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THIAGO FILIPE DA SILVA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO OS PROGRAMAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DA CARGILL CARNES BRASIL NA PERCEPCÃO DOS SEUS COLABORADORES ADMINISTRAÇÃO GERAL ITAJAÍ (SC) 2009 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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THIAGO FILIPE DA SILVA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

OS PROGRAMAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DA CARGILL CARNES BRASIL NA PERCEPCÃO DOS SEUS COLABORADORES

ADMINISTRAÇÃO GERAL

ITAJAÍ (SC)

2009

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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2

TThhiiaaggoo FFiilliippee ddaa SSiillvvaa

TTRRAABBAALLHHOO DDEE CCOONNCCLLUUSSÃÃOO

DDEE EESSTTAAGGIIOO -- TTCCEE

OS PROGRAMAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DA CARGILL CARNES BRASIL NA

PERCEPCÃO DOS SEUS COLABORADORES

Trabalho desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de

Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade

do Vale do Itajaí

ITAJAÍ – SC 2009

DEDICATÓRIA

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Dedico este trabalho a minha mãe

Elisabete da Graça da Silva, ao meu

padastro João Luis de Abreu, aos

meus irmãos João Victor e Victória e

a minha vó, Maria Gonçalves da Silva

que são meus grandes

incentivadores.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus,

por estar presente em todos os dias

da minha vida.

A todos os professores que

transmitiram conhecimento durante o

curso e a minha orientadora, Barbara

Sabino por sua ajuda e amizade.

A minha supervisora de campo, a

Juliana Margarethe Maba, por ter

colaborado e ajudado para a

realização deste trabalho.

Ao Emerson Sanders que trabalha na

organização que ajudou muito em

sanar dúvidas para a realização do

estudo.

A organização pela oportunidade e

realização do estágio e todos os

colaboradores que participaram.

A minha mãe e meu padastro João

que me deram forças para seguir em

frente e não desistir, que me deram

apoio nas horas de fraquezas. Sem

seu apoio não teria concluído este

trabalho.

A minha namorada Janaina Stahl

pelo apoio e compreensão nas horas

de angústia.

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“Destino não é uma questão de sorte, mas uma

questão de escolha; não é uma coisa que se espera,

mas que se busca”.

(William Jennings Bryan)

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do Estagiário

Thiago Filipe da Silva

b) Área de Estágio

Responsabilidade Social

c) Orientador de Campo

Juliana Margarethe Maba

d) Orientador de Estágio

Profa. Bárbara Silvana Sabino, M. Sc.

e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva, M. Sc.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Seara Alimentos S/A

b) Endereço

Avenida Vereador Abrahão João Francisco, Dom Bosco, Itajaí/SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Setor Administrativo

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do orientador de campo

Juliana Margarethe Maba - Gerente da área de Responsabilidade Social

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ/SC, 08 de junho de 2009.

AA eemmpprreessaa SSEEAARRAA AALLIIMMEENNTTOOSS SS//AA ppeelloo pprreesseennttee

iinnssttrruummeennttoo,, aauuttoorriizzaa aa UUnniivveerrssiiddaaddee ddoo VVaallee ddoo II ttaajjaaíí aa ppuubblliiccaarr,, eemm

ssuuaa bbiibblliiootteeccaa,, oo TTrraabbaallhhoo ddee CCoonncclluussããoo ddee EEssttáággiioo eexxeeccuuttaaddoo

dduurraannttee oo EEssttáággiioo SSuuppeerrvviissiioonnaaddoo,, ppeelloo aaccaaddêêmmiiccoo TThhiiaaggoo FFiilliippee ddaa

SSiillvvaa..

________________________________________________

JJuulliiaannaa MMaarrggaarreetthhee MMaabbaa

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RESUMO

Diversos são os estudiosos, projetos e empresas engajadas em trabalhos sobre

responsabilidade social. Mesmo assim, ainda é um tema novo para várias pessoas e empresas. E foi por esta razão que se fez esta pesquisa, com o objetivo de analisar

os projetos de responsabilidade social da Cargill Carnes Brasil a partir da percepção e do envolvimento dos seus colaboradores da matriz. O método foi predominante qualitativo por se tratar de um estudo de caso com aporte quantitativo que se

beneficiou da estatística descritiva para demonstrar os resultados dos questionários aplicados com os funcionários. Por intermédio dos quais, pode-se sugerir melhorias

para empresa em termos dos projetos e meios de divulgação dos mesmos. E por fim, pode-se concluir que não há participação expressiva dos colaboradores e que a organização precisa investir na divulgação e, ainda, estimular a participação efetiva

envolvendo diretoria, gestores, colaboradores e até os stakeholders externos.

Palavras-chave: responsabilidade social, marketing social, comunicação integrada de marketing.

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LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 01 Indicadores para a análise dos dados.............................................. 21

Quadro 02 Ferramentas comuns de comunicação............................................ 39

Quadro 03 Lista dos stakeholders primários e secundários.................................. 41

Figura 01 Variáveis internas e externas dos stakeholders ............................. 42

Quadro 04 Diferenças entre a responsabilidade social e

filantropia..........................................................................................

48

Quadro 05 Características dos principais indicadores....................................... 50

Figura 02 Organograma da Seara Alimentos S/A............................................ 64

Quadro 06 Identificação dos projetos de Responsabilidade Social................... 65

Quadro 07 Projetos Parque Dom Bosco............................................................ 66

Quadro 08 Etapas projeto Minha Casa.............................................................. 69

Quadro 09 Dados do projeto............................................................................ 69

Gráfico 01 Se os colaboradores conhecem os projetos de RS....................... 70

Gráfico 02 Quando os colaboradores tomaram conhecimento........................ 71

Gráfico 03 Por qual meio ficaram sabendo dos projetos................................... 72

Gráfico 04 Percepção dos funcionários quanto à divulgação............................ 74

Gráfico 05 Gênero............................................................................................. 76

Gráfico 06 Faixa etária...................................................................................... 76

Gráfico 07 Estado Civil...................................................................................... 77

Gráfico 08 Quantidade de filhos........................................................................ 78

Gráfico 09 Escolaridade.................................................................................... 79

Gráfico 10 Percepção dos colaboradores.......................................................... 81

Gráfico 11 Participação dos colaboradores nos projetos de RS....................... 82

Gráfico 12 Projetos que os colaboradores participaram................................... 83

Gráfico 13 Interesse de participarem de algum projeto.................................... 84

Gráfico 14 Como colaborou nos projetos de RS............................................... 85

Gráfico 15 Periodicidade na participação dos projetos de RS.......................... 86

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LISTAS DE TABELAS

Tabela 01 Meios de divulgação usados pela empresa..................................... 73

Tabela 02 Setor de atuação............................................................................. 79

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................... 14

1.1 Problema de pesquisa ............................................................. 15

1.2 Objetivos geral e específicos ................................................. 16

1.3 Aspectos metodológicos ........................................................ 17

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio ......................................................... 17

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa........................................................... 18

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados ................................... 20

1.3.4 Tratamento e análise dos dados ................................................................... 21

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 24

2.1 Administração ........................................................................... 24

2.2 Administração de marketing................................................... 27

2.2.1 Composto de marketing .................................................................................. 29

2.2.2 Marketing de serviços ..................................................................................... 30

2.2.3 Marketing social ............................................................................................... 32

2.2.4 Endomarketing ................................................................................................. 33

2.2.5 Endomarketing X informação ......................................................................... 35

2.2.6 Endomarketing – a base para o sucesso..................................................... 37

2.2.7 Comunicação integrada de marketing .......................................................... 38

2.3 Stakeholders ....................................................................................................... 40

2.4 Responsabilidade Social................................................................................. 43

2.4.1 Responsabilidade social e todos envolvidos ............................................. 45

2.4.2 Responsabilidade social X filantropia ........................................................... 47

2.4.3 Dimensões da responsabilidade social ........................................................ 48

2.4.4 Indicadores de responsabilidade social ....................................................... 49

2.4.5 Benefícios.......................................................................................................... 51

2.4.6 Influência da responsabilidade corporativa ................................................. 52

2.4.7 A interface entre marketing social e responsabilidade social ................... 53

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO .................. 55

3.1 Caracterização da organização .............................................. 55

3.1.1 Histórico..................................................................... .............................. 55

3.1.2 Setores de Atuação.................................................................................. 57

3.1.2.1 Agronegócio.......................................................................................... 57

3.1.2.2 Alimentos.............................................................................................. 58

3.1.2.3 Financeiro e Gerenciamento de Risco.................................................. 59

3.1.2.4 Industrial............................................................................................... 59

3.1.2.5 Como a Unidade de Negócio carnes Cargill esta Estruturada............. 61

3.1.2.6 Principais Produtos para o Mercado Interno........................................ 61

3.1.2.7 Atuação Mercado Externo.................................................................... 62

3.1.2.8 Principais mercados.............................................. .................................. 63

3.1.2.9 Missão, Visão e valores da Organização ................................................. 63

3.1.2.10 Organograma....................................................................................... 63

3.2 Resultados da pesquisa .......................................................... 65

3.2.1 Identificar os projetos de Responsabilidade Social................................. 65

3.2.2 Descrever o perfil dos colaboradores da empresa................................... 75

3.2.3 Verificar a percepção dos colaboradores quanto à importância dos

projetos de responsabilidade social da empresa............................................. 80

3.2.4 Avaliação do envolvimento dos colaboradores nos projetos de

responsabilidade social..................................................................................... 81

3.2.5 Sugestões de melhorias.......................................................................... 86

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................ 88

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................... 90

6 APÊNDICES................................................................................. 95

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1 INTRODUÇÃO

Diversos são os projetos e empresas engajadas no tema de

responsabilidade sociais e vários são os estudiosos interessados a realizar projetos

que envolva esta área. Mas, responsabilidade social ainda é um tema que vem se

desenvolvendo nas empresas e por este motivo surgi à preocupação de como está à

imagem da organização para seus colaboradores que são à base de sucesso do seu

negócio.

Além disso, as organizações vivem atualmente em constantes mudanças

num mundo em que as pessoas batalham cada vez mais por direitos iguais, respeito

e valores sólidos. Neste cenário a administração estuda no mercado algumas

maneiras de demonstrar a importância de uma organização ética que se preocupa

com a responsabilidade social e o meio em que ela está inserida. Assim, por

intermédio da responsabilidade social, as empresas podem auxiliar na formação de

uma sociedade mais justa, dando oportunidades aquele que tem interesse em

buscar conhecimento (TOLDO, 2002). Desta forma desenvolvem as pessoas para

estarem preparadas para novos desafios.

Outro ponto que deve ser ressaltado é o de que os colaboradores que

trabalham nestas organizações acabam se tornando comprometidos e respeitam a

empresa que investe nestes valores. Com isso, a empresa acaba tendo ganhos de

produtividade e qualidade com a mesma mão-de-obra. (TOLDO, 2002).

As empresas que descobrem a importância do marketing social investem em

programas, ações e projetos sociais e obtêm retorno social de imagem e

conseqüentemente de vendas. Assim, também, tornam-se empresas-cidadãs e

ganham o respeito de seus stakeholders atuais e futuros. Pois, as políticas de

responsabilidade social implementadas pelas empresas buscam transmitir valores

junto a seus colaboradores e stakeholders destacando a importância de visarem o

social, agregando valor aos seus produtos e serviços. Desta forma, atuando com

forças nas questões sociais, humanas e ambientais.

Agindo desse modo, ou seja, investindo em ações, programas de

responsabilidade social as organizações ganham credibilidade com seus

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15

stakeholders e fazem com que todos se envolvam somando pontos para a empresa

(KARKOTLI, 2004).

Neste contexto, esta pesquisa foi aplicada na empresa Cargill Carnes Brasil,

na unidade de negócio carnes da Cargill situada em Itajaí SC, para verificar a

percepção e o envolvimento dos colaboradores referente aos projetos de

responsabilidade social que a empresa desenvolve.

1.1 Problema da pesquisa

A pesquisa e a justificativa de elaboração deste trabalho são apresentadas

neste item. Roesch (2007) considera que ao desenvolver o problema de pesquisa

existem duas situações básicas, a primeira é parte do interesse do estudante e na

segunda parte é o interesse da organização, na qual acabam satisfazendo os dois

lados.

Neste contexto, a responsabilidade social é um tema que vem ganhando

destaque nas organizações e causando interesse principalmente nos colaboradores

e clientes. As pessoas estão buscando trabalhar em organizações que investem em

ações sociais com o objetivo de serem valorizados, porque empresas sociais

respeitam e valorizam sua equipe. Com isso surgiu a ideia de fazer um estudo sobre

a percepção dos colaboradores em relação a uma empresa responsável.

Seguindo esta linha o problema de pesquisa deste estudo é: Quais são os

fatores que impactam significativamente a percepção e o envolvimento dos

funcionários nos projetos de responsabilidade social da Cargill Carnes Brasil?

Pois para Richardson (2007), determinar um problema de pesquisa implica

conhecimento do objeto selecionado para estudo, o que se deseja pesquisar que

segundo o autor, são duas as formas utilizadas para a produção do conhecimento

em torno de um objeto de pesquisa: a primeira é aquela em que o pesquisador

acreditando que possui pleno domínio do tema escolhido para ser pesquisado,

supõe-se em condições de definir o seu problema de pesquisa sem a participação da

população em estudo, elaborando instrumentos de coleta de informações, as quais

serão fornecidas por pessoas que serão utilizadas apenas como objeto de estudo. Já

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16

na segunda forma, o pesquisador insere-se na população que deseja estudar a fim

de levantar os problemas que serão pesquisados, com o objetivo de produzir um

conhecimento concreto da prática que vivenciou.

Neste trabalho foi utilizada a segunda forma que foi estudar um problema, no

qual pesquisou uma população e através dos resultados pode analisar os objetivos.

Além disso, este estudo teve importância para o acadêmico, podendo

participar de uma pesquisa que promoveu o estudo aprofundado de um assunto que

sempre o interessou, visto que a área de responsabilidade social tem se destacado

nos dias atuais, no meio organizacional, tanto público quanto privado. A organização

também pode avaliar seus projetos e ações, por meio da percepção de seus

colaboradores e com isso verificar o envolvimento de sua equipe nestas ações.

Por ter sido a primeira pesquisa feita nesta área, este estudo teve sua

originalidade garantida. O trabalho foi realizado na unidade de negócio carne da

Cargill em Itajaí SC que teve custo apenas com: (1) material de expediente; (2)

internet pela utilização de e-mails; (3) impressão do questionário aplicado com os

funcionários. Cabe ressaltar que o estagiário teve facilidade em coletar informações,

pois além de ser colaborador desta instituição, a empresa apresentou expressivo

interesse na aplicação desta pesquisa com a qual pretendeu gerar substancias,

contribuições para melhorar o processo de divulgação destes projetos e contar com

significativo envolvimento e participação dos colaboradores.

1.2 Objetivos Geral e específicos

O objetivo geral é analisar os projetos de responsabilidade social da Cargill

Carnes Brasil a partir da percepção e do envolvimento dos seus colaboradores da

matriz.

Além disso, segundo Richardson (1999, p. 63) os objetivos específicos

“Definem etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objetivo geral”

levantando informações, identificando fatores e verificando sua importância.

Seguindo esta idéia, os objetivos específicos delineados para este estudo

são:

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17

caracterizar os projetos de responsabilidade social da Cargill Carnes Brasil;

traçar o perfil dos colaboradores;

verificar a percepção dos colaboradores quanto aos projetos de

Responsabilidade Social;

analisar como está o envolvimento dos colaboradores nos projetos de

Responsabilidade Social;

propor ações para divulgação, captação e capacitação dos colaboradores, em

termos de responsabilidade social.

1.3 Aspectos Metodológicos

Para Mattar (2001) a metodologia tem o objetivo de apresentar os aspectos

metodológicos da pesquisa com clareza para que seus leitores não técnicos tenham

segurança e confiança que os procedimentos, dados coletados e resultados são

verdadeiros.

Seguindo essa linha, essa seção apresenta a metodologia estruturada para

este trabalho, em termos de caracterização do trabalho de estágio, contexto e

participantes da pesquisa, procedimentos e instrumentos de coleta de dados e

tratamento e análise dos dados.

1.3.1 Caracterização do Trabalho de Estágio

Cabe ressaltar que quanto à tipologia do trabalho utilizou-se o modelo de

pesquisa-diagnóstico para analisar determinados aspectos da empresa que não

estavam evidentes, como é o caso da percepção e do envolvimento dos funcionários

nos projetos de responsabilidade social da organização. Para Rizzini (1999, p. 198),

o diagnóstico “é um procedimento que leva a identificação e compreensão de um

problema com o objetivo de traçar uma estratégia de ação”.

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18

Para desenvolver o presente trabalho foi utilizado método predominante

qualitativo por se tratar de um estudo de caso com aporte quantitativo por beneficiar-

se das técnicas da estatística descritiva para demonstrar os resultados dos

questionários aplicados com os funcionários, cujos dados foram apresentados por

meio de tabelas e gráficos acompanhados de textos descritivos.

De acordo com Richardson (1999, p 79) “abordagem qualitativa de um

problema, além de ser uma opção de investigador, justifica-se, sobretudo, por ser

uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno social”.

Este trabalho, aplicado na Cargill Carnes Brasil caracterizou como um estudo

de caso, pois, na visão de Yin (2005), o estudo de caso é uma pesquisa que tem a

estratégia de estudar e analisar um fenômeno dentro do seu contexto.

Já em termos de aporte quantitativo, a pesquisa buscou analisar números

dos resultados dos questionários aplicados, por isso a pesquisa caracteriza-se pelo

emprego da quantificação nos modos de coleta de informações, tratamento dessas

através de técnicas estatísticas, desde as mais simples às mais complexas. Assim,

esse estudo contou com o uso de estatística descritiva. (RICHARDSON, 2007).

1.3.2. Contexto e Participantes da Pesquisa

A população desse estudo foi composta pelos colaboradores da unidade de

negócio carnes da Cargill em Itajaí/SC, envolvendo 406 funcionários da Matriz, a

responsável pela a área de responsabilidade social, o gestor da área de marketing

cuja participação foi imprescindível para os resultados da pesquisa, que totalizaram

408 pessoas envolvidas na pesquisa.

Na visão de Roesh (1999), uma população é um grupo de pessoas ou

empresas que interessa ao entrevistador-pesquisador para obter informações

necessárias ao propósito especifico de estudo. Corroborando, Cobra (2005)

descreve que população é o público-alvo total de que a organização deseja obter

informações.

Já para Barbetta (2001), a amostra é a seleção dos elementos que serão

efetivamente observados. Deve ser feita sob uma metodologia adequada, de tal

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19

forma que os resultados da amostra sejam informativos para avaliar características

de toda a população. Esta amostragem para a aplicação do questionário foi

calculada a partir da fórmula apresentada pelo autor. Para isso, considerou-se a

população de 406 colaboradores da Cargill Carnes Brasil da unidade de Itajaí, SC.

N = tamanho da população

E0 = erro amostral tolerável

n0 = uma primeira aproximação para o tamanho da amostra

n = tamanho de amostra

Fórmula para o cálculo do tamanho mínimo da Amostra.

NN == 440066 ((ccoo llaabboorraaddoorreess))

EEoo²² == 00 ,,0055 ((eerrrroo aammooss ttrraall))

NNoo == 11//EEoo²² NNoo == 11//00 ,, 0055²² NNoo == 440000

nn == aammooss ttrraa??

nn == NN ** NNoo // NN++NNoo

nn== 440066 ** 440000 // 440066 ++ 440000

nn== 116622..440000 // 880066

nn== 220011 ppaarrttiicciippaanntteess ddaa aammoossttrraa

Com a aplicação da fórmula de Barbetta (2001), identifica-se que a mostra

foi formada por 201 colaboradores. Para a aplicação do questionário foi realizado

inicialmente um pré-teste no qual se constatou que 10% dos entrevistados não

tiveram dificuldades de entender o conteúdo ao qual foram questionados. Portanto,

não houve necessidade de alteração ou reformulação de suas questões e o mesmo

pode ser distribuídos para todos os outros colaboradores que fizeram parte da

amostra.

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1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Neste trabalho foram uti lizados dados de fontes primárias e secundárias. Os

dados primários são aqueles que não foram coletados, estando ainda em posse dos

pesquisados. Já os dados secundários são os que já foram coletados.

(RICHARDSON, 2007). Seguindo essa linha, o questionário e as entrevistas geraram

dados primários. Enquanto que as pesquisas bibliográficas e documentais geraram

dados secundários.

O questionário (APÊNDICE A) foi aplicado em abri l de 2009. Ele conteve

apenas com perguntas fechada as quais geraram dados primários. Para Roesch

(2007, p. 142), o questionário é o instrumento mais utilizado em pesquisa quantitativa

principalmente em pesquisas de grande escala, como as que se propõe levantar a

opinião política da população ou a preferência do consumidor.

Além disso, o questionário foi estruturado em duas partes. Na primeira

procurou-se traçar o perfil dos pesquisados por meio de questões que levantaram:

(1) gênero, (2) idade, (3) estado civi l, (4) filhos, (5) Escolaridade, (6) Setor de

atuação. Na segunda buscou analisar os projetos de responsabilidade social da

empresa identificando entre outros os meios de divulgação da empresa, assim

dividiu-se em: (1) nível de conhecimento dos projetos de responsabilidade social, (2)

quando os colaboradores tomaram conhecimento, (3) por qual setor ficou sabendo

dos projetos, (4) por intermédio de que meio de divulgação tomou conhecimento, (5)

como considera os meios de divulgação dos projetos de responsabilidade social, (6)

qual a importância de trabalhar em uma organização que investe no lado social, (7)

participação nos projetos, (8) interesse em participar dos projetos, (9) quais projetos

participou, (10) periodicidade.

Alem dos questionários aplicados para os colaboradores foi feito entrevista

(APÊNDICE B) com o gestor da área de marketing e a gerente a área de

responsabilidade social. Segundo Richardson (2007), a entrevista pode ser

estruturada e não estruturada. A entrevista estruturada, comumente chamada de

questionário, caracteriza-se como uma estratégia legítima. Já a entrevista não

estruturada, também conhecida como entrevista em profundidade, objetiva obter do

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21

entrevistado quais os aspectos que ele realmente considera mais importantes,

referente aos dados do problema.

Contudo, esta entrevista foi estruturada e aplicada diretamente com os

gestores da área de responsabilidade social e marketing. Com estas entrevistas

procuro-se sondar quais os projetos de responsabilidade social que a empresa

desenvolve, tempo de existência, pessoas que participam, qual a área de atuação,

quais pessoas beneficiadas, quais meios de comunicação a empresa utiliza para

divulgar os projetos, periodicidade dos projetos, no qual contou com questões

abertas.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

O tratamento e análise dos dados obtidos com a pesquisa foram feitos com

base na aplicação dos questionários, entrevistas, documentos disponibilizados pela

organização, anotações e análise do acadêmico que seguiu o pré estabelecido no

quadro 1.

Categoria Informação da

Categoria

Coleta Autores

Caracterizar os projetos de responsabilidade social da Cargill Carnes

Brasil

Projetos:

Áreas de atuação;

Tempo de existência;

Pessoas beneficiadas;

Pessoas

envolvidas na realização;

Benefícios.

Divulgação:

Nível de

conhecimento dos projetos;

Quando

(recrutamento, seleção,

Oliveira (2002)

Melo;Neto;

Froes (2001)

Toldo (2002)

Odgen (2002)

Kotler;

Armstrong

(2003)

Entrevista

Questionário

Questões: 7,8,9,10,

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22

Categoria Informação da

Categoria

Coleta Autores

integração, durante o ano);

Por intermédio

de quem: Depto. RS e RH;

Como (verbal: Depto. RS, RH, Gerência,

Chefia, colegas/ visual: mural, flyers,

folders, catálogos, informativo

interno, manual de funcionário/ Audititva:

sistema de rádio interna ou externa/ TI: e-mail,

newsletter, intranet (portal), pop-

ups, banner, Rss);

Avaliação dos

meios de comunicação da empresa

O sistema de

capacitação

das pessoas

para

participarem das

ações:

Integração;

Encontro;

Palestra;

Treinamentos;

Ferramentas

eletrônicas e

digitais (CD,

Internet, vídeo)

Traçar o perfil dos colaboradores.

Gênero (fem./masc)

Faixa etária

Escolaridade

Questionário

Questões:

1,2,3,4,5,6

Banco de da-

Malhotra (2001)

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23

Categoria Informação da

Categoria

Coleta Autores

Estado civil

Filhos

Setor de atuação

dos da empresa

Verificar a percepção dos colaboradores quanto aos projetos de Responsabilidade Social

Nível de importância

Questionário

Questões: 12

Hair et al (2005)

Analisar o envolvimento dos

colaboradores nos programas de Responsabilidade Social

Qual programa

Como participa

Periodicidade

Questionário

Questões: 14, 15, 16, 17,18

Oliveira (2002)

Melo;Neto;

Froes (2001)

Toldo (2002)

Propor ações para divulgação, captação e capacitação dos colaboradores, em

termos de responsabilidade social.

Propostas Ogden (2002)

Quadro 1 – Indicadores para a análise dos dados FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009).

A apresentação dos resultados e análise dos dados encontra-se no capitulo 3

deste relatório, que contou com o apoio dos gráficos, tabelas, quadros, textos

descritivos apoiados nos autores referenciados no estudo.

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24

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo apresenta a base teórica para o desenvolvimento deste estudo,

em termos de administração, marketing, comunicação integrada de marketing,

stakeholders e responsabilidade social.

2.1 Administração

Administrar é coordenar múltiplas atividades e trabalhar com recursos

físicos, econômicos e humanos buscando um desempenho dirigido a objetivos

previamente determinados. Ela coordena várias funções do administrador no qual

consiste planejar a organização, dirigir e controlar as atividades de diversas áreas

dentro de uma organização. (CHIAVENATO, 2000).

Segundo Cavalheiro (2003, p.22):

A definição de administração é bem explícita, ou seja, as organizações, porém tem sua finalidade última não é o conhecimento nem explicações de

fenômenos, e sim, as realizações concretas que busquem satisfazer necessidades sociais, tanto dos clientes quanto dos participantes.

Neste sentido, o desafio da administração é adequar às quatro variáveis

básicas que são respectivamente: a tarefa, a estrutura, as pessoas e tecnologia à

interação das organizações. Essas variáveis são sistêmicas, interdependentes e

complexas, pois são influenciáveis, entre si e a menor modificação de uma delas

provocam mudanças. Já, a tarefa da administração para Maximiano (2000, p. 25):

É o processo de tomar, realizar e alcançar ações que utilizam recursos para alcançar um objetivo. Embora seja importante em qualquer escala de

aplicação de recursos, a principal razão para o estudo da administração é seu impacto sobre o desempenho das organizações. É a forma como são administradas que tornam as organizações mais ou menos capazes de

utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos corretos.

No conceito de Silva (2005) existe uma linha que envolve todas as fases da

teoria da administração. As teorias da Administração Científica (Taylor); a Clássica

(Fayol); a Burocracia (Weber); a Humanística; a teoria das Relações Humanas

(Mayo) e a teoria de (Simon) que aconteceu por volta do ano de 1947. Logo depois

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25

destas fases surgem as Teorias de Sistemas, da Contingência e do Desenvolvimento

Organizacional.

E como tem sido apresentada nos estudos da administração, ela se tornou

uma ciência que se estuda até hoje.

Segundo Megginson (1998), ela esta divida em quatro processos:

Planejamento: função do administrador de optar ou estabelecer a missão da

organização, seus objetivos, e determinar as diretrizes necessárias para

atingi-los.

Organização: o administrador tem a função de determinar quais os recursos

que serão utilizados para atingir os objetivos da organização, combinando

recursos e pessoas, designando responsabilidades a funcionários e

delegando a autoridade necessária para o bom desenvolvimento das tarefas.

Liderança: função do administrador de influenciar seus colaboradores a

fazerem aquilo que você deseja que seja feito, e para que isto aconteça o

administrador tem que estar sempre motivando seus funcionários e tendo uma

boa comunicação com eles. O líder deve ser um individuo flexível, ou seja,

saber combinar autoridade com simplicidade.

Controlar: delinear os meios necessários para certificar-se o objetivo esperado

e atingido foi o planejado.

Na visão de Maximiliano (2000), a administração é um processo de tomar

decisões, realizar ações, no qual está divido em quatro processos: planejamento,

organização, execução e controle

Além disso, a administração é subdividida em áreas, as quais são:

financeira, produção, recursos humanos, materiais e marketing (ROESCH, 2007).

Com relação à Administração Financeira, Silva (1999, p. 70) acredita que

essa ciência:

[...] tem como objetivo a procura e a obtenção do capital, mas é preciso que esta gestão alcance a posição de lucratividade para empresa, pois os resultados advindos de suas operações são necessários que apuremos os

lucros, investindo para que haja a continuidade do negócio.

Conforme ele, a Administração Financeira é uma das áreas mais importantes

dentro de uma organização, pois a sua função é lidar com os números para saber se

a organização está dando lucro ou prejuízo. Estes objetivos e metas dos recursos

financeiros implicam no planejamento em longo prazo a respeito de créditos e fundos

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de investimento. Esta lucratividade é a produtividade do capital e dos investimentos

na empresa. As técnicas financeiras prestam o controle de custos, fluxos de caixa,

capital, captação de recursos etc; sendo todos importantíssimos para o financeiro da

empresa.

Uma área, também, importante para a administração é a de produção. Esta

concentra várias atividades, desde a chegada da matéria prima até a saída do

produto final que pode ser levado diretamente para o cliente ou acabado para ser

vendido.

Martins (1999, p. 5) acrescenta que “a administração de produção é a

tentativa de transformar insumos, tais como matérias primas, em produtos acabados

ou serviços, consomem recursos e nem sempre agregam valor ao produto final”.

Já, de acordo com Silva (1999, p. 70), a área de produção

[...] tem como objetivo de produção dentro da empresa, envolvendo a qualidade e quantidade dos produtos. Aumentar a produção não significa necessariamente melhoria na qualidade ou produtividade é preciso então

estar atentos a essas implicações.

A organização deve estar sempre preocupada com a proporção das

transformações processadas, ou seja, quanto mais à empresa acrescentar ou

contribuir para elaboração de um produto ou prestação de serviço, maior será a sua

participação percentual a título de lucro.

Seguindo essa linha, Davis; Aquilano ; Chase (2001, p. 24) sobrepõe que: “A

partir de uma perspectiva corporativa, a administração da produção pode ser definida

como o gerenciamento dos recursos diretos que são necessários para a obtenção

dos produtos e serviços de uma organização”.

Em síntese, percebe-se que a administração da produção está presente na

vida de todos que estão envolvidos dentro da organização. Em qualquer lugar existe

algum componente que foi produzido, justificando assim a grande importância da

administração de produção.

É importante também destacar a administração de recursos Humanos que

está em crescente ascensão no contexto organizacional. Tem deixado de ser uma

área que emprega os funcionários e que administra a remuneração, mas sim, tem

procurado cuidar e administrar as ações de um indi víduo dentro de uma organização.

Para Ribeiro (2001, p. 2), este departamento “tem como objetivo principal

administrar as relações da organização com as pessoas que compõem consideradas

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27

hoje em dia, parceiras do negócio”. Ele acredita que esse passou a ser o maior

desafio interno das empresas, em plena era de informação.

O profissional de Recursos Humanos deve prover a organização de meios

para avaliar as pessoas em todos os sentidos, desde a formação profissional até

coleta de informação que possa lhe dar uma indicação ainda mais parcial. Entende-

se que o profissional da área de Recursos Humanos tem um papel amplo na visão

estratégica da empresa. O funcionário deve possuir o poder de diferenciar as

pessoas com as quais lidam no dia-a-dia, pois os seres humanos são dotados de

personalidades próprias. Para Milkovich; Boudreau (2000, p. 35):

A administração de recursos humanos é um assunto fascinante e importante. O fascínio reside no fato de que envolve as pessoas no trabalho.

E é importante porque os recursos humanos são a própria organização. As pessoas tomam decisões, fixam objetivos e planejam, produzem e vendem os produtos.

Outra área, também, relevante na administração é a de Materiais que

trabalha para reduzir estoques e manter o cliente satisfeito, no qual ela assume

diferentes forma, visando sempre à otimização dos processos para a obtenção dos

materiais, rapidez e a redução dos níveis dos estoques. (MARTINS, 1999).

Já para Dias (1995, p. 12) “A administração de Materiais poderia incluir a

maioria ou a totalidade das atividades realizadas pelos seguintes departamentos:

compras, recebimento, planejamento e controle da produção, expedição tráfego e

estoques”.

É por estes estudos que se pode verificar a importância do sistema de

materiais, no qual estabelece uma integração com previsão de vendas, procurando

planejar um programa-mestre de produção até a produção e entrega do produto

final.

2.2 Administração de marketing

Na Administração de marketing são estudados os processos de

planejamento e execução da concepção de preço, produto, promoção e distribuição

de idéias, bens e serviços, de forma que se satisfaçam metas individuais e

organizacionais (KOTLER, 2000).

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Corroborando Las Casas (2006, p. 15) acrescenta que “a administração de

marketing é uma ciência normativa na qual envolve criação e oferta de valores para

estimular a transação desejada”

Já, o trabalho do marketing no mercado consumidor é formalmente

executado por gerentes de vendas, vendedores, gerentes de propaganda e

promoção, pesquisadores de marketing, gerentes de serviços aos consumidores e

gerentes de produtos e marcas. Todos assumem uma tarefa que envolve a

administração de recursos de marketing com grande responsabilidade, e têm que

estar bem definidas as estratégias assumidas. (LAS CASAS, 2006).

A imagem do gerente de marketing é de estimular a demanda pelos produtos da empresa. Entretanto, essa é uma visão bastante limitada da

diversidade das tarefas de marketing desempenhadas pelos seus gerentes. (KOTLER, 1998. p. 33)

Para Churchill; Peter (2000), o marketing enfatiza a importância de

compreender clientes e mercados, requerendo, para isso, que as empresas,

pesquisem os clientes, divida-os em segmentos e selecione os grupos que serão

atendidos, o denominado mercado-alvo.

Seguindo a idéia de Kotler ; Armostrong (2000), o conceito para marketing

começa na necessidade humana, no qual o homem tem várias necessidades

primordiais para sua sobrevivência que são: vestuário, alimentação, necessidades

individuais e sociais que são as necessidades de auto-realização. E por isto eles

enfatizam que a função do marketing é saber lidar com o cliente. Saber criar, se

comunicar e proporcionar ao seu cliente valor e satisfação.

Nestes conceitos é fácil identificar a importância do marketing para as

organizações e como ela pode ajudar a empresa no seu desenvolvimento no qual

busca atingir os desejos de seus clientes e da sociedade.

Las Casas (1999, p. 13) afirma que:

Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades

concernentes às relações de trocas, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar os objetivos da empresa e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto

que essas relações causam no bem-estar da sociedade.

São com estas teorias que pode se observar que as atividades de marketing

devem ser conduzidas sob a filosofia de eficiência e eficácia em busca de um

mercado alvo no qual atinja o seu cliente interno e externo sendo socialmente

responsável.

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29

2.2.1 Composto de marketing

Na área de marketing existem quatro ferramentas que são utilizadas pelos

profissionais do marketing ou empreendedores que desejam atingir seus mercados-

alvo sob a ótica do produto. São conhecidas como: produto, preço, praça e

promoção, denominadas os 4Ps de McCarthy nos anos de 70, que na linguagem

americana significa: product, price, promotion e place criados para atender o

mercado-alvo, o cliente.

Para Kotler (2000), mix de marketing é a utilização dos 4Ps para que a

organização alcance os objetivos desejados frente a seu mercado-alvo.

Na concepção de Kotler; Armstrong (2003) o composto de marketing ou o

mix do produto consiste em todas as linhas de itens e produtos que é colocado a

amostra e a venda.

PRODUTO: para Kotler (2000, p. 33) “Um produto é qualquer oferta que

possa satisfazer a uma necessidade ou a um desejo”. Já para Sandhusen

(2003, p. 4), “produto é definido como qualquer coisa, tangível ou intangível,

oferecida para atenção, utilização ou consumo capaz de satisfazer as

necessidades”.

PREÇO: os preços podem variar conforme a oferta e a procura do produto.

Segundo (KOTLER, 2000, p. 14) “O preço é o elemento do mix de marketing

que produz receita; os demais produzem custos”. Churchi ll; Peter (2000, p

164) afirmam que: “a estratégia de preços influencia o comportamento de

compra quando o consumidor esta avaliando alternativas e chegando a uma

decisão”.

PRAÇA: possuir o melhor produto com o melhor preço é muito importante,

mas é necessário identificar corretamente qual o melhor canal de distribuição

pra vender seu produto. No conceito de Kotler (1997, p. 216), “Canal de

distribuição é o caminho que as mercadorias e a transferência de titulo

seguem desde o produto até o consumidor final”. Para Sandhusen (2003, p. 5)

“refere-se ao local em que o produto é colocado a disposição do mercado, e

abrange duas áreas: (1) canais de distribuição, ou seja, atacadistas ou

varejistas que negociam produtos com produtores e consumidores, e (2)

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30

distribuição física, ou seja, transporte, armazenagem e instalações de controle

de estoque projetadas para disponibilizar produtos em momentos e pontos

apropriados nos canais de marketing”.

PROMOCÃO: a promoção de vendas e o merchandising devem ser atraentes

e sedutores para seus clientes (COBRA, 2000). É através do composto

promocional que poderá atrair o cliente. Já Kotler (2000) aponta que além de

ser um produto bom, deve ter um preço acessível ao cliente através da boa

comunicação e promoção.

Com estes fatores, os profissionais da área do marketing devem estar

atentos a todas as variáveis do ambiente externo, buscando idéias, competitividade e

detectando ameaças que devem ser evitadas para manter a sobrevivência e

prosperidade da organização (CHURCHILL; PETER, 2000).

2.2.2 Marketing de serviços

Para Gianesi; Corrêa (1996, p.36) “a função do marketing é aquela com o

qual a função de serviços tem a relação mais forte. Na manufatura, existe uma

separação entre as funções de marketing e operações”. Um produto físico pode ser

produzido em algum lugar, vendido em outro e consumido em um terceiro.

Entretanto, em uma empresa de serviços, onde o mesmo é consumido tão logo que

é produzido, deve haver contato direto entre o consumidor e a produção (operações).

Consequentemente, os gerentes de operações de serviços, em geral, desempenham

funções de marketing, paralelamente a sua função principal.

Uma das funções básicas do marketing em serviços, é a comunicação com

o cliente, seja durante o processo, ou através da publicidade e propaganda. Esta comunicação tem como objetivo a formação das expectativas dos consumidores a respeito do serviço a ser prestado. (GIANESI; CORRÊA

1996, p.37)

Estas expectativas devem ser superadas ou, ao menos, se pre tende que a

avaliação do cliente seja positiva. Assim é essencial que haja interação perfeita entre

as funções de marketing e de operações.

Já na visão de Kotler (2000), para se fazer marketing em serviços é

necessário adicionar pessoas, prova física e processos, porque na maioria dos

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31

serviços é feita por pessoas e a sua diferenciação pode estar na seleção,

treinamento, desenvolvimento e na motivação dos colaboradores

Algumas características sobre o marketing de serviço segundo Kahtalian

(2005):

o prestador de serviços é a “fábrica de serviços” diante do cliente; assim, será

julgado por tudo que fizer (ou deixar de fazer);

o cliente interfere na produção do serviço com sua participação. Na verdade,

ele co-produz o serviço, pois o ambiente de produção de serviço não é

controlado e depende e precisa da interação do cliente. Assim, também

precisa ser educado sobre o serviço e deve, minimamente, aprender sobre

ele;

não há uma segunda chance para o prestador, pois o serviço tem que ser

adequado no momento em que o cliente necessita. Como agravantes muitos

serviços, se não prestados adequadamente da primeira vez, podem causar

danos irreparáveis.

Sem dúvida o marketing de serviços apresenta-se hoje como uma disciplina

fundamental para a empresa moderna. Seja no segmento Business to Business

(negócios para negócios), seja no varejo de serviços ou por meio da ampla gama de

serviços diariamente prestados a inúmeros clientes, as empresas são obrigadas a

repensar continuamente sua forma de atuação. (KAHTALIAN 2005).

Para Churchill ; Peter (2000) não é fácil definir regras ou padrões para medir

a qualidade de um produto. Zeithaml (2003) destaca alguns pontos importantes que

os consumidores acham importante na hora de avaliar serviços: 1- confiabilidade; 2-

responsividade que é de prestar serviços com rapidez e com vontade; 3-segurança;

4- empatia no qual atenção e respeito pelos os clientes é fundamental; 5 -

tangibilidade que se preocupa com aparência dos produtos da empresa.

No marketing de serviços conforme Kahtalian (2005), produtos e serviços

têm a mesma finalidade, isto é, satisfazem um desejo ou necessidade dos

consumidores, gerando satisfação e valor. No caso de serviços há fortemente

demarcado, claro, o componente intangível. Assim, os serviços são experiências que

geram valor, podendo ser maiores ou menores seus componentes tangíveis.

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32

2.2.3 Marketing social

A busca da ampliação do conceito marketing social pode ser caracterizada

pela transposição dos conceitos da área comercial para a social.

Como demonstra Kotler (1998, p.25):

O marketing social é uma estratégia de mudança de comportamento. Ele combina os melhores elementos das abordagens tradicionais de mudança

social num esquema integrado de planejamento e ação e aproveita os avanços na tecnologia das comunicações e na própria capacidade de marketing.

Os especialistas em Marketing Social promovem idéias e práticas sociais.

Com o marketing social a empresa se beneficia, pois a imagem vinculada a uma

causa social traz visibilidade perante seu público e mercado. O marketing social tem

como conseqüência a mudança de comportamento, atitudes e práticas. E com isso,

promove o bem estar social e garante efetividade das práticas de responsabilidade

social. Na visão de (SCHIAVO, 1999, p.25-29)

Marketing Social é uma ferramenta democrática e eficiente que aplica os princ ípios e instrumentos de marketing de modo a criar e outorgar um valor

à proposta social. O marketing social redescobre o consumidor por meio do diálogo interativo o que gera condições para que se construa o processo de reflexão, participação e mudança social. Os resultados são mensuráveis

pelos seus efeitos e avaliados pela sua efetividade [...]

O marketing social pode ser entendido como uma estratégia de mudanças

comportamentais e atitudinais que pode ser utilizada em qualquer tipo de

organização, desde que esta tenha uma meta final de produção e de transformação

de impactos sociais. (ARAÚJO, 2001).

Observa-se que do momento de sua concepção até as definições atuais sua

interpretação sofreu mudanças. O objetivo não seria fazer uso do social para

promoção da organização como uma forma de oportunismo e sim propiciar a

transformação social. Como relata Pinto (2001, p. 28)

Muitos empresários utilizaram-no (o marketing social) com oportunismo,

acreditando que bastava se desenvolver um projeto filantrópico para ser percebido como uma empresa cidadã. Por isso, o termo ainda suscita conotação negativa por parte daqueles que realmente se empenham num

trabalho de transformação social.

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33

O verdadeiro marketing social tem como conseqüência a mudança de

comportamento, atitudes e métodos, com isso promove o bem estar social e garante

a participação das práticas de responsabilidade social.

Pode-se perceber e acreditar que a organização que envolve a

responsabilidade social com a comunicação é mais valorizada pelos seus clientes,

ganha mais credibilidade e respeito por divulgar suas ações sociais atraindo atenção

de seus clientes internos e externos.

2.2.4 Endomarketing

A filosofia do Endomarketing ou marketing interno deve ser estudado em

toda organização que está diretamente ligada à área de comunicação da empresa,

auxiliando os colaboradores nos seus processos, gestão, havendo uma boa

comunicação de suas metas e objetivos para que seus funcionários possam se

localizar e quais seus deveres e obrigações para com a organização.

Segundo Brum (1998, p. 15), “Endomarketing é fazer com que todos os seus

funcionários tenham uma visão compartilhada sobre o negócio da empresa, incluindo

itens como gestão, metas, resultados, produtos, serviços e mercados nos quais

atua”.

Mas para Bekin (2004, p.47) o “endomarketing consiste em ações

gerenciadas de marketing eticamente dirigidas ao público interno (funcionários) das

organizações em empresas focadas no lucro [...], observando condutas de

responsabilidade comunitária e ambiental”.

Endomarketing é visto pelas empresas como estratégia de gestão, que

busca motivar as pessoas para os programas de mudança. Estas práticas já vêm

sendo implementadas desde a década de 50 no mundo inteiro. Desde então as

organizações até os dias atuais começaram a investir em maneiras de se comunicar

com o público interno, dando origens as técnicas hoje utilizadas para que seus

colaboradores tenham uma visão compartilhada do negócio da empresa

(BRUM,1998).

Cerqueira (2002) destaca algumas características de Endomarketing:

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34

a prática de valores na nova cultura organizacional;

a manutenção de um clima ideal de valorização e reconhecimento de seus

serviços;

o estabelecimento da administração participativa;

implantação de ações gerencias preventivas;

a obtenção de índices maiores de produtividade e qualidade com a

conseqüente redução de custos.

Cabe ressaltar que no meio em qual o homem está inserido hoje, ele é visto

como um elemento fundamental em qualquer processo de mudança dentro de uma

organização. Pois, depois de implementados projetos, ações podem trazer bons

resultados para organização em seu crescimento ou poderá dificultar os seus

processos de desenvolvimento. Neste aspecto, Brum (1998, p. 17) diz que “Um

programa de endomarketing bem feito é capaz de tornar o funcionário um ser

comprometido com a nova postura da empresa e com a modernidade, cada um em

sua área de atuação e através do seu trabalho.”

Como se pode observar, o endomarketing nas organizações pode melhorar a

comunicação, o relacionamento e estabelecer uma base motivacional com o

comprometimento entre as pessoas e das pessoas com o sistema organizacional.

(CERQUEIRA, 2002).

Por estas situações, percebe-se que as empresas estão sempre em

constantes mudanças, a procura de profissionais comprometidos que queiram

inovar, trazer idéias e trocar experiências. E para se destacar no mercado hoje e

fazer diferente, a boa comunicação é primordial.

Brum (2003, p. 21) desta que o:

Endomarketing não é apenas um movimento no sentido de vender a

imagem da empresa ou de um produto para dentro e sim, um esforço capaz de tornar comum, entre as pessoas que fazem o dia-a-dia de uma empresa, objetivos, estratégias e resultados.

Através dos autores referenciados, enfim percebe-se que o Endomarketing

começa quando os colaboradores são considerados clientes para as organizações.

Os funcionários passam a ser vistos como parceiros ao sucesso do negócio e não

apenas como um trabalhador que é remunerado pelos seus serviços. Assim, a

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35

relação entre empresa e funcionários vem se estreitado cada vez mais, vendo-os

como precursores para atingir os objetivos e metas globais com base em um

relacionamento produtivo, saudável e duradouro. No qual se busca o respeito,

confiança, transparência entre as partes envolvidas.

Em relação ao endomarketing surge um novo conceito reforçando tudo que

foi dito sobre comunicação interna: o Exomarketing que vem do grego que quer dizer

“para fora”. Para (BRUM 2003, p. 175): “Exomarketing é, portanto, uma estratégia de

comunicação externa que se uti liza das ações e instrumentos de endomarketing

como conteúdo.”

As empresas que praticam Exomarketing têm o objetivo de capitalizar todo o

esforço interno para complementar aquilo que fazem em nível do marketing externo.

E muitas às vezes as organizações preferem divulgar seu balanço social, que

mostram seus dados sobre benefícios, incentivos, ações comunitárias em jornais,

revistas, ou outro meio de comunicação atingindo não apenas seus colaboradores

ou a comunidade e sim toda a sociedade como um todo.

Endomarketing e Exomarketing estão praticamente ligadas uma a outra com

o mesmo propósito de envolver a todos, seus clientes internos e externos, na qual a

comunicação é fundamental e importante.

2.2.5 Endomarketing X Informação

Quando as empresas se propõem a compartilhar informações relativas a

situação atual da empresa, metas corporativas, possibilidades de ganhos entre

outros aspectos relevantes ao mundo corporativo é compensador para os

colaboradores porque se sentem mais seguros e valorizados, sabendo realmente

qual o objetivo da empresa. Os funcionários podem se sentir responsáveis ou não

pelo sucesso da organização.

Para Brum (1998, p.30), "Sem a informação coerente, clara, verdadeira,

lógica, centrada e bem trabalhada, não existem funcionários motivados, por maiores

que sejam os benefícios e incentivos."

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36

Deste modo, a comunicação é uma importante ferramenta para o

desempenho de qualquer organização, além de ser uma prática quotidiana nas

relações, seja ela entre empresa e mercado ou entre empresa e seus clientes

internos e externos. Perez; Bairon (2002) determinam que a palavra comunicação

deriva do latim communis que trás a idéia de comunhão, ou seja, participar em

comum, compartilhar.

Talvez seja por isso que não existe endomarketing sem comunicação, já que

sua base é a informação. Ela passa a ser trabalhada com o intuito de prover os

colaboradores para a realização de um ótimo trabalho. A informação passa a ser

uma estratégia de motivação e aproximação entre empresas e funcionários.

Nas informações insti tucionais estão todas as informações sobre a empresa

como: histórico, missão, visão, valores, princípios, objetivos globais, crenças,

atuação do presidente etc. E no departamento de Recursos Humanos, as

informações são sobre a vida das pessoas na organização que inclui: benefícios,

incentivos, programas de treinamento e desenvolvimento, política salarial, dissídios,

negociações etc.

Mas, nas informações de Mercado/Produto no qual ela está inserida estão

todas as informações sobre o que a empresa produz ou vende, em que mercado;

quais suas atuais técnicas de produção, estratégias de vendas, metas, recordes.

Já, na informação sobre Programas Internos estão todas as informações

sobre os programas e projetos desenvolvidos internamente que contam com a

participação dos empregados e nas Informações do dia a dia estão todas as

informações sobre o funcionamento operacional da empresa, fatos acontecimentos,

atuação das áreas, das lideranças, dos empregados etc., no qual cada empresa tem

uma maneira de publicar isto para seus colaboradores que ajudam no seu

desenvolvimento e no desenvolvimento da empresa (BRUM, 2005).

Conhecer todo o processo, toda gama de produtos e/ou serviços oferecidos

pela empresa é primordial para o bom desempenho de qualquer funcionário. A

divulgação em locais estratégicos sobre os produtos e/ou serviços oferecidos mune

os funcionários das informações pertinentes ao negócio, provendo-os das

informações necessárias para atender prontamente o cliente externo. Todos os

programas internos nos quais a participação dos funcionários está diretamente

relacionada precisam ser divulgados visando informar e assegurar o

comprometimento de todos no processo.

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Cerqueira (2002, p. 51) cita que:

Os projetos e ações do endomarketing visam à prática dos valores estabelecidos como base da nova cultura, a manutenção de um clima ideal

de valorização e reconhecimento das pessoas, a obtenção de índices maiores de produtividade e qualidade (...), o estabelecimento de canais adequados de comunicação interpessoal (...), a melhoria do relacionamento

interpessoal, o estabelecimento da administração participativa e a implantação de ações gerenciais preventivas.

É através destes aspectos que todos devem ter uma boa comunicação entre

colaboradores e gestores da organização.

2.2.6 Endomarketing – a base para o sucesso

De acordo com Brum (1998, p.54), “o sucesso ou fracasso de um Programa

de Endomarketing está relacionado a alguns fatores que devem ser considerados no

momento em que as ações estiverem sendo planejadas”. São eles: 1 - valorização

da cultura e da intuição; 2 - endomarketing como um processo educativo; 3 -

instrumentos que encantem o público interno; 4 - a informação como

responsabilidade da empresa; 5 - a verdade e a mentira sempre aparecem; 6 - as

mensagens devem ser simples; curtas e claras, o impacto visual a partir dos

instrumentos.

Ao elaborar um programa de Endomarketing, deve-se levar em conta a

cultura da empresa, traçando ações que objetivam reforçá-la e consolidá-la para o

seu público interno, visando alinhar o pensamento, disseminar os valores e as

crenças buscando reforçar o que realmente importa para a empresa. Pois para

Cerqueira (2002, p.48) “Numa cultura avançada, todos devem falar a mesma

linguagem, baseada em valores compensados.”

Assim, todos os processos de Endomarketing estão baseados na

informação que busca o sucesso para a organização. E por estudos e como os

autores afirmam o endormarketing serve como ferramenta de aproximação entre

empresa e funcionário.

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2.2.7 Comunicação integrada de marketing

Para Cobra (1997), Comunicação integrada de marketing são todos

componentes básicos para a comunicação de uma empresa.

Mas, na visão de Corrêa (2006, p. 49):

Comunicação integrada de marketing é um conceito de planejamento de comunicação de marketing que reconhece o valor adicionado de um plano que avalia as funções estratégicas de uma variedade de disciplinas de

comunicação, por exemplo, propaganda em geral, resposta direta, promoção de vendas e relações públicas e combina essas disciplinas para proporcionar clareza, consistência e o máximo impacto na comunicação.

Podem-se destacar também as estratégias de promoção, que para Ogden

(2002) fazem parte do Mix da Comunicação Integrada de Marketing - CIM. São elas:

Propaganda: comunicação que se paga pela veiculação, exemplo de um

anúncio classificado.

Venda Pessoal: Envolve relacionamento ao vivo, imediato e interativo com o

consumidor podendo assim manter uma relação duradoura.

Marketing Direto: é utilizado a mala direta , telemarketing e cuponagem.

Marketing Digital: uti liza-se muito a internet, interligando muito seus

consumidores e consumidores. Os e-mails, home-pages, sistemas de banners

digitais também são muito utilizados por ser uma forma mais rápida e pratica

de comunicação.

Promoção de Vendas: modelos desta comunicação: Cupons, concursos,

prêmios no qual visa comunicação, atrai seus consumidores e estimula o

consumo.

Relações Públicas e Publicidade: Toda comunicação que não se paga por sua

veiculação.

Além destas estratégias destacadas, existe a comunicação feita pelo

Merchandising, que esta tem o objetivo de divulgar o produto ou serviço, facilitando o

conhecimento, criando uma marca e imagem e conseqüentemente levar os

consumidores a decisão de compra. (COSTA; TALARICO, 1996).

Para Cobra (1997), o Merchandising compreende um conjunto de operações

táticas efetuadas, no ponto-de-venda para se colocar no mercado o produto ou

serviço certo, na quantidade certa, preço certo, tempo certo, na exposição correta.

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Por estes estudos pode-se observar que a integração das ferramentas de

comunicação de marketing ocorre por força dos objetivos traçados para uma marca,

seus pontos fortes e oportunidades assumidas pela administração de marketing.

(PINHEIRO, 2005).

Boone; Kurtz (1998) fazem um resgate das ferramentas da CIM mais

utilizadas e que para facilitar suas identificações foram reunidas no Quadro 2, onde

se pode ter uma melhor visualização.

Propaganda Promoção de

Vendas

Relações

Públicas

Venda Pessoal Marketing Direto

Anúncios impressos e de rádio e televisão

Concursos, sorteios, loterias

Kits para a imprensa

Apresentações de vendas

Catálagos

Anúncios em

embalagens

Brindes Apresentação ao

vivo na imprensa

Convenções de

vendas

Lista de clientes

Encartes em embalagem

Amostra grátis Seminários Programas de incentivo

Telemarketing

Anúncios em projeções

cinematográficas

Feiras e convenções

Relatórios anuais

Distribuição de amostras

Compra eletrônica

Catálogos e folhetos

Exposições Doações de caridade

Feiras e convenções

Compra por televisão

Anuários Demonstrações Patrocínios Fax

Reproduções de anúncios

Cuponagem Publicações E-mail

Cartazes luminosos Descontos Relações com a

comunidade

Correio de voz

Anúncios em lojas Financiamento a juros baixos

Lobbing

Displays de ponto de vendas

Entretenimento Mídias especiais

Materiais

audiovisuais

Promoções de

trocas

Revista da

empresa

Símbolos e logos Programas de fidelização

Eventos

Videoteipes Distribuição de adesivos

Quadro 2 – Ferramentas comuns de comunicação Fonte: Boone; Kurtz (1998, p. 89).

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2.3 STAKEHOLDERS

Stakeholders são agentes que mantêm vínculos com a organização como os

acionistas, empregados, clientes, fornecedores, sociedade, governo, comunidade e

concorrentes. Lourenço; Schroder (2003) apontam uma definição simples para o

termo stakeholders que são todas as pessoas que estão envolvidas dentro e fora da

organização. Seguindo essa linha, Mueller (2003, p.25) descreve que os

Stakeholders são indivíduos ou grupos de indivíduos que se relacionam direta ou

indiretamente.

Para Chiavenato (2004) existem dois modelos de stakeholders:

o que se preocupa em maximizar lucros, no qual a empresa deveria apenas

buscar a otimização do lucro dentro das regras das sociedades.

e o que salienta que a maior responsabilidade está na sobrevivência em longo

prazo por meio dos diversos interesses de seus parceiros, onde a organização

precisa estar aberta a problemas sociais e fazer esforços nesta área.

Stakeholders reflete um termo em inglês utilizado para designar as partes

interessadas, ou seja, qualquer indivíduo ou grupo que possa afetar a empresa por

meio de suas opiniões ou ações, ou ser por ela afetado. (INSTITUTO ETHOS, 2003).

Já para Daft (1999), a responsabilidade social em uma organização deve se

preocupar com todas as práticas existentes entre as partes interessadas ligadas

diretamente a organização (stakeholders) e o ambiente no qual ela esta envolvida.

Chiavenato (2004) destaca que as empresas ao realizarem procedimentos

éticos e empreenderem ações, observando a prática da responsabilidade social,

fortalecem sua imagem perante os diversos públicos ou stakeholders das

organizações.

Na literatura há diversas definições para o termo. Alguns autores adotam

classificações mais abrangentes, considerando stakeholders todas as pessoas ou

“partes interessadas”.

Independente das classificações existentes, não se pode negar que existem stakeholders mais relacionados à empresa (os chamados primários) e stakeholders que não são diretamente influenciados ou atingidos pelas

ações empresariais (os secundários). No primeiro grupo, figuram os acionistas, os funcionários, os clientes, os fornecedores, a comunidade e o

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meio ambiente, entre outros. Dentre os stakeholders secundários pode-se

citar como exemplos a mídia e os grupos de pressão (MUELLER, 2003 p. 77).

A seguir apresenta-se no quadro 3 um demonstrativo sobre stakeholders

primários(P) e secundários.

Proprietários Comunidade

- acionistas /investidores (P) - residente perto de onde a organização opera

(P)

- fundo de pensão dos empregados (P)

- associação de moradores (S)

- fundo mútuo de gerenciamento (S)

- câmara do comércio (S)

Clientes

- organizações de caridade (S)

- compradores individuais (P)

- escolas e universidades (S)

- nicho de mercado ético (P)

- grupos de interesse especiais (S)

- associação de consumidores (S)

Meio ambiente/ Espécies não-humanas/

Gerações Futuras

-representantes dos consumidores na mídia (S)

- o meio ambiente (natural) (P)

FUNCIONÁRIOS

- espécies não-humanas (P)

- novos funcionários (P)

- gerações futuras (P)

- mais velho, de longo prazo (P)

- cientistas (S)

- grupos minoritários (P)

- movimento de grupos ambientais (S)

- aposentados (P)

Mídia

- funcionários com famílias (P)

- representantes da mídia (S)

- Sindicatos (S)

- colunistas (S)

Indústria

Órgão de regulamentação governamental

- fornecedores (P)

- policymaker federais (S)

- competidores (S)

- instituições estaduais e municipais (S)

Proprietários Comunidade

- associação das indústrias (S)

- fiscais locais (S)

- lideres de opinião da indústria (S)

Quadro 3 – Lista dos stakeholders primários e secundários. FONTE: Mueller (2003, p.77).

O Quadro 3 aponta quais os tipos de stakeholders a partir de Muller (2003):

(1) os PRIMÁRIOS estão envolvidos diretamente com a empresa, ou seja, qualquer

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alteração que houver a empresa automaticamente sentirá seu impacto. E os (2)

SECUNDÁRIOS afetam a empresa de uma forma mais indiretamente, pois não estão

tão ligados a ela.

Na figura 1 mostra as variáveis que envolvem os stakeholders internos e

externos que influência na organização e ambiente.

Figura 1 - Variáveis internas e externas dos stakeholders FONTE: Stoner; Freeman (1995, p. 781)

Percebe-se que os stakeholders internos que é mostrado na figura 1 são

compostos por empregados, a organização e acionistas que tem influência dentro de

uma empresa.

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2.4 Responsabilidade social

Desde as décadas de 50 o conceito de responsabilidade social evoluía ao

longo de suas histórias. A partir do momento que iniciou a ética no mundo das

organizações, começaram a se preocupar com estes valores. Nos anos de 50 nos

Estados Unidos da América, começou a surgir a preocupação pela ética nos

negócios que focavam a desumanização do trabalhador; nos anos 60 no complexo

industrial militar surgiu à preocupação com o meio ambiente; nos anos de 70, 80

houve interesse em mostrar para as pessoas para não se iludirem e não aceitarem

as propagandas enganosas ligadas no meio da comunicação de massa, em rótulos

ou embalagens de produtos. (PASSOS, 2004).

Conforme o autor, logo que a economia global foi evoluindo, as mudanças

foram acontecendo rapidamente, os problemas sociais aumentando a cada dia, em

um modelo de produção capitalista, tornando a distribuição desigual e injusta, no

qual resultou em desigualdade social, corrupção política entre outros fatores que

prejudicou a todos.

Drucker (1997) ressalta que com a globalização, com o crescimento dos

negócios, os problemas sociais tornaram-se mais complexos e importantes para as

organizações e para comunidade em sua volta, no qual antes era dever do governo

resolver os problemas sociais. Através disso, o governo começou a ser um facilitador

da sociedade.

Com estes fatores, pode-se observar que o conceito de Responsabilidade

Social surgiu para atender as necessidades das empresas a esse novo cenário no

qual elas se encontravam, pois na década de 80 a responsabilidade social estava

diretamente envolvida aos interesses próprios das organizações. Por incompetência

dos Governos federais, estaduais e municipais que não buscavam soluções para os

problemas sociais, os empresários da época que estavam mais ligados aquelas

situações se sentiram mais confiantes nas suas ações e decisões e resolveram

trabalhar a responsabilidade social em suas empresas (MELO NETO; FROES,

2001).

Foi por estes acontecimentos que foi surgindo o conceito de

responsabilidade, no qual as organizações não poderiam apenas focar no lucro, mas

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teriam que começar a se preocuparem com a sociedade, tiveram também que adotar

uma nova maneira de administrar, trabalhar e produzir somente aquilo que era

importante para si, mas procurando atender os desejos de todos, podendo ajudar a

sociedade em seu desenvolvimento.

Pode observar que a empresa investindo em seus negócios, ampliando sua

estrutura, com certeza estaria gerando emprego para população, aumentando a

demanda, no qual estes colaboradores estariam consumindo mais e com isto

aumentando a economia da região. (SCHROEDER ; SCHROEDER, 2004).

Estes autores indicam que com a conscientização de toda a sociedade, as

organizações começaram a mudar sua maneira de trabalhar e como mostrar seu

papel na sociedade, tentaram mostrar para população que eram preocupadas com o

bem estar de seus clientes, colaboradores e também com a sociedade no qual

estava inserida. A sociedade através destas atitudes passou a reconhecer e valorizar

este tipo de empresa e achavam que poderiam ganhar com empresas deste porte,

pois empresas que assumiam responsabilidade para com a sociedade, estaria

incentivando e colaborando com os problemas sociais.

Através dos estudos de Responsabilidade Social, e por motivos de

competitividade, as organizações buscaram desenvolver seus próprios programas

que incentivava a pratica de Responsabilidade Social. Com a globalização gerando

mudanças na sociedade ao passar dos anos trouxeram diversos modelos de

Responsabilidade Social que puderam ser utilizados e até hoje desenvolvido em

qualquer lugar do mundo. (MELO NETO; FROES, 2001).

As empresas realmente começaram ver com outro sentindo a importância de

serem responsáveis, e somente o produto e qualidade não é mais tão importante.

Rompendo com o velho paradigma de que as empresas só se preocupam com a geração de lucros, torna-se estritamente necessário, para que a

empresa sobreviva no mercado, a prática de preços baixos, a oferta de produtos de qualidade e a realização da parte que lhe cabe na responsabilidade social, ressaltando também que o consumidor está

gradativamente tornando-se mais seletivo, preferindo empresas que realmente se integrem à comunidade (GOMES, 2004, p.47).

Mesmo as empresas investindo em práticas sociais, o desafio que ela tem

que alcançar está em encontrar uma solução segura de coordenar seus negócios,

não somente preocupada com a competitividade, mas considerando aspectos de

desenvolvimento sustentável que possas atender os problemas da sociedade

(GRAJEW, 2000).

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A responsabilidade social das organizações vem se estudando há muitos

anos e tem recebido vários conceitos, interpretados de diversas maneiras. Percebe-

se que é um estudo que vem despertando interesse em todos envolvidos se

surpreenderá com a imensidão que é Responsabilidade Social.

2.4.1 Responsabilidade social e todos os envolvidos

A Responsabilidade Social ou a Responsabilidade Corporativa no conceito

de Silva (2005, p. 71) “é a obrigação que uma organização tem de agir de maneira

que sirva tanto os interesses próprios como os interesses da sociedade”.

Na visão de Esteves (2000), Responsabilidade Social é à maneira de como

tratar e valorizar as pessoas que dão sustentação à organização, aquelas que a

participam de suas ações, atividades, projetos, admiram-na e colaboram para o seu

desenvolvimento. O autor afirma que, se o consumidor souber que a empresa é

responsável socialmente, irá preferir utilizar de seus produtos e serviços.

Atualmente, as empresas ajudam a desenvolver a responsabilidade Social

de forma cultural. Desta forma procuram recuperar danos que foram causados pela

sociedade.

Praticar responsabilidade social é uma forma de cumprir os deveres,

buscando os direitos e dividindo com os estado à função de promover algum bem

para sociedade que esta inserida. As empresas para poderem desenvolver a

responsabilidade social devem estar interagidas com meio externo da organização,

buscando informações e força com outras empresas.

Na visão de Oliveira (2002, p.205):

A responsabilidade social é o objetivo social da empresa somando à sua atuação econômica. É a inserção da organização na sociedade como agente social e não somente econômico. Ter responsabilidade social é ser

uma empresa que cumpre seus deveres, busca seus direitos e divide com o Estado a função de promover o desenvolvimento da comunidade; enfim, é ser uma empresa cidadã que se preocupa com a qualidade de vida do

homem na sua totalidade.

O interesse das empresas não é só econômico, mas ter uma postura de

responsabilidade e justiça perante os funcionários e a sociedade. Assim, se coloca

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em prática a ética empresarial. E talvez seja por isto que Fritzem (2002, p. 340)

afirma que:

O conceito de responsabilidade social de uma empresa deve abranger todas as relações e práticas existentes na organização sejam elas com relação à comunidade, aos funcionários, aos fornecedores, consumidores, acionistas

ou ao meio ambiente entre outros.

Sintetizando, percebe-se que as empresas que assumem a responsabilidade

social são bem aceitas por seus clientes. Hoje, os consumidores estão

significativamente críticos em relação às organizações que trabalham o social e

procuram ser uma empresa cidadã.

Outro ponto importante é que as empresas devem se preocupar com as

questões ambientais, principalmente ao desenvolver projetos para diminuir as

poluições e destruição ambiental que possam estar causando.

Além disso, Miranda (2002, p. 233) indica que Responsabilidade Social

“compreende múltiplas dimensões que se compõem, na verdade dos elementos com

os quais a empresas mantém alguma forma de intercâmbio”

Percebe-se que as empresas devem estar preparadas para assumir este

papel e que não devem se preocupar apenas com seus interesses, mas com a da

sociedade que esta em sua volta. Qualquer projeto ou trabalho mal feito que venha

prejudicar a sociedade no qual a empresa se insere pode fazer com que ela tenha

dificuldades em atingir seus objetivos.

As organizações não devem apenas se preocupar com seus interesses,

devem assumir o papel de serem socialmente responsáveis com a sociedade.

Corroborando com essa idéia Félix (2003, p.23) traz que:

Outro ponto importante relacionado às empresas- cidadãs é o cumprimento

dos direitos humanos e dos tratados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), apesar de alguns não constarem em nossa legislação trabalhista.Assim, empresas responsáveis socialmente são aquelas que

respeitam,preservam e pregam a aplicação do respeito dos direitos fundamentais do homem. Fato que se expressa por não empregarem trabalho de forma degradante ou escravo, por pagarem salários justos e

suficientes para a satisfação das necessidades mínim as dos homens e por não aceitarem parcerias com empresas que não respeitam tais direitos.

Na visão de Ashley (2006) para uma empresa ser socialmente responsável,

ela deve começar a se preocupar com seus colaboradores. As metas, objetivos

estratégicos da organização devem estar alinhados aos objetivos e desejos dos seus

funcionários, trabalhando o bem estar dos seus colaboradores, melhorando no

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relacionamento interno e motivando os funcionários para as atividades da empresa,

respeitando todas as diferenças, cultura, religião, etc.

Trabalhando a responsabilidade social na organização e passando para seus

colaboradores, a empresa gera confiança e respeito perante todos, criando um

ambiente saudável, no qual pode ajudar no aumento da produtividade e com isto

tendo pessoas comprometidas e motivadas colaborando no sucesso para alcançar

os objetivos da empresa (MELO NETO; FROES, 2001).

Com isto, as empresas devem ser justas com seus colaboradores, seus

clientes internos que é a base para o sucesso do negócio através de salários justos,

seus direitos e com toda a sociedade em sua volta.

Outro ponto importante conforme Ashley (2006) é que a organização

socialmente responsável deve saber também utilizar os critérios de

comprometimento social e ambiental com seus parceiros e fornecedores,

respeitando os contratos fechados e buscando para melhorar em suas relações de

parceria, incentivando seus fornecedores para incentivarem e assumirem o papel de

responsáveis no qual a empresa adotou.

2.4.2 Responsabilidade Social X Filantropia

Há uma dúvida entre responsabilidade social e filantropia, que muitas vezes

acabam sendo confundidas.

Para Melo Neto; Froes (2001, p. 27), “a responsabilidade social busca

estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar a cidadania individual e coletiva.

Sua ética social é centrada no dever cívico, enquanto que a filantropia tem no dever

moral sua ética absoluta”.

A responsabilidade social visa incentivar o desenvolvimento e

aperfeiçoamento dos cidadãos, promovendo a cidadania individua l e coletiva, tendo

sua ética centrada no dever cívico, enquanto, a filantropia é uma forma de auxiliar na

sobrevivência de grupos sociais menos favorecidos, sua principal ética esta centrada

no dever moral. O quadro 4 apresenta os principais aspectos destacados para

diferenciar responsabilidade social e filantropia.

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Responsabilidade social Filantropia

Ação coletiva Ação individual e voluntária

Fomento da cidadania Fomento da caridade

Base estratégica Base assistencialista

Extensiva a todos Restrita a empresários filantrópicos e abnegados

Ética centrada no dever cívico Ética centrada no dever moral

Demanda gerenciamento Prescinde de gerenciamento

Decisão consesual Decisão individual

Quadro 4 :Diferenças entre responsabilidade Social e Filantropia FONTE: Melo; Froes (2001, p. 28).

O que foi visto no quadro 4 e estudado sobre a diferença de

Responsabilidade Social e Filantropia é que, em suma, Responsabilidade tem o

objetivo de incentivar as pessoas a fazer um bem comum, sendo ético e cidadão em

busca de um mundo mais justo para se viver. E Filantropia pode ser definida com

uma ação mais imediata a alguém através de dinheiro, caridade mais com o objetivo

de se beneficiar com estas ações feitas.

2.4.3 Dimensões da responsabilidade social

A responsabilidade social é um conceito amplo que se relaciona a obrigação

de uma organização maximizar seus impactos positivos na sociedade enquanto

minimiza seus impactos negativos. Nela consistem quatro dimensões: econômica,

legal, ética e filantrópica. Carrol ,1991, apud FERREL, et. al., 2000, p. 148).

Na dimensão econômica as organizações devem ser responsáveis por seus

acionistas, mostrando procedimentos e valores confiáveis sobre o empreendimento,

com objetivo de obter retorno sobre o investimento. A responsabilidade econômica

de obter lucro também deve ser informada aos seus colaboradores e à comunidade,

devido influenciar no emprego e o nível de renda onde a empresa se localiza.

No nível seguinte (legal), a ética de marketing refere-se aos princípios e

padrões que definem a conduta correta, que é determinada pela sociedade, órgãos

regulamentadores, grupos privados, concorrentes e a empresa. Nesta dimensão a

ficou determinado que as leis e regulamentos devam induzir as organizações a

atender as expectativas de conduta da sociedade.E com isto, as éticas de marketing

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geram confiança, respeito que ajudam as empresas a construírem relacionamentos

de marketing a longo prazo.

Sobre a ética, é importante ressaltar que a organização que é ética e

responsável mostra comprometimentos para seus colaboradores, sociedade e

stakeholders.Um clima ético esta associado ao compromisso dos colaboradores com

a qualidade, segurança e confiança dentro da empresa.

Na dimensão da responsabilidade social percebe-se que a empresa que

investe em atividades filantrópicas está preocupada com as ferramentas de

marketing. As organizações ganham respeito, confiança de seus colaboradores,

consumidores e da sociedade, permitindo-lhes ter lucros maiores no futuro.

2.4.4 Indicadores de responsabilidade social

Para Oliveira (2002, p.198), os Indicadores de Responsabilidade Social são

como:

[...] instrumentos que são utilizados pela organização para direcionar as suas estratégias, avaliar a eficácia das metas e as iniciativas planejadas

para a parceria e transformação do seu entorno. Da mesma maneira com que se acompanham e avaliam as estratégias e práticas empresariais para a competitividade e lucratividade, também será necessário, através dos

indicadores, identificarem necessidades e apontar de ficiências das iniciativas de responsabilidade social.

Indicadores ajudam a planejar e monitoras ações. Os indicadores de

Responsabilidade Social Empresarial são divididos em: Valores e Transparência,

Público interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Consumidores e Clientes,

Comunidade, Governo e Sociedade. (INSTITUTO ETHOS, 2003).

Com os indicadores de Responsabilidade Social a organização pode

direcionar suas metas e estratégias, com a possibilidade de avaliar suas ações junto

das parcerias ao seu redor.

Com base em Karkotli, (2004), o quadro 5, apresenta alguns indicadores de

responsabilidade social e suas características.

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INDICADORES CARACTERÍSTICAS

ETHOS

Os Indicadores Ethos foi criado para auxiliar as organizações a entender o conceito de Responsabilidade Social na pratica de sua

gestão, caracterizada pela preocupação com a qualidade das relações de seus diferentes stakeholders. Mostra e auxilia a empresa a

identificar seu desempenho em relação às práticas sociais, contribuindo na visualização das ações mais urgentes que devem ser trabalhadas.

BALANÇO SOCIAL

Balanço Social é um instrumento que avalia o

desempenho da organização e ajuda a demonstrar a cidadania empresarial. Através do balanço social podem-se ver todas as ações

sociais desenvolvidas naquele período, publicando várias informações sobre projetos desenvolvidos, os benefícios e ações sociais

dirigidos a todos, desde os colaboradores até a comunidade. Todas as atividades são mostradas com transparências e buscam melhorar a

qualidade para todos, tornando suas ações sócias públicas.

ISS

ISS (Indicador de Sustentabilidade Social) tem como objetivo analisar as estratégias de

desenvolvimento sustentáveis implementadas pela empresa na qual busca reverter lucro financeiro para lucro social, e saber quanto que

pode conseguir retorno pelo investimento feito pelas organizações na área de responsabilidade social.

AA 1000

O Indicador de responsabilidade social AA 1000

busca auxiliar a empresa em identificar o aperfeiçoamento e a comunicação dos exercícios das práticas de responsabilidade

social. Ela representa um instrumento para incentivar e motivar a gestão baseada em princ ípios de ética, que garante aos

stakeholders, confiabilidade e segurança nos relatórios feitos e divulgados pelas empresas.

SA 8000

ISA 8000 é um indicador que ajudam as empresas de assegurar aos seus clientes de que

todos os produtos produzidos pela empresa foram produzidos de forma correta. Tem a preocupação de a cadeia produtiva da empresa

seja socialmente responsável.

GLOBAL COMPACT

O indicador Global Compact, não se constitui em um código de conduta. É uma plataforma baseada em valores que busca incentivar o

aprendizado institucional e propor a utilização do diálogo e transparência em todos os atos da gestão através de uma carta de adesão ao grupo

de cooperação internacional, visando à promoção dos direitos humanos, trabalho e meio ambiente.

Quadro 5- Características dos principais indicadores

Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2009)

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Os indicadores de Responsabilidade Social na visão de Karkotli (2004) são

os instrumentos que as empresas podem usar para estabelecer suas estratégias em

busca de avaliar a eficácia de suas metas com iniciativa de planejar suas parcerias

com todos ao seu redor. Para ele, as empresas devem adotar estes indicadores para

auxiliarem nos seus processos.

2.4.5 Benefícios

A empresa que investe em responsabilidade social possui vários benefícios.

Estes podem fazer com ela se destaque perante outras organizações. Alguns deles

são apontados por Pagliano et al. (apud TOLDO 2002):

1- proteger e fortalecer a imagem a marca e sua reputação;

2- diferenciação dos concorrentes;

3- visão positiva da empresa. A empresa passa a satisfazer não só seus

acionistas, mas principalmente os consumidores;

4- geração de mídia espontânea;

5- formação de seu mercado futuro. Quando contribui para o desenvolvimento da comunidade, estão se formando os futuros consumidores também;

6- fidelização dos clientes;

7- segurança patrimonial e dos empregados;

8- proteção contra ações negativas dos consumidores.;

9- atrair e manter talentos. Profissionais valorizam as empresas que os

valorizam, são respeitados e têm claros os objetivos da empresa, fazendo o máximo para atingi-los;

10- controle reduzido. Ocorrem menos controles e auditorias de órgãos externos de fiscalização;

11- atrair investidores;

12- dedução fiscal.

Como a Responsabilidade social são os projetos e ações que a

organização desenvolve para funcionários e para a sociedade que indiretamente

acabam beneficiando e contribuindo para empresa. Em conseqüência essas ações

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proporcionam a empresa respeito; a confiança de seus clientes e colaboradores e de

todos que estão envolvidos.

Os clientes privilegiam uma organização que trabalha com

Responsabilidade Social e terão mais confiança nos seus serviços prestados.

Outro fator importante é que as empresas têm que se preocupar com as

questões ambientais, principalmente procurando desenvolver projetos para diminuirá

poluição e proteger o meio ambiente que está ao seu redor.

Visto que uma empresa que investe em ações sociais pode se tornar uma

empresa com um grande diferencial competitivo em relação aos demais. Outra

beneficio é que os colaboradores estarão mais comprometidos com a organização e

com isso a empresa conseguirá produzir mais e com qualidade com a mesma mão

de obra.

2.4.6 Influência da Responsabilidade Corporativa

Assumindo sua responsabilidade social, as empresas desenvolvem diversos

programas, dentre eles: relações com os empregados, serviço ao público e à

comunidade, proteção ambiental, defesa do consumidor, assistência médica e

educacional, desenvolvimento e renovação urbana, cultura, arte e recreação

(MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR.,1998).

Seguindo esta linha, Vassallo (2000) argumenta que as ações de

responsabilidade social estabelecem de maneira obsessiva uma transformação no

modo das empresas conduzirem seus negócios. No Brasil, essa transformação se

deve ao fato dos problemas estruturais como fome, violência, doenças, carência de

educação formal.

As empresas, como grandes centros de poder e que buscam muitos

recursos financeiros e humanos, têm papel importante para enfrentar tais problemas

estruturais. Com isso, a responsabilidade social tornou-se ampla, envolvendo uma

dimensão de responsabilidade para com toda a empresa: clientes, colaboradores,

fornecedores, além da comunidade, ambiente e sociedade como um todo.

Barbosa (2001, 107) Considera:

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[...] que as empresas estão cada vez mais se tornando comunidades auto-

suficientes e se apóia em duas teses: as empresas são as mais importantes instituições do mundo contemporâneo e estão se transformando em instituições totais. Assim, as empresas estão transformando a vida humana,

em seu aspecto mais íntimo.

Essa transformação passa por uma relação totalizante entre empresa e

funcionários, bem como impacta também na sociedade como um todo. A empresa

toma para si questões antes designadas a outros sistemas organizacionais, que se

tornam periféricos. O que determina esse movimento é a lógica de mercado, a única

que justifica o que deve ou não ser feito.

2.4.7 A interface entre marketing social e responsabilidade social

Muitas empresas adotaram a prática da Responsabilidade Social, pois elas

podem também organizar um plano de marketing com base em uma causa social

que julguem importantes, seja por sua filosofia, missão ou objetivos internos.

Portanto, do ponto de vista organizacional pode-se inferir que o marketing

social é uma conseqüência da responsabilidade social. A empresa deve ser aplicar

nas estratégias de marketing Social, observando o modo de como fazer, por que

fazer e quando fazer (KOTLER, 2000).

Muitas empresas utilizam o marketing para divulgar suas ações relacionadas

ao social, principalmente se ela é responsável socialmente. Para Kotler (2000, p. 30):

“é um processo social por meio do quais pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo

de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de

produtos e serviços de valor com outros”.

Assim, pode se disser que a Responsabilidade Social e o Marketing Social

dependem intrinsecamente um do outro. O marketing social inicia-se como uma

verdadeira forma se exercício de responsabilidade social, podendo chegar a

construir em longo prazo, um valor diferencial para a marca, agregação de valor ao

produto, aquisição de cliente e possibilitando vantagem competitiva para as

empresas.

Segundo Cobra (1999), o marketing social é conceituado como um

intercâmbio de valores não necessariamente físicos nem econômicos, mas que

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podem ser sociais, morais ou políticos, sendo utilizado para vender idéias ou

propósitos que proporcionem bem-estar à comunidade.

As organizações buscam na responsabilidade social benefícios como o

reforço de suas imagens e, dependendo dos resultados dos projetos sociais por ela

financiados, a empresa pode torna-se mais conhecida e vender mais. A marca, os

seus produtos e serviços podem ganhar visibilidade. Os clientes podem orgulhar-se

de comprar produtos ou contratar serviços de um a empresa com elevada

responsabilidade social. Os seus funcionários orgulham-se e sente-se motivados em

trabalhar nessa empresa.

Com relação aos fornecedores, podem sentir-se motivados a trabalhar como

parceiros de uma empresa desta natureza. Os concorrentes podem reconhecer o

ganho de valor dessa empresa. É o uso da cidadania empresarial como vantagem

competitiva. O governo e a sociedade civil podem torna-se parceiros dessa empresa

em seus empreendimentos sociais. E como resultado final em longo prazo pode-se

obter um sensível aumento nas vendas, a empresa pode fortalecer a sua imagem,

ganhar respeito, confiabilidade e assegurar a sua auto-preservação.

A busca da ampliação do conceito de marketing social pode ser

caracterizada pela transposição dos conceitos da área comercial para a social. Como

demonstra Kotler; Roberto (1999), o marketing social é uma estratégia de mudança

de comportamento, combinando os melhores elementos das abordagens tradicionais

de mudança social num esquema integrado de planejamento e ação aproveitando os

avanços na tecnologia das comunicações e na própria capacidade de marketing.

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Neste capítulo a pesquisa é apresentada. Inicia-se com a caracterização da

empresa pesquisada, seus projetos de responsabilidade social e depois são

demonstrados os resultados e conclusões obtidos, de acordo com os objetivos

propostos.

3.1 Caracterização da organização

As informações que são mostradas neste item foram coletadas de fontes

seguras, por meio de canais eletrônicos com os gestores da área de Recursos

Humanos, Responsabilidade Social e no manual de integração.

3.1.1 Histórico

Em 1956, na cidade de Seara, oeste de Santa Catarina, o prefeito convocou

um grupo de pessoas e propôs a construção de um frigorífico de abate de suínos. O

objetivo de construir um frigorífico era de gerar empregos na região. Além de o

frigorífico comprar e vender o suíno produzido pelos pecuaristas iria empregar muitas

pessoas na construção da indústria e depois no abate dos suínos.

A idéia deu certo e em 18 de novembro de 1956 o Frigorífico Seara foi

fundado. Em 1959 o Frigorífico Seara começa suas atividades, abatendo 100 suínos

por dia, com uma equipe de 36 colaboradores.

Em 1970, o Frigorífico Seara diversifica suas atividades com o abate de

frangos e inicia suas atividades no mercado internacional, exportando para o Oriente

Médio e Kuwait. Ainda, na década de 70, a Seara faz sua primeira exportação de

suínos para Ilhas Canárias e começa a investir no desenvolvimento genético de

suínos.

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Em 1980, a Ceval Agro Industrial compra as ações do Frigorífico Seara, que

gerando um aumento de produção de aves e suínos. Nesta época a empresa passou

a exportar seus produtos para vários mercados e em 1982 foi à primeira empresa

brasileira de carnes a exportar cortes de frango para a Europa.

No ano de 1989 a Ceval incorpora a Seara Agro Industrial S/ A e adota a

marca Seara apenas como referência para seu produto. Em 1996 com as melhorias

que a empresa estava tendo em seus produtos e processos ela se torna a primeira

empresa no Brasil a obter o ISO 9002, (certificação do processo produtivo) para a

cadeia produtiva de frango inteiro.

Em 1997 a Bunge Internacional Ltda passa a adquirir o controle acionário da

Ceval e em 1998 a cisão parcial da empresa é aprovada e é transferida os negócios

de divisão de consumo para a Santista Alimentos e a divisão de carnes para

Seara.Com estes acontecimentos é formada a empresa independente Seara

Alimentos , no qual assume os negócios e unidades industriais da divisão de carnes

da Ceval e a participação societária da Braskarne ( terminal portuário da Seara),

transferido sua sede administrativa para Itajaí.

A Seara no ano de 2000 é considerada a terceira maior do país na

industrialização de carnes de aves e suínos e a maior exportadora de produtos a

base de suínos nos países como Argentina, África e Sudeste Asiático. Neste período

a empresa foca também na linha de empanados e faz fortes investimentos neste

segmento no qual inicia a produção na linha de congelados e da linha Special Line e

também na exportação de carne suína para Rússia.

Em fevereiro de 2005 a Seara é vendida para Cargill, uma empresa forte na

área de alimentos no mundo inteiro, localizada em 66 países dos cinco continentes.

A Cargill desempenha um papel importante no crescimento da agroindústria

brasileira, sua presença é marcante na exportação de soja e de açúcar, no

processamento de cacau e também ela é um importante fornecedor de ingredientes

para industrial alimentícia nacional.

Em março de 2008, a Seara passa a ser chamada de Cargill Carnes Brasil;

uma unidade de negócios da Cargill. Esta mudança não impactou na identidade

legal, nem tão pouco na marca no mercado, que continua existindo em nossos

produtos.

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Já, a Cargill foi fundada em 1865 por William Wallace Cargill, é fornecedora

internacionalmente de produtos e serviços nos setores de alimentação, agrícola e

gestão de riscos.

Sediada em Minneapolis (Minnesota - EUA), atualmente, a Cargill opera em

66 países, com um total de 158 mil colaboradores espalhados por todo o mundo.

Em função da complexidade e diversidade de seus negócios, a Cargill está

estruturada através de Platarformas e Unidades de Negócios. Cada uma de suas

empresas distribuídas pelo mundo é uma unidade de negócio (Exemplo: Cargill

Meats Brazil) (Cargill Carnes Brasil). Estas unidades de negócios são agrupadas

formando plataformas de acordo com a similaridade de seus negócios. Ao todo são

79 Unidades de Negócios e 7 Plataformas. A Cargill Meats Brazil (Seara Alimentos

S/A), pertence a platarforma Cargill Animal Protein (Proteína Animal), onde os líderes

são Lee Skold – Líder da Plataforma e Robert Zee – Presidente da Unidade de

Negócios.

No Brasil desde 1965, a Cargill tem sua origem no campo, a partir das

atividades agrícolas, e hoje constitui uma das maiores indústrias de alimentos do

país. Sediada em São Paulo (SP), a operação brasileira possui unidades industriais

e escritórios em cerca de 180 municípios, onde trabalham aproximadamente 23 mil

funcionários.

3.1.2 Setores de Atuação

Os setores de atuação da Cargill são divididos em algumas áreas como será

mostrado abaixo.

3.1.2.1 Agronegócio

A Cargill destaca-se como a maior exportadora de soja em grãos do país e a

segunda maior em processamento. Compra, comercializa e processam grãos e

outras commodities, como milho e algodão que dão origem a diversos produtos para

uso industrial e consumo humano ou animal.

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Além disso, é uma das maiores exportadoras de açúcar do país,

comercializando o produto para mercados em todo o mundo, por meio do Terminal

de Exportação de Açúcar do Guarujá (TEAG) e do Terminal de Exportação de

Açúcar Ensacado (T-33), ambos no Estado de São Paulo.

A Cargill Nutrição Animal comercializa seus produtos pela marca Purina,

reconhecida mundialmente em rações para bovinos, aves, suínos, peixes, ovinos e

caprinos.

3.1.2.2 Alimentos

A linha de produtos Cargill para consumo final como molhos para salada,

óleos compostos, maioneses e óleos de soja, milho, girassol e canola (com marcas

tradicionais, como Liza, Puri lev, Mazola, Veleiro, Gourmet, Maria e Ol ívia) é

fabricada, comercializada e distribuída pela Unidade de Negócio Cargill Foods,

também responsável pelo desenvolvimento de gorduras vegetais hidrogenadas.

A Unidade de Negócio também importa e distribui com exclusividade, no

Brasil, os azeites de oliva La Espanhola e Gallo.No segmento de carnes de aves,

suínos e produtos termo processados, a marca Seara dispõe, no mercado interno, de

16 linhas de produto.

A Seara chegou aos 50 anos, em 2006, destacando-se como a marca líder

de exportação de carne de frango para a Europa e o Japão. Atualmente seus

produtos são exportados para mais de 70 países. A partir de março de 2008, a então

unidade de negócio Seara, passou a ser chamada Cargill Carnes Brasil (Cargill

Meats Brazi).

Outro segmento de atuação é o desenvolvimento de ingredientes que a

indústria alimentícia utiliza no preparo de doces, balas, biscoitos, sorvetes, gomas,

massas etc. Trata-se de uma extensa linha de farinhas, xaropes, amidos, acidulantes

e texturizantes, entre uma gama de soluções oferecidas para a indústria conferir

mais sabor, aroma e consistência aos alimentos. A companhia atua nesse segmento

por meio de suas Unidades de Negócio de Farinha, Amidos e Adoçantes,

Acidulantes e da recente criação da Unidade de Flavors Systems no Brasil.

Com a maior fábrica de processamento de cacau da América Latina, em

Ilhéus (BA), a Cargill tem capacidade para processar 85 mil toneladas de amêndoas

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ou sementes por ano. Com a linha de ingredientes à base de cacau, oferece ampla

variedade de opções: além dos produtos feitos sob medida, comercializa cinco

diferentes tipos de liquor, três tipos de manteiga e uma linha de pós de cacau.

3.1.2.3 Financeiro e Gerenciamento de Risco

Um dos caminhos para manter a sustentabilidade dos negócios reduzindo os

riscos financeiros para a operação na entressafra constitui em buscar segurança

financeira que garanta um valor mínimo razoável para a produção de grãos. Para

proteger seus clientes, a Cargill, por meio da Unidade de Negócio Cargill Risk

Management, foi pioneira na criação de uma ferramenta de fixação de preço que

evita que uma oscilação importante nos mercados de bolsas afete a rentabilidade

dos negócios no campo: o Garantia Plus. A proteção destina-se a produtores de soja

e de cacau.

A área de Trade and Structured Finance (TSF) desenvolve soluções

financeiras para a Cargill, seus fornecedores e clientes. A TSF colabora com a

Tesouraria no planejamento da estratégia financeira global da Cargill e gerencia as

atividades de captação de recursos financeiros (funding). O Banco Cargill S.A.,

banco brasileiro com licenças comerciais e de investimentos, implementa algumas

das soluções desenvolvidas pela TSF.

A CarVal Investors é uma empresa líder mundial na gestão de ativos

alternativos e tem investido em 35 países, incluindo o Brasil. Atualmente,administra

mais quatro linhas de negócios: Crédito Corporativo, Carteiras de Empréstimos,

Investimentos Imobiliários e Oportunidades Especiais.

A Black River Asset Management é uma companhia de investimentos global

controlada pela Cargill Incorporated que fornece aos investidores qualificados

alternativas de investimentos e oportunidades.

3.1.2.4 Industrial

A Cargill atende ainda o mercado não alimentício com óleos vegetais e

lubrificantes biodegradáveis, bem como atua na comercialização de metais e

fornecimento de amidos para uso industrial.

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A Unidade de Negócio de Óleos Industriais e Lubrificantes, por meio da

Innovatti uma joint venture entre Cargill e Hatco Corporation, fornece matéria-prima e

lubrificantes para as indústrias têxtil, veterinária, cosmética, de tintas e de produtos

químicos, entre outras.

A Cargill Ferrous International, por sua vez, negocia minério, ferro-gusa e

aço nos principais mercados do mundo.

A Unidade de Negócio de Amidos e Adoçantes diversifica seu mercado por

meio do processamento de féculas naturais para aplicações variadas nos setores

têxteis, papeleiro, de mineração e de adesivos.

A crescente demanda mundial por bicombustíveis vem estimulando

investimentos da Cargill, desde 1992, em diversos países. No Brasil, a empresa

ingressou no mercado de produção de açúcar e álcool, em 2006, a partir da

aquisição de participação na Usina Central Energética Vale

do Sapucaí Ltda. (Cevasa), localizada no Estado de São Paulo, e na Usina Itapagipe

Açúcar e Álcool Ltda., no Estado de Minas Gerais.

Outra parceria deu origem ao Terminal Exportador de Álcool de Santos (SP),

com capacidade para exportar 1,5 bilhão de litros.

No Brasil há 42 anos, a Cargill tem um comprometimento com a área social

em todos os seus aspectos: éticos, padrões de preservação de meio ambiente,

segurança no trabalho, benefícios e incentivos aos funcionários, envolvimento na

comunidade e valorização das diferenças encontradas em cada uma das

comunidades em que está presente.

A Cargill Meats Brazil (Cargill Carnes Brasil) é uma multinacional de grande

porte, sendo 100% controlada pela CARGILL, uma das maiores empresas de

alimentos do mundo.

Nossa BU conta com aproximadamente 18.000 colaboradores, está entre as

dez maiores exportadoras do Brasil, tendo um grande foco em exportação. No Brasil

é uma das maiores empresas de carnes e destaca-se na exportação de cortes de

frango e suínos.

No mercado interno concentra seu potencial em carnes processadas através

das linhas de presuntos, lingüiças, salsichas e mortadelas.

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3.1.2.5 Como a unidade de negócio carnes da Cargill esta estruturada

A sua matriz esta situada em Itajaí, com 01 terminal portuário de cargas

frigoríficas (o 1º e único porto privado do país), 09 plantas no Brasil, 07 escritórios

comerciais no exterior e 06 regionais de vendas no Brasil e 10 centros de distribuição

apresentados a seguir.

Sidrolândia /MS: atuação em Aves;

Dourados/ MS, atuação em Suínos, Industrializados e Termo processados;

Nuporanga/ SP, atuação em Aves;

Jacarezinho/ PR, atuação em Aves (com foco em frango inteiro);

Jaraguá do Sul/ SC, atuação em Aves;

Forquilhinha/ SC, atuação em Aves;

Seara/ SC, atuação em Aves (com foco em frango inteiro), Termo processados,

Suínos e Industrializados;

Itapiranga/ SC, atuação em Aves e Termo processados;

Ainda conta com fábricas de rações, granjas de matrizes, produção de ovos,

incubatório e abatedouros. A unidade de negocio Carnes da Cargill fica sediada em

Itajaí/SC, na Av. Vereador Abrahão João Francisco (Contorno Sul), 3655 no bairro

Dom Bosco.

3.1.2.6 Principais Produtos para o Mercado Interno

No mercado interno ela atua em todas as regiões do país através de

regionais de vendas. Tem maior presença no Rio de Janeiro, nas regiões sul e

sudeste.

Seus produtos estão com constante inovação em embalagens e produtos

para facilitar a vida do consumidor. Pode-se encontrar produtos Seara nas redes de

supermercados de todo o país.

Principais produtos:

- Presuntos e Apresuntados

- Lingüiças, Salames e Salsichas

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- Mortadelas, Defumados e Curados

- Empandados e Hamburguers

- Kit Festa e Linha Festa (destaque para o Classy)

- Pratos Prontos

- Lasanhas

- Pão de Queijo

- Sanduíches prontos (HOT HIT)

A Cargill Carnes Brasil conta com uma linha exclusiva de Kit Festa: cestas

de Natal compostas pelos produtos tradicionais de uma boa ceia, acondicionados em

embalagem térmica. Os Kits são inovados a cada ano e são comercializados para as

empresas presentearem seus colaboradores no final de ano. Aborda anualmente

15.000 empresas que estão cadastradas no banco de dados e é reconhecida como

uma das maiores nesta categoria, graças a uma estrutura de vendas, produção e

logística, montada exclusivamente para atender as necessidades do

3.1.2.7 Atuação no Mercado Externo

A empresa esporta seus produtos para mais de 60 países em todos os

continentes, através de equipes de vendas em Itajaí e em escritórios na Europa,

Buenos Aires, Cingapura e Tóquio. São exportados frangos inteiros e cortes de

frango e de suínos, além de produtos cozidos e processados, diferenciados para

atender às particularidades e demandas de cada mercado. Toda a cadeia produtiva

obedece a rigorosos controles de qualidade, desde a criação do animal até a

embalagem final e posterior embarque.

No Negócio Aves, os principais mercados são Europa, Ásia e Oriente Médio,

sendo que este último compra predominantemente frango inteiro, produzido de

acordo com a legislação islâmica. Para a Europa segue o maior volume de peito

desossado e cortes processados, e para Ásia a coxa/sobrecoxa asas e pés de

frango.

No Negócio Suínos, os maiores volumes de cortes são para o CEI (12

repúblicas da antiga União Soviética), seguido do Mercosul, Hong Kong e Cingapura,

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enquanto os itens industrializados têm maior escoamento na América Latina.

Recentemente aprovada para exportar suíno cozido para o Japão, a Seara estamos

bastante focados na exploração desse novo mercado, desenvolvendo itens como

lingüiças e cortes cozidos em geral.

3.1.2.8 Principais mercados:

África do Sul, Canadá, Oriente, Médio, Japão, Cingapura, Rússia, Cismarket,

Europa, América Central e MERCOSUL

3.1.2.9 Missão, Visão e Valores da organização

Missão

Ser líder mundial em alimentos.

Visão

Criar valores diferenciados.

3.1.2.10 Organograma

Para explicar a estrutura organizacional da organização, usaremos o

organograma da organização. Segundo Araújo (1985, p.158), organograma é “um

gráfico representativo da estrutura formal da organização em dado momento”.

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Figura 02: Organograma da Seara Alimentos S/A. Fonte: Departamento de Recursos Humanos da empresa

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3.2 Resultados da pesquisa

Esta seção visa à apresentação da pesquisa de campo realizada com 201

colaboradores da Cargill Carnes Brasil. Para facilitar a apresentação e a

compreensão optou-se por seguir os objetivos pré estabelecidos. Os mesmos são:

(1) Identificar quais são os projetos de RS que a empresa trabalha (2) Identificar o

perfil dos colaboradores da empresa; (3) Verificar se os colaboradores conhecem os

projetos de RS, (4) Analisar qual a percepção dos colaboradores referente a estes

programas; (5) Verificar como os colaboradores ficaram sabendo; (6) Quais os meios

de comunicação que a empresa utiliza para divulgar estes projetos; (7) Analisar na

visão dos colaboradores, se são suficientes estes meios de divulgação. (8) Propor

ações para divulgação dos programas para seus funcionários.

3.2.1 Identificar os projetos de Responsabilidade Social

Neste item são apresentados os projetos de responsabilidade social que a

empresa desenvolve, por meio de informações que dizem respeito: (1) à área de

atuação, (2) ao tempo de existência, (3) às pessoas beneficiadas, (4) colaboradores

dos projetos de Responsabilidade Social; conforme descrito no quadro 6.

Programas Área Tempo de Existência

Pessoas Beneficiadas

Quantidade Quem colaborou

Minha casa Social Desde 2005

2006

Colaboradores da

empresa

Aproximada-

mente 350 co-laboradores beneficiados

CEF,

Construtoras,

Celesc,

Prefeitura,

Fatma,

Futuros mutuários,

governo estadual

Parque Dom Bosco Social Desde 2005 comunidade,

crianças, adolescentes,

jovens e adultos

1317 até o

momento colaboradores

da empresa,

voluntários

QUADRO 6 - Identificação dos projetos de responsabilidade social FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009).

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Em fevereiro de 2005, a Seara deu início a doações mensais de alimentos

ao Parque Dom Bosco contribuindo na alimentação dos educandos da obra social.

Com o estreitamento deste relacionamento, no segundo semestre do mesmo ano, a

empresa incentivou em mais dois projetos: Geração de Renda e Uniformes. Em 2006

as iniciativas foram renovadas e em 2007, além da renovação dos projetos

anteriores, mais três entraram para a lista, os quais são: Brinquedoteca, Recreação e

Música, cujo detalhamento das atividades encontra-se no quadro 7.

Projetos Objetivos Público do Projeto

Música a Magia da Vida

• Ensinar às crianças, adolescentes e jovens noções básicas de música e

técnica vocal; • Desenvolver na criança e

nos adolescentes

habilidades e talentos, estimulando-os a seguir a música como profissão ou

opção paralela; • Ocupar a criança e o

adolescente no contra turno

escolar, oferecendo a eles, a oportunidade de realizar atividades educativas;

• O curso atende aproximadamente 443 adolescentes e jovens entre

6 e 14 dos Programas de Educação Complementar e Oficinas Alternativas.

Brinquedoteca:

• Auxiliar na prática pedagógica dos educadores com os educandos

atendidos pelo Parque Dom Bosco;

• Incentivar a criança através

do lúdico o desejo de aprender;

• Compreender a

importância do lúdico no desenvolvimento infantil;

• O público beneficiado com este projeto são educandos dos Programas de

Educação Complementar e Oficinas Alternativas somando mais de 200

crianças de 6 a 10 anos atendidas no contra turno escolar.

Recreação

• Desenvolver atividades de recreação e lúdicas para os educandos de 6 a 14 anos

do Parque Dom Bosco; • Desenvolver o

conhecimento mútuo e a

participação grupal dos educandos;

• Dar evasão ao excesso de

energia e aumentar a capacidade de aprendizado;

• Desenvolver a comunicação verbal e não verbal;

• O público beneficiado são 471 crianças e adolescentes dos

Programas de Educação Complementar e Oficinas Alternativas.

• Proporcionar uma

alimentação saudável a

• 1.380 crianças,

adolescentes, jovens

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Projetos Objetivos Público do Projeto

Alimentação

todos os educandos da

Instituição;

• Oferecer uma refeição as

crianças, uma vez que a família de muitos não tem condições para isto;

Uniformes

• Proporcionar aos educandos do Programa de Educação e Qualificação

Profissional o uso de uniformes adequados para desenvolver as atividades

com segurança e higiene; • Contribuir para melhorar a

identidade visual da

instituição e empresa parceira;

• 209 educandos com idade entre 15 e 18 anos do Programa de Educação

Profissional, que participam dos cursos de Informática Básica, Elétrica,

Manutenção de Microcomputador, Mecânica de automóveis, panificação

e auxiliar administrativo com ênfase em informática.

• 395 educandos com idade

superior a 18 anos do Programa de Qualificação Profissional, que participam

dos cursos de Cabeleireiro, Manicure, Eletricista – instalador predial,

Informática básica e intermediária.

Geração de Renda

• Qualificar a comunidade

local e contribuir para aumentar a renda dessas famílias;

• Oferecer aos adultos aten-didos uma nova opção de geração de renda para as

suas famílias; • Proporcionar aos alunos, o

uso de materiais adequados

para desenvolver as ati-vidades;

• Proporcionar o envolvi-

mento da comunidade com

a instituição.

• O projeto beneficia 30

pessoas da comunidade na qual a organização está inserida oferecendo os

cursos de crochê e feltro, artes aplicadas e costura artesanal.

• Os cursos de Crochê e Feltro ocorre nas sextas-feiras das 19 às 22h;

• O curso de costura artesanal ocorre nas terças e quintas -feiras das 19h às

21h

QUADRO 7: Projetos Parque Dom Bosco em parceria com a Cargill FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Cabe registrar que no ano de 2008, todos os projetos foram novamente

renovados. Além destes, a partir desta data, surge o de Panificação que também

passa a contar com o apoio da empresa.

Assim, totalizando ao longo destes anos, o investimento de R$ 205.642,76

(duzentos e cinco mil, seiscentos e quarenta e dois Reais e setenta e seis centavos).

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Mesmo assim para 2009, a Cargill busca a renovação destas parcerias que

são imprescindíveis para que as atividades propostas continuem sendo

desenvolvidas.

Com esses exemplos, pode-se concluir que a Cargill está cada vez mais

interessada em atuar com a comunidade em que esta inserida, promovendo com

isso, orgulho para os colaboradores que fazem parte desse grupo (MELO NETO;

FROES, 2001).

Investir neste projeto para empresa é importante, pois como aponta Karkotli,

(2004), conquistará credibilidade da Instituição, responsabilidade comunitária,

orgulho civil, ganho social, promoção institucional, identidade com o tema do projeto,

incentivos fiscais e reconhecimento público,

Além destes, outro trabalho que a Seara desenvolve é o projeto Minha Casa

que já está consolida. Este projeto contribui diretamente para a qualidade de vida

dos colaboradores de algumas unidades da empresa. Pois, estes com apoio de

todas as parcerias poderão ter sua casa própria. E ainda, morar próximo da unidade

em que trabalha, facilitando inclusive a sua locomoção.

A primeira unidade selecionada para a implementação deste projeto foi a de

Itapiranga. A selecionada ocorreu após estudo detalhado, realizado pela área de

Responsabilidade Social. Essa report foi apresentada à diretoria. Esta avaliou,

também, a estratégia da empresa, com o intuito de dar continuidade ao investindo

nos próximos anos.

Naquela época, a Cargill tinha um terreno na cidade de Itapiranga com doze

aviários desativados. Uma parte desse terreno foi destinada às obras, ou seja, ao

Loteamento das Flores.

Além de contar com o apoio da Prefeitura local, para a concretização do

projeto foram analisados os colaboradores interessados em adquirir casa própria. A

seleção desses ocorreu em duas etapas: (1) CAIXA ECONOMICA FEDERAL e (2)

Tabela de pontuação da Seara, cujos critérios podem ser mais bem visualizados no

Quadro 8.

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1º Etapa – CEF 2º Etapa Seara através de tabela de pontuação

Tempo de empresa (Três anos de empresa

completos em 23/03/07);

Não ter restrição cadastral (SERASA, SPC, CADIN);

Renda familiar de até R$ 1.875,00 (soma do casal);

Não ser proprietário de nenhum outro imóvel.

Tempo de empresa;

Estado civil;

Cônjuge estar trabalhando na Seara;

Tempo de empresa do cônjuge;

Número de filhos menores de 18 anos;

Número de filhos trabalhando na Seara;

Absenteísmo (média do casal dos últimos 4 anos);

Estar residindo em Itapiranga.

Quadro 8: Etapas do projeto Minha Casa FONTE:Elaborado pelo acadêmico (2009)

Em termos da estrutura das casas, elas foram compostas por: dois quartos,

sala, cozinha, banheiro, área de serviço e uma varanda, totalizando 55 m2, cujos

detalhes podem ser conferidos no quadro 9. Outro fato interessante é que elas ficam

a 1 km de distância da empresa.

Objetivo Construção de casas populares

Área total do lote 47.977m2

Área total a ser construída 28.732,41m2

Área verde e lazer 4.688,75m2

Área em ruas 13.211,84m2

Estação de Tratamento de Esgoto 1.344,00m2

Modelo das casas Casas com 55,03m2 em um lote de 250 à 300m

2 cada.

Previsão de valor da casa + terreno R$ 26.000

Público alvo

Colaboradores da unidade de negócio de Itapiranga com renda até R$ 1.875 (soma do casal).

Tempo

Estima-se construir 9 casas por mês, para que num

período de 12 meses a obra esteja concluída.

Quadro 9: Dados do Projeto: FONTE: Elaborado pelo acadêmico 2009.

Observa-se que a empresa também quer investir em outras unidades; tanto

que diferentes projetos estão em fase de análise. Ao apresentar este tipo de projeto,

segundo Stoner; Freeman (1995), a empresa Cargill confirma não só sua atuação na

área de responsabilidade social, como também convida e incentiva a todos os

parceiros (stakeholders) como fornecedores, governo, prestadoras de serviço,

clientes, colaboradores e comunidade, a fortalecer práticas de cidadania em todas as

esferas onde possam ser atuantes.

Visto isso, e com o intuito de melhor visualizar o sistema de divulgação

implementado pela Cargill para esses projetos, nessa análise são seguidos os

indicadores pré-determinados na seção da metodologia que norteia este trabalho e

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sintetizados os quais são: (1) nível de conhecimento dos projetos; (2) quando o

colaborador tomou conhecimento dos projetos de responsabilidade social; (3) como

ficou sabendo dos projetos desenvolvidos pela organização, ou seja, por intermédio

de que ferramentas de comunicação; e (4) por intermédio de quem, (5) e por fim,

como é o sistema de capacitação.

a) Nível de conhecimento dos projetos de Responsabilidade Social da

Cargill Carnes Brasil.

O gráfico 1 demonstra os resultados da pergunta 7 do questionário que

procurou sondar se os funcionários conhecem os projetos de responsabilidade social

desenvolvidos pela empresa .

Gráfico 1: Se os colaboradores conhecem os projetos de RS FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

O dados plotados no gráfico 1 demonstram resultados relevantes para o

estudo e que podem servir de referencial para a empresa em novos planejamentos e

ações. Pois, apontam que a parcela expressiva de 62,20% dos respondentes

conhece superficialmente seus projetos. E que além destes, outros 4% os

desconhecem.

Essas constatações levam a inferir que a maioria dos funcionários da

empresa em estudo não deve conhecer seus projetos de responsabilidade social. E

que isso é lamentável, pois como descreve no gráfico 1, 62,20% conhecem

superficialmente.

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b) Quando os colaboradores ficaram sabendo dos projetos.

A seguir, no gráfico 2 pode-se observar quando os colaboradores tiveram

conhecimento dos projetos de responsabilidade social desenvolvidos pela empresa.

Gráfico 2:Quando os colaboradores tomaram conhecimento

FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Pelos resultados das respostas expostos no gráfico 2, percebe-se que

49,80% tomou conhecimento dos projetos de responsabilidade social por outro meio

de divulgação.

Pode-se notar, também, que a divulgação na INTEGRAÇÃO é um meio de

divulgação utilizado pela Cargill para apresentar os projetos de responsabilidade

social que a empresa possui e incentiva. Pois 22,40% dos colaboradores

responderam que tomaram conhecimento por meio dela. Além disso, logo que o

colaborador começou a trabalhar na organização foi citada com 18,40%.

Primeiramente, esses resultados (GRÁFICO 2) quando confrontados com os

do Gráfico 1 que refere-se ao nível de conhecimento desses projetos, algo parece

não estar correspondendo. Visto que a maioria deles diz conhecer superficialmente

estes projetos.

No entanto, eles podem estar demonstrando que os funcionários entram em

contato com o assunto quando ingressam na empresa, seja via processo de

INTEGRAÇÃO ou logo nos primeiros dias de trabalho por intermédio da chefia ou

outro setor. Mas, que no desenvolver de suas atividades, esse tema não é mais

retomado e acaba caindo no esquecimento.

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Por intermédio de quem tomaram conhecimento dos projetos de

responsabilidade social

No gráfico 3 é mostrado por meio de quem os colaboradores obtiveram

conhecimento dos projetos.

Gráfico 3 :Por qual meio ficaram sabendo dos projetos

FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Assim, a leitura do gráfico 3 indica que 50,70% dos funcionários tomaram

conhecimento por intermédio do setor de Responsabilidade Social. Mesmo assim,

houve expressiva participação do setor de RH, com 24,90% das respostas

assinaladas.

Percebe-se ainda, que em termos de divulgação dos projetos de

responsabilidade da empresa, os gestores não realizam expressiva influência nesse

grupo.

c) Como, ou seja, por intermédio que quais meios de divulgação a Cargill

passa para seus colaboradores

Na tabela 1 é verificado como estão sendo divulgados os projetos de

responsabilidade social que a empresa desenvolve .

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Tabela 1- Meios de divulgação usados pela empresa MEIOS RESPOSTAS PORCENTAGEM

BOLETIM CARGILL COMUNICA 147 73,1%

INFORMATIVO INTERNO 140 69,7% JORNAL DE PAREDE 90 44,8% INTRANET 65 32,3%

CONVERSAS FORMAIS 18 9,0% REUNIÃO 14 7,0% EVENTOS 14 7,0%

TREINAMENTOS 12 6,0% MANUAL DE INTEGRACÃO 11 5,5% FLYERS 10 5,0%

SEM RESPOSTAS 9 4,5% BANNER 8 4,0% PALESTRA 8 4,0%

FOLDERS 7 3,5% CATALOGOS 4 2,0% OUTROS 1 0,5%

NÃO 1 0,5%

TOTAL 201 100%

FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Na tabela 1, pode-se verificar que 73,10% dos respondentes tiveram

informação sobre os projetos de responsabilidade social por meio do Boletim Cargill

Comunica (e-mail da empresa). Outra predominância foi o informativo Interno com

69,70%. O jornal de parede e a Intranet receberam, também, expressiva indicação.

Esses números apontam que os funcionários desta empresa prestigiam os

meios de comunicação impressos, sejam eles em forma de informativo ou mural e

ainda o digital, disponibilizado por e-mail e intranet corporativos.

Ainda, cabe destacar que os itens reuniões, treinamentos, palestras e

manual de integração não tiveram expressiva lembrança. O que, de certa forma,

parece contrariar os resultados demonstrados nos gráficos 8 e 9. Estes regem,

respectivamente, sobre quando e como os funcionários tomaram conhecimento dos

projetos de responsabilidade da empresa em análise. Pois, nestes aspectos, a

maioria deles indicou nos questionários que foi no processo de integração ou logo no

início e via o setor de Responsabilidade Social.

e) Sistema de capacitação

Como se pode observar na tabela 1, o meio de capacitação da Cargill

Carnes Brasil é insuficiente. A Cargill Comunica é uns dos meios mais utilizados com

73, 1%. O informativo interno tem uma expressiva utilização (69,7%).

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A empresa deveria incentivar seus colaboradores a participar começando por

seus gestores no qual mostrariam para sua equipe a importância dos projetos.

f)Como os colobaradores avaliam os meios de divulgação dos projetos

de responsabilidade social desenvolvidos pela empresa

Este gráfico 4 reflete a percepção dos funcionários quanto os meios usados

pela empresa para divulgar os projetos de responsabilidade social.

Gráfico 4 – Percepção dos funcionários, quanto aos meios de divulgação FONTE: Elaborado pelo acadêmico 2009

O gráfico 4 retrata um dado interessante, já que 58,20% dos pesquisados

respondeu achar bom os meios de divulgação implementados pela empresa e outros

12,90%, ótimo. Mas como se pode verificar no outro gráfico 1 os colaboradores

conhecem superficialmente os projetos. E assim, pode-se concluir que os meios de

comunicação disponibilizados pela organização não são suficientes.

Pode-se ser considerado que 58,20% acham que os meios de divulgação da

empresa para divulgar os projeto de RS é bom. Mas os funcionários não sabem

realmente como são desenvolvidos os projetos.

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f) Algumas considerações sobre os projetos de Responsabilidade Social

Com relação aos tipos dos projetos implementados pela Cargill, por meio dos

resultados da pesquisa constata-se que a empresa ainda precisa melhorar na

divulgação de seus projetos de responsabilidade social. Os mesmos apontam que

um grupo formado por 49,80% dos respondentes ficou sabendo da existência desses

projetos por intermédio de outro meio que não seja: recrutamento, seleção,

integração, logo no começo ou com reunião com gestores.

Talvez seja por isso, que quando questionados sobre os meios que a

empresa uti liza para divulgar seus projetos de responsabilidade social, houve

expressiva indicação para os meios impressos (informativo e mural) e digitais (e-

mails e intranet corporativos).

Apesar disso, outros 40,8% dos entrevistados apontaram que entraram em

contato com o assunto no processo de integração ou logo que começaram a

trabalhar. E 50,70% deles relatam ter tomado conhecimento, principalmente, por

mediação do próprio Setor de Responsabilidade Social.

Mesmo assim, a maioria deles admite que conhece superficialmente os

projetos de responsabilidade social da empresa. Fato que pode ser justificado,

inclusive, pela inexpressiva indicação na tabela 2 de reuniões, eventos, palestras,

treinamentos, folders, catálogos, etc abordando a temática.

3.2.2 Descrever o perfil dos colaboradores da empresa

O levantamento do perfil dos colaboradores da Cargill Carnes Brasil é

realizado por meio de informações referentes à: gênero, idade, estado civil, filhos,

escolaridade, área de atuação.

a) Gênero

Na referência do Gênero dos entrevistados, os resultados estão

demonstrados no gráfico 5.

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Gráfico 5:Gênero FONTE: elaborado pelo acadêmico (2009)

Conforme pode-se observar no gráfico 5, a maioria dos colaborares

pesquisados são mulheres, ou seja, 55,20% deles. Mesmo assim, a quantidade de

homens que participaram do estudo é significativa.

b) Faixa etária

Os critérios estipulados para essa análise segue os apresentados por Hair,

et al ( 2005) ou seja, (1) de 18 a 25 anos; (2) 26 a 34 anos; (3) 35 a 49 anos; (4) 50 a

59 e (5) 60 anos ou mais. Esses resultados estão plotados no gráfico 6.

Gráfico 6: Faixa etária FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009).

Constatado isso, uma análise minuciosa dessas informações retrata que a

maioria dos entrevistados, 55,70% deles, está alocada nas faixas etárias

compreendidas entre 26 a 34 anos.

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Somados aos 23,40% de 18 a 25 anos, chega-se a 79,1% dos entrevistados.

Com isso, infere-se que os funcionários da organização são relativamente jovens,

segundo os preceitos de Malhotra (2001).

C) Estado Civil

Quanto ao estado civil, os participantes da pesquisa puderam escolher entre

as seguintes alternativas: (1) solteiro; (2) casado; (3) amasiado; (4) separado; (5)

divorciado; (6) viúvo, cujos resultados podem ser mais bem visualizados no Gráfico

7.

Gráfico 7: Estado Civil dos colaboradores FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

No estudo do Gráfico 7 foi identificado que uma parcela significativa dos

funcionários que responderam os questionários são solteiros (46,30%). Apesar disto,

há, também, uma participação expressiva de casados (41,30%).

Além disso, observou-se que uma parte de colaboradores que trabalham na

organização são amasiados (7,00%), separados (3,00%) e divorciados (1,50%) não

é significativa.

Mas, quando se analisa este grupo sob apenas duas óticas, (1) sem

companhia, englobando-se os solteiros (46,30%), separados (3%), divorciados

(1,50%) ou viúvos (0%) e (2) com companhia, unindo-se na mesma categoria os

casados (41,30%) e amasiados (7%); surpreendentemente, percebe-se que o

mesmo quadro se configura. Pois, o grupo dos sem companhia (50,80%) mantém-se

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a frente do com companhia que é formado por 48,30% dos respondentes. Mantendo-

se ainda certo equilíbrio entre eles.

d) Quantidade de filhos

Na pesquisa da quantidade de filhos foram analisadas as seguintes

situações: não possui filhos; possui apenas um filho; possui dois, três ou quatro

filhos. E por fim, se possui mais de 4 filhos. As respostas estão demonstradas no

gráfico 8.

Gráfico 8: Quantidade de filhos FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Como se pode observar no gráfico 8, a parcela de quem não possui filhos é

expressiva, totalizando 65,70% de todos os respondentes; seguida pelos 22,40%

dos que apenas possuem um filho e de outro grupo formado por 8% deles que

possuem 2 filhos.

Chama a atenção que a análise do Gráfico 8 aponta, também, que os

colaboradores da empresa pesquisados não possuem mais que 2 filhos.

e) Escolaridade

Os resultados sobre a escolaridade dos entrevistados estão explanados no

Gráfico 9.

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Gráfico 9- Escolaridade FONTE: Elaborado pelo Acadêmico (2009)

Em termos de escolaridade, os dados plotados no Gráfico 9 descrevem que

a maioria dos entrevistados tem formação superior. Pois 58,70% deles assinalaram

que possuem curso superior em nível de bacharelado e outros 6,50% deles

indicaram superior em nível tecnológico. Desta forma, a formação superior abrange

65,2% do total do grupo em estudo.Com isso, infere-se que a maioria dos

colaboradores possuem formação em nível superior.

f) Setor de atuação

A tabela 2 apresenta os setores da Cargill em que os trabalhadores

pesquisados atuam.

Tabela 2 – Setor de atuação

Setor Percentual Qtd.

Engenharia/EHS 6,0% 12

RH 4,5% 9

Responsabilidade Social 0,5% 1

Controladoria 1,0% 2

Contabilidade 2,0% 4

Financeiro 10,0% 20

Mercado Externo 28,4% 57

Mercado interno 18,4% 37

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FONTE: Elaborado pelo Acadêmico (2009)

A análise da tabela 2 destaca a participação dos funcionários dos setores

Mercado Externo (28,4%) e Mercado Interno (18,40%). Talvez, este resultado reflita

o fato de que estes dois setores são os que contam com o maior contingente de

colaboradores da organização. Seguidos pelos setores administrativos (11,9%), de

Tecnologia da Informação - TI (10,9%) e o financeiro (10%) também tiveram uma

participação importante para que os objetivos fossem alcançados.

g) Resumo dos resultados quanto ao perfil dos colaboradores

Analisado todo o perfil dos colaboradores pesquisados pode-se verificar que

a maioria dos colaboradores da organização são: mulheres (55,20%); a idade dos

mesmos estão entre os 26 a 34 anos (55,70%); no estado civil o que foi significativo

foram os solteiros com 46,30%; em termos de filhos destacou-se com 65,70% os que

não possuam filhos; e o que mais chamou atenção foi a escolaridade dos

colaboradores, cujo resultados apresentaram participação expressiva de pessoas

que possuem formação em nível superior na qual o superior bacharelado ( 58,70%)

e 26,40% pós especialização ou MBA.

Visto isso, pode-se constatar que os colaboradores da Cargill Carnes Brasil

estão preparados para o mercado de trabalho, pois além de ser formado por uma

população jovem, tem significativo nível de escolaridade.

3.2.3 Verificar a percepção dos colaboradores quanto à importância dos

projetos de responsabilidade social da empresa.

Neste ponto é mostrada a percepção dos colaboradores da Cargill Carnes

Brasil com relação aos projetos de responsabilidade social que a empresa

Administrativo 11,9% 24

TI 10,9% 22

SAC 3,5% 7

Sem resposta 3,0% 6

Total 100% 328

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desenvolve, ou seja, a importância que eles dão em trabalhar em uma organização

que investe no lado social.

Assim, o gráfico 10 apresenta se os colaboradores da Cargill consideram

importante ou não trabalhar em uma empresa que se preocupa com a

responsabilidade social.

Gráfico 10: Percepção dos colaboradores FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Curiosamente, com a análise dos resultados do gráfico 10, pode-se observar

que todos (100%) os colaboradores participantes da pesquisa indicaram ser

importante trabalhar em uma organização que se preocupa com a responsabilidade

social, que promovem projetos de responsabilidade social.

Mesmo assim, admitem conhecê-los superficialmente como demonstrados

no gráfico 1.

3.2.4 Avaliação do envolvimento dos colaboradores nos projetos de

responsabilidade social.

Nesta seção é mostrado: a) se os colaboradores já participaram de algum

projeto de responsabilidade social da empresa, b) em quais projetos colaboraram, c)

se tem interesses futuros de participar de algum projeto, d) de que maneira

colaborou nos projetos, e) de quanto e quanto tempo participa e f) qual a posição

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dos colaboradores em questão dos meios de divulgação disponibilizados pela

empresa.

a)Participação nos projetos de responsabilidade da empresa

É observado no gráfico 11 como está a participação dos colaboradores nos

projetos de responsabilidade social.

Gráfico 11: Participação dos colaboradores nos projetos de RS FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Os resultados do gráfico 11 retratam que 53,70% dos colaboradores

assinalaram nos questionários que já participaram dos projetos de responsabilidade

social da empresa. Apesar disso, informações mais apuradas são retratadas no

gráfico 12 que traz a relação dos projetos prestigiados por este grupo.

b) Verificar quais projetos os colaboradores participaram

Podem-se observar no gráfico 12 quais os projetos de responsabilidade

social os funcionários participaram e quais projetos têm expressiva participação.

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Gráfico 12: Projetos que os colaboradores participaram FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Uma parcela considerável de apoio é percebida (GRÁFICO 12 – 54,20%)

nas iniciativas que a empresa desenvolve aleatoriamente, às vezes ou quando

necessário, como no caso de catástrofes climáticas, pedágios, incentivos ou outros.

Demonstrando assim, que os projetos de responsabilidade social da empresa

possuem inexpressiva participação.

Uma vez que, o projeto Minha Casa conta com apenas 1,00% dos

entrevistados. Este resultado pode ter ocorrido devido ao fato deste projeto ter sido

aplicado somente nas unidades da Seara. E ainda, aplicado para colaboradores

considerados de baixa renda (QUADRO 9 ).

O outro projeto é o realizado em prol do Parque Dom Bosco, que apresenta

a participação de 7,00% dos pesquisados (GRÁFICO 12). Acredita-se que estes

números refletem falta de interesse dos colaboradores, ou talvez, falta de

conhecimento dos mesmos. Ou ainda, quem sabe, os dois que podem ser reflexo da

falta de divulgação e estímulo da empresa para a efetiva participação dos

colaboradores.

c) Analisar o interesse em participar destes projetos

No gráfico 13 é estudado o interesse dos colaboradores de participarem nos

projetos de responsabilidade social que a empresa desenvolve.

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Gráfico 13: Interesse de participarem de algum projeto FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Observa-se que 69,00% dizem ter interesse em participar dos projetos de

responsabilidade social. Resultado significativo que a empresa pode aproveitar para

desenvolver ações que incentivem seus funcionários a se voltarem a parte social.

Mesmo assim, os funcionários que não têm interesse em participar, os que

não souberam responder a questão, os que não responderam e os que não mostram

interesse em participar chegam a 30,80% deles. Percentual que deve ser levado em

consideração pela empresa em novos projetos e ações.

d)De que maneira os colaboradores participaram dos projetos de RS

Verifica-se no gráfico 14 de que maneira os colaboradores participaram dos

projetos de responsabilidade social, podendo ser: (1) de forma voluntária; (2) ajuda

financeira; (3) incentivo; (4) não participou; (5) sem resposta.

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Gráfico 14: Como colaborou nos projetos de RS FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Deste modo, constata-se que a participação efetiva dos colaboradores se dá

por intermédio de voluntariado (45,80%). Os colaboradores colaboraram, ainda, com

ajuda financeira. Quem sabe, por ser um meio rápido de ajudar.

Mesmo assim, o estudo detalhado do gráfico 14 indica relativa participação

dos colaboradores nos projetos de Responsabilidade Social da Cargill Carnes Brasil.

Números que refletem os dados plotados, anteriormente, no Gráfico 13.

Pois, uma parte significativa dos participantes da pesquisa assinalou a

questão que remete a situações de não participação, ou seja: não participou

(36,80%). E até mesmo, esta questão ficou sem resposta em 1,50% dos

questionários aplicados.

d)Periodicidade na participação dos projetos de responsabilidade social

Com a análise do gráfico 15 verifica-se a periodicidade na participação dos

projetos de responsabilidade social.

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Gráfico 15: Periodicidade na participação dos projetos de RS FONTE: Elaborado pelo acadêmico (2009)

Pode-se observar no gráfico 15, que a participação dos colaboradores não é

constante, uma vez que 51,20% deles contribuem quando tem interesse ou acham

necessário.

Também se visualiza inexpressiva participação nas demais categorias.

3.2.5 Sugestões de melhorias

De acordo com a demonstração dos dados coletados e a observação do

estagiário, percebe-se que há alguns pontos de melhoria que devem ser

profundamente analisados, mesmo tendo consciência de se tratar de uma empresa

de grande porte que possui planejamento e cronograma de ação e execução.

Como foi mostrado nos resultados no gráfico 10, 100% dos colaboradores

entrevistados consideram importante trabalhar em uma organização que investe em

responsabilidade social, ao mesmo tempo os resultados evidenciam que não há uma

significativa participação nos projetos.

Com todo este estudo, o acadêmico e também colaborador desta organização

tem algumas sugestões para organização:

intensificar a divulgação dos projetos, começando pela conscientização

da própria diretoria da importância destes. Em seguida fazer um trabalho

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intensivo com os gestores de cada área responsável para que estes

trabalhem os projetos de responsabilidade social que a empresa desenvolve

junto a suas equipes. Pois como afirma Melo; Neto Froes (2001), isso é

importante, pois a empresa passando para seus colaboradores gera confiança

e respeito perante todos, criando um ambiente saudável, no qual poderá

ajudar no aumento da produtividade e com isto tendo pessoas comprometidas

e motivadas colaborando no sucesso para alcançar os objetivos da

organização.

aplicar um programa de endomarketing para que todos fiquem sabendo

dos projetos constantemente, através de eventos, palestras, visitas. Criando

um cronograma próprio. Visto que Brum (1998) aponta que o endomarketing

melhora a comunicação e faz com que todos os seus colaboradores tenham

uma visão compartilhada sobre o negócio da empresa.

pode-se realizar um trabalho para, também, envolver os stakeholders

externos (cliente e a comunidade, por exemplo), mostrando a importância

destes projetos para todos. Deste modo, buscando parcerias e estreitando

junto a esses os laços de relacionamento, como descrito por Chiavenato

(2004).

sugere-se ainda que a empresa aplique este trabalho, também, nas

unidades para verificar junto aos demais colaboradores como está a

percepção e o envolvimento destes nos projetos da empresa. Isto possibilitará

a analise individual de cada unidade e a conjunta. Pois, acredita-se que pelo

fato de um desses projetos serem realizados nas unidades, poderá haver uma

visão mais abrangente e a empresa com isto, pode melhorar alguns

processos desta área.

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88

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, são apresentadas as considerações finais da pesquisa, sobre

as conclusões baseadas nos resultados. Foram utilizados vários autores como

referência bibliográfica, relacionando os objetivos do trabalho para o

desenvolvimento da pesquisa, determinando o problema de pesquisa, seus aspectos

metodológicos e a caracterização do estudo.

Com base nas referências bibliográficas foram abordados temas da teoria

geral da administração, focado na responsabilidade social, stakeholders, marketing e

pode também entender a diferença entre responsabilidade social e filantropia e em

qual área de responsabilidade social a empresa esta inserida.

O tema da pesquisa foi escolhido pelo colaborador, que sempre teve

interesse na área de responsabilidade social e por trabalhar na organização, achou

que os projetos de responsabilidade social não estavam sendo divulgados com

freqüência. Percebeu também, que não havia um interesse expressivo dos

colaboradores em participar dos projetos.

Neste trabalho foi estudado quais os projetos de responsabilidade social que

a empresa desenvolve, caracterizando cada um e analisando os envolvidos neles.

Traçado o perfil dos colaboradores pesquisados, concluiu-se que a maioria é

jovem, com idade entre 26 e 34 anos; solteiros e sem filhos e que a maioria possui

nível superior, estando preparados para o mercado de trabalho.

Com o estudo dentro da organização em relação à percepção dos

colaboradores, com 100% dos resultados, concluiu- se que todos os colaboradores

consideram importante trabalhar em uma organização que investe em

responsabilidade social, mas verificado o envolvimento deles, observa-se que a

maioria dos respondentes conhecem superficialmente os projetos e participam pouco

devido a organização não fazer uma trabalho de divulgação constante dos projetos.

O que pode considerar da pesquisa feita é que os fatores que impactam

significativamente a percepção e o envolvimento dos colaboradores da Cargill

Carnes Brasil é que há utilização das ferramentas de comunicação integrada de

marketing para divulgar os projetos de responsabilidade social, mas falta uma

periodicidade para informar os acontecimentos dos projetos e uma campanha

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efetiva. Também se observa que não há um incentivo dos diretores junto suas

equipes e também por alguns projetos serem desenvolvidos em outras unidades da

organização, os colaboradores acabam não se interessando a participar de alguma

forma. No estudo pode-se observa também que quando há algum acontecimento

inesperado como uma catástrofe climática, ou outro a participação dos funcionários é

maior, seja por ajuda de voluntariado ou ajuda financeira.

Os resultados desta pesquisa poderão servir de base para novos

planejamentos da empresa na área de responsabilidade social e de marketing que

envolve a divulgação dos projetos.

Para o acadêmico o estudo foi enriquecedor, pois conseguiu atingir o

objetivo geral da pesquisa, além de ajudar a empresa a verificar como está a

percepção e o envolvimento dos colaboradores da Matriz nos programas de

responsabilidade social e sugerir melhorias para organização verificando como esta

os meios de divulgação.

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APÊNDÍCES

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Apêndice A - Questionário

Esse questionário faz parte do trabalho de conclusão de curso com fins acadêmicos. Este tem como objetivo verif icar a percepção e o envolvimento dos colaboradores da Cargill Carne Brasil Itajaí nos projetos de responsabilidade social

da empresa. Cabe ressaltar que as informações disponibilizadas por cada funcionário são sigilosas, tanto que não é preciso colocar seu nome.

Perfil dos funcionários

1.) Sexo: ( )Masculino ( )Feminino

2.) Idade: ( )18 a 25 ( )26 a 34 ( )35 a 49 ( )50 a 59 ( )60 ou mais 3.) Estado civil: ( )solteiro(a) ( )casado ( )amasiado(a) ( )separado(a) ( )divorciado(a) ( )viúvo(a)

4.) Filhos: ( )0 - não ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )mais de 4 f ilhos

5.) Escolaridade: ( ) primário(1a a 4a série) ( ) ginásio (5a a 8a série) ( ) 2o. grau (Ensino Médio)

( ) Técnico (2o grau) ( ) Superior Tecnólogo ( ) Superior Bacharelado

( ) Pós– Espec. ou MBA ( ) Pós - Mestrado ( ) Pós - Doutorado

6.) Setor em que atua: _____________________________

Daqui em diante, você responderá com um “X” na opção que reflete a sua opinião, conforme os itens

apresentados abaixo:

7.) Você conhece os projetos de responsa-

bilidade social da Car-gill ?

( ) sim ( )

superficialmente

( ) não (pule

para

a questão

12)

( ) não sei respon-

der (pule para a

questão 12)

8.) Quando você to-mou conhecimento dos projetos de responsa-

bilidade social da em-presa?

( )Recrutamento ( )Seleção ( ) Integração ( ) Logo que

começou a

trabalhar aqui

( ) Reunião

com gestor

( )

Outra

9.)Você tomou conhe-cimento por meio do(s)

( ) Setor de RH ( )Setor de Respon- sabilidade Social

( ) Gestores ( ) Colegas

10.)Você já leu ou ouviu algo sobre esses projetos em (múltipla escolha):

( ) jornal de parede ( ) informativo interno

( ) flyers (panfleto)

( ) folders

( ) catálogos ( ) manual de inte- gração

( ) banner ( ) e-mail/Boletim Cargill comunica

( ) intranet ( ) palestra ( ) reunião ( ) treinamentos

( ) eventos ( ) conversar formais

( ) outros ( ) não

11.)Como você consi-dera os meios disponi-

bilizados pela empresa para fornecer infor-mações sobre os pro-jetos?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Universidade do Vale do Itajaí - Univali Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Ceciesa

Curso: Administração Professora: Barbara Sabino, M. Sc.

Semestre: 2009/I

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12.)Acha importante trabalhar em uma

organização que se preocupa com o lado social?

( ) sim ( )não

13.)Vc acha os suf i-ciente os canais de co-

municação da empre-sa?

( ) sim ( ) não ( ) não sei responder

Sugestão:

14.)Você teve opor-tunidade de participar de

algum projeto de responsabilidade so-cial?

( ) sim

( ) não

15.)Você tem interes-se de participar como

voluntário de algum projeto?

( ) sim

( ) não

( ) não sei

responder

16.)Quais projetos vo-cê participou?

( )Minha Casa?

( )Parque Dom

Bosco

( )Iniciativas de RS

(enchente, pedágios)outro

( )não

17.)De que maneira colaborou? ( )Voluntário(a) ( )Ajuda Financeira ( )Incentivo ( )Não participou

18.) De quanto em quanto tempo você

participa dos projetos? ( ) Mensalmente ( ) Anualmente ( ) Outro ( ) Não participou

Obrigado por participar! Thiago Filipe da Silva Profa. Bárbara Sabino

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Apêndice B - Entrevista

Entrevista Com Gestores

1. Quais são os projetos de responsabilidade Social que empresa realiza?

2. Qual tempo de existência dos projetos?

3. Quais as áreas de atuação?

4. Quem são as pessoas envolvidas projetos RS?

5. Quais são os meios de divulgação que empresa uti liza?

6. Periodicidade de divulgação dos projetos.

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DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estágio Seara Alimentos S/A, declara, para os

devidos fins, que o estagiário Thiago Filipe da Silva, aluno do Curso de

Administração de Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA / gestão da

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, de 01/09/2008 a 30/04/2009, cumpriu a

carga horária de estagio prevista para o período, seguiu o cronograma de trabalho

estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 01 de junho de 2009.

___________________________

Juliana Margarethe Maba

RESUMO

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Thiago Filipe da Silva

Estagiário

Juliana Margarethe Maba

Supervisora de campo

Prof: Barbara Silvana Sabino, M.Sc

Orientador de estágio

Prof.: Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelo estagio supervisionado, MSc.