UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO completa snp Fe… · Monografia (Licenciatura) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE BIOLOGIA ROBERTO ALCANTARA GOMES

DEPARTAMENTO DE ENSINO DE CIEcircNCIAS E BIOLOGIA

A EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL NA II CONFEREcircNCIA NACIONAL

INFANTO-JUVENIL PELO MEIO AMBIENTE

FERNANDA CRISTINA ALBUQUERQUE DA FONSECA

RIO DE JANEIRO

2009

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE BIOLOGIA ROBERTO ALCAcircNTARA GOMES


A EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL NA II CONFEREcircNCIA NACIONAL INFANTO-JUVENIL PELO MEIO AMBIENTE

Fernanda Cristina Albuquerque da Fonseca

Trabalho final apresentado ao Departamento de Ensino de Ciecircncias e Biologia do Instituto de Biologia Roberto Alcacircntara Gomes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do grau de Licenciado em Ciecircncias Bioloacutegicas Orientador Profordf Marilene de Saacute Cadei

RIO DE JANEIRO 2009

FICHA CATALOGRAacuteFICA

FONSECA Fernanda Cristina Albuquerque da

A Educaccedilatildeo Ambiental na II Conferecircncia Nacional Infanto-Juvenil pelo

Meio Ambiente Fernanda Cristina Albuquerque da Fonseca ndash 2009 p 33

Orientador Marilene de Saacute Cadei

Monografia (Licenciatura) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Instituto de Biologia Roberto Alcacircntara Gomes

1 II Conferecircncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente 2

Educaccedilatildeo Ambiental 3 Biodiversidade 4 Teses I CADEI Marilene de

Saacute II Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Biologia

Roberto Alcacircntara Gomes III Tiacutetulo


INSTITUTO DE BIOLOGIA ROBERTO ALCAcircNTARA GOMES




Orientador Profordf Marilene de Saacute Cadei Aprovada em____________________ Banca examinadora Profordm____________________________________________________________ Profordm______________________________________________________________________

RIO DE JANEIRO 2009

Agrave minha famiacutelia em especial agrave minha

matildee Edite pelo amor compreensatildeo dedicaccedilatildeo

e forccedila durante todo o curso e elaboraccedilatildeo deste

trabalho

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus

Agraves amigas de curso que estiveram presentes ateacute o fim

rindo nos momentos de alegria e apoiando nos de dificuldades

Aos demais amigos pela forccedila ante os obstaacuteculos e compreensatildeo na ausecircncia

Agrave professora Marilene de Saacute Cadei pela orientaccedilatildeo visando sempre o melhor

desempenho e aprendizado durante a elaboraccedilatildeo deste trabalho

Aos demais professores do departamento de Ensino pela dedicaccedilatildeo e incentivo agrave

nossa excelente formaccedilatildeo em profissionais da Educaccedilatildeo

A todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram para a realizaccedilatildeo deste trabalho

Eacute preciso o amor pra poder pulsar

Eacute preciso paz pra poder sorrir

Eacute preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente

Compreender a marcha ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro levando a boiada

Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou

Estrada eu sou

Cada um de noacutes compotildee a sua histoacuteria

Cada ser em si carrega o dom de ser capaz

De ser feliz

(Tocando em Frente - Almir Sater e Renato Teixeira)

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1- Exemplos de propostas escolares com aspectos criacuteticos 19 Tabela 2- Exemplos de propostas escolares com aspectos conservadores 21 Tabela 3- Tipos de Abordagens por Regiatildeo Fluminense 22

vii

LISTA DE GRAacuteFICOS

Paacutegina

Graacutefico 1- Nuacutemero relativo de trabalhos por tema 15 Graacutefico 2- Nuacutemero relativo de trabalhos em relaccedilatildeo ao tipo de puacuteblico 16 Graacutefico 3- Nuacutemero relativo de trabalhos em relaccedilatildeo ao tipo de escola 16 Graacutefico 4- Nuacutemero relativo de trabalhos por regiatildeo fluminense 17 Graacutefico 5- Abordagens realizadas por escolas rurais 23 Graacutefico 6- Abordagens realizadas por escolas urbanas 23 Graacutefico 7- Abordagens feitas por escolas estaduais 24 Graacutefico 8- Graacutefico 9- Graacutefico 10- Graacutefico 11-

Abordagens feitas por escolas municipais Abordagens feitas por escolas particulares Abordagens de EA para o tema Biodiversidade Duraccedilatildeo das propostas escolares em relaccedilatildeo ao tipo de abordagem

24

24

25

27

viii

SUMAacuteRIO

Paacutegina RESUMO x 1- INTRODUCcedilAtildeO 1 2- CONFEREcircNCIA NACIONAL INFANTO-JUVENIL PELO MEIO AMBIENTE

3 3 - BIODIVERSIDADE

31- O que eacute Biodiversidade e qual a sua importacircncia 32- Biodiversidade no mundo e no Brasil 33- Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica 34- Biodiversidade na II CNIJMA 4 ndash EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

6 7 8 9

11 5 ndash ACcedilOtildeES EM FOCO

15

6- CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 7- REFEREcircNCIAS

28

30

8- ANEXO Carta das Responsabilidades

32

ix

RESUMO

Atualmente a degradaccedilatildeo que atinge o meio ambiente torna fundamental o

desenvolvimento da Educaccedilatildeo Ambiental nas escolas que por sua vez possibilite a mudanccedila

de concepccedilotildees e o cultivo de novos valores atraveacutes da discussatildeo e reflexatildeo Sendo assim este

trabalho surgiu da necessidade de se conhecer a forma como eacute trabalhado tal tema no espaccedilo

escolar Foi realizada uma anaacutelise quantitativa e qualitativa das responsabilidades e accedilotildees

assumidas pelas escolas do Estado do Rio de Janeiro que participaram da II Conferecircncia

Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (II CNIJMA) e trabalharam o tema

Biodiversidade A partir de uma pesquisa do tipo levantamento observou-se que existem

diversas tendecircncias nos trabalhos sobre Educaccedilatildeo Ambiental que levam a diferentes formas

de abordar tal tema e consequumlentemente a diferentes resultados Como exemplos dessas

tendecircncias existem a Educaccedilatildeo Ambiental Criacutetica e a Educaccedilatildeo Ambiental Conservadora

descritas no trabalho de Mauro Guimaratildees (2004) que serviu como base para o presente

estudo As propostas escolares foram classificadas quanto ao teor de suas abordagens se

possuiacuteam aspectos criacuteticos ou conservadores e neste processo foram consideradas as regiotildees

do Estado o tipo de puacuteblico e o tipo de escola que as desenvolveram Atraveacutes dos resultados

da anaacutelise realizada pode-se observar que grande parte das propostas escolares descritas

possui aspectos de uma Educaccedilatildeo Ambiental Conservadora Tal fato natildeo condiz com a

proposta inicial da Conferecircncia que eacute o estabelecimento de uma poliacutetica de desenvolvimento

sustentaacutevel para o paiacutes com a formaccedilatildeo de sujeitos criacuteticos e atuantes capazes de discutir

refletir e buscar soluccedilotildees para os problemas ambientais locais Os resultados incentivam a

investigaccedilatildeo do conhecimento sobre o que realmente eacute a Educaccedilatildeo Ambiental por parte dos

profissionais da educaccedilatildeo e ainda quais os resultados que os mesmos querem alcanccedilar ao

trabalharem este importante tema nas escolas

Palavras-chave II Conferecircncia Nacional Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente Educaccedilatildeo

Ambiental Biodiversidade

x

A EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL NA II CONFEREcircNCIA NACIONAL INFANTO-

JUVENIL PELO MEIO AMBIENTE

1- INTRODUCcedilAtildeO

A qualidade de vida de qualquer organismo estaacute intimamente relacionada ao meio em

que vive sendo desta forma muito importante o cuidado com o mesmo Diante dos valores e

necessidades que o mundo contemporacircneo incentiva e da consequumlente degradaccedilatildeo ambiental

estabelecida vecirc-se cada vez mais a necessidade de se buscar medidas para o desenvolvimento

sustentaacutevel da sociedade

O contiacutenuo desmatamento da Mata Atlacircntica no Estado do Rio de Janeiro eacute um

exemplo dessa degradaccedilatildeo Tal bioma que se estende do litoral do nordeste ao sul do paiacutes do

periacuteodo colonial ateacute os dias atuais perdeu mais de 90 de suas florestas que originalmente

cobriam 12 do territoacuterio nacional Eacute caracterizado pela diversidade nas condiccedilotildees fiacutesicas

como clima e relevo justificando a formaccedilatildeo de uma das maiores biodiversidades mundiais

Abriga milhares de espeacutecies de plantas e animais muitas endecircmicas ou em risco de extinccedilatildeo

assim como abrigou muitas espeacutecies jaacute extintas (MARTINS ROacuteZ E MACHADO 2008)

Estima-se que a Mata Atlacircntica esteve presente em 98 do territoacuterio fluminense na

chegada dos portugueses estando associada a outros ecossistemas tais como manguezais e

restingas Hoje poreacutem calcula-se que apenas 17 desse territoacuterio sejam recoberto por

florestas sendo que estas se encontram em diferentes estaacutegios de conservaccedilatildeo A crescente

urbanizaccedilatildeo que se deu ao longo do tempo eacute o principal causador e agravante desse quadro

(IEF 2008)

O desflorestamento traz diversas consequumlecircncias para o Estado tal como a

desregulaccedilatildeo no ciclo hidroloacutegico e com isso enchentes inundaccedilotildees erosatildeo dos solos

assoreamento dos rios e mudanccedilas climaacuteticas Todas essas situaccedilotildees interferem diretamente no

perfil da biodiversidade caracteriacutestica desse bioma (IEF 2008)

Tendo em vista a urgecircncia de se preservar o que resta da Mata Atlacircntica no Estado do

Rio de Janeiro torna-se de extrema importacircncia tanto poliacuteticas puacuteblicas como a participaccedilatildeo

da populaccedilatildeo no estabelecimento de praacuteticas que garantam o desenvolvimento sem prejudicar

ainda mais o meio ambiente Uma forma de chamar a atenccedilatildeo da sociedade para os problemas

ambientais assim como contribuir para a sua amenizaccedilatildeo eacute o desenvolvimento de projetos e

accedilotildees de Educaccedilatildeo Ambiental nas escolas

A recomendaccedilatildeo da incorporaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Ambiental nas praacuteticas escolares estaacute

presente em diferentes leis e documentos no entanto eacute interessante questionar se esta vem

alcanccedilando seus objetivos Segundo a Conferecircncia de Tbilisi o principal objetivo da EA eacute

fazer com que as pessoas adquiram conhecimentos valores e habilidades praacuteticas para

participarem responsaacutevel e eficazmente da prevenccedilatildeo e soluccedilatildeo dos problemas ambientais

(UNESCO 1977)

Em funccedilatildeo da diversidade de estudos sobre EA existentes e considerando que estes

influenciam diretamente na abordagem de tal assunto no ambiente escolar o presente trabalho

teve como objetivo saber sobre que tipos de abordagens de Educaccedilatildeo Ambiental as escolas

do Rio de Janeiro estabeleceram suas responsabilidades e accedilotildees sobre o tema Biodiversidade

durante a II Conferecircncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (II CNIJMA)

No primeiro capiacutetulo do presente trabalho seraacute apresentado um pouco mais sobre a II

CNIJMA que de forma geral eacute uma accedilatildeo federal que propotildee a reflexatildeo de temas ambientais

relevantes e atuais buscando tornar os indiviacuteduos reflexivos e atuantes no desafio ambiental

Durante o processo da Conferecircncia na escola a comunidade escolar teve que desenvolver

uma responsabilidade e uma accedilatildeo para cumpriacute-la sobre um dos temas propostos pela

conferecircncia

A partir da preacutevia anaacutelise dos resultados da primeira etapa da II CNIJMA ocorrida nas

escolas do Rio de Janeiro foi observado que a maioria (29) das folhas de retorno era

referente ao tema Biodiversidade justificando a sua anaacutelise na realizaccedilatildeo deste trabalho

Com isso o segundo capiacutetulo trata do que seria a Biodiversidade bem como sua

relevacircncia no contexto global e nacional a Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica e como o

tema foi abordado na II CNIJMA

A metodologia caracterizou-se por uma pesquisa bibliograacutefica e documental sobre as

diferentes abordagens de EA brasileiras que poderaacute ser conhecida ao longo do capiacutetulo trecircs

Concomitantemente foi realizado um levantamento dos envelopes-resposta produzidos pelas

escolas do Estado do Rio de Janeiro durante a II CNIJMA e que estatildeo cadastrados na paacutegina

eletrocircnica do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (BRASIL 2008c) pela Organizaccedilatildeo Estadual do

evento Em seguida as accedilotildees propostas pelas escolas foram avaliadas tanto quantitativa como

qualitativamente e classificadas segundo as abordagens de EA anteriormente pesquisadas Os

resultados dessa etapa estatildeo apresentados na parte final do trabalho

2 - CONFEREcircNCIA NACIONAL INFANTO-JUVENIL PELO MEIO AMBIENTE

A Conferecircncia Nacional pelo Meio Ambiente (CNMA) acontece a cada dois anos e

integra um modelo de administraccedilatildeo participativa adotado pelo Governo Federal desde 2003

Tem como objetivo possibilitar o compartilhamento do poder e da co-responsabilidade entre

Estado e sociedade civil na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas ambientais Atraveacutes da exposiccedilatildeo

das necessidades e particularidades de cada regiatildeo e cultura e ainda das sugestotildees e

responsabilidades das mesmas a Conferecircncia visa o estabelecimento de uma poliacutetica de

desenvolvimento sustentaacutevel para o paiacutes

Com o lema Vamos Cuidar do Brasil a CNMA leva a sociedade ao debate de temas

estrateacutegicos para o Brasil como a conservaccedilatildeo da biodiversidade da aacutegua e de recursos

energeacuteticos o respeito a nossa diversidade cultural ou ainda temas de abrangecircncia global

como mudanccedilas climaacuteticas O processo da CNMA eacute composto por um primeiro momento de

debates a niacutevel municipal e estadual no qual satildeo escolhidos delegados para participarem do

segundo momento que eacute a niacutevel nacional no qual satildeo debatidas muitas propostas e ao final

satildeo aprovadas vaacuterias deliberaccedilotildees (BRASIL 2008a)

A CNMA mobiliza pessoas dos diversos setores da sociedade e conta com a parceria

fundamental do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo o que a possibilita chegar ateacute crianccedilas e adolescentes

por meio da Conferecircncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) que

abrange as escolas de todo o Brasil Essa seria mais uma medida para envolver a sociedade no

objetivo principal da Conferecircncia que eacute cuidar do meio ambiente Marina Silva ex ministra

do Meio Ambiente no discurso de abertura da I CNMA em 2003 disse que o sentido de

cuidar do meio ambiente que buscavam com a conferecircncia eacute poliacutetico e explicou que

cuidar eacute mais que um ato eacute uma atitude que implica co- responsabilidade e envolvimento Eacute um compromisso eacutetico que emerge do fato de natildeo somente existirmos como indiviacuteduos mas coexistirmos em sociedade de natildeo apenas vivermos mas convivermos com outros seres no mesmo ambiente (BRASIL 2008a)

Em 2003 ocorreu a primeira ediccedilatildeo da CNIJMA que envolveu 16 mil escolas e

mobilizou quase 6 milhotildees de pessoas em 4067 municiacutepios A I CNIJMA desencadeou o

Programa Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas que trabalhou a partir de 2004 na

formaccedilatildeo de professores e estudantes das escolas que participaram da conferecircncia

A II CNIJMA aconteceu em 20052006 e aleacutem de envolver escolas puacuteblicas e

privadas urbanas e rurais do 6ordm ao 9ordm ano do Ensino Fundamental foi levada agraves comunidades

indiacutegenas quilombolas assentamentos rurais e a grupos de crianccedilas de rua A mesma ocorreu

no iniacutecio da Deacutecada da Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (2005 a 2014) quando

os paiacuteses membros das Naccedilotildees Unidas comeccedilaram projetos para alcanccedilarem as metas

estabelecidas pela organizaccedilatildeo Desta forma foram sugeridos como temas para debates

tratados internacionais como o Protocolo de Quioto a Convenccedilatildeo sobre Diversidade

Bioloacutegica a Declaraccedilatildeo de Roma sobre a Seguranccedila Alimentar Mundial e a Declaraccedilatildeo de

Durban contra o Racismo Discriminaccedilatildeo Racial Xenofobia e Intoleracircncia Correlata

(BRASIL 2008b)

Esses documentos foram abordados na II CNIJMA atraveacutes de quatro temas propostos

para a realizaccedilatildeo da Conferecircncia na Escola sendo eles Mudanccedilas Climaacuteticas Biodiversidade

Seguranccedila Alimentar e Nutricional e Diversidade Eacutetnico-Racial Houve entatildeo discussotildees e

debates visando trazer cada tema para a realidade da escola e desta forma alcanccedilar a temaacutetica

central da Conferecircncia que foi Vivendo a diversidade na Escola (BRASIL 2005)

Durante a primeira etapa da II CNIJMA foi proposto que as escolas promovessem uma

conferecircncia envolvendo toda a comunidade escolar para debater os Acordos Internacionais e

analisar as possiacuteveis responsabilidades e accedilotildees a serem realizadas apoacutes o evento Ocorreu

entatildeo uma votaccedilatildeo para escolher o tema e a responsabilidade que seria assumida pela escola

Ao final da conferecircncia foram indicados um (a) delegado(a) e suplente responsaacuteveis por criar

um cartaz que melhor traduzisse o trabalho coletivo

Todo material produzido durante a Conferecircncia na Escola foi enviado para as

Comissotildees Organizadoras Estaduais (COEs) No caso do Rio de Janeiro para a Universidade

do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) mais especificamente para o Departamento de Ensino de

Ciecircncias e Biologia que ainda tem tal material sob seus cuidados

As folhas de retorno enviadas por todas as escolas passaram por uma seleccedilatildeo

realizada pelo Coletivo Jovem (CJ) O CJ eacute um grupo de jovens e organizaccedilotildees juvenis que se

mobilizam em torno da temaacutetica socioambiental desenvolvendo atividades que buscam a

melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida A ideacuteia da formaccedilatildeo dos CJs ocorreu a

partir da constataccedilatildeo do potencial mobilizador do tema Meio Ambiente entre os jovens

durante a I CNIJMA Tais grupos tecircm como responsabilidades articular pessoas informar

desenvolver o pensamento criacutetico sobre sustentabilidade realizar projetos elaborar propostas

que visem uma sociedade mais justa e equitativa entre outros Atuam baseados nos

princiacutepios Jovem Educa Jovem Jovem Escolhe Jovem e Uma geraccedilatildeo Aprende com a Outra

(BRASIL 2006)

Na seleccedilatildeo dos trabalhos o CJ contou com o apoio da COE Essa seleccedilatildeo teve como

finalidade eleger as responsabilidades e consequumlentemente o grupo de delegados que

participaria da Conferecircncia Nacional como diz o Passo a Passo para a Conferecircncia na escola

Para a seleccedilatildeo dos delegados o Coletivo Jovem analisaraacute as responsabilidades encaminhadas pelas escolas e comunidades que realizaram as Conferecircncias Seratildeo verificadas na responsabilidade a consistecircncia e a clareza bem como a coerecircncia com relaccedilatildeo agrave accedilatildeo (BRASIL 2005 p12) O ponto alto do processo das conferecircncias nas escolas foi a II CNIJMA que aconteceu

em abril de 2006 em Luiziacircnia-GO onde participaram mais de quinhentos (as) delegados(as)

que representaram vinte e seis Estados do Brasil mais o Distrito Federal Estes foram

orientados por representantes dos CJs de todo o paiacutes e jovens facilitadores de paiacuteses latino-

americanos

Como resultado deste grande evento teve-se a divulgaccedilatildeo conceitual das quatro

temaacuteticas a produccedilatildeo de materiais de educomunicaccedilatildeo e a elaboraccedilatildeo da Carta de

Responsabilidades (em anexo) que foi entregue ao Presidente Luis Inaacutecio Lula da Silva apoacutes

uma caminhada na Esplanada dos Ministeacuterios em Brasiacutelia

Aleacutem disso a Conferecircncia deixa como resultado a aprendizagem dos adolescentes e

jovens obtida por suas proacuteprias experiecircncias ao produzir e assumir suas responsabilidades e

pela troca dessas experiecircncias com pessoas que vivem realidades diferentes De forma geral a

II CNIJMA procurou valorizar o ldquorespeito ao papel dos jovens como sujeitos que atuam e

intervecircm no momento presenterdquo (BRASIL 2008b)

3 BIODIVERSIDADE

31 - O que eacute Biodiversidade e qual a sua importacircncia

Biodiversidade eacute um termo cientiacutefico que se torna cada vez mais conhecido na

atualidade Embora haacute muito tempo jaacute se estude e classifique as espeacutecies de seres vivos

quantificando assim sua diversidade o termo soacute comeccedilou a ser utilizado com mais frequecircncia

depois da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento tambeacutem

conhecido como Rio-92 Desde entatildeo ldquobiodiversidaderdquo ou ldquodiversidade bioloacutegicardquo fazem

parte dos diaacutelogos populares Isso se explica pelo fato de que na Rio-92 foi assinada a

Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica (CDB) e a partir daiacute ampliaram-se os debates sobre

a importacircncia da Biodiversidade (BRASIL 2005)

Eacute esperado que algo tatildeo comentado e debatido tivesse um conceito definido

claramente mas isso natildeo acontece Nem cientistas nem escritores chegam a um consenso o

descrevem de acordo com o contexto de interesse ou seja com diferentes abordagens como

mostram os exemplos de Lewinsohn (2001) ldquoA totalidade de gens espeacutecies e ecossistemas

de uma regiatildeo e do mundo (Estrateacutegia Global de Biodiversidade) ou ainda ldquoA variedade

total de vida na Terra Inclui todos os genes espeacutecies e ecossistemas e os processos

ecoloacutegicos de que satildeo parte (ICBP - Conselho Internacional para a Proteccedilatildeo das Aves)

Em vista a essa variedade de conceitos eacute interessante conhecer o conceito definido na

CDB que diz que Biodiversidade significa

a variabilidade de organismos vivos de todas as origens compreendendo dentre outros os ecossistemas terrestres marinhos e outros ecossistemas aquaacuteticos e os complexos ecoloacutegicos de que fazem parte compreendendo ainda a diversidade dentro de espeacutecies entre espeacutecies e de ecossistemas (BRASIL 2000 p9)

Lewinsohn e Prado (2000) entendem a diversidade dentro de espeacutecies como sendo a

diversidade entre indiviacuteduos de uma mesma populaccedilatildeo ou de populaccedilotildees diferentes Esse

aspecto eacute associado fortemente agrave diversidade geneacutetica dos organismos poreacutem pode-se

associar ao termo uma abordagem que vai aleacutem das causas geneacuteticas dessas diferenccedilas como

as causas morfoloacutegicas e comportamentais

Sobre as diferenccedilas entre espeacutecies considera-se a quantidade de espeacutecies existentes em

uma regiatildeo intervalo de tempo e condiccedilotildees determinadas E sobre a diversidade de

complexos ecoloacutegicos de que fazem parte assim como de seus Ecossistemas pode-se dizer

que corresponde a diversidade de relaccedilotildees existentes entre os organismos entre si e com seus

habitats Mais especificamente sobre os Ecossistemas considera-se a variedade de biomas

existentes

Ainda de acordo com tais autores uma das causas da indefiniccedilatildeo do termo eacute explicada

pela possibilidade da sua utilizaccedilatildeo tanto para ldquoressaltar o nuacutemero e a variedade de tipos de

elementos que compotildeem uma entidade bioloacutegica ou enfatizar os processos funcionais que

organizam entidades bioloacutegicasrdquo Ou seja a dinacircmica e os processos os quais permitem o

funcionamento do conjunto Haacute ainda de se esclarecer que em meios poliacuteticos por exemplo

biodiversidade assume significados que vatildeo aleacutem de seu contexto cientiacutefico ambiental Desta

forma pode-se verificar brevemente a dificuldade de se definir e compreender a abrangecircncia

do que seria biodiversidade (LEWINSOHN E PRADO 2000)

A biodiversidade tem sua importacircncia baseada na interdependecircncia dos seres vivos

considerando que estes formam uma cadeia onde cada um desempenha seu papel papel este

necessaacuterio para a manutenccedilatildeo da teia da vida Desta forma o estudo da biodiversidade

objetiva a preservaccedilatildeo ou manutenccedilatildeo das espeacutecies partindo-se do princiacutepio que ao se

conhecer cuida-se melhor e ao incluir-se no contexto passa-se a valorizar compreender e

buscar esse conhecimento Esse estudo tambeacutem eacute de suma importacircncia para se alcanccedilar o

desenvolvimento sustentaacutevel ou seja a utilizaccedilatildeo dos recursos naturais de forma menos

prejudicial buscando sua maacutexima conservaccedilatildeo e tentando sempre a integraccedilatildeo entre

desenvolvimento e preservaccedilatildeo (BRASIL 2005)

32 - Biodiversidade no mundo e no Brasil

Grande parte das espeacutecies presentes sobre a Terra ainda eacute desconhecida por isso natildeo

se sabe nem o total de espeacutecies existentes nem qual seu papel no equiliacutebrio da Natureza Satildeo

descritas atualmente 17 milhotildees de espeacutecies de seres vivos em geral poreacutem pesquisadores

acham que esse nuacutemero pode aproximar-se a 100 milhotildees e ainda que devido agrave destruiccedilatildeo

humana muitas delas seratildeo extintas antes mesmo de serem conhecidas (BRASIL 2005)

O Brasil combinando sua grande aacuterea de 85 milhotildees Km2 com seus diversos biomas

possui de 15 a 20 da biodiversidade mundial e o maior nuacutemero de espeacutecies endecircmicas do

globo Abriga ainda diversos grupos como ribeirinhos indiacutegenas quilombolas que sabem

como utilizar essa biodiversidade sem prejudicaacute-la Aleacutem de aprender a utilizar a

biodiversidade de forma sustentaacutevel deve-se beneficiar de forma justa essas comunidades

como forma de valorizaccedilatildeo do seu saber (BRASIL 2005)

A diversidade bioloacutegica tem importante papel na economia do Brasil Um exemplo

disso satildeo os benefiacutecios proporcionados pela variabilidade geneacutetica no desenvolvimento de

produtos industriais na agricultura e no controle de doenccedilas e pragas A estabilizaccedilatildeo

climaacutetica a qualidade dos recursos naturais como ar aacutegua e solo e ainda as riquezas culturais

e esteacuteticas de nosso paiacutes tambeacutem satildeo proporcionados pela sua biodiversidade (BRASIL

2005 2003)

Diante dos motivos explicitados e de muitos outros considera-se a diversidade

bioloacutegica do Brasil estrateacutegica e desta forma

deve ser considerada base para a sobrevivecircncia de nosso povo e vantagem do paiacutes em relaccedilatildeo a outras naccedilotildees A valorizaccedilatildeo a preservaccedilatildeo a conservaccedilatildeo o manejo e o uso muacuteltiplo da biodiversidade assim como a troca de experiecircncias entre comunidades satildeo portanto desafios a serem assumidos como prioritaacuterios por toda a sociedade (BRASIL 2003 p13) Desde o iniacutecio da ocupaccedilatildeo do Brasil pelos portugueses as atividades econocircmicas satildeo

baseadas em atividades extrativistas situaccedilatildeo que eacute insustentaacutevel ecoloacutegica e

economicamente O intenso investimento na agropecuaacuteria com tecnologias inapropriadas

tem resultado em extensas aacutereas de terras degradadas deixando muitas vezes na miseacuteria a

populaccedilatildeo dessas localidades Associado a isso a urbanizaccedilatildeo descontrolada os

desmatamentos atividades industriais com irregularidades a introduccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

o traacutefico de animais a biopirataria e ainda a falta de recursos para pesquisa e de incentivo

para a vivecircncia da sustentabilidade representam ameaccedilas agrave biodiversidade brasileira

(BRASIL 2003)

33 - Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica

O modo de vida que predomina entre os seres humanos caracterizado por accedilotildees que

prejudicam o meio ambiente comeccedilou a ser reconhecido a partir da metade do seacuteculo XX

como o principal causador da extinccedilatildeo de muitas espeacutecies e que outras tantas corriam esse

risco Eacute neste momento que ocorre a Rio-92 quando foi assinada a Convenccedilatildeo sobre a

Diversidade Bioloacutegica (CDB) por 175 paiacuteses que se comprometeram com

a conservaccedilatildeo da diversidade bioloacutegica a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel de seus componentes e a reparticcedilatildeo justa e equumlitativa dos benefiacutecios derivados da utilizaccedilatildeo dos recursos geneacuteticos mediante inclusive o acesso adequado aos recursos geneacuteticos e a transferecircncia adequada de tecnologias pertinentes levando em conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias e mediante financiamento adequado (BRASIL 2000 p9 )

A CDB garante os direitos aos paiacuteses sobre seu patrimocircnio geneacutetico diferente do que

propuseram alguns paiacuteses desenvolvidos de que este deveria ser patrimocircnio da humanidade

Fato que pode ser explicado pelo empobrecimento de sua biodiversidade em compensaccedilatildeo de

seu desenvolvimento econocircmico e o consequumlente interesse pela rica biodiversidade dos paiacuteses

subdesenvolvidos Esta situaccedilatildeo caracteriza um dos principais desafios para se alcanccedilar a

sustentabilidade que eacute a conciliaccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo

O Passo a passo para a II CNIJMA na escola coloca como sendo os principais

objetivos da CBD ldquoa conservaccedilatildeo da biodiversidade por meio da proteccedilatildeo de ecossistemas o

uso sustentaacutevel da biodiversidade com a proteccedilatildeo dos conhecimentos tradicionais e a

reparticcedilatildeo justa dos benefiacutecios do uso da biodiversidade de maneira igual entre os povosrdquo

(BRASIL 2005 p26)

34 - Biodiversidade na II CNIJMA

Durante a Conferecircncia na Escola foram discutidos de forma especial dois (2) dos

quarenta e dois (42) artigos que compotildeem a CDB Satildeo eles o Artigo 8 que propotildee a

Conservaccedilatildeo in situ e o Artigo 10 que trata da Utilizaccedilatildeo sustentaacutevel de componentes da

diversidade bioloacutegica Pontos especiacuteficos desses dois artigos foram colocados em questatildeo nos

debates

Conservaccedilatildeo in situ estaacute relacionada ao cuidado dos seres vivos em seu ambiente

natural ou no meio onde melhor se adaptaram no caso de espeacutecies cultivadas Uma das

propostas para a conservaccedilatildeo in situ eacute a criaccedilatildeo de aacutereas protegidas por lei que permitiriam a

manutenccedilatildeo de espeacutecies sem a interferecircncia da accedilatildeo humana Essas aacutereas satildeo delimitadas pelo

governo federal estadual ou municipal e ao contraacuterio do que alguns imaginam natildeo

demonstram obstaacuteculo para o desenvolvimento da regiatildeo Sendo utilizada de forma

sustentaacutevel podem contribuir com a renda das comunidades que vivem no local ou entorno

com o ecoturismo por exemplo e ainda favorecer a pesquisa cientiacutefica (BRASIL 2003 2005)

O artigo tambeacutem propotildee a recuperaccedilatildeo e restauraccedilatildeo de ecossistemas degradados

assim como a recuperaccedilatildeo de espeacutecies ameaccediladas Nesta perspectiva foi debatido o replantio

de vegetaccedilatildeo nativa o cuidado com o solo e nascentes e principalmente o conhecimento e

valorizaccedilatildeo da histoacuteria local o que ajudaria no desenvolvimento do trabalho (BRASIL 2000)

Seja qual for a accedilatildeo desenvolvida em prol do meio ambiente eacute de extrema importacircncia

a participaccedilatildeo de toda a sociedade principalmente das comunidades tradicionais e indiacutegenas

que vivem mais proacuteximas e dependem diretamente da Natureza Portanto deve-se respeitar

preservar e manter o conhecimento dessas comunidades e culturas que jaacute vivem em seu dia-a-

dia a sustentabilidade e ainda incentivar e aprovar a aplicaccedilatildeo inovaccedilatildeo e praacutetica desses

conhecimentos assim como repartir equitativamente os benefiacutecios obtidos pelos mesmos

O Artigo 10 fala diretamente sobre a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel de componentes da

diversidade bioloacutegica Mais uma vez a CDB fala da valorizaccedilatildeo que se deve dar agraves praacuteticas

culturais tradicionais compatiacuteveis com a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos bens naturais Como por

exemplo as comunidades extrativistas da Amazocircnia ndash seringueiros ribeirinhos pescadores

entre outros - que vivem do plantio da pesca e da coleta de produtos da floresta ou seja suas

atividades satildeo feitas de modo a conservar a Natureza (BRASIL 2003 2005)

O artigo tambeacutem incentiva a participaccedilatildeo das populaccedilotildees locais na aplicaccedilatildeo de

medidas corretivas em aacutereas degradadas visando sua recuperaccedilatildeo Trata ainda da cooperaccedilatildeo

entre governo e setor privado na busca de meacutetodos de utilizaccedilatildeo sustentaacutevel de recursos

bioloacutegicos (BRASIL 2000)

4 EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Diante da crise ambiental vivenciada busca-se um modelo baseado na

sustentabilidade que aleacutem de sugerir formas de utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

visa mudar concepccedilotildees e cultivar novos valores e para tal torna-se interessante criar

possibilidades de discussatildeo e reflexatildeo sobre as questotildees ambientais Nesse contexto a

Educaccedilatildeo Ambiental (EA) vem a ser uma ferramenta importante para promover o debate

ambiental e a preservaccedilatildeo formando sujeitos criacuteticos e atuantes uma vez que ldquoaleacutem das

medidas poliacuteticas econocircmicas e institucionais satildeo necessaacuterias atividades educacionais

para transformar essa realidaderdquo (GUIMARAtildeES E ROCHA 2005 p232)

Segundo Belarmino et al (2003 p95)

A educaccedilatildeo eacute provavelmente a melhor forma para se desenvolver uma consciecircncia criacutetica no ser humano especialmente na crianccedila e no adolescente que por estarem passando por um periacuteodo de franca formaccedilatildeo de seu caraacuteter estatildeo mais abertos a mudanccedilas e reordenaccedilotildees de seus conceitos preacute-existentes Estabelece-se assim o papel da escola de promotora e mobilizadora tanto de alunos de

professores de toda a comunidade e ainda de organizaccedilotildees ambientalistas interessadas na

divulgaccedilatildeo e vivecircncia da EA

Os Paracircmetros Curriculares Nacionais (BRASIL 1998) referentes ao meio ambiente

dizem que a questatildeo ambiental submete a sociedade a busca de novas formas de pensar e agir

assim como de novos modelos de produccedilatildeo de bens e relaccedilotildees sociais que visem a

diminuiccedilatildeo das desigualdades sociais e a sustentabilidade Para isso se faz necessaacuterio a

estruturaccedilatildeo de um novo conjunto de valores no qual a Educaccedilatildeo desempenha fundamental

papel deixando clara a funccedilatildeo da escola no que se refere agrave EA

Ainda com base nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (BRASIL 1998) vecirc-se a

importacircncia de se estabelecer um trabalho interdisciplinar com relaccedilatildeo ao tema meio

ambiente A interdisciplinaridade contribui na superaccedilatildeo da visatildeo fragmentada da realidade

sendo por tanto necessaacuterio que os professores venccedilam tal visatildeo participando da estruturaccedilatildeo

do projeto escolar por meio de discussatildeo reflexatildeo e decisotildees conjuntas Desta forma

possibilitaratildeo a visatildeo globalizada do aluno quanto agraves questotildees ambientais as quais permearatildeo

tanto sua praacutetica educativa quanto o dia-a-dia da escola

Cada professor pode contribuir decisivamente ao conseguir explicitar os viacutenculos de sua aacuterea com as questotildees ambientais por meio de uma forma proacutepria de compreensatildeo dessa temaacutetica de exemplos

abordados sobre a oacutetica de seu universo de conhecimentos e pelo apoio teoacuterico-instrumental de suas teacutecnicas pedagoacutegicas (BRASIL 1998 p195)

De acordo com Moraes (2000 p40) o enfrentamento das questotildees ambientais implica

na compreensatildeo das interaccedilotildees humanas com o meio fiacutesico-quiacutemico com os outros seres

incluindo seus semelhantes o que soacute seria possiacutevel atraveacutes da ldquosuperaccedilatildeo das concepccedilotildees de

mundo predominantes caracterizadas pela fragmentaccedilatildeo do conhecimentordquo As mudanccedilas

dessas concepccedilotildees contribuiriam para a estruturaccedilatildeo de novas relaccedilotildees sociais que dariam

condiccedilotildees e seriam estiacutemulos para o alcance de uma nova visatildeo de mundo

Ainda segundo Moraes (2000) a fragmentaccedilatildeo do conhecimento ocorre na tentativa de

tornar familiar aquilo que eacute desconhecido tendo assim a construccedilatildeo de representaccedilotildees E que

essa familiarizaccedilatildeo ocorreria ldquomediante um processo de simplificaccedilatildeo que pode gerar

distorccedilotildees desfalques ou suplementaccedilatildeo no objeto representadordquo Atribui ainda nesse

processo importante papel ao sistema educacional entendido por ele como um ldquoconjunto de

agentes modeladores de culturardquo Entendendo-se assim que a escola poderaacute tanto permitir a

integraccedilatildeo do conhecimento como poderaacute ser a responsaacutevel pela fragmentaccedilatildeo do mesmo

Aleacutem da interdisciplinaridade outra estrateacutegia para abordar as questotildees ambientais de

forma a despertar a visatildeo criacutetica sobre a realidade nos alunos eacute a busca de resoluccedilotildees de

problemas ambientais locais Essa estrateacutegia segundo a UNESCO (1980) apud Layrargues

(2008 p 114) permite que ldquoqualquer que seja o grupo da populaccedilatildeo a qual pertenccedilam e o

niacutevel em que se situem percebam claramente os problemas que restringem o bem-estar

individual e coletivo elucidem as causas e determinem os modos de resolvecirc-losrdquo Ou seja

permite que se mude a visatildeo estagnada e impotente que se tem dos problemas ambientais

globais por meio da reflexatildeo da realidade mais proacutexima dos alunos e da sua participaccedilatildeo na

organizaccedilatildeo e gestatildeo do seu ambiente de vida cotidiano (LAYRARGUES 2008 p 115)

Atualmente satildeo conhecidas diversas tendecircncias de EA as quais impregnam praacuteticas e

metodologias educacionais e podem ainda se subdividir antagonizar misturar ou

complementar

Natildeo eacute pois tarefa faacutecil analisar qualificar e adjetivar a EA Suas praacuteticas tecircm sido categorizadas de muitas maneiras Educaccedilatildeo Ambiental popular criacutetica poliacutetica comunitaacuteria formal natildeo formal para o desenvolvimento sustentaacutevel para a sustentabilidade conservacionista socioambiental ao ar livre entre tantas outras (DUAILIBI E ARAUacuteJO 2004 p8) Considerando a diversidade de estudos realizados a fim de conhecer as diversas

abordagens da EA brasileira e as diferentes denominaccedilotildees com que esta se apresenta foi

selecionado o trabalho de Mauro Guimaratildees (2004) como texto base para o desenvolvimento

do presente trabalho Tal texto estaacute presente no livro Identidades da Educaccedilatildeo Ambiental

Brasileira (LAYRARGUES 2004) que eacute uma coletacircnea organizada a pedido do Ministeacuterio do

Meio Ambiente No texto o autor expotildee sua concepccedilatildeo sobre o que seria uma Educaccedilatildeo

Ambiental Criacutetica e revela os principais pontos que a distingue da Educaccedilatildeo Ambiental

conservadora (grifo nosso)

A EA conservadora segundo Guimaratildees (2004) possui um referencial paradigmaacutetico e

compromissos ideoloacutegicos hegemocircnicos Sua ideologia faz com que natildeo seja

epistemologicamente instrumentalizada nem comprometida com o processo de transformaccedilatildeo

da realidade que em vez de transformada eacute reproduzida de forma a conservar sua

constituiccedilatildeo sob os interesses dominantes como a loacutegica do capital

A relaccedilatildeo desintegrada entre a sociedade e a natureza que segundo o autor eacute um dos

principais motivos da atual crise ambiental dificulta uma visatildeo de mundo mais complexa e

integrada levando ao reducionismo e a valorizaccedilatildeo de apenas uma das partes em questatildeo

Essa visatildeo fragmentada impregna praacuteticas pedagoacutegicas que acabam visando a mudanccedila do

indiviacuteduo e do seu comportamento e natildeo da realidade Considera-se desta forma a accedilatildeo como

um fim sendo esta compreendida como conhecimento retido e tendo como consequumlecircncia o

indiviacuteduo transformado Essa seria uma visatildeo simplista de uma realidade complexa que natildeo

vecirc a educaccedilatildeo como um processo no qual se valoriza a dialeacutetica e o coletivo (GUIMARAtildeES

2004)

Outros autores tambeacutem falam do problema de valorizar a accedilatildeo em si e natildeo o processo

Loureiro (2004 p73) destaca que os recortes e escolhas satildeo importantes a niacutevel de

planejamento da accedilatildeo ldquomas o que natildeo se pode eacute pensar no recorte em si desconsiderando o

contexto as opccedilotildees feitas as condicionantes e o que se pretende alcanccedilar com a praacutetica

cotidianardquo Ou seja a falta de contextualizaccedilatildeo da accedilatildeo local com a realidade global

acarretaria na fragmentaccedilatildeo do conhecimento o que dificultaria um posicionamento criacutetico

ante a questatildeo ambiental

Layrargues (2008 p121) ao considerar a resoluccedilatildeo de problemas ambientais locais

como metodologia da educaccedilatildeo ambiental possibilita duas formas de abordagens para a

mesma como tema gerador sendo a accedilatildeo pedagoacutegica comprometida com a compreensatildeo e

transformaccedilatildeo da realidade ou como atividade-fim que visa de forma pontual a resoluccedilatildeo de

um problema Com a accedilatildeo pedagoacutegica tomada como atividade-fim ldquoperde-se a possibilidade

de compreensatildeo da complexa inter-relaccedilatildeo dos componentes poliacutetico-econocircmicos e

socioculturais da questatildeo ambientalrdquo diferente de quando se considera a accedilatildeo como tema

gerador (grifo nosso)

A EA conservadora acredita ainda que a transmissatildeo do conhecimento correto levaraacute

ao aluno a compreensatildeo da problemaacutetica ambiental e consequumlentemente agrave sua transformaccedilatildeo e

da sociedade E tende a privilegiar

o racionalismo sobre a emoccedilatildeo a disciplinaridade frente agrave transversalidade o individualismo diante da coletividade o local descontextualizado do global a dimensatildeo tecnicista frente agrave poliacutetica entre outros (GUIMARAtildeES 2004 p 27) A EA Criacutetica propotildee uma visatildeo de mundo mais complexa e instrumentalizada Busca a

formaccedilatildeo de indiviacuteduos capazes de mudar a realidade atraveacutes da compreensatildeo do embate por

hegemonia que estrutura a sociedade E ainda por meio de uma reflexatildeo que leve a uma

ldquopraacutetica criativa e essa praacutetica decirc elementos para uma reflexatildeo e construccedilatildeo de uma nova

compreensatildeo de mundordquo (GUIMARAtildeES 2004 p29) A EA Criacutetica valoriza a construccedilatildeo do

conhecimento por meio da vivecircncia com o coletivo proporcionando um exerciacutecio de

cidadania

Accedilotildees pedagoacutegicas que tenham como base a EA criacutetica devem ser mais que uma

simples transmissatildeo de conhecimentos ecologicamente corretos ou accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo

Natildeo se deve com tudo separar o aspecto cognitivo do afetivo pois ambos satildeo essenciais na

motivaccedilatildeo tanto de alunos como dos professores envolvidos no projeto passando este a natildeo

ser apenas mais uma tarefa a ser cumprida

Para Guimaratildees (2004) a EA criacutetica busca a interdisciplinaridade no processo

pedagoacutegico ou seja a integraccedilatildeo dos saberes A sua dimensatildeo poliacutetica faz com que natildeo

sejam suficientes apenas accedilotildees dentro da escola mas que alcancem o cotidiano dos indiviacuteduos

como um todo o que soacute seraacute conseguido por meio de uma praacutetica escolar criacutetica

proporcionada pelos educadores

5 ACcedilOtildeES EM FOCO

Visando responder o objetivo central desse estudo que eacute saber sobre que tipos de

abordagens de Educaccedilatildeo Ambiental foram estabelecidas as responsabilidades e accedilotildees

elaboradas pelas escolas do Estado do Rio de Janeiro foi realizado um levantamento dos

dados de todos os envelopes-resposta cadastrados na paacutegina eletrocircnica do Ministeacuterio da

Educaccedilatildeo pela Organizaccedilatildeo Estadual do evento Os envelopes-resposta produzidos durante a

II CNIJMA e utilizados neste estudo limitaram-se ao tema Biodiversidade

Em seguida as accedilotildees propostas pelas escolas foram avaliadas tanto quantitativa como

qualitativamente e analisadas segundo as abordagens de EA anteriormente descritas

Observou-se a seguinte distribuiccedilatildeo dos temas nos quinhentos e quarenta e oito (548)

envelopes-resposta registrados referentes agrave II CNIJMA no Estado do Rio de Janeiro

Como visualizado no Graacutefico 1 o tema Biodiversidade foi o mais abordado pelas

escolas fluminenses (29) o que justifica a anaacutelise das cento e cinquumlenta e oito (158)

propostas escolares elaboradas sobre tal tema durante a II CNIJMA no presente estudo Para

responder aos objetivos do mesmo foram analisados os campos do envelope-resposta que

continham a responsabilidade assumida e a accedilatildeo que as comunidades escolares se

comprometeram a realizar visando uma melhor compreensatildeo das propostas descritas para

posterior classificaccedilatildeo

Ao considerar o tipo de puacuteblico que trabalhou com o tema Biodiversidade observou-se

que apenas dezenove escolas (12) se auto-definiram como rurais sendo portanto a maior

parte delas (88) localizada em ambiente urbano (Graacutefico 2)

2883

2646

2336

2135

Nuacutemero relativo de trabalhos por tema

BiodiversidadeMudanccedilas climaacuteticasSeguranccedila Alimentar e NutricionalDiversidade Eacutetnico-racial

Graacutefico 1

29

27

21

23

Tambeacutem foram analisados os tipos de escolas participantes

Pode-se constatar no Graacutefico 3 que entre escolas Municipais e Estaduais natildeo houve

diferenccedilas consideraacuteveis de participaccedilatildeo que foi de setenta e cinco (48) e setenta e trecircs

(46) escolas respectivamente Em compensaccedilatildeo ambas demonstraram elevada participaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agraves escolas particulares que foram apenas dez (6) participantes o que pode

representar em menor escala a baixa presenccedila de tais instituiccedilotildees em programas

governamentais como a II CNIJMA

As escolas participantes da II CNIJMA foram agrupadas em seis regiotildees do Estado do

Rio de Janeiro sendo elas Baixadas Centro Fluminense Metropolitana do Rio de Janeiro

Noroeste Fluminense Norte Fluminense e Sul Fluminense ou ainda como natildeo-disponiacutevel

quando o municiacutepio natildeo era reconhecido pelo sistema Essas regiotildees estatildeo localizadas como

1203

8797

Nuacutemero relativo de trabalhos em relaccedilatildeo ao tipo de puacuteblico

RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

63

475

462

633

4747

4620

Nuacutemero relativo de trabalhos em relaccedilatildeo ao tipo de escola

ParticularesMunicipaisEstaduais

6

46

48

Graacutefico 3

mostra o mapa abaixo

Ao verificar a distribuiccedilatildeo dos trabalhos por regiatildeo pode-se constatar que

Segundo o Graacutefico 4 a maior parte das escolas que trabalharam com o tema

Biodiversidade no Estado do Rio de Janeiro se concentrou nas regiotildees Metropolitana com

setenta e sete escolas (48) e Sul Fluminense com trinta e duas escolas (20) Na Baixada

Centro Norte e Noroeste Fluminense participaram quatorze doze nove e quatorze escolas

respectivamente Tendo portanto o Centro e Norte Fluminense a menor representatividade

Para responder a questatildeo pesquisada neste estudo as propostas apresentadas pelas

Baixadas Sul Fluminense

Norte Fluminense

Noroeste Fluminense

Centro Fluminense

Metropolitana do Rio de Janeiro

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

10

20

69 8

48

Nuacutemero relativo de trabalhos por Regiatildeo Fluminense

Trab

alho

s

Graacutefico 4

1Baixadas 2 Centro Fluminense 3 Metropolitana do Rio de Janeiro 4 Noroeste Fluminense 5 Norte Fluminense 6 Sul Fluminense

Figura 1 Mesorregiotildees geograacuteficas do Estado do Rio de Janeiro Fonte wwwwikipediaorgwikiLista_de_mesorregioes_do_Rio_de_Janeiro

escolas foram classificadas quanto ao teor de suas abordagens ou seja se possuiacuteam aspectos

de uma EA criacutetica ou conservadora

Vale ressaltar que a classificaccedilatildeo baseou-se apenas na anaacutelise dos textos escritos pelas

escolas com relaccedilatildeo agraves suas responsabilidades e intenccedilotildees de accedilotildees que eram textos pequenos

e algumas vezes escritos de forma confusa A averiguaccedilatildeo para saber se as accedilotildees foram

realmente realizadas por exemplo natildeo ocorreu devido ao curto tempo para realizaccedilatildeo do

trabalho e profundidade do mesmo

Desta forma foram classificadas como criacuteticas as accedilotildees e responsabilidades que

apresentavam

debates em sala de aula associados a accedilotildees praacuteticas

manifestaccedilotildees e reivindicaccedilotildees da comunidade organizadas pela escola

uma visatildeo mais real e politizada dos problemas da comunidade e buscavam uma

reflexatildeo desses problemas

propostas de continuaccedilatildeo dos trabalhos da conferecircncia com a formaccedilatildeo de grupos

Exemplos desse tipo de abordagem podem ser lidos na Tabela 1

Tabela 1- Exemplos de propostas escolares com aspectos criacuteticos

Escola Municiacutepio Macrorregiatildeo

Responsabilidade Accedilatildeo

CIEP 460 Theophyla Braganccedila

Araruama Baixadas

O grupo estaacute se propondo em atuar como agentes multiplicadores de accedilotildees de preservaccedilatildeo dentro do ambiente escolar e na comunidade

Qual Levantar os principais problemas ambientais da comunidade Como Pesquisa de campo entrevistas fotos e debates em sala de aula Onde Com accedilotildees que contribuam para melhoria da qualidade de vida dos alunos e comunidade

CIEP 275 Lenine Cortes

Falante

Itaocara Noroeste

Achamos que a construccedilatildeo de 2 Usinas Hidroeleacutetricas na nossa regiatildeo iraacute trazer um impacto muito grande na biodiversidade aquaacutetica e com a formaccedilatildeo do lago novas terras seratildeo desmatadas e mais animais perderatildeo seu habitat portanto levados a extinccedilatildeo Nos comprometemos a cobrar de nossos governantes que eles nos permitam opinar sobre esta questatildeo

Qual realizar um manifesto nas ruas de Itaocara e Cambuci e abaixo-assinado Como convocar a populaccedilatildeo atraveacutes de raacutedio e jornais Onde nos municiacutepios de Itaocara e Cambuci

E M Janir Clementino

Pereira

Nova Iguaccedilu Metropolitana do

Rio de Janeiro

Incentivar a comunidade escolar a desenvolver conceitos e ideacuteias adotando uma postura de compreensatildeo e comprometimento com as questotildees ambientais

Qual criaccedilatildeo de COMVIDA Como Organizando grupos de debates com representantes de diversos segmentos da comunidade escolar Onde Na proacutepria escola e em seu entorno

EM Anisio Teixeira

Rio de Janeiro Metropolita-na do

Rio de Janeiro

Reuniatildeo das comunidades para fazer um galpatildeo de reciclagem nos bairros ou fazer uma cooperativa com um liacuteder Fazer para a comunidade atividades relacionadas com reciclagem e pedir a colaboraccedilatildeo para as pessoas separarem o lixo corretamente

Qual reciclagem do material Como conversando para conscientizar os elementos da comunidade Onde nas diferentes comunidades onde moram os alunos que seratildeo os multiplicadores

E E Dep Salim Simatildeo

Santo Antocircnio de Paacutedua Noroeste

Conscientizar a comunidade local da importacircncia do recolhimento e encaminhamento aos fabricantes de materiais toacutexicos como pilhas baterias lacircmpadas fluorescentes latas de tintas restos de tinta oacuteleos solventes e similares informando-a sobre os danos causados por eles ao meio ambiente e agrave sauacutede humana

Qual Conscientizar a comunidade local e recolher materiais toacutexicos Como Adquirir materiais proacuteprios para a coleta e encaminhar aos devidos fabricantes Onde Na escola e no entorno

Os textos das Tabelas 1 e 2 estatildeo aqui descritos da forma em que se encontram nos

envelopes-resposta e que foram transcritos para a paacutegina do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ou seja

natildeo sofreram qualquer alteraccedilatildeo quanto a organizaccedilatildeo ou gramaacutetica

Como propostas conservadoras foram consideradas as que

natildeo apresentavam comprometimento com a mudanccedila da realidade mas apenas com a

mudanccedila de comportamento dos indiviacuteduos

eram pontuais

adotavam praacuteticas descontextualizadas e sem um elemento reflexivo

se limitavam somente a etapa de sensibilizaccedilatildeo

envolviam apenas os aspectos naturais da EA natildeo inserindo o ser humano no

contexto a natildeo ser visando o seu benefiacutecio

A Tabela 2 apresenta alguns exemplos dessas propostas

Tabela 2- Exemplos de propostas escolares com aspectos conservadores



CIEP 292 Profordf Jandyra

Reis de Oliveira

Barra Mansa Sul Fluminense

Arborizaccedilatildeo da escola com plantas ornamentais frutiacuteferas e hortaliccedilas preservaccedilatildeo da mata ciliar e limpeza das margens do Rio Paraiacuteba do Sul

Qual arborizaccedilatildeo da escola e preservaccedilatildeo do rio paraiacuteba do sul Como parcerias com oacutergatildeos ambientais da cidade Onde escola e comunidade local

CE Antocircnio Lopes de

Campos Filho

Rio Bonito Metropolitana do

Rio de Janeiro

Reflorestar uma aacuterea de declividade superior a 45degpertencente ao CE Antonio Lopes de Campos Filhocom os seguintes objetivos evitar erosatildeo criar microclima propiciando a fixaccedilatildeo de fauna atenuar a temperatura da quadra de esportes e do Coleacutegio como um todo

Qual Reflorestamento de aacuterea de grande declividade Como Produzindo mudas de essecircncias nativas e exoacuteticas Onde No CE Antocircnio Lopes de Campos Filho

E M Mal Alcides

Etchegoyen

Rio de Janeiro Metropolitana do

Rio de Janeiro

Promover a manutenccedilatildeo do espaccedilo limpo e saudaacutevel para preservar a biodiversidade do nosso espaccedilo e no entorno atraveacutes dos haacutebitos e atitudes dos alunos

Qual palestras de conscientizaccedilatildeo de bons haacutebitos e atitudes Como palestras e patrulhamentos Onde ue

C M de Ensino Roberto

Silveira

Pinheiral Sul Fluminense

Conscientizar os educandos sobre a importacircncia da preservaccedilatildeo ambiental por todos os setores da sociedadefazendo-os multiplicadores dessas informaccedilotildees e accedilotildees

Qual Paroacutedia sobre biodiversidade Como Multiplicar as informaccedilotildees sobre a biodiversidade Onde Da Escola para a comunidade

E M Nilton Penna Botelho

Volta Redonda Sul Fluminense

Conscientizar a comunidade escolar acerca das consequecircncias e prejuiacutezos causados pelas queimadas e desmatamentos

Qual desenvolver e criar projetos coletivos envolvendo a comunidade escolar Como atraveacutes da divulgaccedilatildeo de panfletoscartazes e mobilizaccedilatildeosensibilizaccedilatildeo Onde na escola e no entorno

E M Profordf Marizinha

Felix T Lima

Volta Redonda

Sul Fluminense

Noacutes dependemos da natureza como um filho depende de sua matildee por isso ame-a respeite-a como um ser supremo

Qual Reaproveitamento do lixo gerado na escola e do lixo domiciliar Como Palestras parcerias com empresas privadas sensibilizaccedilatildeo Onde Na escola e na comunidade

Verificando-se a ocorrecircncia das abordagens criacutetica e conservadora nas escolas das

diferentes regiotildees do Rio de Janeiro obteve-se os seguintes resultados

Tabela 3 ndash Tipos de Abordagens por Regiatildeo Fluminense

Os resultados apresentados na tabela 3 demonstram que apesar de em todas as regiotildees

terem sido encontradas escolas que fizeram uma abordagem com aspectos criacuteticos mais de

60 das accedilotildees e responsabilidades elaboradas pelas mesmas independente da sua

localizaccedilatildeo apresentaram caracteriacutesticas de uma abordagem de EA conservadora Jaacute entre as

abordagens criacuteticas as regiotildees que mais se destacaram foram a Centro Fluminense com 33

e a Norte Fluminense com 22

Ao se levar em conta o tipo de puacuteblico com o qual as escolas lidavam e o

embasamento que deram agraves suas atividades foi observado que

Das dezenove (12) escolas rurais cinco (26) estruturaram suas accedilotildees de forma

criacutetica e quatorze (74) de forma conservadora (Graacutefico 5)

A maioria das escolas (139) foi identificada como urbanas sendo que dezoito (13)

com accedilotildees criacuteticas e cento e vinte e um (87) com accedilotildees conservadoras (Graacutefico 6) Isto

demonstra que seja em escolas urbanas ou rurais se tem uma alta porcentagem de accedilotildees de

EA com abordagem conservadora e que o meio rural apresenta o dobro da porcentagem de

accedilotildees consideradas criacuteticas o que pode ser explicado pelo maior envolvimento da

comunidade nas atividades escolares em tais ambientes e pelo conhecimento que o professor

tem dos problemas ambientais locais uma vez que muitas vezes aiacute reside

Tambeacutem foi verificada como o tema Biodiversidade foi abordado pelos diferentes

tipos de escola (estadual municipal e particular)

13

87

Abordagens realizadas por escolas Urbanas

CriacuteticasConservadoras

26

74

Abordagens realizadas por escolas Rurais


Graacutefico 5

Graacutefico 6

Analisando os Graacuteficos 7 8 e 9 pode-se visualizar que todos os tipos de escolas

apresentaram um resultado significativo (de mais de 80) das accedilotildees com abordagens

conservadoras em relaccedilatildeo agraves com abordagens com aspectos criacuteticos que em todos os casos

natildeo alcanccedilou 20 das escolas

10

90

Abordagens feitas por escolas particulares


15

85

Abordagens feitas por escolas Municipais


15

85

Abordagens feitas por escolas Estaduais


Graacutefico 7

Graacutefico 8

Graacutefico 9

De dez (90) escolas particulares apenas uma (10) propocircs accedilatildeo com aspectos

criacuteticos Tanto entre as municipais como nas estaduais onze escolas (15) estruturaram suas

accedilotildees de forma criacutetica isso de um total de sessenta e quatro e sessenta e duas escolas

respectivamente (85)

De forma geral a anaacutelise de todas as propostas escolares relacionadas agrave EA sobre o

tema Biodiversidade no Estado do Rio de Janeiro mostra o seguinte resultado

Como pode ser visualizado no Graacutefico 10 cento e trinta e cinco escolas que

trabalharam o tema Biodiversidade durante a II CNIJMA o abordaram de forma

conservadora restando apenas 23 escolas (15) que fizeram uma abordagem do tema com

aspectos criacuteticos Tais resultados demonstram que existem dificuldades de se estabelecer

atividades com tal perspectiva

Para enriquecer mais o estudo submeteu-se as propostas escolares sobre o tema

Biodiversidade a uma breve anaacutelise qualitativa

Foi verificado que muitas das propostas envolviam apenas accedilotildees relacionadas aos

elementos naturais como por exemplo produccedilatildeo plantio ou distribuiccedilatildeo de mudas produccedilatildeo

de hortas e jardins catalogaccedilatildeo de espeacutecies de plantas e animais da regiatildeo Muitas accedilotildees citam

nomes dos rios presentes nos bairros e propotildeem o restabelecimento da mata ciliar e medidas

de saneamento baacutesico como forma de obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de vida para a

comunidade

Apesar dos elementos naturais predominarem nas accedilotildees foram observadas raras

citaccedilotildees que demonstravam preocupaccedilatildeo com a preservaccedilatildeo da Mata Atlacircntica bioma no qual

8540

1460

Abordagens de EA para o tema Biodiversidade

ConservadorasCriacuteticas

Graacutefico 10

15

85

o Estado se insere e que se encontra em niacutevel alto de devastaccedilatildeo Demonstrando a dificuldade

de se trabalhar uma dimensatildeo mais ampla dos problemas ambientais assim como o pouco

conhecimento sobre os mesmos

Acredita-se que os elementos da flora estejam mais frequumlentes nas accedilotildees devido a

maior facilidade de acesso utilizaccedilatildeo e presenccedila no cotidiano dos alunos e da comunidade

Apesar de se considerar um ponto positivo trabalhar a EA com elementos proacuteximos da

realidade do aluno neste caso esse fato contribuiu para a visatildeo naturalista e conservadora dos

mesmos com relaccedilatildeo ao meio ambiente

Algumas escolas trabalharam com a questatildeo do processamento do lixo e dejetos

viabilizando a coleta seletiva incentivando a reciclagem e o reaproveitamento dentro da

escola e tambeacutem na comunidade ou ainda manifestando preocupaccedilatildeo com o saneamento

baacutesico da regiatildeo

Outras se comprometeram com a formaccedilatildeo de grupos voluntaacuterios que aleacutem de

continuarem o trabalho realizado durante a conferecircncia seriam multiplicadores das

informaccedilotildees passadas pela escola Essas responsabilidades e accedilotildees satildeo exemplos de atividades

que podem ser contiacutenuas dentro do ambiente escolar e se comprometem com a mudanccedila da

realidade a longo prazo

Considerando a duraccedilatildeo das atividades voltadas para a EA um importante fator na

consideraccedilatildeo de sua criticidade foi verificado o tempo previsto que as escolas determinaram

para a realizaccedilatildeo de suas accedilotildees

Segundo o Graacutefico 11 a maioria das accedilotildees tanto com abordagem criacutetica quanto as

Criacuteticas Conservadoras0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

22

13

35

4344 45

Duraccedilatildeo das propostas escolares em relaccedilatildeo ao tipo de abordagem

0 a 3 mesesDe 3 a 12 mesesMais de 12 meses

Abordagens

Dura

ccedilatildeo

das

Accedilotildee

s

Graacutefico 11

com abordagem conservadora apresentou-se com intenccedilatildeo de realizaccedilatildeo a longo prazo ou

seja de 3 a mais de 12 meses

Esse resultado pode parecer bastante positivo numa primeira anaacutelise no entanto ao

verificar-se os tipos de accedilotildees em que se baseia percebe-se que a grande maioria se restringe a

atividades voltadas para a divulgaccedilatildeo e ldquoconscientizaccedilatildeordquo dos indiviacuteduos com relaccedilatildeo aos

problemas ambientais Essas accedilotildees ocorreram atraveacutes de produccedilatildeo de cartazes folhetos

informativos palestras exposiccedilotildees entrevistas caminhadas ecoloacutegicas viacutedeos que na

maioria das vezes natildeo estavam relacionados a atividades praacuteticas

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

De forma geral as propostas das escolas para desenvolver a EA por meio da II

CNIJMA e dentro das especificaccedilotildees do trabalho ou seja as escolas do Rio de Janeiro que

trabalharam com o tema Biodiversidade mostraram que a abordagem de tal assunto no

ambiente escolar se daacute de forma ainda bastante conservadora O que pode ser fonte de

investigaccedilatildeo para uma futura anaacutelise das diretrizes e objetivos de tal projeto

Tal fato natildeo foi influenciado pela localizaccedilatildeo das escolas jaacute que em todas as regiotildees

fluminenses aspectos conservadores foram prevalecentes nos trabalhos descritos

apresentando-se com mais de 60 independente da regiatildeo

Com relaccedilatildeo agrave abordagem criacutetica chamam a atenccedilatildeo os resultados das regiotildees Centro

com 33 e Norte Fluminense com 22 que satildeo valores altos em comparaccedilatildeo com as demais

regiotildees (Metropolitana 13 Sul 9 Noroeste 14 e Baixadas 14) o que pode ser

explicado pela baixa participaccedilatildeo das escolas aiacute localizadas na II CNIJMA com o tema aqui

considerado e tambeacutem pela influencia do ambiente rural ainda presente nessas regiotildees

Ao considerar o tipo de puacuteblico nota-se que apesar de no meio rural ter sido

encontrado o dobro da porcentagem de abordagens criacuteticas em comparaccedilatildeo com o meio

urbano ambos apresentaram uma relevante quantidade de abordagens conservadoras

chegando a mais de 70 O aumento relativo das abordagens criacuteticas no ambiente rural como

jaacute dito pode ser explicado pela maior participaccedilatildeo da comunidade nas atividades escolares

nesses ambientes assim como pela proximidade do professor com a realidade daquela

comunidade que muitas vezes eacute onde reside

A dificuldade de se abordar a EA de forma criacutetica foi encontrada em todos os tipos de

escolas ou seja particulares com apenas 10 ou puacuteblicas tendo tanto as estaduais como as

municipais 15 de accedilotildees classificadas como criacuteticas

Chama atenccedilatildeo a baixa participaccedilatildeo de escolas particulares na Conferecircncia no Estado

do Rio de Janeiro entre as escolas que trabalharam o tema Biodiversidade Tal resultado

merece ser investigado uma vez que se ele estende-se para outros temas ou Estados torna-se

um importante fator a ser estudado dentro das diretrizes de programas governamentais como

este com o objetivo de motivar a participaccedilatildeo de tais instituiccedilotildees numa proacutexima

oportunidade

Os resultados obtidos no presente estudo permitem verificar que apesar do conceito de

Biodiversidade estar ligado fortemente a inter-relaccedilatildeo dos organismos que se mantecircm em um

equiliacutebrio dinacircmico este natildeo foi abordado na maior parte dos trabalhos de forma a valorizar

todas as espeacutecies envolvidas nesta relaccedilatildeo uma vez que grande parte das accedilotildees tinham fundo

antropocecircntrico ou seja visavam apenas o bem estar humano Esse fato associado a grande

quantidade de trabalhos que citam elementos naturais em suas atividades que na maioria das

vezes satildeo desvinculadas de uma preparaccedilatildeo teoacuterico-dialoacutegica do aluno caracteriza ainda mais

essa forma convencional e simplista de abordar a EA nas escolas a qual chamou-se de

conservadora no presente trabalho

Baseando-se em tais observaccedilotildees conclui-se que a tendecircncia de se trabalhar a EA de

forma neutra natildeo comprometida com o contexto sociocultural da comunidade que considera

o problema ambiental local como atividade-fim e ainda que natildeo possibilita o aluno a construir

seu conhecimento por meio da reflexatildeo debate e praacutetica eacute prevalecente nas praacuteticas

educativas propostas durante a II CNIJMA

Pode-se dizer entatildeo que a proposta inicial da Conferecircncia foi parcialmente alcanccedilada

uma vez que consistia no estabelecimento de uma poliacutetica de desenvolvimento sustentaacutevel

para o paiacutes a partir do envolvimento de toda a comunidade escolar Desta forma a escola foi

posicionada como local de formaccedilatildeo de indiviacuteduos atuantes capazes de buscar medidas para

se cuidar do meio ambiente trazendo cada um seus conhecimentos e buscando-se conhecer os

problemas de cada regiatildeo e as sugestotildees de resoluccedilatildeo

Este trabalho ressalta o fato de que a maioria das propostas apresentadas na II

CNIJMA natildeo adota uma vertente criacutetica no que se refere agrave EA Uma hipoacutetese a ser investigada

eacute que essa situaccedilatildeo seja fruto da insuficiecircncia de conhecimento sobre o que realmente eacute a EA

seu histoacuterico objetivos e os possiacuteveis enfoques que podem ser dados ao se trabalhar EA Este

fato provavelmente limita a visatildeo e a praacutetica criacutetica do professor sobre tal assunto

Com base nesta conclusatildeo considera-se ser necessaacuterio haver maiores esclarecimentos

debates e pesquisa sobre o tema durante o processo de formaccedilatildeo inicial e continuada de

professores e coordenadores pedagoacutegicos os quais satildeo os responsaacuteveis pela organizaccedilatildeo e

articulaccedilatildeo dos projetos escolares

7 REFEREcircNCIAS A Mata Atlacircntica no Estado do Rio de Janeiro Disponiacutevel em lthttp wwwiefrjgovbrmataconteudohtmgt Acesso em 26 dez 2008 BELARMINO M G et al Curso de Introduccedilatildeo agrave Educaccedilatildeo Ambiental para os alunos do CAMP ndash Mangueira In ENCONTRO REGIONAL DE ENSINO DE BIOLOGIA II Niteroacutei 2003 AnaisSBEnBIO (p 95-98) Niteroacutei BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente Diretoria de Educaccedilatildeo Ambiental Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Coordenaccedilatildeo-Geral de Educaccedilatildeo Ambiental Coletivos Jovens de Meio Ambiente ndash Manual Orientador Brasiacutelia 2006 40p il BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Fundamental Paracircmetros curriculares nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental temas transversais Brasiacutelia MECSEF 1998 BRASIL Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo 2008b Disponiacutevel em lthttpwwwmecgovbrgt Acesso em 15 jun 2008 BRASIL Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo 2008c Disponiacutevel em lthttpwwwpropostasdasescolascombrmecrelatoacuterio_1asp Acesso em 3 jul 2008 BRASIL Brasiacutelia Ministeacuterio do Meio Ambiente 2008a Disponiacutevel em lthttp wwwmmagovbrConferecircncia Nacional Conferecircncia Infantogt Acesso em 22 abr 2008 BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Ministeacuterio do Meio Ambiente Passo a passo para a conferecircncia na escola vivendo a diversidade na escola Texto e ediccedilatildeo de Tereza Melo [et al] Brasiacutelia 2005 56pil BRASIL Ministeacuterio do Meio ambiente Secretaria de Biodiversidade e Florestas A Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica ndash CDB Coacutepia do Decreto Legislativo no 2 de 5 de junho de 1992 Seacuterie Biodiversidade no 1 Brasiacutelia (DF) 2000 BRASIL Vamos cuidar do Brasil fortalecendo o sistema nacional do meio ambiente Texto Base Conferecircncia Nacional do Meio Ambiente Brasiacutelia (DF) 2003 DUAILIBI M ARAUJO L Oficina de Educaccedilatildeo Ambiental para Gestatildeo (Apostila_EA) Secretaria do Meio Ambiente- SP CPLEA 2004 GUIMARAtildeES A S ROCHA A C C L Referenciais para a Educaccedilatildeo Ambiental Paulo Freire In ENCONTRO REGIONAL DE ENSINO DE BIOLOGIA III Rio de Janeiro 2005 AnaisSBEnBIO Rio de Janeiro 2005 p 231-235 GUIMARAtildeES M Educaccedilatildeo Ambiental Criacutetica In LAYRARGUES P P (coord) Identidades da educaccedilatildeo ambiental brasileira Ministeacuterio do Meio Ambiente Diretoria de Educaccedilatildeo Ambiental Brasiacutelia Ministeacuterio do Meio Ambiente 2004 p 25-34

LAYRARGUES P P A resoluccedilatildeo de problemas ambientais locais deve ser um tema-gerador ou a atividade-fim da educaccedilatildeo ambiental In REIGOTA M (org) Verde Cotidiano o meio ambiente em discussatildeo 3ed Petroacutepolis DP et Alii 2008 p 113-127 (Coleccedilatildeo Pedagogias em Accedilatildeo) LEWINSOHN T M PRADO P I Biodiversidade Brasileira Siacutentese do estado atual do conhecimento Relatoacuterio Final Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Instituto de Biologia Unicamp Campinas SP 2000 LEWINSOHN T M A evoluccedilatildeo do conceito de biodiversidade Revista Eletrocircnica Com Ciecircncia Nuacutemero Especial Biodiversidade ndash Valor econocircmico e social p 1-8 Disponiacutevel emlthttp wwwcomciencianetwaycombrgt Acesso em 03 jul 2001

LOUREIRO C F L Educaccedilatildeo Ambiental Transformadora In LAYRARGUES P P (coord) Identidades da educaccedilatildeo ambiental brasileira Ministeacuterio do Meio Ambiente Diretoria de Educaccedilatildeo Ambiental Brasiacutelia Ministeacuterio do Meio Ambiente 2004 p 65-84 MARTINS M S ROacuteZ A L MACHADO GO Mata Atlacircntica Disponiacutevel em lthttpeducarscuspbrlicenciaturatrabalhosmataatlhtmgt Acesso em 26 dez 2008 MORAES E C A Construccedilatildeo do conhecimento integrado diante do desafio ambiental uma estrateacutegia educacional In NOAL FO REIGOTA M BARCELOS V H L (org) Tendecircncias da Educaccedilatildeo Ambiental Brasileira 2 ed Santa Cruz do Sul EDUNISC 2000 p 37-56 UNESCO Conferecircncia Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambiental aos paiacuteses membros (recomendaccedilotildees) Tbilisi 1977

ANEXO 1 Carta das Responsabilidades Vamos Cuidar do Brasil Somos jovens do Brasil inteiro envolvidos no processo da II Conferecircncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente Buscamos construir uma sociedade justa feliz e sustentaacutevel Assumimos responsabilidades e accedilotildees cheias de sonhos e necessidades Esta carta carrega as ideacuteias coletivas de 12 mil escolas e comunidades de todo o paiacutes que realizaram suas Conferecircncias em 2005 com os desejos de 4 milhotildees de pessoas Este eacute um meio de expressar nossas vontades e nosso carinho pela vida e sua diversidade Compreendemos que sem essa diversidade o mundo natildeo teria cor Encontramos caminhos para trabalhar temas globais complexos e urgentes Mudanccedilas Climaacuteticas Biodiversidade Seguranccedila Alimentar e Nutricional e Diversidade Eacutetnico-Racial Queremos sensibilizar e mobilizar as pessoas para juntos encararmos os grandes desafios socioambientais que a nossa geraccedilatildeo enfrenta Para cuidarmos do Brasil precisamos de sua colaboraccedilatildeo Estamos fortalecendo as accedilotildees estudantis e nos unindo nas COM-VIDAS - Comissotildees de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola nos Coletivos Jovens de Meio Ambiente e em tantos outros grupos Compartilhamos a responsabilidade com os governos empresas meios de comunicaccedilatildeo ONGs movimentos sociais e culturais aleacutem de nossas comunidades Assim assumimos estas responsabilidades 1 Divulgaccedilatildeo da informaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo dos conhecimentos por meio da educaccedilatildeo ambiental Criaremos grupos de intercacircmbio para realizar palestras seminaacuterios campanhas pesquisas e apresentaccedilotildees culturais de jovens para jovens e de jovens para adultos Iremos proteger e valorizar o local em que vivemos e suas culturas com a produccedilatildeo e apropriaccedilatildeo de diversas linguagens de comunicaccedilatildeo descontraiacutedas e criativas 2 Proteccedilatildeo e valorizaccedilatildeo da biodiversidade Eacute necessaacuterio manter a vegetaccedilatildeo nativa dos nossos biomas protegendo a existente e recuperando aacutereas degradadas no campo e nas cidades Eacute importante reflorestar matas ciliares construir viveiros e sementeiras para o cultivo de plantas nativas 3 Transformaccedilatildeo das cidades comunidades e escolas em espaccedilos ambientalmente saudaacuteveis Vamos unir forccedilas com toda a comunidade escolar para arborizar as escolas e bairros com espeacutecies frutiacuteferas e criar hortas pomares praccedilas parques e jardins 4Diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo de lixo praticando os 5 Rs repensar recusar reduzir reutilizar e reciclar Vamos repensar os modos de produccedilatildeo e as reais necessidades de consumo recusar descartaacuteveis optar por produtos reciclados praticar a separaccedilatildeo do lixo para apoiar a coleta seletiva e criar adubos a partir da mateacuteria orgacircnica Iremos incentivar as cooperativas e exigir o apoio das prefeituras 5 Reduccedilatildeo da emissatildeo de gases poluentes que provocam o aquecimento global Praticar a carona solidaacuteria e incentivar o uso de transporte coletivo e bicicletas Estimular a utilizaccedilatildeo de energias alternativas como solar eoacutelica e biodiesel 6 Prevenccedilatildeo do desmatamento e das queimadas Iremos pesquisar e dialogar sobre praacuteticas sustentaacuteveis com os fazendeiros e agricultores uso e manejo do solo e das florestas o que contribui para a reduccedilatildeo do aquecimento global Organizaremos mutirotildees de distribuiccedilatildeo de sementes nativas campanhas publicitaacuterias foacuteruns e caminhadas ecoloacutegicas

7 Respeito entendimento e reconhecimento da diversidade cultural Promover eventos para a socializaccedilatildeo das culturas e etnias Garantir a visibilidade e a praacutetica das leis que incluem a histoacuteria de outras culturas no conteuacutedo escolar como a afro-brasileira Divulgar pela miacutedia o valor das diversas culturas 8 Valorizaccedilatildeo da produccedilatildeo e do consumo de alimentos naturais e orgacircnicos Precisamos mudar nossos haacutebitos alimentares para a escolha de alimentos saudaacuteveis sensibilizar agricultores para praacuteticas de cultivo com adubos orgacircnicos e inseticidas naturais e dizer natildeo para o plantio e o consumo de transgecircnicos 9 Reeducaccedilatildeo alimentar respeitando os haacutebitos dos povos Elaboraccedilatildeo de projetos de seguranccedila alimentar como cardaacutepio escolar balanceado resgate e socializaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais receita de alimentos saudaacuteveis e hortas escolares Convidamos vocecirc para cuidar do Brasil Luziacircnia (GO) 26 de abril de 2006 Fonte httpwwwmecgovbrconferenciainfantocarta

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE BIOLOGIA ROBERTO ALCAcircNTARA GOMES




Trabalho final apresentado ao Departamento de Ensino de Ciecircncias e Biologia do Instituto de Biologia Roberto Alcacircntara Gomes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do grau de Licenciado em Ciecircncias Bioloacutegicas Orientador Profordf Marilene de Saacute Cadei

RIO DE JANEIRO 2009


















RIO DE JANEIRO 2009




trabalho

AGRADECIMENTOS

















Estrada eu sou



De ser feliz


LISTA DE TABELAS

Paacutegina


vii


Paacutegina



24

24

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viii

SUMAacuteRIO




6 7 8 9


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ix

RESUMO


























x





















(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

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Graacutefico 1

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1203

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RuralUrbana

Graacutefico 3

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475

462

633

4747

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6

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Norte Fluminense

Noroeste Fluminense

Centro Fluminense


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Trab

alho

s

Graacutefico 4











apresentavam











Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









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Volta Redonda

Sul Fluminense

























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Graacutefico 5

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Graacutefico 7

Graacutefico 8

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comunidade



8540

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Graacutefico 10

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5

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Abordagens

Dura

ccedilatildeo

das

Accedilotildee

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AGRADECIMENTOS

















Estrada eu sou



De ser feliz


LISTA DE TABELAS

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6 7 8 9


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RESUMO


























x





















(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

2135



Graacutefico 1

29

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23












1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

63

475

462

633

4747

4620



6

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Norte Fluminense

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Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




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Reis de Oliveira





Campos Filho


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E M Mal Alcides

Etchegoyen


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Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

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comunidade



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Abordagens

Dura

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das

Accedilotildee

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AGRADECIMENTOS

















Estrada eu sou



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x





















(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








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3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

2135



Graacutefico 1

29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

63

475

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6

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Norte Fluminense

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Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


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EM Anisio Teixeira


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Reis de Oliveira





Campos Filho


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E M Mal Alcides

Etchegoyen


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Volta Redonda

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Abordagens

Dura

ccedilatildeo

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oportunidade






































trabalho

AGRADECIMENTOS

















Estrada eu sou



De ser feliz


LISTA DE TABELAS

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24

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SUMAacuteRIO




6 7 8 9


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RESUMO


























x





















(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

2135



Graacutefico 1

29

27

21

23












1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

63

475

462

633

4747

4620



6

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Graacutefico 3










Norte Fluminense

Noroeste Fluminense

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0

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apresentavam











Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


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EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

Sul Fluminense

























13

87



26

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Graacutefico 5

Graacutefico 6





10

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15

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Graacutefico 7

Graacutefico 8

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comunidade



8540

1460



Graacutefico 10

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5

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Abordagens

Dura

ccedilatildeo

das

Accedilotildee

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oportunidade



































AGRADECIMENTOS

















Estrada eu sou



De ser feliz


LISTA DE TABELAS

Paacutegina


vii


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SUMAacuteRIO




6 7 8 9


15


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RESUMO


























x





















(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

2135



Graacutefico 1

29

27

21

23












1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

63

475

462

633

4747

4620



6

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Graacutefico 3










Norte Fluminense

Noroeste Fluminense

Centro Fluminense


0

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Trab

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Graacutefico 4











apresentavam











Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

Sul Fluminense

























13

87



26

74



Graacutefico 5

Graacutefico 6





10

90



15

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15

85



Graacutefico 7

Graacutefico 8

Graacutefico 9



















comunidade



8540

1460



Graacutefico 10

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5

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Abordagens

Dura

ccedilatildeo

das

Accedilotildee

s

Graacutefico 11






































oportunidade










































Estrada eu sou



De ser feliz


LISTA DE TABELAS

Paacutegina


vii


Paacutegina



24

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25

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viii

SUMAacuteRIO




6 7 8 9


15


28

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ix

RESUMO


























x





















(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























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americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

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Graacutefico 1

29

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1203

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RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

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462

633

4747

4620



6

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Graacutefico 3










Norte Fluminense

Noroeste Fluminense

Centro Fluminense


0

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Trab

alho

s

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apresentavam











Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

Sul Fluminense

























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Graacutefico 5

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comunidade



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Graacutefico 10

15

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5

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35

4344 45



Abordagens

Dura

ccedilatildeo

das

Accedilotildee

s

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LISTA DE TABELAS

Paacutegina


vii


Paacutegina



24

24

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viii

SUMAacuteRIO




6 7 8 9


15


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RESUMO


























x





















(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

2135



Graacutefico 1

29

27

21

23












1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

63

475

462

633

4747

4620



6

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48

Graacutefico 3










Norte Fluminense

Noroeste Fluminense

Centro Fluminense


0

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Trab

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Graacutefico 4











apresentavam











Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

Sul Fluminense

























13

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Graacutefico 5

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Abordagens

Dura

ccedilatildeo

das

Accedilotildee

s

Graacutefico 11






































oportunidade




































Paacutegina



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SUMAacuteRIO




6 7 8 9


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28

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ix

RESUMO


























x





















(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

2135



Graacutefico 1

29

27

21

23












1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

63

475

462

633

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4620



6

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Graacutefico 3










Norte Fluminense

Noroeste Fluminense

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Trab

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Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













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Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


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Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

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Abordagens

Dura

ccedilatildeo

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s

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oportunidade



































SUMAacuteRIO




6 7 8 9


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RESUMO


























x





















(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

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Graacutefico 1

29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

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Graacutefico 3










Norte Fluminense

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apresentavam











Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

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Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

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(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

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Graacutefico 1

29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

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Norte Fluminense

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Araruama Baixadas




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Itaocara Noroeste




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Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

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Silveira









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Volta Redonda

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Abordagens

Dura

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oportunidade























































(IEF 2008)
















(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

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Graacutefico 1

29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

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Norte Fluminense

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Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

Sul Fluminense

























13

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Abordagens

Dura

ccedilatildeo

das

Accedilotildee

s

Graacutefico 11






































oportunidade







































(UNESCO 1977)











conferecircncia



















































(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






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complementar






















2004)

























cidadania
































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RuralUrbana

Graacutefico 3

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Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



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Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

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Abordagens

Dura

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Accedilotildee

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(BRASIL 2008b)

























(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























existentes



































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

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Graacutefico 1

29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

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Norte Fluminense

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apresentavam











Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

Sul Fluminense

























13

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Graacutefico 5

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Abordagens

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(BRASIL 2006)








americanos










3 BIODIVERSIDADE






























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2005 2003)











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(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

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Graacutefico 1

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

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475

462

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Norte Fluminense

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Araruama Baixadas




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Itaocara Noroeste




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Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


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Felix T Lima

Volta Redonda

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2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

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Graacutefico 1

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RuralUrbana

Graacutefico 3

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Araruama Baixadas




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Itaocara Noroeste




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EM Anisio Teixeira


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Reis de Oliveira





Campos Filho


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E M Mal Alcides

Etchegoyen


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Abordagens

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oportunidade



































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2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

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Graacutefico 1

29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

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apresentavam











Araruama Baixadas




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Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

Sul Fluminense

























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Abordagens

Dura

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existentes



































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(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

2135



Graacutefico 1

29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

63

475

462

633

4747

4620



6

46

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Graacutefico 3










Norte Fluminense

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Trab

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apresentavam











Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

Sul Fluminense

























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Graacutefico 5

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10

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comunidade



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Graacutefico 10

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5

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Abordagens

Dura

ccedilatildeo

das

Accedilotildee

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oportunidade









































2005 2003)











(BRASIL 2003)


















(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















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cidadania
































2883

2646

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Graacutefico 1

29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

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6

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Trab

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apresentavam











Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


Rio de Janeiro



EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


Rio de Janeiro




Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

Sul Fluminense

























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Abordagens

Dura

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das

Accedilotildee

s

Graacutefico 11






































oportunidade














































(BRASIL 2005 p26)






debates

















































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

2135



Graacutefico 1

29

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21

23












1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

63

475

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633

4747

4620



6

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Graacutefico 3










Norte Fluminense

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Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




Pereira


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EM Anisio Teixeira


Rio de Janeiro













eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

Etchegoyen


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Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

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Abordagens

Dura

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Accedilotildee

s

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oportunidade










































































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

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Graacutefico 1

29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

12

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Araruama Baixadas




Falante

Itaocara Noroeste




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EM Anisio Teixeira


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eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



E M Mal Alcides

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Silveira









Felix T Lima

Volta Redonda

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Abordagens

Dura

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oportunidade























































































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

2646

2336

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Graacutefico 1

29

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1203

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RuralUrbana

Graacutefico 3

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Araruama Baixadas




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Itaocara Noroeste




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Reis de Oliveira





Campos Filho


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E M Mal Alcides

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Silveira









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Abordagens

Dura

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Accedilotildee

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oportunidade




























































complementar






















2004)

























cidadania
































2883

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29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

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RuralUrbana

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Araruama Baixadas




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Itaocara Noroeste




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Reis de Oliveira





Campos Filho


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Abordagens

Dura

ccedilatildeo

das

Accedilotildee

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Graacutefico 11






































oportunidade














































cidadania
































2883

2646

2336

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Graacutefico 1

29

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1203

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RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

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Araruama Baixadas




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Itaocara Noroeste




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eram pontuais










Reis de Oliveira





Campos Filho


Rio de Janeiro



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Abordagens

Dura

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Accedilotildee

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oportunidade
























































2883

2646

2336

2135



Graacutefico 1

29

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1203

8797


RuralUrbana

Graacutefico 3

Graacutefico 2 88

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Abordagens

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Accedilotildee

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oportunidade














































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RuralUrbana

Graacutefico 3

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633

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Araruama Baixadas




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eram pontuais










Reis de Oliveira





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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO completa snp Fe… · Monografia (Licenciatura) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes