1997 p 578-596

RODRIGUES MJSF O diagnoacutestico de depressatildeo Piscologia USP v 11 n 1 p 1-22 2000

ROSA DA DE MELLO MT NEGRAtildeO AB et al Mood changes after maximal exercise testing in subjects with symptoms of exercise dependence Perceptual and motor skills v 99 n 1 p 341-353 2004

ROSSI L CASTRO I TIRAPEGUI J Suplementaccedilatildeo com aminoaacutecidos de cadeia ramificada e alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de serotonina cerebral Nutrire v 26 p1-10 2003

ROSSI L TIRAPEGUI J Implicaccedilotildees do sistema serotonineacutergico no exerciacutecio fiacutesico Arquivos Brasileiros de Endocrinologia amp Metabologia Satildeo Paulo v 48 n 2 p 227-233 2004

ROSSI L TIRAPEGUIJ Aspectos atuais sobre exerciacutecio fiacutesico fadiga e nutriccedilatildeo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 13 n 1 p 67 ndash 82 1999

SANTIEacuteN SANTAMARIA ML Indicadores socials de calidad de vida Un sistema de medicioacuten aplicado al Paiacutes Vasco Montalbaacuten Madrid Centro de Investigaciones Solioloacutegicas v 133 1993

SANTOS DM SICHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica v 39 n 2 2005

SCALCO MZ Tratamento de idosos com depressatildeo utilizando triciacuteclicos IMAO ISRS e outros antidepressivos Revista Brasileira de Psiquitriatria v 24 Supl I p 55-63 2002

SCHILDER PA Imagem do corpo as energias construtivas da psique 3ordfed Satildeo Paulo Martins Fontes 1999

SCHOEVERS RA GEERLINGS M I BEEKMAN ATF et al Association of depression and gender with mortality in old age British Journal of Psychiatry v 177 p 336-342 2000

SCHUIT A J FESKENS E J M LAUNER LJ et al Physical activity and cognitive decline the role of the apolipoprotein e4 allele Medicine amp Science in sports amp Exercise v 33 n 5 p 772 ndash777 2001

SHEENArsquoS Imagem corporal Disponiacutevel em httpwwwsheenasplaceorg Acesso em 8 jan 2004

126

SILBERMAN C SOUZA C WILHEMS F et al Cognitive deficit and depressive symptoms in a community group of elderly people a preliminary study Revista de Sauacutede Publica v 29 n 6 p 444-450 1995

SILVA MMS TINOCO ALA BRITO LF et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

SILVA P Farmacologia 6ordf ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 2002 p 296-297

SILVA TE REZENDE CHA Avaliaccedilatildeo transversal da qualidade de vida de idosos participantes de centros de convivecircncia e institucionalizados por meio do questionaacuterio geneacuterico WHOQOL-BREF 2006 Horizonte Cientiacutefico Disponiacutevel em httpwwwproppufubrrevistaeletronicaEdicao202006_1Dtais_estevaopdf Acesso em 03 maio 2008

SILVA VAP BOTTARO M JUSTINO MA et al Frequumlecircncia Cardiacuteaca Maacutexima em Idosas Brasileiras uma Comparaccedilatildeo entre Valores Medidos e Previstos Arquivos brasileiros de cardiologia v 88 n 3 p 314-320 2007

SIMOtildeES HG MARCON F OLIVEIRA F et al Resposta da razatildeo testosteronacortisol durante o treinamento de corredores velocistas e fundistas Revista brasileira de educaccedilatildeo fiacutesica e esporte v 18 n 1 p31-46 2004

SKINNER JS MCLELLAN J The transition from the aerobic and anaerobic metabolism In RESEARCH QUATERLY OF EXERCISE AND SPORTS 1980

SLADE PD What is body image Behaviour research and therapy v 32 n 5 p497-502 1994

SNOWDON J How high is the prevalence of depression in old age Revista brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 42-47 2002

SNOWDON J Is depression more prevalent in old age Australian and New Zealand Journal of Psychiatry v 35 p 782-787 2001

SOARES J Niacuteveis seacutericos de serotonina frente ao exerciacutecio agudo maacuteximo em indiviacuteduos natildeo treinados e treinados em corridas de meio-fundo e velocidade 199573f Tese (Doutorado em Ciecircncias) ndash Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 1995

SORENSEN TIA STUNKARD AJ Does obesity run in families because of genes An adoption study using silhouettes as a measure of obesity Acta Psychiatric Scandinavica 1993

SOUZA FGM Tratamento da depressatildeo Revista brasileira de Psiquiatria v 21 p 18-23 1999

127

SPEAR J How long should older people take antidepressants to prevent relapse Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 70-73 2002

SPIRDUSO WW FRANCIS LD MCRAE PG Physical Dimension of Aging ndash 2nd Edition Human Kinetics 2005

STEINBERG L L SPOSITO MMM LAURO FAA et al Serum level of serotonin during rest and during exercise in paraplegic patients Spinal Cord v 36 p 18-20 1998

STELLA SG ANTUNES HK SANTOS RF et al Transtornos do humor e exerciacutecio In Mello MT organizador Atividade fiacutesica exerciacutecio fiacutesico e aspectos psicobioloacutegicos Satildeo Paulo Guanabara Koogan 2004 p 51-9

STEWART KJ Longevity Health Sciences The Phoenix Conference Annals of the New York Academy of Sciences v 1055 p 193-206 2005

STORDAL E MYKLETUN A DAHL AA The association between age and depression in the general population a multivariate examination Acta Psychiatrica Scandinava v 107 p 132-141 2003

STRUumlDER H K HOLLMANN W PLATEN P et al Effect of acute and chronic exercise on plasma amino acids and prolactin concentrations and on [3H] Ketanserin Binding to Serotonin 2A receptors on human platelets Europe Journal Apply of Physiology v 79 p 318-324 1999

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part I International Journal of Sports and Medicine v 22 p 467-481 2001a

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part II International Journal of Sports and Medicine v 22 p 482-97 2001b

TEHARD B VAN LIERE MJ COM-NOUGUE C et al Anthropometric Measurements and Body Silhouette of Women Validity and Perception Journal of the American Dietetic Association v 102 n 12 p 1779-1784 2002

THOMAS S READING J SHEPHARD RJ Revision of the Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) Canadian journal of sport sciences v 17 p 338-345 1992

THOME J HENN FA DUMAN RS Cyclic AMP response element-binding protein and depression Expert Review of Anticancer Therapy v 2 n 3 p 347-354 2002

TINOCO ALA BRITO LF SANTrsquoANNA MSL et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

128

TOMPOROWSKI PD Effects of acute bouts of exercise on cognition Acta Psychologica v 112 p 297-324 2003

TOSKOVIC NN Alterations in selected measures of mood with a single bout of dynamic Taekwondo exercise in college-age students Perceptual and motor skills v 92 n 3 Pt p 1031-1038 2001

TRELLES L El envejecimiento del sistema nervioso Aspectos estructurales y bioquiacutemicos Revista de Neuro-Psiquiatria v 4 p 192-202 1986

TRICHES R M GIUGLIANI E R Body dissatisfaction in school children from two cities in the South of Brazil Revista de Nutriccedilatildeo v 20 n 2 p 119-128 2007

VACANTI L J SESPEDES LBH SARPI MO O teste ergomeacutetrico eacute uacutetil seguro e eficaz mesmo em indiviacuteduos muito idosos com 75 anos ou mais Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 82 n 2 p 147-150 2004

VALLE LBS FILHO RMO DELUCIA R et al Farmacologia Integrada Princiacutepios baacutesicos - v 1 Rio de Janeiro Livraria Atheneu 1988 p 353-364

VARNIER M P SARTO P MARTINES D Effects of infusing branched-brain amino acid during incremental exercise with reduced muscle glycogen content European journal of applied n 69 p 26-31 1994

VISSER M FUERST T LANG T et al Validity of fan-beam dual-energy X-ray absorptiometry for measuring fat-free mass and leg muscle mass Journal Applied Physiology v 87 p 513-1520 1999

WATSON P HASEGAWA H ROELANDS B et al Acute dopaminenoradrenaline reuptake inhibition enhances human exercise performance in warm but not temperate conditions The Journal of physiology v 565 n 3 p 873-883 2005

WERNERCK FZ BARA FILHO MG RIBEIRO LCS Efeitos do exerciacutecio fiacutesico sobre os estados de humor Revisatildeo Revista Brasileira sobre psicologia do esporte v 0 p 22-54 2006

WILLIAMSON DA OrsquoNEIL PM Behavioral and psychological correlates of obesity In BRAY G A BOUCHARD C JAMES WPT eds Handbook of obesity New York Marcel Dekker 1998 p 129-142

WOOD AT HALL MR Reversed-phase high-performance liquid chromatography of catecholamines and indoleamines using a simple gradient solvent system and native fluorescence detection Journal of Chromatography v B n 744 p 221ndash225 2000

XAVIER FMF FERAZ MPT BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 p 62-70 2001

129

XAVIER F MARCOS F BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 2001

ZAVASCHI MLS SATLER F POESTER D et al Associaccedilatildeo entre trauma por perda na infacircncia e depressatildeo na vida adulta Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 n 4 p 189-95 2002

ZHANGX SUN Z ZHANG X et al Prevalence and associated factors of overweight and obesity in older rural Chinese Obesity v 16 p 168ndash171 2008

130

AANNEEXXOO 11 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE SSAAUacuteUacuteDDEE EE HHAacuteAacuteBBIITTOOSS DDEE VVIIDDAA Nome_________________________________________________________________ Endereccedilo_________________________________________________________________________ Fone ( s) ________________________ Cel _____________________ Dt nasc _________

Leia com atenccedilatildeo e escolha a resposta que mais se aproximar a sua

realidade

1 Algum meacutedico jaacute lhe disse que vocecirc tem um problema cardiacuteaco e deve fazer exerciacutecios apenas sob orientaccedilatildeo meacutedica ( ) Sim ( ) natildeo

2 Vocecirc sente dor no peito quando realiza atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

3 No mecircs passado vocecirc teve dor no peito quando natildeo estava fazendo atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

4 Vocecirc perde o equiliacutebrio por causa de tonturas ou jaacute desmaiou alguma vez ( ) Sim ( ) natildeo

5 Vocecirc tem problema em algum osso ou articulaccedilatildeo que poderia piorar com a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ( ) Sim ( ) natildeo

6 Seu meacutedico lhe receitou atualmente alguma medicaccedilatildeo (por exemplo diureacuteticos) para pressatildeo ou problema de coraccedilatildeo ( ) Sim ( ) natildeo

7 Vocecirc conhece alguma outra razatildeo pela qual natildeo deveria praticar atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo Qual ___________________________________________________________

8 Costuma fazer check- up ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

9 Vocecirc fuma ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantos cigarros por dia ___________________________________________

10 Faz uso de bebidas alcooacutelicas ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantas vezes por semana __________________________________________

131

11 Marque um ldquoxrdquo nas doenccedilas que vocecirc tem ou jaacute teve

( ) a hipertensatildeo ( ) diabetes ( ) cardiopatias ( ) doenccedila de Alzheimer ( ) acidente vascular cerebral ( ) depressatildeo ( ) doenccedila de Parkinson

( ) _____________________ ( )_________

12 Sente dores na coluna ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Onde _________________________________________________________

13 Faz controle de colesterol ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

14 Pratica exerciacutecios fiacutesicos regularmente ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

15 Qual (quais) a(s) modalidade(s) de exerciacutecio fiacutesico que vocecirc pratica atualmente _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16 Haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses 17 Com qual frequumlecircncia semanal

( ) 1x ( ) 2x ( ) 3x ( ) 4x ( ) 5x ( ) 6x ( ) 7x ( ) gt 7x 18 Qual a duraccedilatildeo desta atividade por sessatildeo (em minutos)

( ) 10 ( ) 15 ( ) 20 ( ) 30 ( ) 40 ( ) 50 ( ) 60 ( ) gt 60 19 Qual eacute a Intensidade desta atividade

( ) Leviacutessima ( ) leve ( ) moderada ( ) um pouco alta ( ) alta ( )altiacutessima NAtildeO PRATICA nenhuma atividade fiacutesica haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses ( ) nunca participou

20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

21 Toma remeacutedio para depressatildeo ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22 Sofre de insocircnia

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes 23 Toma algum remeacutedio para dormir

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual _________________________________________________________

132

24 Jaacute fez alguma cirurgia ( ) Sim ( ) natildeo

Cirurgia Data Cirurgia Data

25 Quais os remeacutedios que vocecirc estaacute utilizando atualmente

Nome do remeacutedio Para que Posologia

26 Tem algum problema de sauacutede que natildeo foi aqui relatado ainda

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (Quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 27 A respeito da sua renda familiar assinale a alternativa correspondente a sua

realidade ( ) ateacute um salaacuterio miacutenimo ( ) dois salaacuterios miacutenimos ( ) 3 salaacuterios miacutenimos ( ) 4 a 5 salarios ( ) 6 a 7 salaacuterios ( ) acima de 10 salaacuterios ( ) 10 a 15 salaacuterios ( ) acima de 15 salaacuterios

28 A respeito do seu grau de escolaridade ( ) Analfabeto ( ) primaacuterio incompleto ( ) Primaacuterio completo ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino meacutedio ( ) Ensino Superior

29 Em que classe social vocecirc se enquadra ( ) Baixa ( ) Meacutedia ( ) Meacutedia alta ( ) Alta

OBSERVACcedilOtildeES

133

AANNEEXXOO 22 ndashndash TTEERRMMOO DDEE CCOONNSSEENNTTIIMMEENNTTOO LLIIVVRREE EE EESSCCLLAARREECCIIDDOO

NOME _______________________________________________________________

1 - ESCLARECIMENTO DAS AVALIACcedilOtildeES

11 Teste de esforccedilo e sessatildeo de exerciacutecios Vocecirc estaraacute realizando 1 teste de esforccedilo em esteira A intensidade teraacute iniacutecio em um niacutevel que vocecirc poderaacute realizar facilmente e seraacute aumentada progressivamente O tempo do teste dependeraacute do seu niacutevel de aptidatildeo fiacutesica Durante a execuccedilatildeo do mesmo devido agrave sensaccedilatildeo de fadiga ou desconforto vocecirc poderaacute solicitar que seja finalizado em qualquer momento que desejar Da mesma forma poderemos parar o teste a qualquer indiacutecio de risco percebido durante o teste

Vocecirc seraacute solicitado tambeacutem a realizar uma sessatildeo de caminhada em esteira durante 20 minutos

12 Dosagem de serotonina triptofano e aminoaacutecidos Seratildeo realizadas 2 coletas de sangue em momentos distintos A primeira ser realizada no preacute-teste em repouso e a segunda no poacutes-teste apoacutes teste de esforccedilo (no caso do Grupo Controle apoacutes 20 minutos em repouso)

13 Avaliaccedilatildeo das caracteriacutesticas fiacutesicas Seratildeo avaliados a massa corporal a estatura e o percentual de gordura (atraveacutes do meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia (DXA))

14 Preenchimento de questionaacuterios e similares Questionaacuterio de Sauacutede e Haacutebitos de Vida Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Questionaacuterio de Qualidade de Vida e Escala de Imagem corporal

2 - RISCOS E DESCONFORTOS POSSIacuteVEIS DURANTE O EXERCIacuteCIO FIacuteSICO Estou ciente da possibilidade de existir certas alteraccedilotildees durante o teste de esforccedilo que podem incluir resposta anormal da pressatildeo arterial desmaios distuacuterbios do riacutetmo cardiacuteaco e em rariacutessimos casos um derrame ou morte Todo esforccedilo seraacute feito para minimizar estes riscos pela avaliaccedilatildeo das informaccedilotildees preliminares relacionadas agrave sua sauacutede e agrave sua aptidatildeo fiacutesica e pelas observaccedilotildees realizadas durante a consulta meacutedica associada a um eletrocardiograma em repouso

3 - RESPONSABILIDADES DO PARTICIPANTE Responder com clareza e veracidade todas as perguntas contidas nos questionaacuterios e testes

A participaccedilatildeo no teste de esforccedilo maacuteximo e exames (no caso do Grupo Experimental)

Informar imediatamente as sensaccedilotildees de desconforto durante o esforccedilo fiacutesico

Proceder de acordo com as instruccedilotildees de dieta alimentar e jejum no periacuteodo que anteceder a coleta de sangue

134

4 -QUESTIONAMENTOS Qualquer pergunta sobre os procedimentos utilizados nos testes exames e treinamento satildeo encorajadas Caso tenha alguma duacutevida ou observaccedilotildees favor nos solicitar explicaccedilotildees adicionais

5 -OS RESULTADOS OBTIDOS E SUA DIVULGACcedilAtildeO Estou ciente que as informaccedilotildees obtidas por meio dos resultados de todos os testes e exames poderatildeo ser utilizadas como dados em pesquisas cientiacuteficas e seratildeo divulgadas em congressos e similares

6 - BENEFIacuteCIOS ESPERADOS A realizaccedilatildeo deste estudo contribuiraacute na accedilatildeo de profissionais da aacuterea de sauacutede dando-lhes maior fundamentaccedilatildeo cientiacutefica dos benefiacutecios advindos da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico em relaccedilatildeo aos idosos Aleacutem de nortear accedilatildeo destes profissionais em divulgar esclarecer e no caso de professores de educaccedilatildeo fiacutesica prescrever com maior seguranccedila um protocolo que possa oferecer maior benefiacutecio para esta faixa etaacuteria

7 - LIBERDADE DE CONSENTIMENTO A sua permissatildeo para participar desta pesquisa eacute voluntaacuteria Vocecirc estaraacute livre para negar este consentimento ou para parar em qualquer momento se assim o desejar

Eu li este termo de consentimento e compreendi os procedimentos que realizarei Estou de acordo em participar desta pesquisa

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG do participante)

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG da testemunha)

Brasiacutelia _______________________

Responsaacutevel pela pesquisa Keila Mordf Dias Carmo Lopes (Fone 3353 2064 cel 9963 2598) Colocircnia Agriacutecola Samambaia Chaacutecara 152 Rua 4 Lote 17

135

AANNEEXXOO 33 ndashndash IacuteIacuteNNDDIICCEE DDEE PPEERRCCEEPPCcedilCcedilAtildeAtildeOO SSUUBBJJEETTIIVVAA DDEE EESSFFOORRCcedilCcedilOO

ESCALA DE BORG

6 (Nenhum esforccedilo real)

7 Muito Muito Leve

8

9 Muito Leve

10

11 Moderada (Razoavelmente)

12

13 Moderada Alta ( Pouco Intenso)

14

15 Intenso (Intensidade Alta)

16

17 Muito Intenso

18

19 Muito Muito Intenso

20 (Esforccedilo maacuteximo) A escala de Borg eacute constituiacuteda por 15 categorias graduadas de 6 a 20 estando cada grau iacutempar relacionado a uma descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido (BORG Gunnar 2000)

136

AANNEEXXOO 44 ndashndash IINNVVEENNTTAacuteAacuteRRIIOO DDEE DDEEPPRREESSSSAtildeAtildeOO DDEE BBEECCKK ((BBDDII))

Este questionaacuterio consiste em 21 grupos de afirmaccedilotildees Depois de ler cuidadosamente

cada grupo faccedila um ciacuterculo em torno do nuacutemero (0 1 2 ou 3) diante da afirmaccedilatildeo em cada

grupo que descreve melhor a maneira como vocecirc tem se sentido nesta semana incluindo

hoje Se vaacuterias afirmaccedilotildees num grupo parecerem se aplicar igualmente bem faccedila um ciacuterculo

em cada uma

Tome o cuidado de ler todas as afirmaccedilotildees em cada grupo antes de fazer a sua escolha 1 0 Natildeo me sinto triste 1 Eu me sinto triste 2 Estou sempre triste e natildeo consigo sair disso 3 Estou tatildeo triste ou infeliz que natildeo consigo suportar 2 0 Natildeo estou especialmente desanimado quanto ao futuro 1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro 2 Acho que nada tenho a esperar

3 Acho o futuro sem esperanccedila e tenho a impressatildeo de que as coisas natildeo podem melhorar 3 0 Natildeo me sinto um fracasso 1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum 2 Quando olho para traacutes na minha vida tudo o que posso ver eacute um monte de fracassos 3 Acho que como pessoa sou um completo fracasso 4 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes 1 Natildeo sinto mais prazer nas coisas como antes 2 Natildeo encontro um prazer real em mais nada 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo 5 0 Natildeo me sinto especialmente culpado 1 Eu me sinto culpado agraves vezes 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo 3 Eu me sinto sempre culpado 6 0 Natildeo acho que esteja sendo punido 1 Acho que posso ser punido 2 Creio que vou ser punido 3 Acho que estou sendo punido 7 0 Natildeo me sinto decepcionado comigo mesmo 1 Estou decepcionado comigo mesmo 2 Estou enojado de mim 3 Eu me odeio 8 0 Natildeo me sinto de qualquer modo pior que os outros 1 Sou criacutetico em relaccedilatildeo a mim devido a minhas fraquezas ou a meus erros 2 Eu me culpo sempre por minhas falhas 3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece

137

9 0 Natildeo tenho quaisquer ideacuteias de me matar 1 Tenho ideacuteias de me matar mas natildeo as executaria 2 Gostaria de me matar 3 Eu me mataria se tivesse oportunidade 10 0 Natildeo choro mais que o habitual 1 Choro mais agora do que costumava 2 Agora choro o tempo todo

3 Costumava ser capaz de chorar mas agora natildeo consigo mesmo que o queira 11 0 Natildeo sou mais irritado agora do que jaacute fui 1 Fico molestado ou irritado mais facilmente do que costumava 2 Atualmente me sinto irritado o tempo todo 3 Absolutamente natildeo me irrito com as coisas que costumavam irritar-me 12 0 Natildeo perdi o interesse nas outras pessoas 1 Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas 2 Perdi a maior parte do meu interesse nas outras pessoas 3 Perdi todo o meu interesse nas outras pessoas 13 0 Tomo decisotildees mais ou menos tatildeo bem como em outra eacutepoca 1 Adio minhas decisotildees mais do que costumava 2 Tenho maior dificuldade em tomar decisotildees do que antes 3 Natildeo consigo mais tomar decisotildees 14 0 Natildeo sinto que minha aparecircncia seja pior do que costumava ser 1 Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos 2 Sinto que haacute mudanccedilas permanentes em minha aparecircncia que me fazem parecer sem

atrativos 3 Considero-me feio 15 0 Posso trabalhar mais ou menos tatildeo bem quanto antes 1 Preciso de um esforccedilo extra para comeccedilar qualquer coisa 2 Tenho de me esforccedilar muito ateacute fazer qualquer coisa 3 Natildeo consigo fazer nenhum trabalho 16 0 Durmo tatildeo bem quanto de haacutebito 1 Natildeo durmo tatildeo bem quanto costumava

2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que de haacutebito e tenho dificuldade para voltar a dormir

3 Acordo vaacuterias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade para voltar a dormir 17 0 Natildeo fico mais cansado que de haacutebito 1 Fico cansado com mais facilidade do que costumava 2 Sinto-me cansado ao fazer qualquer coisa 3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa 18 0 Meu apetite natildeo estaacute pior do que de haacutebito 1 Meu apetite natildeo eacute tatildeo bom quanto costumava ser 2 Meu apetite estaacute muito pior agora 3 Natildeo tenho mais nenhum apetite 19 0 Natildeo perdi muito peso se eacute que perdi algum ultimamente 1 Perdi mais de 25 Kg 2 Perdi mais de 5 Kg 3 Perdi mais de 75 Kg Estou deliberadamente tentando perder peso comendo menos SIM ( ) NAtildeO ( )

138

20 0 Natildeo me preocupo mais que o de haacutebito com minha sauacutede 1 Preocupo-me com problemas fiacutesicos como dores e afliccedilotildees ou perturbaccedilotildees no estocircmago ou

prisatildeo de ventre 2 Estou muito preocupado com problemas fiacutesicos e eacute difiacutecil pensar em outra coisa que natildeo isso 3 Estou tatildeo preocupado com meus problemas fiacutesicos que natildeo consigo pensar em outra coisa 21 0 Natildeo tenho observado qualquer mudanccedila recente em meu interesse sexual 1 Estou menos interessado por sexo que costumava 2 Estou bem menos interessado em sexo atualmente 3 Perdi completamente o interesse por sexo

139

AANNEEXXOO 55 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE QQUUAALLIIDDAADDEE DDEE VVIIDDAA

((WWHHOOQQOOLLndashndash bbrreeff))

Nome___________________________________________________ Modalidade ________________________________________ Este questionaacuterio eacute sobre como vocecirc se sente a respeito de sua qualidade de vida sauacutede e outras aacutereas de sua vida Por favor responda a todas as questotildees Se vocecirc natildeo tem certeza sobre que resposta dar em uma questatildeo por favor escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada Esta muitas vezes poderaacute ser sua primeira escolha Por favor tenha em mente seus valores aspiraccedilotildees prazeres e preocupaccedilotildees Noacutes estamos perguntando o que vocecirc acha de sua vida tomando como referecircncia as duas uacuteltimas semanas Por favor leia cada questatildeo veja o que vocecirc acha e circule no nuacutemero e lhe parece a MELHOR RESPOSTA 1- Como vocecirc avaliaria sua qualidade de vida muito ruim Ruim nem ruim nem boa boa muito boa 1 2 3 4 5

2-Quatildeo satisfeito vocecirc estaacute com a sua sauacutede

muito insatisfeito Insatisfeito nem satisfeito nem insatisfeito satisfeito muito satisfeito

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes satildeo sobre o quanto vocecirc tem sentido algumas coisas nas uacuteltimas duas semanas 3-Em que medida vocecirc acha que sua dor (fiacutesica) impede vocecirc de fazer o que vocecirc precisa nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

4-O quanto vocecirc precisa de algum tratamento meacutedico para levar sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

5- O quanto vocecirc aproveita a vida nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

6- Em que medida vocecirc acha que a sua vida tem sentido nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

7- O quanto vocecirc consegue se concentrar nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

8- Quatildeo seguro(a) vocecirc se sente em sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

9- Quatildeo saudaacutevel eacute o seu ambiente fiacutesico (clima barulho poluiccedilatildeo atrativos) nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

140

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo completamente vocecirc tem sentido ou eacute capaz de fazer certas coisas nestas uacuteltimas duas semanas 10- Vocecirc tem energia suficiente para seu dia-a- dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

11- Vocecirc eacute capaz de aceitar sua aparecircncia fiacutesica nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

12- Vocecirc tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

13- Quatildeo disponiacuteveis para vocecirc estatildeo as informaccedilotildees que precisa no seu dia-a-dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

14- Em que medida vocecirc tem oportunidades de atividade de lazer nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo bem ou satisfeito vocecirc se sentiu a respeito de vaacuterios aspectos de sua vida nas uacuteltimas duas semanas 15- Quatildeo bem vocecirc eacute capaz de se locomover

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 16- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu sono

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 17- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 18- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade para o trabalho

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 19- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute consigo mesmo

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 20- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com suas relaccedilotildees pessoais (amigos parentes conhecidos colegas)

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 21- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua vida sexual

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 22- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o apoio que vocecirc recebe de seus amigos

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5

141

23- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com as condiccedilotildees do local onde mora

muito ruim ruim Nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 24- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu acesso aos serviccedilos de sauacutede

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 25- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu meio de transporte

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes referem-se a com que frequumlecircncia vocecirc sentiu ou experimentou certas coisas nas uacuteltimas duas semanas 26- Com que frequumlecircncia vocecirc tem sentimentos negativos tais como mau humor desespero ansiedade depressatildeo

nunca Algumas vezes frequumlentemente muito frequumlentemente sempre

1 2 3 4 5

Algueacutem lhe ajudou a preencher este questionaacuterio ( ) Sim ( ) Natildeo

Quanto tempo vocecirc levou para preencher este questionaacuterio _________________

Vocecirc tem algum comentaacuterio sobre o questionaacuterio

OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO

142

AANNEEXXOO 66 ndashndash EESSCCAALLAA DDEE AAVVAALLIIAACcedilCcedilAtildeAtildeOO DDAA IIMMAAGGEEMM CCOORRPPOORRAALL

NOME______________________________________________________ IDADE ____________ M C _________ Gord ________ IMC ___________

A seguir vocecirc tem uma seacuterie de 9 silhuetas femininas Observe

cuidadosamente cada uma das figuras e responda Qual o nuacutemero da figura

correspondente agraves seguintes perguntas Lembre que natildeo haacute respostas certas ou

erradas (Adaptado de SORENSEN e STUNKARD 1993)

1- Qual aparecircncia fiacutesica mais se parece com vocecirc ATUALMENTE 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 2- Qual aparecircncia fiacutesica que vocecirc GOSTARIA DE TER 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 3- Qual aparecircncia fiacutesica vocecirc tinha HAacute UM ANO ATRAacuteS 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 4- Avaliaccedilatildeo do avaliador 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 5- Vocecirc estaacute satisfeita com sua aparecircncia atual

( ) sim ( ) natildeo

6- Vocecirc acha que sua aparecircncia se aproxima com os padrotildees de beleza ditados pela miacutedia

( ) sim ( ) natildeo

143

7- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma dieta para o controle do peso corporal

( ) sim ( ) natildeo

8- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma cirurgia plaacutestica visando melhoria da esteacutetica corporal

( ) sim ( ) natildeo

9- Vocecirc realizaria caso fosse disponibilizado gratuitamente uma ou mais uma intervenccedilatildeo

ciruacutergica plaacutestica com fins esteacuteticos

( ) sim ( ) natildeo

144

AANNEEXXOO 77 ndashndash MMIINNEE-- EEXXAAMMEE DDOO EESSTTAADDOO MMEENNTTAALL ndashndash ((MMMMSSEE))

NOME DO SUJEITO 1) ORIENTACcedilAtildeO TEMPORAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) ANO ESTACcedilAtildeO MEcircS DIA DIA DA SEMANA TOTAL 2) ORIENTACcedilAtildeO ESPACIAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) CIDADE ESTADO BAIRRO LOCAL ANDAR OU PREacuteDIO TOTAL 3) REGISTRO MOSTRE AS 3 IMAGENS E PECcedilA AO SUJEITO PARA NOMEAacute-LAS (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL 4) CAacuteLCULO PECcedilA AO SUJEITO PARA SUBTRAIR 7 DE CADA UM DOS NUacuteMEROS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) 100 (R = 93) 93 (R = 86) 86 (R = 79) 79 (R = 72) 65 (R = 65) TOTAL 5) EVOCACcedilAtildeO PECcedilA AO SUJEITO PARA RELEMBRAR QUAIS FORAM OS TREcircS OBJETOS DA QUESTAtildeO ANTERIOR (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL

145

6) LINGUAGEM 1 MOSTRE UM RELOacuteGIO E UMA CANETA AO SUJEITO E PECcedilA PARA ELE NOMEAacute-LAS (TOTAL = 2 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) RELOacuteGIO CANETA TOTAL 7) LINGUAGEM 2 PECcedilA AO SUJEITO PARA REPETIR A FRASE NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute (TOTAL = 1 PONTO) NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute TOTAL 8) LINGUAGEM 3 VOCEcirc IRAacute DAR UM COMANDO VERBAL AO SUJEITO E PEDIR QUE ELE SIGA AS SEGUINTES ORDENS PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO E COLOQUE-O EM CIMA DA MESA (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA ORDEM SEGUIDA CORRETAMENTE)

PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO COLOQUE EM CIMA DA MESA TOTAL 9) LINGUAGEM 4 PECcedilA AO SUJEITO QUE OBEDECcedilA AO COMANDO QUE ESTARAacute NA PLACA COM A SEGUINTE ORDEM ldquoFECHE OS OLHOSrdquo (TOTAL = 1 PONTO) FECHE OS OLHOS TOTAL 10) LINGUAGEM 5 PECcedilA AO SUJEITO PARA ESCREVER UMA FRASE COMPLETA (TOTAL = 1 PONTO) FRASE COMPLETA TOTAL 11) LINGUAGEM 6 DEcirc UMA FOLHA EM BRANCO AO SUJEITO MOSTRE O DESENHO ABAIXO E PECcedilA PARA QUE ELE COPIE (TOTAL = 1 PONTO)

COacutePIA DO DESENHO TOTAL ESCORE GERAL DO TESTE

146

147

148

AANNEEXXOO 99

149

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 11

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P GC Preacute 15146 plusmn 5492 1545 04532 G90LA Poacutes 17558 plusmn 5492 -337 09041 Preacute 12849 plusmn 2356 3842 00241 GLA Poacutes 15203 plusmn 4287 2018 04275 Preacute 10984 plusmn 2673 5707 00029 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6519 00099 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 3613 00770 Poacutes 12763 plusmn 3357 4458 00710 Poacutes2 11447 plusmn 4297 3173 00940

00247 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 3848 Poacutes 13052 plusmn 2934 4168 00663 Poacutes2 12022 plusmn 1698 2598 00244

GLA Preacute 12849 plusmn 2356 2297 02123 G90LA Poacutes 15203 plusmn 4287 2355 03553 Preacute 10984 plusmn 2673 4162 00377 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6856 00072 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 2067 03392 Poacutes 12763 plusmn 3357 4795 00536 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 2303 02081 Poacutes 13052 plusmn 2934 4505 00486 GLA Preacute 10984 plusmn 2673 1865 01609 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 4501 00262 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -230 08899 Poacutes 12763 plusmn 3357 2440 02256 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 005 09966 Poacutes 13052 plusmn 2934 2150 02415

Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -2095 02360 G90PCR Poacutes 12763 plusmn 3357 -2061 02040 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -1860 01790 Poacutes 13052 plusmn 2934 -2351 01131 Gmax GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -290 08877 Poacutes 13052 plusmn 2934 235 08519 Poacutes2 12022 plusmn 1698 -575 07157

p le 005 ple 001 ndash Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

150

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 22

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P

GC Preacute 49553 plusmn 16146 12195 01673 G90LA Poacutes 54339 plusmn 16146 6246 04558 Preacute 46411 plusmn 8074 15336 00223 GLA Poacutes 51918 plusmn 14224 8867 02782 Preacute 39965 plusmn 9746 21783 00037 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 18391 00195 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 16234 00250 Poacutes 40323 plusmn 11663 20263 00130 Poacutes2 35493 plusmn 9993 24729 00004 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 15895 00147 Poacutes 45691 plusmn 10569 14894 00399 Poacutes2 41730 plusmn 8746 18492 00017

GLA Preacute 46411 plusmn 8074 3141 06660 G90LA Poacutes 51918 plusmn 14224 2421 07550 Preacute 39965 plusmn 9746 9588 02149 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 12145 00998 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 4039 06009 Poacutes 40323 plusmn 11663 14016 00664 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 3700 05956 Poacutes 45691 plusmn 10569 8648 02060 GLA Preacute 39965 plusmn 9746 6446 01717 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 9724 01473 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 897 08526 Poacutes 40323 plusmn 11663 11595 00963 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 559 08914 Poacutes 45691 plusmn 10569 6226 03182

Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 -5549 02968 G90PCR Poacutes 40323 plusmn 11663 1871 07453 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -5887 02021 Poacutes 45691 plusmn 10569 -3497 05126 Gmax GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -338 09430 Poacutes 45691 plusmn 10569 -5369 03351

Poacutes2 41730 plusmn 8746 -6237 01900

p le 005 ple 001 ple 0001 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

151

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 33

Tabelandash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 03058 plusmn 01787 00668 04326 G90LA Poacutes 02752 plusmn 00941 01022 00677 Preacute 03406 plusmn 01851 00320 07102 GLA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00340 06476 Preacute 03391 plusmn 00889 00335 05969 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00178 08039 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00571 04149 Poacutes 03205 plusmn 01520 00568 04080 Poacutes2 03167 plusmn 00873 0078 01126 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00813 01761 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00808 01249 Poacutes2 04409 plusmn 00801 -00462 02991

GLA Preacute 03406 plusmn 01851 -00348 07077 G90LA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00681 03446 Preacute 03391 plusmn 00889 -00333 09838 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -01200 05501 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -01239 01245 Poacutes 03205 plusmn 01520 -00453 04853 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01482 00388 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01830 00011 GLA Preacute 03391 plusmn 00889 00015 06442 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00519 00965 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00891 02708 Poacutes 03205 plusmn 01520 00228 07833 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01134 01132 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01149 01040

Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00906 01058 G90PCR Poacutes 03205 plusmn 01520 00747 03631 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01149 00124 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00629 03426 Gmax GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00242 06217 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01377 00376

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos Poacutes2 04409 plusmn 00801 -01242 00080

152

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 44

p le 005 ple 001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

Tabela ndash Compara

ccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 01094 plusmn 00459 -00171 03536 Poacutes 01057 plusmn 00547 -00019 09313 GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00016 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00024 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00017 08995 Poacutes 00997 plusmn 00394 00040 08235 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00285 00818 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00049 08348 Poacutes2 00998 plusmn 00326 -00055 06946 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00333 00017 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00263 00552 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00329 00016 G90LA GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00188 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00043 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 00154 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00059 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00113 05976 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00029 09174 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00162 03312 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00244 02349 GLA G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00033 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00016 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00301 01453 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00073 07935 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00350 00290 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00287 01499 G90PCR Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00268 01406 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00089 07229 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00316 00149 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00303 00631 Gmax GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00048 07216 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00214 03161 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00274 00364

  • A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e confiar quando tantos desconfiaram
    • BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007
      • FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999
        • Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986
        • NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002
          • Nome_________________________________________________________________
            • 20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia
            • OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO
                • NOME______________________________________________________
                • ANO
                  • ESTACcedilAtildeO
                    • CIDADE
                    • PENTE
                    • PENTE
                    • RELOacuteGIO
                    • NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute
                    • PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA
                    • FECHE OS OLHOS
                    • FRASE COMPLETA
                    • COacutePIA DO DESENHO
Page 5: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

v

AAGGRRAADDEECCIIMMEENNTTOOSS

A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade

oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e

confiar quando tantos desconfiaram

Ao meu esposo por compreender minha ausecircncia por torcer e investir em meu

crescimento profissional por representar muitas vezes sozinho nossa famiacutelia sem

ao menos questionar e por incentivar quando as forccedilas esmoreciam

Aos meus filhos por serem quem satildeo tatildeo corretos e bons filhos e permitirem uma

matildee como eu querer sonhar e andar em busca de novos rumos Principalmente agrave

Stefanie filha e futura colega por me ajudar nas coletas dos dados com eficiecircncia e

boa vontade

Ao professor Dr Jocircnatas de Franccedila Barros orientador querido pela competecircncia e

serenidade e por estar sempre de portas abertas a despeito de suas atribuiccedilotildees e

por acreditar na medida certa

Ao professor Dr Ricardo Jacoacute de Oliveira co-orientador por ser amigo antes de

tudo e por abrir portas e oportunidades com confianccedila e exemplo de competecircncia

A Profa Dra Mariana S de Castro do Instituto de Biologia da UnB por sua

incomparaacutevel dedicaccedilatildeo profissional e por orientar com o coraccedilatildeo

A Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia por autorizar a utilizaccedilatildeo de suas instalaccedilotildees para

a realizaccedilatildeo das coletas de dados

Ao Laboratoacuterio Hermes Pardini pela adequaccedilatildeo dos valores referentes agraves dosagens

dos analiacuteticos investigados neste estudo

A Maria Joseacute Teixeira carinhosamente conhecida por Zezeacute pela gentileza de nos

presentear com a revisatildeo ortograacutefica deste trabalho

Aos profissionais do laboratoacuterio de anaacutelises clinicas do Hospital da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia em especial ao Dr Rico pela atenccedilatildeo e orientaccedilotildees teacutecnicas

sobre os procedimentos de coleta

Aos meus alunos da UNIP Roberto Paiva Beth e principalmente Andreacute Rosa pela

contribuiccedilatildeo nas coletas de dados

vi

Aos meus amigos mestrandos e doutorandos da UCB agrave Alessandra por estenderem

a matildeo em momentos de necessidade pela companhia e amizade

Ao Prof Ms Ricardo Moreno teacutecnico do LEEFS-UCB pela amizade por sua ajuda

competente e orientaccedilatildeo

A enfermeira Valquiacuteria por seu carinho ao atender as idosas durante as coletas

Aos Profs do Programa de Ginaacutestica nas Quadras pela amizade e por suprirem

minha ausecircncia quando precisei e aos meus alunos queridos pelo incentivo razatildeo

de meu interesse em continuar estudando

A aluna Francisca Miranda por sua ajuda incondicional nas coletas de sangue

durante o estudo piloto

Aos Profs da UNIP pelo coleguismo e incentivo Ao Prof Ms Pedro Paulo pela

compreensatildeo em adequar os horaacuterios agraves minhas necessidades

Agraves idosas que participaram desta investigaccedilatildeo por tratar-me como filha pela

assiduidade responsabilidade e atenccedilatildeo desinteressada A todas vocecircs deixo o meu

respeito meu carinho e um sentimento profundo de agradecimento

vii

Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores por aquEle que nos amou Porque estou certo de quenem a morte nem a vida nem anjos nem principadosnem coisas presentes nem futuras nem potestadesnem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura nos poderaacute separar do amor de Deusque estaacute em Cristo Jesus nosso Senhorrdquo

(Rm 83739)

viii

LLIISSTTAA DDEE AABBRREEVVIIAACcedilCcedilOtildeOtildeEESS EE SSIIGGLLAASS

5-HIAA Aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico - principal metaboacutelito da 5-HT

5-HT 5- Hidroxitriptamina ou serotonina

AAN Aminoaacutecidos neutros (AACR + AAA)

AACR Aminoaacutecidos de Cadeira Ramificada (Valina Leucina e Isoleucina)

AAA Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (Tirosina e Fenilalanina)

ACSM American College of Sports Medicine

AL Aacutecido Laacutetico

AVAD Anos de vida perdidos por morte prematura ou por ldquodescapacidadesrdquo

BNDF Brain- Derived Neurotrophic Factor

CC Circunferecircncia de Cintura

CID 10 Deacutecima versatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional das Doenccedilas

DEXA Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia

EDTA Aacutecido etilenodiaminotetraaceacutetico

et al e outros

FC Frequumlecircncia Cardiacuteaca

GC Grupo Controle

G10LA Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio

GLA Grupo Experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade do limiar anaeroacutebio

G90PCR Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Gmax Grupo experimental submetido a um teste cardiovascular maacuteximo

GLA1h Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio por um periacuteodo de 1h

h hora

HPLC-FD High-performance liquid chromatographic Fluorometric Detection

(Cromatografia liacutequida de alta performance com detector de

fluorescecircncia)

ix

BDI Beck Depression Inventory (Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck)

IMC Iacutendice de massa corporal

IPE Iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (escala de Borg)

LA Limiar anaeroacutebio (neste estudo considerado equivalente ao LV)

LL Limiar laacutetico

LV Limiar ventilatoacuterio

MAO Monoaminaoxidase

mg miligrama

min minuto

ml mililitro

nm Nanograma

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

RCQ Relaccedilatildeo cintura quadril

SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia

SNC Sistema nervoso central

TC Teste de carga

TRP Triptofano (aminoaacutecido essencial precursor da 5-TH)

TRP-L Triptofano livre (desligado da albumina)

UCB Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

max Consumo maacuteximo de oxigecircnio VO2

VO2 pico Pico de Consumo de oxigecircnio GC Percentual de gordura corporal

x

LLIISSTTAA DDEE FFIIGGUURRAASS

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina34

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas 35

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na Fadiga Perifeacuterica e Fadiga Central 42

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do Programa de atendimento ao idoso do

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF onde foi realizada a seleccedilatildeo da

amostra)62

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da Composiccedilatildeo Corporal atraveacutes do meacutetodo de

Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na

Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (UCB-DF) 64

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante

teste incremental maacuteximos avaliada no LEEFS ndash UCB-DF 65

Figura 7 ndash Escala de silhuetas Sorensen amp Stunkard (1993) 68

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por

domiacutenios e facetas 69

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob

estiacutemulo de estresse106

xi

LLIISSTTAA DDEE TTAABBEELLAASS

Tabela 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que

apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT xviii

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados

aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA

GLA1h G90LA e Gmax) 59

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio-padratildeo) das variaacuteveis da amostra 74

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvios-padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o

teste de potecircncia aeroacutebia 76

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio-padratildeo do Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva

de esforccedilo durante teste de carga 76

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio-padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da

amostra distribuiacutedos por silhuetas 77

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal 79

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance

cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e

consumo pico (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina

em repouso 81

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2)

VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) 82

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intragrupo (preacute e poacutes-testes) das variaacuteveis Serotonina

Triptofano os Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia

Ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos

experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h) 83

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-

teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2

das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h 84

xii

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 86

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 88

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Prolactina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 89

xiii

LLIISSTTAA DDEE GGRRAacuteAacuteFFIICCOOSS

Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ

GC CC e IMC) apresentadas por mulheres idosas participantes

deste estudo 75

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos)

da performance cognitiva (Avaliado) e dos valores de referecircncia

(Esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte 77

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como imagem

corporal real e imagem corporal ideal 78

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

por silhuetas (S) de 1 a 9 79

Graacutefico 5 ndash Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (Fis) psicoloacutegico (Psic)

social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral

obtida entre estes domiacutenios 80

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de

depressatildeo 80

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano

da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo 81

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis

serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 85

Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 87

Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

Prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 88

xiv

Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de AACR

e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 91

Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste da relaccedilatildeo do Triptofano

e Aminoaacutecidos Aromaacuteticos e do Triptofano com os Aminoaacutecidos de

Cadeia Ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 92

xv

LLIISSTTAA DDEE AANNEEXXOOSS

Anexo 1 ndash Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 130

Anexo 2 ndash Termo de consentimento livre e esclarecido133

Anexo 3 ndash Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo 135

Anexo 4 ndash Inventaacuterio de depressatildeo de Beck (BDI) 136

Anexo 5 ndash Questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOLndashbref)139

Anexo 6 ndash Escala de avaliaccedilatildeo da imagem corporal142

Anexo 7 ndash Mine-exame do estado mental ndash (MMSE)144

Anexo 8 ndash Declaraccedilatildeo de ciecircncia institucional 146

Anexo 9 ndash Processo de anaacutelise do projeto de pesquisa 148

xvi

LLIISSTTAA DDEE AAPPEcircEcircNNDDIICCEESS

Apecircndice 1 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os

grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 149

Apecircndice 2 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada

(AACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos

os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 150

Apecircndice 3 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos

(TRPAAA) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre

todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos

GC Gmax e GLA1h 151

Apecircndice 4 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste

(poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre

os grupos GC Gmax e GLA1h 152

xvii

GGLLOOSSSSAacuteAacuteRRIIOO

Neste estudo foram adotados os seguintes constructos1

Aeroacutebio na presenccedila de oxigecircnio livre

Anaeroacutebio ausecircncia de oxigecircnio livre

Atividade fiacutesica qualquer movimento corporal produzido por muacutesculos e que

resulta em maior dispecircndio de energia

Carboxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de CO2 catalisado por uma enzima que

utiliza biotina como grupo prosteacutetico

Deaminaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de um grupo amino (NH2)

Efeitos agudos ou respostas agudas ao exerciacutecio alteraccedilotildees sistecircmicas

orgacircnicas e celulares que ocorrem na mesma escala temporal que uma sessatildeo

simples de exerciacutecio

Efeitos crocircnicos ou respostas crocircnicas ao exerciacutecio alteraccedilotildees celulares

orgacircnicas e sistecircmicas que se mantecircm por um periacuteodo de tempo apoacutes ou como

consequumlecircncia do treinamento fiacutesico

Exerciacutecio uma subclasse da atividade fiacutesica ou seja eacute uma atividade fiacutesica

planejada estruturada repetitiva e proposital

Hidroxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de um grupo de hidroxila (OH) a uma

moleacutecula

Limiar anaeroacutebio primeiro limiar ventilatoacuterio corresponde ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas)

Oxidaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de eleacutetrons de um aacutetomo Eacute sempre

acompanhada de uma reduccedilatildeo

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio considerado neste estudo como o segundo

limiar ventilatoacuterio referente ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e

PETO2 coincidiram com a queda de PETCO2

Substrato moleacutecula reativa ou reagente em uma reaccedilatildeo catalisada por enzima

O termo constructo eacute aqui usado conforme a definiccedilatildeo de LAKATOS amp MARCONI (2003) () constructo eacute um conceito e deliberadamente inventado ou adotado com um propoacutesito cientiacutefico () (LAKATOS amp MARCONI 2003 p 104)

xviii

RREESSUUMMOO

Objetivos 1) Identificar o perfil antropomeacutetrico (PA) e psicomeacutetrico (PP) da amostra e 2) verificar o efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre as alteraccedilotildees perifeacutericas do sistema serotonineacutergico atraveacutes das concentraccedilotildees da serotonina (5-HT) e do triptofano (TRP) e de possiacuteveis alteraccedilotildees centrais atraveacutes da prolactina (PROL) e das relaccedilotildees entre o TRP e aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e aminoaacutecidos de cadeira ramificada (AACR) Meacutetodo A amostra constituiacuteda por idosas ativas (n=49 6406plusmn37 anos VO2pico= 2068plusmn249) foi dividida para um grupo controle (GC) e cinco grupos experimentais (GEs) submetidos a exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90 do limiar anaeroacutebio (LA) no LA e a 90 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA GLA e G90PCR respectivamente) a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax) e a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo no LA (GLA1h) A descriccedilatildeo do PA foi avaliada atraveacutes do iacutendice de massa corporal (IMC) relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) circunferecircncia de cintura (CC) e percentual de gordura corporal (IMC RCQ CC e GC - DEXA respectivamente) O PP foi avaliado atraveacutes da performance cognitiva (PC) da imagem corporal (IC) dos niacuteveis de qualidade de vida (QV) e de depressatildeo (ND) (MMSE escala de silhueta WHOQOL-bref e BDI respectivamente) Os resultados do PA indicaram IMC= 2655plusmn294 kgm2 RCQ= 087plusmn005 cm CC= 9142plusmn770 cm GC= 3666plusmn48 Para PP percebeu-se uma PC preservada (MMSE=256plusmn37) um alto niacutevel de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal (ple0001) onde 4286 indicaram a silhueta 3 como IC ideal A meacutedia de QV foi de 6818 e a meacutedia dos ND foi de 1018 Para as anaacutelises bioquiacutemicas apenas trecircs dos GEs apresentaram acreacutescimo (pgt005) das concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico observadas atraveacutes da PROL

Tabela 1 - Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT

Grupo Momento 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Preacute x Poacutes Poacutes x Poacutes2 Preacute x Poacutes2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GLA1h Preacute x Poacutes 492 368 1089 162 035 092 Poacutes x Poacutes2 Preacute x Pos2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GPCR Preacute x Poacutes 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreacutescimo = Acreacutescimo 5-HT= Serotonina TRP= Triptofano PROL= Prolactina AAA= Aminoaacutecidos aromaacuteticos e AACR= Aminoaacutecidos de cadeia ramificada Conclusatildeo As idosas apresentaram indicativos de obesidade e risco para doenccedilas relacionadas ao acuacutemulo de gordura insatisfaccedilatildeo com a IC adequaccedilatildeo da PC bom niacutevel de QV e indicativos de depressatildeo leve Respostas bioquiacutemicas indicaram que sessotildees de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo soacute promovem alteraccedilotildees (ple005) do sistema serotonineacutergico quando de alta intensidade ou de intensidade moderada e duraccedilatildeo de 1h Apesar de possiacuteveis benefiacutecios advindos de exerciacutecios de intensidades maacuteximas os submetidos entre o primeiro e segundo LA e de duraccedilatildeo acima de 20 min podem ser mais apropriadas para interferir nas concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de idosos presumivelmente relacionadas com a aquisiccedilatildeo de sauacutede mental

xix

AABBSSTTRRAACCTT

Purposes 1) Identify volunteers anthropometric (AS) and psychometric (PS) status and 2) verify the dose-response effects of cardiovascular physical exercise of different intensities and duration on the peripheral alterations of the serotoninergic system through serotonin (5-HT) and tryptophan (TRP) concentrations and the possible central alterations through prolactin (PROL) and the ration between TRP and aromatic (AAA) and branched-chain amino acids (AACR) Methods Sample was composed by active older women (n=49 6406plusmn37 years VO2max= 2068plusmn249) who were divided for a control group (CG) and five experimental groups (EGs) submitted to treadmill exercises 20 minutes of duration under intensities of 90 of anaerobic threshold (AT) 100 of AT and 90 of the respiratory compensation point (G90AT GAT and G90RCP respectively) and a maximal exercise test (Gmax) and to a walking for one hour in the AT (GAT1h) The description of AS was evaluated by the body mass index (BMI) waist to hip ratio (WHR) waist circunference (WC) and percent body fat (BF - DEXA) and PS was measured by the cognitive performance (CP) body image (BI) quality of life levels (QLL) and depression (DL) (MMSE silhouette scale WHOQOL- bref e BDI respectively) AS results indicated a BMI = 2655plusmn294 kgm2 WHT= 087plusmn005 cm WC= 9142plusmn770 cm BF= 3666plusmn48 For PS it was observed a preserved CP (MMSE=256 plusmn37) a high level of dissatisfaction in relation to body image (ple0001) in which 4286 indicated the silhouette 3 as the ideal BI The mean QLL was 6818 and the DL mean was 1018 In relation to the biochemistry analyses only three of the EGs presented increases (pgt005) of the central serotoninergic system concentrations (PROL)

Table 1 ndash Percent distribution of the alterations promoted by EGs that presented increases in the central 5HT concentrations

Groups Moment 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Pre x Post Post x Post2 Pre x Post2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GAT1h Pre x Post 492 368 1089 162 035 092 Post x Post2 Pre x Post2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GRCP Pre x Post 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreases = Increases 5-HT= Serotonin TRP= tryptophan PROL= Prolactin AAA= Aromatic Aminoacids and AACR= Branched-chain Aminoacids Conclusions All volunteers presented indicators of obesity and its related diseases dissatisfaction with BI adequate CP adequate QLL and indexes of light depression Biochemistry responses indicated that short-term exercise sessions promoted alterations (ple005) on serotoninergic system only at high intensity or in the moderate exercises duration of 1 hour Although the it was observed possible positive effects of maximal exercise volunteers that exercised between AT and RCP with duration of more than 20 minutes seems more appropriated to affect central serotoninergic concentrations of older individuals presumably trhough benefits related to mental health

xx

SSUUMMAacuteAacuteRRIIOO

AGRADECIMENTOS v

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS viii

LISTA DE FIGURAS x

LISTA DE TABELAS xi

LISTA DE GRAacuteFICOS xiii

LISTA DE ANEXOS xv

LISTA DE APEcircNDICES xvi

GLOSSAacuteRIO xvii

RESUMO xviii

ABSTRACT xix

SUMAacuteRIO xx

1 INTRODUCcedilAtildeO 24

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA 24

12 PROBLEMA DO ESTUDO 26

13 OBJETIVOS 26

131 Objetivo Geral 26

132 Objetivos Especiacuteficos 27

14 HIPOacuteTESES 27

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO 28

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS 28

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO 29

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 30

xxi

21 ENVELHECIMENTO 30

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO 32

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 33

231 Respostas do Sistemas Serotonineacutergico ao Exerciacutecio Fiacutesico 36

22331111 Alteraccedilotildees na barreira hematoencefaacutelica e exerciacutecios fiacutesicos 37

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergico 38

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o sistema serotonineacutergico 40

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o Sistema Serotonineacutergico 40

232 Sistema serotonineacutergico e a fadiga central 41

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 43

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO 45

2266 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS 4499

27 QUALIDADE DE VIDA 51

28 IMAGEM CORPORAL 55

3 MATERIAL E MEacuteTODO59

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO 59

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO 60

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA 60

331 Primeira fase 61

333 Definiccedilatildeo da Amostra do Estudo 61

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS 62

341 Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 62

342 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 62

3421 Massa corporal 63

3422 Estatura corporal 63

xxii

3423 Percentual de gordura corporal (GC) 63

3424 Iacutendice de massa corporal (IMC) 64

3425 Circunferecircncia de cintura (CC) e relaccedilatildeo da cintura e quadril (RCQ) 64

343 Avaliaccedilatildeo meacutedica 65

344 Teste de potecircncia aeroacutebia (VO2pico) 65

345 Teste de carga 66

3451 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio (LV) 67

346 Caracteriacutesticas psicomeacutetricas 67

3461 Performance cognitiva 67

3462 Imagem corporal 67

3463 Qualidade de vida 68

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo 70

347 Anaacutelises bioquiacutemicas 70

3471 Condiccedilotildees das coletas 70

3472 Dosagens dos analiacuteticos 71

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS 72

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO 72

4 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 74

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 74

411 Perfil antropomeacutetrico da amostra 74

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA 75

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 76

431 Performance cognitiva 76

432 Imagem corporal 77

433 Niacuteveis de qualidade de vida 79

xxiii

434 Niacuteveis de depressatildeo 80

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 82

441 Serotonina 85

442 Triptofano 86

443 Prolactina 88

444 Aminoaacutecidos aromaacuteticos e aminoaacutecidos de cadeia ramificada 90

5 DISCUSSAtildeO 93

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 93

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 94

521 Performance cognitiva 94

522 Imagem corporal 96

523 Qualidade de vida 98

524 Niacuteveis de depressatildeo 99

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 100

6 CONCLUSAtildeO 108

7 SUGESTOtildeES PARA NOVOS ESTUDOS 110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS111

24

11 IINNTTRROODDUUCcedilCcedilAtildeAtildeOO

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA

Um dos maiores desafios da sauacutede puacuteblica mundial eacute promovido pelo

crescimento desenfreado da populaccedilatildeo idosa que totalizava em 2002 um

nuacutemero de 629 milhotildees de idosos em todo o mundo (ONU 2002) O Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica baseado em dados obtidos em 2001

projetou para 2020 um aumento expressivo dessa parcela populacional que

deslocaraacute o Brasil da 16ordf para a 6ordf classificaccedilatildeo em nuacutemero de idosos na escala

mundial (IBGE 2001)

Vaacuterios satildeo os decliacutenios e as adaptaccedilotildees que o indiviacuteduo vivencia agrave medida que

o anos se acumulam Manifestaccedilotildees de desgastes podem favorecer respostas

multivariadas durante esse processo podendo interferir na composiccedilatildeo corporal

(BARBOSA et al 2001) na aptidatildeo fiacutesica na construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da imagem

corporal (MATSUO et al 2007) no desempenho cognitivo (CASSILHAS et al 2007

BIXBY et al 2007) e na percepccedilatildeo de qualidade de vida (ACSM 1998) do idoso

Maior atenccedilatildeo deve ser concedida a este fenocircmeno pois sabe-se que a

reduccedilatildeo das respostas fisioloacutegicas podem fragilizar o organismo do idoso e reduzir a

quantidade e qualidade do desempenho do Sistema Nervoso Central (PEacuteREZ 1994

OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mais que deformaccedilotildees morfoloacutegicas satildeo promovidas pela neurobiologia do

envelhecimento Alteraccedilotildees na estrutura quiacutemica cerebral de ceacutelulas nervosas satildeo do

mesmo modo observadas Um decliacutenio das enzimas responsaacuteveis pela siacutentese de

substacircncias neurotransmissoras eacute desencadeado provocando uma queda de suas

concentraccedilotildees Esse desequiliacutebrio induz ao aumento das atividades das enzimas

responsaacuteveis pela catabolizaccedilatildeo destas substacircncias reduzindo sua disponibilidade

(TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998 e OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mesmo na ausecircncia de doenccedilas o desempenho fisioloacutegico do sistema

serotonineacutergico se altera com o avanccedilar da idade Decliacutenios acentuados induzidos

25

pela reduccedilatildeo da integridade funcional desse sistema satildeo presumivelmente

responsaacuteveis pela causa ou atuam como co-fator de desordens neurodegenerativas e

psiquiaacutetricas como a depressatildeo (MORAN 2003 DUNN amp DISHMAN 1991) Todavia

em menor escala esses decliacutenios podem expor o indiviacuteduo idoso a uma maior

fragilidade e tornaacute-lo vulneraacutevel a doenccedilas (NIEMAN 1999 FEKKES 2003

GOLDBERG SMITH BARNES et al 2003)

A depressatildeo eacute considerada como um transtorno crocircnico recorrente de

etiologia multifatorial com maior prevalecircncia em pessoas do gecircnero feminino

Investigaccedilotildees indicam que maior frequumlecircncia de sintomas depressivos satildeo percebidos

com o avanccedilar da idade (SIlBERMAN SOUZA WILHEMS et al 1995 XAVIER

FERRAZ BERTOLLUCCI et al 2001) chegando a atingir parcela significativa (10)

da populaccedilatildeo de idosos (SNOWDON 2002) De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial

da Sauacutede (OMS 2001) este fenocircmeno epidemioloacutegico atinge a quarta classificaccedilatildeo

entre as 20 doenccedilas de maior AVAD (anos de vida perdidos por morte prematura ou

por ldquodescapacidadesrdquo) Natildeo se sabe ao certo o custo per capta anual de cada

paciente decorrente desta patologia no Brasil poreacutem nos EUA foi estimado um gasto

de cerca de seis mil doacutelares (ZAVASCHI et al 2002)

Desde 1963 Barchas amp Fredman observaram a possibilidade de utilizar o

exerciacutecio fiacutesico como modelo de estresse capaz de alterar os niacuteveis centrais e

perifeacutericos da serotonina Segundo Chaouloff (1997) uma uacutenica sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos dependendo de sua duraccedilatildeo e intensidade pode desencadear mudanccedilas

significativas ou natildeo na siacutentese desse neurotransmissor Entretanto percebe-se que

respostas centrais ou perifeacutericas desses sistemas natildeo se apresentam uniformes nem

lineares diante dos diferentes estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico

apresentados nos estudos que investigam esse problema (DUNN amp DISHMAN 1991)

Trabalhos recentes tecircm indicado que o aumento da exigecircncia metaboacutelica

produzida pelo estresse agudo repetitivo pode resultar em adaptaccedilotildees de diversas

vias nervosas (FERREIRA TUFIK MELLO 2001) inclusive das vias serotonineacutergicas

(OLIEIRA et al 2007) Todavia limitaccedilotildees eacuteticas que impossibilitam anaacutelises

invasivas das alteraccedilotildees centrais e a proacutepria dificuldade encontrada em organizar

realizar e controlar estudos com humanos tecircm restringido o surgimento de

26

intervenccedilotildees que tenham como objetivo a investigaccedilatildeo da anaacutelise aguda deste

evento A maioria absoluta dos estudos relacionados com o exerciacutecio fiacutesico e sistema

serotonineacutergico em humanos tem se restringido agrave relaccedilatildeo desse binocircmio com a

fadiga central nesse sentido a amostra adotada por essas investigaccedilotildees tem sido

formada por indiviacuteduos jovens e atletas (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER 2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005

PROVENZA et al2005 HELGE et al 2007) Natildeo existem na literatura estudos que

investiguem os efeitos agudos do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema serotonineacutergico de

mulheres idosas as possiacuteveis alteraccedilotildees das concentraccedilotildees perifeacutericas e centrais

desse sistema em respostas ao exerciacutecio de duraccedilatildeo e intensidade comuns a essa

populaccedilatildeo satildeo ateacute hoje desconhecidas

Mesmo considerando que a evidente influecircncia positiva exercida pela praacutetica

regular da atividade fiacutesica nos estados de humor possa estar relacionada inclusive

com alteraccedilotildees das concentraccedilotildees serotonineacutergicas e dessa intervenccedilatildeo ter a

possibilidade promissora de atuar como um tratamento alternativo para a aquisiccedilatildeo

da sauacutede mental do idoso a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para pessoas sobre o

processo degenerativo do envelhecimento ainda continua no campo especulativo da

ciecircncia necessitando poreacutem de intervenccedilotildees especificamente desenvolvidas com o

intuito de compreender a amplitude de sua atuaccedilatildeo e estabelecer paracircmetros de

intervenccedilatildeo que sejam cientificamente associados com os efeitos beneacuteficos do

exerciacutecio fiacutesico sobre a sauacutede mental dessa populaccedilatildeo (DUNN amp DISHMAN 1991

HILLMAN SNOOK JEROME 2003 TOMPOROWSKI 2003 COLCOMBE amp KRAMER

2003)

12 PROBLEMA DO ESTUDO

Qual o impacto agudo do exerciacutecio fiacutesico de diferentes intensidades e

duraccedilatildeo sobre o sistema serotonineacutergico e qual intervenccedilatildeo provocaraacute maior

alteraccedilatildeo nas concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico de mulheres idosas

ativas com idade entre 60 e 74 anos residentes em Taguatinga-DF

27

13 OBJETIVOS

131 Objetivo gera131 Objetivo gerall

O objetivo deste estudo constituiu em verificar o efeito agudo do exerciacutecio

fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre alteraccedilotildees

perifeacutericas do sistema serotonineacutergico verificado atraveacutes das concentraccedilotildees

plasmaacuteticas da serotonina e do seu precursor (o triptofano) e de possiacuteveis alteraccedilotildees

centrais verificadas indiretamente atraveacutes das concentraccedilotildees da prolactina em

mulheres idosas ativas com idade entre 60 e 74 anos inscritas em um programa de

extensatildeo de atendimento ao idoso vinculado a Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia-DF

113322 OObbjjeettiivvooss eessppeecciacuteiacuteffiiccooss

1321 Verificar alteraccedilotildees das concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) dos aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e da proporccedilatildeo

desses aminoaacutecidos com o triptofano TRPAACR e TRPAAA

1322 Identificar o perfil antropomeacutetrico da amostra atraveacutes do percentual de

gordura corporal do iacutendice de massa corporal da circunferecircncia de

cintura da relaccedilatildeo cintura e quadril e classificaacute-lo segundo os pontos de

corte estabelecidos nesse estudo para cada variaacutevel

1323 Identificar o perfil psicomeacutetrico da amostra atraveacutes do niacutevel de qualidade

de vida niacuteveis de depressatildeo da performance cognitiva e da imagem

corporal das idosas desse estudo baseado nos pontos de corte dos

instrumentos utilizados para cada variaacutevel

14 HIPOacuteTESESS

141 Quando as sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacuterem-se de uma

mesma duraccedilatildeo os grupos de intensidade mais elevadas apresentaratildeo

maiores alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees da serotonina triptofano e

prolactina

142 As sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacutedas de maior

intensidade e as de maior duraccedilatildeo promoveratildeo maiores alteraccedilotildees nas

concentraccedilotildees dos analiacuteticos dosados nesse estudo

28

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

Compreender a maneira que o exerciacutecio fiacutesico pode interferir nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico de mulheres no processo da senescecircncia

pode ter grande significado nas accedilotildees preventivas e terapecircuticas da sauacutede mental

dessa populaccedilatildeo Uma vez que alteraccedilotildees centrais das concentraccedilotildees desse

neurotransmissor estejam intimamente ligadas com patologias relacionadas com

distuacuterbios do humor performance cognitiva qualidade do sono controle do apetite e

outros (DUNN amp DISHMAN 1991 LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

A anaacutelise do efeito agudo investigado neste estudo poderaacute reduzir a

prescriccedilatildeo empiacuterica do exerciacutecio fiacutesico para fins terapecircuticos aleacutem de contribuir para

a reduccedilatildeo das intervenccedilotildees farmacoloacutegicas e dos efeitos colaterais a elas agregados

aleacutem da reduccedilatildeo dos altos custos decorrentes das intervenccedilotildees tradicionais e da

promoccedilatildeo da subtraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo de serviccedilos da sauacutede puacuteblica (DIMEO et al

2001 MATTER et al 2002 PHILLIPS KIERNAN amp KING 2003)

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS

Para o estudo do sistema serotonineacutergico foram avaliados Os niacuteveis de

serotonina (5-HT) triptofano (TRP) prolactina (PRL) aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) leucina valina e a isoleucina aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

tirosina e a fenilalanina e as relaccedilotildees do triptofano com aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) e aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA)

Para a definiccedilatildeo do perfil antropomeacutetrico da amostra foram avaliadas as

seguintes variaacuteveis o iacutendice de massa corporal (IMC) a relaccedilatildeo cintura e quadril

(RCQ) a circunferecircncia de cintura (CC) e o percentual de gordura corporal (GC)

Para a definiccedilatildeo do perfil psicomeacutetrico da amostra deste estudo foram

avaliadas as seguintes variaacuteveis o niacutevel de qualidade de vida os escores indicativos

de depressatildeo a performance cognitiva e a imagem corporal

29

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO

O alto custo orccedilado para a execuccedilatildeo deste estudo impossibilitou A inclusatildeo

de dosagens de outros marcadores bioquiacutemicos o que facilitaria sobremaneira a

compreensatildeo do cenaacuterio estudado A realizaccedilatildeo de um nuacutemero maior de coletas

por grupos o que possibilitou a realizaccedilatildeo de trecircs momentos de coletas apenas

para os grupos GC GLA1h e Gmax Adicionalmente esse fator limitou um nuacutemero

maior de indiviacuteduos na amostra o que contribuiria significativamente para a

interpretaccedilatildeo compreensatildeo e extrapolaccedilatildeo dos resultados obtidos

Por limitaccedilotildees eacuteticas algumas intervenccedilotildees realizadas para a anaacutelise das

alteraccedilotildees bioquiacutemicas centrais em experimento que utilizam modelo animal natildeo

foram permitidas neste estudo por natildeo estarem seguramente adaptadas ao

modelo humano Nesse sentido tais alteraccedilotildees foram analisadas atraveacutes da

prolactina hormocircnio considerado como marcador perifeacuterico das accedilotildees centrais

desse sistema neurotransmissor

Mesmo concisos da sensibilidade e da flutuaccedilatildeo natural das variaacuteveis

avaliadas decidiu-se pelo presente delineamento de estudo onde os grupos foram

formados por indiviacuteduos diferentes por compreender que seria mais eacutetico uma vez

que o desgaste fiacutesico intervenccedilotildees invasivas e o grande nuacutemero de visitas seria

uma sobrecarga significativa para indiviacuteduos nesta faixa etaacuteria

30

22 RREEVVIISSAtildeAtildeOO DDEE LLIITTEERRAATTUURRAA

21 ENVELHECIMENTO

A Segunda Assembleacuteia Mundial sobre o Envelhecimento realizada pelas

Naccedilotildees Unidas (2002) projetou aumento de 41 entre os anos de 2000 e 2050 do

custo global meacutedio dos cuidados de sauacutede relacionados apenas com o

envelhecimento o que representaraacute aumento de 36 para paiacuteses em

desenvolvimento e de 48 para paiacuteses desenvolvidos

O crescimento da populaccedilatildeo idosa eacute um fenocircmeno que de iniacutecio parece

caracterizar apenas ganho Todavia considerando a proporccedilatildeo que esse evento vem

ocorrendo associada agrave fragilidade dessa populaccedilatildeo o aumento populacional poderaacute

representar seacuterios problemas sociais gerando custos altiacutessimos aos governos e

consequumlentemente reduccedilatildeo na qualidade de vida

De acordo com o Censo 2000 o total de brasileiros com idade superior a 60

anos era de 14536029 o que representava 856 da populaccedilatildeo As projeccedilotildees

indicam que em 2030 teremos mais de 52 milhotildees de idosos ou 2210 da

populaccedilatildeo brasileira com mais de 60 anos fazendo-nos detentores como citado

anteriormente da 6ordf populaccedilatildeo idosa do mundo (IBGE 2000)

Natildeo se deve considerar o envelhecimento populacional como um problema

social pelo contraacuterio deve-se associaacute-lo a uma das maiores conquistas da

humanidade do seacuteculo XX O aumento da expectativa de vida no Brasil como em

todo o mundo estaacute relacionado aos esforccedilos e avanccedilos alcanccedilados no controle de

doenccedilas infecto-contagiosas melhores condiccedilotildees sanitaacuterias desenvolvimento da

induacutestria farmacecircutica planejamento familiar e mudanccedila no estilo de vida (MARINS e

ANGERAMI 1996 MATSUDO 2001)

O envelhecimento eacute um processo bioloacutegico normal que natildeo deve ser encarado

como patologia mas como processo natural que se caracteriza pela perda

progressiva das capacidades funcionais e a reduccedilatildeo da habilidade do corpo em se

adaptar agraves influecircncias do meio externo (PEacuteREZ 1994) Eacute fenocircmeno evolutivo um

31

ato contiacutenuo que acontece a partir do nascimento e caminha ateacute a morte (COSTA

1998 MAZO LOPES amp BENEDETTI 2001)

Segundo Farinatti (2002) satildeo vaacuterias as teorias que tentam explicar o

complexo processo da senescecircncia sob a oacutetica dos fenocircmenos bioloacutegicos nele

observados Entretanto tais teorias podem ser classificadas em duas grandes

categorias as de natureza geneacutetico-desenvolvimentista que entendem o processo

do envelhecimento no contexto de um continuum controlado geneticamente e as de

natureza estocaacutestica que hipotetizam que esse fenocircmeno dependeria principalmente

do acuacutemulo de agressotildees ambientais

Embora seja reconhecido como processo natural o envelhecimento natildeo eacute um

evento bioloacutegico simples Uma ampla variedade de mudanccedilas eacute observada em niacutevel

molecular celular e orgacircnico com o passar dos anos o que consequumlentemente leva

a uma reduccedilatildeo da habilidade do corpo em responder aos transtornos no equiliacutebrio

homeostaacutetico (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Da mesma forma que o ritmo do decliacutenio funcional difere entre os diversos

sistemas do corpo os eventos bioloacutegicos que se seguem ao envelhecimento

tambeacutem acontecem em momentos e em ritmos diferenciados entre indiviacuteduos

Prova disso satildeo as vezes em que somos surpreendidos quando uma pessoa diz ter

uma idade cronoloacutegica aparentando outra bioloacutegica (HAYFLICK 1997)

A diferenccedila entre o desempenho funcional de indiviacuteduos com a mesma idade

sugere que a idade cronoloacutegica que oferece informaccedilotildees numeacutericas em que as

pessoas se ordenam de acordo com sua data de nascimento seja per si medida

insuficientemente sensiacutevel a senescecircncia Dessa forma considerando a maturidade

e as diferenccedilas bioloacutegicas associadas agraves influecircncias exoacutegenas utiliza-se o termo

ldquoidade bioloacutegicardquo ou ldquoidade funcionalrdquo (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Fatores externos como o estilo de vida (sedentarismo dietas inadequadas)

fatores ambientais agentes fiacutesicos (exposiccedilatildeo a diferentes tipos de radiaccedilatildeo)

agentes quiacutemicos (fumo aacutelcool drogas) e doenccedilas crocircnicas degenerativas podem

interferir no processo do envelhecimento A accedilatildeo conjunta desses fatores aliada agrave

32

heranccedila geneacutetica podem causar impacto na extensatildeo e velocidade da evoluccedilatildeo do

envelhecimento (MAZZEOCAVANAGH EVANS 1998 MITNITSK et al 2002)

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E ENVELHECIMENTO

Existem vaacuterios conceitos e preconceitos que interferem na relaccedilatildeo entre o

desejo de exercitar e a real efetivaccedilatildeo desse haacutebito (CONNTRIPP-REIMER MAAS

2003) Esse fenocircmeno contribui para a elevaccedilatildeo da proporccedilatildeo da inatividade e

consequumlentemente da fragilidade desse segmento populacional Espera-se que

esses tabus e preconceitos sejam desmistificados por profissionais da aacuterea de sauacutede

considerando que o encorajamento exercido por eles possa exercer impacto positivo

para a adesatildeo de um estilo de vida ativo (HIRVENSALO et al 2003)

A relaccedilatildeo entre o envelhecimento exerciacutecio fiacutesico sauacutede e qualidade de vida

e a associaccedilatildeo inversa gradativa e consistente entre a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos e

a mortalidade vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente

Vaacuterios estudos longitudinais focaram seus propoacutesitos em desvendar a relaccedilatildeo entre o

binocircmio exerciacutecio fiacutesico e envelhecimento e para esse fim foram empreendidos anos

de avaliaccedilatildeo criteriosa em uma mesma amostra Resultados decorrentes desses

estudos indicam que indiviacuteduos que adotam a praacutetica regular de atividade fiacutesica

podem apresentar iacutendices de morte significativamente menores que indiviacuteduos

sedentaacuterios Que apesar de exerciacutecios leves e moderados trazerem inuacutemeros

benefiacutecios agrave sauacutede e oferecerem maior margem de seguranccedila intensidades

vigorosas claramente predizem menores taxas de mortalidade Que melhores niacuteveis

de condicionamento fiacutesico estatildeo relacionados agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedilas

cardiovasculares de enfermidades respiratoacuterias do cacircncer da pressatildeo arterial

melhora o controle do perfil lipoproteacuteico e aumenta a toleracircncia agrave glicose

(PAFFENBARGER 1988 BLAIR et al 1989 KUSHI et al 1997)

O ganho em expectativa de vida estimado pela mudanccedila do estilo de vida

sedentaacuterio para o ativo pode estar entre um e meio e dois anos de vida

(PAFFENBARGER amp KAMPERT 1997) Segundo os fisiologistas Robergs amp Roberts

(1997) uma pessoa ativa dependendo de sua aptidatildeo fiacutesica e do seu estado de

sauacutede poderaacute alcanccedilar 20 anos de diferenccedila entre a idade cronoloacutegica e a idade

33

bioloacutegica Possibilitando dessa forma que indiviacuteduos do mesmo gecircnero e com a

mesma idade cronoloacutegica possam diferir de duas a trecircs vezes em suas

caracteriacutesticas competecircncias e desempenho fiacutesico (HAYKOWSKY QUINNEY

GILLIS et al 2000 HURLEY amp ROTH 2000 NAIR 2000)

Presume-se que esse fenocircmeno relacionado aos benefiacutecios de uma vida

ativa aconteccedila em decorrecircncia da pronunciada plasticidade e adaptabilidade das

propriedades funcionais e estruturais das ceacutelulas tecidos e sistemas do corpo

humano quando expostos a estiacutemulos diversos (ASTRAND1992) Nesse sentido

dependendo da intensidade volume e duraccedilatildeo o exerciacutecio fiacutesico regular pode

exercer impacto no processo do envelhecimento realizando desaceleraccedilatildeo dos

efeitos deleteacuterios produzidos por este processo (HAYFLICK 1997 MONTEIRO

1997 PETROSKI 1997 ROBERGS amp ROBERTS 1997 ACSM 1998 NIEMAN 1999

MATSUDO MATSUDO amp NETO 2000 STEWART 2005)

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A serotonina tambeacutem conhecida como 5-Hidroxitriptamina (5-HT) foi

identificada haacute quase 50 anos com accedilatildeo em diversos tipos de muacutesculo liso e

posteriormente como agente que intensifica a agregaccedilatildeo plaquetaacuteria e atua como

neurotransmissor no sistema nervoso central (GOODMAN amp GILMAN 1996)

A serotonina compotildee o grupo das aminas biogecircnicas (neurotranasmissores)

que incluem tambeacutem as catecolaminas (adrenalina noradrenalina e dopamina)

Esses grupos funcionais regulam importantes vias no metabolismo dos mamiacuteferos e

satildeo descarboxiladas em sua maioria atraveacutes de aminoaacutecidos aromaacuteticos tirosina

fenilalanina e o triptofano (responsaacutevel direto pela siacutentese da serotonina) (ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004)

O precursor da serotonina o triptofano (TRP) destaca-se dos demais

aminoaacutecidos por duas peculiaridades primeira pertence ao grupo dos aminoaacutecidos

essenciais caracterizado por sua impossibilidade de produccedilatildeo no corpo dependendo

da ingesta alimentar para o controle de suas concentraccedilotildees segundo encontra-se

34

de forma escassa na dieta podendo chegar agrave miacutenima proporccedilatildeo de 1100 em

relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos neutros (KAPCZINSKI et al 2004)

A siacutentese da serotonina parece ser limitada pela disponibilidade ou natildeo desse

aminoaacutecido no fluido extracelular que banha os neurocircnios A fonte de TRP no

ceacuterebro eacute o sangue por outro lado a fonte deste aminoaacutecido no sangue eacute a dieta

Dessa forma acredita-se que a deficiecircncia do TRP na dieta pode induzir depleccedilatildeo

serotonineacutergica no ceacuterebro (BEAR CONNORS amp PARADISO 1996) Aleacutem do

triptofano a atividade da enzima triptofanondash hidroxilase tem accedilatildeo reguladora sobre

a siacutentese da 5-HT (RANG DALE amp RITTER 1997)

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina Fonte ndash Devlin (1998)

35

A biossiacutentese da serotonina ocorre por uma soacute via em duas etapas em que o

triptofano da dieta eacute hidroxilado na posiccedilatildeo 5 atraveacutes da enzima triptofano-

hidroxilase dando origem ao 5-hidroxitriptofano Esse por sua vez eacute

descarboxilado sob a accedilatildeo de 5-hidroxitriptofano descarboxilase originando a 5-

hidroxitriptamina ou serotonina A principal via metaboacutelica deste neurotransmissor

envolve outra enzima encontrada em quantidade abundante e com propriedades

sobre vaacuterios substratos a monoamina oxidase (MAO) com formaccedilatildeo do aacutecido 5-

(5-HIAA) principal metaboacutelito serotonineacutergico O 5-HIAA eacute excretado pela urina e

pode ser uacutetil como indicador da produccedilatildeo serotonineacutergica no organismo (VALLE et

al 1988 GOODMAN amp GILMAN 1996)

As concentraccedilotildees serotonineacutergicas podem ser observadas nas paredes do

intestino nas ceacutelulas enterocromafins (90) no sangue nas plaquetas (8 a 9)

e no sistema nervoso central (SNC) que corresponde a um pequeno percentual da

concentraccedilatildeo serotonineacutergica total (1 a 2) Pela impossibilidade da serotonina

ultrapassar a barreira hematoencefaacutelica as concentraccedilotildees do SNC dependem da

siacutentese local No entanto mesmo representando uma pequena parcela as

concentraccedilotildees centrais ocupam posiccedilatildeo central na hegemonia neuroquiacutemica (RANG

DALE amp RITTER 1997 SILVA 2002)

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas Fonte Neuroscience (1998)

36

Segundo MACHADO (1999) o sistema serotonineacutergico eacute um dos principais se

natildeo o principal sistema neurotransmissor do SNC e tem seus neurocircnios distribuiacutedos

por todo o ceacuterebro localizados na formaccedilatildeo reticular nos nuacutecleos da rafe que se

estendem na linha meacutedia do bulbo ao mesenceacutefalo (Figura 2) Os axocircnios rostrais

situados em niacuteveis mais altos nos nuacutecleos da rafe tecircm trajeto ascendente

projetando-se para quase todas as estruturas do prosenceacutefalo ateacute mesmo o coacutertex

cerebral o hipotaacutelamo e o sistema liacutembico Os axocircnios caudais situados no bulbo

satildeo projetados para a medula

Considerando que cada neurotransmissor tenha um neurorreceptor

subsequumlente investigaccedilotildees farmacoloacutegicas tecircm apontado a famiacutelia de

receptores e neurorreceptores serotonineacutergicos como a mais expressiva entre

os demais neurotransmissores 5HT1 (A B D E e F) 5HT2 (AB e C) 5HT3

5HT4 Recentes subfamiacutelias clonadas (5HT5 5HT6 e 5HT7) ainda natildeo satildeo

reconhecidas por natildeo terem suas accedilotildees fisioloacutegicas bem estabelecidas

(GOODMAN amp GILMAN 1996)

Em funccedilatildeo dessa pluralidade a accedilatildeo desse sistema eacute de caraacuteter muacuteltiplo

podendo ser percebida tanto no acircmbito perifeacuterico como ou principalmente no

sistema nervoso central Apesar de sua pequena representaccedilatildeo em relaccedilatildeo a

toda concentraccedilatildeo serotonineacutergica apresenta-se fortemente relacionada com

alteraccedilotildees fisioloacutegicas envolvidas na qualidade do sono alteraccedilotildees do humor

cogniccedilatildeo comportamento alimentar desempenho sexual e com a modulaccedilatildeo da

fadiga central (LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

223311 RReessppoossttaass ddooss ssiisstteemmaass sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo aaoo eexxeerrcciacuteiacutecciioo ffiacuteiacutessiiccoo

Em um passado bem recente a maioria expressiva de estudos realizados

com o intuito de esclarecer os benefiacutecios da praacutetica regular do exerciacutecio fiacutesico

limitava-se agraves adaptaccedilotildees fisioloacutegicas perifeacutericas e suas vantagens correlacionadas

O interesse em pesquisar o papel da proteiacutena e dos aminoaacutecidos na atividade fiacutesica

foi relegado a um segundo plano visto que o maior objetivo dos estudos ateacute entatildeo

concentrava-se em observar o efeito do exerciacutecio no metabolismo de carboidratos e

37

gorduras Todavia somente a partir da deacutecada de setenta o interesse em analisar

esse paradigma foi retomado (LEMON 1995)

Em estudo pioneiro realizado por Barchas amp Fredman (1963) verificou-se

atraveacutes de modelo animal que o estiacutemulo causado pelo exerciacutecio fiacutesico promovia

alteraccedilotildees nos niacuteveis centrais serotonineacutergicos Desde entatildeo conjectura-se que os

benefiacutecios da praacutetica de exerciacutecios natildeo se limitavam agraves alteraccedilotildees dos sistemas

envolvidos na melhoria da aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria muacutesculo-esqueleacutetica e da

composiccedilatildeo corporal Pesquisas recentes apontam evidecircncias de que no sistema

nervoso central tambeacutem aconteccedilam alteraccedilotildees metaboacutelicas para equilibrar os

distuacuterbios causados pelo exerciacutecio fiacutesico seguidas de adaptaccedilotildees regulatoacuterias

capazes de alterar as concentraccedilotildees neurotransmissoras (MEEUSEN amp PIACENTINI

2001a MEEUSEN amp PIACETINI 2001b)

O sistema nervoso central em combinaccedilatildeo com o sistema neuro-endoacutecrino

exerce importante papel na regulaccedilatildeo homeostaacutetica O exerciacutecio fiacutesico eacute considerado

um desafio para homeostase visto que vaacuterios mecanismos de regulaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

(perifeacutericos e centrais) satildeo ativados durante ou apoacutes sua praacutetica como as alteraccedilotildees

percebidas nos sistemas neurotransmissores em especiacutefico no sistema

serotonineacutergico (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001)

Segundo Chaouloff (1993) existem 3 mecanismos que podem alterar as

concentraccedilotildees centrais do Sistema Serotonineacutergico em decorrecircncia do exerciacutecio

fiacutesico Primeiro a alteraccedilatildeo da permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica

Segundo aumento da lipoacutelise e por uacuteltimo atraveacutes da disputa entre aminoaacutecidos

pela passagem da barreira hematoencefaacutelica

22331111 AAlltteerraaccedilccedilotildeotildeeess nnaa bbaarrrreeiirraa hheemmaattooeenncceeffaacuteaacutelliiccaa ee eexxeerrcciacuteiacutecciiooss ffiacuteiacutessiiccooss

A barreira hematoencefaacutelica eacute um conjunto complexo de defesa do ceacuterebro

que o protege de possiacuteveis ldquosubstacircncias estranhasldquo ou toacutexicas que possam danificaacute-

lo mantendo um ambiente quiacutemico protegido e constante para o seu bom

funcionamento Eacute semipermeaacutevel ou seja permite que algumas substacircncias a

atravessem enquanto limitam a entrada de muitas outras O tamanho das moacuteleacuteculas

38

das substacircncias eacute considerado como fator de limitaccedilatildeo para sua entrada no sistema

nervoso central (WIKEPEDIA 2007) Fenocircmenos percebidos durante a praacutetica de

exerciacutecios fiacutesicos como a hipertensatildeo a hiperosmolaridade e a hipertermia podem

alterar a permeabilidade dessa barreira

Nas uacuteltimas deacutecadas vaacuterios foram os meacutetodos e intervenccedilotildees desenvolvidos

com o intuito de analisar a evoluccedilatildeo do metabolismo da circulaccedilatildeo e da accedilatildeo

neurotransmissora cerebral Muitas delas foram utilizadas para verificar e esclarecer

a interferecircncia do exerciacutecio fiacutesico sobre este sistema e apesar das limitaccedilotildees eacuteticas

para intervenccedilotildees em humanos a hipoacutetese desta interferecircncia eacute amplamente aceita

entre autores (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001 NYBOA amp SECHER 2004)

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergic2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergicoo

Os aacutecidos graxos livres (AGL) satildeo combustiacuteveis importantes em nosso

organismo e satildeo considerados assim como os carboidratos substratos de primeira

importacircncia para o recurso energeacutetico Satildeo armazenados em sua maioria tanto na

forma de triacilglicedes nas ceacutelulas adiposas como nas ceacutelulas musculares Para que

sejam metabolizados eacute necessaacuterio que ocorra um processo chamado lipoacutelise tambeacutem

conhecido como ldquohidroacutelise de trigliceacuteriderdquo onde acontece a quebra dos triacilglicedes

em aacutecidos graxos (trecircs moleacuteculas) e glicerol (uma moleacutecula) Esse processo eacute

favorecido tanto sob condiccedilotildees de dieta hipocaloacuterica jejum ou desnutriccedilatildeo

hipotermia como tambeacutem pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos (HOUSTON 2001

POWERS amp HOWLEY 2003)

Segundo Helge et al (2007) e Friedlander et al (2007) a intensidade a

duraccedilatildeo da sessatildeo de exerciacutecio e o niacutevel de treinamento do indiviacuteduo satildeo fatores

determinantes para definir a disponibilidade de gordura que seraacute utilizada como

fonte de combustiacutevel Enquanto reduccedilotildees satildeo percebidas em outras fontes de

gordura durante o exerciacutecio fiacutesico concomitantemente satildeo observados aumentos

graduais e progressivos desse substrato do repouso agrave intensidades leves de leve agrave

moderada Todavia com o crescente aumento da intensidade a oxidaccedilatildeo dos AGLs

manteacutem-se constante durante a praacutetica de exerciacutecios de alta intensidade Por outro

lado perceberam que medidas das concentraccedilotildees sistecircmicas de AGL atuam apenas

39

como marcadores das reais concentraccedilotildees em grandes massas musculares que

podem apresentar maior migraccedilatildeo desses para as ceacutelulas musculares quando

comparadas com concentraccedilotildees no fluxo plasmaacutetico

Os aacutecidos graxos satildeo moleacuteculas de estrutura longa (de 16 a 18 aacutetomos de

carbono) tem baixo niacutevel de soludibilidade no meio aquoso do sangue e difundem

com dificuldade atraveacutes da membrana Para facilitar seu transporte para dentro das

ceacutelulas utilizam-se da albumina proteiacutena transportadora que possui trecircs siacutetios de

ligaccedilatildeo de alta afinidade para os AGLs As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de AGL em

repouso (valor aproximado de 02 ndash 04 mmol-1) podem ter aumento significativo

durante ou apoacutes o exerciacutecio fiacutesico (atingindo um valor de 20 mmol-1) necessitando

de maior accedilatildeo e concentraccedilatildeo da albumina A captaccedilatildeo destes aacutecidos pelo muacutesculo

estaacute diretamente relacionada agrave sua disponibilidade plasmaacutetica e por isso a

mobilizaccedilatildeo lipoliacutetica das reservas lipiacutedicas eacute um passo importante para garantir o

suprimento adequado de nutrientes para trabalho muscular prolongado (MAUGHAN

GLEESON amp GREENHAFF 2000 HOUSTON 2001)

O triptofano precursor da 5-HT assim como os AGLs tambeacutem utiliza-se

da albumina como transportador Eacute o uacutenico aminoaacutecido que se apresenta no

sangue sob duas formas 1) ligado agrave albumina (TRP) que representa 90 da

concentraccedilatildeo total de triptofano (TRP + TRP-L) e 2) livre (TRP-L) que

representa apenas 10 do TRP total No entanto essa pequena parcela eacute

responsaacutevel direta pela siacutentese da serotonina Acredita-se que somente a fraccedilatildeo

de TRP-L esteja disponiacutevel para ser transportada para o SNC considerando que

o tamanho da moleacutecula da albumina seja um fator limitante para sua

ultrapassagem pela barreira hematoencefaacutelica (HUFFMAN et al 2004)

Vaacuterios autores (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL

amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000 HUFFMAN et al

2004) perceberam que a lipoacutelise promovida pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

pode interferir nas concentraccedilotildees dessas porccedilotildees do triptofano (TRP e TRP-L)

Uma vez que o aumento da demanda de AGL desloca o TRP dos siacutetios de

40

ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente aumento da

disponibilidade deste precursor no SNC

22331133 CCoonncceennttrraaccedilccedilatildeatildeoo ddee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ee oo ssiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo

Vaacuterios aspectos abordados anteriormente podem estar limitando a

probabilidade de ultrapassagem do TRP pela barreira hematoencefaacutelica primeiro por

ser um aminoaacutecido essencial tem sua produccedilatildeo no organismo impossibilitada e

depende diretamente da qualidade da ingesta alimentar Segundo apresenta relaccedilatildeo

reduzida da porccedilatildeo livre responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT comparada com a porccedilatildeo

ligada agrave albumina (MAUGHAN amp SHIRREFFS 1996 ROSSI amp TIRAPEGUI 2003)

Terceiro tem uma baixa concentraccedilatildeo plasmaacutetica em relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos

(1100) aleacutem de concorrer pelo mesmo transportador para a ultrapassagem da

barreira hematoencefaacutelica com outros aminoaacutecidos neutros (AAN) a tirosina e

fenilalanina conhecidos como aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e a leucina isoleucina e

valina conhecidos como aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) Este processo de

transporte eacute regulado por competiccedilatildeo e a afinidade do transportador pelo

aminoaacutecido eacute determinada pelas concentraccedilotildees relativas dos demais aminoaacutecidos

Desta forma quanto maior for a proporccedilatildeo triptofano livre em relaccedilatildeo aos

aminoaacutecidos (TRP-LAAN) maior seraacute sua concentraccedilatildeo no SNC Adicionalmente a

razatildeo TRPAACR eacute utilizada como potencial determinante da acumulaccedilatildeo cerebral de

TRP e consequumlentemente da siacutentese de 5-HT (ROSSI amp TIRAPEGUI 2003

ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005)

Estudos comprovam que alteraccedilotildees neuroquiacutemicas desencadeadas pelo

estiacutemulo do estresse fiacutesico podem modificar tambeacutem os resultados obtidos pela

competiccedilatildeo do TRP e demais aminoaacutecidos pelo transportador Durante o exerciacutecio

percebe-se um ecircxodo de seis aminoaacutecidos da circulaccedilatildeo plasmaacutetica para serem

oxidados nos muacutesculos esqueleacutetico entre eles os AACRs Apesar de sua pequena

expressatildeo para a siacutentese energeacutetica os aminoaacutecidos podem oferecer importante

contribuiccedilatildeo para provisatildeo de energia quando a disponibilidade de outros

combustiacuteveis for limitada Sua utilizaccedilatildeo como substrato eacute capaz de um incremento

expressivo durante o exerciacutecio podendo atingir um grau de oxidaccedilatildeo como no caso

da leucina cinco vezes maior que em situaccedilatildeo de repouso (MAUGHAN GLEESON amp

GREENHAFF 2000) levando a uma subsequumlente reduccedilatildeo da concentraccedilatildeo destes

41

aminoaacutecidos na circulaccedilatildeo Todo esse processo estimula a capacidade de captaccedilatildeo do

TRP-L pelo ceacuterebro e promove tanto a siacutentese como a liberaccedilatildeo da 5-HT central

(COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973

MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000)

Diferentes intensidades e duraccedilatildeo podem alterar as respostas do sistema

serotonineacutergico significativamente ou natildeo (DUNN amp DISHMAN 1991) Sabe-se

portanto que o exerciacutecio intenso e prolongado pode resultar em um influxo

aumentado do precursor serotonineacutergico para o ceacuterebro e consequumlentemente um

aumento da serotonina eacute observado Nesse sentido considerando incremento desse

neurotransmissor e de seu envolvimento com mecanismos de cansaccedilo sono e dor

alguns autores sugeriram que esse sistema poderia atuar como principal mediador

do fenocircmeno conhecido como fadiga central

223322 SSiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo ee aa ffaaddiiggaa cceennttrraall

Postergar os efeitos da fadiga e prolongar o desempenho humano satildeo

incoacutegnitas ateacute hoje incompreendidas Atualmente vaacuterios satildeo estudos que ainda

detecircm seus esforccedilos em desvendar os misteacuterios relacionados agrave fadiga perifeacuterica e

central (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER

2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005 PROVENZA et al2005 HELGE et al

2007) De caraacuteter multifatorial e complexo a fadiga eacute estimulada por fenocircmenos

perifeacutericos e centrais que desencadeiam respostas interligadas Davis (1998) sugere

que fatores como a duraccedilatildeo e intensidade do esforccedilo tipo e densidade das

miofibrilas musculares niacutevel de aptidatildeo fiacutesica individual motivaccedilatildeo alimentaccedilatildeo e

condiccedilotildees ambientais podem interferir na natureza e extensatildeo da fadiga

O termo ldquofadigardquo pode ser inicialmente definido como o conjunto de

manifestaccedilotildees produzidas por trabalho ou exerciacutecio prolongado tendo como

consequumlecircncia a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional de manter ou continuar o

rendimento esperado Tradicionalmente relacionava-se a fadiga a eventos

metaboacutelicos interativos que afetavam os muacutesculos Todavia estudos recentes

acatam progressivamente a hipoacutetese da fadiga central Uma vez que foi observado

que ldquofatores psicoloacutegicosrdquo como por exemplo a motivaccedilatildeo e o estado de humor

poderiam interferir no desempenho das atividades fiacutesicas limitando a performance

42

Por outro lado notou-se episoacutedios de fadiga em indiviacuteduos acamados em repouso

submetidos a intervenccedilotildees ciruacutergicas o que fugiria das bases conceituais da fadiga

perifeacuterica (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004)

SENSACcedilAtildeO DE FADIGA

COMANDO CENTRAL Percepccedilatildeo de Esforccedilo

FATORES PSICOLOacuteGICOS Vontade proacutepria alteraccedilotildees do humor toleracircncia agrave dor vivecircncias anteriores expectativas ensaio mental etc

ALTERACcedilOtildeES PERIFEacuteRICAS Respostas dos muacutesculos juntas e tendotildees Fatores respiratoacuterios e cardiovasculares Receptores e nociceptores da pele

ALTERACcedilOtildeES NEUROBIOLOacuteGICAS Depleccedilatildeo de substrato energeacutetico e de niacuteveis de neurotransmissores em regiotildees do ceacuterebro Alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de amocircnia citocinas endorfinas temperatura etc

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na fadiga perifeacuterica e fadiga central Fonte Figura adaptada de Nibo e Secher (2004)

Newsholme amp Bloomstrand (1987) fundamentados pelo incremento da

serotonina poacutes-exerciacutecio e por seu envolvimento com eventos de letargia de

sono de percepccedilatildeo de dor e alteraccedilotildees nos estados de humor idealizaram a

ldquohipoacutetese da fadiga centralrdquo Descreveram o envolvimento desse neurotransmissor

como um mediador em potencial da fadiga no SNC alterando a percepccedilatildeo de

esforccedilo e da fadiga muscular Todavia vaacuterios estudos sobre este tema

antecederam ao surgimento dessa hipoacutetese O primeiro autor a abordar o termo

fadiga central foi Mosso em 1904 (MEEUSEN et al 2006) que apoacutes submeter

indiviacuteduos a uma sessatildeo de esforccedilo mental percebeu incapacidade de

manutenccedilatildeo da performance muscular

Inicialmente havia uma predileccedilatildeo por utilizar modelo animal nas

investigaccedilotildees da fadiga central o que muito contribuiu para iniciar a

compreensatildeo desse tema jaacute que limitaccedilotildees oacutebvias eram inerentes em humanos

Blomstrand et al (1988) foram os primeiros a utilizar modelo humano para

43

desvendar essa temaacutetica quando observaram em 22 sujeitos a reduccedilatildeo de

19 das concentraccedilotildees dos AACRs e um incremento 24 vezes maior dos niacuteveis

de TRP-L apoacutes uma prova de maratona

Vaacuterios estudos surgiram para investigar a validade da hipoacutetese da fadiga

central que defende a ocorrecircncia de um incremento significativo da serotonina

cerebral provocada por exerciacutecios prolongados seguida por uma reduccedilatildeo da

accedilatildeo do SNC e consequumlente deteriorizaccedilatildeo do desempenho esportivo e da

praacutetica do exerciacutecio fiacutesico (NEWSHOLME amp BLOOMSTRAND 1987) Objetivando

compreender esse paradigma foram observadas intervenccedilotildees que adotaram

metodologias muacuteltiplas que normalmente foram agrupadas na literatura por

manipulaccedilotildees nutricionais (VARNIER et al 1994 CALDERS et al1999 GOMES-

MERINO et al 2001) farmacoloacutegicas (CHENNAOUI et al 2000) ou por

manipulaccedilatildeo na prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos atraveacutes de diferentes

intensidades e duraccedilatildeo (BLOMSTRAND et al 1991 BAILEY amp AHLBORN 1992

ARIDA 1998 OLIVEIRA et al 2007)

Entre as manipulaccedilotildees nutricionais mais conhecidas estatildeo as que envolvem a

restriccedilatildeo ou disponibilizaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) de

triptofano livre (TRP-L) e de carbohidratos (CHO) a manipulaccedilatildeo farmacoloacutegica ou

realizaccedilatildeo de experimentos utilizando a administraccedilatildeo de drogas que

reconhecidamente aumentam (agonistas) ou reduzem (antagonistas) a recaptaccedilatildeo

da serotonina na fenda sinaacuteptica Por uacuteltimo a variaccedilatildeo de criteacuterios adotados na

prescriccedilatildeo de exerciacutecios alterando criteacuterios de intensidade volume duraccedilatildeo

temperatura ambiente onde os exerciacutecios satildeo praticados (MEEUSEN et al 2006)

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Os efeitos deleteacuterios que o processo do envelhecimento ocasiona sobre

sistema serotonineacutergico e consequentemente sobre o SNC tecircm sido apontados

como fatores ou co-fatores etioloacutegicos de vaacuterias doenccedilas (depressatildeo doenccedila de

Alzheimer Parkinson etc) O decliacutenio das atividades cerebrais natildeo se apresenta de

maneira uniforme entre indiviacuteduos que muitas vezes dificulta determinar quais os

eventos decorrentes do processo natural do envelhecimento e quais constituem

quadros patoloacutegicos

44

O envelhecimento provoca alteraccedilotildees na anatomia do ceacuterebro e da medula

Estima-se que o tamanho do ceacuterebro sofra um decreacutescimo aproximado de 2 por

deacutecada Segundo Payton amp Poland (1983) um indiviacuteduo na nona deacutecada pode

apresentar uma reduccedilatildeo de ateacute 20 da massa cefaacutelica aleacutem de uma desaceleraccedilatildeo

da conduccedilatildeo nervosa de 04 ao ano

Segundo Trelles (1986) o decliacutenio do envelhecimento promove alteraccedilotildees

quantitativas e qualitativas no metabolismo proteacuteico acarretando perda neuronal

principalmente no coacutertex cerebral reduccedilatildeo das concentraccedilotildees dos

neurotransmissores e aumento de seu catabolismo Nishimura Takeuchi Matsushita

et al (1998) observaram alteraccedilotildees aberrantes na morfologia de fibras

serotonineacutergicas em algumas regiotildees do ceacuterebro Distribuiacutedas desorganizadamente

essas fibras apresentavam-se altamente arborizadas com grande nuacutemero de

varicosidades com reduccedilatildeo de sua densidade e inchaccedilo lento e progressivo do

axocircnio Essas deformidades resultaram em um enfraquecimento no transporte

Aleacutem da estrutura morfoloacutegica tambeacutem os aspectos fisioloacutegicos e bioquiacutemicos

desse sistema sofre alteraccedilotildees durante a senescecircncia Uma reduccedilatildeo da atividade da

enzima responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT a triptofano hidroxilase eacute percebida em

aacutereas ricas em 5-HT como os nuacutecleos da rafe e consequumlentemente os niacuteveis desse

neurotransmissor satildeo reduzidos Em contrapartida o aacutecido 5-Hidroxiindolaceacutetico

mostra-se reduzido no liacutequido ceacutefalo-raquidiano Portanto como no caso das

catecolaminas a 5-HT apresenta um decreacutescimo em sua siacutentese e aumento em seu

catabolismo agrave medida que o envelhecimento progride (TRELLES 1986)

Esse decreacutescimo tambeacutem pode ser induzido tanto pela reduccedilatildeo do nuacutemero de

neurocircnios serotonineacutergicos no nuacutecleo da rafe como pelo aumento da atividade da

enzima MAO-B responsaacutevel pela degradaccedilatildeo serotonineacutergica Estudos post-mortem

demonstraram que haacute reduccedilatildeo do nuacutemero de receptores serotonineacutergicos no SNC

com o aumento da idade particularmente o 5-HT1 e o 5-HT2 Embora o significado

cliacutenico desse fato ainda natildeo esteja bem definido evidecircncias sugerem que indiviacuteduos

idosos sejam mais sensiacuteveis aos efeitos das drogas serotonineacutergicas do que os

jovens Postula-se que o prejuiacutezo da transmissatildeo neuronal ligado a menor aporte de

45

neurotransmissores ou a uma menor sensibilidade dos receptores a eles esteja

associado agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios emocionais cognitivos e de

comportamento em idosos (MENON FREIRIAS amp SANCHES 1998)

Os niacuteveis de 5-HT e seu metaboacutelito (5-HIAA) foram comparados tanto no

plasma como em plaquetas em grupo de mulheres idosas e mulheres mais jovens

Uma significativa relaccedilatildeo entre 5-HT e a idade foi observada visto que agrave medida que

a idade aumentava maiores niacuteveis de 5-HT e 5-HIAA plaquetaacuteria eram observados

Em contrapartida com o avanccedilar da idade as concentraccedilotildees de 5-HT no plasma

apresentaram-se reduzidas Todavia alteraccedilotildees significativas nas concentraccedilotildees de

5-HIAA no plasma natildeo foram observadas (KUMAR WEISS FERNANDEZ et al 1998)

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO

A depressatildeo eacute uma das mais comuns e devastadoras desordens psiquiaacutetricas

Atualmente embora uma variedade de estrateacutegias de tratamento esteja disponiacutevel

sua maior problemaacutetica encontra-se na consistecircncia do diagnoacutestico e no

medicamento a ser utilizado (THOME HENN amp DUMAN 2002) Essa limitaccedilatildeo

consiste em sua etiologia indefinida associada agrave heterogeneidade de sintomas (DUNN

amp DISHMAN 1991)

A depressatildeo eacute um transtorno crocircnico e recorrente visto que

aproximadamente 80 dos indiviacuteduos que recebem tratamento para um episoacutedio

depressivo satildeo acometidos por um segundo episoacutedio ao longo de suas vidas

Tambeacutem eacute considerada como um transtorno incapacitante pois atinge a quarta

classificaccedilatildeo de causa especiacutefica de incapacitaccedilatildeo quando comparada com vaacuterias

outras doenccedilas (FLECK 2003)

De acordo com o criteacuterio de diagnoacutestico de episoacutedio depressivo da OMS

(1993) segundo a deacutecima revisatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas

(CID-10) os sintomas e episoacutedios da depressatildeo podem se divididos

respectivamente em 1) Sintomas fundamentais constituiacutedos de humor deprimido

perda de interesse fatigabilidade e 2) sintomas acessoacuterios constituiacutedos de

concentraccedilatildeo e atenccedilatildeo reduzidas auto-estima e auto-confianccedila reduzidas ideacuteias de

46

culpa e inutilidade visotildees desoladas e pessimistas do futuro ideacuteias ou atos

autolesivos ou de suiciacutedio sono perturbado e apetite reduzido Por outro lado a

gravidade desta doenccedila foi classificada em trecircs graduaccedilotildees agrave saber

Episoacutedio leve associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais e dois acessoacuterios

Episoacutedio moderado associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais mais trecircs ou quatro

acessoacuterios

Episoacutedio Grave associaccedilatildeo de trecircs sintomas fundamentais mais quatro ou mais

acessoacuterios

Sabe-se que a prevalecircncia de episoacutedios depressivos tem um crescimento

linear agrave medida que envelhecemos e que o acometimento dessa doenccedila eacute mais

percebido em pessoas do gecircnero feminino (SNOWDON 2001 MAES 2002

STORDAL MYKLETUN amp DAHL 2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede a prevalecircncia de depressatildeo entre

mulheres e homens atinge a proporccedilatildeo de dois por um Todavia apesar dos avanccedilos

obtidos em justificar essa diferenccedila entre gecircneros ou ateacute mesmo em desvendar a

etiologia dessa doenccedila atraveacutes de estudos da geneacutetica influecircncias ambientais

marcadores ou anomalias bioloacutegicos comuns aos portadores de depressatildeo vaacuterias

accedilotildees profilaacuteticas e preventivas se fundamentam em hipoacuteteses e conjecturas

(RODRIGUES 2000 OMS 2000)

Prevenir a depressatildeo natildeo eacute accedilatildeo simples consiste em uma das grandes

incoacutegnitas associadas agrave essa doenccedila Identificar que medidas deveratildeo ser tomadas

no sentido de precaver recorrecircncia e recaiacuteda daquele idoso que jaacute sofreu uma ou

mais crises depressivas ainda constitui um desafio Visto que altos iacutendices de

resistecircncia ao tratamento seguidos de mortalidade satildeo observados nesta populaccedilatildeo

(SPEAR 2002) aleacutem da vulnerabilidade ao suiciacutedio a que satildeo expostos pela proacutepria

enfermidade (SCHOEVERS 2000)

O sucesso no tratamento de depressatildeo em idosos depende da gravidade desta

patologia das comorbidades com outras doenccedilas psiquiaacutetricas ou cliacutenicas da

seriedade em que o paciente e seus familiares encaram o tratamento e da escolha da

47

intervenccedilatildeo adequada visto que procedimentos mais indicados e utilizados com

frequumlecircncia por esta faixa etaacuteria natildeo estatildeo isentos de uma lista de efeitos colaterais

associados (SCALCO 2002)

Segundo GOTTFRIES (1993) o tratamento da depressatildeo no idoso segue

quase a mesma orientaccedilatildeo do tratamento em jovens exigindo um pouco mais de

criteacuterio pela maior fragilidade orgacircnica apresentada por eles Os antidepressivos satildeo

vastamente utilizados no tratamento da depressatildeo Entre eles os triciacuteclicos que tecircm

sua accedilatildeo sobre vaacuterios neurotransmissores os inibidores da enzima

monoaminaoxidase - MAO os inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo de serotonina - ISRS

e a venlafaxina que atua sobre a serotonina a noradrenalina e a dopamina Mesmo

com todo avanccedilo farmacoloacutegico esses medicamentos apresentam em alguns casos

efeitos colaterais inconvenientes como por exemplo a incompatibilidade dos

antidepressivos com outros medicamentos em caso de patologias associadas o que

eacute comum no idoso A eletroconvulsoterapia tambeacutem muito utilizada no tratamento

depressivo e considerada juntamente com os antidepressivos como um dos pilares

para essa terapia e eacute em muitos casos tida como primeira opccedilatildeo de tratamento

Contudo cuidados maiores devem ser tomados quando utilizada em idosos por sua

alta prevalecircncia de osteoporose

De acordo com SOUZA (1999) o tratamento dessa enfermidade deve ser

entendido de forma globalizada considerando o ser humano como um todo

incluindo dimensotildees bioloacutegicas psicoloacutegicas e sociais A terapia deve abranger todas

essas aacutereas natildeo omitindo a utilizaccedilatildeo de psicoterapia da farmacologia e de

mudanccedilas no estilo de vida

Entre as alteraccedilotildees adotadas para mudanccedila no estilo de vida eficazes para

melhorar os estados de humor encontra-se a praacutetica regular de exerciacutecio fiacutesico

Atualmente muitos defendem sua prescriccedilatildeo como tratamento alternativo da

depressatildeo em funccedilatildeo das alteraccedilotildees bioquiacutemicas promovidas por essa praacutetica

(DISHMAN 1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998) Os benefiacutecios

psicoloacutegicos provenientes de uma vida ativa retecircm vitalidade mobilidade e

independecircncia Melhora o sentimento de bem-estar auto-estima e apreciaccedilatildeo da vida

48

amplia a relaccedilatildeo entre amigos e conhecidos reduz o sentimento de solidatildeo e melhora

a qualidade do sono (OAKS 2000 NIEMAN 1999 DUNN amp DISHMAN 1991)

Blumenthal et al (1999) submeteram 156 senhoras idosas a uma

comparaccedilatildeo entre intervenccedilotildees farmacoloacutegicas quatro meses de exerciacutecios fiacutesicos

aeroacutebicos de intensidade moderadamente alta e a associaccedilatildeo entre exerciacutecios e

ingesta medicamentosa Eles perceberam que os trecircs grupos produziram

melhoras nos quadros depressivos e nenhuma diferenccedila significativa foi percebida

entre as intervenccedilotildees Embora os pacientes sob medicamentos tenham mostrado

respostas iniciais mais raacutepidas os submetidos ao exerciacutecio fiacutesico sistematizado

mantiveram-se por mais tempo sem recaiacutedas

Segundo Nieman (1999) pessoas fisicamente ativas e com boa aptidatildeo fiacutesica

apresentam melhor equiliacutebrio psicoloacutegico do que as sedentaacuterias O autor destacou

entre outras algumas hipoacuteteses comuns no meio cientiacutefico que tentam explicar o

sentimento de bem-estar em resposta agrave praacutetica do exerciacutecio fiacutesico regular 1) que agrave

medida que o organismo do indiviacuteduo ativo se adapte agraves alteraccedilotildees metaboacutelicas

induzidas pela praacutetica do exerciacutecio fiacutesico o corpo seja fortalecido e treinado para

reagir calmamente aos estiacutemulos desencadeados por um estresse mental 2) que a

melhora do humor possa estar atrelada agrave praacutetica de exerciacutecios aeroacutebios por produzir

um incremento do fluxo sanguumliacuteneo e do transporte de oxigecircnio para o ceacuterebro em

funccedilatildeo de alteraccedilotildees estruturais cerebrais permanentes como por exemplo o

surgimento de vasos sanguiacuteneos e terminaccedilotildees nervosas extras 3) que as alteraccedilotildees

bioquiacutemicas provocadas pelo exerciacutecio possam exercer um papel terapecircutico

importante no tratamento e prevenccedilatildeo da depressatildeo em funccedilatildeo da normalizaccedilatildeo das

concentraccedilotildees cerebrais da serotonina dopamina e norepinefrina

A associaccedilatildeo inversa entre casos depressivos tem sido investigada em estudos

longitudinais Um dos mais claacutessicos foi realizado por Paffembarger Lee amp Leugn

(1994) que teve a duraccedilatildeo de 27 anos em indiviacuteduos com idade entre 35 e 74 anos

que indicou que casos depressivos apresentavam maior associaccedilatildeo com menores

gastos energeacuteticos Outro estudo com duraccedilatildeo de 8 anos percebeu que a reduccedilatildeo

49

da frequumlecircncia semanal ou da intensidade do exerciacutecio pode aumentar a probabilidade

de casos depressivos (LAMPINEN HEIKKENEN amp RUOPPILA 2000)

Em suma percebe-se que menores niacuteveis de atividade fiacutesica estatildeo

associados com sintomas depressivos mais graves (MOORE BABYAK WOOD et al

1999) que os escores de depressatildeo estatildeo diretamente relacionados com o tempo

de praacutetica e a frequecircncia semanal que os exerciacutecios fiacutesicos satildeo oferecidos (LEGRAND

amp HEUZE 2007) que entre a comunidade cientiacutefica exista uma predileccedilatildeo por

prescrever exerciacutecios aeroacutebios para fins preventivos e terapecircuticos da depressatildeo

(RIBEIR0 1998 WERNECK et al 2006) e que a escolha da intensidade adequada

para esse fim se apresenta de forma inconsistente na literatura todavia

considerando o perfil da populaccedilatildeo percebe-se maior predileccedilatildeo intensidades leves agrave

moderada (LEGRAND amp HEUZE 2007)

26 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS

A ideacuteia equivocada de que a ldquosenilidaderdquo era uma consequumlecircncia normal do

envelhecimento foi amplamente disseminada Todavia percebe-se um alto grau de

afinidade entre o decliacutenio das funccedilotildees cognitivas e o avanccedilar da idade mesmo

entre indiviacuteduos saudaacuteveis (HAYFLICK 1997 SCHUIT et al 2001)

Um processo de lentificaccedilatildeo global (tanto no processamento de informaccedilotildees

quanto na realizaccedilatildeo motora de uma tarefa) eacute percebido durante o envelhecimento

poreacutem natildeo foi estabelecido um ritmo padronizado para acontecer essas alteraccedilotildees No

entanto estima-se que o melhor desempenho cognitivo seja alcanccedilado no iniacutecio da

idade adulta enquanto que o decliacutenio do mesmo seja percebido na meia idade por

volta dos 45 anos (ANTUNES MELLO amp BUENO 2002)

Durante o processo de envelhecimento eacute provaacutevel que as funccedilotildees de memoacuteria

operacional tornem-se mais susceptiacuteveis a interferecircncias de informaccedilotildees

irrelevantesdistratoras (CABEZA amp NYBERG 2000 MILHAM et al 2002) Essa

reduzida efetividade funcional parece associada a uma menor responsividade de

sistemas cerebrais acircntero-posteriores responsaacuteveis por aspectos executivos do

controle atencional (BANICH et al 2000 MILHAM et al 2002)

50

Adicionalmente resultados de investigaccedilotildees tecircm sugerido decliacutenio na

habilidade cerebral para inibir respostas natildeo apropriadas (POSNER amp DEHAENE

1994 WEST 1999 CABEZA amp NYBERG 2000) Esse deacuteficit parece decorrente de

uma descompensaccedilatildeo na sensibilidade do coacutertex anterior do ciacutengulo o melhor

candidato conhecido para o processamento inibitoacuterio e o monitoramento de

respostas em conflito (MILHAM et al 2002)

Estudos realizados nas uacuteltimas deacutecadas sugerem que condutas diaacuterias

podem afetar positivamente ou natildeo as estruturas do ceacuterebro em niacuteveis

celulares moleculares e sistecircmicos Vaacuterias pesquisas sugerem que os efeitos

promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico voluntaacuterio possam elevar os niacuteveis de fatores

neurotroacuteficos derivados do ceacuterebro (BDNF) e de outros fatores de crescimento

estimula a neurogecircnesis e aumenta a resistecircncia do ceacuterebro Nesse sentido a

melhora da aptidatildeo cardiovascular pode resultar em um aumento da

plasticidade do ceacuterebro humano aleacutem de exercer reduccedilatildeo tanto na senescecircncia

bioloacutegica como cognitiva (MATTSON CHAN amp DUAN 2002 COTMAN amp

BERCHTOLD 2002 COLCOMBE et al 2003)

Uma das hipoacuteteses mais aceita para a compreensatildeo do decliacutenio cognitivo foi

baseada na reduccedilatildeo da funccedilatildeo cardiovascular decorrente do envelhecimento que

acarretaria diminuiccedilatildeo progressiva da disponibilidade de oxigecircnio no ceacuterebro

Baseado nessa problemaacutetica estudos comprovaram atraveacutes de modelo animal o

aumento do fluxo sanguumliacuteneo e da disponibilidade de oxigecircnio durante o exerciacutecio

Todavia sabe-se que essa natildeo eacute a uacutenica contribuiccedilatildeo e alteraccedilatildeo promovida pelo

exerciacutecio fiacutesico em niacuteveis centrais Uma das habilidades desse tipo de estresse

consiste em aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica promovendo

alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de alguns hormocircnios de neurotransmissores

(ANTUNES MELLO amp BUENO 2002 ROSSI amp TIRAPEGUI 1999)

Crescentes evidecircncias sugerem a contribuiccedilatildeo do sistema serotonineacutergico

no desempenho das funccedilotildees cognitivas Natildeo existem trabalhos disponiacuteveis ateacute

a presente data que ofereccedilam seguramente a fundamentaccedilatildeo e amplitude

desse envolvimento Contudo sua disponibilidade na fisiologia patofisiologia e

51

terapecircutica do processo cognitivo deixa-nos fortes evidecircncias desse

envolvimento (MENESES 1999)

Outro indiacutecio de envolvimento desse neurotransmissor com os aspectos

cognitivos consiste na localizaccedilatildeo de alguns receptores serotonineacutergicos em aacutereas

cerebrais responsaacuteveis pela aprendizagem e memoacuteria incluindo o hipocampo

amigdala e cortex cerebral Receptores e vias da serotonina parecem estar situados

em aacutereas relacionadas com a disfunccedilatildeo do processo cognitivo Aparentemente a

doenccedila de Alzheimer estaacute associada com decreacutescimo nos marcadores serotonineacutergicos

como do complexo da rafe complexo de captaccedilatildeotransporte e no nuacutemero de alguns

receptores serotonineacutergicos Tem-se observado que pacientes esquizofrecircnicos com

doenccedila de Alzheimer apresentam correlaccedilatildeo significativa dos niacuteveis da serotonina e de

seu principal metaboacutelito (5-HIAA) Diferentes processos serotonineacutergicos estatildeo sob

investigaccedilatildeo para serem utilizados no tratamento da amneacutesia e da doenccedila de

Alzheimer (MENESES 1999)

Na uacuteltima deacutecada o interesse em verificar a relaccedilatildeo da serotonina com a

cogniccedilatildeo aumentou subitamente apoacutes a idealizaccedilatildeo de uma manipulaccedilatildeo

farmacoloacutegica agrave base de aminoaacutecidos que resultava na depleccedilatildeo aguda do

triptofano possibilitando a realizaccedilatildeo de estudos em humanos vivos

(EDITORIAL 2004) Todavia os resultados advindos da utilizaccedilatildeo dessa

manipulaccedilatildeo natildeo satildeo convergentes em relaccedilatildeo aos benefiacutecios cognitivos

(PORTER et al 2000 MURPHY 2002) necessitando de novas intervenccedilotildees que

colaborem para o esclarecimento do tema

27 QUALIDADE DE VIDA

A busca por uma vida com qualidade felicidade bem-estar e prazer e uma

constante luta pela satisfaccedilatildeo de suas necessidades tem sido uma aspiraccedilatildeo que

acompanha o homem desde o princiacutepio da humanidade Todavia a expressatildeo

ldquoqualidade de vidardquo foi utilizada pela primeira vez ou tornou-se notoacuteria quando em

discurso o presidente dos Estados Unidos Lyndon Jonhson em 1964 afirmava que

os objetivos natildeo poderiam ser medidos atraveacutes de balanccedilos bancaacuterios Todavia

poderiam ser medidos atraveacutes da ldquoqualidade de vidardquo que estes proporcionariam agraves

52

pessoas O indicador de qualidade de vida utilizado naquele discurso baseava-se

principalmente em fatores econocircmicos o que significa na atualidade apenas uma

das facetas expressas nesse termo (SETIEacuteN SANTAMARIA 1993 OMS 1998)

Atualmente a expressatildeo ldquoqualidade de vidardquo apesar de muito utilizada natildeo

adquiriu um conceito que abrangesse todo o seu significado Por ser um termo em

moda muitas pessoas o utilizam projetando para o conceito um significado diferente

dificultando ainda mais a tentativa de definiccedilatildeo (GRIMLEY-EVANS 1996)

Esse conflito conceitual agrava-se pelo fato da variaacutevel ldquoqualidade de vidardquo ser

mensurada utilizando instrumentos situaccedilotildees contextos e pessoas distintas (KING

DOBSON HARNET 1996) GILL e FEINSTEIN (1994) observaram que 85 das

publicaccedilotildees cientiacuteficas que abordavam esse tema e que por eles foram investigadas natildeo

apresentaram uma definiccedilatildeo para ldquoqualidade de vidardquo isto talvez por sua

multidisciplinariedade Dessa forma natildeo existe entre os poucos conceitos um que

detenha aceitaccedilatildeo universal (FARQUHAR 1995)

Com o passar dos anos o interesse dessa temaacutetica aumentou

expressivamente vaacuterios instrumentos foram elaborados e validados cientificamente

construiacutedos sob forma de escalas objetivas para permitir quantificar dados tidos

como subjetivos Variando na abordagem e na forma de apresentaccedilatildeo essas escalas

satildeo aplicadas isoladamente ou associadas podendo fornecer medidas globais e

especiacuteficas de qualidade de vida Medidas que certamente natildeo tecircm a mesma

precisatildeo e rigor como por exemplo aquelas adquiridas atraveacutes de dados

bioquiacutemicos mas que satildeo capazes de contribuir para compreensatildeo de vaacuterias

problemaacuteticas e facilitar na elaboraccedilatildeo de procedimentos preventivos ou de

resoluccedilatildeo de problemas dentro da aacuterea estudada

Presumivelmente o termo ldquoqualidade de vida e sauacutederdquo foi utilizado pela

primeira vez em meados dos anos de 1960 no editorial ldquoMedicina e Qualidade de

vidardquo (ELKINGTON 1966) Desde entatildeo vaacuterios estudos surgiram dando enfoque para

essa nova dimensatildeo de qualidade de vida avaliando intervenccedilotildees terapecircuticas e

condutas meacutedicas para formular poliacuteticas de sauacutede HUNT (1980) acredita que os

indicadores de qualidade de vida na aacuterea de sauacutede satildeo baseados na expectativa de

53

vida morbidade e mortalidade aleacutem de padratildeo de avaliaccedilatildeo de tratamentos

oferecidos aos pacientes Jaacute que a percepccedilatildeo subjetiva do paciente quanto ao seu

estado de sauacutede seja um indicador importante a ser considerado e deve ser sempre

avaliado Adicionalmente Kaplan (1984) afirma que o impacto da sauacutede sobre a

mobilidade atividade fiacutesica e atividade social estaacute intimamente relacionado com a

qualidade de vida e sauacutede

A OMS ciente da necessidade cientiacutefica de esclarecer convencionar ou

facilitar pesquisas dentro dessa temaacutetica organizou uma equipe de especialistas

com o objetivo de elaborar um instrumento geneacuterico de avaliaccedilatildeo da ldquoqualidade de

vidardquo construiacutedo atraveacutes de um meacutetodo transcultural (WHOQOL) Foi entatildeo que

surgiu o conceito elaborado por profissionais que consideram que a qualidade de

vida seja a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e

sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo aos seus objetivos expectativas

padrotildees e preocupaccedilotildees Conscientes da complexidade do tema a OMS admitiu

que embora natildeo houvesse uma definiccedilatildeo consensual de qualidade de vida havia

concordacircncia consideraacutevel acerca de algumas caracteriacutesticas desse constructo

como por exemplo a subjetividade que aleacutem das condiccedilotildees objetivas como

aquisiccedilotildees materiais muito valorizadas nos primeiros instrumentos elaborados

existam as condiccedilotildees subjetivas oportunizando e valorizando as percepccedilotildees e os

valores dados pelos sujeitos dentro de um contexto A segunda caracteriacutestica foi a

multidimensionalidade em que o instrumento deveria enfocar no miacutenimo trecircs

dimensotildees baacutesicas (fiacutesica psicoloacutegica e social) sempre em uma vertente subjetiva

como o indiviacuteduo percebe seu estado fiacutesico cognitivo e afetivo suas relaccedilotildees

interpessoais e os papeacuteis sociais em sua vida Terceiro a bipolaridade o

instrumento deveraacute incluir dimensotildees positivas e negativas e enfatizar a percepccedilatildeo

do indiviacuteduo acerca destas dimensotildees (OMS 2004)

A qualidade de vida eacute tatildeo importante para o idoso como para qualquer outro

indiviacuteduo de outra faixa etaacuteria Conviver bem com os decliacutenios naturais promovidos

pelo envelhecimento deve ser um desafio possiacutevel Envelhecer satisfatoriamente

depende do delicado equiliacutebrio entre as limitaccedilotildees e as potencialidades do indiviacuteduo

54

que lhe possibilitaraacute lidar em diferentes graus de eficaacutecia com as perdas inevitaacuteveis

do envelhecimento (NERI 2000)

FERRANS (1990) conceituou qualidade de vida como a sensaccedilatildeo de bem-estar

de um indiviacuteduo que varia da satisfaccedilatildeo agrave insatisfaccedilatildeo com respeito agraves aacutereas da

vida que satildeo importantes para ele A literatura gerontoloacutegica apresenta conceitos de

envelhecimento como ldquovelhice bem-sucedidardquo ldquoqualidade de velhicerdquo no sentido de

satisfaccedilatildeo de vida e estado de acircnimo como formas de tentar medir o bem-estar

Lawton (1991) enfoca a qualidade de vida na velhice como uma avaliaccedilatildeo

multidimensional referenciada por criteacuterios socionormativos (objetivos) e

intrapessoais (subjetivos) a respeito das relaccedilotildees atuais passadas e prospectivas

entre o indiviacuteduo maduro ou idoso e o seu ambiente

Uma velhice bem-sucedida envolve aspectos de realizaccedilatildeo do potencial

para alcanccedilar o bem-estar fiacutesico social e psicoloacutegico avaliado como adequado

pelo indiviacuteduo e pelo seu grupo etaacuterio tendo como paracircmetro as condiccedilotildees

objetivas e os valores sociais fundamentados no que seria desejaacutevel para que as

pessoas pudessem realizar seu potencial e a manutenccedilatildeo da competecircncia

funcional em domiacutenios selecionados por meio de mecanismos de compensaccedilatildeo e

otimizaccedilatildeo (NERI 2000)

Knorst et al (2001) e Hernandes e Barros (2004) afirmam que existe um

estreito relacionamento entre a qualidade de vida do idoso e sua habilidade ou

capacidade de desempenhar atividades ou tarefas da vida diaacuteria com autonomia e

independecircncia e destacam a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos como um fenocircmeno

facilitador entre eles

Natildeo eacute justo e nem eacute humano prolongar a vida dos que jaacute ultrapassam a fase

adulta quando natildeo lhes satildeo dadas condiccedilotildees de sobrevivecircncia digna Eacute melhor

acrescentar vida aos anos a serem vividos do que anos agrave vida precariamente vivida

(PAPALEacuteO NETTO amp PONTE 2002) O objetivo natildeo deve ser o de prolongar a vida e

com ela o sofrimento mas tornar a fragilidade uma pequena parcela da vida e

morrer jovem e com qualidade de vida o mais tarde possiacutevel

55

28 IMAGEM CORPORAL

Segundo Faith amp Allison (1996) e Williamson amp Orsquoneil (1998) imagem

corporal eacute a capacidade de representaccedilatildeo mental do proacuteprio corpo a interaccedilatildeo

entre o componente perceptivo avaliaccedilatildeo cognitiva do tamanho do corpo e o

componente postural Uma complexa resposta afetivandashcognitivondashcomportamental agrave

essa avaliaccedilatildeo Uma percepccedilatildeo individual de seu proacuteprio corpo e a maneira como

se sente a despeito

Para Mataruna (2004) a imagem corporal eacute uma figuraccedilatildeo do proacuteprio corpo

formada e estruturada na mente do mesmo indiviacuteduo que se desenvolve desde o

nascimento ateacute a morte dentro de uma estrutura complexa e subjetiva sofrendo

modificaccedilotildees que implicam na construccedilatildeo contiacutenua e reconstruccedilatildeo incessante

resultante do processamento de estiacutemulo

Vaacuterios fatores podem influenciar negativamente sobre a imagem corporal

de um indiviacuteduo por estabelecerem padrotildees dificilmente atingiacuteveis Como por

exemplo a existecircncia de forte tendecircncia social e cultural de considerar a

ldquomagrezardquo como uma situaccedilatildeo ideal de aceitaccedilatildeo e ecircxito Segundo a National

Eating Disorders Assciation esses padrotildees de beleza satildeo infelizmente

altamente discrepantes com a realidade visto que apenas 2 de mulheres satildeo

tatildeo magras quanto os modelos promovidos pelos meios de comunicaccedilatildeo

aumentando assim a insatisfaccedilatildeo com o proacuteprio corpo e resultando em

tentativa incessante em transforma-lo (KOWALSKI 2003)

Jovens adolescentes em sua maioria do sexo feminino internalizam esses

valores e modificam seus haacutebitos de vida em funccedilatildeo de se enquadrarem dentro

desses quisitos Quando adultas ou na meia-idade sentimentos de auto-criacutetica satildeo

intensificados e seus valores pessoais satildeo associados a eles resultando em

insidiosa destruiccedilatildeo da auto-estima e possiacutevel desenvolvimento de distuacuterbios

alimentares e desordens comportamentais comprometendo sua sauacutede fiacutesica e

mental podendo ateacute culminar com a morte Por conseguinte a literatura revela

que mulheres idosas quando insatisfeitas com a aparecircncia de seu corpo tendem

ser mais conscientes do que mulheres mais jovens Todavia essa consciecircncia natildeo

56

significa satisfaccedilatildeo visto que vaacuterios estudos que realizaram anaacutelise comparativa

entre mulheres jovens e idosas perceberam que um grande nuacutemero (60) de

insatisfaccedilatildeo e distorccedilatildeo da imagem corporal (forma e tamanho) persistiu ainda

entre idosas (FEY- YENSAN et al 2002)

Por outro lado apoacutes a comparaccedilatildeo entre gecircneros resultados de

investigaccedilotildees destacaram que os homens apresentam resultados mais positivos

em relaccedilatildeo agrave satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que as mulheres incluindo

tanto aspectos esteacuteticos como o peso corporal e a aparecircncia facial quanto

aspectos funcionais como a coordenaccedilatildeo motora a agilidade a sauacutede e o

desempenho sexual Mulheres em funccedilatildeo de vaacuterios eventos inerentes agrave sua

natureza apresentam maior flutuaccedilatildeo nas transiccedilotildees da formaccedilatildeo da imagem

corporal quando comparadas aos homens (HARGREAVES amp TIGGEMANN 2004

KAGAWA et al 2007) o que presumivelmente pode estar associado agrave maior

prevalecircncia de doenccedilas como a bulemia e anorexia relacionadas agrave insatisfaccedilatildeo e

distorccedilatildeo da imagem corporal real em funccedilatildeo de uma imagem corporal estipulada

como ideal (HAY 2002 CONNER amp JOHNSON 2004)

Confronto entre grupos eacutetnicos indicam que maior grau de insatisfaccedilatildeo com

a imagem corporal eacute apresentado por mulheres brancas seguido por mulheres

negras e por uacuteltimo mulheres asiaacuteticas (FITZGIBBON BLACKMAN amp AVELLONE 2000 CACHELIN et al 2002)

Acredita-se que a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos possa interferir

positivamente para construccedilatildeo da imagem corporal Le Boulch (1998) afirmou que

o principal objeto da educaccedilatildeo psicomotora constitui-se em ajudar o indiviacuteduo em

seus primeiros anos de vida a conseguir melhor percepccedilatildeo de sua imagem corporal

Schilder (1990) um dos mais conceituados pesquisadores da imagem corporal

enfatiza a importacircncia do movimento e da accedilatildeo para o reconhecimento e construccedilatildeo

desta imagem Segundo ele a relaccedilatildeo acontece nos dois sentidos tanto o

movimento faz-se necessaacuterio para a percepccedilatildeo e compreensatildeo do proacuteprio corpo

quanto o conhecimento das diversas partes do corpo e de suas relaccedilotildees muacutetuas seja

necessaacuterio para a realizaccedilatildeo de qualquer movimento Nesse sentido investigaccedilotildees

57

recentes ratificam essa influecircncia positiva do exerciacutecio afirmando que indiviacuteduos

submetidos a programa regular de atividade fiacutesica apresentaram maiores iacutendices

de satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que indiviacuteduos sedentaacuterios (BAHRAM amp

TEHRAN 2003 MATSUO et al 2007)

A insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal entre mulheres idosas diferencia-se

de sua insatisfaccedilatildeo quando jovem O processo do envelhecimento natildeo apenas

interfere em sua apresentaccedilatildeo esteacutetica (cabelos pele denticcedilatildeo postura peso

corporal entonaccedilatildeo da voz etc) mas reduz o desempenho de todo seu

organismo limitando-o para a execuccedilatildeo de muitas atividades diaacuterias Assim

sendo a perda da beleza da independecircncia e da energia associadas a perdas

de entes queridos da sauacutede ou da individualidade pode causar um grande

impacto na vida da mulher idosa e interferir em sua auto imagem (HAYFLICK

1997 FEY-YENSAN et al 2002)

Pessoas com uma visatildeo saudaacutevel de sua imagem corporal vecircem-se

realisticamente e tendem a gostar de seus corpos Uma imagem corporal positiva

revela auto-confianccedila energia vitalidade e auto-avaliaccedilatildeo positiva sentimentos de

beleza e atraccedilatildeo confianccedila e respeito pelo proacuteprio corpo liberdade de expressatildeo

corporal independentemente do peso corporal que apresenta Por outro lado

pessoas com a imagem corporal pobre e distorcida sentem-se insatisfeitas e

indiferentes em relaccedilatildeo ao proacuteprio corpo Pensam que sua aparecircncia seja alvo de

criacuteticas e sentem-se constantemente avaliadas pelos outros Ao auto-avaliar-se datildeo

importacircncia excessiva ao aspecto fiacutesico com uma preocupaccedilatildeo angustiante com o

proacuteprio corpo Detecircm sentimentos constantes de vergonha ou acanhamento que

podem vir seguidos de atitudes como avaliar sua composiccedilatildeo corporal

excessivamente (pesar medir) e com frequumlecircncia procuram comprar ou

experimentar roupas novas disfarccedilar o tamanho e forma do corpo usando roupas

largas e grandes evitar situaccedilotildees sociais que possam desencadear auto-

consciecircncia fiacutesica que tenham que expor o corpo vestindo roupas de banho

(KOWALSKI 2003 SHEENArsquos 2003)

58

A percepccedilatildeo subjetiva que uma pessoa tem sobre seu corpo pode ser mais

importante do que a realidade objetiva de sua aparecircncia Nesse sentido o peso

natildeo parece por si soacute ser o uacutenico determinante do grau de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo com imagem corporal (ALMEIDA 2002)

59

33 MMAATTEERRIIAALL EE MMEacuteEacuteTTOODDOO

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO

Foi realizado um delineamento quase experimental (Tabela 2) de abordagem

quantitativa (COZBY 2003 MARCONI amp LAKATOS 2003) com preacute e poacutes-testes nos

quais os dados referentes agraves variaacuteveis IMC VO2pico idade e duraccedilatildeo do teste

incremental na esteira foram considerados para a distribuiccedilatildeo da amostra para o

grupo controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90PCR e Gmax)

Sessotildees agudas de exerciacutecios cardiovasculares de diferentes intensidades e duraccedilatildeo

foram utilizadas como fator experimental Os resultados foram adquiridos pela

comparaccedilatildeo das meacutedias intragrupos e entregrupos

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90LA e Gmax) Grupo Seleccedilatildeo Preacute-teste Tratamento Poacutes-teste Δ

GC Natildeo aleatoacuteria a (GC) Nenhum b (GC) b (GC) - a (GC) G90LA Natildeo aleatoacuteria a (G90LA) 90 LA 20rsquo b (G90LA) b (G90LA) - a (G90LA) GLA Natildeo aleatoacuteria a (GLA) No LA 20rsquo b (GLA) b (GLA) - a (GLA) G90PCR Natildeo aleatoacuteria a (G90PCR) 90 LA 20rsquo b (G90PCR) b (G90PCR) - a (G90PCR) Gmax Natildeo aleatoacuteria a (Gmax) Teste max b (Gmax) b (Gmax) - a (Gmax) GLA1h Natildeo aleatoacuteria a (GLA1h) No LA 1h b (GLA1h) b (GLA1h) - a (GLA1h) Δ = diferenccedila entre preacute e poacutes-testes

O delineamento quase-experimental preacute-testepoacutes-teste com grupo controle

natildeo equivalente tambeacutem conhecido como experimento natildeo aleatoacuterio eacute um estudo

no qual o investigador interveacutem na caracteriacutestica que estaacute sendo investigada

entretanto natildeo haacute alocaccedilatildeo aleatoacuteria dos participantes ou de aacutereas aos grupos

que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo Essa eacute a principal diferenccedila em relaccedilatildeo ao

estudo experimental Os grupos que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo satildeo

geralmente formados considerando os aspectos administrativos criteacuterios

operacionais e o recrutamento de voluntaacuterios Entre as vantagens do estudo

quase-experimental pode-se citar ser implementado concomitantemente agrave

execuccedilatildeo das accedilotildees avaliar programas que atingem grandes populaccedilotildees e por

razotildees eacuteticas uma vez que o programa natildeo necessita ser interrompido para ser

avaliado As principais limitaccedilotildees satildeo a natildeo aleatoriedade na definiccedilatildeo da

amostra ao tamanho da amostra a ser estudada principalmente quando o

60

resultado de interesse eacute relativamente raro ao tempo e aos recursos necessaacuterios

para o desenvolvimento do estudo (CAMPBELL amp STANLEY 1979)

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO

Foi estabelecida como populaccedilatildeo alvo desse estudo um grupo de senhoras

inscritas em um programa de extensatildeo de atendimento ao idoso (Figura 4) vinculado

ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Stricto Sensu da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

(PPGEFUCB-DF) que representou um total de 225 senhoras

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA

333311 PPrriimmeeiirraa ffaassee

Criteacuterios de inclusatildeo apoacutes a avaliaccedilatildeo meacutedica a mulher deveria ser considerada

apta agrave praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ter idade entre 60 e 74 anos ser fisicamente

ativa (por um periacuteodo miacutenimo de 6 meses) fisicamente independente e ser

alfabetizada

Criteacuterios de exclusatildeo Uso abusivo de cigarros e bebidas associados agrave

dependecircncia co-morbidades meacutedicas capazes de interferir na realizaccedilatildeo e resultados

desse estudo como diabetes cardiopatias acidente vascular cerebral doenccedila de

Alzheimer doenccedila de Parkinson e distuacuterbios na tireoacuteide a utilizaccedilatildeo de

medicamentos antidepressivos limitaccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticas ou doenccedilas

cardiovasculares que impossibilitem a realizaccedilatildeo dos testes fiacutesicos que seratildeo

realizados nesse estudo

333322 SSeegguunnddaa ffaassee

Todas as voluntaacuterias que se enquadraram nos requisitos da primeira fase foram

informadas sobre os procedimentos que seriam utilizados nesta investigaccedilatildeo e seus

possiacuteveis desconfortos riscos e benefiacutecios Em seguida foram convidadas se assim o

desejassem a assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2) A

discordacircncia dos termos expostos aliada agrave negaccedilatildeo do consentimento foram

considerados como fator de exclusatildeo

61

A amostra desse estudo foi selecionada de forma natildeo-probabiliacutestica de um

grupo de 225 senhoras inseridas em um Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB- DF) Para a

seleccedilatildeo 147 idosas foram impossibilitadas de participar por apresentarem

incompatibilidade com os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos nesse

estudo (subitem 331) agrave saber

17 Idosas apresentaram restriccedilotildees meacutedicas para a realizaccedilatildeo do teste de esforccedilo

maacuteximo (TEM)

19 Idosas encerraram o TEM precocemente pelos criteacuterios descritos no item 344

16 Idosas apresentaram idade acima da faixa etaacuteria preestabelecida (ge 75 anos)

54 Idosas apresentaram o tempo de realizaccedilatildeo do TEM menor do que 480 s ou

apresentaram um VO2pico menor que ge17 (mlkgmin) no TEM

29 Idosas apresentaram Diabetes Mellitus tipo II

06 Idosas apresentaram hipo ou hiper tiroidismo

01 Idosa apresentou doenccedila de Parkinson

05 idosas faziam uso de antidepressivos

333333 DDeeffiinniiccedilccedilatildeatildeoo ddaa aammoossttrraa ddoo eessttuuddoo

A amostra foi constituiacuteda por 49 mulheres idosas ativas (n=49) fisicamente

independentes (SPIRDUSO 2005) com idade compreendida entre 60 e 74 anos que

foram distribuiacutedas para seis grupos utilizando como criteacuterio de distribuiccedilatildeo o iacutendice

de massa corporal o VO2pico o tempo de duraccedilatildeo no teste incremental na esteira e

a idade Um grupo controle (GC n= 8) e cinco grupos experimentais submetidos a

sessatildeo de exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90

do limiar anaeroacutebio na intensidade do limiar anaeroacutebio e a 90 do ponto de

compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA n=8 GLA n=8 e G90PCR n= 8

respectivamente) submetido a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax n= 8) e

submetido a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo sob agrave intensidade do limiar

anaeroacutebio (GLA1h n=9)

62

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do programa de atendimento ao idoso do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF) onde foi realizada a seleccedilatildeo da amostra

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS

334411 QQuueessttiioonnaacuteaacuterriioo ddee ssaauacuteuacuteddee ee hhaacuteaacutebbiittooss ddee vviiddaa

O preenchimento do questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida (Anexo 1) foi

realizado no ato da matriacutecula Constituiacutedo de 30 perguntas elaboradas com intuito de

obter melhor caracterizaccedilatildeo da amostra aleacutem de identificar criteacuterios de exclusatildeo preacute-

estabelecidos (item 331) As sete primeiras perguntas foram constituiacutedas do

questionaacuterio PAR-Q (Physical Activity Readiness Questionnaire) tambeacutem conhecido

como Questionaacuterio de Prontidatildeo para Atividade Fiacutesica Utilizado para identificar e

rastrear indiviacuteduos que necessitam de avaliaccedilatildeo ou tratamento medico preacutevio antes

de iniciar um programa de exerciacutecios fiacutesicos (THOMAS READING SHEPHARD 1992)

Os demais questionamentos referiram-se agrave sauacutede fiacutesica e mental das voluntaacuterias de

sua ingesta medicamentosa intervenccedilotildees ciruacutergicas a que foram submetidas

acometimentos de doenccedilas niacutevel de atividade fiacutesica escolariadade e renda familiar

334422 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccaass

Para melhor caracterizaccedilatildeo da amostra foram determinadas caracteriacutesticas

fiacutesicas por meio das seguintes medidas antropomeacutetricas massa e estatura corporal

iacutendice de massa corporal (IMC) percentual de gordura Corporal (GC)

circunferecircncia de cintura (CC) e a relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) Os instrumentos e

procedimentos foram

63

3421 Massa corporal

A avaliaccedilatildeo da massa corporal foi realizada atraveacutes de balanccedila da marca

Toledo digital modelo 2096 PP com carga miacutenima de 125 kg e carga maacutexima de

150 kg e resoluccedilatildeo de 01 gramas As voluntaacuterias foram avaliadas sem calccedilados com

roupas leves (bermuda e camiseta) e sem acessoacuterios foram posicionadas em peacute

(ereta) no centro da plataforma da balanccedila frente ao monitor com braccedilos soltos e

peacutes paralelos A mensuraccedilatildeo foi efetuada em quilogramas

3422 Estatura corporal

Para anaacutelise da estatura corporal foi utilizado um estadiocircmetro da marca

Cardiomed de resoluccedilatildeo de 01 cm As idosas foram posicionadas eretas com os

calcanhares a cintura peacutelvica a cintura escapular e a regiatildeo occipital em contato

com a parede Todas as idosas foram orientadas a manter a cabeccedila paralela ao chatildeo

e o olhar fixo na posiccedilatildeo horizontal (plano Frankfurt) A avaliada apresentou-se

descalccedila e sem adereccedilos no cabelo A mensuraccedilatildeo deu-se durante a execuccedilatildeo de

inspiraccedilatildeo profunda seguida de apneacuteia

3423 Percentual de gordura corporal

Para a anaacutelise do GC atraveacutes da medida da gordura corporal total (Figura

5) utilizou-se o meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia-DEXA (Marca

LUNAR ndash DPX ndash IQ versatildeo 46A) Foi solicitado que as voluntaacuterias se apresentassem

com roupas leves e sem adereccedilos de metais Para a anaacutelise dessa medida as idosas

foram cuidadosamente posicionadas em decuacutebito dorsal sobre a mesa do

equipamento Uma varredura completa do corpo foi realizada por uma fonte de raio

ldquoXrdquo e um detector em um braccedilo de scanner com uma velocidade relativamente

lenta de 1cms O mapeamento de todo o corpo pelo DEXA foi estimado em torno de

12 a 18 minutos dependendo da composiccedilatildeo corporal da voluntaacuteria O ponto de

corte adotado para essa variaacutevel foi o de Lohman (1992) Onde percentual de

gordura lt que 20 = abaixo do peso entre 20 e 30 = peso normal e gt de 30 =

excesso de gordura corporal

64

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal atraveacutes do meacutetodo de Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia ndash UCB-DF

3424 Iacutendice de massa corporal

Para a tomada do Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizou-se a equaccedilatildeo peso

em quilogramas dividido pela estatura em metros elevada ao quadrado

O ponto de corte estabelecido para esta variaacutevel foi o da OMS (2003)

CLASSIFICACcedilAtildeO IMC kgm2 RISCO DE COMORBIDADE Baixo Peso lt 185 Baixo ( poreacutem risco para outras problemas cliacutenicos) Peso Normal 185 a 249 Meacutedio Sobrepeso 250 a 29 Aumentado Obesidade I 30 a 349 Moderado Obesidade II 35 a 399 Severo Obesidade III gt= 40 Muito Severo

3425 Circunferecircncia de cintura e relaccedilatildeo da cintura e quadril

Para a avaliaccedilatildeo da circunferecircncia de cintura (CC) verificou-se a tomada do

periacutemetro da cintura com a fita posicionada ao redor da menor circunferecircncia

localizada entre as costelas e a crista iliacuteaca A mensuraccedilatildeo do periacutemetro do quadril

foi realizada posicionando a fita ao redor do quadril na regiatildeo de maior

protuberacircncia A relaccedilatildeo cintura e quadril (RCQ) foi obtida pela divisatildeo da CC pela

circunferecircncia do quadril Os pontos de corte estabelecidos para estas variaacuteveis

foram elaborados pela OMS (1998) CC ge 85cm = risco para doenccedilas crocircnicas e

CC ge 88cm= risco muito aumentado RCQ lt 085cm = favoraacutevel para a sauacutede e RCQ

gt 085 = desfavoraacutevel para a sauacutede

65

334433 AAvvaalliiaaccedilccedilatildeatildeoo mmeacuteeacuteddiiccaa

Antes do teste de potecircncia aeroacutebia toda amostra foi submetida a

avaliaccedilatildeo meacutedica que consistiu do preenchimento de questionaacuterio utilizado

como anamnese avaliaccedilatildeo cliacutenica e eletrocardiograma (ECG) em repouso As

avaliaccedilotildees fiacutesicas foram realizadas somente apoacutes ser descartada a existecircncia de

riscos para a realizaccedilatildeo das mesmas

334444 TTeessttee ddee ppoottecircecircnncciiaa aaeerroacuteoacutebbiiaa ((VVOO22ppiiccoo))

Para avaliar a capacidade cardiorrepiratoacuteria toda a amostra foi submetida a

um teste cardiopulmonar (Figura 6) realizado em esteira rolante (modelo RT 300 Pro

Moviment Brasil) Os procedimentos foram realizados no Laboratoacuterio de Estudos em

Educaccedilatildeo Fiacutesica e Sauacutede (LEEFS) que foi climatizado em torno dos 22 ordmC e

apresenta os equipamentos e medicaccedilotildees necessaacuterias para uma eventual situaccedilatildeo de

emergecircncia Monitoraccedilatildeo eletrocardiograacutefica (ECG Digital Micromed Brasil) foi

realizada antes durante e depois do esforccedilo fiacutesico obedecendo a seguinte sequumlecircncia

loacutegica repouso (12 derivaccedilotildees padratildeo) durante toda a realizaccedilatildeo do esforccedilo (trecircs

derivaccedilotildees CM5 D2M e V2M) e seis minutos de recuperaccedilatildeo O exame foi

supervisionado por um meacutedico cardiologista e conduzido sob o protocolo de rampa

padronizado e adequado para o perfil da amostra apoacutes a realizaccedilatildeo de testes-piloto

para que a exaustatildeo ocorresse entre oito e doze minutos O teste consistiu

inicialmente de uma velocidade de 20 kmh e 0 de inclinaccedilatildeo aos 10 minutos de

teste a velocidade e inclinaccedilatildeo prevista de 60 kmh e 6 respectivamente

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante teste incremental maacuteximo realizada no LEEFS ndash UCB-DF

66

A cada dois minutos a pressatildeo arterial foi mensurada utilizando um

esfigmomanocircmetro de coluna de mercuacuterio e a percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo

monitorada atraveacutes de comunicaccedilatildeo direta utilizando como instrumento a escala de

Borg (2000 Anexo 3) Durante a realizaccedilatildeo do esforccedilo as voluntaacuterias respiraram

atraveacutes de uma maacutescara de silicone (Hans Rudolf Alemanha) O consumo de

oxigecircnio (VO2) a produccedilatildeo de dioacutexido de carbono (VCO2) e a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foram mensurados a cada ciclo respiratoacuterio atraveacutes de um analisador de gases

(Metalyzer 3b Coacutertex Alemanha) O software utilizado para gerenciar o exame foi o

Ergo PC Elite for Windows (Micromed Brasil) que controla a velocidade e a

inclinaccedilatildeo da esteira atraveacutes de interface de comunicaccedilatildeo com o computador

O ponto de corte da American Heart Association (1972) foi adotado para

classificaccedilatildeo do niacutevel de aptidatildeo cardiopulmonar onde V02max (mlKgmin) lt

13 = aptidatildeo muito fraca de 13 a 17= fraca 18 a 23 = regular 24 a 34 = boa

e gt 35 = excelente

Foram adotados como criteacuterios de interrupccedilatildeo do teste a exaustatildeo voluntaacuteria

o aumento suacutebito da pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) acima de 250 mmHg e da

pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) acima de 140 mmHg queda sustentada da PAS

percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo (PSE) na escala de Borg de 19-20 (BORG 2000

Anexo 3) manifestaccedilatildeo cliacutenica de dor ou queimaccedilatildeo toraacutecica infradesnivelamento do

segmento ST_3mm supradesnivelamento do segmento ST_ 2mm em derivaccedilatildeo sem

presenccedila de onda Q arritmia ventricular complexa aparecimento de taquicardia

supraventricular sustentada taquicardia atrial fibrilaccedilatildeo atrial bloqueio

atrioventricular de 2ordm e 3ordm graus sinais de insuficiecircncia ventricular esquerda ou

falecircncias dos sistemas de monitorizaccedilatildeo e registro

334455 TTeessttee ddee ccaarrggaa

O agendamento dos TCs aconteceram de forma alternada entre grupos Todos

os testes foram realizados no periacuteodo da manhatilde Apoacutes ser oferecido um desjejum

padratildeo a PA da voluntaacuteria era aferida e em seguida iniciava-se um monitoramento

da FC de 5 em 5 minutos Apoacutes 20 minutos de repouso realizava-se a primeira

coleta de sangue seguida pelo iniacutecio do TC Os testes foram precedidos e sucedidos

por um periacuteodo de 3 minutos de aquecimento e desaquecimento respectivamente

67

Para definiccedilatildeo da intensidade do TC tomaram-se como base os dados individuais

obtidos no teste de potecircncia aeroacutebia em que foi pontuada a FC e a PSE referente ao

limiar determinado para cada grupo (LA ou PCR) e calculou-se o percentual da

intensidade desejada Apesar de estabelecer uma zona-alvo de amplitude superior e

inferior de 5 bpm procurou-se manter a intensidade estabilizada o mais proacuteximo

possiacutevel da FC e PSE alvo A intensidade e a duraccedilatildeo preestabelecidas para cada

grupo foram descritas no item 332 Imediatamente apoacutes o teacutermino do TC

realizou-se a segunda coleta de sangue e um novo periacuteodo de 20 min de repouso foi

oferecido ateacute que PA e FC estivessem proacuteximas dos valores iniciais nesse momento

apenas os grupos GLA1h GC e Gmax foram submetidos a uma 3ordf coleta de sangue

Um lanche foi novamente oferecido em funccedilatildeo do desgaste fiacutesico associado agraves

coletas de sangue

33445511 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio

A determinaccedilatildeo dos limiares ventilatoacuterios foi realizada atraveacutes da

segmentaccedilatildeo das curvas de diferentes paracircmetros ventilatoacuterios equivalentes

ventilatoacuterios de O2 (VEVO2) e CO2 (VEVCO2) fraccedilotildees expiradas finais de O2 (PETO2)

e CO2 (PETCO2) e quociente respiratoacuterio (QR) O primeiro limiar ventilatoacuterio (LV1)

tratado neste estudo como limiar anaeroacutebio (LA) correspondeu ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas) O segundo limiar ventilatoacuterio

(LV2) tambeacutem conhecido como ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (PCR)

correspondeu ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e PETO2

coincidiram com a queda de PETCO2 (SKINNER amp MCLELLAN 1980)

346 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass ppssiiccoommeacuteeacutettrriiccaass

3461 Performance cognitiva

Para o rastreamento da performance e decliacutenio cognitivo utilizou-se o

Miniexame do Estado Mental ndash MMSE (ANEXO 7) considerado como teste

cognitivo breve composto por itens que avaliam a orientaccedilatildeo temporoespacial

registro memoacuteria de curto prazo atenccedilatildeo caacutelculo linguagem e praxia

68

construcional (FOLSTEIN 1975) O ponto de corte adotado foi o estabelecido por

Brucki et al (2003)

3462 Imagem corporal

Para a anaacutelise da imagem corporal foi adotada uma escala de silhuetas

proposta por Sorensen e Stunkard (1993) Esse instrumento constitui-se de 9

silhuetas com diferentes imagens corporais dispostas da mais magra agrave mais gorda

em ordem crescente (Anexo 6) Questionamentos baseados na auto-avaliaccedilatildeo da

imagem corporal real (ICR) a que a avaliada considera ter atualmente a imagem

corporal ideal (ICI) aquela desejada e idealizada pela idosa a percepccedilatildeo da imagem

corporal da idosa apresentada pelo avaliador (ICA) e perguntas sobre procedimentos

alimentares e ciruacutergicos adotados para manter ou alterar a imagem corporal

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Figura 7 ndash Escala de silhuetas de Sorensen amp Stunkard (1993)

O grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal foi calculado utilizando a

diferenccedila entre a imagem corporal real e a imagem corporal ideal (GI= CR ndash ICI) O

grau de distorccedilatildeo da imagem corporal foi calculado pela diferenccedila entre a imagem

corporal real e a imagem corporal apontada pelo avaliador (GD= ICR -ICA)

3463 Qualidade de Vida

Para a anaacutelise dos niacuteveis de qualidade de vida foi utilizada a versatildeo abreviada

em portuguecircs do questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOL-100) da Organizaccedilatildeo

Mundial de Sauacutede (OMS) adaptado por Fleck et al (1999) conhecido como

WHOQOL- bref (ANEXO 5)

69

O WHOQOLndashbref eacute constituiacutedo de 26 questotildees sendo duas gerais sobre o

tema qualidade de vida e as demais representando cada uma das 24 facetas que

compotildeem o instrumento original O nuacutemero de questionamentos referente a cada

domiacutenio se apresenta de acordo com o quadro a seguir

DOMIacuteNIO 1 - Domiacutenio Fiacutesico DOMIacuteNIO 2 - Domiacutenio Psicoloacutegico

1ordf - Dor e desconforto 2ordf - Energia e fadiga 3ordf - Sono e repouso 9ordf - Mobilidade 10ordf - Atividades da vida cotidiana 11ordf - Dependecircncia de medicaccedilatildeo ou de tratamentos

4ordf - Sentimentos positivos 5ordf - Pensar aprender memoacuteria e concentraccedilatildeo 6ordf - Auto-estima 7ordf - Imagem corporal e aparecircncia 8ordf - Sentimentos negativos 24ordf - Espiritualidade religiatildeo crenccedilas pessoais

DOMIacuteNIO 3 - Relaccedilotildees Sociais DOMIacuteNIO 4 - Meio Ambiente

13ordf - Relaccedilotildees pessoais 14ordf - Suporte (apoio) social 15ordf - Atividade sexual

16ordf - Seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo 17ordf - Ambiente no lar 18ordf - Recursos financeiros 19ordf - Cuidados de sauacutede e sociais

disponibilidade e qualidade 20ordf - Oportunidades de adquirir novas

informaccedilotildees e habilidades 21ordf - Participaccedilatildeo em e oportunidades de

recreaccedilatildeolazer 22ordf - Ambiente fiacutesico (poluiccedilatildeo ruiacutedo

tracircnsito clima) 23ordf - Transporte

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por domiacutenios e facetas

Apesar desse instrumento natildeo apresentar ponto de corte para classificar as

meacutedias indicadas para cada domiacutenio adotou-se para maior compreensatildeo dos

resultados os seguintes pontos de corte de 0 a 20 ldquomuito ruimrdquo de 21 a 40

ldquoruimrdquo de 41 a 60 ldquonem ruim e nem bomrdquo de 61 a 80 ldquobomrdquo e de 81 a 100

ldquomuito bomrdquo

Para identificar os niacuteveis de qualidade de vida calculou-se o valor dos 4

domiacutenios (fiacutesico psicoloacutegico ambiental e social) de acordo com a Sintaxe ldquoSPSS -

WHOQOL-bref questionnairerdquo Foi adotada a meacutedia desses domiacutenios como niacutevel de

qualidade de vida geral

70

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo

A avaliaccedilatildeo dos niacuteveis de depressatildeo das participantes deste estudo foi

baseada nos escores indicativos de depressatildeo do inventaacuterio de depressatildeo de Beck

(Beck Depression Inventory ndash BDI) um dos mais frequumlentes instrumentos de medida

para avaliar o estado de depressatildeo na populaccedilatildeo versatildeo em portuguecircs validada

para a populaccedilatildeo brasileira O BDI consistiu de 21 grupos de afirmaccedilotildees contendo

quatro frases cada um (Anexo 4) Apoacutes leitura cuidadosa a avaliada teve que

escolher a frase que mais se adequava agrave maneira como estava se sentido na semana

que antecedeu a avaliaccedilatildeo Os itens do inventaacuterio tiveram por finalidade avaliar os

sintomas e atitudes como tristeza pessimismo sensaccedilatildeo de fracasso insatisfaccedilatildeo

sentimento de culpa sentimento de puniccedilatildeo autodepreciaccedilatildeo auto-acusaccedilotildees

ideacuteias suicidas crises de choro irritabilidade retraccedilatildeo social indecisatildeo distorccedilatildeo da

imagem corporal inibiccedilatildeo para o trabalho distuacuterbio de sono fatigabilidade perda de

apetite e de peso preocupaccedilatildeo somaacutetica e diminuiccedilatildeo da libido O ponto de corte

adotado para definir os niacuteveis indicativos de depressatildeo seguiu a proposta do Center

for Cognitive Therapy que em escores menores que 10 o indiviacuteduo foi considerado

sem depressatildeo de 10 a 18 com depressatildeo leve de 19 a 29 com depressatildeo

moderada e escores de 30 a 63 considerados portadores de depressatildeo grave

(GORESTEIN amp ANDRADE 1998)

334477 AAnnaacuteaacutelliisseess bbiiooqquuiacuteiacutemmiiccaass

3471 Condiccedilotildees das coletas

Para a avaliaccedilatildeo dos analiacuteticos verificados neste estudo todos os grupos

foram submetidos a dois momentos de coleta de sangue Entretanto com o intuito

de verificar o comportamento da variaacutevel no periacuteodo de recuperaccedilatildeo submeteu-se

3 grupos (GLA 1h GC e Gmax) a uma coleta e dosagem adicional a saber

G90LA GLA e GPCR 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso e 2ordf coleta)

Imediatamente apoacutes sessatildeo de exerciacutecio

Gmax e GLA1h 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) imediatamente

apoacutes sessatildeo aguda de exerciacutecio e 3ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso

71

GC 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) 20 minutos apoacutes a primeira

coleta e 3ordf coleta) 1h apoacutes a primeira coleta

Para a coleta de sangue toda a amostra foi submetida a um jejum de 12

horas e a uma dieta de 24 horas que restringia os alimentos ricos em

triptofano como tomate abacate nozes banana pickles e berinjela

Adicionalmente foi oferecido um desjejum padratildeo 30 minutos antes do iniacutecio do

repouso inicial Para efeito de controle todas as coletas foram realizadas das

7h30 agraves 10h da manhatilde

Em cada coleta um volume de 5 ml de sangue foi colhido em tubos

vacutainers com heparina para a dosagem da cromatografia quantitativa de

aminoaacutecidos 5 ml de sangue em tubos secos para a dosagem da prolactina e

10 ml em tubos com EDTA para a dosagem da serotonina O sangue foi

centrifugado a 1200 rpm por 20 minutos Apoacutes a centrifugaccedilatildeo o plasma colhido

em tubos com EDTA foi aliquotado para dois tubos contendo 10 mg de EDTA e

75 mg de aacutecido ascoacuterbico e imediatamente centrifugado novamente Todo o

material foi congelado a -20 ordmC e a anaacutelise foi realizada em ateacute 7 dias

3472 Dosagens dos analiacuteticos

Para a dosagem da serotonina foi utilizado meacutetodo de cromatografia

liacutequida de alta eficiecircncia com detector de fluorescecircncia (High-performance

liquid chromatographic ndash Fluorometric Detection - HPLC ndash FD) Esse sistema

consistiu de uma bomba da marca Waters modelo 515 com detector de

fluorescecircncia da marca Waters modelo 474 com comprimento de onda de

excitaccedilatildeo de 285 nm e comprimento de onda de emissatildeo de 345 nm A coluna

analiacutetica utilizada foi a coluna Novandash Pack C 18 (39 x 150 nm) da marca

Waters A fase moacutevel consistiu de um tampatildeo de 507 ml de hidroacutexido de

amocircnia 647 ml de aacutecido aceacutetico glacial e 02 g de EDTA dissoacutedico e 1760 ml

de aacutegua destilada O PH foi ajustado para 51 com 6 M de hidroacutexido de amocircnia

e 325 ml de metanol quinze minutos antes da utilizaccedilatildeo A teacutecnica utilizada foi

a sugerida por Pesce amp Kaplan (1987)

72

Para a dosagem do triptofano e demais aminoaacutecidos utilizou-se

igualmente da teacutecnica HPLC com detector de fluorescecircncia A coluna analiacutetica

utilizada foi a Tchsphere ODS 5micro 150 mm 46 mm O fluxo foi de 09 mlmin o

comprimento da onda de excitaccedilatildeo e de emissatildeo foi de 330 nm e 418 nm

respectivamente Para a fase moacutevel A 40 mM Na2HPO4 PH 78 [55 g NaH2PO4

monohidrato + aacutegua ajustado para o PH 78 com soluccedilatildeo de NaOH (10N)] e

para fase moacutevel B ACN MeOH aacutegua (454510 vv) A teacutecnica sugerida foi

descrita por Woodward amp Henderson Jr (2007)

A prolactina foi dosada utilizando a teacutecnica de imunoensaio com o

equipamento DXI 800 da Baeckam coulter

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Todos os procedimentos metodoloacutegicos deste estudo foram submetidos agrave

apreciaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede

(FS) da Universidade de Brasiacutelia (UnB) conforme resoluccedilotildees Nordm 19696 e 25797

anexo 1 paacutegina 28 Recebendo em 14 de setembro de 2004 o registro de

aprovaccedilatildeo de nordm 0712004 (Anexo 9)

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO

Os dados foram organizados atraveacutes de medidas descritivas (meacutedia e desvio

padratildeo) e submetidos agrave uma anaacutelise exploratoacuteria Os outliers identificados foram

ajustados para que natildeo interferissem excessivamente na meacutedia A teacutecnica utilizada

para a correccedilatildeo desses valores foi a sugerida por Tabachnick e Fidell (2003) em que

os valores extremos superiores e inferiores satildeo ajustados de modo que fiquem igual

a uma unidade acima do valor mais alto ou uma unidade abaixo do menor valor da

amostra respectivamente A normalidade dos dados foi testada utilizando os testes

de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk e a homogeneidade das variacircncias foi

avaliado atraveacutes do teste de Levene Toda a anaacutelise estatiacutestica foi realizada utilizando

o softwares SAS 91 e o SPSS versatildeo 14 for Windowsreg

Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos foi utilizado como medida central a

meacutedia aritimeacutetica e como medida de dispersatildeo o desvio padratildeo Para medidas de

73

prevalecircncia os resultados foram apresentados em forma de frequumlecircncia e percentual

Utilizou-se o teste ldquotrdquo de student para investigar diferenccedilas entre a escolha da

imagem corporal ideal e a imagem corporal real (ICI x ICR) e da imagem corporal

real com a avaliaccedilatildeo do avaliador (ICR x ICA)

Para a anaacutelise de associaccedilatildeo foi utilizada a correlaccedilatildeo linear de Pearson para

identificar relaccedilotildees entre as variaacuteveis antropomeacutetricas com o grau de insatisfaccedilatildeo

com a imagem corporal e tambeacutem entre a capacidade cardiorrespiratoacuteria (VO2pico)

com os niacuteveis de depressatildeo e as variaacuteveis bioquiacutemicas

Utilizou-se a anaacutelise de variacircncia (Split Plot ANOVA) para verificar as

alteraccedilotildees bioquiacutemicas intra e entre grupos

O niacutevel de significacircncia estabelecido foi de ple005

74

44 AANNAacuteAacuteLLIISSEE DDOOSS RREESSUULLTTAADDOOSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

A amostra deste estudo foi formada por 49 mulheres idosas ativas com meacutedia

de 6406plusmn37 anos de idade e de 52plusmn43 anos de escolaridade A maioria estava

inserida em programa de atividade fiacutesica regular por mais de 2 anos (40) com

frequumlecircncia de 3 sessotildees semanais (66) de duraccedilatildeo de 1h (70) e intensidade

maior que 11 na escala percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo de Borg de (82) 551 da

amostra foi classificada como par-Q positivo com maior prevalecircncia nos itens

referentes agrave utilizaccedilatildeo de medicamentos prescritos para o controle da hipertensatildeo

arterial e problemas cardiacuteacos (36) sucedido por sensaccedilotildees de tonturas e

desmaios (18) e problemas ortopeacutedicos (163)

441111 PPeerrffiill aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccoo ddaa aammoossttrraa

Para exame geral dos dados antropomeacutetricos foi realizado uma anaacutelise

descritiva (Tabela 3) seguida por anaacutelise detalhada em forma de percentual (Graacutefico

1) distribuindo os dados por pontos de corte preestabelecidos Para a variaacutevel GC

a meacutedia dos valores indicou ldquoexcesso de gordura corporalrdquo em que 8776 das

idosas apresentaram iacutendices acima de 30 GC A meacutedia do IMC classificou a

amostra com ldquosobrepeso e risco aumentado para comorbidadesrdquo em que apenas

2857 das idosas apresentaram o IMC ldquonormalrdquo

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio padratildeo) das variaacuteveis da amostra Peso

(kg)

Estatura (cm)

GC ()

IMC (kgm2)

RCQ (cm)

CC (cm)

Meacutedia 6332 15429 3666 2655 087 9142

DP plusmn 728 plusmn 676 plusmn 48 plusmn 294 plusmn 005 plusmn 770

A meacutedia dos dados encontrados para o RCQ indicou ldquoiacutendices desfavoraacuteveisrdquo

para a sauacutede em que 7143 da amostra apresentou valores iguais ou acima de

85 cm para esta relaccedilatildeo As meacutedias da CC classificaram a amostra com um ldquorisco

aumentadordquo para doenccedilas crocircnicas adicionalmente percebeu-se que 7959 da

75

amostra estavam classificadas com o ldquorisco muito aumentadordquo para doenccedilas

relacionadas ao acuacutemulo de adiposidade abdominal

Iacutendice de Massa Corporal - IMC

000

5918

12242857

Baixo Peso Peso Normal SobrepesoObesidade I Obesidade II Obesidade III

Percentual de Gordura- G

0 1224

8776

Abaixo do Peso Peso Normal Excesso Gordura

Relaccedilatildeo Cintura Quadril- RCQ

2857

7142

Favoraacutevel Desfavoraacutevel

Circunferecircncia de Cintura- CC

2041

7959

Risco Aumentado Risco Muito Aumentado Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ GC CC e IMC)

apresentadas por mulheres idosas participantes deste estudo

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA

A anaacutelise dos dados obtidos na avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia demonstrou que

a maioria (7826) das idosas foi classificada com uma aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquoregularrdquo Nenhuma das idosas avaliadas apresentou aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquomuito fracardquo ou ldquoexcelenterdquo Menores fraccedilotildees foram observadas entre as

classificaccedilotildees ldquofracardquo e ldquoboardquo (87 e 1304 respectivamente) Segundo dados

disponibilizados (Tabela 4) o tempo meacutedio do teste de potecircncia aeroacutebia foi de 12

minutos e a descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido apresentada pelas voluntaacuterias no

uacuteltimo estaacutegio do teste de esforccedilo relacionava-se aos estaacutegios da Escala de Borg

ldquointensordquo e ldquomuito Intensordquo

76

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o teste de potecircncia aeroacutebia

Variaacuteveis observadas FCrep

(bpm) FCmax (bpm)

VO2pico (mlkgmin)

R Duraccedilatildeo (s)

PSE

METs

Meacutedia 7172 14795 2068 109 62530 1783 591

DP plusmn 1083 plusmn 568 plusmn 249 plusmn 003 plusmn 8837 plusmn 158 plusmn 086

FCrep= frequumlecircncia cardiacuteaca de repouso FCmax= frequecircncia cardiacuteaca maacutexima VO2pico = consumo pico de oxigecircnio R = razatildeo de troca respiratoacuteria Duraccedilatildeo = tempo do teste PSE= percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo e METs= equivalente metaboacutelico basal

Para a meacutedia do iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (IPE) pelos grupos

experimentais durante o teste de carga percebeu-se que as intensidades atingidas

foram compatiacuteveis com as intensidades prescritas

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo do Iacutendice de Percepccedilatildeo Subjetiva de Esforccedilo durante teste de carga GRUPO Meacutedia e Desvio Padratildeo IPE

GC _____ _____ G90LA 925 plusmn 12 Leve GLA 113 plusmn 05 Moderada G90PCR 137 plusmn 18 Intensa (Moderada Alta) Gmax 174 plusmn 08 Muito Intensa (Alta) GLA1h 125 plusmn 10 Moderada

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

431 Performance cognitiva

Para anaacutelise da performance cognitiva a amostra foi distribuiacuteda em extratos

formados por tempo (anos) de escolaridade previamente estabelecido pelos pontos

de corte adotados Observou-se que a maioria (5918) das idosas apresentaram

entre 1 e 4 anos de escolaridade seguido pelos extratos de 9 a 11 anos e de 5 a 8

anos de escolaridade (1836 102 respectivamente) Menores percentuais

(613 e 613) foram atribuiacutedos ao primeiro e ao uacuteltimo extratos referentes a

analfabetos e 12 ou mais anos de escolaridade

O Graacutefico 2 apresenta na maioria das vezes uma equivalecircncia entre a

performance cognitiva obtida pelas idosas que constituiacuteram a amostra desta

investigaccedilatildeo e os escores esperados para populaccedilotildees com as mesmas caracteriacutesticas

de idade e escolaridade Dados apresentados (Tabela 8) mostraram correlaccedilatildeo

77

positiva e significativa entre a performance cognitiva e a capacidade

cardiorrespiratoacuteria (VO pico) 2

1923

2527 27 27 28 28 29 28

0

5

10

15

20

25

30

Perfo

rman

ce C

ogni

tiva

0 1 a 4 5 a 8 9 a 11 gt12

Esperado Avaliado

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos) da performance cognitiva (avaliado) e dos valores de referecircncia (esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte

432 Imagem corpora432 Imagem corporall

Para efeito de melhor compreensatildeo da imagem corporal os dados

antropomeacutetricos das idosas voluntaacuterias deste estudo foram alocados para as

silhuetas indicadas como imagem corporal real (Tabela 6) Percebe-se que a

tendecircncia da maioria dos valores do IMC do GC e CC foi apresentada de forma

crescente correspondendo agrave expectativa subjetivada pela escala de silhuetas em

que as mulheres satildeo ordenadas da mais magra agrave mais obesa

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da amostra distribuiacutedos por silhuetas

Silhueta Indicada como Imagem Corporal Real 1 2 3 4 5 6 7 8 9

GC 2870 3215 3637 3642 4428 4340 plusmn 265 plusmn 417 plusmn 339 plusmn 447 plusmn 145 plusmn 000

CC 9333 7850 9078 9186 9550 9800 plusmn 1210 plusmn 212 plusmn 797 plusmn 563 plusmn 1115 plusmn 000

RCQ 091 079 087 089 087 097 plusmn 002 plusmn 004 plusmn 006 plusmn 004 plusmn 011 plusmn 000

IMC 2176 2148 2574 2747 3088 2915 plusmn 125 plusmn 182 plusmn 222 plusmn 201 plusmn 220 plusmn 000

GC = percentual de gordura corporal () IMC= iacutendice de massa corporal (kg m2) CC= circunferecircncia de Cintura (cm) e RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril (cm)

78

Dados apresentados (Graacutefico 3) indicam que a imagem corporal real (ICR)

representada em sua maioria pelas silhuetas de nuacutemero 5 (4286) natildeo coincidiu

com a imagem corporal que as idosas apontaram como ideal (ICI) representadas

pelas silhuetas de nuacutemero 3 (4286) Esse deslocamento da ICR para ICI na

maioria das vezes apresentada de maiores silhuetas em direccedilatildeo a silhuetas menores

sinalizou grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal significativo (ple 0001) por

parte das idosas (Graacutefico 4) Adicionalmente natildeo foi identificada diferenccedila

significativa (p= 033) entre a avaliaccedilatildeo da ICR realizada pela idosa e a avaliaccedilatildeo

efetivada pelo avaliador (ICA) o que indicou presumivelmente ausecircncia de

distorccedilatildeo e discrepacircncia na avaliaccedilatildeo da IC realizada

612 612

1429

408

4286

36743265

429

204

816

204 2 0 0 005

1015202530354045

1 2 3 4 5 6 7 8 9

REAL IDEAL

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como

imagem corporal real e imagem corporal ideal

Dados referentes ao questionaacuterio sobre a IC indicaram que 511 das idosas

afirmaram que sua aparecircncia fiacutesica natildeo se aproximava dos padrotildees de beleza atuais

536 asseguraram ter realizado dieta para a reduccedilatildeo do peso corporal para fins

esteacuteticos Embora 9387 da amostra tenham afirmado nunca ter se submetido a

uma intervenccedilatildeo de cirurgia plaacutestica com intuito de melhorar sua imagem corporal

6326 asseguraram que se submeteriam a esta modalidade de intervenccedilatildeo

ciruacutergica se disponibilizada gratuitamente

79

25

-05

0

05

1

15

2

25G

rau

de In

satis

faccedilatilde

o- IC

R (

)

152127

1

-033 0

S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal por silhuetas (S) de 1 a 9

Os resultados descritos na Tabela 7 apoacutes o teste de correlaccedilatildeo de Pearson

(r) indicaram que o grau de insatisfaccedilatildeo com a ICR apresentou uma correlaccedilatildeo

positiva fraca e moderada com o percentual de gordura corporal e o iacutendice de massa

corporal respectivamente O IMC foi a variaacutevel que apresentou maior prediccedilatildeo para

as demais variaacuteveis indicando ainda relaccedilatildeo positiva moderada com o percentual de

gordura e circunferecircncia de cintura e fraca com a relaccedilatildeo cintura e quadril

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

Variaacuteveis

IMC GC CC RCQ GI 1 0669 0520 O290 0463 IMC 0669 1 0297 O001 0325 GC 0520 0297 1 0735 0067 CC 0290 0001 0735 1 0002 RCQ 0463 0325 0067 0002 1 GI

ple 005 ple 001 ple 0001 GI = grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal IMC= iacutendice de massa corporal GC= percentual de gordura corporal CC= circunferecircncia de cintura RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril e GI= grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal real

443333 NNiacuteiacutevveeiiss ddee qquuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Segundo as meacutedias apresentadas no Graacutefico 5 a amostra classificou-se com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida tanto para o domiacutenio fiacutesico como para os

domiacutenios psicoloacutegico e social A menor meacutedia foi observada para o domiacutenio

80

ambiental que ficou classificado com o niacutevel ldquonem ruim e nem bomrdquo Na meacutedia geral

destes quatro domiacutenios considerada como o quesito ldquoqualidade de vida geralrdquo a

amostra foi classificada com um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida

74496922 7075

58106818

0102030405060708090

100

Niacutev

el d

e Q

ualid

ade

de V

ida

Fis Psic Soc Amb geral

ndashGraacutefico 5 Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (fis) psicoloacutegico (Psic) social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral obtida entre estes domiacutenios (geral)

443344 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Para verificar os niacuteveis indicativos de depressatildeo a amostra foi distribuiacuteda para

os pontos de corte preacute estabelecidos (Graacutefico 6) Os resultados indicaram que a

maioria da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo leverdquo (551) seguida pelas

classificaccedilotildees ldquosem depressatildeordquo (4285) e ldquodepressatildeo moderadardquo (205)

Nenhuma parcela da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo graverdquo

4285

551

205 0

0

10

20

30

40

50

60

Dis

tribu

iccedilatildeo

()

Niacutev

eis

de D

epre

ssatildeo

lt 10 10 a 18 19 a 29 30 a 63

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de depressatildeo

81

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e consumo pico de oxigecircnio (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina em repouso MMSE BDI VO2pico SEROTONINA TRIPTOFANO PROLACTINA MMSE 1 -239 290 094 -243 095 BDI -239 1 -303 -176 -254 134 VO2pico 290 -303 1 176 159 -197 SEROTONINA 094 -176 176 1 211 -046 TRIPTOFANO -243 -254 159 211 1 -118 PROLACTINA 095 134 -197 -046 -118 1

ple 005

Resultados indicaram (Tabela 8) que os escores indicativos de depressatildeo

(BDI) natildeo se correlacionaram com os niacuteveis plasmaacuteticos (repouso) de serotonina do

triptofano e da prolactina Por outro lado uma relaccedilatildeo negativa e significativa desta

variaacutevel foi observada com a potecircncia aeroacutebia (VO2pico) Indicando que quanto

maior for os niacuteveis de VO pico menores escores de depressatildeo foram observados 2

Triptofano

591

4832 4746

0

10

20

30

40

50

60

70

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

mm

l

Prolactina

484548

37

0

1

2

3

4

5

6

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

gm

l

Serotonina

1575614614

1296

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nono

gm

l

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo

82

Apoacutes anaacutelise inferencial nenhuma diferenccedila significativa dos niacuteveis

perifeacutericos (em repouso) do triptofano da prolactina e da serotonina foi

observada entre os grupos ldquosem depressatildeordquo ldquodepressatildeo leverdquo e ldquodepressatildeo

moderadardquo (Graacutefico 7) No entanto a distribuiccedilatildeo dos dados sinaliza um

decreacutescimo das concentraccedilotildees desses analiacuteticos agrave medida que a classificaccedilatildeo dos

escores apresentou maior indicativo de depressatildeo

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2) VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) Idade

n= 8 IMC n= 8

VO2pico n= 8

Tempo Teste n= 8

P valor 09336 04454 01483 08228

GC 6262 plusmn 440 2676 plusmn 329 2011 plusmn 192 1131 plusmn 145

G90LA 6612 plusmn 364 2591 plusmn 422 2030 plusmn 319 1210 plusmn 171

GLA 6550 plusmn 430 2708 plusmn 280 1944 plusmn 152 1130 plusmn 150

G90PCR 6362 plusmn 350 2692 plusmn 280 2069 plusmn 271 1147 plusmn 168

Gpico 6362 plusmn 377 2635 plusmn 289 2198 plusmn 294 1205 plusmn 115

GLA1h 6300 plusmn 254 2631 plusmn 222 2134 plusmn 176 1223 plusmn 156

IMC= iacutendice de massa corporal VO2pico= consumo pico de oxigecircnio

A homogeneidade entre grupos (Tabela 9) foi assumida depois de testados os

criteacuterios de inclusatildeo adotados para seleccedilatildeo e alocaccedilatildeo da amostra para o grupo

controle (GC) e os grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h)

Nesse sentido nenhuma diferenccedila significativa foi observada entre as variaacuteveis

idade IMC VO2pico e duraccedilatildeo do teste de potecircncia aeroacutebia

83

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intra grupo preacute e poacutes-testes das variaacuteveis serotonina triptofano os aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e os de cadeia ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h)

Variaacutevel GC G90LA GLA

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 11491 plusmn 1933 11749 plusmn 2440 08184 14298 plusmn 3158 12788 plusmn 3158 04609 13123 plusmn 4424 11949 plusmn 4425 06040

Triptofano 6404 plusmn 2756 6199plusmn 2216 08721 5739 plusmn 3321 5606 plusmn 3321 09392 4213 plusmn 2092 5285 plusmn 3295 04499

Prolactina 460 plusmn 139 453 plusmn 139 09154 584 plusmn 169 529 plusmn 169 05268 559 plusmn 149 523 plusmn 096 05729

AAA 16691 plusmn 3593 17220 plusmn 5511 08235 15146 plusmn 5492 17558 plusmn 5492 03481 12849 plusmn 2356 15203 plusmn 4287 01951

AACR 61748 plusmn 14830 60585 plusmn 16427 08840 49553plusmn 16146 54339 plusmn 16146 05897 46411 plusmn 8074 51918 plusmn 14224 03571

TRP_AAA 03727 plusmn 01511 03774 plusmn 01116 09440 03058 plusmn 01787 02752 plusmn 00941 06750 03406 plusmn 01851 03434 plusmn 01732 09758

TRP_ AACR 00922 plusmn 00212 01037 plusmn 00309 04000 01094 plusmn 00459 01057 plusmn 00547 08855 00905 plusmn 00408 01013 plusmn 00523 06532

Variaacutevel G90PCR Gmax GGLA1h

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 15664 plusmn 2905 14488 plusmn 4188 05245 19215 plusmn 3600 17210 plusmn 3678 028912 18197 plusmn 2658 19093 plusmn 1245 03730

Triptofano 3591 plusmn 898 4151 plusmn 2187 05137 5724 plusmn 2351 4315 plusmn 2837 029778 5723 plusmn 1062 5934 plusmn 1775 07634

Prolactina 535 plusmn 176 551 plusmn 184 08592 463 plusmn 125 489 plusmn 131 068794 514 plusmn 155 570 plusmn 173 04832

AAA 10984 plusmn 2673 10701 plusmn 2807 08396 13079 plusmn 3969 12763 plusmn 3357 086584 12843 plusmn 2750 13052 plusmn 2934 08781

AACR 39965 42194 42194 plusmn 10914 06732 45514plusmn 10710 40323 plusmn 11663 036948 45852plusmn 8460 45691 plusmn 10569 09720

TRP_AAA 03391 plusmn 00889 03953 plusmn 01657 04124 04298 plusmn 01187 03205 plusmn 01520 013155 04541 plusmn 00780 04583 plusmn 00935 09182

TRP_ AACR 00939 plusmn 00309 00997 plusmn 00394 07484 01207 plusmn 00373 01087 plusmn 00578 062848 01256 plusmn 00146 01301 plusmn 00146 06109

p le 005 - Efeito significante percebido apoacutes comparaccedilatildeo intra grupo entre os momentos preacute e poacutes-testes

84

Para a compreensatildeo das respostas do sistema serotonineacutergico aos diferentes

estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico foram analisados (intra e entre os grupos)

o comportamento dos niacuteveis perifeacutericos da serotonina do triptofano da prolactina e

dos aminoaacutecidos aromaacuteticos e de cadeia ramificada e da proporccedilatildeo do triptofano

com estes aminoaacutecidos

Apoacutes anaacutelise intra grupos diferenccedilas (ple 005) entre as meacutedias desses

analiacuteticos soacute foram observadas entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste2 ou poacutes-

teste1 x poacutes-teste2 nos grupos GC Gmax e GLA1h que foram submetidos ao

momento Poacutes2 Nesse sentido nenhuma diferenccedila estatiacutesticamente significativa foi

observada (Tabela 10) entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste1 (Tabela 11)

Considerando que os criteacuterios para estabelecer se uma alteraccedilatildeo seja ou natildeo

significativa nem sempre coadunam entre as anaacutelises estatiacutesticas e as anaacutelises

cliacutenicas as meacutedias aritimeacuteticas obtidas foram distribuiacutedas graficamente por variaacuteveis

e grupos para melhor compreensatildeo das respostas metaboacutelicas produzidas por cada

protocolo aqui investigado

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2 das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h Preacute-teste x poacutes-teste1 Preacute-teste x poacutes-teste2 Poacutes-teste1 x poacutes-teste2

VARIAVEL GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h

SEROTONINA 08184 02891 03730 07791 00258 02797 09138 01776 00516

TRIPTOFANO 08721 02978 07634 05410 00514 03195 06127 05172 03145

PROLACTINA 09154 06879 04832 10000 05735 09877 09170 08095 04790

AAA 08235 08658 08781 02046 04434 04571 02458 05063 03756

AACR 08840 03695 09720 08199 00735 03246 09596 03889 03992

TRP_AAA 09440 01315 09182 07335 00477 07281 07456 09513 06768

TRP_AACR 04000 06285 06109 08470 02531 08146 04869 07114 07400

Aminoaacutecidos aromaacuteticos= AAA aminoaacutecidos de cadeia ramificada= AACR triptofano= TRP p le 005

85

441 Serotonin441 Serotoninaa

Nenhum dos grupos avaliados apresentou alteraccedilatildeo significativa (ple 005)

para a comparaccedilatildeo dos niacuteveis serotonineacutergicos em resposta ao fator experimental

entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste Todavia diferenccedilas significativas foram

observadas apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo nos grupos Gmax entre os

momentos preacute-teste x poacutes-teste2 e no GLA1h entre os momentos poacutes-teste1 x

poacutes- teste2

0

50

100

150

200

nano

gm

l

Serotonina

Pre 11491 14298 13123 15664 19215 18197

Poacutes 11749 12788 11949 14488 1721 19093

Poacutes2 11926 14498 16515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

p le 005

Observou-se que o exerciacutecio de curta duraccedilatildeo le 20 minutos tende a reduzir os

niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina imediatamente apoacutes o seu teacutermino o que natildeo foi

observado para os exerciacutecios de maior duraccedilatildeo (1h) que apresentou um incremento

imediato seguido de um decliacutenio significativo apoacutes 20 minutos de repouso

Adicionalmente comparaccedilatildeo entre grupos (Tabela 12) sinalizou diferenccedilas

significativas entre os niacuteveis de serotonina entre GLA1h x G90LA (ple 0001) e entre

o GLA1h x G90PCR (ple 005) Diferenccedilas iniciais (preacute-teste x poacutes-teste) significativas

entre vaacuterios grupos impossibilitaram comparaccedilatildeo entre os mesmos

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

86

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 14298 plusmn 3158 -2806 01383 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -1039 04738 Preacute 13123 plusmn 4424 -1631 03555 GLA Poacutes 11949 plusmn 4425 -200 09125 Preacute 15664 plusmn 2905 -4173 00045 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2739 01323 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -7724 00001 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5461 00035

444422 TTrriippttooffaannoo

Resultados (Graacutefico 9) indicam aumento (pgt 005) imediato dos niacuteveis do

triptofano aminoaacutecido precursor da serotonina apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de

intensidade moderada (GLA e GLA1h) agrave moderada alta (G90PCR) Respostas

inversas foram observadas apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e alta

intensidade (Gmax) que apresentou decliacutenio um imediato dos niacuteveis de

tripotofano que foram reduzidos significativamente (ple 005) apoacutes 20 minutos do

teacutermino do exerciacutecio

Poacutes 2 14498 plusmn 3956 -2572 02083 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -6705 00001 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7345 00001 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -4589 00232 GLA Preacute 14298 plusmn 3158 -1175 06133 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -839 06692 Preacute 15664 plusmn 2905 -2541 01959 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2539 02582 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -6093 00092 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5261 00092 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -5074 00333 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7145 00218

Preacute 15664 plusmn 2905 -1366 04935 G90LA G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -1700 03748 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -4918 00333 Poacutes 17210 plusmn 3678 -4423 00218 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -3899 00602 Poacutes 19093 plusmn 1245 -6306 00001

Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -3551 00476 G90PCR Poacutes 17210 plusmn 3678 -2723 01888 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -2533 00800 Poacutes 19093 plusmn 1245 -4606 00065

05137 Gmax GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 1018 Poacutes 19093 plusmn 1245 -1883 01675 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -2017 02908 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

87

0

10

20

30

40

50

60

70nm

olm

l

Triptofano

Preacute 6404 5739 4213 3591 5724 5723Poacutes 6199 5606 5285 4151 4315 5934Poacutes2 5712 3537 5242

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 ndash Preacute-teste x Poacutes-teste2 Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

A comparaccedilatildeo entre grupos para a variaacutevel do triptofano foi impossibilitada

entre as anaacutelises GC x GLA GC x G90PCR G90PCR x Gmax e G90PCR x GLA1h por

natildeo apresentarem homogeneidade inicial e logicamente apresentarem diferenccedilas

antes mesmo da anaacutelise inferencial o que confundiria atribuiacute-las ao tratamento

Todavia diferenccedilas significativas foram percebidas entre as respostas das

concentraccedilotildees desse aminoaacutecido apresentadas por indiviacuteduos idosos submetidos agrave

sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e intensidade maacutexima (Gmax) e os submetidos

a exerciacutecios de duraccedilatildeo de 1h e intensidade moderada (GLA1h) Antes e

imediatamente apoacutes a sessatildeo de exerciacutecios as meacutedias das concentraccedilotildees de

triptofano entre esses grupos natildeo foram significativas o que apenas foi observado

apoacutes 20minutos de recuperaccedilatildeo (p= 0 999 P= 0173 e p= 0019 respectivamente)

Da mesma forma o Gmax apresentou diferenccedila significativa apoacutes ser comparado

com o Grupo controle (p= 06038 p= 0 1611 p= 00160 respectivamente)

88

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

444433 PPrroollaaccttiinnaa

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 5739 plusmn 3321 665 06796 Poacutes 5606 plusmn 3321 592 06811 GLA Preacute 4213 plusmn 2092 2191 00949 Poacutes 5285 plusmn 3295 914 05257 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2813 00158 Poacutes 4151 plusmn 2187 2047 00840 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 680 06038 Poacutes 4315 plusmn 2837 1884 01611 Poacutes 2 3537 plusmn 1704 2175 00160 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 680 05021 Poacutes 5934 plusmn 1775 264 07841 Poacutes 2 5242 plusmn 918 2175 04344 G90LA GLA Preacute 4213 plusmn 2092 1526 03083 Poacutes 5285 plusmn 3295 321 08488 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2148 01155 Poacutes 4151 plusmn 2187 1455 03182 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 015 00310 Poacutes 4315 plusmn 2837 1291 08990 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 015 09901 Poacutes 5934 plusmn 1775 -328 07996 GLA G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 621 04530 Poacutes 4151 plusmn 2187 1134 04310 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -1511 01958 Poacutes 4315 plusmn 2837 970 05382 GGLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -1511 00751 Poacutes 5934 plusmn 1775 -649 06144 G90PCR Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -2133 08990 Poacutes 4315 plusmn 2837 -164 03582 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -2132 00005 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1783 00833 Gmax GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 000 09996 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1619 01734 Poacutes 2 5242 plusmn 918 -1705 00197

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

89

Embora nenhuma mudanccedila significativa tenha sido percebida nas

concentraccedilotildees da prolactina apoacutes comparaccedilatildeo intra grupos (Graacutefico 10) maiores

alteraccedilotildees foram apresentadas pelos grupos submetidos agrave sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos do que no GC Aumento das concentraccedilotildees de prolactina foi observado nos

grupos submetidos a exerciacutecios de intensidades mais elevadas (G90PCR e Gmax) e

aos de maior duraccedilatildeo (GLA1h) Apesar de todos os grupos apresentarem

homogeneidade entre as meacutedias iniciais nenhuma diferenccedila significativa foi

observada entre as meacutedias dos diversos tipos de protocolos de exerciacutecios que as

idosas foram submetidas (Tabela 14)

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel

prolactina nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP

DIFERENCcedilA p

GC Preacute 584 plusmn 169 -1237 01330 G90LA Poacutes 529 plusmn 169 -0762 03405 Preacute 559 plusmn 149 -0987 01916 GLA Poacutes 523 plusmn 096 -0700 02611 Preacute 535 plusmn 176 -0750 03595 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0987 02451 Gmax Preacute 463 plusmn 125 -0025 09703 Poacutes 489 plusmn 131 -0362 05995 Poacutes2 508 plusmn 189 -0488 05712 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0544 04596 Poacutes 570 plusmn 173 -1175 01464 Poacutes2 515 plusmn 144 -0555 04403

GLA Preacute 559 plusmn 149 0250 07592 G90LA Poacutes 523 plusmn 096 0062 09288 Preacute 535 plusmn 176 0487 05820 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0225 08023 Gmax Preacute 463 plusmn 125 1212 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0400 01267 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0693 03933 Poacutes 570 plusmn 173 -0412 06267 GLA Preacute 535 plusmn 176 0237 07751 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0287 07010 Gmax Preacute 463 plusmn 125 0962 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0337 05665 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0443 05584 Poacutes 570 plusmn 173 -0475 05027

Gmax Preacute 463 plusmn 125 0725 03582 G90PCR Poacutes 489 plusmn 131 0625 04462 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0205 08013 Poacutes 570 plusmn 173 0225 08312 Gmax GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0519 04629 Poacutes 570 plusmn 173 -0812 02966 Poacutes2 515 plusmn 144 -0068 09343

90

444444 AAmmiinnooaacuteaacutecciiddooss aarroommaacuteaacutettiiccooss ee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ddee ccaaddeeiiaa rraammiiffiiccaaddaa

Anaacutelises estatiacutesticas intra grupos (Graacutefico 11) natildeo indicaram diferenccedilas

significativas para a comparaccedilatildeo das meacutedias das concentraccedilotildees dos Aminoaacutecidos

Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia Ramificada (AACR) Respostas aos diferentes

protocolos de exerciacutecios a que as idosas voluntaacuterias deste estudo foram submetidas

indicaram uma tendecircncia das concentraccedilotildees desses grupos de aminoaacutecidos a elevar-

se imediatamente apoacutes exerciacutecios de intensidades leves e moderadas

Adicionalmente agrave medida que a intensidade foi elevada uma reduccedilatildeo gradual destas

concentraccedilotildees foi observada

Comparaccedilotildees entre grupos (Apecircndices 1 e 2) natildeo indicaram diferenccedilas (ple

005) para as respostas das concentraccedilotildees dos AACRs aos diferentes protocolos de

exerciacutecios preestabelecidos neste estudo Apesar de natildeo apresentarem niacutevel de

significacircncia aqui estabelecido (ple 005) percebeu-se que o grupo Gmax apresentou

diferenccedilas relevantes ao ser comparado (preacute e poacutes-testes) com os grupos G90LA e

GLA (de p= 06009 para p= 00664 e de p= 08526 para p= 00963

respectivamente)

Para as concentraccedilotildees dos AAAs foram observadas diferenccedilas significativas

entre os grupos G90LA e Gmax G90LA e GLa1h e GLA e G90PCR

Anaacutelises comparativas intra grupos (Graacutefico 12) natildeo indicaram nenhuma alteraccedilatildeo

significativa entre os momentos preacute e poacutes-testes tanto para a relaccedilatildeo do triptofano e

os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRP-AACR) como da relaccedilatildeo do triptofano

para os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRP-AAA) Entretanto resposta significativa foi

apresentada pelo Gmax entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste2 quando um

decliacutenio significativo da relaccedilatildeo TRP-AAA foi observado A exposiccedilatildeo graacutefica pode

facilitar a observaccedilatildeo de certa similaridade nas oscilaccedilotildees promovidas pelo exerciacutecio

entre essas duas relaccedilotildees Diferenccedilas (ple005) foram observadas somente na

comparaccedilatildeo entre os grupos (Apecircndices 3 e 4) Gmax e GLA1h tanto para a relaccedilatildeo

entre TRP-AACR quanto para a relaccedilatildeo entre TRP-AAA (p= 07216 p= 03161 p=

00364 e p= O6217 p= 00376 p= 00080 respectivamente)

91

0

50

100

150

200

nmol

ml

Aminoaacutecidos Aromaacuteticos

Preacute 16691 15146 12849 10984 13079 12843Poacutes1 1722 17558 15203 10701 12763 13052Poacutes2 1662 11447 12022

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h 0

100

200

300

400

500

600

700

Aminoaacutecidos de Cadeia Ramificada

Preacute 61748 49553 46411 39965 45514 45852Poacutes1 60585 54339 51918 42194 40323 45691Poacutes2 60222 35493 4173

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de AACR e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

92

0

002

004

006

008

01

012

014

TRP-AACR

Preacute 00922 01094 00905 00939 01207 01256Poacutes1 01037 01057 01013 00997 01087 01301Poacutes2 00979 00998 01272

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h0

00501

01502

02503

035

0404505

TRP-AAA

Preacute 03727 03058 03406 03391 04298 04541Poacutes1 03774 02752 03434 03953 03205 04583Poacutes2 03947 03167 04409

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes da relaccedilatildeo do triptofano e aminoaacutecidos aromaacuteticos e do triptofano com os aminoaacutecidos de cadeia ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

93

55 DDIISSCCUUSSSSAtildeAtildeOO

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

As respostas fisioloacutegicas observadas apoacutes avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia de

mulheres idosas no presente estudo indicaram sinais de esforccedilo maacuteximo baseado

em paracircmetros fisioloacutegicos como a FCmax que atingiu 948 da frequumlecircncia

cardiacuteaca esperada apoacutes teste de esforccedilo maacuteximo (220 ndash idade) medida proacutexima do

valor alcanccedilado (952 957) em estudos que submeteram idosos brasileiros a

um teste incremental em esteira (SILVA et al 2007 VACANTI et al 2004) Outras

variaacuteveis observadas como a razatildeo de troca respiratoacuteria R= 109 a percepccedilatildeo

subjetiva de esforccedilo 17 a duraccedilatildeo meacutedia do teste entre 10 e 12 minutos e a

incapacidade de responder ao estiacutemulo verbal para dar continuidade ao exerciacutecio

satildeo da mesma forma reconhecidas na literatura cientiacutefica como preditoras de

esforccedilo maacuteximo para indiviacuteduos idosos (NEDER amp NERY 2002 SBC 2002)

Em concordacircncia com o relato de vaacuterios estudos que reportaram um

decreacutescimo de 5 a 15 por deacutecada da funccedilatildeo cardiovascular maacutexima apoacutes os 25

anos de idade em funccedilatildeo do processo do envelhecimento (ACSM 1998) as mulheres

idosas (6406plusmn37 anos) voluntaacuterias da presente investigaccedilatildeo apresentaram um

VO2pico (2068 mlkgmin) inferior ao de mulheres ativas de faixas etaacuterias menores

(FLEG 2005) e superiores aos apresentados por mulheres faixa etaacuteria maior

(FOSTER 1986) Apesar da capacidade cardiorrespiratoacuteria apresentada pelas

voluntaacuterias ser classificada segundo a American Heart Association (1972) como

ldquoregularrdquo observou-se que o volume maacuteximo de oxigecircnio consumido foi menor que o

observado em estudos (DE WILD et al 1995 SILVA et al 2007) com mulheres de

idade mais avanccedilada (2224plusmn493 e 246plusmn47 mlkgmin 6712plusmn516 e 728plusmn36

anos respectivamente) Tal fato pode estar relacionado com o alto iacutendice de

sobrepeso e obesidade avaliados Apesar de controverso (GORAN 2000) presume-

se que mulheres obesas apresentem reduccedilatildeo da aptidatildeo fiacutesica e da capacidade

funcional em relaccedilatildeo agraves eutroacuteficas e com sobrepeso (ORSI 2008)

94

Agrave semelhanccedila de pesquisas realizadas com a populaccedilatildeo brasileira (SANTOS amp

SICHIERI 2005 KRAUSE et al 2007) e de outros paiacuteses (VISSER et al 1999

ZHANG 2008) este estudo observou que as mulheres idosas apresentaram alta

prevalecircncia de sobrepeso obesidade e presumivelmente elevada predisposiccedilatildeo a

doenccedilas crocircnicas decorrentes do acuacutemulo de gordura Segundo a Organizaccedilatildeo

Mundial da Sauacutede (2003) tais doenccedilas tecircm sido associadas ao acuacutemulo de massa

gorda global avaliada neste estudo pelas medidas do IMC e do GC e os riscos

relativos para essas doenccedilas satildeo verificados pela obesidade central avaliados neste

estudo atraveacutes das medidas da RCQ e CC (OMS 2003)

A despeito dos resultados aqui analisados sabe-se que tanto as medidas

antropomeacutetricas como seus respectivos pontos de corte disponibilizados na literatura

para essa parcela populacional ainda satildeo inconsistentes o que consequumlentemente

torna questionaacutevel sua relaccedilatildeo verdadeira para prediccedilatildeo agrave mortalidade e aos fatores

de risco (JANSSEN amp MARK 2007) Uma vez que em sua maioria satildeo validados para

populaccedilotildees mais jovens e desconsideram a redistribuiccedilatildeo natural da composiccedilatildeo

corporal durante o processo do envelhecimento assim como para caracteriacutesticas

peculiares de cada raccedila (EMED KRONBAUER MAGNONI 2006 TINOCO et al 2006)

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

552211 PPeerrffoorrmmaannccee ccooggnniittiivvaa

A avaliaccedilatildeo da performance cognitiva eacute amplamente utilizada em estudos com

indiviacuteduos idosos (LAKS et al 2003 BRUCKI et al 2003 LURENCcedilO amp VERAS

2006) Embora os motivos que induzem o deacuteficit cognitivo com o passar dos anos

ainda natildeo estejam bem estabelecidos na literatura supotildee-se que a reduccedilatildeo da

velocidade no processamento de informaccedilotildees o decreacutescimo de atenccedilatildeo o deacuteficit

sensorial a reduccedilatildeo da capacidade de memoacuteria de trabalho o prejuiacutezo na funccedilatildeo do

lobo frontal e na funccedilatildeo neurotransmissora aleacutem da deterioraccedilatildeo da circulaccedilatildeo

sanguiacutenea central e do decliacutenio da atuaccedilatildeo da barreira hematoencefaacutelica estejam

envolvidos Eacute de entendimento cientiacutefico que o envelhecimento atue como um dos

principais fatores de risco para a queda do desempenho cognitivo e que aumente a

vulnerabilidade desse processo (ANTUNES et al 2006)

95

Apesar de a performance cognitiva ser avaliada nesse estudo apenas para

disponibilizar de forma superficial o perfil cognitivo da amostra e para o

rastreamento de possiacuteveis casos de demecircncia natildeo se pode desaperceber a

equivalecircncia entre os escores obtidos e os resultados previstos para essa populaccedilatildeo

propondo supostamente que a amostra apresentou suas funccedilotildees cognitivas

preservadas (BRUCKI et al 2003)

Segundo estudo realizado por Laks et al (2003) que randomizou um

nuacutemero de 341 idosos brasileiros (65 a 84 anos) para dois grupos idosos mais

jovens (7313plusmn527) e idosos mais velhos (88plusmn490) que foram subdivididos para

2 subgrupos (alfabetizados e natildeo-alfabetizados) foi observado que

comparativamente os grupos se diferenciavam tanto por faixa etaacuteria como para o

fator ldquoescolaridaderdquo O escore geral observado em idosos mais jovens (natildeo-

alfabetizados e alfabetizados) daquele estudo apresentou-se bem menor que os

deste estudo (1729plusmn440 2242plusmn498 e 23plusmn00 2715plusmn301 respectivamente)

Da mesma forma este estudo apresentou valores superiores aos apresentados por

Lourenccedilo e Veras (2006) que encontraram em indiviacuteduos (n=303) com idade

acima de 65 anos escores de 1819 para idosos analfabetos e 2425 para

alfabetizados Adicionalmente escores observados neste estudo (2300plusmn00

2672plusmn302 2760plusmn482 2788plusmn1154 2833plusmn057) por niacuteveis de escolaridade

(analfabeto 1 a 4 5 a 8 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo) foram maiores que

os apresentados por Brucki et al (2003) na faixa etaacuteria referente (1881plusmn296

2485plusmn303 2657plusmn151 2875plusmn126 e 2717 plusmn194)

Presume-se que essa aparente vantagem entre maiores escores deste

estudo em relaccedilatildeo aos demais possa estar relacionada com a praacutetica regular de

exerciacutecios fiacutesicos um dos criteacuterios de inclusatildeo aqui estabelecidos uma vez que

detectou-se relaccedilatildeo positiva e significativa entre a performance cognitiva com a

capacidade cardiorrespiratoacuteria das idosas avaliadas (Tabela 8) Acredita-se que a

atividade fiacutesica sistematizada possa atuar como alternativa natildeo medicamentosa

para a melhora cognitiva de idosas natildeo-demenciadas (ANTUNES et al 2001) por

estar envolvida com fatores de crescimento neural como BNDF (brain-derived

neurotrophic factor) ou a outros estimuladores neurogecircnicos que atuam na

manuntenccedilatildeo da funccedilatildeo cerebral e na promoccedilatildeo da plasticidade neural (ANTUNES

96

et al 2006) e por agir de forma natildeo-farmacoloacutegica com accedilotildees neurotransmissoras

capazes de intervir na performance cognitiva (ANTUNES et al 2001 ANSTEY et

al 2004 ANTUNES et al 2006)

Relatos cientiacuteficos tecircm investigado a accedilatildeo neurotransmissora sobre o processo

cognitivo e confirmam que aleacutem do sistema colineacutergico tambeacutem o sistema

serotonineacutergico exerccedila inferecircncia sobre as funccedilotildees cognitivas e que alteraccedilotildees

parciais desse sistema podem causar enfraquecimento severo na memoacuteria e no

aprendizado do indiviacuteduo jovem ou idoso Adversamente perceberam melhoras

significativas tanto na memoacuteria como no comportamento de aprendizagem apoacutes

restauraccedilatildeo da inervaccedilatildeo serotonineacutergica em aacutereas hipocampais (RICHTER-LEVIN amp

SEGAL 1993) Fortes evidecircncias sustentam a hipoacutetese desse envolvimento como

por exemplo a localizaccedilatildeo das vias serotonineacutergicas e a disposiccedilatildeo de seus

receptores que coincidem com aacutereas cerebrais envolvidas com os processos normais

de aprendizagem e com regiotildees relacionadas com distuacuterbios das funccedilotildees cognitivas

como por exemplo o hipocampo a amiacutegdala e o coacutertex cerebral (MENESES 1999)

Outrossim a clara interferecircncia das accedilotildees de seus neuroreceptores preacute (5-HT1A 5-

HT1B 5-HT2A2C e 5-HT3) e poacutes-sinaacutepticos (5-HT2B2C and 5-HT4) e das

alteraccedilotildees promovidas pela recaptaccedilatildeo e o transporte da serotonina na modulaccedilatildeo e

na consolidaccedilatildeo da aprendizagem (MENESES amp HONG 1997 MENESES 1999)

552222 IImmaaggeemm ccoorrppoorraall

A silhueta indicada como a imagem corporal ideal (ICI) foi a de nuacutemero 3

(IMC = 2148plusmn182) coincidindo com estudos realizados com mulheres de outras

nacionalidades (BULIK et al 2001 TEHARD 2002 DAMASCENO et al 2005) que

apresentaram meacutedia do IMC proacutexima ao deste estudo (205plusmn09 22plusmn10 e

200plusmn03 respectivamente) Interessante notar que todos esses iacutendices enquadram-

se na classificaccedilatildeo ldquopeso normalrdquo segundo ponto de corte utilizado neste estudo

(OMS 2002) A predileccedilatildeo por menores silhuetas percebida em outras faixas etaacuterias

(ERLING amp HWANG 2004 TRICHES amp GIUGLIANI 2007) tambeacutem persistiu entre as

mulheres idosas aqui investigadas resultando em grau estatisticamente significativo

de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

97

Resultados indicaram que as medidas antropomeacutetricas que sinalizam o

acuacutemulo de gordura global (IMC e o GC) apresentam relaccedilatildeo positiva e

significativa com o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal O que natildeo foi

observada para as medidas relacionadas com o acumulo central de gordura (RCQ e

CC) Fator preocupante uma vez que essas apresentam maior risco para a aquisiccedilatildeo

de doenccedilas cardiacuteacas e degenerativas (OMS 2003)

O fato das idosas participantes desta intervenccedilatildeo natildeo terem um grau

significativo (p= 037) de distorccedilatildeo da IC pode estar presumivelmente relacionado

com primeiro a praacutetica regular da atividade fiacutesica pois sabe-se que a construccedilatildeo da

IC e o processo do desenvolvimento motor se interagem continuamente (LE BOUCH

1992) Existe uma interferecircncia muacutetua entre esse binocircmio As sensaccedilotildees sinesteacutesicas

e proprioceptivas promovidas pelo exerciacutecio fiacutesico associadas agraves experiecircncias

vivenciadas anteriormente desencadeiam respostas centrais que facilitam a

compreensatildeo do indiviacuteduo ativo sobre informaccedilotildees (sua localizaccedilatildeo suas limitaccedilotildees e

potencialidades) que interferiratildeo positivamente na IC do mesmo (SCHILDER 1999)

Segundo o rastreamento e a exclusatildeo de casos relacionados com decliacutenios

cognitivos durante a seleccedilatildeo da amostra podem ter contribuiacutedo para eliminar

indiviacuteduos com situaccedilotildees de disfunccedilotildees neuroloacutegicas potencialmente capazes de

desencadear quadros patoloacutegicos de distorccedilatildeo da IC (SCHILDER 1999) Terceiro a

meacutedia elevada dos domiacutenios de Qualidade de Vida apresentada pela maioria dos

indiviacuteduos independentemente da silhueta em que se enquadraram E por uacuteltimo

os baixos niacuteveis indicativos de depressatildeo apresentados pela maioria das voluntaacuterias

o que pode ter inferido em avaliaccedilatildeo com baixo grau de distorccedilatildeo A capacidade

interventora do equiliacutebrio emocional sobre a habilidade do indiviacuteduo avaliar sua ICR eacute

tema amplamente discutido na literatura Sua interferecircncia negativa sobre a IC pode

estar relacionada com doenccedilas afins e culminar com a morte

A incongruecircncia entre a alta prevalecircncia da insatisfaccedilatildeo com a IC identificada

apoacutes aplicaccedilatildeo da escala de silhuetas (quando as idosas indicavam outras silhuetas

que natildeo a suas como ICI) e a baixa prevalecircncia observada nas respostas advindas

do questionaacuterio (quando as idosas eram indagadas claramente se estavam ou natildeo

satisfeitas com sua IC) indica a possibilidade de que a percepccedilatildeo da satisfaccedilatildeo com a

IC possa ultrapassar as barreiras estabelecidas pelos instrumentos aqui adotados e

98

envolvam fatores e dimensotildees ateacute entatildeo desconhecidos (SLADE 1994) Talvez

existam estaacutegios conscientes e inconscientes durante esse processo de avaliaccedilatildeo Um

mais estruturado com criteacuterios regras associaccedilotildees de valores bem estabelecidos e

maior maturidade para definir os paracircmetros entre o ldquoReal x Idealrdquo que o outro

552233 QQuuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Apesar do processo do envelhecimento natural estar relacionado a muitas

perdas (ACSM 1998 HAYFLICK 1997) a amostra deste estudo foi classificada com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida geral (6818) que refletiu as meacutedias dos

domiacutenios fiacutesico psicoloacutegico e social (7449 6922 7075 e 6818 respectivamente)

Por outro lado percebeu-se que o domiacutenio ambiental (que considerou os itens de

seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo ambiente no lar recursos financeiros disponibilidade e

qualidade oferecidas na sauacutede social a oportunidade de adquirir novas informaccedilotildees

e habilidades participaccedilatildeo e oportunidades de recreaccedilatildeo e lazer ambiente fiacutesico e

existecircncia e qualidade do transporte) apresentou meacutedia (5810) e classificaccedilatildeo

inferiores as dos demais domiacutenios Resultados semelhantes a este foram observados

em estudos realizados com idosos em outras regiotildees do Brasil (SILVA amp REZENDE

2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) o que pode sinalizar um sentimento de

insatisfaccedilatildeo dessa populaccedilatildeo com os serviccedilos oferecidos pelos oacutergatildeos

governamentais bem como o amparo que tem sido direcionado para esta

comunidade Comparativamente observou-se que as meacutedias para o domiacutenio fiacutesico e

para a meacutedia geral de qualidade de vida foram maiores que os apresentados por

idosos sedentaacuterios sadios (563 e 58 respectivamente) e sedentaacuterios com depressatildeo

(4802 e 5289 respectivamente) ( GORDIA et al 2007 SILVA amp REZENDE 2006)

Tem-se reportado que o estilo de vida ativo seja capaz de interferir

amplamente no niacutevel de qualidade de vida do idoso interferindo nos domiacutenios

fiacutesico por promover maior autonomia ao idoso no desempenho das atividades da

vida diaacuteria e sauacutede fiacutesica (KNORST et al 2001) psicoloacutegicos (DUNN amp DISHMAN

1991 NIEMAN 1999 TELLA et al 2004) induzindo a uma melhor sauacutede

emocional e social (PAFFENBARGER LEE LEUNG 1994 HERNANDES amp BARROS

2004) por ser um instrumento eficiente de reinclusatildeo do idoso nas atividades

comunitaacuterias Adversamente apesar de o domiacutenio ambiental apresentar um baixo

99

escore tanto nesse estudo como em vaacuterios outras investigaccedilotildees (SILVA amp

REZENDE 2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) coadunamos com a ideacuteia de

Carvalho amp Carvalho (2008) e acreditamos na interferecircncia positiva do exerciacutecio

sobre esta variaacutevel mesmo que em menor proporccedilatildeo quando comparada com os

demais domiacutenios

552244 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Uma relaccedilatildeo negativa e significativa foi observada neste estudo (Tabela 8)

entre os escores indicativos de depressatildeo e a capacidade cardiorrespiratoacuteria

(VO2pico) o que sugere efeitos positivos do exerciacutecio sobre indicativos de depressatildeo

abordada em relatos anteriores (PAFFENBARGER LEE amp LEUGN 1994 DISHMAN

1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998)

Considerando a idade e o gecircnero dos indiviacuteduos aqui estudados indicados

com maior predisposiccedilatildeo ao diagnoacutestico de depressatildeo (OMS 2000 RODRIGUES

2000) a amostra deste estudo apresentou em meacutedia o escore 1018 no inventaacuterio

de depressatildeo de Beck muito proacuteximo do ponto de corte que indica ausecircncia de

depressatildeo (BDIlt10) Resultado semelhante aos observados em mulheres idosas

apoacutes serem submetidas a um periacuteodo de 4 meses de exerciacutecios aeroacutebio de

intensidade moderadamente alta que reduziram significativamente os escores de

depressatildeo de 152 para 1021 (OLIVEIRA et al 2007)

Conjectura-se exerciacutecios fiacutesicos de intensidade moderada alta possam

produzir uma accedilatildeo terapecircutica mais lenta poreacutem eficaz e de efeitos mais

duradouros que agraves apresentadas por intervenccedilotildees farmacoloacutegicas em sujeitos idosos

de depressatildeo moderada (BLUMENTHAL 1999)

Embora a maioria dos estudos relate melhoras dos estados de humor apoacutes um

periacuteodo de exerciacutecios fiacutesicos alguns sugerem que os efeitos positivos possam ser

observados mesmo apoacutes sessatildeo aguda (TOSKOVIC 2001 ROSA et al 2004)

Todavia a utilizaccedilatildeo de exerciacutecios para fins terapecircuticos tem sido muitas vezes

questionada uma vez que os efeitos produzidos sofram interferecircncia de caraacuteter

multifatorial e que dependendo da populaccedilatildeo estudada para as relaccedilotildees gecircnero e

idade gravidade do quadro depressivo intensidade e duraccedilatildeo do exerciacutecio as

100

respostas podem diversificar-se (DUNN amp DISHMAN 1991 PHILLIPS KIERNAN amp

KING 2003 WERNERCK et al 2006)

Considerando que uma das hipoacuteteses que tentam explicar as bases

etioloacutegicas desse transtorno do humor fundamenta-se nas alteraccedilotildees

neurobioloacutegicas percebidas no sistema monoamineacutergico (DUNN amp DISHMAN

1991) sistema que foi analisado no presente estudo Investigou-se entatildeo a

possibilidade de uma associaccedilatildeo significativa entre as concentraccedilotildees da

serotonina triptofano e prolactina (em repouso) e os escores indicativos de

depressatildeo (Tabela 8) o que foi posteriormente rejeitada No entanto apoacutes a

amostra ser dividida para os escores de depressatildeo percebeu-se decliacutenio desses

analiacuteticos agrave medida que o quadro de depressatildeo foi se agravando (Graacutefico 7) o

que coadunou com relatos anteriores que prevecircem decreacutescimo dessas

concentraccedilotildees no diagnoacutestico da depressatildeo (DUNN amp DISHMAN1991 STRUumlDER

amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp WEICKER 2001b MORAN 2003)

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A utilizaccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos como modelo de estresse tem sido

amplamente utilizada em diversas pesquisas para manipulaccedilatildeo do sistema

serotonineacutergico (CHAOULOFF 1997 STRUumlDER amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp

WEICKER 2001b ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005) Para a compreensatildeo da

interaccedilatildeo desse binocircmio muitos estudos tecircm analisado o impacto que o exerciacutecio

fiacutesico tem causado sobre o aporte serotonineacutergico perifeacuterico (MARTIN et al 2000

LOPES 2001) ou sobre o sistema nervoso central (BAILEY DAVIS AHLBORN 1993

DISHMAN 1997) adotando em suas investigaccedilotildees tanto modelo humano (ARIDA

NAFFAH-MAZZACORATTI SOARES 1998 DWYER amp FLYNN 2002 OLIVEIRA et al

2007) como modelos animais (KUROSAWA et al 1993 GOMEZ-MERINO et al

2001 KALINSKI DLUZEN STADULIS 2001) Manipulaccedilotildees farmacoloacutegicas sucedidas

de sessotildees de exerciacutecios fiacutesicos tecircm sido utilizadas tanto para a compreensatildeo da

extensatildeo da accedilatildeo dos neurotransmissores e neuroreceptores como para a produccedilatildeo

e o catabolismo das enzimas relacionadas com a siacutentese e depleccedilatildeo serotonineacutergica

(MEEUSEN et al 1997) Adicionalmente outros recursos aleacutem dos farmacoloacutegicos

tecircm sido empregados para a concepccedilatildeo desse paradigma como as alteraccedilotildees

101

nutricionais que manipulam dietas com suplementaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada dos aminoaacutecidos aromaacuteticos de carboidratos e de aacutecidos graxos livres

(DAVIS 1998 BLOMSTRAND 2006) e as alteraccedilotildees do meio ambiente atraveacutes do

controle da temperatura Entretanto os efeitos agudos do exerciacutecio cardiovascular

foran avaliados nesse estudo apoacutes submeter mulheres idosas a diferentes

intensidades e duraccedilatildeo de caminhada sem a utilizaccedilatildeo de outro fator experimental

atraveacutes da anaacutelise das concentraccedilotildees perifeacutericas da serotonina e demais analiacuteticos

relacionados agrave sua siacutentese

Apesar da variedade metodoloacutegica disponiacutevel na literatura a grande maioria das

investigaccedilotildees que versam sobre esse tema afunilam seus objetivos em desvendar a

relaccedilatildeo da interaccedilatildeo ldquoexeriacutecio fiacutesico e sistema serotonineacutergicordquo agrave alta performance e agrave

possibilidade de prolongamento do tempo de esforccedilo Nesse sentido para melhor

compreensatildeo desse paradigma agrave procura de menores limitaccedilotildees eacuteticas maior controle

das variaacuteveis intervenientes e consequumlentemente maior avanccedilo cientiacutefico adotam

preferencialmente modelos animais ou indiviacuteduos jovens e atletas Tais criteacuterios de

seleccedilatildeo dificultaram comparaccedilotildees de vaacuterios estudos com os resultados aqui

apresentados uma vez que mulheres idosas foram tidas como modelo de amostra

Apesar de estudos afirmarem que o processo de senescecircncia possa estar associado

com marcadores caracteriacutesticos do decliacutenio fisioloacutegico e morfoloacutegico do sistema

serotonineacutergico e seja capaz de repercutir qualitativa e quantitativamente em suas

accedilotildees neuroquiacutemicas (TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998) sabe-se que as

implicaccedilotildees desse binocircmio extrapolam os limites da alta performance Relatos

cientiacuteficos confirmam que a promoccedilatildeo da sauacutede e do bem estar fiacutesico e mental possam

estar associados inclusive a exerciacutecios fiacutesicos de pequena duraccedilatildeo (DWYER amp FLYNN

2002) por serem capazes de produzir alteraccedilotildees significativas na atuaccedilatildeo

neurotransmissora em algumas regiotildees do ceacuterebro mesmo que nenhuma alteraccedilatildeo

perifeacuterica seja aparente (KUROSAWA et al 1993)

Neste estudo o valor meacutedio dos niacuteveis de serotonina de toda a amostra

(154plusmn4288 nanogml) apresentou-se maior do que concentraccedilotildees (7925plusmn694

6375plusmn410 e 6533plusmn433 nanogml) avaliadas em indiviacuteduos mais jovens

(2263plusmn245 2437plusmn329 e 23plusmn316 anos de idade) e proacuteximos dos valores

apresentados (15203plusmn7287 e 12235plusmn1515 nanogml) em indiviacuteduos de meia

102

idade (4555plusmn559 e 4750plusmn1561 anos) ou de faixa etaacuteria semelhante

(13827plusmn6059 nanogml 578plusmn59 anos) apresentados em outros estudos

(SOARES1995 ARIDA 1998 e OLIVEIRA et al 2007 respectivamente)

Evidentemente seria precipitado afirmar que o processo de envelhecimento esteja

relacionado ao acuacutemulo adicional das concentraccedilotildees serotonineacutergicas plasmaacuteticas

uma vez que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agraves diferenccedilas metodoloacutegicas

adotadas nos protocolos de coleta congelamento e dosagem desse analiacutetico Tal

hipoacutetese ocupa posiccedilatildeo controversa na literatura sendo poucas vezes confirmada

como nos dados apresentados por Chen Luuml Huang (2002) ou na maioria das vezes

negada (KUMAR et al 1998)

Apesar da maioria dos grupos avaliados terem apresentado tendecircncia agrave

reduccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos serotonineacutergicos apoacutes sessatildeo de exerciacutecios fiacutesicos

apenas dois dos seis grupos apresentaram decliacutenio significativo do aporte de

serotonina O primeiro apoacutes ser submetido a teste de potecircncia aeroacutebia (Gmax)

reduziu seus niacuteveis de serotonina divergindo dos resultados apresentados por

estudos de Soares (1995) e Steinberg Sposito Tufik et al (1998) que apoacutes

submeterem indiviacuteduos adultos jovens (atletas e ativos respectivamente) a um

estresse fiacutesico semelhante ao prescrito nesta investigaccedilatildeo perceberam aumento

significativo e natildeo decliacutenio destes niacuteveis Percebe-se que a habilidade do sistema

serotonineacutergico em responder diferentes desenhos de protocolos de exerciacutecios fiacutesicos

tanto eacute desconhecida como vulneraacutevel agrave interferecircncias multifatoriais (MARTIN et al

2000) e que presumivelmente o envelhecimento possa interferir signifcativamente

sobre esses resultados

O segundo grupo que apresentou alteraccedilotildees significativas dos niacuteveis

perifeacutericos de serotonina foi o GLA1h que apresentou imediatamente apoacutes 1h de

caminhada de intensidade moderada aumento de 5 (pgt 005) dos niacuteveis

plasmaacuteticos desse neurotransmissor que foi sucedido por um decliacutenio significativo

(ple 005) apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo (18196plusmn2658 19093plusmn1244 e

16515plusmn3639 nanogml respectivamente) A sessatildeo de exerciacutecios a que esse grupo

foi submetido foi semelhante agraves oferecidas em estudo realizado com mulheres

idosas (LOPES 2001) que apoacutes um treinamento de 8 semanas (5 diassemana)

103

perceberam similarmente reduccedilatildeo significativa desse neurotransmissor em

repouso nas concentraccedilotildees plasmaacuteticas A comparaccedilatildeo dessas duas intervenccedilotildees

sugere que organismos de indiviacuteduos idosos assim como os de indiviacuteduos mais

jovens possuam mecanismos neuromoduladores que satildeo acionados em respostas a

sucessivos estiacutemulos promovidos por uma sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico

A despeito do decliacutenio perifeacuterico dos niacuteveis serotonineacutergicos apresentados pelo

GLA1h observou-se um possiacutevel incremento (108) no aporte central desse

neurotransmissor analisados atraveacutes das concentraccedilotildees de prolactina Estudos

sugerem que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agrave lipoacutelise promovida pela praacutetica

de exerciacutecios capaz de interferir nas concentraccedilotildees das porccedilotildees do triptofano (TRP e

TRP-L) Uma vez que o aumento da demanda de aacutecidos graxos livres desloca o TRP

dos siacutetios de ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente

aumento da disponibilidade desse precursor no SNC (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM

1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000

HUFFMAN et al 2004) Essa resposta ao exerciacutecio moderado pode desencadear

presumivelmente efeitos terapecircuticos naturais capazes de intervir beneficamente

em quadros cliacutenicos de doenccedilas associadas agrave alteraccedilotildees do humor e cogniccedilatildeo

(GUSZKOWSKA 2004) O que pode ser confirmado por estudos recentes realizados

com mulheres idosas onde relatam que exerciacutecios moderados mostraram-se

eficientes para a reduccedilatildeo tanto dos niacuteveis de depressatildeo (OLIVEIRA et al 2007)

como tambeacutem favorecem o processamento cognitivo (SILVA 2006)

Nenhuma alteraccedilatildeo estatisticamente significativa foi identificada nos

deslocamento das concentraccedilotildees aminoaciacutedicas em exerciacutecio de curta duraccedilatildeo (20

minutos) de intensidades baixas e moderadas conforme previsto por Meeusen

Watson Hasegawa et al (2006) Todavia considerando que os criteacuterios estatiacutesticos

nem sempre coadunam com as respostas cliacutenicas promovidas pelo desencadeamento

fisioloacutegico das accedilotildees neuroquiacutemicas algumas observaccedilotildees foram realizadas Nesse

sentido percebeu-se que o fator intensidade interferiu de maneira discreta (pgt 005)

sobre as concentraccedilotildees tanto do triptofano quanto dos demais aminoaacutecidos (AACR e

AAN) em que um aumento do triptofano foi observado em grupos submetidos agrave

exerciacutecios de intensidade moderada (GLA 254) agrave moderada alta (G90PCR

156) e um aumento igualmente discreto dos AACR e AAA em exerciacutecios de

104

intensidade leve agrave moderada (G90LA 96 16 GLA 118 e 183

respectivamente) Obviamente tais respostas aminoaciacutedicas ao exerciacutecio

interferiram tanto na relaccedilatildeo do TRPACCR que elevou-se (pgt 005) nos grupos

submetidos agrave intensidade igual ou acima do limiar anaeroacutebio (GLA 12 e G90PCR

62) como na relaccedilatildeo TRPAAA que foi aumentada apenas sob a intensidade

acima do limiar anaeroacutebio (G90PCR 168) Interessante notar que ao comparar

esse comportamento de distribuiccedilatildeo dos aminoaacutecidos com as respostas plasmaacuteticas

da prolactina marcador perifeacuterico das concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais

observou-se que todos os grupos (de duraccedilatildeo de 20 minutos) com exceccedilatildeo do

G90PCR que apresentou um aumento miacutenimo (3) apresentaram um decliacutenio das

concentraccedilotildees de prolactina

Adversamente resultados disponibilizados neste estudo indicaram que

exerciacutecios de curta duraccedilatildeo podem promover sim alteraccedilotildees significativas nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico assim como exerciacutecios de longa duraccedilatildeo

desde que constituiacutedos de alta intensidade o que vai ao encontro com estudos

realizados por Struumlder amp Weicker (2001) Nesse sentido o grupo Gmax apresentou

um decliacutenio significativo (ple 005) nos 20 minutos de recuperaccedilatildeo das concentraccedilatildeo

tanto do TRP quanto da relaccedilatildeo TRPAAA e adicionalmente uma reduccedilatildeo de 17

(p= 007) da relaccedilatildeo TRPAACR Sugere-se que tais alteraccedilotildees bioquiacutemicas possam

explicar a depleccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina igualmente observada para

esse mesmo momento no Gmax A despeito de o aporte teoacuterico indicar que decliacutenios

das relaccedilotildees TRPAAA e TRPAACR estejam relacionados com o decreacutescimo da

disponibilidade do precursor serotonineacutergico nas vias centrais e por conseguinte da

siacutentese serotonineacutergica (STRUumlDER et al 1999 NEWSHOLME amp BLOMSTRAND 2006

MEEUSEN et al 2006) percebeu-se de forma ambiacutegua tendecircncia de elevaccedilatildeo (pgt

005) e natildeo de decreacutescimo dos niacuteveis centrais desse neurotransmissor avaliados

atraveacutes da prolactina imediatamente apoacutes o exerciacutecio e apoacutes os 20 primeiros minutos

de recuperaccedilatildeo (561 e 971 respectivamente) Provavelmente tal fenocircmeno

possa estar relacionado com o fato ocorrido em outras investigaccedilotildees (CHAOULOFF et

al 1986 CHAOULOFF 1997 STRUumlDER et al 1999) quando o decliacutenio ou nenhuma

alteraccedilatildeo significativa das concentraccedilotildees do TRP total (TRP + TRP-L) forma em que

foi dosada neste estudo natildeo convergiu com um acreacutescimo significativo das

concentraccedilotildees do TRP-L uacutenica parcela capaz de atravessar a barreira

hematoencefaacutelica e responsaacutevel pela siacutentese da serotonina central (CURZON

105

FRIEDEL KNOTT 1973) Adicionalmente quanto aos decliacutenios significativos dos niacuteveis

plasmaacuteticos de triptofano e de serotonina podem outrossim estar relacionados com o

aumento da atividade da enzima triptofano pirolase responsaacutevel pela atenuaccedilatildeo das

concentraccedilotildees do triptofano acionada por possiacutevel aumento da adrenalina e do

cortisol em resposta agrave alta intensidade a que o grupo foi submetido e ao niacutevel de

estresse psicoloacutegico que esse tipo protocolo pode induzir (STRUumlDER amp WEICKER

2001a) Apesar do aumento do cortisol apresentar de forma mais pronunciada em

exerciacutecios intensos de maior duraccedilatildeo existem relatos de que exerciacutecios de curta

duraccedilatildeo possam produzir acreacutescimo em sua concentraccedilatildeo (SIMOtildeES MARCON

OLIVEIRA et al 2004 BOTTARO MARTINS GENTIL et al 2007)

Apoacutes anaacutelise comparativa entre grupos percebeu-se que os grupos Gmax e

GLA1h apresentaram maiores diferenccedilas estatiacutesticas quando comparados entre si e

com os demais grupos Presume-se que as diferenccedilas estatiacutesticas encontradas entre

grupos para as dosagens dos vaacuterios analiacuteticos aqui investigados estejam

relacionadas principalmente com as dessemelhanccedilas entre o recrutamento de

substrato energeacutetico agraves diferentes intensidades e duraccedilatildeo previstas nesta

investigaccedilatildeo Uma vez que o aumento da lipoacutelise interfere de forma indireta nas

concentraccedilotildees de serotonina (CURZON 1973 MEEUSEN et al 2006) e com os

mecanismos de alerta desencadeados em situaccedilatildeo de altas intensidades (SIMOtildeES et

al 2004)

Mesmo considerando as limitaccedilotildees desta investigaccedilatildeo os relatos aqui

elucidados revelaram a complexidade e sensibilidade do sistema serotonineacutergico em

responder agraves diferentes manipulaccedilotildees atraveacutes do estresse fiacutesico Priorizar um desses

modelos em detrimento do outro deve ser considerado com cautela uma vez que

nem todos os grupos foram avaliados apoacutes os primeiros momentos de recuperaccedilatildeo

No entanto baseado nos relatos anteriormente realizados sabe-se que apenas trecircs

das intervenccedilotildees G90PCR o Gmax e o GLA1h sugeriram acreacutescimos das

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais (3 971 1089 respectivamente)

parcela envolvida com efeitos positivos na sauacutede mental do idoso

Nesse sentido sabe-se da inviabilidade de prescrever sistematicamente sessotildees

de exerciacutecios de intensidade maacutexima para indiviacuteduos idosos que mesmo

desconsiderando riscos eminentes que esta praacutetica poderia incorrer respostas

negativas a este tipo de estresse poderia ser desencadeadas no sistema

106

serotonineacutergico por influecircncia de mecanismos de accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-

adrenal (HPA) Uma vez que ciente da experiecircncia de risco e de desconforto

vivenciados em sessotildees de exerciacutecio muito intenso o organismo do idoso pode entrar

em estado de alerta e modular atraveacutes do complexo amgdaloacuteide processos plaacutesticos

sediados no hipocampo envolvidos com processamento de informaccedilotildees

especialmente em situaccedilotildees de estresse

Apoacutes acionada a memoacuteria aversiva do hipocampo neurocircnios secretam

Corticotrofinas (CRF) que por sua vez estimula a hipoacutefise anterior a liberar na

circulaccedilatildeo sanguumliacutenea o hormocircnio adreno-cortico-troacutefico (ACTH) que vai provocar a

produccedilatildeo de hormocircnios corticoesteroacuteides (CORT) pela glacircndula supra-renal

principalmente o cortisol que satildeo liberados na corrente sanguiacutenea e chegando ao

ceacuterebro atuam sobre o hipocampo para inibir a liberaccedilatildeo e atuaccedilatildeo das CRFs

(MORAIS SOUZA BAPTISTA 2004 JOCA PADOVAN GUIMARAtildeES 2003) No

entanto enquanto a amiacutegdala for estimulada esse processo continua e por

conseguinte a liberaccedilatildeo do cortisol na corrente sanguiacutenea eacute continuada (MORAIS

SOUZA BAPTISTA 2004) Adicionalmente sabe-se que os glicocorticoacuteides podem

modular o sistema serotonineacutergico e suprimir sua siacutentese (SANTOS 2005)

Fonte httpwwwcnsforumcomimagebankitemHPA_NORM_DPN_3defaultaspx

Por outro lado a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos no limiar ventilatoacuterio 1 (LA)

com um volume (tempo ou distacircncia) baixo ou moderado aplicados na forma de um

programa de treinamento progressivo controlado pode ser considerada como

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob estiacutemulo de estresse

107

importante instrumento de prevenccedilatildeo de doenccedilas de promoccedilatildeo da sauacutede e auxiliar

no tratamento de diversas patologias senatildeo como terapecircutica uacutenica ao menos como

auxiliar nas terapecircuticas tradicionais (STELLA et al 2004) Exerciacutecios fiacutesicos

praticados no limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio 2 (PCR) ou acima do limiar de lactato

associado a grande duraccedilatildeo ou volume podem ser inadequados para fins de terapias

relacionadas agrave sauacutede mental (ARAUacuteJO MELLO LEITE 2007) Apesar de serem

observados aspectos positivos pela prescriccedilatildeo de exerciacutecios de alta intensidade

acredita-se que intensidades moderadas possam ser mais apropriadas para a

populaccedilatildeo idosa aleacutem de induzir melhoras significativas no perfil do humor

qualidade de vida e benefiacutecios cognitivos (CASILHAS et al 2007)

108

66 CCOONNCCLLUUSSAtildeAtildeOO

Considerando o perfil antropomeacutetrico psicomeacutetrico e da capacidade

cardiorrespiratoacuteria observados em mulheres idosas submetidas a esta investigaccedilatildeo

Observou-se maior prevalecircncia de sobrepeso com excesso de gordura

corporal sinalizando iacutendices desfavoraacuteveis para a sauacutede O IMC foi a variaacutevel

antropomeacutetrica de maior prediccedilatildeo para o alto grau de insatisfaccedilatildeo com a

imagem corporal

A silhueta de nuacutemero 5 apontada como imagem corporal real natildeo coincidiu

com a silhueta de nuacutemero 3 indicada como a imagem corporal ideal o que conduziu

a um grau significativo de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

A amostra apresentou performance cognitiva equivalente agrave esperada para sua

faixa etaacuteria um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida e um escore indicativo de

depressatildeo ldquoleverdquo de associaccedilatildeo negativa e significativa com sua capacidade

cardiorrespiratoacuteria classificada como ldquoregularrdquo

Considerando o efeito agudo do sistema serotonineacutergico agraves diferentes

manipulaccedilotildees de exerciacutecio fiacutesico observou-se que

Sessotildees agudas de exerciacutecios fiacutesicos de duraccedilatildeo menor que 20 minutos

apresentaram decliacutenio significativo das concentraccedilotildees serotonineacutergicas do

tripotofano e da relaccedilatildeo das concentraccedilotildees do triptofano com os aminoaacutecidos

aromaacuteticos quando submetidos agrave intensidade maacutexima

Alteraccedilotildees discretas foram percebidas entre as concentraccedilotildees aminoaciacutedicas

em que os aminoaacutecidos de cadeia ramificada e os aromaacuteticos aumentaram suas

concetraccedilotildees nas intensidades leve e moderada e o triptofano nas intensidades

moderadas agrave moderada alta

Considerando as vaacuterias medidas de cautela em prescrever sistematicamente

exerciacutecios de intensidade maacutexima para a populaccedilatildeo idosa conclui-se que sessotildees de

exerciacutecios submetidos entre o primeiro e segundo limiar anaeroacutebico de duraccedilatildeo

109

entre 20 minutos e uma hora sejam mais apropriadas para interferir nas

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de mulheres idosas presumivelmente

relacionadas com a sauacutede mental

110

77 SSUUGGEESSTTOtildeOtildeEESS PPAARRAA NNOOVVOOSS EESSTTUUDDOOSS

Para novas investigaccedilotildees do efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema

serotonineacutergico em mulheres idosas e aumentar a compreensatildeo da dimensatildeo das

respostas deste sistema a este modelo de estresse sugere-se

Que aleacutem das dosagens realizadas neste estudo sejam incluiacutedas as do

principal metaboacutelito serotonineacutergico o aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico da parcela livre do

triptofano e da enzima monoamina oxidase

A realizaccedilatildeo de um maior nuacutemero de coletas para compreender o

comportamento de cada analiacutetico

Que a duraccedilatildeo das sessotildees de exerciacutecios seja determinada pela capacidade

individual de cada indiviacuteduo da amostra e que o tempo seja definido pela solicitaccedilatildeo

de cada idoso

111

RREEFFEERREcircEcircNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRAacuteAacuteFFIICCAASS

ACSM ndash American College of Sports Medicine Exercise and Physical Activity for older adults Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 2 n 6 p 992-1008 1998

ALMEIDA GANA imagem corporal de mulheres morbidamente obesas avaliadas atraveacutes do desenho da figura humana Psicologia reflexatildeo e criacutetica v 15 n 2 p 283-292 2002

American Heart Association (AHA) Exercise and Training of Apparently Healthy Individuals A Handbook for Physicians Dallas American Heart Association 1972

ANSTEY KJ WINDSOR JD JORM AF et al Association of Pulmonary Function with Cognitive Performance in Early Middle and Late Adulthood Gerontology v 50 p 230-234 2004

ANTUNES HKM SANTOS RF MELLO MT et al Cognitive Alterations in Older Women Caused by Systematic Physical Exercise In 7th Annual Congress of The European College of Sport Science v 2 p 1015-1015

ANTUNES HKM SANTOS RF CASSILHAS R et al Exerciacutecio fiacutesico e funccedilatildeo cognitiva Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 12 n 2 2006

ANTUNES HKM SANTOS RF HEREDIA RAG et al Alteraccedilotildees Cognitivas em Idosas Decorrentes do Exerciacutecio Fiacutesico Sistematizado Revista da Sobama v 6 n 1 p 27-33 2001

ARAUacuteJO SRC MELLO MT LEITE JR Anxiety disorders and physical exercise Revista Brasileira de Psiquiatria v 29 n 2 p 64-71 2007

ARIDA RM NAFFAH-MAZZACORATTI MG SOARES JS et al Monoamine Responses to acute and cronic aerobic exercise in normotensive and hypertensive subjects Satildeo Paulo Medical Journal v 116 n 1 p 1624-1624 1998

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 p 102ndash113 2005

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 2005

ASTRAND PO Why Exercise Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 6 n 3 p 25-37 1992

112

BAHRAM A SHAFIZADEH M A comparative and correlational study of the body-image in active and inactive adults and with body composition and somatotype Autralian Association for research in education 2003 Disponiacutevel em httpwwwaareeduau03papbah03789pdf Acesso em 18 fev 2008

BAILEY SP DAVIS AHLBORN EN Neuroendocrine and substrate responses to altered brain 5-HT activity during prolonged exercise to fatigue Journal Applied Physiology v 74 n 6 p 3006-3012 1993

BAILEY SP DAVIS MM AHLBORN EN Effect of increased brain serotonergic activity on endurance performance in the rat Acta Physiologica Scandinava v 145 p 75-76 1992

BANICH MT MILHAM M P ATCHLEY R et al Studies of Stroop tasks reveal unique roles of anterior and posterior brain systems in attentional selection Journal of Cognitive Neuroscience V 12 n 6 p 988-10002000

BARBOSA AR SANTAREacuteM JM JACOB FILHO W et al Comparaccedilatildeo da gordura corporal de mulheres idosas segundo antropometria bioimpedacircncia e DEXA Archivos Latinoamericanos de Nutricioacuten Organo Oficial de la Sociedad Latinoamericana de Nutricioacuten Caracas v 51 n 1 p 49-56 2001

BARCHAS JD FREDMAN D Brain amines response to physiological stress Biochemical Pharmacology v 12 p 1232-1235 1963

BEAR MF CONNORS BW PARADISO M A L Neuroscience exploring the Brain Canadaacute Williams amp Wilkins 1996

BISCIOTTI GN VILARDI JUNIOR NP MANFIO EF A fadiga aspectos centrais e perifeacutericos Revista Fisioterapia Brasil v 2 n 6 p 353 2001

BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007

BLAIR SN KOHL HW PAFFENBARGER JR RS et al Physical fitness and all-cause mortality Journal of the American Medical Association v262 p 2395-2401 1989

BLOMSTRAND E Branched-Chain Amino Acids in Exercise A Role for Branched-Chain Amino Acids in Reducing Central Fatigue The Journal of Nutrition v 136 n 2 p 544S-547S 2006

BLOMSTRAND E CELSING F NEWSHOLME EA Changes in plasma concentrations of aromatic and branched-chain amino acids during sustained exercise and their possible role in fatigue Acta Physiologica Scandinavica v 133 n 1 p 115-121 1988

BLOMSTRAND E HASSMEN P EKBLOM B Administration of branched-chain amino acids during sustained exercise - Effects on performance and plasma

113

concentration of some amino acids European journal of applied physiology v 63 p 83-88 1991

BLUMENTHAL JA Effects of exercise training on older patients with major depression Archives of Internal Medicine v 159 p 234-256 1999

BORG G Escalas de Borg para dor e o esforccedilo percebido Satildeo Paulo Manole 2000 115p

BOTTARO M MARTINS B GENTIL P et al Effects of rest duration between sets of resistance training on acute hormonal responses in trained women Journal of science and medicine in sport 2007 Dec 17 [Epub ahead of print] Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpubmed18093876 Acesso em 10 fev 2008

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil Suggestions for utilization of the mini -mental state examination in Brazil Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil [Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil] Arquivos de Neuro-Psiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BULIK CM WADE TD HEATH AC Relating body mass index to figural stimuli Population-based normative data for Caucasians International journal of obesity and related metabolic disorders v 25 p 1517-1524 2001

CABEZA R amp NYBERG L Neural bases of learning and memory functional neuroimaging evidence Current Opinion Neurology V13 p 415-421 2000

CACHELIN FM REBECK RM CHUNG GH et al Does egthnicity influence body-size preference A comparison of body image and body size Obesity research v 10 n 3 p 158-166 2002

CALDERS P MATTHYS D DERAVE W et al Effect of branched-chain amino acids (BCAA) glucose and glucose plus BCAA on endurance performance in rats Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 31 n 4 p 583-587 1999

CAMPBELL DT STANLEY JC Delineamentos Experimentais e Quase-Experimentais de Pesquisa Satildeo Paulo Pedagoacutegica e Universitaacuteria 1979 138p

CARVALHO MCM CARVALHO GA Atividade fiacutesica e qualidade de vida em mulheres idosas Efdeportes revista digital ano 13 nordm 122 2008 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 08 maio 2008

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

114

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

CASSILHAS RC VIANA VA GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1401-1407 2007

CHAOULOFF F Physiopharmacological interactions between stress hormones and central serotonergic systems Brain Research Reviews v 18 p 1-32 1993

CHAOULOFF F KENNETT GA SERRURRIER B et al Amino acid analysis demonstrates that increased plasma free tryptophan causes the increase of brain tryptophan during exercise in the rat Journal of neurochemistry 46 1647-1650 1986

CHEN Y LUuml X HUANG Y et al Changes of plasma serotonin precursor metabolite concentrations in postmenopausal women with hot flushes Zhonghua Fu Chan Ke Za Zhi v 37 n 12 p726-728 2002

CHENNAOUI M GRIMALDI B FILLION MP et al Effects of physical training on functional activity of 5-HT1B receptors in rat central nervous system role of 5-HT-moduline Naunyn ndash Schmiedebergs archives of Pharmacology v 361 n 6 p 600-604 2000

CHODZKO-ZAJKO WJ The Physiology of Aging Structural changes and functional consequences Implications for research and clinical pratice in the exercise and activity sciences Quest v 48 p 311-329 1996

CIESLAK F ELSANGEDY HM KRINSKI K et al Estudo da qualidade de vida de mulheres idosas participantes do programa da universidade aberta agrave terceira idade na cidade de ponta grossa - PR Efdeportes revista digital ano 12 n 113 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 03 maio 2008

COLCOMBE S amp KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science V14 n 2 p 125-130 2003

COLCOMBE S KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science v 14 n 2 p 125-130 2003

CONN VS TRIPP-REIMER T MAAS ML Older women and exercise Theory of planned behavior beliefs Public Health Nursing v 20 n 2 p 153-163 2003

CONNER M JOHNSON C Gender Sexuality Body Image and Eating Behaviours Journal of Health Psychology v 7 n 6 p 675ndash684 2004

115

COSTA E M S Gerontodrama ndash A Velhice em Cena Satildeo Paulo Agora 1998

COSTILL DL BOWERS R BRAUNAM G Muscle glycognen utilization during prolonged exercise on successive days Journal Applied Physiology v 31 p 834-838 1971

COTMAN C W BERCHTOLD N C Exercise a behavioral intervention to enhance brain health and plasticity Trends in Neurosciences V 25 n 6 p 295 ndash 301 2002

CURZON G FRIEDEL D KNOTT PJ The effect of fatty acids on the binding of tryptophan to plasma proteins Nature v 242 p 198-200 1973

DAMASCENO VO LIMA JRP VIANNA JM et al Novaes JS Tipo fiacutesico ideal e satisfaccedilatildeo com a imagem corporal de praticantes de caminhada Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 3 p 181-186 2005

DAVIS JM Carboidratos aminoaacutecidos de cadeia ramificada e resistecircncia hipoacuteteses da fadiga central Nutriccedilatildeo no esporte n 17 1998

DAVIS JM Nutritional Influences on Central Mechanisms of Fatigue Involving Serotonin In MAUGHAN R J amp SHIRREFFS S M Biochemistry of Exercise USA Human Kinetics 1996 p 445-447

DE WILD GM HOEFNAGELS WH OESEBURG B et al Maximal oxygen uptake in 153 elderly Dutch people (69-87 years) who participated in the 1993 Nijmegen 4-day march European journal of applied physiology v 72 n 1-2 p 134-43 1995

DEVLIN TM Manual de Bioquiacutemica com Correlaccedilotildees Cliacutenicas 4 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998

DIMEO F BAUER M VARAHRAM et al Benefits from aerobic exercise in patients with major depression a pilot study British Journal of Sports Medicine v 35 p 114-117 2001

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DUNN AL DISHMAN RK Exercise and The Neurobiology of Depression Exercise Sport Science Review v 19 p 41-98 1991

DWYER D FLYNN J Short term aerobic exercise training in young males does not alter sensitivity to a central serotonin agonist Experimental Physiology v 87 p 83-89 2002

116

EDITORIAL Cognitive changes after acute tryptophan depletion What can they tell us Psychological Medicine v 34 p 3 - 8 2004

EMED TCXS KRONBAUER A MAGNONI D Mini nutritional assessment as indicator of diagnosis in asylumsrsquo elderly Revista Brasileira de Nutricatildeo Cliacutenica v 21 n 3 p 219-223 2006

ERLIN A HWANG C Body-esteem in Swedish 10-year-old children Perceptual and motor skills v 99 n 2 p 437-444 2004

FAITH MS ALISSON DB Assessment of psychological status among obese persons In THOMPSON JK ed Body Image Eating Disorders and Obesity Washington DC American Psychological Association p 365-387 1996

FARINATTI PTV Teorias bioloacutegicas do envelhecimento do geneacutetico ao estocaacutestico Rev Bras Med Esporte _ v 8 n 4 p 1-10 2002 Disponiacutevel em httpwwwboletimeforgcanal=12ampfile=538 Acesso em 12032006

FARQUHAR M Definitions of quality of life a taxonomy Journal of Advanced Nursing v 22 n 3 p 502-508 1995

FECHIO JJ BRANDAtildeO MRF A influecircncia da atividade fiacutesica nos estados de humor Revista da Associaccedilatildeo dos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de Londrina v 12 n 2 p 21-27 1997

FEKKES D VAN GOOL AR Interferon tryptophan and depression Blackwell Munksgaard v15 p 8-14 2003

FERRANS CE Development of a quality of life index for patients with cancer Oncology Nursing Foacuterum v 17 n 3 p 15-19 1990

FERREIRA SE TUFIK S MELLO MT Neuroadapataccedilatildeo uma proposta alternativa de atividade fiacutesica para usuaacuterios de drogas em recuperaccedilatildeo Revista Brasileira Ciecircncia e Movimento v 9 n 1 p 31-39 2001

FEY-YENSAN NL MCCORMICK LM ENGLISH C Body Image and Weight Preoccupations in Older Women A Review Healthy Weight Journal v 16 n 5 p 68-71 2002

FITZGIBBON ML BLACKMAN LR AVELLONE ME The relationship between body image discrepancy and body mass index across ethnic groups Obesity research v 8 n 8 p 582-589 2000

FLECK MPA LAFER B SOUGEY EB DEL PORTO JA BRASIL MA FURUENA F Diretrizes da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira para o tratamento da depressatildeo (Versatildeo integral) Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n 2 p 114-122 2003

117

FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999

FLEG JL MORRELL CH BOS AG et al Accelerated Longitudinal Decline of Aerobic Capacity in Healthy Older Adults Journal of the American Heart Association v 112 p 674-682 2005

FOLSTEIN MF FOLSTEIN SE MCHUGH PR Mini-Mental State a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician Journal of Psychiatric Research v 12 p 189-198 1975

Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986

Friedlander AL Jacobs KA Fattor JA et al Contributions of working muscle to whole body lipid metabolism are altered by exercise American journal of physiology Endocrinology and metabolism v 292 p E107-E116 2007

GILL TM FEINSTEIN AR A critical appraisal of the quality of quality of life measurements Journal of the American Medical Association v 272 p 619-626 1994

GOLDBERG S SMITH GS BARNES A et al Serotonin modulation of cerebral glucose metabolism in normal aging Neurobiology of aging v 25 p 167-174 2003

GOMEZ-MERINO D BEQUET F BERTHELOT M et al Evidence that the branched-chain amino acid L-valine prevents exercise induced release of 5-HT in rat hippocampus International Journal of Sports Medicine v 22 n 5 p 317-22 2001

GOODMAN amp GILMAN As Bases Farmacoloacutegicas da Terapecircutica 9ordf ediccedilatildeo Chile Mcgraw-Hill 1996 cap 11

GORAN M FIELDS DA HUNTER GR et al Total body fat does not influence maximal aerobic capacity International journal of obesity and related metabolic disorders v 24 n 7 p 841-848 2000

GORDIA AP QUADROS TMB VILELA JUacuteNIOR GB et al Comparaccedilatildeo da qualidade de vida de mulheres idosas praticantes e natildeo praticantes de exerciacutecio Efdeportes revista digital ano 11 n 106 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 07 maio 2008

GORESTEIN C ANDRADE L Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Propriedades psicomeacutetricas da versatildeo em portuguecircs Journal Clinical Psychology v 25 n 5 ediccedilatildeo especial p 245-250 1998

GOTTFRIES CG Depressatildeo no idoso Estrateacutegias de tratamento Nordic Journal of Psychiatry v 47 n 30 p 75-81 1993

118

GRIMLEY-EVANS Qualidade de Vida p 29 1996

GUSZKOWSKA M Effects of exercise on anxiety depression and mood Psychiatria polska v 38 n 4 p 611-620 2004

HARGREAVES DA TIGGEMANN M Idealized media images and adolescent body image lsquolsquocomparingrsquorsquo boys and girls Body Image v 1 p 1351ndash1361 2004

HAY PJ Epidemiologia dos transtornos alimentares estado atual e desenvolvimentos futuros Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl III p 13-17 2002

HAYFLICK L Como e porque envelhecemos 2 ordf ed Rio de Janeiro Campus 1997

HAYKOWSKY MJ QUINNEY HA GILLIS R et al Left ventricular morphology in junior and master resistance treined athletes Medicine and Science in Sports and Exercise v 32 n 2 p 349-352 2000

HELGE JW STALLKNECHT B RICHTER EA et al Muscle metabolism during graded quadriceps exercise in man Physiology in Press Journal of Psychophysiology 2007 Disponiacutevel em httpwwwpubmedcentralnihgovarticlerenderfcgiartid=2170831 Acessado em 12 Fev 2007

HERNANDES ESC BARROS JF Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas e educacionais para idosos sobre o desempenho em testes de atividades da vida diaacuteria Revista brasileira de Ciecircncia e Movimento v 12 n 2 p 43-50 2004

HILLMAN CH SNOOK EM JEROME GJ Acute cardiovascular exercise and executive control function Intenational Journal of Psychophysiology v 8 n 3 p 307-14 2003

HIRVENSALO M HEIKKINEN E LINTUNEN T et al The effect of advice by health care professionals on increasing physical activity of older people Scandinavian Journal of Medicine amp Science in Sports v 13 n 4 p 231-236 2003

HUFFMAN DM ALTENA S MAWHINNEY T et al Effect of n-3 fatty acids on free tryptophan and exercise fatigue European journal of applied physiology v 92 p 584-591 2004

HUNT SM McKENNA SP MCEWEN J et al A quantitative approach to perceived health status a validation study Journal of Epidemiology and Community Health v 34 n 4 p 281-286 1980

HURLEY BF ROTH SM Strenght training in the elderly effects on risk factors for age-related diseas Sports and Medicine v 30 n 4 p 249-68 2000

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa no Brasil Rio de Janeiro 2001

119

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa em Taguatinga CODEPLAN - IDHABDF 2000

JANSSEN I MARK AE Elevated body mass index and mortality risk in the elderly Obesity Reviews V 8 p 41-59 2007

JOCA SRL PADOVAN CM GUIMARAtildeES FS Estresse depressatildeo e hipocampo Stress depression and the hippocampus Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n Supl II p 46-51 2003

KAGAWA M KUROIWA C UENISHI K et al A comparison of body perceptions in relation to measured body composition in young Japanese males and females Body Image v 4 p 372-380 2007

KALINSKI MI DLUZEN DE STADULIS R Methamphetamine produces subsequent reductions in running time to exhaustion in mice Brain Research v 7 p 160-164 2001

KAPCZINSKI F BUSNELLO J ABREU MR et al Aspectos da Fisiologia do Triptofano Disponiacutevel em httpwwwhcnetuspbripqrevistaindexhtml acessado em 03 fev 2004

KAPLAN MI SADOCK BJ Pertubaccedilotildees afetivas in KAPLAN M I SADOCK B J Compendio de psiquiatria dinacircmica Trad Por Namuri costa 3ordf ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1984 cap 16 p 313-33

KAPLAN R M ANDERSON J P WU A W Applications in aids cystic fibrosis and arthritis Med care v27 1989 p27-43

KING MT DOBSON AJ HARNETT PR A comparison of two quality-of-life questionnaires for cancer clinical trials the functional living index--cancer (FLIC) and the quality of life questionnaire core module (QLQ-C30) Journal of Clinical Epidemiology v 9 n 1 p 21-29 1996

KNORST MR SILVA MPM MANTELLI C et al Qualidade de vida do idoso In Terra NL organizador Envelhecendo com qualidade de vida programa Geron da PUCRS Porto Alegre EDIPUCRS p 29-32 2001

KOWALSKI KM Current Health 2 0163156X v 29 n 7 p 6-7 2003

KRAUSE MP HALLAGE T GAMA MPR et al Associaccedilatildeo entre Perfil lipiacutedico e Adiposidade Corporal em mulheres com Mais de 60 Anos de Idade Arquivos brasileiros de cardiologia v 89 n 3 p163-169 2007

KUMAR AM WEISS S FERNANDEZ JB et al Peripheral serotonin levels in women role of aging and ethnicity Gerontology v 44 p 211-216 1998

KUROSAWA M OKADA K SATO A et al Extracellular release of acetylcholine noradrenaline and serotonin increases in the cerebral cortex during walking in conscious rats Neuroscience Letters v 161 p 73-76 1993

120

KUSHI LH FEE RM FOLSOM AR et al Physical activity and mortality in posmenopausal women Journal of the American Medical Association v 277 p 1287-1292 1997

LAKS J BATISTA EMR GUILHERME ERLG et al O mini exame do estado mental em idosos de uma comunidade Dados parciais de Santo Antocircnio de Paacutedua Rio de Janeiro Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 782-785 2003

LAWTON MP A Multidimensional View of Quality of Life in Frail Elders In J E Birren et al (Eds) The Concept and Measurement of Quality of Life in the Frail Elderly San Diego Academic Press p 3-27 1991

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1988

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1992

LEGRAND F HEUZE JP Antidepressant Effects Associated With Different Exercise Conditions in Participants With Depression A Pilot Study Journal of Sport amp Exercise Psychology v 29 p 348-364 2007

LEMON PWR Do athletes need mor dietary protein na amino acids International Journal of Sport Nutrition v 5 p S39-61 1995

LOPES KMDC Os efeitos crocircnicos do exerciacutecio fiacutesico aeroacutebio nos niacuteveis de serotonina e depressatildeo em mulheres idosas 2001122f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndash Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia Brasiacutelia 2001

LOURENCcedilO RA VERASI RP Mini-Exame do Estado Mentalcaracteriacutesticas psicomeacutetricas em idosos ambulatoriais Revista de Sauacutede Puacuteblica v 40 n 4 p 712-719 2006

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica 5ordm edSatildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARINS MJS ANGERAMI ELS Problemas dos idosos na alta hospitalar In Gerontologia v 2 p 678-74 1996

MARTIN CL DUCLOS M AGUERRE S et al Corticotropic and serotonergic responses to acute stress withwithout prior exercise training in different rat strains Acta Physiologica Scandinavica v 168 n 3 p 421-30 2000

MATARUNA L Imagem corporal noccedilotildees e definiccedilotildees Efdeportes 10 (71) 2004 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 13 jun 2007

MATSUDO SMM MATSUDO VKR NETO B Efeitos beneacuteficos da atividade fiacutesica na aptidatildeo fiacutesica e sauacutede mental durante o processo de envelhecimento Revista atividade fiacutesica amp Sauacutede v 5 n 2 p 60-76 2000

121

MATSUO RF VELARDI M BRANDAtildeO MRF et al Imagem corporal de idosas e atividade fiacutesica Revista Mackenzie de Educaccedilatildeo Fiacutesica e Esporte v 6 n 1 p 37-43 2007

MATTER A S RODRIGUEZ C GUTHRIE M F et al Effects of exercise on depressive symptoms in older adults with poorly responsive depressive disorder British journal of physichiatry v 180 p 411 ndash 415 2002

MATTSON M P CHAN S L DUAN W Modification of brain aging and neurodegenerative disorders by genes diet and behavior Physiological reviews V 82 p 637 ndash 6722002

MAUGHAN R GLEESON M GREENHAFF PL Bioquiacutemica do exerciacutecio e do treinamento 1 ed Satildeo Paulo Manole p 132-136 2000

MAZO GZ LOPES MA BENEDETTI TB Atividade fiacutesica e o idoso concepccedilatildeo gerontoloacutegica Porto Alegre Sulina 2001

MAZZEO RS CAVANAGH P EVANS WJ et al - Exerciacutecio e atividade fiacutesica para pessoas idosas Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 3 p 48-68 1998

Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 29 n 1 p 58-62 1997

MEEUSEN R PIACENTINI M Exercise and Neurotransmission A Window to the Future European Journal of Sport Science v 1 n 1 p 1-12 2001

MEEUSEN R ROEYKENS J MAGNUS L et al Endurance perform ance in humans the effect of a dopamine precursor or a specific serotonin (5-HT2A2C) antagonist International Journal of Sports and Medicine v 18 n 8 p 571-577 1997

MEEUSEN R THORREacute K CHAOULOFF F et al Effects of tryptophan andor acute running on extracellular 5-HT and 5-HIAA levels in the hippocampus of food-deprived rats Brain Research v 740 p 245-252 1996

MEEUSEN R WATSON P HASEGAWA H et al The Serotonin Hypothesis and Beyond Sports Medicine v 36 n 10 p 881-909 2006

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111-1125 1999

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111 ndash 1125 1999

MENESES A HONG E A pharmacological analysis of serotonergic receptors effects of their activation of blockade in learning Progress in neuro-psychopharmacology amp biological psychiatry v 21 n 2 p 273-296 1997

122

MENON MA FREIRIAS A SANCHES M Tratamento de depressatildeo no idoso Psychiatry online Brazil v 3 n 12 1998

MILHAM M P ERICKSON KI BANICH MT et al Attentional control in the aging brain Insights from na fMRI study of the Stroop task Brain and Cognition v 49 n 3 p 277-296 2002

MITNITSKI AB GRAHAM JE MOGILNER AJ et al Frailty and late-life mortality in relation to chronological and biological age BMC Geriatrics v 2 p 1 2002

MONTEIRO WD Forccedila Muscular Uma Abordagem Fisioloacutegica em Funccedilatildeo do Sexo Idade e Treinamento Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 50-66 1997

MOORE KE BABYAK MA WOOD CE et al The association between physical activity and depression in older depressed adults Journal of Aging and Physical Activity v 7 n 1 p 55-61 1999

MORAIS PR SOUZA FG BAPTISTA MN Relaccedilotildees entre Siacutendrome de Burnout e Transtornos de Humor In BAPTISTA MN Suiciacutedio e Depressatildeo ndash Atualizaccedilotildeearauacutejis Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2004 p 217-230

MORAN M Depression-Serotonin link Many mysteries Remain Psychiatric News v 38 n 9 p 48 2003

MURPHY F SMITH K COWENP ROBBINS T SAHAKIAN B The effects of tryptophan depletion on cognitive em affective processing in healthy volunteers Psychopharmacology v 163 n 1 p 42-53 2002

NAIR KS Age-related changes in muscle Mayo Clinic Proceedings v75 Suppl p S14-18 2000

NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002

NERI AL Qualidade de vida na velhice e atendimento domiciliaacuterio In DUARTE YAD DIOGO MJD Atendimento domiciliar um enfoque gerontoloacutegico Satildeo Paulo Atheneu cap 4 p 33-47 2000

NEWSHOLME EA ACWORTH IN BLOOMSTRAND E Amino acids brain neurotransmitters and a functional link between muscle and brain that is important in sustained exercise in Benzi G Advances in Myochemistry London John Libbey Eurotext P 127-133 1987

NEWSHOLME EA BLOMSTRAND E Branched-chain amino acids and central fatigue The Journal of nutrition v 136 n 1 Suppl p 274S-276S 2006

NIEMAN DC Exerciacutecio e sauacutede como se prevenir de doenccedilas usando o exerciacutecio como seu medicamento Satildeo Paulo Manole 1999 p 217-308

123

NISHIMURA A TAKEUCHI Y MATSUSHITA H et al Vulnerability to aging in the rat serotonerg system Acta Neuropatholoacutegica v96 n 6 p 581-595 1998

NYBOA L SECHER NH Cerebral perturbations provoked by prolonged exercise Progress in Neurobiology v 72 p 223ndash261 2004

OAKS S Exercise and depression American Fitness v 18 n 3 p 38-41 2000

OLIVEIRA RJ FURTADO AC Envelhecimento do Sistema nervoso e o exerciacutecio fiacutesico Educacioacuten Fiacutesica y Deporte v 15 p 1-5 1999

OLIVEIRA RJ LOPES KM COacuteRDOVA C BOTTARO M Aerobic training and the changes on the serum levels of serotonin and the symptoms of depression in the elderly women Biology of Sport v 24 n 3 p 255-264 2007

OMS - Classificaccedilatildeo de transtornos mentais e de comportamento da CID-10 S Paulo Artes Meacutedicas 1993

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2003

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2002

OMS - Informe sobre la salud en el mundo Salud mental nuevos conocimientos nuevas esperanzas Ginebra Organizacioacuten Mundial de la Salud 2001

OMS - Organisation mondiale de la santeacute Active Ageing From Evidence to Action Genegraveve lOMS 2000

OMS - Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede Divisatildeo de Sauacutede Mental GRUPOWHOQOL Versatildeo em portuguecircs dos instrumentos de avaliaccedilatildeo de qualidade de Vida (WHOQOL) 1998

OMS - WHOQOL GroupThe World Health Organizations WHOQOL-BREF quality of life assessment psychometric properties and results of the international field trial A report from the WHOQOL group Quality of Life Research v 13 n 2 p 299-310 2004

ONU - Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas Populaccedilatildeo e Envelhecimeto Factos e Nuacutemeros Segunda assembleacuteia mundial sobre o envelhecimento 2002

ORSI JVA NAHAS FX GOMES HC et al Impacto da obesidade na capacidade funcional de mulheres Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira v 54 n 2 p 106-109 2008

PAFFENBARGER JR RS KAMPERT JB LEE IM Physical activity and health of college men longitudinal observations International Journal of Sports and Medicine v 18 p s200-203 1997

124

PAFFENBARGER RS Contributions of epidemiology to exercise science and cardiovascular health Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 p 426-438 1988

PAFFENBARGER RS LEE IM LEUNG R Physical activity and personal characteristics associated with depression and suicide in American college men Acta Psychiatrica Scandinavica Supplementum v 377 p 16-22 1994

PAPALEacuteO NETTO M O estudo da velhice no seacuteculo XX histoacuterico definiccedilatildeo do campo e termos baacutesicos In Freitas Elizabete Viana de et al (Orgs) Tratado de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan p 02-12 2002

PAULO MG TEIXEIRA AR JOTZ GP et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida de Cuidadores de Idosos Portadores de Deficiecircncia Auditiva Influecircncia do Uso de Proacuteteses Auditivas Arquivo Internacional de Otorrinolaringologista v 12 n 1 p 28-36 2008

PAYTON OD POLAND JL Aging process implicatios for Clinical Practice Phisical Therapy v 63 n 1 p 41-48 1983

PEacuteREZ AS La Medicina y el Proceso de Envejecimiento al Final Del siglo XX Instituto de Espana Anales de la Real Academia Nacional de Medicina ndash Nuacutemero extraordinaacuterio Madrid 1994

PETROSKI EC Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas na terceira idade Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 34-40 1997

PHILLIPS WT KIERNAN M KING A C Physical Activity as a Nonpharmacological Treatment for Depression A Review Complementary Health Practice Review v 8 n 2 p 139-152 2003

PORTER R J LUNN SB WALKER LLM et al Cognitive deficit induced by acute tryptophan depletion in patients with Alzheimerrsquos disease American Journal of psychiatry v 157 n 4 2000

POSNER M I amp DEHAENE S ATTENTIONAL NETWORKS Trends in Neuroscience V 17 n 2 p 75-79 1994

POWERS K S HOWLEY T E Fisiologia do Exerciacutecio Satildeo Paulo Manole 2003

PROVENZA IC MARA LS LIMA WC et al Relaccedilatildeo da siacutendrome do excesso de treinamento com estresse fadiga e serotonina Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 6 2005

RANG HP DALE MM RITTER JM Farmacologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 1997 p 139-444

125

RICHTER-LEVIN G SEGAL M Age-related cognitive deficits in rats are associated with a combined loss of cholinergic and serotonergic functions Annals of the New York Academy of Sciences v 24 n 695 p 254-257 1993

ROBERGS RA ROBERTS SO Exercise Physiology Exercise performance and Clinical Applicatios Mosby 1997 p 578-596

RODRIGUES MJSF O diagnoacutestico de depressatildeo Piscologia USP v 11 n 1 p 1-22 2000

ROSA DA DE MELLO MT NEGRAtildeO AB et al Mood changes after maximal exercise testing in subjects with symptoms of exercise dependence Perceptual and motor skills v 99 n 1 p 341-353 2004

ROSSI L CASTRO I TIRAPEGUI J Suplementaccedilatildeo com aminoaacutecidos de cadeia ramificada e alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de serotonina cerebral Nutrire v 26 p1-10 2003

ROSSI L TIRAPEGUI J Implicaccedilotildees do sistema serotonineacutergico no exerciacutecio fiacutesico Arquivos Brasileiros de Endocrinologia amp Metabologia Satildeo Paulo v 48 n 2 p 227-233 2004

ROSSI L TIRAPEGUIJ Aspectos atuais sobre exerciacutecio fiacutesico fadiga e nutriccedilatildeo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 13 n 1 p 67 ndash 82 1999

SANTIEacuteN SANTAMARIA ML Indicadores socials de calidad de vida Un sistema de medicioacuten aplicado al Paiacutes Vasco Montalbaacuten Madrid Centro de Investigaciones Solioloacutegicas v 133 1993

SANTOS DM SICHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica v 39 n 2 2005

SCALCO MZ Tratamento de idosos com depressatildeo utilizando triciacuteclicos IMAO ISRS e outros antidepressivos Revista Brasileira de Psiquitriatria v 24 Supl I p 55-63 2002

SCHILDER PA Imagem do corpo as energias construtivas da psique 3ordfed Satildeo Paulo Martins Fontes 1999

SCHOEVERS RA GEERLINGS M I BEEKMAN ATF et al Association of depression and gender with mortality in old age British Journal of Psychiatry v 177 p 336-342 2000

SCHUIT A J FESKENS E J M LAUNER LJ et al Physical activity and cognitive decline the role of the apolipoprotein e4 allele Medicine amp Science in sports amp Exercise v 33 n 5 p 772 ndash777 2001

SHEENArsquoS Imagem corporal Disponiacutevel em httpwwwsheenasplaceorg Acesso em 8 jan 2004

126

SILBERMAN C SOUZA C WILHEMS F et al Cognitive deficit and depressive symptoms in a community group of elderly people a preliminary study Revista de Sauacutede Publica v 29 n 6 p 444-450 1995

SILVA MMS TINOCO ALA BRITO LF et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

SILVA P Farmacologia 6ordf ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 2002 p 296-297

SILVA TE REZENDE CHA Avaliaccedilatildeo transversal da qualidade de vida de idosos participantes de centros de convivecircncia e institucionalizados por meio do questionaacuterio geneacuterico WHOQOL-BREF 2006 Horizonte Cientiacutefico Disponiacutevel em httpwwwproppufubrrevistaeletronicaEdicao202006_1Dtais_estevaopdf Acesso em 03 maio 2008

SILVA VAP BOTTARO M JUSTINO MA et al Frequumlecircncia Cardiacuteaca Maacutexima em Idosas Brasileiras uma Comparaccedilatildeo entre Valores Medidos e Previstos Arquivos brasileiros de cardiologia v 88 n 3 p 314-320 2007

SIMOtildeES HG MARCON F OLIVEIRA F et al Resposta da razatildeo testosteronacortisol durante o treinamento de corredores velocistas e fundistas Revista brasileira de educaccedilatildeo fiacutesica e esporte v 18 n 1 p31-46 2004

SKINNER JS MCLELLAN J The transition from the aerobic and anaerobic metabolism In RESEARCH QUATERLY OF EXERCISE AND SPORTS 1980

SLADE PD What is body image Behaviour research and therapy v 32 n 5 p497-502 1994

SNOWDON J How high is the prevalence of depression in old age Revista brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 42-47 2002

SNOWDON J Is depression more prevalent in old age Australian and New Zealand Journal of Psychiatry v 35 p 782-787 2001

SOARES J Niacuteveis seacutericos de serotonina frente ao exerciacutecio agudo maacuteximo em indiviacuteduos natildeo treinados e treinados em corridas de meio-fundo e velocidade 199573f Tese (Doutorado em Ciecircncias) ndash Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 1995

SORENSEN TIA STUNKARD AJ Does obesity run in families because of genes An adoption study using silhouettes as a measure of obesity Acta Psychiatric Scandinavica 1993

SOUZA FGM Tratamento da depressatildeo Revista brasileira de Psiquiatria v 21 p 18-23 1999

127

SPEAR J How long should older people take antidepressants to prevent relapse Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 70-73 2002

SPIRDUSO WW FRANCIS LD MCRAE PG Physical Dimension of Aging ndash 2nd Edition Human Kinetics 2005

STEINBERG L L SPOSITO MMM LAURO FAA et al Serum level of serotonin during rest and during exercise in paraplegic patients Spinal Cord v 36 p 18-20 1998

STELLA SG ANTUNES HK SANTOS RF et al Transtornos do humor e exerciacutecio In Mello MT organizador Atividade fiacutesica exerciacutecio fiacutesico e aspectos psicobioloacutegicos Satildeo Paulo Guanabara Koogan 2004 p 51-9

STEWART KJ Longevity Health Sciences The Phoenix Conference Annals of the New York Academy of Sciences v 1055 p 193-206 2005

STORDAL E MYKLETUN A DAHL AA The association between age and depression in the general population a multivariate examination Acta Psychiatrica Scandinava v 107 p 132-141 2003

STRUumlDER H K HOLLMANN W PLATEN P et al Effect of acute and chronic exercise on plasma amino acids and prolactin concentrations and on [3H] Ketanserin Binding to Serotonin 2A receptors on human platelets Europe Journal Apply of Physiology v 79 p 318-324 1999

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part I International Journal of Sports and Medicine v 22 p 467-481 2001a

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part II International Journal of Sports and Medicine v 22 p 482-97 2001b

TEHARD B VAN LIERE MJ COM-NOUGUE C et al Anthropometric Measurements and Body Silhouette of Women Validity and Perception Journal of the American Dietetic Association v 102 n 12 p 1779-1784 2002

THOMAS S READING J SHEPHARD RJ Revision of the Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) Canadian journal of sport sciences v 17 p 338-345 1992

THOME J HENN FA DUMAN RS Cyclic AMP response element-binding protein and depression Expert Review of Anticancer Therapy v 2 n 3 p 347-354 2002

TINOCO ALA BRITO LF SANTrsquoANNA MSL et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

128

TOMPOROWSKI PD Effects of acute bouts of exercise on cognition Acta Psychologica v 112 p 297-324 2003

TOSKOVIC NN Alterations in selected measures of mood with a single bout of dynamic Taekwondo exercise in college-age students Perceptual and motor skills v 92 n 3 Pt p 1031-1038 2001

TRELLES L El envejecimiento del sistema nervioso Aspectos estructurales y bioquiacutemicos Revista de Neuro-Psiquiatria v 4 p 192-202 1986

TRICHES R M GIUGLIANI E R Body dissatisfaction in school children from two cities in the South of Brazil Revista de Nutriccedilatildeo v 20 n 2 p 119-128 2007

VACANTI L J SESPEDES LBH SARPI MO O teste ergomeacutetrico eacute uacutetil seguro e eficaz mesmo em indiviacuteduos muito idosos com 75 anos ou mais Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 82 n 2 p 147-150 2004

VALLE LBS FILHO RMO DELUCIA R et al Farmacologia Integrada Princiacutepios baacutesicos - v 1 Rio de Janeiro Livraria Atheneu 1988 p 353-364

VARNIER M P SARTO P MARTINES D Effects of infusing branched-brain amino acid during incremental exercise with reduced muscle glycogen content European journal of applied n 69 p 26-31 1994

VISSER M FUERST T LANG T et al Validity of fan-beam dual-energy X-ray absorptiometry for measuring fat-free mass and leg muscle mass Journal Applied Physiology v 87 p 513-1520 1999

WATSON P HASEGAWA H ROELANDS B et al Acute dopaminenoradrenaline reuptake inhibition enhances human exercise performance in warm but not temperate conditions The Journal of physiology v 565 n 3 p 873-883 2005

WERNERCK FZ BARA FILHO MG RIBEIRO LCS Efeitos do exerciacutecio fiacutesico sobre os estados de humor Revisatildeo Revista Brasileira sobre psicologia do esporte v 0 p 22-54 2006

WILLIAMSON DA OrsquoNEIL PM Behavioral and psychological correlates of obesity In BRAY G A BOUCHARD C JAMES WPT eds Handbook of obesity New York Marcel Dekker 1998 p 129-142

WOOD AT HALL MR Reversed-phase high-performance liquid chromatography of catecholamines and indoleamines using a simple gradient solvent system and native fluorescence detection Journal of Chromatography v B n 744 p 221ndash225 2000

XAVIER FMF FERAZ MPT BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 p 62-70 2001

129

XAVIER F MARCOS F BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 2001

ZAVASCHI MLS SATLER F POESTER D et al Associaccedilatildeo entre trauma por perda na infacircncia e depressatildeo na vida adulta Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 n 4 p 189-95 2002

ZHANGX SUN Z ZHANG X et al Prevalence and associated factors of overweight and obesity in older rural Chinese Obesity v 16 p 168ndash171 2008

130

AANNEEXXOO 11 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE SSAAUacuteUacuteDDEE EE HHAacuteAacuteBBIITTOOSS DDEE VVIIDDAA Nome_________________________________________________________________ Endereccedilo_________________________________________________________________________ Fone ( s) ________________________ Cel _____________________ Dt nasc _________

Leia com atenccedilatildeo e escolha a resposta que mais se aproximar a sua

realidade

1 Algum meacutedico jaacute lhe disse que vocecirc tem um problema cardiacuteaco e deve fazer exerciacutecios apenas sob orientaccedilatildeo meacutedica ( ) Sim ( ) natildeo

2 Vocecirc sente dor no peito quando realiza atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

3 No mecircs passado vocecirc teve dor no peito quando natildeo estava fazendo atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

4 Vocecirc perde o equiliacutebrio por causa de tonturas ou jaacute desmaiou alguma vez ( ) Sim ( ) natildeo

5 Vocecirc tem problema em algum osso ou articulaccedilatildeo que poderia piorar com a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ( ) Sim ( ) natildeo

6 Seu meacutedico lhe receitou atualmente alguma medicaccedilatildeo (por exemplo diureacuteticos) para pressatildeo ou problema de coraccedilatildeo ( ) Sim ( ) natildeo

7 Vocecirc conhece alguma outra razatildeo pela qual natildeo deveria praticar atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo Qual ___________________________________________________________

8 Costuma fazer check- up ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

9 Vocecirc fuma ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantos cigarros por dia ___________________________________________

10 Faz uso de bebidas alcooacutelicas ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantas vezes por semana __________________________________________

131

11 Marque um ldquoxrdquo nas doenccedilas que vocecirc tem ou jaacute teve

( ) a hipertensatildeo ( ) diabetes ( ) cardiopatias ( ) doenccedila de Alzheimer ( ) acidente vascular cerebral ( ) depressatildeo ( ) doenccedila de Parkinson

( ) _____________________ ( )_________

12 Sente dores na coluna ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Onde _________________________________________________________

13 Faz controle de colesterol ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

14 Pratica exerciacutecios fiacutesicos regularmente ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

15 Qual (quais) a(s) modalidade(s) de exerciacutecio fiacutesico que vocecirc pratica atualmente _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16 Haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses 17 Com qual frequumlecircncia semanal

( ) 1x ( ) 2x ( ) 3x ( ) 4x ( ) 5x ( ) 6x ( ) 7x ( ) gt 7x 18 Qual a duraccedilatildeo desta atividade por sessatildeo (em minutos)

( ) 10 ( ) 15 ( ) 20 ( ) 30 ( ) 40 ( ) 50 ( ) 60 ( ) gt 60 19 Qual eacute a Intensidade desta atividade

( ) Leviacutessima ( ) leve ( ) moderada ( ) um pouco alta ( ) alta ( )altiacutessima NAtildeO PRATICA nenhuma atividade fiacutesica haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses ( ) nunca participou

20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

21 Toma remeacutedio para depressatildeo ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22 Sofre de insocircnia

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes 23 Toma algum remeacutedio para dormir

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual _________________________________________________________

132

24 Jaacute fez alguma cirurgia ( ) Sim ( ) natildeo

Cirurgia Data Cirurgia Data

25 Quais os remeacutedios que vocecirc estaacute utilizando atualmente

Nome do remeacutedio Para que Posologia

26 Tem algum problema de sauacutede que natildeo foi aqui relatado ainda

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (Quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 27 A respeito da sua renda familiar assinale a alternativa correspondente a sua

realidade ( ) ateacute um salaacuterio miacutenimo ( ) dois salaacuterios miacutenimos ( ) 3 salaacuterios miacutenimos ( ) 4 a 5 salarios ( ) 6 a 7 salaacuterios ( ) acima de 10 salaacuterios ( ) 10 a 15 salaacuterios ( ) acima de 15 salaacuterios

28 A respeito do seu grau de escolaridade ( ) Analfabeto ( ) primaacuterio incompleto ( ) Primaacuterio completo ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino meacutedio ( ) Ensino Superior

29 Em que classe social vocecirc se enquadra ( ) Baixa ( ) Meacutedia ( ) Meacutedia alta ( ) Alta

OBSERVACcedilOtildeES

133

AANNEEXXOO 22 ndashndash TTEERRMMOO DDEE CCOONNSSEENNTTIIMMEENNTTOO LLIIVVRREE EE EESSCCLLAARREECCIIDDOO

NOME _______________________________________________________________

1 - ESCLARECIMENTO DAS AVALIACcedilOtildeES

11 Teste de esforccedilo e sessatildeo de exerciacutecios Vocecirc estaraacute realizando 1 teste de esforccedilo em esteira A intensidade teraacute iniacutecio em um niacutevel que vocecirc poderaacute realizar facilmente e seraacute aumentada progressivamente O tempo do teste dependeraacute do seu niacutevel de aptidatildeo fiacutesica Durante a execuccedilatildeo do mesmo devido agrave sensaccedilatildeo de fadiga ou desconforto vocecirc poderaacute solicitar que seja finalizado em qualquer momento que desejar Da mesma forma poderemos parar o teste a qualquer indiacutecio de risco percebido durante o teste

Vocecirc seraacute solicitado tambeacutem a realizar uma sessatildeo de caminhada em esteira durante 20 minutos

12 Dosagem de serotonina triptofano e aminoaacutecidos Seratildeo realizadas 2 coletas de sangue em momentos distintos A primeira ser realizada no preacute-teste em repouso e a segunda no poacutes-teste apoacutes teste de esforccedilo (no caso do Grupo Controle apoacutes 20 minutos em repouso)

13 Avaliaccedilatildeo das caracteriacutesticas fiacutesicas Seratildeo avaliados a massa corporal a estatura e o percentual de gordura (atraveacutes do meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia (DXA))

14 Preenchimento de questionaacuterios e similares Questionaacuterio de Sauacutede e Haacutebitos de Vida Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Questionaacuterio de Qualidade de Vida e Escala de Imagem corporal

2 - RISCOS E DESCONFORTOS POSSIacuteVEIS DURANTE O EXERCIacuteCIO FIacuteSICO Estou ciente da possibilidade de existir certas alteraccedilotildees durante o teste de esforccedilo que podem incluir resposta anormal da pressatildeo arterial desmaios distuacuterbios do riacutetmo cardiacuteaco e em rariacutessimos casos um derrame ou morte Todo esforccedilo seraacute feito para minimizar estes riscos pela avaliaccedilatildeo das informaccedilotildees preliminares relacionadas agrave sua sauacutede e agrave sua aptidatildeo fiacutesica e pelas observaccedilotildees realizadas durante a consulta meacutedica associada a um eletrocardiograma em repouso

3 - RESPONSABILIDADES DO PARTICIPANTE Responder com clareza e veracidade todas as perguntas contidas nos questionaacuterios e testes

A participaccedilatildeo no teste de esforccedilo maacuteximo e exames (no caso do Grupo Experimental)

Informar imediatamente as sensaccedilotildees de desconforto durante o esforccedilo fiacutesico

Proceder de acordo com as instruccedilotildees de dieta alimentar e jejum no periacuteodo que anteceder a coleta de sangue

134

4 -QUESTIONAMENTOS Qualquer pergunta sobre os procedimentos utilizados nos testes exames e treinamento satildeo encorajadas Caso tenha alguma duacutevida ou observaccedilotildees favor nos solicitar explicaccedilotildees adicionais

5 -OS RESULTADOS OBTIDOS E SUA DIVULGACcedilAtildeO Estou ciente que as informaccedilotildees obtidas por meio dos resultados de todos os testes e exames poderatildeo ser utilizadas como dados em pesquisas cientiacuteficas e seratildeo divulgadas em congressos e similares

6 - BENEFIacuteCIOS ESPERADOS A realizaccedilatildeo deste estudo contribuiraacute na accedilatildeo de profissionais da aacuterea de sauacutede dando-lhes maior fundamentaccedilatildeo cientiacutefica dos benefiacutecios advindos da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico em relaccedilatildeo aos idosos Aleacutem de nortear accedilatildeo destes profissionais em divulgar esclarecer e no caso de professores de educaccedilatildeo fiacutesica prescrever com maior seguranccedila um protocolo que possa oferecer maior benefiacutecio para esta faixa etaacuteria

7 - LIBERDADE DE CONSENTIMENTO A sua permissatildeo para participar desta pesquisa eacute voluntaacuteria Vocecirc estaraacute livre para negar este consentimento ou para parar em qualquer momento se assim o desejar

Eu li este termo de consentimento e compreendi os procedimentos que realizarei Estou de acordo em participar desta pesquisa

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG do participante)

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG da testemunha)

Brasiacutelia _______________________

Responsaacutevel pela pesquisa Keila Mordf Dias Carmo Lopes (Fone 3353 2064 cel 9963 2598) Colocircnia Agriacutecola Samambaia Chaacutecara 152 Rua 4 Lote 17

135

AANNEEXXOO 33 ndashndash IacuteIacuteNNDDIICCEE DDEE PPEERRCCEEPPCcedilCcedilAtildeAtildeOO SSUUBBJJEETTIIVVAA DDEE EESSFFOORRCcedilCcedilOO

ESCALA DE BORG

6 (Nenhum esforccedilo real)

7 Muito Muito Leve

8

9 Muito Leve

10

11 Moderada (Razoavelmente)

12

13 Moderada Alta ( Pouco Intenso)

14

15 Intenso (Intensidade Alta)

16

17 Muito Intenso

18

19 Muito Muito Intenso

20 (Esforccedilo maacuteximo) A escala de Borg eacute constituiacuteda por 15 categorias graduadas de 6 a 20 estando cada grau iacutempar relacionado a uma descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido (BORG Gunnar 2000)

136

AANNEEXXOO 44 ndashndash IINNVVEENNTTAacuteAacuteRRIIOO DDEE DDEEPPRREESSSSAtildeAtildeOO DDEE BBEECCKK ((BBDDII))

Este questionaacuterio consiste em 21 grupos de afirmaccedilotildees Depois de ler cuidadosamente

cada grupo faccedila um ciacuterculo em torno do nuacutemero (0 1 2 ou 3) diante da afirmaccedilatildeo em cada

grupo que descreve melhor a maneira como vocecirc tem se sentido nesta semana incluindo

hoje Se vaacuterias afirmaccedilotildees num grupo parecerem se aplicar igualmente bem faccedila um ciacuterculo

em cada uma

Tome o cuidado de ler todas as afirmaccedilotildees em cada grupo antes de fazer a sua escolha 1 0 Natildeo me sinto triste 1 Eu me sinto triste 2 Estou sempre triste e natildeo consigo sair disso 3 Estou tatildeo triste ou infeliz que natildeo consigo suportar 2 0 Natildeo estou especialmente desanimado quanto ao futuro 1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro 2 Acho que nada tenho a esperar

3 Acho o futuro sem esperanccedila e tenho a impressatildeo de que as coisas natildeo podem melhorar 3 0 Natildeo me sinto um fracasso 1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum 2 Quando olho para traacutes na minha vida tudo o que posso ver eacute um monte de fracassos 3 Acho que como pessoa sou um completo fracasso 4 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes 1 Natildeo sinto mais prazer nas coisas como antes 2 Natildeo encontro um prazer real em mais nada 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo 5 0 Natildeo me sinto especialmente culpado 1 Eu me sinto culpado agraves vezes 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo 3 Eu me sinto sempre culpado 6 0 Natildeo acho que esteja sendo punido 1 Acho que posso ser punido 2 Creio que vou ser punido 3 Acho que estou sendo punido 7 0 Natildeo me sinto decepcionado comigo mesmo 1 Estou decepcionado comigo mesmo 2 Estou enojado de mim 3 Eu me odeio 8 0 Natildeo me sinto de qualquer modo pior que os outros 1 Sou criacutetico em relaccedilatildeo a mim devido a minhas fraquezas ou a meus erros 2 Eu me culpo sempre por minhas falhas 3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece

137

9 0 Natildeo tenho quaisquer ideacuteias de me matar 1 Tenho ideacuteias de me matar mas natildeo as executaria 2 Gostaria de me matar 3 Eu me mataria se tivesse oportunidade 10 0 Natildeo choro mais que o habitual 1 Choro mais agora do que costumava 2 Agora choro o tempo todo

3 Costumava ser capaz de chorar mas agora natildeo consigo mesmo que o queira 11 0 Natildeo sou mais irritado agora do que jaacute fui 1 Fico molestado ou irritado mais facilmente do que costumava 2 Atualmente me sinto irritado o tempo todo 3 Absolutamente natildeo me irrito com as coisas que costumavam irritar-me 12 0 Natildeo perdi o interesse nas outras pessoas 1 Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas 2 Perdi a maior parte do meu interesse nas outras pessoas 3 Perdi todo o meu interesse nas outras pessoas 13 0 Tomo decisotildees mais ou menos tatildeo bem como em outra eacutepoca 1 Adio minhas decisotildees mais do que costumava 2 Tenho maior dificuldade em tomar decisotildees do que antes 3 Natildeo consigo mais tomar decisotildees 14 0 Natildeo sinto que minha aparecircncia seja pior do que costumava ser 1 Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos 2 Sinto que haacute mudanccedilas permanentes em minha aparecircncia que me fazem parecer sem

atrativos 3 Considero-me feio 15 0 Posso trabalhar mais ou menos tatildeo bem quanto antes 1 Preciso de um esforccedilo extra para comeccedilar qualquer coisa 2 Tenho de me esforccedilar muito ateacute fazer qualquer coisa 3 Natildeo consigo fazer nenhum trabalho 16 0 Durmo tatildeo bem quanto de haacutebito 1 Natildeo durmo tatildeo bem quanto costumava

2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que de haacutebito e tenho dificuldade para voltar a dormir

3 Acordo vaacuterias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade para voltar a dormir 17 0 Natildeo fico mais cansado que de haacutebito 1 Fico cansado com mais facilidade do que costumava 2 Sinto-me cansado ao fazer qualquer coisa 3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa 18 0 Meu apetite natildeo estaacute pior do que de haacutebito 1 Meu apetite natildeo eacute tatildeo bom quanto costumava ser 2 Meu apetite estaacute muito pior agora 3 Natildeo tenho mais nenhum apetite 19 0 Natildeo perdi muito peso se eacute que perdi algum ultimamente 1 Perdi mais de 25 Kg 2 Perdi mais de 5 Kg 3 Perdi mais de 75 Kg Estou deliberadamente tentando perder peso comendo menos SIM ( ) NAtildeO ( )

138

20 0 Natildeo me preocupo mais que o de haacutebito com minha sauacutede 1 Preocupo-me com problemas fiacutesicos como dores e afliccedilotildees ou perturbaccedilotildees no estocircmago ou

prisatildeo de ventre 2 Estou muito preocupado com problemas fiacutesicos e eacute difiacutecil pensar em outra coisa que natildeo isso 3 Estou tatildeo preocupado com meus problemas fiacutesicos que natildeo consigo pensar em outra coisa 21 0 Natildeo tenho observado qualquer mudanccedila recente em meu interesse sexual 1 Estou menos interessado por sexo que costumava 2 Estou bem menos interessado em sexo atualmente 3 Perdi completamente o interesse por sexo

139

AANNEEXXOO 55 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE QQUUAALLIIDDAADDEE DDEE VVIIDDAA

((WWHHOOQQOOLLndashndash bbrreeff))

Nome___________________________________________________ Modalidade ________________________________________ Este questionaacuterio eacute sobre como vocecirc se sente a respeito de sua qualidade de vida sauacutede e outras aacutereas de sua vida Por favor responda a todas as questotildees Se vocecirc natildeo tem certeza sobre que resposta dar em uma questatildeo por favor escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada Esta muitas vezes poderaacute ser sua primeira escolha Por favor tenha em mente seus valores aspiraccedilotildees prazeres e preocupaccedilotildees Noacutes estamos perguntando o que vocecirc acha de sua vida tomando como referecircncia as duas uacuteltimas semanas Por favor leia cada questatildeo veja o que vocecirc acha e circule no nuacutemero e lhe parece a MELHOR RESPOSTA 1- Como vocecirc avaliaria sua qualidade de vida muito ruim Ruim nem ruim nem boa boa muito boa 1 2 3 4 5

2-Quatildeo satisfeito vocecirc estaacute com a sua sauacutede

muito insatisfeito Insatisfeito nem satisfeito nem insatisfeito satisfeito muito satisfeito

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes satildeo sobre o quanto vocecirc tem sentido algumas coisas nas uacuteltimas duas semanas 3-Em que medida vocecirc acha que sua dor (fiacutesica) impede vocecirc de fazer o que vocecirc precisa nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

4-O quanto vocecirc precisa de algum tratamento meacutedico para levar sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

5- O quanto vocecirc aproveita a vida nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

6- Em que medida vocecirc acha que a sua vida tem sentido nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

7- O quanto vocecirc consegue se concentrar nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

8- Quatildeo seguro(a) vocecirc se sente em sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

9- Quatildeo saudaacutevel eacute o seu ambiente fiacutesico (clima barulho poluiccedilatildeo atrativos) nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

140

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo completamente vocecirc tem sentido ou eacute capaz de fazer certas coisas nestas uacuteltimas duas semanas 10- Vocecirc tem energia suficiente para seu dia-a- dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

11- Vocecirc eacute capaz de aceitar sua aparecircncia fiacutesica nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

12- Vocecirc tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

13- Quatildeo disponiacuteveis para vocecirc estatildeo as informaccedilotildees que precisa no seu dia-a-dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

14- Em que medida vocecirc tem oportunidades de atividade de lazer nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo bem ou satisfeito vocecirc se sentiu a respeito de vaacuterios aspectos de sua vida nas uacuteltimas duas semanas 15- Quatildeo bem vocecirc eacute capaz de se locomover

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 16- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu sono

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 17- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 18- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade para o trabalho

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 19- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute consigo mesmo

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 20- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com suas relaccedilotildees pessoais (amigos parentes conhecidos colegas)

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 21- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua vida sexual

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 22- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o apoio que vocecirc recebe de seus amigos

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5

141

23- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com as condiccedilotildees do local onde mora

muito ruim ruim Nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 24- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu acesso aos serviccedilos de sauacutede

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 25- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu meio de transporte

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes referem-se a com que frequumlecircncia vocecirc sentiu ou experimentou certas coisas nas uacuteltimas duas semanas 26- Com que frequumlecircncia vocecirc tem sentimentos negativos tais como mau humor desespero ansiedade depressatildeo

nunca Algumas vezes frequumlentemente muito frequumlentemente sempre

1 2 3 4 5

Algueacutem lhe ajudou a preencher este questionaacuterio ( ) Sim ( ) Natildeo

Quanto tempo vocecirc levou para preencher este questionaacuterio _________________

Vocecirc tem algum comentaacuterio sobre o questionaacuterio

OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO

142

AANNEEXXOO 66 ndashndash EESSCCAALLAA DDEE AAVVAALLIIAACcedilCcedilAtildeAtildeOO DDAA IIMMAAGGEEMM CCOORRPPOORRAALL

NOME______________________________________________________ IDADE ____________ M C _________ Gord ________ IMC ___________

A seguir vocecirc tem uma seacuterie de 9 silhuetas femininas Observe

cuidadosamente cada uma das figuras e responda Qual o nuacutemero da figura

correspondente agraves seguintes perguntas Lembre que natildeo haacute respostas certas ou

erradas (Adaptado de SORENSEN e STUNKARD 1993)

1- Qual aparecircncia fiacutesica mais se parece com vocecirc ATUALMENTE 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 2- Qual aparecircncia fiacutesica que vocecirc GOSTARIA DE TER 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 3- Qual aparecircncia fiacutesica vocecirc tinha HAacute UM ANO ATRAacuteS 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 4- Avaliaccedilatildeo do avaliador 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 5- Vocecirc estaacute satisfeita com sua aparecircncia atual

( ) sim ( ) natildeo

6- Vocecirc acha que sua aparecircncia se aproxima com os padrotildees de beleza ditados pela miacutedia

( ) sim ( ) natildeo

143

7- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma dieta para o controle do peso corporal

( ) sim ( ) natildeo

8- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma cirurgia plaacutestica visando melhoria da esteacutetica corporal

( ) sim ( ) natildeo

9- Vocecirc realizaria caso fosse disponibilizado gratuitamente uma ou mais uma intervenccedilatildeo

ciruacutergica plaacutestica com fins esteacuteticos

( ) sim ( ) natildeo

144

AANNEEXXOO 77 ndashndash MMIINNEE-- EEXXAAMMEE DDOO EESSTTAADDOO MMEENNTTAALL ndashndash ((MMMMSSEE))

NOME DO SUJEITO 1) ORIENTACcedilAtildeO TEMPORAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) ANO ESTACcedilAtildeO MEcircS DIA DIA DA SEMANA TOTAL 2) ORIENTACcedilAtildeO ESPACIAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) CIDADE ESTADO BAIRRO LOCAL ANDAR OU PREacuteDIO TOTAL 3) REGISTRO MOSTRE AS 3 IMAGENS E PECcedilA AO SUJEITO PARA NOMEAacute-LAS (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL 4) CAacuteLCULO PECcedilA AO SUJEITO PARA SUBTRAIR 7 DE CADA UM DOS NUacuteMEROS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) 100 (R = 93) 93 (R = 86) 86 (R = 79) 79 (R = 72) 65 (R = 65) TOTAL 5) EVOCACcedilAtildeO PECcedilA AO SUJEITO PARA RELEMBRAR QUAIS FORAM OS TREcircS OBJETOS DA QUESTAtildeO ANTERIOR (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL

145

6) LINGUAGEM 1 MOSTRE UM RELOacuteGIO E UMA CANETA AO SUJEITO E PECcedilA PARA ELE NOMEAacute-LAS (TOTAL = 2 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) RELOacuteGIO CANETA TOTAL 7) LINGUAGEM 2 PECcedilA AO SUJEITO PARA REPETIR A FRASE NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute (TOTAL = 1 PONTO) NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute TOTAL 8) LINGUAGEM 3 VOCEcirc IRAacute DAR UM COMANDO VERBAL AO SUJEITO E PEDIR QUE ELE SIGA AS SEGUINTES ORDENS PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO E COLOQUE-O EM CIMA DA MESA (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA ORDEM SEGUIDA CORRETAMENTE)

PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO COLOQUE EM CIMA DA MESA TOTAL 9) LINGUAGEM 4 PECcedilA AO SUJEITO QUE OBEDECcedilA AO COMANDO QUE ESTARAacute NA PLACA COM A SEGUINTE ORDEM ldquoFECHE OS OLHOSrdquo (TOTAL = 1 PONTO) FECHE OS OLHOS TOTAL 10) LINGUAGEM 5 PECcedilA AO SUJEITO PARA ESCREVER UMA FRASE COMPLETA (TOTAL = 1 PONTO) FRASE COMPLETA TOTAL 11) LINGUAGEM 6 DEcirc UMA FOLHA EM BRANCO AO SUJEITO MOSTRE O DESENHO ABAIXO E PECcedilA PARA QUE ELE COPIE (TOTAL = 1 PONTO)

COacutePIA DO DESENHO TOTAL ESCORE GERAL DO TESTE

146

147

148

AANNEEXXOO 99

149

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 11

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P GC Preacute 15146 plusmn 5492 1545 04532 G90LA Poacutes 17558 plusmn 5492 -337 09041 Preacute 12849 plusmn 2356 3842 00241 GLA Poacutes 15203 plusmn 4287 2018 04275 Preacute 10984 plusmn 2673 5707 00029 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6519 00099 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 3613 00770 Poacutes 12763 plusmn 3357 4458 00710 Poacutes2 11447 plusmn 4297 3173 00940

00247 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 3848 Poacutes 13052 plusmn 2934 4168 00663 Poacutes2 12022 plusmn 1698 2598 00244

GLA Preacute 12849 plusmn 2356 2297 02123 G90LA Poacutes 15203 plusmn 4287 2355 03553 Preacute 10984 plusmn 2673 4162 00377 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6856 00072 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 2067 03392 Poacutes 12763 plusmn 3357 4795 00536 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 2303 02081 Poacutes 13052 plusmn 2934 4505 00486 GLA Preacute 10984 plusmn 2673 1865 01609 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 4501 00262 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -230 08899 Poacutes 12763 plusmn 3357 2440 02256 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 005 09966 Poacutes 13052 plusmn 2934 2150 02415

Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -2095 02360 G90PCR Poacutes 12763 plusmn 3357 -2061 02040 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -1860 01790 Poacutes 13052 plusmn 2934 -2351 01131 Gmax GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -290 08877 Poacutes 13052 plusmn 2934 235 08519 Poacutes2 12022 plusmn 1698 -575 07157

p le 005 ple 001 ndash Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

150

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 22

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P

GC Preacute 49553 plusmn 16146 12195 01673 G90LA Poacutes 54339 plusmn 16146 6246 04558 Preacute 46411 plusmn 8074 15336 00223 GLA Poacutes 51918 plusmn 14224 8867 02782 Preacute 39965 plusmn 9746 21783 00037 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 18391 00195 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 16234 00250 Poacutes 40323 plusmn 11663 20263 00130 Poacutes2 35493 plusmn 9993 24729 00004 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 15895 00147 Poacutes 45691 plusmn 10569 14894 00399 Poacutes2 41730 plusmn 8746 18492 00017

GLA Preacute 46411 plusmn 8074 3141 06660 G90LA Poacutes 51918 plusmn 14224 2421 07550 Preacute 39965 plusmn 9746 9588 02149 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 12145 00998 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 4039 06009 Poacutes 40323 plusmn 11663 14016 00664 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 3700 05956 Poacutes 45691 plusmn 10569 8648 02060 GLA Preacute 39965 plusmn 9746 6446 01717 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 9724 01473 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 897 08526 Poacutes 40323 plusmn 11663 11595 00963 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 559 08914 Poacutes 45691 plusmn 10569 6226 03182

Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 -5549 02968 G90PCR Poacutes 40323 plusmn 11663 1871 07453 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -5887 02021 Poacutes 45691 plusmn 10569 -3497 05126 Gmax GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -338 09430 Poacutes 45691 plusmn 10569 -5369 03351

Poacutes2 41730 plusmn 8746 -6237 01900

p le 005 ple 001 ple 0001 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

151

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 33

Tabelandash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 03058 plusmn 01787 00668 04326 G90LA Poacutes 02752 plusmn 00941 01022 00677 Preacute 03406 plusmn 01851 00320 07102 GLA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00340 06476 Preacute 03391 plusmn 00889 00335 05969 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00178 08039 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00571 04149 Poacutes 03205 plusmn 01520 00568 04080 Poacutes2 03167 plusmn 00873 0078 01126 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00813 01761 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00808 01249 Poacutes2 04409 plusmn 00801 -00462 02991

GLA Preacute 03406 plusmn 01851 -00348 07077 G90LA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00681 03446 Preacute 03391 plusmn 00889 -00333 09838 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -01200 05501 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -01239 01245 Poacutes 03205 plusmn 01520 -00453 04853 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01482 00388 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01830 00011 GLA Preacute 03391 plusmn 00889 00015 06442 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00519 00965 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00891 02708 Poacutes 03205 plusmn 01520 00228 07833 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01134 01132 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01149 01040

Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00906 01058 G90PCR Poacutes 03205 plusmn 01520 00747 03631 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01149 00124 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00629 03426 Gmax GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00242 06217 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01377 00376

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos Poacutes2 04409 plusmn 00801 -01242 00080

152

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 44

p le 005 ple 001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

Tabela ndash Compara

ccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 01094 plusmn 00459 -00171 03536 Poacutes 01057 plusmn 00547 -00019 09313 GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00016 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00024 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00017 08995 Poacutes 00997 plusmn 00394 00040 08235 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00285 00818 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00049 08348 Poacutes2 00998 plusmn 00326 -00055 06946 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00333 00017 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00263 00552 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00329 00016 G90LA GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00188 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00043 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 00154 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00059 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00113 05976 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00029 09174 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00162 03312 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00244 02349 GLA G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00033 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00016 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00301 01453 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00073 07935 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00350 00290 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00287 01499 G90PCR Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00268 01406 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00089 07229 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00316 00149 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00303 00631 Gmax GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00048 07216 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00214 03161 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00274 00364

  • A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e confiar quando tantos desconfiaram
    • BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007
      • FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999
        • Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986
        • NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002
          • Nome_________________________________________________________________
            • 20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia
            • OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO
                • NOME______________________________________________________
                • ANO
                  • ESTACcedilAtildeO
                    • CIDADE
                    • PENTE
                    • PENTE
                    • RELOacuteGIO
                    • NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute
                    • PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA
                    • FECHE OS OLHOS
                    • FRASE COMPLETA
                    • COacutePIA DO DESENHO
Page 6: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

vi

Aos meus amigos mestrandos e doutorandos da UCB agrave Alessandra por estenderem

a matildeo em momentos de necessidade pela companhia e amizade

Ao Prof Ms Ricardo Moreno teacutecnico do LEEFS-UCB pela amizade por sua ajuda

competente e orientaccedilatildeo

A enfermeira Valquiacuteria por seu carinho ao atender as idosas durante as coletas

Aos Profs do Programa de Ginaacutestica nas Quadras pela amizade e por suprirem

minha ausecircncia quando precisei e aos meus alunos queridos pelo incentivo razatildeo

de meu interesse em continuar estudando

A aluna Francisca Miranda por sua ajuda incondicional nas coletas de sangue

durante o estudo piloto

Aos Profs da UNIP pelo coleguismo e incentivo Ao Prof Ms Pedro Paulo pela

compreensatildeo em adequar os horaacuterios agraves minhas necessidades

Agraves idosas que participaram desta investigaccedilatildeo por tratar-me como filha pela

assiduidade responsabilidade e atenccedilatildeo desinteressada A todas vocecircs deixo o meu

respeito meu carinho e um sentimento profundo de agradecimento

vii

Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores por aquEle que nos amou Porque estou certo de quenem a morte nem a vida nem anjos nem principadosnem coisas presentes nem futuras nem potestadesnem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura nos poderaacute separar do amor de Deusque estaacute em Cristo Jesus nosso Senhorrdquo

(Rm 83739)

viii

LLIISSTTAA DDEE AABBRREEVVIIAACcedilCcedilOtildeOtildeEESS EE SSIIGGLLAASS

5-HIAA Aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico - principal metaboacutelito da 5-HT

5-HT 5- Hidroxitriptamina ou serotonina

AAN Aminoaacutecidos neutros (AACR + AAA)

AACR Aminoaacutecidos de Cadeira Ramificada (Valina Leucina e Isoleucina)

AAA Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (Tirosina e Fenilalanina)

ACSM American College of Sports Medicine

AL Aacutecido Laacutetico

AVAD Anos de vida perdidos por morte prematura ou por ldquodescapacidadesrdquo

BNDF Brain- Derived Neurotrophic Factor

CC Circunferecircncia de Cintura

CID 10 Deacutecima versatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional das Doenccedilas

DEXA Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia

EDTA Aacutecido etilenodiaminotetraaceacutetico

et al e outros

FC Frequumlecircncia Cardiacuteaca

GC Grupo Controle

G10LA Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio

GLA Grupo Experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade do limiar anaeroacutebio

G90PCR Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Gmax Grupo experimental submetido a um teste cardiovascular maacuteximo

GLA1h Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio por um periacuteodo de 1h

h hora

HPLC-FD High-performance liquid chromatographic Fluorometric Detection

(Cromatografia liacutequida de alta performance com detector de

fluorescecircncia)

ix

BDI Beck Depression Inventory (Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck)

IMC Iacutendice de massa corporal

IPE Iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (escala de Borg)

LA Limiar anaeroacutebio (neste estudo considerado equivalente ao LV)

LL Limiar laacutetico

LV Limiar ventilatoacuterio

MAO Monoaminaoxidase

mg miligrama

min minuto

ml mililitro

nm Nanograma

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

RCQ Relaccedilatildeo cintura quadril

SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia

SNC Sistema nervoso central

TC Teste de carga

TRP Triptofano (aminoaacutecido essencial precursor da 5-TH)

TRP-L Triptofano livre (desligado da albumina)

UCB Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

max Consumo maacuteximo de oxigecircnio VO2

VO2 pico Pico de Consumo de oxigecircnio GC Percentual de gordura corporal

x

LLIISSTTAA DDEE FFIIGGUURRAASS

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina34

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas 35

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na Fadiga Perifeacuterica e Fadiga Central 42

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do Programa de atendimento ao idoso do

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF onde foi realizada a seleccedilatildeo da

amostra)62

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da Composiccedilatildeo Corporal atraveacutes do meacutetodo de

Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na

Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (UCB-DF) 64

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante

teste incremental maacuteximos avaliada no LEEFS ndash UCB-DF 65

Figura 7 ndash Escala de silhuetas Sorensen amp Stunkard (1993) 68

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por

domiacutenios e facetas 69

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob

estiacutemulo de estresse106

xi

LLIISSTTAA DDEE TTAABBEELLAASS

Tabela 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que

apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT xviii

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados

aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA

GLA1h G90LA e Gmax) 59

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio-padratildeo) das variaacuteveis da amostra 74

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvios-padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o

teste de potecircncia aeroacutebia 76

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio-padratildeo do Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva

de esforccedilo durante teste de carga 76

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio-padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da

amostra distribuiacutedos por silhuetas 77

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal 79

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance

cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e

consumo pico (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina

em repouso 81

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2)

VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) 82

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intragrupo (preacute e poacutes-testes) das variaacuteveis Serotonina

Triptofano os Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia

Ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos

experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h) 83

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-

teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2

das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h 84

xii

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 86

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 88

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Prolactina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 89

xiii

LLIISSTTAA DDEE GGRRAacuteAacuteFFIICCOOSS

Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ

GC CC e IMC) apresentadas por mulheres idosas participantes

deste estudo 75

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos)

da performance cognitiva (Avaliado) e dos valores de referecircncia

(Esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte 77

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como imagem

corporal real e imagem corporal ideal 78

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

por silhuetas (S) de 1 a 9 79

Graacutefico 5 ndash Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (Fis) psicoloacutegico (Psic)

social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral

obtida entre estes domiacutenios 80

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de

depressatildeo 80

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano

da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo 81

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis

serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 85

Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 87

Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

Prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 88

xiv

Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de AACR

e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 91

Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste da relaccedilatildeo do Triptofano

e Aminoaacutecidos Aromaacuteticos e do Triptofano com os Aminoaacutecidos de

Cadeia Ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 92

xv

LLIISSTTAA DDEE AANNEEXXOOSS

Anexo 1 ndash Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 130

Anexo 2 ndash Termo de consentimento livre e esclarecido133

Anexo 3 ndash Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo 135

Anexo 4 ndash Inventaacuterio de depressatildeo de Beck (BDI) 136

Anexo 5 ndash Questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOLndashbref)139

Anexo 6 ndash Escala de avaliaccedilatildeo da imagem corporal142

Anexo 7 ndash Mine-exame do estado mental ndash (MMSE)144

Anexo 8 ndash Declaraccedilatildeo de ciecircncia institucional 146

Anexo 9 ndash Processo de anaacutelise do projeto de pesquisa 148

xvi

LLIISSTTAA DDEE AAPPEcircEcircNNDDIICCEESS

Apecircndice 1 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os

grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 149

Apecircndice 2 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada

(AACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos

os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 150

Apecircndice 3 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos

(TRPAAA) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre

todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos

GC Gmax e GLA1h 151

Apecircndice 4 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste

(poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre

os grupos GC Gmax e GLA1h 152

xvii

GGLLOOSSSSAacuteAacuteRRIIOO

Neste estudo foram adotados os seguintes constructos1

Aeroacutebio na presenccedila de oxigecircnio livre

Anaeroacutebio ausecircncia de oxigecircnio livre

Atividade fiacutesica qualquer movimento corporal produzido por muacutesculos e que

resulta em maior dispecircndio de energia

Carboxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de CO2 catalisado por uma enzima que

utiliza biotina como grupo prosteacutetico

Deaminaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de um grupo amino (NH2)

Efeitos agudos ou respostas agudas ao exerciacutecio alteraccedilotildees sistecircmicas

orgacircnicas e celulares que ocorrem na mesma escala temporal que uma sessatildeo

simples de exerciacutecio

Efeitos crocircnicos ou respostas crocircnicas ao exerciacutecio alteraccedilotildees celulares

orgacircnicas e sistecircmicas que se mantecircm por um periacuteodo de tempo apoacutes ou como

consequumlecircncia do treinamento fiacutesico

Exerciacutecio uma subclasse da atividade fiacutesica ou seja eacute uma atividade fiacutesica

planejada estruturada repetitiva e proposital

Hidroxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de um grupo de hidroxila (OH) a uma

moleacutecula

Limiar anaeroacutebio primeiro limiar ventilatoacuterio corresponde ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas)

Oxidaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de eleacutetrons de um aacutetomo Eacute sempre

acompanhada de uma reduccedilatildeo

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio considerado neste estudo como o segundo

limiar ventilatoacuterio referente ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e

PETO2 coincidiram com a queda de PETCO2

Substrato moleacutecula reativa ou reagente em uma reaccedilatildeo catalisada por enzima

O termo constructo eacute aqui usado conforme a definiccedilatildeo de LAKATOS amp MARCONI (2003) () constructo eacute um conceito e deliberadamente inventado ou adotado com um propoacutesito cientiacutefico () (LAKATOS amp MARCONI 2003 p 104)

xviii

RREESSUUMMOO

Objetivos 1) Identificar o perfil antropomeacutetrico (PA) e psicomeacutetrico (PP) da amostra e 2) verificar o efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre as alteraccedilotildees perifeacutericas do sistema serotonineacutergico atraveacutes das concentraccedilotildees da serotonina (5-HT) e do triptofano (TRP) e de possiacuteveis alteraccedilotildees centrais atraveacutes da prolactina (PROL) e das relaccedilotildees entre o TRP e aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e aminoaacutecidos de cadeira ramificada (AACR) Meacutetodo A amostra constituiacuteda por idosas ativas (n=49 6406plusmn37 anos VO2pico= 2068plusmn249) foi dividida para um grupo controle (GC) e cinco grupos experimentais (GEs) submetidos a exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90 do limiar anaeroacutebio (LA) no LA e a 90 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA GLA e G90PCR respectivamente) a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax) e a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo no LA (GLA1h) A descriccedilatildeo do PA foi avaliada atraveacutes do iacutendice de massa corporal (IMC) relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) circunferecircncia de cintura (CC) e percentual de gordura corporal (IMC RCQ CC e GC - DEXA respectivamente) O PP foi avaliado atraveacutes da performance cognitiva (PC) da imagem corporal (IC) dos niacuteveis de qualidade de vida (QV) e de depressatildeo (ND) (MMSE escala de silhueta WHOQOL-bref e BDI respectivamente) Os resultados do PA indicaram IMC= 2655plusmn294 kgm2 RCQ= 087plusmn005 cm CC= 9142plusmn770 cm GC= 3666plusmn48 Para PP percebeu-se uma PC preservada (MMSE=256plusmn37) um alto niacutevel de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal (ple0001) onde 4286 indicaram a silhueta 3 como IC ideal A meacutedia de QV foi de 6818 e a meacutedia dos ND foi de 1018 Para as anaacutelises bioquiacutemicas apenas trecircs dos GEs apresentaram acreacutescimo (pgt005) das concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico observadas atraveacutes da PROL

Tabela 1 - Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT

Grupo Momento 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Preacute x Poacutes Poacutes x Poacutes2 Preacute x Poacutes2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GLA1h Preacute x Poacutes 492 368 1089 162 035 092 Poacutes x Poacutes2 Preacute x Pos2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GPCR Preacute x Poacutes 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreacutescimo = Acreacutescimo 5-HT= Serotonina TRP= Triptofano PROL= Prolactina AAA= Aminoaacutecidos aromaacuteticos e AACR= Aminoaacutecidos de cadeia ramificada Conclusatildeo As idosas apresentaram indicativos de obesidade e risco para doenccedilas relacionadas ao acuacutemulo de gordura insatisfaccedilatildeo com a IC adequaccedilatildeo da PC bom niacutevel de QV e indicativos de depressatildeo leve Respostas bioquiacutemicas indicaram que sessotildees de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo soacute promovem alteraccedilotildees (ple005) do sistema serotonineacutergico quando de alta intensidade ou de intensidade moderada e duraccedilatildeo de 1h Apesar de possiacuteveis benefiacutecios advindos de exerciacutecios de intensidades maacuteximas os submetidos entre o primeiro e segundo LA e de duraccedilatildeo acima de 20 min podem ser mais apropriadas para interferir nas concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de idosos presumivelmente relacionadas com a aquisiccedilatildeo de sauacutede mental

xix

AABBSSTTRRAACCTT

Purposes 1) Identify volunteers anthropometric (AS) and psychometric (PS) status and 2) verify the dose-response effects of cardiovascular physical exercise of different intensities and duration on the peripheral alterations of the serotoninergic system through serotonin (5-HT) and tryptophan (TRP) concentrations and the possible central alterations through prolactin (PROL) and the ration between TRP and aromatic (AAA) and branched-chain amino acids (AACR) Methods Sample was composed by active older women (n=49 6406plusmn37 years VO2max= 2068plusmn249) who were divided for a control group (CG) and five experimental groups (EGs) submitted to treadmill exercises 20 minutes of duration under intensities of 90 of anaerobic threshold (AT) 100 of AT and 90 of the respiratory compensation point (G90AT GAT and G90RCP respectively) and a maximal exercise test (Gmax) and to a walking for one hour in the AT (GAT1h) The description of AS was evaluated by the body mass index (BMI) waist to hip ratio (WHR) waist circunference (WC) and percent body fat (BF - DEXA) and PS was measured by the cognitive performance (CP) body image (BI) quality of life levels (QLL) and depression (DL) (MMSE silhouette scale WHOQOL- bref e BDI respectively) AS results indicated a BMI = 2655plusmn294 kgm2 WHT= 087plusmn005 cm WC= 9142plusmn770 cm BF= 3666plusmn48 For PS it was observed a preserved CP (MMSE=256 plusmn37) a high level of dissatisfaction in relation to body image (ple0001) in which 4286 indicated the silhouette 3 as the ideal BI The mean QLL was 6818 and the DL mean was 1018 In relation to the biochemistry analyses only three of the EGs presented increases (pgt005) of the central serotoninergic system concentrations (PROL)

Table 1 ndash Percent distribution of the alterations promoted by EGs that presented increases in the central 5HT concentrations

Groups Moment 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Pre x Post Post x Post2 Pre x Post2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GAT1h Pre x Post 492 368 1089 162 035 092 Post x Post2 Pre x Post2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GRCP Pre x Post 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreases = Increases 5-HT= Serotonin TRP= tryptophan PROL= Prolactin AAA= Aromatic Aminoacids and AACR= Branched-chain Aminoacids Conclusions All volunteers presented indicators of obesity and its related diseases dissatisfaction with BI adequate CP adequate QLL and indexes of light depression Biochemistry responses indicated that short-term exercise sessions promoted alterations (ple005) on serotoninergic system only at high intensity or in the moderate exercises duration of 1 hour Although the it was observed possible positive effects of maximal exercise volunteers that exercised between AT and RCP with duration of more than 20 minutes seems more appropriated to affect central serotoninergic concentrations of older individuals presumably trhough benefits related to mental health

xx

SSUUMMAacuteAacuteRRIIOO

AGRADECIMENTOS v

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS viii

LISTA DE FIGURAS x

LISTA DE TABELAS xi

LISTA DE GRAacuteFICOS xiii

LISTA DE ANEXOS xv

LISTA DE APEcircNDICES xvi

GLOSSAacuteRIO xvii

RESUMO xviii

ABSTRACT xix

SUMAacuteRIO xx

1 INTRODUCcedilAtildeO 24

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA 24

12 PROBLEMA DO ESTUDO 26

13 OBJETIVOS 26

131 Objetivo Geral 26

132 Objetivos Especiacuteficos 27

14 HIPOacuteTESES 27

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO 28

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS 28

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO 29

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 30

xxi

21 ENVELHECIMENTO 30

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO 32

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 33

231 Respostas do Sistemas Serotonineacutergico ao Exerciacutecio Fiacutesico 36

22331111 Alteraccedilotildees na barreira hematoencefaacutelica e exerciacutecios fiacutesicos 37

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergico 38

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o sistema serotonineacutergico 40

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o Sistema Serotonineacutergico 40

232 Sistema serotonineacutergico e a fadiga central 41

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 43

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO 45

2266 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS 4499

27 QUALIDADE DE VIDA 51

28 IMAGEM CORPORAL 55

3 MATERIAL E MEacuteTODO59

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO 59

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO 60

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA 60

331 Primeira fase 61

333 Definiccedilatildeo da Amostra do Estudo 61

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS 62

341 Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 62

342 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 62

3421 Massa corporal 63

3422 Estatura corporal 63

xxii

3423 Percentual de gordura corporal (GC) 63

3424 Iacutendice de massa corporal (IMC) 64

3425 Circunferecircncia de cintura (CC) e relaccedilatildeo da cintura e quadril (RCQ) 64

343 Avaliaccedilatildeo meacutedica 65

344 Teste de potecircncia aeroacutebia (VO2pico) 65

345 Teste de carga 66

3451 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio (LV) 67

346 Caracteriacutesticas psicomeacutetricas 67

3461 Performance cognitiva 67

3462 Imagem corporal 67

3463 Qualidade de vida 68

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo 70

347 Anaacutelises bioquiacutemicas 70

3471 Condiccedilotildees das coletas 70

3472 Dosagens dos analiacuteticos 71

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS 72

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO 72

4 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 74

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 74

411 Perfil antropomeacutetrico da amostra 74

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA 75

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 76

431 Performance cognitiva 76

432 Imagem corporal 77

433 Niacuteveis de qualidade de vida 79

xxiii

434 Niacuteveis de depressatildeo 80

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 82

441 Serotonina 85

442 Triptofano 86

443 Prolactina 88

444 Aminoaacutecidos aromaacuteticos e aminoaacutecidos de cadeia ramificada 90

5 DISCUSSAtildeO 93

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 93

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 94

521 Performance cognitiva 94

522 Imagem corporal 96

523 Qualidade de vida 98

524 Niacuteveis de depressatildeo 99

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 100

6 CONCLUSAtildeO 108

7 SUGESTOtildeES PARA NOVOS ESTUDOS 110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS111

24

11 IINNTTRROODDUUCcedilCcedilAtildeAtildeOO

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA

Um dos maiores desafios da sauacutede puacuteblica mundial eacute promovido pelo

crescimento desenfreado da populaccedilatildeo idosa que totalizava em 2002 um

nuacutemero de 629 milhotildees de idosos em todo o mundo (ONU 2002) O Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica baseado em dados obtidos em 2001

projetou para 2020 um aumento expressivo dessa parcela populacional que

deslocaraacute o Brasil da 16ordf para a 6ordf classificaccedilatildeo em nuacutemero de idosos na escala

mundial (IBGE 2001)

Vaacuterios satildeo os decliacutenios e as adaptaccedilotildees que o indiviacuteduo vivencia agrave medida que

o anos se acumulam Manifestaccedilotildees de desgastes podem favorecer respostas

multivariadas durante esse processo podendo interferir na composiccedilatildeo corporal

(BARBOSA et al 2001) na aptidatildeo fiacutesica na construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da imagem

corporal (MATSUO et al 2007) no desempenho cognitivo (CASSILHAS et al 2007

BIXBY et al 2007) e na percepccedilatildeo de qualidade de vida (ACSM 1998) do idoso

Maior atenccedilatildeo deve ser concedida a este fenocircmeno pois sabe-se que a

reduccedilatildeo das respostas fisioloacutegicas podem fragilizar o organismo do idoso e reduzir a

quantidade e qualidade do desempenho do Sistema Nervoso Central (PEacuteREZ 1994

OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mais que deformaccedilotildees morfoloacutegicas satildeo promovidas pela neurobiologia do

envelhecimento Alteraccedilotildees na estrutura quiacutemica cerebral de ceacutelulas nervosas satildeo do

mesmo modo observadas Um decliacutenio das enzimas responsaacuteveis pela siacutentese de

substacircncias neurotransmissoras eacute desencadeado provocando uma queda de suas

concentraccedilotildees Esse desequiliacutebrio induz ao aumento das atividades das enzimas

responsaacuteveis pela catabolizaccedilatildeo destas substacircncias reduzindo sua disponibilidade

(TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998 e OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mesmo na ausecircncia de doenccedilas o desempenho fisioloacutegico do sistema

serotonineacutergico se altera com o avanccedilar da idade Decliacutenios acentuados induzidos

25

pela reduccedilatildeo da integridade funcional desse sistema satildeo presumivelmente

responsaacuteveis pela causa ou atuam como co-fator de desordens neurodegenerativas e

psiquiaacutetricas como a depressatildeo (MORAN 2003 DUNN amp DISHMAN 1991) Todavia

em menor escala esses decliacutenios podem expor o indiviacuteduo idoso a uma maior

fragilidade e tornaacute-lo vulneraacutevel a doenccedilas (NIEMAN 1999 FEKKES 2003

GOLDBERG SMITH BARNES et al 2003)

A depressatildeo eacute considerada como um transtorno crocircnico recorrente de

etiologia multifatorial com maior prevalecircncia em pessoas do gecircnero feminino

Investigaccedilotildees indicam que maior frequumlecircncia de sintomas depressivos satildeo percebidos

com o avanccedilar da idade (SIlBERMAN SOUZA WILHEMS et al 1995 XAVIER

FERRAZ BERTOLLUCCI et al 2001) chegando a atingir parcela significativa (10)

da populaccedilatildeo de idosos (SNOWDON 2002) De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial

da Sauacutede (OMS 2001) este fenocircmeno epidemioloacutegico atinge a quarta classificaccedilatildeo

entre as 20 doenccedilas de maior AVAD (anos de vida perdidos por morte prematura ou

por ldquodescapacidadesrdquo) Natildeo se sabe ao certo o custo per capta anual de cada

paciente decorrente desta patologia no Brasil poreacutem nos EUA foi estimado um gasto

de cerca de seis mil doacutelares (ZAVASCHI et al 2002)

Desde 1963 Barchas amp Fredman observaram a possibilidade de utilizar o

exerciacutecio fiacutesico como modelo de estresse capaz de alterar os niacuteveis centrais e

perifeacutericos da serotonina Segundo Chaouloff (1997) uma uacutenica sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos dependendo de sua duraccedilatildeo e intensidade pode desencadear mudanccedilas

significativas ou natildeo na siacutentese desse neurotransmissor Entretanto percebe-se que

respostas centrais ou perifeacutericas desses sistemas natildeo se apresentam uniformes nem

lineares diante dos diferentes estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico

apresentados nos estudos que investigam esse problema (DUNN amp DISHMAN 1991)

Trabalhos recentes tecircm indicado que o aumento da exigecircncia metaboacutelica

produzida pelo estresse agudo repetitivo pode resultar em adaptaccedilotildees de diversas

vias nervosas (FERREIRA TUFIK MELLO 2001) inclusive das vias serotonineacutergicas

(OLIEIRA et al 2007) Todavia limitaccedilotildees eacuteticas que impossibilitam anaacutelises

invasivas das alteraccedilotildees centrais e a proacutepria dificuldade encontrada em organizar

realizar e controlar estudos com humanos tecircm restringido o surgimento de

26

intervenccedilotildees que tenham como objetivo a investigaccedilatildeo da anaacutelise aguda deste

evento A maioria absoluta dos estudos relacionados com o exerciacutecio fiacutesico e sistema

serotonineacutergico em humanos tem se restringido agrave relaccedilatildeo desse binocircmio com a

fadiga central nesse sentido a amostra adotada por essas investigaccedilotildees tem sido

formada por indiviacuteduos jovens e atletas (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER 2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005

PROVENZA et al2005 HELGE et al 2007) Natildeo existem na literatura estudos que

investiguem os efeitos agudos do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema serotonineacutergico de

mulheres idosas as possiacuteveis alteraccedilotildees das concentraccedilotildees perifeacutericas e centrais

desse sistema em respostas ao exerciacutecio de duraccedilatildeo e intensidade comuns a essa

populaccedilatildeo satildeo ateacute hoje desconhecidas

Mesmo considerando que a evidente influecircncia positiva exercida pela praacutetica

regular da atividade fiacutesica nos estados de humor possa estar relacionada inclusive

com alteraccedilotildees das concentraccedilotildees serotonineacutergicas e dessa intervenccedilatildeo ter a

possibilidade promissora de atuar como um tratamento alternativo para a aquisiccedilatildeo

da sauacutede mental do idoso a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para pessoas sobre o

processo degenerativo do envelhecimento ainda continua no campo especulativo da

ciecircncia necessitando poreacutem de intervenccedilotildees especificamente desenvolvidas com o

intuito de compreender a amplitude de sua atuaccedilatildeo e estabelecer paracircmetros de

intervenccedilatildeo que sejam cientificamente associados com os efeitos beneacuteficos do

exerciacutecio fiacutesico sobre a sauacutede mental dessa populaccedilatildeo (DUNN amp DISHMAN 1991

HILLMAN SNOOK JEROME 2003 TOMPOROWSKI 2003 COLCOMBE amp KRAMER

2003)

12 PROBLEMA DO ESTUDO

Qual o impacto agudo do exerciacutecio fiacutesico de diferentes intensidades e

duraccedilatildeo sobre o sistema serotonineacutergico e qual intervenccedilatildeo provocaraacute maior

alteraccedilatildeo nas concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico de mulheres idosas

ativas com idade entre 60 e 74 anos residentes em Taguatinga-DF

27

13 OBJETIVOS

131 Objetivo gera131 Objetivo gerall

O objetivo deste estudo constituiu em verificar o efeito agudo do exerciacutecio

fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre alteraccedilotildees

perifeacutericas do sistema serotonineacutergico verificado atraveacutes das concentraccedilotildees

plasmaacuteticas da serotonina e do seu precursor (o triptofano) e de possiacuteveis alteraccedilotildees

centrais verificadas indiretamente atraveacutes das concentraccedilotildees da prolactina em

mulheres idosas ativas com idade entre 60 e 74 anos inscritas em um programa de

extensatildeo de atendimento ao idoso vinculado a Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia-DF

113322 OObbjjeettiivvooss eessppeecciacuteiacuteffiiccooss

1321 Verificar alteraccedilotildees das concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) dos aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e da proporccedilatildeo

desses aminoaacutecidos com o triptofano TRPAACR e TRPAAA

1322 Identificar o perfil antropomeacutetrico da amostra atraveacutes do percentual de

gordura corporal do iacutendice de massa corporal da circunferecircncia de

cintura da relaccedilatildeo cintura e quadril e classificaacute-lo segundo os pontos de

corte estabelecidos nesse estudo para cada variaacutevel

1323 Identificar o perfil psicomeacutetrico da amostra atraveacutes do niacutevel de qualidade

de vida niacuteveis de depressatildeo da performance cognitiva e da imagem

corporal das idosas desse estudo baseado nos pontos de corte dos

instrumentos utilizados para cada variaacutevel

14 HIPOacuteTESESS

141 Quando as sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacuterem-se de uma

mesma duraccedilatildeo os grupos de intensidade mais elevadas apresentaratildeo

maiores alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees da serotonina triptofano e

prolactina

142 As sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacutedas de maior

intensidade e as de maior duraccedilatildeo promoveratildeo maiores alteraccedilotildees nas

concentraccedilotildees dos analiacuteticos dosados nesse estudo

28

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

Compreender a maneira que o exerciacutecio fiacutesico pode interferir nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico de mulheres no processo da senescecircncia

pode ter grande significado nas accedilotildees preventivas e terapecircuticas da sauacutede mental

dessa populaccedilatildeo Uma vez que alteraccedilotildees centrais das concentraccedilotildees desse

neurotransmissor estejam intimamente ligadas com patologias relacionadas com

distuacuterbios do humor performance cognitiva qualidade do sono controle do apetite e

outros (DUNN amp DISHMAN 1991 LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

A anaacutelise do efeito agudo investigado neste estudo poderaacute reduzir a

prescriccedilatildeo empiacuterica do exerciacutecio fiacutesico para fins terapecircuticos aleacutem de contribuir para

a reduccedilatildeo das intervenccedilotildees farmacoloacutegicas e dos efeitos colaterais a elas agregados

aleacutem da reduccedilatildeo dos altos custos decorrentes das intervenccedilotildees tradicionais e da

promoccedilatildeo da subtraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo de serviccedilos da sauacutede puacuteblica (DIMEO et al

2001 MATTER et al 2002 PHILLIPS KIERNAN amp KING 2003)

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS

Para o estudo do sistema serotonineacutergico foram avaliados Os niacuteveis de

serotonina (5-HT) triptofano (TRP) prolactina (PRL) aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) leucina valina e a isoleucina aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

tirosina e a fenilalanina e as relaccedilotildees do triptofano com aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) e aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA)

Para a definiccedilatildeo do perfil antropomeacutetrico da amostra foram avaliadas as

seguintes variaacuteveis o iacutendice de massa corporal (IMC) a relaccedilatildeo cintura e quadril

(RCQ) a circunferecircncia de cintura (CC) e o percentual de gordura corporal (GC)

Para a definiccedilatildeo do perfil psicomeacutetrico da amostra deste estudo foram

avaliadas as seguintes variaacuteveis o niacutevel de qualidade de vida os escores indicativos

de depressatildeo a performance cognitiva e a imagem corporal

29

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO

O alto custo orccedilado para a execuccedilatildeo deste estudo impossibilitou A inclusatildeo

de dosagens de outros marcadores bioquiacutemicos o que facilitaria sobremaneira a

compreensatildeo do cenaacuterio estudado A realizaccedilatildeo de um nuacutemero maior de coletas

por grupos o que possibilitou a realizaccedilatildeo de trecircs momentos de coletas apenas

para os grupos GC GLA1h e Gmax Adicionalmente esse fator limitou um nuacutemero

maior de indiviacuteduos na amostra o que contribuiria significativamente para a

interpretaccedilatildeo compreensatildeo e extrapolaccedilatildeo dos resultados obtidos

Por limitaccedilotildees eacuteticas algumas intervenccedilotildees realizadas para a anaacutelise das

alteraccedilotildees bioquiacutemicas centrais em experimento que utilizam modelo animal natildeo

foram permitidas neste estudo por natildeo estarem seguramente adaptadas ao

modelo humano Nesse sentido tais alteraccedilotildees foram analisadas atraveacutes da

prolactina hormocircnio considerado como marcador perifeacuterico das accedilotildees centrais

desse sistema neurotransmissor

Mesmo concisos da sensibilidade e da flutuaccedilatildeo natural das variaacuteveis

avaliadas decidiu-se pelo presente delineamento de estudo onde os grupos foram

formados por indiviacuteduos diferentes por compreender que seria mais eacutetico uma vez

que o desgaste fiacutesico intervenccedilotildees invasivas e o grande nuacutemero de visitas seria

uma sobrecarga significativa para indiviacuteduos nesta faixa etaacuteria

30

22 RREEVVIISSAtildeAtildeOO DDEE LLIITTEERRAATTUURRAA

21 ENVELHECIMENTO

A Segunda Assembleacuteia Mundial sobre o Envelhecimento realizada pelas

Naccedilotildees Unidas (2002) projetou aumento de 41 entre os anos de 2000 e 2050 do

custo global meacutedio dos cuidados de sauacutede relacionados apenas com o

envelhecimento o que representaraacute aumento de 36 para paiacuteses em

desenvolvimento e de 48 para paiacuteses desenvolvidos

O crescimento da populaccedilatildeo idosa eacute um fenocircmeno que de iniacutecio parece

caracterizar apenas ganho Todavia considerando a proporccedilatildeo que esse evento vem

ocorrendo associada agrave fragilidade dessa populaccedilatildeo o aumento populacional poderaacute

representar seacuterios problemas sociais gerando custos altiacutessimos aos governos e

consequumlentemente reduccedilatildeo na qualidade de vida

De acordo com o Censo 2000 o total de brasileiros com idade superior a 60

anos era de 14536029 o que representava 856 da populaccedilatildeo As projeccedilotildees

indicam que em 2030 teremos mais de 52 milhotildees de idosos ou 2210 da

populaccedilatildeo brasileira com mais de 60 anos fazendo-nos detentores como citado

anteriormente da 6ordf populaccedilatildeo idosa do mundo (IBGE 2000)

Natildeo se deve considerar o envelhecimento populacional como um problema

social pelo contraacuterio deve-se associaacute-lo a uma das maiores conquistas da

humanidade do seacuteculo XX O aumento da expectativa de vida no Brasil como em

todo o mundo estaacute relacionado aos esforccedilos e avanccedilos alcanccedilados no controle de

doenccedilas infecto-contagiosas melhores condiccedilotildees sanitaacuterias desenvolvimento da

induacutestria farmacecircutica planejamento familiar e mudanccedila no estilo de vida (MARINS e

ANGERAMI 1996 MATSUDO 2001)

O envelhecimento eacute um processo bioloacutegico normal que natildeo deve ser encarado

como patologia mas como processo natural que se caracteriza pela perda

progressiva das capacidades funcionais e a reduccedilatildeo da habilidade do corpo em se

adaptar agraves influecircncias do meio externo (PEacuteREZ 1994) Eacute fenocircmeno evolutivo um

31

ato contiacutenuo que acontece a partir do nascimento e caminha ateacute a morte (COSTA

1998 MAZO LOPES amp BENEDETTI 2001)

Segundo Farinatti (2002) satildeo vaacuterias as teorias que tentam explicar o

complexo processo da senescecircncia sob a oacutetica dos fenocircmenos bioloacutegicos nele

observados Entretanto tais teorias podem ser classificadas em duas grandes

categorias as de natureza geneacutetico-desenvolvimentista que entendem o processo

do envelhecimento no contexto de um continuum controlado geneticamente e as de

natureza estocaacutestica que hipotetizam que esse fenocircmeno dependeria principalmente

do acuacutemulo de agressotildees ambientais

Embora seja reconhecido como processo natural o envelhecimento natildeo eacute um

evento bioloacutegico simples Uma ampla variedade de mudanccedilas eacute observada em niacutevel

molecular celular e orgacircnico com o passar dos anos o que consequumlentemente leva

a uma reduccedilatildeo da habilidade do corpo em responder aos transtornos no equiliacutebrio

homeostaacutetico (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Da mesma forma que o ritmo do decliacutenio funcional difere entre os diversos

sistemas do corpo os eventos bioloacutegicos que se seguem ao envelhecimento

tambeacutem acontecem em momentos e em ritmos diferenciados entre indiviacuteduos

Prova disso satildeo as vezes em que somos surpreendidos quando uma pessoa diz ter

uma idade cronoloacutegica aparentando outra bioloacutegica (HAYFLICK 1997)

A diferenccedila entre o desempenho funcional de indiviacuteduos com a mesma idade

sugere que a idade cronoloacutegica que oferece informaccedilotildees numeacutericas em que as

pessoas se ordenam de acordo com sua data de nascimento seja per si medida

insuficientemente sensiacutevel a senescecircncia Dessa forma considerando a maturidade

e as diferenccedilas bioloacutegicas associadas agraves influecircncias exoacutegenas utiliza-se o termo

ldquoidade bioloacutegicardquo ou ldquoidade funcionalrdquo (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Fatores externos como o estilo de vida (sedentarismo dietas inadequadas)

fatores ambientais agentes fiacutesicos (exposiccedilatildeo a diferentes tipos de radiaccedilatildeo)

agentes quiacutemicos (fumo aacutelcool drogas) e doenccedilas crocircnicas degenerativas podem

interferir no processo do envelhecimento A accedilatildeo conjunta desses fatores aliada agrave

32

heranccedila geneacutetica podem causar impacto na extensatildeo e velocidade da evoluccedilatildeo do

envelhecimento (MAZZEOCAVANAGH EVANS 1998 MITNITSK et al 2002)

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E ENVELHECIMENTO

Existem vaacuterios conceitos e preconceitos que interferem na relaccedilatildeo entre o

desejo de exercitar e a real efetivaccedilatildeo desse haacutebito (CONNTRIPP-REIMER MAAS

2003) Esse fenocircmeno contribui para a elevaccedilatildeo da proporccedilatildeo da inatividade e

consequumlentemente da fragilidade desse segmento populacional Espera-se que

esses tabus e preconceitos sejam desmistificados por profissionais da aacuterea de sauacutede

considerando que o encorajamento exercido por eles possa exercer impacto positivo

para a adesatildeo de um estilo de vida ativo (HIRVENSALO et al 2003)

A relaccedilatildeo entre o envelhecimento exerciacutecio fiacutesico sauacutede e qualidade de vida

e a associaccedilatildeo inversa gradativa e consistente entre a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos e

a mortalidade vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente

Vaacuterios estudos longitudinais focaram seus propoacutesitos em desvendar a relaccedilatildeo entre o

binocircmio exerciacutecio fiacutesico e envelhecimento e para esse fim foram empreendidos anos

de avaliaccedilatildeo criteriosa em uma mesma amostra Resultados decorrentes desses

estudos indicam que indiviacuteduos que adotam a praacutetica regular de atividade fiacutesica

podem apresentar iacutendices de morte significativamente menores que indiviacuteduos

sedentaacuterios Que apesar de exerciacutecios leves e moderados trazerem inuacutemeros

benefiacutecios agrave sauacutede e oferecerem maior margem de seguranccedila intensidades

vigorosas claramente predizem menores taxas de mortalidade Que melhores niacuteveis

de condicionamento fiacutesico estatildeo relacionados agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedilas

cardiovasculares de enfermidades respiratoacuterias do cacircncer da pressatildeo arterial

melhora o controle do perfil lipoproteacuteico e aumenta a toleracircncia agrave glicose

(PAFFENBARGER 1988 BLAIR et al 1989 KUSHI et al 1997)

O ganho em expectativa de vida estimado pela mudanccedila do estilo de vida

sedentaacuterio para o ativo pode estar entre um e meio e dois anos de vida

(PAFFENBARGER amp KAMPERT 1997) Segundo os fisiologistas Robergs amp Roberts

(1997) uma pessoa ativa dependendo de sua aptidatildeo fiacutesica e do seu estado de

sauacutede poderaacute alcanccedilar 20 anos de diferenccedila entre a idade cronoloacutegica e a idade

33

bioloacutegica Possibilitando dessa forma que indiviacuteduos do mesmo gecircnero e com a

mesma idade cronoloacutegica possam diferir de duas a trecircs vezes em suas

caracteriacutesticas competecircncias e desempenho fiacutesico (HAYKOWSKY QUINNEY

GILLIS et al 2000 HURLEY amp ROTH 2000 NAIR 2000)

Presume-se que esse fenocircmeno relacionado aos benefiacutecios de uma vida

ativa aconteccedila em decorrecircncia da pronunciada plasticidade e adaptabilidade das

propriedades funcionais e estruturais das ceacutelulas tecidos e sistemas do corpo

humano quando expostos a estiacutemulos diversos (ASTRAND1992) Nesse sentido

dependendo da intensidade volume e duraccedilatildeo o exerciacutecio fiacutesico regular pode

exercer impacto no processo do envelhecimento realizando desaceleraccedilatildeo dos

efeitos deleteacuterios produzidos por este processo (HAYFLICK 1997 MONTEIRO

1997 PETROSKI 1997 ROBERGS amp ROBERTS 1997 ACSM 1998 NIEMAN 1999

MATSUDO MATSUDO amp NETO 2000 STEWART 2005)

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A serotonina tambeacutem conhecida como 5-Hidroxitriptamina (5-HT) foi

identificada haacute quase 50 anos com accedilatildeo em diversos tipos de muacutesculo liso e

posteriormente como agente que intensifica a agregaccedilatildeo plaquetaacuteria e atua como

neurotransmissor no sistema nervoso central (GOODMAN amp GILMAN 1996)

A serotonina compotildee o grupo das aminas biogecircnicas (neurotranasmissores)

que incluem tambeacutem as catecolaminas (adrenalina noradrenalina e dopamina)

Esses grupos funcionais regulam importantes vias no metabolismo dos mamiacuteferos e

satildeo descarboxiladas em sua maioria atraveacutes de aminoaacutecidos aromaacuteticos tirosina

fenilalanina e o triptofano (responsaacutevel direto pela siacutentese da serotonina) (ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004)

O precursor da serotonina o triptofano (TRP) destaca-se dos demais

aminoaacutecidos por duas peculiaridades primeira pertence ao grupo dos aminoaacutecidos

essenciais caracterizado por sua impossibilidade de produccedilatildeo no corpo dependendo

da ingesta alimentar para o controle de suas concentraccedilotildees segundo encontra-se

34

de forma escassa na dieta podendo chegar agrave miacutenima proporccedilatildeo de 1100 em

relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos neutros (KAPCZINSKI et al 2004)

A siacutentese da serotonina parece ser limitada pela disponibilidade ou natildeo desse

aminoaacutecido no fluido extracelular que banha os neurocircnios A fonte de TRP no

ceacuterebro eacute o sangue por outro lado a fonte deste aminoaacutecido no sangue eacute a dieta

Dessa forma acredita-se que a deficiecircncia do TRP na dieta pode induzir depleccedilatildeo

serotonineacutergica no ceacuterebro (BEAR CONNORS amp PARADISO 1996) Aleacutem do

triptofano a atividade da enzima triptofanondash hidroxilase tem accedilatildeo reguladora sobre

a siacutentese da 5-HT (RANG DALE amp RITTER 1997)

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina Fonte ndash Devlin (1998)

35

A biossiacutentese da serotonina ocorre por uma soacute via em duas etapas em que o

triptofano da dieta eacute hidroxilado na posiccedilatildeo 5 atraveacutes da enzima triptofano-

hidroxilase dando origem ao 5-hidroxitriptofano Esse por sua vez eacute

descarboxilado sob a accedilatildeo de 5-hidroxitriptofano descarboxilase originando a 5-

hidroxitriptamina ou serotonina A principal via metaboacutelica deste neurotransmissor

envolve outra enzima encontrada em quantidade abundante e com propriedades

sobre vaacuterios substratos a monoamina oxidase (MAO) com formaccedilatildeo do aacutecido 5-

(5-HIAA) principal metaboacutelito serotonineacutergico O 5-HIAA eacute excretado pela urina e

pode ser uacutetil como indicador da produccedilatildeo serotonineacutergica no organismo (VALLE et

al 1988 GOODMAN amp GILMAN 1996)

As concentraccedilotildees serotonineacutergicas podem ser observadas nas paredes do

intestino nas ceacutelulas enterocromafins (90) no sangue nas plaquetas (8 a 9)

e no sistema nervoso central (SNC) que corresponde a um pequeno percentual da

concentraccedilatildeo serotonineacutergica total (1 a 2) Pela impossibilidade da serotonina

ultrapassar a barreira hematoencefaacutelica as concentraccedilotildees do SNC dependem da

siacutentese local No entanto mesmo representando uma pequena parcela as

concentraccedilotildees centrais ocupam posiccedilatildeo central na hegemonia neuroquiacutemica (RANG

DALE amp RITTER 1997 SILVA 2002)

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas Fonte Neuroscience (1998)

36

Segundo MACHADO (1999) o sistema serotonineacutergico eacute um dos principais se

natildeo o principal sistema neurotransmissor do SNC e tem seus neurocircnios distribuiacutedos

por todo o ceacuterebro localizados na formaccedilatildeo reticular nos nuacutecleos da rafe que se

estendem na linha meacutedia do bulbo ao mesenceacutefalo (Figura 2) Os axocircnios rostrais

situados em niacuteveis mais altos nos nuacutecleos da rafe tecircm trajeto ascendente

projetando-se para quase todas as estruturas do prosenceacutefalo ateacute mesmo o coacutertex

cerebral o hipotaacutelamo e o sistema liacutembico Os axocircnios caudais situados no bulbo

satildeo projetados para a medula

Considerando que cada neurotransmissor tenha um neurorreceptor

subsequumlente investigaccedilotildees farmacoloacutegicas tecircm apontado a famiacutelia de

receptores e neurorreceptores serotonineacutergicos como a mais expressiva entre

os demais neurotransmissores 5HT1 (A B D E e F) 5HT2 (AB e C) 5HT3

5HT4 Recentes subfamiacutelias clonadas (5HT5 5HT6 e 5HT7) ainda natildeo satildeo

reconhecidas por natildeo terem suas accedilotildees fisioloacutegicas bem estabelecidas

(GOODMAN amp GILMAN 1996)

Em funccedilatildeo dessa pluralidade a accedilatildeo desse sistema eacute de caraacuteter muacuteltiplo

podendo ser percebida tanto no acircmbito perifeacuterico como ou principalmente no

sistema nervoso central Apesar de sua pequena representaccedilatildeo em relaccedilatildeo a

toda concentraccedilatildeo serotonineacutergica apresenta-se fortemente relacionada com

alteraccedilotildees fisioloacutegicas envolvidas na qualidade do sono alteraccedilotildees do humor

cogniccedilatildeo comportamento alimentar desempenho sexual e com a modulaccedilatildeo da

fadiga central (LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

223311 RReessppoossttaass ddooss ssiisstteemmaass sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo aaoo eexxeerrcciacuteiacutecciioo ffiacuteiacutessiiccoo

Em um passado bem recente a maioria expressiva de estudos realizados

com o intuito de esclarecer os benefiacutecios da praacutetica regular do exerciacutecio fiacutesico

limitava-se agraves adaptaccedilotildees fisioloacutegicas perifeacutericas e suas vantagens correlacionadas

O interesse em pesquisar o papel da proteiacutena e dos aminoaacutecidos na atividade fiacutesica

foi relegado a um segundo plano visto que o maior objetivo dos estudos ateacute entatildeo

concentrava-se em observar o efeito do exerciacutecio no metabolismo de carboidratos e

37

gorduras Todavia somente a partir da deacutecada de setenta o interesse em analisar

esse paradigma foi retomado (LEMON 1995)

Em estudo pioneiro realizado por Barchas amp Fredman (1963) verificou-se

atraveacutes de modelo animal que o estiacutemulo causado pelo exerciacutecio fiacutesico promovia

alteraccedilotildees nos niacuteveis centrais serotonineacutergicos Desde entatildeo conjectura-se que os

benefiacutecios da praacutetica de exerciacutecios natildeo se limitavam agraves alteraccedilotildees dos sistemas

envolvidos na melhoria da aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria muacutesculo-esqueleacutetica e da

composiccedilatildeo corporal Pesquisas recentes apontam evidecircncias de que no sistema

nervoso central tambeacutem aconteccedilam alteraccedilotildees metaboacutelicas para equilibrar os

distuacuterbios causados pelo exerciacutecio fiacutesico seguidas de adaptaccedilotildees regulatoacuterias

capazes de alterar as concentraccedilotildees neurotransmissoras (MEEUSEN amp PIACENTINI

2001a MEEUSEN amp PIACETINI 2001b)

O sistema nervoso central em combinaccedilatildeo com o sistema neuro-endoacutecrino

exerce importante papel na regulaccedilatildeo homeostaacutetica O exerciacutecio fiacutesico eacute considerado

um desafio para homeostase visto que vaacuterios mecanismos de regulaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

(perifeacutericos e centrais) satildeo ativados durante ou apoacutes sua praacutetica como as alteraccedilotildees

percebidas nos sistemas neurotransmissores em especiacutefico no sistema

serotonineacutergico (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001)

Segundo Chaouloff (1993) existem 3 mecanismos que podem alterar as

concentraccedilotildees centrais do Sistema Serotonineacutergico em decorrecircncia do exerciacutecio

fiacutesico Primeiro a alteraccedilatildeo da permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica

Segundo aumento da lipoacutelise e por uacuteltimo atraveacutes da disputa entre aminoaacutecidos

pela passagem da barreira hematoencefaacutelica

22331111 AAlltteerraaccedilccedilotildeotildeeess nnaa bbaarrrreeiirraa hheemmaattooeenncceeffaacuteaacutelliiccaa ee eexxeerrcciacuteiacutecciiooss ffiacuteiacutessiiccooss

A barreira hematoencefaacutelica eacute um conjunto complexo de defesa do ceacuterebro

que o protege de possiacuteveis ldquosubstacircncias estranhasldquo ou toacutexicas que possam danificaacute-

lo mantendo um ambiente quiacutemico protegido e constante para o seu bom

funcionamento Eacute semipermeaacutevel ou seja permite que algumas substacircncias a

atravessem enquanto limitam a entrada de muitas outras O tamanho das moacuteleacuteculas

38

das substacircncias eacute considerado como fator de limitaccedilatildeo para sua entrada no sistema

nervoso central (WIKEPEDIA 2007) Fenocircmenos percebidos durante a praacutetica de

exerciacutecios fiacutesicos como a hipertensatildeo a hiperosmolaridade e a hipertermia podem

alterar a permeabilidade dessa barreira

Nas uacuteltimas deacutecadas vaacuterios foram os meacutetodos e intervenccedilotildees desenvolvidos

com o intuito de analisar a evoluccedilatildeo do metabolismo da circulaccedilatildeo e da accedilatildeo

neurotransmissora cerebral Muitas delas foram utilizadas para verificar e esclarecer

a interferecircncia do exerciacutecio fiacutesico sobre este sistema e apesar das limitaccedilotildees eacuteticas

para intervenccedilotildees em humanos a hipoacutetese desta interferecircncia eacute amplamente aceita

entre autores (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001 NYBOA amp SECHER 2004)

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergic2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergicoo

Os aacutecidos graxos livres (AGL) satildeo combustiacuteveis importantes em nosso

organismo e satildeo considerados assim como os carboidratos substratos de primeira

importacircncia para o recurso energeacutetico Satildeo armazenados em sua maioria tanto na

forma de triacilglicedes nas ceacutelulas adiposas como nas ceacutelulas musculares Para que

sejam metabolizados eacute necessaacuterio que ocorra um processo chamado lipoacutelise tambeacutem

conhecido como ldquohidroacutelise de trigliceacuteriderdquo onde acontece a quebra dos triacilglicedes

em aacutecidos graxos (trecircs moleacuteculas) e glicerol (uma moleacutecula) Esse processo eacute

favorecido tanto sob condiccedilotildees de dieta hipocaloacuterica jejum ou desnutriccedilatildeo

hipotermia como tambeacutem pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos (HOUSTON 2001

POWERS amp HOWLEY 2003)

Segundo Helge et al (2007) e Friedlander et al (2007) a intensidade a

duraccedilatildeo da sessatildeo de exerciacutecio e o niacutevel de treinamento do indiviacuteduo satildeo fatores

determinantes para definir a disponibilidade de gordura que seraacute utilizada como

fonte de combustiacutevel Enquanto reduccedilotildees satildeo percebidas em outras fontes de

gordura durante o exerciacutecio fiacutesico concomitantemente satildeo observados aumentos

graduais e progressivos desse substrato do repouso agrave intensidades leves de leve agrave

moderada Todavia com o crescente aumento da intensidade a oxidaccedilatildeo dos AGLs

manteacutem-se constante durante a praacutetica de exerciacutecios de alta intensidade Por outro

lado perceberam que medidas das concentraccedilotildees sistecircmicas de AGL atuam apenas

39

como marcadores das reais concentraccedilotildees em grandes massas musculares que

podem apresentar maior migraccedilatildeo desses para as ceacutelulas musculares quando

comparadas com concentraccedilotildees no fluxo plasmaacutetico

Os aacutecidos graxos satildeo moleacuteculas de estrutura longa (de 16 a 18 aacutetomos de

carbono) tem baixo niacutevel de soludibilidade no meio aquoso do sangue e difundem

com dificuldade atraveacutes da membrana Para facilitar seu transporte para dentro das

ceacutelulas utilizam-se da albumina proteiacutena transportadora que possui trecircs siacutetios de

ligaccedilatildeo de alta afinidade para os AGLs As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de AGL em

repouso (valor aproximado de 02 ndash 04 mmol-1) podem ter aumento significativo

durante ou apoacutes o exerciacutecio fiacutesico (atingindo um valor de 20 mmol-1) necessitando

de maior accedilatildeo e concentraccedilatildeo da albumina A captaccedilatildeo destes aacutecidos pelo muacutesculo

estaacute diretamente relacionada agrave sua disponibilidade plasmaacutetica e por isso a

mobilizaccedilatildeo lipoliacutetica das reservas lipiacutedicas eacute um passo importante para garantir o

suprimento adequado de nutrientes para trabalho muscular prolongado (MAUGHAN

GLEESON amp GREENHAFF 2000 HOUSTON 2001)

O triptofano precursor da 5-HT assim como os AGLs tambeacutem utiliza-se

da albumina como transportador Eacute o uacutenico aminoaacutecido que se apresenta no

sangue sob duas formas 1) ligado agrave albumina (TRP) que representa 90 da

concentraccedilatildeo total de triptofano (TRP + TRP-L) e 2) livre (TRP-L) que

representa apenas 10 do TRP total No entanto essa pequena parcela eacute

responsaacutevel direta pela siacutentese da serotonina Acredita-se que somente a fraccedilatildeo

de TRP-L esteja disponiacutevel para ser transportada para o SNC considerando que

o tamanho da moleacutecula da albumina seja um fator limitante para sua

ultrapassagem pela barreira hematoencefaacutelica (HUFFMAN et al 2004)

Vaacuterios autores (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL

amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000 HUFFMAN et al

2004) perceberam que a lipoacutelise promovida pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

pode interferir nas concentraccedilotildees dessas porccedilotildees do triptofano (TRP e TRP-L)

Uma vez que o aumento da demanda de AGL desloca o TRP dos siacutetios de

40

ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente aumento da

disponibilidade deste precursor no SNC

22331133 CCoonncceennttrraaccedilccedilatildeatildeoo ddee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ee oo ssiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo

Vaacuterios aspectos abordados anteriormente podem estar limitando a

probabilidade de ultrapassagem do TRP pela barreira hematoencefaacutelica primeiro por

ser um aminoaacutecido essencial tem sua produccedilatildeo no organismo impossibilitada e

depende diretamente da qualidade da ingesta alimentar Segundo apresenta relaccedilatildeo

reduzida da porccedilatildeo livre responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT comparada com a porccedilatildeo

ligada agrave albumina (MAUGHAN amp SHIRREFFS 1996 ROSSI amp TIRAPEGUI 2003)

Terceiro tem uma baixa concentraccedilatildeo plasmaacutetica em relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos

(1100) aleacutem de concorrer pelo mesmo transportador para a ultrapassagem da

barreira hematoencefaacutelica com outros aminoaacutecidos neutros (AAN) a tirosina e

fenilalanina conhecidos como aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e a leucina isoleucina e

valina conhecidos como aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) Este processo de

transporte eacute regulado por competiccedilatildeo e a afinidade do transportador pelo

aminoaacutecido eacute determinada pelas concentraccedilotildees relativas dos demais aminoaacutecidos

Desta forma quanto maior for a proporccedilatildeo triptofano livre em relaccedilatildeo aos

aminoaacutecidos (TRP-LAAN) maior seraacute sua concentraccedilatildeo no SNC Adicionalmente a

razatildeo TRPAACR eacute utilizada como potencial determinante da acumulaccedilatildeo cerebral de

TRP e consequumlentemente da siacutentese de 5-HT (ROSSI amp TIRAPEGUI 2003

ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005)

Estudos comprovam que alteraccedilotildees neuroquiacutemicas desencadeadas pelo

estiacutemulo do estresse fiacutesico podem modificar tambeacutem os resultados obtidos pela

competiccedilatildeo do TRP e demais aminoaacutecidos pelo transportador Durante o exerciacutecio

percebe-se um ecircxodo de seis aminoaacutecidos da circulaccedilatildeo plasmaacutetica para serem

oxidados nos muacutesculos esqueleacutetico entre eles os AACRs Apesar de sua pequena

expressatildeo para a siacutentese energeacutetica os aminoaacutecidos podem oferecer importante

contribuiccedilatildeo para provisatildeo de energia quando a disponibilidade de outros

combustiacuteveis for limitada Sua utilizaccedilatildeo como substrato eacute capaz de um incremento

expressivo durante o exerciacutecio podendo atingir um grau de oxidaccedilatildeo como no caso

da leucina cinco vezes maior que em situaccedilatildeo de repouso (MAUGHAN GLEESON amp

GREENHAFF 2000) levando a uma subsequumlente reduccedilatildeo da concentraccedilatildeo destes

41

aminoaacutecidos na circulaccedilatildeo Todo esse processo estimula a capacidade de captaccedilatildeo do

TRP-L pelo ceacuterebro e promove tanto a siacutentese como a liberaccedilatildeo da 5-HT central

(COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973

MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000)

Diferentes intensidades e duraccedilatildeo podem alterar as respostas do sistema

serotonineacutergico significativamente ou natildeo (DUNN amp DISHMAN 1991) Sabe-se

portanto que o exerciacutecio intenso e prolongado pode resultar em um influxo

aumentado do precursor serotonineacutergico para o ceacuterebro e consequumlentemente um

aumento da serotonina eacute observado Nesse sentido considerando incremento desse

neurotransmissor e de seu envolvimento com mecanismos de cansaccedilo sono e dor

alguns autores sugeriram que esse sistema poderia atuar como principal mediador

do fenocircmeno conhecido como fadiga central

223322 SSiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo ee aa ffaaddiiggaa cceennttrraall

Postergar os efeitos da fadiga e prolongar o desempenho humano satildeo

incoacutegnitas ateacute hoje incompreendidas Atualmente vaacuterios satildeo estudos que ainda

detecircm seus esforccedilos em desvendar os misteacuterios relacionados agrave fadiga perifeacuterica e

central (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER

2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005 PROVENZA et al2005 HELGE et al

2007) De caraacuteter multifatorial e complexo a fadiga eacute estimulada por fenocircmenos

perifeacutericos e centrais que desencadeiam respostas interligadas Davis (1998) sugere

que fatores como a duraccedilatildeo e intensidade do esforccedilo tipo e densidade das

miofibrilas musculares niacutevel de aptidatildeo fiacutesica individual motivaccedilatildeo alimentaccedilatildeo e

condiccedilotildees ambientais podem interferir na natureza e extensatildeo da fadiga

O termo ldquofadigardquo pode ser inicialmente definido como o conjunto de

manifestaccedilotildees produzidas por trabalho ou exerciacutecio prolongado tendo como

consequumlecircncia a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional de manter ou continuar o

rendimento esperado Tradicionalmente relacionava-se a fadiga a eventos

metaboacutelicos interativos que afetavam os muacutesculos Todavia estudos recentes

acatam progressivamente a hipoacutetese da fadiga central Uma vez que foi observado

que ldquofatores psicoloacutegicosrdquo como por exemplo a motivaccedilatildeo e o estado de humor

poderiam interferir no desempenho das atividades fiacutesicas limitando a performance

42

Por outro lado notou-se episoacutedios de fadiga em indiviacuteduos acamados em repouso

submetidos a intervenccedilotildees ciruacutergicas o que fugiria das bases conceituais da fadiga

perifeacuterica (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004)

SENSACcedilAtildeO DE FADIGA

COMANDO CENTRAL Percepccedilatildeo de Esforccedilo

FATORES PSICOLOacuteGICOS Vontade proacutepria alteraccedilotildees do humor toleracircncia agrave dor vivecircncias anteriores expectativas ensaio mental etc

ALTERACcedilOtildeES PERIFEacuteRICAS Respostas dos muacutesculos juntas e tendotildees Fatores respiratoacuterios e cardiovasculares Receptores e nociceptores da pele

ALTERACcedilOtildeES NEUROBIOLOacuteGICAS Depleccedilatildeo de substrato energeacutetico e de niacuteveis de neurotransmissores em regiotildees do ceacuterebro Alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de amocircnia citocinas endorfinas temperatura etc

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na fadiga perifeacuterica e fadiga central Fonte Figura adaptada de Nibo e Secher (2004)

Newsholme amp Bloomstrand (1987) fundamentados pelo incremento da

serotonina poacutes-exerciacutecio e por seu envolvimento com eventos de letargia de

sono de percepccedilatildeo de dor e alteraccedilotildees nos estados de humor idealizaram a

ldquohipoacutetese da fadiga centralrdquo Descreveram o envolvimento desse neurotransmissor

como um mediador em potencial da fadiga no SNC alterando a percepccedilatildeo de

esforccedilo e da fadiga muscular Todavia vaacuterios estudos sobre este tema

antecederam ao surgimento dessa hipoacutetese O primeiro autor a abordar o termo

fadiga central foi Mosso em 1904 (MEEUSEN et al 2006) que apoacutes submeter

indiviacuteduos a uma sessatildeo de esforccedilo mental percebeu incapacidade de

manutenccedilatildeo da performance muscular

Inicialmente havia uma predileccedilatildeo por utilizar modelo animal nas

investigaccedilotildees da fadiga central o que muito contribuiu para iniciar a

compreensatildeo desse tema jaacute que limitaccedilotildees oacutebvias eram inerentes em humanos

Blomstrand et al (1988) foram os primeiros a utilizar modelo humano para

43

desvendar essa temaacutetica quando observaram em 22 sujeitos a reduccedilatildeo de

19 das concentraccedilotildees dos AACRs e um incremento 24 vezes maior dos niacuteveis

de TRP-L apoacutes uma prova de maratona

Vaacuterios estudos surgiram para investigar a validade da hipoacutetese da fadiga

central que defende a ocorrecircncia de um incremento significativo da serotonina

cerebral provocada por exerciacutecios prolongados seguida por uma reduccedilatildeo da

accedilatildeo do SNC e consequumlente deteriorizaccedilatildeo do desempenho esportivo e da

praacutetica do exerciacutecio fiacutesico (NEWSHOLME amp BLOOMSTRAND 1987) Objetivando

compreender esse paradigma foram observadas intervenccedilotildees que adotaram

metodologias muacuteltiplas que normalmente foram agrupadas na literatura por

manipulaccedilotildees nutricionais (VARNIER et al 1994 CALDERS et al1999 GOMES-

MERINO et al 2001) farmacoloacutegicas (CHENNAOUI et al 2000) ou por

manipulaccedilatildeo na prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos atraveacutes de diferentes

intensidades e duraccedilatildeo (BLOMSTRAND et al 1991 BAILEY amp AHLBORN 1992

ARIDA 1998 OLIVEIRA et al 2007)

Entre as manipulaccedilotildees nutricionais mais conhecidas estatildeo as que envolvem a

restriccedilatildeo ou disponibilizaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) de

triptofano livre (TRP-L) e de carbohidratos (CHO) a manipulaccedilatildeo farmacoloacutegica ou

realizaccedilatildeo de experimentos utilizando a administraccedilatildeo de drogas que

reconhecidamente aumentam (agonistas) ou reduzem (antagonistas) a recaptaccedilatildeo

da serotonina na fenda sinaacuteptica Por uacuteltimo a variaccedilatildeo de criteacuterios adotados na

prescriccedilatildeo de exerciacutecios alterando criteacuterios de intensidade volume duraccedilatildeo

temperatura ambiente onde os exerciacutecios satildeo praticados (MEEUSEN et al 2006)

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Os efeitos deleteacuterios que o processo do envelhecimento ocasiona sobre

sistema serotonineacutergico e consequentemente sobre o SNC tecircm sido apontados

como fatores ou co-fatores etioloacutegicos de vaacuterias doenccedilas (depressatildeo doenccedila de

Alzheimer Parkinson etc) O decliacutenio das atividades cerebrais natildeo se apresenta de

maneira uniforme entre indiviacuteduos que muitas vezes dificulta determinar quais os

eventos decorrentes do processo natural do envelhecimento e quais constituem

quadros patoloacutegicos

44

O envelhecimento provoca alteraccedilotildees na anatomia do ceacuterebro e da medula

Estima-se que o tamanho do ceacuterebro sofra um decreacutescimo aproximado de 2 por

deacutecada Segundo Payton amp Poland (1983) um indiviacuteduo na nona deacutecada pode

apresentar uma reduccedilatildeo de ateacute 20 da massa cefaacutelica aleacutem de uma desaceleraccedilatildeo

da conduccedilatildeo nervosa de 04 ao ano

Segundo Trelles (1986) o decliacutenio do envelhecimento promove alteraccedilotildees

quantitativas e qualitativas no metabolismo proteacuteico acarretando perda neuronal

principalmente no coacutertex cerebral reduccedilatildeo das concentraccedilotildees dos

neurotransmissores e aumento de seu catabolismo Nishimura Takeuchi Matsushita

et al (1998) observaram alteraccedilotildees aberrantes na morfologia de fibras

serotonineacutergicas em algumas regiotildees do ceacuterebro Distribuiacutedas desorganizadamente

essas fibras apresentavam-se altamente arborizadas com grande nuacutemero de

varicosidades com reduccedilatildeo de sua densidade e inchaccedilo lento e progressivo do

axocircnio Essas deformidades resultaram em um enfraquecimento no transporte

Aleacutem da estrutura morfoloacutegica tambeacutem os aspectos fisioloacutegicos e bioquiacutemicos

desse sistema sofre alteraccedilotildees durante a senescecircncia Uma reduccedilatildeo da atividade da

enzima responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT a triptofano hidroxilase eacute percebida em

aacutereas ricas em 5-HT como os nuacutecleos da rafe e consequumlentemente os niacuteveis desse

neurotransmissor satildeo reduzidos Em contrapartida o aacutecido 5-Hidroxiindolaceacutetico

mostra-se reduzido no liacutequido ceacutefalo-raquidiano Portanto como no caso das

catecolaminas a 5-HT apresenta um decreacutescimo em sua siacutentese e aumento em seu

catabolismo agrave medida que o envelhecimento progride (TRELLES 1986)

Esse decreacutescimo tambeacutem pode ser induzido tanto pela reduccedilatildeo do nuacutemero de

neurocircnios serotonineacutergicos no nuacutecleo da rafe como pelo aumento da atividade da

enzima MAO-B responsaacutevel pela degradaccedilatildeo serotonineacutergica Estudos post-mortem

demonstraram que haacute reduccedilatildeo do nuacutemero de receptores serotonineacutergicos no SNC

com o aumento da idade particularmente o 5-HT1 e o 5-HT2 Embora o significado

cliacutenico desse fato ainda natildeo esteja bem definido evidecircncias sugerem que indiviacuteduos

idosos sejam mais sensiacuteveis aos efeitos das drogas serotonineacutergicas do que os

jovens Postula-se que o prejuiacutezo da transmissatildeo neuronal ligado a menor aporte de

45

neurotransmissores ou a uma menor sensibilidade dos receptores a eles esteja

associado agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios emocionais cognitivos e de

comportamento em idosos (MENON FREIRIAS amp SANCHES 1998)

Os niacuteveis de 5-HT e seu metaboacutelito (5-HIAA) foram comparados tanto no

plasma como em plaquetas em grupo de mulheres idosas e mulheres mais jovens

Uma significativa relaccedilatildeo entre 5-HT e a idade foi observada visto que agrave medida que

a idade aumentava maiores niacuteveis de 5-HT e 5-HIAA plaquetaacuteria eram observados

Em contrapartida com o avanccedilar da idade as concentraccedilotildees de 5-HT no plasma

apresentaram-se reduzidas Todavia alteraccedilotildees significativas nas concentraccedilotildees de

5-HIAA no plasma natildeo foram observadas (KUMAR WEISS FERNANDEZ et al 1998)

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO

A depressatildeo eacute uma das mais comuns e devastadoras desordens psiquiaacutetricas

Atualmente embora uma variedade de estrateacutegias de tratamento esteja disponiacutevel

sua maior problemaacutetica encontra-se na consistecircncia do diagnoacutestico e no

medicamento a ser utilizado (THOME HENN amp DUMAN 2002) Essa limitaccedilatildeo

consiste em sua etiologia indefinida associada agrave heterogeneidade de sintomas (DUNN

amp DISHMAN 1991)

A depressatildeo eacute um transtorno crocircnico e recorrente visto que

aproximadamente 80 dos indiviacuteduos que recebem tratamento para um episoacutedio

depressivo satildeo acometidos por um segundo episoacutedio ao longo de suas vidas

Tambeacutem eacute considerada como um transtorno incapacitante pois atinge a quarta

classificaccedilatildeo de causa especiacutefica de incapacitaccedilatildeo quando comparada com vaacuterias

outras doenccedilas (FLECK 2003)

De acordo com o criteacuterio de diagnoacutestico de episoacutedio depressivo da OMS

(1993) segundo a deacutecima revisatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas

(CID-10) os sintomas e episoacutedios da depressatildeo podem se divididos

respectivamente em 1) Sintomas fundamentais constituiacutedos de humor deprimido

perda de interesse fatigabilidade e 2) sintomas acessoacuterios constituiacutedos de

concentraccedilatildeo e atenccedilatildeo reduzidas auto-estima e auto-confianccedila reduzidas ideacuteias de

46

culpa e inutilidade visotildees desoladas e pessimistas do futuro ideacuteias ou atos

autolesivos ou de suiciacutedio sono perturbado e apetite reduzido Por outro lado a

gravidade desta doenccedila foi classificada em trecircs graduaccedilotildees agrave saber

Episoacutedio leve associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais e dois acessoacuterios

Episoacutedio moderado associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais mais trecircs ou quatro

acessoacuterios

Episoacutedio Grave associaccedilatildeo de trecircs sintomas fundamentais mais quatro ou mais

acessoacuterios

Sabe-se que a prevalecircncia de episoacutedios depressivos tem um crescimento

linear agrave medida que envelhecemos e que o acometimento dessa doenccedila eacute mais

percebido em pessoas do gecircnero feminino (SNOWDON 2001 MAES 2002

STORDAL MYKLETUN amp DAHL 2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede a prevalecircncia de depressatildeo entre

mulheres e homens atinge a proporccedilatildeo de dois por um Todavia apesar dos avanccedilos

obtidos em justificar essa diferenccedila entre gecircneros ou ateacute mesmo em desvendar a

etiologia dessa doenccedila atraveacutes de estudos da geneacutetica influecircncias ambientais

marcadores ou anomalias bioloacutegicos comuns aos portadores de depressatildeo vaacuterias

accedilotildees profilaacuteticas e preventivas se fundamentam em hipoacuteteses e conjecturas

(RODRIGUES 2000 OMS 2000)

Prevenir a depressatildeo natildeo eacute accedilatildeo simples consiste em uma das grandes

incoacutegnitas associadas agrave essa doenccedila Identificar que medidas deveratildeo ser tomadas

no sentido de precaver recorrecircncia e recaiacuteda daquele idoso que jaacute sofreu uma ou

mais crises depressivas ainda constitui um desafio Visto que altos iacutendices de

resistecircncia ao tratamento seguidos de mortalidade satildeo observados nesta populaccedilatildeo

(SPEAR 2002) aleacutem da vulnerabilidade ao suiciacutedio a que satildeo expostos pela proacutepria

enfermidade (SCHOEVERS 2000)

O sucesso no tratamento de depressatildeo em idosos depende da gravidade desta

patologia das comorbidades com outras doenccedilas psiquiaacutetricas ou cliacutenicas da

seriedade em que o paciente e seus familiares encaram o tratamento e da escolha da

47

intervenccedilatildeo adequada visto que procedimentos mais indicados e utilizados com

frequumlecircncia por esta faixa etaacuteria natildeo estatildeo isentos de uma lista de efeitos colaterais

associados (SCALCO 2002)

Segundo GOTTFRIES (1993) o tratamento da depressatildeo no idoso segue

quase a mesma orientaccedilatildeo do tratamento em jovens exigindo um pouco mais de

criteacuterio pela maior fragilidade orgacircnica apresentada por eles Os antidepressivos satildeo

vastamente utilizados no tratamento da depressatildeo Entre eles os triciacuteclicos que tecircm

sua accedilatildeo sobre vaacuterios neurotransmissores os inibidores da enzima

monoaminaoxidase - MAO os inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo de serotonina - ISRS

e a venlafaxina que atua sobre a serotonina a noradrenalina e a dopamina Mesmo

com todo avanccedilo farmacoloacutegico esses medicamentos apresentam em alguns casos

efeitos colaterais inconvenientes como por exemplo a incompatibilidade dos

antidepressivos com outros medicamentos em caso de patologias associadas o que

eacute comum no idoso A eletroconvulsoterapia tambeacutem muito utilizada no tratamento

depressivo e considerada juntamente com os antidepressivos como um dos pilares

para essa terapia e eacute em muitos casos tida como primeira opccedilatildeo de tratamento

Contudo cuidados maiores devem ser tomados quando utilizada em idosos por sua

alta prevalecircncia de osteoporose

De acordo com SOUZA (1999) o tratamento dessa enfermidade deve ser

entendido de forma globalizada considerando o ser humano como um todo

incluindo dimensotildees bioloacutegicas psicoloacutegicas e sociais A terapia deve abranger todas

essas aacutereas natildeo omitindo a utilizaccedilatildeo de psicoterapia da farmacologia e de

mudanccedilas no estilo de vida

Entre as alteraccedilotildees adotadas para mudanccedila no estilo de vida eficazes para

melhorar os estados de humor encontra-se a praacutetica regular de exerciacutecio fiacutesico

Atualmente muitos defendem sua prescriccedilatildeo como tratamento alternativo da

depressatildeo em funccedilatildeo das alteraccedilotildees bioquiacutemicas promovidas por essa praacutetica

(DISHMAN 1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998) Os benefiacutecios

psicoloacutegicos provenientes de uma vida ativa retecircm vitalidade mobilidade e

independecircncia Melhora o sentimento de bem-estar auto-estima e apreciaccedilatildeo da vida

48

amplia a relaccedilatildeo entre amigos e conhecidos reduz o sentimento de solidatildeo e melhora

a qualidade do sono (OAKS 2000 NIEMAN 1999 DUNN amp DISHMAN 1991)

Blumenthal et al (1999) submeteram 156 senhoras idosas a uma

comparaccedilatildeo entre intervenccedilotildees farmacoloacutegicas quatro meses de exerciacutecios fiacutesicos

aeroacutebicos de intensidade moderadamente alta e a associaccedilatildeo entre exerciacutecios e

ingesta medicamentosa Eles perceberam que os trecircs grupos produziram

melhoras nos quadros depressivos e nenhuma diferenccedila significativa foi percebida

entre as intervenccedilotildees Embora os pacientes sob medicamentos tenham mostrado

respostas iniciais mais raacutepidas os submetidos ao exerciacutecio fiacutesico sistematizado

mantiveram-se por mais tempo sem recaiacutedas

Segundo Nieman (1999) pessoas fisicamente ativas e com boa aptidatildeo fiacutesica

apresentam melhor equiliacutebrio psicoloacutegico do que as sedentaacuterias O autor destacou

entre outras algumas hipoacuteteses comuns no meio cientiacutefico que tentam explicar o

sentimento de bem-estar em resposta agrave praacutetica do exerciacutecio fiacutesico regular 1) que agrave

medida que o organismo do indiviacuteduo ativo se adapte agraves alteraccedilotildees metaboacutelicas

induzidas pela praacutetica do exerciacutecio fiacutesico o corpo seja fortalecido e treinado para

reagir calmamente aos estiacutemulos desencadeados por um estresse mental 2) que a

melhora do humor possa estar atrelada agrave praacutetica de exerciacutecios aeroacutebios por produzir

um incremento do fluxo sanguumliacuteneo e do transporte de oxigecircnio para o ceacuterebro em

funccedilatildeo de alteraccedilotildees estruturais cerebrais permanentes como por exemplo o

surgimento de vasos sanguiacuteneos e terminaccedilotildees nervosas extras 3) que as alteraccedilotildees

bioquiacutemicas provocadas pelo exerciacutecio possam exercer um papel terapecircutico

importante no tratamento e prevenccedilatildeo da depressatildeo em funccedilatildeo da normalizaccedilatildeo das

concentraccedilotildees cerebrais da serotonina dopamina e norepinefrina

A associaccedilatildeo inversa entre casos depressivos tem sido investigada em estudos

longitudinais Um dos mais claacutessicos foi realizado por Paffembarger Lee amp Leugn

(1994) que teve a duraccedilatildeo de 27 anos em indiviacuteduos com idade entre 35 e 74 anos

que indicou que casos depressivos apresentavam maior associaccedilatildeo com menores

gastos energeacuteticos Outro estudo com duraccedilatildeo de 8 anos percebeu que a reduccedilatildeo

49

da frequumlecircncia semanal ou da intensidade do exerciacutecio pode aumentar a probabilidade

de casos depressivos (LAMPINEN HEIKKENEN amp RUOPPILA 2000)

Em suma percebe-se que menores niacuteveis de atividade fiacutesica estatildeo

associados com sintomas depressivos mais graves (MOORE BABYAK WOOD et al

1999) que os escores de depressatildeo estatildeo diretamente relacionados com o tempo

de praacutetica e a frequecircncia semanal que os exerciacutecios fiacutesicos satildeo oferecidos (LEGRAND

amp HEUZE 2007) que entre a comunidade cientiacutefica exista uma predileccedilatildeo por

prescrever exerciacutecios aeroacutebios para fins preventivos e terapecircuticos da depressatildeo

(RIBEIR0 1998 WERNECK et al 2006) e que a escolha da intensidade adequada

para esse fim se apresenta de forma inconsistente na literatura todavia

considerando o perfil da populaccedilatildeo percebe-se maior predileccedilatildeo intensidades leves agrave

moderada (LEGRAND amp HEUZE 2007)

26 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS

A ideacuteia equivocada de que a ldquosenilidaderdquo era uma consequumlecircncia normal do

envelhecimento foi amplamente disseminada Todavia percebe-se um alto grau de

afinidade entre o decliacutenio das funccedilotildees cognitivas e o avanccedilar da idade mesmo

entre indiviacuteduos saudaacuteveis (HAYFLICK 1997 SCHUIT et al 2001)

Um processo de lentificaccedilatildeo global (tanto no processamento de informaccedilotildees

quanto na realizaccedilatildeo motora de uma tarefa) eacute percebido durante o envelhecimento

poreacutem natildeo foi estabelecido um ritmo padronizado para acontecer essas alteraccedilotildees No

entanto estima-se que o melhor desempenho cognitivo seja alcanccedilado no iniacutecio da

idade adulta enquanto que o decliacutenio do mesmo seja percebido na meia idade por

volta dos 45 anos (ANTUNES MELLO amp BUENO 2002)

Durante o processo de envelhecimento eacute provaacutevel que as funccedilotildees de memoacuteria

operacional tornem-se mais susceptiacuteveis a interferecircncias de informaccedilotildees

irrelevantesdistratoras (CABEZA amp NYBERG 2000 MILHAM et al 2002) Essa

reduzida efetividade funcional parece associada a uma menor responsividade de

sistemas cerebrais acircntero-posteriores responsaacuteveis por aspectos executivos do

controle atencional (BANICH et al 2000 MILHAM et al 2002)

50

Adicionalmente resultados de investigaccedilotildees tecircm sugerido decliacutenio na

habilidade cerebral para inibir respostas natildeo apropriadas (POSNER amp DEHAENE

1994 WEST 1999 CABEZA amp NYBERG 2000) Esse deacuteficit parece decorrente de

uma descompensaccedilatildeo na sensibilidade do coacutertex anterior do ciacutengulo o melhor

candidato conhecido para o processamento inibitoacuterio e o monitoramento de

respostas em conflito (MILHAM et al 2002)

Estudos realizados nas uacuteltimas deacutecadas sugerem que condutas diaacuterias

podem afetar positivamente ou natildeo as estruturas do ceacuterebro em niacuteveis

celulares moleculares e sistecircmicos Vaacuterias pesquisas sugerem que os efeitos

promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico voluntaacuterio possam elevar os niacuteveis de fatores

neurotroacuteficos derivados do ceacuterebro (BDNF) e de outros fatores de crescimento

estimula a neurogecircnesis e aumenta a resistecircncia do ceacuterebro Nesse sentido a

melhora da aptidatildeo cardiovascular pode resultar em um aumento da

plasticidade do ceacuterebro humano aleacutem de exercer reduccedilatildeo tanto na senescecircncia

bioloacutegica como cognitiva (MATTSON CHAN amp DUAN 2002 COTMAN amp

BERCHTOLD 2002 COLCOMBE et al 2003)

Uma das hipoacuteteses mais aceita para a compreensatildeo do decliacutenio cognitivo foi

baseada na reduccedilatildeo da funccedilatildeo cardiovascular decorrente do envelhecimento que

acarretaria diminuiccedilatildeo progressiva da disponibilidade de oxigecircnio no ceacuterebro

Baseado nessa problemaacutetica estudos comprovaram atraveacutes de modelo animal o

aumento do fluxo sanguumliacuteneo e da disponibilidade de oxigecircnio durante o exerciacutecio

Todavia sabe-se que essa natildeo eacute a uacutenica contribuiccedilatildeo e alteraccedilatildeo promovida pelo

exerciacutecio fiacutesico em niacuteveis centrais Uma das habilidades desse tipo de estresse

consiste em aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica promovendo

alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de alguns hormocircnios de neurotransmissores

(ANTUNES MELLO amp BUENO 2002 ROSSI amp TIRAPEGUI 1999)

Crescentes evidecircncias sugerem a contribuiccedilatildeo do sistema serotonineacutergico

no desempenho das funccedilotildees cognitivas Natildeo existem trabalhos disponiacuteveis ateacute

a presente data que ofereccedilam seguramente a fundamentaccedilatildeo e amplitude

desse envolvimento Contudo sua disponibilidade na fisiologia patofisiologia e

51

terapecircutica do processo cognitivo deixa-nos fortes evidecircncias desse

envolvimento (MENESES 1999)

Outro indiacutecio de envolvimento desse neurotransmissor com os aspectos

cognitivos consiste na localizaccedilatildeo de alguns receptores serotonineacutergicos em aacutereas

cerebrais responsaacuteveis pela aprendizagem e memoacuteria incluindo o hipocampo

amigdala e cortex cerebral Receptores e vias da serotonina parecem estar situados

em aacutereas relacionadas com a disfunccedilatildeo do processo cognitivo Aparentemente a

doenccedila de Alzheimer estaacute associada com decreacutescimo nos marcadores serotonineacutergicos

como do complexo da rafe complexo de captaccedilatildeotransporte e no nuacutemero de alguns

receptores serotonineacutergicos Tem-se observado que pacientes esquizofrecircnicos com

doenccedila de Alzheimer apresentam correlaccedilatildeo significativa dos niacuteveis da serotonina e de

seu principal metaboacutelito (5-HIAA) Diferentes processos serotonineacutergicos estatildeo sob

investigaccedilatildeo para serem utilizados no tratamento da amneacutesia e da doenccedila de

Alzheimer (MENESES 1999)

Na uacuteltima deacutecada o interesse em verificar a relaccedilatildeo da serotonina com a

cogniccedilatildeo aumentou subitamente apoacutes a idealizaccedilatildeo de uma manipulaccedilatildeo

farmacoloacutegica agrave base de aminoaacutecidos que resultava na depleccedilatildeo aguda do

triptofano possibilitando a realizaccedilatildeo de estudos em humanos vivos

(EDITORIAL 2004) Todavia os resultados advindos da utilizaccedilatildeo dessa

manipulaccedilatildeo natildeo satildeo convergentes em relaccedilatildeo aos benefiacutecios cognitivos

(PORTER et al 2000 MURPHY 2002) necessitando de novas intervenccedilotildees que

colaborem para o esclarecimento do tema

27 QUALIDADE DE VIDA

A busca por uma vida com qualidade felicidade bem-estar e prazer e uma

constante luta pela satisfaccedilatildeo de suas necessidades tem sido uma aspiraccedilatildeo que

acompanha o homem desde o princiacutepio da humanidade Todavia a expressatildeo

ldquoqualidade de vidardquo foi utilizada pela primeira vez ou tornou-se notoacuteria quando em

discurso o presidente dos Estados Unidos Lyndon Jonhson em 1964 afirmava que

os objetivos natildeo poderiam ser medidos atraveacutes de balanccedilos bancaacuterios Todavia

poderiam ser medidos atraveacutes da ldquoqualidade de vidardquo que estes proporcionariam agraves

52

pessoas O indicador de qualidade de vida utilizado naquele discurso baseava-se

principalmente em fatores econocircmicos o que significa na atualidade apenas uma

das facetas expressas nesse termo (SETIEacuteN SANTAMARIA 1993 OMS 1998)

Atualmente a expressatildeo ldquoqualidade de vidardquo apesar de muito utilizada natildeo

adquiriu um conceito que abrangesse todo o seu significado Por ser um termo em

moda muitas pessoas o utilizam projetando para o conceito um significado diferente

dificultando ainda mais a tentativa de definiccedilatildeo (GRIMLEY-EVANS 1996)

Esse conflito conceitual agrava-se pelo fato da variaacutevel ldquoqualidade de vidardquo ser

mensurada utilizando instrumentos situaccedilotildees contextos e pessoas distintas (KING

DOBSON HARNET 1996) GILL e FEINSTEIN (1994) observaram que 85 das

publicaccedilotildees cientiacuteficas que abordavam esse tema e que por eles foram investigadas natildeo

apresentaram uma definiccedilatildeo para ldquoqualidade de vidardquo isto talvez por sua

multidisciplinariedade Dessa forma natildeo existe entre os poucos conceitos um que

detenha aceitaccedilatildeo universal (FARQUHAR 1995)

Com o passar dos anos o interesse dessa temaacutetica aumentou

expressivamente vaacuterios instrumentos foram elaborados e validados cientificamente

construiacutedos sob forma de escalas objetivas para permitir quantificar dados tidos

como subjetivos Variando na abordagem e na forma de apresentaccedilatildeo essas escalas

satildeo aplicadas isoladamente ou associadas podendo fornecer medidas globais e

especiacuteficas de qualidade de vida Medidas que certamente natildeo tecircm a mesma

precisatildeo e rigor como por exemplo aquelas adquiridas atraveacutes de dados

bioquiacutemicos mas que satildeo capazes de contribuir para compreensatildeo de vaacuterias

problemaacuteticas e facilitar na elaboraccedilatildeo de procedimentos preventivos ou de

resoluccedilatildeo de problemas dentro da aacuterea estudada

Presumivelmente o termo ldquoqualidade de vida e sauacutederdquo foi utilizado pela

primeira vez em meados dos anos de 1960 no editorial ldquoMedicina e Qualidade de

vidardquo (ELKINGTON 1966) Desde entatildeo vaacuterios estudos surgiram dando enfoque para

essa nova dimensatildeo de qualidade de vida avaliando intervenccedilotildees terapecircuticas e

condutas meacutedicas para formular poliacuteticas de sauacutede HUNT (1980) acredita que os

indicadores de qualidade de vida na aacuterea de sauacutede satildeo baseados na expectativa de

53

vida morbidade e mortalidade aleacutem de padratildeo de avaliaccedilatildeo de tratamentos

oferecidos aos pacientes Jaacute que a percepccedilatildeo subjetiva do paciente quanto ao seu

estado de sauacutede seja um indicador importante a ser considerado e deve ser sempre

avaliado Adicionalmente Kaplan (1984) afirma que o impacto da sauacutede sobre a

mobilidade atividade fiacutesica e atividade social estaacute intimamente relacionado com a

qualidade de vida e sauacutede

A OMS ciente da necessidade cientiacutefica de esclarecer convencionar ou

facilitar pesquisas dentro dessa temaacutetica organizou uma equipe de especialistas

com o objetivo de elaborar um instrumento geneacuterico de avaliaccedilatildeo da ldquoqualidade de

vidardquo construiacutedo atraveacutes de um meacutetodo transcultural (WHOQOL) Foi entatildeo que

surgiu o conceito elaborado por profissionais que consideram que a qualidade de

vida seja a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e

sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo aos seus objetivos expectativas

padrotildees e preocupaccedilotildees Conscientes da complexidade do tema a OMS admitiu

que embora natildeo houvesse uma definiccedilatildeo consensual de qualidade de vida havia

concordacircncia consideraacutevel acerca de algumas caracteriacutesticas desse constructo

como por exemplo a subjetividade que aleacutem das condiccedilotildees objetivas como

aquisiccedilotildees materiais muito valorizadas nos primeiros instrumentos elaborados

existam as condiccedilotildees subjetivas oportunizando e valorizando as percepccedilotildees e os

valores dados pelos sujeitos dentro de um contexto A segunda caracteriacutestica foi a

multidimensionalidade em que o instrumento deveria enfocar no miacutenimo trecircs

dimensotildees baacutesicas (fiacutesica psicoloacutegica e social) sempre em uma vertente subjetiva

como o indiviacuteduo percebe seu estado fiacutesico cognitivo e afetivo suas relaccedilotildees

interpessoais e os papeacuteis sociais em sua vida Terceiro a bipolaridade o

instrumento deveraacute incluir dimensotildees positivas e negativas e enfatizar a percepccedilatildeo

do indiviacuteduo acerca destas dimensotildees (OMS 2004)

A qualidade de vida eacute tatildeo importante para o idoso como para qualquer outro

indiviacuteduo de outra faixa etaacuteria Conviver bem com os decliacutenios naturais promovidos

pelo envelhecimento deve ser um desafio possiacutevel Envelhecer satisfatoriamente

depende do delicado equiliacutebrio entre as limitaccedilotildees e as potencialidades do indiviacuteduo

54

que lhe possibilitaraacute lidar em diferentes graus de eficaacutecia com as perdas inevitaacuteveis

do envelhecimento (NERI 2000)

FERRANS (1990) conceituou qualidade de vida como a sensaccedilatildeo de bem-estar

de um indiviacuteduo que varia da satisfaccedilatildeo agrave insatisfaccedilatildeo com respeito agraves aacutereas da

vida que satildeo importantes para ele A literatura gerontoloacutegica apresenta conceitos de

envelhecimento como ldquovelhice bem-sucedidardquo ldquoqualidade de velhicerdquo no sentido de

satisfaccedilatildeo de vida e estado de acircnimo como formas de tentar medir o bem-estar

Lawton (1991) enfoca a qualidade de vida na velhice como uma avaliaccedilatildeo

multidimensional referenciada por criteacuterios socionormativos (objetivos) e

intrapessoais (subjetivos) a respeito das relaccedilotildees atuais passadas e prospectivas

entre o indiviacuteduo maduro ou idoso e o seu ambiente

Uma velhice bem-sucedida envolve aspectos de realizaccedilatildeo do potencial

para alcanccedilar o bem-estar fiacutesico social e psicoloacutegico avaliado como adequado

pelo indiviacuteduo e pelo seu grupo etaacuterio tendo como paracircmetro as condiccedilotildees

objetivas e os valores sociais fundamentados no que seria desejaacutevel para que as

pessoas pudessem realizar seu potencial e a manutenccedilatildeo da competecircncia

funcional em domiacutenios selecionados por meio de mecanismos de compensaccedilatildeo e

otimizaccedilatildeo (NERI 2000)

Knorst et al (2001) e Hernandes e Barros (2004) afirmam que existe um

estreito relacionamento entre a qualidade de vida do idoso e sua habilidade ou

capacidade de desempenhar atividades ou tarefas da vida diaacuteria com autonomia e

independecircncia e destacam a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos como um fenocircmeno

facilitador entre eles

Natildeo eacute justo e nem eacute humano prolongar a vida dos que jaacute ultrapassam a fase

adulta quando natildeo lhes satildeo dadas condiccedilotildees de sobrevivecircncia digna Eacute melhor

acrescentar vida aos anos a serem vividos do que anos agrave vida precariamente vivida

(PAPALEacuteO NETTO amp PONTE 2002) O objetivo natildeo deve ser o de prolongar a vida e

com ela o sofrimento mas tornar a fragilidade uma pequena parcela da vida e

morrer jovem e com qualidade de vida o mais tarde possiacutevel

55

28 IMAGEM CORPORAL

Segundo Faith amp Allison (1996) e Williamson amp Orsquoneil (1998) imagem

corporal eacute a capacidade de representaccedilatildeo mental do proacuteprio corpo a interaccedilatildeo

entre o componente perceptivo avaliaccedilatildeo cognitiva do tamanho do corpo e o

componente postural Uma complexa resposta afetivandashcognitivondashcomportamental agrave

essa avaliaccedilatildeo Uma percepccedilatildeo individual de seu proacuteprio corpo e a maneira como

se sente a despeito

Para Mataruna (2004) a imagem corporal eacute uma figuraccedilatildeo do proacuteprio corpo

formada e estruturada na mente do mesmo indiviacuteduo que se desenvolve desde o

nascimento ateacute a morte dentro de uma estrutura complexa e subjetiva sofrendo

modificaccedilotildees que implicam na construccedilatildeo contiacutenua e reconstruccedilatildeo incessante

resultante do processamento de estiacutemulo

Vaacuterios fatores podem influenciar negativamente sobre a imagem corporal

de um indiviacuteduo por estabelecerem padrotildees dificilmente atingiacuteveis Como por

exemplo a existecircncia de forte tendecircncia social e cultural de considerar a

ldquomagrezardquo como uma situaccedilatildeo ideal de aceitaccedilatildeo e ecircxito Segundo a National

Eating Disorders Assciation esses padrotildees de beleza satildeo infelizmente

altamente discrepantes com a realidade visto que apenas 2 de mulheres satildeo

tatildeo magras quanto os modelos promovidos pelos meios de comunicaccedilatildeo

aumentando assim a insatisfaccedilatildeo com o proacuteprio corpo e resultando em

tentativa incessante em transforma-lo (KOWALSKI 2003)

Jovens adolescentes em sua maioria do sexo feminino internalizam esses

valores e modificam seus haacutebitos de vida em funccedilatildeo de se enquadrarem dentro

desses quisitos Quando adultas ou na meia-idade sentimentos de auto-criacutetica satildeo

intensificados e seus valores pessoais satildeo associados a eles resultando em

insidiosa destruiccedilatildeo da auto-estima e possiacutevel desenvolvimento de distuacuterbios

alimentares e desordens comportamentais comprometendo sua sauacutede fiacutesica e

mental podendo ateacute culminar com a morte Por conseguinte a literatura revela

que mulheres idosas quando insatisfeitas com a aparecircncia de seu corpo tendem

ser mais conscientes do que mulheres mais jovens Todavia essa consciecircncia natildeo

56

significa satisfaccedilatildeo visto que vaacuterios estudos que realizaram anaacutelise comparativa

entre mulheres jovens e idosas perceberam que um grande nuacutemero (60) de

insatisfaccedilatildeo e distorccedilatildeo da imagem corporal (forma e tamanho) persistiu ainda

entre idosas (FEY- YENSAN et al 2002)

Por outro lado apoacutes a comparaccedilatildeo entre gecircneros resultados de

investigaccedilotildees destacaram que os homens apresentam resultados mais positivos

em relaccedilatildeo agrave satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que as mulheres incluindo

tanto aspectos esteacuteticos como o peso corporal e a aparecircncia facial quanto

aspectos funcionais como a coordenaccedilatildeo motora a agilidade a sauacutede e o

desempenho sexual Mulheres em funccedilatildeo de vaacuterios eventos inerentes agrave sua

natureza apresentam maior flutuaccedilatildeo nas transiccedilotildees da formaccedilatildeo da imagem

corporal quando comparadas aos homens (HARGREAVES amp TIGGEMANN 2004

KAGAWA et al 2007) o que presumivelmente pode estar associado agrave maior

prevalecircncia de doenccedilas como a bulemia e anorexia relacionadas agrave insatisfaccedilatildeo e

distorccedilatildeo da imagem corporal real em funccedilatildeo de uma imagem corporal estipulada

como ideal (HAY 2002 CONNER amp JOHNSON 2004)

Confronto entre grupos eacutetnicos indicam que maior grau de insatisfaccedilatildeo com

a imagem corporal eacute apresentado por mulheres brancas seguido por mulheres

negras e por uacuteltimo mulheres asiaacuteticas (FITZGIBBON BLACKMAN amp AVELLONE 2000 CACHELIN et al 2002)

Acredita-se que a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos possa interferir

positivamente para construccedilatildeo da imagem corporal Le Boulch (1998) afirmou que

o principal objeto da educaccedilatildeo psicomotora constitui-se em ajudar o indiviacuteduo em

seus primeiros anos de vida a conseguir melhor percepccedilatildeo de sua imagem corporal

Schilder (1990) um dos mais conceituados pesquisadores da imagem corporal

enfatiza a importacircncia do movimento e da accedilatildeo para o reconhecimento e construccedilatildeo

desta imagem Segundo ele a relaccedilatildeo acontece nos dois sentidos tanto o

movimento faz-se necessaacuterio para a percepccedilatildeo e compreensatildeo do proacuteprio corpo

quanto o conhecimento das diversas partes do corpo e de suas relaccedilotildees muacutetuas seja

necessaacuterio para a realizaccedilatildeo de qualquer movimento Nesse sentido investigaccedilotildees

57

recentes ratificam essa influecircncia positiva do exerciacutecio afirmando que indiviacuteduos

submetidos a programa regular de atividade fiacutesica apresentaram maiores iacutendices

de satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que indiviacuteduos sedentaacuterios (BAHRAM amp

TEHRAN 2003 MATSUO et al 2007)

A insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal entre mulheres idosas diferencia-se

de sua insatisfaccedilatildeo quando jovem O processo do envelhecimento natildeo apenas

interfere em sua apresentaccedilatildeo esteacutetica (cabelos pele denticcedilatildeo postura peso

corporal entonaccedilatildeo da voz etc) mas reduz o desempenho de todo seu

organismo limitando-o para a execuccedilatildeo de muitas atividades diaacuterias Assim

sendo a perda da beleza da independecircncia e da energia associadas a perdas

de entes queridos da sauacutede ou da individualidade pode causar um grande

impacto na vida da mulher idosa e interferir em sua auto imagem (HAYFLICK

1997 FEY-YENSAN et al 2002)

Pessoas com uma visatildeo saudaacutevel de sua imagem corporal vecircem-se

realisticamente e tendem a gostar de seus corpos Uma imagem corporal positiva

revela auto-confianccedila energia vitalidade e auto-avaliaccedilatildeo positiva sentimentos de

beleza e atraccedilatildeo confianccedila e respeito pelo proacuteprio corpo liberdade de expressatildeo

corporal independentemente do peso corporal que apresenta Por outro lado

pessoas com a imagem corporal pobre e distorcida sentem-se insatisfeitas e

indiferentes em relaccedilatildeo ao proacuteprio corpo Pensam que sua aparecircncia seja alvo de

criacuteticas e sentem-se constantemente avaliadas pelos outros Ao auto-avaliar-se datildeo

importacircncia excessiva ao aspecto fiacutesico com uma preocupaccedilatildeo angustiante com o

proacuteprio corpo Detecircm sentimentos constantes de vergonha ou acanhamento que

podem vir seguidos de atitudes como avaliar sua composiccedilatildeo corporal

excessivamente (pesar medir) e com frequumlecircncia procuram comprar ou

experimentar roupas novas disfarccedilar o tamanho e forma do corpo usando roupas

largas e grandes evitar situaccedilotildees sociais que possam desencadear auto-

consciecircncia fiacutesica que tenham que expor o corpo vestindo roupas de banho

(KOWALSKI 2003 SHEENArsquos 2003)

58

A percepccedilatildeo subjetiva que uma pessoa tem sobre seu corpo pode ser mais

importante do que a realidade objetiva de sua aparecircncia Nesse sentido o peso

natildeo parece por si soacute ser o uacutenico determinante do grau de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo com imagem corporal (ALMEIDA 2002)

59

33 MMAATTEERRIIAALL EE MMEacuteEacuteTTOODDOO

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO

Foi realizado um delineamento quase experimental (Tabela 2) de abordagem

quantitativa (COZBY 2003 MARCONI amp LAKATOS 2003) com preacute e poacutes-testes nos

quais os dados referentes agraves variaacuteveis IMC VO2pico idade e duraccedilatildeo do teste

incremental na esteira foram considerados para a distribuiccedilatildeo da amostra para o

grupo controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90PCR e Gmax)

Sessotildees agudas de exerciacutecios cardiovasculares de diferentes intensidades e duraccedilatildeo

foram utilizadas como fator experimental Os resultados foram adquiridos pela

comparaccedilatildeo das meacutedias intragrupos e entregrupos

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90LA e Gmax) Grupo Seleccedilatildeo Preacute-teste Tratamento Poacutes-teste Δ

GC Natildeo aleatoacuteria a (GC) Nenhum b (GC) b (GC) - a (GC) G90LA Natildeo aleatoacuteria a (G90LA) 90 LA 20rsquo b (G90LA) b (G90LA) - a (G90LA) GLA Natildeo aleatoacuteria a (GLA) No LA 20rsquo b (GLA) b (GLA) - a (GLA) G90PCR Natildeo aleatoacuteria a (G90PCR) 90 LA 20rsquo b (G90PCR) b (G90PCR) - a (G90PCR) Gmax Natildeo aleatoacuteria a (Gmax) Teste max b (Gmax) b (Gmax) - a (Gmax) GLA1h Natildeo aleatoacuteria a (GLA1h) No LA 1h b (GLA1h) b (GLA1h) - a (GLA1h) Δ = diferenccedila entre preacute e poacutes-testes

O delineamento quase-experimental preacute-testepoacutes-teste com grupo controle

natildeo equivalente tambeacutem conhecido como experimento natildeo aleatoacuterio eacute um estudo

no qual o investigador interveacutem na caracteriacutestica que estaacute sendo investigada

entretanto natildeo haacute alocaccedilatildeo aleatoacuteria dos participantes ou de aacutereas aos grupos

que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo Essa eacute a principal diferenccedila em relaccedilatildeo ao

estudo experimental Os grupos que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo satildeo

geralmente formados considerando os aspectos administrativos criteacuterios

operacionais e o recrutamento de voluntaacuterios Entre as vantagens do estudo

quase-experimental pode-se citar ser implementado concomitantemente agrave

execuccedilatildeo das accedilotildees avaliar programas que atingem grandes populaccedilotildees e por

razotildees eacuteticas uma vez que o programa natildeo necessita ser interrompido para ser

avaliado As principais limitaccedilotildees satildeo a natildeo aleatoriedade na definiccedilatildeo da

amostra ao tamanho da amostra a ser estudada principalmente quando o

60

resultado de interesse eacute relativamente raro ao tempo e aos recursos necessaacuterios

para o desenvolvimento do estudo (CAMPBELL amp STANLEY 1979)

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO

Foi estabelecida como populaccedilatildeo alvo desse estudo um grupo de senhoras

inscritas em um programa de extensatildeo de atendimento ao idoso (Figura 4) vinculado

ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Stricto Sensu da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

(PPGEFUCB-DF) que representou um total de 225 senhoras

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA

333311 PPrriimmeeiirraa ffaassee

Criteacuterios de inclusatildeo apoacutes a avaliaccedilatildeo meacutedica a mulher deveria ser considerada

apta agrave praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ter idade entre 60 e 74 anos ser fisicamente

ativa (por um periacuteodo miacutenimo de 6 meses) fisicamente independente e ser

alfabetizada

Criteacuterios de exclusatildeo Uso abusivo de cigarros e bebidas associados agrave

dependecircncia co-morbidades meacutedicas capazes de interferir na realizaccedilatildeo e resultados

desse estudo como diabetes cardiopatias acidente vascular cerebral doenccedila de

Alzheimer doenccedila de Parkinson e distuacuterbios na tireoacuteide a utilizaccedilatildeo de

medicamentos antidepressivos limitaccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticas ou doenccedilas

cardiovasculares que impossibilitem a realizaccedilatildeo dos testes fiacutesicos que seratildeo

realizados nesse estudo

333322 SSeegguunnddaa ffaassee

Todas as voluntaacuterias que se enquadraram nos requisitos da primeira fase foram

informadas sobre os procedimentos que seriam utilizados nesta investigaccedilatildeo e seus

possiacuteveis desconfortos riscos e benefiacutecios Em seguida foram convidadas se assim o

desejassem a assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2) A

discordacircncia dos termos expostos aliada agrave negaccedilatildeo do consentimento foram

considerados como fator de exclusatildeo

61

A amostra desse estudo foi selecionada de forma natildeo-probabiliacutestica de um

grupo de 225 senhoras inseridas em um Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB- DF) Para a

seleccedilatildeo 147 idosas foram impossibilitadas de participar por apresentarem

incompatibilidade com os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos nesse

estudo (subitem 331) agrave saber

17 Idosas apresentaram restriccedilotildees meacutedicas para a realizaccedilatildeo do teste de esforccedilo

maacuteximo (TEM)

19 Idosas encerraram o TEM precocemente pelos criteacuterios descritos no item 344

16 Idosas apresentaram idade acima da faixa etaacuteria preestabelecida (ge 75 anos)

54 Idosas apresentaram o tempo de realizaccedilatildeo do TEM menor do que 480 s ou

apresentaram um VO2pico menor que ge17 (mlkgmin) no TEM

29 Idosas apresentaram Diabetes Mellitus tipo II

06 Idosas apresentaram hipo ou hiper tiroidismo

01 Idosa apresentou doenccedila de Parkinson

05 idosas faziam uso de antidepressivos

333333 DDeeffiinniiccedilccedilatildeatildeoo ddaa aammoossttrraa ddoo eessttuuddoo

A amostra foi constituiacuteda por 49 mulheres idosas ativas (n=49) fisicamente

independentes (SPIRDUSO 2005) com idade compreendida entre 60 e 74 anos que

foram distribuiacutedas para seis grupos utilizando como criteacuterio de distribuiccedilatildeo o iacutendice

de massa corporal o VO2pico o tempo de duraccedilatildeo no teste incremental na esteira e

a idade Um grupo controle (GC n= 8) e cinco grupos experimentais submetidos a

sessatildeo de exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90

do limiar anaeroacutebio na intensidade do limiar anaeroacutebio e a 90 do ponto de

compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA n=8 GLA n=8 e G90PCR n= 8

respectivamente) submetido a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax n= 8) e

submetido a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo sob agrave intensidade do limiar

anaeroacutebio (GLA1h n=9)

62

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do programa de atendimento ao idoso do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF) onde foi realizada a seleccedilatildeo da amostra

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS

334411 QQuueessttiioonnaacuteaacuterriioo ddee ssaauacuteuacuteddee ee hhaacuteaacutebbiittooss ddee vviiddaa

O preenchimento do questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida (Anexo 1) foi

realizado no ato da matriacutecula Constituiacutedo de 30 perguntas elaboradas com intuito de

obter melhor caracterizaccedilatildeo da amostra aleacutem de identificar criteacuterios de exclusatildeo preacute-

estabelecidos (item 331) As sete primeiras perguntas foram constituiacutedas do

questionaacuterio PAR-Q (Physical Activity Readiness Questionnaire) tambeacutem conhecido

como Questionaacuterio de Prontidatildeo para Atividade Fiacutesica Utilizado para identificar e

rastrear indiviacuteduos que necessitam de avaliaccedilatildeo ou tratamento medico preacutevio antes

de iniciar um programa de exerciacutecios fiacutesicos (THOMAS READING SHEPHARD 1992)

Os demais questionamentos referiram-se agrave sauacutede fiacutesica e mental das voluntaacuterias de

sua ingesta medicamentosa intervenccedilotildees ciruacutergicas a que foram submetidas

acometimentos de doenccedilas niacutevel de atividade fiacutesica escolariadade e renda familiar

334422 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccaass

Para melhor caracterizaccedilatildeo da amostra foram determinadas caracteriacutesticas

fiacutesicas por meio das seguintes medidas antropomeacutetricas massa e estatura corporal

iacutendice de massa corporal (IMC) percentual de gordura Corporal (GC)

circunferecircncia de cintura (CC) e a relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) Os instrumentos e

procedimentos foram

63

3421 Massa corporal

A avaliaccedilatildeo da massa corporal foi realizada atraveacutes de balanccedila da marca

Toledo digital modelo 2096 PP com carga miacutenima de 125 kg e carga maacutexima de

150 kg e resoluccedilatildeo de 01 gramas As voluntaacuterias foram avaliadas sem calccedilados com

roupas leves (bermuda e camiseta) e sem acessoacuterios foram posicionadas em peacute

(ereta) no centro da plataforma da balanccedila frente ao monitor com braccedilos soltos e

peacutes paralelos A mensuraccedilatildeo foi efetuada em quilogramas

3422 Estatura corporal

Para anaacutelise da estatura corporal foi utilizado um estadiocircmetro da marca

Cardiomed de resoluccedilatildeo de 01 cm As idosas foram posicionadas eretas com os

calcanhares a cintura peacutelvica a cintura escapular e a regiatildeo occipital em contato

com a parede Todas as idosas foram orientadas a manter a cabeccedila paralela ao chatildeo

e o olhar fixo na posiccedilatildeo horizontal (plano Frankfurt) A avaliada apresentou-se

descalccedila e sem adereccedilos no cabelo A mensuraccedilatildeo deu-se durante a execuccedilatildeo de

inspiraccedilatildeo profunda seguida de apneacuteia

3423 Percentual de gordura corporal

Para a anaacutelise do GC atraveacutes da medida da gordura corporal total (Figura

5) utilizou-se o meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia-DEXA (Marca

LUNAR ndash DPX ndash IQ versatildeo 46A) Foi solicitado que as voluntaacuterias se apresentassem

com roupas leves e sem adereccedilos de metais Para a anaacutelise dessa medida as idosas

foram cuidadosamente posicionadas em decuacutebito dorsal sobre a mesa do

equipamento Uma varredura completa do corpo foi realizada por uma fonte de raio

ldquoXrdquo e um detector em um braccedilo de scanner com uma velocidade relativamente

lenta de 1cms O mapeamento de todo o corpo pelo DEXA foi estimado em torno de

12 a 18 minutos dependendo da composiccedilatildeo corporal da voluntaacuteria O ponto de

corte adotado para essa variaacutevel foi o de Lohman (1992) Onde percentual de

gordura lt que 20 = abaixo do peso entre 20 e 30 = peso normal e gt de 30 =

excesso de gordura corporal

64

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal atraveacutes do meacutetodo de Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia ndash UCB-DF

3424 Iacutendice de massa corporal

Para a tomada do Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizou-se a equaccedilatildeo peso

em quilogramas dividido pela estatura em metros elevada ao quadrado

O ponto de corte estabelecido para esta variaacutevel foi o da OMS (2003)

CLASSIFICACcedilAtildeO IMC kgm2 RISCO DE COMORBIDADE Baixo Peso lt 185 Baixo ( poreacutem risco para outras problemas cliacutenicos) Peso Normal 185 a 249 Meacutedio Sobrepeso 250 a 29 Aumentado Obesidade I 30 a 349 Moderado Obesidade II 35 a 399 Severo Obesidade III gt= 40 Muito Severo

3425 Circunferecircncia de cintura e relaccedilatildeo da cintura e quadril

Para a avaliaccedilatildeo da circunferecircncia de cintura (CC) verificou-se a tomada do

periacutemetro da cintura com a fita posicionada ao redor da menor circunferecircncia

localizada entre as costelas e a crista iliacuteaca A mensuraccedilatildeo do periacutemetro do quadril

foi realizada posicionando a fita ao redor do quadril na regiatildeo de maior

protuberacircncia A relaccedilatildeo cintura e quadril (RCQ) foi obtida pela divisatildeo da CC pela

circunferecircncia do quadril Os pontos de corte estabelecidos para estas variaacuteveis

foram elaborados pela OMS (1998) CC ge 85cm = risco para doenccedilas crocircnicas e

CC ge 88cm= risco muito aumentado RCQ lt 085cm = favoraacutevel para a sauacutede e RCQ

gt 085 = desfavoraacutevel para a sauacutede

65

334433 AAvvaalliiaaccedilccedilatildeatildeoo mmeacuteeacuteddiiccaa

Antes do teste de potecircncia aeroacutebia toda amostra foi submetida a

avaliaccedilatildeo meacutedica que consistiu do preenchimento de questionaacuterio utilizado

como anamnese avaliaccedilatildeo cliacutenica e eletrocardiograma (ECG) em repouso As

avaliaccedilotildees fiacutesicas foram realizadas somente apoacutes ser descartada a existecircncia de

riscos para a realizaccedilatildeo das mesmas

334444 TTeessttee ddee ppoottecircecircnncciiaa aaeerroacuteoacutebbiiaa ((VVOO22ppiiccoo))

Para avaliar a capacidade cardiorrepiratoacuteria toda a amostra foi submetida a

um teste cardiopulmonar (Figura 6) realizado em esteira rolante (modelo RT 300 Pro

Moviment Brasil) Os procedimentos foram realizados no Laboratoacuterio de Estudos em

Educaccedilatildeo Fiacutesica e Sauacutede (LEEFS) que foi climatizado em torno dos 22 ordmC e

apresenta os equipamentos e medicaccedilotildees necessaacuterias para uma eventual situaccedilatildeo de

emergecircncia Monitoraccedilatildeo eletrocardiograacutefica (ECG Digital Micromed Brasil) foi

realizada antes durante e depois do esforccedilo fiacutesico obedecendo a seguinte sequumlecircncia

loacutegica repouso (12 derivaccedilotildees padratildeo) durante toda a realizaccedilatildeo do esforccedilo (trecircs

derivaccedilotildees CM5 D2M e V2M) e seis minutos de recuperaccedilatildeo O exame foi

supervisionado por um meacutedico cardiologista e conduzido sob o protocolo de rampa

padronizado e adequado para o perfil da amostra apoacutes a realizaccedilatildeo de testes-piloto

para que a exaustatildeo ocorresse entre oito e doze minutos O teste consistiu

inicialmente de uma velocidade de 20 kmh e 0 de inclinaccedilatildeo aos 10 minutos de

teste a velocidade e inclinaccedilatildeo prevista de 60 kmh e 6 respectivamente

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante teste incremental maacuteximo realizada no LEEFS ndash UCB-DF

66

A cada dois minutos a pressatildeo arterial foi mensurada utilizando um

esfigmomanocircmetro de coluna de mercuacuterio e a percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo

monitorada atraveacutes de comunicaccedilatildeo direta utilizando como instrumento a escala de

Borg (2000 Anexo 3) Durante a realizaccedilatildeo do esforccedilo as voluntaacuterias respiraram

atraveacutes de uma maacutescara de silicone (Hans Rudolf Alemanha) O consumo de

oxigecircnio (VO2) a produccedilatildeo de dioacutexido de carbono (VCO2) e a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foram mensurados a cada ciclo respiratoacuterio atraveacutes de um analisador de gases

(Metalyzer 3b Coacutertex Alemanha) O software utilizado para gerenciar o exame foi o

Ergo PC Elite for Windows (Micromed Brasil) que controla a velocidade e a

inclinaccedilatildeo da esteira atraveacutes de interface de comunicaccedilatildeo com o computador

O ponto de corte da American Heart Association (1972) foi adotado para

classificaccedilatildeo do niacutevel de aptidatildeo cardiopulmonar onde V02max (mlKgmin) lt

13 = aptidatildeo muito fraca de 13 a 17= fraca 18 a 23 = regular 24 a 34 = boa

e gt 35 = excelente

Foram adotados como criteacuterios de interrupccedilatildeo do teste a exaustatildeo voluntaacuteria

o aumento suacutebito da pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) acima de 250 mmHg e da

pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) acima de 140 mmHg queda sustentada da PAS

percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo (PSE) na escala de Borg de 19-20 (BORG 2000

Anexo 3) manifestaccedilatildeo cliacutenica de dor ou queimaccedilatildeo toraacutecica infradesnivelamento do

segmento ST_3mm supradesnivelamento do segmento ST_ 2mm em derivaccedilatildeo sem

presenccedila de onda Q arritmia ventricular complexa aparecimento de taquicardia

supraventricular sustentada taquicardia atrial fibrilaccedilatildeo atrial bloqueio

atrioventricular de 2ordm e 3ordm graus sinais de insuficiecircncia ventricular esquerda ou

falecircncias dos sistemas de monitorizaccedilatildeo e registro

334455 TTeessttee ddee ccaarrggaa

O agendamento dos TCs aconteceram de forma alternada entre grupos Todos

os testes foram realizados no periacuteodo da manhatilde Apoacutes ser oferecido um desjejum

padratildeo a PA da voluntaacuteria era aferida e em seguida iniciava-se um monitoramento

da FC de 5 em 5 minutos Apoacutes 20 minutos de repouso realizava-se a primeira

coleta de sangue seguida pelo iniacutecio do TC Os testes foram precedidos e sucedidos

por um periacuteodo de 3 minutos de aquecimento e desaquecimento respectivamente

67

Para definiccedilatildeo da intensidade do TC tomaram-se como base os dados individuais

obtidos no teste de potecircncia aeroacutebia em que foi pontuada a FC e a PSE referente ao

limiar determinado para cada grupo (LA ou PCR) e calculou-se o percentual da

intensidade desejada Apesar de estabelecer uma zona-alvo de amplitude superior e

inferior de 5 bpm procurou-se manter a intensidade estabilizada o mais proacuteximo

possiacutevel da FC e PSE alvo A intensidade e a duraccedilatildeo preestabelecidas para cada

grupo foram descritas no item 332 Imediatamente apoacutes o teacutermino do TC

realizou-se a segunda coleta de sangue e um novo periacuteodo de 20 min de repouso foi

oferecido ateacute que PA e FC estivessem proacuteximas dos valores iniciais nesse momento

apenas os grupos GLA1h GC e Gmax foram submetidos a uma 3ordf coleta de sangue

Um lanche foi novamente oferecido em funccedilatildeo do desgaste fiacutesico associado agraves

coletas de sangue

33445511 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio

A determinaccedilatildeo dos limiares ventilatoacuterios foi realizada atraveacutes da

segmentaccedilatildeo das curvas de diferentes paracircmetros ventilatoacuterios equivalentes

ventilatoacuterios de O2 (VEVO2) e CO2 (VEVCO2) fraccedilotildees expiradas finais de O2 (PETO2)

e CO2 (PETCO2) e quociente respiratoacuterio (QR) O primeiro limiar ventilatoacuterio (LV1)

tratado neste estudo como limiar anaeroacutebio (LA) correspondeu ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas) O segundo limiar ventilatoacuterio

(LV2) tambeacutem conhecido como ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (PCR)

correspondeu ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e PETO2

coincidiram com a queda de PETCO2 (SKINNER amp MCLELLAN 1980)

346 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass ppssiiccoommeacuteeacutettrriiccaass

3461 Performance cognitiva

Para o rastreamento da performance e decliacutenio cognitivo utilizou-se o

Miniexame do Estado Mental ndash MMSE (ANEXO 7) considerado como teste

cognitivo breve composto por itens que avaliam a orientaccedilatildeo temporoespacial

registro memoacuteria de curto prazo atenccedilatildeo caacutelculo linguagem e praxia

68

construcional (FOLSTEIN 1975) O ponto de corte adotado foi o estabelecido por

Brucki et al (2003)

3462 Imagem corporal

Para a anaacutelise da imagem corporal foi adotada uma escala de silhuetas

proposta por Sorensen e Stunkard (1993) Esse instrumento constitui-se de 9

silhuetas com diferentes imagens corporais dispostas da mais magra agrave mais gorda

em ordem crescente (Anexo 6) Questionamentos baseados na auto-avaliaccedilatildeo da

imagem corporal real (ICR) a que a avaliada considera ter atualmente a imagem

corporal ideal (ICI) aquela desejada e idealizada pela idosa a percepccedilatildeo da imagem

corporal da idosa apresentada pelo avaliador (ICA) e perguntas sobre procedimentos

alimentares e ciruacutergicos adotados para manter ou alterar a imagem corporal

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Figura 7 ndash Escala de silhuetas de Sorensen amp Stunkard (1993)

O grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal foi calculado utilizando a

diferenccedila entre a imagem corporal real e a imagem corporal ideal (GI= CR ndash ICI) O

grau de distorccedilatildeo da imagem corporal foi calculado pela diferenccedila entre a imagem

corporal real e a imagem corporal apontada pelo avaliador (GD= ICR -ICA)

3463 Qualidade de Vida

Para a anaacutelise dos niacuteveis de qualidade de vida foi utilizada a versatildeo abreviada

em portuguecircs do questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOL-100) da Organizaccedilatildeo

Mundial de Sauacutede (OMS) adaptado por Fleck et al (1999) conhecido como

WHOQOL- bref (ANEXO 5)

69

O WHOQOLndashbref eacute constituiacutedo de 26 questotildees sendo duas gerais sobre o

tema qualidade de vida e as demais representando cada uma das 24 facetas que

compotildeem o instrumento original O nuacutemero de questionamentos referente a cada

domiacutenio se apresenta de acordo com o quadro a seguir

DOMIacuteNIO 1 - Domiacutenio Fiacutesico DOMIacuteNIO 2 - Domiacutenio Psicoloacutegico

1ordf - Dor e desconforto 2ordf - Energia e fadiga 3ordf - Sono e repouso 9ordf - Mobilidade 10ordf - Atividades da vida cotidiana 11ordf - Dependecircncia de medicaccedilatildeo ou de tratamentos

4ordf - Sentimentos positivos 5ordf - Pensar aprender memoacuteria e concentraccedilatildeo 6ordf - Auto-estima 7ordf - Imagem corporal e aparecircncia 8ordf - Sentimentos negativos 24ordf - Espiritualidade religiatildeo crenccedilas pessoais

DOMIacuteNIO 3 - Relaccedilotildees Sociais DOMIacuteNIO 4 - Meio Ambiente

13ordf - Relaccedilotildees pessoais 14ordf - Suporte (apoio) social 15ordf - Atividade sexual

16ordf - Seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo 17ordf - Ambiente no lar 18ordf - Recursos financeiros 19ordf - Cuidados de sauacutede e sociais

disponibilidade e qualidade 20ordf - Oportunidades de adquirir novas

informaccedilotildees e habilidades 21ordf - Participaccedilatildeo em e oportunidades de

recreaccedilatildeolazer 22ordf - Ambiente fiacutesico (poluiccedilatildeo ruiacutedo

tracircnsito clima) 23ordf - Transporte

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por domiacutenios e facetas

Apesar desse instrumento natildeo apresentar ponto de corte para classificar as

meacutedias indicadas para cada domiacutenio adotou-se para maior compreensatildeo dos

resultados os seguintes pontos de corte de 0 a 20 ldquomuito ruimrdquo de 21 a 40

ldquoruimrdquo de 41 a 60 ldquonem ruim e nem bomrdquo de 61 a 80 ldquobomrdquo e de 81 a 100

ldquomuito bomrdquo

Para identificar os niacuteveis de qualidade de vida calculou-se o valor dos 4

domiacutenios (fiacutesico psicoloacutegico ambiental e social) de acordo com a Sintaxe ldquoSPSS -

WHOQOL-bref questionnairerdquo Foi adotada a meacutedia desses domiacutenios como niacutevel de

qualidade de vida geral

70

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo

A avaliaccedilatildeo dos niacuteveis de depressatildeo das participantes deste estudo foi

baseada nos escores indicativos de depressatildeo do inventaacuterio de depressatildeo de Beck

(Beck Depression Inventory ndash BDI) um dos mais frequumlentes instrumentos de medida

para avaliar o estado de depressatildeo na populaccedilatildeo versatildeo em portuguecircs validada

para a populaccedilatildeo brasileira O BDI consistiu de 21 grupos de afirmaccedilotildees contendo

quatro frases cada um (Anexo 4) Apoacutes leitura cuidadosa a avaliada teve que

escolher a frase que mais se adequava agrave maneira como estava se sentido na semana

que antecedeu a avaliaccedilatildeo Os itens do inventaacuterio tiveram por finalidade avaliar os

sintomas e atitudes como tristeza pessimismo sensaccedilatildeo de fracasso insatisfaccedilatildeo

sentimento de culpa sentimento de puniccedilatildeo autodepreciaccedilatildeo auto-acusaccedilotildees

ideacuteias suicidas crises de choro irritabilidade retraccedilatildeo social indecisatildeo distorccedilatildeo da

imagem corporal inibiccedilatildeo para o trabalho distuacuterbio de sono fatigabilidade perda de

apetite e de peso preocupaccedilatildeo somaacutetica e diminuiccedilatildeo da libido O ponto de corte

adotado para definir os niacuteveis indicativos de depressatildeo seguiu a proposta do Center

for Cognitive Therapy que em escores menores que 10 o indiviacuteduo foi considerado

sem depressatildeo de 10 a 18 com depressatildeo leve de 19 a 29 com depressatildeo

moderada e escores de 30 a 63 considerados portadores de depressatildeo grave

(GORESTEIN amp ANDRADE 1998)

334477 AAnnaacuteaacutelliisseess bbiiooqquuiacuteiacutemmiiccaass

3471 Condiccedilotildees das coletas

Para a avaliaccedilatildeo dos analiacuteticos verificados neste estudo todos os grupos

foram submetidos a dois momentos de coleta de sangue Entretanto com o intuito

de verificar o comportamento da variaacutevel no periacuteodo de recuperaccedilatildeo submeteu-se

3 grupos (GLA 1h GC e Gmax) a uma coleta e dosagem adicional a saber

G90LA GLA e GPCR 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso e 2ordf coleta)

Imediatamente apoacutes sessatildeo de exerciacutecio

Gmax e GLA1h 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) imediatamente

apoacutes sessatildeo aguda de exerciacutecio e 3ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso

71

GC 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) 20 minutos apoacutes a primeira

coleta e 3ordf coleta) 1h apoacutes a primeira coleta

Para a coleta de sangue toda a amostra foi submetida a um jejum de 12

horas e a uma dieta de 24 horas que restringia os alimentos ricos em

triptofano como tomate abacate nozes banana pickles e berinjela

Adicionalmente foi oferecido um desjejum padratildeo 30 minutos antes do iniacutecio do

repouso inicial Para efeito de controle todas as coletas foram realizadas das

7h30 agraves 10h da manhatilde

Em cada coleta um volume de 5 ml de sangue foi colhido em tubos

vacutainers com heparina para a dosagem da cromatografia quantitativa de

aminoaacutecidos 5 ml de sangue em tubos secos para a dosagem da prolactina e

10 ml em tubos com EDTA para a dosagem da serotonina O sangue foi

centrifugado a 1200 rpm por 20 minutos Apoacutes a centrifugaccedilatildeo o plasma colhido

em tubos com EDTA foi aliquotado para dois tubos contendo 10 mg de EDTA e

75 mg de aacutecido ascoacuterbico e imediatamente centrifugado novamente Todo o

material foi congelado a -20 ordmC e a anaacutelise foi realizada em ateacute 7 dias

3472 Dosagens dos analiacuteticos

Para a dosagem da serotonina foi utilizado meacutetodo de cromatografia

liacutequida de alta eficiecircncia com detector de fluorescecircncia (High-performance

liquid chromatographic ndash Fluorometric Detection - HPLC ndash FD) Esse sistema

consistiu de uma bomba da marca Waters modelo 515 com detector de

fluorescecircncia da marca Waters modelo 474 com comprimento de onda de

excitaccedilatildeo de 285 nm e comprimento de onda de emissatildeo de 345 nm A coluna

analiacutetica utilizada foi a coluna Novandash Pack C 18 (39 x 150 nm) da marca

Waters A fase moacutevel consistiu de um tampatildeo de 507 ml de hidroacutexido de

amocircnia 647 ml de aacutecido aceacutetico glacial e 02 g de EDTA dissoacutedico e 1760 ml

de aacutegua destilada O PH foi ajustado para 51 com 6 M de hidroacutexido de amocircnia

e 325 ml de metanol quinze minutos antes da utilizaccedilatildeo A teacutecnica utilizada foi

a sugerida por Pesce amp Kaplan (1987)

72

Para a dosagem do triptofano e demais aminoaacutecidos utilizou-se

igualmente da teacutecnica HPLC com detector de fluorescecircncia A coluna analiacutetica

utilizada foi a Tchsphere ODS 5micro 150 mm 46 mm O fluxo foi de 09 mlmin o

comprimento da onda de excitaccedilatildeo e de emissatildeo foi de 330 nm e 418 nm

respectivamente Para a fase moacutevel A 40 mM Na2HPO4 PH 78 [55 g NaH2PO4

monohidrato + aacutegua ajustado para o PH 78 com soluccedilatildeo de NaOH (10N)] e

para fase moacutevel B ACN MeOH aacutegua (454510 vv) A teacutecnica sugerida foi

descrita por Woodward amp Henderson Jr (2007)

A prolactina foi dosada utilizando a teacutecnica de imunoensaio com o

equipamento DXI 800 da Baeckam coulter

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Todos os procedimentos metodoloacutegicos deste estudo foram submetidos agrave

apreciaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede

(FS) da Universidade de Brasiacutelia (UnB) conforme resoluccedilotildees Nordm 19696 e 25797

anexo 1 paacutegina 28 Recebendo em 14 de setembro de 2004 o registro de

aprovaccedilatildeo de nordm 0712004 (Anexo 9)

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO

Os dados foram organizados atraveacutes de medidas descritivas (meacutedia e desvio

padratildeo) e submetidos agrave uma anaacutelise exploratoacuteria Os outliers identificados foram

ajustados para que natildeo interferissem excessivamente na meacutedia A teacutecnica utilizada

para a correccedilatildeo desses valores foi a sugerida por Tabachnick e Fidell (2003) em que

os valores extremos superiores e inferiores satildeo ajustados de modo que fiquem igual

a uma unidade acima do valor mais alto ou uma unidade abaixo do menor valor da

amostra respectivamente A normalidade dos dados foi testada utilizando os testes

de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk e a homogeneidade das variacircncias foi

avaliado atraveacutes do teste de Levene Toda a anaacutelise estatiacutestica foi realizada utilizando

o softwares SAS 91 e o SPSS versatildeo 14 for Windowsreg

Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos foi utilizado como medida central a

meacutedia aritimeacutetica e como medida de dispersatildeo o desvio padratildeo Para medidas de

73

prevalecircncia os resultados foram apresentados em forma de frequumlecircncia e percentual

Utilizou-se o teste ldquotrdquo de student para investigar diferenccedilas entre a escolha da

imagem corporal ideal e a imagem corporal real (ICI x ICR) e da imagem corporal

real com a avaliaccedilatildeo do avaliador (ICR x ICA)

Para a anaacutelise de associaccedilatildeo foi utilizada a correlaccedilatildeo linear de Pearson para

identificar relaccedilotildees entre as variaacuteveis antropomeacutetricas com o grau de insatisfaccedilatildeo

com a imagem corporal e tambeacutem entre a capacidade cardiorrespiratoacuteria (VO2pico)

com os niacuteveis de depressatildeo e as variaacuteveis bioquiacutemicas

Utilizou-se a anaacutelise de variacircncia (Split Plot ANOVA) para verificar as

alteraccedilotildees bioquiacutemicas intra e entre grupos

O niacutevel de significacircncia estabelecido foi de ple005

74

44 AANNAacuteAacuteLLIISSEE DDOOSS RREESSUULLTTAADDOOSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

A amostra deste estudo foi formada por 49 mulheres idosas ativas com meacutedia

de 6406plusmn37 anos de idade e de 52plusmn43 anos de escolaridade A maioria estava

inserida em programa de atividade fiacutesica regular por mais de 2 anos (40) com

frequumlecircncia de 3 sessotildees semanais (66) de duraccedilatildeo de 1h (70) e intensidade

maior que 11 na escala percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo de Borg de (82) 551 da

amostra foi classificada como par-Q positivo com maior prevalecircncia nos itens

referentes agrave utilizaccedilatildeo de medicamentos prescritos para o controle da hipertensatildeo

arterial e problemas cardiacuteacos (36) sucedido por sensaccedilotildees de tonturas e

desmaios (18) e problemas ortopeacutedicos (163)

441111 PPeerrffiill aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccoo ddaa aammoossttrraa

Para exame geral dos dados antropomeacutetricos foi realizado uma anaacutelise

descritiva (Tabela 3) seguida por anaacutelise detalhada em forma de percentual (Graacutefico

1) distribuindo os dados por pontos de corte preestabelecidos Para a variaacutevel GC

a meacutedia dos valores indicou ldquoexcesso de gordura corporalrdquo em que 8776 das

idosas apresentaram iacutendices acima de 30 GC A meacutedia do IMC classificou a

amostra com ldquosobrepeso e risco aumentado para comorbidadesrdquo em que apenas

2857 das idosas apresentaram o IMC ldquonormalrdquo

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio padratildeo) das variaacuteveis da amostra Peso

(kg)

Estatura (cm)

GC ()

IMC (kgm2)

RCQ (cm)

CC (cm)

Meacutedia 6332 15429 3666 2655 087 9142

DP plusmn 728 plusmn 676 plusmn 48 plusmn 294 plusmn 005 plusmn 770

A meacutedia dos dados encontrados para o RCQ indicou ldquoiacutendices desfavoraacuteveisrdquo

para a sauacutede em que 7143 da amostra apresentou valores iguais ou acima de

85 cm para esta relaccedilatildeo As meacutedias da CC classificaram a amostra com um ldquorisco

aumentadordquo para doenccedilas crocircnicas adicionalmente percebeu-se que 7959 da

75

amostra estavam classificadas com o ldquorisco muito aumentadordquo para doenccedilas

relacionadas ao acuacutemulo de adiposidade abdominal

Iacutendice de Massa Corporal - IMC

000

5918

12242857

Baixo Peso Peso Normal SobrepesoObesidade I Obesidade II Obesidade III

Percentual de Gordura- G

0 1224

8776

Abaixo do Peso Peso Normal Excesso Gordura

Relaccedilatildeo Cintura Quadril- RCQ

2857

7142

Favoraacutevel Desfavoraacutevel

Circunferecircncia de Cintura- CC

2041

7959

Risco Aumentado Risco Muito Aumentado Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ GC CC e IMC)

apresentadas por mulheres idosas participantes deste estudo

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA

A anaacutelise dos dados obtidos na avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia demonstrou que

a maioria (7826) das idosas foi classificada com uma aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquoregularrdquo Nenhuma das idosas avaliadas apresentou aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquomuito fracardquo ou ldquoexcelenterdquo Menores fraccedilotildees foram observadas entre as

classificaccedilotildees ldquofracardquo e ldquoboardquo (87 e 1304 respectivamente) Segundo dados

disponibilizados (Tabela 4) o tempo meacutedio do teste de potecircncia aeroacutebia foi de 12

minutos e a descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido apresentada pelas voluntaacuterias no

uacuteltimo estaacutegio do teste de esforccedilo relacionava-se aos estaacutegios da Escala de Borg

ldquointensordquo e ldquomuito Intensordquo

76

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o teste de potecircncia aeroacutebia

Variaacuteveis observadas FCrep

(bpm) FCmax (bpm)

VO2pico (mlkgmin)

R Duraccedilatildeo (s)

PSE

METs

Meacutedia 7172 14795 2068 109 62530 1783 591

DP plusmn 1083 plusmn 568 plusmn 249 plusmn 003 plusmn 8837 plusmn 158 plusmn 086

FCrep= frequumlecircncia cardiacuteaca de repouso FCmax= frequecircncia cardiacuteaca maacutexima VO2pico = consumo pico de oxigecircnio R = razatildeo de troca respiratoacuteria Duraccedilatildeo = tempo do teste PSE= percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo e METs= equivalente metaboacutelico basal

Para a meacutedia do iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (IPE) pelos grupos

experimentais durante o teste de carga percebeu-se que as intensidades atingidas

foram compatiacuteveis com as intensidades prescritas

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo do Iacutendice de Percepccedilatildeo Subjetiva de Esforccedilo durante teste de carga GRUPO Meacutedia e Desvio Padratildeo IPE

GC _____ _____ G90LA 925 plusmn 12 Leve GLA 113 plusmn 05 Moderada G90PCR 137 plusmn 18 Intensa (Moderada Alta) Gmax 174 plusmn 08 Muito Intensa (Alta) GLA1h 125 plusmn 10 Moderada

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

431 Performance cognitiva

Para anaacutelise da performance cognitiva a amostra foi distribuiacuteda em extratos

formados por tempo (anos) de escolaridade previamente estabelecido pelos pontos

de corte adotados Observou-se que a maioria (5918) das idosas apresentaram

entre 1 e 4 anos de escolaridade seguido pelos extratos de 9 a 11 anos e de 5 a 8

anos de escolaridade (1836 102 respectivamente) Menores percentuais

(613 e 613) foram atribuiacutedos ao primeiro e ao uacuteltimo extratos referentes a

analfabetos e 12 ou mais anos de escolaridade

O Graacutefico 2 apresenta na maioria das vezes uma equivalecircncia entre a

performance cognitiva obtida pelas idosas que constituiacuteram a amostra desta

investigaccedilatildeo e os escores esperados para populaccedilotildees com as mesmas caracteriacutesticas

de idade e escolaridade Dados apresentados (Tabela 8) mostraram correlaccedilatildeo

77

positiva e significativa entre a performance cognitiva e a capacidade

cardiorrespiratoacuteria (VO pico) 2

1923

2527 27 27 28 28 29 28

0

5

10

15

20

25

30

Perfo

rman

ce C

ogni

tiva

0 1 a 4 5 a 8 9 a 11 gt12

Esperado Avaliado

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos) da performance cognitiva (avaliado) e dos valores de referecircncia (esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte

432 Imagem corpora432 Imagem corporall

Para efeito de melhor compreensatildeo da imagem corporal os dados

antropomeacutetricos das idosas voluntaacuterias deste estudo foram alocados para as

silhuetas indicadas como imagem corporal real (Tabela 6) Percebe-se que a

tendecircncia da maioria dos valores do IMC do GC e CC foi apresentada de forma

crescente correspondendo agrave expectativa subjetivada pela escala de silhuetas em

que as mulheres satildeo ordenadas da mais magra agrave mais obesa

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da amostra distribuiacutedos por silhuetas

Silhueta Indicada como Imagem Corporal Real 1 2 3 4 5 6 7 8 9

GC 2870 3215 3637 3642 4428 4340 plusmn 265 plusmn 417 plusmn 339 plusmn 447 plusmn 145 plusmn 000

CC 9333 7850 9078 9186 9550 9800 plusmn 1210 plusmn 212 plusmn 797 plusmn 563 plusmn 1115 plusmn 000

RCQ 091 079 087 089 087 097 plusmn 002 plusmn 004 plusmn 006 plusmn 004 plusmn 011 plusmn 000

IMC 2176 2148 2574 2747 3088 2915 plusmn 125 plusmn 182 plusmn 222 plusmn 201 plusmn 220 plusmn 000

GC = percentual de gordura corporal () IMC= iacutendice de massa corporal (kg m2) CC= circunferecircncia de Cintura (cm) e RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril (cm)

78

Dados apresentados (Graacutefico 3) indicam que a imagem corporal real (ICR)

representada em sua maioria pelas silhuetas de nuacutemero 5 (4286) natildeo coincidiu

com a imagem corporal que as idosas apontaram como ideal (ICI) representadas

pelas silhuetas de nuacutemero 3 (4286) Esse deslocamento da ICR para ICI na

maioria das vezes apresentada de maiores silhuetas em direccedilatildeo a silhuetas menores

sinalizou grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal significativo (ple 0001) por

parte das idosas (Graacutefico 4) Adicionalmente natildeo foi identificada diferenccedila

significativa (p= 033) entre a avaliaccedilatildeo da ICR realizada pela idosa e a avaliaccedilatildeo

efetivada pelo avaliador (ICA) o que indicou presumivelmente ausecircncia de

distorccedilatildeo e discrepacircncia na avaliaccedilatildeo da IC realizada

612 612

1429

408

4286

36743265

429

204

816

204 2 0 0 005

1015202530354045

1 2 3 4 5 6 7 8 9

REAL IDEAL

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como

imagem corporal real e imagem corporal ideal

Dados referentes ao questionaacuterio sobre a IC indicaram que 511 das idosas

afirmaram que sua aparecircncia fiacutesica natildeo se aproximava dos padrotildees de beleza atuais

536 asseguraram ter realizado dieta para a reduccedilatildeo do peso corporal para fins

esteacuteticos Embora 9387 da amostra tenham afirmado nunca ter se submetido a

uma intervenccedilatildeo de cirurgia plaacutestica com intuito de melhorar sua imagem corporal

6326 asseguraram que se submeteriam a esta modalidade de intervenccedilatildeo

ciruacutergica se disponibilizada gratuitamente

79

25

-05

0

05

1

15

2

25G

rau

de In

satis

faccedilatilde

o- IC

R (

)

152127

1

-033 0

S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal por silhuetas (S) de 1 a 9

Os resultados descritos na Tabela 7 apoacutes o teste de correlaccedilatildeo de Pearson

(r) indicaram que o grau de insatisfaccedilatildeo com a ICR apresentou uma correlaccedilatildeo

positiva fraca e moderada com o percentual de gordura corporal e o iacutendice de massa

corporal respectivamente O IMC foi a variaacutevel que apresentou maior prediccedilatildeo para

as demais variaacuteveis indicando ainda relaccedilatildeo positiva moderada com o percentual de

gordura e circunferecircncia de cintura e fraca com a relaccedilatildeo cintura e quadril

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

Variaacuteveis

IMC GC CC RCQ GI 1 0669 0520 O290 0463 IMC 0669 1 0297 O001 0325 GC 0520 0297 1 0735 0067 CC 0290 0001 0735 1 0002 RCQ 0463 0325 0067 0002 1 GI

ple 005 ple 001 ple 0001 GI = grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal IMC= iacutendice de massa corporal GC= percentual de gordura corporal CC= circunferecircncia de cintura RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril e GI= grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal real

443333 NNiacuteiacutevveeiiss ddee qquuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Segundo as meacutedias apresentadas no Graacutefico 5 a amostra classificou-se com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida tanto para o domiacutenio fiacutesico como para os

domiacutenios psicoloacutegico e social A menor meacutedia foi observada para o domiacutenio

80

ambiental que ficou classificado com o niacutevel ldquonem ruim e nem bomrdquo Na meacutedia geral

destes quatro domiacutenios considerada como o quesito ldquoqualidade de vida geralrdquo a

amostra foi classificada com um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida

74496922 7075

58106818

0102030405060708090

100

Niacutev

el d

e Q

ualid

ade

de V

ida

Fis Psic Soc Amb geral

ndashGraacutefico 5 Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (fis) psicoloacutegico (Psic) social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral obtida entre estes domiacutenios (geral)

443344 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Para verificar os niacuteveis indicativos de depressatildeo a amostra foi distribuiacuteda para

os pontos de corte preacute estabelecidos (Graacutefico 6) Os resultados indicaram que a

maioria da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo leverdquo (551) seguida pelas

classificaccedilotildees ldquosem depressatildeordquo (4285) e ldquodepressatildeo moderadardquo (205)

Nenhuma parcela da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo graverdquo

4285

551

205 0

0

10

20

30

40

50

60

Dis

tribu

iccedilatildeo

()

Niacutev

eis

de D

epre

ssatildeo

lt 10 10 a 18 19 a 29 30 a 63

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de depressatildeo

81

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e consumo pico de oxigecircnio (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina em repouso MMSE BDI VO2pico SEROTONINA TRIPTOFANO PROLACTINA MMSE 1 -239 290 094 -243 095 BDI -239 1 -303 -176 -254 134 VO2pico 290 -303 1 176 159 -197 SEROTONINA 094 -176 176 1 211 -046 TRIPTOFANO -243 -254 159 211 1 -118 PROLACTINA 095 134 -197 -046 -118 1

ple 005

Resultados indicaram (Tabela 8) que os escores indicativos de depressatildeo

(BDI) natildeo se correlacionaram com os niacuteveis plasmaacuteticos (repouso) de serotonina do

triptofano e da prolactina Por outro lado uma relaccedilatildeo negativa e significativa desta

variaacutevel foi observada com a potecircncia aeroacutebia (VO2pico) Indicando que quanto

maior for os niacuteveis de VO pico menores escores de depressatildeo foram observados 2

Triptofano

591

4832 4746

0

10

20

30

40

50

60

70

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

mm

l

Prolactina

484548

37

0

1

2

3

4

5

6

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

gm

l

Serotonina

1575614614

1296

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nono

gm

l

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo

82

Apoacutes anaacutelise inferencial nenhuma diferenccedila significativa dos niacuteveis

perifeacutericos (em repouso) do triptofano da prolactina e da serotonina foi

observada entre os grupos ldquosem depressatildeordquo ldquodepressatildeo leverdquo e ldquodepressatildeo

moderadardquo (Graacutefico 7) No entanto a distribuiccedilatildeo dos dados sinaliza um

decreacutescimo das concentraccedilotildees desses analiacuteticos agrave medida que a classificaccedilatildeo dos

escores apresentou maior indicativo de depressatildeo

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2) VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) Idade

n= 8 IMC n= 8

VO2pico n= 8

Tempo Teste n= 8

P valor 09336 04454 01483 08228

GC 6262 plusmn 440 2676 plusmn 329 2011 plusmn 192 1131 plusmn 145

G90LA 6612 plusmn 364 2591 plusmn 422 2030 plusmn 319 1210 plusmn 171

GLA 6550 plusmn 430 2708 plusmn 280 1944 plusmn 152 1130 plusmn 150

G90PCR 6362 plusmn 350 2692 plusmn 280 2069 plusmn 271 1147 plusmn 168

Gpico 6362 plusmn 377 2635 plusmn 289 2198 plusmn 294 1205 plusmn 115

GLA1h 6300 plusmn 254 2631 plusmn 222 2134 plusmn 176 1223 plusmn 156

IMC= iacutendice de massa corporal VO2pico= consumo pico de oxigecircnio

A homogeneidade entre grupos (Tabela 9) foi assumida depois de testados os

criteacuterios de inclusatildeo adotados para seleccedilatildeo e alocaccedilatildeo da amostra para o grupo

controle (GC) e os grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h)

Nesse sentido nenhuma diferenccedila significativa foi observada entre as variaacuteveis

idade IMC VO2pico e duraccedilatildeo do teste de potecircncia aeroacutebia

83

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intra grupo preacute e poacutes-testes das variaacuteveis serotonina triptofano os aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e os de cadeia ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h)

Variaacutevel GC G90LA GLA

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 11491 plusmn 1933 11749 plusmn 2440 08184 14298 plusmn 3158 12788 plusmn 3158 04609 13123 plusmn 4424 11949 plusmn 4425 06040

Triptofano 6404 plusmn 2756 6199plusmn 2216 08721 5739 plusmn 3321 5606 plusmn 3321 09392 4213 plusmn 2092 5285 plusmn 3295 04499

Prolactina 460 plusmn 139 453 plusmn 139 09154 584 plusmn 169 529 plusmn 169 05268 559 plusmn 149 523 plusmn 096 05729

AAA 16691 plusmn 3593 17220 plusmn 5511 08235 15146 plusmn 5492 17558 plusmn 5492 03481 12849 plusmn 2356 15203 plusmn 4287 01951

AACR 61748 plusmn 14830 60585 plusmn 16427 08840 49553plusmn 16146 54339 plusmn 16146 05897 46411 plusmn 8074 51918 plusmn 14224 03571

TRP_AAA 03727 plusmn 01511 03774 plusmn 01116 09440 03058 plusmn 01787 02752 plusmn 00941 06750 03406 plusmn 01851 03434 plusmn 01732 09758

TRP_ AACR 00922 plusmn 00212 01037 plusmn 00309 04000 01094 plusmn 00459 01057 plusmn 00547 08855 00905 plusmn 00408 01013 plusmn 00523 06532

Variaacutevel G90PCR Gmax GGLA1h

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 15664 plusmn 2905 14488 plusmn 4188 05245 19215 plusmn 3600 17210 plusmn 3678 028912 18197 plusmn 2658 19093 plusmn 1245 03730

Triptofano 3591 plusmn 898 4151 plusmn 2187 05137 5724 plusmn 2351 4315 plusmn 2837 029778 5723 plusmn 1062 5934 plusmn 1775 07634

Prolactina 535 plusmn 176 551 plusmn 184 08592 463 plusmn 125 489 plusmn 131 068794 514 plusmn 155 570 plusmn 173 04832

AAA 10984 plusmn 2673 10701 plusmn 2807 08396 13079 plusmn 3969 12763 plusmn 3357 086584 12843 plusmn 2750 13052 plusmn 2934 08781

AACR 39965 42194 42194 plusmn 10914 06732 45514plusmn 10710 40323 plusmn 11663 036948 45852plusmn 8460 45691 plusmn 10569 09720

TRP_AAA 03391 plusmn 00889 03953 plusmn 01657 04124 04298 plusmn 01187 03205 plusmn 01520 013155 04541 plusmn 00780 04583 plusmn 00935 09182

TRP_ AACR 00939 plusmn 00309 00997 plusmn 00394 07484 01207 plusmn 00373 01087 plusmn 00578 062848 01256 plusmn 00146 01301 plusmn 00146 06109

p le 005 - Efeito significante percebido apoacutes comparaccedilatildeo intra grupo entre os momentos preacute e poacutes-testes

84

Para a compreensatildeo das respostas do sistema serotonineacutergico aos diferentes

estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico foram analisados (intra e entre os grupos)

o comportamento dos niacuteveis perifeacutericos da serotonina do triptofano da prolactina e

dos aminoaacutecidos aromaacuteticos e de cadeia ramificada e da proporccedilatildeo do triptofano

com estes aminoaacutecidos

Apoacutes anaacutelise intra grupos diferenccedilas (ple 005) entre as meacutedias desses

analiacuteticos soacute foram observadas entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste2 ou poacutes-

teste1 x poacutes-teste2 nos grupos GC Gmax e GLA1h que foram submetidos ao

momento Poacutes2 Nesse sentido nenhuma diferenccedila estatiacutesticamente significativa foi

observada (Tabela 10) entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste1 (Tabela 11)

Considerando que os criteacuterios para estabelecer se uma alteraccedilatildeo seja ou natildeo

significativa nem sempre coadunam entre as anaacutelises estatiacutesticas e as anaacutelises

cliacutenicas as meacutedias aritimeacuteticas obtidas foram distribuiacutedas graficamente por variaacuteveis

e grupos para melhor compreensatildeo das respostas metaboacutelicas produzidas por cada

protocolo aqui investigado

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2 das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h Preacute-teste x poacutes-teste1 Preacute-teste x poacutes-teste2 Poacutes-teste1 x poacutes-teste2

VARIAVEL GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h

SEROTONINA 08184 02891 03730 07791 00258 02797 09138 01776 00516

TRIPTOFANO 08721 02978 07634 05410 00514 03195 06127 05172 03145

PROLACTINA 09154 06879 04832 10000 05735 09877 09170 08095 04790

AAA 08235 08658 08781 02046 04434 04571 02458 05063 03756

AACR 08840 03695 09720 08199 00735 03246 09596 03889 03992

TRP_AAA 09440 01315 09182 07335 00477 07281 07456 09513 06768

TRP_AACR 04000 06285 06109 08470 02531 08146 04869 07114 07400

Aminoaacutecidos aromaacuteticos= AAA aminoaacutecidos de cadeia ramificada= AACR triptofano= TRP p le 005

85

441 Serotonin441 Serotoninaa

Nenhum dos grupos avaliados apresentou alteraccedilatildeo significativa (ple 005)

para a comparaccedilatildeo dos niacuteveis serotonineacutergicos em resposta ao fator experimental

entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste Todavia diferenccedilas significativas foram

observadas apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo nos grupos Gmax entre os

momentos preacute-teste x poacutes-teste2 e no GLA1h entre os momentos poacutes-teste1 x

poacutes- teste2

0

50

100

150

200

nano

gm

l

Serotonina

Pre 11491 14298 13123 15664 19215 18197

Poacutes 11749 12788 11949 14488 1721 19093

Poacutes2 11926 14498 16515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

p le 005

Observou-se que o exerciacutecio de curta duraccedilatildeo le 20 minutos tende a reduzir os

niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina imediatamente apoacutes o seu teacutermino o que natildeo foi

observado para os exerciacutecios de maior duraccedilatildeo (1h) que apresentou um incremento

imediato seguido de um decliacutenio significativo apoacutes 20 minutos de repouso

Adicionalmente comparaccedilatildeo entre grupos (Tabela 12) sinalizou diferenccedilas

significativas entre os niacuteveis de serotonina entre GLA1h x G90LA (ple 0001) e entre

o GLA1h x G90PCR (ple 005) Diferenccedilas iniciais (preacute-teste x poacutes-teste) significativas

entre vaacuterios grupos impossibilitaram comparaccedilatildeo entre os mesmos

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

86

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 14298 plusmn 3158 -2806 01383 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -1039 04738 Preacute 13123 plusmn 4424 -1631 03555 GLA Poacutes 11949 plusmn 4425 -200 09125 Preacute 15664 plusmn 2905 -4173 00045 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2739 01323 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -7724 00001 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5461 00035

444422 TTrriippttooffaannoo

Resultados (Graacutefico 9) indicam aumento (pgt 005) imediato dos niacuteveis do

triptofano aminoaacutecido precursor da serotonina apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de

intensidade moderada (GLA e GLA1h) agrave moderada alta (G90PCR) Respostas

inversas foram observadas apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e alta

intensidade (Gmax) que apresentou decliacutenio um imediato dos niacuteveis de

tripotofano que foram reduzidos significativamente (ple 005) apoacutes 20 minutos do

teacutermino do exerciacutecio

Poacutes 2 14498 plusmn 3956 -2572 02083 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -6705 00001 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7345 00001 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -4589 00232 GLA Preacute 14298 plusmn 3158 -1175 06133 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -839 06692 Preacute 15664 plusmn 2905 -2541 01959 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2539 02582 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -6093 00092 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5261 00092 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -5074 00333 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7145 00218

Preacute 15664 plusmn 2905 -1366 04935 G90LA G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -1700 03748 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -4918 00333 Poacutes 17210 plusmn 3678 -4423 00218 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -3899 00602 Poacutes 19093 plusmn 1245 -6306 00001

Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -3551 00476 G90PCR Poacutes 17210 plusmn 3678 -2723 01888 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -2533 00800 Poacutes 19093 plusmn 1245 -4606 00065

05137 Gmax GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 1018 Poacutes 19093 plusmn 1245 -1883 01675 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -2017 02908 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

87

0

10

20

30

40

50

60

70nm

olm

l

Triptofano

Preacute 6404 5739 4213 3591 5724 5723Poacutes 6199 5606 5285 4151 4315 5934Poacutes2 5712 3537 5242

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 ndash Preacute-teste x Poacutes-teste2 Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

A comparaccedilatildeo entre grupos para a variaacutevel do triptofano foi impossibilitada

entre as anaacutelises GC x GLA GC x G90PCR G90PCR x Gmax e G90PCR x GLA1h por

natildeo apresentarem homogeneidade inicial e logicamente apresentarem diferenccedilas

antes mesmo da anaacutelise inferencial o que confundiria atribuiacute-las ao tratamento

Todavia diferenccedilas significativas foram percebidas entre as respostas das

concentraccedilotildees desse aminoaacutecido apresentadas por indiviacuteduos idosos submetidos agrave

sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e intensidade maacutexima (Gmax) e os submetidos

a exerciacutecios de duraccedilatildeo de 1h e intensidade moderada (GLA1h) Antes e

imediatamente apoacutes a sessatildeo de exerciacutecios as meacutedias das concentraccedilotildees de

triptofano entre esses grupos natildeo foram significativas o que apenas foi observado

apoacutes 20minutos de recuperaccedilatildeo (p= 0 999 P= 0173 e p= 0019 respectivamente)

Da mesma forma o Gmax apresentou diferenccedila significativa apoacutes ser comparado

com o Grupo controle (p= 06038 p= 0 1611 p= 00160 respectivamente)

88

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

444433 PPrroollaaccttiinnaa

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 5739 plusmn 3321 665 06796 Poacutes 5606 plusmn 3321 592 06811 GLA Preacute 4213 plusmn 2092 2191 00949 Poacutes 5285 plusmn 3295 914 05257 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2813 00158 Poacutes 4151 plusmn 2187 2047 00840 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 680 06038 Poacutes 4315 plusmn 2837 1884 01611 Poacutes 2 3537 plusmn 1704 2175 00160 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 680 05021 Poacutes 5934 plusmn 1775 264 07841 Poacutes 2 5242 plusmn 918 2175 04344 G90LA GLA Preacute 4213 plusmn 2092 1526 03083 Poacutes 5285 plusmn 3295 321 08488 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2148 01155 Poacutes 4151 plusmn 2187 1455 03182 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 015 00310 Poacutes 4315 plusmn 2837 1291 08990 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 015 09901 Poacutes 5934 plusmn 1775 -328 07996 GLA G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 621 04530 Poacutes 4151 plusmn 2187 1134 04310 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -1511 01958 Poacutes 4315 plusmn 2837 970 05382 GGLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -1511 00751 Poacutes 5934 plusmn 1775 -649 06144 G90PCR Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -2133 08990 Poacutes 4315 plusmn 2837 -164 03582 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -2132 00005 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1783 00833 Gmax GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 000 09996 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1619 01734 Poacutes 2 5242 plusmn 918 -1705 00197

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

89

Embora nenhuma mudanccedila significativa tenha sido percebida nas

concentraccedilotildees da prolactina apoacutes comparaccedilatildeo intra grupos (Graacutefico 10) maiores

alteraccedilotildees foram apresentadas pelos grupos submetidos agrave sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos do que no GC Aumento das concentraccedilotildees de prolactina foi observado nos

grupos submetidos a exerciacutecios de intensidades mais elevadas (G90PCR e Gmax) e

aos de maior duraccedilatildeo (GLA1h) Apesar de todos os grupos apresentarem

homogeneidade entre as meacutedias iniciais nenhuma diferenccedila significativa foi

observada entre as meacutedias dos diversos tipos de protocolos de exerciacutecios que as

idosas foram submetidas (Tabela 14)

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel

prolactina nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP

DIFERENCcedilA p

GC Preacute 584 plusmn 169 -1237 01330 G90LA Poacutes 529 plusmn 169 -0762 03405 Preacute 559 plusmn 149 -0987 01916 GLA Poacutes 523 plusmn 096 -0700 02611 Preacute 535 plusmn 176 -0750 03595 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0987 02451 Gmax Preacute 463 plusmn 125 -0025 09703 Poacutes 489 plusmn 131 -0362 05995 Poacutes2 508 plusmn 189 -0488 05712 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0544 04596 Poacutes 570 plusmn 173 -1175 01464 Poacutes2 515 plusmn 144 -0555 04403

GLA Preacute 559 plusmn 149 0250 07592 G90LA Poacutes 523 plusmn 096 0062 09288 Preacute 535 plusmn 176 0487 05820 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0225 08023 Gmax Preacute 463 plusmn 125 1212 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0400 01267 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0693 03933 Poacutes 570 plusmn 173 -0412 06267 GLA Preacute 535 plusmn 176 0237 07751 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0287 07010 Gmax Preacute 463 plusmn 125 0962 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0337 05665 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0443 05584 Poacutes 570 plusmn 173 -0475 05027

Gmax Preacute 463 plusmn 125 0725 03582 G90PCR Poacutes 489 plusmn 131 0625 04462 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0205 08013 Poacutes 570 plusmn 173 0225 08312 Gmax GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0519 04629 Poacutes 570 plusmn 173 -0812 02966 Poacutes2 515 plusmn 144 -0068 09343

90

444444 AAmmiinnooaacuteaacutecciiddooss aarroommaacuteaacutettiiccooss ee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ddee ccaaddeeiiaa rraammiiffiiccaaddaa

Anaacutelises estatiacutesticas intra grupos (Graacutefico 11) natildeo indicaram diferenccedilas

significativas para a comparaccedilatildeo das meacutedias das concentraccedilotildees dos Aminoaacutecidos

Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia Ramificada (AACR) Respostas aos diferentes

protocolos de exerciacutecios a que as idosas voluntaacuterias deste estudo foram submetidas

indicaram uma tendecircncia das concentraccedilotildees desses grupos de aminoaacutecidos a elevar-

se imediatamente apoacutes exerciacutecios de intensidades leves e moderadas

Adicionalmente agrave medida que a intensidade foi elevada uma reduccedilatildeo gradual destas

concentraccedilotildees foi observada

Comparaccedilotildees entre grupos (Apecircndices 1 e 2) natildeo indicaram diferenccedilas (ple

005) para as respostas das concentraccedilotildees dos AACRs aos diferentes protocolos de

exerciacutecios preestabelecidos neste estudo Apesar de natildeo apresentarem niacutevel de

significacircncia aqui estabelecido (ple 005) percebeu-se que o grupo Gmax apresentou

diferenccedilas relevantes ao ser comparado (preacute e poacutes-testes) com os grupos G90LA e

GLA (de p= 06009 para p= 00664 e de p= 08526 para p= 00963

respectivamente)

Para as concentraccedilotildees dos AAAs foram observadas diferenccedilas significativas

entre os grupos G90LA e Gmax G90LA e GLa1h e GLA e G90PCR

Anaacutelises comparativas intra grupos (Graacutefico 12) natildeo indicaram nenhuma alteraccedilatildeo

significativa entre os momentos preacute e poacutes-testes tanto para a relaccedilatildeo do triptofano e

os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRP-AACR) como da relaccedilatildeo do triptofano

para os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRP-AAA) Entretanto resposta significativa foi

apresentada pelo Gmax entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste2 quando um

decliacutenio significativo da relaccedilatildeo TRP-AAA foi observado A exposiccedilatildeo graacutefica pode

facilitar a observaccedilatildeo de certa similaridade nas oscilaccedilotildees promovidas pelo exerciacutecio

entre essas duas relaccedilotildees Diferenccedilas (ple005) foram observadas somente na

comparaccedilatildeo entre os grupos (Apecircndices 3 e 4) Gmax e GLA1h tanto para a relaccedilatildeo

entre TRP-AACR quanto para a relaccedilatildeo entre TRP-AAA (p= 07216 p= 03161 p=

00364 e p= O6217 p= 00376 p= 00080 respectivamente)

91

0

50

100

150

200

nmol

ml

Aminoaacutecidos Aromaacuteticos

Preacute 16691 15146 12849 10984 13079 12843Poacutes1 1722 17558 15203 10701 12763 13052Poacutes2 1662 11447 12022

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h 0

100

200

300

400

500

600

700

Aminoaacutecidos de Cadeia Ramificada

Preacute 61748 49553 46411 39965 45514 45852Poacutes1 60585 54339 51918 42194 40323 45691Poacutes2 60222 35493 4173

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de AACR e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

92

0

002

004

006

008

01

012

014

TRP-AACR

Preacute 00922 01094 00905 00939 01207 01256Poacutes1 01037 01057 01013 00997 01087 01301Poacutes2 00979 00998 01272

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h0

00501

01502

02503

035

0404505

TRP-AAA

Preacute 03727 03058 03406 03391 04298 04541Poacutes1 03774 02752 03434 03953 03205 04583Poacutes2 03947 03167 04409

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes da relaccedilatildeo do triptofano e aminoaacutecidos aromaacuteticos e do triptofano com os aminoaacutecidos de cadeia ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

93

55 DDIISSCCUUSSSSAtildeAtildeOO

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

As respostas fisioloacutegicas observadas apoacutes avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia de

mulheres idosas no presente estudo indicaram sinais de esforccedilo maacuteximo baseado

em paracircmetros fisioloacutegicos como a FCmax que atingiu 948 da frequumlecircncia

cardiacuteaca esperada apoacutes teste de esforccedilo maacuteximo (220 ndash idade) medida proacutexima do

valor alcanccedilado (952 957) em estudos que submeteram idosos brasileiros a

um teste incremental em esteira (SILVA et al 2007 VACANTI et al 2004) Outras

variaacuteveis observadas como a razatildeo de troca respiratoacuteria R= 109 a percepccedilatildeo

subjetiva de esforccedilo 17 a duraccedilatildeo meacutedia do teste entre 10 e 12 minutos e a

incapacidade de responder ao estiacutemulo verbal para dar continuidade ao exerciacutecio

satildeo da mesma forma reconhecidas na literatura cientiacutefica como preditoras de

esforccedilo maacuteximo para indiviacuteduos idosos (NEDER amp NERY 2002 SBC 2002)

Em concordacircncia com o relato de vaacuterios estudos que reportaram um

decreacutescimo de 5 a 15 por deacutecada da funccedilatildeo cardiovascular maacutexima apoacutes os 25

anos de idade em funccedilatildeo do processo do envelhecimento (ACSM 1998) as mulheres

idosas (6406plusmn37 anos) voluntaacuterias da presente investigaccedilatildeo apresentaram um

VO2pico (2068 mlkgmin) inferior ao de mulheres ativas de faixas etaacuterias menores

(FLEG 2005) e superiores aos apresentados por mulheres faixa etaacuteria maior

(FOSTER 1986) Apesar da capacidade cardiorrespiratoacuteria apresentada pelas

voluntaacuterias ser classificada segundo a American Heart Association (1972) como

ldquoregularrdquo observou-se que o volume maacuteximo de oxigecircnio consumido foi menor que o

observado em estudos (DE WILD et al 1995 SILVA et al 2007) com mulheres de

idade mais avanccedilada (2224plusmn493 e 246plusmn47 mlkgmin 6712plusmn516 e 728plusmn36

anos respectivamente) Tal fato pode estar relacionado com o alto iacutendice de

sobrepeso e obesidade avaliados Apesar de controverso (GORAN 2000) presume-

se que mulheres obesas apresentem reduccedilatildeo da aptidatildeo fiacutesica e da capacidade

funcional em relaccedilatildeo agraves eutroacuteficas e com sobrepeso (ORSI 2008)

94

Agrave semelhanccedila de pesquisas realizadas com a populaccedilatildeo brasileira (SANTOS amp

SICHIERI 2005 KRAUSE et al 2007) e de outros paiacuteses (VISSER et al 1999

ZHANG 2008) este estudo observou que as mulheres idosas apresentaram alta

prevalecircncia de sobrepeso obesidade e presumivelmente elevada predisposiccedilatildeo a

doenccedilas crocircnicas decorrentes do acuacutemulo de gordura Segundo a Organizaccedilatildeo

Mundial da Sauacutede (2003) tais doenccedilas tecircm sido associadas ao acuacutemulo de massa

gorda global avaliada neste estudo pelas medidas do IMC e do GC e os riscos

relativos para essas doenccedilas satildeo verificados pela obesidade central avaliados neste

estudo atraveacutes das medidas da RCQ e CC (OMS 2003)

A despeito dos resultados aqui analisados sabe-se que tanto as medidas

antropomeacutetricas como seus respectivos pontos de corte disponibilizados na literatura

para essa parcela populacional ainda satildeo inconsistentes o que consequumlentemente

torna questionaacutevel sua relaccedilatildeo verdadeira para prediccedilatildeo agrave mortalidade e aos fatores

de risco (JANSSEN amp MARK 2007) Uma vez que em sua maioria satildeo validados para

populaccedilotildees mais jovens e desconsideram a redistribuiccedilatildeo natural da composiccedilatildeo

corporal durante o processo do envelhecimento assim como para caracteriacutesticas

peculiares de cada raccedila (EMED KRONBAUER MAGNONI 2006 TINOCO et al 2006)

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

552211 PPeerrffoorrmmaannccee ccooggnniittiivvaa

A avaliaccedilatildeo da performance cognitiva eacute amplamente utilizada em estudos com

indiviacuteduos idosos (LAKS et al 2003 BRUCKI et al 2003 LURENCcedilO amp VERAS

2006) Embora os motivos que induzem o deacuteficit cognitivo com o passar dos anos

ainda natildeo estejam bem estabelecidos na literatura supotildee-se que a reduccedilatildeo da

velocidade no processamento de informaccedilotildees o decreacutescimo de atenccedilatildeo o deacuteficit

sensorial a reduccedilatildeo da capacidade de memoacuteria de trabalho o prejuiacutezo na funccedilatildeo do

lobo frontal e na funccedilatildeo neurotransmissora aleacutem da deterioraccedilatildeo da circulaccedilatildeo

sanguiacutenea central e do decliacutenio da atuaccedilatildeo da barreira hematoencefaacutelica estejam

envolvidos Eacute de entendimento cientiacutefico que o envelhecimento atue como um dos

principais fatores de risco para a queda do desempenho cognitivo e que aumente a

vulnerabilidade desse processo (ANTUNES et al 2006)

95

Apesar de a performance cognitiva ser avaliada nesse estudo apenas para

disponibilizar de forma superficial o perfil cognitivo da amostra e para o

rastreamento de possiacuteveis casos de demecircncia natildeo se pode desaperceber a

equivalecircncia entre os escores obtidos e os resultados previstos para essa populaccedilatildeo

propondo supostamente que a amostra apresentou suas funccedilotildees cognitivas

preservadas (BRUCKI et al 2003)

Segundo estudo realizado por Laks et al (2003) que randomizou um

nuacutemero de 341 idosos brasileiros (65 a 84 anos) para dois grupos idosos mais

jovens (7313plusmn527) e idosos mais velhos (88plusmn490) que foram subdivididos para

2 subgrupos (alfabetizados e natildeo-alfabetizados) foi observado que

comparativamente os grupos se diferenciavam tanto por faixa etaacuteria como para o

fator ldquoescolaridaderdquo O escore geral observado em idosos mais jovens (natildeo-

alfabetizados e alfabetizados) daquele estudo apresentou-se bem menor que os

deste estudo (1729plusmn440 2242plusmn498 e 23plusmn00 2715plusmn301 respectivamente)

Da mesma forma este estudo apresentou valores superiores aos apresentados por

Lourenccedilo e Veras (2006) que encontraram em indiviacuteduos (n=303) com idade

acima de 65 anos escores de 1819 para idosos analfabetos e 2425 para

alfabetizados Adicionalmente escores observados neste estudo (2300plusmn00

2672plusmn302 2760plusmn482 2788plusmn1154 2833plusmn057) por niacuteveis de escolaridade

(analfabeto 1 a 4 5 a 8 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo) foram maiores que

os apresentados por Brucki et al (2003) na faixa etaacuteria referente (1881plusmn296

2485plusmn303 2657plusmn151 2875plusmn126 e 2717 plusmn194)

Presume-se que essa aparente vantagem entre maiores escores deste

estudo em relaccedilatildeo aos demais possa estar relacionada com a praacutetica regular de

exerciacutecios fiacutesicos um dos criteacuterios de inclusatildeo aqui estabelecidos uma vez que

detectou-se relaccedilatildeo positiva e significativa entre a performance cognitiva com a

capacidade cardiorrespiratoacuteria das idosas avaliadas (Tabela 8) Acredita-se que a

atividade fiacutesica sistematizada possa atuar como alternativa natildeo medicamentosa

para a melhora cognitiva de idosas natildeo-demenciadas (ANTUNES et al 2001) por

estar envolvida com fatores de crescimento neural como BNDF (brain-derived

neurotrophic factor) ou a outros estimuladores neurogecircnicos que atuam na

manuntenccedilatildeo da funccedilatildeo cerebral e na promoccedilatildeo da plasticidade neural (ANTUNES

96

et al 2006) e por agir de forma natildeo-farmacoloacutegica com accedilotildees neurotransmissoras

capazes de intervir na performance cognitiva (ANTUNES et al 2001 ANSTEY et

al 2004 ANTUNES et al 2006)

Relatos cientiacuteficos tecircm investigado a accedilatildeo neurotransmissora sobre o processo

cognitivo e confirmam que aleacutem do sistema colineacutergico tambeacutem o sistema

serotonineacutergico exerccedila inferecircncia sobre as funccedilotildees cognitivas e que alteraccedilotildees

parciais desse sistema podem causar enfraquecimento severo na memoacuteria e no

aprendizado do indiviacuteduo jovem ou idoso Adversamente perceberam melhoras

significativas tanto na memoacuteria como no comportamento de aprendizagem apoacutes

restauraccedilatildeo da inervaccedilatildeo serotonineacutergica em aacutereas hipocampais (RICHTER-LEVIN amp

SEGAL 1993) Fortes evidecircncias sustentam a hipoacutetese desse envolvimento como

por exemplo a localizaccedilatildeo das vias serotonineacutergicas e a disposiccedilatildeo de seus

receptores que coincidem com aacutereas cerebrais envolvidas com os processos normais

de aprendizagem e com regiotildees relacionadas com distuacuterbios das funccedilotildees cognitivas

como por exemplo o hipocampo a amiacutegdala e o coacutertex cerebral (MENESES 1999)

Outrossim a clara interferecircncia das accedilotildees de seus neuroreceptores preacute (5-HT1A 5-

HT1B 5-HT2A2C e 5-HT3) e poacutes-sinaacutepticos (5-HT2B2C and 5-HT4) e das

alteraccedilotildees promovidas pela recaptaccedilatildeo e o transporte da serotonina na modulaccedilatildeo e

na consolidaccedilatildeo da aprendizagem (MENESES amp HONG 1997 MENESES 1999)

552222 IImmaaggeemm ccoorrppoorraall

A silhueta indicada como a imagem corporal ideal (ICI) foi a de nuacutemero 3

(IMC = 2148plusmn182) coincidindo com estudos realizados com mulheres de outras

nacionalidades (BULIK et al 2001 TEHARD 2002 DAMASCENO et al 2005) que

apresentaram meacutedia do IMC proacutexima ao deste estudo (205plusmn09 22plusmn10 e

200plusmn03 respectivamente) Interessante notar que todos esses iacutendices enquadram-

se na classificaccedilatildeo ldquopeso normalrdquo segundo ponto de corte utilizado neste estudo

(OMS 2002) A predileccedilatildeo por menores silhuetas percebida em outras faixas etaacuterias

(ERLING amp HWANG 2004 TRICHES amp GIUGLIANI 2007) tambeacutem persistiu entre as

mulheres idosas aqui investigadas resultando em grau estatisticamente significativo

de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

97

Resultados indicaram que as medidas antropomeacutetricas que sinalizam o

acuacutemulo de gordura global (IMC e o GC) apresentam relaccedilatildeo positiva e

significativa com o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal O que natildeo foi

observada para as medidas relacionadas com o acumulo central de gordura (RCQ e

CC) Fator preocupante uma vez que essas apresentam maior risco para a aquisiccedilatildeo

de doenccedilas cardiacuteacas e degenerativas (OMS 2003)

O fato das idosas participantes desta intervenccedilatildeo natildeo terem um grau

significativo (p= 037) de distorccedilatildeo da IC pode estar presumivelmente relacionado

com primeiro a praacutetica regular da atividade fiacutesica pois sabe-se que a construccedilatildeo da

IC e o processo do desenvolvimento motor se interagem continuamente (LE BOUCH

1992) Existe uma interferecircncia muacutetua entre esse binocircmio As sensaccedilotildees sinesteacutesicas

e proprioceptivas promovidas pelo exerciacutecio fiacutesico associadas agraves experiecircncias

vivenciadas anteriormente desencadeiam respostas centrais que facilitam a

compreensatildeo do indiviacuteduo ativo sobre informaccedilotildees (sua localizaccedilatildeo suas limitaccedilotildees e

potencialidades) que interferiratildeo positivamente na IC do mesmo (SCHILDER 1999)

Segundo o rastreamento e a exclusatildeo de casos relacionados com decliacutenios

cognitivos durante a seleccedilatildeo da amostra podem ter contribuiacutedo para eliminar

indiviacuteduos com situaccedilotildees de disfunccedilotildees neuroloacutegicas potencialmente capazes de

desencadear quadros patoloacutegicos de distorccedilatildeo da IC (SCHILDER 1999) Terceiro a

meacutedia elevada dos domiacutenios de Qualidade de Vida apresentada pela maioria dos

indiviacuteduos independentemente da silhueta em que se enquadraram E por uacuteltimo

os baixos niacuteveis indicativos de depressatildeo apresentados pela maioria das voluntaacuterias

o que pode ter inferido em avaliaccedilatildeo com baixo grau de distorccedilatildeo A capacidade

interventora do equiliacutebrio emocional sobre a habilidade do indiviacuteduo avaliar sua ICR eacute

tema amplamente discutido na literatura Sua interferecircncia negativa sobre a IC pode

estar relacionada com doenccedilas afins e culminar com a morte

A incongruecircncia entre a alta prevalecircncia da insatisfaccedilatildeo com a IC identificada

apoacutes aplicaccedilatildeo da escala de silhuetas (quando as idosas indicavam outras silhuetas

que natildeo a suas como ICI) e a baixa prevalecircncia observada nas respostas advindas

do questionaacuterio (quando as idosas eram indagadas claramente se estavam ou natildeo

satisfeitas com sua IC) indica a possibilidade de que a percepccedilatildeo da satisfaccedilatildeo com a

IC possa ultrapassar as barreiras estabelecidas pelos instrumentos aqui adotados e

98

envolvam fatores e dimensotildees ateacute entatildeo desconhecidos (SLADE 1994) Talvez

existam estaacutegios conscientes e inconscientes durante esse processo de avaliaccedilatildeo Um

mais estruturado com criteacuterios regras associaccedilotildees de valores bem estabelecidos e

maior maturidade para definir os paracircmetros entre o ldquoReal x Idealrdquo que o outro

552233 QQuuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Apesar do processo do envelhecimento natural estar relacionado a muitas

perdas (ACSM 1998 HAYFLICK 1997) a amostra deste estudo foi classificada com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida geral (6818) que refletiu as meacutedias dos

domiacutenios fiacutesico psicoloacutegico e social (7449 6922 7075 e 6818 respectivamente)

Por outro lado percebeu-se que o domiacutenio ambiental (que considerou os itens de

seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo ambiente no lar recursos financeiros disponibilidade e

qualidade oferecidas na sauacutede social a oportunidade de adquirir novas informaccedilotildees

e habilidades participaccedilatildeo e oportunidades de recreaccedilatildeo e lazer ambiente fiacutesico e

existecircncia e qualidade do transporte) apresentou meacutedia (5810) e classificaccedilatildeo

inferiores as dos demais domiacutenios Resultados semelhantes a este foram observados

em estudos realizados com idosos em outras regiotildees do Brasil (SILVA amp REZENDE

2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) o que pode sinalizar um sentimento de

insatisfaccedilatildeo dessa populaccedilatildeo com os serviccedilos oferecidos pelos oacutergatildeos

governamentais bem como o amparo que tem sido direcionado para esta

comunidade Comparativamente observou-se que as meacutedias para o domiacutenio fiacutesico e

para a meacutedia geral de qualidade de vida foram maiores que os apresentados por

idosos sedentaacuterios sadios (563 e 58 respectivamente) e sedentaacuterios com depressatildeo

(4802 e 5289 respectivamente) ( GORDIA et al 2007 SILVA amp REZENDE 2006)

Tem-se reportado que o estilo de vida ativo seja capaz de interferir

amplamente no niacutevel de qualidade de vida do idoso interferindo nos domiacutenios

fiacutesico por promover maior autonomia ao idoso no desempenho das atividades da

vida diaacuteria e sauacutede fiacutesica (KNORST et al 2001) psicoloacutegicos (DUNN amp DISHMAN

1991 NIEMAN 1999 TELLA et al 2004) induzindo a uma melhor sauacutede

emocional e social (PAFFENBARGER LEE LEUNG 1994 HERNANDES amp BARROS

2004) por ser um instrumento eficiente de reinclusatildeo do idoso nas atividades

comunitaacuterias Adversamente apesar de o domiacutenio ambiental apresentar um baixo

99

escore tanto nesse estudo como em vaacuterios outras investigaccedilotildees (SILVA amp

REZENDE 2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) coadunamos com a ideacuteia de

Carvalho amp Carvalho (2008) e acreditamos na interferecircncia positiva do exerciacutecio

sobre esta variaacutevel mesmo que em menor proporccedilatildeo quando comparada com os

demais domiacutenios

552244 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Uma relaccedilatildeo negativa e significativa foi observada neste estudo (Tabela 8)

entre os escores indicativos de depressatildeo e a capacidade cardiorrespiratoacuteria

(VO2pico) o que sugere efeitos positivos do exerciacutecio sobre indicativos de depressatildeo

abordada em relatos anteriores (PAFFENBARGER LEE amp LEUGN 1994 DISHMAN

1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998)

Considerando a idade e o gecircnero dos indiviacuteduos aqui estudados indicados

com maior predisposiccedilatildeo ao diagnoacutestico de depressatildeo (OMS 2000 RODRIGUES

2000) a amostra deste estudo apresentou em meacutedia o escore 1018 no inventaacuterio

de depressatildeo de Beck muito proacuteximo do ponto de corte que indica ausecircncia de

depressatildeo (BDIlt10) Resultado semelhante aos observados em mulheres idosas

apoacutes serem submetidas a um periacuteodo de 4 meses de exerciacutecios aeroacutebio de

intensidade moderadamente alta que reduziram significativamente os escores de

depressatildeo de 152 para 1021 (OLIVEIRA et al 2007)

Conjectura-se exerciacutecios fiacutesicos de intensidade moderada alta possam

produzir uma accedilatildeo terapecircutica mais lenta poreacutem eficaz e de efeitos mais

duradouros que agraves apresentadas por intervenccedilotildees farmacoloacutegicas em sujeitos idosos

de depressatildeo moderada (BLUMENTHAL 1999)

Embora a maioria dos estudos relate melhoras dos estados de humor apoacutes um

periacuteodo de exerciacutecios fiacutesicos alguns sugerem que os efeitos positivos possam ser

observados mesmo apoacutes sessatildeo aguda (TOSKOVIC 2001 ROSA et al 2004)

Todavia a utilizaccedilatildeo de exerciacutecios para fins terapecircuticos tem sido muitas vezes

questionada uma vez que os efeitos produzidos sofram interferecircncia de caraacuteter

multifatorial e que dependendo da populaccedilatildeo estudada para as relaccedilotildees gecircnero e

idade gravidade do quadro depressivo intensidade e duraccedilatildeo do exerciacutecio as

100

respostas podem diversificar-se (DUNN amp DISHMAN 1991 PHILLIPS KIERNAN amp

KING 2003 WERNERCK et al 2006)

Considerando que uma das hipoacuteteses que tentam explicar as bases

etioloacutegicas desse transtorno do humor fundamenta-se nas alteraccedilotildees

neurobioloacutegicas percebidas no sistema monoamineacutergico (DUNN amp DISHMAN

1991) sistema que foi analisado no presente estudo Investigou-se entatildeo a

possibilidade de uma associaccedilatildeo significativa entre as concentraccedilotildees da

serotonina triptofano e prolactina (em repouso) e os escores indicativos de

depressatildeo (Tabela 8) o que foi posteriormente rejeitada No entanto apoacutes a

amostra ser dividida para os escores de depressatildeo percebeu-se decliacutenio desses

analiacuteticos agrave medida que o quadro de depressatildeo foi se agravando (Graacutefico 7) o

que coadunou com relatos anteriores que prevecircem decreacutescimo dessas

concentraccedilotildees no diagnoacutestico da depressatildeo (DUNN amp DISHMAN1991 STRUumlDER

amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp WEICKER 2001b MORAN 2003)

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A utilizaccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos como modelo de estresse tem sido

amplamente utilizada em diversas pesquisas para manipulaccedilatildeo do sistema

serotonineacutergico (CHAOULOFF 1997 STRUumlDER amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp

WEICKER 2001b ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005) Para a compreensatildeo da

interaccedilatildeo desse binocircmio muitos estudos tecircm analisado o impacto que o exerciacutecio

fiacutesico tem causado sobre o aporte serotonineacutergico perifeacuterico (MARTIN et al 2000

LOPES 2001) ou sobre o sistema nervoso central (BAILEY DAVIS AHLBORN 1993

DISHMAN 1997) adotando em suas investigaccedilotildees tanto modelo humano (ARIDA

NAFFAH-MAZZACORATTI SOARES 1998 DWYER amp FLYNN 2002 OLIVEIRA et al

2007) como modelos animais (KUROSAWA et al 1993 GOMEZ-MERINO et al

2001 KALINSKI DLUZEN STADULIS 2001) Manipulaccedilotildees farmacoloacutegicas sucedidas

de sessotildees de exerciacutecios fiacutesicos tecircm sido utilizadas tanto para a compreensatildeo da

extensatildeo da accedilatildeo dos neurotransmissores e neuroreceptores como para a produccedilatildeo

e o catabolismo das enzimas relacionadas com a siacutentese e depleccedilatildeo serotonineacutergica

(MEEUSEN et al 1997) Adicionalmente outros recursos aleacutem dos farmacoloacutegicos

tecircm sido empregados para a concepccedilatildeo desse paradigma como as alteraccedilotildees

101

nutricionais que manipulam dietas com suplementaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada dos aminoaacutecidos aromaacuteticos de carboidratos e de aacutecidos graxos livres

(DAVIS 1998 BLOMSTRAND 2006) e as alteraccedilotildees do meio ambiente atraveacutes do

controle da temperatura Entretanto os efeitos agudos do exerciacutecio cardiovascular

foran avaliados nesse estudo apoacutes submeter mulheres idosas a diferentes

intensidades e duraccedilatildeo de caminhada sem a utilizaccedilatildeo de outro fator experimental

atraveacutes da anaacutelise das concentraccedilotildees perifeacutericas da serotonina e demais analiacuteticos

relacionados agrave sua siacutentese

Apesar da variedade metodoloacutegica disponiacutevel na literatura a grande maioria das

investigaccedilotildees que versam sobre esse tema afunilam seus objetivos em desvendar a

relaccedilatildeo da interaccedilatildeo ldquoexeriacutecio fiacutesico e sistema serotonineacutergicordquo agrave alta performance e agrave

possibilidade de prolongamento do tempo de esforccedilo Nesse sentido para melhor

compreensatildeo desse paradigma agrave procura de menores limitaccedilotildees eacuteticas maior controle

das variaacuteveis intervenientes e consequumlentemente maior avanccedilo cientiacutefico adotam

preferencialmente modelos animais ou indiviacuteduos jovens e atletas Tais criteacuterios de

seleccedilatildeo dificultaram comparaccedilotildees de vaacuterios estudos com os resultados aqui

apresentados uma vez que mulheres idosas foram tidas como modelo de amostra

Apesar de estudos afirmarem que o processo de senescecircncia possa estar associado

com marcadores caracteriacutesticos do decliacutenio fisioloacutegico e morfoloacutegico do sistema

serotonineacutergico e seja capaz de repercutir qualitativa e quantitativamente em suas

accedilotildees neuroquiacutemicas (TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998) sabe-se que as

implicaccedilotildees desse binocircmio extrapolam os limites da alta performance Relatos

cientiacuteficos confirmam que a promoccedilatildeo da sauacutede e do bem estar fiacutesico e mental possam

estar associados inclusive a exerciacutecios fiacutesicos de pequena duraccedilatildeo (DWYER amp FLYNN

2002) por serem capazes de produzir alteraccedilotildees significativas na atuaccedilatildeo

neurotransmissora em algumas regiotildees do ceacuterebro mesmo que nenhuma alteraccedilatildeo

perifeacuterica seja aparente (KUROSAWA et al 1993)

Neste estudo o valor meacutedio dos niacuteveis de serotonina de toda a amostra

(154plusmn4288 nanogml) apresentou-se maior do que concentraccedilotildees (7925plusmn694

6375plusmn410 e 6533plusmn433 nanogml) avaliadas em indiviacuteduos mais jovens

(2263plusmn245 2437plusmn329 e 23plusmn316 anos de idade) e proacuteximos dos valores

apresentados (15203plusmn7287 e 12235plusmn1515 nanogml) em indiviacuteduos de meia

102

idade (4555plusmn559 e 4750plusmn1561 anos) ou de faixa etaacuteria semelhante

(13827plusmn6059 nanogml 578plusmn59 anos) apresentados em outros estudos

(SOARES1995 ARIDA 1998 e OLIVEIRA et al 2007 respectivamente)

Evidentemente seria precipitado afirmar que o processo de envelhecimento esteja

relacionado ao acuacutemulo adicional das concentraccedilotildees serotonineacutergicas plasmaacuteticas

uma vez que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agraves diferenccedilas metodoloacutegicas

adotadas nos protocolos de coleta congelamento e dosagem desse analiacutetico Tal

hipoacutetese ocupa posiccedilatildeo controversa na literatura sendo poucas vezes confirmada

como nos dados apresentados por Chen Luuml Huang (2002) ou na maioria das vezes

negada (KUMAR et al 1998)

Apesar da maioria dos grupos avaliados terem apresentado tendecircncia agrave

reduccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos serotonineacutergicos apoacutes sessatildeo de exerciacutecios fiacutesicos

apenas dois dos seis grupos apresentaram decliacutenio significativo do aporte de

serotonina O primeiro apoacutes ser submetido a teste de potecircncia aeroacutebia (Gmax)

reduziu seus niacuteveis de serotonina divergindo dos resultados apresentados por

estudos de Soares (1995) e Steinberg Sposito Tufik et al (1998) que apoacutes

submeterem indiviacuteduos adultos jovens (atletas e ativos respectivamente) a um

estresse fiacutesico semelhante ao prescrito nesta investigaccedilatildeo perceberam aumento

significativo e natildeo decliacutenio destes niacuteveis Percebe-se que a habilidade do sistema

serotonineacutergico em responder diferentes desenhos de protocolos de exerciacutecios fiacutesicos

tanto eacute desconhecida como vulneraacutevel agrave interferecircncias multifatoriais (MARTIN et al

2000) e que presumivelmente o envelhecimento possa interferir signifcativamente

sobre esses resultados

O segundo grupo que apresentou alteraccedilotildees significativas dos niacuteveis

perifeacutericos de serotonina foi o GLA1h que apresentou imediatamente apoacutes 1h de

caminhada de intensidade moderada aumento de 5 (pgt 005) dos niacuteveis

plasmaacuteticos desse neurotransmissor que foi sucedido por um decliacutenio significativo

(ple 005) apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo (18196plusmn2658 19093plusmn1244 e

16515plusmn3639 nanogml respectivamente) A sessatildeo de exerciacutecios a que esse grupo

foi submetido foi semelhante agraves oferecidas em estudo realizado com mulheres

idosas (LOPES 2001) que apoacutes um treinamento de 8 semanas (5 diassemana)

103

perceberam similarmente reduccedilatildeo significativa desse neurotransmissor em

repouso nas concentraccedilotildees plasmaacuteticas A comparaccedilatildeo dessas duas intervenccedilotildees

sugere que organismos de indiviacuteduos idosos assim como os de indiviacuteduos mais

jovens possuam mecanismos neuromoduladores que satildeo acionados em respostas a

sucessivos estiacutemulos promovidos por uma sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico

A despeito do decliacutenio perifeacuterico dos niacuteveis serotonineacutergicos apresentados pelo

GLA1h observou-se um possiacutevel incremento (108) no aporte central desse

neurotransmissor analisados atraveacutes das concentraccedilotildees de prolactina Estudos

sugerem que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agrave lipoacutelise promovida pela praacutetica

de exerciacutecios capaz de interferir nas concentraccedilotildees das porccedilotildees do triptofano (TRP e

TRP-L) Uma vez que o aumento da demanda de aacutecidos graxos livres desloca o TRP

dos siacutetios de ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente

aumento da disponibilidade desse precursor no SNC (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM

1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000

HUFFMAN et al 2004) Essa resposta ao exerciacutecio moderado pode desencadear

presumivelmente efeitos terapecircuticos naturais capazes de intervir beneficamente

em quadros cliacutenicos de doenccedilas associadas agrave alteraccedilotildees do humor e cogniccedilatildeo

(GUSZKOWSKA 2004) O que pode ser confirmado por estudos recentes realizados

com mulheres idosas onde relatam que exerciacutecios moderados mostraram-se

eficientes para a reduccedilatildeo tanto dos niacuteveis de depressatildeo (OLIVEIRA et al 2007)

como tambeacutem favorecem o processamento cognitivo (SILVA 2006)

Nenhuma alteraccedilatildeo estatisticamente significativa foi identificada nos

deslocamento das concentraccedilotildees aminoaciacutedicas em exerciacutecio de curta duraccedilatildeo (20

minutos) de intensidades baixas e moderadas conforme previsto por Meeusen

Watson Hasegawa et al (2006) Todavia considerando que os criteacuterios estatiacutesticos

nem sempre coadunam com as respostas cliacutenicas promovidas pelo desencadeamento

fisioloacutegico das accedilotildees neuroquiacutemicas algumas observaccedilotildees foram realizadas Nesse

sentido percebeu-se que o fator intensidade interferiu de maneira discreta (pgt 005)

sobre as concentraccedilotildees tanto do triptofano quanto dos demais aminoaacutecidos (AACR e

AAN) em que um aumento do triptofano foi observado em grupos submetidos agrave

exerciacutecios de intensidade moderada (GLA 254) agrave moderada alta (G90PCR

156) e um aumento igualmente discreto dos AACR e AAA em exerciacutecios de

104

intensidade leve agrave moderada (G90LA 96 16 GLA 118 e 183

respectivamente) Obviamente tais respostas aminoaciacutedicas ao exerciacutecio

interferiram tanto na relaccedilatildeo do TRPACCR que elevou-se (pgt 005) nos grupos

submetidos agrave intensidade igual ou acima do limiar anaeroacutebio (GLA 12 e G90PCR

62) como na relaccedilatildeo TRPAAA que foi aumentada apenas sob a intensidade

acima do limiar anaeroacutebio (G90PCR 168) Interessante notar que ao comparar

esse comportamento de distribuiccedilatildeo dos aminoaacutecidos com as respostas plasmaacuteticas

da prolactina marcador perifeacuterico das concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais

observou-se que todos os grupos (de duraccedilatildeo de 20 minutos) com exceccedilatildeo do

G90PCR que apresentou um aumento miacutenimo (3) apresentaram um decliacutenio das

concentraccedilotildees de prolactina

Adversamente resultados disponibilizados neste estudo indicaram que

exerciacutecios de curta duraccedilatildeo podem promover sim alteraccedilotildees significativas nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico assim como exerciacutecios de longa duraccedilatildeo

desde que constituiacutedos de alta intensidade o que vai ao encontro com estudos

realizados por Struumlder amp Weicker (2001) Nesse sentido o grupo Gmax apresentou

um decliacutenio significativo (ple 005) nos 20 minutos de recuperaccedilatildeo das concentraccedilatildeo

tanto do TRP quanto da relaccedilatildeo TRPAAA e adicionalmente uma reduccedilatildeo de 17

(p= 007) da relaccedilatildeo TRPAACR Sugere-se que tais alteraccedilotildees bioquiacutemicas possam

explicar a depleccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina igualmente observada para

esse mesmo momento no Gmax A despeito de o aporte teoacuterico indicar que decliacutenios

das relaccedilotildees TRPAAA e TRPAACR estejam relacionados com o decreacutescimo da

disponibilidade do precursor serotonineacutergico nas vias centrais e por conseguinte da

siacutentese serotonineacutergica (STRUumlDER et al 1999 NEWSHOLME amp BLOMSTRAND 2006

MEEUSEN et al 2006) percebeu-se de forma ambiacutegua tendecircncia de elevaccedilatildeo (pgt

005) e natildeo de decreacutescimo dos niacuteveis centrais desse neurotransmissor avaliados

atraveacutes da prolactina imediatamente apoacutes o exerciacutecio e apoacutes os 20 primeiros minutos

de recuperaccedilatildeo (561 e 971 respectivamente) Provavelmente tal fenocircmeno

possa estar relacionado com o fato ocorrido em outras investigaccedilotildees (CHAOULOFF et

al 1986 CHAOULOFF 1997 STRUumlDER et al 1999) quando o decliacutenio ou nenhuma

alteraccedilatildeo significativa das concentraccedilotildees do TRP total (TRP + TRP-L) forma em que

foi dosada neste estudo natildeo convergiu com um acreacutescimo significativo das

concentraccedilotildees do TRP-L uacutenica parcela capaz de atravessar a barreira

hematoencefaacutelica e responsaacutevel pela siacutentese da serotonina central (CURZON

105

FRIEDEL KNOTT 1973) Adicionalmente quanto aos decliacutenios significativos dos niacuteveis

plasmaacuteticos de triptofano e de serotonina podem outrossim estar relacionados com o

aumento da atividade da enzima triptofano pirolase responsaacutevel pela atenuaccedilatildeo das

concentraccedilotildees do triptofano acionada por possiacutevel aumento da adrenalina e do

cortisol em resposta agrave alta intensidade a que o grupo foi submetido e ao niacutevel de

estresse psicoloacutegico que esse tipo protocolo pode induzir (STRUumlDER amp WEICKER

2001a) Apesar do aumento do cortisol apresentar de forma mais pronunciada em

exerciacutecios intensos de maior duraccedilatildeo existem relatos de que exerciacutecios de curta

duraccedilatildeo possam produzir acreacutescimo em sua concentraccedilatildeo (SIMOtildeES MARCON

OLIVEIRA et al 2004 BOTTARO MARTINS GENTIL et al 2007)

Apoacutes anaacutelise comparativa entre grupos percebeu-se que os grupos Gmax e

GLA1h apresentaram maiores diferenccedilas estatiacutesticas quando comparados entre si e

com os demais grupos Presume-se que as diferenccedilas estatiacutesticas encontradas entre

grupos para as dosagens dos vaacuterios analiacuteticos aqui investigados estejam

relacionadas principalmente com as dessemelhanccedilas entre o recrutamento de

substrato energeacutetico agraves diferentes intensidades e duraccedilatildeo previstas nesta

investigaccedilatildeo Uma vez que o aumento da lipoacutelise interfere de forma indireta nas

concentraccedilotildees de serotonina (CURZON 1973 MEEUSEN et al 2006) e com os

mecanismos de alerta desencadeados em situaccedilatildeo de altas intensidades (SIMOtildeES et

al 2004)

Mesmo considerando as limitaccedilotildees desta investigaccedilatildeo os relatos aqui

elucidados revelaram a complexidade e sensibilidade do sistema serotonineacutergico em

responder agraves diferentes manipulaccedilotildees atraveacutes do estresse fiacutesico Priorizar um desses

modelos em detrimento do outro deve ser considerado com cautela uma vez que

nem todos os grupos foram avaliados apoacutes os primeiros momentos de recuperaccedilatildeo

No entanto baseado nos relatos anteriormente realizados sabe-se que apenas trecircs

das intervenccedilotildees G90PCR o Gmax e o GLA1h sugeriram acreacutescimos das

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais (3 971 1089 respectivamente)

parcela envolvida com efeitos positivos na sauacutede mental do idoso

Nesse sentido sabe-se da inviabilidade de prescrever sistematicamente sessotildees

de exerciacutecios de intensidade maacutexima para indiviacuteduos idosos que mesmo

desconsiderando riscos eminentes que esta praacutetica poderia incorrer respostas

negativas a este tipo de estresse poderia ser desencadeadas no sistema

106

serotonineacutergico por influecircncia de mecanismos de accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-

adrenal (HPA) Uma vez que ciente da experiecircncia de risco e de desconforto

vivenciados em sessotildees de exerciacutecio muito intenso o organismo do idoso pode entrar

em estado de alerta e modular atraveacutes do complexo amgdaloacuteide processos plaacutesticos

sediados no hipocampo envolvidos com processamento de informaccedilotildees

especialmente em situaccedilotildees de estresse

Apoacutes acionada a memoacuteria aversiva do hipocampo neurocircnios secretam

Corticotrofinas (CRF) que por sua vez estimula a hipoacutefise anterior a liberar na

circulaccedilatildeo sanguumliacutenea o hormocircnio adreno-cortico-troacutefico (ACTH) que vai provocar a

produccedilatildeo de hormocircnios corticoesteroacuteides (CORT) pela glacircndula supra-renal

principalmente o cortisol que satildeo liberados na corrente sanguiacutenea e chegando ao

ceacuterebro atuam sobre o hipocampo para inibir a liberaccedilatildeo e atuaccedilatildeo das CRFs

(MORAIS SOUZA BAPTISTA 2004 JOCA PADOVAN GUIMARAtildeES 2003) No

entanto enquanto a amiacutegdala for estimulada esse processo continua e por

conseguinte a liberaccedilatildeo do cortisol na corrente sanguiacutenea eacute continuada (MORAIS

SOUZA BAPTISTA 2004) Adicionalmente sabe-se que os glicocorticoacuteides podem

modular o sistema serotonineacutergico e suprimir sua siacutentese (SANTOS 2005)

Fonte httpwwwcnsforumcomimagebankitemHPA_NORM_DPN_3defaultaspx

Por outro lado a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos no limiar ventilatoacuterio 1 (LA)

com um volume (tempo ou distacircncia) baixo ou moderado aplicados na forma de um

programa de treinamento progressivo controlado pode ser considerada como

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob estiacutemulo de estresse

107

importante instrumento de prevenccedilatildeo de doenccedilas de promoccedilatildeo da sauacutede e auxiliar

no tratamento de diversas patologias senatildeo como terapecircutica uacutenica ao menos como

auxiliar nas terapecircuticas tradicionais (STELLA et al 2004) Exerciacutecios fiacutesicos

praticados no limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio 2 (PCR) ou acima do limiar de lactato

associado a grande duraccedilatildeo ou volume podem ser inadequados para fins de terapias

relacionadas agrave sauacutede mental (ARAUacuteJO MELLO LEITE 2007) Apesar de serem

observados aspectos positivos pela prescriccedilatildeo de exerciacutecios de alta intensidade

acredita-se que intensidades moderadas possam ser mais apropriadas para a

populaccedilatildeo idosa aleacutem de induzir melhoras significativas no perfil do humor

qualidade de vida e benefiacutecios cognitivos (CASILHAS et al 2007)

108

66 CCOONNCCLLUUSSAtildeAtildeOO

Considerando o perfil antropomeacutetrico psicomeacutetrico e da capacidade

cardiorrespiratoacuteria observados em mulheres idosas submetidas a esta investigaccedilatildeo

Observou-se maior prevalecircncia de sobrepeso com excesso de gordura

corporal sinalizando iacutendices desfavoraacuteveis para a sauacutede O IMC foi a variaacutevel

antropomeacutetrica de maior prediccedilatildeo para o alto grau de insatisfaccedilatildeo com a

imagem corporal

A silhueta de nuacutemero 5 apontada como imagem corporal real natildeo coincidiu

com a silhueta de nuacutemero 3 indicada como a imagem corporal ideal o que conduziu

a um grau significativo de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

A amostra apresentou performance cognitiva equivalente agrave esperada para sua

faixa etaacuteria um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida e um escore indicativo de

depressatildeo ldquoleverdquo de associaccedilatildeo negativa e significativa com sua capacidade

cardiorrespiratoacuteria classificada como ldquoregularrdquo

Considerando o efeito agudo do sistema serotonineacutergico agraves diferentes

manipulaccedilotildees de exerciacutecio fiacutesico observou-se que

Sessotildees agudas de exerciacutecios fiacutesicos de duraccedilatildeo menor que 20 minutos

apresentaram decliacutenio significativo das concentraccedilotildees serotonineacutergicas do

tripotofano e da relaccedilatildeo das concentraccedilotildees do triptofano com os aminoaacutecidos

aromaacuteticos quando submetidos agrave intensidade maacutexima

Alteraccedilotildees discretas foram percebidas entre as concentraccedilotildees aminoaciacutedicas

em que os aminoaacutecidos de cadeia ramificada e os aromaacuteticos aumentaram suas

concetraccedilotildees nas intensidades leve e moderada e o triptofano nas intensidades

moderadas agrave moderada alta

Considerando as vaacuterias medidas de cautela em prescrever sistematicamente

exerciacutecios de intensidade maacutexima para a populaccedilatildeo idosa conclui-se que sessotildees de

exerciacutecios submetidos entre o primeiro e segundo limiar anaeroacutebico de duraccedilatildeo

109

entre 20 minutos e uma hora sejam mais apropriadas para interferir nas

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de mulheres idosas presumivelmente

relacionadas com a sauacutede mental

110

77 SSUUGGEESSTTOtildeOtildeEESS PPAARRAA NNOOVVOOSS EESSTTUUDDOOSS

Para novas investigaccedilotildees do efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema

serotonineacutergico em mulheres idosas e aumentar a compreensatildeo da dimensatildeo das

respostas deste sistema a este modelo de estresse sugere-se

Que aleacutem das dosagens realizadas neste estudo sejam incluiacutedas as do

principal metaboacutelito serotonineacutergico o aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico da parcela livre do

triptofano e da enzima monoamina oxidase

A realizaccedilatildeo de um maior nuacutemero de coletas para compreender o

comportamento de cada analiacutetico

Que a duraccedilatildeo das sessotildees de exerciacutecios seja determinada pela capacidade

individual de cada indiviacuteduo da amostra e que o tempo seja definido pela solicitaccedilatildeo

de cada idoso

111

RREEFFEERREcircEcircNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRAacuteAacuteFFIICCAASS

ACSM ndash American College of Sports Medicine Exercise and Physical Activity for older adults Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 2 n 6 p 992-1008 1998

ALMEIDA GANA imagem corporal de mulheres morbidamente obesas avaliadas atraveacutes do desenho da figura humana Psicologia reflexatildeo e criacutetica v 15 n 2 p 283-292 2002

American Heart Association (AHA) Exercise and Training of Apparently Healthy Individuals A Handbook for Physicians Dallas American Heart Association 1972

ANSTEY KJ WINDSOR JD JORM AF et al Association of Pulmonary Function with Cognitive Performance in Early Middle and Late Adulthood Gerontology v 50 p 230-234 2004

ANTUNES HKM SANTOS RF MELLO MT et al Cognitive Alterations in Older Women Caused by Systematic Physical Exercise In 7th Annual Congress of The European College of Sport Science v 2 p 1015-1015

ANTUNES HKM SANTOS RF CASSILHAS R et al Exerciacutecio fiacutesico e funccedilatildeo cognitiva Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 12 n 2 2006

ANTUNES HKM SANTOS RF HEREDIA RAG et al Alteraccedilotildees Cognitivas em Idosas Decorrentes do Exerciacutecio Fiacutesico Sistematizado Revista da Sobama v 6 n 1 p 27-33 2001

ARAUacuteJO SRC MELLO MT LEITE JR Anxiety disorders and physical exercise Revista Brasileira de Psiquiatria v 29 n 2 p 64-71 2007

ARIDA RM NAFFAH-MAZZACORATTI MG SOARES JS et al Monoamine Responses to acute and cronic aerobic exercise in normotensive and hypertensive subjects Satildeo Paulo Medical Journal v 116 n 1 p 1624-1624 1998

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 p 102ndash113 2005

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 2005

ASTRAND PO Why Exercise Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 6 n 3 p 25-37 1992

112

BAHRAM A SHAFIZADEH M A comparative and correlational study of the body-image in active and inactive adults and with body composition and somatotype Autralian Association for research in education 2003 Disponiacutevel em httpwwwaareeduau03papbah03789pdf Acesso em 18 fev 2008

BAILEY SP DAVIS AHLBORN EN Neuroendocrine and substrate responses to altered brain 5-HT activity during prolonged exercise to fatigue Journal Applied Physiology v 74 n 6 p 3006-3012 1993

BAILEY SP DAVIS MM AHLBORN EN Effect of increased brain serotonergic activity on endurance performance in the rat Acta Physiologica Scandinava v 145 p 75-76 1992

BANICH MT MILHAM M P ATCHLEY R et al Studies of Stroop tasks reveal unique roles of anterior and posterior brain systems in attentional selection Journal of Cognitive Neuroscience V 12 n 6 p 988-10002000

BARBOSA AR SANTAREacuteM JM JACOB FILHO W et al Comparaccedilatildeo da gordura corporal de mulheres idosas segundo antropometria bioimpedacircncia e DEXA Archivos Latinoamericanos de Nutricioacuten Organo Oficial de la Sociedad Latinoamericana de Nutricioacuten Caracas v 51 n 1 p 49-56 2001

BARCHAS JD FREDMAN D Brain amines response to physiological stress Biochemical Pharmacology v 12 p 1232-1235 1963

BEAR MF CONNORS BW PARADISO M A L Neuroscience exploring the Brain Canadaacute Williams amp Wilkins 1996

BISCIOTTI GN VILARDI JUNIOR NP MANFIO EF A fadiga aspectos centrais e perifeacutericos Revista Fisioterapia Brasil v 2 n 6 p 353 2001

BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007

BLAIR SN KOHL HW PAFFENBARGER JR RS et al Physical fitness and all-cause mortality Journal of the American Medical Association v262 p 2395-2401 1989

BLOMSTRAND E Branched-Chain Amino Acids in Exercise A Role for Branched-Chain Amino Acids in Reducing Central Fatigue The Journal of Nutrition v 136 n 2 p 544S-547S 2006

BLOMSTRAND E CELSING F NEWSHOLME EA Changes in plasma concentrations of aromatic and branched-chain amino acids during sustained exercise and their possible role in fatigue Acta Physiologica Scandinavica v 133 n 1 p 115-121 1988

BLOMSTRAND E HASSMEN P EKBLOM B Administration of branched-chain amino acids during sustained exercise - Effects on performance and plasma

113

concentration of some amino acids European journal of applied physiology v 63 p 83-88 1991

BLUMENTHAL JA Effects of exercise training on older patients with major depression Archives of Internal Medicine v 159 p 234-256 1999

BORG G Escalas de Borg para dor e o esforccedilo percebido Satildeo Paulo Manole 2000 115p

BOTTARO M MARTINS B GENTIL P et al Effects of rest duration between sets of resistance training on acute hormonal responses in trained women Journal of science and medicine in sport 2007 Dec 17 [Epub ahead of print] Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpubmed18093876 Acesso em 10 fev 2008

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil Suggestions for utilization of the mini -mental state examination in Brazil Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil [Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil] Arquivos de Neuro-Psiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BULIK CM WADE TD HEATH AC Relating body mass index to figural stimuli Population-based normative data for Caucasians International journal of obesity and related metabolic disorders v 25 p 1517-1524 2001

CABEZA R amp NYBERG L Neural bases of learning and memory functional neuroimaging evidence Current Opinion Neurology V13 p 415-421 2000

CACHELIN FM REBECK RM CHUNG GH et al Does egthnicity influence body-size preference A comparison of body image and body size Obesity research v 10 n 3 p 158-166 2002

CALDERS P MATTHYS D DERAVE W et al Effect of branched-chain amino acids (BCAA) glucose and glucose plus BCAA on endurance performance in rats Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 31 n 4 p 583-587 1999

CAMPBELL DT STANLEY JC Delineamentos Experimentais e Quase-Experimentais de Pesquisa Satildeo Paulo Pedagoacutegica e Universitaacuteria 1979 138p

CARVALHO MCM CARVALHO GA Atividade fiacutesica e qualidade de vida em mulheres idosas Efdeportes revista digital ano 13 nordm 122 2008 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 08 maio 2008

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

114

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

CASSILHAS RC VIANA VA GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1401-1407 2007

CHAOULOFF F Physiopharmacological interactions between stress hormones and central serotonergic systems Brain Research Reviews v 18 p 1-32 1993

CHAOULOFF F KENNETT GA SERRURRIER B et al Amino acid analysis demonstrates that increased plasma free tryptophan causes the increase of brain tryptophan during exercise in the rat Journal of neurochemistry 46 1647-1650 1986

CHEN Y LUuml X HUANG Y et al Changes of plasma serotonin precursor metabolite concentrations in postmenopausal women with hot flushes Zhonghua Fu Chan Ke Za Zhi v 37 n 12 p726-728 2002

CHENNAOUI M GRIMALDI B FILLION MP et al Effects of physical training on functional activity of 5-HT1B receptors in rat central nervous system role of 5-HT-moduline Naunyn ndash Schmiedebergs archives of Pharmacology v 361 n 6 p 600-604 2000

CHODZKO-ZAJKO WJ The Physiology of Aging Structural changes and functional consequences Implications for research and clinical pratice in the exercise and activity sciences Quest v 48 p 311-329 1996

CIESLAK F ELSANGEDY HM KRINSKI K et al Estudo da qualidade de vida de mulheres idosas participantes do programa da universidade aberta agrave terceira idade na cidade de ponta grossa - PR Efdeportes revista digital ano 12 n 113 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 03 maio 2008

COLCOMBE S amp KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science V14 n 2 p 125-130 2003

COLCOMBE S KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science v 14 n 2 p 125-130 2003

CONN VS TRIPP-REIMER T MAAS ML Older women and exercise Theory of planned behavior beliefs Public Health Nursing v 20 n 2 p 153-163 2003

CONNER M JOHNSON C Gender Sexuality Body Image and Eating Behaviours Journal of Health Psychology v 7 n 6 p 675ndash684 2004

115

COSTA E M S Gerontodrama ndash A Velhice em Cena Satildeo Paulo Agora 1998

COSTILL DL BOWERS R BRAUNAM G Muscle glycognen utilization during prolonged exercise on successive days Journal Applied Physiology v 31 p 834-838 1971

COTMAN C W BERCHTOLD N C Exercise a behavioral intervention to enhance brain health and plasticity Trends in Neurosciences V 25 n 6 p 295 ndash 301 2002

CURZON G FRIEDEL D KNOTT PJ The effect of fatty acids on the binding of tryptophan to plasma proteins Nature v 242 p 198-200 1973

DAMASCENO VO LIMA JRP VIANNA JM et al Novaes JS Tipo fiacutesico ideal e satisfaccedilatildeo com a imagem corporal de praticantes de caminhada Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 3 p 181-186 2005

DAVIS JM Carboidratos aminoaacutecidos de cadeia ramificada e resistecircncia hipoacuteteses da fadiga central Nutriccedilatildeo no esporte n 17 1998

DAVIS JM Nutritional Influences on Central Mechanisms of Fatigue Involving Serotonin In MAUGHAN R J amp SHIRREFFS S M Biochemistry of Exercise USA Human Kinetics 1996 p 445-447

DE WILD GM HOEFNAGELS WH OESEBURG B et al Maximal oxygen uptake in 153 elderly Dutch people (69-87 years) who participated in the 1993 Nijmegen 4-day march European journal of applied physiology v 72 n 1-2 p 134-43 1995

DEVLIN TM Manual de Bioquiacutemica com Correlaccedilotildees Cliacutenicas 4 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998

DIMEO F BAUER M VARAHRAM et al Benefits from aerobic exercise in patients with major depression a pilot study British Journal of Sports Medicine v 35 p 114-117 2001

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DUNN AL DISHMAN RK Exercise and The Neurobiology of Depression Exercise Sport Science Review v 19 p 41-98 1991

DWYER D FLYNN J Short term aerobic exercise training in young males does not alter sensitivity to a central serotonin agonist Experimental Physiology v 87 p 83-89 2002

116

EDITORIAL Cognitive changes after acute tryptophan depletion What can they tell us Psychological Medicine v 34 p 3 - 8 2004

EMED TCXS KRONBAUER A MAGNONI D Mini nutritional assessment as indicator of diagnosis in asylumsrsquo elderly Revista Brasileira de Nutricatildeo Cliacutenica v 21 n 3 p 219-223 2006

ERLIN A HWANG C Body-esteem in Swedish 10-year-old children Perceptual and motor skills v 99 n 2 p 437-444 2004

FAITH MS ALISSON DB Assessment of psychological status among obese persons In THOMPSON JK ed Body Image Eating Disorders and Obesity Washington DC American Psychological Association p 365-387 1996

FARINATTI PTV Teorias bioloacutegicas do envelhecimento do geneacutetico ao estocaacutestico Rev Bras Med Esporte _ v 8 n 4 p 1-10 2002 Disponiacutevel em httpwwwboletimeforgcanal=12ampfile=538 Acesso em 12032006

FARQUHAR M Definitions of quality of life a taxonomy Journal of Advanced Nursing v 22 n 3 p 502-508 1995

FECHIO JJ BRANDAtildeO MRF A influecircncia da atividade fiacutesica nos estados de humor Revista da Associaccedilatildeo dos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de Londrina v 12 n 2 p 21-27 1997

FEKKES D VAN GOOL AR Interferon tryptophan and depression Blackwell Munksgaard v15 p 8-14 2003

FERRANS CE Development of a quality of life index for patients with cancer Oncology Nursing Foacuterum v 17 n 3 p 15-19 1990

FERREIRA SE TUFIK S MELLO MT Neuroadapataccedilatildeo uma proposta alternativa de atividade fiacutesica para usuaacuterios de drogas em recuperaccedilatildeo Revista Brasileira Ciecircncia e Movimento v 9 n 1 p 31-39 2001

FEY-YENSAN NL MCCORMICK LM ENGLISH C Body Image and Weight Preoccupations in Older Women A Review Healthy Weight Journal v 16 n 5 p 68-71 2002

FITZGIBBON ML BLACKMAN LR AVELLONE ME The relationship between body image discrepancy and body mass index across ethnic groups Obesity research v 8 n 8 p 582-589 2000

FLECK MPA LAFER B SOUGEY EB DEL PORTO JA BRASIL MA FURUENA F Diretrizes da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira para o tratamento da depressatildeo (Versatildeo integral) Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n 2 p 114-122 2003

117

FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999

FLEG JL MORRELL CH BOS AG et al Accelerated Longitudinal Decline of Aerobic Capacity in Healthy Older Adults Journal of the American Heart Association v 112 p 674-682 2005

FOLSTEIN MF FOLSTEIN SE MCHUGH PR Mini-Mental State a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician Journal of Psychiatric Research v 12 p 189-198 1975

Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986

Friedlander AL Jacobs KA Fattor JA et al Contributions of working muscle to whole body lipid metabolism are altered by exercise American journal of physiology Endocrinology and metabolism v 292 p E107-E116 2007

GILL TM FEINSTEIN AR A critical appraisal of the quality of quality of life measurements Journal of the American Medical Association v 272 p 619-626 1994

GOLDBERG S SMITH GS BARNES A et al Serotonin modulation of cerebral glucose metabolism in normal aging Neurobiology of aging v 25 p 167-174 2003

GOMEZ-MERINO D BEQUET F BERTHELOT M et al Evidence that the branched-chain amino acid L-valine prevents exercise induced release of 5-HT in rat hippocampus International Journal of Sports Medicine v 22 n 5 p 317-22 2001

GOODMAN amp GILMAN As Bases Farmacoloacutegicas da Terapecircutica 9ordf ediccedilatildeo Chile Mcgraw-Hill 1996 cap 11

GORAN M FIELDS DA HUNTER GR et al Total body fat does not influence maximal aerobic capacity International journal of obesity and related metabolic disorders v 24 n 7 p 841-848 2000

GORDIA AP QUADROS TMB VILELA JUacuteNIOR GB et al Comparaccedilatildeo da qualidade de vida de mulheres idosas praticantes e natildeo praticantes de exerciacutecio Efdeportes revista digital ano 11 n 106 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 07 maio 2008

GORESTEIN C ANDRADE L Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Propriedades psicomeacutetricas da versatildeo em portuguecircs Journal Clinical Psychology v 25 n 5 ediccedilatildeo especial p 245-250 1998

GOTTFRIES CG Depressatildeo no idoso Estrateacutegias de tratamento Nordic Journal of Psychiatry v 47 n 30 p 75-81 1993

118

GRIMLEY-EVANS Qualidade de Vida p 29 1996

GUSZKOWSKA M Effects of exercise on anxiety depression and mood Psychiatria polska v 38 n 4 p 611-620 2004

HARGREAVES DA TIGGEMANN M Idealized media images and adolescent body image lsquolsquocomparingrsquorsquo boys and girls Body Image v 1 p 1351ndash1361 2004

HAY PJ Epidemiologia dos transtornos alimentares estado atual e desenvolvimentos futuros Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl III p 13-17 2002

HAYFLICK L Como e porque envelhecemos 2 ordf ed Rio de Janeiro Campus 1997

HAYKOWSKY MJ QUINNEY HA GILLIS R et al Left ventricular morphology in junior and master resistance treined athletes Medicine and Science in Sports and Exercise v 32 n 2 p 349-352 2000

HELGE JW STALLKNECHT B RICHTER EA et al Muscle metabolism during graded quadriceps exercise in man Physiology in Press Journal of Psychophysiology 2007 Disponiacutevel em httpwwwpubmedcentralnihgovarticlerenderfcgiartid=2170831 Acessado em 12 Fev 2007

HERNANDES ESC BARROS JF Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas e educacionais para idosos sobre o desempenho em testes de atividades da vida diaacuteria Revista brasileira de Ciecircncia e Movimento v 12 n 2 p 43-50 2004

HILLMAN CH SNOOK EM JEROME GJ Acute cardiovascular exercise and executive control function Intenational Journal of Psychophysiology v 8 n 3 p 307-14 2003

HIRVENSALO M HEIKKINEN E LINTUNEN T et al The effect of advice by health care professionals on increasing physical activity of older people Scandinavian Journal of Medicine amp Science in Sports v 13 n 4 p 231-236 2003

HUFFMAN DM ALTENA S MAWHINNEY T et al Effect of n-3 fatty acids on free tryptophan and exercise fatigue European journal of applied physiology v 92 p 584-591 2004

HUNT SM McKENNA SP MCEWEN J et al A quantitative approach to perceived health status a validation study Journal of Epidemiology and Community Health v 34 n 4 p 281-286 1980

HURLEY BF ROTH SM Strenght training in the elderly effects on risk factors for age-related diseas Sports and Medicine v 30 n 4 p 249-68 2000

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa no Brasil Rio de Janeiro 2001

119

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa em Taguatinga CODEPLAN - IDHABDF 2000

JANSSEN I MARK AE Elevated body mass index and mortality risk in the elderly Obesity Reviews V 8 p 41-59 2007

JOCA SRL PADOVAN CM GUIMARAtildeES FS Estresse depressatildeo e hipocampo Stress depression and the hippocampus Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n Supl II p 46-51 2003

KAGAWA M KUROIWA C UENISHI K et al A comparison of body perceptions in relation to measured body composition in young Japanese males and females Body Image v 4 p 372-380 2007

KALINSKI MI DLUZEN DE STADULIS R Methamphetamine produces subsequent reductions in running time to exhaustion in mice Brain Research v 7 p 160-164 2001

KAPCZINSKI F BUSNELLO J ABREU MR et al Aspectos da Fisiologia do Triptofano Disponiacutevel em httpwwwhcnetuspbripqrevistaindexhtml acessado em 03 fev 2004

KAPLAN MI SADOCK BJ Pertubaccedilotildees afetivas in KAPLAN M I SADOCK B J Compendio de psiquiatria dinacircmica Trad Por Namuri costa 3ordf ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1984 cap 16 p 313-33

KAPLAN R M ANDERSON J P WU A W Applications in aids cystic fibrosis and arthritis Med care v27 1989 p27-43

KING MT DOBSON AJ HARNETT PR A comparison of two quality-of-life questionnaires for cancer clinical trials the functional living index--cancer (FLIC) and the quality of life questionnaire core module (QLQ-C30) Journal of Clinical Epidemiology v 9 n 1 p 21-29 1996

KNORST MR SILVA MPM MANTELLI C et al Qualidade de vida do idoso In Terra NL organizador Envelhecendo com qualidade de vida programa Geron da PUCRS Porto Alegre EDIPUCRS p 29-32 2001

KOWALSKI KM Current Health 2 0163156X v 29 n 7 p 6-7 2003

KRAUSE MP HALLAGE T GAMA MPR et al Associaccedilatildeo entre Perfil lipiacutedico e Adiposidade Corporal em mulheres com Mais de 60 Anos de Idade Arquivos brasileiros de cardiologia v 89 n 3 p163-169 2007

KUMAR AM WEISS S FERNANDEZ JB et al Peripheral serotonin levels in women role of aging and ethnicity Gerontology v 44 p 211-216 1998

KUROSAWA M OKADA K SATO A et al Extracellular release of acetylcholine noradrenaline and serotonin increases in the cerebral cortex during walking in conscious rats Neuroscience Letters v 161 p 73-76 1993

120

KUSHI LH FEE RM FOLSOM AR et al Physical activity and mortality in posmenopausal women Journal of the American Medical Association v 277 p 1287-1292 1997

LAKS J BATISTA EMR GUILHERME ERLG et al O mini exame do estado mental em idosos de uma comunidade Dados parciais de Santo Antocircnio de Paacutedua Rio de Janeiro Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 782-785 2003

LAWTON MP A Multidimensional View of Quality of Life in Frail Elders In J E Birren et al (Eds) The Concept and Measurement of Quality of Life in the Frail Elderly San Diego Academic Press p 3-27 1991

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1988

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1992

LEGRAND F HEUZE JP Antidepressant Effects Associated With Different Exercise Conditions in Participants With Depression A Pilot Study Journal of Sport amp Exercise Psychology v 29 p 348-364 2007

LEMON PWR Do athletes need mor dietary protein na amino acids International Journal of Sport Nutrition v 5 p S39-61 1995

LOPES KMDC Os efeitos crocircnicos do exerciacutecio fiacutesico aeroacutebio nos niacuteveis de serotonina e depressatildeo em mulheres idosas 2001122f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndash Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia Brasiacutelia 2001

LOURENCcedilO RA VERASI RP Mini-Exame do Estado Mentalcaracteriacutesticas psicomeacutetricas em idosos ambulatoriais Revista de Sauacutede Puacuteblica v 40 n 4 p 712-719 2006

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica 5ordm edSatildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARINS MJS ANGERAMI ELS Problemas dos idosos na alta hospitalar In Gerontologia v 2 p 678-74 1996

MARTIN CL DUCLOS M AGUERRE S et al Corticotropic and serotonergic responses to acute stress withwithout prior exercise training in different rat strains Acta Physiologica Scandinavica v 168 n 3 p 421-30 2000

MATARUNA L Imagem corporal noccedilotildees e definiccedilotildees Efdeportes 10 (71) 2004 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 13 jun 2007

MATSUDO SMM MATSUDO VKR NETO B Efeitos beneacuteficos da atividade fiacutesica na aptidatildeo fiacutesica e sauacutede mental durante o processo de envelhecimento Revista atividade fiacutesica amp Sauacutede v 5 n 2 p 60-76 2000

121

MATSUO RF VELARDI M BRANDAtildeO MRF et al Imagem corporal de idosas e atividade fiacutesica Revista Mackenzie de Educaccedilatildeo Fiacutesica e Esporte v 6 n 1 p 37-43 2007

MATTER A S RODRIGUEZ C GUTHRIE M F et al Effects of exercise on depressive symptoms in older adults with poorly responsive depressive disorder British journal of physichiatry v 180 p 411 ndash 415 2002

MATTSON M P CHAN S L DUAN W Modification of brain aging and neurodegenerative disorders by genes diet and behavior Physiological reviews V 82 p 637 ndash 6722002

MAUGHAN R GLEESON M GREENHAFF PL Bioquiacutemica do exerciacutecio e do treinamento 1 ed Satildeo Paulo Manole p 132-136 2000

MAZO GZ LOPES MA BENEDETTI TB Atividade fiacutesica e o idoso concepccedilatildeo gerontoloacutegica Porto Alegre Sulina 2001

MAZZEO RS CAVANAGH P EVANS WJ et al - Exerciacutecio e atividade fiacutesica para pessoas idosas Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 3 p 48-68 1998

Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 29 n 1 p 58-62 1997

MEEUSEN R PIACENTINI M Exercise and Neurotransmission A Window to the Future European Journal of Sport Science v 1 n 1 p 1-12 2001

MEEUSEN R ROEYKENS J MAGNUS L et al Endurance perform ance in humans the effect of a dopamine precursor or a specific serotonin (5-HT2A2C) antagonist International Journal of Sports and Medicine v 18 n 8 p 571-577 1997

MEEUSEN R THORREacute K CHAOULOFF F et al Effects of tryptophan andor acute running on extracellular 5-HT and 5-HIAA levels in the hippocampus of food-deprived rats Brain Research v 740 p 245-252 1996

MEEUSEN R WATSON P HASEGAWA H et al The Serotonin Hypothesis and Beyond Sports Medicine v 36 n 10 p 881-909 2006

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111-1125 1999

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111 ndash 1125 1999

MENESES A HONG E A pharmacological analysis of serotonergic receptors effects of their activation of blockade in learning Progress in neuro-psychopharmacology amp biological psychiatry v 21 n 2 p 273-296 1997

122

MENON MA FREIRIAS A SANCHES M Tratamento de depressatildeo no idoso Psychiatry online Brazil v 3 n 12 1998

MILHAM M P ERICKSON KI BANICH MT et al Attentional control in the aging brain Insights from na fMRI study of the Stroop task Brain and Cognition v 49 n 3 p 277-296 2002

MITNITSKI AB GRAHAM JE MOGILNER AJ et al Frailty and late-life mortality in relation to chronological and biological age BMC Geriatrics v 2 p 1 2002

MONTEIRO WD Forccedila Muscular Uma Abordagem Fisioloacutegica em Funccedilatildeo do Sexo Idade e Treinamento Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 50-66 1997

MOORE KE BABYAK MA WOOD CE et al The association between physical activity and depression in older depressed adults Journal of Aging and Physical Activity v 7 n 1 p 55-61 1999

MORAIS PR SOUZA FG BAPTISTA MN Relaccedilotildees entre Siacutendrome de Burnout e Transtornos de Humor In BAPTISTA MN Suiciacutedio e Depressatildeo ndash Atualizaccedilotildeearauacutejis Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2004 p 217-230

MORAN M Depression-Serotonin link Many mysteries Remain Psychiatric News v 38 n 9 p 48 2003

MURPHY F SMITH K COWENP ROBBINS T SAHAKIAN B The effects of tryptophan depletion on cognitive em affective processing in healthy volunteers Psychopharmacology v 163 n 1 p 42-53 2002

NAIR KS Age-related changes in muscle Mayo Clinic Proceedings v75 Suppl p S14-18 2000

NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002

NERI AL Qualidade de vida na velhice e atendimento domiciliaacuterio In DUARTE YAD DIOGO MJD Atendimento domiciliar um enfoque gerontoloacutegico Satildeo Paulo Atheneu cap 4 p 33-47 2000

NEWSHOLME EA ACWORTH IN BLOOMSTRAND E Amino acids brain neurotransmitters and a functional link between muscle and brain that is important in sustained exercise in Benzi G Advances in Myochemistry London John Libbey Eurotext P 127-133 1987

NEWSHOLME EA BLOMSTRAND E Branched-chain amino acids and central fatigue The Journal of nutrition v 136 n 1 Suppl p 274S-276S 2006

NIEMAN DC Exerciacutecio e sauacutede como se prevenir de doenccedilas usando o exerciacutecio como seu medicamento Satildeo Paulo Manole 1999 p 217-308

123

NISHIMURA A TAKEUCHI Y MATSUSHITA H et al Vulnerability to aging in the rat serotonerg system Acta Neuropatholoacutegica v96 n 6 p 581-595 1998

NYBOA L SECHER NH Cerebral perturbations provoked by prolonged exercise Progress in Neurobiology v 72 p 223ndash261 2004

OAKS S Exercise and depression American Fitness v 18 n 3 p 38-41 2000

OLIVEIRA RJ FURTADO AC Envelhecimento do Sistema nervoso e o exerciacutecio fiacutesico Educacioacuten Fiacutesica y Deporte v 15 p 1-5 1999

OLIVEIRA RJ LOPES KM COacuteRDOVA C BOTTARO M Aerobic training and the changes on the serum levels of serotonin and the symptoms of depression in the elderly women Biology of Sport v 24 n 3 p 255-264 2007

OMS - Classificaccedilatildeo de transtornos mentais e de comportamento da CID-10 S Paulo Artes Meacutedicas 1993

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2003

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2002

OMS - Informe sobre la salud en el mundo Salud mental nuevos conocimientos nuevas esperanzas Ginebra Organizacioacuten Mundial de la Salud 2001

OMS - Organisation mondiale de la santeacute Active Ageing From Evidence to Action Genegraveve lOMS 2000

OMS - Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede Divisatildeo de Sauacutede Mental GRUPOWHOQOL Versatildeo em portuguecircs dos instrumentos de avaliaccedilatildeo de qualidade de Vida (WHOQOL) 1998

OMS - WHOQOL GroupThe World Health Organizations WHOQOL-BREF quality of life assessment psychometric properties and results of the international field trial A report from the WHOQOL group Quality of Life Research v 13 n 2 p 299-310 2004

ONU - Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas Populaccedilatildeo e Envelhecimeto Factos e Nuacutemeros Segunda assembleacuteia mundial sobre o envelhecimento 2002

ORSI JVA NAHAS FX GOMES HC et al Impacto da obesidade na capacidade funcional de mulheres Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira v 54 n 2 p 106-109 2008

PAFFENBARGER JR RS KAMPERT JB LEE IM Physical activity and health of college men longitudinal observations International Journal of Sports and Medicine v 18 p s200-203 1997

124

PAFFENBARGER RS Contributions of epidemiology to exercise science and cardiovascular health Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 p 426-438 1988

PAFFENBARGER RS LEE IM LEUNG R Physical activity and personal characteristics associated with depression and suicide in American college men Acta Psychiatrica Scandinavica Supplementum v 377 p 16-22 1994

PAPALEacuteO NETTO M O estudo da velhice no seacuteculo XX histoacuterico definiccedilatildeo do campo e termos baacutesicos In Freitas Elizabete Viana de et al (Orgs) Tratado de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan p 02-12 2002

PAULO MG TEIXEIRA AR JOTZ GP et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida de Cuidadores de Idosos Portadores de Deficiecircncia Auditiva Influecircncia do Uso de Proacuteteses Auditivas Arquivo Internacional de Otorrinolaringologista v 12 n 1 p 28-36 2008

PAYTON OD POLAND JL Aging process implicatios for Clinical Practice Phisical Therapy v 63 n 1 p 41-48 1983

PEacuteREZ AS La Medicina y el Proceso de Envejecimiento al Final Del siglo XX Instituto de Espana Anales de la Real Academia Nacional de Medicina ndash Nuacutemero extraordinaacuterio Madrid 1994

PETROSKI EC Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas na terceira idade Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 34-40 1997

PHILLIPS WT KIERNAN M KING A C Physical Activity as a Nonpharmacological Treatment for Depression A Review Complementary Health Practice Review v 8 n 2 p 139-152 2003

PORTER R J LUNN SB WALKER LLM et al Cognitive deficit induced by acute tryptophan depletion in patients with Alzheimerrsquos disease American Journal of psychiatry v 157 n 4 2000

POSNER M I amp DEHAENE S ATTENTIONAL NETWORKS Trends in Neuroscience V 17 n 2 p 75-79 1994

POWERS K S HOWLEY T E Fisiologia do Exerciacutecio Satildeo Paulo Manole 2003

PROVENZA IC MARA LS LIMA WC et al Relaccedilatildeo da siacutendrome do excesso de treinamento com estresse fadiga e serotonina Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 6 2005

RANG HP DALE MM RITTER JM Farmacologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 1997 p 139-444

125

RICHTER-LEVIN G SEGAL M Age-related cognitive deficits in rats are associated with a combined loss of cholinergic and serotonergic functions Annals of the New York Academy of Sciences v 24 n 695 p 254-257 1993

ROBERGS RA ROBERTS SO Exercise Physiology Exercise performance and Clinical Applicatios Mosby 1997 p 578-596

RODRIGUES MJSF O diagnoacutestico de depressatildeo Piscologia USP v 11 n 1 p 1-22 2000

ROSA DA DE MELLO MT NEGRAtildeO AB et al Mood changes after maximal exercise testing in subjects with symptoms of exercise dependence Perceptual and motor skills v 99 n 1 p 341-353 2004

ROSSI L CASTRO I TIRAPEGUI J Suplementaccedilatildeo com aminoaacutecidos de cadeia ramificada e alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de serotonina cerebral Nutrire v 26 p1-10 2003

ROSSI L TIRAPEGUI J Implicaccedilotildees do sistema serotonineacutergico no exerciacutecio fiacutesico Arquivos Brasileiros de Endocrinologia amp Metabologia Satildeo Paulo v 48 n 2 p 227-233 2004

ROSSI L TIRAPEGUIJ Aspectos atuais sobre exerciacutecio fiacutesico fadiga e nutriccedilatildeo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 13 n 1 p 67 ndash 82 1999

SANTIEacuteN SANTAMARIA ML Indicadores socials de calidad de vida Un sistema de medicioacuten aplicado al Paiacutes Vasco Montalbaacuten Madrid Centro de Investigaciones Solioloacutegicas v 133 1993

SANTOS DM SICHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica v 39 n 2 2005

SCALCO MZ Tratamento de idosos com depressatildeo utilizando triciacuteclicos IMAO ISRS e outros antidepressivos Revista Brasileira de Psiquitriatria v 24 Supl I p 55-63 2002

SCHILDER PA Imagem do corpo as energias construtivas da psique 3ordfed Satildeo Paulo Martins Fontes 1999

SCHOEVERS RA GEERLINGS M I BEEKMAN ATF et al Association of depression and gender with mortality in old age British Journal of Psychiatry v 177 p 336-342 2000

SCHUIT A J FESKENS E J M LAUNER LJ et al Physical activity and cognitive decline the role of the apolipoprotein e4 allele Medicine amp Science in sports amp Exercise v 33 n 5 p 772 ndash777 2001

SHEENArsquoS Imagem corporal Disponiacutevel em httpwwwsheenasplaceorg Acesso em 8 jan 2004

126

SILBERMAN C SOUZA C WILHEMS F et al Cognitive deficit and depressive symptoms in a community group of elderly people a preliminary study Revista de Sauacutede Publica v 29 n 6 p 444-450 1995

SILVA MMS TINOCO ALA BRITO LF et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

SILVA P Farmacologia 6ordf ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 2002 p 296-297

SILVA TE REZENDE CHA Avaliaccedilatildeo transversal da qualidade de vida de idosos participantes de centros de convivecircncia e institucionalizados por meio do questionaacuterio geneacuterico WHOQOL-BREF 2006 Horizonte Cientiacutefico Disponiacutevel em httpwwwproppufubrrevistaeletronicaEdicao202006_1Dtais_estevaopdf Acesso em 03 maio 2008

SILVA VAP BOTTARO M JUSTINO MA et al Frequumlecircncia Cardiacuteaca Maacutexima em Idosas Brasileiras uma Comparaccedilatildeo entre Valores Medidos e Previstos Arquivos brasileiros de cardiologia v 88 n 3 p 314-320 2007

SIMOtildeES HG MARCON F OLIVEIRA F et al Resposta da razatildeo testosteronacortisol durante o treinamento de corredores velocistas e fundistas Revista brasileira de educaccedilatildeo fiacutesica e esporte v 18 n 1 p31-46 2004

SKINNER JS MCLELLAN J The transition from the aerobic and anaerobic metabolism In RESEARCH QUATERLY OF EXERCISE AND SPORTS 1980

SLADE PD What is body image Behaviour research and therapy v 32 n 5 p497-502 1994

SNOWDON J How high is the prevalence of depression in old age Revista brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 42-47 2002

SNOWDON J Is depression more prevalent in old age Australian and New Zealand Journal of Psychiatry v 35 p 782-787 2001

SOARES J Niacuteveis seacutericos de serotonina frente ao exerciacutecio agudo maacuteximo em indiviacuteduos natildeo treinados e treinados em corridas de meio-fundo e velocidade 199573f Tese (Doutorado em Ciecircncias) ndash Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 1995

SORENSEN TIA STUNKARD AJ Does obesity run in families because of genes An adoption study using silhouettes as a measure of obesity Acta Psychiatric Scandinavica 1993

SOUZA FGM Tratamento da depressatildeo Revista brasileira de Psiquiatria v 21 p 18-23 1999

127

SPEAR J How long should older people take antidepressants to prevent relapse Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 70-73 2002

SPIRDUSO WW FRANCIS LD MCRAE PG Physical Dimension of Aging ndash 2nd Edition Human Kinetics 2005

STEINBERG L L SPOSITO MMM LAURO FAA et al Serum level of serotonin during rest and during exercise in paraplegic patients Spinal Cord v 36 p 18-20 1998

STELLA SG ANTUNES HK SANTOS RF et al Transtornos do humor e exerciacutecio In Mello MT organizador Atividade fiacutesica exerciacutecio fiacutesico e aspectos psicobioloacutegicos Satildeo Paulo Guanabara Koogan 2004 p 51-9

STEWART KJ Longevity Health Sciences The Phoenix Conference Annals of the New York Academy of Sciences v 1055 p 193-206 2005

STORDAL E MYKLETUN A DAHL AA The association between age and depression in the general population a multivariate examination Acta Psychiatrica Scandinava v 107 p 132-141 2003

STRUumlDER H K HOLLMANN W PLATEN P et al Effect of acute and chronic exercise on plasma amino acids and prolactin concentrations and on [3H] Ketanserin Binding to Serotonin 2A receptors on human platelets Europe Journal Apply of Physiology v 79 p 318-324 1999

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part I International Journal of Sports and Medicine v 22 p 467-481 2001a

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part II International Journal of Sports and Medicine v 22 p 482-97 2001b

TEHARD B VAN LIERE MJ COM-NOUGUE C et al Anthropometric Measurements and Body Silhouette of Women Validity and Perception Journal of the American Dietetic Association v 102 n 12 p 1779-1784 2002

THOMAS S READING J SHEPHARD RJ Revision of the Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) Canadian journal of sport sciences v 17 p 338-345 1992

THOME J HENN FA DUMAN RS Cyclic AMP response element-binding protein and depression Expert Review of Anticancer Therapy v 2 n 3 p 347-354 2002

TINOCO ALA BRITO LF SANTrsquoANNA MSL et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

128

TOMPOROWSKI PD Effects of acute bouts of exercise on cognition Acta Psychologica v 112 p 297-324 2003

TOSKOVIC NN Alterations in selected measures of mood with a single bout of dynamic Taekwondo exercise in college-age students Perceptual and motor skills v 92 n 3 Pt p 1031-1038 2001

TRELLES L El envejecimiento del sistema nervioso Aspectos estructurales y bioquiacutemicos Revista de Neuro-Psiquiatria v 4 p 192-202 1986

TRICHES R M GIUGLIANI E R Body dissatisfaction in school children from two cities in the South of Brazil Revista de Nutriccedilatildeo v 20 n 2 p 119-128 2007

VACANTI L J SESPEDES LBH SARPI MO O teste ergomeacutetrico eacute uacutetil seguro e eficaz mesmo em indiviacuteduos muito idosos com 75 anos ou mais Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 82 n 2 p 147-150 2004

VALLE LBS FILHO RMO DELUCIA R et al Farmacologia Integrada Princiacutepios baacutesicos - v 1 Rio de Janeiro Livraria Atheneu 1988 p 353-364

VARNIER M P SARTO P MARTINES D Effects of infusing branched-brain amino acid during incremental exercise with reduced muscle glycogen content European journal of applied n 69 p 26-31 1994

VISSER M FUERST T LANG T et al Validity of fan-beam dual-energy X-ray absorptiometry for measuring fat-free mass and leg muscle mass Journal Applied Physiology v 87 p 513-1520 1999

WATSON P HASEGAWA H ROELANDS B et al Acute dopaminenoradrenaline reuptake inhibition enhances human exercise performance in warm but not temperate conditions The Journal of physiology v 565 n 3 p 873-883 2005

WERNERCK FZ BARA FILHO MG RIBEIRO LCS Efeitos do exerciacutecio fiacutesico sobre os estados de humor Revisatildeo Revista Brasileira sobre psicologia do esporte v 0 p 22-54 2006

WILLIAMSON DA OrsquoNEIL PM Behavioral and psychological correlates of obesity In BRAY G A BOUCHARD C JAMES WPT eds Handbook of obesity New York Marcel Dekker 1998 p 129-142

WOOD AT HALL MR Reversed-phase high-performance liquid chromatography of catecholamines and indoleamines using a simple gradient solvent system and native fluorescence detection Journal of Chromatography v B n 744 p 221ndash225 2000

XAVIER FMF FERAZ MPT BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 p 62-70 2001

129

XAVIER F MARCOS F BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 2001

ZAVASCHI MLS SATLER F POESTER D et al Associaccedilatildeo entre trauma por perda na infacircncia e depressatildeo na vida adulta Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 n 4 p 189-95 2002

ZHANGX SUN Z ZHANG X et al Prevalence and associated factors of overweight and obesity in older rural Chinese Obesity v 16 p 168ndash171 2008

130

AANNEEXXOO 11 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE SSAAUacuteUacuteDDEE EE HHAacuteAacuteBBIITTOOSS DDEE VVIIDDAA Nome_________________________________________________________________ Endereccedilo_________________________________________________________________________ Fone ( s) ________________________ Cel _____________________ Dt nasc _________

Leia com atenccedilatildeo e escolha a resposta que mais se aproximar a sua

realidade

1 Algum meacutedico jaacute lhe disse que vocecirc tem um problema cardiacuteaco e deve fazer exerciacutecios apenas sob orientaccedilatildeo meacutedica ( ) Sim ( ) natildeo

2 Vocecirc sente dor no peito quando realiza atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

3 No mecircs passado vocecirc teve dor no peito quando natildeo estava fazendo atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

4 Vocecirc perde o equiliacutebrio por causa de tonturas ou jaacute desmaiou alguma vez ( ) Sim ( ) natildeo

5 Vocecirc tem problema em algum osso ou articulaccedilatildeo que poderia piorar com a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ( ) Sim ( ) natildeo

6 Seu meacutedico lhe receitou atualmente alguma medicaccedilatildeo (por exemplo diureacuteticos) para pressatildeo ou problema de coraccedilatildeo ( ) Sim ( ) natildeo

7 Vocecirc conhece alguma outra razatildeo pela qual natildeo deveria praticar atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo Qual ___________________________________________________________

8 Costuma fazer check- up ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

9 Vocecirc fuma ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantos cigarros por dia ___________________________________________

10 Faz uso de bebidas alcooacutelicas ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantas vezes por semana __________________________________________

131

11 Marque um ldquoxrdquo nas doenccedilas que vocecirc tem ou jaacute teve

( ) a hipertensatildeo ( ) diabetes ( ) cardiopatias ( ) doenccedila de Alzheimer ( ) acidente vascular cerebral ( ) depressatildeo ( ) doenccedila de Parkinson

( ) _____________________ ( )_________

12 Sente dores na coluna ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Onde _________________________________________________________

13 Faz controle de colesterol ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

14 Pratica exerciacutecios fiacutesicos regularmente ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

15 Qual (quais) a(s) modalidade(s) de exerciacutecio fiacutesico que vocecirc pratica atualmente _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16 Haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses 17 Com qual frequumlecircncia semanal

( ) 1x ( ) 2x ( ) 3x ( ) 4x ( ) 5x ( ) 6x ( ) 7x ( ) gt 7x 18 Qual a duraccedilatildeo desta atividade por sessatildeo (em minutos)

( ) 10 ( ) 15 ( ) 20 ( ) 30 ( ) 40 ( ) 50 ( ) 60 ( ) gt 60 19 Qual eacute a Intensidade desta atividade

( ) Leviacutessima ( ) leve ( ) moderada ( ) um pouco alta ( ) alta ( )altiacutessima NAtildeO PRATICA nenhuma atividade fiacutesica haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses ( ) nunca participou

20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

21 Toma remeacutedio para depressatildeo ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22 Sofre de insocircnia

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes 23 Toma algum remeacutedio para dormir

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual _________________________________________________________

132

24 Jaacute fez alguma cirurgia ( ) Sim ( ) natildeo

Cirurgia Data Cirurgia Data

25 Quais os remeacutedios que vocecirc estaacute utilizando atualmente

Nome do remeacutedio Para que Posologia

26 Tem algum problema de sauacutede que natildeo foi aqui relatado ainda

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (Quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 27 A respeito da sua renda familiar assinale a alternativa correspondente a sua

realidade ( ) ateacute um salaacuterio miacutenimo ( ) dois salaacuterios miacutenimos ( ) 3 salaacuterios miacutenimos ( ) 4 a 5 salarios ( ) 6 a 7 salaacuterios ( ) acima de 10 salaacuterios ( ) 10 a 15 salaacuterios ( ) acima de 15 salaacuterios

28 A respeito do seu grau de escolaridade ( ) Analfabeto ( ) primaacuterio incompleto ( ) Primaacuterio completo ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino meacutedio ( ) Ensino Superior

29 Em que classe social vocecirc se enquadra ( ) Baixa ( ) Meacutedia ( ) Meacutedia alta ( ) Alta

OBSERVACcedilOtildeES

133

AANNEEXXOO 22 ndashndash TTEERRMMOO DDEE CCOONNSSEENNTTIIMMEENNTTOO LLIIVVRREE EE EESSCCLLAARREECCIIDDOO

NOME _______________________________________________________________

1 - ESCLARECIMENTO DAS AVALIACcedilOtildeES

11 Teste de esforccedilo e sessatildeo de exerciacutecios Vocecirc estaraacute realizando 1 teste de esforccedilo em esteira A intensidade teraacute iniacutecio em um niacutevel que vocecirc poderaacute realizar facilmente e seraacute aumentada progressivamente O tempo do teste dependeraacute do seu niacutevel de aptidatildeo fiacutesica Durante a execuccedilatildeo do mesmo devido agrave sensaccedilatildeo de fadiga ou desconforto vocecirc poderaacute solicitar que seja finalizado em qualquer momento que desejar Da mesma forma poderemos parar o teste a qualquer indiacutecio de risco percebido durante o teste

Vocecirc seraacute solicitado tambeacutem a realizar uma sessatildeo de caminhada em esteira durante 20 minutos

12 Dosagem de serotonina triptofano e aminoaacutecidos Seratildeo realizadas 2 coletas de sangue em momentos distintos A primeira ser realizada no preacute-teste em repouso e a segunda no poacutes-teste apoacutes teste de esforccedilo (no caso do Grupo Controle apoacutes 20 minutos em repouso)

13 Avaliaccedilatildeo das caracteriacutesticas fiacutesicas Seratildeo avaliados a massa corporal a estatura e o percentual de gordura (atraveacutes do meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia (DXA))

14 Preenchimento de questionaacuterios e similares Questionaacuterio de Sauacutede e Haacutebitos de Vida Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Questionaacuterio de Qualidade de Vida e Escala de Imagem corporal

2 - RISCOS E DESCONFORTOS POSSIacuteVEIS DURANTE O EXERCIacuteCIO FIacuteSICO Estou ciente da possibilidade de existir certas alteraccedilotildees durante o teste de esforccedilo que podem incluir resposta anormal da pressatildeo arterial desmaios distuacuterbios do riacutetmo cardiacuteaco e em rariacutessimos casos um derrame ou morte Todo esforccedilo seraacute feito para minimizar estes riscos pela avaliaccedilatildeo das informaccedilotildees preliminares relacionadas agrave sua sauacutede e agrave sua aptidatildeo fiacutesica e pelas observaccedilotildees realizadas durante a consulta meacutedica associada a um eletrocardiograma em repouso

3 - RESPONSABILIDADES DO PARTICIPANTE Responder com clareza e veracidade todas as perguntas contidas nos questionaacuterios e testes

A participaccedilatildeo no teste de esforccedilo maacuteximo e exames (no caso do Grupo Experimental)

Informar imediatamente as sensaccedilotildees de desconforto durante o esforccedilo fiacutesico

Proceder de acordo com as instruccedilotildees de dieta alimentar e jejum no periacuteodo que anteceder a coleta de sangue

134

4 -QUESTIONAMENTOS Qualquer pergunta sobre os procedimentos utilizados nos testes exames e treinamento satildeo encorajadas Caso tenha alguma duacutevida ou observaccedilotildees favor nos solicitar explicaccedilotildees adicionais

5 -OS RESULTADOS OBTIDOS E SUA DIVULGACcedilAtildeO Estou ciente que as informaccedilotildees obtidas por meio dos resultados de todos os testes e exames poderatildeo ser utilizadas como dados em pesquisas cientiacuteficas e seratildeo divulgadas em congressos e similares

6 - BENEFIacuteCIOS ESPERADOS A realizaccedilatildeo deste estudo contribuiraacute na accedilatildeo de profissionais da aacuterea de sauacutede dando-lhes maior fundamentaccedilatildeo cientiacutefica dos benefiacutecios advindos da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico em relaccedilatildeo aos idosos Aleacutem de nortear accedilatildeo destes profissionais em divulgar esclarecer e no caso de professores de educaccedilatildeo fiacutesica prescrever com maior seguranccedila um protocolo que possa oferecer maior benefiacutecio para esta faixa etaacuteria

7 - LIBERDADE DE CONSENTIMENTO A sua permissatildeo para participar desta pesquisa eacute voluntaacuteria Vocecirc estaraacute livre para negar este consentimento ou para parar em qualquer momento se assim o desejar

Eu li este termo de consentimento e compreendi os procedimentos que realizarei Estou de acordo em participar desta pesquisa

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG do participante)

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG da testemunha)

Brasiacutelia _______________________

Responsaacutevel pela pesquisa Keila Mordf Dias Carmo Lopes (Fone 3353 2064 cel 9963 2598) Colocircnia Agriacutecola Samambaia Chaacutecara 152 Rua 4 Lote 17

135

AANNEEXXOO 33 ndashndash IacuteIacuteNNDDIICCEE DDEE PPEERRCCEEPPCcedilCcedilAtildeAtildeOO SSUUBBJJEETTIIVVAA DDEE EESSFFOORRCcedilCcedilOO

ESCALA DE BORG

6 (Nenhum esforccedilo real)

7 Muito Muito Leve

8

9 Muito Leve

10

11 Moderada (Razoavelmente)

12

13 Moderada Alta ( Pouco Intenso)

14

15 Intenso (Intensidade Alta)

16

17 Muito Intenso

18

19 Muito Muito Intenso

20 (Esforccedilo maacuteximo) A escala de Borg eacute constituiacuteda por 15 categorias graduadas de 6 a 20 estando cada grau iacutempar relacionado a uma descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido (BORG Gunnar 2000)

136

AANNEEXXOO 44 ndashndash IINNVVEENNTTAacuteAacuteRRIIOO DDEE DDEEPPRREESSSSAtildeAtildeOO DDEE BBEECCKK ((BBDDII))

Este questionaacuterio consiste em 21 grupos de afirmaccedilotildees Depois de ler cuidadosamente

cada grupo faccedila um ciacuterculo em torno do nuacutemero (0 1 2 ou 3) diante da afirmaccedilatildeo em cada

grupo que descreve melhor a maneira como vocecirc tem se sentido nesta semana incluindo

hoje Se vaacuterias afirmaccedilotildees num grupo parecerem se aplicar igualmente bem faccedila um ciacuterculo

em cada uma

Tome o cuidado de ler todas as afirmaccedilotildees em cada grupo antes de fazer a sua escolha 1 0 Natildeo me sinto triste 1 Eu me sinto triste 2 Estou sempre triste e natildeo consigo sair disso 3 Estou tatildeo triste ou infeliz que natildeo consigo suportar 2 0 Natildeo estou especialmente desanimado quanto ao futuro 1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro 2 Acho que nada tenho a esperar

3 Acho o futuro sem esperanccedila e tenho a impressatildeo de que as coisas natildeo podem melhorar 3 0 Natildeo me sinto um fracasso 1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum 2 Quando olho para traacutes na minha vida tudo o que posso ver eacute um monte de fracassos 3 Acho que como pessoa sou um completo fracasso 4 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes 1 Natildeo sinto mais prazer nas coisas como antes 2 Natildeo encontro um prazer real em mais nada 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo 5 0 Natildeo me sinto especialmente culpado 1 Eu me sinto culpado agraves vezes 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo 3 Eu me sinto sempre culpado 6 0 Natildeo acho que esteja sendo punido 1 Acho que posso ser punido 2 Creio que vou ser punido 3 Acho que estou sendo punido 7 0 Natildeo me sinto decepcionado comigo mesmo 1 Estou decepcionado comigo mesmo 2 Estou enojado de mim 3 Eu me odeio 8 0 Natildeo me sinto de qualquer modo pior que os outros 1 Sou criacutetico em relaccedilatildeo a mim devido a minhas fraquezas ou a meus erros 2 Eu me culpo sempre por minhas falhas 3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece

137

9 0 Natildeo tenho quaisquer ideacuteias de me matar 1 Tenho ideacuteias de me matar mas natildeo as executaria 2 Gostaria de me matar 3 Eu me mataria se tivesse oportunidade 10 0 Natildeo choro mais que o habitual 1 Choro mais agora do que costumava 2 Agora choro o tempo todo

3 Costumava ser capaz de chorar mas agora natildeo consigo mesmo que o queira 11 0 Natildeo sou mais irritado agora do que jaacute fui 1 Fico molestado ou irritado mais facilmente do que costumava 2 Atualmente me sinto irritado o tempo todo 3 Absolutamente natildeo me irrito com as coisas que costumavam irritar-me 12 0 Natildeo perdi o interesse nas outras pessoas 1 Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas 2 Perdi a maior parte do meu interesse nas outras pessoas 3 Perdi todo o meu interesse nas outras pessoas 13 0 Tomo decisotildees mais ou menos tatildeo bem como em outra eacutepoca 1 Adio minhas decisotildees mais do que costumava 2 Tenho maior dificuldade em tomar decisotildees do que antes 3 Natildeo consigo mais tomar decisotildees 14 0 Natildeo sinto que minha aparecircncia seja pior do que costumava ser 1 Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos 2 Sinto que haacute mudanccedilas permanentes em minha aparecircncia que me fazem parecer sem

atrativos 3 Considero-me feio 15 0 Posso trabalhar mais ou menos tatildeo bem quanto antes 1 Preciso de um esforccedilo extra para comeccedilar qualquer coisa 2 Tenho de me esforccedilar muito ateacute fazer qualquer coisa 3 Natildeo consigo fazer nenhum trabalho 16 0 Durmo tatildeo bem quanto de haacutebito 1 Natildeo durmo tatildeo bem quanto costumava

2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que de haacutebito e tenho dificuldade para voltar a dormir

3 Acordo vaacuterias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade para voltar a dormir 17 0 Natildeo fico mais cansado que de haacutebito 1 Fico cansado com mais facilidade do que costumava 2 Sinto-me cansado ao fazer qualquer coisa 3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa 18 0 Meu apetite natildeo estaacute pior do que de haacutebito 1 Meu apetite natildeo eacute tatildeo bom quanto costumava ser 2 Meu apetite estaacute muito pior agora 3 Natildeo tenho mais nenhum apetite 19 0 Natildeo perdi muito peso se eacute que perdi algum ultimamente 1 Perdi mais de 25 Kg 2 Perdi mais de 5 Kg 3 Perdi mais de 75 Kg Estou deliberadamente tentando perder peso comendo menos SIM ( ) NAtildeO ( )

138

20 0 Natildeo me preocupo mais que o de haacutebito com minha sauacutede 1 Preocupo-me com problemas fiacutesicos como dores e afliccedilotildees ou perturbaccedilotildees no estocircmago ou

prisatildeo de ventre 2 Estou muito preocupado com problemas fiacutesicos e eacute difiacutecil pensar em outra coisa que natildeo isso 3 Estou tatildeo preocupado com meus problemas fiacutesicos que natildeo consigo pensar em outra coisa 21 0 Natildeo tenho observado qualquer mudanccedila recente em meu interesse sexual 1 Estou menos interessado por sexo que costumava 2 Estou bem menos interessado em sexo atualmente 3 Perdi completamente o interesse por sexo

139

AANNEEXXOO 55 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE QQUUAALLIIDDAADDEE DDEE VVIIDDAA

((WWHHOOQQOOLLndashndash bbrreeff))

Nome___________________________________________________ Modalidade ________________________________________ Este questionaacuterio eacute sobre como vocecirc se sente a respeito de sua qualidade de vida sauacutede e outras aacutereas de sua vida Por favor responda a todas as questotildees Se vocecirc natildeo tem certeza sobre que resposta dar em uma questatildeo por favor escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada Esta muitas vezes poderaacute ser sua primeira escolha Por favor tenha em mente seus valores aspiraccedilotildees prazeres e preocupaccedilotildees Noacutes estamos perguntando o que vocecirc acha de sua vida tomando como referecircncia as duas uacuteltimas semanas Por favor leia cada questatildeo veja o que vocecirc acha e circule no nuacutemero e lhe parece a MELHOR RESPOSTA 1- Como vocecirc avaliaria sua qualidade de vida muito ruim Ruim nem ruim nem boa boa muito boa 1 2 3 4 5

2-Quatildeo satisfeito vocecirc estaacute com a sua sauacutede

muito insatisfeito Insatisfeito nem satisfeito nem insatisfeito satisfeito muito satisfeito

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes satildeo sobre o quanto vocecirc tem sentido algumas coisas nas uacuteltimas duas semanas 3-Em que medida vocecirc acha que sua dor (fiacutesica) impede vocecirc de fazer o que vocecirc precisa nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

4-O quanto vocecirc precisa de algum tratamento meacutedico para levar sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

5- O quanto vocecirc aproveita a vida nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

6- Em que medida vocecirc acha que a sua vida tem sentido nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

7- O quanto vocecirc consegue se concentrar nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

8- Quatildeo seguro(a) vocecirc se sente em sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

9- Quatildeo saudaacutevel eacute o seu ambiente fiacutesico (clima barulho poluiccedilatildeo atrativos) nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

140

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo completamente vocecirc tem sentido ou eacute capaz de fazer certas coisas nestas uacuteltimas duas semanas 10- Vocecirc tem energia suficiente para seu dia-a- dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

11- Vocecirc eacute capaz de aceitar sua aparecircncia fiacutesica nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

12- Vocecirc tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

13- Quatildeo disponiacuteveis para vocecirc estatildeo as informaccedilotildees que precisa no seu dia-a-dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

14- Em que medida vocecirc tem oportunidades de atividade de lazer nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo bem ou satisfeito vocecirc se sentiu a respeito de vaacuterios aspectos de sua vida nas uacuteltimas duas semanas 15- Quatildeo bem vocecirc eacute capaz de se locomover

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 16- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu sono

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 17- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 18- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade para o trabalho

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 19- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute consigo mesmo

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 20- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com suas relaccedilotildees pessoais (amigos parentes conhecidos colegas)

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 21- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua vida sexual

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 22- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o apoio que vocecirc recebe de seus amigos

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5

141

23- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com as condiccedilotildees do local onde mora

muito ruim ruim Nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 24- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu acesso aos serviccedilos de sauacutede

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 25- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu meio de transporte

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes referem-se a com que frequumlecircncia vocecirc sentiu ou experimentou certas coisas nas uacuteltimas duas semanas 26- Com que frequumlecircncia vocecirc tem sentimentos negativos tais como mau humor desespero ansiedade depressatildeo

nunca Algumas vezes frequumlentemente muito frequumlentemente sempre

1 2 3 4 5

Algueacutem lhe ajudou a preencher este questionaacuterio ( ) Sim ( ) Natildeo

Quanto tempo vocecirc levou para preencher este questionaacuterio _________________

Vocecirc tem algum comentaacuterio sobre o questionaacuterio

OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO

142

AANNEEXXOO 66 ndashndash EESSCCAALLAA DDEE AAVVAALLIIAACcedilCcedilAtildeAtildeOO DDAA IIMMAAGGEEMM CCOORRPPOORRAALL

NOME______________________________________________________ IDADE ____________ M C _________ Gord ________ IMC ___________

A seguir vocecirc tem uma seacuterie de 9 silhuetas femininas Observe

cuidadosamente cada uma das figuras e responda Qual o nuacutemero da figura

correspondente agraves seguintes perguntas Lembre que natildeo haacute respostas certas ou

erradas (Adaptado de SORENSEN e STUNKARD 1993)

1- Qual aparecircncia fiacutesica mais se parece com vocecirc ATUALMENTE 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 2- Qual aparecircncia fiacutesica que vocecirc GOSTARIA DE TER 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 3- Qual aparecircncia fiacutesica vocecirc tinha HAacute UM ANO ATRAacuteS 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 4- Avaliaccedilatildeo do avaliador 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 5- Vocecirc estaacute satisfeita com sua aparecircncia atual

( ) sim ( ) natildeo

6- Vocecirc acha que sua aparecircncia se aproxima com os padrotildees de beleza ditados pela miacutedia

( ) sim ( ) natildeo

143

7- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma dieta para o controle do peso corporal

( ) sim ( ) natildeo

8- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma cirurgia plaacutestica visando melhoria da esteacutetica corporal

( ) sim ( ) natildeo

9- Vocecirc realizaria caso fosse disponibilizado gratuitamente uma ou mais uma intervenccedilatildeo

ciruacutergica plaacutestica com fins esteacuteticos

( ) sim ( ) natildeo

144

AANNEEXXOO 77 ndashndash MMIINNEE-- EEXXAAMMEE DDOO EESSTTAADDOO MMEENNTTAALL ndashndash ((MMMMSSEE))

NOME DO SUJEITO 1) ORIENTACcedilAtildeO TEMPORAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) ANO ESTACcedilAtildeO MEcircS DIA DIA DA SEMANA TOTAL 2) ORIENTACcedilAtildeO ESPACIAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) CIDADE ESTADO BAIRRO LOCAL ANDAR OU PREacuteDIO TOTAL 3) REGISTRO MOSTRE AS 3 IMAGENS E PECcedilA AO SUJEITO PARA NOMEAacute-LAS (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL 4) CAacuteLCULO PECcedilA AO SUJEITO PARA SUBTRAIR 7 DE CADA UM DOS NUacuteMEROS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) 100 (R = 93) 93 (R = 86) 86 (R = 79) 79 (R = 72) 65 (R = 65) TOTAL 5) EVOCACcedilAtildeO PECcedilA AO SUJEITO PARA RELEMBRAR QUAIS FORAM OS TREcircS OBJETOS DA QUESTAtildeO ANTERIOR (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL

145

6) LINGUAGEM 1 MOSTRE UM RELOacuteGIO E UMA CANETA AO SUJEITO E PECcedilA PARA ELE NOMEAacute-LAS (TOTAL = 2 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) RELOacuteGIO CANETA TOTAL 7) LINGUAGEM 2 PECcedilA AO SUJEITO PARA REPETIR A FRASE NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute (TOTAL = 1 PONTO) NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute TOTAL 8) LINGUAGEM 3 VOCEcirc IRAacute DAR UM COMANDO VERBAL AO SUJEITO E PEDIR QUE ELE SIGA AS SEGUINTES ORDENS PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO E COLOQUE-O EM CIMA DA MESA (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA ORDEM SEGUIDA CORRETAMENTE)

PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO COLOQUE EM CIMA DA MESA TOTAL 9) LINGUAGEM 4 PECcedilA AO SUJEITO QUE OBEDECcedilA AO COMANDO QUE ESTARAacute NA PLACA COM A SEGUINTE ORDEM ldquoFECHE OS OLHOSrdquo (TOTAL = 1 PONTO) FECHE OS OLHOS TOTAL 10) LINGUAGEM 5 PECcedilA AO SUJEITO PARA ESCREVER UMA FRASE COMPLETA (TOTAL = 1 PONTO) FRASE COMPLETA TOTAL 11) LINGUAGEM 6 DEcirc UMA FOLHA EM BRANCO AO SUJEITO MOSTRE O DESENHO ABAIXO E PECcedilA PARA QUE ELE COPIE (TOTAL = 1 PONTO)

COacutePIA DO DESENHO TOTAL ESCORE GERAL DO TESTE

146

147

148

AANNEEXXOO 99

149

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 11

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P GC Preacute 15146 plusmn 5492 1545 04532 G90LA Poacutes 17558 plusmn 5492 -337 09041 Preacute 12849 plusmn 2356 3842 00241 GLA Poacutes 15203 plusmn 4287 2018 04275 Preacute 10984 plusmn 2673 5707 00029 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6519 00099 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 3613 00770 Poacutes 12763 plusmn 3357 4458 00710 Poacutes2 11447 plusmn 4297 3173 00940

00247 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 3848 Poacutes 13052 plusmn 2934 4168 00663 Poacutes2 12022 plusmn 1698 2598 00244

GLA Preacute 12849 plusmn 2356 2297 02123 G90LA Poacutes 15203 plusmn 4287 2355 03553 Preacute 10984 plusmn 2673 4162 00377 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6856 00072 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 2067 03392 Poacutes 12763 plusmn 3357 4795 00536 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 2303 02081 Poacutes 13052 plusmn 2934 4505 00486 GLA Preacute 10984 plusmn 2673 1865 01609 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 4501 00262 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -230 08899 Poacutes 12763 plusmn 3357 2440 02256 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 005 09966 Poacutes 13052 plusmn 2934 2150 02415

Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -2095 02360 G90PCR Poacutes 12763 plusmn 3357 -2061 02040 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -1860 01790 Poacutes 13052 plusmn 2934 -2351 01131 Gmax GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -290 08877 Poacutes 13052 plusmn 2934 235 08519 Poacutes2 12022 plusmn 1698 -575 07157

p le 005 ple 001 ndash Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

150

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 22

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P

GC Preacute 49553 plusmn 16146 12195 01673 G90LA Poacutes 54339 plusmn 16146 6246 04558 Preacute 46411 plusmn 8074 15336 00223 GLA Poacutes 51918 plusmn 14224 8867 02782 Preacute 39965 plusmn 9746 21783 00037 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 18391 00195 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 16234 00250 Poacutes 40323 plusmn 11663 20263 00130 Poacutes2 35493 plusmn 9993 24729 00004 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 15895 00147 Poacutes 45691 plusmn 10569 14894 00399 Poacutes2 41730 plusmn 8746 18492 00017

GLA Preacute 46411 plusmn 8074 3141 06660 G90LA Poacutes 51918 plusmn 14224 2421 07550 Preacute 39965 plusmn 9746 9588 02149 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 12145 00998 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 4039 06009 Poacutes 40323 plusmn 11663 14016 00664 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 3700 05956 Poacutes 45691 plusmn 10569 8648 02060 GLA Preacute 39965 plusmn 9746 6446 01717 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 9724 01473 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 897 08526 Poacutes 40323 plusmn 11663 11595 00963 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 559 08914 Poacutes 45691 plusmn 10569 6226 03182

Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 -5549 02968 G90PCR Poacutes 40323 plusmn 11663 1871 07453 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -5887 02021 Poacutes 45691 plusmn 10569 -3497 05126 Gmax GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -338 09430 Poacutes 45691 plusmn 10569 -5369 03351

Poacutes2 41730 plusmn 8746 -6237 01900

p le 005 ple 001 ple 0001 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

151

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 33

Tabelandash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 03058 plusmn 01787 00668 04326 G90LA Poacutes 02752 plusmn 00941 01022 00677 Preacute 03406 plusmn 01851 00320 07102 GLA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00340 06476 Preacute 03391 plusmn 00889 00335 05969 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00178 08039 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00571 04149 Poacutes 03205 plusmn 01520 00568 04080 Poacutes2 03167 plusmn 00873 0078 01126 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00813 01761 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00808 01249 Poacutes2 04409 plusmn 00801 -00462 02991

GLA Preacute 03406 plusmn 01851 -00348 07077 G90LA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00681 03446 Preacute 03391 plusmn 00889 -00333 09838 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -01200 05501 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -01239 01245 Poacutes 03205 plusmn 01520 -00453 04853 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01482 00388 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01830 00011 GLA Preacute 03391 plusmn 00889 00015 06442 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00519 00965 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00891 02708 Poacutes 03205 plusmn 01520 00228 07833 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01134 01132 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01149 01040

Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00906 01058 G90PCR Poacutes 03205 plusmn 01520 00747 03631 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01149 00124 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00629 03426 Gmax GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00242 06217 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01377 00376

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos Poacutes2 04409 plusmn 00801 -01242 00080

152

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 44

p le 005 ple 001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

Tabela ndash Compara

ccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 01094 plusmn 00459 -00171 03536 Poacutes 01057 plusmn 00547 -00019 09313 GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00016 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00024 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00017 08995 Poacutes 00997 plusmn 00394 00040 08235 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00285 00818 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00049 08348 Poacutes2 00998 plusmn 00326 -00055 06946 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00333 00017 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00263 00552 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00329 00016 G90LA GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00188 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00043 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 00154 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00059 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00113 05976 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00029 09174 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00162 03312 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00244 02349 GLA G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00033 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00016 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00301 01453 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00073 07935 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00350 00290 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00287 01499 G90PCR Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00268 01406 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00089 07229 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00316 00149 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00303 00631 Gmax GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00048 07216 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00214 03161 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00274 00364

  • A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e confiar quando tantos desconfiaram
    • BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007
      • FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999
        • Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986
        • NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002
          • Nome_________________________________________________________________
            • 20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia
            • OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO
                • NOME______________________________________________________
                • ANO
                  • ESTACcedilAtildeO
                    • CIDADE
                    • PENTE
                    • PENTE
                    • RELOacuteGIO
                    • NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute
                    • PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA
                    • FECHE OS OLHOS
                    • FRASE COMPLETA
                    • COacutePIA DO DESENHO
Page 7: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

vii

Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores por aquEle que nos amou Porque estou certo de quenem a morte nem a vida nem anjos nem principadosnem coisas presentes nem futuras nem potestadesnem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura nos poderaacute separar do amor de Deusque estaacute em Cristo Jesus nosso Senhorrdquo

(Rm 83739)

viii

LLIISSTTAA DDEE AABBRREEVVIIAACcedilCcedilOtildeOtildeEESS EE SSIIGGLLAASS

5-HIAA Aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico - principal metaboacutelito da 5-HT

5-HT 5- Hidroxitriptamina ou serotonina

AAN Aminoaacutecidos neutros (AACR + AAA)

AACR Aminoaacutecidos de Cadeira Ramificada (Valina Leucina e Isoleucina)

AAA Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (Tirosina e Fenilalanina)

ACSM American College of Sports Medicine

AL Aacutecido Laacutetico

AVAD Anos de vida perdidos por morte prematura ou por ldquodescapacidadesrdquo

BNDF Brain- Derived Neurotrophic Factor

CC Circunferecircncia de Cintura

CID 10 Deacutecima versatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional das Doenccedilas

DEXA Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia

EDTA Aacutecido etilenodiaminotetraaceacutetico

et al e outros

FC Frequumlecircncia Cardiacuteaca

GC Grupo Controle

G10LA Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio

GLA Grupo Experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade do limiar anaeroacutebio

G90PCR Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Gmax Grupo experimental submetido a um teste cardiovascular maacuteximo

GLA1h Grupo experimental submetido a uma sessatildeo de exerciacutecios na

intensidade de 10 do limiar anaeroacutebio por um periacuteodo de 1h

h hora

HPLC-FD High-performance liquid chromatographic Fluorometric Detection

(Cromatografia liacutequida de alta performance com detector de

fluorescecircncia)

ix

BDI Beck Depression Inventory (Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck)

IMC Iacutendice de massa corporal

IPE Iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (escala de Borg)

LA Limiar anaeroacutebio (neste estudo considerado equivalente ao LV)

LL Limiar laacutetico

LV Limiar ventilatoacuterio

MAO Monoaminaoxidase

mg miligrama

min minuto

ml mililitro

nm Nanograma

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

RCQ Relaccedilatildeo cintura quadril

SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia

SNC Sistema nervoso central

TC Teste de carga

TRP Triptofano (aminoaacutecido essencial precursor da 5-TH)

TRP-L Triptofano livre (desligado da albumina)

UCB Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

max Consumo maacuteximo de oxigecircnio VO2

VO2 pico Pico de Consumo de oxigecircnio GC Percentual de gordura corporal

x

LLIISSTTAA DDEE FFIIGGUURRAASS

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina34

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas 35

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na Fadiga Perifeacuterica e Fadiga Central 42

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do Programa de atendimento ao idoso do

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade

Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF onde foi realizada a seleccedilatildeo da

amostra)62

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da Composiccedilatildeo Corporal atraveacutes do meacutetodo de

Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na

Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (UCB-DF) 64

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante

teste incremental maacuteximos avaliada no LEEFS ndash UCB-DF 65

Figura 7 ndash Escala de silhuetas Sorensen amp Stunkard (1993) 68

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por

domiacutenios e facetas 69

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob

estiacutemulo de estresse106

xi

LLIISSTTAA DDEE TTAABBEELLAASS

Tabela 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que

apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT xviii

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados

aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA

GLA1h G90LA e Gmax) 59

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio-padratildeo) das variaacuteveis da amostra 74

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvios-padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o

teste de potecircncia aeroacutebia 76

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio-padratildeo do Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva

de esforccedilo durante teste de carga 76

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio-padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da

amostra distribuiacutedos por silhuetas 77

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal 79

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance

cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e

consumo pico (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina

em repouso 81

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2)

VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) 82

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intragrupo (preacute e poacutes-testes) das variaacuteveis Serotonina

Triptofano os Aminoaacutecidos Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia

Ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos

experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h) 83

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-

teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2

das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h 84

xii

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 86

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 88

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes agrave

variaacutevel Prolactina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes)

entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os

grupos GC Gmax e GLA1h 89

xiii

LLIISSTTAA DDEE GGRRAacuteAacuteFFIICCOOSS

Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ

GC CC e IMC) apresentadas por mulheres idosas participantes

deste estudo 75

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos)

da performance cognitiva (Avaliado) e dos valores de referecircncia

(Esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte 77

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como imagem

corporal real e imagem corporal ideal 78

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

por silhuetas (S) de 1 a 9 79

Graacutefico 5 ndash Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (Fis) psicoloacutegico (Psic)

social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral

obtida entre estes domiacutenios 80

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de

depressatildeo 80

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano

da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo 81

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis

serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 85

Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 87

Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de

Prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 88

xiv

Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de AACR

e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e

do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 91

Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste da relaccedilatildeo do Triptofano

e Aminoaacutecidos Aromaacuteticos e do Triptofano com os Aminoaacutecidos de

Cadeia Ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e

GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h 92

xv

LLIISSTTAA DDEE AANNEEXXOOSS

Anexo 1 ndash Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 130

Anexo 2 ndash Termo de consentimento livre e esclarecido133

Anexo 3 ndash Iacutendice de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo 135

Anexo 4 ndash Inventaacuterio de depressatildeo de Beck (BDI) 136

Anexo 5 ndash Questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOLndashbref)139

Anexo 6 ndash Escala de avaliaccedilatildeo da imagem corporal142

Anexo 7 ndash Mine-exame do estado mental ndash (MMSE)144

Anexo 8 ndash Declaraccedilatildeo de ciecircncia institucional 146

Anexo 9 ndash Processo de anaacutelise do projeto de pesquisa 148

xvi

LLIISSTTAA DDEE AAPPEcircEcircNNDDIICCEESS

Apecircndice 1 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os

grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 149

Apecircndice 2 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agraves concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada

(AACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos

os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC

Gmax e GLA1h 150

Apecircndice 3 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos

(TRPAAA) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre

todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos

GC Gmax e GLA1h 151

Apecircndice 4 ndash Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas

referentes agrave relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste

(poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre

os grupos GC Gmax e GLA1h 152

xvii

GGLLOOSSSSAacuteAacuteRRIIOO

Neste estudo foram adotados os seguintes constructos1

Aeroacutebio na presenccedila de oxigecircnio livre

Anaeroacutebio ausecircncia de oxigecircnio livre

Atividade fiacutesica qualquer movimento corporal produzido por muacutesculos e que

resulta em maior dispecircndio de energia

Carboxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de CO2 catalisado por uma enzima que

utiliza biotina como grupo prosteacutetico

Deaminaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de um grupo amino (NH2)

Efeitos agudos ou respostas agudas ao exerciacutecio alteraccedilotildees sistecircmicas

orgacircnicas e celulares que ocorrem na mesma escala temporal que uma sessatildeo

simples de exerciacutecio

Efeitos crocircnicos ou respostas crocircnicas ao exerciacutecio alteraccedilotildees celulares

orgacircnicas e sistecircmicas que se mantecircm por um periacuteodo de tempo apoacutes ou como

consequumlecircncia do treinamento fiacutesico

Exerciacutecio uma subclasse da atividade fiacutesica ou seja eacute uma atividade fiacutesica

planejada estruturada repetitiva e proposital

Hidroxilaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a adiccedilatildeo de um grupo de hidroxila (OH) a uma

moleacutecula

Limiar anaeroacutebio primeiro limiar ventilatoacuterio corresponde ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas)

Oxidaccedilatildeo reaccedilatildeo que envolve a perda de eleacutetrons de um aacutetomo Eacute sempre

acompanhada de uma reduccedilatildeo

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio considerado neste estudo como o segundo

limiar ventilatoacuterio referente ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e

PETO2 coincidiram com a queda de PETCO2

Substrato moleacutecula reativa ou reagente em uma reaccedilatildeo catalisada por enzima

O termo constructo eacute aqui usado conforme a definiccedilatildeo de LAKATOS amp MARCONI (2003) () constructo eacute um conceito e deliberadamente inventado ou adotado com um propoacutesito cientiacutefico () (LAKATOS amp MARCONI 2003 p 104)

xviii

RREESSUUMMOO

Objetivos 1) Identificar o perfil antropomeacutetrico (PA) e psicomeacutetrico (PP) da amostra e 2) verificar o efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre as alteraccedilotildees perifeacutericas do sistema serotonineacutergico atraveacutes das concentraccedilotildees da serotonina (5-HT) e do triptofano (TRP) e de possiacuteveis alteraccedilotildees centrais atraveacutes da prolactina (PROL) e das relaccedilotildees entre o TRP e aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e aminoaacutecidos de cadeira ramificada (AACR) Meacutetodo A amostra constituiacuteda por idosas ativas (n=49 6406plusmn37 anos VO2pico= 2068plusmn249) foi dividida para um grupo controle (GC) e cinco grupos experimentais (GEs) submetidos a exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90 do limiar anaeroacutebio (LA) no LA e a 90 do ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA GLA e G90PCR respectivamente) a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax) e a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo no LA (GLA1h) A descriccedilatildeo do PA foi avaliada atraveacutes do iacutendice de massa corporal (IMC) relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) circunferecircncia de cintura (CC) e percentual de gordura corporal (IMC RCQ CC e GC - DEXA respectivamente) O PP foi avaliado atraveacutes da performance cognitiva (PC) da imagem corporal (IC) dos niacuteveis de qualidade de vida (QV) e de depressatildeo (ND) (MMSE escala de silhueta WHOQOL-bref e BDI respectivamente) Os resultados do PA indicaram IMC= 2655plusmn294 kgm2 RCQ= 087plusmn005 cm CC= 9142plusmn770 cm GC= 3666plusmn48 Para PP percebeu-se uma PC preservada (MMSE=256plusmn37) um alto niacutevel de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal (ple0001) onde 4286 indicaram a silhueta 3 como IC ideal A meacutedia de QV foi de 6818 e a meacutedia dos ND foi de 1018 Para as anaacutelises bioquiacutemicas apenas trecircs dos GEs apresentaram acreacutescimo (pgt005) das concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico observadas atraveacutes da PROL

Tabela 1 - Distribuiccedilatildeo em percentual das alteraccedilotildees promovidas pelos GEs que apresentaram acreacutescimos das concentraccedilotildees centrais de 5HT

Grupo Momento 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Preacute x Poacutes Poacutes x Poacutes2 Preacute x Poacutes2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GLA1h Preacute x Poacutes 492 368 1089 162 035 092 Poacutes x Poacutes2 Preacute x Pos2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GPCR Preacute x Poacutes 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreacutescimo = Acreacutescimo 5-HT= Serotonina TRP= Triptofano PROL= Prolactina AAA= Aminoaacutecidos aromaacuteticos e AACR= Aminoaacutecidos de cadeia ramificada Conclusatildeo As idosas apresentaram indicativos de obesidade e risco para doenccedilas relacionadas ao acuacutemulo de gordura insatisfaccedilatildeo com a IC adequaccedilatildeo da PC bom niacutevel de QV e indicativos de depressatildeo leve Respostas bioquiacutemicas indicaram que sessotildees de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo soacute promovem alteraccedilotildees (ple005) do sistema serotonineacutergico quando de alta intensidade ou de intensidade moderada e duraccedilatildeo de 1h Apesar de possiacuteveis benefiacutecios advindos de exerciacutecios de intensidades maacuteximas os submetidos entre o primeiro e segundo LA e de duraccedilatildeo acima de 20 min podem ser mais apropriadas para interferir nas concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de idosos presumivelmente relacionadas com a aquisiccedilatildeo de sauacutede mental

xix

AABBSSTTRRAACCTT

Purposes 1) Identify volunteers anthropometric (AS) and psychometric (PS) status and 2) verify the dose-response effects of cardiovascular physical exercise of different intensities and duration on the peripheral alterations of the serotoninergic system through serotonin (5-HT) and tryptophan (TRP) concentrations and the possible central alterations through prolactin (PROL) and the ration between TRP and aromatic (AAA) and branched-chain amino acids (AACR) Methods Sample was composed by active older women (n=49 6406plusmn37 years VO2max= 2068plusmn249) who were divided for a control group (CG) and five experimental groups (EGs) submitted to treadmill exercises 20 minutes of duration under intensities of 90 of anaerobic threshold (AT) 100 of AT and 90 of the respiratory compensation point (G90AT GAT and G90RCP respectively) and a maximal exercise test (Gmax) and to a walking for one hour in the AT (GAT1h) The description of AS was evaluated by the body mass index (BMI) waist to hip ratio (WHR) waist circunference (WC) and percent body fat (BF - DEXA) and PS was measured by the cognitive performance (CP) body image (BI) quality of life levels (QLL) and depression (DL) (MMSE silhouette scale WHOQOL- bref e BDI respectively) AS results indicated a BMI = 2655plusmn294 kgm2 WHT= 087plusmn005 cm WC= 9142plusmn770 cm BF= 3666plusmn48 For PS it was observed a preserved CP (MMSE=256 plusmn37) a high level of dissatisfaction in relation to body image (ple0001) in which 4286 indicated the silhouette 3 as the ideal BI The mean QLL was 6818 and the DL mean was 1018 In relation to the biochemistry analyses only three of the EGs presented increases (pgt005) of the central serotoninergic system concentrations (PROL)

Table 1 ndash Percent distribution of the alterations promoted by EGs that presented increases in the central 5HT concentrations

Groups Moment 5-HT TRP PROL AAA AACR TRPAACR TRPAAA

Gmax Pre x Post Post x Post2 Pre x Post2

1043 1575

2454

2461 1803

3820

561 388 971

182 1031 1247

1140 1197 2201

2543 118

2631

994 818 1731

GAT1h Pre x Post 492 368 1089 162 035 092 Post x Post2 Pre x Post2

1350 924

840 1166

964 019

789 639

866 898

379 290

358 222 127

GRCP Pre x Post 750 1559 300 257 557 1686 617

= ple 005 = Decreases = Increases 5-HT= Serotonin TRP= tryptophan PROL= Prolactin AAA= Aromatic Aminoacids and AACR= Branched-chain Aminoacids Conclusions All volunteers presented indicators of obesity and its related diseases dissatisfaction with BI adequate CP adequate QLL and indexes of light depression Biochemistry responses indicated that short-term exercise sessions promoted alterations (ple005) on serotoninergic system only at high intensity or in the moderate exercises duration of 1 hour Although the it was observed possible positive effects of maximal exercise volunteers that exercised between AT and RCP with duration of more than 20 minutes seems more appropriated to affect central serotoninergic concentrations of older individuals presumably trhough benefits related to mental health

xx

SSUUMMAacuteAacuteRRIIOO

AGRADECIMENTOS v

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS viii

LISTA DE FIGURAS x

LISTA DE TABELAS xi

LISTA DE GRAacuteFICOS xiii

LISTA DE ANEXOS xv

LISTA DE APEcircNDICES xvi

GLOSSAacuteRIO xvii

RESUMO xviii

ABSTRACT xix

SUMAacuteRIO xx

1 INTRODUCcedilAtildeO 24

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA 24

12 PROBLEMA DO ESTUDO 26

13 OBJETIVOS 26

131 Objetivo Geral 26

132 Objetivos Especiacuteficos 27

14 HIPOacuteTESES 27

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO 28

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS 28

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO 29

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 30

xxi

21 ENVELHECIMENTO 30

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO 32

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 33

231 Respostas do Sistemas Serotonineacutergico ao Exerciacutecio Fiacutesico 36

22331111 Alteraccedilotildees na barreira hematoencefaacutelica e exerciacutecios fiacutesicos 37

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergico 38

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o sistema serotonineacutergico 40

2313 Concentraccedilatildeo de aminoaacutecidos e o Sistema Serotonineacutergico 40

232 Sistema serotonineacutergico e a fadiga central 41

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 43

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO 45

2266 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS 4499

27 QUALIDADE DE VIDA 51

28 IMAGEM CORPORAL 55

3 MATERIAL E MEacuteTODO59

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO 59

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO 60

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA 60

331 Primeira fase 61

333 Definiccedilatildeo da Amostra do Estudo 61

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS 62

341 Questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida 62

342 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 62

3421 Massa corporal 63

3422 Estatura corporal 63

xxii

3423 Percentual de gordura corporal (GC) 63

3424 Iacutendice de massa corporal (IMC) 64

3425 Circunferecircncia de cintura (CC) e relaccedilatildeo da cintura e quadril (RCQ) 64

343 Avaliaccedilatildeo meacutedica 65

344 Teste de potecircncia aeroacutebia (VO2pico) 65

345 Teste de carga 66

3451 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio (LV) 67

346 Caracteriacutesticas psicomeacutetricas 67

3461 Performance cognitiva 67

3462 Imagem corporal 67

3463 Qualidade de vida 68

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo 70

347 Anaacutelises bioquiacutemicas 70

3471 Condiccedilotildees das coletas 70

3472 Dosagens dos analiacuteticos 71

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS 72

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO 72

4 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 74

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 74

411 Perfil antropomeacutetrico da amostra 74

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA 75

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 76

431 Performance cognitiva 76

432 Imagem corporal 77

433 Niacuteveis de qualidade de vida 79

xxiii

434 Niacuteveis de depressatildeo 80

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 82

441 Serotonina 85

442 Triptofano 86

443 Prolactina 88

444 Aminoaacutecidos aromaacuteticos e aminoaacutecidos de cadeia ramificada 90

5 DISCUSSAtildeO 93

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 93

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA 94

521 Performance cognitiva 94

522 Imagem corporal 96

523 Qualidade de vida 98

524 Niacuteveis de depressatildeo 99

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO 100

6 CONCLUSAtildeO 108

7 SUGESTOtildeES PARA NOVOS ESTUDOS 110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS111

24

11 IINNTTRROODDUUCcedilCcedilAtildeAtildeOO

11 O PROBLEMA E SUA IMPORTAcircNCIA

Um dos maiores desafios da sauacutede puacuteblica mundial eacute promovido pelo

crescimento desenfreado da populaccedilatildeo idosa que totalizava em 2002 um

nuacutemero de 629 milhotildees de idosos em todo o mundo (ONU 2002) O Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica baseado em dados obtidos em 2001

projetou para 2020 um aumento expressivo dessa parcela populacional que

deslocaraacute o Brasil da 16ordf para a 6ordf classificaccedilatildeo em nuacutemero de idosos na escala

mundial (IBGE 2001)

Vaacuterios satildeo os decliacutenios e as adaptaccedilotildees que o indiviacuteduo vivencia agrave medida que

o anos se acumulam Manifestaccedilotildees de desgastes podem favorecer respostas

multivariadas durante esse processo podendo interferir na composiccedilatildeo corporal

(BARBOSA et al 2001) na aptidatildeo fiacutesica na construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da imagem

corporal (MATSUO et al 2007) no desempenho cognitivo (CASSILHAS et al 2007

BIXBY et al 2007) e na percepccedilatildeo de qualidade de vida (ACSM 1998) do idoso

Maior atenccedilatildeo deve ser concedida a este fenocircmeno pois sabe-se que a

reduccedilatildeo das respostas fisioloacutegicas podem fragilizar o organismo do idoso e reduzir a

quantidade e qualidade do desempenho do Sistema Nervoso Central (PEacuteREZ 1994

OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mais que deformaccedilotildees morfoloacutegicas satildeo promovidas pela neurobiologia do

envelhecimento Alteraccedilotildees na estrutura quiacutemica cerebral de ceacutelulas nervosas satildeo do

mesmo modo observadas Um decliacutenio das enzimas responsaacuteveis pela siacutentese de

substacircncias neurotransmissoras eacute desencadeado provocando uma queda de suas

concentraccedilotildees Esse desequiliacutebrio induz ao aumento das atividades das enzimas

responsaacuteveis pela catabolizaccedilatildeo destas substacircncias reduzindo sua disponibilidade

(TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998 e OLIVEIRA amp FURTADO 1999)

Mesmo na ausecircncia de doenccedilas o desempenho fisioloacutegico do sistema

serotonineacutergico se altera com o avanccedilar da idade Decliacutenios acentuados induzidos

25

pela reduccedilatildeo da integridade funcional desse sistema satildeo presumivelmente

responsaacuteveis pela causa ou atuam como co-fator de desordens neurodegenerativas e

psiquiaacutetricas como a depressatildeo (MORAN 2003 DUNN amp DISHMAN 1991) Todavia

em menor escala esses decliacutenios podem expor o indiviacuteduo idoso a uma maior

fragilidade e tornaacute-lo vulneraacutevel a doenccedilas (NIEMAN 1999 FEKKES 2003

GOLDBERG SMITH BARNES et al 2003)

A depressatildeo eacute considerada como um transtorno crocircnico recorrente de

etiologia multifatorial com maior prevalecircncia em pessoas do gecircnero feminino

Investigaccedilotildees indicam que maior frequumlecircncia de sintomas depressivos satildeo percebidos

com o avanccedilar da idade (SIlBERMAN SOUZA WILHEMS et al 1995 XAVIER

FERRAZ BERTOLLUCCI et al 2001) chegando a atingir parcela significativa (10)

da populaccedilatildeo de idosos (SNOWDON 2002) De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial

da Sauacutede (OMS 2001) este fenocircmeno epidemioloacutegico atinge a quarta classificaccedilatildeo

entre as 20 doenccedilas de maior AVAD (anos de vida perdidos por morte prematura ou

por ldquodescapacidadesrdquo) Natildeo se sabe ao certo o custo per capta anual de cada

paciente decorrente desta patologia no Brasil poreacutem nos EUA foi estimado um gasto

de cerca de seis mil doacutelares (ZAVASCHI et al 2002)

Desde 1963 Barchas amp Fredman observaram a possibilidade de utilizar o

exerciacutecio fiacutesico como modelo de estresse capaz de alterar os niacuteveis centrais e

perifeacutericos da serotonina Segundo Chaouloff (1997) uma uacutenica sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos dependendo de sua duraccedilatildeo e intensidade pode desencadear mudanccedilas

significativas ou natildeo na siacutentese desse neurotransmissor Entretanto percebe-se que

respostas centrais ou perifeacutericas desses sistemas natildeo se apresentam uniformes nem

lineares diante dos diferentes estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico

apresentados nos estudos que investigam esse problema (DUNN amp DISHMAN 1991)

Trabalhos recentes tecircm indicado que o aumento da exigecircncia metaboacutelica

produzida pelo estresse agudo repetitivo pode resultar em adaptaccedilotildees de diversas

vias nervosas (FERREIRA TUFIK MELLO 2001) inclusive das vias serotonineacutergicas

(OLIEIRA et al 2007) Todavia limitaccedilotildees eacuteticas que impossibilitam anaacutelises

invasivas das alteraccedilotildees centrais e a proacutepria dificuldade encontrada em organizar

realizar e controlar estudos com humanos tecircm restringido o surgimento de

26

intervenccedilotildees que tenham como objetivo a investigaccedilatildeo da anaacutelise aguda deste

evento A maioria absoluta dos estudos relacionados com o exerciacutecio fiacutesico e sistema

serotonineacutergico em humanos tem se restringido agrave relaccedilatildeo desse binocircmio com a

fadiga central nesse sentido a amostra adotada por essas investigaccedilotildees tem sido

formada por indiviacuteduos jovens e atletas (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER 2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005

PROVENZA et al2005 HELGE et al 2007) Natildeo existem na literatura estudos que

investiguem os efeitos agudos do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema serotonineacutergico de

mulheres idosas as possiacuteveis alteraccedilotildees das concentraccedilotildees perifeacutericas e centrais

desse sistema em respostas ao exerciacutecio de duraccedilatildeo e intensidade comuns a essa

populaccedilatildeo satildeo ateacute hoje desconhecidas

Mesmo considerando que a evidente influecircncia positiva exercida pela praacutetica

regular da atividade fiacutesica nos estados de humor possa estar relacionada inclusive

com alteraccedilotildees das concentraccedilotildees serotonineacutergicas e dessa intervenccedilatildeo ter a

possibilidade promissora de atuar como um tratamento alternativo para a aquisiccedilatildeo

da sauacutede mental do idoso a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para pessoas sobre o

processo degenerativo do envelhecimento ainda continua no campo especulativo da

ciecircncia necessitando poreacutem de intervenccedilotildees especificamente desenvolvidas com o

intuito de compreender a amplitude de sua atuaccedilatildeo e estabelecer paracircmetros de

intervenccedilatildeo que sejam cientificamente associados com os efeitos beneacuteficos do

exerciacutecio fiacutesico sobre a sauacutede mental dessa populaccedilatildeo (DUNN amp DISHMAN 1991

HILLMAN SNOOK JEROME 2003 TOMPOROWSKI 2003 COLCOMBE amp KRAMER

2003)

12 PROBLEMA DO ESTUDO

Qual o impacto agudo do exerciacutecio fiacutesico de diferentes intensidades e

duraccedilatildeo sobre o sistema serotonineacutergico e qual intervenccedilatildeo provocaraacute maior

alteraccedilatildeo nas concentraccedilotildees centrais do sistema serotonineacutergico de mulheres idosas

ativas com idade entre 60 e 74 anos residentes em Taguatinga-DF

27

13 OBJETIVOS

131 Objetivo gera131 Objetivo gerall

O objetivo deste estudo constituiu em verificar o efeito agudo do exerciacutecio

fiacutesico cardiovascular de diferentes intensidades e duraccedilatildeo sobre alteraccedilotildees

perifeacutericas do sistema serotonineacutergico verificado atraveacutes das concentraccedilotildees

plasmaacuteticas da serotonina e do seu precursor (o triptofano) e de possiacuteveis alteraccedilotildees

centrais verificadas indiretamente atraveacutes das concentraccedilotildees da prolactina em

mulheres idosas ativas com idade entre 60 e 74 anos inscritas em um programa de

extensatildeo de atendimento ao idoso vinculado a Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia-DF

113322 OObbjjeettiivvooss eessppeecciacuteiacuteffiiccooss

1321 Verificar alteraccedilotildees das concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) dos aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e da proporccedilatildeo

desses aminoaacutecidos com o triptofano TRPAACR e TRPAAA

1322 Identificar o perfil antropomeacutetrico da amostra atraveacutes do percentual de

gordura corporal do iacutendice de massa corporal da circunferecircncia de

cintura da relaccedilatildeo cintura e quadril e classificaacute-lo segundo os pontos de

corte estabelecidos nesse estudo para cada variaacutevel

1323 Identificar o perfil psicomeacutetrico da amostra atraveacutes do niacutevel de qualidade

de vida niacuteveis de depressatildeo da performance cognitiva e da imagem

corporal das idosas desse estudo baseado nos pontos de corte dos

instrumentos utilizados para cada variaacutevel

14 HIPOacuteTESESS

141 Quando as sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacuterem-se de uma

mesma duraccedilatildeo os grupos de intensidade mais elevadas apresentaratildeo

maiores alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees da serotonina triptofano e

prolactina

142 As sessotildees de exerciacutecios cardiovasculares constituiacutedas de maior

intensidade e as de maior duraccedilatildeo promoveratildeo maiores alteraccedilotildees nas

concentraccedilotildees dos analiacuteticos dosados nesse estudo

28

15 RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

Compreender a maneira que o exerciacutecio fiacutesico pode interferir nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico de mulheres no processo da senescecircncia

pode ter grande significado nas accedilotildees preventivas e terapecircuticas da sauacutede mental

dessa populaccedilatildeo Uma vez que alteraccedilotildees centrais das concentraccedilotildees desse

neurotransmissor estejam intimamente ligadas com patologias relacionadas com

distuacuterbios do humor performance cognitiva qualidade do sono controle do apetite e

outros (DUNN amp DISHMAN 1991 LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

A anaacutelise do efeito agudo investigado neste estudo poderaacute reduzir a

prescriccedilatildeo empiacuterica do exerciacutecio fiacutesico para fins terapecircuticos aleacutem de contribuir para

a reduccedilatildeo das intervenccedilotildees farmacoloacutegicas e dos efeitos colaterais a elas agregados

aleacutem da reduccedilatildeo dos altos custos decorrentes das intervenccedilotildees tradicionais e da

promoccedilatildeo da subtraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo de serviccedilos da sauacutede puacuteblica (DIMEO et al

2001 MATTER et al 2002 PHILLIPS KIERNAN amp KING 2003)

16 VARIAacuteVEIS ESTUDADAS

Para o estudo do sistema serotonineacutergico foram avaliados Os niacuteveis de

serotonina (5-HT) triptofano (TRP) prolactina (PRL) aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (AACR) leucina valina e a isoleucina aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA)

tirosina e a fenilalanina e as relaccedilotildees do triptofano com aminoaacutecidos de cadeia

ramificada (TRPAACR) e aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA)

Para a definiccedilatildeo do perfil antropomeacutetrico da amostra foram avaliadas as

seguintes variaacuteveis o iacutendice de massa corporal (IMC) a relaccedilatildeo cintura e quadril

(RCQ) a circunferecircncia de cintura (CC) e o percentual de gordura corporal (GC)

Para a definiccedilatildeo do perfil psicomeacutetrico da amostra deste estudo foram

avaliadas as seguintes variaacuteveis o niacutevel de qualidade de vida os escores indicativos

de depressatildeo a performance cognitiva e a imagem corporal

29

17 LIMITACcedilOtildeES PERTINENTES AO ESTUDO

O alto custo orccedilado para a execuccedilatildeo deste estudo impossibilitou A inclusatildeo

de dosagens de outros marcadores bioquiacutemicos o que facilitaria sobremaneira a

compreensatildeo do cenaacuterio estudado A realizaccedilatildeo de um nuacutemero maior de coletas

por grupos o que possibilitou a realizaccedilatildeo de trecircs momentos de coletas apenas

para os grupos GC GLA1h e Gmax Adicionalmente esse fator limitou um nuacutemero

maior de indiviacuteduos na amostra o que contribuiria significativamente para a

interpretaccedilatildeo compreensatildeo e extrapolaccedilatildeo dos resultados obtidos

Por limitaccedilotildees eacuteticas algumas intervenccedilotildees realizadas para a anaacutelise das

alteraccedilotildees bioquiacutemicas centrais em experimento que utilizam modelo animal natildeo

foram permitidas neste estudo por natildeo estarem seguramente adaptadas ao

modelo humano Nesse sentido tais alteraccedilotildees foram analisadas atraveacutes da

prolactina hormocircnio considerado como marcador perifeacuterico das accedilotildees centrais

desse sistema neurotransmissor

Mesmo concisos da sensibilidade e da flutuaccedilatildeo natural das variaacuteveis

avaliadas decidiu-se pelo presente delineamento de estudo onde os grupos foram

formados por indiviacuteduos diferentes por compreender que seria mais eacutetico uma vez

que o desgaste fiacutesico intervenccedilotildees invasivas e o grande nuacutemero de visitas seria

uma sobrecarga significativa para indiviacuteduos nesta faixa etaacuteria

30

22 RREEVVIISSAtildeAtildeOO DDEE LLIITTEERRAATTUURRAA

21 ENVELHECIMENTO

A Segunda Assembleacuteia Mundial sobre o Envelhecimento realizada pelas

Naccedilotildees Unidas (2002) projetou aumento de 41 entre os anos de 2000 e 2050 do

custo global meacutedio dos cuidados de sauacutede relacionados apenas com o

envelhecimento o que representaraacute aumento de 36 para paiacuteses em

desenvolvimento e de 48 para paiacuteses desenvolvidos

O crescimento da populaccedilatildeo idosa eacute um fenocircmeno que de iniacutecio parece

caracterizar apenas ganho Todavia considerando a proporccedilatildeo que esse evento vem

ocorrendo associada agrave fragilidade dessa populaccedilatildeo o aumento populacional poderaacute

representar seacuterios problemas sociais gerando custos altiacutessimos aos governos e

consequumlentemente reduccedilatildeo na qualidade de vida

De acordo com o Censo 2000 o total de brasileiros com idade superior a 60

anos era de 14536029 o que representava 856 da populaccedilatildeo As projeccedilotildees

indicam que em 2030 teremos mais de 52 milhotildees de idosos ou 2210 da

populaccedilatildeo brasileira com mais de 60 anos fazendo-nos detentores como citado

anteriormente da 6ordf populaccedilatildeo idosa do mundo (IBGE 2000)

Natildeo se deve considerar o envelhecimento populacional como um problema

social pelo contraacuterio deve-se associaacute-lo a uma das maiores conquistas da

humanidade do seacuteculo XX O aumento da expectativa de vida no Brasil como em

todo o mundo estaacute relacionado aos esforccedilos e avanccedilos alcanccedilados no controle de

doenccedilas infecto-contagiosas melhores condiccedilotildees sanitaacuterias desenvolvimento da

induacutestria farmacecircutica planejamento familiar e mudanccedila no estilo de vida (MARINS e

ANGERAMI 1996 MATSUDO 2001)

O envelhecimento eacute um processo bioloacutegico normal que natildeo deve ser encarado

como patologia mas como processo natural que se caracteriza pela perda

progressiva das capacidades funcionais e a reduccedilatildeo da habilidade do corpo em se

adaptar agraves influecircncias do meio externo (PEacuteREZ 1994) Eacute fenocircmeno evolutivo um

31

ato contiacutenuo que acontece a partir do nascimento e caminha ateacute a morte (COSTA

1998 MAZO LOPES amp BENEDETTI 2001)

Segundo Farinatti (2002) satildeo vaacuterias as teorias que tentam explicar o

complexo processo da senescecircncia sob a oacutetica dos fenocircmenos bioloacutegicos nele

observados Entretanto tais teorias podem ser classificadas em duas grandes

categorias as de natureza geneacutetico-desenvolvimentista que entendem o processo

do envelhecimento no contexto de um continuum controlado geneticamente e as de

natureza estocaacutestica que hipotetizam que esse fenocircmeno dependeria principalmente

do acuacutemulo de agressotildees ambientais

Embora seja reconhecido como processo natural o envelhecimento natildeo eacute um

evento bioloacutegico simples Uma ampla variedade de mudanccedilas eacute observada em niacutevel

molecular celular e orgacircnico com o passar dos anos o que consequumlentemente leva

a uma reduccedilatildeo da habilidade do corpo em responder aos transtornos no equiliacutebrio

homeostaacutetico (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Da mesma forma que o ritmo do decliacutenio funcional difere entre os diversos

sistemas do corpo os eventos bioloacutegicos que se seguem ao envelhecimento

tambeacutem acontecem em momentos e em ritmos diferenciados entre indiviacuteduos

Prova disso satildeo as vezes em que somos surpreendidos quando uma pessoa diz ter

uma idade cronoloacutegica aparentando outra bioloacutegica (HAYFLICK 1997)

A diferenccedila entre o desempenho funcional de indiviacuteduos com a mesma idade

sugere que a idade cronoloacutegica que oferece informaccedilotildees numeacutericas em que as

pessoas se ordenam de acordo com sua data de nascimento seja per si medida

insuficientemente sensiacutevel a senescecircncia Dessa forma considerando a maturidade

e as diferenccedilas bioloacutegicas associadas agraves influecircncias exoacutegenas utiliza-se o termo

ldquoidade bioloacutegicardquo ou ldquoidade funcionalrdquo (CHODZKO-ZAJKO 1996)

Fatores externos como o estilo de vida (sedentarismo dietas inadequadas)

fatores ambientais agentes fiacutesicos (exposiccedilatildeo a diferentes tipos de radiaccedilatildeo)

agentes quiacutemicos (fumo aacutelcool drogas) e doenccedilas crocircnicas degenerativas podem

interferir no processo do envelhecimento A accedilatildeo conjunta desses fatores aliada agrave

32

heranccedila geneacutetica podem causar impacto na extensatildeo e velocidade da evoluccedilatildeo do

envelhecimento (MAZZEOCAVANAGH EVANS 1998 MITNITSK et al 2002)

22 EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E ENVELHECIMENTO

Existem vaacuterios conceitos e preconceitos que interferem na relaccedilatildeo entre o

desejo de exercitar e a real efetivaccedilatildeo desse haacutebito (CONNTRIPP-REIMER MAAS

2003) Esse fenocircmeno contribui para a elevaccedilatildeo da proporccedilatildeo da inatividade e

consequumlentemente da fragilidade desse segmento populacional Espera-se que

esses tabus e preconceitos sejam desmistificados por profissionais da aacuterea de sauacutede

considerando que o encorajamento exercido por eles possa exercer impacto positivo

para a adesatildeo de um estilo de vida ativo (HIRVENSALO et al 2003)

A relaccedilatildeo entre o envelhecimento exerciacutecio fiacutesico sauacutede e qualidade de vida

e a associaccedilatildeo inversa gradativa e consistente entre a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos e

a mortalidade vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente

Vaacuterios estudos longitudinais focaram seus propoacutesitos em desvendar a relaccedilatildeo entre o

binocircmio exerciacutecio fiacutesico e envelhecimento e para esse fim foram empreendidos anos

de avaliaccedilatildeo criteriosa em uma mesma amostra Resultados decorrentes desses

estudos indicam que indiviacuteduos que adotam a praacutetica regular de atividade fiacutesica

podem apresentar iacutendices de morte significativamente menores que indiviacuteduos

sedentaacuterios Que apesar de exerciacutecios leves e moderados trazerem inuacutemeros

benefiacutecios agrave sauacutede e oferecerem maior margem de seguranccedila intensidades

vigorosas claramente predizem menores taxas de mortalidade Que melhores niacuteveis

de condicionamento fiacutesico estatildeo relacionados agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedilas

cardiovasculares de enfermidades respiratoacuterias do cacircncer da pressatildeo arterial

melhora o controle do perfil lipoproteacuteico e aumenta a toleracircncia agrave glicose

(PAFFENBARGER 1988 BLAIR et al 1989 KUSHI et al 1997)

O ganho em expectativa de vida estimado pela mudanccedila do estilo de vida

sedentaacuterio para o ativo pode estar entre um e meio e dois anos de vida

(PAFFENBARGER amp KAMPERT 1997) Segundo os fisiologistas Robergs amp Roberts

(1997) uma pessoa ativa dependendo de sua aptidatildeo fiacutesica e do seu estado de

sauacutede poderaacute alcanccedilar 20 anos de diferenccedila entre a idade cronoloacutegica e a idade

33

bioloacutegica Possibilitando dessa forma que indiviacuteduos do mesmo gecircnero e com a

mesma idade cronoloacutegica possam diferir de duas a trecircs vezes em suas

caracteriacutesticas competecircncias e desempenho fiacutesico (HAYKOWSKY QUINNEY

GILLIS et al 2000 HURLEY amp ROTH 2000 NAIR 2000)

Presume-se que esse fenocircmeno relacionado aos benefiacutecios de uma vida

ativa aconteccedila em decorrecircncia da pronunciada plasticidade e adaptabilidade das

propriedades funcionais e estruturais das ceacutelulas tecidos e sistemas do corpo

humano quando expostos a estiacutemulos diversos (ASTRAND1992) Nesse sentido

dependendo da intensidade volume e duraccedilatildeo o exerciacutecio fiacutesico regular pode

exercer impacto no processo do envelhecimento realizando desaceleraccedilatildeo dos

efeitos deleteacuterios produzidos por este processo (HAYFLICK 1997 MONTEIRO

1997 PETROSKI 1997 ROBERGS amp ROBERTS 1997 ACSM 1998 NIEMAN 1999

MATSUDO MATSUDO amp NETO 2000 STEWART 2005)

23 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A serotonina tambeacutem conhecida como 5-Hidroxitriptamina (5-HT) foi

identificada haacute quase 50 anos com accedilatildeo em diversos tipos de muacutesculo liso e

posteriormente como agente que intensifica a agregaccedilatildeo plaquetaacuteria e atua como

neurotransmissor no sistema nervoso central (GOODMAN amp GILMAN 1996)

A serotonina compotildee o grupo das aminas biogecircnicas (neurotranasmissores)

que incluem tambeacutem as catecolaminas (adrenalina noradrenalina e dopamina)

Esses grupos funcionais regulam importantes vias no metabolismo dos mamiacuteferos e

satildeo descarboxiladas em sua maioria atraveacutes de aminoaacutecidos aromaacuteticos tirosina

fenilalanina e o triptofano (responsaacutevel direto pela siacutentese da serotonina) (ROSSI amp

TIRAPEGUI 2004)

O precursor da serotonina o triptofano (TRP) destaca-se dos demais

aminoaacutecidos por duas peculiaridades primeira pertence ao grupo dos aminoaacutecidos

essenciais caracterizado por sua impossibilidade de produccedilatildeo no corpo dependendo

da ingesta alimentar para o controle de suas concentraccedilotildees segundo encontra-se

34

de forma escassa na dieta podendo chegar agrave miacutenima proporccedilatildeo de 1100 em

relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos neutros (KAPCZINSKI et al 2004)

A siacutentese da serotonina parece ser limitada pela disponibilidade ou natildeo desse

aminoaacutecido no fluido extracelular que banha os neurocircnios A fonte de TRP no

ceacuterebro eacute o sangue por outro lado a fonte deste aminoaacutecido no sangue eacute a dieta

Dessa forma acredita-se que a deficiecircncia do TRP na dieta pode induzir depleccedilatildeo

serotonineacutergica no ceacuterebro (BEAR CONNORS amp PARADISO 1996) Aleacutem do

triptofano a atividade da enzima triptofanondash hidroxilase tem accedilatildeo reguladora sobre

a siacutentese da 5-HT (RANG DALE amp RITTER 1997)

Figura 1 ndash Siacutentese da serotonina Fonte ndash Devlin (1998)

35

A biossiacutentese da serotonina ocorre por uma soacute via em duas etapas em que o

triptofano da dieta eacute hidroxilado na posiccedilatildeo 5 atraveacutes da enzima triptofano-

hidroxilase dando origem ao 5-hidroxitriptofano Esse por sua vez eacute

descarboxilado sob a accedilatildeo de 5-hidroxitriptofano descarboxilase originando a 5-

hidroxitriptamina ou serotonina A principal via metaboacutelica deste neurotransmissor

envolve outra enzima encontrada em quantidade abundante e com propriedades

sobre vaacuterios substratos a monoamina oxidase (MAO) com formaccedilatildeo do aacutecido 5-

(5-HIAA) principal metaboacutelito serotonineacutergico O 5-HIAA eacute excretado pela urina e

pode ser uacutetil como indicador da produccedilatildeo serotonineacutergica no organismo (VALLE et

al 1988 GOODMAN amp GILMAN 1996)

As concentraccedilotildees serotonineacutergicas podem ser observadas nas paredes do

intestino nas ceacutelulas enterocromafins (90) no sangue nas plaquetas (8 a 9)

e no sistema nervoso central (SNC) que corresponde a um pequeno percentual da

concentraccedilatildeo serotonineacutergica total (1 a 2) Pela impossibilidade da serotonina

ultrapassar a barreira hematoencefaacutelica as concentraccedilotildees do SNC dependem da

siacutentese local No entanto mesmo representando uma pequena parcela as

concentraccedilotildees centrais ocupam posiccedilatildeo central na hegemonia neuroquiacutemica (RANG

DALE amp RITTER 1997 SILVA 2002)

Figura 2 ndash Vias serotonineacutergicas Fonte Neuroscience (1998)

36

Segundo MACHADO (1999) o sistema serotonineacutergico eacute um dos principais se

natildeo o principal sistema neurotransmissor do SNC e tem seus neurocircnios distribuiacutedos

por todo o ceacuterebro localizados na formaccedilatildeo reticular nos nuacutecleos da rafe que se

estendem na linha meacutedia do bulbo ao mesenceacutefalo (Figura 2) Os axocircnios rostrais

situados em niacuteveis mais altos nos nuacutecleos da rafe tecircm trajeto ascendente

projetando-se para quase todas as estruturas do prosenceacutefalo ateacute mesmo o coacutertex

cerebral o hipotaacutelamo e o sistema liacutembico Os axocircnios caudais situados no bulbo

satildeo projetados para a medula

Considerando que cada neurotransmissor tenha um neurorreceptor

subsequumlente investigaccedilotildees farmacoloacutegicas tecircm apontado a famiacutelia de

receptores e neurorreceptores serotonineacutergicos como a mais expressiva entre

os demais neurotransmissores 5HT1 (A B D E e F) 5HT2 (AB e C) 5HT3

5HT4 Recentes subfamiacutelias clonadas (5HT5 5HT6 e 5HT7) ainda natildeo satildeo

reconhecidas por natildeo terem suas accedilotildees fisioloacutegicas bem estabelecidas

(GOODMAN amp GILMAN 1996)

Em funccedilatildeo dessa pluralidade a accedilatildeo desse sistema eacute de caraacuteter muacuteltiplo

podendo ser percebida tanto no acircmbito perifeacuterico como ou principalmente no

sistema nervoso central Apesar de sua pequena representaccedilatildeo em relaccedilatildeo a

toda concentraccedilatildeo serotonineacutergica apresenta-se fortemente relacionada com

alteraccedilotildees fisioloacutegicas envolvidas na qualidade do sono alteraccedilotildees do humor

cogniccedilatildeo comportamento alimentar desempenho sexual e com a modulaccedilatildeo da

fadiga central (LOPES 2001 HUFFMAN et al 2004)

223311 RReessppoossttaass ddooss ssiisstteemmaass sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo aaoo eexxeerrcciacuteiacutecciioo ffiacuteiacutessiiccoo

Em um passado bem recente a maioria expressiva de estudos realizados

com o intuito de esclarecer os benefiacutecios da praacutetica regular do exerciacutecio fiacutesico

limitava-se agraves adaptaccedilotildees fisioloacutegicas perifeacutericas e suas vantagens correlacionadas

O interesse em pesquisar o papel da proteiacutena e dos aminoaacutecidos na atividade fiacutesica

foi relegado a um segundo plano visto que o maior objetivo dos estudos ateacute entatildeo

concentrava-se em observar o efeito do exerciacutecio no metabolismo de carboidratos e

37

gorduras Todavia somente a partir da deacutecada de setenta o interesse em analisar

esse paradigma foi retomado (LEMON 1995)

Em estudo pioneiro realizado por Barchas amp Fredman (1963) verificou-se

atraveacutes de modelo animal que o estiacutemulo causado pelo exerciacutecio fiacutesico promovia

alteraccedilotildees nos niacuteveis centrais serotonineacutergicos Desde entatildeo conjectura-se que os

benefiacutecios da praacutetica de exerciacutecios natildeo se limitavam agraves alteraccedilotildees dos sistemas

envolvidos na melhoria da aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria muacutesculo-esqueleacutetica e da

composiccedilatildeo corporal Pesquisas recentes apontam evidecircncias de que no sistema

nervoso central tambeacutem aconteccedilam alteraccedilotildees metaboacutelicas para equilibrar os

distuacuterbios causados pelo exerciacutecio fiacutesico seguidas de adaptaccedilotildees regulatoacuterias

capazes de alterar as concentraccedilotildees neurotransmissoras (MEEUSEN amp PIACENTINI

2001a MEEUSEN amp PIACETINI 2001b)

O sistema nervoso central em combinaccedilatildeo com o sistema neuro-endoacutecrino

exerce importante papel na regulaccedilatildeo homeostaacutetica O exerciacutecio fiacutesico eacute considerado

um desafio para homeostase visto que vaacuterios mecanismos de regulaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

(perifeacutericos e centrais) satildeo ativados durante ou apoacutes sua praacutetica como as alteraccedilotildees

percebidas nos sistemas neurotransmissores em especiacutefico no sistema

serotonineacutergico (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001)

Segundo Chaouloff (1993) existem 3 mecanismos que podem alterar as

concentraccedilotildees centrais do Sistema Serotonineacutergico em decorrecircncia do exerciacutecio

fiacutesico Primeiro a alteraccedilatildeo da permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica

Segundo aumento da lipoacutelise e por uacuteltimo atraveacutes da disputa entre aminoaacutecidos

pela passagem da barreira hematoencefaacutelica

22331111 AAlltteerraaccedilccedilotildeotildeeess nnaa bbaarrrreeiirraa hheemmaattooeenncceeffaacuteaacutelliiccaa ee eexxeerrcciacuteiacutecciiooss ffiacuteiacutessiiccooss

A barreira hematoencefaacutelica eacute um conjunto complexo de defesa do ceacuterebro

que o protege de possiacuteveis ldquosubstacircncias estranhasldquo ou toacutexicas que possam danificaacute-

lo mantendo um ambiente quiacutemico protegido e constante para o seu bom

funcionamento Eacute semipermeaacutevel ou seja permite que algumas substacircncias a

atravessem enquanto limitam a entrada de muitas outras O tamanho das moacuteleacuteculas

38

das substacircncias eacute considerado como fator de limitaccedilatildeo para sua entrada no sistema

nervoso central (WIKEPEDIA 2007) Fenocircmenos percebidos durante a praacutetica de

exerciacutecios fiacutesicos como a hipertensatildeo a hiperosmolaridade e a hipertermia podem

alterar a permeabilidade dessa barreira

Nas uacuteltimas deacutecadas vaacuterios foram os meacutetodos e intervenccedilotildees desenvolvidos

com o intuito de analisar a evoluccedilatildeo do metabolismo da circulaccedilatildeo e da accedilatildeo

neurotransmissora cerebral Muitas delas foram utilizadas para verificar e esclarecer

a interferecircncia do exerciacutecio fiacutesico sobre este sistema e apesar das limitaccedilotildees eacuteticas

para intervenccedilotildees em humanos a hipoacutetese desta interferecircncia eacute amplamente aceita

entre autores (MEEUSEN amp PIACENTINI 2001 NYBOA amp SECHER 2004)

2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergic2312 Lipoacutelise e o sistema serotonineacutergicoo

Os aacutecidos graxos livres (AGL) satildeo combustiacuteveis importantes em nosso

organismo e satildeo considerados assim como os carboidratos substratos de primeira

importacircncia para o recurso energeacutetico Satildeo armazenados em sua maioria tanto na

forma de triacilglicedes nas ceacutelulas adiposas como nas ceacutelulas musculares Para que

sejam metabolizados eacute necessaacuterio que ocorra um processo chamado lipoacutelise tambeacutem

conhecido como ldquohidroacutelise de trigliceacuteriderdquo onde acontece a quebra dos triacilglicedes

em aacutecidos graxos (trecircs moleacuteculas) e glicerol (uma moleacutecula) Esse processo eacute

favorecido tanto sob condiccedilotildees de dieta hipocaloacuterica jejum ou desnutriccedilatildeo

hipotermia como tambeacutem pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos (HOUSTON 2001

POWERS amp HOWLEY 2003)

Segundo Helge et al (2007) e Friedlander et al (2007) a intensidade a

duraccedilatildeo da sessatildeo de exerciacutecio e o niacutevel de treinamento do indiviacuteduo satildeo fatores

determinantes para definir a disponibilidade de gordura que seraacute utilizada como

fonte de combustiacutevel Enquanto reduccedilotildees satildeo percebidas em outras fontes de

gordura durante o exerciacutecio fiacutesico concomitantemente satildeo observados aumentos

graduais e progressivos desse substrato do repouso agrave intensidades leves de leve agrave

moderada Todavia com o crescente aumento da intensidade a oxidaccedilatildeo dos AGLs

manteacutem-se constante durante a praacutetica de exerciacutecios de alta intensidade Por outro

lado perceberam que medidas das concentraccedilotildees sistecircmicas de AGL atuam apenas

39

como marcadores das reais concentraccedilotildees em grandes massas musculares que

podem apresentar maior migraccedilatildeo desses para as ceacutelulas musculares quando

comparadas com concentraccedilotildees no fluxo plasmaacutetico

Os aacutecidos graxos satildeo moleacuteculas de estrutura longa (de 16 a 18 aacutetomos de

carbono) tem baixo niacutevel de soludibilidade no meio aquoso do sangue e difundem

com dificuldade atraveacutes da membrana Para facilitar seu transporte para dentro das

ceacutelulas utilizam-se da albumina proteiacutena transportadora que possui trecircs siacutetios de

ligaccedilatildeo de alta afinidade para os AGLs As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de AGL em

repouso (valor aproximado de 02 ndash 04 mmol-1) podem ter aumento significativo

durante ou apoacutes o exerciacutecio fiacutesico (atingindo um valor de 20 mmol-1) necessitando

de maior accedilatildeo e concentraccedilatildeo da albumina A captaccedilatildeo destes aacutecidos pelo muacutesculo

estaacute diretamente relacionada agrave sua disponibilidade plasmaacutetica e por isso a

mobilizaccedilatildeo lipoliacutetica das reservas lipiacutedicas eacute um passo importante para garantir o

suprimento adequado de nutrientes para trabalho muscular prolongado (MAUGHAN

GLEESON amp GREENHAFF 2000 HOUSTON 2001)

O triptofano precursor da 5-HT assim como os AGLs tambeacutem utiliza-se

da albumina como transportador Eacute o uacutenico aminoaacutecido que se apresenta no

sangue sob duas formas 1) ligado agrave albumina (TRP) que representa 90 da

concentraccedilatildeo total de triptofano (TRP + TRP-L) e 2) livre (TRP-L) que

representa apenas 10 do TRP total No entanto essa pequena parcela eacute

responsaacutevel direta pela siacutentese da serotonina Acredita-se que somente a fraccedilatildeo

de TRP-L esteja disponiacutevel para ser transportada para o SNC considerando que

o tamanho da moleacutecula da albumina seja um fator limitante para sua

ultrapassagem pela barreira hematoencefaacutelica (HUFFMAN et al 2004)

Vaacuterios autores (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL

amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000 HUFFMAN et al

2004) perceberam que a lipoacutelise promovida pela praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

pode interferir nas concentraccedilotildees dessas porccedilotildees do triptofano (TRP e TRP-L)

Uma vez que o aumento da demanda de AGL desloca o TRP dos siacutetios de

40

ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente aumento da

disponibilidade deste precursor no SNC

22331133 CCoonncceennttrraaccedilccedilatildeatildeoo ddee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ee oo ssiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo

Vaacuterios aspectos abordados anteriormente podem estar limitando a

probabilidade de ultrapassagem do TRP pela barreira hematoencefaacutelica primeiro por

ser um aminoaacutecido essencial tem sua produccedilatildeo no organismo impossibilitada e

depende diretamente da qualidade da ingesta alimentar Segundo apresenta relaccedilatildeo

reduzida da porccedilatildeo livre responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT comparada com a porccedilatildeo

ligada agrave albumina (MAUGHAN amp SHIRREFFS 1996 ROSSI amp TIRAPEGUI 2003)

Terceiro tem uma baixa concentraccedilatildeo plasmaacutetica em relaccedilatildeo a outros aminoaacutecidos

(1100) aleacutem de concorrer pelo mesmo transportador para a ultrapassagem da

barreira hematoencefaacutelica com outros aminoaacutecidos neutros (AAN) a tirosina e

fenilalanina conhecidos como aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e a leucina isoleucina e

valina conhecidos como aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) Este processo de

transporte eacute regulado por competiccedilatildeo e a afinidade do transportador pelo

aminoaacutecido eacute determinada pelas concentraccedilotildees relativas dos demais aminoaacutecidos

Desta forma quanto maior for a proporccedilatildeo triptofano livre em relaccedilatildeo aos

aminoaacutecidos (TRP-LAAN) maior seraacute sua concentraccedilatildeo no SNC Adicionalmente a

razatildeo TRPAACR eacute utilizada como potencial determinante da acumulaccedilatildeo cerebral de

TRP e consequumlentemente da siacutentese de 5-HT (ROSSI amp TIRAPEGUI 2003

ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005)

Estudos comprovam que alteraccedilotildees neuroquiacutemicas desencadeadas pelo

estiacutemulo do estresse fiacutesico podem modificar tambeacutem os resultados obtidos pela

competiccedilatildeo do TRP e demais aminoaacutecidos pelo transportador Durante o exerciacutecio

percebe-se um ecircxodo de seis aminoaacutecidos da circulaccedilatildeo plasmaacutetica para serem

oxidados nos muacutesculos esqueleacutetico entre eles os AACRs Apesar de sua pequena

expressatildeo para a siacutentese energeacutetica os aminoaacutecidos podem oferecer importante

contribuiccedilatildeo para provisatildeo de energia quando a disponibilidade de outros

combustiacuteveis for limitada Sua utilizaccedilatildeo como substrato eacute capaz de um incremento

expressivo durante o exerciacutecio podendo atingir um grau de oxidaccedilatildeo como no caso

da leucina cinco vezes maior que em situaccedilatildeo de repouso (MAUGHAN GLEESON amp

GREENHAFF 2000) levando a uma subsequumlente reduccedilatildeo da concentraccedilatildeo destes

41

aminoaacutecidos na circulaccedilatildeo Todo esse processo estimula a capacidade de captaccedilatildeo do

TRP-L pelo ceacuterebro e promove tanto a siacutentese como a liberaccedilatildeo da 5-HT central

(COSTILL BOWERS amp BRAUNAM 1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973

MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000)

Diferentes intensidades e duraccedilatildeo podem alterar as respostas do sistema

serotonineacutergico significativamente ou natildeo (DUNN amp DISHMAN 1991) Sabe-se

portanto que o exerciacutecio intenso e prolongado pode resultar em um influxo

aumentado do precursor serotonineacutergico para o ceacuterebro e consequumlentemente um

aumento da serotonina eacute observado Nesse sentido considerando incremento desse

neurotransmissor e de seu envolvimento com mecanismos de cansaccedilo sono e dor

alguns autores sugeriram que esse sistema poderia atuar como principal mediador

do fenocircmeno conhecido como fadiga central

223322 SSiisstteemmaa sseerroottoonniinneacuteeacuterrggiiccoo ee aa ffaaddiiggaa cceennttrraall

Postergar os efeitos da fadiga e prolongar o desempenho humano satildeo

incoacutegnitas ateacute hoje incompreendidas Atualmente vaacuterios satildeo estudos que ainda

detecircm seus esforccedilos em desvendar os misteacuterios relacionados agrave fadiga perifeacuterica e

central (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004 NYBO amp SECHER

2004 ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005 PROVENZA et al2005 HELGE et al

2007) De caraacuteter multifatorial e complexo a fadiga eacute estimulada por fenocircmenos

perifeacutericos e centrais que desencadeiam respostas interligadas Davis (1998) sugere

que fatores como a duraccedilatildeo e intensidade do esforccedilo tipo e densidade das

miofibrilas musculares niacutevel de aptidatildeo fiacutesica individual motivaccedilatildeo alimentaccedilatildeo e

condiccedilotildees ambientais podem interferir na natureza e extensatildeo da fadiga

O termo ldquofadigardquo pode ser inicialmente definido como o conjunto de

manifestaccedilotildees produzidas por trabalho ou exerciacutecio prolongado tendo como

consequumlecircncia a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional de manter ou continuar o

rendimento esperado Tradicionalmente relacionava-se a fadiga a eventos

metaboacutelicos interativos que afetavam os muacutesculos Todavia estudos recentes

acatam progressivamente a hipoacutetese da fadiga central Uma vez que foi observado

que ldquofatores psicoloacutegicosrdquo como por exemplo a motivaccedilatildeo e o estado de humor

poderiam interferir no desempenho das atividades fiacutesicas limitando a performance

42

Por outro lado notou-se episoacutedios de fadiga em indiviacuteduos acamados em repouso

submetidos a intervenccedilotildees ciruacutergicas o que fugiria das bases conceituais da fadiga

perifeacuterica (BISCIOTTI VILARDI Jr 2001 ROSSI amp TIRAPEGUI 2004)

SENSACcedilAtildeO DE FADIGA

COMANDO CENTRAL Percepccedilatildeo de Esforccedilo

FATORES PSICOLOacuteGICOS Vontade proacutepria alteraccedilotildees do humor toleracircncia agrave dor vivecircncias anteriores expectativas ensaio mental etc

ALTERACcedilOtildeES PERIFEacuteRICAS Respostas dos muacutesculos juntas e tendotildees Fatores respiratoacuterios e cardiovasculares Receptores e nociceptores da pele

ALTERACcedilOtildeES NEUROBIOLOacuteGICAS Depleccedilatildeo de substrato energeacutetico e de niacuteveis de neurotransmissores em regiotildees do ceacuterebro Alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de amocircnia citocinas endorfinas temperatura etc

Figura 3 ndash Alteraccedilotildees observadas na fadiga perifeacuterica e fadiga central Fonte Figura adaptada de Nibo e Secher (2004)

Newsholme amp Bloomstrand (1987) fundamentados pelo incremento da

serotonina poacutes-exerciacutecio e por seu envolvimento com eventos de letargia de

sono de percepccedilatildeo de dor e alteraccedilotildees nos estados de humor idealizaram a

ldquohipoacutetese da fadiga centralrdquo Descreveram o envolvimento desse neurotransmissor

como um mediador em potencial da fadiga no SNC alterando a percepccedilatildeo de

esforccedilo e da fadiga muscular Todavia vaacuterios estudos sobre este tema

antecederam ao surgimento dessa hipoacutetese O primeiro autor a abordar o termo

fadiga central foi Mosso em 1904 (MEEUSEN et al 2006) que apoacutes submeter

indiviacuteduos a uma sessatildeo de esforccedilo mental percebeu incapacidade de

manutenccedilatildeo da performance muscular

Inicialmente havia uma predileccedilatildeo por utilizar modelo animal nas

investigaccedilotildees da fadiga central o que muito contribuiu para iniciar a

compreensatildeo desse tema jaacute que limitaccedilotildees oacutebvias eram inerentes em humanos

Blomstrand et al (1988) foram os primeiros a utilizar modelo humano para

43

desvendar essa temaacutetica quando observaram em 22 sujeitos a reduccedilatildeo de

19 das concentraccedilotildees dos AACRs e um incremento 24 vezes maior dos niacuteveis

de TRP-L apoacutes uma prova de maratona

Vaacuterios estudos surgiram para investigar a validade da hipoacutetese da fadiga

central que defende a ocorrecircncia de um incremento significativo da serotonina

cerebral provocada por exerciacutecios prolongados seguida por uma reduccedilatildeo da

accedilatildeo do SNC e consequumlente deteriorizaccedilatildeo do desempenho esportivo e da

praacutetica do exerciacutecio fiacutesico (NEWSHOLME amp BLOOMSTRAND 1987) Objetivando

compreender esse paradigma foram observadas intervenccedilotildees que adotaram

metodologias muacuteltiplas que normalmente foram agrupadas na literatura por

manipulaccedilotildees nutricionais (VARNIER et al 1994 CALDERS et al1999 GOMES-

MERINO et al 2001) farmacoloacutegicas (CHENNAOUI et al 2000) ou por

manipulaccedilatildeo na prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos atraveacutes de diferentes

intensidades e duraccedilatildeo (BLOMSTRAND et al 1991 BAILEY amp AHLBORN 1992

ARIDA 1998 OLIVEIRA et al 2007)

Entre as manipulaccedilotildees nutricionais mais conhecidas estatildeo as que envolvem a

restriccedilatildeo ou disponibilizaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) de

triptofano livre (TRP-L) e de carbohidratos (CHO) a manipulaccedilatildeo farmacoloacutegica ou

realizaccedilatildeo de experimentos utilizando a administraccedilatildeo de drogas que

reconhecidamente aumentam (agonistas) ou reduzem (antagonistas) a recaptaccedilatildeo

da serotonina na fenda sinaacuteptica Por uacuteltimo a variaccedilatildeo de criteacuterios adotados na

prescriccedilatildeo de exerciacutecios alterando criteacuterios de intensidade volume duraccedilatildeo

temperatura ambiente onde os exerciacutecios satildeo praticados (MEEUSEN et al 2006)

24 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Os efeitos deleteacuterios que o processo do envelhecimento ocasiona sobre

sistema serotonineacutergico e consequentemente sobre o SNC tecircm sido apontados

como fatores ou co-fatores etioloacutegicos de vaacuterias doenccedilas (depressatildeo doenccedila de

Alzheimer Parkinson etc) O decliacutenio das atividades cerebrais natildeo se apresenta de

maneira uniforme entre indiviacuteduos que muitas vezes dificulta determinar quais os

eventos decorrentes do processo natural do envelhecimento e quais constituem

quadros patoloacutegicos

44

O envelhecimento provoca alteraccedilotildees na anatomia do ceacuterebro e da medula

Estima-se que o tamanho do ceacuterebro sofra um decreacutescimo aproximado de 2 por

deacutecada Segundo Payton amp Poland (1983) um indiviacuteduo na nona deacutecada pode

apresentar uma reduccedilatildeo de ateacute 20 da massa cefaacutelica aleacutem de uma desaceleraccedilatildeo

da conduccedilatildeo nervosa de 04 ao ano

Segundo Trelles (1986) o decliacutenio do envelhecimento promove alteraccedilotildees

quantitativas e qualitativas no metabolismo proteacuteico acarretando perda neuronal

principalmente no coacutertex cerebral reduccedilatildeo das concentraccedilotildees dos

neurotransmissores e aumento de seu catabolismo Nishimura Takeuchi Matsushita

et al (1998) observaram alteraccedilotildees aberrantes na morfologia de fibras

serotonineacutergicas em algumas regiotildees do ceacuterebro Distribuiacutedas desorganizadamente

essas fibras apresentavam-se altamente arborizadas com grande nuacutemero de

varicosidades com reduccedilatildeo de sua densidade e inchaccedilo lento e progressivo do

axocircnio Essas deformidades resultaram em um enfraquecimento no transporte

Aleacutem da estrutura morfoloacutegica tambeacutem os aspectos fisioloacutegicos e bioquiacutemicos

desse sistema sofre alteraccedilotildees durante a senescecircncia Uma reduccedilatildeo da atividade da

enzima responsaacutevel pela siacutentese da 5-HT a triptofano hidroxilase eacute percebida em

aacutereas ricas em 5-HT como os nuacutecleos da rafe e consequumlentemente os niacuteveis desse

neurotransmissor satildeo reduzidos Em contrapartida o aacutecido 5-Hidroxiindolaceacutetico

mostra-se reduzido no liacutequido ceacutefalo-raquidiano Portanto como no caso das

catecolaminas a 5-HT apresenta um decreacutescimo em sua siacutentese e aumento em seu

catabolismo agrave medida que o envelhecimento progride (TRELLES 1986)

Esse decreacutescimo tambeacutem pode ser induzido tanto pela reduccedilatildeo do nuacutemero de

neurocircnios serotonineacutergicos no nuacutecleo da rafe como pelo aumento da atividade da

enzima MAO-B responsaacutevel pela degradaccedilatildeo serotonineacutergica Estudos post-mortem

demonstraram que haacute reduccedilatildeo do nuacutemero de receptores serotonineacutergicos no SNC

com o aumento da idade particularmente o 5-HT1 e o 5-HT2 Embora o significado

cliacutenico desse fato ainda natildeo esteja bem definido evidecircncias sugerem que indiviacuteduos

idosos sejam mais sensiacuteveis aos efeitos das drogas serotonineacutergicas do que os

jovens Postula-se que o prejuiacutezo da transmissatildeo neuronal ligado a menor aporte de

45

neurotransmissores ou a uma menor sensibilidade dos receptores a eles esteja

associado agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios emocionais cognitivos e de

comportamento em idosos (MENON FREIRIAS amp SANCHES 1998)

Os niacuteveis de 5-HT e seu metaboacutelito (5-HIAA) foram comparados tanto no

plasma como em plaquetas em grupo de mulheres idosas e mulheres mais jovens

Uma significativa relaccedilatildeo entre 5-HT e a idade foi observada visto que agrave medida que

a idade aumentava maiores niacuteveis de 5-HT e 5-HIAA plaquetaacuteria eram observados

Em contrapartida com o avanccedilar da idade as concentraccedilotildees de 5-HT no plasma

apresentaram-se reduzidas Todavia alteraccedilotildees significativas nas concentraccedilotildees de

5-HIAA no plasma natildeo foram observadas (KUMAR WEISS FERNANDEZ et al 1998)

25 DEPRESSAtildeO E EXERCIacuteCIO FIacuteSICO

A depressatildeo eacute uma das mais comuns e devastadoras desordens psiquiaacutetricas

Atualmente embora uma variedade de estrateacutegias de tratamento esteja disponiacutevel

sua maior problemaacutetica encontra-se na consistecircncia do diagnoacutestico e no

medicamento a ser utilizado (THOME HENN amp DUMAN 2002) Essa limitaccedilatildeo

consiste em sua etiologia indefinida associada agrave heterogeneidade de sintomas (DUNN

amp DISHMAN 1991)

A depressatildeo eacute um transtorno crocircnico e recorrente visto que

aproximadamente 80 dos indiviacuteduos que recebem tratamento para um episoacutedio

depressivo satildeo acometidos por um segundo episoacutedio ao longo de suas vidas

Tambeacutem eacute considerada como um transtorno incapacitante pois atinge a quarta

classificaccedilatildeo de causa especiacutefica de incapacitaccedilatildeo quando comparada com vaacuterias

outras doenccedilas (FLECK 2003)

De acordo com o criteacuterio de diagnoacutestico de episoacutedio depressivo da OMS

(1993) segundo a deacutecima revisatildeo da Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas

(CID-10) os sintomas e episoacutedios da depressatildeo podem se divididos

respectivamente em 1) Sintomas fundamentais constituiacutedos de humor deprimido

perda de interesse fatigabilidade e 2) sintomas acessoacuterios constituiacutedos de

concentraccedilatildeo e atenccedilatildeo reduzidas auto-estima e auto-confianccedila reduzidas ideacuteias de

46

culpa e inutilidade visotildees desoladas e pessimistas do futuro ideacuteias ou atos

autolesivos ou de suiciacutedio sono perturbado e apetite reduzido Por outro lado a

gravidade desta doenccedila foi classificada em trecircs graduaccedilotildees agrave saber

Episoacutedio leve associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais e dois acessoacuterios

Episoacutedio moderado associaccedilatildeo de dois sintomas fundamentais mais trecircs ou quatro

acessoacuterios

Episoacutedio Grave associaccedilatildeo de trecircs sintomas fundamentais mais quatro ou mais

acessoacuterios

Sabe-se que a prevalecircncia de episoacutedios depressivos tem um crescimento

linear agrave medida que envelhecemos e que o acometimento dessa doenccedila eacute mais

percebido em pessoas do gecircnero feminino (SNOWDON 2001 MAES 2002

STORDAL MYKLETUN amp DAHL 2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede a prevalecircncia de depressatildeo entre

mulheres e homens atinge a proporccedilatildeo de dois por um Todavia apesar dos avanccedilos

obtidos em justificar essa diferenccedila entre gecircneros ou ateacute mesmo em desvendar a

etiologia dessa doenccedila atraveacutes de estudos da geneacutetica influecircncias ambientais

marcadores ou anomalias bioloacutegicos comuns aos portadores de depressatildeo vaacuterias

accedilotildees profilaacuteticas e preventivas se fundamentam em hipoacuteteses e conjecturas

(RODRIGUES 2000 OMS 2000)

Prevenir a depressatildeo natildeo eacute accedilatildeo simples consiste em uma das grandes

incoacutegnitas associadas agrave essa doenccedila Identificar que medidas deveratildeo ser tomadas

no sentido de precaver recorrecircncia e recaiacuteda daquele idoso que jaacute sofreu uma ou

mais crises depressivas ainda constitui um desafio Visto que altos iacutendices de

resistecircncia ao tratamento seguidos de mortalidade satildeo observados nesta populaccedilatildeo

(SPEAR 2002) aleacutem da vulnerabilidade ao suiciacutedio a que satildeo expostos pela proacutepria

enfermidade (SCHOEVERS 2000)

O sucesso no tratamento de depressatildeo em idosos depende da gravidade desta

patologia das comorbidades com outras doenccedilas psiquiaacutetricas ou cliacutenicas da

seriedade em que o paciente e seus familiares encaram o tratamento e da escolha da

47

intervenccedilatildeo adequada visto que procedimentos mais indicados e utilizados com

frequumlecircncia por esta faixa etaacuteria natildeo estatildeo isentos de uma lista de efeitos colaterais

associados (SCALCO 2002)

Segundo GOTTFRIES (1993) o tratamento da depressatildeo no idoso segue

quase a mesma orientaccedilatildeo do tratamento em jovens exigindo um pouco mais de

criteacuterio pela maior fragilidade orgacircnica apresentada por eles Os antidepressivos satildeo

vastamente utilizados no tratamento da depressatildeo Entre eles os triciacuteclicos que tecircm

sua accedilatildeo sobre vaacuterios neurotransmissores os inibidores da enzima

monoaminaoxidase - MAO os inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo de serotonina - ISRS

e a venlafaxina que atua sobre a serotonina a noradrenalina e a dopamina Mesmo

com todo avanccedilo farmacoloacutegico esses medicamentos apresentam em alguns casos

efeitos colaterais inconvenientes como por exemplo a incompatibilidade dos

antidepressivos com outros medicamentos em caso de patologias associadas o que

eacute comum no idoso A eletroconvulsoterapia tambeacutem muito utilizada no tratamento

depressivo e considerada juntamente com os antidepressivos como um dos pilares

para essa terapia e eacute em muitos casos tida como primeira opccedilatildeo de tratamento

Contudo cuidados maiores devem ser tomados quando utilizada em idosos por sua

alta prevalecircncia de osteoporose

De acordo com SOUZA (1999) o tratamento dessa enfermidade deve ser

entendido de forma globalizada considerando o ser humano como um todo

incluindo dimensotildees bioloacutegicas psicoloacutegicas e sociais A terapia deve abranger todas

essas aacutereas natildeo omitindo a utilizaccedilatildeo de psicoterapia da farmacologia e de

mudanccedilas no estilo de vida

Entre as alteraccedilotildees adotadas para mudanccedila no estilo de vida eficazes para

melhorar os estados de humor encontra-se a praacutetica regular de exerciacutecio fiacutesico

Atualmente muitos defendem sua prescriccedilatildeo como tratamento alternativo da

depressatildeo em funccedilatildeo das alteraccedilotildees bioquiacutemicas promovidas por essa praacutetica

(DISHMAN 1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998) Os benefiacutecios

psicoloacutegicos provenientes de uma vida ativa retecircm vitalidade mobilidade e

independecircncia Melhora o sentimento de bem-estar auto-estima e apreciaccedilatildeo da vida

48

amplia a relaccedilatildeo entre amigos e conhecidos reduz o sentimento de solidatildeo e melhora

a qualidade do sono (OAKS 2000 NIEMAN 1999 DUNN amp DISHMAN 1991)

Blumenthal et al (1999) submeteram 156 senhoras idosas a uma

comparaccedilatildeo entre intervenccedilotildees farmacoloacutegicas quatro meses de exerciacutecios fiacutesicos

aeroacutebicos de intensidade moderadamente alta e a associaccedilatildeo entre exerciacutecios e

ingesta medicamentosa Eles perceberam que os trecircs grupos produziram

melhoras nos quadros depressivos e nenhuma diferenccedila significativa foi percebida

entre as intervenccedilotildees Embora os pacientes sob medicamentos tenham mostrado

respostas iniciais mais raacutepidas os submetidos ao exerciacutecio fiacutesico sistematizado

mantiveram-se por mais tempo sem recaiacutedas

Segundo Nieman (1999) pessoas fisicamente ativas e com boa aptidatildeo fiacutesica

apresentam melhor equiliacutebrio psicoloacutegico do que as sedentaacuterias O autor destacou

entre outras algumas hipoacuteteses comuns no meio cientiacutefico que tentam explicar o

sentimento de bem-estar em resposta agrave praacutetica do exerciacutecio fiacutesico regular 1) que agrave

medida que o organismo do indiviacuteduo ativo se adapte agraves alteraccedilotildees metaboacutelicas

induzidas pela praacutetica do exerciacutecio fiacutesico o corpo seja fortalecido e treinado para

reagir calmamente aos estiacutemulos desencadeados por um estresse mental 2) que a

melhora do humor possa estar atrelada agrave praacutetica de exerciacutecios aeroacutebios por produzir

um incremento do fluxo sanguumliacuteneo e do transporte de oxigecircnio para o ceacuterebro em

funccedilatildeo de alteraccedilotildees estruturais cerebrais permanentes como por exemplo o

surgimento de vasos sanguiacuteneos e terminaccedilotildees nervosas extras 3) que as alteraccedilotildees

bioquiacutemicas provocadas pelo exerciacutecio possam exercer um papel terapecircutico

importante no tratamento e prevenccedilatildeo da depressatildeo em funccedilatildeo da normalizaccedilatildeo das

concentraccedilotildees cerebrais da serotonina dopamina e norepinefrina

A associaccedilatildeo inversa entre casos depressivos tem sido investigada em estudos

longitudinais Um dos mais claacutessicos foi realizado por Paffembarger Lee amp Leugn

(1994) que teve a duraccedilatildeo de 27 anos em indiviacuteduos com idade entre 35 e 74 anos

que indicou que casos depressivos apresentavam maior associaccedilatildeo com menores

gastos energeacuteticos Outro estudo com duraccedilatildeo de 8 anos percebeu que a reduccedilatildeo

49

da frequumlecircncia semanal ou da intensidade do exerciacutecio pode aumentar a probabilidade

de casos depressivos (LAMPINEN HEIKKENEN amp RUOPPILA 2000)

Em suma percebe-se que menores niacuteveis de atividade fiacutesica estatildeo

associados com sintomas depressivos mais graves (MOORE BABYAK WOOD et al

1999) que os escores de depressatildeo estatildeo diretamente relacionados com o tempo

de praacutetica e a frequecircncia semanal que os exerciacutecios fiacutesicos satildeo oferecidos (LEGRAND

amp HEUZE 2007) que entre a comunidade cientiacutefica exista uma predileccedilatildeo por

prescrever exerciacutecios aeroacutebios para fins preventivos e terapecircuticos da depressatildeo

(RIBEIR0 1998 WERNECK et al 2006) e que a escolha da intensidade adequada

para esse fim se apresenta de forma inconsistente na literatura todavia

considerando o perfil da populaccedilatildeo percebe-se maior predileccedilatildeo intensidades leves agrave

moderada (LEGRAND amp HEUZE 2007)

26 FUNCcedilOtildeES COGNITIVAS

A ideacuteia equivocada de que a ldquosenilidaderdquo era uma consequumlecircncia normal do

envelhecimento foi amplamente disseminada Todavia percebe-se um alto grau de

afinidade entre o decliacutenio das funccedilotildees cognitivas e o avanccedilar da idade mesmo

entre indiviacuteduos saudaacuteveis (HAYFLICK 1997 SCHUIT et al 2001)

Um processo de lentificaccedilatildeo global (tanto no processamento de informaccedilotildees

quanto na realizaccedilatildeo motora de uma tarefa) eacute percebido durante o envelhecimento

poreacutem natildeo foi estabelecido um ritmo padronizado para acontecer essas alteraccedilotildees No

entanto estima-se que o melhor desempenho cognitivo seja alcanccedilado no iniacutecio da

idade adulta enquanto que o decliacutenio do mesmo seja percebido na meia idade por

volta dos 45 anos (ANTUNES MELLO amp BUENO 2002)

Durante o processo de envelhecimento eacute provaacutevel que as funccedilotildees de memoacuteria

operacional tornem-se mais susceptiacuteveis a interferecircncias de informaccedilotildees

irrelevantesdistratoras (CABEZA amp NYBERG 2000 MILHAM et al 2002) Essa

reduzida efetividade funcional parece associada a uma menor responsividade de

sistemas cerebrais acircntero-posteriores responsaacuteveis por aspectos executivos do

controle atencional (BANICH et al 2000 MILHAM et al 2002)

50

Adicionalmente resultados de investigaccedilotildees tecircm sugerido decliacutenio na

habilidade cerebral para inibir respostas natildeo apropriadas (POSNER amp DEHAENE

1994 WEST 1999 CABEZA amp NYBERG 2000) Esse deacuteficit parece decorrente de

uma descompensaccedilatildeo na sensibilidade do coacutertex anterior do ciacutengulo o melhor

candidato conhecido para o processamento inibitoacuterio e o monitoramento de

respostas em conflito (MILHAM et al 2002)

Estudos realizados nas uacuteltimas deacutecadas sugerem que condutas diaacuterias

podem afetar positivamente ou natildeo as estruturas do ceacuterebro em niacuteveis

celulares moleculares e sistecircmicos Vaacuterias pesquisas sugerem que os efeitos

promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico voluntaacuterio possam elevar os niacuteveis de fatores

neurotroacuteficos derivados do ceacuterebro (BDNF) e de outros fatores de crescimento

estimula a neurogecircnesis e aumenta a resistecircncia do ceacuterebro Nesse sentido a

melhora da aptidatildeo cardiovascular pode resultar em um aumento da

plasticidade do ceacuterebro humano aleacutem de exercer reduccedilatildeo tanto na senescecircncia

bioloacutegica como cognitiva (MATTSON CHAN amp DUAN 2002 COTMAN amp

BERCHTOLD 2002 COLCOMBE et al 2003)

Uma das hipoacuteteses mais aceita para a compreensatildeo do decliacutenio cognitivo foi

baseada na reduccedilatildeo da funccedilatildeo cardiovascular decorrente do envelhecimento que

acarretaria diminuiccedilatildeo progressiva da disponibilidade de oxigecircnio no ceacuterebro

Baseado nessa problemaacutetica estudos comprovaram atraveacutes de modelo animal o

aumento do fluxo sanguumliacuteneo e da disponibilidade de oxigecircnio durante o exerciacutecio

Todavia sabe-se que essa natildeo eacute a uacutenica contribuiccedilatildeo e alteraccedilatildeo promovida pelo

exerciacutecio fiacutesico em niacuteveis centrais Uma das habilidades desse tipo de estresse

consiste em aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefaacutelica promovendo

alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de alguns hormocircnios de neurotransmissores

(ANTUNES MELLO amp BUENO 2002 ROSSI amp TIRAPEGUI 1999)

Crescentes evidecircncias sugerem a contribuiccedilatildeo do sistema serotonineacutergico

no desempenho das funccedilotildees cognitivas Natildeo existem trabalhos disponiacuteveis ateacute

a presente data que ofereccedilam seguramente a fundamentaccedilatildeo e amplitude

desse envolvimento Contudo sua disponibilidade na fisiologia patofisiologia e

51

terapecircutica do processo cognitivo deixa-nos fortes evidecircncias desse

envolvimento (MENESES 1999)

Outro indiacutecio de envolvimento desse neurotransmissor com os aspectos

cognitivos consiste na localizaccedilatildeo de alguns receptores serotonineacutergicos em aacutereas

cerebrais responsaacuteveis pela aprendizagem e memoacuteria incluindo o hipocampo

amigdala e cortex cerebral Receptores e vias da serotonina parecem estar situados

em aacutereas relacionadas com a disfunccedilatildeo do processo cognitivo Aparentemente a

doenccedila de Alzheimer estaacute associada com decreacutescimo nos marcadores serotonineacutergicos

como do complexo da rafe complexo de captaccedilatildeotransporte e no nuacutemero de alguns

receptores serotonineacutergicos Tem-se observado que pacientes esquizofrecircnicos com

doenccedila de Alzheimer apresentam correlaccedilatildeo significativa dos niacuteveis da serotonina e de

seu principal metaboacutelito (5-HIAA) Diferentes processos serotonineacutergicos estatildeo sob

investigaccedilatildeo para serem utilizados no tratamento da amneacutesia e da doenccedila de

Alzheimer (MENESES 1999)

Na uacuteltima deacutecada o interesse em verificar a relaccedilatildeo da serotonina com a

cogniccedilatildeo aumentou subitamente apoacutes a idealizaccedilatildeo de uma manipulaccedilatildeo

farmacoloacutegica agrave base de aminoaacutecidos que resultava na depleccedilatildeo aguda do

triptofano possibilitando a realizaccedilatildeo de estudos em humanos vivos

(EDITORIAL 2004) Todavia os resultados advindos da utilizaccedilatildeo dessa

manipulaccedilatildeo natildeo satildeo convergentes em relaccedilatildeo aos benefiacutecios cognitivos

(PORTER et al 2000 MURPHY 2002) necessitando de novas intervenccedilotildees que

colaborem para o esclarecimento do tema

27 QUALIDADE DE VIDA

A busca por uma vida com qualidade felicidade bem-estar e prazer e uma

constante luta pela satisfaccedilatildeo de suas necessidades tem sido uma aspiraccedilatildeo que

acompanha o homem desde o princiacutepio da humanidade Todavia a expressatildeo

ldquoqualidade de vidardquo foi utilizada pela primeira vez ou tornou-se notoacuteria quando em

discurso o presidente dos Estados Unidos Lyndon Jonhson em 1964 afirmava que

os objetivos natildeo poderiam ser medidos atraveacutes de balanccedilos bancaacuterios Todavia

poderiam ser medidos atraveacutes da ldquoqualidade de vidardquo que estes proporcionariam agraves

52

pessoas O indicador de qualidade de vida utilizado naquele discurso baseava-se

principalmente em fatores econocircmicos o que significa na atualidade apenas uma

das facetas expressas nesse termo (SETIEacuteN SANTAMARIA 1993 OMS 1998)

Atualmente a expressatildeo ldquoqualidade de vidardquo apesar de muito utilizada natildeo

adquiriu um conceito que abrangesse todo o seu significado Por ser um termo em

moda muitas pessoas o utilizam projetando para o conceito um significado diferente

dificultando ainda mais a tentativa de definiccedilatildeo (GRIMLEY-EVANS 1996)

Esse conflito conceitual agrava-se pelo fato da variaacutevel ldquoqualidade de vidardquo ser

mensurada utilizando instrumentos situaccedilotildees contextos e pessoas distintas (KING

DOBSON HARNET 1996) GILL e FEINSTEIN (1994) observaram que 85 das

publicaccedilotildees cientiacuteficas que abordavam esse tema e que por eles foram investigadas natildeo

apresentaram uma definiccedilatildeo para ldquoqualidade de vidardquo isto talvez por sua

multidisciplinariedade Dessa forma natildeo existe entre os poucos conceitos um que

detenha aceitaccedilatildeo universal (FARQUHAR 1995)

Com o passar dos anos o interesse dessa temaacutetica aumentou

expressivamente vaacuterios instrumentos foram elaborados e validados cientificamente

construiacutedos sob forma de escalas objetivas para permitir quantificar dados tidos

como subjetivos Variando na abordagem e na forma de apresentaccedilatildeo essas escalas

satildeo aplicadas isoladamente ou associadas podendo fornecer medidas globais e

especiacuteficas de qualidade de vida Medidas que certamente natildeo tecircm a mesma

precisatildeo e rigor como por exemplo aquelas adquiridas atraveacutes de dados

bioquiacutemicos mas que satildeo capazes de contribuir para compreensatildeo de vaacuterias

problemaacuteticas e facilitar na elaboraccedilatildeo de procedimentos preventivos ou de

resoluccedilatildeo de problemas dentro da aacuterea estudada

Presumivelmente o termo ldquoqualidade de vida e sauacutederdquo foi utilizado pela

primeira vez em meados dos anos de 1960 no editorial ldquoMedicina e Qualidade de

vidardquo (ELKINGTON 1966) Desde entatildeo vaacuterios estudos surgiram dando enfoque para

essa nova dimensatildeo de qualidade de vida avaliando intervenccedilotildees terapecircuticas e

condutas meacutedicas para formular poliacuteticas de sauacutede HUNT (1980) acredita que os

indicadores de qualidade de vida na aacuterea de sauacutede satildeo baseados na expectativa de

53

vida morbidade e mortalidade aleacutem de padratildeo de avaliaccedilatildeo de tratamentos

oferecidos aos pacientes Jaacute que a percepccedilatildeo subjetiva do paciente quanto ao seu

estado de sauacutede seja um indicador importante a ser considerado e deve ser sempre

avaliado Adicionalmente Kaplan (1984) afirma que o impacto da sauacutede sobre a

mobilidade atividade fiacutesica e atividade social estaacute intimamente relacionado com a

qualidade de vida e sauacutede

A OMS ciente da necessidade cientiacutefica de esclarecer convencionar ou

facilitar pesquisas dentro dessa temaacutetica organizou uma equipe de especialistas

com o objetivo de elaborar um instrumento geneacuterico de avaliaccedilatildeo da ldquoqualidade de

vidardquo construiacutedo atraveacutes de um meacutetodo transcultural (WHOQOL) Foi entatildeo que

surgiu o conceito elaborado por profissionais que consideram que a qualidade de

vida seja a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e

sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo aos seus objetivos expectativas

padrotildees e preocupaccedilotildees Conscientes da complexidade do tema a OMS admitiu

que embora natildeo houvesse uma definiccedilatildeo consensual de qualidade de vida havia

concordacircncia consideraacutevel acerca de algumas caracteriacutesticas desse constructo

como por exemplo a subjetividade que aleacutem das condiccedilotildees objetivas como

aquisiccedilotildees materiais muito valorizadas nos primeiros instrumentos elaborados

existam as condiccedilotildees subjetivas oportunizando e valorizando as percepccedilotildees e os

valores dados pelos sujeitos dentro de um contexto A segunda caracteriacutestica foi a

multidimensionalidade em que o instrumento deveria enfocar no miacutenimo trecircs

dimensotildees baacutesicas (fiacutesica psicoloacutegica e social) sempre em uma vertente subjetiva

como o indiviacuteduo percebe seu estado fiacutesico cognitivo e afetivo suas relaccedilotildees

interpessoais e os papeacuteis sociais em sua vida Terceiro a bipolaridade o

instrumento deveraacute incluir dimensotildees positivas e negativas e enfatizar a percepccedilatildeo

do indiviacuteduo acerca destas dimensotildees (OMS 2004)

A qualidade de vida eacute tatildeo importante para o idoso como para qualquer outro

indiviacuteduo de outra faixa etaacuteria Conviver bem com os decliacutenios naturais promovidos

pelo envelhecimento deve ser um desafio possiacutevel Envelhecer satisfatoriamente

depende do delicado equiliacutebrio entre as limitaccedilotildees e as potencialidades do indiviacuteduo

54

que lhe possibilitaraacute lidar em diferentes graus de eficaacutecia com as perdas inevitaacuteveis

do envelhecimento (NERI 2000)

FERRANS (1990) conceituou qualidade de vida como a sensaccedilatildeo de bem-estar

de um indiviacuteduo que varia da satisfaccedilatildeo agrave insatisfaccedilatildeo com respeito agraves aacutereas da

vida que satildeo importantes para ele A literatura gerontoloacutegica apresenta conceitos de

envelhecimento como ldquovelhice bem-sucedidardquo ldquoqualidade de velhicerdquo no sentido de

satisfaccedilatildeo de vida e estado de acircnimo como formas de tentar medir o bem-estar

Lawton (1991) enfoca a qualidade de vida na velhice como uma avaliaccedilatildeo

multidimensional referenciada por criteacuterios socionormativos (objetivos) e

intrapessoais (subjetivos) a respeito das relaccedilotildees atuais passadas e prospectivas

entre o indiviacuteduo maduro ou idoso e o seu ambiente

Uma velhice bem-sucedida envolve aspectos de realizaccedilatildeo do potencial

para alcanccedilar o bem-estar fiacutesico social e psicoloacutegico avaliado como adequado

pelo indiviacuteduo e pelo seu grupo etaacuterio tendo como paracircmetro as condiccedilotildees

objetivas e os valores sociais fundamentados no que seria desejaacutevel para que as

pessoas pudessem realizar seu potencial e a manutenccedilatildeo da competecircncia

funcional em domiacutenios selecionados por meio de mecanismos de compensaccedilatildeo e

otimizaccedilatildeo (NERI 2000)

Knorst et al (2001) e Hernandes e Barros (2004) afirmam que existe um

estreito relacionamento entre a qualidade de vida do idoso e sua habilidade ou

capacidade de desempenhar atividades ou tarefas da vida diaacuteria com autonomia e

independecircncia e destacam a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos como um fenocircmeno

facilitador entre eles

Natildeo eacute justo e nem eacute humano prolongar a vida dos que jaacute ultrapassam a fase

adulta quando natildeo lhes satildeo dadas condiccedilotildees de sobrevivecircncia digna Eacute melhor

acrescentar vida aos anos a serem vividos do que anos agrave vida precariamente vivida

(PAPALEacuteO NETTO amp PONTE 2002) O objetivo natildeo deve ser o de prolongar a vida e

com ela o sofrimento mas tornar a fragilidade uma pequena parcela da vida e

morrer jovem e com qualidade de vida o mais tarde possiacutevel

55

28 IMAGEM CORPORAL

Segundo Faith amp Allison (1996) e Williamson amp Orsquoneil (1998) imagem

corporal eacute a capacidade de representaccedilatildeo mental do proacuteprio corpo a interaccedilatildeo

entre o componente perceptivo avaliaccedilatildeo cognitiva do tamanho do corpo e o

componente postural Uma complexa resposta afetivandashcognitivondashcomportamental agrave

essa avaliaccedilatildeo Uma percepccedilatildeo individual de seu proacuteprio corpo e a maneira como

se sente a despeito

Para Mataruna (2004) a imagem corporal eacute uma figuraccedilatildeo do proacuteprio corpo

formada e estruturada na mente do mesmo indiviacuteduo que se desenvolve desde o

nascimento ateacute a morte dentro de uma estrutura complexa e subjetiva sofrendo

modificaccedilotildees que implicam na construccedilatildeo contiacutenua e reconstruccedilatildeo incessante

resultante do processamento de estiacutemulo

Vaacuterios fatores podem influenciar negativamente sobre a imagem corporal

de um indiviacuteduo por estabelecerem padrotildees dificilmente atingiacuteveis Como por

exemplo a existecircncia de forte tendecircncia social e cultural de considerar a

ldquomagrezardquo como uma situaccedilatildeo ideal de aceitaccedilatildeo e ecircxito Segundo a National

Eating Disorders Assciation esses padrotildees de beleza satildeo infelizmente

altamente discrepantes com a realidade visto que apenas 2 de mulheres satildeo

tatildeo magras quanto os modelos promovidos pelos meios de comunicaccedilatildeo

aumentando assim a insatisfaccedilatildeo com o proacuteprio corpo e resultando em

tentativa incessante em transforma-lo (KOWALSKI 2003)

Jovens adolescentes em sua maioria do sexo feminino internalizam esses

valores e modificam seus haacutebitos de vida em funccedilatildeo de se enquadrarem dentro

desses quisitos Quando adultas ou na meia-idade sentimentos de auto-criacutetica satildeo

intensificados e seus valores pessoais satildeo associados a eles resultando em

insidiosa destruiccedilatildeo da auto-estima e possiacutevel desenvolvimento de distuacuterbios

alimentares e desordens comportamentais comprometendo sua sauacutede fiacutesica e

mental podendo ateacute culminar com a morte Por conseguinte a literatura revela

que mulheres idosas quando insatisfeitas com a aparecircncia de seu corpo tendem

ser mais conscientes do que mulheres mais jovens Todavia essa consciecircncia natildeo

56

significa satisfaccedilatildeo visto que vaacuterios estudos que realizaram anaacutelise comparativa

entre mulheres jovens e idosas perceberam que um grande nuacutemero (60) de

insatisfaccedilatildeo e distorccedilatildeo da imagem corporal (forma e tamanho) persistiu ainda

entre idosas (FEY- YENSAN et al 2002)

Por outro lado apoacutes a comparaccedilatildeo entre gecircneros resultados de

investigaccedilotildees destacaram que os homens apresentam resultados mais positivos

em relaccedilatildeo agrave satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que as mulheres incluindo

tanto aspectos esteacuteticos como o peso corporal e a aparecircncia facial quanto

aspectos funcionais como a coordenaccedilatildeo motora a agilidade a sauacutede e o

desempenho sexual Mulheres em funccedilatildeo de vaacuterios eventos inerentes agrave sua

natureza apresentam maior flutuaccedilatildeo nas transiccedilotildees da formaccedilatildeo da imagem

corporal quando comparadas aos homens (HARGREAVES amp TIGGEMANN 2004

KAGAWA et al 2007) o que presumivelmente pode estar associado agrave maior

prevalecircncia de doenccedilas como a bulemia e anorexia relacionadas agrave insatisfaccedilatildeo e

distorccedilatildeo da imagem corporal real em funccedilatildeo de uma imagem corporal estipulada

como ideal (HAY 2002 CONNER amp JOHNSON 2004)

Confronto entre grupos eacutetnicos indicam que maior grau de insatisfaccedilatildeo com

a imagem corporal eacute apresentado por mulheres brancas seguido por mulheres

negras e por uacuteltimo mulheres asiaacuteticas (FITZGIBBON BLACKMAN amp AVELLONE 2000 CACHELIN et al 2002)

Acredita-se que a praacutetica regular de exerciacutecios fiacutesicos possa interferir

positivamente para construccedilatildeo da imagem corporal Le Boulch (1998) afirmou que

o principal objeto da educaccedilatildeo psicomotora constitui-se em ajudar o indiviacuteduo em

seus primeiros anos de vida a conseguir melhor percepccedilatildeo de sua imagem corporal

Schilder (1990) um dos mais conceituados pesquisadores da imagem corporal

enfatiza a importacircncia do movimento e da accedilatildeo para o reconhecimento e construccedilatildeo

desta imagem Segundo ele a relaccedilatildeo acontece nos dois sentidos tanto o

movimento faz-se necessaacuterio para a percepccedilatildeo e compreensatildeo do proacuteprio corpo

quanto o conhecimento das diversas partes do corpo e de suas relaccedilotildees muacutetuas seja

necessaacuterio para a realizaccedilatildeo de qualquer movimento Nesse sentido investigaccedilotildees

57

recentes ratificam essa influecircncia positiva do exerciacutecio afirmando que indiviacuteduos

submetidos a programa regular de atividade fiacutesica apresentaram maiores iacutendices

de satisfaccedilatildeo com a imagem corporal do que indiviacuteduos sedentaacuterios (BAHRAM amp

TEHRAN 2003 MATSUO et al 2007)

A insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal entre mulheres idosas diferencia-se

de sua insatisfaccedilatildeo quando jovem O processo do envelhecimento natildeo apenas

interfere em sua apresentaccedilatildeo esteacutetica (cabelos pele denticcedilatildeo postura peso

corporal entonaccedilatildeo da voz etc) mas reduz o desempenho de todo seu

organismo limitando-o para a execuccedilatildeo de muitas atividades diaacuterias Assim

sendo a perda da beleza da independecircncia e da energia associadas a perdas

de entes queridos da sauacutede ou da individualidade pode causar um grande

impacto na vida da mulher idosa e interferir em sua auto imagem (HAYFLICK

1997 FEY-YENSAN et al 2002)

Pessoas com uma visatildeo saudaacutevel de sua imagem corporal vecircem-se

realisticamente e tendem a gostar de seus corpos Uma imagem corporal positiva

revela auto-confianccedila energia vitalidade e auto-avaliaccedilatildeo positiva sentimentos de

beleza e atraccedilatildeo confianccedila e respeito pelo proacuteprio corpo liberdade de expressatildeo

corporal independentemente do peso corporal que apresenta Por outro lado

pessoas com a imagem corporal pobre e distorcida sentem-se insatisfeitas e

indiferentes em relaccedilatildeo ao proacuteprio corpo Pensam que sua aparecircncia seja alvo de

criacuteticas e sentem-se constantemente avaliadas pelos outros Ao auto-avaliar-se datildeo

importacircncia excessiva ao aspecto fiacutesico com uma preocupaccedilatildeo angustiante com o

proacuteprio corpo Detecircm sentimentos constantes de vergonha ou acanhamento que

podem vir seguidos de atitudes como avaliar sua composiccedilatildeo corporal

excessivamente (pesar medir) e com frequumlecircncia procuram comprar ou

experimentar roupas novas disfarccedilar o tamanho e forma do corpo usando roupas

largas e grandes evitar situaccedilotildees sociais que possam desencadear auto-

consciecircncia fiacutesica que tenham que expor o corpo vestindo roupas de banho

(KOWALSKI 2003 SHEENArsquos 2003)

58

A percepccedilatildeo subjetiva que uma pessoa tem sobre seu corpo pode ser mais

importante do que a realidade objetiva de sua aparecircncia Nesse sentido o peso

natildeo parece por si soacute ser o uacutenico determinante do grau de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo com imagem corporal (ALMEIDA 2002)

59

33 MMAATTEERRIIAALL EE MMEacuteEacuteTTOODDOO

31 DELINEAMENTO DO ESTUDO

Foi realizado um delineamento quase experimental (Tabela 2) de abordagem

quantitativa (COZBY 2003 MARCONI amp LAKATOS 2003) com preacute e poacutes-testes nos

quais os dados referentes agraves variaacuteveis IMC VO2pico idade e duraccedilatildeo do teste

incremental na esteira foram considerados para a distribuiccedilatildeo da amostra para o

grupo controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90PCR e Gmax)

Sessotildees agudas de exerciacutecios cardiovasculares de diferentes intensidades e duraccedilatildeo

foram utilizadas como fator experimental Os resultados foram adquiridos pela

comparaccedilatildeo das meacutedias intragrupos e entregrupos

Tabela 2 ndash Delineamento quase experimental com preacute e poacutes-testes aplicados aos grupos controle (GC) e grupos experimentais (G90LA GLA GLA1h G90LA e Gmax) Grupo Seleccedilatildeo Preacute-teste Tratamento Poacutes-teste Δ

GC Natildeo aleatoacuteria a (GC) Nenhum b (GC) b (GC) - a (GC) G90LA Natildeo aleatoacuteria a (G90LA) 90 LA 20rsquo b (G90LA) b (G90LA) - a (G90LA) GLA Natildeo aleatoacuteria a (GLA) No LA 20rsquo b (GLA) b (GLA) - a (GLA) G90PCR Natildeo aleatoacuteria a (G90PCR) 90 LA 20rsquo b (G90PCR) b (G90PCR) - a (G90PCR) Gmax Natildeo aleatoacuteria a (Gmax) Teste max b (Gmax) b (Gmax) - a (Gmax) GLA1h Natildeo aleatoacuteria a (GLA1h) No LA 1h b (GLA1h) b (GLA1h) - a (GLA1h) Δ = diferenccedila entre preacute e poacutes-testes

O delineamento quase-experimental preacute-testepoacutes-teste com grupo controle

natildeo equivalente tambeacutem conhecido como experimento natildeo aleatoacuterio eacute um estudo

no qual o investigador interveacutem na caracteriacutestica que estaacute sendo investigada

entretanto natildeo haacute alocaccedilatildeo aleatoacuteria dos participantes ou de aacutereas aos grupos

que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo Essa eacute a principal diferenccedila em relaccedilatildeo ao

estudo experimental Os grupos que receberatildeo ou natildeo a intervenccedilatildeo satildeo

geralmente formados considerando os aspectos administrativos criteacuterios

operacionais e o recrutamento de voluntaacuterios Entre as vantagens do estudo

quase-experimental pode-se citar ser implementado concomitantemente agrave

execuccedilatildeo das accedilotildees avaliar programas que atingem grandes populaccedilotildees e por

razotildees eacuteticas uma vez que o programa natildeo necessita ser interrompido para ser

avaliado As principais limitaccedilotildees satildeo a natildeo aleatoriedade na definiccedilatildeo da

amostra ao tamanho da amostra a ser estudada principalmente quando o

60

resultado de interesse eacute relativamente raro ao tempo e aos recursos necessaacuterios

para o desenvolvimento do estudo (CAMPBELL amp STANLEY 1979)

32 DEFINICcedilAtildeO DA POPULACcedilAtildeO DO ESTUDO

Foi estabelecida como populaccedilatildeo alvo desse estudo um grupo de senhoras

inscritas em um programa de extensatildeo de atendimento ao idoso (Figura 4) vinculado

ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Stricto Sensu da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia

(PPGEFUCB-DF) que representou um total de 225 senhoras

33 CRITEacuteRIOS DE SELECcedilAtildeO DA AMOSTRA

333311 PPrriimmeeiirraa ffaassee

Criteacuterios de inclusatildeo apoacutes a avaliaccedilatildeo meacutedica a mulher deveria ser considerada

apta agrave praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ter idade entre 60 e 74 anos ser fisicamente

ativa (por um periacuteodo miacutenimo de 6 meses) fisicamente independente e ser

alfabetizada

Criteacuterios de exclusatildeo Uso abusivo de cigarros e bebidas associados agrave

dependecircncia co-morbidades meacutedicas capazes de interferir na realizaccedilatildeo e resultados

desse estudo como diabetes cardiopatias acidente vascular cerebral doenccedila de

Alzheimer doenccedila de Parkinson e distuacuterbios na tireoacuteide a utilizaccedilatildeo de

medicamentos antidepressivos limitaccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticas ou doenccedilas

cardiovasculares que impossibilitem a realizaccedilatildeo dos testes fiacutesicos que seratildeo

realizados nesse estudo

333322 SSeegguunnddaa ffaassee

Todas as voluntaacuterias que se enquadraram nos requisitos da primeira fase foram

informadas sobre os procedimentos que seriam utilizados nesta investigaccedilatildeo e seus

possiacuteveis desconfortos riscos e benefiacutecios Em seguida foram convidadas se assim o

desejassem a assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2) A

discordacircncia dos termos expostos aliada agrave negaccedilatildeo do consentimento foram

considerados como fator de exclusatildeo

61

A amostra desse estudo foi selecionada de forma natildeo-probabiliacutestica de um

grupo de 225 senhoras inseridas em um Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB- DF) Para a

seleccedilatildeo 147 idosas foram impossibilitadas de participar por apresentarem

incompatibilidade com os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos nesse

estudo (subitem 331) agrave saber

17 Idosas apresentaram restriccedilotildees meacutedicas para a realizaccedilatildeo do teste de esforccedilo

maacuteximo (TEM)

19 Idosas encerraram o TEM precocemente pelos criteacuterios descritos no item 344

16 Idosas apresentaram idade acima da faixa etaacuteria preestabelecida (ge 75 anos)

54 Idosas apresentaram o tempo de realizaccedilatildeo do TEM menor do que 480 s ou

apresentaram um VO2pico menor que ge17 (mlkgmin) no TEM

29 Idosas apresentaram Diabetes Mellitus tipo II

06 Idosas apresentaram hipo ou hiper tiroidismo

01 Idosa apresentou doenccedila de Parkinson

05 idosas faziam uso de antidepressivos

333333 DDeeffiinniiccedilccedilatildeatildeoo ddaa aammoossttrraa ddoo eessttuuddoo

A amostra foi constituiacuteda por 49 mulheres idosas ativas (n=49) fisicamente

independentes (SPIRDUSO 2005) com idade compreendida entre 60 e 74 anos que

foram distribuiacutedas para seis grupos utilizando como criteacuterio de distribuiccedilatildeo o iacutendice

de massa corporal o VO2pico o tempo de duraccedilatildeo no teste incremental na esteira e

a idade Um grupo controle (GC n= 8) e cinco grupos experimentais submetidos a

sessatildeo de exerciacutecios em esteira de duraccedilatildeo de 20min sob as intensidades de 90

do limiar anaeroacutebio na intensidade do limiar anaeroacutebio e a 90 do ponto de

compensaccedilatildeo respiratoacuteria (G90LA n=8 GLA n=8 e G90PCR n= 8

respectivamente) submetido a um teste de esforccedilo maacuteximo (Gmax n= 8) e

submetido a uma caminhada de 1h de duraccedilatildeo sob agrave intensidade do limiar

anaeroacutebio (GLA1h n=9)

62

Figura 4 ndash Dois dos seis grupos do programa de atendimento ao idoso do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia (PPGEFUCB-DF) onde foi realizada a seleccedilatildeo da amostra

34 ELABORACcedilAtildeO DO INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS

334411 QQuueessttiioonnaacuteaacuterriioo ddee ssaauacuteuacuteddee ee hhaacuteaacutebbiittooss ddee vviiddaa

O preenchimento do questionaacuterio de sauacutede e haacutebitos de vida (Anexo 1) foi

realizado no ato da matriacutecula Constituiacutedo de 30 perguntas elaboradas com intuito de

obter melhor caracterizaccedilatildeo da amostra aleacutem de identificar criteacuterios de exclusatildeo preacute-

estabelecidos (item 331) As sete primeiras perguntas foram constituiacutedas do

questionaacuterio PAR-Q (Physical Activity Readiness Questionnaire) tambeacutem conhecido

como Questionaacuterio de Prontidatildeo para Atividade Fiacutesica Utilizado para identificar e

rastrear indiviacuteduos que necessitam de avaliaccedilatildeo ou tratamento medico preacutevio antes

de iniciar um programa de exerciacutecios fiacutesicos (THOMAS READING SHEPHARD 1992)

Os demais questionamentos referiram-se agrave sauacutede fiacutesica e mental das voluntaacuterias de

sua ingesta medicamentosa intervenccedilotildees ciruacutergicas a que foram submetidas

acometimentos de doenccedilas niacutevel de atividade fiacutesica escolariadade e renda familiar

334422 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccaass

Para melhor caracterizaccedilatildeo da amostra foram determinadas caracteriacutesticas

fiacutesicas por meio das seguintes medidas antropomeacutetricas massa e estatura corporal

iacutendice de massa corporal (IMC) percentual de gordura Corporal (GC)

circunferecircncia de cintura (CC) e a relaccedilatildeo cintura quadril (RCQ) Os instrumentos e

procedimentos foram

63

3421 Massa corporal

A avaliaccedilatildeo da massa corporal foi realizada atraveacutes de balanccedila da marca

Toledo digital modelo 2096 PP com carga miacutenima de 125 kg e carga maacutexima de

150 kg e resoluccedilatildeo de 01 gramas As voluntaacuterias foram avaliadas sem calccedilados com

roupas leves (bermuda e camiseta) e sem acessoacuterios foram posicionadas em peacute

(ereta) no centro da plataforma da balanccedila frente ao monitor com braccedilos soltos e

peacutes paralelos A mensuraccedilatildeo foi efetuada em quilogramas

3422 Estatura corporal

Para anaacutelise da estatura corporal foi utilizado um estadiocircmetro da marca

Cardiomed de resoluccedilatildeo de 01 cm As idosas foram posicionadas eretas com os

calcanhares a cintura peacutelvica a cintura escapular e a regiatildeo occipital em contato

com a parede Todas as idosas foram orientadas a manter a cabeccedila paralela ao chatildeo

e o olhar fixo na posiccedilatildeo horizontal (plano Frankfurt) A avaliada apresentou-se

descalccedila e sem adereccedilos no cabelo A mensuraccedilatildeo deu-se durante a execuccedilatildeo de

inspiraccedilatildeo profunda seguida de apneacuteia

3423 Percentual de gordura corporal

Para a anaacutelise do GC atraveacutes da medida da gordura corporal total (Figura

5) utilizou-se o meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia-DEXA (Marca

LUNAR ndash DPX ndash IQ versatildeo 46A) Foi solicitado que as voluntaacuterias se apresentassem

com roupas leves e sem adereccedilos de metais Para a anaacutelise dessa medida as idosas

foram cuidadosamente posicionadas em decuacutebito dorsal sobre a mesa do

equipamento Uma varredura completa do corpo foi realizada por uma fonte de raio

ldquoXrdquo e um detector em um braccedilo de scanner com uma velocidade relativamente

lenta de 1cms O mapeamento de todo o corpo pelo DEXA foi estimado em torno de

12 a 18 minutos dependendo da composiccedilatildeo corporal da voluntaacuteria O ponto de

corte adotado para essa variaacutevel foi o de Lohman (1992) Onde percentual de

gordura lt que 20 = abaixo do peso entre 20 e 30 = peso normal e gt de 30 =

excesso de gordura corporal

64

Figura 5 ndash Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal atraveacutes do meacutetodo de Absortometria Radioloacutegica de Dupla Energia-DEXA realizada na Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia ndash UCB-DF

3424 Iacutendice de massa corporal

Para a tomada do Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizou-se a equaccedilatildeo peso

em quilogramas dividido pela estatura em metros elevada ao quadrado

O ponto de corte estabelecido para esta variaacutevel foi o da OMS (2003)

CLASSIFICACcedilAtildeO IMC kgm2 RISCO DE COMORBIDADE Baixo Peso lt 185 Baixo ( poreacutem risco para outras problemas cliacutenicos) Peso Normal 185 a 249 Meacutedio Sobrepeso 250 a 29 Aumentado Obesidade I 30 a 349 Moderado Obesidade II 35 a 399 Severo Obesidade III gt= 40 Muito Severo

3425 Circunferecircncia de cintura e relaccedilatildeo da cintura e quadril

Para a avaliaccedilatildeo da circunferecircncia de cintura (CC) verificou-se a tomada do

periacutemetro da cintura com a fita posicionada ao redor da menor circunferecircncia

localizada entre as costelas e a crista iliacuteaca A mensuraccedilatildeo do periacutemetro do quadril

foi realizada posicionando a fita ao redor do quadril na regiatildeo de maior

protuberacircncia A relaccedilatildeo cintura e quadril (RCQ) foi obtida pela divisatildeo da CC pela

circunferecircncia do quadril Os pontos de corte estabelecidos para estas variaacuteveis

foram elaborados pela OMS (1998) CC ge 85cm = risco para doenccedilas crocircnicas e

CC ge 88cm= risco muito aumentado RCQ lt 085cm = favoraacutevel para a sauacutede e RCQ

gt 085 = desfavoraacutevel para a sauacutede

65

334433 AAvvaalliiaaccedilccedilatildeatildeoo mmeacuteeacuteddiiccaa

Antes do teste de potecircncia aeroacutebia toda amostra foi submetida a

avaliaccedilatildeo meacutedica que consistiu do preenchimento de questionaacuterio utilizado

como anamnese avaliaccedilatildeo cliacutenica e eletrocardiograma (ECG) em repouso As

avaliaccedilotildees fiacutesicas foram realizadas somente apoacutes ser descartada a existecircncia de

riscos para a realizaccedilatildeo das mesmas

334444 TTeessttee ddee ppoottecircecircnncciiaa aaeerroacuteoacutebbiiaa ((VVOO22ppiiccoo))

Para avaliar a capacidade cardiorrepiratoacuteria toda a amostra foi submetida a

um teste cardiopulmonar (Figura 6) realizado em esteira rolante (modelo RT 300 Pro

Moviment Brasil) Os procedimentos foram realizados no Laboratoacuterio de Estudos em

Educaccedilatildeo Fiacutesica e Sauacutede (LEEFS) que foi climatizado em torno dos 22 ordmC e

apresenta os equipamentos e medicaccedilotildees necessaacuterias para uma eventual situaccedilatildeo de

emergecircncia Monitoraccedilatildeo eletrocardiograacutefica (ECG Digital Micromed Brasil) foi

realizada antes durante e depois do esforccedilo fiacutesico obedecendo a seguinte sequumlecircncia

loacutegica repouso (12 derivaccedilotildees padratildeo) durante toda a realizaccedilatildeo do esforccedilo (trecircs

derivaccedilotildees CM5 D2M e V2M) e seis minutos de recuperaccedilatildeo O exame foi

supervisionado por um meacutedico cardiologista e conduzido sob o protocolo de rampa

padronizado e adequado para o perfil da amostra apoacutes a realizaccedilatildeo de testes-piloto

para que a exaustatildeo ocorresse entre oito e doze minutos O teste consistiu

inicialmente de uma velocidade de 20 kmh e 0 de inclinaccedilatildeo aos 10 minutos de

teste a velocidade e inclinaccedilatildeo prevista de 60 kmh e 6 respectivamente

Figura 6 ndash Avaliaccedilatildeo da capacidade cardiorrespiratoacuteria em repouso e durante teste incremental maacuteximo realizada no LEEFS ndash UCB-DF

66

A cada dois minutos a pressatildeo arterial foi mensurada utilizando um

esfigmomanocircmetro de coluna de mercuacuterio e a percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo

monitorada atraveacutes de comunicaccedilatildeo direta utilizando como instrumento a escala de

Borg (2000 Anexo 3) Durante a realizaccedilatildeo do esforccedilo as voluntaacuterias respiraram

atraveacutes de uma maacutescara de silicone (Hans Rudolf Alemanha) O consumo de

oxigecircnio (VO2) a produccedilatildeo de dioacutexido de carbono (VCO2) e a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foram mensurados a cada ciclo respiratoacuterio atraveacutes de um analisador de gases

(Metalyzer 3b Coacutertex Alemanha) O software utilizado para gerenciar o exame foi o

Ergo PC Elite for Windows (Micromed Brasil) que controla a velocidade e a

inclinaccedilatildeo da esteira atraveacutes de interface de comunicaccedilatildeo com o computador

O ponto de corte da American Heart Association (1972) foi adotado para

classificaccedilatildeo do niacutevel de aptidatildeo cardiopulmonar onde V02max (mlKgmin) lt

13 = aptidatildeo muito fraca de 13 a 17= fraca 18 a 23 = regular 24 a 34 = boa

e gt 35 = excelente

Foram adotados como criteacuterios de interrupccedilatildeo do teste a exaustatildeo voluntaacuteria

o aumento suacutebito da pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) acima de 250 mmHg e da

pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) acima de 140 mmHg queda sustentada da PAS

percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo (PSE) na escala de Borg de 19-20 (BORG 2000

Anexo 3) manifestaccedilatildeo cliacutenica de dor ou queimaccedilatildeo toraacutecica infradesnivelamento do

segmento ST_3mm supradesnivelamento do segmento ST_ 2mm em derivaccedilatildeo sem

presenccedila de onda Q arritmia ventricular complexa aparecimento de taquicardia

supraventricular sustentada taquicardia atrial fibrilaccedilatildeo atrial bloqueio

atrioventricular de 2ordm e 3ordm graus sinais de insuficiecircncia ventricular esquerda ou

falecircncias dos sistemas de monitorizaccedilatildeo e registro

334455 TTeessttee ddee ccaarrggaa

O agendamento dos TCs aconteceram de forma alternada entre grupos Todos

os testes foram realizados no periacuteodo da manhatilde Apoacutes ser oferecido um desjejum

padratildeo a PA da voluntaacuteria era aferida e em seguida iniciava-se um monitoramento

da FC de 5 em 5 minutos Apoacutes 20 minutos de repouso realizava-se a primeira

coleta de sangue seguida pelo iniacutecio do TC Os testes foram precedidos e sucedidos

por um periacuteodo de 3 minutos de aquecimento e desaquecimento respectivamente

67

Para definiccedilatildeo da intensidade do TC tomaram-se como base os dados individuais

obtidos no teste de potecircncia aeroacutebia em que foi pontuada a FC e a PSE referente ao

limiar determinado para cada grupo (LA ou PCR) e calculou-se o percentual da

intensidade desejada Apesar de estabelecer uma zona-alvo de amplitude superior e

inferior de 5 bpm procurou-se manter a intensidade estabilizada o mais proacuteximo

possiacutevel da FC e PSE alvo A intensidade e a duraccedilatildeo preestabelecidas para cada

grupo foram descritas no item 332 Imediatamente apoacutes o teacutermino do TC

realizou-se a segunda coleta de sangue e um novo periacuteodo de 20 min de repouso foi

oferecido ateacute que PA e FC estivessem proacuteximas dos valores iniciais nesse momento

apenas os grupos GLA1h GC e Gmax foram submetidos a uma 3ordf coleta de sangue

Um lanche foi novamente oferecido em funccedilatildeo do desgaste fiacutesico associado agraves

coletas de sangue

33445511 Definiccedilatildeo do limiar ventilatoacuterio

A determinaccedilatildeo dos limiares ventilatoacuterios foi realizada atraveacutes da

segmentaccedilatildeo das curvas de diferentes paracircmetros ventilatoacuterios equivalentes

ventilatoacuterios de O2 (VEVO2) e CO2 (VEVCO2) fraccedilotildees expiradas finais de O2 (PETO2)

e CO2 (PETCO2) e quociente respiratoacuterio (QR) O primeiro limiar ventilatoacuterio (LV1)

tratado neste estudo como limiar anaeroacutebio (LA) correspondeu ao menor valor de

VEVO2 antes de seu aumento continuado associado ao iniacutecio do aumento abrupto

e continuado do QR (primeira inflexatildeo das curvas) O segundo limiar ventilatoacuterio

(LV2) tambeacutem conhecido como ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria (PCR)

correspondeu ao ponto em que os aumentos de VEVO2 VEVCO2 e PETO2

coincidiram com a queda de PETCO2 (SKINNER amp MCLELLAN 1980)

346 CCaarraacctteerriacuteiacutessttiiccaass ppssiiccoommeacuteeacutettrriiccaass

3461 Performance cognitiva

Para o rastreamento da performance e decliacutenio cognitivo utilizou-se o

Miniexame do Estado Mental ndash MMSE (ANEXO 7) considerado como teste

cognitivo breve composto por itens que avaliam a orientaccedilatildeo temporoespacial

registro memoacuteria de curto prazo atenccedilatildeo caacutelculo linguagem e praxia

68

construcional (FOLSTEIN 1975) O ponto de corte adotado foi o estabelecido por

Brucki et al (2003)

3462 Imagem corporal

Para a anaacutelise da imagem corporal foi adotada uma escala de silhuetas

proposta por Sorensen e Stunkard (1993) Esse instrumento constitui-se de 9

silhuetas com diferentes imagens corporais dispostas da mais magra agrave mais gorda

em ordem crescente (Anexo 6) Questionamentos baseados na auto-avaliaccedilatildeo da

imagem corporal real (ICR) a que a avaliada considera ter atualmente a imagem

corporal ideal (ICI) aquela desejada e idealizada pela idosa a percepccedilatildeo da imagem

corporal da idosa apresentada pelo avaliador (ICA) e perguntas sobre procedimentos

alimentares e ciruacutergicos adotados para manter ou alterar a imagem corporal

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Figura 7 ndash Escala de silhuetas de Sorensen amp Stunkard (1993)

O grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal foi calculado utilizando a

diferenccedila entre a imagem corporal real e a imagem corporal ideal (GI= CR ndash ICI) O

grau de distorccedilatildeo da imagem corporal foi calculado pela diferenccedila entre a imagem

corporal real e a imagem corporal apontada pelo avaliador (GD= ICR -ICA)

3463 Qualidade de Vida

Para a anaacutelise dos niacuteveis de qualidade de vida foi utilizada a versatildeo abreviada

em portuguecircs do questionaacuterio de qualidade de vida (WHOQOL-100) da Organizaccedilatildeo

Mundial de Sauacutede (OMS) adaptado por Fleck et al (1999) conhecido como

WHOQOL- bref (ANEXO 5)

69

O WHOQOLndashbref eacute constituiacutedo de 26 questotildees sendo duas gerais sobre o

tema qualidade de vida e as demais representando cada uma das 24 facetas que

compotildeem o instrumento original O nuacutemero de questionamentos referente a cada

domiacutenio se apresenta de acordo com o quadro a seguir

DOMIacuteNIO 1 - Domiacutenio Fiacutesico DOMIacuteNIO 2 - Domiacutenio Psicoloacutegico

1ordf - Dor e desconforto 2ordf - Energia e fadiga 3ordf - Sono e repouso 9ordf - Mobilidade 10ordf - Atividades da vida cotidiana 11ordf - Dependecircncia de medicaccedilatildeo ou de tratamentos

4ordf - Sentimentos positivos 5ordf - Pensar aprender memoacuteria e concentraccedilatildeo 6ordf - Auto-estima 7ordf - Imagem corporal e aparecircncia 8ordf - Sentimentos negativos 24ordf - Espiritualidade religiatildeo crenccedilas pessoais

DOMIacuteNIO 3 - Relaccedilotildees Sociais DOMIacuteNIO 4 - Meio Ambiente

13ordf - Relaccedilotildees pessoais 14ordf - Suporte (apoio) social 15ordf - Atividade sexual

16ordf - Seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo 17ordf - Ambiente no lar 18ordf - Recursos financeiros 19ordf - Cuidados de sauacutede e sociais

disponibilidade e qualidade 20ordf - Oportunidades de adquirir novas

informaccedilotildees e habilidades 21ordf - Participaccedilatildeo em e oportunidades de

recreaccedilatildeolazer 22ordf - Ambiente fiacutesico (poluiccedilatildeo ruiacutedo

tracircnsito clima) 23ordf - Transporte

Figura 8 ndash Distribuiccedilatildeo das questotildees apresentadas no WHOQOL-bref por domiacutenios e facetas

Apesar desse instrumento natildeo apresentar ponto de corte para classificar as

meacutedias indicadas para cada domiacutenio adotou-se para maior compreensatildeo dos

resultados os seguintes pontos de corte de 0 a 20 ldquomuito ruimrdquo de 21 a 40

ldquoruimrdquo de 41 a 60 ldquonem ruim e nem bomrdquo de 61 a 80 ldquobomrdquo e de 81 a 100

ldquomuito bomrdquo

Para identificar os niacuteveis de qualidade de vida calculou-se o valor dos 4

domiacutenios (fiacutesico psicoloacutegico ambiental e social) de acordo com a Sintaxe ldquoSPSS -

WHOQOL-bref questionnairerdquo Foi adotada a meacutedia desses domiacutenios como niacutevel de

qualidade de vida geral

70

3464 Indicativo dos niacuteveis de depressatildeo

A avaliaccedilatildeo dos niacuteveis de depressatildeo das participantes deste estudo foi

baseada nos escores indicativos de depressatildeo do inventaacuterio de depressatildeo de Beck

(Beck Depression Inventory ndash BDI) um dos mais frequumlentes instrumentos de medida

para avaliar o estado de depressatildeo na populaccedilatildeo versatildeo em portuguecircs validada

para a populaccedilatildeo brasileira O BDI consistiu de 21 grupos de afirmaccedilotildees contendo

quatro frases cada um (Anexo 4) Apoacutes leitura cuidadosa a avaliada teve que

escolher a frase que mais se adequava agrave maneira como estava se sentido na semana

que antecedeu a avaliaccedilatildeo Os itens do inventaacuterio tiveram por finalidade avaliar os

sintomas e atitudes como tristeza pessimismo sensaccedilatildeo de fracasso insatisfaccedilatildeo

sentimento de culpa sentimento de puniccedilatildeo autodepreciaccedilatildeo auto-acusaccedilotildees

ideacuteias suicidas crises de choro irritabilidade retraccedilatildeo social indecisatildeo distorccedilatildeo da

imagem corporal inibiccedilatildeo para o trabalho distuacuterbio de sono fatigabilidade perda de

apetite e de peso preocupaccedilatildeo somaacutetica e diminuiccedilatildeo da libido O ponto de corte

adotado para definir os niacuteveis indicativos de depressatildeo seguiu a proposta do Center

for Cognitive Therapy que em escores menores que 10 o indiviacuteduo foi considerado

sem depressatildeo de 10 a 18 com depressatildeo leve de 19 a 29 com depressatildeo

moderada e escores de 30 a 63 considerados portadores de depressatildeo grave

(GORESTEIN amp ANDRADE 1998)

334477 AAnnaacuteaacutelliisseess bbiiooqquuiacuteiacutemmiiccaass

3471 Condiccedilotildees das coletas

Para a avaliaccedilatildeo dos analiacuteticos verificados neste estudo todos os grupos

foram submetidos a dois momentos de coleta de sangue Entretanto com o intuito

de verificar o comportamento da variaacutevel no periacuteodo de recuperaccedilatildeo submeteu-se

3 grupos (GLA 1h GC e Gmax) a uma coleta e dosagem adicional a saber

G90LA GLA e GPCR 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso e 2ordf coleta)

Imediatamente apoacutes sessatildeo de exerciacutecio

Gmax e GLA1h 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) imediatamente

apoacutes sessatildeo aguda de exerciacutecio e 3ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso

71

GC 1ordf coleta) apoacutes 20 minutos de repouso 2ordf coleta) 20 minutos apoacutes a primeira

coleta e 3ordf coleta) 1h apoacutes a primeira coleta

Para a coleta de sangue toda a amostra foi submetida a um jejum de 12

horas e a uma dieta de 24 horas que restringia os alimentos ricos em

triptofano como tomate abacate nozes banana pickles e berinjela

Adicionalmente foi oferecido um desjejum padratildeo 30 minutos antes do iniacutecio do

repouso inicial Para efeito de controle todas as coletas foram realizadas das

7h30 agraves 10h da manhatilde

Em cada coleta um volume de 5 ml de sangue foi colhido em tubos

vacutainers com heparina para a dosagem da cromatografia quantitativa de

aminoaacutecidos 5 ml de sangue em tubos secos para a dosagem da prolactina e

10 ml em tubos com EDTA para a dosagem da serotonina O sangue foi

centrifugado a 1200 rpm por 20 minutos Apoacutes a centrifugaccedilatildeo o plasma colhido

em tubos com EDTA foi aliquotado para dois tubos contendo 10 mg de EDTA e

75 mg de aacutecido ascoacuterbico e imediatamente centrifugado novamente Todo o

material foi congelado a -20 ordmC e a anaacutelise foi realizada em ateacute 7 dias

3472 Dosagens dos analiacuteticos

Para a dosagem da serotonina foi utilizado meacutetodo de cromatografia

liacutequida de alta eficiecircncia com detector de fluorescecircncia (High-performance

liquid chromatographic ndash Fluorometric Detection - HPLC ndash FD) Esse sistema

consistiu de uma bomba da marca Waters modelo 515 com detector de

fluorescecircncia da marca Waters modelo 474 com comprimento de onda de

excitaccedilatildeo de 285 nm e comprimento de onda de emissatildeo de 345 nm A coluna

analiacutetica utilizada foi a coluna Novandash Pack C 18 (39 x 150 nm) da marca

Waters A fase moacutevel consistiu de um tampatildeo de 507 ml de hidroacutexido de

amocircnia 647 ml de aacutecido aceacutetico glacial e 02 g de EDTA dissoacutedico e 1760 ml

de aacutegua destilada O PH foi ajustado para 51 com 6 M de hidroacutexido de amocircnia

e 325 ml de metanol quinze minutos antes da utilizaccedilatildeo A teacutecnica utilizada foi

a sugerida por Pesce amp Kaplan (1987)

72

Para a dosagem do triptofano e demais aminoaacutecidos utilizou-se

igualmente da teacutecnica HPLC com detector de fluorescecircncia A coluna analiacutetica

utilizada foi a Tchsphere ODS 5micro 150 mm 46 mm O fluxo foi de 09 mlmin o

comprimento da onda de excitaccedilatildeo e de emissatildeo foi de 330 nm e 418 nm

respectivamente Para a fase moacutevel A 40 mM Na2HPO4 PH 78 [55 g NaH2PO4

monohidrato + aacutegua ajustado para o PH 78 com soluccedilatildeo de NaOH (10N)] e

para fase moacutevel B ACN MeOH aacutegua (454510 vv) A teacutecnica sugerida foi

descrita por Woodward amp Henderson Jr (2007)

A prolactina foi dosada utilizando a teacutecnica de imunoensaio com o

equipamento DXI 800 da Baeckam coulter

35 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Todos os procedimentos metodoloacutegicos deste estudo foram submetidos agrave

apreciaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede

(FS) da Universidade de Brasiacutelia (UnB) conforme resoluccedilotildees Nordm 19696 e 25797

anexo 1 paacutegina 28 Recebendo em 14 de setembro de 2004 o registro de

aprovaccedilatildeo de nordm 0712004 (Anexo 9)

36 TRATAMENTO ESTATIacuteSTICO

Os dados foram organizados atraveacutes de medidas descritivas (meacutedia e desvio

padratildeo) e submetidos agrave uma anaacutelise exploratoacuteria Os outliers identificados foram

ajustados para que natildeo interferissem excessivamente na meacutedia A teacutecnica utilizada

para a correccedilatildeo desses valores foi a sugerida por Tabachnick e Fidell (2003) em que

os valores extremos superiores e inferiores satildeo ajustados de modo que fiquem igual

a uma unidade acima do valor mais alto ou uma unidade abaixo do menor valor da

amostra respectivamente A normalidade dos dados foi testada utilizando os testes

de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk e a homogeneidade das variacircncias foi

avaliado atraveacutes do teste de Levene Toda a anaacutelise estatiacutestica foi realizada utilizando

o softwares SAS 91 e o SPSS versatildeo 14 for Windowsreg

Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos foi utilizado como medida central a

meacutedia aritimeacutetica e como medida de dispersatildeo o desvio padratildeo Para medidas de

73

prevalecircncia os resultados foram apresentados em forma de frequumlecircncia e percentual

Utilizou-se o teste ldquotrdquo de student para investigar diferenccedilas entre a escolha da

imagem corporal ideal e a imagem corporal real (ICI x ICR) e da imagem corporal

real com a avaliaccedilatildeo do avaliador (ICR x ICA)

Para a anaacutelise de associaccedilatildeo foi utilizada a correlaccedilatildeo linear de Pearson para

identificar relaccedilotildees entre as variaacuteveis antropomeacutetricas com o grau de insatisfaccedilatildeo

com a imagem corporal e tambeacutem entre a capacidade cardiorrespiratoacuteria (VO2pico)

com os niacuteveis de depressatildeo e as variaacuteveis bioquiacutemicas

Utilizou-se a anaacutelise de variacircncia (Split Plot ANOVA) para verificar as

alteraccedilotildees bioquiacutemicas intra e entre grupos

O niacutevel de significacircncia estabelecido foi de ple005

74

44 AANNAacuteAacuteLLIISSEE DDOOSS RREESSUULLTTAADDOOSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

A amostra deste estudo foi formada por 49 mulheres idosas ativas com meacutedia

de 6406plusmn37 anos de idade e de 52plusmn43 anos de escolaridade A maioria estava

inserida em programa de atividade fiacutesica regular por mais de 2 anos (40) com

frequumlecircncia de 3 sessotildees semanais (66) de duraccedilatildeo de 1h (70) e intensidade

maior que 11 na escala percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo de Borg de (82) 551 da

amostra foi classificada como par-Q positivo com maior prevalecircncia nos itens

referentes agrave utilizaccedilatildeo de medicamentos prescritos para o controle da hipertensatildeo

arterial e problemas cardiacuteacos (36) sucedido por sensaccedilotildees de tonturas e

desmaios (18) e problemas ortopeacutedicos (163)

441111 PPeerrffiill aannttrrooppoommeacuteeacutettrriiccoo ddaa aammoossttrraa

Para exame geral dos dados antropomeacutetricos foi realizado uma anaacutelise

descritiva (Tabela 3) seguida por anaacutelise detalhada em forma de percentual (Graacutefico

1) distribuindo os dados por pontos de corte preestabelecidos Para a variaacutevel GC

a meacutedia dos valores indicou ldquoexcesso de gordura corporalrdquo em que 8776 das

idosas apresentaram iacutendices acima de 30 GC A meacutedia do IMC classificou a

amostra com ldquosobrepeso e risco aumentado para comorbidadesrdquo em que apenas

2857 das idosas apresentaram o IMC ldquonormalrdquo

Tabela 3 ndash Dados descritivos (meacutedia e desvio padratildeo) das variaacuteveis da amostra Peso

(kg)

Estatura (cm)

GC ()

IMC (kgm2)

RCQ (cm)

CC (cm)

Meacutedia 6332 15429 3666 2655 087 9142

DP plusmn 728 plusmn 676 plusmn 48 plusmn 294 plusmn 005 plusmn 770

A meacutedia dos dados encontrados para o RCQ indicou ldquoiacutendices desfavoraacuteveisrdquo

para a sauacutede em que 7143 da amostra apresentou valores iguais ou acima de

85 cm para esta relaccedilatildeo As meacutedias da CC classificaram a amostra com um ldquorisco

aumentadordquo para doenccedilas crocircnicas adicionalmente percebeu-se que 7959 da

75

amostra estavam classificadas com o ldquorisco muito aumentadordquo para doenccedilas

relacionadas ao acuacutemulo de adiposidade abdominal

Iacutendice de Massa Corporal - IMC

000

5918

12242857

Baixo Peso Peso Normal SobrepesoObesidade I Obesidade II Obesidade III

Percentual de Gordura- G

0 1224

8776

Abaixo do Peso Peso Normal Excesso Gordura

Relaccedilatildeo Cintura Quadril- RCQ

2857

7142

Favoraacutevel Desfavoraacutevel

Circunferecircncia de Cintura- CC

2041

7959

Risco Aumentado Risco Muito Aumentado Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das variaacuteveis antropomeacutetricas (RCQ GC CC e IMC)

apresentadas por mulheres idosas participantes deste estudo

42 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E TESTE DE CARGA

A anaacutelise dos dados obtidos na avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia demonstrou que

a maioria (7826) das idosas foi classificada com uma aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquoregularrdquo Nenhuma das idosas avaliadas apresentou aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria

ldquomuito fracardquo ou ldquoexcelenterdquo Menores fraccedilotildees foram observadas entre as

classificaccedilotildees ldquofracardquo e ldquoboardquo (87 e 1304 respectivamente) Segundo dados

disponibilizados (Tabela 4) o tempo meacutedio do teste de potecircncia aeroacutebia foi de 12

minutos e a descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido apresentada pelas voluntaacuterias no

uacuteltimo estaacutegio do teste de esforccedilo relacionava-se aos estaacutegios da Escala de Borg

ldquointensordquo e ldquomuito Intensordquo

76

Tabela 4 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo das variaacuteveis avaliadas durante o teste de potecircncia aeroacutebia

Variaacuteveis observadas FCrep

(bpm) FCmax (bpm)

VO2pico (mlkgmin)

R Duraccedilatildeo (s)

PSE

METs

Meacutedia 7172 14795 2068 109 62530 1783 591

DP plusmn 1083 plusmn 568 plusmn 249 plusmn 003 plusmn 8837 plusmn 158 plusmn 086

FCrep= frequumlecircncia cardiacuteaca de repouso FCmax= frequecircncia cardiacuteaca maacutexima VO2pico = consumo pico de oxigecircnio R = razatildeo de troca respiratoacuteria Duraccedilatildeo = tempo do teste PSE= percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo e METs= equivalente metaboacutelico basal

Para a meacutedia do iacutendice de percepccedilatildeo de esforccedilo (IPE) pelos grupos

experimentais durante o teste de carga percebeu-se que as intensidades atingidas

foram compatiacuteveis com as intensidades prescritas

Tabela 5 ndash Valores meacutedios e desvio padratildeo do Iacutendice de Percepccedilatildeo Subjetiva de Esforccedilo durante teste de carga GRUPO Meacutedia e Desvio Padratildeo IPE

GC _____ _____ G90LA 925 plusmn 12 Leve GLA 113 plusmn 05 Moderada G90PCR 137 plusmn 18 Intensa (Moderada Alta) Gmax 174 plusmn 08 Muito Intensa (Alta) GLA1h 125 plusmn 10 Moderada

43 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

431 Performance cognitiva

Para anaacutelise da performance cognitiva a amostra foi distribuiacuteda em extratos

formados por tempo (anos) de escolaridade previamente estabelecido pelos pontos

de corte adotados Observou-se que a maioria (5918) das idosas apresentaram

entre 1 e 4 anos de escolaridade seguido pelos extratos de 9 a 11 anos e de 5 a 8

anos de escolaridade (1836 102 respectivamente) Menores percentuais

(613 e 613) foram atribuiacutedos ao primeiro e ao uacuteltimo extratos referentes a

analfabetos e 12 ou mais anos de escolaridade

O Graacutefico 2 apresenta na maioria das vezes uma equivalecircncia entre a

performance cognitiva obtida pelas idosas que constituiacuteram a amostra desta

investigaccedilatildeo e os escores esperados para populaccedilotildees com as mesmas caracteriacutesticas

de idade e escolaridade Dados apresentados (Tabela 8) mostraram correlaccedilatildeo

77

positiva e significativa entre a performance cognitiva e a capacidade

cardiorrespiratoacuteria (VO pico) 2

1923

2527 27 27 28 28 29 28

0

5

10

15

20

25

30

Perfo

rman

ce C

ogni

tiva

0 1 a 4 5 a 8 9 a 11 gt12

Esperado Avaliado

Graacutefico 2 ndash Distribuiccedilatildeo dos valores meacutedios por tempo de escolaridade (anos) da performance cognitiva (avaliado) e dos valores de referecircncia (esperado) preestabelecidos pelo ponto de corte

432 Imagem corpora432 Imagem corporall

Para efeito de melhor compreensatildeo da imagem corporal os dados

antropomeacutetricos das idosas voluntaacuterias deste estudo foram alocados para as

silhuetas indicadas como imagem corporal real (Tabela 6) Percebe-se que a

tendecircncia da maioria dos valores do IMC do GC e CC foi apresentada de forma

crescente correspondendo agrave expectativa subjetivada pela escala de silhuetas em

que as mulheres satildeo ordenadas da mais magra agrave mais obesa

Tabela 6 ndash Descriccedilatildeo (meacutedia e desvio padratildeo) dos dados antropomeacutetricos da amostra distribuiacutedos por silhuetas

Silhueta Indicada como Imagem Corporal Real 1 2 3 4 5 6 7 8 9

GC 2870 3215 3637 3642 4428 4340 plusmn 265 plusmn 417 plusmn 339 plusmn 447 plusmn 145 plusmn 000

CC 9333 7850 9078 9186 9550 9800 plusmn 1210 plusmn 212 plusmn 797 plusmn 563 plusmn 1115 plusmn 000

RCQ 091 079 087 089 087 097 plusmn 002 plusmn 004 plusmn 006 plusmn 004 plusmn 011 plusmn 000

IMC 2176 2148 2574 2747 3088 2915 plusmn 125 plusmn 182 plusmn 222 plusmn 201 plusmn 220 plusmn 000

GC = percentual de gordura corporal () IMC= iacutendice de massa corporal (kg m2) CC= circunferecircncia de Cintura (cm) e RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril (cm)

78

Dados apresentados (Graacutefico 3) indicam que a imagem corporal real (ICR)

representada em sua maioria pelas silhuetas de nuacutemero 5 (4286) natildeo coincidiu

com a imagem corporal que as idosas apontaram como ideal (ICI) representadas

pelas silhuetas de nuacutemero 3 (4286) Esse deslocamento da ICR para ICI na

maioria das vezes apresentada de maiores silhuetas em direccedilatildeo a silhuetas menores

sinalizou grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal significativo (ple 0001) por

parte das idosas (Graacutefico 4) Adicionalmente natildeo foi identificada diferenccedila

significativa (p= 033) entre a avaliaccedilatildeo da ICR realizada pela idosa e a avaliaccedilatildeo

efetivada pelo avaliador (ICA) o que indicou presumivelmente ausecircncia de

distorccedilatildeo e discrepacircncia na avaliaccedilatildeo da IC realizada

612 612

1429

408

4286

36743265

429

204

816

204 2 0 0 005

1015202530354045

1 2 3 4 5 6 7 8 9

REAL IDEAL

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual das silhuetas indicadas como

imagem corporal real e imagem corporal ideal

Dados referentes ao questionaacuterio sobre a IC indicaram que 511 das idosas

afirmaram que sua aparecircncia fiacutesica natildeo se aproximava dos padrotildees de beleza atuais

536 asseguraram ter realizado dieta para a reduccedilatildeo do peso corporal para fins

esteacuteticos Embora 9387 da amostra tenham afirmado nunca ter se submetido a

uma intervenccedilatildeo de cirurgia plaacutestica com intuito de melhorar sua imagem corporal

6326 asseguraram que se submeteriam a esta modalidade de intervenccedilatildeo

ciruacutergica se disponibilizada gratuitamente

79

25

-05

0

05

1

15

2

25G

rau

de In

satis

faccedilatilde

o- IC

R (

)

152127

1

-033 0

S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

Graacutefico 4 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) do grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal por silhuetas (S) de 1 a 9

Os resultados descritos na Tabela 7 apoacutes o teste de correlaccedilatildeo de Pearson

(r) indicaram que o grau de insatisfaccedilatildeo com a ICR apresentou uma correlaccedilatildeo

positiva fraca e moderada com o percentual de gordura corporal e o iacutendice de massa

corporal respectivamente O IMC foi a variaacutevel que apresentou maior prediccedilatildeo para

as demais variaacuteveis indicando ainda relaccedilatildeo positiva moderada com o percentual de

gordura e circunferecircncia de cintura e fraca com a relaccedilatildeo cintura e quadril

Tabela 7 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre variaacuteveis antropomeacutetricas e o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

Variaacuteveis

IMC GC CC RCQ GI 1 0669 0520 O290 0463 IMC 0669 1 0297 O001 0325 GC 0520 0297 1 0735 0067 CC 0290 0001 0735 1 0002 RCQ 0463 0325 0067 0002 1 GI

ple 005 ple 001 ple 0001 GI = grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal IMC= iacutendice de massa corporal GC= percentual de gordura corporal CC= circunferecircncia de cintura RCQ= relaccedilatildeo cintura quadril e GI= grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal real

443333 NNiacuteiacutevveeiiss ddee qquuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Segundo as meacutedias apresentadas no Graacutefico 5 a amostra classificou-se com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida tanto para o domiacutenio fiacutesico como para os

domiacutenios psicoloacutegico e social A menor meacutedia foi observada para o domiacutenio

80

ambiental que ficou classificado com o niacutevel ldquonem ruim e nem bomrdquo Na meacutedia geral

destes quatro domiacutenios considerada como o quesito ldquoqualidade de vida geralrdquo a

amostra foi classificada com um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida

74496922 7075

58106818

0102030405060708090

100

Niacutev

el d

e Q

ualid

ade

de V

ida

Fis Psic Soc Amb geral

ndashGraacutefico 5 Valores meacutedios obtidos nos domiacutenios fiacutesico (fis) psicoloacutegico (Psic) social (Soc) e ambiental (Amb) da qualidade de vida e da meacutedia geral obtida entre estes domiacutenios (geral)

443344 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Para verificar os niacuteveis indicativos de depressatildeo a amostra foi distribuiacuteda para

os pontos de corte preacute estabelecidos (Graacutefico 6) Os resultados indicaram que a

maioria da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo leverdquo (551) seguida pelas

classificaccedilotildees ldquosem depressatildeordquo (4285) e ldquodepressatildeo moderadardquo (205)

Nenhuma parcela da amostra foi classificada com ldquodepressatildeo graverdquo

4285

551

205 0

0

10

20

30

40

50

60

Dis

tribu

iccedilatildeo

()

Niacutev

eis

de D

epre

ssatildeo

lt 10 10 a 18 19 a 29 30 a 63

Graacutefico 6 ndash Distribuiccedilatildeo em percentual dos indiviacuteduos da amostra para os escores de depressatildeo

81

Tabela 8 ndash Valores do coeficiente linear de Pearson entre a performance cognitiva (MMSE) os escores indicativos de depressatildeo (BDI) e consumo pico de oxigecircnio (VO2pico) serotonina triptofano e prolactina em repouso MMSE BDI VO2pico SEROTONINA TRIPTOFANO PROLACTINA MMSE 1 -239 290 094 -243 095 BDI -239 1 -303 -176 -254 134 VO2pico 290 -303 1 176 159 -197 SEROTONINA 094 -176 176 1 211 -046 TRIPTOFANO -243 -254 159 211 1 -118 PROLACTINA 095 134 -197 -046 -118 1

ple 005

Resultados indicaram (Tabela 8) que os escores indicativos de depressatildeo

(BDI) natildeo se correlacionaram com os niacuteveis plasmaacuteticos (repouso) de serotonina do

triptofano e da prolactina Por outro lado uma relaccedilatildeo negativa e significativa desta

variaacutevel foi observada com a potecircncia aeroacutebia (VO2pico) Indicando que quanto

maior for os niacuteveis de VO pico menores escores de depressatildeo foram observados 2

Triptofano

591

4832 4746

0

10

20

30

40

50

60

70

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

mm

l

Prolactina

484548

37

0

1

2

3

4

5

6

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nano

gm

l

Serotonina

1575614614

1296

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Sem Dep Dep Leve Dep Mod

nono

gm

l

Graacutefico 7 ndash Distribuiccedilatildeo (meacutedia) dos niacuteveis perifeacutericos em repouso de triptofano da prolactina e da serotonina por escores de depressatildeo

82

Apoacutes anaacutelise inferencial nenhuma diferenccedila significativa dos niacuteveis

perifeacutericos (em repouso) do triptofano da prolactina e da serotonina foi

observada entre os grupos ldquosem depressatildeordquo ldquodepressatildeo leverdquo e ldquodepressatildeo

moderadardquo (Graacutefico 7) No entanto a distribuiccedilatildeo dos dados sinaliza um

decreacutescimo das concentraccedilotildees desses analiacuteticos agrave medida que a classificaccedilatildeo dos

escores apresentou maior indicativo de depressatildeo

44 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo dos grupos nas variaacuteveis idade (anos) IMC (kgm2) VO2pico (mlkgmin) e tempo de teste (min) Idade

n= 8 IMC n= 8

VO2pico n= 8

Tempo Teste n= 8

P valor 09336 04454 01483 08228

GC 6262 plusmn 440 2676 plusmn 329 2011 plusmn 192 1131 plusmn 145

G90LA 6612 plusmn 364 2591 plusmn 422 2030 plusmn 319 1210 plusmn 171

GLA 6550 plusmn 430 2708 plusmn 280 1944 plusmn 152 1130 plusmn 150

G90PCR 6362 plusmn 350 2692 plusmn 280 2069 plusmn 271 1147 plusmn 168

Gpico 6362 plusmn 377 2635 plusmn 289 2198 plusmn 294 1205 plusmn 115

GLA1h 6300 plusmn 254 2631 plusmn 222 2134 plusmn 176 1223 plusmn 156

IMC= iacutendice de massa corporal VO2pico= consumo pico de oxigecircnio

A homogeneidade entre grupos (Tabela 9) foi assumida depois de testados os

criteacuterios de inclusatildeo adotados para seleccedilatildeo e alocaccedilatildeo da amostra para o grupo

controle (GC) e os grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h)

Nesse sentido nenhuma diferenccedila significativa foi observada entre as variaacuteveis

idade IMC VO2pico e duraccedilatildeo do teste de potecircncia aeroacutebia

83

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo intra grupo preacute e poacutes-testes das variaacuteveis serotonina triptofano os aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) e os de cadeia ramificada (AACR) do grupo controle (GC) e dos grupos experimentais (G90LA GLA G90PCR Gmax e GGLA1h)

Variaacutevel GC G90LA GLA

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 11491 plusmn 1933 11749 plusmn 2440 08184 14298 plusmn 3158 12788 plusmn 3158 04609 13123 plusmn 4424 11949 plusmn 4425 06040

Triptofano 6404 plusmn 2756 6199plusmn 2216 08721 5739 plusmn 3321 5606 plusmn 3321 09392 4213 plusmn 2092 5285 plusmn 3295 04499

Prolactina 460 plusmn 139 453 plusmn 139 09154 584 plusmn 169 529 plusmn 169 05268 559 plusmn 149 523 plusmn 096 05729

AAA 16691 plusmn 3593 17220 plusmn 5511 08235 15146 plusmn 5492 17558 plusmn 5492 03481 12849 plusmn 2356 15203 plusmn 4287 01951

AACR 61748 plusmn 14830 60585 plusmn 16427 08840 49553plusmn 16146 54339 plusmn 16146 05897 46411 plusmn 8074 51918 plusmn 14224 03571

TRP_AAA 03727 plusmn 01511 03774 plusmn 01116 09440 03058 plusmn 01787 02752 plusmn 00941 06750 03406 plusmn 01851 03434 plusmn 01732 09758

TRP_ AACR 00922 plusmn 00212 01037 plusmn 00309 04000 01094 plusmn 00459 01057 plusmn 00547 08855 00905 plusmn 00408 01013 plusmn 00523 06532

Variaacutevel G90PCR Gmax GGLA1h

Preacute

Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Preacute Meacutedia plusmn DP

Poacutes Meacutedia plusmn DP

p

Serotonina 15664 plusmn 2905 14488 plusmn 4188 05245 19215 plusmn 3600 17210 plusmn 3678 028912 18197 plusmn 2658 19093 plusmn 1245 03730

Triptofano 3591 plusmn 898 4151 plusmn 2187 05137 5724 plusmn 2351 4315 plusmn 2837 029778 5723 plusmn 1062 5934 plusmn 1775 07634

Prolactina 535 plusmn 176 551 plusmn 184 08592 463 plusmn 125 489 plusmn 131 068794 514 plusmn 155 570 plusmn 173 04832

AAA 10984 plusmn 2673 10701 plusmn 2807 08396 13079 plusmn 3969 12763 plusmn 3357 086584 12843 plusmn 2750 13052 plusmn 2934 08781

AACR 39965 42194 42194 plusmn 10914 06732 45514plusmn 10710 40323 plusmn 11663 036948 45852plusmn 8460 45691 plusmn 10569 09720

TRP_AAA 03391 plusmn 00889 03953 plusmn 01657 04124 04298 plusmn 01187 03205 plusmn 01520 013155 04541 plusmn 00780 04583 plusmn 00935 09182

TRP_ AACR 00939 plusmn 00309 00997 plusmn 00394 07484 01207 plusmn 00373 01087 plusmn 00578 062848 01256 plusmn 00146 01301 plusmn 00146 06109

p le 005 - Efeito significante percebido apoacutes comparaccedilatildeo intra grupo entre os momentos preacute e poacutes-testes

84

Para a compreensatildeo das respostas do sistema serotonineacutergico aos diferentes

estiacutemulos promovidos pelo exerciacutecio fiacutesico foram analisados (intra e entre os grupos)

o comportamento dos niacuteveis perifeacutericos da serotonina do triptofano da prolactina e

dos aminoaacutecidos aromaacuteticos e de cadeia ramificada e da proporccedilatildeo do triptofano

com estes aminoaacutecidos

Apoacutes anaacutelise intra grupos diferenccedilas (ple 005) entre as meacutedias desses

analiacuteticos soacute foram observadas entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste2 ou poacutes-

teste1 x poacutes-teste2 nos grupos GC Gmax e GLA1h que foram submetidos ao

momento Poacutes2 Nesse sentido nenhuma diferenccedila estatiacutesticamente significativa foi

observada (Tabela 10) entre os momentos preacute-teste x poacutes-teste1 (Tabela 11)

Considerando que os criteacuterios para estabelecer se uma alteraccedilatildeo seja ou natildeo

significativa nem sempre coadunam entre as anaacutelises estatiacutesticas e as anaacutelises

cliacutenicas as meacutedias aritimeacuteticas obtidas foram distribuiacutedas graficamente por variaacuteveis

e grupos para melhor compreensatildeo das respostas metaboacutelicas produzidas por cada

protocolo aqui investigado

Tabela 11 ndash Distribuiccedilatildeo (p valor) referente agrave comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste1 preacute-teste e poacutes-teste2 poacutes-teste1 e poacutes-teste2 das variaacuteveis bioquiacutemicas dos grupos GC Gmax e GLA1h Preacute-teste x poacutes-teste1 Preacute-teste x poacutes-teste2 Poacutes-teste1 x poacutes-teste2

VARIAVEL GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h GC Gmax GLA1h

SEROTONINA 08184 02891 03730 07791 00258 02797 09138 01776 00516

TRIPTOFANO 08721 02978 07634 05410 00514 03195 06127 05172 03145

PROLACTINA 09154 06879 04832 10000 05735 09877 09170 08095 04790

AAA 08235 08658 08781 02046 04434 04571 02458 05063 03756

AACR 08840 03695 09720 08199 00735 03246 09596 03889 03992

TRP_AAA 09440 01315 09182 07335 00477 07281 07456 09513 06768

TRP_AACR 04000 06285 06109 08470 02531 08146 04869 07114 07400

Aminoaacutecidos aromaacuteticos= AAA aminoaacutecidos de cadeia ramificada= AACR triptofano= TRP p le 005

85

441 Serotonin441 Serotoninaa

Nenhum dos grupos avaliados apresentou alteraccedilatildeo significativa (ple 005)

para a comparaccedilatildeo dos niacuteveis serotonineacutergicos em resposta ao fator experimental

entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste Todavia diferenccedilas significativas foram

observadas apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo nos grupos Gmax entre os

momentos preacute-teste x poacutes-teste2 e no GLA1h entre os momentos poacutes-teste1 x

poacutes- teste2

0

50

100

150

200

nano

gm

l

Serotonina

Pre 11491 14298 13123 15664 19215 18197

Poacutes 11749 12788 11949 14488 1721 19093

Poacutes2 11926 14498 16515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

p le 005

Observou-se que o exerciacutecio de curta duraccedilatildeo le 20 minutos tende a reduzir os

niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina imediatamente apoacutes o seu teacutermino o que natildeo foi

observado para os exerciacutecios de maior duraccedilatildeo (1h) que apresentou um incremento

imediato seguido de um decliacutenio significativo apoacutes 20 minutos de repouso

Adicionalmente comparaccedilatildeo entre grupos (Tabela 12) sinalizou diferenccedilas

significativas entre os niacuteveis de serotonina entre GLA1h x G90LA (ple 0001) e entre

o GLA1h x G90PCR (ple 005) Diferenccedilas iniciais (preacute-teste x poacutes-teste) significativas

entre vaacuterios grupos impossibilitaram comparaccedilatildeo entre os mesmos

Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 Graacutefico 8 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis serotonineacutergicos dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

86

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel serotonina nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 14298 plusmn 3158 -2806 01383 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -1039 04738 Preacute 13123 plusmn 4424 -1631 03555 GLA Poacutes 11949 plusmn 4425 -200 09125 Preacute 15664 plusmn 2905 -4173 00045 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2739 01323 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -7724 00001 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5461 00035

444422 TTrriippttooffaannoo

Resultados (Graacutefico 9) indicam aumento (pgt 005) imediato dos niacuteveis do

triptofano aminoaacutecido precursor da serotonina apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de

intensidade moderada (GLA e GLA1h) agrave moderada alta (G90PCR) Respostas

inversas foram observadas apoacutes sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e alta

intensidade (Gmax) que apresentou decliacutenio um imediato dos niacuteveis de

tripotofano que foram reduzidos significativamente (ple 005) apoacutes 20 minutos do

teacutermino do exerciacutecio

Poacutes 2 14498 plusmn 3956 -2572 02083 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -6705 00001 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7345 00001 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -4589 00232 GLA Preacute 14298 plusmn 3158 -1175 06133 G90LA Poacutes 12788 plusmn 3158 -839 06692 Preacute 15664 plusmn 2905 -2541 01959 G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -2539 02582 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -6093 00092 Poacutes 17210 plusmn 3678 -5261 00092 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -5074 00333 Poacutes 19093 plusmn 1245 -7145 00218

Preacute 15664 plusmn 2905 -1366 04935 G90LA G90PCR Poacutes 14488 plusmn 4188 -1700 03748 Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -4918 00333 Poacutes 17210 plusmn 3678 -4423 00218 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -3899 00602 Poacutes 19093 plusmn 1245 -6306 00001

Gmax Preacute 19215 plusmn 3600 -3551 00476 G90PCR Poacutes 17210 plusmn 3678 -2723 01888 GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 -2533 00800 Poacutes 19093 plusmn 1245 -4606 00065

05137 Gmax GLA1h Preacute 18197 plusmn 2658 1018 Poacutes 19093 plusmn 1245 -1883 01675 Poacutes 2 16515 plusmn 3639 -2017 02908 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

87

0

10

20

30

40

50

60

70nm

olm

l

Triptofano

Preacute 6404 5739 4213 3591 5724 5723Poacutes 6199 5606 5285 4151 4315 5934Poacutes2 5712 3537 5242

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 ndash Preacute-teste x Poacutes-teste2 Graacutefico 9 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute-teste e poacutes-teste dos niacuteveis de triptofano dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

A comparaccedilatildeo entre grupos para a variaacutevel do triptofano foi impossibilitada

entre as anaacutelises GC x GLA GC x G90PCR G90PCR x Gmax e G90PCR x GLA1h por

natildeo apresentarem homogeneidade inicial e logicamente apresentarem diferenccedilas

antes mesmo da anaacutelise inferencial o que confundiria atribuiacute-las ao tratamento

Todavia diferenccedilas significativas foram percebidas entre as respostas das

concentraccedilotildees desse aminoaacutecido apresentadas por indiviacuteduos idosos submetidos agrave

sessatildeo de exerciacutecios de curta duraccedilatildeo e intensidade maacutexima (Gmax) e os submetidos

a exerciacutecios de duraccedilatildeo de 1h e intensidade moderada (GLA1h) Antes e

imediatamente apoacutes a sessatildeo de exerciacutecios as meacutedias das concentraccedilotildees de

triptofano entre esses grupos natildeo foram significativas o que apenas foi observado

apoacutes 20minutos de recuperaccedilatildeo (p= 0 999 P= 0173 e p= 0019 respectivamente)

Da mesma forma o Gmax apresentou diferenccedila significativa apoacutes ser comparado

com o Grupo controle (p= 06038 p= 0 1611 p= 00160 respectivamente)

88

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

444433 PPrroollaaccttiinnaa

Tabela 13 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel triptofano nos tempos preacute-teste (preacute) e poacutes-teste (poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 5739 plusmn 3321 665 06796 Poacutes 5606 plusmn 3321 592 06811 GLA Preacute 4213 plusmn 2092 2191 00949 Poacutes 5285 plusmn 3295 914 05257 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2813 00158 Poacutes 4151 plusmn 2187 2047 00840 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 680 06038 Poacutes 4315 plusmn 2837 1884 01611 Poacutes 2 3537 plusmn 1704 2175 00160 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 680 05021 Poacutes 5934 plusmn 1775 264 07841 Poacutes 2 5242 plusmn 918 2175 04344 G90LA GLA Preacute 4213 plusmn 2092 1526 03083 Poacutes 5285 plusmn 3295 321 08488 G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 2148 01155 Poacutes 4151 plusmn 2187 1455 03182 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 015 00310 Poacutes 4315 plusmn 2837 1291 08990 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 015 09901 Poacutes 5934 plusmn 1775 -328 07996 GLA G90PCR Preacute 3591 plusmn 898 621 04530 Poacutes 4151 plusmn 2187 1134 04310 Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -1511 01958 Poacutes 4315 plusmn 2837 970 05382 GGLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -1511 00751 Poacutes 5934 plusmn 1775 -649 06144 G90PCR Gmax Preacute 5724 plusmn 2351 -2133 08990 Poacutes 4315 plusmn 2837 -164 03582 GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 -2132 00005 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1783 00833 Gmax GLA1h Preacute 5723 plusmn 1062 000 09996 Poacutes 5934 plusmn 1775 -1619 01734 Poacutes 2 5242 plusmn 918 -1705 00197

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 10 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias do preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de prolactina dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

0

1

2

3

4

5

6

nano

gm

l

Prolactina

Preacute 46 584 559 535 463 514

Poacutes1 453 529 523 551 489 57

Poacutes2 46 508 515

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

89

Embora nenhuma mudanccedila significativa tenha sido percebida nas

concentraccedilotildees da prolactina apoacutes comparaccedilatildeo intra grupos (Graacutefico 10) maiores

alteraccedilotildees foram apresentadas pelos grupos submetidos agrave sessatildeo de exerciacutecios

fiacutesicos do que no GC Aumento das concentraccedilotildees de prolactina foi observado nos

grupos submetidos a exerciacutecios de intensidades mais elevadas (G90PCR e Gmax) e

aos de maior duraccedilatildeo (GLA1h) Apesar de todos os grupos apresentarem

homogeneidade entre as meacutedias iniciais nenhuma diferenccedila significativa foi

observada entre as meacutedias dos diversos tipos de protocolos de exerciacutecios que as

idosas foram submetidas (Tabela 14)

Tabela 14 ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritmeacuteticas referentes agrave variaacutevel

prolactina nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

p le 005 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP

DIFERENCcedilA p

GC Preacute 584 plusmn 169 -1237 01330 G90LA Poacutes 529 plusmn 169 -0762 03405 Preacute 559 plusmn 149 -0987 01916 GLA Poacutes 523 plusmn 096 -0700 02611 Preacute 535 plusmn 176 -0750 03595 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0987 02451 Gmax Preacute 463 plusmn 125 -0025 09703 Poacutes 489 plusmn 131 -0362 05995 Poacutes2 508 plusmn 189 -0488 05712 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0544 04596 Poacutes 570 plusmn 173 -1175 01464 Poacutes2 515 plusmn 144 -0555 04403

GLA Preacute 559 plusmn 149 0250 07592 G90LA Poacutes 523 plusmn 096 0062 09288 Preacute 535 plusmn 176 0487 05820 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0225 08023 Gmax Preacute 463 plusmn 125 1212 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0400 01267 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0693 03933 Poacutes 570 plusmn 173 -0412 06267 GLA Preacute 535 plusmn 176 0237 07751 G90PCR Poacutes 551 plusmn 184 -0287 07010 Gmax Preacute 463 plusmn 125 0962 01837 Poacutes 489 plusmn 131 0337 05665 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0443 05584 Poacutes 570 plusmn 173 -0475 05027

Gmax Preacute 463 plusmn 125 0725 03582 G90PCR Poacutes 489 plusmn 131 0625 04462 GLA1h Preacute 514 plusmn 155 0205 08013 Poacutes 570 plusmn 173 0225 08312 Gmax GLA1h Preacute 514 plusmn 155 -0519 04629 Poacutes 570 plusmn 173 -0812 02966 Poacutes2 515 plusmn 144 -0068 09343

90

444444 AAmmiinnooaacuteaacutecciiddooss aarroommaacuteaacutettiiccooss ee aammiinnooaacuteaacutecciiddooss ddee ccaaddeeiiaa rraammiiffiiccaaddaa

Anaacutelises estatiacutesticas intra grupos (Graacutefico 11) natildeo indicaram diferenccedilas

significativas para a comparaccedilatildeo das meacutedias das concentraccedilotildees dos Aminoaacutecidos

Aromaacuteticos (AAA) e os de Cadeia Ramificada (AACR) Respostas aos diferentes

protocolos de exerciacutecios a que as idosas voluntaacuterias deste estudo foram submetidas

indicaram uma tendecircncia das concentraccedilotildees desses grupos de aminoaacutecidos a elevar-

se imediatamente apoacutes exerciacutecios de intensidades leves e moderadas

Adicionalmente agrave medida que a intensidade foi elevada uma reduccedilatildeo gradual destas

concentraccedilotildees foi observada

Comparaccedilotildees entre grupos (Apecircndices 1 e 2) natildeo indicaram diferenccedilas (ple

005) para as respostas das concentraccedilotildees dos AACRs aos diferentes protocolos de

exerciacutecios preestabelecidos neste estudo Apesar de natildeo apresentarem niacutevel de

significacircncia aqui estabelecido (ple 005) percebeu-se que o grupo Gmax apresentou

diferenccedilas relevantes ao ser comparado (preacute e poacutes-testes) com os grupos G90LA e

GLA (de p= 06009 para p= 00664 e de p= 08526 para p= 00963

respectivamente)

Para as concentraccedilotildees dos AAAs foram observadas diferenccedilas significativas

entre os grupos G90LA e Gmax G90LA e GLa1h e GLA e G90PCR

Anaacutelises comparativas intra grupos (Graacutefico 12) natildeo indicaram nenhuma alteraccedilatildeo

significativa entre os momentos preacute e poacutes-testes tanto para a relaccedilatildeo do triptofano e

os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRP-AACR) como da relaccedilatildeo do triptofano

para os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRP-AAA) Entretanto resposta significativa foi

apresentada pelo Gmax entre os momentos preacute-teste e poacutes-teste2 quando um

decliacutenio significativo da relaccedilatildeo TRP-AAA foi observado A exposiccedilatildeo graacutefica pode

facilitar a observaccedilatildeo de certa similaridade nas oscilaccedilotildees promovidas pelo exerciacutecio

entre essas duas relaccedilotildees Diferenccedilas (ple005) foram observadas somente na

comparaccedilatildeo entre os grupos (Apecircndices 3 e 4) Gmax e GLA1h tanto para a relaccedilatildeo

entre TRP-AACR quanto para a relaccedilatildeo entre TRP-AAA (p= 07216 p= 03161 p=

00364 e p= O6217 p= 00376 p= 00080 respectivamente)

91

0

50

100

150

200

nmol

ml

Aminoaacutecidos Aromaacuteticos

Preacute 16691 15146 12849 10984 13079 12843Poacutes1 1722 17558 15203 10701 12763 13052Poacutes2 1662 11447 12022

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h 0

100

200

300

400

500

600

700

Aminoaacutecidos de Cadeia Ramificada

Preacute 61748 49553 46411 39965 45514 45852Poacutes1 60585 54339 51918 42194 40323 45691Poacutes2 60222 35493 4173

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 11 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes dos niacuteveis de AACR e de AAA dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

92

0

002

004

006

008

01

012

014

TRP-AACR

Preacute 00922 01094 00905 00939 01207 01256Poacutes1 01037 01057 01013 00997 01087 01301Poacutes2 00979 00998 01272

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h0

00501

01502

02503

035

0404505

TRP-AAA

Preacute 03727 03058 03406 03391 04298 04541Poacutes1 03774 02752 03434 03953 03205 04583Poacutes2 03947 03167 04409

GC G90LA GLA G90PCR Gmax GLA1h

ple 005 Graacutefico 12 ndash Comparaccedilatildeo das meacutedias preacute e poacutes-testes da relaccedilatildeo do triptofano e aminoaacutecidos aromaacuteticos e do triptofano com os aminoaacutecidos de cadeia ramificada dos grupos GC G90LA GLA G90PCR Gmax e GLA1h e do momento poacutes-teste2 dos grupos GC Gmax e GLA1h

93

55 DDIISSCCUUSSSSAtildeAtildeOO

51 POTEcircNCIA AEROacuteBIA E PERFIL ANTROPOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

As respostas fisioloacutegicas observadas apoacutes avaliaccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia de

mulheres idosas no presente estudo indicaram sinais de esforccedilo maacuteximo baseado

em paracircmetros fisioloacutegicos como a FCmax que atingiu 948 da frequumlecircncia

cardiacuteaca esperada apoacutes teste de esforccedilo maacuteximo (220 ndash idade) medida proacutexima do

valor alcanccedilado (952 957) em estudos que submeteram idosos brasileiros a

um teste incremental em esteira (SILVA et al 2007 VACANTI et al 2004) Outras

variaacuteveis observadas como a razatildeo de troca respiratoacuteria R= 109 a percepccedilatildeo

subjetiva de esforccedilo 17 a duraccedilatildeo meacutedia do teste entre 10 e 12 minutos e a

incapacidade de responder ao estiacutemulo verbal para dar continuidade ao exerciacutecio

satildeo da mesma forma reconhecidas na literatura cientiacutefica como preditoras de

esforccedilo maacuteximo para indiviacuteduos idosos (NEDER amp NERY 2002 SBC 2002)

Em concordacircncia com o relato de vaacuterios estudos que reportaram um

decreacutescimo de 5 a 15 por deacutecada da funccedilatildeo cardiovascular maacutexima apoacutes os 25

anos de idade em funccedilatildeo do processo do envelhecimento (ACSM 1998) as mulheres

idosas (6406plusmn37 anos) voluntaacuterias da presente investigaccedilatildeo apresentaram um

VO2pico (2068 mlkgmin) inferior ao de mulheres ativas de faixas etaacuterias menores

(FLEG 2005) e superiores aos apresentados por mulheres faixa etaacuteria maior

(FOSTER 1986) Apesar da capacidade cardiorrespiratoacuteria apresentada pelas

voluntaacuterias ser classificada segundo a American Heart Association (1972) como

ldquoregularrdquo observou-se que o volume maacuteximo de oxigecircnio consumido foi menor que o

observado em estudos (DE WILD et al 1995 SILVA et al 2007) com mulheres de

idade mais avanccedilada (2224plusmn493 e 246plusmn47 mlkgmin 6712plusmn516 e 728plusmn36

anos respectivamente) Tal fato pode estar relacionado com o alto iacutendice de

sobrepeso e obesidade avaliados Apesar de controverso (GORAN 2000) presume-

se que mulheres obesas apresentem reduccedilatildeo da aptidatildeo fiacutesica e da capacidade

funcional em relaccedilatildeo agraves eutroacuteficas e com sobrepeso (ORSI 2008)

94

Agrave semelhanccedila de pesquisas realizadas com a populaccedilatildeo brasileira (SANTOS amp

SICHIERI 2005 KRAUSE et al 2007) e de outros paiacuteses (VISSER et al 1999

ZHANG 2008) este estudo observou que as mulheres idosas apresentaram alta

prevalecircncia de sobrepeso obesidade e presumivelmente elevada predisposiccedilatildeo a

doenccedilas crocircnicas decorrentes do acuacutemulo de gordura Segundo a Organizaccedilatildeo

Mundial da Sauacutede (2003) tais doenccedilas tecircm sido associadas ao acuacutemulo de massa

gorda global avaliada neste estudo pelas medidas do IMC e do GC e os riscos

relativos para essas doenccedilas satildeo verificados pela obesidade central avaliados neste

estudo atraveacutes das medidas da RCQ e CC (OMS 2003)

A despeito dos resultados aqui analisados sabe-se que tanto as medidas

antropomeacutetricas como seus respectivos pontos de corte disponibilizados na literatura

para essa parcela populacional ainda satildeo inconsistentes o que consequumlentemente

torna questionaacutevel sua relaccedilatildeo verdadeira para prediccedilatildeo agrave mortalidade e aos fatores

de risco (JANSSEN amp MARK 2007) Uma vez que em sua maioria satildeo validados para

populaccedilotildees mais jovens e desconsideram a redistribuiccedilatildeo natural da composiccedilatildeo

corporal durante o processo do envelhecimento assim como para caracteriacutesticas

peculiares de cada raccedila (EMED KRONBAUER MAGNONI 2006 TINOCO et al 2006)

52 PERFIL PSICOMEacuteTRICO DA AMOSTRA

552211 PPeerrffoorrmmaannccee ccooggnniittiivvaa

A avaliaccedilatildeo da performance cognitiva eacute amplamente utilizada em estudos com

indiviacuteduos idosos (LAKS et al 2003 BRUCKI et al 2003 LURENCcedilO amp VERAS

2006) Embora os motivos que induzem o deacuteficit cognitivo com o passar dos anos

ainda natildeo estejam bem estabelecidos na literatura supotildee-se que a reduccedilatildeo da

velocidade no processamento de informaccedilotildees o decreacutescimo de atenccedilatildeo o deacuteficit

sensorial a reduccedilatildeo da capacidade de memoacuteria de trabalho o prejuiacutezo na funccedilatildeo do

lobo frontal e na funccedilatildeo neurotransmissora aleacutem da deterioraccedilatildeo da circulaccedilatildeo

sanguiacutenea central e do decliacutenio da atuaccedilatildeo da barreira hematoencefaacutelica estejam

envolvidos Eacute de entendimento cientiacutefico que o envelhecimento atue como um dos

principais fatores de risco para a queda do desempenho cognitivo e que aumente a

vulnerabilidade desse processo (ANTUNES et al 2006)

95

Apesar de a performance cognitiva ser avaliada nesse estudo apenas para

disponibilizar de forma superficial o perfil cognitivo da amostra e para o

rastreamento de possiacuteveis casos de demecircncia natildeo se pode desaperceber a

equivalecircncia entre os escores obtidos e os resultados previstos para essa populaccedilatildeo

propondo supostamente que a amostra apresentou suas funccedilotildees cognitivas

preservadas (BRUCKI et al 2003)

Segundo estudo realizado por Laks et al (2003) que randomizou um

nuacutemero de 341 idosos brasileiros (65 a 84 anos) para dois grupos idosos mais

jovens (7313plusmn527) e idosos mais velhos (88plusmn490) que foram subdivididos para

2 subgrupos (alfabetizados e natildeo-alfabetizados) foi observado que

comparativamente os grupos se diferenciavam tanto por faixa etaacuteria como para o

fator ldquoescolaridaderdquo O escore geral observado em idosos mais jovens (natildeo-

alfabetizados e alfabetizados) daquele estudo apresentou-se bem menor que os

deste estudo (1729plusmn440 2242plusmn498 e 23plusmn00 2715plusmn301 respectivamente)

Da mesma forma este estudo apresentou valores superiores aos apresentados por

Lourenccedilo e Veras (2006) que encontraram em indiviacuteduos (n=303) com idade

acima de 65 anos escores de 1819 para idosos analfabetos e 2425 para

alfabetizados Adicionalmente escores observados neste estudo (2300plusmn00

2672plusmn302 2760plusmn482 2788plusmn1154 2833plusmn057) por niacuteveis de escolaridade

(analfabeto 1 a 4 5 a 8 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo) foram maiores que

os apresentados por Brucki et al (2003) na faixa etaacuteria referente (1881plusmn296

2485plusmn303 2657plusmn151 2875plusmn126 e 2717 plusmn194)

Presume-se que essa aparente vantagem entre maiores escores deste

estudo em relaccedilatildeo aos demais possa estar relacionada com a praacutetica regular de

exerciacutecios fiacutesicos um dos criteacuterios de inclusatildeo aqui estabelecidos uma vez que

detectou-se relaccedilatildeo positiva e significativa entre a performance cognitiva com a

capacidade cardiorrespiratoacuteria das idosas avaliadas (Tabela 8) Acredita-se que a

atividade fiacutesica sistematizada possa atuar como alternativa natildeo medicamentosa

para a melhora cognitiva de idosas natildeo-demenciadas (ANTUNES et al 2001) por

estar envolvida com fatores de crescimento neural como BNDF (brain-derived

neurotrophic factor) ou a outros estimuladores neurogecircnicos que atuam na

manuntenccedilatildeo da funccedilatildeo cerebral e na promoccedilatildeo da plasticidade neural (ANTUNES

96

et al 2006) e por agir de forma natildeo-farmacoloacutegica com accedilotildees neurotransmissoras

capazes de intervir na performance cognitiva (ANTUNES et al 2001 ANSTEY et

al 2004 ANTUNES et al 2006)

Relatos cientiacuteficos tecircm investigado a accedilatildeo neurotransmissora sobre o processo

cognitivo e confirmam que aleacutem do sistema colineacutergico tambeacutem o sistema

serotonineacutergico exerccedila inferecircncia sobre as funccedilotildees cognitivas e que alteraccedilotildees

parciais desse sistema podem causar enfraquecimento severo na memoacuteria e no

aprendizado do indiviacuteduo jovem ou idoso Adversamente perceberam melhoras

significativas tanto na memoacuteria como no comportamento de aprendizagem apoacutes

restauraccedilatildeo da inervaccedilatildeo serotonineacutergica em aacutereas hipocampais (RICHTER-LEVIN amp

SEGAL 1993) Fortes evidecircncias sustentam a hipoacutetese desse envolvimento como

por exemplo a localizaccedilatildeo das vias serotonineacutergicas e a disposiccedilatildeo de seus

receptores que coincidem com aacutereas cerebrais envolvidas com os processos normais

de aprendizagem e com regiotildees relacionadas com distuacuterbios das funccedilotildees cognitivas

como por exemplo o hipocampo a amiacutegdala e o coacutertex cerebral (MENESES 1999)

Outrossim a clara interferecircncia das accedilotildees de seus neuroreceptores preacute (5-HT1A 5-

HT1B 5-HT2A2C e 5-HT3) e poacutes-sinaacutepticos (5-HT2B2C and 5-HT4) e das

alteraccedilotildees promovidas pela recaptaccedilatildeo e o transporte da serotonina na modulaccedilatildeo e

na consolidaccedilatildeo da aprendizagem (MENESES amp HONG 1997 MENESES 1999)

552222 IImmaaggeemm ccoorrppoorraall

A silhueta indicada como a imagem corporal ideal (ICI) foi a de nuacutemero 3

(IMC = 2148plusmn182) coincidindo com estudos realizados com mulheres de outras

nacionalidades (BULIK et al 2001 TEHARD 2002 DAMASCENO et al 2005) que

apresentaram meacutedia do IMC proacutexima ao deste estudo (205plusmn09 22plusmn10 e

200plusmn03 respectivamente) Interessante notar que todos esses iacutendices enquadram-

se na classificaccedilatildeo ldquopeso normalrdquo segundo ponto de corte utilizado neste estudo

(OMS 2002) A predileccedilatildeo por menores silhuetas percebida em outras faixas etaacuterias

(ERLING amp HWANG 2004 TRICHES amp GIUGLIANI 2007) tambeacutem persistiu entre as

mulheres idosas aqui investigadas resultando em grau estatisticamente significativo

de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

97

Resultados indicaram que as medidas antropomeacutetricas que sinalizam o

acuacutemulo de gordura global (IMC e o GC) apresentam relaccedilatildeo positiva e

significativa com o grau de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal O que natildeo foi

observada para as medidas relacionadas com o acumulo central de gordura (RCQ e

CC) Fator preocupante uma vez que essas apresentam maior risco para a aquisiccedilatildeo

de doenccedilas cardiacuteacas e degenerativas (OMS 2003)

O fato das idosas participantes desta intervenccedilatildeo natildeo terem um grau

significativo (p= 037) de distorccedilatildeo da IC pode estar presumivelmente relacionado

com primeiro a praacutetica regular da atividade fiacutesica pois sabe-se que a construccedilatildeo da

IC e o processo do desenvolvimento motor se interagem continuamente (LE BOUCH

1992) Existe uma interferecircncia muacutetua entre esse binocircmio As sensaccedilotildees sinesteacutesicas

e proprioceptivas promovidas pelo exerciacutecio fiacutesico associadas agraves experiecircncias

vivenciadas anteriormente desencadeiam respostas centrais que facilitam a

compreensatildeo do indiviacuteduo ativo sobre informaccedilotildees (sua localizaccedilatildeo suas limitaccedilotildees e

potencialidades) que interferiratildeo positivamente na IC do mesmo (SCHILDER 1999)

Segundo o rastreamento e a exclusatildeo de casos relacionados com decliacutenios

cognitivos durante a seleccedilatildeo da amostra podem ter contribuiacutedo para eliminar

indiviacuteduos com situaccedilotildees de disfunccedilotildees neuroloacutegicas potencialmente capazes de

desencadear quadros patoloacutegicos de distorccedilatildeo da IC (SCHILDER 1999) Terceiro a

meacutedia elevada dos domiacutenios de Qualidade de Vida apresentada pela maioria dos

indiviacuteduos independentemente da silhueta em que se enquadraram E por uacuteltimo

os baixos niacuteveis indicativos de depressatildeo apresentados pela maioria das voluntaacuterias

o que pode ter inferido em avaliaccedilatildeo com baixo grau de distorccedilatildeo A capacidade

interventora do equiliacutebrio emocional sobre a habilidade do indiviacuteduo avaliar sua ICR eacute

tema amplamente discutido na literatura Sua interferecircncia negativa sobre a IC pode

estar relacionada com doenccedilas afins e culminar com a morte

A incongruecircncia entre a alta prevalecircncia da insatisfaccedilatildeo com a IC identificada

apoacutes aplicaccedilatildeo da escala de silhuetas (quando as idosas indicavam outras silhuetas

que natildeo a suas como ICI) e a baixa prevalecircncia observada nas respostas advindas

do questionaacuterio (quando as idosas eram indagadas claramente se estavam ou natildeo

satisfeitas com sua IC) indica a possibilidade de que a percepccedilatildeo da satisfaccedilatildeo com a

IC possa ultrapassar as barreiras estabelecidas pelos instrumentos aqui adotados e

98

envolvam fatores e dimensotildees ateacute entatildeo desconhecidos (SLADE 1994) Talvez

existam estaacutegios conscientes e inconscientes durante esse processo de avaliaccedilatildeo Um

mais estruturado com criteacuterios regras associaccedilotildees de valores bem estabelecidos e

maior maturidade para definir os paracircmetros entre o ldquoReal x Idealrdquo que o outro

552233 QQuuaalliiddaaddee ddee vviiddaa

Apesar do processo do envelhecimento natural estar relacionado a muitas

perdas (ACSM 1998 HAYFLICK 1997) a amostra deste estudo foi classificada com

um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida geral (6818) que refletiu as meacutedias dos

domiacutenios fiacutesico psicoloacutegico e social (7449 6922 7075 e 6818 respectivamente)

Por outro lado percebeu-se que o domiacutenio ambiental (que considerou os itens de

seguranccedila fiacutesica e proteccedilatildeo ambiente no lar recursos financeiros disponibilidade e

qualidade oferecidas na sauacutede social a oportunidade de adquirir novas informaccedilotildees

e habilidades participaccedilatildeo e oportunidades de recreaccedilatildeo e lazer ambiente fiacutesico e

existecircncia e qualidade do transporte) apresentou meacutedia (5810) e classificaccedilatildeo

inferiores as dos demais domiacutenios Resultados semelhantes a este foram observados

em estudos realizados com idosos em outras regiotildees do Brasil (SILVA amp REZENDE

2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) o que pode sinalizar um sentimento de

insatisfaccedilatildeo dessa populaccedilatildeo com os serviccedilos oferecidos pelos oacutergatildeos

governamentais bem como o amparo que tem sido direcionado para esta

comunidade Comparativamente observou-se que as meacutedias para o domiacutenio fiacutesico e

para a meacutedia geral de qualidade de vida foram maiores que os apresentados por

idosos sedentaacuterios sadios (563 e 58 respectivamente) e sedentaacuterios com depressatildeo

(4802 e 5289 respectivamente) ( GORDIA et al 2007 SILVA amp REZENDE 2006)

Tem-se reportado que o estilo de vida ativo seja capaz de interferir

amplamente no niacutevel de qualidade de vida do idoso interferindo nos domiacutenios

fiacutesico por promover maior autonomia ao idoso no desempenho das atividades da

vida diaacuteria e sauacutede fiacutesica (KNORST et al 2001) psicoloacutegicos (DUNN amp DISHMAN

1991 NIEMAN 1999 TELLA et al 2004) induzindo a uma melhor sauacutede

emocional e social (PAFFENBARGER LEE LEUNG 1994 HERNANDES amp BARROS

2004) por ser um instrumento eficiente de reinclusatildeo do idoso nas atividades

comunitaacuterias Adversamente apesar de o domiacutenio ambiental apresentar um baixo

99

escore tanto nesse estudo como em vaacuterios outras investigaccedilotildees (SILVA amp

REZENDE 2006 CIESLAK 2007 PAULO et al 2008) coadunamos com a ideacuteia de

Carvalho amp Carvalho (2008) e acreditamos na interferecircncia positiva do exerciacutecio

sobre esta variaacutevel mesmo que em menor proporccedilatildeo quando comparada com os

demais domiacutenios

552244 NNiacuteiacutevveeiiss ddee ddeepprreessssatildeatildeoo

Uma relaccedilatildeo negativa e significativa foi observada neste estudo (Tabela 8)

entre os escores indicativos de depressatildeo e a capacidade cardiorrespiratoacuteria

(VO2pico) o que sugere efeitos positivos do exerciacutecio sobre indicativos de depressatildeo

abordada em relatos anteriores (PAFFENBARGER LEE amp LEUGN 1994 DISHMAN

1997 FECHIO amp BRANDAtildeO 1997 ACSM 1998)

Considerando a idade e o gecircnero dos indiviacuteduos aqui estudados indicados

com maior predisposiccedilatildeo ao diagnoacutestico de depressatildeo (OMS 2000 RODRIGUES

2000) a amostra deste estudo apresentou em meacutedia o escore 1018 no inventaacuterio

de depressatildeo de Beck muito proacuteximo do ponto de corte que indica ausecircncia de

depressatildeo (BDIlt10) Resultado semelhante aos observados em mulheres idosas

apoacutes serem submetidas a um periacuteodo de 4 meses de exerciacutecios aeroacutebio de

intensidade moderadamente alta que reduziram significativamente os escores de

depressatildeo de 152 para 1021 (OLIVEIRA et al 2007)

Conjectura-se exerciacutecios fiacutesicos de intensidade moderada alta possam

produzir uma accedilatildeo terapecircutica mais lenta poreacutem eficaz e de efeitos mais

duradouros que agraves apresentadas por intervenccedilotildees farmacoloacutegicas em sujeitos idosos

de depressatildeo moderada (BLUMENTHAL 1999)

Embora a maioria dos estudos relate melhoras dos estados de humor apoacutes um

periacuteodo de exerciacutecios fiacutesicos alguns sugerem que os efeitos positivos possam ser

observados mesmo apoacutes sessatildeo aguda (TOSKOVIC 2001 ROSA et al 2004)

Todavia a utilizaccedilatildeo de exerciacutecios para fins terapecircuticos tem sido muitas vezes

questionada uma vez que os efeitos produzidos sofram interferecircncia de caraacuteter

multifatorial e que dependendo da populaccedilatildeo estudada para as relaccedilotildees gecircnero e

idade gravidade do quadro depressivo intensidade e duraccedilatildeo do exerciacutecio as

100

respostas podem diversificar-se (DUNN amp DISHMAN 1991 PHILLIPS KIERNAN amp

KING 2003 WERNERCK et al 2006)

Considerando que uma das hipoacuteteses que tentam explicar as bases

etioloacutegicas desse transtorno do humor fundamenta-se nas alteraccedilotildees

neurobioloacutegicas percebidas no sistema monoamineacutergico (DUNN amp DISHMAN

1991) sistema que foi analisado no presente estudo Investigou-se entatildeo a

possibilidade de uma associaccedilatildeo significativa entre as concentraccedilotildees da

serotonina triptofano e prolactina (em repouso) e os escores indicativos de

depressatildeo (Tabela 8) o que foi posteriormente rejeitada No entanto apoacutes a

amostra ser dividida para os escores de depressatildeo percebeu-se decliacutenio desses

analiacuteticos agrave medida que o quadro de depressatildeo foi se agravando (Graacutefico 7) o

que coadunou com relatos anteriores que prevecircem decreacutescimo dessas

concentraccedilotildees no diagnoacutestico da depressatildeo (DUNN amp DISHMAN1991 STRUumlDER

amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp WEICKER 2001b MORAN 2003)

53 SISTEMA SEROTONINEacuteRGICO

A utilizaccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos como modelo de estresse tem sido

amplamente utilizada em diversas pesquisas para manipulaccedilatildeo do sistema

serotonineacutergico (CHAOULOFF 1997 STRUumlDER amp WEICKER 2001a STRUumlDER amp

WEICKER 2001b ARMADA-DA-SILVA amp ALVES 2005) Para a compreensatildeo da

interaccedilatildeo desse binocircmio muitos estudos tecircm analisado o impacto que o exerciacutecio

fiacutesico tem causado sobre o aporte serotonineacutergico perifeacuterico (MARTIN et al 2000

LOPES 2001) ou sobre o sistema nervoso central (BAILEY DAVIS AHLBORN 1993

DISHMAN 1997) adotando em suas investigaccedilotildees tanto modelo humano (ARIDA

NAFFAH-MAZZACORATTI SOARES 1998 DWYER amp FLYNN 2002 OLIVEIRA et al

2007) como modelos animais (KUROSAWA et al 1993 GOMEZ-MERINO et al

2001 KALINSKI DLUZEN STADULIS 2001) Manipulaccedilotildees farmacoloacutegicas sucedidas

de sessotildees de exerciacutecios fiacutesicos tecircm sido utilizadas tanto para a compreensatildeo da

extensatildeo da accedilatildeo dos neurotransmissores e neuroreceptores como para a produccedilatildeo

e o catabolismo das enzimas relacionadas com a siacutentese e depleccedilatildeo serotonineacutergica

(MEEUSEN et al 1997) Adicionalmente outros recursos aleacutem dos farmacoloacutegicos

tecircm sido empregados para a concepccedilatildeo desse paradigma como as alteraccedilotildees

101

nutricionais que manipulam dietas com suplementaccedilatildeo de aminoaacutecidos de cadeia

ramificada dos aminoaacutecidos aromaacuteticos de carboidratos e de aacutecidos graxos livres

(DAVIS 1998 BLOMSTRAND 2006) e as alteraccedilotildees do meio ambiente atraveacutes do

controle da temperatura Entretanto os efeitos agudos do exerciacutecio cardiovascular

foran avaliados nesse estudo apoacutes submeter mulheres idosas a diferentes

intensidades e duraccedilatildeo de caminhada sem a utilizaccedilatildeo de outro fator experimental

atraveacutes da anaacutelise das concentraccedilotildees perifeacutericas da serotonina e demais analiacuteticos

relacionados agrave sua siacutentese

Apesar da variedade metodoloacutegica disponiacutevel na literatura a grande maioria das

investigaccedilotildees que versam sobre esse tema afunilam seus objetivos em desvendar a

relaccedilatildeo da interaccedilatildeo ldquoexeriacutecio fiacutesico e sistema serotonineacutergicordquo agrave alta performance e agrave

possibilidade de prolongamento do tempo de esforccedilo Nesse sentido para melhor

compreensatildeo desse paradigma agrave procura de menores limitaccedilotildees eacuteticas maior controle

das variaacuteveis intervenientes e consequumlentemente maior avanccedilo cientiacutefico adotam

preferencialmente modelos animais ou indiviacuteduos jovens e atletas Tais criteacuterios de

seleccedilatildeo dificultaram comparaccedilotildees de vaacuterios estudos com os resultados aqui

apresentados uma vez que mulheres idosas foram tidas como modelo de amostra

Apesar de estudos afirmarem que o processo de senescecircncia possa estar associado

com marcadores caracteriacutesticos do decliacutenio fisioloacutegico e morfoloacutegico do sistema

serotonineacutergico e seja capaz de repercutir qualitativa e quantitativamente em suas

accedilotildees neuroquiacutemicas (TRELLES 1986 NISHIMURA et al 1998) sabe-se que as

implicaccedilotildees desse binocircmio extrapolam os limites da alta performance Relatos

cientiacuteficos confirmam que a promoccedilatildeo da sauacutede e do bem estar fiacutesico e mental possam

estar associados inclusive a exerciacutecios fiacutesicos de pequena duraccedilatildeo (DWYER amp FLYNN

2002) por serem capazes de produzir alteraccedilotildees significativas na atuaccedilatildeo

neurotransmissora em algumas regiotildees do ceacuterebro mesmo que nenhuma alteraccedilatildeo

perifeacuterica seja aparente (KUROSAWA et al 1993)

Neste estudo o valor meacutedio dos niacuteveis de serotonina de toda a amostra

(154plusmn4288 nanogml) apresentou-se maior do que concentraccedilotildees (7925plusmn694

6375plusmn410 e 6533plusmn433 nanogml) avaliadas em indiviacuteduos mais jovens

(2263plusmn245 2437plusmn329 e 23plusmn316 anos de idade) e proacuteximos dos valores

apresentados (15203plusmn7287 e 12235plusmn1515 nanogml) em indiviacuteduos de meia

102

idade (4555plusmn559 e 4750plusmn1561 anos) ou de faixa etaacuteria semelhante

(13827plusmn6059 nanogml 578plusmn59 anos) apresentados em outros estudos

(SOARES1995 ARIDA 1998 e OLIVEIRA et al 2007 respectivamente)

Evidentemente seria precipitado afirmar que o processo de envelhecimento esteja

relacionado ao acuacutemulo adicional das concentraccedilotildees serotonineacutergicas plasmaacuteticas

uma vez que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agraves diferenccedilas metodoloacutegicas

adotadas nos protocolos de coleta congelamento e dosagem desse analiacutetico Tal

hipoacutetese ocupa posiccedilatildeo controversa na literatura sendo poucas vezes confirmada

como nos dados apresentados por Chen Luuml Huang (2002) ou na maioria das vezes

negada (KUMAR et al 1998)

Apesar da maioria dos grupos avaliados terem apresentado tendecircncia agrave

reduccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos serotonineacutergicos apoacutes sessatildeo de exerciacutecios fiacutesicos

apenas dois dos seis grupos apresentaram decliacutenio significativo do aporte de

serotonina O primeiro apoacutes ser submetido a teste de potecircncia aeroacutebia (Gmax)

reduziu seus niacuteveis de serotonina divergindo dos resultados apresentados por

estudos de Soares (1995) e Steinberg Sposito Tufik et al (1998) que apoacutes

submeterem indiviacuteduos adultos jovens (atletas e ativos respectivamente) a um

estresse fiacutesico semelhante ao prescrito nesta investigaccedilatildeo perceberam aumento

significativo e natildeo decliacutenio destes niacuteveis Percebe-se que a habilidade do sistema

serotonineacutergico em responder diferentes desenhos de protocolos de exerciacutecios fiacutesicos

tanto eacute desconhecida como vulneraacutevel agrave interferecircncias multifatoriais (MARTIN et al

2000) e que presumivelmente o envelhecimento possa interferir signifcativamente

sobre esses resultados

O segundo grupo que apresentou alteraccedilotildees significativas dos niacuteveis

perifeacutericos de serotonina foi o GLA1h que apresentou imediatamente apoacutes 1h de

caminhada de intensidade moderada aumento de 5 (pgt 005) dos niacuteveis

plasmaacuteticos desse neurotransmissor que foi sucedido por um decliacutenio significativo

(ple 005) apoacutes os 20 minutos de recuperaccedilatildeo (18196plusmn2658 19093plusmn1244 e

16515plusmn3639 nanogml respectivamente) A sessatildeo de exerciacutecios a que esse grupo

foi submetido foi semelhante agraves oferecidas em estudo realizado com mulheres

idosas (LOPES 2001) que apoacutes um treinamento de 8 semanas (5 diassemana)

103

perceberam similarmente reduccedilatildeo significativa desse neurotransmissor em

repouso nas concentraccedilotildees plasmaacuteticas A comparaccedilatildeo dessas duas intervenccedilotildees

sugere que organismos de indiviacuteduos idosos assim como os de indiviacuteduos mais

jovens possuam mecanismos neuromoduladores que satildeo acionados em respostas a

sucessivos estiacutemulos promovidos por uma sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico

A despeito do decliacutenio perifeacuterico dos niacuteveis serotonineacutergicos apresentados pelo

GLA1h observou-se um possiacutevel incremento (108) no aporte central desse

neurotransmissor analisados atraveacutes das concentraccedilotildees de prolactina Estudos

sugerem que tais alteraccedilotildees possam estar atreladas agrave lipoacutelise promovida pela praacutetica

de exerciacutecios capaz de interferir nas concentraccedilotildees das porccedilotildees do triptofano (TRP e

TRP-L) Uma vez que o aumento da demanda de aacutecidos graxos livres desloca o TRP

dos siacutetios de ligaccedilatildeo da albumina aumentando os niacuteveis de TRP-L e subsequumlente

aumento da disponibilidade desse precursor no SNC (COSTILL BOWERS amp BRAUNAM

1971 CURZON FRIEDEL amp KNOTT 1973 MAUGHAN GLEESON amp GREENHAFF 2000

HUFFMAN et al 2004) Essa resposta ao exerciacutecio moderado pode desencadear

presumivelmente efeitos terapecircuticos naturais capazes de intervir beneficamente

em quadros cliacutenicos de doenccedilas associadas agrave alteraccedilotildees do humor e cogniccedilatildeo

(GUSZKOWSKA 2004) O que pode ser confirmado por estudos recentes realizados

com mulheres idosas onde relatam que exerciacutecios moderados mostraram-se

eficientes para a reduccedilatildeo tanto dos niacuteveis de depressatildeo (OLIVEIRA et al 2007)

como tambeacutem favorecem o processamento cognitivo (SILVA 2006)

Nenhuma alteraccedilatildeo estatisticamente significativa foi identificada nos

deslocamento das concentraccedilotildees aminoaciacutedicas em exerciacutecio de curta duraccedilatildeo (20

minutos) de intensidades baixas e moderadas conforme previsto por Meeusen

Watson Hasegawa et al (2006) Todavia considerando que os criteacuterios estatiacutesticos

nem sempre coadunam com as respostas cliacutenicas promovidas pelo desencadeamento

fisioloacutegico das accedilotildees neuroquiacutemicas algumas observaccedilotildees foram realizadas Nesse

sentido percebeu-se que o fator intensidade interferiu de maneira discreta (pgt 005)

sobre as concentraccedilotildees tanto do triptofano quanto dos demais aminoaacutecidos (AACR e

AAN) em que um aumento do triptofano foi observado em grupos submetidos agrave

exerciacutecios de intensidade moderada (GLA 254) agrave moderada alta (G90PCR

156) e um aumento igualmente discreto dos AACR e AAA em exerciacutecios de

104

intensidade leve agrave moderada (G90LA 96 16 GLA 118 e 183

respectivamente) Obviamente tais respostas aminoaciacutedicas ao exerciacutecio

interferiram tanto na relaccedilatildeo do TRPACCR que elevou-se (pgt 005) nos grupos

submetidos agrave intensidade igual ou acima do limiar anaeroacutebio (GLA 12 e G90PCR

62) como na relaccedilatildeo TRPAAA que foi aumentada apenas sob a intensidade

acima do limiar anaeroacutebio (G90PCR 168) Interessante notar que ao comparar

esse comportamento de distribuiccedilatildeo dos aminoaacutecidos com as respostas plasmaacuteticas

da prolactina marcador perifeacuterico das concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais

observou-se que todos os grupos (de duraccedilatildeo de 20 minutos) com exceccedilatildeo do

G90PCR que apresentou um aumento miacutenimo (3) apresentaram um decliacutenio das

concentraccedilotildees de prolactina

Adversamente resultados disponibilizados neste estudo indicaram que

exerciacutecios de curta duraccedilatildeo podem promover sim alteraccedilotildees significativas nas

concentraccedilotildees do sistema serotonineacutergico assim como exerciacutecios de longa duraccedilatildeo

desde que constituiacutedos de alta intensidade o que vai ao encontro com estudos

realizados por Struumlder amp Weicker (2001) Nesse sentido o grupo Gmax apresentou

um decliacutenio significativo (ple 005) nos 20 minutos de recuperaccedilatildeo das concentraccedilatildeo

tanto do TRP quanto da relaccedilatildeo TRPAAA e adicionalmente uma reduccedilatildeo de 17

(p= 007) da relaccedilatildeo TRPAACR Sugere-se que tais alteraccedilotildees bioquiacutemicas possam

explicar a depleccedilatildeo dos niacuteveis plasmaacuteticos de serotonina igualmente observada para

esse mesmo momento no Gmax A despeito de o aporte teoacuterico indicar que decliacutenios

das relaccedilotildees TRPAAA e TRPAACR estejam relacionados com o decreacutescimo da

disponibilidade do precursor serotonineacutergico nas vias centrais e por conseguinte da

siacutentese serotonineacutergica (STRUumlDER et al 1999 NEWSHOLME amp BLOMSTRAND 2006

MEEUSEN et al 2006) percebeu-se de forma ambiacutegua tendecircncia de elevaccedilatildeo (pgt

005) e natildeo de decreacutescimo dos niacuteveis centrais desse neurotransmissor avaliados

atraveacutes da prolactina imediatamente apoacutes o exerciacutecio e apoacutes os 20 primeiros minutos

de recuperaccedilatildeo (561 e 971 respectivamente) Provavelmente tal fenocircmeno

possa estar relacionado com o fato ocorrido em outras investigaccedilotildees (CHAOULOFF et

al 1986 CHAOULOFF 1997 STRUumlDER et al 1999) quando o decliacutenio ou nenhuma

alteraccedilatildeo significativa das concentraccedilotildees do TRP total (TRP + TRP-L) forma em que

foi dosada neste estudo natildeo convergiu com um acreacutescimo significativo das

concentraccedilotildees do TRP-L uacutenica parcela capaz de atravessar a barreira

hematoencefaacutelica e responsaacutevel pela siacutentese da serotonina central (CURZON

105

FRIEDEL KNOTT 1973) Adicionalmente quanto aos decliacutenios significativos dos niacuteveis

plasmaacuteticos de triptofano e de serotonina podem outrossim estar relacionados com o

aumento da atividade da enzima triptofano pirolase responsaacutevel pela atenuaccedilatildeo das

concentraccedilotildees do triptofano acionada por possiacutevel aumento da adrenalina e do

cortisol em resposta agrave alta intensidade a que o grupo foi submetido e ao niacutevel de

estresse psicoloacutegico que esse tipo protocolo pode induzir (STRUumlDER amp WEICKER

2001a) Apesar do aumento do cortisol apresentar de forma mais pronunciada em

exerciacutecios intensos de maior duraccedilatildeo existem relatos de que exerciacutecios de curta

duraccedilatildeo possam produzir acreacutescimo em sua concentraccedilatildeo (SIMOtildeES MARCON

OLIVEIRA et al 2004 BOTTARO MARTINS GENTIL et al 2007)

Apoacutes anaacutelise comparativa entre grupos percebeu-se que os grupos Gmax e

GLA1h apresentaram maiores diferenccedilas estatiacutesticas quando comparados entre si e

com os demais grupos Presume-se que as diferenccedilas estatiacutesticas encontradas entre

grupos para as dosagens dos vaacuterios analiacuteticos aqui investigados estejam

relacionadas principalmente com as dessemelhanccedilas entre o recrutamento de

substrato energeacutetico agraves diferentes intensidades e duraccedilatildeo previstas nesta

investigaccedilatildeo Uma vez que o aumento da lipoacutelise interfere de forma indireta nas

concentraccedilotildees de serotonina (CURZON 1973 MEEUSEN et al 2006) e com os

mecanismos de alerta desencadeados em situaccedilatildeo de altas intensidades (SIMOtildeES et

al 2004)

Mesmo considerando as limitaccedilotildees desta investigaccedilatildeo os relatos aqui

elucidados revelaram a complexidade e sensibilidade do sistema serotonineacutergico em

responder agraves diferentes manipulaccedilotildees atraveacutes do estresse fiacutesico Priorizar um desses

modelos em detrimento do outro deve ser considerado com cautela uma vez que

nem todos os grupos foram avaliados apoacutes os primeiros momentos de recuperaccedilatildeo

No entanto baseado nos relatos anteriormente realizados sabe-se que apenas trecircs

das intervenccedilotildees G90PCR o Gmax e o GLA1h sugeriram acreacutescimos das

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais (3 971 1089 respectivamente)

parcela envolvida com efeitos positivos na sauacutede mental do idoso

Nesse sentido sabe-se da inviabilidade de prescrever sistematicamente sessotildees

de exerciacutecios de intensidade maacutexima para indiviacuteduos idosos que mesmo

desconsiderando riscos eminentes que esta praacutetica poderia incorrer respostas

negativas a este tipo de estresse poderia ser desencadeadas no sistema

106

serotonineacutergico por influecircncia de mecanismos de accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-

adrenal (HPA) Uma vez que ciente da experiecircncia de risco e de desconforto

vivenciados em sessotildees de exerciacutecio muito intenso o organismo do idoso pode entrar

em estado de alerta e modular atraveacutes do complexo amgdaloacuteide processos plaacutesticos

sediados no hipocampo envolvidos com processamento de informaccedilotildees

especialmente em situaccedilotildees de estresse

Apoacutes acionada a memoacuteria aversiva do hipocampo neurocircnios secretam

Corticotrofinas (CRF) que por sua vez estimula a hipoacutefise anterior a liberar na

circulaccedilatildeo sanguumliacutenea o hormocircnio adreno-cortico-troacutefico (ACTH) que vai provocar a

produccedilatildeo de hormocircnios corticoesteroacuteides (CORT) pela glacircndula supra-renal

principalmente o cortisol que satildeo liberados na corrente sanguiacutenea e chegando ao

ceacuterebro atuam sobre o hipocampo para inibir a liberaccedilatildeo e atuaccedilatildeo das CRFs

(MORAIS SOUZA BAPTISTA 2004 JOCA PADOVAN GUIMARAtildeES 2003) No

entanto enquanto a amiacutegdala for estimulada esse processo continua e por

conseguinte a liberaccedilatildeo do cortisol na corrente sanguiacutenea eacute continuada (MORAIS

SOUZA BAPTISTA 2004) Adicionalmente sabe-se que os glicocorticoacuteides podem

modular o sistema serotonineacutergico e suprimir sua siacutentese (SANTOS 2005)

Fonte httpwwwcnsforumcomimagebankitemHPA_NORM_DPN_3defaultaspx

Por outro lado a prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos no limiar ventilatoacuterio 1 (LA)

com um volume (tempo ou distacircncia) baixo ou moderado aplicados na forma de um

programa de treinamento progressivo controlado pode ser considerada como

Figura 9 ndash Mecanismos da accedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal sob estiacutemulo de estresse

107

importante instrumento de prevenccedilatildeo de doenccedilas de promoccedilatildeo da sauacutede e auxiliar

no tratamento de diversas patologias senatildeo como terapecircutica uacutenica ao menos como

auxiliar nas terapecircuticas tradicionais (STELLA et al 2004) Exerciacutecios fiacutesicos

praticados no limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio 2 (PCR) ou acima do limiar de lactato

associado a grande duraccedilatildeo ou volume podem ser inadequados para fins de terapias

relacionadas agrave sauacutede mental (ARAUacuteJO MELLO LEITE 2007) Apesar de serem

observados aspectos positivos pela prescriccedilatildeo de exerciacutecios de alta intensidade

acredita-se que intensidades moderadas possam ser mais apropriadas para a

populaccedilatildeo idosa aleacutem de induzir melhoras significativas no perfil do humor

qualidade de vida e benefiacutecios cognitivos (CASILHAS et al 2007)

108

66 CCOONNCCLLUUSSAtildeAtildeOO

Considerando o perfil antropomeacutetrico psicomeacutetrico e da capacidade

cardiorrespiratoacuteria observados em mulheres idosas submetidas a esta investigaccedilatildeo

Observou-se maior prevalecircncia de sobrepeso com excesso de gordura

corporal sinalizando iacutendices desfavoraacuteveis para a sauacutede O IMC foi a variaacutevel

antropomeacutetrica de maior prediccedilatildeo para o alto grau de insatisfaccedilatildeo com a

imagem corporal

A silhueta de nuacutemero 5 apontada como imagem corporal real natildeo coincidiu

com a silhueta de nuacutemero 3 indicada como a imagem corporal ideal o que conduziu

a um grau significativo de insatisfaccedilatildeo com a imagem corporal

A amostra apresentou performance cognitiva equivalente agrave esperada para sua

faixa etaacuteria um ldquobomrdquo niacutevel de qualidade de vida e um escore indicativo de

depressatildeo ldquoleverdquo de associaccedilatildeo negativa e significativa com sua capacidade

cardiorrespiratoacuteria classificada como ldquoregularrdquo

Considerando o efeito agudo do sistema serotonineacutergico agraves diferentes

manipulaccedilotildees de exerciacutecio fiacutesico observou-se que

Sessotildees agudas de exerciacutecios fiacutesicos de duraccedilatildeo menor que 20 minutos

apresentaram decliacutenio significativo das concentraccedilotildees serotonineacutergicas do

tripotofano e da relaccedilatildeo das concentraccedilotildees do triptofano com os aminoaacutecidos

aromaacuteticos quando submetidos agrave intensidade maacutexima

Alteraccedilotildees discretas foram percebidas entre as concentraccedilotildees aminoaciacutedicas

em que os aminoaacutecidos de cadeia ramificada e os aromaacuteticos aumentaram suas

concetraccedilotildees nas intensidades leve e moderada e o triptofano nas intensidades

moderadas agrave moderada alta

Considerando as vaacuterias medidas de cautela em prescrever sistematicamente

exerciacutecios de intensidade maacutexima para a populaccedilatildeo idosa conclui-se que sessotildees de

exerciacutecios submetidos entre o primeiro e segundo limiar anaeroacutebico de duraccedilatildeo

109

entre 20 minutos e uma hora sejam mais apropriadas para interferir nas

concentraccedilotildees serotonineacutergicas centrais de mulheres idosas presumivelmente

relacionadas com a sauacutede mental

110

77 SSUUGGEESSTTOtildeOtildeEESS PPAARRAA NNOOVVOOSS EESSTTUUDDOOSS

Para novas investigaccedilotildees do efeito agudo do exerciacutecio fiacutesico sobre o sistema

serotonineacutergico em mulheres idosas e aumentar a compreensatildeo da dimensatildeo das

respostas deste sistema a este modelo de estresse sugere-se

Que aleacutem das dosagens realizadas neste estudo sejam incluiacutedas as do

principal metaboacutelito serotonineacutergico o aacutecido 5-Hidrixiindolaceacutetico da parcela livre do

triptofano e da enzima monoamina oxidase

A realizaccedilatildeo de um maior nuacutemero de coletas para compreender o

comportamento de cada analiacutetico

Que a duraccedilatildeo das sessotildees de exerciacutecios seja determinada pela capacidade

individual de cada indiviacuteduo da amostra e que o tempo seja definido pela solicitaccedilatildeo

de cada idoso

111

RREEFFEERREcircEcircNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRAacuteAacuteFFIICCAASS

ACSM ndash American College of Sports Medicine Exercise and Physical Activity for older adults Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 2 n 6 p 992-1008 1998

ALMEIDA GANA imagem corporal de mulheres morbidamente obesas avaliadas atraveacutes do desenho da figura humana Psicologia reflexatildeo e criacutetica v 15 n 2 p 283-292 2002

American Heart Association (AHA) Exercise and Training of Apparently Healthy Individuals A Handbook for Physicians Dallas American Heart Association 1972

ANSTEY KJ WINDSOR JD JORM AF et al Association of Pulmonary Function with Cognitive Performance in Early Middle and Late Adulthood Gerontology v 50 p 230-234 2004

ANTUNES HKM SANTOS RF MELLO MT et al Cognitive Alterations in Older Women Caused by Systematic Physical Exercise In 7th Annual Congress of The European College of Sport Science v 2 p 1015-1015

ANTUNES HKM SANTOS RF CASSILHAS R et al Exerciacutecio fiacutesico e funccedilatildeo cognitiva Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 12 n 2 2006

ANTUNES HKM SANTOS RF HEREDIA RAG et al Alteraccedilotildees Cognitivas em Idosas Decorrentes do Exerciacutecio Fiacutesico Sistematizado Revista da Sobama v 6 n 1 p 27-33 2001

ARAUacuteJO SRC MELLO MT LEITE JR Anxiety disorders and physical exercise Revista Brasileira de Psiquiatria v 29 n 2 p 64-71 2007

ARIDA RM NAFFAH-MAZZACORATTI MG SOARES JS et al Monoamine Responses to acute and cronic aerobic exercise in normotensive and hypertensive subjects Satildeo Paulo Medical Journal v 116 n 1 p 1624-1624 1998

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 p 102ndash113 2005

ARMADA-DA-SILVA P ALVES F Efeitos da ingestatildeo dos aminoaacutecidos de cadeia ramificada na fadiga central Revista Portuguesa de Ciecircncias do Desporto v 5 n 1 2005

ASTRAND PO Why Exercise Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 6 n 3 p 25-37 1992

112

BAHRAM A SHAFIZADEH M A comparative and correlational study of the body-image in active and inactive adults and with body composition and somatotype Autralian Association for research in education 2003 Disponiacutevel em httpwwwaareeduau03papbah03789pdf Acesso em 18 fev 2008

BAILEY SP DAVIS AHLBORN EN Neuroendocrine and substrate responses to altered brain 5-HT activity during prolonged exercise to fatigue Journal Applied Physiology v 74 n 6 p 3006-3012 1993

BAILEY SP DAVIS MM AHLBORN EN Effect of increased brain serotonergic activity on endurance performance in the rat Acta Physiologica Scandinava v 145 p 75-76 1992

BANICH MT MILHAM M P ATCHLEY R et al Studies of Stroop tasks reveal unique roles of anterior and posterior brain systems in attentional selection Journal of Cognitive Neuroscience V 12 n 6 p 988-10002000

BARBOSA AR SANTAREacuteM JM JACOB FILHO W et al Comparaccedilatildeo da gordura corporal de mulheres idosas segundo antropometria bioimpedacircncia e DEXA Archivos Latinoamericanos de Nutricioacuten Organo Oficial de la Sociedad Latinoamericana de Nutricioacuten Caracas v 51 n 1 p 49-56 2001

BARCHAS JD FREDMAN D Brain amines response to physiological stress Biochemical Pharmacology v 12 p 1232-1235 1963

BEAR MF CONNORS BW PARADISO M A L Neuroscience exploring the Brain Canadaacute Williams amp Wilkins 1996

BISCIOTTI GN VILARDI JUNIOR NP MANFIO EF A fadiga aspectos centrais e perifeacutericos Revista Fisioterapia Brasil v 2 n 6 p 353 2001

BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007

BLAIR SN KOHL HW PAFFENBARGER JR RS et al Physical fitness and all-cause mortality Journal of the American Medical Association v262 p 2395-2401 1989

BLOMSTRAND E Branched-Chain Amino Acids in Exercise A Role for Branched-Chain Amino Acids in Reducing Central Fatigue The Journal of Nutrition v 136 n 2 p 544S-547S 2006

BLOMSTRAND E CELSING F NEWSHOLME EA Changes in plasma concentrations of aromatic and branched-chain amino acids during sustained exercise and their possible role in fatigue Acta Physiologica Scandinavica v 133 n 1 p 115-121 1988

BLOMSTRAND E HASSMEN P EKBLOM B Administration of branched-chain amino acids during sustained exercise - Effects on performance and plasma

113

concentration of some amino acids European journal of applied physiology v 63 p 83-88 1991

BLUMENTHAL JA Effects of exercise training on older patients with major depression Archives of Internal Medicine v 159 p 234-256 1999

BORG G Escalas de Borg para dor e o esforccedilo percebido Satildeo Paulo Manole 2000 115p

BOTTARO M MARTINS B GENTIL P et al Effects of rest duration between sets of resistance training on acute hormonal responses in trained women Journal of science and medicine in sport 2007 Dec 17 [Epub ahead of print] Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpubmed18093876 Acesso em 10 fev 2008

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil Suggestions for utilization of the mini -mental state examination in Brazil Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BRUCKI SM NITRINI R CARAMELLI P et al Sugestotildees para o Uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil [Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil] Arquivos de Neuro-Psiquiatria v 61 n 3-B p 777-781 2003

BULIK CM WADE TD HEATH AC Relating body mass index to figural stimuli Population-based normative data for Caucasians International journal of obesity and related metabolic disorders v 25 p 1517-1524 2001

CABEZA R amp NYBERG L Neural bases of learning and memory functional neuroimaging evidence Current Opinion Neurology V13 p 415-421 2000

CACHELIN FM REBECK RM CHUNG GH et al Does egthnicity influence body-size preference A comparison of body image and body size Obesity research v 10 n 3 p 158-166 2002

CALDERS P MATTHYS D DERAVE W et al Effect of branched-chain amino acids (BCAA) glucose and glucose plus BCAA on endurance performance in rats Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 31 n 4 p 583-587 1999

CAMPBELL DT STANLEY JC Delineamentos Experimentais e Quase-Experimentais de Pesquisa Satildeo Paulo Pedagoacutegica e Universitaacuteria 1979 138p

CARVALHO MCM CARVALHO GA Atividade fiacutesica e qualidade de vida em mulheres idosas Efdeportes revista digital ano 13 nordm 122 2008 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 08 maio 2008

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

114

CASSILHAS RC VIANA VAR GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 p 1401-1407 2007

CASSILHAS RC VIANA VA GRASSMANN V et al The Impact of Resistance Exercise on the Cognitive Function of the Elderly Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1401-1407 2007

CHAOULOFF F Physiopharmacological interactions between stress hormones and central serotonergic systems Brain Research Reviews v 18 p 1-32 1993

CHAOULOFF F KENNETT GA SERRURRIER B et al Amino acid analysis demonstrates that increased plasma free tryptophan causes the increase of brain tryptophan during exercise in the rat Journal of neurochemistry 46 1647-1650 1986

CHEN Y LUuml X HUANG Y et al Changes of plasma serotonin precursor metabolite concentrations in postmenopausal women with hot flushes Zhonghua Fu Chan Ke Za Zhi v 37 n 12 p726-728 2002

CHENNAOUI M GRIMALDI B FILLION MP et al Effects of physical training on functional activity of 5-HT1B receptors in rat central nervous system role of 5-HT-moduline Naunyn ndash Schmiedebergs archives of Pharmacology v 361 n 6 p 600-604 2000

CHODZKO-ZAJKO WJ The Physiology of Aging Structural changes and functional consequences Implications for research and clinical pratice in the exercise and activity sciences Quest v 48 p 311-329 1996

CIESLAK F ELSANGEDY HM KRINSKI K et al Estudo da qualidade de vida de mulheres idosas participantes do programa da universidade aberta agrave terceira idade na cidade de ponta grossa - PR Efdeportes revista digital ano 12 n 113 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 03 maio 2008

COLCOMBE S amp KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science V14 n 2 p 125-130 2003

COLCOMBE S KRAMER AF Fitness effects on the cognitive function of older adults A meta-Analytic Study Psychological Science v 14 n 2 p 125-130 2003

CONN VS TRIPP-REIMER T MAAS ML Older women and exercise Theory of planned behavior beliefs Public Health Nursing v 20 n 2 p 153-163 2003

CONNER M JOHNSON C Gender Sexuality Body Image and Eating Behaviours Journal of Health Psychology v 7 n 6 p 675ndash684 2004

115

COSTA E M S Gerontodrama ndash A Velhice em Cena Satildeo Paulo Agora 1998

COSTILL DL BOWERS R BRAUNAM G Muscle glycognen utilization during prolonged exercise on successive days Journal Applied Physiology v 31 p 834-838 1971

COTMAN C W BERCHTOLD N C Exercise a behavioral intervention to enhance brain health and plasticity Trends in Neurosciences V 25 n 6 p 295 ndash 301 2002

CURZON G FRIEDEL D KNOTT PJ The effect of fatty acids on the binding of tryptophan to plasma proteins Nature v 242 p 198-200 1973

DAMASCENO VO LIMA JRP VIANNA JM et al Novaes JS Tipo fiacutesico ideal e satisfaccedilatildeo com a imagem corporal de praticantes de caminhada Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 3 p 181-186 2005

DAVIS JM Carboidratos aminoaacutecidos de cadeia ramificada e resistecircncia hipoacuteteses da fadiga central Nutriccedilatildeo no esporte n 17 1998

DAVIS JM Nutritional Influences on Central Mechanisms of Fatigue Involving Serotonin In MAUGHAN R J amp SHIRREFFS S M Biochemistry of Exercise USA Human Kinetics 1996 p 445-447

DE WILD GM HOEFNAGELS WH OESEBURG B et al Maximal oxygen uptake in 153 elderly Dutch people (69-87 years) who participated in the 1993 Nijmegen 4-day march European journal of applied physiology v 72 n 1-2 p 134-43 1995

DEVLIN TM Manual de Bioquiacutemica com Correlaccedilotildees Cliacutenicas 4 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998

DIMEO F BAUER M VARAHRAM et al Benefits from aerobic exercise in patients with major depression a pilot study British Journal of Sports Medicine v 35 p 114-117 2001

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DISHMAN RK Brain monoamines exercise and behavioral stress animal models Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 63-74 1997

DUNN AL DISHMAN RK Exercise and The Neurobiology of Depression Exercise Sport Science Review v 19 p 41-98 1991

DWYER D FLYNN J Short term aerobic exercise training in young males does not alter sensitivity to a central serotonin agonist Experimental Physiology v 87 p 83-89 2002

116

EDITORIAL Cognitive changes after acute tryptophan depletion What can they tell us Psychological Medicine v 34 p 3 - 8 2004

EMED TCXS KRONBAUER A MAGNONI D Mini nutritional assessment as indicator of diagnosis in asylumsrsquo elderly Revista Brasileira de Nutricatildeo Cliacutenica v 21 n 3 p 219-223 2006

ERLIN A HWANG C Body-esteem in Swedish 10-year-old children Perceptual and motor skills v 99 n 2 p 437-444 2004

FAITH MS ALISSON DB Assessment of psychological status among obese persons In THOMPSON JK ed Body Image Eating Disorders and Obesity Washington DC American Psychological Association p 365-387 1996

FARINATTI PTV Teorias bioloacutegicas do envelhecimento do geneacutetico ao estocaacutestico Rev Bras Med Esporte _ v 8 n 4 p 1-10 2002 Disponiacutevel em httpwwwboletimeforgcanal=12ampfile=538 Acesso em 12032006

FARQUHAR M Definitions of quality of life a taxonomy Journal of Advanced Nursing v 22 n 3 p 502-508 1995

FECHIO JJ BRANDAtildeO MRF A influecircncia da atividade fiacutesica nos estados de humor Revista da Associaccedilatildeo dos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de Londrina v 12 n 2 p 21-27 1997

FEKKES D VAN GOOL AR Interferon tryptophan and depression Blackwell Munksgaard v15 p 8-14 2003

FERRANS CE Development of a quality of life index for patients with cancer Oncology Nursing Foacuterum v 17 n 3 p 15-19 1990

FERREIRA SE TUFIK S MELLO MT Neuroadapataccedilatildeo uma proposta alternativa de atividade fiacutesica para usuaacuterios de drogas em recuperaccedilatildeo Revista Brasileira Ciecircncia e Movimento v 9 n 1 p 31-39 2001

FEY-YENSAN NL MCCORMICK LM ENGLISH C Body Image and Weight Preoccupations in Older Women A Review Healthy Weight Journal v 16 n 5 p 68-71 2002

FITZGIBBON ML BLACKMAN LR AVELLONE ME The relationship between body image discrepancy and body mass index across ethnic groups Obesity research v 8 n 8 p 582-589 2000

FLECK MPA LAFER B SOUGEY EB DEL PORTO JA BRASIL MA FURUENA F Diretrizes da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira para o tratamento da depressatildeo (Versatildeo integral) Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n 2 p 114-122 2003

117

FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999

FLEG JL MORRELL CH BOS AG et al Accelerated Longitudinal Decline of Aerobic Capacity in Healthy Older Adults Journal of the American Heart Association v 112 p 674-682 2005

FOLSTEIN MF FOLSTEIN SE MCHUGH PR Mini-Mental State a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician Journal of Psychiatric Research v 12 p 189-198 1975

Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986

Friedlander AL Jacobs KA Fattor JA et al Contributions of working muscle to whole body lipid metabolism are altered by exercise American journal of physiology Endocrinology and metabolism v 292 p E107-E116 2007

GILL TM FEINSTEIN AR A critical appraisal of the quality of quality of life measurements Journal of the American Medical Association v 272 p 619-626 1994

GOLDBERG S SMITH GS BARNES A et al Serotonin modulation of cerebral glucose metabolism in normal aging Neurobiology of aging v 25 p 167-174 2003

GOMEZ-MERINO D BEQUET F BERTHELOT M et al Evidence that the branched-chain amino acid L-valine prevents exercise induced release of 5-HT in rat hippocampus International Journal of Sports Medicine v 22 n 5 p 317-22 2001

GOODMAN amp GILMAN As Bases Farmacoloacutegicas da Terapecircutica 9ordf ediccedilatildeo Chile Mcgraw-Hill 1996 cap 11

GORAN M FIELDS DA HUNTER GR et al Total body fat does not influence maximal aerobic capacity International journal of obesity and related metabolic disorders v 24 n 7 p 841-848 2000

GORDIA AP QUADROS TMB VILELA JUacuteNIOR GB et al Comparaccedilatildeo da qualidade de vida de mulheres idosas praticantes e natildeo praticantes de exerciacutecio Efdeportes revista digital ano 11 n 106 2007 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 07 maio 2008

GORESTEIN C ANDRADE L Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Propriedades psicomeacutetricas da versatildeo em portuguecircs Journal Clinical Psychology v 25 n 5 ediccedilatildeo especial p 245-250 1998

GOTTFRIES CG Depressatildeo no idoso Estrateacutegias de tratamento Nordic Journal of Psychiatry v 47 n 30 p 75-81 1993

118

GRIMLEY-EVANS Qualidade de Vida p 29 1996

GUSZKOWSKA M Effects of exercise on anxiety depression and mood Psychiatria polska v 38 n 4 p 611-620 2004

HARGREAVES DA TIGGEMANN M Idealized media images and adolescent body image lsquolsquocomparingrsquorsquo boys and girls Body Image v 1 p 1351ndash1361 2004

HAY PJ Epidemiologia dos transtornos alimentares estado atual e desenvolvimentos futuros Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl III p 13-17 2002

HAYFLICK L Como e porque envelhecemos 2 ordf ed Rio de Janeiro Campus 1997

HAYKOWSKY MJ QUINNEY HA GILLIS R et al Left ventricular morphology in junior and master resistance treined athletes Medicine and Science in Sports and Exercise v 32 n 2 p 349-352 2000

HELGE JW STALLKNECHT B RICHTER EA et al Muscle metabolism during graded quadriceps exercise in man Physiology in Press Journal of Psychophysiology 2007 Disponiacutevel em httpwwwpubmedcentralnihgovarticlerenderfcgiartid=2170831 Acessado em 12 Fev 2007

HERNANDES ESC BARROS JF Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas e educacionais para idosos sobre o desempenho em testes de atividades da vida diaacuteria Revista brasileira de Ciecircncia e Movimento v 12 n 2 p 43-50 2004

HILLMAN CH SNOOK EM JEROME GJ Acute cardiovascular exercise and executive control function Intenational Journal of Psychophysiology v 8 n 3 p 307-14 2003

HIRVENSALO M HEIKKINEN E LINTUNEN T et al The effect of advice by health care professionals on increasing physical activity of older people Scandinavian Journal of Medicine amp Science in Sports v 13 n 4 p 231-236 2003

HUFFMAN DM ALTENA S MAWHINNEY T et al Effect of n-3 fatty acids on free tryptophan and exercise fatigue European journal of applied physiology v 92 p 584-591 2004

HUNT SM McKENNA SP MCEWEN J et al A quantitative approach to perceived health status a validation study Journal of Epidemiology and Community Health v 34 n 4 p 281-286 1980

HURLEY BF ROTH SM Strenght training in the elderly effects on risk factors for age-related diseas Sports and Medicine v 30 n 4 p 249-68 2000

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa no Brasil Rio de Janeiro 2001

119

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo da populaccedilatildeo idosa em Taguatinga CODEPLAN - IDHABDF 2000

JANSSEN I MARK AE Elevated body mass index and mortality risk in the elderly Obesity Reviews V 8 p 41-59 2007

JOCA SRL PADOVAN CM GUIMARAtildeES FS Estresse depressatildeo e hipocampo Stress depression and the hippocampus Revista Brasileira de Psiquiatria v 25 n Supl II p 46-51 2003

KAGAWA M KUROIWA C UENISHI K et al A comparison of body perceptions in relation to measured body composition in young Japanese males and females Body Image v 4 p 372-380 2007

KALINSKI MI DLUZEN DE STADULIS R Methamphetamine produces subsequent reductions in running time to exhaustion in mice Brain Research v 7 p 160-164 2001

KAPCZINSKI F BUSNELLO J ABREU MR et al Aspectos da Fisiologia do Triptofano Disponiacutevel em httpwwwhcnetuspbripqrevistaindexhtml acessado em 03 fev 2004

KAPLAN MI SADOCK BJ Pertubaccedilotildees afetivas in KAPLAN M I SADOCK B J Compendio de psiquiatria dinacircmica Trad Por Namuri costa 3ordf ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1984 cap 16 p 313-33

KAPLAN R M ANDERSON J P WU A W Applications in aids cystic fibrosis and arthritis Med care v27 1989 p27-43

KING MT DOBSON AJ HARNETT PR A comparison of two quality-of-life questionnaires for cancer clinical trials the functional living index--cancer (FLIC) and the quality of life questionnaire core module (QLQ-C30) Journal of Clinical Epidemiology v 9 n 1 p 21-29 1996

KNORST MR SILVA MPM MANTELLI C et al Qualidade de vida do idoso In Terra NL organizador Envelhecendo com qualidade de vida programa Geron da PUCRS Porto Alegre EDIPUCRS p 29-32 2001

KOWALSKI KM Current Health 2 0163156X v 29 n 7 p 6-7 2003

KRAUSE MP HALLAGE T GAMA MPR et al Associaccedilatildeo entre Perfil lipiacutedico e Adiposidade Corporal em mulheres com Mais de 60 Anos de Idade Arquivos brasileiros de cardiologia v 89 n 3 p163-169 2007

KUMAR AM WEISS S FERNANDEZ JB et al Peripheral serotonin levels in women role of aging and ethnicity Gerontology v 44 p 211-216 1998

KUROSAWA M OKADA K SATO A et al Extracellular release of acetylcholine noradrenaline and serotonin increases in the cerebral cortex during walking in conscious rats Neuroscience Letters v 161 p 73-76 1993

120

KUSHI LH FEE RM FOLSOM AR et al Physical activity and mortality in posmenopausal women Journal of the American Medical Association v 277 p 1287-1292 1997

LAKS J BATISTA EMR GUILHERME ERLG et al O mini exame do estado mental em idosos de uma comunidade Dados parciais de Santo Antocircnio de Paacutedua Rio de Janeiro Arquivos de Neuropsiquiatria v 61 n 3-B p 782-785 2003

LAWTON MP A Multidimensional View of Quality of Life in Frail Elders In J E Birren et al (Eds) The Concept and Measurement of Quality of Life in the Frail Elderly San Diego Academic Press p 3-27 1991

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1988

LE BOULCH J O desenvolvimento psicomotor ndash do nascimento ateacute 6 anos 5 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1992

LEGRAND F HEUZE JP Antidepressant Effects Associated With Different Exercise Conditions in Participants With Depression A Pilot Study Journal of Sport amp Exercise Psychology v 29 p 348-364 2007

LEMON PWR Do athletes need mor dietary protein na amino acids International Journal of Sport Nutrition v 5 p S39-61 1995

LOPES KMDC Os efeitos crocircnicos do exerciacutecio fiacutesico aeroacutebio nos niacuteveis de serotonina e depressatildeo em mulheres idosas 2001122f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndash Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia Brasiacutelia 2001

LOURENCcedilO RA VERASI RP Mini-Exame do Estado Mentalcaracteriacutesticas psicomeacutetricas em idosos ambulatoriais Revista de Sauacutede Puacuteblica v 40 n 4 p 712-719 2006

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica 5ordm edSatildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARINS MJS ANGERAMI ELS Problemas dos idosos na alta hospitalar In Gerontologia v 2 p 678-74 1996

MARTIN CL DUCLOS M AGUERRE S et al Corticotropic and serotonergic responses to acute stress withwithout prior exercise training in different rat strains Acta Physiologica Scandinavica v 168 n 3 p 421-30 2000

MATARUNA L Imagem corporal noccedilotildees e definiccedilotildees Efdeportes 10 (71) 2004 Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom Acesso em 13 jun 2007

MATSUDO SMM MATSUDO VKR NETO B Efeitos beneacuteficos da atividade fiacutesica na aptidatildeo fiacutesica e sauacutede mental durante o processo de envelhecimento Revista atividade fiacutesica amp Sauacutede v 5 n 2 p 60-76 2000

121

MATSUO RF VELARDI M BRANDAtildeO MRF et al Imagem corporal de idosas e atividade fiacutesica Revista Mackenzie de Educaccedilatildeo Fiacutesica e Esporte v 6 n 1 p 37-43 2007

MATTER A S RODRIGUEZ C GUTHRIE M F et al Effects of exercise on depressive symptoms in older adults with poorly responsive depressive disorder British journal of physichiatry v 180 p 411 ndash 415 2002

MATTSON M P CHAN S L DUAN W Modification of brain aging and neurodegenerative disorders by genes diet and behavior Physiological reviews V 82 p 637 ndash 6722002

MAUGHAN R GLEESON M GREENHAFF PL Bioquiacutemica do exerciacutecio e do treinamento 1 ed Satildeo Paulo Manole p 132-136 2000

MAZO GZ LOPES MA BENEDETTI TB Atividade fiacutesica e o idoso concepccedilatildeo gerontoloacutegica Porto Alegre Sulina 2001

MAZZEO RS CAVANAGH P EVANS WJ et al - Exerciacutecio e atividade fiacutesica para pessoas idosas Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 3 p 48-68 1998

Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 29 n 1 p 58-62 1997

MEEUSEN R PIACENTINI M Exercise and Neurotransmission A Window to the Future European Journal of Sport Science v 1 n 1 p 1-12 2001

MEEUSEN R ROEYKENS J MAGNUS L et al Endurance perform ance in humans the effect of a dopamine precursor or a specific serotonin (5-HT2A2C) antagonist International Journal of Sports and Medicine v 18 n 8 p 571-577 1997

MEEUSEN R THORREacute K CHAOULOFF F et al Effects of tryptophan andor acute running on extracellular 5-HT and 5-HIAA levels in the hippocampus of food-deprived rats Brain Research v 740 p 245-252 1996

MEEUSEN R WATSON P HASEGAWA H et al The Serotonin Hypothesis and Beyond Sports Medicine v 36 n 10 p 881-909 2006

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111-1125 1999

MENESES A 5-HT system and cognition Neuroscience and Biobehavioral reviews v 23 p 1111 ndash 1125 1999

MENESES A HONG E A pharmacological analysis of serotonergic receptors effects of their activation of blockade in learning Progress in neuro-psychopharmacology amp biological psychiatry v 21 n 2 p 273-296 1997

122

MENON MA FREIRIAS A SANCHES M Tratamento de depressatildeo no idoso Psychiatry online Brazil v 3 n 12 1998

MILHAM M P ERICKSON KI BANICH MT et al Attentional control in the aging brain Insights from na fMRI study of the Stroop task Brain and Cognition v 49 n 3 p 277-296 2002

MITNITSKI AB GRAHAM JE MOGILNER AJ et al Frailty and late-life mortality in relation to chronological and biological age BMC Geriatrics v 2 p 1 2002

MONTEIRO WD Forccedila Muscular Uma Abordagem Fisioloacutegica em Funccedilatildeo do Sexo Idade e Treinamento Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 50-66 1997

MOORE KE BABYAK MA WOOD CE et al The association between physical activity and depression in older depressed adults Journal of Aging and Physical Activity v 7 n 1 p 55-61 1999

MORAIS PR SOUZA FG BAPTISTA MN Relaccedilotildees entre Siacutendrome de Burnout e Transtornos de Humor In BAPTISTA MN Suiciacutedio e Depressatildeo ndash Atualizaccedilotildeearauacutejis Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2004 p 217-230

MORAN M Depression-Serotonin link Many mysteries Remain Psychiatric News v 38 n 9 p 48 2003

MURPHY F SMITH K COWENP ROBBINS T SAHAKIAN B The effects of tryptophan depletion on cognitive em affective processing in healthy volunteers Psychopharmacology v 163 n 1 p 42-53 2002

NAIR KS Age-related changes in muscle Mayo Clinic Proceedings v75 Suppl p S14-18 2000

NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002

NERI AL Qualidade de vida na velhice e atendimento domiciliaacuterio In DUARTE YAD DIOGO MJD Atendimento domiciliar um enfoque gerontoloacutegico Satildeo Paulo Atheneu cap 4 p 33-47 2000

NEWSHOLME EA ACWORTH IN BLOOMSTRAND E Amino acids brain neurotransmitters and a functional link between muscle and brain that is important in sustained exercise in Benzi G Advances in Myochemistry London John Libbey Eurotext P 127-133 1987

NEWSHOLME EA BLOMSTRAND E Branched-chain amino acids and central fatigue The Journal of nutrition v 136 n 1 Suppl p 274S-276S 2006

NIEMAN DC Exerciacutecio e sauacutede como se prevenir de doenccedilas usando o exerciacutecio como seu medicamento Satildeo Paulo Manole 1999 p 217-308

123

NISHIMURA A TAKEUCHI Y MATSUSHITA H et al Vulnerability to aging in the rat serotonerg system Acta Neuropatholoacutegica v96 n 6 p 581-595 1998

NYBOA L SECHER NH Cerebral perturbations provoked by prolonged exercise Progress in Neurobiology v 72 p 223ndash261 2004

OAKS S Exercise and depression American Fitness v 18 n 3 p 38-41 2000

OLIVEIRA RJ FURTADO AC Envelhecimento do Sistema nervoso e o exerciacutecio fiacutesico Educacioacuten Fiacutesica y Deporte v 15 p 1-5 1999

OLIVEIRA RJ LOPES KM COacuteRDOVA C BOTTARO M Aerobic training and the changes on the serum levels of serotonin and the symptoms of depression in the elderly women Biology of Sport v 24 n 3 p 255-264 2007

OMS - Classificaccedilatildeo de transtornos mentais e de comportamento da CID-10 S Paulo Artes Meacutedicas 1993

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2003

OMS - Diet nutrition and the prevention of chronic diseases issued jointly by FAO in 2002

OMS - Informe sobre la salud en el mundo Salud mental nuevos conocimientos nuevas esperanzas Ginebra Organizacioacuten Mundial de la Salud 2001

OMS - Organisation mondiale de la santeacute Active Ageing From Evidence to Action Genegraveve lOMS 2000

OMS - Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede Divisatildeo de Sauacutede Mental GRUPOWHOQOL Versatildeo em portuguecircs dos instrumentos de avaliaccedilatildeo de qualidade de Vida (WHOQOL) 1998

OMS - WHOQOL GroupThe World Health Organizations WHOQOL-BREF quality of life assessment psychometric properties and results of the international field trial A report from the WHOQOL group Quality of Life Research v 13 n 2 p 299-310 2004

ONU - Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas Populaccedilatildeo e Envelhecimeto Factos e Nuacutemeros Segunda assembleacuteia mundial sobre o envelhecimento 2002

ORSI JVA NAHAS FX GOMES HC et al Impacto da obesidade na capacidade funcional de mulheres Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira v 54 n 2 p 106-109 2008

PAFFENBARGER JR RS KAMPERT JB LEE IM Physical activity and health of college men longitudinal observations International Journal of Sports and Medicine v 18 p s200-203 1997

124

PAFFENBARGER RS Contributions of epidemiology to exercise science and cardiovascular health Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 p 426-438 1988

PAFFENBARGER RS LEE IM LEUNG R Physical activity and personal characteristics associated with depression and suicide in American college men Acta Psychiatrica Scandinavica Supplementum v 377 p 16-22 1994

PAPALEacuteO NETTO M O estudo da velhice no seacuteculo XX histoacuterico definiccedilatildeo do campo e termos baacutesicos In Freitas Elizabete Viana de et al (Orgs) Tratado de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan p 02-12 2002

PAULO MG TEIXEIRA AR JOTZ GP et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida de Cuidadores de Idosos Portadores de Deficiecircncia Auditiva Influecircncia do Uso de Proacuteteses Auditivas Arquivo Internacional de Otorrinolaringologista v 12 n 1 p 28-36 2008

PAYTON OD POLAND JL Aging process implicatios for Clinical Practice Phisical Therapy v 63 n 1 p 41-48 1983

PEacuteREZ AS La Medicina y el Proceso de Envejecimiento al Final Del siglo XX Instituto de Espana Anales de la Real Academia Nacional de Medicina ndash Nuacutemero extraordinaacuterio Madrid 1994

PETROSKI EC Efeitos de um programa de atividades fiacutesicas na terceira idade Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica e Sauacutede v 2 n 2 p 34-40 1997

PHILLIPS WT KIERNAN M KING A C Physical Activity as a Nonpharmacological Treatment for Depression A Review Complementary Health Practice Review v 8 n 2 p 139-152 2003

PORTER R J LUNN SB WALKER LLM et al Cognitive deficit induced by acute tryptophan depletion in patients with Alzheimerrsquos disease American Journal of psychiatry v 157 n 4 2000

POSNER M I amp DEHAENE S ATTENTIONAL NETWORKS Trends in Neuroscience V 17 n 2 p 75-79 1994

POWERS K S HOWLEY T E Fisiologia do Exerciacutecio Satildeo Paulo Manole 2003

PROVENZA IC MARA LS LIMA WC et al Relaccedilatildeo da siacutendrome do excesso de treinamento com estresse fadiga e serotonina Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 6 2005

RANG HP DALE MM RITTER JM Farmacologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 1997 p 139-444

125

RICHTER-LEVIN G SEGAL M Age-related cognitive deficits in rats are associated with a combined loss of cholinergic and serotonergic functions Annals of the New York Academy of Sciences v 24 n 695 p 254-257 1993

ROBERGS RA ROBERTS SO Exercise Physiology Exercise performance and Clinical Applicatios Mosby 1997 p 578-596

RODRIGUES MJSF O diagnoacutestico de depressatildeo Piscologia USP v 11 n 1 p 1-22 2000

ROSA DA DE MELLO MT NEGRAtildeO AB et al Mood changes after maximal exercise testing in subjects with symptoms of exercise dependence Perceptual and motor skills v 99 n 1 p 341-353 2004

ROSSI L CASTRO I TIRAPEGUI J Suplementaccedilatildeo com aminoaacutecidos de cadeia ramificada e alteraccedilotildees nas concentraccedilotildees de serotonina cerebral Nutrire v 26 p1-10 2003

ROSSI L TIRAPEGUI J Implicaccedilotildees do sistema serotonineacutergico no exerciacutecio fiacutesico Arquivos Brasileiros de Endocrinologia amp Metabologia Satildeo Paulo v 48 n 2 p 227-233 2004

ROSSI L TIRAPEGUIJ Aspectos atuais sobre exerciacutecio fiacutesico fadiga e nutriccedilatildeo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 13 n 1 p 67 ndash 82 1999

SANTIEacuteN SANTAMARIA ML Indicadores socials de calidad de vida Un sistema de medicioacuten aplicado al Paiacutes Vasco Montalbaacuten Madrid Centro de Investigaciones Solioloacutegicas v 133 1993

SANTOS DM SICHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica v 39 n 2 2005

SCALCO MZ Tratamento de idosos com depressatildeo utilizando triciacuteclicos IMAO ISRS e outros antidepressivos Revista Brasileira de Psiquitriatria v 24 Supl I p 55-63 2002

SCHILDER PA Imagem do corpo as energias construtivas da psique 3ordfed Satildeo Paulo Martins Fontes 1999

SCHOEVERS RA GEERLINGS M I BEEKMAN ATF et al Association of depression and gender with mortality in old age British Journal of Psychiatry v 177 p 336-342 2000

SCHUIT A J FESKENS E J M LAUNER LJ et al Physical activity and cognitive decline the role of the apolipoprotein e4 allele Medicine amp Science in sports amp Exercise v 33 n 5 p 772 ndash777 2001

SHEENArsquoS Imagem corporal Disponiacutevel em httpwwwsheenasplaceorg Acesso em 8 jan 2004

126

SILBERMAN C SOUZA C WILHEMS F et al Cognitive deficit and depressive symptoms in a community group of elderly people a preliminary study Revista de Sauacutede Publica v 29 n 6 p 444-450 1995

SILVA MMS TINOCO ALA BRITO LF et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

SILVA P Farmacologia 6ordf ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan SA 2002 p 296-297

SILVA TE REZENDE CHA Avaliaccedilatildeo transversal da qualidade de vida de idosos participantes de centros de convivecircncia e institucionalizados por meio do questionaacuterio geneacuterico WHOQOL-BREF 2006 Horizonte Cientiacutefico Disponiacutevel em httpwwwproppufubrrevistaeletronicaEdicao202006_1Dtais_estevaopdf Acesso em 03 maio 2008

SILVA VAP BOTTARO M JUSTINO MA et al Frequumlecircncia Cardiacuteaca Maacutexima em Idosas Brasileiras uma Comparaccedilatildeo entre Valores Medidos e Previstos Arquivos brasileiros de cardiologia v 88 n 3 p 314-320 2007

SIMOtildeES HG MARCON F OLIVEIRA F et al Resposta da razatildeo testosteronacortisol durante o treinamento de corredores velocistas e fundistas Revista brasileira de educaccedilatildeo fiacutesica e esporte v 18 n 1 p31-46 2004

SKINNER JS MCLELLAN J The transition from the aerobic and anaerobic metabolism In RESEARCH QUATERLY OF EXERCISE AND SPORTS 1980

SLADE PD What is body image Behaviour research and therapy v 32 n 5 p497-502 1994

SNOWDON J How high is the prevalence of depression in old age Revista brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 42-47 2002

SNOWDON J Is depression more prevalent in old age Australian and New Zealand Journal of Psychiatry v 35 p 782-787 2001

SOARES J Niacuteveis seacutericos de serotonina frente ao exerciacutecio agudo maacuteximo em indiviacuteduos natildeo treinados e treinados em corridas de meio-fundo e velocidade 199573f Tese (Doutorado em Ciecircncias) ndash Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 1995

SORENSEN TIA STUNKARD AJ Does obesity run in families because of genes An adoption study using silhouettes as a measure of obesity Acta Psychiatric Scandinavica 1993

SOUZA FGM Tratamento da depressatildeo Revista brasileira de Psiquiatria v 21 p 18-23 1999

127

SPEAR J How long should older people take antidepressants to prevent relapse Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 Supl I p 70-73 2002

SPIRDUSO WW FRANCIS LD MCRAE PG Physical Dimension of Aging ndash 2nd Edition Human Kinetics 2005

STEINBERG L L SPOSITO MMM LAURO FAA et al Serum level of serotonin during rest and during exercise in paraplegic patients Spinal Cord v 36 p 18-20 1998

STELLA SG ANTUNES HK SANTOS RF et al Transtornos do humor e exerciacutecio In Mello MT organizador Atividade fiacutesica exerciacutecio fiacutesico e aspectos psicobioloacutegicos Satildeo Paulo Guanabara Koogan 2004 p 51-9

STEWART KJ Longevity Health Sciences The Phoenix Conference Annals of the New York Academy of Sciences v 1055 p 193-206 2005

STORDAL E MYKLETUN A DAHL AA The association between age and depression in the general population a multivariate examination Acta Psychiatrica Scandinava v 107 p 132-141 2003

STRUumlDER H K HOLLMANN W PLATEN P et al Effect of acute and chronic exercise on plasma amino acids and prolactin concentrations and on [3H] Ketanserin Binding to Serotonin 2A receptors on human platelets Europe Journal Apply of Physiology v 79 p 318-324 1999

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part I International Journal of Sports and Medicine v 22 p 467-481 2001a

STRUumlDER HK WEICKER H Physiology and pathophysiology of the serotonergic system and its implications on mental and physical performance Part II International Journal of Sports and Medicine v 22 p 482-97 2001b

TEHARD B VAN LIERE MJ COM-NOUGUE C et al Anthropometric Measurements and Body Silhouette of Women Validity and Perception Journal of the American Dietetic Association v 102 n 12 p 1779-1784 2002

THOMAS S READING J SHEPHARD RJ Revision of the Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) Canadian journal of sport sciences v 17 p 338-345 1992

THOME J HENN FA DUMAN RS Cyclic AMP response element-binding protein and depression Expert Review of Anticancer Therapy v 2 n 3 p 347-354 2002

TINOCO ALA BRITO LF SANTrsquoANNA MSL et al Overweight and obesity measured by the body mass index (BMI) waist circumference (CW) and waist-to-hip ratio (WH) of seniors of a municipal district in Zona da Mata State of Minas Gerais Brazil Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 9 n 2 p 63-73 2006

128

TOMPOROWSKI PD Effects of acute bouts of exercise on cognition Acta Psychologica v 112 p 297-324 2003

TOSKOVIC NN Alterations in selected measures of mood with a single bout of dynamic Taekwondo exercise in college-age students Perceptual and motor skills v 92 n 3 Pt p 1031-1038 2001

TRELLES L El envejecimiento del sistema nervioso Aspectos estructurales y bioquiacutemicos Revista de Neuro-Psiquiatria v 4 p 192-202 1986

TRICHES R M GIUGLIANI E R Body dissatisfaction in school children from two cities in the South of Brazil Revista de Nutriccedilatildeo v 20 n 2 p 119-128 2007

VACANTI L J SESPEDES LBH SARPI MO O teste ergomeacutetrico eacute uacutetil seguro e eficaz mesmo em indiviacuteduos muito idosos com 75 anos ou mais Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 82 n 2 p 147-150 2004

VALLE LBS FILHO RMO DELUCIA R et al Farmacologia Integrada Princiacutepios baacutesicos - v 1 Rio de Janeiro Livraria Atheneu 1988 p 353-364

VARNIER M P SARTO P MARTINES D Effects of infusing branched-brain amino acid during incremental exercise with reduced muscle glycogen content European journal of applied n 69 p 26-31 1994

VISSER M FUERST T LANG T et al Validity of fan-beam dual-energy X-ray absorptiometry for measuring fat-free mass and leg muscle mass Journal Applied Physiology v 87 p 513-1520 1999

WATSON P HASEGAWA H ROELANDS B et al Acute dopaminenoradrenaline reuptake inhibition enhances human exercise performance in warm but not temperate conditions The Journal of physiology v 565 n 3 p 873-883 2005

WERNERCK FZ BARA FILHO MG RIBEIRO LCS Efeitos do exerciacutecio fiacutesico sobre os estados de humor Revisatildeo Revista Brasileira sobre psicologia do esporte v 0 p 22-54 2006

WILLIAMSON DA OrsquoNEIL PM Behavioral and psychological correlates of obesity In BRAY G A BOUCHARD C JAMES WPT eds Handbook of obesity New York Marcel Dekker 1998 p 129-142

WOOD AT HALL MR Reversed-phase high-performance liquid chromatography of catecholamines and indoleamines using a simple gradient solvent system and native fluorescence detection Journal of Chromatography v B n 744 p 221ndash225 2000

XAVIER FMF FERAZ MPT BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 p 62-70 2001

129

XAVIER F MARCOS F BERTOLLUCCI P et al Episoacutedio depressivo maior prevalecircncia e impacto sobre qualidade de vida sono e cogniccedilatildeo em octogenaacuterios Revista Brasileira de Psiquiatria v 23 n 2 2001

ZAVASCHI MLS SATLER F POESTER D et al Associaccedilatildeo entre trauma por perda na infacircncia e depressatildeo na vida adulta Revista Brasileira de Psiquiatria v 24 n 4 p 189-95 2002

ZHANGX SUN Z ZHANG X et al Prevalence and associated factors of overweight and obesity in older rural Chinese Obesity v 16 p 168ndash171 2008

130

AANNEEXXOO 11 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE SSAAUacuteUacuteDDEE EE HHAacuteAacuteBBIITTOOSS DDEE VVIIDDAA Nome_________________________________________________________________ Endereccedilo_________________________________________________________________________ Fone ( s) ________________________ Cel _____________________ Dt nasc _________

Leia com atenccedilatildeo e escolha a resposta que mais se aproximar a sua

realidade

1 Algum meacutedico jaacute lhe disse que vocecirc tem um problema cardiacuteaco e deve fazer exerciacutecios apenas sob orientaccedilatildeo meacutedica ( ) Sim ( ) natildeo

2 Vocecirc sente dor no peito quando realiza atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

3 No mecircs passado vocecirc teve dor no peito quando natildeo estava fazendo atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo

4 Vocecirc perde o equiliacutebrio por causa de tonturas ou jaacute desmaiou alguma vez ( ) Sim ( ) natildeo

5 Vocecirc tem problema em algum osso ou articulaccedilatildeo que poderia piorar com a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos ( ) Sim ( ) natildeo

6 Seu meacutedico lhe receitou atualmente alguma medicaccedilatildeo (por exemplo diureacuteticos) para pressatildeo ou problema de coraccedilatildeo ( ) Sim ( ) natildeo

7 Vocecirc conhece alguma outra razatildeo pela qual natildeo deveria praticar atividade fiacutesica ( ) Sim ( ) natildeo Qual ___________________________________________________________

8 Costuma fazer check- up ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

9 Vocecirc fuma ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantos cigarros por dia ___________________________________________

10 Faz uso de bebidas alcooacutelicas ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Quantas vezes por semana __________________________________________

131

11 Marque um ldquoxrdquo nas doenccedilas que vocecirc tem ou jaacute teve

( ) a hipertensatildeo ( ) diabetes ( ) cardiopatias ( ) doenccedila de Alzheimer ( ) acidente vascular cerebral ( ) depressatildeo ( ) doenccedila de Parkinson

( ) _____________________ ( )_________

12 Sente dores na coluna ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Onde _________________________________________________________

13 Faz controle de colesterol ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

14 Pratica exerciacutecios fiacutesicos regularmente ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

15 Qual (quais) a(s) modalidade(s) de exerciacutecio fiacutesico que vocecirc pratica atualmente _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16 Haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses 17 Com qual frequumlecircncia semanal

( ) 1x ( ) 2x ( ) 3x ( ) 4x ( ) 5x ( ) 6x ( ) 7x ( ) gt 7x 18 Qual a duraccedilatildeo desta atividade por sessatildeo (em minutos)

( ) 10 ( ) 15 ( ) 20 ( ) 30 ( ) 40 ( ) 50 ( ) 60 ( ) gt 60 19 Qual eacute a Intensidade desta atividade

( ) Leviacutessima ( ) leve ( ) moderada ( ) um pouco alta ( ) alta ( )altiacutessima NAtildeO PRATICA nenhuma atividade fiacutesica haacute quanto tempo

( ) 0-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-12 meses ( ) gt12 meses ( ) gt 24 meses ( ) nunca participou

20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes

21 Toma remeacutedio para depressatildeo ( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22 Sofre de insocircnia

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes 23 Toma algum remeacutedio para dormir

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual _________________________________________________________

132

24 Jaacute fez alguma cirurgia ( ) Sim ( ) natildeo

Cirurgia Data Cirurgia Data

25 Quais os remeacutedios que vocecirc estaacute utilizando atualmente

Nome do remeacutedio Para que Posologia

26 Tem algum problema de sauacutede que natildeo foi aqui relatado ainda

( ) sim ( ) natildeo ( ) agraves vezes Qual (Quais)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 27 A respeito da sua renda familiar assinale a alternativa correspondente a sua

realidade ( ) ateacute um salaacuterio miacutenimo ( ) dois salaacuterios miacutenimos ( ) 3 salaacuterios miacutenimos ( ) 4 a 5 salarios ( ) 6 a 7 salaacuterios ( ) acima de 10 salaacuterios ( ) 10 a 15 salaacuterios ( ) acima de 15 salaacuterios

28 A respeito do seu grau de escolaridade ( ) Analfabeto ( ) primaacuterio incompleto ( ) Primaacuterio completo ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino meacutedio ( ) Ensino Superior

29 Em que classe social vocecirc se enquadra ( ) Baixa ( ) Meacutedia ( ) Meacutedia alta ( ) Alta

OBSERVACcedilOtildeES

133

AANNEEXXOO 22 ndashndash TTEERRMMOO DDEE CCOONNSSEENNTTIIMMEENNTTOO LLIIVVRREE EE EESSCCLLAARREECCIIDDOO

NOME _______________________________________________________________

1 - ESCLARECIMENTO DAS AVALIACcedilOtildeES

11 Teste de esforccedilo e sessatildeo de exerciacutecios Vocecirc estaraacute realizando 1 teste de esforccedilo em esteira A intensidade teraacute iniacutecio em um niacutevel que vocecirc poderaacute realizar facilmente e seraacute aumentada progressivamente O tempo do teste dependeraacute do seu niacutevel de aptidatildeo fiacutesica Durante a execuccedilatildeo do mesmo devido agrave sensaccedilatildeo de fadiga ou desconforto vocecirc poderaacute solicitar que seja finalizado em qualquer momento que desejar Da mesma forma poderemos parar o teste a qualquer indiacutecio de risco percebido durante o teste

Vocecirc seraacute solicitado tambeacutem a realizar uma sessatildeo de caminhada em esteira durante 20 minutos

12 Dosagem de serotonina triptofano e aminoaacutecidos Seratildeo realizadas 2 coletas de sangue em momentos distintos A primeira ser realizada no preacute-teste em repouso e a segunda no poacutes-teste apoacutes teste de esforccedilo (no caso do Grupo Controle apoacutes 20 minutos em repouso)

13 Avaliaccedilatildeo das caracteriacutesticas fiacutesicas Seratildeo avaliados a massa corporal a estatura e o percentual de gordura (atraveacutes do meacutetodo de absortometria radioloacutegica de dupla energia (DXA))

14 Preenchimento de questionaacuterios e similares Questionaacuterio de Sauacutede e Haacutebitos de Vida Inventaacuterio de Depressatildeo de Beck Questionaacuterio de Qualidade de Vida e Escala de Imagem corporal

2 - RISCOS E DESCONFORTOS POSSIacuteVEIS DURANTE O EXERCIacuteCIO FIacuteSICO Estou ciente da possibilidade de existir certas alteraccedilotildees durante o teste de esforccedilo que podem incluir resposta anormal da pressatildeo arterial desmaios distuacuterbios do riacutetmo cardiacuteaco e em rariacutessimos casos um derrame ou morte Todo esforccedilo seraacute feito para minimizar estes riscos pela avaliaccedilatildeo das informaccedilotildees preliminares relacionadas agrave sua sauacutede e agrave sua aptidatildeo fiacutesica e pelas observaccedilotildees realizadas durante a consulta meacutedica associada a um eletrocardiograma em repouso

3 - RESPONSABILIDADES DO PARTICIPANTE Responder com clareza e veracidade todas as perguntas contidas nos questionaacuterios e testes

A participaccedilatildeo no teste de esforccedilo maacuteximo e exames (no caso do Grupo Experimental)

Informar imediatamente as sensaccedilotildees de desconforto durante o esforccedilo fiacutesico

Proceder de acordo com as instruccedilotildees de dieta alimentar e jejum no periacuteodo que anteceder a coleta de sangue

134

4 -QUESTIONAMENTOS Qualquer pergunta sobre os procedimentos utilizados nos testes exames e treinamento satildeo encorajadas Caso tenha alguma duacutevida ou observaccedilotildees favor nos solicitar explicaccedilotildees adicionais

5 -OS RESULTADOS OBTIDOS E SUA DIVULGACcedilAtildeO Estou ciente que as informaccedilotildees obtidas por meio dos resultados de todos os testes e exames poderatildeo ser utilizadas como dados em pesquisas cientiacuteficas e seratildeo divulgadas em congressos e similares

6 - BENEFIacuteCIOS ESPERADOS A realizaccedilatildeo deste estudo contribuiraacute na accedilatildeo de profissionais da aacuterea de sauacutede dando-lhes maior fundamentaccedilatildeo cientiacutefica dos benefiacutecios advindos da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico em relaccedilatildeo aos idosos Aleacutem de nortear accedilatildeo destes profissionais em divulgar esclarecer e no caso de professores de educaccedilatildeo fiacutesica prescrever com maior seguranccedila um protocolo que possa oferecer maior benefiacutecio para esta faixa etaacuteria

7 - LIBERDADE DE CONSENTIMENTO A sua permissatildeo para participar desta pesquisa eacute voluntaacuteria Vocecirc estaraacute livre para negar este consentimento ou para parar em qualquer momento se assim o desejar

Eu li este termo de consentimento e compreendi os procedimentos que realizarei Estou de acordo em participar desta pesquisa

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG do participante)

______________________________________________________________________

(Assinatura e RG da testemunha)

Brasiacutelia _______________________

Responsaacutevel pela pesquisa Keila Mordf Dias Carmo Lopes (Fone 3353 2064 cel 9963 2598) Colocircnia Agriacutecola Samambaia Chaacutecara 152 Rua 4 Lote 17

135

AANNEEXXOO 33 ndashndash IacuteIacuteNNDDIICCEE DDEE PPEERRCCEEPPCcedilCcedilAtildeAtildeOO SSUUBBJJEETTIIVVAA DDEE EESSFFOORRCcedilCcedilOO

ESCALA DE BORG

6 (Nenhum esforccedilo real)

7 Muito Muito Leve

8

9 Muito Leve

10

11 Moderada (Razoavelmente)

12

13 Moderada Alta ( Pouco Intenso)

14

15 Intenso (Intensidade Alta)

16

17 Muito Intenso

18

19 Muito Muito Intenso

20 (Esforccedilo maacuteximo) A escala de Borg eacute constituiacuteda por 15 categorias graduadas de 6 a 20 estando cada grau iacutempar relacionado a uma descriccedilatildeo verbal do esforccedilo percebido (BORG Gunnar 2000)

136

AANNEEXXOO 44 ndashndash IINNVVEENNTTAacuteAacuteRRIIOO DDEE DDEEPPRREESSSSAtildeAtildeOO DDEE BBEECCKK ((BBDDII))

Este questionaacuterio consiste em 21 grupos de afirmaccedilotildees Depois de ler cuidadosamente

cada grupo faccedila um ciacuterculo em torno do nuacutemero (0 1 2 ou 3) diante da afirmaccedilatildeo em cada

grupo que descreve melhor a maneira como vocecirc tem se sentido nesta semana incluindo

hoje Se vaacuterias afirmaccedilotildees num grupo parecerem se aplicar igualmente bem faccedila um ciacuterculo

em cada uma

Tome o cuidado de ler todas as afirmaccedilotildees em cada grupo antes de fazer a sua escolha 1 0 Natildeo me sinto triste 1 Eu me sinto triste 2 Estou sempre triste e natildeo consigo sair disso 3 Estou tatildeo triste ou infeliz que natildeo consigo suportar 2 0 Natildeo estou especialmente desanimado quanto ao futuro 1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro 2 Acho que nada tenho a esperar

3 Acho o futuro sem esperanccedila e tenho a impressatildeo de que as coisas natildeo podem melhorar 3 0 Natildeo me sinto um fracasso 1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum 2 Quando olho para traacutes na minha vida tudo o que posso ver eacute um monte de fracassos 3 Acho que como pessoa sou um completo fracasso 4 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes 1 Natildeo sinto mais prazer nas coisas como antes 2 Natildeo encontro um prazer real em mais nada 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo 5 0 Natildeo me sinto especialmente culpado 1 Eu me sinto culpado agraves vezes 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo 3 Eu me sinto sempre culpado 6 0 Natildeo acho que esteja sendo punido 1 Acho que posso ser punido 2 Creio que vou ser punido 3 Acho que estou sendo punido 7 0 Natildeo me sinto decepcionado comigo mesmo 1 Estou decepcionado comigo mesmo 2 Estou enojado de mim 3 Eu me odeio 8 0 Natildeo me sinto de qualquer modo pior que os outros 1 Sou criacutetico em relaccedilatildeo a mim devido a minhas fraquezas ou a meus erros 2 Eu me culpo sempre por minhas falhas 3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece

137

9 0 Natildeo tenho quaisquer ideacuteias de me matar 1 Tenho ideacuteias de me matar mas natildeo as executaria 2 Gostaria de me matar 3 Eu me mataria se tivesse oportunidade 10 0 Natildeo choro mais que o habitual 1 Choro mais agora do que costumava 2 Agora choro o tempo todo

3 Costumava ser capaz de chorar mas agora natildeo consigo mesmo que o queira 11 0 Natildeo sou mais irritado agora do que jaacute fui 1 Fico molestado ou irritado mais facilmente do que costumava 2 Atualmente me sinto irritado o tempo todo 3 Absolutamente natildeo me irrito com as coisas que costumavam irritar-me 12 0 Natildeo perdi o interesse nas outras pessoas 1 Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas 2 Perdi a maior parte do meu interesse nas outras pessoas 3 Perdi todo o meu interesse nas outras pessoas 13 0 Tomo decisotildees mais ou menos tatildeo bem como em outra eacutepoca 1 Adio minhas decisotildees mais do que costumava 2 Tenho maior dificuldade em tomar decisotildees do que antes 3 Natildeo consigo mais tomar decisotildees 14 0 Natildeo sinto que minha aparecircncia seja pior do que costumava ser 1 Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos 2 Sinto que haacute mudanccedilas permanentes em minha aparecircncia que me fazem parecer sem

atrativos 3 Considero-me feio 15 0 Posso trabalhar mais ou menos tatildeo bem quanto antes 1 Preciso de um esforccedilo extra para comeccedilar qualquer coisa 2 Tenho de me esforccedilar muito ateacute fazer qualquer coisa 3 Natildeo consigo fazer nenhum trabalho 16 0 Durmo tatildeo bem quanto de haacutebito 1 Natildeo durmo tatildeo bem quanto costumava

2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que de haacutebito e tenho dificuldade para voltar a dormir

3 Acordo vaacuterias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade para voltar a dormir 17 0 Natildeo fico mais cansado que de haacutebito 1 Fico cansado com mais facilidade do que costumava 2 Sinto-me cansado ao fazer qualquer coisa 3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa 18 0 Meu apetite natildeo estaacute pior do que de haacutebito 1 Meu apetite natildeo eacute tatildeo bom quanto costumava ser 2 Meu apetite estaacute muito pior agora 3 Natildeo tenho mais nenhum apetite 19 0 Natildeo perdi muito peso se eacute que perdi algum ultimamente 1 Perdi mais de 25 Kg 2 Perdi mais de 5 Kg 3 Perdi mais de 75 Kg Estou deliberadamente tentando perder peso comendo menos SIM ( ) NAtildeO ( )

138

20 0 Natildeo me preocupo mais que o de haacutebito com minha sauacutede 1 Preocupo-me com problemas fiacutesicos como dores e afliccedilotildees ou perturbaccedilotildees no estocircmago ou

prisatildeo de ventre 2 Estou muito preocupado com problemas fiacutesicos e eacute difiacutecil pensar em outra coisa que natildeo isso 3 Estou tatildeo preocupado com meus problemas fiacutesicos que natildeo consigo pensar em outra coisa 21 0 Natildeo tenho observado qualquer mudanccedila recente em meu interesse sexual 1 Estou menos interessado por sexo que costumava 2 Estou bem menos interessado em sexo atualmente 3 Perdi completamente o interesse por sexo

139

AANNEEXXOO 55 ndashndash QQUUEESSTTIIOONNAacuteAacuteRRIIOO DDEE QQUUAALLIIDDAADDEE DDEE VVIIDDAA

((WWHHOOQQOOLLndashndash bbrreeff))

Nome___________________________________________________ Modalidade ________________________________________ Este questionaacuterio eacute sobre como vocecirc se sente a respeito de sua qualidade de vida sauacutede e outras aacutereas de sua vida Por favor responda a todas as questotildees Se vocecirc natildeo tem certeza sobre que resposta dar em uma questatildeo por favor escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada Esta muitas vezes poderaacute ser sua primeira escolha Por favor tenha em mente seus valores aspiraccedilotildees prazeres e preocupaccedilotildees Noacutes estamos perguntando o que vocecirc acha de sua vida tomando como referecircncia as duas uacuteltimas semanas Por favor leia cada questatildeo veja o que vocecirc acha e circule no nuacutemero e lhe parece a MELHOR RESPOSTA 1- Como vocecirc avaliaria sua qualidade de vida muito ruim Ruim nem ruim nem boa boa muito boa 1 2 3 4 5

2-Quatildeo satisfeito vocecirc estaacute com a sua sauacutede

muito insatisfeito Insatisfeito nem satisfeito nem insatisfeito satisfeito muito satisfeito

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes satildeo sobre o quanto vocecirc tem sentido algumas coisas nas uacuteltimas duas semanas 3-Em que medida vocecirc acha que sua dor (fiacutesica) impede vocecirc de fazer o que vocecirc precisa nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

4-O quanto vocecirc precisa de algum tratamento meacutedico para levar sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

5- O quanto vocecirc aproveita a vida nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

6- Em que medida vocecirc acha que a sua vida tem sentido nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

7- O quanto vocecirc consegue se concentrar nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

8- Quatildeo seguro(a) vocecirc se sente em sua vida diaacuteria nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

9- Quatildeo saudaacutevel eacute o seu ambiente fiacutesico (clima barulho poluiccedilatildeo atrativos) nada muito pouco mais ou menos bastante extremamente 1 2 3 4 5

140

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo completamente vocecirc tem sentido ou eacute capaz de fazer certas coisas nestas uacuteltimas duas semanas 10- Vocecirc tem energia suficiente para seu dia-a- dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

11- Vocecirc eacute capaz de aceitar sua aparecircncia fiacutesica nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

12- Vocecirc tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

13- Quatildeo disponiacuteveis para vocecirc estatildeo as informaccedilotildees que precisa no seu dia-a-dia nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

14- Em que medida vocecirc tem oportunidades de atividade de lazer nada muito pouco meacutedio muito completamente 1 2 3 4 5

As questotildees seguintes perguntam sobre quatildeo bem ou satisfeito vocecirc se sentiu a respeito de vaacuterios aspectos de sua vida nas uacuteltimas duas semanas 15- Quatildeo bem vocecirc eacute capaz de se locomover

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 16- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu sono

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 17- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 18- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua capacidade para o trabalho

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 19- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute consigo mesmo

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 20- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com suas relaccedilotildees pessoais (amigos parentes conhecidos colegas)

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 21- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com sua vida sexual

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 22- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o apoio que vocecirc recebe de seus amigos

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5

141

23- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com as condiccedilotildees do local onde mora

muito ruim ruim Nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 24- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu acesso aos serviccedilos de sauacutede

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 25- Quatildeo satisfeito(a) vocecirc estaacute com o seu meio de transporte

muito ruim ruim nem ruim nem bom bom muito bom

1 2 3 4 5 As questotildees seguintes referem-se a com que frequumlecircncia vocecirc sentiu ou experimentou certas coisas nas uacuteltimas duas semanas 26- Com que frequumlecircncia vocecirc tem sentimentos negativos tais como mau humor desespero ansiedade depressatildeo

nunca Algumas vezes frequumlentemente muito frequumlentemente sempre

1 2 3 4 5

Algueacutem lhe ajudou a preencher este questionaacuterio ( ) Sim ( ) Natildeo

Quanto tempo vocecirc levou para preencher este questionaacuterio _________________

Vocecirc tem algum comentaacuterio sobre o questionaacuterio

OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO

142

AANNEEXXOO 66 ndashndash EESSCCAALLAA DDEE AAVVAALLIIAACcedilCcedilAtildeAtildeOO DDAA IIMMAAGGEEMM CCOORRPPOORRAALL

NOME______________________________________________________ IDADE ____________ M C _________ Gord ________ IMC ___________

A seguir vocecirc tem uma seacuterie de 9 silhuetas femininas Observe

cuidadosamente cada uma das figuras e responda Qual o nuacutemero da figura

correspondente agraves seguintes perguntas Lembre que natildeo haacute respostas certas ou

erradas (Adaptado de SORENSEN e STUNKARD 1993)

1- Qual aparecircncia fiacutesica mais se parece com vocecirc ATUALMENTE 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 2- Qual aparecircncia fiacutesica que vocecirc GOSTARIA DE TER 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 3- Qual aparecircncia fiacutesica vocecirc tinha HAacute UM ANO ATRAacuteS 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 4- Avaliaccedilatildeo do avaliador 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 5- Vocecirc estaacute satisfeita com sua aparecircncia atual

( ) sim ( ) natildeo

6- Vocecirc acha que sua aparecircncia se aproxima com os padrotildees de beleza ditados pela miacutedia

( ) sim ( ) natildeo

143

7- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma dieta para o controle do peso corporal

( ) sim ( ) natildeo

8- Vocecirc jaacute se submeteu a alguma cirurgia plaacutestica visando melhoria da esteacutetica corporal

( ) sim ( ) natildeo

9- Vocecirc realizaria caso fosse disponibilizado gratuitamente uma ou mais uma intervenccedilatildeo

ciruacutergica plaacutestica com fins esteacuteticos

( ) sim ( ) natildeo

144

AANNEEXXOO 77 ndashndash MMIINNEE-- EEXXAAMMEE DDOO EESSTTAADDOO MMEENNTTAALL ndashndash ((MMMMSSEE))

NOME DO SUJEITO 1) ORIENTACcedilAtildeO TEMPORAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) ANO ESTACcedilAtildeO MEcircS DIA DIA DA SEMANA TOTAL 2) ORIENTACcedilAtildeO ESPACIAL PECcedilA AO SUJEITO PARA RESPONDER OS TOacutePICOS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) CIDADE ESTADO BAIRRO LOCAL ANDAR OU PREacuteDIO TOTAL 3) REGISTRO MOSTRE AS 3 IMAGENS E PECcedilA AO SUJEITO PARA NOMEAacute-LAS (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL 4) CAacuteLCULO PECcedilA AO SUJEITO PARA SUBTRAIR 7 DE CADA UM DOS NUacuteMEROS ABAIXO (TOTAL = 5 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) 100 (R = 93) 93 (R = 86) 86 (R = 79) 79 (R = 72) 65 (R = 65) TOTAL 5) EVOCACcedilAtildeO PECcedilA AO SUJEITO PARA RELEMBRAR QUAIS FORAM OS TREcircS OBJETOS DA QUESTAtildeO ANTERIOR (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) PENTE CANETA TELEFONE TOTAL

145

6) LINGUAGEM 1 MOSTRE UM RELOacuteGIO E UMA CANETA AO SUJEITO E PECcedilA PARA ELE NOMEAacute-LAS (TOTAL = 2 PONTOS 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA CORRETA) RELOacuteGIO CANETA TOTAL 7) LINGUAGEM 2 PECcedilA AO SUJEITO PARA REPETIR A FRASE NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute (TOTAL = 1 PONTO) NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute TOTAL 8) LINGUAGEM 3 VOCEcirc IRAacute DAR UM COMANDO VERBAL AO SUJEITO E PEDIR QUE ELE SIGA AS SEGUINTES ORDENS PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO E COLOQUE-O EM CIMA DA MESA (TOTAL = 3 PONTOS 1 PONTO PARA CADA ORDEM SEGUIDA CORRETAMENTE)

PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA DOBRE-O AO MEIO COLOQUE EM CIMA DA MESA TOTAL 9) LINGUAGEM 4 PECcedilA AO SUJEITO QUE OBEDECcedilA AO COMANDO QUE ESTARAacute NA PLACA COM A SEGUINTE ORDEM ldquoFECHE OS OLHOSrdquo (TOTAL = 1 PONTO) FECHE OS OLHOS TOTAL 10) LINGUAGEM 5 PECcedilA AO SUJEITO PARA ESCREVER UMA FRASE COMPLETA (TOTAL = 1 PONTO) FRASE COMPLETA TOTAL 11) LINGUAGEM 6 DEcirc UMA FOLHA EM BRANCO AO SUJEITO MOSTRE O DESENHO ABAIXO E PECcedilA PARA QUE ELE COPIE (TOTAL = 1 PONTO)

COacutePIA DO DESENHO TOTAL ESCORE GERAL DO TESTE

146

147

148

AANNEEXXOO 99

149

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 11

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos aromaacuteticos (AAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P GC Preacute 15146 plusmn 5492 1545 04532 G90LA Poacutes 17558 plusmn 5492 -337 09041 Preacute 12849 plusmn 2356 3842 00241 GLA Poacutes 15203 plusmn 4287 2018 04275 Preacute 10984 plusmn 2673 5707 00029 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6519 00099 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 3613 00770 Poacutes 12763 plusmn 3357 4458 00710 Poacutes2 11447 plusmn 4297 3173 00940

00247 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 3848 Poacutes 13052 plusmn 2934 4168 00663 Poacutes2 12022 plusmn 1698 2598 00244

GLA Preacute 12849 plusmn 2356 2297 02123 G90LA Poacutes 15203 plusmn 4287 2355 03553 Preacute 10984 plusmn 2673 4162 00377 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 6856 00072 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 2067 03392 Poacutes 12763 plusmn 3357 4795 00536 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 2303 02081 Poacutes 13052 plusmn 2934 4505 00486 GLA Preacute 10984 plusmn 2673 1865 01609 G90PCR Poacutes 10701 plusmn 2807 4501 00262 Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -230 08899 Poacutes 12763 plusmn 3357 2440 02256 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 005 09966 Poacutes 13052 plusmn 2934 2150 02415

Gmax Preacute 13079 plusmn 3969 -2095 02360 G90PCR Poacutes 12763 plusmn 3357 -2061 02040 GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -1860 01790 Poacutes 13052 plusmn 2934 -2351 01131 Gmax GGLA1h Preacute 12843 plusmn 2750 -290 08877 Poacutes 13052 plusmn 2934 235 08519 Poacutes2 12022 plusmn 1698 -575 07157

p le 005 ple 001 ndash Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

150

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 22

Tabela ndash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes as concentraccedilotildees de aminoaacutecidos de cadeia ramificada (AACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA P

GC Preacute 49553 plusmn 16146 12195 01673 G90LA Poacutes 54339 plusmn 16146 6246 04558 Preacute 46411 plusmn 8074 15336 00223 GLA Poacutes 51918 plusmn 14224 8867 02782 Preacute 39965 plusmn 9746 21783 00037 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 18391 00195 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 16234 00250 Poacutes 40323 plusmn 11663 20263 00130 Poacutes2 35493 plusmn 9993 24729 00004 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 15895 00147 Poacutes 45691 plusmn 10569 14894 00399 Poacutes2 41730 plusmn 8746 18492 00017

GLA Preacute 46411 plusmn 8074 3141 06660 G90LA Poacutes 51918 plusmn 14224 2421 07550 Preacute 39965 plusmn 9746 9588 02149 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 12145 00998 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 4039 06009 Poacutes 40323 plusmn 11663 14016 00664 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 3700 05956 Poacutes 45691 plusmn 10569 8648 02060 GLA Preacute 39965 plusmn 9746 6446 01717 G90PCR Poacutes 42194 plusmn 10914 9724 01473 Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 897 08526 Poacutes 40323 plusmn 11663 11595 00963 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 559 08914 Poacutes 45691 plusmn 10569 6226 03182

Gmax Preacute 45514 plusmn 10710 -5549 02968 G90PCR Poacutes 40323 plusmn 11663 1871 07453 GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -5887 02021 Poacutes 45691 plusmn 10569 -3497 05126 Gmax GLA1h Preacute 45852 plusmn 8460 -338 09430 Poacutes 45691 plusmn 10569 -5369 03351

Poacutes2 41730 plusmn 8746 -6237 01900

p le 005 ple 001 ple 0001 p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

151

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 33

Tabelandash Comparaccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos aromaacuteticos (TRPAAA) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC Preacute 03058 plusmn 01787 00668 04326 G90LA Poacutes 02752 plusmn 00941 01022 00677 Preacute 03406 plusmn 01851 00320 07102 GLA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00340 06476 Preacute 03391 plusmn 00889 00335 05969 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00178 08039 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00571 04149 Poacutes 03205 plusmn 01520 00568 04080 Poacutes2 03167 plusmn 00873 0078 01126 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00813 01761 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00808 01249 Poacutes2 04409 plusmn 00801 -00462 02991

GLA Preacute 03406 plusmn 01851 -00348 07077 G90LA Poacutes 03434 plusmn 01732 -00681 03446 Preacute 03391 plusmn 00889 -00333 09838 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -01200 05501 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -01239 01245 Poacutes 03205 plusmn 01520 -00453 04853 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01482 00388 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01830 00011 GLA Preacute 03391 plusmn 00889 00015 06442 G90PCR Poacutes 03953 plusmn 01657 -00519 00965 Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00891 02708 Poacutes 03205 plusmn 01520 00228 07833 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01134 01132 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01149 01040

Gmax Preacute 04298 plusmn 01187 -00906 01058 G90PCR Poacutes 03205 plusmn 01520 00747 03631 GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -01149 00124 Poacutes 04583 plusmn 00935 -00629 03426 Gmax GLA1h Preacute 04541 plusmn 00780 -00242 06217 Poacutes 04583 plusmn 00935 -01377 00376

p le 005 ple 001 ple 0001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos Poacutes2 04409 plusmn 00801 -01242 00080

152

AAPPEcircEcircNNDDIICCEE 44

p le 005 ple 001 - Fator significante observado em comparaccedilatildeo entre grupos

Tabela ndash Compara

ccedilatildeo entre grupos das meacutedias aritimeacuteticas referentes a relaccedilatildeo do triptofano e os aminoaacutecidos de cadeia ramificada (TRPAACR) nos tempos preacute-teste (Preacute) e poacutes-teste (Poacutes) entre todos os grupos e no tempo poacutes-teste2 (Poacutes 2) entre os grupos GC Gmax e GLA1h

GRUPO GRUPOS TEMPO MEacuteDIA DP DIFERENCcedilA p

GC G90LA Preacute 01094 plusmn 00459 -00171 03536 Poacutes 01057 plusmn 00547 -00019 09313 GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00016 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00024 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00017 08995 Poacutes 00997 plusmn 00394 00040 08235 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00285 00818 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00049 08348 Poacutes2 00998 plusmn 00326 -00055 06946 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00333 00017 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00263 00552 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00329 00016 G90LA GLA Preacute 00905 plusmn 00408 00188 04427 Poacutes 01013 plusmn 00523 00043 08058 G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 00154 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00059 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00113 05976 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00029 09174 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00162 03312 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00244 02349 GLA G90PCR Preacute 00939 plusmn 00309 -00033 04427 Poacutes 00997 plusmn 00394 00016 08058 Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00301 01453 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00073 07935 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00350 00290 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00287 01499 G90PCR Gmax Preacute 01207 plusmn 00373 -00268 01406 Poacutes 01087 plusmn 00578 -00089 07229 GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00316 00149 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00303 00631 Gmax GLA1h Preacute 01256 plusmn 00146 -00048 07216 Poacutes 01301 plusmn 00146 -00214 03161 Poacutes2 01272 plusmn 00140 -00274 00364

  • A Deus Ser supremo Pai de toda sabedoria por conceder aleacutem da necessidade oportunizar mesmo que sem meacuterito capacitar quem pouco tem a retribuir e confiar quando tantos desconfiaram
    • BIXBY WR SPALDING TW HAUFLER et al The Unique Relation of Physical Activity to Executive Function in Older Men and Women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 39 n 8 p 1408-16 2007
      • FLECK SJ amp KRAEMER WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1999
        • Foster VL Hume GJ Dickinson AL et al The reproducibility of VO2max ventilatory and lactate thresholds in elderly women Medicine amp Science in Sports amp Exercise v 18 n 4 p 425-30 1986
        • NEDER JA NERY LE Teste de Exerciacutecio Cardiopulmonar Jornal Brasileiro de Pneumologia v 28 Supl 3 2002
          • Nome_________________________________________________________________
            • 20 Sente dormecircncia no braccedilo com frequumlecircncia
            • OBRIGADO POR SUA COLABORACcedilAtildeO
                • NOME______________________________________________________
                • ANO
                  • ESTACcedilAtildeO
                    • CIDADE
                    • PENTE
                    • PENTE
                    • RELOacuteGIO
                    • NEM AQUI NEM ALI NEM LAacute
                    • PEGUE O PAPEL COM A MAtildeO DIREITA
                    • FECHE OS OLHOS
                    • FRASE COMPLETA
                    • COacutePIA DO DESENHO
Page 8: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 9: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 10: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 11: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 12: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 13: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 14: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 15: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 16: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 17: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 18: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 19: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 20: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 21: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 22: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 23: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 24: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 25: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 26: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 27: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 28: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 29: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 30: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 31: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 32: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 33: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 34: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 35: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 36: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 37: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 38: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 39: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 40: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 41: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 42: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 43: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 44: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 45: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 46: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 47: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 48: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 49: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 50: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 51: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 52: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 53: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 54: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 55: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 56: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 57: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 58: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 59: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 60: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 61: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 62: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 63: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 64: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 65: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 66: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 67: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 68: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 69: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 70: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 71: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 72: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 73: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 74: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 75: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 76: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 77: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 78: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 79: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 80: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 81: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 82: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 83: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 84: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 85: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 86: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 87: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 88: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 89: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 90: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 91: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 92: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 93: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 94: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 95: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 96: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 97: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 98: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 99: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 100: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 101: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 102: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 103: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 104: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 105: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 106: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 107: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 108: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 109: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 110: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 111: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 112: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 113: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 114: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 115: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 116: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 117: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 118: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 119: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 120: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 121: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 122: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 123: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 124: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 125: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 126: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 127: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 128: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 129: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 130: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 131: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 132: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 133: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 134: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 135: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 136: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 137: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 138: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 139: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 140: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 141: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 142: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 143: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 144: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 145: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 146: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 147: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 148: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 149: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 150: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 151: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Page 152: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS ... · Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Saúde – FS Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde