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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia - CAMEAM Curso de Administração - CAD José Shirley Pessoa do Nascimento RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Politicas de Treinamento, Desenvolvimento e Educação (TD&E): Um estudo sobre TD&E em empresas associadas à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Pau dos Ferros – RN PAU DOS FERROS – RN 2015

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN

Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia - CAMEAM

Curso de Administração - CAD

José Shirley Pessoa do Nascimento

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Politicas de Treinamento, Desenvolvimento e Educação (TD&E):

Um estudo sobre TD&E em empresas associadas à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Pau dos

Ferros – RN

PAU DOS FERROS – RN

2015

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José Shirley Pessoa do Nascimento

POLÍTICAS DE TREINAMENTO, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO (TD&E): Um estudo sobre TD&E em empresas associadas à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Pau dos

Ferros – RN

Relatório Final de Curso apresentado ao Curso de

Administração/CAMEAM/UERN, como requisito parcial

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Professora Orientadora: Sidneia Maia de Oliveira Rego

Área: Gestão de Pessoas

PAU DOS FERROS - RN

2015

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COMISSÃO DE ESTÁGIO

Membros:

_____________________________________________________________________ José Shirley Pessoa do Nascimento

Aluno

_____________________________________________________________________ Sidneia Maia de Oliveira Rego

Professora Orientadora

_____________________________________________________________________ Ana Clecia de Queiroz Supervisora de Estágio

_____________________________________________________________________ Wellington Ferreira de Melo

Coordenador de Estágio Supervisionado

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José Shirley Pessoa do Nascimento

POLÍTICAS DE TREINAMENTO, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO (TD&E): Um estudo sobre TD&E em empresas associadas à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Pau dos

Ferros – RN

Este Relatório Final de Curso foi julgado adequado para obtenção do título de

BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO

e aprovado em sua forma final pela Banca Examinadora designada pelo Curso de

Administração/CAMEAM/UERN, Área: Gestão de Pessoas.

Pau dos Ferros/RN, em 21 de dezembro de 2015.

BANCA EXAMINADORA

Julgamento: _______Assinatura: _______________________________________ Ms. Sidneia Maia de Oliveira Rego

Orientadora – UERN

Julgamento: _______Assinatura: _______________________________________ Ms. Edivaldo Rabelo de Menezes – UERN

Julgamento: _______Assinatura: _______________________________________ Ms. Sandra de Souza Paiva Holanda – UERN

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Dedico este trabalho aos meus pais e minha irmã,

por me darem força, me amparar, acreditar e

confiar em meu potencial.

Dedico também este trabalho a Deus, pois, de

certa forma, algumas coisas na vida acontecem

por meio de uma força maior, ou por uma

intervenção divina.

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AGRADECIMENTOS

Diante de todo o esforço, lograr o êxito de uma graduação pôde permitir a realização de um

sonho. Sonho esse que meu deu muitos ensinamentos, não só acadêmicos, mas de sabedoria para a

vida, desde o comportamento até minha visão de mundo, e nessa caminhada só tenho a agradecer a

todos que passaram na minha vida durante minha formação acadêmica.

Meus pais Abel Medeiros e Sandra Maria, as pessoas que motivam meu acordar, a eles devo a

maior força nessa jornada, dois guerreiros que sempre lutaram para proporcionar qualidade de vida

para mim e minha irmã, minha gratidão por vocês é infinita.

Sheila Pessoa, minha irmã de sangue, de alma e de coração. Uma mulher corajosa,

determinada, sonhadora, uma das minhas maiores inspirações, e a ela devo imensos agradecimentos.

Meus colegas de sala, em especial Adriana Cruz, Alledson Freitas, Clóvis Regalado, João

Batista, Luciana Fernandes, Marina Amanda, Paulo Wigenes, Rafaela Cristina, Rodolfo Aquino e

Polyelber Ferreira, pessoas que me ajudaram dentro e fora da sala de aula, e que pude construir um

elo forte de amizade, por eles tenho enorme apreço e consideração, agradeço-os demais.

Meus professores da graduação, os que formaram ou formam o competente corpo docente do

curso de Administração da UERN/CAMEAM, em especial minha orientadora Ms. Sidneia Maia, que

acreditou em mim e possibilitou gerar este trabalho, e ao professor Ms. Wellington Melo, que se doou

para a graduação da turma, e além de tudo, é um mestre dentro e fora da sala de aula.

Aos meus companheiros da família rotária que compõem o Rotary, Rotaract e Interact, o

segundo em especial por ser o clube que faço parte atualmente e que é provido de pessoas de alto

caráter, estas que contribuíram e contribuem para meu crescimento pessoal.

Ainda ao programa Rotaract, onde sua causa me engradeceu e aguçou meu espírito de

liderança, companheirismo e amor ao próximo, contribuindo para formação do meu caráter, deixo

minha gratidão.

Aos meus amigos, em especial Alam Sousa. Uma pessoa de coração ímpar, sempre confiou e

acreditou em mim, esteve presente e me acompanhou nos momentos difíceis e alegres da minha vida,

e hoje agradeço a ele pela pessoa fantástica que é.

Aos parceiros e amigos de música, estes que alimentam ou alimentaram junto comigo o eterno

“sonho adolescente” da banda de Rock, pessoas com ao qual já toquei ou já tive oportunidade de

tocar, e claro, a aqueles que me incentivaram e/ou me incentivam a tocar, muito obrigado.

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“Demore o tempo que for para você decidir o que

quer da vida, e depois que decidir não recue ante

nenhum pretexto, porque o mundo tentará te

dissuadir.”

(Do livro “Assim Falou Zaratustra” de

Friedrich Nietzsche)

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RESUMO

Diante a necessidade das empresas capacitarem seus colaboradores e que o comércio municipal é o propulsor da economia local, este trabalho almeja analisar as práticas de Treinamento, Desenvolvimento e Educação de colaboradores nas empresas associadas à Câmara de Dirigentes Lojistas de Pau dos Ferros - RN. O trabalho tomou por base a fundamentação teórica de Borges-Andrade; Abbad; Mourão (2006), sendo selecionado o ramo de confecções por ser o mais representativo entre as empresas associadas à CDL Pau dos Ferros, esta que presta suporte a seus associados, inclusive oferecendo práticas de TD&E. A pesquisa feita com base na estrutura metodológica de Vergara (2007), de caráter exploratório e descritivo, levantou as práticas de TD&E oferecidas pela CDL Pau dos Ferros nos últimos 5 anos, buscou identificar a percepção por parte dos empresários para com TD&E de seus colaboradores, bem como a perspectiva dos colaboradores em relação a TD&E. Nos resultados obteve-se a conclusão de que os empresários não oferecem corriqueiramente TD&E para seus colaboradores, como também possuem certa limitação de conhecimento sobre essa área da Gestão de Pessoas, identificou também a carência da CDL Pau dos Ferros em relação a um planejamento para execução de atividades de TD&E para seus associados, e por fim detectou uma preocupação dos colaboradores em manter-se atento as novas tendências do mercado, como também capacitar para desenvolver-se pessoalmente e profissionalmente.

Palavras-chaves: Gestão de pessoas, Treinamento, Desenvolvimento, Educação e Câmara de Dirigentes Lojistas.

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ABSTRACT

Faced with the need for companies empower their employees and the local trade is the driver of the local economy, this work aims to analyze the practices of training, development and education of employees in companies associated with the Shopkeepers Chamber of Pau dos Ferros - RN. The work was based on the theoretical foundation of Borges-Andrade; Abbad; Mourao (2006), being selected the garment sector to be the most representative among the companies associated with CDL Pau dos Ferros, this providing support to their members, including offering practices of TD & E. The survey based on the methodological framework of Vergara (2007), exploratory and descriptive, raised TD practices & E offered by CDL Pau dos Ferros the past 5 years, sought to identify the perception by entrepreneurs towards TD & E of its employees as well as the prospect of employees in relation to TD & E. The results obtained the conclusion that entrepreneurs do not offer routinely TD & E for its employees, but also have certain limitation of knowledge about this area of Personnel Management also identified the lack of CDL Pau dos Ferros in relation to planning for implementation of TD & E activities for its members, and finally detected a concern of employees in remaining attentive to new market trends, but also enable to develop personally and professionally.

Keywords: People Management, Training, Development, Education and Chamber of Shopkeepers

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LISTA DE SIGLAS

ASTD – American Society for Training and Development

CAD – Curso de Administração

CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas

CHA – Conhecimentos, Habilidades e Atitudes

CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas

CAMEAM – Campus Avançados Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia

GP – Gestão de Pessoas

INAC – Instituto Nacional de Cursos Livres

RH – Recursos Humanos

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SPC – Sistema de Proteção ao Crédito

T&D – Treinamento e Desenvolvimento

TD&E – Treinamento, Desenvolvimento e Educação

UERN – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figuras

Figura 1 - Organograma .........................................................................................................................16

Figura 2 - Evolução da logomarca da CDL Pau dos Ferros ...................................................................17

Figura 3 - Perfil da CDL Pau dos Ferros no Facebook ..........................................................................22

Figura 4 - Fachada da sede da CDL Pau dos Ferros .............................................................................23

Figura 5 - Página inicial do site da CDL Pau dos Ferros ........................................................................24

Figura 6 - Fases evolutivas da Gestão de Pessoas ...............................................................................32

Figura 7 - Processos básicos da gestão de pessoas .............................................................................34

Figura 8 - Modelo De Organograma de Treinamento e Desenvolvimento .............................................40

Gráficos

Gráfico 1 - Gênero dos empresários do ramo de Confecções associados a CDL Pau dos Ferros ........49

Gráfico 2 - Relação gênero-idade dos empresários ...............................................................................49

Gráfico 3 - Grau de instrução dos empresários .....................................................................................50

Gráfico 4 - Relação percentual de respostas sobre TD&E.....................................................................52

Gráfico 5 - Se os empresários oferecem Treinamento para os colaboradores ......................................53

Gráfico 6 - Que instituições procuram quando precisam de Treinamentos ............................................54

Gráfico 7 - Quando os empresários acham ideal utilizar de treinamentos .............................................54

Gráfico 8 - Oferta de desenvolvimento por parte das empresas ............................................................56

Gráfico 9 - Frequência sobre as atividades de treinamentos .................................................................58

Gráfico 10 - Gênero dos colaboradores .................................................................................................59

Gráfico 11 - Relação gênero-idade dos colaboradores ..........................................................................59

Gráfico 12 - Grau de instrução dos colaboradores ................................................................................60

Gráfico 13 - Tempo de atuação dos colaboradores nas empresas ........................................................61

Gráfico 14 - Percepção dos colaboradores sobre as atividades de TD&E .............................................62

Gráfico 15 - Motivos para realizarem treinamentos ...............................................................................64

Quadros

Quadro 1 - Presidentes e suas respectivas gestões ..............................................................................18

Quadro 2 - Número de gestões por Presidente ......................................................................................19

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Quadro 3 - Definição de desenvolvimento .............................................................................................38

Quadro 4 - Critérios de pesquisa por Vergara (2007) ............................................................................43

Quadro 5 - Empresas ligadas ao ramo de confecções ..........................................................................45

Quadro 6 - Divisão da aplicação de instrumentos ..................................................................................47

Quadro 7 - Tipos de TD&E realizados pela CDL Pau dos Ferros ..........................................................51

Quadro 8 - Questões aplicadas sobre TD&E .........................................................................................61

Quadro 9 - Sugestões para a CDL Pau dos Ferros em relação à TD&E ...............................................68

Tabelas

Tabela 1 - Quantificação do quadro funcional das empresas .................................................................45

Tabela 2 - Percepção dos empresários sobre universitários trabalhando no comércio ..........................57

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA

AGRADECIMENTOS

EPÍGRAFE

RESUMO

ABSTRACT

LISTA DE SIGLAS

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................15

1.1 Identificação da Empresa .............................................................................................................16

1.1.2 Histórico .......................................................................................................................................17

1.1.3 Gestão Administrativa ...................................................................................................................19

1.1.4 Gestão de pessoas .......................................................................................................................20

1.1.5 Gestão de Marketing ....................................................................................................................21

1.1.6 Gestão Financeira ........................................................................................................................24

1.2 Situação problemática ..................................................................................................................25

1.3 Objetivos ........................................................................................................................................27

1.3.1 Geral .............................................................................................................................................27

1.3.2 Específicos ...................................................................................................................................27

1.4 Justificativa ...................................................................................................................................27

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................................................29

2.1 Conceituando a área de Gestão de Pessoas ................................................................................29

2. 1.1 Em busca de uma definição: Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas? .................................29

2.1.2 Políticas de Gestão de Pessoas ....................................................................................................34

2.2 Surgimento e evolução do Treinamento, Desenvolvimento e Educação ..................................35

2.2.1 Treinamento ...................................................................................................................................36

2.2.2 Desenvolvimento ...........................................................................................................................38

2.2.3 Educação .......................................................................................................................................40

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................................................43

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3.1 Caracterização da pesquisa ...........................................................................................................43

3.2 Universo e amostra .........................................................................................................................44

3.3 Coleta de dados ..............................................................................................................................45

3.4 Tratamento dos dados....................................................................................................................47

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................................48

4.1. Da entrevista com a CDL e do questionário com os empresários ............................................48

4.1.1 O perfil dos associados e suas dificuldades de gerenciamento .....................................................49

4.2. Histórico de atividades ligadas à TD&E desenvolvidas pela CDL de Pau dos Ferros. ............51

4.3. Percepção dos empresários para com TD&E de colaboradores em suas empresas ..............52

4.3.2. Quanto à Desenvolvimento ...........................................................................................................55

4.3.3. Quanto à Educação ......................................................................................................................56

4.4 Práticas de TD&E nas empresas locais associadas à CDL Pau dos Ferros ..............................57

4.5 Percepção e perspectiva dos colaboradores sobre as práticas de TD&E .................................59

5 CONCLUSÕES, SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................................66

5.1 Conclusões......................................................................................................................................66

5.2 Sugestões e recomendações .........................................................................................................67

REFERÊNCIAS: .....................................................................................................................................70

ANEXOS .................................................................................................................................................72

ANEXO A – Cartaz de divulgação de cursos 1 .......................................................................................73

ANEXO B – Cartaz de divulgação de cursos 2 .......................................................................................74

ANEXO C – Cartaz de divulgação de palestra .......................................................................................75

ANEXO D – Cartaz de divulgação de cursos 3 .......................................................................................76

ANEXO E – Certificado do SEBRAE 1 ...................................................................................................77

ANEXO F – Certificado do SEBRAE 2 ...................................................................................................78

ANEXO G – Certificado do SEBRAE 3 ...................................................................................................79

ANEXO H – Certificado da Futura Treinamentos ...................................................................................80

ANEXO I – Certificado da CDL Pau dos Ferros 1 ...................................................................................81

ANEXO J – Certificado da CDL Pau dos Ferros 2 ..................................................................................82

ANEXO K – Certificado do Ricardo Albuquerque ...................................................................................83

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ANEXO L – Certificado da FCDL 1..........................................................................................................84

ANEXO M – Certificado da FCDL 1.........................................................................................................85

APÊNDICES ...........................................................................................................................................86

APÊNDICE A – Roteiro de entrevista semiestruturado aplicado na CDL Pau dos Ferros .....................87

APÊNDICE B – Questionário aplicado para os empresários ..................................................................89

APÊNDICE C – Questionário aplicado para os colaboradores ...............................................................92

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15

1 INTRODUÇÃO

Diante do mercado contemporâneo em que as empresas convivem, onde ela deve enfrentar a

concorrência, lidar com cliente mais exigente e conviver com uma economia oscilante de forma

abrupta, os gestores devem vislumbrar alternativas constantes para se sobrepuser a tais fatores, e uma

das saídas preconizadas é a capacitação de pessoal. Trabalhar pessoas trata-se de investir na

sustentabilidade da organização, como também contar com colaboradores especializados em suas

funções para melhor execução das atividades da organização. O estudo de Treinamento,

Desenvolvimento e Educação (TD&E) entra como fator determinante para posicionamento de mercado;

se os colabores obterem capacitação certamente alavancará a empresa, caso contrário, irá estagnar e

consequentemente ficar para trás no mercado.

Assim sendo, o estudo visa abranger as políticas de TD&E de colaboradores das empresas

associadas à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Pau dos Ferros, objetivando levantar as práticas

ofertadas pela CDL Pau dos Ferros, como também das empresas associadas, observar a percepção

dos empresários “pauferrenses” associados com a instituição, e ao mesmo tempo analisar dos

colaboradores as percepções e perspectivas deles para com essas atividades nas empresas que

atuam, para ao fim propuser ações de TD&E que a CDL Pau dos Ferros possa executar junto aos seus

associados.

No primeiro momento será feito uma caracterização da CDL pau dos Ferros, o que permitirá

conhecer e absorver como funciona a instituição pivô do estudo.

Nas bases teóricas, segundo capítulo, aborda-se a migração dos termos Recursos Humano

(RH) para a atual Gestão de Pessoas (GP), delineando algumas peculiaridades históricas sobre a

origem do setor de RH até os estudos mais recentes com a GP. Dentre as funções da atual GP, as

políticas de Treinamento, Desenvolvimento e Educação (TD&E) tiveram também um processo evolutivo

para que se chegasse a atual nomenclatura, e é essa nova apreciação teórica que norteia a realização

desse estudo.

Em seguida, o terceiro capítulo aborda os procedimentos metodológicos, explicando o universo

e definindo a amostra a serem trabalhados, o tipo de pesquisa e o instrumento de coleta de dados a

serem aplicados e como serão tratados os dados coletados.

Os resultados conseguidos da pesquisa estão apresentados no quarto capítulo, na qual é feita

a exibição e estudo dos resultados através de uma análise de conteúdo concomitante as

demonstrações gráficas e porcentagens.

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Ao fim, no quinto capítulo, serão feitas as considerações finais do trabalho dentro o que foi

proposto e colhido no estudo, sendo expostas as conclusões, sugestões e recomendações que

venham a contribuir com a CDL Pau dos Ferros colaborar com TD&E para seus associados.

1.1 Identificação da Empresa

O presente estudo se dará na organização cuja razão social é Clube de Dirigentes Lojistas,

tendo como nome fantasia Câmara de Dirigentes Lojistas de Pau dos Ferros ou simplesmente CDL

Pau dos Ferros. A mesma conta com um conselho de diretores constituído de um presidente,

totalizando um número de sete diretores e mais duas secretarias que atuam diretamente e

cotidianamente na própria organização.

Figura 1 - Organograma

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

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17

No organograma observa-se que as secretárias organizacionais tem contato direto com a linha

da presidência assim como todos os demais diretores, tornando a organização descentralizada e de

maior comunicação entre todos, além de contar com assessoria jurídica e contábil.

Por ser uma instituição mantida por lojistas associados da cidade e região, a CDL não possui

diretamente um dono, porém é custodiada pela federação de CDL’s do Rio Grande do Norte que

permite a organização eleger um conselho diretor para que se regularizem suas atividades. A CDL Pau

dos Ferros localiza-se na Rua Lafaiete Diógenes, número 192, no centro de Pau dos Ferros – RN.

Figura 2 – Evolução da logomarca da CDL Pau dos Ferros

Fonte: Arquivos digitais da CDL Pau dos Ferros (2014).

1.1.2 1 Histórico

A CDL Pau dos Ferros foi oficializada em 10 de março de 1984 e fundada em seguida no dia

13 do mesmo mês no mesmo ano. Na época três fundadores foram os pivôs da ideia, observando a

necessidade da abertura de uma entidade que pudesse apoiar os lojistas locais e incentivar o

associativismo. Raimundo Rêgo de Queiroz, Antônio Mendes Neto e Vicente de Paula Fernandes

reuniram um grupo inicial de 20 associados e definiram um conselho diretor com 11 membros presidido

pelo sócio fundador Raimundo Rêgo de Queiroz, e assim consolidaram o, até então, Clube de

Dirigentes Lojistas de Pau dos Ferros na referida data citada de oficialização. A abertura da CDL se

deu através da parceira com o Rotary Club de Pau dos Ferros, que na oportunidade os três fundadores

eram sócio companheiros do Rotary e realizaram um planejamento juntando-se à CDL Mossoró,

presidida na época pelo empresário José Anchieta Fernandes, apadrinhando os trabalhos da CDL Pau

dos Ferros.

1 As informações sobre a fundação e o histórico da organização foram coletadas com o empresário aposentado, fundador e primeiro presidente da CDL Pau dos Ferros o senhor Raimundo Rêgo de Queiroz com auxílio das atuais secretárias Ana Clecia de Queiroz Fernandes e Damares Gonçalves Cavalcante Maia, e coletando mais informações disponíveis através do site institucional.

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18

[...] potencialmente, o associativismo, a cooperação, contêm o desenvolvimento local [...]. A associação expressa uma relação dinâmica, uma relação em movimento, em direção a um lugar melhor pela cooperação. O desenvolvimento é um processo também fundado em relações sociais associativas, das quais podem nascer formas cooperativas (FRANTZ, 2002, p. 25).

A “descoberta” da CDL (assim denominado pelo empresário aposentado Raimundo Rêgo) não

teve grande relevância com seu grau de escolaridade. O mesmo possui o segundo grau completo e

contou com sua experiência e know how empresarial para detectar tal necessidade de negócio e fundar

a instituição na cidade. O mesmo ainda foi sócio fundador das CDL’s de Apodi, São Miguel, Umarizal e

Martins, cidades também da mesorregião do Oeste Potiguar.

Para que a CDL Pau dos Ferros obtivesse material e espaço físico para iniciar suas atividades,

os primeiros sócios tiraram de recursos próprios os investimentos necessários, posteriormente a

instituição foi, e vem, sendo suprida pelos seus próprios recursos, se mantendo independente até os

dias atuais, contando com um número de 100 sócios que contribuem com as mensalidades, além dos

37 clientes associadas ao programa do SPC Brasil. Números levantados até 07 de fevereiro de 2015.

No decorrer desses 30 anos desde sua fundação, as dificuldades apresentadas se devem à

transição de algumas gestões. Considerando que a organização é representada por um presidente, as

passagens de gestores causaram algumas dificuldades devido o desencontro de ideologias,

ocasionados pela rotatividade anual do conselho e da presidência, porém, problemas esses que não

abalaram a instituição, e que a grande maioria dos presidentes realizaram boas gestões e contribuíram

com a CDL Pau dos Ferros, assim relatado pelo Sr. Raimundo Rêgo.

Quadro 1 - Presidentes e suas respectivas gestões

PRESIDENTES CDL PAU DOS FERROS GESTÃO

Raimundo Rêgo de Queiroz 1984 a 1985

Sérgio Fernandes de M. Serejo 1985

Antonio Mendes Neto 1985 a 1986

Raimundo Rêgo de Queiroz 1986 a 1987

Antonio Paulo Tolentino 1987 a 1988

Carlos Alberto T. de Medeiros 1988 a 1989

Raimundo Rego de Queiroz 1989 a 1990

Francisco Assis Nunes Paiva 1990 a 1991

Francisco Assis Nunes Paiva 1991 a 1992

Luiz Maia de Freitas 1992 a 1993

Luiz Maia de Freitas 1993 a 1994

Francisco Abílio de Oliveira Filho 1994 a 1995

Raimundo Rego de Queiroz 1995 a 1997

Raimundo Rego de Queiroz 1997 a 1999

Aldemir Guedes Rego 1999 a 2001

Maria de Fátima Rego Nunes 2001 a 2002

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Raimundo Rego de Queiroz 2002 a 2003

Antonio Cláudio Alexandre de Oliveira 2003 a 2005

Raimundo Rego de Queiroz 2005 a 2007

Raimundo Rego de Queiroz 2007 a 2010

Edilton Honorato de Souza 2011 a 2014

Fonte: Arquivos digitais da CDL Pau dos Ferros (2015).

Quadro 2 - Número de gestões por Presidente

PRESIDENTE Nº DE GESTÕES

Raimundo Rêgo de Queiroz 8

Sérgio Fernandes de Matos Serêjo 1

Antônio Mendes Neto 1

Antonio Paulo Tolestino 1

Carlos Alberto Toscano de Medeiros 1

Francisco Assis Nunes Paiva 2

Luiz Maia de Freitas 2

Francisco Abílio de Oliveira Filho 1

Aldemir Guedes Rêgo 1

Maria de Fátima Rêgo Nunes 1

Antonio Cláudio Alexandre de Oliveira 1

Edilton Honorato de Souza 1

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos arquivos da CDL Pau dos Ferros (2015).

As gestões oscilam entre um a três anos de duração decididos em reunião do conselho, sendo

optado pela eleição de um novo presidente ou na prolongação da gestão do atual.

O Sr. Raimundo Rêgo, sócio que mais vezes presidiu a instituição, relata que faria tudo de

novo pela CDL Pau dos Ferros, e se possível, faria até melhor, e aconselha para pessoas que

quiserem ser empreendedoras que “o comércio hoje é exigente, e para que possa ganhar poder de

barganha dos clientes, o empreendedor deve se preocupar com três itens; atendimento, qualidade e

preço”.

1.1.3 Gestão Administrativa

Apesar de não possuírem definidos a missão, visão e valores, a CDL Pau dos Ferros visa

orientar e auxiliar lojistas nas suas atividades relacionadas à inadimplência, além de prestar assistência

aos lojistas associados e também promover capacitação de pessoas. A organização adequa-se a uma

gestão muita participativa dos funcionários. Recentemente o quadro de diretores passou por um

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enxugamento, sendo reduzido seu conselho diretor reduzido de onze para sete, e mais duas

funcionárias que são as secretárias organizacionais, conforme figura 1.

A CDL não possuiu diretamente um planejamento de atividades, tendo em vista exercerem

trabalhos constantes já estabelecidos e obedecidos rotineiramente, entretanto, a CDL Pau dos Ferros é

avaliada trimestralmente pela federação da CDL do Rio Grande do Norte fazendo assim um balanço de

arrecadação de pacotes de SPC, egresso e baixa de associados, assim observando se foram

alcançadas as metas estipuladas pela federação.

A instituição classifica a tecnologia indispensável em suas atividades. Utilizam-se da internet

como uma dos principais ferramentas de trabalho. Possuem dois computadores ligados a uma

impressora e um notebook com instalações e softwares suficientemente capazes de suportar ás

demandas das atividades organizacionais, contando com serviço de internet aberto sem restrições.

A CDL Pau dos Ferros é regularizada perante ao município e obedece as diretrizes trabalhistas

e previdenciárias que rege a Consolidação de Leis trabalhistas (CLT) dos seus funcionários(as).

O atual presidente da CDL Pau dos Ferros se classifica como um líder democrático, motivador

e um pouco liberal, ressaltando que as decisões são feitas de forma democrática e que gosta de

almejar novos horizontes.

No tocante que se refere ao trabalho de estágio, as secretárias organizacionais acreditam que

será um trabalho positivo, pois trará novas ideias, novas possibilidades a se trabalhar, acreditam ser

relevante para instituição e ressaltam o quão importante a organização ser aberta para novas

tendências.

1.1.4 Gestão de pessoas

A CDL Pau dos Ferros acredita na pertinência de seus funcionários como de suma importância

para as atividades da organização, sendo eles qualificados, acompanhados e exigidos na realização de

suas atribuições.

O processo de contratação de funcionários se dá pelo método mais utilizado na cidade e

região, sendo por intermédio de indicações feito por funcionários ou diretores. As atuais secretárias

organizacionais foram contratadas através de indicações dos ex-secretários, sendo entrevistadas e

passando posteriormente por um período de estágio até a habituação das atividades, tudo sendo feito

no cotidiano dos trabalhos da organização. Com mais de 12 anos de serviço, a secretária

organizacional Damares Gonçalves é a que está mais tempo na instituição, e Clecia Fernandes faz

parte a apenas pouco mais de 2 anos.

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Os treinamentos de funcionários são classificados como de suma importância, tendo em vista a

necessidade de se ter pessoas bem qualificadas e preparadas para realização dos trabalhos

organizacionais. Ambas as secretárias organizacionais participam trimestralmente dos treinamentos da

SPC Brasil juntamente, como também de palestras informativas na intenção de repassar dados da

federação realizados nas cidades de Mossoró ou Natal, e cursos digitais ofertadas pela FCDL, (ver em

anexo L e M).

Os treinamentos vêm rendendo para a CDL Pau dos Ferros o alcance das metas e

reconhecimento a nível estadual perante a federação, o que favorece para as secretárias

organizacionais um ambiente de trabalho de padrão constante e de clima harmonioso.

As duas secretárias organizacionais tem participação nos planejamentos. Ambas tem ligação

direta com o atual presidente Edilton Honorato, assim como os demais diretores, e obtém liberdade de

opinar para com os planos da instituição.

Preocupada com seus(uas) funcionários(as), a CDL Pau dos Ferros oferece para suas

secretárias organizacionais exames de rotina semestralmente, demonstrando preocupação para com

seus colaboradores, além de bonificações financeiras. As secretárias são premiadas com o custeio de

viagens para treinamentos, além de receberem um troféu em caso da CDL ser a primeira colocada em

metas batidas diante das demais CDL’s da federação.

Assim, é justa e obrigatória essa valorização por parte das empresas, a qual, se concretiza por meio das recompensas. E dos componentes do sistema de recompensas, entre os quais, estão os elogios, as promoções, as participações em congressos ou eventos, ou acessos a programas de capacitação, certamente o mais importante é a remuneração. A remuneração pode ser entendida como a contrapartida econômica e/ou financeira de um trabalho realizado pela pessoa. (DUTRA apud FRANÇA, 2007).

Os riscos no trabalho são apenas quando alguma secretária vai fazer visitas, cobranças e

arrecadações com clientes e associados, pois as mesmas possuem duas motonetas que

consequentemente as deixa expostas ao sol e ao perigo do trânsito da cidade ao se conduzirem para

as empresas.

Devido o pequeno quadro de funcionários diretos (apenas 2) não há um plano de carreira ou

sucessão na CDL Pau dos Ferros, assim especificados nos contratos devidamente regidos pela CLT.

1.1.5 Gestão de Marketing

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O marketing é classificado como essencial nas atividades da empresa, tendo em vista a lucidez

com relação a importância do marketing, a CDL Pau dos Ferros se utiliza de táticas e se advém de

diversificadas estratégias a depender do serviço a oferecer. Se tratando de assistência aos seus

associados em relação à inadimplência, a CDL trabalha com:

Venda de pacotes do Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) através do site do SPC Brasil,

que barganha empresários interessados na compra desses pacotes e serem associados

ao SPC, e/ou também;

Empresários a fim de serem associados da instituição, o que lhes proporciona benefícios

como o próprio SPC e auxílio mais direto em cobranças de inadimplências;

Treinamentos para associados para manuseio do Sistema do SPC.

Nesses segmentos as táticas de divulgação se dão por meio de convites através de ligações,

e-mails, visitas “porta a porta”, indicações e divulgações no seu sítio online e do perfil da organização

na rede social online Facebook, da mesma maneira se tratando de ofertas de promoções por parte do

SPC Brasil. As estratégias de marketing se diferencia nos outros ramos de atividades.

Figura 3 - Perfil da CDL Pau dos Ferros no Facebook

Fonte: Disponível em facebook.com (2015).

Os demais serviços oferecidos pela CDL Pau dos Ferros são:

Consultas de balcão (consulta por pessoa ao SPC ou SERASA) na própria organização;

Oferta de palestras, cursos de capacitação e treinamentos, esses disponíveis para o

público em geral (inclusive os associados).

Nesses dois últimos a CDL se utiliza de panfletagem no comércio e nas casas, anúncio no

rádio, divulgações na internet (e-mail e facebook) e carro de som.

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O público alvo da CDL Pau dos Ferros consiste em empresários de qualquer ramo

interessados em compor o quadro de associados da organização, ou se tornar clientes (também

empresários) a fim de adquirir os pacotes de SPC. O público se estende a sociedade em geral quando

se oferta “consultas de balcão”, palestras e cursos de capacitação.

Os clientes associados possuem um relacionamento aberto. Todo e qualquer associado possui

liberdade de ligar, contatar via rede social Facebook, mandar e-mail ou se dirigir a empresa e solicitar

alguma assistência, sendo assim consideradas também as reclamações ou sugestões por parte dos

mesmos que são pautadas e debatidas em breves reuniões entre presidente e secretárias ou de

maiores pertinências que venham a exigir uma reunião do conselho da CDL. No caso do público em

geral, são possibilitados usarem os mesmos meios de comunicação citados.

No campo de atuação da CDL Pau dos Ferros não há necessariamente concorrência, exceto

se tratando de palestras, cursos e treinamentos abertos a sociedade, na qual a CDL tem como principal

concorrente o polo do SEBRAE Pau dos Ferros, porém uma concorrência classificada “saudável” pelo

fato das organizações fazerem parcerias em algumas oportunidades.

O espaço físico da organização possui um escritório e uma sala de reuniões/palestras, ambos

bem iluminados e climatizados. Futuramente serão inauguradas mais duas salas para reuniões,

palestras, cursos e treinamentos.

Figura 4 - Fachada da sede da CDL Pau dos Ferros

Fonte: Arquivos digitais da CDL Pau dos Ferros (2015).

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Consideram como ponto fraco de seu marketing o website da instituição. O mesmo faz alguns

meses que não é atualizado, porém já foi solicitado um técnico de informática responsável pelo domínio

do site para que faça as devidas atualizações.

Figura 5 - Página inicial do site da CDL Pau dos Ferros

Fonte: disponível em www.cdlpaudosferros.com.br (2015).

No mês do junho de 2015 o site foi desativado em decorrência do seu desuso e falta de

manutenção, sendo não possível mais consultar informações da instituição por meio do site.

Em contrapartida, a CDL Pau dos Ferros tem como grande forte do seu marketing a sua

história, seu conhecimento e reconhecimento na “praça”, o que se deve aos seus mais de 30 anos de

existência no município.

1.1.6 Gestão Financeira

A instituição possui uma carteira de associados que mantém financeiramente a CDL Pau dos

Ferros. Esses associados estão segmentados em dois grupos; associados contribuintes e os

associados por faturamento. Esses grupos possuem os seguintes benefícios:

Associados por faturamento:

Usufruo do Sistema de Proteção ao Crédito SPC Brasil;

Intermédio para assessoria jurídica com dois advogados proporcionando desconto;

Intermédio para serviços contábeis, indicando contadores e proporcionando descontos;

Capacitação de colaboradores dos associados no comércio.

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Associados contribuintes:

Os associados contribuintes possuem os mesmos benefícios citados acima, a diferença está

quando ocorre limitações de vagas em algum curso. Neste caso os associados contribuintes são

informados primeiro da oferta.

Apesar de não estabelecerem metas institucionais, estas são estabelecidas pela Federação

Das CDL’s do Rio Grande do Norte, na qual são sempre alcançadas, o que conforta e cria solidez nas

finanças da organização em relação ao serviço de SPC. O capital de giro é manuseado rotineiramente

pelas secretárias organizacionais, sendo as mesmas responsáveis pela prestação de contas emitindo

os relatórios de caixa mensalmente, e anualmente sendo emitidos balanços através de um contador

contratado pela empresa.

Os preços dos serviços prestados pela CDL são estabelecidos da seguinte maneira:

Consultas de balcão: O preço é estabelecido pelo presidente da SPC Brasil;

Serviços de Proteção ao Crédito: possuem preços estabelecidos pela SPC Brasil;

Mensalidades dos associados contribuintes: o preço é estabelecido consensualmente pelo

conselho diretor;

Cursos e treinamentos: os preços são relativos às parcerias estabelecidas entre a CDL e

ofertante dos cursos, rendendo uma porcentagem negociada para a organização;

Palestras: Possuem valores relativos ao palestrante.

Para alimentar sua arrecadação financeira, a CDL Pau dos Ferros se mostra uma empresa

abertos a parcerias que possam lhe render fundos. As parcerias com empresas ofertantes de cursos e

treinamentos ocorrem entre a negociação de valores e dividem porcentagens entre os ministrantes,

agência ofertante dos cursos (parceira) e a agência promovedora (CDL Pau dos Ferros).

1.2 Situação problemática

As práticas de Treinamento, Desenvolvimento e Educação não é uma tarefa recente. Os

estudos de TD&E caminham desde o século passado até os dias atuais, apenas sendo moldados

seus conceitos, estudos e técnicas para que haja uma aplicação eficiente nas organizações,

considerando as complexidades das funções organizacionais, os avanços tecnológicos, a demanda

do mercado, e consequentemente a exigência de capacidade profissional.

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Assim, existe na literatura da área de treinamento e desenvolvimento de pessoal uma pluralidade de conceitos e definições que merecem um exame mais detalhado, mesmo porque, com o passar dos anos, novos termos foram sendo adicionados, alguns inclusive ainda carentes de uma definição mais clara que leve a uma melhor compreensão do seu significado e aplicação (BORGES-ANDRADE; ABBAD; MOURÃO, 2006, p. 137).

Já dizia Lawrie apud Borges-Andrade; Abbad; Mourão (2006) que muitos profissionais da

área de Gestão de Pessoas não conseguem diferenciar treinamento, desenvolvimento e educação.

Sabendo da importância de TD&E, os estudos nessa área ganharam importância e sistematização

na Segunda Guerra Mundial, a partir daí as organizações vem reconhecendo TD&E e sua devida

relevância.

Embora sua nomenclatura tenha passado por inúmeras contextualizações, T&D migrou

para TD&E considerando um grupo de cinco conceitos que estão presentes, há mais tempo, na

literatura da área: informação; instrução; treinamento; desenvolvimento e educação (BORGES-

ANDRADE; ABBAD; MOURÃO, 2006, p. 138).

Atentar-se a essas práticas não faz parte das ideologias da Gestão de Pessoas apenas de

empresas de grande porte, sendo assim, empresas micro, de pequeno a médio porte, mais

presentes na realidade da cidade de Pau dos Ferros, tendem a se utilizar de TD&E, ainda que não

de uma forma sistemática e instituída como política de Recursos Humanos.

Assim, qualificar o “material humano” pode auxiliar no enfrentamento do mercado que se

torna cada dia mais competitivo e no qual convivem as empresas. Por outro lado, observando o

crescimento do poderio econômico local, percebe-se a necessidade de melhor acompanhar e

aplicar práticas para aprimoramento de mão de obra, o que requer uma visão holística, realista e

futurista do empresário.

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), como parceira e representante de empresas,

necessita estar atualizada e comprometida com o desenvolvimento de seus associados. A CDL

Pau dos Ferros nos últimos anos tem ofertado várias atividades voltadas para o Treinamento e

Desenvolvimento de pessoas, contando com mais de uma centena de empresários associados que

confiam no seu trabalho.

Observando a ascensão econômica da cidade considerada polo do Alto Oeste Potiguar,

contando com uma organização preocupada em ofertar práticas de TD&E em suas empresas

associadas, surge a seguinte problemática: Como a CDL de Pau dos Ferros pode colaborar com

ações de TD&E para suas empresas associadas?

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1.3 Objetivos

1.3.1 Geral

Analisar as ações de TD&E que atenda as necessidades das empresas associadas a CDL de

Pau dos Ferros.

1.3.2 Específicos

Levantar o histórico de atividades ligadas a TD&E desenvolvidas na CDL de Pau dos Ferros –

RN nos últimos 5 anos;

Conhecer a percepção por parte dos empresários e da CDL de Pau dos Ferros - RN para com

TD&E de colaboradores nas empresas;

Identificar as práticas de TD&E nas empresas locais associadas a CDL de Pau dos Ferros -

RN;

Conhecer a percepção e perspectiva por parte dos colaboradores para com TD&E nas

empresas que atuam.

1.4 Justificativa

Capacitar colaboradores vem sendo um atributo importante nas atividades de qualquer

organização, e para que as empresas possam ofertar diferencial em seus trabalhos, é necessário um

estudo mais focado nas pessoas, considerando que atualmente o mercado demanda colaboradores

cada vez mais capacitados e preparados para os desafios organizacionais, e assim então poderem se

sobressair no mercado diante da concorrência.

Desenvolver tal estudo partiu de um desperte curioso do pesquisador em detectar as atividades

de TD&E realizadas nas empresas “pauferrenses”, tendo em vista que o mesmo já lecionou um curso

de capacitação de pessoas na área da Administração. Além de permitir um aprofundamento maior no

assunto, os resultados contribuirão para a formação acadêmica deste pesquisador, lhe rendendo o

título de Bacharel em Administração.

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Para a CDL de Pau dos Ferros, o estudo a norteará da situação em relação à TD&E das

empresas locais, apontando pontos a se lapidar, para posteriormente a instituição trabalhar práticas de

TD&E a oferecer para suas empresas associadas.

Para o campo científico, a pesquisa alimentará os estudos de TD&E na área de Gestão de

Pessoas contribuindo com o acervo de trabalhos do curso de Administração do CAMEAM/UERN

relacionados a essa mesma área de abordagem, e proporcionará estudos posteriores no segmento de

TD&E.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo será exposto a revisão de literatura que ofereceu base teórica para a realização

deste trabalho. De início será conceituado o significado de Gestão de Pessoas, este que é o enfoque

tratado atualmente nos campos acadêmicos e empresariais. Em seguida a literatura foi explorada para

explicar as diferenças entre Recursos Humanos e Gestão de pessoas, até chegarmos às políticas de

GP e enfim esmiuçar os conceitos para Treinamento, Desenvolvimento & Educação.

2.1 Conceituando a área de Gestão de Pessoas

A gestão de pessoas nas organizações se apresenta como um aprimoramento das políticas de

Recursos Humanos. O olhar mais voltado para resultados foi tornando-se mais sistematizado ao

reconhecer as pessoas que fazem parte das organizações como verdadeiros colaboradores que

venham a agregar, não só de forma técnica, mas de cunho também gerencial e estratégico. Gestão de

Pessoas agora possui um enfoque mais humanístico e preocupado não com números, mas proposita

engradecer colaboradores para então poder retê-los.

A gestão de Pessoas deve ocorrer a partir da visão integrada das pessoas e de questões fundamentais como: as expectativas sobre as relações de trabalho, o contrato psicológico entre o que a pessoa quer da empresa e o que esta quer de seu pessoal, perfis e tipos de personalidade, grupos, equipes, lideranças, processos de cooperação, competição, apatia, cultura organizacional, valores, questões éticas, entre outros aspectos ligados à vida social (FRANÇA, 2007, p. 4 – 5).

Paralelo a essa linha de pensamento, Ribeiro (2005) aborda uma nova face do RH, obtendo já

uma visão da Gestão de Pessoas ressaltando que “essa área não deve ser vista apenas como um

setor de administração de pessoal, com atribuições meramente burocráticas e operacionais. Por meio

de ações gerenciais, ela precisa reter os bons profissionais na casa. Afinal, eles são a força do

negócio” (p. 13).

2. 1.1 Em busca de uma definição: Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas?

Dentre as funções organizacionais, a área de Recursos Humanos passou ao longo da história

por evoluções. Diversos autores foram migrando de nomenclatura ao longo dos anos. Com isso, até

hoje temos autores tratando de falar em Recursos Humanos (RH) e outros cuidam de debater, tendo

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em vista o âmbito mais atual, como Gestão de Pessoas, porém o foco em GP remete em um contexto

mais amplo do antigo RH.

Ivancevich (2008) relata os primeiros indícios da gestão de RH na Inglaterra, onde os

trabalhadores se organizavam de maneira a formar associações com o propósito de melhorar as

condições de trabalho, tendo por evoluir com o evento da Revolução Industrial no final do século XVIII,

ressaltando as mudanças nas rotinas e ambientes de trabalhos com a chegada das máquinas a vapor.

O autor cita Frederick W. Taylor como “o famoso pai da gestão científica” (p.6). Taylor foi um pioneiro

nos estudos relacionados à eficiência do trabalhador tentando descobrir os melhores métodos

juntamente com a maneira rápida para realizar algum trabalho e “definia resumidamente a gestão

científica como (1) ciência, e não empirismo; (2) harmonia, e não discórdia; (3) cooperação, e não

individualismo; e (4) resultado máximo, e não restrito” (p. 7), portanto, os trabalhadores passavam a ser

objeto de estudo ligado diretamente à obtenção de resultados, sendo isso os frutos da melhor

execução do seu trabalho.

O surgimento do, até então, setor de RH denominado “departamento pessoal” tem como base

algumas modificações que surgiram ao longo dos anos:

Mudanças drásticas na tecnologia, crescimento das organizações, surgimento dos sindicatos e preocupação e intervenções governamentais nas relações trabalhistas deram origem ao departamento pessoal. Não há data específica para o surgimento do primeiro departamento pessoal; no entanto, em torno da década de 1920, cada vez mais organizações pareciam perceber e fazer algo acerca dos conflitos entre funcionários e direção da empresa (IVANCEVICH, 2008, p.7).

Dentro essa evolução de Recursos Humanos, não poderia deixar de ser mencionados os

experimentos de Hawtorne, que contribuiu para que a administração observasse as pessoas e seus

estados em expressões individuais e grupais que venham a afetar a produtividade.

Os movimentos filosóficos dos anos trinta, de maneira especial o pensamento existencial, aliados aos primeiros trabalhos de Sociologia do Trabalho, forneceram direcionamentos e subsídios éticos e científicos para a evolução da Administração de Recursos Humanos. Um dos marcos iniciais mais significativos dessa evolução foram os experimentos de Hawtorne, na Western Eletric, em Chicago, nos Estado Unidos (TOLEDO, 1981, p. 19).

Gestão de Pessoas possui um sentido mais amplo do RH, um enfoque mais adentro nas

pessoas do que propriamente trata-las como recurso, entretanto, a princípio, “tudo começou com a

necessidade de contabilizar os registros dos trabalhadores, com ênfase, obviamente, nas horas

trabalhadas, nas faltas e nos atrasos para efeitos de pagamento ou de desconto. Tal qual se faz hoje.

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Nesse campo pouco ou nada mudou” (MARRAS, 2011, p. 1). O autor traz uma característica muito

adentro do antigo setor RH, de observar os funcionários mais como números e/ou peças que podem

ser trocadas a qualquer instante.

De uma maneira didática, Gil (2008) em sua obra fala que a expressão Gestão de pessoas

proposita substituir Administração de Recursos Humanos, esta que é o modo mais falando nas

organizações se tratando em relação a lidar com pessoas. A mudança propõe substituir o termo

Administração de Recursos Humanos por ser restritivo, pois entende as pessoas como recursos, assim

como os materiais e financeiros.

Concomitante a gestão científica de Taylor, a psicologia industrial “representava a aplicação

dos princípios psicológicos no intuito de melhorar a capacidade do trabalhador de apresentar

desempenho com eficácia e eficiência” (IVANCEVICH, 2008, p.6), também enfocando as diferenças

individuais do trabalhador e se preocupando também com seu máximo bem estar.

França (2007), referente à Gestão de Pessoas, fala em psicologia social, que contribui para a

GP considerando fatores que influenciam no comportamento das pessoas. Fatores esses que evolvem

o amadurecimento das pessoas através do convívio, sendo uma atenção especial às influências do

ambiente físico e da cultura sobre a forma de ser de cada indivíduo.

Se tratando de Recursos Humanos, Carvalho e Vieira (1997) classifica RH como um “sistema

administrativo aberto” tendo em vista que RH seria um dos sistemas empresariais que compõem a

organização, assim como o sistema financeiro, compras, marketing, etc. ressaltando também a

importância do RH no ambiente interno e externo da empresa ao explanar que “tanto as vertentes

externas como interna devem contribuir de maneira decisiva para que os objetivos do sistema sejam

atingidos em função do planejamento estratégico de RH, meta essa que fluem, normalmente, para as

metas gerais da empresa” (p. 5).

Freitas (2007) reforça a relação que o setor de RH tinha com os demais setores da

organização ao ressaltar o contexto histórico entre as décadas de 50 a 90 onde nesse tempo se tinha

“uma nova visão do assunto criando-se os departamentos de recursos humanos, tratando as pessoas

como uma extensão dos demais recursos organizacionais, ou seja, igualando-as em importância aos

recursos financeiros, recursos materiais, recursos físicos, etc”. (p. 1).

Barbieri (2012) diz que “três grandes correntes, com diferentes nomes, se misturam na

evolução histórica e no presente de RH: Administração de Pessoal, Recursos Humanos e Capital

Humano/Capital Intelectual” (p. 10). Na primeira ele explica que o gestor de Pessoal funciona como

uma espécie de “advogado” sendo esse o responsável pelas questões trabalhistas e “preocupado com

que o empregado seja bem assistido e tenha um bom tratamento” (p. 10). O gerente de RH estaria

mais para ser empreendedor ou sócio buscando resultados e melhorias, “utilizando de TI para

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racionalizar e simplificar” (p. 10). A Administração do Capital Humano atrela as duas correntes

anteriores, o que compreende ao gestor da área se voltar para as questões de valorização do

funcionário, ao mesmo tempo em que utilize do Capital Humano/capital Intelectual da melhor maneira

dentro da organização “que se traduz em envolver-se também com planejamento, cultural,

organizacional, motivação, comunicação, potencial, desempenho e desenvolvimento das pessoas” (p.

10).

Em discordância ao contexto do setor de RH, Ribeiro (2005) ressalta que foi-se o tempo em

que bastava recrutar a pessoa certa para o lugar certo, nos atuais campos organizacionais, o

funcionário precisa ser estimulado (p. 13).

Mais acima, Marras (2011) indicou como iniciou os trabalhos na área de RH. Na mesma obra

ele fala do responsável denominado inicialmente de “chefe de pessoal” o profissional responsável por

essa área. O mesmo tratou de esquematizar em sua obra a evolução da Gestão de pessoas se

utilizando de uma pesquisa realizada em 1977 pela professora Tose2 onde ela destaca cinco fases na

evolução do perfil profissional de RH nas respectivas épocas, conforme figura:

Figura 6 - Fases evolutivas da Gestão de Pessoas

Fonte: Adaptado de Marras (2011).

2 TOSE, Marília de Gonzaga Lima e Silva. 1997. A evolução da gestão de recursos humanos no Brasil. Dissertação (Mestrado em Administração). Faculdade de Economia, Administração, Contábeis e Atuariais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1997.

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Ainda nas fases evolutivas, Tose apud Marras (2008) caracterizava estas fases da seguinte

maneira:

a. Na fase contábil os trabalhadores eram vistos como “números” demonstrando

preocupações com os custos organizacionais, pois as empresas tratavam de registrar

contabilmente como uma forma de compra de mão de obra.

b. A fase legal marca o aparecimento da função do chefe, onde esse se preocupava com as

questões das leis trabalhistas recém-criadas na era getulista, e o poder centrado nos

chefes de produção migrou para o chefe de pessoal considerando as especificações

jurídicas impostas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

c. A fase tecnicista ocorreu no período em que os modelos americanos de gestão foram se

introduzindo no Brasil. Juscelino Kubistchek implementou a indústria automobilística.

Algumas modificações houveram em decorrência das localidades e culturas

organizacionais, mas em tese, a relação capital e trabalho obtiveram grande avanço, sendo

nessa mesma fase em que a área de RH passou a operacionalizar seus serviços como os

de treinamento, recrutamento e seleção, cargos e salários, higiene e segurança no

trabalho, benefícios e outros comandadas por um gerente de relações industriais.

d. Na fase administrativa (ou sindicalista segundo Tose) gerou um baque nas relações entre

capital e trabalho, onde se implantou o movimento sindicalista denominado “novo

sindicalismo”. A fase implicou na mudança do, até então, gerente de relações industriais

passando o cargo a ser chamado de Gerente de Recursos Humanos transferido assim

atribuições mais burocráticas e humanísticas respectivamente de cunho sindicalista e

social.

e. A fase estratégica foi demarcada operacionalmente, segundo Albuquerque (1988), pela

introdução dos primeiros programas de planejamento estratégico juntamente com o

planejamento estratégico central das organizações. A partir daí houve-se as primeiras

preocupações a longo prazo em relação aos trabalhadores sendo parte do board da

empresa, dessa forma o gerente de RH migrou da posição gerencial de nível tático passou

para o nível estratégico reconhecido como diretoria nas organizações.

Demo (2012) extraiu a seguir a visão de uma das teorias que tratam de Gestão de Pessoas ou

administração de RH, a teoria do Capital Humano:

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Para dar valor as pessoas, às organizações devem ir além da noção de recursos humanos em direção à noção de capital humano, ou seja, entendendo capital humano como a noção que vê as pessoas não como recursos perecíveis a serem consumidos, mas como bem de valor a ser desenvolvido (FRIEDMAN, HATCH E WALKER 2000 apud DEMO 2012, grifo da autora).

Podemos perceber que historicamente as teorias foram mudando suas denominações,

inicialmente chamado de Departamento Pessoal, depois Departamento/Setor de Recursos Humano,

Gestão de RH e/ou Administração de RH até finalmente obtermos a denominação Gestão de Pessoas,

sendo uma visão mais moderna dos trabalhos de Recursos Humanos bem mais humanístico voltada

para as pessoas integrantes das organizações.

2.1.2 Políticas de Gestão de Pessoas

As políticas de gestão de pessoas podem ser resumidas em seis processos: de agregar

pessoas, aplicar pessoas, recompensar pessoas, desenvolver pessoas, manter pessoas e

monitorar pessoas. Em âmbito conceitual e estrutural mais atual, Chiavenato (2014) classifica os

processos da gestão de pessoas em seis processos que regem as atividades da moderna GP:

Figura 7 - Processos básicos da gestão de pessoas

Fonte: Adaptado de Chiavenato (2010).

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Demo (2012) compila as definições de vários autores em sua obra, assim descrevendo as

seguintes políticas de GP:

Recrutamento e seleção: Consiste na divulgação de determinado cargo a ser ocupado na

empresa com os requisitos necessários para compor o perfil do profissional desejado sendo

posteriormente selecionado o candidato desejado a partir do recrutamento;

Envolvimento: Trata-se de aculturar o novo colaborador à empresa, respeitando-o, utilizando

dos melhores canais de comunicação, criando bom laços no ambiente de trabalho, lhe dando

feedback de suas atribuições, proporcionando ligação nas tomadas de decisões e

recompensando-o;

Treinamento, Desenvolvimento & Educação: Política responsável pela capacitação e

desenvolvimento de competências do colaborador, podendo lhe proporcionar ascensão de

carreira, amadurecimento melhoria de suas funções participando de treinamentos on the job

(interno) ou aprendizagem em fora da rotina de trabalho, como em sala de aula;

Condições de Trabalho: Política preocupada em com as condições de trabalho dos

colaboradores em termos de benefícios, saúde, segurança e tecnologia;

Avaliação de Desempenho e Competências: Baseia-se na avaliação das competências dos

colaboradores em consonância com as metas e o planejamento da empresa tendo um

feedback do desempenho visando alcançar os objetivos;

Recompensas: Trata de reconhecer o desempenho do colaborador através de recompensas

financeiras ou incentivos.

2.2 Surgimento e evolução do Treinamento, Desenvolvimento e Educação

Este capítulo será baseado nos conceitos de Borges-Andrade, Abbad e Mourão (2006) na qual

explicam a evolução da nomenclatura Treinamento e Desenvolvimento (T&D) para Treinamento,

Desenvolvimento e Educação (TD&E) na sua obra.

A origem da expressão T&D se dá inicialmente pelas primeiras ações envolvendo treinamento

e desenvolvimento nos primórdios da civilização, onde o homem das cavernas repassava às suas

proles os conhecimentos necessários que asseguravam a sobrevivência e continuidade da sua

espécie. Com o passar dos anos os preceitos de treinamentos e desenvolvimento foram se

sistematizando e sendo utilizadas para benefícios comuns. A segunda guerra mundial proferiu o início

do reconhecimento e a sistematização de T&D, assim com o passar dos anos as práticas foram

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consolidadas até que fossem utilizadas nas organizações (BORGES-ANDRADE, ABBAD e MOURÃO,

2006, p. 138).

O termo Treinamento e Desenvolvimento se origina no cenário norte-americano na criação da

American Society for Training and Development (ASTD).

A história da ASTD mostra que as sementes da sua criação foram lançadas em Nova Orleans, estado norte americano de Louisiana, durante a reunião de um comitê de treinamento do American Petroleum Institute, em 1942. Os Estados Unidos estavam em guerra, e o treinamento de pessoal era crítico para atender as necessidades do aumento de produção e de recolocação dos trabalhadores que vieram suprir as vagas criadas em função do alistamento militar (BORGES-ANDRADE; ABBAD e MOURÃO, 2006, p. 138).

Até os meados dos anos 1970’, falava-se apenas de treinamento, até que o professor Leonard

Nadler tratou de criar o termo desenvolvimento de recursos humanos justificando e apresentando para

a ASTD que tudo aquilo debatido se tratava, na verdade, de desenvolvimento de recursos humanos,

sendo assim, mesma década a ASTD havia adquirido uma nova identidade, entre elas a abrangência

da visão restrita em relação a treinamentos marcada pela disciplina (BORGES-ANDRADE; ABBAD e

MOURÃO, 2006, p. 139).

2.2.1 Treinamento

Marras (2008) diz que “treinamento é um processo de assimilação cultural a curto prazo que

objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionadas diretamente a

execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho” (p. 133).

O mesmo autor ainda fala que todas as pessoas possuem um “CHA individual” que consiste

numa bagagem adquirida de conhecimentos, habilidades e atitudes. Esse CHA é alimentado nas

empresas com os treinamentos, como por exemplo, um curso de 5 horas ensinando como manusear

um programa novo a ser utilizado na organização.

Para Chiavenato (1999, p. 294) “o treinamento é uma maneira eficaz de delegar valor às

pessoas, à organização e aos clientes. Ele enriquece o patrimônio humano das organizações”, sendo

assim, o treinamento favorece melhor desenvoltura profissional, melhorias na rotina de trabalho e nas

relações com os clientes.

Um colaborador resistente às mudanças de mercado, principalmente tecnológicas, está sujeito

a perder espaço na organização por ser avesso a uma especialização ou capacitação. O mesmo tende

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a uma carreira profissional não tão alavancada, portanto, Robbins (2002) salienta que “a maioria dos

treinamentos visa à atualização e ao aperfeiçoamento das habilidades técnicas dos funcionários” (p.

469).

Abbad e Sallorenzo (2001) ressalta a importância da competência individual, esta adquirida a

partir de treinamentos quando diz que “competência individual é um conjunto de hábitos de trabalho

mensuráveis e habilidades pessoais necessárias para se alcançar um objetivo de trabalho” (p. 25),

portanto, o Treinamento proporciona uma perspectiva de aperfeiçoamento funcional, o aumento da

produtividade e ao aprimoramento das relações interpessoais (TACHIZAWA, 2006, p. 218).

Milkovich e Boudreau (2010) conceituam treinamento como um “processo sistemático para

promover aquisição de habilidades, regras, conceitos ou atitudes que resultem em uma melhoria da

adequação entre as características dos empregados e as exigências dos papéis funcionais” (p 338).

Em reforço às demais teorias, Boog (2006, p. 127) diz que treinamento significa a “obtenção de

técnicas e habilidades específicas, detalhadas e rotineiras do trabalho”.

Em relação a necessidade de se realizar treinamentos, Gobe (2000) ressalta a realização de

um planejamento para implementar um programa de treinamento dividido em quatro fases:

Levantamento de necessidades: Requer em um levantamento de carências da

organização, através de um diagnóstico, identificando os aspectos que podem ser

melhorados por meio de treinamento adjunto a uma comparação de colaboradores e suas

competência em detrimentos dos cargos oferecidos.

Definição do objetivo e conteúdo: o diagnóstico apresenta um modo de realizar o

planejamento para o treinamento, considerando todas as necessidades identificadas, de

forma clara e por todo o processo.

Determinação do método de treinamento: o método definido para a implementação

do treinamento devem ser compatíveis com os colaboradores e grupos envolvidos,

objetivando o melhor aprendizado possível.

Avaliação dos resultados: ao concluir o programa de treinamento, é indispensável a

avaliação dos resultados obtidos, das mudanças comportamento e atitude. Nessa fase

observa-se a eficácia do programa em relação às mudanças almejadas ou esperadas no

desempenho do colaborador e quanto ao impacto sobre a deficiência identificada no

diagnóstico e se aperfeiçoou realmente os conhecimentos do funcionário treinado.

Em suma, as percepções dos autores explicam quem o treinamento consiste em um trabalho

realizado em curto prazo, que objetiva aguçar e enriquecer as competências do colaborador paralelo ao

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melhoramento das atividades funcionais da organização, assim tornando o colaborador mais

capacitado e mais preparado para os desafios da rotina de trabalho em conjunto aos alcances dos

objetivos da organização.

2.2.2 Desenvolvimento

Nesse embasamento teórico, alguns autores se preocupam em diferenciar treinamento e

desenvolvimento como França (2007) e Marras (2011). Ambos retratam que os procedimentos de

treinamento são de curto tempo que auxiliam nas rotinas de trabalho, enquanto que classificam

desenvolvimento como um processo de longo prazo que engloba toda e qualquer experiência, inclusive

treinamento, que venha a alimentar os conhecimentos, aperfeiçoar práticas e fazer com que o

colaborador obtenha mais êxito profissional e mais colaborativo para a organização.

O desenvolvimento de pessoal representa um conjunto de atividades e processos cujo objetivo é explorar o potencial de aprendizagem e capacidade produtiva do ser humano. Visa à aquisição de novas habilidades e novos conhecimentos e a modificação de comportamentos e atitude. Procura definir métodos e procedimentos que possibilitem maximizar o desempenho profissional e elevar os níveis de motivação para o trabalho. Um plano de desenvolvimento motiva as pessoas da organização, cria perspectivas de evolução e contribui para a melhoria dos resultados (TACHIZAWA, 2008, p. 218)

O quadro que segue traz uma exposição de conceituações de seis autores sobre

Desenvolvimento:

Quadro 3 - Definição de desenvolvimento

Autores Definição de desenvolvimento

Marras (2011) Desenvolvimento gerencial oferece ao treinado uma macrovisão business, preparando-o para voos mais altos, a médio e longo prazos.

Ivancevich (2008) O desenvolvimento prepara o funcionário para o futuro. Ele enfatiza o aprendizado e o crescimento pessoal.

Boog (2006) É a melhoria e o crescimento, dentro de um objetivo, mais amplo, das habilidades, das atitudes e dos traços de personalidade.

Milkovich e Boudreau (2000) Desenvolvimento é o processo de longo prazo para aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados, a fim de torná-los futuros membros valiosos da organização. O desenvolvimento não inclui apenas treinamento,

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mas também a carreira e outras experiências.

Nadler (1984) Aprendizagem voltada para o crescimento individual, sem relação com um trabalho especifico.

Flippo (1980) O desenvolvimento diz respeito ao aumento da perícia, através de treinamento, que é necessária para desempenho apropriado do cargo.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

Tratando-se de desenvolvimento de competências, Zarifian (2003) reforça essa ideia

conceituando competência como “a tomada de iniciativa e o assumir de responsabilidade do indivíduo

sobre problemas e eventos que ele enfrenta em situações profissionais” (p. 139),

Dessa maneira, definimos Desenvolvimento como uma junção de conhecimentos, técnicas e

habilidades que um indivíduo adquire a longo prazo, em caráter organizacional, consiste em uma

preparação contínua de um colaborador, agregando-o conhecimento, lapidando-o e,

consequentemente, desenvolvendo competências para futuras novas atribuições que requer pessoal

mais especializado.

O organograma de Marras (2008) a seguir (figura 8) esquematiza como funciona o

departamento, até então, de Recursos Humanos com as funções de T&D assim subdivididas:

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Figura 8 - Modelo De Organograma de Treinamento e Desenvolvimento

Fonte: Adaptado de Marras (2008).

Por fim, podemos observar Treinamento e Desenvolvimento como um sistema integrado por

três elementos: (a) avaliação de necessidades; (b) planejamento do treinamento e sua execução e; (c)

avaliação do treinamento. Os fluxos de informações giram em torno desses elementos e produtos,

sendo que o subsistema “avaliação de treinamento” seria o principal responsável pelo provimento de

informações que garante a retroalimentação e o aperfeiçoamento constante do sistema. Esta avaliação

pode ser definida como um processo que inclui algum tipo de coleta de dados usados para se emitir um

juízo de valor a respeito de treinamentos (BORGES-ANDRADE E ABBAD 1996).

2.2.3 Educação

Borges-Andrade, Abbad e Mourão (2006) trazem aos campos atuais da gestão de pessoas o

termo Educação, assim abrangendo e aperfeiçoando o termo mais convencional Treinamento e

Desenvolvimento (T&D) para Treinamento, Desenvolvimento e Educação (TD&E).

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Programas ou conjuntos de eventos educacionais de média a longa duração que visam à formação e qualificação profissional contínuas dos empregados. Incluem cursos técnicos profissionalizantes, cursos de graduação, cursos de pós-graduação latu sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado profissional, mestrado acadêmico ou doutorado) (BORGES-ANDRADE; ABBAD; MOURÃO, 2006, p. 144).

A educação define o nível de desenvolvimento de um país, seja ela educação básica, técnica

ou superior, desse modo, o homem é fruto de seu discernimento de informações e conhecimento para

o progresso organizacional, porém não basta apenas o homem compreender processos se não houver

uma aplicabilidade permanente, é nesse ponto que entra a educação continuada (STAREC, 2011). O

autor ainda cita a mítica frase “só sei que nada sei” de Sócrates no título de um dos capítulos de sua

obra, de modo que essa frase representa “o que poderia ser a fonte básica de toda vantagem

competitiva sustentável que reside na capacidade de aprender com mais rapidez que os concorrentes”

(p. 42).

Chiavenato (2004) associa educação como parte integrante do desenvolvimento de pessoas,

ele afirma que “os processos de desenvolvimento de pessoas estão intimamente ligados com a

educação” (p. 290), podemos englobar essa afirmação levando em conta que desenvolvimento e

educação são processos em longo prazo, o que proporciona essa relação, um indivíduo se desenvolve

ao se educar.

Considerando o indivíduo fruto da base empírica que ele adquire ao longo da vida, nessa linha

de raciocínio afirmando conceitualmente educação, Pontual apud Borges- Andrade (2006) diz que “a

educação refere-se a todos os processos pelos quais as pessoas adquirem compreensão do mundo,

bem como capacidade para lidar com seus problemas” (p. 142).

O campo educacional vai desde a alfabetização até a formação superior, abrangendo aptidões

básicas. Tanke (2009) cita em sua obra as companhias de hospitalidade que criam programas para

ajudar seus colaboradores em aspectos relacionados a aptidões básicas. “Essa iniciativa refere-se a

ensinar, ou instruir as pessoas nas aptidões básicas de leitura, escrita e matemática. Algumas vezes

esses programas são designados como educação no local de trabalho” (p. 199). O autor ainda

ressalta que a expressão grifada é recebida mais positivamente que o termo “programa de aptidões”.

As grandes corporações investem numa modalidade de educação denominada Universidade

Corporativa. A mesma consiste numa entidade educacional que tem como cunho estratégico alinhar e

cultivar o conhecimento e aprendizagem individual e organizacional, com o propósito de ajudar a

organização-mãe (BORGES-ANDRADE, 2006, p. 152).

A universidade corporativa se apresenta como uma possível solução, um sistema de desenvolvimento de pessoas, pautando na gestão por competências, o qual tem por

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objetivo promover a cultura, os valores da empresa e capacitar os funcionários de acordo com as necessidades específicas de cada setor (STAREC, 2011, p. 44)

Educação, portanto, em sentido amplo, é um conjunto de conhecimento adquiridos ao longo da

vida, agregando como desenvolvimento para o indivíduo, assim incluindo aptidões adquiridas e

também enaltecendo o grau de instrução, que vão desde sua alfabetização até o ensino superior, e em

outro modo, o enfoque nas práticas educacionais dentro das organizações para aperfeiçoamento de

funções organizacionais.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Minayo (2007) define metodologia como “a discussão epistemológica sobre ‘o caminho do

pensamento’ que o tema ou o objeto de investigação requer” (p. 44). A mesma ressalta a importância

dos métodos, técnicas e instrumentos adequados para os levantamentos da pesquisa, atentando-se

também a “criatividade do pesquisador”, ou seja, exigindo do pesquisador suas características nas

formulações teóricas que venham a condizer com a busca às respostas para a pesquisa.

3.1 Caracterização da pesquisa

Para realização deste trabalho, foi-se utilizado dos métodos e critérios proposto por Vergara

(2007). A autora esmiúça a pesquisa em dois segmentos:

Quadro 4 - Critérios de pesquisa por Vergara (2007)

QUANTO AOS FINS QUANTO AOS MEIOS

a) exploratória; b) descritiva; c) explicativa; d) metodológica; e) aplicada; f) intervencionista.

a) pesquisa de campo; b) pesquisa de laboratório; c) documental; d) bibliográfica; e) experimental; f) ex post facto; g) participante; h) pesquisa-ação; i) estudo de caso.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

Quanto aos fins utilizou-se de uma pesquisa exploratória e descritiva. Gil (2002) diz que a

pesquisa exploratória pretende criar uma familiaridade com o problema, gerando um aprimoramento de

ideias. Hair Jr. et al. (2005) reforça essa tese salientando que esse tipo de pesquisa é para o

“pesquisador que não sabe muito” e que se dispõe de poucas informações, sendo aguçado a obter

descobertas, sem a intenção de testar hipóteses.

A pesquisa em caráter descritivo prioriza fazer a descrição de população ou fenômeno e/ou,

então, o estabelecimento de relações entre variáveis (GIL, 2002, p. 42). Para o mesmo, esse tipo de

pesquisa caracteriza-se pela utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, como

questionário e observação sistemática. Descrever a realidade de população ou fenômeno permitirá

mensurar as práticas de TD&E nas empresas associadas a CDL Pau dos Ferros, facilitando promover

mudanças da realidade estudada.

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Quantos aos meios, o trabalho embasou-se de uma pesquisa de campo, onde esta “permite a

obtenção de dados sobre um fenômeno de interesse da maneira como ele ocorre na realidade

estudada” (OLIVEIRA, 2003). No mesmo raciocínio, Vergara (2007, p. 47) explica que “a pesquisa de

campo é a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que

dispõe de elementos para explica-lo. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e

observação participante ou não”, desse modo, no presente estudo, abordou-se um grupo de empresas

associadas a CDL Pau dos Ferros, coletando informações de proprietários e de seus colaboradores.

3.2 Universo e amostra

Pesquisar o universo trata de abranger toda uma população em determinado segmento a ser

estudado, obtendo-se um censo. População não quer dizer habitantes, mas aos elementos que

consiste naquele estudo, sejam empresas, produtos ou pessoas, por exemplo (VERGARA, 2007).

A pesquisa em Administração envolve a coleta de informações para melhorar a tomada de decisões. Essa coleta de informações implica contatar pessoas que conheçam um determinado tópico. Referimo-nos ao grupo de pessoas com conhecimento como população ou universo. Uma população, portanto, é o total de todos os elementos que compartilham de algum conjunto comum de características. (HAIR Jr. et al, 2005, p. 237).

A CDL Pau dos Ferros conta atualmente com 100 associados contribuintes, consistindo no

universo. Para a realização deste trabalho optou-se pela extração de uma amostra do referido universo,

tendo em vista a dificuldade de abranger toda a população e realizar um censo. Já dizia GIL (2002) que

“pelas dificuldades materiais que envolvem sua realização, os censos só podem ser desenvolvidos

pelos governos ou por instituições de amplos recursos” (p. 51).

A amostra pode ser extraída a partir de um cálculo estatístico probabilístico, seja ele simples ou

aleatório, estratificada ou por conglomerado, ou sendo não probabilística selecionando através de

acessibilidade ou tipicidade. (VERGARA, 2007, p. 50).

Assim, a pesquisa embasou-se na extração de uma amostra não probabilística por julgamento,

ou intencional, consistindo em uma seleção do pesquisador “por conveniência em que o julgamento do

pesquisador é usado para selecionar elementos de amostra. Os elementos da amostra são escolhidos

porque o pesquisador acredita que eles representam a população alvo” (HAIR. Jr. et. al. 2005).

Para proferir o estudo, a amostra por julgamento se deu em pesquisar o ramo de atividades

com maior número de empresas, assim selecionando as empresas que constituem o grupo que

possuam atividades ligadas ao ramo de Confecções, totalizando 10 empresas.

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Quadro 5 - Empresas ligadas ao ramo de confecções

NOME FANTASIA DA EMPRESA RAMO ASSOCIADO DESDE

1. ATACADÃO DAS CONFECÇÕES Confecções 2011

2. AQUINOS CONFECÇÕES (New Vest)

Confecções 2006

3. LEUZA MODAS Confecções 2003

4. AQUARIOS Confecções 2001

5. CARROSSEL (One Store) Confecções 1999

6. PLAY BOY SPORTS Confecções e calçados 1998

7. ATRAÇÃO CONFECÇÕES Confecções e variedades 1996

8. DESAFIO MASCULINA Confecções e calçados 1996

9. MAX MODAS Confecções 1995

10. MODA TROPICAL Confecções e variedades 1991

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Após selecionar as empresas, detectamos o número de colaboradores que atuam nessas

organizações. Na tabela abaixo observamos o número de funcionários de cada empresa e o percentual

destes respondentes da pesquisa:

Tabela 1 - Quantificação do quadro funcional das empresas

EMPRESA Nº DE FUNCIONÁRIOS Nº DE RESPONDENTES

Aquario’s 7 85,7%

Atacadão das Confecções 6 100%

Atração Confecções 1 100%

Carrossel (One Store) 6 100%

Desafio Masculina 1 100%

Leuza Modas 2 100%

Max Modas 4 75%

Moda Tropical 4 100%

New Vest 6 100%

Play Boy 9 100%

TOTAL 46 95,6%

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

3.3 Coleta de dados

Na pesquisa de campo foram utilizados dois instrumento de coleta de dados: uma entrevista

com estrutura semiaberta e dois questionários, sendo um aplicado para os empresários das empresas

pesquisadas e o outro aplicado para os colaboradores das referidas empresas.

Para a entrevista, foi-se utilizado de uma estrutura semiaberta, por apresenta certas vantagens:

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Um roteiro de estrutura semiaberta, tal como o roteiro de estrutura fechada, é focalizado. Porém, ao contrário da estrutura fechada, permite inclusões, exclusões, mudanças em geral nas perguntas, explicações ao entrevistado quanto a alguma pergunta ou alguma palavra, o que lhe dá um caráter de abertura (VERGARA, 2009 p. 14)

Em sua fundamentação teórica, Andrade (2009) diz que “a entrevista constitui um instrumento

eficaz na recolha de dados fidedignos para a elaboração de uma pesquisa, desde que seja bem

elaborada, bem realizada e interpretada (p. 133)”, desse modo, a entrevista se fez importante para

coletas informações da CDL Pau dos Ferros em relação às suas percepções sobre ações de TD&E por

ela realizados, e dados que venham a complementar nos questionários aplicados aos empresários.

A entrevista foi aplicada em dois momentos com três sujeitos; o presidente da CDL Pau dos

Ferros, e as duas secretárias ao mesmo tempo. Goldenberg (2007) ressalta que as pessoas acreditam

que dentro de uma hierarquia a pessoa mais ao topo tem mais credibilidade e mais conhecimento tão

quão as demais, que não conhecem tão bem o assunto, mas “na verdade o pesquisador não deve se

limitar a ouvir apenas estas pessoas. Deve também ouvir quem nunca é ouvido, invertendo assim esta

hierarquia de credibilidade” (p. 85) no caso, a entrevista pôde ser compartilhada com as secretárias.

O pré-teste ocorreu no dia 15 de abril com a secretária Damares Gonçalves, o que possibilitou

detectar falhas no instrumento. Depois das devidas correções, finalmente foram aplicadas as

entrevistas em 27 e 28 de abril de 2015, respectivamente.

O questionário representa o método mais prático de coleta de dados, por ser padronizado, de

fácil aplicação e sendo analisável de maneira rápida, porém desvantajoso por limitar um número de

alternativas/respostas (GOLDENBERG. 2007), assim como um complexo controle em relação à

verossimilhança das respostas.

Nesse método de coleta “o pesquisador, ao elaborar seus questionários, deve ter a

preocupação de determinar o tamanho, o conteúdo, a organização e clareza de apresentação das

questões a fim de estimular o informante a responder” (BARROS, LEHFTELD, 1990 p. 50).

Andrade (2009) atenta ao cuidado que o pesquisador deve ter ao elaborar um questionário:

Para elaborar as perguntas de um questionário, é indispensável levar em conta que o informante não poderá contar com explicações adicionais do pesquisador. Por este motivo, as perguntas devem ser muito claras e objetivas a preferência deve recair sobre o emprego de perguntas fechadas, ou seja, as que pedem respostas curtas e previsíveis (ANDRADE, 2009, p. 136).

O questionário 1 foi composto por 14 questões de múltipla escolha aplicadas para os

empresários(as)/proprietário(as) das empresas no intuito de disseminar as percepções dos mesmos

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sobre as atividades de treinamento, desenvolvimento e educação, nos dando a resolução de dois

objetivos deste trabalho. O pré-teste ocorreu no dia 28 de abril, passando posteriormente por poucas

alterações, teve sua aplicação e coleta nos dias 29 e 30 de abril, 2, 4 e 5 de maio de 2015.

O questionário 2 foi aplicado simultaneamente para os colaboradores (funcionários). Este foi

adaptado de Gisela Demo (2012), o mesmo se encaixa nos moldes exigidos para coletar os dados dos

colaboradores que possibilite a resolução de um dos objetivos deste trabalho, assim sendo, o

questionário foi aplicado para os colaboradores das 10 empresas nas datas já citadas, número esse

extraído anteriormente da amostra intencional. Não houve pré-teste para esse instrumento.

Quadro 6 - Divisão da aplicação de instrumentos

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

3.4 Tratamento dos dados

A pesquisa se voltará para análise estatística descritiva e análise de conteúdo, se configurando

como uma pesquisa mista quantitativa-qualitativa (quanti-quali).

A análise estatística descritiva é um tipo de análise quantitativa utilizada para descrever ou

resumir um conjunto de dados usando métodos estatísticos. Os dados serão explicitados em

demonstrações gráficas elaboradas pelo software Microsoft Excel, selecionados de tal maneira que

melhor representar o conteúdo, objetivando a melhor compreensão do leitor. “Um dos objetivos da

estatística descritiva é descrever as características básicas de um estudo, muitas vezes com o uso de

uma análise gráfica” (E. GRAY. 2012).

A análise de conteúdo é um tipo de analise qualitativa, definida como um conjunto de técnicas

de análise das comunicações, buscando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de

descrição do conteúdo das mensagens, indicadores que permitam a inferência de conhecimentos

relativos às condições de produção e recepção destas mensagens. Assim caracterizando como um

meio de tratar informações contidas nas mensagens coletadas (BARDIN, 2011).

Instrumento Sujeito Objetivo Tratamento

Entrevista semiaberta Presidente/secretárias 1, 2 e 3 Qualitativo (análise de conteúdo)

Questionário 1 Proprietários/empresários 2 e 3 Quantitativo (planilhas eletrônicas)

Questionário 2 Colaboradores 4 Quantitativo (planilhas eletrônicas)

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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Após a realização da pesquisa de campo, os dados coletados terão suas análises descritas

abaixo segmentadas com os respectivos títulos de cada assunto abordado. Inicialmente será feita a

análise das entrevistas para que possamos interpretar a visão da CDL Pau dos Ferros sobre as

práticas de TD&E. Em um segundo momento os dados quantitativos serão expostos para apresentar a

visão dos empresários, e em seguida os colaboradores das empresas estudadas.

4.1. Da entrevista com a CDL e do questionário com os empresários

As entrevistas foram gravadas em áudio multimídia e ocorreram em locais diferentes. O

presidente da CDL optou pela entrevista na organização na qual é proprietário, a empresa Eletro Play

Celular localizada na Rua Dom Pedro II, número 46, centro de Pau dos Ferros, enquanto que as

secretárias foram entrevistadas na sede da CDL Pau dos Ferros de localização já especificada na

caracterização.

O primeiro entrevistado é o atual presidente da CDL Pau dos Ferros, o Sr. Edilton Honorato de

Souza tem 44 anos e possui o ensino médio completo. Edilton tem associação com a CDL Pau dos

Ferros desde 1999 quando sua empresa ainda chamava-se “CD Play”, e há três anos é presidente da

CDL local, tendo seu mandato renovado até 31 de dezembro de 2017.

O mesmo roteiro de entrevistas ocorreu com as secretárias organizacionais Damares

Gonsalves Cavalcante Maia (secretária X) e Ana Clécia de Queiroz Fernandes (secretária Y). A

primeira tem 36 anos e, assim como Edilton, possui o ensino médio completo, sendo ela secretária da

CDL Pau dos Ferros há 12 anos, enquanto que a segunda tem 30 anos e é graduada em Economia

pela UERN e tem pouco mais de 2 anos de serviço prestado.

Os questinários aplicados aos empresários foram realizados em seus locais de trabalho, ou

seja, nas empresas aos quais os empresários são proprietários, em seguida disseminandos em

demonstrações e planilhas gráficas, visando as devidas resoluções dos objetivos propostos no início

deste trabalho.

Inicialmente será esmiuçado as demonstrações referente ao questionário 1 que compete aos

empresários com suas respectivas respostas, em seguida a abordagem será do questionário 2, dirigdo

aos colaboradores com suas assinalações, todos demonstrados graficamente.

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49

4.1.1 O perfil dos associados e suas dificuldades de gerenciamento

Conhecer o perfil dos associados se fez necessário para a resolução dos objetivos proposto

deste trabalho, desse modo, as três primeiras perguntas do instrumento aplicado aos empresários

possibilitou obter um breve perfil social dos mesmos, detectando o gênero, faixa etária e o grau de

instrução. O Gráfico 1 apresenta os gêneros dos empresários.

Gráfico 1 - Gênero dos empresários do ramo de Confecções associados a CDL Pau dos Ferros

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Podemos observar uma ligeira maioria do gênero feminino (60%) enquanto que o gênero

masculino compõe o mercado de empresas associadas à CDL Pau dos Ferros no ramo de confecções

em um percentual de 40%.

Depois dos percentuais dos gêneros, o próximo gráfico faz a relação de gênero-idade dos

empresários pesquisados.

Gráfico 2 - Relação gênero-idade dos empresários

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

40%

60%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Masculino

Feminino

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Entre 31 e 40 anos

Entre 41 e 50 anos

Mais de 51 anos

Masculino

Feminino

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50

Na subdivisão do Gráfico 2, podemos mensurar que todos os homens pesquisados são com

idades entre 41 e 50 anos (40% dos sujeitos pesquisados), enquanto as seis mulheres da pesquisa se

alternam nas faixas etárias, sendo três delas entre 41 e 50 anos (30%), duas com mais de 51 anos

(20%) e uma entre 31 e 40 anos equivalendo a 10% dos empresários pesquisados. Nessa percepção,

observamos que mais da metade dos pesquisados (70%) possuem idade entre 41 e 50 anos.

O próximo gráfico expões os percentuais em relação ao grau de instrução dos empresários:

Gráfico 3 - Grau de instrução dos empresários

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Acima demonstra que 40% dos proprietários possuem ensino superior completo. Dentro desse

percentual, apesar de não demonstrado no gráfico, 30% são do gênero feminino, retratando certa

predominância instrucional por parte das mulheres da pesquisa, assim metade delas possuem ensino

superior completo. Os demais graus de instruções se dividem sendo 30% com o ensino médio

completo, 20% com o ensino fundamental completo e 10% que assinalaram ter seu ensino médio

incompleto.

Em seguida observou-se as dificuldades dos associados para com suas gestões. O

questionamento se deu no intuito de obter uma visão geral por parte da CDL em relação a seus

associados para conhecer onde eles têm mais dificuldade no gerenciamento de suas empresas.

O presidente da instituição relatou que os associados possuem dificuldades na adaptação de

novas regras impostas pelo governo, regras essa em relação a impostos e exigências fiscais, como o

20%

30%

10%

40%

Ensino fundamental completo

Ensino médio completo

Ensino médio incompleto

Ensino superior completo

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

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ponto eletrônico para funcionários, emissões de notas fiscais, entre outros, e concorda que a parte

burocrática é uma questão de dificuldade que os associados têm em se enquadrar.

Divergindo um pouco da resposta do presidente, a secretária X afirma que a maior dificuldade

da gestão dos associados é o controle da inadimplência “pois eles têm uns ‘fiados’ muito grandes”, e

também se refere como dificuldade o acompanhamento às inovações do mercado, como a utilização de

novas ferramentas tecnológicas de trabalho.

4.2. Histórico de atividades ligadas à TD&E desenvolvidas pela CDL de Pau dos Ferros.

Para esse objetivo, os sujeitos afirmaram em suas entrevistas que o trabalho de promover

Treinamento, Desenvolvimento e Educação se realiza juntamente em parceria com empresas

especializadas em ofertar essas atividades, como a Futura Treinamentos, Instituto Nacional de Cursos

Livres (INAC), Orion Cursos, Cursos FPMP, etc.

Com base nas respostas obtidas com as entrevistas, o quadro abaixo demonstra um pouco das

atividades ligadas a TD&E realizados pela CDL Pau dos Ferros nos últimos 5 anos:

Quadro 7 - Tipos de TD&E realizados pela CDL Pau dos Ferros

PALESTRAS MINICURSO CURSO TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE

CURSO EXTENSIVO

Motivação;

Como administrar;

Como gerenciar o caixa;

Encantamento do Cliente.

Técnicas de vendas;

Atendimento ao cliente;

Inadimplência e Marketing Propagandas

Eletricista;

Cabelereiro(a);

Manuseio de Máquinas pesadas;

Mecânica.

Aux. Administrativo e Financeiro;

Aux. Farmácia;

Manutenção Refrigeração.

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

As atividades do quadro 7 são oferecidas não só para os associados, mas para a população

em geral, entretanto, as secretarias relatam que a CDL já ofereceu cursos exclusivos para os

associados, como “Informática básica” e “Informática avançada”.

As informações coletadas foram obtidas por meio da entrevista e através de consulta na página

do facebook de CDL Pau dos Ferros (ver anexos A, B, C e D), ademais, não foram disponibilizados

documentos e outros materiais publicitários com registros de eventos.

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4.3. Percepção dos empresários e da CDL Pau dos Ferros sobre TD&E de colaboradores em

suas empresas

Através da entrevista com a CDL e o questionário aplicado no grupo de empresários

pesquisados, levantou-se a percepção que o empresariado local do ramo de confecções possui em

relação às atividades de TD&E, e a partir da coleta qualitativa e quantitativa, pode-se ter a base de

dados necessária para obtenção de informações que se complementem de forma concomitante.

Com o propósito de identificar se os empresários associados estudados possuem

conhecimento em relação à nomenclatura TD&E, dos 10 questionados apenas1 conhecia, assim sendo

os outros 9 ainda sendo leigos em relação a esse conhecimento. Ainda com relação à nomenclatura, 3

deles assinalaram que sabiam diferenciar os termos treinamento, desenvolvimento e educação. O

gráfico seguinte faz a relação percentual de respostas sobre tal conhecimento.

Gráfico 4 - Relação percentual de respostas sobre TD&E

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

4.3.1. Quanto a treinamento

Os entrevistados da CDL, quando questionados sobre a avaliação em relação à participação

dos associados em treinamentos de capacitação de pessoas realizados pela CDL, expuseram que há

um certo desinteresse dos associados em participar e incentivar a participação de seus colaboradores,

o que gera uma mediana participação por parte dos mesmos nessas atividades.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Já ouviu falar em TD&E? Sabe diferenciar os termos?

Sim

Não

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O presidente relatou, em seu ponto de vista, que os empresários possuem uma “mente

fechada” para essas práticas, e que os mesmos deveriam aderir mais ao associativismo.

Condizendo com as palavras do presidente, as secretárias também acreditam nessa

resistência, tipificando uma idiossincrasia do empresariado local que impede essa abertura para novas

tendências oferecidas em treinamentos.

Sobre oferta de treinamentos, a maioria diz que propicia essas práticas para seus

colaboradores, como mostra o gráfico 5.

Gráfico 5 - Se os empresários oferecem Treinamento para os colaboradores

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

A maioria dos respondentes marcaram que sim (80%), ofereciam treinamento, e 20% que não

ofereciam. Os pesquisados que responderam “não”, em virtude da resposta, foram conduzidos para a

questão 9 do questionário (gráfico 8), portanto, as próximas duas demonstrações gráficas a seguir

representarão os tipos de atividades exercidas em relação a treinamento realizadas pelos empresários

que oferecem essa prática aos colaboradores, onde os mesmos puderam assinalar mais de uma

opção.

80%

20%

Sim

Não

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

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54

Gráfico 6 - Que instituições procuram quando precisam de Treinamentos

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

A instituição SEBRAE predomina na preferência dos empresários, obtendo 7 assinalações,

enquanto que a CDL ainda é uma instituição pouco procurada para treinamentos obtendo 2

assinalações (consultar documentos em anexos E, F, G, H, I, J e K). A opção “outros” foi especificada

no questionário com “consultoria em loja”. As consultorias geram um diagnóstico da empresa, sendo

também levantadas as necessidades de treinamento, e em um segundo momento, podendo realizar o

que chamamos de treinamento on the job, ou seja, no local de trabalho.

A próxima demonstração explicita a visão por parte dos empresários que ofertam treinamento

para os colaboradores sobre o momento em que acham ideal utilizar de treinamentos.

Gráfico 7 - Quando os empresários acham ideal utilizar de treinamentos

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

SEBRAE CDL Não procura outros

FREQUÊNCIA

3

3

3

1

1

Na entrada de novos funcionários

Quando ofertado por alguma instituição deinteresse

Para se sobressair à concorrência

Ao adquirir nova tecnologia

Outros

FREQUÊNCIA

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55

Na frequência de respostas, 3 marcações indicam que os empresários acham ideal utilizar de

treinamento na entrada de novos funcionários, mesmo número de marcações para aqueles que se

advém de treinamento quando se é ofertado por alguma instituição de interesse, e assim como as

opções anteriores, 3 marcações demonstram que os empresários se apropriam de treinamentos para

se sobressaírem à concorrência. Apenas uma marcação foi em relação à aquisição de nova tecnologia,

ou seja, utilização de um novo sistema tecnológico de trabalho, e uma marcação para “outros”,

preenchida nominalmente com “treinamentos periódicos no decorrer do ano” o que demonstrando

utilização de treinamento de maneira periódica por parte da empresa.

4.3.2. Quanto à Desenvolvimento

Também procurou saber o olhar da CDL Pau dos Ferros quanto ao desenvolvimento e as

recompensar para colaboradores das empresas associadas, se as mesmas oportunizavam

desenvolvimento e os recompensavam. Na ótica dos sujeitos entrevistados, uma boa parte das

empresas incentiva o desenvolvimento do colaborador, entretanto isso nos faz perceber que ainda há

empresas inertes a essa prática, despreocupadas em desenvolver seu “material humano”.

Se tratando de bonificações e recompensas, vale ressaltar, isso é fruto do bom trabalho

realizado pelo colaborador, consequência de uma competência desenvolvida com o tempo. Partindo do

pressuposto em recompensar pela competência desenvolvida, as secretárias acreditam que

bonificações como o custeio de viagens e fins de semana de lazer é bom método de recompensa, a

secretária Y ainda opina que “se todas as empresas trabalhassem em cima de recompensar

funcionários, as empresas ganhariam mais, ao invés de só almejar lucro”.

Sobre desenvolvimento ofertado por parte das empresas, a demonstração que segue

representa o percentual de respostas quando questionados sobre a oferta de desenvolvimento para o

colaborador de sua organização.

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56

Gráfico 8 - Oferta de desenvolvimento por parte das empresas

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Os percentuais acima foram gerados a partir da premissa de que desenvolvimento é o conjunto

de conhecimentos e habilidades que o funcionário adquire ao longo de sua carreira, a partir do

aprendizado e crescimento pessoal (IVANCEVICH, 2008), e tomando por base dessa conceituação,

20% responderam que não ofereciam desenvolvimento enquanto que 80% ofertava desenvolvimento

para seus colaboradores.

4.3.3. Quanto à Educação

No intuito de observar a opinião em relação à educação formal, foi levantado um

questionamento em relação à Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Norte

(FCDL-RN) sobre uma possível criação ou parceria para oferta de educação formal superior para suas

CDL’s filiadas. A questão foi levantada com base na CDL Fortaleza. A mesma detém da Faculdade

CDL3 contendo cursos técnicos e bacharelados como Administração e Ciências Contábeis, ofertando

desconto nas mensalidades para quem é associado. A secretária Y explanou:

Acho a iniciativa magnifica, se a federação acordasse mesmo pra isso, mas a primeira coisa que a federação cobra é “As CDLS tem meio que se virar”, a federação está para apoiar as CDLS [...] não há um grande apoio [...] apenas em treinamento, palestras, assessorias, divulgações, (estes referente ao SPC Brasil) mas tem que crescer independente da FCDL [...] hoje não acredito nessa iniciativa.

Em coesão à opinião da secretária, o presidente acha ótima a iniciativa, mas acha difícil isso

acontecer na CDL Pau dos Ferros, pois o mesmo acredita que essa atividade só chegaria às CDL’s de

3 Disponível em: <http://www.faculdadecdl.edu.br/>. Acesso em: 20 de fevereiro de 2015.

80%

20%

Sim

Não

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

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grande porte, como de Natal, Mossoró ou Parnamirim, uma vez que essas teriam mais recursos

financeiros para manutenção desse tipo de serviço.

O último questionamento do Questionário 1 permitiu uma visão dos empresários em relação a

educação de colaboradores. Quando indagados sobre “Qual sua visão em relação à educação

formal dos colaboradores (funcionários), caso eles ingressarem em uma faculdade?” permitiu

expor a opinião dos empresários em relação a colaboradores estudantes universitários. Obtiveram-se

as seguintes as respostas.

Tabela 2 - Percepção dos empresários sobre universitários trabalhando no comércio

Opções assinaladas Percentuais

Beneficia em partes, pois os universitários trazem conhecimento para aplicar na organização, DEPENDENDO da área que estudam.

50%

Beneficia totalmente, pois os universitários trazem conhecimento para aplicar na organização, INDEPENDENTE da área que estudam.

40%

Prejudica em partes, pois universitários pedem tempo para estudar, assim largando dos deveres para com a organização.

10%

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Os entrevistados da CDL quando questionados sobre “Qual o impacto da educação formal

(universitários) para o desempenho da mão de obra local?” os três foram unânimes em representar

suas opiniões concordando com a resposta que diz que “beneficia em partes, pois os universitários

trazem conhecimento para aplicar na organização, DEPENDENDO da área que estudam”.

Nesse questionamento, o presidente da CDL Pau dos Ferros exprimiu seu lado como

empresário ao dizer que se o colaborador chegar a dialogar com ele sobre horários livres para fins

estudantis, ele poderia até flexibilizar os horários contanto que o colaborador compense as vacância,

pois o mesmo se mostrou rígido em relação ao cumprimento do tempo diário de trabalho regido pelo

ministério do trabalho.

Conflitando as percepções, as secretárias explicaram ainda a que é importante o empresário

dar oportunidade para esses colaboradores detentores de determinado conhecimento adquirido na

universidade poderem aplicar nas organizações que atuam.

4.4 Práticas de TD&E nas empresas locais associadas à CDL Pau dos Ferros

Inicialmente observamos o ponto de vista da CDL Pau dos Ferros sobre a mão de obra local.

Quando questionados sobre “Como avalia a qualificação da mão de obra do comércio local?” tanto o

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Presidente como as secretárias foram unânimes em classificar como “regular” a mão de obra da

cidade. O presidente ressaltou a falta de atuação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

(SENAI) na cidade para ofertar cursos de capacitação para as pessoas.

A secretárias seguiram a mesma linha de raciocino quanto ao “regular”. A secretária Y ainda

reforçou a opinião sobre a qualificação da mão de obra dizendo: “se você chegar numa loja, o

funcionário atende sem boa vontade [...] mas em primeiro lugar os donos devem se sensibilizar quanto

a isso, se não existe uma capacitação do funcionário, como é que sua empresa vai crescer?”.

Por outro lado, os empresários que indicaram ofertar treinamentos para seus funcionários

puderam apontar que instituições eles procuram em Pau dos Ferros - RN quando precisam treinar seus

colaboradores, conforme o gráfico seguinte.

Gráfico 9 - Frequência sobre as atividades de treinamentos

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

No gráfico de frequência averígua-se a distribuição, não percentual, mas do número de

respostas dos empresários em relação aos tipos de atividades de treinamento oferecidas para seus

colaboradores. Frisando que treinamento é “um processo de assimilação cultural a curto prazo que

objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionadas diretamente a

execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho” (MARRAS, 2008, p. 133).

Sete assinalações foram de empresários que alegam ofertar palestras para seus

colaboradores, outras duas assinalações foram para a oferta de minicursos e treinamentos técnicos,

enquanto que obtivemos uma assinalação para a oferta de oficinas e uma marcação em “outros” sendo

especificada no campo de assinalação a palavra “interno”, ou seja, a empresa oferece treinamentos

internos ou, do inglês, on the job.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Palestras Minicursos Trei. Técnicos Oficinas Outros

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4.5 Percepção e perspectiva dos colaboradores sobre as práticas de TD&E

Neste tópico será apresentado as percepções e perspectivas dos colaboradores das empresas

estudadas, contemplando assim o último objetivo deste trabalho.

Tomando por base o número de respondes, as demonstrações a seguir traçarão um breve

perfil social dos colaboradores em relação ao gênero, faixa etária, grau de instrução e o tempo em que

atuam em suas empresas.

Gráfico 10 - Gênero dos colaboradores

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

O número de respondentes se subdivide em 12 homens (27%) e 32 mulheres que constitui

uma ampla maioria de 73% dos colaboradores pesquisados. No gráfico que sucede, averiguemos a

distribuição de gênero em comparação com suas alegadas faixas etárias.

Gráfico 11 - Relação gênero-idade dos colaboradores

27%

73%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Masculino

Feminino

11%

64%

23%

2%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Entre 18 e 20 anos

Entre 21 e 30 anos

Entre 31 e 40 anos

Entre 41 e 50 anos

Masculino

Feminino

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60

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

A exposição gráfica acima faz um paralelo entre gênero e idade. Observemos que a maioria

(64%) possui idade entre 21 e 30 anos, e dentro desse percentual, 23% são do gênero masculino. A

segunda maior faixa etária é entre 31 e 40 anos composta por 23%, sendo 2% do gênero masculino.

Em seguida temos 11% com idade entre 18 e 20 anos, com 2% do gênero oposto, e 2% com idade

entre 41 e 50 anos, apenas do gênero feminino.

A diante, no gráfico 12, o grau de instrução dos colaboradores respondentes.

Gráfico 12 - Grau de instrução dos colaboradores

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

De acordo com o gráfico, observa-se de forma decrescente o percentual dos graus

instrucionais dos colaboradores. Mais da metade deles possuem o ensino médio completo (64%),

enquanto que o segundo maior percentual são dos colaboradores acadêmicos (16%). Em um número

menor, temos os colaboradores que possuem ensino superior completo (9%), a posteriori, 5% possui o

ensino médio incompleto seguido de 4% que não completaram o ensino fundamental, e 2% que alegam

terem concluído pelo menos o ensino fundamental.

O Gráfico 13 demonstra os percentuais em relação ao tempo de atuação dos colaboradores

em suas respectivas empresas:

2%

4%

5%

9%

16%

64%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Ensino fundamental completo

Ensino fundamental incompleto

Ensino médio incompleto

Ensino superior completo

Ensino superior incompleto

Ensino médio completo

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61

Gráfico 13 - Tempo de atuação dos colaboradores nas empresas

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Quanto ao tempo de atuação, 39% dos colabores só estão a um ano ou menos nas

organizações que prestam serviço, 23% estão entre 3 a 5 anos, 20% com mais de 5 anos de serviço e

18% trabalham entre 1 a 3 anos nas empresas.

Após os levantamentos sociais, as próximas representações demonstrarão os percentuais em

relação aos questionamentos realizados com os colaboradores com o propósito de saber suas

percepções e perspectivas em sobre TD&E nas empresas em que atuam. As respostas conseguintes

darão um norte e conhecimento da realidade estudada.

A primeira representação faz a relação das questões 5, 6, 7, 8, 9 e 10 do instrumento utilizando

para a coleta, sendo os seguintes questionamentos expostos do quadro abaixo e representado no

gráfico pelos termos apresentados.

Quadro 8 - Questões aplicadas sobre TD&E

QUESTÕES ENUNCIADOS TERMO

Questão 5 A organização onde eu trabalho me ajuda a desenvolver as competências necessárias à boa realização das minhas funções (ex.: treinamentos, participações em congressos, etc).

Desenvolve competências

Questão 6 A organização onde eu trabalho investe em meu desenvolvimento e educação propiciando meu crescimento pessoal e profissional de forma ampla (ex.: patrocínio total ou parcial de graduações, pós graduações, cursos de línguas etc.)

Investe

Questão 7 Eu consigo aplicar no meu trabalho os conhecimentos e comportamentos aprendidos nos treinamentos/eventos de que participo.

Aplicação

Questão 8 A organização onde eu trabalho estimula a aprendizagem e a produção do conhecimento

Estimula

Questão 9 Na organização onde eu trabalho, as necessidades de treinamento são levantadas periodicamente.

Levantamento

39%

18%

23%

20%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

Até 1 ano

Entre 1 e 3 anos

Entre 3 e 5 anos

Mais de 5 anos

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Questão 10 Na organização onde eu trabalho, os treinamentos são avaliados pelos participantes.

Avaliação

Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Gisela Demo (2012).

Para o tratamento, as questões possuem três subdivisões de respostas: concordo; não

concordo nem discordo/Não se aplica e não concordo. Segue no gráfico 14.

Gráfico 14 – Percepção dos colaboradores sobre as atividades de TD&E

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

A Questão 10 teve duas respostas em banco, e observando essa não assinalação dos dois

colaboradores respondentes, consideramos para os devidos fins como resposta a opção “não concordo

e nem discordo”.

Na questão 5, 60% dos colaboradores concordaram que as organizações onde atuam ajudam

a desenvolver competências necessárias à boa realização de suas funções, equivalendo a mais da

metade das respostas, enquanto que 28% concordam e nem discordam em relação a essa ajuda por

parte da empresa, e os outros 12% não concordam, ou seja, suas empresas não os ajudam a

desenvolver competências necessárias propositando realizar melhor suas funções.

Na questão 6 obteve-se uma certa aproximação e pareamento nos percentuais de respostas.

40% dos colaboradores concordam e não concordam quando indagados se as organizações onde

60%

30%

58%

84%

51%

30% 28%

40%

30%

14%

21%

44%

12%

30%

12%

2%

28% 26%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Desenvolvecompetências

Iveste Aplicação Estimula Levantamento Avaliação

Concordo Não concordo nem discordo/Não se aplica Não concordo

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63

atuam investem no desenvolvimento e educação dos mesmos propiciando crescimento pessoal e

profissional de forma ampla, 30% concordam que a empresa faz tal investimento, mesmo percentual

dos que não concordam que suas empresas fazem investimento em desenvolvimento e educação.

Na questão 7, 58% dos colaboradores concordam que conseguem aplicar no trabalho os

conhecimentos e comportamentos aprendidos nos treinamentos/eventos de que participam, 30%

demonstraram indiferença para com a afirmação ao assinalarem que concorda e não concorda,

enquanto que 12% não concordam, dando a entender que os mesmos não aplicam em seus trabalhos

os conhecimentos e comportamentos adquiridos.

Na questão 8 observa-se um grande percentual (84%) de colaboradores que concordam que

na organização onde trabalham estimula a aprendizagem e a produção do conhecimento, em

contrapartida disso, apenas 2% alegaram não concordar com a afirmação, e 12% responderam

concordar e não concordar, sendo uma afirmativa não aplicável.

Na questão 9 os colaboradores tiveram de responder se na organização onde trabalham, as

necessidades de treinamento são levantadas periodicamente, como resposta, 51% dos colaboradores

concordam que as organizações ondem prestam serviços fazem esse levantamento periodicamente,

21% assinalaram concordar e não concordar, não aplicando tal insinuação, e por outro lado, 28%

responderam não concordar, subtendendo que as organizações que trabalham não fazem esse

levantamento.

Na questão 10 pede-se ao colaborador sanar o questionamento que afirma se na organização

onde trabalham os treinamentos são avaliados pelos participantes, e o maior índice percentual foi de

colaboradores que assinalaram “concorda e não concorda” com a afirmação (44%), o que nos faz notar

certa indecisão ou indiferença por parte deles sobre esse questionamento ou não aplicação, nos

demais percentuais, 30% concordam que avaliam os treinamentos participados, enquanto que 26% não

concordam em relação a essa avaliação.

O gráfico 15 na sequência faz um demonstrativo dos níveis de importância para determinados

segmentos na vida dos colaboradores em relação à participação de treinamentos, em outras palavras,

os colaboradores assinalaram o porquê de fazerem treinamentos ao longo de suas trajetórias de vida

profissional e pessoal, assim expondo suas perspectivas.

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Gráfico 15 – Motivos para realizarem treinamentos

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Neste gráfico atentemos para o maior percentual assinalado pelos colaboradores, onde 76%

demonstram importância máxima ao fazerem treinamentos visando manterem-se atentos as novas

tendências do mercado, 14% dão mediana importância a isso e 10% demonstram mínima importância

em se atentar às novas tendências do mercado ao realizar treinamentos.

O segundo maior percentual em relação à importância que os colaboradores atribuem em

realizar treinamentos é para o Desenvolvimento de Carreira. 67% deram importância máxima a esse

quesito, enquanto 28% classificaram isso como importância mediana e 5% importância mínima.

Em terceiro observa-se o Desenvolvimento Pessoal com o percentual de 64% de importância

máxima, 31% tratam como importância média e 5% importam-se minimamente com o Desenvolvimento

Pessoal.

Ainda tomando por base como classificação a importância máxima como critério, em quarto

ficam os percentuais dos colaboradores sobre fazer treinamentos para melhorar o cargo na empresa

em que trabalham, 43% assinalaram importância máxima, 17% média importância e 40% importância

mínima, este último um percentual elevado comparado aos outros critérios pesquisados.

29%

67%

64%

43%

76%

50%

28%

31%

17%

14%

21%

5%

5%

40%

10%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Necessidade financeira

Desenvolvimento de Carreira

Desenvolvimento Pessoal

Melhor cargo na empresa que atua

Manter-se atento as novas tendências domercado

Mínima Média Máxima

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Por último os colaboradores assinalaram seus níveis de importância em fazer treinamento para

o quesito Necessidade Financeira, onde 29% deram importância máxima, 50% importância média e

21% importância mínima.

Observa-se que, em relação às percepções, os colaboradores afirmam que as empresas em

que trabalham estimulam a aprendizagem e a produção do conhecimento, como também se preocupa

em desenvolver competências para a realização de suas funções, entretanto, os colaboradores tiveram

opiniões percentuais paritárias sobre afirmar que as organizações investem no desenvolvimento e

educação propiciando o crescimento pessoal e profissional dos mesmos.

Nas perspectivas, averiguemos que os colaboradores se preocupam em estar sempre se

capacitando para ficarem adentro das novas tendências de mercado, como também desenvolver-se

profissionalmente, e pessoalmente. Por outro lado, não se observou grande importância para melhorar

de cargo nas empresas que trabalham, o que subtende que grande parte das empresas não oferecem

planos de cargos e salários, isso também em consequência do reduzido quadro de funcionários.

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5 CONCLUSÕES, SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

Neste capítulo é apresentado um panorama geral conclusivo e reflexivo a cerca da pesquisa

que possa contribuir com a desenvoltura das atividades realizadas pela organização estudada, como

também contribuir com a continuidade do assunto e o aprofundamento na área com a concretização de

possíveis pesquisas em demais ramos comerciais locais em demais CDL’s do Alto Oeste Potiguar,

assim como também aplicar e desenvolver o estudo em todo o estado do Rio Grande Do Norte, com o

intuito de desenvolver desbravar TD&E nas organizações.

5.1 Conclusões

O trabalho tratou de explorar uma área de constante movimentação dentro das empresas

atualmente, desse modo, estudar TD&E se mostrou contundente e os resultados desse trabalho

poderão contribuir com que a CDL Pau dos Ferros possa colaborar com seus associados no

aprimoramento, capacitação e especialização de seus colaboradores.

O objetivo geral e os específicos foram atendidos depois das análises das informações gerados

da coleta de dados da CDL Pau dos Ferros, dos empresários e seus colaboradores. Neste caso, o

objetivo geral pudera ser contemplado ao fim deste trabalho.

O primeiro objetivo tratou de fazer um levantamento das atividades de TD&E que a CDL Pau

dos Ferros oferecia para seus associados. Esse levantamento se deu dentro de um intervalo de 5 anos,

e com isso identificou-se que a CDL Pau dos Ferros ofereceu ao longo desse tempo palestras,

minicursos, cursos técnicos profissionalizantes e cursos extensivos, no entanto, sem seguir um

planejamento.

O segundo objetivo traçou a percepção dos empresários em relação à TD&E, e na pesquisa

pode-se apurar que os empresários pesquisados não possuem conhecimento em relação à termologia

TD&D, entretanto a maioria consegue diferenciar os termos. Dentre as práticas de Treinamento,

Desenvolvimento e Educação, observou-se que as empresas oferecem mais práticas de Treinamento

para seus colaboradores, e que a maioria alegou também oferecer Desenvolvimento para os mesmos.

Sobre Educação, os empresários observam com bons olhos o ingresso de universitários em seus

comércios, e enaltecem que acredita que o conhecimento em universidade do colaborador possa

agregar para a organização, contudo, ainda há uma demonstração de resistência para com a

flexibilização de horários para que esses colaboradores acadêmicos possam estudar.

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O terceiro objetivo expos as práticas de TD&E que os empresários oferecem aos seus

colaboradores, desde então, podemos constatar que são ofertados modalidades de palestras,

minicursos, cursos técnicos ou profissionalizantes e outros, especificado como treinamento nas

empresas (on the job).

O quarto objetivo refletiu as percepções e perspectivas dos colaboradores em relação às

práticas de TD&E. Nesse objetivo pudemos levantar que os colaboradores se propõem a fazer

Treinamentos a fim de estarem atualizadas com as novas tendências do mercado, como também

constatou a importância deles para treinamento como um desenvolvimento pessoal e também de

carreira. Nesse objetivo ainda pudemos observar que as empresas ofertam estimulo a aprendizagem e

a produção do conhecimento, assim afirmado pelos colaboradores, em outro ponto, notou-se um certo

desinteresse das organizações em investir no desenvolvimento e na aprendizagem desses

colaboradores.

Por fim, constata-se que o estudo contribuiu para que obtivesse um paralelo sobre as

atividades de TD&E ofertadas pela CDL Pau dos Ferros juntamente com as políticas adotadas pelas

empresas sobre essas práticas, com o intuito de potencializar as políticas de TD&E que a CDL Pau dos

Ferros que possa ofertar para seus associados concomitantes aos interesses dos empresários e

colaboradores atividades de TD&E.

5.2 Sugestões e recomendações

A partir do estudo, podemos extrair informações que gerassem algumas sugestões para a CDL

Pau dos Ferros. Os três sujeitos entrevistados foram diretos ao dizer que na instituição não há um

planejamento especificamente voltado para atividades de treinamento, desenvolvimento e educação,

apenas trabalham essas práticas em parcerias, salvo os casos de treinamentos para os associados em

relação ao manuseio do sistema do SPC, esse fornecido pela diretamente pela própria CDL Pau dos

Ferros.

Partindo do ponto em que a organização não realiza um planejamento, os planos para o futuro

e as perspectivas em relação à TD&E são praticamente inexistentes. Os entrevistados ressaltaram as

parcerias e o aguardo de propostas para desenvolvimento das atividades de capacitação de recursos

humanos, entretanto, ciente dessa realidade, a secretária Y disse que “deve ser criados desafios”

dentro da CDL Pau dos Ferros, ou seja, encorajar a organização a novos horizontes e perspectivas,

dentre elas o TD&E dos seus associados.

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Com o propósito de coletar sugestões por parte de seus associados, os empresários

responderam e ainda tiveram abertura para propor outros tipos de TD&E para a CDL Pau dos Ferros.

Os empresários puderam assinalar mais de uma opção. O quadro 8 faz o demonstrativo das respostas

em relação a essas sugestões:

Quadro 9 - Sugestões para a CDL Pau dos Ferros em relação à TD&E

Atividades sugeridas Nº de respostas

Ofertar treinamentos periodicamente 7

Realizar Treinamentos na organização 3

Firmar parcerias de ensino superior para os associados 1

Outros 1

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

A opção “outros” permitiu para quem assinalasse propor uma sugestão, porém a única

assinalação dessa opção não foi preenchida com uma sugestão, deixando o espaço em branco, mas

marcado.

Dentro o que pode-se concluir da pesquisa, constata-se uma certa falha e vacância da CDL

Pau dos Ferros na oferta TD&E para seus associados, assim sugere-se medidas que possam a

contribuir com a organização nessas atividades. A seguir estão elencadas algumas sugestões para a

CDL Pau dos Ferros.

Fazer levantamentos periódicos das necessidades dos associados em relação às práticas de

TD&E;

Desenvolver um planejamento anual para as atividades de TD&E junto aos seus associados;

Desenvolver Treinamentos on the job com seus associados;

Contratar um agente de inovação para prestar serviços de consultoria junto aos seus

associados;

Buscar parcerias a longo prazo que possibilitem um trabalho de Desenvolvimento para os

colaboradores dos seus associados;

Buscar parcerias com instituições de ensino superior (faculdades, universidades, etc.), e desse

modo incentivar os empresários a angariar seus colaboradores para ingressar na faculdade.

Como recomendação para trabalhos posteriores fica esse norte em caso de uma possível

expansão da aplicação deste, utilizando também de outros olhares metodológicos, como o

levantamento, também o desenvolvimento e aprimoramento desta pesquisa em demais CDL’s da

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região Alto Oeste, do estado e em outros ramos comerciais, permitindo que se captem informações

cruciais para a aplicabilidade de métodos que venham a colaborar com as práticas de TD&E, assim

contribuindo para com a alavancagem econômica de lojistas locais.

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REFERÊNCIAS

ABBAD, Gardênia; SALLORENZO, Lucia Henriques. Desenvolvimento e validação de escalas de suporte à transferência de treinamento. Revista de administração da USP, 36(2), 33-45. Abril/junho 2001. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução a metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. BARBIERI, Hugo Franco. Gestão de Pessoas nas organizações: Práticas atuais sobre o RH estratégico. São Paulo: Atlas, 2012. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011. BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1990. BOOG, Gustavo G; BOOG, Magdalena T. Manual de treinamento e desenvolvimento: processos e operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall 2006. BORGES-ANDRADE, J. E. ABBAD, G.; MOURÃO, L. Treinamento, desenvolvimento e educação em organizações e trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2006. CDL PAU DOS FERROS (Pau dos Ferros) (Org.). Institucional. Disponível em: <http://www.cdlpaudosferros.com.br/site/page/institucional.php>. Acesso em: 02 dez. 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. 6. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. DEMO, Gisela. Política de gestão de pessoas nas organizações: estado da arte, produção nacional, agenda de pesquisa, medidas e estudos relacionais. São Paulo: Atlas, 2012. FLIPPO, Edwin B. Princípios de administração de pessoal. Tradução por Auriphebo Simões. São Paulo, 1980. FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas de recursos humanos – PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2007. FRANTZ, Walter, Apud LEONELLO, João Carlos; COSAC, Claudia Maria Daher. O Associativismo como alternativa de desenvolvimento local e sustentabilidade social. Disponível em: <http://www.estudosdotrabalho.org/anais6seminariodotrabalho/joaocarlosleonelloeclaudiamariadahercosac.pdf>. Acesso em: 06 de maio de 2015. FREITAS, José Carlos de (Ed.). Administração de RH ou Gestão com Pessoas? Associação Brasileira de Recursos Humanos, 2007. Disponível em: <http://www.abrhrj.org.br/typo/index.php?id=545>. Acesso em: 10 dez. 2014. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008. GOBE, Antônio Carlos et al. Administração de vendas. São Paulo: Saraiva, 2000. GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. 10. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007. GRAY, David E. Pesquisa no mundo real. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2012. HAIR Jr., Joseph F. et al. Métodos de pesquisa em administração. Tradução por Lene Belon Ribeiro. Porto Alegre: Bookman, 2005. LAKATOS, Eva Maria. MARCONI Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: 7ª Edição. Atlas, 2010. MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011. MILKOVICK, George e BOUDREAU, John. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas. 2010. MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. Pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: HUCITEC, 2007. RIBEIRO, Antonio de Lima. Gestão de pessoas. São Paulo: Saraiva, 2005. ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento organizacional. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. STAREC, Cláudio. Educação corporativa em xeque: até que ponto o treinamento é um bom negócio para as organizações? Rio de Janeiro: ed. Sanac Rio, 2011. TANKE, Mary L. Administração de recursos humanos em hospitalidade. São Paulo: Pioneira Thomson Learnig, 2004. TACHIZAWA, Takeshy. Gestão com pessoas: uma abordagem aplicada às estratégias de negócio. 5. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2007. VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de coleta de dados no campo. São Paulo: Atlas, 2009. ZARIFIAN, Phelippe. O modelo da competência: Trajetória histórica, desafios atuais e propostas. São Paulo: SENAC 2003.

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ANEXOS

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ANEXO A – Cartaz de divulgação de cursos 1

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ANEXO B – Cartaz de divulgação de cursos 2

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75

ANEXO C – Cartaz de divulgação de palestra

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ANEXO D – Cartaz de divulgação de cursos 3

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ANEXO E – Certificado do SEBRAE 1

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ANEXO F – Certificado do SEBRAE 2

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ANEXO G – Certificado do SEBRAE 3

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ANEXO H – Certificado da Futura Treinamentos

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ANEXO I – Certificado da CDL Pau dos Ferros 1

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ANEXO J – Certificado da CDL Pau dos Ferros 2

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ANEXO K – Certificado do Ricardo Albuquerque

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ANEXO L – Certificado da FCDL 1

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ANEXO M – Certificado da FCDL 2

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro de entrevista semiestruturado aplicado na CDL Pau dos Ferros

Governo do Estado do Rio Grande do Norte

Secretaria de Estado da Educação e da Cultura – SEEC Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN

Campus Avançado “Profª Maria Eliza de A. Maia” – CAMEAM Departamento: Administração - CAD

Entrevista ao presidente e para as secretárias da CDL Pau dos Ferros.

1. Faixa etária:

( ) Entre 18 e 20 anos. ( ) Entre 21 e 30 anos. ( ) Entre 31 e 40 anos.

( ) Entre 41 e 50 anos ( ) Mais de 51 anos.

2. Grau de instrução:

( ) Ensino fundamental completo. ( ) Ensino superior completo.

( ) Ensino fundamental incompleto. ( ) Ensino superior incompleto.

( ) Ensino médio completo. ( ) Pós graduação.

( ) Ensino médio incompleto.

3. Quais as principais dificuldades que os associados enfrentam na gestão de suas

organizações?

( ) Recursos Humanos ( ) Finanças ( ) Marketing ( ) Concorrência

( ) Outros ________________

4. Como avalia a qualificação da mão de obra do comércio local?

( ) Péssimo ( ) Ruim ( )Regular ( ) Bom ( ) ótimo

5. Quais ações de Treinamento já foram realizadas pela CDL Pau dos Ferros para os

associados?

6. Como a CDL planeja as ações de Treinamentos para os associados?

7. Como a CDL avalia as atividades de treinamento oferecidas aos colaboradores?

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8. O que acha da iniciativa da federação das CDL’s do Rio Grande do Norte ofertar educação

formal para os colaboradores dos associados a partir das CDL’s filiadas?

9. Qual o impacto da educação formal (universitários) para o desempenho da mão de obra

local?

( ) Prejudica totalmente

( ) Prejudica em partes..., pois universitários pedem tempo para estudar, assim largando deveres para com

a organização

( ) Beneficia em partes, pois os universitários trazem conhecimento para aplicar na organização,

dependendo da área que estudam;

( ) Beneficia totalmente, pois os universitários trazem conhecimento para aplicar na organização,

independente da área;

( ) Não fez diferença para a mão de obra local.

10. Como a CDL Pau dos Ferros pode colaborar com seus associados no planejamento e

execução de atividades de Treinamento e Educação?

11. Considerando que desenvolvimento é a “aprendizagem voltada para o crescimento

individual, sem relação com um trabalho especifico” (NADLER, 1984), Como você avalia as

práticas de desenvolvimento de colaboradores nas empresas associadas? *Oferece

desenvolvimento

12. Como os empresários podem recompensar seus colaboradores a partir do seu

desenvolvimento, ou seja, a partir do valor que eles agregam as organizações?

( ) Bonificações financeiras ( ) Premiações ( ) Participação nos lucros ( ) Flexibilidade de horário

( ) Remuneração por competência ( ) Outros ______________________________

13. Quais as planos da CDL em relação à TD&E?

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APÊNDICE B – Questionário aplicado para os empresários

Governo do Estado do Rio Grande Do Norte Secretaria de Estado da Educação e da Cultura – SEEC

Universidade do Estado do Rio Grande Do Norte – UERN Campus Avançado “Profª Maria Eliza de A. Maia” – CAMEAM

Departamento: Administração - CAD

O seguinte questionário é exclusivamente de cunho acadêmico, e seus resultados serão

utilizados unicamente a fim de conhecer as políticas as percepções por parte dos empresários para

com as atividades de TD&E de colaboradores em suas empresas localizadas na cidade de Pau dos

Ferros -RN onde são associadas a CDL Pau dos Ferros.

Atenciosamente,

José Shirley Pessoa do Nascimento

QUESTIONÁRIO 1

14. Gênero:

( ) Feminino. ( ) Masculino.

15. Faixa etária:

( ) Entre 18 e 20 anos. ( ) Entre 21 e 30 anos. ( ) Entre 31 e 40 anos.

( ) Entre 41 e 50 anos ( ) Mais de 51 anos.

16. Grau de instrução:

( ) Ensino fundamental completo. ( ) Ensino superior completo.

( ) Ensino fundamental incompleto. ( ) Ensino superior incompleto.

( ) Ensino médio completo. ( ) Pós graduação.

( ) Ensino médio incompleto.

17. Há quanto tempo o(a) senhor(a) atua na empresa? Se desde a fundação, equivale há quanto

tempo?

( ) Até 1 ano. ( ) Entre 1 a 4 anos. ( ) Entre 4 a 7 anos. ( ) Mais de 7 anos.

18. Sua empresa oferece treinamentos para seus funcionários? Se “Não” pule para a questão 9.

( ) Sim ( ) Não

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19. Que tipos de atividades de Treinamento foram realizadas na organização nos últimos 5

anos?

( ) Palestras ( ) Treinamentos técnicos ( ) Minicursos

( ) Oficinas ( ) Educação formal ( ) Outros:

__________________

20. Que tipo de instituições costuma procurar quando precisa de Treinamentos?

( ) CDL ( ) SEBRAE ( ) Inst. Ensino Superior (qual? _________)

( ) Não procuro ( ) Outro:_____________________________

21. Em que momento acha ideal utilizar de Treinamento?

( ) Na entrada de novos funcionários ( ) Ao adquirir nova tecnologia

( ) Quando ofertado por alguma instituição de interesse

( ) Para se sobressair à concorrência ( ) outros: _____________________

22. Já ouviu falar no termo Treinamento, Desenvolvimento e Educação (TD&E)?

( ) Sim ( ) Não

23. Sabe diferenciar os termos Treinamento, Desenvolvimento e Educação (TD&E)?

( ) Sim ( ) Não

24. Sabendo-se que treinamento consiste em um meio de gerar uma determinada habilidade ou

conhecimentos nas pessoas, em uma escala de 5 a 10 qual importância de treinamento para

as organizações? Considerando 5 importância mínima e 10 total importância.

( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) 10

25. Sabendo-se que desenvolvimento é o conjunto de conhecimentos e habilidades que o

funcionário adquire o longo de sua carreira, a sua empresa oferece essa oportunidade de

desenvolvimento para o funcionário?

( ) Sim ( ) Não

26. Como você acha que a CDL Pau dos Ferros poderia contribuir com TD&E para os

colaboradores da organização?

( ) Ofertando treinamentos periodicamente;

( ) Realizando Treinamentos na organização;

( ) Realizando um trabalho de desenvolvimento a longo prazo;

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( ) Ofertando parcerias de ensino superior para os associados;

( ) Outros: _______________________________________

27. Qual sua visão em relação à educação formal dos colaboradores (funcionários), caso eles

ingressarem em uma faculdade?

( ) Prejudica totalmente, pois seus estudos não agregam valor para a empresa;

( ) Prejudica em partes, pois universitários pedem tempo para estudar, assim largando dos

deveres para com a organização;

( ) Beneficia em partes, pois os universitários trazem conhecimento para aplicar na organização,

DEPENDENDO da área que estudam;

( ) Beneficia totalmente, pois os universitários trazem conhecimento para aplicar na organização,

INDEPENDENTE da área que estudam;

( ) Não faz diferença para a minha empresa.

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APÊNDICE C – Questionário aplicado para os colaboradores

Governo do Estado do Rio Grande Do Norte Secretaria de Estado da Educação e da Cultura – SEEC Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN

Campus Avançado “Profª Maria Eliza De A. Maia” – CAMEAM Departamento: Administração - CAD

O presente questionário é exclusivamente de cunho acadêmico, e seus resultados serão

utilizados unicamente a fim de conhecer a perspectiva por parte dos colaboradores para com TD&E

nas empresas que trabalham associadas a CDL Pau dos Ferros - RN.

Atenciosamente,

José Shirley Pessoa do Nascimento.

QUESTIONÁRIO 2

28. Gênero: ( ) Feminino. ( ) Masculino.

29. Faixa etária: ( ) Entre 18 e 20 anos. ( ) Entre 21 e 30 anos. ( ) Entre 31 e 40 anos.

( ) Entre 41 e 50 anos ( ) Mais de 51 anos.

30. Grau de instrução: ( ) Ensino fundamental completo. ( ) Ensino superior completo.

( ) Ensino fundamental incompleto. ( ) Ensino superior incompleto.

( ) Ensino médio completo. ( ) Pós graduação.

( ) Ensino médio incompleto.

31. Há quanto tempo o(a) senhor(a) atua na empresa? Se desde a fundação, equivale há quanto

tempo?

( ) Até 1 ano. ( ) Entre 3 e 5 anos. ( ) Entre 1 e 3 anos. ( ) Mais de 5 anos.

ATENÇÃO: Para responder as afirmações que seguem, considere a escala de 1 a 5 conforme as

especificações e assinale o número correspondente a sua resposta no espaço destinado para o mesmo

ao fim de cada afirmativa, assim demonstrado no exemplo -> R: _3_

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32. A organização onde eu trabalho me ajuda a desenvolver as competências necessárias à boa

realização das minhas funções (ex.: treinamentos, participações em congressos, etc). R: ____

33. A organização onde eu trabalho investe em meu desenvolvimento e educação propiciando meu

crescimento pessoal e profissional de forma ampla (ex.: patrocínio total ou parcial de graduações,

pós graduações, cursos de línguas etc.). R: ____

34. Eu consigo aplicar no meu trabalho os conhecimentos e comportamentos aprendidos nos

treinamentos/eventos de que participo. R: ____

35. A organização onde eu trabalho estimula a aprendizagem e a produção do conhecimento. R: ___

36. Na organização onde eu trabalho, as necessidades de treinamento são levantadas periodicamente.

R: ___

37. Na organização onde eu trabalho, os treinamentos são avaliados pelos participantes. R: ___

38. Enumere em uma escala de importância de 5 a 10 o que mais te motiva a participar de

treinamentos: Considerando 5 importância mínima e 10 total importância.

( ) Necessidade financeira

( ) Desenvolvimento de Carreira

( ) Desenvolvimento Pessoal

( ) Melhor cargo na empresa que atua

( ) Manter-se atento as novas tendências do mercado

( ) Outros: __________________________

*Adaptado de Gisela Demo 2011

Obrigado pela colaboração!

1 2 3 4 5

Discordo totalmente da

afirmativa

Discordo parcialmente da

afirmativa

Não concordo nem discordo da afirmativa/ Não

se aplica

Concordo parcialmente

com a afirmativa

Concordo totalmente com a

afirmativa