Upload
dinhduong
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ALEXANDRE MASCARELLO
ANÁLISE DOS PROCESSOS DO DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA
DA THYSSENKRUPP ELEVADORES
Balneário Camboriú
2010
ALEXANDRE MASCARELLO
ANALISE DOS PROCESSOS DO DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA
DA THYSSENKRUPP ELEVADORES
Relatório de Pesquisa apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Gestão Empreendedora, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Prof. Marcos Aurélio Batista, MSc.
Balneário Camboriú
2010
EQUIPE TÉCNICA
Estagiário: Alexandre Mascarello
Área de Estágio: Administração de Processos
Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder, MSc.
Supervisor da Empresa: Reginaldo F. Horstmann
Professor orientador: Marcos Aurélio Batista, MSc.
DADOS DA EMPRESA
Razão Social: ThyssenKrupp Elevadores S/A
Endereço: Avenida do Estado, nº 4664, bairro dos estados, CEP 88339-070,
Balneário Camboriú
Setor de Desenvolvimento do Estágio: Assistência Técnica
Duração do Estágio: 240 horas
Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Reginaldo F. Horstmann –
Coordenador
Carimbo do CNPJ da Empresa: 90.347.840/0034-86
“A vida é como uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, dance,
ria, chore e viva intensamente, antes que as cortinas se fechem e a peça termine
sem aplausos.” (Charles Chaplin)
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a minha mãe Tânia que sempre me deu apoio em
tudo, me incentivou nos estudos, na vida pessoal e os maiores ensinamentos que
tive foi ela quem me passou. Agradeço a Deus por em dar forças para continuar e
nunca desistir.
Ao Professor Marcos Aurélio Batista pela sua orientação e seu apoio para a
elaboração desta monografia, sempre me apontou o caminho certo, e foi persistente
e paciente comigo.
Aos professores Alexandre de Sá Oliveira, Osmundo M. Saraiva Junior e Sara
Joana Gadotti dos Anjos por me despertarem o interesse pelo conhecimento, ao
Coordenador do curso e Professor Márcio Daniel Kiesel por sempre dar atenção e
apoio em qualquer necessidade que tive.
Às professoras avaliadoras Sueli Maria Stoll e Lorena Schröder que estiveram
presente em dos momentos mais importantes da minha trajetória acadêmica, me
auxiliando e apoiando.
Aos meus colegas de turma que me acompanharam desde o início do curso,
os quatro anos foram muito produtivos, uma experiência que nunca vou me
esquecer.
Agradeço também ao Reginaldo F. Horstmann, coordenador da
ThyssenKrupp Elevadores, empresa em que realizei a pesquisa, pela compreensão
e apoio dado durante a realização do trabalho.
RESUMO
O desenvolvimento e sucesso das empresas prestadoras de serviço nos dias de hoje dependem muito da capacidade e competências das pessoas e apoio da empresa. Os clientes estão mais exigentes e envolvidos nos negócios, necessitando de um serviço de qualidade a um preço condizente a realidade. Neste trabalho foi apresentada a análise do departamento de assistência técnica da ThyssenKrupp Elevadores, multinacional que está entre as três maiores empresas do mercado de transporte vertical. O objetivo deste trabalho foi analisar os processos da assistência técnica, identificando possíveis falhas ocorridas e suas respectivas causas e de que forma estas falhas prejudicam o departamento e a empresa como um todo. Desta forma, a análise foi detalhada para que cada parte do fluxo de trabalho que foi estudada e cada processo analisado separadamente, sendo então possível propor melhorias para as falhas identificadas. Para o desenvolvimento do trabalho foi utilizado o estudo de caso com abordagem qualitativa e para a coleta de dados foi utilizada a pesquisa documental e a observação. Por fim, a utilização destas ferramentas associando-as com objetivos, propiciam resultados que podem contribuir para o desenvolvimento da empresa e a otimização na prestação de serviços, fidelizando e aproximando o cliente cada vez mais. Palavras-chaves: Qualidade. Análise de processos. Otimização do processo
ABSTRACT
The development and success of service companies today rely heavily on the capacity and skills of people and company's support. Customers are more demanding and involved in business and need a quality service at a price befitting reality. This work was presented to analyze the service department of ThyssenKrupp Elevator, a multinational that is among the three largest companies in the transportation vertical. The aim of this study was to analyze the processes of technical assistance, identifying possible failures and their causes and how these flaws affect the department and company as a whole. Thus, the analysis was detailed for each part of the workflow that was studied and analyzed each case separately, and then propose possible improvements to the gaps identified. To develop the work we used the case study and qualitative approach to data collection was used to document research and observation. Finally, the use of these tools by associating them with goals, provide results that can contribute to the company's development and optimization services, customer loyalty and approaching more and more.
Keywords: Quality. Process analysis. Process optimization
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 Organograma - filial Balneário Camboriú...................................... 22
Figura 02 Tela inicial do software GUS......................................................... 45
Figura 03 Tela inicial do software SAP......................................................... 46
Figura 04 Comunicação Interna (CI)........................................................... 47
Figura 05 Ficha de Manutenção Preventiva Mensal.................................... 48
Figura 06 Fluxograma dos processos de manutenção preventiva mensal.. 50
Figura 07 Placa de Serviço de Manutenção e Barreira de Manutenção..... 51
Figura 08 ITP para troca de peça................................................................ 53
Figura 09 Adesivo de manutenção concluída.............................................. 54
Figura 10 Verso da ficha de MPM................................................................ 54
Figura 11 Ordem de Serviço Corretivo......................................................... 55
Figura 12 Fluxograma dos processos da manutenção corretiva.................. 56
Figura 13 Tela utilizada pelo CRC para cadastrar o atendimento corretivo. 57
Figura 14 Pedido de Geração de Orçamento (PGO).................................... 58
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 As Eras da Administração no século XX....................................... 25
Quadro 02 A eficiência e a Eficácia................................................................. 27
Quadro 03 Etapa 01 – Eliminação das perdas................................................ 32
Quadro 04 Etapa 02 – Eliminação da causa das perdas................................ 33
Quadro 05 Etapa 03 – Otimização do Processo............................................. 34
Quadro 06 Diferenças entre abordagens........................................................ 37
Quadro 07 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
manutenções preventivas em atraso.............................................
60
Quadro 08 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
programação das MPM.................................................................
61
Quadro 09 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
apresentação na chegada ao edifício............................................
62
Quadro 10 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
preenchimento do livro ATA..........................................................
63
Quadro 11 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
preenchimento da ITP..................................................................
64
Quadro 12 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
envio das FMPM para serem encerradas....................................
64
Quadro 13 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
transmissão de chamados para os técnicos da manutenção
corretiva........................................................................................
65
Quadro 14 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
Atendimento aos chamados pendentes.......................................
66
Quadro 15 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
Identificação da peça a ser trocada no elevador..........................
67
Quadro 16 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
transmissão de informação referente ao PGO.............................
68
Quadro 17 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
Preenchimento da OSC................................................................
68
Quadro 18 Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de
encerramento da OSC..................................................................
69
Quadro 19 Proposta de otimização do processo de assistência técnica da
TKE...............................................................................................
71
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 Quadro de Recursos Humanos..................................................... 19
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
CC – Comunicação com Cliente
CI – Comunicação interna
CIPA – Comissão interna de prevenção de acidentes
CRC – Central de Relacionamento com Cliente
CREA-SC – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura, Agronomia de Santa Catarina
DEMD – Departamento de Modernização
DEVS – Departamento de Vendas de Serviço DEVN – Departamento de Vendas Novas DSUP – Departamento de Suprimentos
DTEC – Departamento de Assistência técnica
EPC – Equipamento de proteção coletivo
EPI – Equipamento de proteção individual
FMPM - Ficha de Manutenção Preventiva Mensal
ITP – Informativo de troca de peça
MC – Manutenção Corretiva
MI – Modernização Integral
MOD – Modernização
MOP – Modernização Parcial
MPM – manutenção preventiva mensal
OSC – Ordem de Serviço Corretiva
PGO – Pedido de geração de orçamento
TKE – Thyssenkrupp Elevadores
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 15
1.1 Tema de estágio ................................................................................... 15
1.2 Problema................................................................................................ 16
1.3
1.3.1
Objetivos................................................................................................
Objetivo Geral........................................................................................
17
17
1.3.2
1.4
Objetivos Específicos..............................................................................
Justificativa..........................................................................................
17
17
1.5 Contexto do ambiente de estágio .................................................. 18
1.6 Organização do trabalho .................................................................. 22
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................ 24
2.1 A Administração e as Organizações................................................... 24
2.2 Gestão de Serviços............................................................................... 27
2.3 Gestão da Qualidade............................................................................ 30
2.3.1 Fluxograma............................................................................................ 34
2.3.1.1
2.4
2.4.1
Tipos de Fluxogramas............................................................................
Gestão de Processos...........................................................................
Análise de Processos.............................................................................
35
36
39
3 METODOLOGIA ................................................................................... 42
3.1 Tipologia de pesquisa ......................................................................... 42
3.2 Objetivo de pesquisa .......................................................................... 42
3.3 Tipologia de pesquisa........................................................................ 43
3.4 Método de coleta de dados................................................................ 43
3.5 Método de Análise de Dados e Apresentação.................................. 44
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ……..................................................... 45
4.1
Descrição dos Processos do Departamento de Assistência
Técnica da TKE.....................................................................................
47
4.1.1
4.1.2
Descrição dos processos da manutenção preventiva mensal...............
Fluxograma do processo de manutenção preventiva mensal dos
47
4.1.3
4.1.4
4.2
elevadores..............................................................................................
Descrição dos processos da manutenção corretiva...............................
Fluxograma do processo de manutenção corretiva................................
Análise das Falhas e Causas das Falhas nos Processos do DTEC
49
55
56
60
4.2.1
4.2.2
4.3
Análise das Falhas e Causas das Falhas no Processo de manutenção
preventiva mensal dos elevadores.........................................................
Análise das Falhas e Causas das Falhas no Processo de Manutenção
Corretiva dos elevadores........................................................................
Proposta de Otimização do Processo de Assistência Técnica da
TKE........................................................................................................
61 66 70
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 74
REFERÊNCIAS......................................................................................
76
1 INTRODUÇÃO
A introdução apresenta a ordem lógica do trabalho. Neste capítulo é
apresentado o tema e o problema da pesquisa, os objetivos (geral e específicos), a
justificativa, a contextualização do ambiente de estágio, e as etapas que compõem o
trabalho.
1.1 Tema da Pesquisa
A gestão de processos vem com o objetivo de priorizar as atividades que
envolvem o funcionamento de uma organização, isto englobando todos os setores,
desde administração, compras, até a produção. Na maioria das empresas os setores
estão direta ou indiretamente envolvidos, desta maneira os processos devem estar
alinhados e bem definidos para que não haja conflito de informações quando
passado de um setor para outro, ou até mesmo dentro do próprio setor.
Se a empresa buscar um aumento na lucratividade não deve apenas
observar as grandes operações, mas sim os mínimos processos que influenciam nos
resultados que serão obtidos futuramente. Sem que haja conhecimento técnico
suficiente, não se pode fazer uma análise minuciosa das operações que ocorrem
dentro da empresa.
Devem ser observados todos os fatores que envolvem a empresa sejam eles
internos (funcionários, matéria-prima,etc.) ou externos (governo, clima, comunidade,
etc.). Pois todos podem e de alguma forma influenciam na realização das atividades
da empresa, desta maneira os processos podem se afetados, estes fatores que se
não mensurados e analisados podem gerar perdas para a empresa.
A constante busca pela melhoria contínua vem sendo falada cada vez mais e
estando presente em mais e mais empresas, e esta busca constante caracteriza
uma forma de gestão focada na qualidade, onde os processos devem ser geridos
frequentemente, analisados, avaliados e posteriormente melhorados ou adaptados
às realidades do momento.
16
1.2 Problema
Quando há algo que não está adequado a determinada situação ou não há
um controle eficaz, geralmente não funciona como deveria ou funciona parcialmente.
O problema de pesquisa foi definido com base nos gargalos e falhas que vem
se percebendo nos processos do departamento de assistência técnica, no momento
onde há uma variação elevada na produtividade das equipes de trabalho, e um
índice considerável de retrabalho em diversos processos, que a princípio deveriam
seguir um fluxo contínuo. Estes processos deficientes tornam-se trabalhosos e
desperdiçam um tempo muito maior que o estimado para a execução da
determinada tarefa.
A viabilidade deste projeto se comprovou analisando que os custos serão
extremamente baixos, para a sua execução. A empresa disponibilizou todas as
informações necessárias para o bom desenvolvimento da pesquisa.
Na empresa pesquisada, existem alguns processos que podem ser
melhorados e modificados ou realocados totalmente e/ou parcialmente. Em
processos que aparentemente são simples, como a compra de um material ou o
contato com um cliente, porém tem grande importância na obtenção dos resultados.
A partir do momento em que os processos falhos forem identificados pode-se
trabalhá-los, buscando os pequenos detalhes que de alguma forma possam ser
melhorados, diminuindo seu tempo de execução, evitando o retrabalho de um ou
mais colaboradores e consequentemente diminuindo os custos, relacionados com a
mão-de-obra e o material utilizado.
Por meio deste trabalho busca-se aperfeiçoar a gestão da qualidade
envolvidas nos processos internos da ThyssenKrupp Elevadores, usando de
técnicas e práticas teóricas e fundamentadas para alcançar os objetivos
estabelecidos para atender à pergunta de pesquisa: Quais os processos do
departamento de assistência técnica da ThyssenKrupp Elevadores que podem
ser otimizados?
17
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
Analisar os processos do departamento de assistência técnica da empresa
ThyssenKrupp Elevadores.
1.3.2 Objetivos Específicos
• Conhecer os processos do departamento de assistência técnica da
ThyssenKrupp Elevadores.
• Descrever o fluxo de trabalho de cada processo;
• Identificar as falhas nos processos;
• Identificar as causas das falhas dos processos;
• Identificar quais reflexos negativos estas falhas acabam trazendo para as
partes envolvidas no processo;
• Propor sugestões de correção das falhas e suas causas.
1.4 Justificativa
Com a implementação de uma estrutura sólida e consistente da gestão de
processos, a empresa só vem a ganhar como com a implantação de melhorias
obtidas pela medição de resultados. A racionalização do tempo tornando os
processos mais rápidos e consumindo somente a matéria-prima e mão-de-obra
necessária, consequentemente tornando a empresa mais lucrativa.
Com todos estes processos alinhados todos acabam ganhando, desde a
empresa, com o lucro, os colaboradores com a qualidade no trabalho e a sociedade
com o bem que lhe é destinado.
Considerando que esta organização tem uma visão de futuro e incentiva as
práticas sustentáveis, à medida que os processos internos vão sendo racionalizados
e aprimorados, acaba-se reduzindo as falhas e consequentemente é diminuído o
retrabalho e os desperdícios de tempo, de pessoas, de materiais e quaisquer outros
recursos que forem utilizados num processo falho.
18
1.5 Contexto do ambiente de estágio
ThyssenKrupp AG é um grande grupo empresarial alemão com mais de
200.000 empregados, é resultante da união em 1999 das empresas Thyssen e
Krupp. O Grupo é formado por 670 empresas espalhadas pelo mundo e é um dos
maiores produtores de aço no mundo. Possui três Unidades de Serviço: Aço; Bens
de capital; e Serviços. A produção de aço se concentra no aço carbônico e aço
inoxidável, enquanto as unidades de bens de serviço abrangem três segmentos:
Elevadores; Indústria Automotiva (peças, subconjuntos e módulos); e Tecnologia
(construção de plantas de indústrias de alta tecnologia e desenvolvimento de
componentes e maquinário).
A ThyssenKrupp Elevadores é uma empresa do Grupo ThyssenKrupp,
holding com sede na Alemanha. O Grupo é um dos líderes mundiais no segmento de
elevadores. Sua produção é descentralizada com fábricas na Europa, Ásia e
América. A ThyssenKrupp Elevadores Brasil atua em todo o território nacional,
representada por suas unidades de negócios. Seus produtos também são
exportados para diversos países da América Latina e outros continentes. A
ThyssenKrupp Elevadores foi fundada em 4 de fevereiro de 1945, sob a
denominação Elevadores Sûr S/A Indústria e Comércio. Em setembro de 1999, o
grupo alemão ThyssenKrupp adquiriu o controle acionário da Elevadores Sûr. A
partir daí, a empresa passou a se chamar Thyssen Sûr Elevadores e Tecnologia. Em
abril de 2002, a empresa mudou novamente o nome, para ThyssenKrupp
Elevadores S/A.
Atuando no ramo de elevadores em diversos setores desde a fabricação das
peças em sua fábrica em Guaíba – RS, até a venda, instalação e manutenção dos
equipamentos. Possui uma equipe técnica especializada e capacitada para prestar
serviço de manutenção nos elevadores tanto de sua fabricação quanto de outras
marcas.
No escritório da Thyssenkrupp Elevadores localizado na filial de Balneário
Camboriú, foco da pesquisa, encontra-se dez departamentos mais a coordenação,
quais sejam: Fiscal, Suprimentos, Vendas Novas, Vendas de Serviços, Captação,
Instalação, Assistência Técnica, Modernização, Administrativo e Acessibilidade.
19
Formado por uma equipe de 55 colaboradores distribuídos nestes setores (Tabela
01).
Setor/Cargo Quantidade Funcionários COORDENAÇÃO Coordenador 01 ADMINISTRATIVO Auxiliar Administrativo Auxiliar Administrativo (PNE)
01 01
Estagiário Administrativo 01 Jovem Aprendiz 02 FISCAL/SUPRIMENTOS Almoxarife Estagiário de Suprimentos Técnico trocador de peças
01 01 01
ASSISTÊNCIA TÉCNICA Supervisor 03 Técnico Estagiário Técnico
26 02
VENDAS Consultor de Vendas Novas 01 Consultor de Vendas de Serviço Consultor de Captação Consultor de Acessibilidade
02 01 01
INSTALAÇÃO Supervisor Ajustador Montadores
01 01 07
MODERNIZAÇÃO Técnico de Modernização 01 Auxiliar de Modernização 01 56 Tabela 01 – Quadro de Recursos Humanos Fonte: Thyssenkrupp Elevadores, 2010
O coordenador da filial tem a responsabilidade de controlar todos os
processos internos de maneira ampla, envolvido diretamente com as autorizações
de licitações, negociações que envolvem grandes descontos, liberação de peças em
garantia, controle de receitas geradas pelos departamentos. Algumas questões
contratuais e gestão de forma geral dos colaboradores.
O departamento administrativo vem como suporte para os demais
departamentos, envolvendo-se diretamente no processo de relacionamento com o
cliente (reclamações, dúvidas, envio de técnico em caso de problema com o
equipamento, etc.), cadastro de fornecedores, pagamentos de terceiros,
20
controle/compra de materiais de consumo interno, faturamento de contratos e
atualizações de guias de responsabilidade técnica, dentre outras rotinas de suporte.
O departamento fiscal fica responsável por todas as questões envolvendo
notas fiscais desde a emissão, faturamento e envio aos clientes, tão como
pagamentos de notas de fornecedores.
O departamento de suprimentos é responsável pela solicitação de material
para a fábrica, envio de materiais para os postos avançados, controle de estoque
(entradas e saídas).
Na Manutenção Preventiva existem técnicos que realizam mensalmente a
manutenção nos elevadores, onde é gerada automaticamente (via sistema) todo
mês uma ficha de manutenção preventiva para cada elevador, que indica quais itens
devem ser observados no equipamento, esta ficha serve como meio de apoio para o
técnico no momento da manutenção, para que o mesmo possa ter um cronograma a
seguir quando chega ao edifício, e é de extrema importância que estes itens sejam
compridos conforme solicita a ficha.
Já na manutenção corretiva, sempre quando ocorre algum tipo de problema
relacionado direta ou indiretamente com o equipamento, tais como, uma queda de
chave no poço do elevador, uma queda de energia, acidente com de água no
equipamento, excesso de peso, entre outros. A central de atendimento recebe este
chamado e repassa ou técnico que estiver de plantão no momento, o mesmo
verificar o grau de urgência e dá prioridade aos chamados com maior urgência como
por exemplo: ocorre uma queda de energia e fica um passageiro preso no elevador,
neste caso o técnico se desloca imediatamente ao edifício.
Os supervisores técnicos ficam responsáveis por uma determinada região
onde por sua vez devem gerenciar os setores desta região e seus respectivos
técnicos, verificando o correto andamento dos processos da assistência técnica.
Tem como dever esclarecer dúvidas técnicas perante os clientes, tal como agendar
acompanhamentos, fazer vistoria das manutenções realizadas, observando se estão
sendo obedecidos os padrões de qualidade e segurança.
Vendas de serviços é o departamento onde envolve o um grande volume de
recursos financeiros estando dividido em duas partes: Vendas de Serviços, onde os
consultores são responsáveis pela negociação de contratos de manutenção
preventivas e negociação de orçamentos (reparo, modernização parcial ou
modernização integral), quando é necessário ser feita alguma melhoria no
21
equipamento; Captação, onde o consultor tem como principal meta, buscar
elevadores de outras marcas para a carteira de manutenção, oferecendo um serviço
de qualidade é apresentada uma proposta de manutenção.
No departamento de vendas novas, acontece o primeiro contato com clientes
(geralmente construtoras) que buscam equipamentos novos, para serem instalados
em suas obras. Este contato com antecedência é muito importante para que haja um
tempo hábil para a chegada do material e instalação do equipamento; e a
Acessibilidade onde o consultor responsável trabalha com a venda equipamentos
residenciais (Home Lift), cadeiras elevatórias e plataformas elevatórias, com foco
principal na busca em facilitar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida, em
pontos de difícil acesso.
O departamento da instalação é responsável, sempre que consolidada a
venda de um equipamento novo, pela montagem e entrega deste equipamento em
funcionamento e perfeitas condições de uso. Onde ajustador passa nas obras
observando pendências ou falhas. O supervisor de instalação é responsável pela
alocação dos montadores em suas respectivas obras, também controla o
cronograma de entrega das montagens e todo suporte técnico que se faça
necessário para a instalação do equipamento.
O departamento de modernização é solicitado quando há necessidade de
melhoria no elevador onde serão alteradas as características originais do
equipamento. Existe uma pessoa, que fica responsável pela geração dos
orçamentos, análise de viabilização de modernização, ou seja, ele verifica se o
equipamento obedece aos critérios mínimos para que seja feita uma modernização,
cronograma de entrega deste serviço, é realizada a programação de execução.
22
A partir da descrição dos departamentos da filial de Balneário Camboriú da TKE
pode-se ter uma breve noção de como esta disponibilizada sua estrutura
organizacional, para melhor visualização, segue abaixo o organograma da empresa.
Figura 01: Organograma - filial Balneário Camboriú Fonte: Elaborado pelo autor
No organograma (Figura 01) pode-se observar todos os departamentos
existentes no TKE filial - Camboriú, onde se apresentam os cargos de cada
departamento e a quantidade de colaborados existentes.
1.6 Organização do trabalho
O primeiro capítulo apresenta o tema e o problema de pesquisa, os objetivos
(geral e específicos), a justificativa da importância da pesquisa e a contextualização
do ambiente de pesquisa.
Já no segundo capítulo é apresentada a fundamentação teórica que se
ramifica por alguns assuntos: Administração e as Organizações, seus conceitos e
definições; A Gestão de Serviços; A Gestão da Qualidade; E gestão de processos.
23
O capítulo três apresenta a metodologia do trabalho, descrevendo a
abordagem, o objetivo, a tipologia, os sujeitos de estudo e o instrumento de
pesquisa.
No capítulo quatro é apresentada a Análise dos resultados, envolvendo desde
a identificação dos processos; das falhas dos processos; das causas das falhas; os
efeitos causados pelas falhas até as propostas de melhorias.
No capítulo cinco são as considerações finais que são explanadas, seguidas
pelo capitulo seis que apresenta as referências utilizadas no trabalho.
24
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A Administração e as Organizações
Segundo Chiavenato (2004), a teoria geral da administração começou com o
que se chamou de ênfase nas tarefas com a administração cientifica (enfatizando as
tarefas do operário) de Taylor. Depois disto, a preocupação básica passou para a
ênfase na estrutura com a teoria clássica de Fayol e com a teoria da burocracia de
Weber, ambas enfatizando a estrutura organizacional. A reação humanística surgiu
com ênfase nas pessoas, por meio da teoria das relações humanas que enfatizava o
papel das pessoas na organização.
Passando pela era industrial clássica, vamos ao encontro da era industrial
neoclássica, que na visão de Chiavenato (2004) se encontrou em uma nova fase de
mudanças, onde as mudanças foram muito maiores do que na primeira fase e as
inovações incomparáveis. Sendo assim percebeu-se que a Teoria Clássica foi
Substituída pela Teoria Neoclássica, do mesmo modo que a Teoria Burocrática for
substituída pela Teoria Estruturalista e a Teoria das Relações Humanas pela
Comportamental. Seguindo com este mesmo preceito inovador nesta mesma época
surge a Teoria de Sistemas e a Teoria da Contingência (focada na análise ambiental
e na administração da tecnologia.
Na Era da informação, as mudanças afetam profundamente as organizações,
do ponto de vista estrutural, cultural e comportamental e com isso, transformando o
papel das pessoas que nelas trabalham, conforme explica Chiavenato (2004). A Era
da Informação está sendo mais do que uma mudança social. Ela é uma mudança na
condição humana, onde o comprometimento e participação estão em alta. E
segundo Castells (2002), quantidade de esforço não significa mais resultado, ou seja,
mãos calejadas não são mais sinônimo de alta produtividade. Será a capacidade
criativa e pensante, que sempre diferenciou as pessoas dos demais animais, que
determinará o sucesso das pessoas na economia mundial.
Com o passar do tempo os conceitos voltados para a administração sofreram
uma enorme evolução, onde esta evolução pode ser observada muito bem no
quadro 01.
25
Era Industrial Clássica 1900-1950
Era Industrial Neoclássica 1950-1990
Era da Informação Após 1990
Início da industrialização Estabilidade Pouca mudança Previsibilidade Estabilidade e certeza
Desenvolvimento Industrial Aumento da mudança Fim da previsibilidade Inovação
Tecnologia da Informação (TI) Serviços Aceleração da mudança Imprevisibilidade Instabilidade e Incerteza
Administração Científica Teoria Clássica Relações Humanas Teoria da burocracia
Teoria Neoclássica Teoria Estruturalista Teoria Comportamental Teoria de Sistemas Teoria da Contingência
Ênfase em: Produtividade Qualidade Competitividade Cliente Globalização
Quadro 01: As Eras da Administração no século XX Fonte: Chiavenato (2004, p. 35)
Analisando o quadro das eras da administração, percebe-se claramente que
houve uma mudança drástica na questão estrutural e nos resultados, onde na Era
Clássica os acontecimentos eram previsíveis e muito estáveis, isto devido ao fluxo
de mudanças ser muito baixo.
Contudo na era neoclássica observou-se um avanço no desenvolvimento
industrial, deixando para trás a previsibilidade e a certeza, que eram pontos
marcantes na Era Industrial Clássica. Com uma base já aperfeiçoada foi possível
notar o avanço significativo nas mudanças e uma consciência sendo criada com
estrutura bastante inovadora.
Já na era da informação, as ênfases centralizadas foram deixadas de lado,
por uma visão mais pulverizada em diversos aspectos como: Produtividade;
competitividade; no cliente; qualidade e na globalização. Onde se pode observar um
ambiente bastante imprevisível, instável e sujeitos a drásticas mudanças
principalmente na área tecnológica e de informação.
De acordo com Silva (2001), a administração é de suma importância quando
pessoas trabalham juntas em uma organização em busca dos mesmos objetivos. As
funções gerenciais devem ser desempenhadas por pessoas com competência e
especificação adequada para a função, e essas pessoas são responsáveis pelas
atividades organizacionais, funções estas desempenhadas em todos os níveis
organizacionais, independentemente do tipo ou tamanho da organização.
Para Stoner e Freeman (1999, p.5), “a administração já foi chamada como
arte de fazer coisas através de pessoas”. Tendo como exemplo a transformação de
uma matéria-prima em produto final, que passa por uma série de processos que são
26
executados parte por máquinas parte por pessoas até que chegue ao consumidor
final.
Conforme salienta Chiavenato (2004) a administração se refere à combinação
e aplicação de alguns recursos que se fazem necessários para atingir os objetivos
estabelecidos e os resultados almejados sendo eles: organizacionais – humanos;
materiais; financeiros; de informação e de tecnologia.
A administração não depende de uma parte separada da organização, ou
seja, não é nem privilégio exclusivo nem encargo pessoal do chefe ou dos dirigentes
da empresa, mas deve ser vista como uma função que se reparte como as outras
funções essenciais, comenta Fayol (1996). Todos os colaboradores devem estar
envolvidos e comprometidos com sua participação na organização, tendo em mente
que sua participação nas atividades empresariais e de suma importância para o
andando correto do desempenho geral da empresa.
Hampton (1990) apontou que a administração vista tradicionalmente pode ser
definida como um conjunto de processos os quais, quando executados com
competência e perfeição trazem grande contribuição para eficiência e eficácia da
organização como um todo. Desta forma pode-se observar no quadro X, que a
utilização correta dos recursos tem enorme influência na busca dos resultados.
Utilização de recursos
Alcance de
objetivos
Pobre Boa Alto
Baixo
Eficaz, mas não eficiente; atinge objetivos, mas alguns recursos são desperdiçados
Eficaz e eficiente; objetivos atingidos e recursos bem utilizados. Alta produtividade e elevado desempenho
Nem eficaz e nem eficiente; objetivos não atingidos; recursos desperdiçados no processo. Desempenho precário.
Eficiente, mas não eficaz; recursos são bem aplicados, mas os objetivos não são alcançados. Desempenho precário.
Quadro 02: A eficiência e a Eficácia Fonte: Shermerhorn (1996, adaptado por CHIAVENATO, 2004, p.7)
Ao analisar o quadro desenvolvido por Shermerhorn (1996) que foi adaptada
por Chiavenato (2004), pode-se perceber que o autor consegue de forma clara e
sucinta ser eficiente e eficaz ao exemplificar qual a essência do conceito de
eficiência: Os recursos são bem aplicados, mas o desempenho é precário e os
27
objetivos não são alcançados; eficácia: os objetivos estabelecidos são atingidos,
porém recursos são desperdiçados.
De acordo com Lacombe e Heilborn (2003), o papel do administrador é a
obtenção de resultados por meio de terceiros, no meio da era da informação se torna
primordial lidar com capital de terceiros, para obter resultados. E através do
desempenho da equipe que ele supervisiona e coordena, pois o conhecimento está
na mente dessas pessoas e a capacidade do administrador para saber transformar
conhecimento em resultados requer grande habilidade, experiência,
comportamentos e atitudes para lidar com pessoas alem dos conhecimentos de
administração. Para liderar os membros da sua equipe e de tomar decisões em
nome desta equipe.
2.2 Gestão de Serviços
Na visão de Kotler e Keller (2006), um serviço é uma atividade ou um
benefício que uma parte pode oferecer a outra que é essencialmente intangível e
não resulta na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a
um produto físico.
Dizem Johnston e Clark (2002) que para entendermos o conceito de serviços
deve-se observar que o conceito de serviço é a proposição do negócio de tal forma
que sejam percebidos estes serviços tanto por clientes, funcionários, acionistas, ou
seja, toda cadeia envolvida no processo.
Os serviços têm inúmeras características distintas que os diferenciam de bens
e têm implicações sobre o modo como são comercializados.
Destaca Baker (2005), que as principais características dos serviços são:
Intangibilidade: um serviço ‘puro’ não pode ser avaliado usando qualquer de
seus sentidos físicos, é uma abstração que não pode ser examinada diretamente
antes de ser comprada. Um comprador potencial de praticamente qualquer bem
pode examinar sua integridade física, aparência estética, sabor, cheiro etc. Por outro
lado, serviços não têm nenhuma propriedade tangível que possa ser utilizada por
consumidores para verificar afirmativas da propaganda antes de fazer a compra. As
características intangíveis de processo que definem serviços, tais como a
confiabilidade, o cuidado pessoal, a cortesia e a atitude amigável do pessoal,
somente podem ser verificadas quando um serviço for comprado e consumido;
28
Inseparabilidade: a produção e o consumo de um bem tangível são duas
atividades separadas. Empresas geralmente produzem bens em uma localização
central e então transportam para o lugar onde os clientes mais querem comprá-los.
Desse modo, empresas manufatureiras podem conseguir economias de escala por
meio de produção centralizada e controlar a qualidade centralizadamente. O
fabricante também pode produzir bens no momento que lhe for conveniente e então
disponibilizá-los aos clientes nos momentos que forem convenientes para os
clientes. Por outro lado, diz-se que o consumo de um serviço é inseparável dos seus
meios de produção. Produtor e consumidor devem interagir para que os benefícios
do serviço sejam realizados;
Variabilidade: no caso dos serviços, a variabilidade causa um impacto sobre
os clientes não somente em termos de resultados, mas também em termos de
processos de produção. São eles que fazem com que a variabilidade apresente um
problema muito maior para serviços em comparação com bens. Como o cliente
usualmente está envolvido no processo de produção de um serviço ano mesmo
tempo que o consome, pode ser difícil fazer manutenção e controle para garantir
padrões consistentes. A oportunidade de inspeção e rejeição antes da entrega,
aberta para o produtor de bens, normalmente não é possível para serviços.
Usualmente, o serviço deve ser produzido na presença do cliente sem a
possibilidade de verificações de qualidade intervenientes;
Perecibilidade: serviços são diferentes de bens no sentido de que não podem
ser armazenados. Os produtores de grande parte dos bens manufaturados que não
conseguirem vender toda a sua produção no período corrente pode manter estoques
para vender em período subseqüente. Ao contrário, o produtor de um serviço que
não conseguir vender toda a sua produção no período corrente não tem chance de
guardá-lo para venda em período subseqüente. A perecibilidade dos serviços resulta
na necessidade de dar maior atenção ao gerenciamento da demanda nivelando
seus altos e baixos e de programar a produção dos serviços para acompanhar esse
padrão o quanto possível;
Incapacidade de possuir serviços: está relacionada com as características de
intangibilidade e perecibilidade. Ao comprar bens, os compradores geralmente
adquirem o título de propriedade dos bens em questão e subseqüentemente, podem
fazer o que quiserem com eles. Por outro lado, quando um serviço é executado, não
há nenhuma transferência de propriedade do vendedor para o comprador. O
29
comprador está meramente comprando o direito a um processo de serviço. A
incapacidade de possuir um serviço tem implicações para o projeto de canais de
distribuição, de modo que um atacadista ou um varejista não pode obter o titulo de
propriedade como acontece com os bens. Por isso, os métodos de distribuição direta
ai mais comuns e, quando se usam intermediários, eles geralmente agem como um
co-produtor juntamente com o prestador do serviço.
Não se pode deixar de observar o elemento humano sendo ele parte
fundamental para a eficiência das operações, desta maneira complementam
Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000, p.53) que:
A atitude e a aparência dos funcionários nas organizações de serviços são itens importantes. Em serviços no processo altera materialmente o que é visto como produto. As características singulares de intangibilidade, perecibilidade, e o abastecimento e consumos simultâneos, representam desafios especiais para os gerentes de serviços. Em muitos aspectos, o gerente de serviços adota um estilo de administração que incorpora as funções de marketing e operações.
Explicam Lovelock e Wright (2004, p.05) que: “serviços são atividades
econômicas que viram valor e fornecem benefícios para clientes em tempos e
lugares específicos, como decorrência da realização de uma mudança desejada no
– ou em nome do – destinatário do serviço”.
Para Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000), grande parte dos serviços prestados
com relação a sua participação no mercado mundial não é uma questão de opção,
mas sim uma realidade e necessidade que deve ser observada para que as
prestadoras de serviço continuem atendendo seus clientes.
O rápido avanço das novas tecnologias tem trazido melhorias significativas à
produtividade em serviços, observando esta tendência grande empresa tem
implementado softwares de gestão integrada como uma ferramenta de apoio a
gestão. Os benefícios são rapidamente visíveis, como melhoria na qualidade e
presteza dos serviços, através do aumento do controle das operações, redução de
retrabalho, atendimento ao cliente com respostas mais rápidas e concretas Martins e
Laugeni (2006).
30
2.3 Gestão da Qualidade
O mundo está em transição onde o que é novidade hoje, amanhã se torna
obsoleto. Salienta Paladini (2000), que estas mudanças servem também para a
questão da qualidade que é um assunto de grande relevância, principalmente no
meio empresarial. Desta forma percebe-se que nem sempre o conceito de qualidade
é entendido com clareza.
É necessário levar em conta alguns aspectos importantes para se compreender
a definição de qualidade:
Qualquer que seja a definição proposta para a qualidade, espera-se que ela não contrarie a noção intuitiva que se tem sobre ela, isso é, o que já se saber a respeito do assunto; como a questão da qualidade faz parte do dia-a-dia das pessoas, no se pode identificar e delimitar seu significado com precisão (PALADINI, 2000, p.25).
Em contrapartida encontram-se inúmeros equívocos relacionados à qualidade
“confundida com luxo, beleza, virtudes, brilhos, cores, etiquetas, falta ou excesso de
peso, volume, embalagem bonita e vistosa” (PALADINI, 2000, p.25).
As definições de qualidade são percebidas como: Transcendental (constituída
de padrões elevadíssimos, universalmente reconhecidos); focado no produto:
(constituída de variáveis e atributos que podem se medidos e controlados); focado
no usuário: (produto é o que o cliente compra); focada na fabricação: (adequação às
normas e às especificações); focado no valor: (adequado ao uso e ao preço) Martins
e Laugeni (2006).
Segundo Paladini (2000), é importante entender que a qualidade não está
relacionada com produto ou com o serviço separadamente, mas considerar a
qualidade como sendo um componente para eles. Sendo assim faz-se necessário o
entendimento correto do conceito da qualidade.
Paladini (2000) esclarece que para a Organização Européia de Controle de
Qualidade (1972), qualidade é a condição necessária de aptidão para o fim a que se
destina, já para Juran e Gryna (1991) qualidade é adequação ao uso e para Jenkins
(1971) qualidade é o grau de ajuste de um produto à demanda que pretende
satisfazer.
Ao se analisar as três definições de qualidade percebe-se que, todas elas tem
um fator em comum, confrontando com as com o pensamento de Paladini (2000),
31
observa-se que o cliente é frequentemente usado como ponto chave para elaborar o
conceito de qualidade. Visando a característica contemporânea de que o produto se
adapte ao cliente, deixando de lado o foco no produto, onde o pensamento é que o
cliente deve procurar se adaptar ao produto.
Voltando os olhos para uma análise mais detalhada e aprofundada do assunto
nota-se que “a Gestão da Qualidade passa a ser ‘Gestão da Qualidade Total’ se
suas atividades envolvem todos os requisitos que os produtos e serviços devem ter
para realizar o que deseja o cliente, em termos de necessidades, preferências ou
conveniências, gostos etc.” (PALADINI, 2000, p.29).
Existem alguns processos que auxiliam na qualidade total sendo eles: melhoria
contínua “aumento do grau de ajuste do produto á demanda” (PALADINI, 2000,
p.30); otimização de processos “esforços destinados a minimizar custos, reduzir
defeitos, eliminar perdas ou falhas e, enfim, racionalizar as atividades produtivas”
(PALADINI, 2000, p.30); generalização da noção da perda “procedimento, operação
ou atividade que não acrescente valor ao produto acabado é uma perda” (PALADINI,
2000, p.30). Então relacionando com o conceito destas características, nota-se que
a soma dos conceitos funcionando em sintonia, exercem grande influência para o
sucesso da qualidade total.
Segundo Paladini (2000), a qualidade total tem participação importante no
processo, onde abrange principalmente o processo produtivo, gerada a partir das
operações nele inseridas. Algo que há algum tempo atrás a qualidade era avaliada
em produtos e serviços centrando atenções em resultados e efeitos (PALADINI,
2000). O autor salienta que hoje as atenções devem estar voltadas também para as
causas que envolvem o processo.
Paladini (2000) compreende que a Gestão da Qualidade no processo envolve a
implantação de atividades agrupadas em três etapas: a eliminação de perdas; a
eliminação das causas das perdas e a otimização do processo.
Os quadros 01, 02 e 03 resumem as características de cada etapa. O quadro 01
apresenta a etapa 01, que é a Eliminação das perdas.
Atividade Característica
1. Eliminação de defeitos, refugos e retrabalhos; 2. Emprego de programas de redução dos erros da mão-de-obra; 3. Esforços para minimizar custos de produção; 4. Eliminação de esforços inúteis (como reuniões inconclusivas).
32
Natureza das Ações
àCorretivas (visam eliminar falhas de sistema); àAções direcionadas para elementos específicos do processo; àAlvo: limitado, bem definido; àResultados: imediatos.
Prioridade
Minimizar desvios de produção.
Observações
àNão se acrescenta nada no processo; àEliminam-se desperdícios.
Quadro 03 – Etapa 01 – Eliminação das perdas Fonte: Paladini (2000, p. 35)
Observa-se que no quadro 01 há um foco no curto prazo atendo-se a casos
mais urgentes e de forma corretiva de modo que haja uma redução no desperdício
da produção considerando os aspectos financeiros e de tempo.
O quadro 02 apresenta a causa das eliminações das perdas.
Atividade Característica
1. Estudo das causas de ocorrência dos defeitos ou de situações que favorecem seu aparecimento; 2. Controle estatístico de defeitos; 3. Desenvolvimento de projetos de experimentos voltados para a relação entre causa e efeito; 4. Estruturação de sistemas de informações para monitorar a produção e avaliar reflexos, no processo, de ações desenvolvidas.
Natureza das Ações
àPreventivas; àÊnfase: eliminar causas de falhas do sistema; àMeta: corrigir o mau uso dos recursos da empresa; àAções direcionadas para áreas ou etapas do processo de produção, setores da fábrica ou grupos de pessoas; àAlvo: obter níveis de desempenho do processo produtivo; àResultado: médio prazo.
Prioridade
Evitar situações que possam conduzir a desvios da produção, eliminando-se elementos que a prejudiquem e gerando-se condições mais adequadas para seu funcionamento normal.
Observações
àAqui, considera-se perda toda e qualquer ação que agrega valor ao produto (perda = qualquer ação que não aumente a adequação do produto a seu uso efetivo); àEsta etapa requer atividades de difícil implantação e de avaliação mais complexa, mas aqui se pode visualizar se estão ocorrendo melhorias em termos de qualidade.
Quadro 04 - ETAPA 02 – Eliminação da causa das perdas Fonte: Paladini (2000, p. 35)
33
Neste quadro, Paladini (2000) demonstra o estudo nas reduções de
desperdícios de forma mais elaborada e desenvolvida, relacionando as causas e
efeitos dos problemas observados, agindo de forma preventiva com objetivo de
antecipar os efeitos causados por ações mal planejadas.
O quadro 03 apresenta a etapa de otimização do processo.
Atividade Característica
1. Novo conceito de qualidade, eliminando a idéia de que qualidade é a falta de defeitos, mas sim, a adequação ao uso; 2. Aumento da produtividade e da capacidade operacional da empresa; 3. Otimização da alocação dos recursos humanos da empresa; 4. Otimização dos recursos da empresa (como materiais, equipamentos, tempo, energia espaço, métodos de trabalho ou influência ambiental); 5. Adequação crescente entre produto e processo; processo e projeto e projeto e mercado; 6. Estruturação de sistemas de informação para a qualidade.
Natureza das Ações
àAtividade destinada a gerar resultados benéficos à organização de forma permanente; àResultados de longo prazo; àAções abrangentes, dirigindo-se para todo o processo (alvo a atingir); àAtuação tanto em termos de resultados individuais de áreas, grupos de pessoas ou setores, como na interface entre eles, enfatizando contribuições.
Prioridade
Definir potencialidades da produção, enfatizando o que o processo tem de melhor hoje e o que é capaz de melhorá-lo ainda mais.
Observações
àEsta é a única etapa que agrega, efetivamente, valor ao processo e, conseqüentemente, ao produto.
Quadro 05 – ETAPA 03 – Otimização do Processo Fonte: Paladini (2000, p. 37)
O autor apresenta neste quadro uma forma otimizada que priorize os recursos
humanos, com isso aumentando a produtividade e a capacidade da empresa. Desta
forma estes esforços tendem a trazer resultados benéficos e permanentes à
34
empresa, focando sempre na melhoria continua. Entretanto como é um esforço
maior leva-se mais tempo para observar os resultados.
Explica Tachizawa (1997) que um sistema moderno de gestão depende de
medição, informação e análise. Sendo que estas medições devem ser decorrentes
da estratégia da organização, abrangendo os principais processos, bem como seus
resultados.
2.3.1 Fluxograma
Rocha (1995) define as principais funcionalidades do fluxograma, ele afirma
que se deve colocar em evidência a seqüência lógica de um trabalho, de modo que
haja uma visão para a execução de suas fases, dando assim condições, caso seja
necessário, para que uma análise sobre as mesmas seja efetuada, com o intuito de
melhorar o método utilizado, racionalizando, com tal procedimento, recursos
humanos e materiais.
Para se realizar uma análise administrativa de processos, existem vários tipos
de gráficos, porém o fluxograma é de grande importância para se obter resultados
mais concretos, onde ele representa o fluxo e a seqüência normal de qualquer
trabalho, produto ou documento. A utilização de símbolos no fluxograma tem por
finalidade colocar em evidência a origem, processamento e destino da informação,
comenta Cury (2000).
Além auxiliar no desempenho de funções muito importantes dentro das
organizações os fluxogramas ajudam a identificar falhas de naturezas diversas,
ocorridas no durante o desenvolvimento dos processos, explica Rocha (1995).
O fluxograma é uma técnica mais conhecida e mais utilizada no estudo de
rotinas administrativas, conforme Araújo (1991), de qualquer maneira procura-se
utilizar o termo para o todo e qualquer gráfico que demonstre algum fluxo,
obedecendo ao verdadeiro sentido da palavra. Conforme Araújo (1991, p. 94) “O
fluxograma de maneira geral procura apresentar a rotina passo a passo, ação por
ação. Toda ocorrência num determinado processamento deve merecer o registro na
folha de fluxograma.” Já o autor Oliveira (1995, p.11) diz que a definição de
fluxograma é a “representação gráfica das diversas etapas que constituem um
determinado processo”.
35
As informações básicas fornecidas pelo fluxograma, segundo Luporini e Pinto
(1992, p. 94) representam essencialmente, a natureza das operações englobando
todas as ações realizadas, sentido e circulação do fluxo de informação, áreas de
responsabilidade, representando os executores responsáveis pelas operações
citadas.
2.3.1.1 Tipos de Fluxogramas
Conforme Luporini e Pinto (1992), os principais tipos de fluxograma utilizados
por analistas de sistemas, organizações e métodos podem utilizar são: fluxograma
vertical; fluxograma descritivo; fluxograma de coluna.
Segundo Cury (2000), o fluxograma vertical é o mais utilizado para identificar
as rotinas existentes nos diversos setores da organização. O formulário adotado
permitirá que o analista, no momento em que está fazendo o levantamento e
anotando os eventos no campo adequado, simplesmente escureça os símbolos
impressos, segundo a natureza da atividade identificada, bastando para completar o
gráfico, a ligação dos símbolos escurecidos. Tem maior utilidade, para trabalhos de
levantamento, devendo ser traçado no próprio formulário.
O fluxograma descritivo utiliza os mesmo símbolos do fluxograma vertical,
mas tem a vantagem de poder ser elaborado com a adoção de alguns recursos
técnicos que permitem uma apresentação mais compreensível da rotina, facilitando
a analise e racionalização comenta Cury (2000).
De acordo com Cury (2000), o fluxograma de colunas recebe este nome pela
visão global que oferece do fluxo de trabalho e também porque os órgãos aparecem
no fluxo sobre a forma de coluna. É o mais apropriado para transmitir o fluxo de
trabalho para toda organização, sendo assim, o analista após fazer o levantamento
da rotina, com a adoção do fluxograma vertical elabora o administrativo ou global,
para análise e, após a racionalização, estabelece o sistema ideal, desenhando o
fluxograma global de melhor entendimento para os usuários.
2.4 Gestão de Processos
Processo “refere-se a uma combinação única de equipamentos, instrumentos,
métodos, materiais e pessoal envolvidos na produção” Juran (1992, p. 264).
36
Já para Teboul (1991, p. 65) processo “é uma série de atividades ou
operações que levam a um resultado determinado”.
Há até alguns anos atrás as ferramentas disponíveis para a formação de uma
estrutura organizacional bem definida eram escassas e limitadas. De acordo com
BALLESTERO-ALVAREZ (2001) os instrumentos à disposição eram os velhos
preceitos de Descartes, onde se baseavam no método onde era dividido o problema
e examinado por parcelas, que iam das mais simples ascendendo até as mais
complexas.
No quadro 1.4 estão esplanadas as diferenças entres estas duas abordagens.
Abordagem cartesiana Abordagem sistêmica
è Divisão do todo em partes è O todo é conservado como um
conjunto indivisível
è Cada parte é estudada uma a
uma, isoladamente
è Cada elemento do conjunto é
considerado em seu contexto relacional
è Escamoteiam-se as relações de
interdependência
è O acento recai nas relações entre
vários elementos
è Avança-se do simples para o
complexo
è Avança-se do complexo para o
simples
Quadro 06– Diferenças entre abordagens Fonte: Ballestero-Alvarez (2001, p. 14)
Observando o quadro ficam claras as diferenças de abordagens, onde se
percebe uma evolução crítica de análise. Partindo de uma visão holística, aplicável
em todas as áreas da organização, tornando-a agora um meio de interação entre
estas áreas para que haja uma troca de informações facilitando a resolução dos
problemas.
Definido por Lovelock e Wright (2004, p.36), existe quatro categorias que
envolvem os processos de transformações:
Processamento com pessoas: serviços que envolvem ações tangíveis sobre os corpos das pessoas; processamento de bens: ações tangíveis sobre bens e outras posses físicas pertencentes a clientes; processamento com estímulo mental: ações intangíveis dirigidas à mente das pessoas; processamento com informações: ações intangíveis dirigidas a bens dos clientes.
37
Pesquisas realizadas por Cruz (1997, p. 84) definem processo como “forma
pela qual um conjunto de atividades cria, trabalha ou transforma insumos com a
finalidade de produzir bens ou serviços, que tenham qualidade assegurada, para
serem adquiridos pelos clientes”.
“O Administrador sabe o que se passa dentro de seu ambiente de trabalho,
conhece os indicadores de desempenho e sua função. Todavia pouco ou nada sabe
sobre as outras operações que contribuem para o funcionamento global da
empresa” (BALLESTERO-ALVAREZ, 2001, P. 14). Conclui Alvarez que esta
carência na visão do todo acaba acarretando em uma baixa eficiência da
organização.
Para que haja uma melhoria de processos em serviços, “a empresa deve
determinar o que precisa fazer de depois como fazê-lo. Não se trata, portanto, de
necessariamente melhorar um trabalho existente, mas sim de verificar se o processo
que inclui esse trabalho é realmente necessário e, se é necessário, como o processo
deveria ser realizado” (MARTINS; LAUGENI, 2006, p.109).
Ballestero-Alvarez (2001) salienta que este enfoque na abordagem cartesiana
resulta em uma forma vertical de gestão, de cima para baixo, com fluxos
padronizados, consequentemente acabam acarretando em graves problemas à
organização, dentre eles podem ser:
Eficiência das diversas áreas só é conseguida quando se sacrifica a eficiência de toda a empresa; é difícil requerer a cooperação para desenvolver um trabalho e sua respectiva coordenação entre diferentes setores da empresa – via de regra acarretam-se graves problemas internos; obediência à hierarquia em detrimento da importância do trabalho que está sendo desenvolvido; é difícil conseguir a qualidade final desejada, pois como cada área trabalha de forma independente, mesmo que em todas estejam desenvolvendo o trabalho com qualidade, deve ainda ser elaborada a junção de todos eles, o que acarreta um fluxo bastante confuso, complexo e tendente a erro. (BALLESTERO-ALVAREZ, 2001,p. 15).
Percebe-se assim nesta visão centrada no lucro que é antiquada, porém
ainda muito utilizada hoje em dia. “Estamos mais preocupados em desenvolver bem
nossa função do que na importância que nosso trabalho pode ter para a qualidade
do produto final que será oferecido ao cliente” (BALLESTERO-ALVAREZ, 2001, P.
15).
38
Para Schmenner (1999) é de extrema importância que se olhe os diferentes
processos de serviço, confrontando de um lado a intensidade de mão-de-obra do
processo e de outro o grau de interação e de customização do serviço de um cliente
para o outro.
Segundo Ballestero-Alvarez (2001), nos últimos tempos muitas empresas
brasileiras vem perdendo participação no mercado e seus clientes não são mais tão
fiéis como eram. Partindo deste fato muitos administradores estão mudando
radicalmente sua forma de gerir, partindo para uma visão horizontal dos produtos e
da informação, por meio de diferentes subsistemas da empresa, ao invés da visão
vertical a autocrática.
Seguindo esta linha de pensamento contemporâneo Ballestero-Alvarez (2001)
explana três grandes variáveis intervenientes no processo de integração dos
processos:
O cliente, que hoje determina e define o que quer comprar e que cada vez mais exige qualidade acima de tudo; a concorrência, que força a elevação do padrão dos produtos para atender os clientes e ganhar mercado; e o ciclo constante de mudanças, incrementado pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia. (BALLESTERO-ALVAREZ, 2001, p. 17).
Ballestero-Alvarez (2001) cita que o fator essencial para um desenvolvimento
eficaz desta abordagem sistêmica é a gestão dos processos-chave, sendo assim, a
ênfase é dada para otimizar um processo completo, e não o desempenho local de
uma única função.
Afirma Ballestero-Alvarez (2001) que a abordagem sistêmica consiste em
estudar a empresa como um sistema de inputs, outputs e throughputs. Pensando
deste maneira, o autor conclui que se devem concentrar suas análises nos
processos, focalizar a administração na simplificação dos processos de criação, e
fazer o descarte das tarefas que não agregam valor ao produto.
A variedade dos processos de serviço segundo Johnston e Clark (2002, p.
202):
[...] envolve a variedade de suas atividades e se elas estão fornecendo serviços padronizados ou não padronizados. Isso tem implicações profundas para os gerentes de operações, uma vez que a variedade tem grande impacto sobre o custo, a complexidade e a flexibilidade das operações. Uma classificação simples, embora útil,
39
dos processos, como rotineiras, repetidos e estranhos, pode ajudar-nos a entender o grau de variedade exigido pelo processo.
Desta maneira entende-se que a variedade dos processos de serviços exerce
grande impacto sobre as operações da empresa, trazendo assim, grande influência
para o custo. Onde a compreensão do funcionamento de departamentos diversos é
de suma importância para que o andamento dos processos ande bem.
2.4.1 Análise de Processos
Segundo Cruz (1997) pode-se observar que a análise do processo tem como
objetivo verificar os pontos positivos e negativos, ameaças e oportunidades, e em
seguida, a simplificação e a racionalização, buscando sempre aumentar a eficiência
e a produtividade.
Quando se fala em gestão de processos um dos passos fundamentais para
que haja um perfeito funcionamento é a questão da análise destes processos, onde
deve haver um envolvimento da empresa como um todo. Segundo Ballestero-
Alvarez estes processos iniciam-se na definição dos insumos necessários e conclui-
se com o uso que o cliente fará do produto. “A aptidão do processo é a medida da
reprodutibilidade do produto gerado através de um processo (JURAN, 1992, p. 264).
É preciso definir o que se deseja alcançar sem que o controle se torne
burocrático, analisam-se os resultados obtidos com as metas estabelecidas,
verificando se há desvios, tomando ações corretivas necessárias para a melhoria
dos processos, comenta Moura (1997).
Embora Ballestero-Alvarez (2001) diga que o projeto do produto deve-se
fundamentar na perspectiva definida e assumida pelo cliente, não se pode esquecer
que ela deve permear todas as fases de execução do produto. Considerando estes
pensamentos observam-se algumas definições:
Visão do cliente aplicada aos objetivos estratégicos, à definição de missão da empresa, aos planos estratégicos, à definição de cenário de atuação; fatores-chaves que permitam a viabilização dos objetivos estabelecidos e seu desdobramento em fatores importantes, auxiliares e secundários; visão do cliente para selecionar e priorizar processos ou projetos. (BALLESTERO-ALVAREZ, 2001, p. 21).
40
Explica Cruz (1997, p. 105) que “podemos estar querendo apenas saber se o
que esta sendo feito é o mais conveniente, em termos de forma e conteúdo do
processo, ou se existem discrepâncias que devam ser eliminadas”, com estas
palavras pode-se observar que existem muitas serventias que a análise dos
processos pode proporcionar.
Para que o concretize uma mudança efetiva, saliente Ballestero-Alvarez
(2001) que os processos devem passar por uma análise detalhada e bem
fundamentada. Desta forma resulta em inúmeras formas alternativas, que variam de
acordo com a empresa, ramo de negócio ou até do processo que se pretende
modificar. Porém mesmo com este amplo leque de resultados que podem ser
obtidos, alguns itens acabam tendo grandes semelhanças em quaisquer análises
feitas. BALLESTERO-ALVAREZ (2001, p. 21) cita alguns exemplos:
“Verifique se é possível combinar tarefas e que um funcionário cuide de diversas etapas do processo; delegue a tomada de decisão onde o fato pode ocorrer, atribua aos funcionários o poder de decidirem sobre seu próprio trabalho sem necessidade de consultas a superiores; determine a ordem natural em que os passos que compõem o processo ocorrem, é dessa forma que deve ser elaborado, independente das funções; verifique se os processos são desenvolvidos de forma flexível para poder atender aos requisitos dos clientes; reduza, na medida do possível, controles, verificações, inspeções; controle pelo controle no tem sentido e não agrega valor ao produto; identifique quais processos devem ser desenvolvidos de forma centralizada e quais serão descentralizados; varie, altere, não se fixe apenas em um modo; estabeleça e defina indicadores para acompanhar a evolução das modificações; indique se há necessidade de mudança na tecnologia atualmente usada;algumas vezes, quando mudamos a definição do produto, precisamos de outro tipo de máquinas e equipamentos; a palavra de ordem deve ser: melhoria contínua! O processo nunca termina.”
“Existem técnicas que medem o desempenho presente no processo, ou seja,
aquilo que ele esta realizando. E técnicas que calculam a aptidão inerente, ou seja,
aquilo que o processo pode fazer sob certas condições” (JURAN, 1992, p.274).
Visando alcançar metas estabelecidas, é necessário ter o controle e agir
sobre o processo. Desta maneira Moura (1997) descreve que se devem conhecer as
metas estabelecidas, ter definidos os dados importantes a ser registrados, ter
organização na coleta e registro dos dados, tomar medidas corretivas quando os
resultados não forem satisfatórios.
Juran (1992) explica que um processo tende a tornar-se viável a partir da
condução de análises de custo como forma de julgar a eficácia relativa de custo.
41
3. METODOLOGIA
O capítulo sobre a metodologia refere-se ao esclarecimento sobre os
procedimentos que foram adotados para o desenvolvimento da pesquisa. Ele faz-se
necessário quando se pretende elaborar uma monografia de caráter teórico-empírico
ou uma proposta de intervenção organizacional.
Para se delinear o método de pesquisa, procurou-se caracterizar a
abordagem da pesquisa, seu objetivo e tipologia. Determinou-se também o sujeito
de estudo, delimitando a população e a amostra. Os instrumentos de pesquisa, a
forma de análise e as limitações de pesquisa também são apresentados nesse
capítulo.
3.1 Abordagem da pesquisa
O presente trabalho caracteriza-se por uma pesquisa com abordagem
qualitativa, sendo assim Roesch (1996) comenta que quando se trata de melhorar a
efetividade de um programa ou plano a pesquisa qualitativa se torna muito
apropriada, ou até mesmo no caso de proposição de planos, ou seja, quando se
trata de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção.
O método qualitativo se difere do quantitativo, já que o mesmo não utiliza
métodos estatísticos como base de análise de um problema, diz Richardson (1999).
3.2 Objetivo de pesquisa
Para realizar uma análise no departamento de assistência técnica da empresa
em estudo foi utilizada uma a pesquisa descritiva, onde serão analisadas algumas
situações, em que precisão ter seus objetivos bem definidos e dirigidos para a
solução de problemas, como também a escolha de alternativas para cursos de ação,
salienta Mattar (1999).
A pesquisa descritiva é aquela em que os fatos são observados, registrados,
analisados, classificados e interpretados sem a interferência do pesquisador,
salienta Andrade (1999).
42
3.3 Tipologia de pesquisa
Foi realizado no presente trabalho um estudo de caso buscando aprofundar
os questionamentos a serem esclarecidos, com objetivo de alcançar os resultados
esperados.
Explica Goldenberg (2000) que este tipo de pesquisa reúne o maior número
de informações detalhadas, por meio de diferentes técnicas de pesquisa, com
objetivo de apreender a totalidade de uma situação e descrever a complexidade de
um caso concreto. Assim complementa Alves (2003) que o estudo de caso trata-se
de um estudo em profundidade, exaustivo e radical visando obter o máximo de
informações que permitam o amplo conhecimento, algo que em outras pesquisas
seria pouco provável de se alcançar.
3.4 Instrumentos de coleta de dados
Para a coleta dos dados os instrumentos que melhor se adaptaram ao estudo
foram a observação e a pesquisa documental. Segundo Haguette (2003) A coleta
das informações é de forma observacional, formal ou informalmente, de um indivíduo
ou grupo em um determinado ambiente sobre um determinado fato ou situação.
Explica Valentim (2005), que a observação pode ser direta ou indireta, onde
observação direta é realizada pelo próprio pesquisador sem a interferência de
terceiros, Já observação indireta pode ser realizada por terceiros, desde que
treinados para processar a observação. A observação participativa envolve o
pesquisador e o pesquisado de uma forma dinâmica.
Segundo Oliveira (2007) a pesquisa documental caracteriza-se pela busca de
informações em documentos que não receberam nenhum tratamento científico,
como relatórios, reportagens de jornais, revistas, cartas, filmes, gravações,
fotografias, entre outras matérias de divulgação.
A pesquisa documental é muito próxima da pesquisa bibliográfica. O elemento
diferenciador está na natureza das fontes: a pesquisa bibliográfica remete para as
contribuições de diferentes autores sobre o tema, atentando para as fontes
secundárias, enquanto a pesquisa documental recorre a materiais que ainda não
receberam tratamento analítico, ou seja, as fontes primárias. Essa é a principal
diferença entre a pesquisa documental e pesquisa bibliográfica. No entanto,
43
chamamos a atenção para o fato de que: “na pesquisa documental, o trabalho do
pesquisador (a) requer uma análise mais cuidadosa, visto que os documentos não
passaram antes por nenhum tratamento científico” (OLIVEIRA, 2007 p. 70).
3.5 Método de Análise de Dados e Apresentação
Para se chegar aos resultados, será registrado e analisado todo o conteúdo
coletado referentes aos processos internos do departamento de Assistência Técnica
da ThyssenKrupp Elevadores. Será utilizada também a análise descritiva.
Na concepção de Roesch (2005), ao encerrar sua coleta de dados, o
pesquisador tem uma grande quantidade de notas de pesquisa ou de depoimentos,
que se concretizam na forma de texto, os quais terão de ser organizados para
depois interpretados.
Ao analisar os dados foi necessária a utilização da análise descritiva, que
para Soriano (2004, p. 243), é realizada da seguinte forma:
Consta de dos processos: o primeiro é a análise individual dos resultados obtidos em cada pergunta para avaliar a tendência, situação ou magnitude do aspecto detectado através do item ou da pergunta; o segundo processo consiste em combinar as diferentes respostas que tratam do mesmo fator.
Para Berelson (1954 apud GIL, 1994), análise de conteúdo é uma técnica de
investigação que, por meio de uma descrição objetiva, sistemática e quantitativa do
conteúdo palpável, tem como objetivo a interpretação e entendimento do objeto em
estudo.
44
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste momento da pesquisa serão apresentados os resultados obtidos da
pesquisa realizada no departamento de assistência técnicas da ThyssenKrupp
Elevadores.
A empresa pesquisada dispõe de alguns softwares que auxiliam bastante na
coleta dos dados, onde se podem emitir relatórios, índices entre outros dados
pertinentes a empresa.
Um dos softwares utilizados na empresa é o GUS, um sistema que além de
servir como banco de dados, auxilia no processo de transmissão de informações
entre departamentos e gerenciador de tarefas. Na assistência técnica ele se faz
presente desde o momento da manutenção preventiva, onde são geradas as Fichas
de MPM; cadastro de ocorrências com elevadores; cadastro dos edifícios e suas
características técnicas até a geração de relatórios tanto operacionais quanto
gerenciais. Na figura 02 é possível observar a tela inicial do GUS.
Figura 02 – Tela inicial do software GUS Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
45
É importante salientar que cada funcionário que utiliza o GUS tem um login e
senha diferentes, pois cada operação nova ou de alteração que é realizada no
sistema, fica registrado qual usuário fez a operação. Outro software utilizado como
ferramenta de auxílio no desenvolvimento das atividades da empresa, é o SAP. Um
sistema já bastante conhecido no mercado que realiza uma quantidade bastante alta
de operações em diversos departamentos, ele não é utilizado diretamente na
assistência técnica, porém da um auxílio muito importante para o departamento.
Realizando desde processos de solicitação de peças, rastreio de materiais, consulta
de preços, movimentação de estoque até questões financeiras de clientes.
Figura 03 – Tela inicial do software SAP Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
Além dos softwares uma ferramenta bastante simples, mas muito eficaz
utilizada pelo departamento de assistência técnica é a Comunicação Interna (CI),
utilizada para comunicação interna entre os colaboradores. Geralmente é utilizada
46
para a comunicação entre os técnicos e os funcionários do escritório para
solicitações ou comunicados.
Figura 04 – Comunicação Interna (CI) Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
4.1. Descrição dos Processos do Departamento de Assistência Técnica da TKE
4.1.1. Descrição dos processos da manutenção preventiva mensal
Neste momento do trabalho apresentam-se as análises mais específicas
voltadas diretamente ao departamento de assistência técnica da empresa. Os
processos relacionados à manutenção preventiva mensal dos elevadores são
identificados.
Para uma melhor visualização dos processos identificados pode-se observar
a ficha a qual é utilizada como base para realizar as manutenções preventivas, nela
estão inseridos todos os dados necessários para se iniciar o processo de
manutenção. (Figura 05)
47
Figura 05 – Ficha de Manutenção Preventiva Mensal Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
Ao observar a ficha, nota-se que na parte superior de seu corpo apresentação
o nome da empresa; a operação que está sendo realizada e o número da ficha que
foi gerado pelo sistema, onde posteriormente poderá ser utilizado para seu rastreio e
identificação. Logo abaixo seguem os dados cadastrais do cliente como nome do
edifício, endereço, número do cliente, tipo de contrato, hora de chagada e saída do
edifício e pelo histórico de ocorrências e o código do defeito identificado.
Informações importantes para que o técnico possa dar uma atenção especial se o
edifício estiver com um índice de chamados muito alto.
Em seqüência vem a parte central da ficha, onde estão descritos todos os
itens a serem verificados, ajustados, lubrificados, limpados ou regulados do
elevador. E na parte inferior da ficha encontra-se um espaço para observações e/ ou
solicitações do cliente tal como o campo para o técnico se identificar preencher a
data de execução e recolher a assinatura do cliente.
48
Não
Sim Sim
Não
Não
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Não
Não
4.1.2. Fluxograma do processo de manutenção preventiva mensal dos elevadores
A partir do fluxograma apresentado pode-se ter uma visão melhor da
sequência dos processos identificados na manutenção preventiva.
Impressão e Distribuição de Fichas de
MPM
Início Manutenções concluídas?
Termina as MPM
pendentes
Programação Da MPM
MPM programada?
Existe pendência?
Peça
Deslocamento até o edifício
Apresenta-se ao
responsável pelo edifício
Solicita a chave da casa de máquinas e o livro ATA
Relatado algum
problema?
Livro ATA
Demarcação dos andares
Executa MPM, e solicitações do cliente
Existe peça para ser trocada?
ITP Cliente aceita?
Livro ATA
Programada troca
Informa cliente finalização da MPM
DSUP é informado
Serviço (MOD ou Reparo)
Informar o DSUP, por ITP
Peça trocada
Informar ao
Supervisor técnico
Supervisor repassa ao
departamento responsável
Verifica junta a MPM
MPM completa
Informa o cliente
ITP Adesivo de MPM realizada
49
Figura 06 – Fluxograma dos processos de manutenção preventiva mensal Fonte: Elaborado pelo autor
Inicialmente o sistema atualiza lista de equipamentos novos em carteira,
realoca para a zona e setor devidos e sincroniza com a carteira de clientes atual, no
dia 25 de cada mês o sistema libera as fichas do mês seguinte para impressão.
Estagiário administrativo as realiza a impressão e as separa por zona e setor, a
partir do software GUS.
Em seguida o Supervisor Técnico recebe as fichas de manutenção preventiva
mensal dos elevadores já separadas, e as distribui para os técnicos responsáveis no
início de cada mês.
O Técnico verifica se existem manutenções preventivas não realizadas do
mês anterior, caso haja alguma MPM pendente ele as executa antes de iniciar as
MPM's do mês vigente.
Terminada todas as MPM o técnico entra em contato com o cliente
(pessoalmente ou por telefone) para fazer a programação de quando será executada
a MPM no edifício.
Logo após é agendada a visita ao edifício o técnico verifica se existe alguma
pendência a ser realizada no edifício onde ira executar a MPM.
Se for alguma pendência de peça, que já possua ITP o técnico deve informar
ao Departamento de Suprimentos, onde o Almoxarife irá retirar a peça do estoque,
emitir uma nota fiscal para o edifício e repassar o trocador de peças para que seja
realizada a troca.
Caso exista um serviço pendente o técnico do setor deverá informar seu
supervisor para ele repasse a informação ao departamento responsável pela
execução do serviço, pode ser um serviço de MOP, MI ou Reparo. Onde o serviço é
agendado com o cliente e com o executor.
Após verificar todas as pendências o técnico se desloca para o edifício.
Chegando ao edifício o técnico apresenta-se ao responsável (síndico ou
zelador) pelo edifício devidamente uniformizado, portando seu crachá a FMPM sua
Recolhe assinatura do cliente na FMPM
FIM Encaminhar ficha DADM
Livro ATA e FMPM assinado e preenchido
50
mala de ferramentas e seus Ipês (óculos de proteção, protetor auricular, capacete,
sapato e luvas).
Então é solicitada a chave da casa de máquinas e o livro ATA pelo técnico.
Se por ventura o cliente relatar algum problema (barulho, balançando, etc.)
que esta acontecendo ou aconteceu desde a última visita, o técnico anota a
informação no livro ATA e acrescenta em sua programação para que este problema
seja verificado durante a MPM.
Antes de se iniciar a MPM é feita a demarcação dos principais andares
(Térreo, Garagens e Salão de festas) com os EPC's, placa de aviso “SERVIÇO DE
MANUTENÇÃO” e a barreira de proteção quando necessário.
Figura 07 – Placa de Serviço de Manutenção e Barreira de Manutenção Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
Os equipamentos de proteção coletiva são de extrema importância na
realização da MPM, pois são eles que alertam e garantem a segurança e proteção
dos usuários do elevador em manutenção.
A partir deste momento o técnico executa MPM programada e verifica as
possíveis solicitações do cliente perante problemas ocorridos.
Após a parte técnica da MPM realizada o técnico verificara se existe a
necessidade de troca de peça, se existir preenche uma ITP (informativo de troca de
peça), documento onde contém as seguintes informações:
à Nome, código e endereço do edifício;
51
à Nome e chapa do técnico emitente;
à Prioridade a qual a peça deverá ser trocada;
à Código e nome da peça a ser trocada;
à Em qual pavimento será feita a troca, se existir;
à Quantidade;
à Valor;
à Desconto;
à Forma de pagamento;
à Condições da troca (a faturar, garantia ou contrato integral;
à Dados e assinatura da pessoa que esta autorizando a troca da peça.
52
Figura 08 – ITP para troca de peça Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
Após ser preenchida a ITP (figura 08) o técnico informa a necessidade da
troca da peça ao responsável pelo edifício e recolhe sua assinatura. O DSUP é
informado verifica a urgência da troca e programa a troca com o trocador de peças.
Caso o cliente não aceite trocar a peça, é feita uma anotação no livro ATA
informando a situação. Então Técnico cola no elevador um adesivo (figura 09) que
contém data e nome do técnico que realizou a MPM.
Figura 09 – Adesivo de manutenção concluída Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
53
Neste momento o técnico preenche o livro ata, com informações verificadas
no edifício, data da realização da MPM entre outras informações que lhe sejam
pertinentes. Assim que devidamente preenchida a FMPM o técnico verifica alguns
itens que existem na parte de trás da ficha (figura 10) e anota se edifício apresenta
alguma das irregularidades citadas, nas dependências do edifício pertinentes ao
elevador.
Figura 10 – Verso da ficha de MPM Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
Em seguida o cliente é informado que a MPM foi concluída e é solicitado que
assine a FMPM, comprovante o fato. O técnico fica com uma via e o cliente com
outra. Então o técnico entrega a FMPM para o DADM para que seja feito o cadastro
das informações no sistema GUS, para que dado baixa na MPM que esta em aberto.
54
4.1.3. Descrição dos processos da manutenção corretiva
A manutenção corretiva ocorre quando acontece algum tipo de problema com
o elevador, então o cliente liga para a CRC (Central de Relacionamento com
Cliente), informando o ocorrido que então anota algumas informações básicas como:
Nome e endereço do edifício, nome da pessoa que ligou, telefone e qual o defeito
apresentado. Com estas informações a CRC entra em contato com o Técnico da MC
(Manutenção Corretiva) que irá se deslocar para o edifício e verificar a solicitação do
cliente.
Uma forma de auxílio para que se faça o registro correto dos chamados no
sistema é a OSC, um documento onde constam alguns dados a serem preenchidos,
após o atendimento realizado no edifício. Conforme figura 11, apresentada a seguir:
Figura 11 – Ordem de Serviço Corretivo Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
55
Sim
Sim Não
Não
Não
Sim
Não Sim
4.1.4. Fluxograma do processo de manutenção corretiva
Nesta parte do trabalho, encontra-se detalhadamente a descrição dos
processos de manutenção corretiva, representados por um fluxograma em
sequencia o detalhamento dos processos analisados individualmente. (Figura 12)
Figura 12 – Fluxograma dos processos da manutenção corretiva Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
Problema com o elevador
Início
Existem chamados
pendentes?
Contato com CRC da TKE
Cliente informa o ocorrido
CRC passa o chamado para o Técnico
Grau de prioridade é maior?
Deslocamento imediato para o
edifício
Chamado é registrado e entra na fila
Chamados de maior urgência já atendidos
Técnico disponível
Apresenta-se no edifício
Verifica problema
Problema solucionado?
Necessária troca de peça/
executar serviço
Serviço
Peça
PGO
DSUP é informado
ITP
Cliente aceita? Livro
ATA
Programada troca
Informar ao
Supervisor técnico
Supervisor repassa ao
departamento responsável
Atendimento realizado
OSC
Recolhe assinatura de cliente
Livro ATA
Preenche livro ATA
Deixa o edifício e encerra a OSC FIM
Encaminhar ficha ao DADM
56
Primeiramente a manutenção corretiva se faz necessária quando ocorre um
problema com o elevador, que pode ter sido causado por uma queda de energia,
queda de água no elevador, ou até pelo mau uso do equipamento.
Então o cliente entra em contato com a CRC que solicita ao cliente algumas
informações básicas como: Nome e endereço do edifício, nome da pessoa que ligou,
telefone e qual o defeito apresentado. Com estas informações a CRC cadastro o
chamado no sistema (Figura 13) e entra em contato com o Técnico da MC
(Manutenção Corretiva) que irá se deslocar para o edifício e verificar a solicitação do
cliente.
O técnico verifica se existem chamados anteriores, e os organiza por horário
chamado e grau de prioridade, caso um chamado seja mais recente que outro,
porém o grau de prioridade é maior então este será atendido primeiro. Existem 4
graus de prioridade, sendo eles:
à 1 – Emergência: Quando há passageiro preso dentro do elevador;
à 2 – Urgência: Quando o elevador está parado ou sem condições de uso;
à 3 – VIP: Quando se trata de hotéis e edifícios comerciais;
à 4 – Normal: Quaisquer outros chamados que não se encaixem nos graus
acima.
Figura 13 – Tela utilizada pelo CRC para cadastrar o atendimento corretivo Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
57
Selecionado o chamado com maior prioridade o técnico se desloca para o
edifício. Chegando ao edifício o técnico apresenta-se devidamente uniformizado,
portando seu crachá, sua mala de ferramentas e seus EPI's.
O técnico se direciona ao equipamento e verifica qual o problema ocorreu, se
existir passageiros presos ele os retira imediatamente, realiza os ajustes necessários
para solucionar o problema e deixar o elevador em perfeitas condições de uso. Caso
existam problemas que não possam ser resolvidos imediatamente, o técnico toma as
seguintes providências: se for preciso realizar um serviço no elevador, será gerado
um PGO (Figura 14), documentos onde contém informações básicas e técnicas, e
descrito o que está sendo solicitado ex.: Encurtamento de cabos de aço do elevador.
Este documento é repassado ao supervisor técnico que direciona ao departamento
responsável.
Figura 14 – Pedido de Geração de Orçamento (PGO) Fonte: ThyssenKrupp Elevadores
58
Existem três tipos de orçamento, sendo eles o de REP (reparo), MOP
(modernização parcial) e MI (modernização integral):
à Orçamentos de reparo: são gerados quando é necessária fazer um ajuste
em algum equipamento já existente como um conserto de um vazamento de óleo,
um encurtamento de cabo. A principal característica do orçamento de reparo que o
diferencia dos outros orçamentos é que quando realizado ele não altera as
características do elevador;
à Já no orçamento de MOP, é realizada uma melhoria no elevador. Esta
melhoria pode ser tanto estética quanto operacional, ou seja, você pode melhorar a
aparência do elevador, seu desempenho, ou conforto. Esta melhoria sempre acaba
alterando as características originais do elevador;
à O orçamento de Modernização Integral é bem parecido com o de MOP, o
que os diferencia é que enquanto o orçamento de MOP altera parte das
características do elevador, o de MI altera todas as partes, ou seja, é retirado todo o
elevador e seus componentes e colocado um novo.
Se o técnico verificar que existe alguma peça que precisa ser trocada no
edifício ele preenche uma ITP. Após documento preenchido o técnico informa a
necessidade da troca da peça ao responsável pelo edifício e recolhe sua assinatura.
O DSUP é informado verifica a urgência da troca, programa a troca com o trocador
de peças e após a peça ser instalada a ITP é faturada para o cliente, se for o caso.
Se acontecer do cliente não aceitar a troca de peça, é feita uma anotação no
livro ATA informando a situação, onde o cliente estará tomando consciência do fato.
A seguir, o atendimento é encerrado, com o preenchimento da OSC e
recolhida a assinatura do cliente, preenchido o livro ATA constando o que ocorreu no
atendimento.
Após deixar o edifício o técnico entra em contato com a CRC, e encerra a
OSC. Assim que possível leva o documento ao DADM para que seja arquivada.
Então ocorre o deslocamento para outro atendimento.
59
4.2 Análise das Falhas e Causas das Falhas nos Processos do departamento
de Assistência Técnica da ThyssenKrupp Elevadores
Após analisar os demais processos que ocorrem na organização podem-se
perceber alguns métodos que podem ser mudados para que haja um controle maior,
uma forma de poder exigir mais responsabilidade dos funcionários e ter um maior
controle sobre o andamento dos processos. Inicialmente, será analisado o processo
de manutenção preventiva mensal, seguido do processo de manutenção corretiva.
Os resultados obtidos foram analisados e feita a análise das falhas dos
processos, em seguida foi possível verificar quais são os efeitos causados pelas
falhas encontradas no departamento de assistência técnica da Thyssenkrupp
Elevadores de Balneário Camboriú.
4.2.1 Análise das Falhas e Causas das Falhas no Processo de manutenção
preventiva mensal dos elevadores
Ao analisar detalhadamente os processos da manutenção preventiva mensal,
foi possível observar que existem alguns processos onde estão ocorrendo falhas,
algumas bem visíveis outras nem tanto. Após verificar as falhas dos processos,
busquei identificar quais as possíveis causas que estão provocando estas falhas.
Abaixo será possível visualizar com maiores detalhes o resultado das analises que
foram realizadas.
A primeira falha analisada e suas causas, foi o processo de manutenções
preventivas em atraso (quadro 07).
Processo Falhas Causa das Falhas “Manutenções concluídas?”
Recorrência freqüente de manutenções
pendentes do mês anterior
Má utilização do tempo e falta de comprometimento do técnico; Interferências de outros departamentos; Suprir faltas de outros funcionários; Falta de organização.
Quadro 07 – Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de manutenções preventivas em atraso Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
60
Analisando o processo de MPM percebeu-se que a freqüência com que
ocorrem atrasos nas manutenções é bastante alto. Após realizar uma série de
observações pude perceber que existem alguns fatores que tiveram grande
influência para que estas falhas acontecessem. Um dos fatores observados foi a má
utilização do tempo e falta de comprometimento do funcionário, que através de
relatos, fui informado que invés do técnico estar no edifício realizando a MPM, ele
está resolvendo questões particulares e tomando este tempo designado para o
trabalho com atividades de lazer.
Outra causa observada para esta falha foi a interferência de outros
departamentos no tempo de trabalho do técnico, solicitando que ele faça “favores”
para eles. Um exemplo são os consultores do DEVS que geralmente solicita os
serviços do técnico para que ele o acompanhe no edifício no momento de
apresentar uma proposta ao cliente, dando um apoio técnico ao consultor.
Quando um técnico tira férias ou é afastado por motivos de saúde, os demais
técnicos assumem suas MPM, e assim a quantidade de edifícios aumenta
conseqüentemente o tempo para executar as MPM diminui.
A falta de organização ajuda a piorar este quadro, pois se o tempo já é
apertado e o técnico não é organizado a grandes chances dele se atrasar com suas
MPM.
Os efeitos negativos causados pelas falhas no processo de manutenções
preventivas em atraso são:
è Execução da MPM acaba tendo um tempo menor para sua execução;
è Redução na qualidade do serviço prestado;
è Aumento do nível de stress do colaborador;
è Um ou mais itens podem não ser verificados durante a MPM.
A seguir foi analisado o processo de programação da MPM (quadro 08).
Processo Falhas Causa das Falhas Programação
Da MPM
Técnico não programa a MPM
com o cliente
Falta de interesse e comprometimento do técnico; Desconhecimento da importância.
Quadro 08– Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de programação das MPM Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
61
Uma falha bastante freqüente observada no DTEC é que os técnicos não
programam a MPM com o cliente, alguns até acham desnecessário ou desperdício
de tempo. A partir disto observou-se que as principais causas para estas falhas são
a falta de interesse do técnico e o desconhecimento da importância de agendar a
manutenção.
Sendo que os efeitos negativos causados pelas falhas no processo de
programação das MPM são:
è Cliente perde controle do andamento da MPM;
è Conflitos de necessidade (ex.: esta agendada uma mudança no edifício e o
elevador encontra-se em manutenção);
è Cliente perde confiança com a empresa como um todo.
Em sequência apresenta-se a análise das falhas e causas das falhas no
processo de apresentação na chegada ao edifício (quadro 09).
Processo Falhas Causa das Falhas
Apresenta-se ao responsável pelo edifício
Nem sempre os técnicos
apresentam a um responsável pelo edifício, quando
vão realizar a MPM
Não foi encontrado responsável no momento da chegada; Falta de interesse do técnico em comunicar sua chegada.
Quadro 09 – Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de apresentação na chegada ao edifício Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
Há relato de clientes informando que o técnico chega ao edifício para realizar
a MPM e não se apresenta nem comunica ninguém, este fato deixa alguns clientes
irritados e acaba não transmitindo sinergia com o cliente. Muitas vezes este fato é
ocorrido por falta de interesse do técnico ou pelo simples fato da pessoa do edifício
não estar presente no local.
Efeitos Negativos causados pelas falhas no processo de apresentação na
chegada ao edifício são:
è Baixa credibilidade do técnico perante o cliente;
è Cliente perde confiança com a empresa como um todo.
62
Neste momento verifica-se a análise das falhas e causas das falhas no processo
de preenchimento do livro ATA (quadro 10).
Processo Falhas Causa das Falhas
Livro ATA Livro ATA não é preenchido
Técnico esquece; Livro ATA não esta acessível; Livro ATA não foi encontrado.
Quadro 10 – Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de preenchimento do livro ATA
Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
O livro Ata é um documento muito importante que serve para registrar os
fatos ocorridos com o elevador, então o técnico sempre que realizar uma visita ao
edifício, seja para trocar uma peça, realizar a MPM ou realizar um atendimento MC
deve registrar no livro ATA. Porém muitas vezes isto não ocorre, e é reflexo de
alguns fatores como: técnico esquece-se de fazer o registro; livro ATA está em
algum local inacessível no momento, como no apartamento de alguém (síndico); ou
até pelo fato do livro não ter sido encontrado.
Os efeitos negativos causados pelas falhas no processo de preenchimento do
livro ATA são:
è Divergência de informações, ex.: quando ocorre um problema o livro ATA é
uma ferramenta de comprovação documental que o técnico esteve presente
no edifício;
è Cliente não tem controle da situação do seu equipamento.
A seguir foram analisadas as Falhas e Causas das Falhas no processo de
preenchimento da ITP (quadro 11).
Processo Falhas Causa das Falhas ITP Preenchimento
incorreto e/ou incompleto da ITP
Pressa; Má interpretação; Erro caligráfico.
Quadro 11 – Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de preenchimento da ITP
Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
63
Sempre a necessidade de realizar uma troca de peça, o técnico preenche uma ITP e
passa para o cliente assinar, por pressa, erro ou até por má interpretação o técnico
pode preencher erroneamente a ITP, o que pode gerar um grande transtorno por
neste documento constam valores, condições de pagamento, peças e seus
respectivos códigos.
Efeitos Negativos causados pelas falhas no processo de preenchimento da
ITP são:
è Cobrança indevida do cliente;
è Pedido de peça incorreta;
è Prejuízo financeiro;
è Cliente perde confiança com a empresa como um todo;
è Risco de cancelamento de contrato.
Neste momento foram analisadas as Falhas e Causas das Falhas no processo
de envio das FMPM para serem encerradas (quadro 12).
Processo Falhas Causa das Falhas
Encaminhar ficha para DADM Demora ao enviar a ficha para ser dada
baixa
Distância do técnico até o escritório; Relaxo do técnico; Manutenção em atraso.
Quadro 12 – Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de envio das FMPM para serem encerradas
Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
O encerramento das FMPM no sistema são muito importantes, pois é a partir
destas informações que pode se tirar uma base de como e em quanto tempo estão
sendo realizadas as manutenções, e se estes dados não são atualizados ocorre um
atraso na chegada da informação. Como existem postos avançados de atendimento
que se localizam em outras cidades, a chegada das fichas destas regiões realmente
leva mais tempo, mas nos casos mais próximos estes atrasos podem ser causados
pelo relaxo do técnico em encaminhar as fichas, ou até pelo fato das manutenções
estarem atrasadas.
Efeitos Negativos causados pelas falhas no processo de envio das FMPM
para serem encerradas são:
è Dificuldade na tomada de decisão referente à MPM;
è Informações desatualizadas.
64
4.2.2 Análise das Falhas e Causas das Falhas no Processo de Manutenção
Corretiva dos elevadores
A seguir foram analisadas as Falhas e Causas das Falhas no processo de
transmissão de chamados para os técnicos da manutenção corretiva (quadro 13).
Processo Falhas Causa das Falhas CRC passa o chamado para
o Técnico Chamado
informando o problema não é passado para o
técnico
Atendente esquece-se de transmitir o chamado.
Quadro 13 – Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de transmissão de chamados para os técnicos da manutenção corretiva
Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
Quando acontece algum problema no edifício que esteja relacionado com o
elevador, o cliente entra em contato com a TKE solicitando um técnico e na maioria
dos casos quer ser atendimento o mais rápido possível, devido a este fato quando o
atendente recebe um chamado deve repassar imediatamente ao técnico, mas por
algum motivo que o distrai ou o ocupe ele acaba esquecendo, como por exemplo, no
meio tempo entre ele atender um chamado e passar ao técnico, ele recebe outra
ligação que acaba acarretando no esquecimento do primeiro chamado.
Efeitos Negativos causados pelas falhas no processo de transmissão de
chamados para os técnicos da manutenção corretiva são:
è Atendimento ao cliente é prejudicado;
è Aumento do nível de stress do colaborador;
è Risco de cancelamento de contrato;
è Cliente fica descontente e irritado.
Na sequencia foram analisadas as Falhas e Causas das Falhas no processo de
Atendimentos aos chamados pendentes (quadro 14).
65
Processo Falhas Causa das Falhas Existem chamados
pendentes? Demora no
atendimento do cliente
Alto numero de chamados; Pouca mão-de-obra disponível.
Quadro 14 – Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de Atendimento aos chamados pendentes
Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
Através da pesquisa realizada pode perceber que existem alguns dias em que
se aumentam o número de chamados, são principalmente nos dias em que ocorrem
fortes pancadas de chuva e relâmpagos e ventos fortes. A união destes três
elementos geralmente ocasiona um enorme número de chamados, por uma série de
motivos: infiltração de água na casa de máquinas ou nas partes internas do
elevador; oscilações na rede elétrica; e a falta de energia.
Fatores os quais influenciam para um alto índice de chamados,
consequentemente a mão-de-obra disponível não é suficiente para atender esta
demanda, ocasionando na demora do atendimento ao cliente.
Efeitos Negativos causados pelas falhas no processo de Atendimentos aos
chamados pendentes são:
è Atendimento ao cliente é prejudicado;
è Aumento do nível de stress do colaborador;
è Risco de cancelamento de contrato;
è Cliente fica descontente e irritado.
Segue agora a analise das Falhas e Causas das Falhas no processo de
identificação da peça a ser trocada no elevador (quadro 15).
Processo Falhas Causa das Falhas
Necessária troca de peça/ executar serviço
Identificada peça errada para troca
Falta de atenção do técnico; Falta de conhecimento técnico específico.
Quadro 15– Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de Identificação da peça a ser trocada no elevador Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
66
Quando ocorre um atendimento de chamado e ocorre um dano irreparável a
alguma peça ou componente, faz-se necessário realizar esta troca. Porém o
elevador como um todo é um equipamento com nível de complexidade muito alta,
envolvendo muitas partes mecânicas, elétricas e eletrônicas que devem funcionar
em perfeita harmonia. Ocorrido o problema pode acontecer de o técnico identificar a
peça incorreta a ser trocada, não solucionando o problema existente no elevador.
Esta falha ao identificar a peça pode ocorrer pelo fato do técnico não analisar o
problema com atenção ou até pela ausente de conhecimento técnico para aquele
determinado problema.
Efeitos Negativos causados pelas falhas no processo de identificação da peça
a ser trocada no elevador são:
è Tempo para solucionar o problema do cliente é ampliado;
è Atendimento a outros edifícios é atrasado.
Neste momento foram analisadas as Falhas e Causas das Falhas no processo
de transmissão de informação referente ao PGO (quadro 16).
Processo Falhas Causa das Falhas “PGO” Pedido de Geração de
Orçamento Técnico não informa a necessidade de realizar serviço ao supervisor técnico e não preenche PGO
Técnico acaba postergando a atividade e esquece-se de preencher o PGO.
Quadro 16 – Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de transmissão de informação referente ao PGO Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
Da mesma forma que pode existir uma peça para ser trocada no edifício,
pode existir um serviço a ser realizado. Para todo serviço deve existir um PGO, nele
contém algumas informações importantes para a realização do serviço. Porém se o
técnico não preenche o PGO e não informa o supervisor técnico, não é possível dar
andamento ao processo. Algo que acontece pelo fato do técnico deixar para
preencher o PGO em outro momento e acaba esquecendo-se de sua obrigação.
Efeitos Negativos causados pelas falhas no processo de transmissão de
informação referente ao PGO são:
67
è Problema não é solucionado;
è Cliente fica insatisfeito;
è Cliente perde confiança com a empresa como um todo;
è Consultor não pode preparar uma proposta.
A seguir foram analisadas as Falhas e Causas das Falhas no processo de
preenchimento da OSC (quadro 17).
Processo Falhas Causa das Falhas “OSC” Ordem de Serviço
Corretiva Não é preenchido a OSC
Falta de comprometimento do técnico; Pouco tempo disponível.
Quadro 17 – Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de Preenchimento da OSC Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
O grande problema de não preencher a OSC é que o técnico não tem
nenhum documento que prove que ele esteve no edifício e que resolveu o problema,
por ventura se voltar a acontecer o problema em curto prazo de tempo o cliente pode
pensar que o técnico nem esteve presente no edifício. Geralmente quando acontece
do técnico não preencher a OSC é devido ao fato do tempo ser escasso, pois ele
deve fazer o atendimento e se deslocar para outro edifício que esta com problema
também. Mas pode ocorrer a falta de comprometimento do funcionário e ele
simplesmente não quere preencher a ficha.
Efeitos Negativos causados pelas falhas no processo de preenchimento da
OSC são:
è Ausência de comprovante documental para a TKE que o técnico esteve no
edifício e realizou o atendimento;
è Cliente pode pensar que o atendimento não foi realizado e problema não
solucionado.
Por fim foram analisadas as Falhas e Causas das Falhas no processo de
encerramento da OSC (quadro 18).
Processo Falhas Causa das Falhas
68
Deixa o edifício e encerra a OSC
Não é feito o encerramento da OSC junto pelo sistema
Falta de comprometimento do técnico.
Quadro 18 – Análise das Falhas e das Causas das Falhas do Processo de encerramento da OSC Fonte: Pesquisa realizada no período de Julho a Outubro de 2010
Para que o atendimento seja totalmente encerrado o técnico deve, assim que
deixar o edifício ligar para o CRC e realizar o encerramento da OSC no sistema.
Manter estes dados atualizar, permite um maior controle e acompanhamento da
situação. Porém se o encerramento não é realizado o chamado consta como aberto
e não atendido, isso ocorre por falta de interesse do técnico.
Efeitos Negativos causados pelas falhas no processo de encerramento da
OSC são:
è Baixo controle sobre informações pertinentes a MC
è Divergências de informações (informações reais não batem com as que
constam no sistema);
è Dificuldade na tomada de decisão referente à MC.
4.3 Proposta de Otimização do Processo de Assistência Técnica da TKE
Neste contexto apresentam-se as sugestões de melhorias em alguns fatores
onde foi possível encontrar uma proposta aparentemente eficaz, através das
análises realizadas foi elaborada uma tabela constando as ações de melhorias
(tabela 02).
AÇÃO RESPONSÁVEL OCORRÊNCIA MOTIVO Palestra motivacional Empresa Mensal Elevar o nível de
satisfação dos colaboradores.
Ginástica laboral Empresa Semanal Reduzir o nível de stress, ocasionado pelo desgaste físico e emocional.
Palestras de relacionamento e comportamento com cliente.
Empresa Semestral Melhorar a relação do cliente com empresa. Onde o técnico é o colaborador que tem maior contato com o cliente.
69
Cursos específicos p/ solucionar dúvidas técnicas frequentes
Empresa Trimestral Aumentar o conhecimento técnico dos colaboradores.
Criar regra que técnico só pode dar assistência a outros departamentos mediante autorização do supervisor técnico e mesmo assim não pode ter manutenções em atraso.
Empresa Tempo integral Redução no número de manutenções preventivas em atraso
Cronograma de execução de manutenção preventiva p/ cada técnico.
Empresa Semanal Reduzir o atraso nas manutenções e aumenta o controle dos processos.
Reuniões institucionais relembrando a importância do preenchimento correto de todos os documentos envolvidos nos processos de manutenção.
Empresa trimestral Redução nos erros e falhas de comunicação. Aumento na confiabilidade dos dados encontrados nos documentos.
Combinar com cliente um local fixo, seguro e de possível acesso do técnico para deixar o livro ata e a chave da casa de máquinas.
Técnico Mensal Agilidade para iniciar a execução da manutenção mensal ou atendimento corretivo.
Aumentar nº de técnicos do atendimento corretivo.
Empresa Frequentemente Com ma quantidade maior de técnicos o atendimento será realizado em menos tempo.
Incentivar a confraternização entre a empresa e os clientes (churrascos, campeonatos, passeios).
Empresa Frequentemente Aumentar o nível de envolvimento entre os colaboradores e os clientes.
Quadro 19 – Proposta de otimização do processo de assistência técnica da TKE Fonte: pesquisa realizada no período de julho a outubro de 2010
As ações apresentadas no quadro 20 vêm com objetivos de otimização e
solucionar não somente o departamento de assistência técnica, mas também a filial
como um todo. Analisando a proposta de implementação das palestras
motivacionais queremos dizer que aumentando o nível de satisfação dos
70
colaboradores conseguimos melhorar o envolvimento deles com o trabalho e isto
acaba refletindo positivamente nos resultados. O mesmo ocorre quando
promovemos ações que ajudam a reduzir o nível de stress, com a aplicação da
ginástica laboral periodicamente.
Um bom relacionamento com o cliente é essencial para uma parceria
duradoura como o cliente, desta maneira a proposta de realizar palestras instrutivas
de relacionamento e comportamento perante o cliente tendem a promover uma
relação saudável e amistosa. Mas para que esta relação se mantenha firme a
empresa precisa realizar sua parte, e a questão técnica deve ser sempre impecável.
Por isso justifica-se a realização de cursos específicos, com objetivo de reciclar o
conhecimento e solucionar as dúvidas que os técnicos venham a ter. Para concluir o
bom relacionamento com o cliente a realização de confraternizações fortalece ainda
mais o vínculo com o cliente e o fideliza.
Quando se cria uma regra ela vem com objetivo de melhor um processo e não
engessa-lo, então quando foi apresentada a proposta de criar a regra que somente o
supervisor técnico tem permissão de liberar um técnico para executar serviços em
outro departamento, a ideia seria que os técnicos não perdessem o foco no
desenvolvimento de suas atividades rotineiras.
O cronograma de execução de manutenção preventiva para cada técnico
deve constar o dia e qual edifício deve ser realizada a MPM, o supervisor deve
acompanhar e fiscalizar este cronograma semanalmente. Uma forma de reduzir
esforços desnecessários o técnico pode combinar com cliente dia fixo para realizar a
manutenção preventiva. Como complemento vem a proposta de negociar com o
cliente um local adequado para deixar o livro ATA e a chave da casa de máquinas,
para que não haja divergências de informações e atraso nos processos.
As reuniões institucionais relembrando a importância do preenchimento
correto de todos os documentos envolvidos nos processos de manutenção, vem
como auxilio a aplicação das palestras de relacionamento com cliente. Tal forma que
o técnico venha a comunicar os clientes sempre que realizar algum serviço no
elevador ou em suas dependências; Preencha o livro ATA corretamente e preencha
com calma toda ITP, OSC ou PGO assinado. Uma forma de controle e confirmação
desta aplicação é a supervisão assídua do supervisor técnico.
Para finalizar o aumento da mão de obra na manutenção corretiva, vem como
um dos pilares para que a estrutura da assistência técnica seja forte e bem centrada,
71
diminuindo do fluxo de trabalho e aumentado a qualidade realizada, principalmente
na temporada, se tratando de que a empresa está situado em Balneário Camboriú
uma cidade que aumenta drasticamente o fluxo de pessoas, consequentemente
aumentam o número de pessoas utilizando os elevadores por sua vez aumentam os
números de chamados.
72
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar este trabalho foram estabelecidos objetivos que a cada momento
foi possível desenvolve-los e interagir com a empresa para sua realização. Um dos
objetivos específicos foi conhecer os processos do departamento de assistência
técnica da ThyssenKrupp Elevadores, onde foi identificado cada processo
separadamente e tomado o conhecimento de dois nichos principais que foi a
manutenção preventiva mensal e a manutenção corretiva.
Outro objetivo específico foi a descrição do fluxo de trabalho, onde foram
elaborados os fluxogramas referentes a cada nicho existente, onde foi descrito cada
parte do processo e sua respectiva sequência cronológica.
Após ter realizado a descrição do fluxo de trabalho, foi possível realizar outro
objetivo específico, a identificação das falhas nos processos. Cada momento do
fluxo foi analisado e entendido durante sua realização na prática, para que fosse
possível identificar as reais falhas ocorridas. Algumas destas falhas são pequenas e
fáceis de resolver outras já bastante complexas e de grande influência no resultado
final da empresa.
Um dos objetivos específicos que vem em sequência da identificação das
falhas, foi identificar a causa destas falhas, um passo largo no andamento do
trabalho, pois é a partir deste objetivo que foi possível começar a ver formas de
melhorias.
Como objetivo complementar veio a identificação de possíveis efeitos
negativos causados a empresa, ocasionados pelas falhas ocorridas nos processos.
O volume destes efeitos é bastante notável comparado ao número de falhas
identificadas, algo que é péssimo já que o departamento analisado é um dos carros
chefe da empresa.
Por fim, como objetivo específico propõe-se sugestões de correção as falhas
e suas causas que complementa a cadeira para o alcance do objetivo geral que é
Propor estratégias de melhoria nos processos do departamento de assistência
técnica da empresa ThyssenKrupp Elevadores. As propostas foram baseadas nas
falhas identificas e que a partir delas foi pensado na melhor solução de resolvê-las.
De forma que a empresa analisada seja beneficiada com as propostas sugeridas.
Dentro do contexto analisado ocorreram alguns empecilhos que obstruíram o
alcance dos objetivos, como a dificuldades na coleta de dados, principalmente
73
quando se tratava da identificação das falhas, pois nem sempre houve uma
identificação clara e concreta.
As sugestões propostas devem ser analisadas pela empresa e dentro do
possível aceitas, pois dentro do contexto a maioria delas e facilmente aplicável e seu
custo relativamente baixo, comparado ao benefício que poderá vir a proporcionar.
Sugere-se à empresa que faça a utilização desta pesquisa como base para
aplicação de outras pesquisas do mesmo gênero em outros departamentos, onde
possa haver falhas nos processos.
Este trabalho trouxe grande satisfação ao acadêmico pelo modo como seu
andamento foi se desencadeando e de grande importância para o conhecimento da
empresa analisada como um novo departamento que antes era pouco explorado
pelo acadêmico. À empresa o trabalho vem como alavanca para o processo de
melhoria contínua, oportunizando o desenvolvimento da empresa perante o mercado
e otimizando a satisfação de seus clientes. Já para a academia a pesquisa auxilia na
busca de novas pesquisas envolvendo o embasamento teórico e sua aplicação na
prática.
74
6. REFERÊNCIAS
ALVES, M. Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a passo. Rio de Janeiro: Campus, 2003. ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico: Elaboração de trabalhos na graduação. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999. ARAUJO, L. C. G. de. Organização e Métodos: integrando comportamento, estrutura, tecnologia e estratégia. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1991 BALLESTERO-ALVAREZ, M. E. Administração da qualidade e da produtividade: abordagens do processo administrativo. São Paulo, 2001 BAKER, M. J. Administração de marketing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. CASTELLS, M. A sociedade em rede, 6ª. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. CHIAVENATO, I. Administração nos Novos Tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 CRUZ, T. Sistemas, organização & métodos: estudo integrado das novas tecnologias de informação. São Paulo: Atlas, 1997. CURY, A. Organização e métodos: uma visão holística. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2000. FAYOL, H. Administração Industrial e Geral: previsão, organização, comando, coordenação e controle. São Paulo: Atlas, 1996. FITZSIMMONS, J. A. I; FITZSIMMONS. M. J. Administração de serviços: operações, estratégias e tecnologia de informação. Trad. Gustavo Severo de Borba. 2ed. Porto Alegre: Bookman, 2000. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1994. GOLDENBERG, M. A Arte de Pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. 4 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. HAGUETTE, T. M. F. Metodologias Qualitativas na Sociologia. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. HAMPTON, D. R. Administração: Comportamento organizacional. São Paulo: Makron Books, 1990. JENKINS, G. M. Quality Control. Lancaster: University of Lancaster, 1971.
75
JOHNSTON, R; CLARK, G. Administração de operações de serviços. Tradução Ailton Bomfim Brandão; revisão técnica Henrique Luiz Corrêa. São Paulo: Atlas, 2002. JURAN, J. M., GRYNA, F. M. Controle da qualidade handbook: conceitos, políticas e filosofia da qualidade. São Paulo: Makron Books, 1991. V.1. ______. J. M. Controle da Qualidade: Handbook Ciclo dos processos: Do Projeto a Produção. São Paulo: Makron 1992. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 12.ed. São Paulo: Pearson – Prentice Hall, 2006. LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. São Paulo, 2003. LOVELOCK, C.; WRIGHT, L. Serviços: Marketing e Gestão. Tradução: Cid Knipel Moreira; revisão técnica Mauro Neves Garcia. São Paulo: Saraiva, 2004. LUPORINI, C. E. M.; PINTO, N. M. Sistemas administrativos: uma abordagem moderna de O & M. São Paulo: Atlas, 1992. MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. MATTAR, F. N. Pesquisa de marketing. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999. MOURA, L. R. Qualidade simplesmente total: uma abordagem simples e prática da gestão da qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. OLIVEIRA, M. M. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis, Vozes, 2007. ______. S. T. de. Ferramentas para o Aprimoramento da Qualidade. São Paulo: Pioneira, 1995 PALADINI, E. P. Gestão da qualidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000. ______. E. P. Gestão da Qualidade: Teoria e Casos. São Paulo: Elsevier, 2006. ROCHA, L. O. L. Organização E Métodos: uma abordagem prática. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 1995. ROESCH, S. M. A. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2005. RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 1999. SILVA, R. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2001.
76
SCHERMERHORN, J. R. Management, Nova York, John Wiley, 1996. STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E. Administração. Rio de Janeiro: LTC, 1999. TACHIZAWA, T. Organização flexível: qualidade na gestão por processos. São Paulo: Atlas, 1997. TEBOUL, J. Gerenciamento a dinâmica da qualidade. Tradução: Heloisa Martins. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1991. VALENTIM, M. L. P. Métodos qualitativos de pesquisa em Ciência da Informação. São Paulo: Polis, 2005.