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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO ODONTOLÓGICO ESPECIALIZADO EM PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS Área de Inteligência Artificial por Cristiano Eschholz Anita Maria da Rocha Fernandes, Drª. Orientadora Cláudio José Amante, Dr. Co-orientador Itajaí (SC), novembro de 2004

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO ODONTOLÓGICO ESPECIALIZADO EM PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Área de Inteligência Artificial

por

Cristiano Eschholz

Anita Maria da Rocha Fernandes, Drª. Orientadora

Cláudio José Amante, Dr. Co-orientador

Itajaí (SC), novembro de 2004

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO ODONTOLÓGICO ESPECIALIZADO EM PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Área de Inteligência Artificial

por

Cristiano Eschholz Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação. Orientadora: Anita Maria da Rocha Fernandes, Drª.

Itajaí (SC), novembro de 2004

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................iii LISTA DE FIGURAS ..............................................................................iv

LISTA DE TABELAS..............................................................................vi RESUMO .................................................................................................vii ABSTRACT ............................................................................................viii 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................1 1.1. OBJETIVOS ........................................................................................................ 2 1.1.1. Objetivo Geral ................................................................................................... 2 1.1.2. Objetivos Específicos ........................................................................................ 2 1.2. METODOLOGIA................................................................................................ 3 1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................... 4

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................6 2.1. PRONTUÁRIO MÉDICO.................................................................................. 6 2.1.1. Definições, Funções e Utilização do Prontuário Médico ............................... 6 2.1.2. O Prontuário Eletrônico do Paciente .............................................................. 9 2.1.3. Vantagens e Desvantagens do Prontuário em Papel e do Prontuário Eletrônico ..................................................................................................................... 9 2.1.4. Desenvolvimento de Características.............................................................. 11 2.1.5. Oportunidades e Obstáculos na Implantação e Uso do Prontuário

Médico .............................................................................................................. 14 2.2. PACIENTES ESPECIAIS ................................................................................ 18 2.3. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ...................................................................... 20 2.3.1. Inteligência e Conhecimento .......................................................................... 21 2.3.2. Representação do Conhecimento .................................................................. 22 2.3.3. Modelos de Inteligência Artificial ................................................................. 24

3. DESENVOLVIMENTO .....................................................................31 3.1. MODELAGEM.................................................................................................. 31 3.1.1. Diagrama de caso de uso ................................................................................ 31 3.1.2. Diagrama de Classes ....................................................................................... 39 3.1.3. Banco de Dados ............................................................................................... 41 3.1.4. Dicionário de Dados........................................................................................ 42 3.1.5. Variáveis Difusas............................................................................................. 48 3.2. PEPWEB ............................................................................................................ 55 3.2.1. Esrtrutura do PEPweb ................................................................................... 55 3.2.2. Características e Funcionalidades do PEPweb ............................................ 56

4. CONSIDERAÇÕES............................................................................78

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................80

ANEXO I - Requisitos de segurança, conteúdo e funcionalidades para sistemas de registro eletrônico em saúde (RES) ...................................82

ANEXO II - CPR Attributes & Subattributes ......................................83

ANEXO III – Artigo Científico ..............................................................86

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LISTA DE ABREVIATURAS

CCS Centro de Ciências da Saúde CFM Conselho Federal de Medicina CPR Computer-based Patient Record EHR Electronic Health Record EMR Electronic Medical Record EPR Electronic Patient Record IA Inteligência Artificial IOM Institute of Medicine PEM Prontuário Eletrônico do Médico PEP Prontuário Eletrônico do Paciente PNE Portador de Necessidade Especial RBC Raciocínio Baseado em Casos RES Registro Eletrônico de Saúde RIP Registro Informatizado do Paciente SBIS Sociedade Brasileira de Informática em Saúde TCC Trabalho de Conclusão de Curso UML Unified Modeling Language UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. O Processo de desenvolvimento de um sistema especialista..............................................27 Figura 2. Critérios para aplicações que são convenientes para o desenvolvimento de sistemas

especialistas................................................................................................................................28 Figura 3. Pacotes utilizados para dividir os casos de uso...................................................................32 Figura 4. Diagramas de casos de uso do pacote 01 – administração .................................................32 Figura 5. Diagramas de casos de uso do pacote 02 – operacional .....................................................34 Figura 6. Diagrama de classes............................................................................................................40 Figura 7. Modelo lógico do banco de dados ......................................................................................41 Figura 8. Representação de “Números Próximos a 5”, usando uma curva “Sino” ............................49 Figura 9. Representação de “Números Próximos a 5”, usando espaço triangular .............................49 Figura 10. Conjuntos Difusos Lineares Crescente e Decrescente......................................................50 Figura 11. Representação da curva “S” na forma crescente e na forma decrescente.........................50 Figura 12. Exemplos de Conjuntos Difusos que não usam funções padrão ......................................51 Figura 13. Conjuntos Difusos Triangular e Trapezoidal....................................................................52 Figura 14. Gráfico das funções de pertinência para a variável pressão arterial sistêmica .................53 Figura 15. Gráfico das funções de pertinência para a variável fluxo salivar .....................................54 Figura 16. Tela de entrada do PEPweb ..............................................................................................56 Figura 17. Tela de entrada da Área Administrativa do PEPweb........................................................57 Figura 18. Tela da opção profissional cadastrar.................................................................................58 Figura 19. Opções de permissão para acessar o PEPweb ..................................................................58 Figura 20. Opções de situação do profissional...................................................................................59 Figura 21. Tela de busca de profissionais para atualização dos dados ..............................................59 Figura 22. Tela com os profissionais encontrados na busca ..............................................................60 Figura 23. Tela com os dados do profissional para serem atualizados ..............................................60 Figura 24. Tela da opção backup ver todos........................................................................................61 Figura 25. Tela da opção backup efetuar ...........................................................................................61 Figura 26. Tela da opção versão.........................................................................................................62 Figura 27. Tela de entrada da Área de Consultas do PEPweb ...........................................................63 Figura 28. Tela com as opções de cadastro de identificação do paciente ..........................................64 Figura 29. Tela inicial da busca de pacientes.....................................................................................65 Figura 30. Tela com os pacientes encontrados na busca....................................................................65 Figura 31. Tela de confirmação do paciente escolhido......................................................................66 Figura 32. Tela da opção iniciar consulta ..........................................................................................67 Figura 33. Tela com a confirmação da consulta iniciada...................................................................67 Figura 34. Tela que mostra consultas anteriores e opção para cadastrar dados .................................68 Figura 35. Tela da opção anamnese queixa principal ........................................................................69 Figura 36. Tela da opção anamnese história médica..........................................................................69 Figura 37. Tela da opção exame físico pressão arterial sistêmica .....................................................70 Figura 38. Tela da opção exame físico saliva ....................................................................................71 Figura 39. Tela da opção exame físico extra-bucal............................................................................71 Figura 40. Tela da opção exame físico intra-bucal ............................................................................72 Figura 41. Tela da opção exame físico dental e periodental ..............................................................73 Figura 42. Tela da opção exames complementares radiografias........................................................74 Figura 43. Tela da opção exames complementares laboratoriais.......................................................74 Figura 44. Tela da opção tratamento..................................................................................................75 Figura 45. Tela da opção atestado médico .........................................................................................76

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Figura 46. Tela com a opção de imprimir o atestado médico ............................................................76 Figura 47. Tela da opção receituário..................................................................................................77 Figura 48. Tela com a opção de imprimir o receituário .....................................................................77

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Vantagens e Desvantagens do Registro do Paciente Baseado em Papel............................10 Tabela 2. Vantagens e Desvantagens do Registro do Paciente Baseado em Computador.................11 Tabela 3. Classificação do Paciente Especial sob o ponto de vista Odontológico.............................20 Tabela 4. Caso de Uso UC 01.01 Cadastro de Usuários ....................................................................33 Tabela 5. Caso de Uso UC 01.02 Gera backup do Banco de Dados..................................................33 Tabela 6. Caso de Uso UC 02.01 Loga no Sistema ...........................................................................34 Tabela 7. Caso de Uso UC 02.02 Identifica paciente no sistema.......................................................35 Tabela 8. Caso de Uso UC 02.03 Registra dados da Anamnese........................................................35 Tabela 9. Caso de Uso UC 02.04 Registra dados do Exame Físico da Pressão Arterial Sistêmica...36 Tabela 10. Caso de Uso UC 02.05 Registra dados do Exame Físico da Saliva.................................36 Tabela 11. Caso de Uso UC 02.06 Registra dados do Exame Físico Extra Bucal.............................36 Tabela 12. Caso de Uso UC 02.07 Registra dados do Exame Físico Intra Bucal..............................36 Tabela 13. Caso de Uso UC 02.08 Registra dados do Exame Físico Dental e Periodental ...............37 Tabela 14. Caso de Uso UC 02.09 Registra dados de Exames Complementares de Radiografias....37 Tabela 15. Caso de Uso UC 02.10 Registra dados de Exames Complementares Laboratoriais........37 Tabela 16. Caso de Uso UC 02.11 Registra dados de Exames Complementares de Biopsia e

Citologia .....................................................................................................................................38 Tabela 17. Caso de Uso UC 02.12 Registra dados de Encaminhamentos .........................................38 Tabela 18. Caso de Uso UC 02.13 Registra dados de Tratamento ....................................................38 Tabela 19. Caso de Uso UC 02.14 Registra dados de Atestado Médico ...........................................38 Tabela 20. Caso de Uso UC 02.15 Registra dados de Receituário ....................................................39 Tabela 21. Dicionário de Dados da Tabela PACIENTE....................................................................42 Tabela 22. Dicionário de Dados da Tabela DADOS_PACIENTE ....................................................42 Tabela 23. Dicionário de Dados da Tabela ENDERECO_RESIDENCIAL......................................42 Tabela 24. Dicionário de Dados da Tabela PACIENTE_ENDERECO_RESIDENCIAL ................43 Tabela 25. Dicionário de Dados da Tabela ENDERECO_CONHECIDO ........................................43 Tabela 26. Dicionário de Dados da Tabela PACIENTE_ENDERECO_CONHECIDO ...................43 Tabela 27. Dicionário de Dados da Tabela DADOS_SOCIO_ECONOMICOS...............................43 Tabela 28. Dicionário de Dados da Tabela PACIENTE_DADOS_SOCIO_ECONOMICOS..........44 Tabela 29. Dicionário de Dados da Tabela DADOS_PROFISSIONAIS ..........................................44 Tabela 30. Dicionário de Dados da Tabela CONSULTA..................................................................44 Tabela 31. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_FISICO_SALIVA..........................................45 Tabela 32. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_FISICO_INTRABUCAL...............................45 Tabela 33. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_FISICO_EXTRABUCAL .............................45 Tabela 34. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_FISICO_DENTALPERIODENTAL.............46 Tabela 35. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_FISICO_PRESSAOARTERIAL...................46 Tabela 36. Dicionário de Dados da Tabela COMENTARIO_PROBLEMA.....................................46 Tabela 37. Dicionário de Dados da Tabela PROBLEMA .................................................................46 Tabela 38. Dicionário de Dados da Tabela PROFISSIONAL ...........................................................46 Tabela 39. Dicionário de Dados da Tabela PROFISSIONAL_ENDERECO....................................47 Tabela 40. Dicionário de Dados da Tabela BACKUP .......................................................................47 Tabela 41. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_COMPLEMENTAR_RADIOGRAFIA ........47 Tabela 42. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_COMPLEMENTAR_LABORATORIAL.....48 Tabela 43. Funções de Pertinência da Pressão Arterial Sistêmica.....................................................53 Tabela 44. Funções de Pertinência do Fluxo Salivar .........................................................................54

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RESUMO

ESCHHOLZ, Cristiano. Prontuário Eletrônico Odontológico Especializado em Pacientes com Necessidades Especiais. Itajaí, 2004. 96f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação)–Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2004. Há milhares de anos, quando Hipócrates estimulava os médicos a fazerem registros escritos nascia o registro médico. Desde aquele tempo até hoje o registro médico vem se atualizando e se tornado mais eficaz. Em 1991, o Institute of Medicine publicou o relatório “Computer-based Patient Records: An Essential Technology for Health Care” no qual originava-se o termo Computer-based Patient Record (Prontuário Eletrônico do Paciente). Nos últimos anos, vem crescendo o número de instituições que estão adotando os registros médicos baseado em computador. Tanto os registros médicos em papel como os computadorizados não satisfazem as necessidades dos portadores de necessidades especiais, no entanto, ultimamente, cresce o número de profissionais da saúde que se especializam para atender os Portadores de Necessidades Especiais. A Odontologia não foge a esta regra. Neste trabalho, foi desenvolvido um prontuário eletrônico odontológico especializado em pacientes especiais em odontologia, que utilizou técnicas de Inteligência Artificial para auxiliar no diagnóstico. Para a implementação do prontuário foi utilizada a linguagem de programação PHP e o banco de dados MySql. O modelo de prontuário requerido foi o utilizado pelo Departamento de Estomatologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina. Palavras-chave: Prontuário Eletrônico do Paciente. Odontologia. Inteligência Artificial.

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ABSTRACT

For a long time ago, when Hipocrates stimulated the doctors for doing their written records the medical record appeared. Since that time until today the medical records are being updated and turning more efficient. In 1991, the Institute of Medicine published the report "Computer-based Patient Records: An Essential Technology goes Health Care" in which the term " Computer-based Patient Record " appeared. In last years, the number of institutions that are adopting the medical records based on computer is growing. So many the medical records in paper as computerized assist people without “special needs”, however, lately, the number of health professionals that train for assisting the Bearers of Special Needs grows. The Odontology does not stick to the point. In this work, a computer-based odontological special patient records in odontology will be developped for special patient that will make use of techniques of Artificial Intelligence to aid in the diagnosis. For the implementation of the record the PHP programming language and the MySql database will be used. The record model to be requested is used by the Department of Stomatology of the Health Sciences Center of the Federal University of Santa Catarina. Keywords: Computer-based Patient Record. Odontology. Artificial Intelligence.

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente, em todos os hospitais existe um documento que acompanha todos os pacientes

durante sua consulta. Esse documento conhecido como Prontuário Médico é um elemento

fundamental e indispensável, além de obrigatório. Na maioria dos casos o prontuário é um

documento impresso fornecido pelo hospital aos médicos, que devem preenchê-lo manualmente.

Esse sistema universalmente utilizado apresenta algumas falhas. A mais importante é de que

ele não é verdadeiramente unificado, pois durante toda a vida de um paciente, ele faz diversos

exames, consultas com vários médicos em diversos hospitais e clínicas. Dessa maneira, seu

prontuário está espalhado em diversos lugares, gerando assim um grande desperdício de

informações. Com isso há a necessidade de se refazer exames e anamneses inúmeras vezes.

Os prontuários do paciente tanto em papel como em meio eletrônico são baseados em

situações que tratam de todos os tipos de pacientes. No entanto, a cada dia cresce o número de

profissionais da saúde que se especializam para atender os Portadores de Necessidades Especiais

(PNE’s) os quais requerem um atendimento diferenciado. Por esse motivo, há necessidade de se ter

prontuários customizados referentes a esta categoria de pacientes.

Um Prontuário Eletrônico que atenda os PNE’s tem algumas variáveis, que o prontuário

normal não tem, que ajudarão o cirurgião dentista na sua consulta. Essas variáveis, como por

exemplo, glicemia, pressão arterial e hiposalivação podem ser essenciais na decisão de um cirurgião

dentista no tratamento do paciente especial. Quando o cirurgião dentista entra com essas variáveis o

sistema detecta algum tipo de anormalidade indicando, se necessário, para onde o paciente deverá

ser encaminhado. A Inteligência Artificial utilizando-se da Lógica Fuzzy alerta o profissional de

saúde dizendo o grau de risco do problema, como por exemplo, pressão alta e hiposalivação, que

acomete o paciente.

Um PNE ao recorrer a um cirurgião dentista do Departamento de Estomatologia do Centro

de Ciências da Saúde – CCS/Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, por exemplo, pode

ter uma cardiopatia, uma suspeita de diabetes ou uma hiposalivação detectados em sua anamnese. O

cirurgião dentista então, não faz o tratamento odontológico desde o início, mas sim, encaminhá-o a

um outro setor que cuidará do problema detectado. Porém, os problemas sociais e culturais que

circundam um PNE, principalmente o preconceito e a resistência dos pais em aceitarem que seu

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filho possua mais um problema, faz com que este processo de tratamento seja prejudicado. Sendo

assim, um sistema integrado que reúna as diversas especialidades e que possa controlar os

atendimentos ao PNE de uma maneira objetiva e específica e que possa fornecer aos profissionais

que o estão atendendo um ambiente de discussão sobre o melhor tratamento é extremamente

importante. A objetividade e especificidade dos conteúdos e casos clínicos abordados no sistema

fazem com que o ambiente se torne altamente centrado nos problemas dos PNE’s oferecendo-lhes

um melhor tratamento. O tratamento das inúmeras informações é feito através de Inteligência

Artificial (IA).

A execução deste trabalho em nível de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para o Curso

de Ciência da Computação justifica-se, uma vez que trata do desenvolvimento de uma solução

computacional utilizando-se das tecnologias, conceitos e teorias relevantes a essa área, como as

listadas a seguir:

• Criação/utilização/manutenção de banco de dados para armazenamento das

informações do prontuário;

• Utilização de Inteligência Artificial para análise das variáveis na tomada de decisão

em saúde para encaminhamento do paciente; e

• Sistemas de Informação para Web.

1.1. OBJETIVOS

Os objetivos deste trabalho serão apresentados a seguir.

1.1.1. Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho é desenvolver um Prontuário Eletrônico Odontológico

Especializado em Pacientes com Necessidades Especiais.

1.1.2. Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste trabalho são:

• Analisar o Prontuário Eletrônico que está sendo criado pelo curso de Ciência da

Computação da Universidade do Vale do Itajaí;

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• Analisar soluções similares;

• Determinar os requisitos exigidos pelo sistema;

• Analisar as tecnologias necessárias à implementação do sistema;

• Definir quais variáveis serão tratadas pela Lógica Fuzzy;

• Definir o Modelo Fuzzy adequado ao sistema proposto;

• Realizar a modelagem conceitual do sistema;

• Determinar e criar acesso ao local onde ficará hospedado o Sistema;

• Determinar/implementar o banco de dados que será utilizado;

• Implementar o sistema;

• Testar e validar a implementação do sistema; e

• Documentar o desenvolvimento e os resultados do sistema.

1.2. METODOLOGIA

Foram necessárias seis etapas a fim de executar este projeto e cumprir os objetivos

específicos apresentados anteriormente. Foram elas: (1) estudo, (2) modelagem, (3)

desenvolvimento, (4) teste, (5) validação e (6) documentação. As etapas de estudo e de modelagem

foram efetivadas no TCC I, sendo que as etapas de desenvolvimento, validação e documentação

foram efetivadas no TCC II.

A Etapa 1, constou de: Analise de soluções similares a fim de capturar informações que

pudessem ser úteis ao desenvolvimento do projeto; Reunião com dois especialistas, ambos do

CCS/UFSC, para abordar o funcionamento do prontuário odontológico atual, quais suas falhas,

restrições, desconfortos, funcionalidades, etc. A partir deste ponto, foi definido o funcionamento do

Prontuário Eletrônico, o que precisaria ser mudado em relação ao atual, as funcionalidades que

seriam utilizadas, os requisitos funcionais e não funcionais, as informações que serão guardadas,

etc; Pesquisa dos conceitos e tecnologias que seriam utilizados, como informática na saúde,

sistemas de informação para web, Inteligência Artificial, Banco de Dados, Prontuário Médico,

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Prontuário Médico Eletrônico, Pacientes com Necessidades Especiais, etc; Definição em conjunto

com os professores especialistas mencionados acima de quais as variáveis do prontuário eletrônico

que seriam tratadas pela Lógica Fuzzy; e Definição do Modelo Fuzzy que melhor se aplicava ao

sistema.

A Etapa 2, teve como objetivo a realização da modelagem do Prontuário Eletrônico

utilizando a linguagem de modelagem UML (Unified Modeling Language) através do software

Enterprise Architect. Foram feitos os diagramas de caso de uso e o diagrama de classes. Para

modelagem do banco de dados foi utilizada a ferramenta DataArchitect do software PowerDesigner.

A Etapa 3, constou de: Definição do local onde seria hospedado o sistema e criação do

acesso; Definição do banco de dados que seria utilizado e criação das tabelas necessárias; e

Transformação do modelo conceitual da etapa de modelagem num sistema real, ou seja,

implementação do software do Prontuário Eletrônico.

A Etapa 4, teve como objetivo realizar a experimentação e testes sobre a solução proposta

com o objetivo de eliminar erros existentes em sua modelagem ou desenvolvimento. Foram feitas

verificações de acesso/integridade ao banco de dados, incluindo digitações incorretas, teste com a

interface e com a comunicação de dados.

A Etapa 5, teve com objetivo validar o sistema. Após terem sido feitos todos os testes sobre

o sistema, o prontuário foi liberado para validação pelos professores, do Departamento de

Estomatologia do CCS/UFSC, já mencionados.

1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está dividido em 4 capítulos: Introdução (Capítulo I), Fundamentação

Teórica(Capítulo II), Desenvolvimento (Capítulo III) e Conclusões (Capítulo IV).

No Capítulo I, é apresentada uma introdução do que será o trabalho, definidos seus

objetivos, apresentada a metodologia de desenvolvimento e a estrutura do trabalho.

No Capítulo II, é feita toda a fundamentação conceitual do trabalho e está dividida em

quatro itens principais:

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• Prontuário Médico: são apresentadas definições, funções e utilização do registro

médico, prontuário eletrônico do paciente, vantagens e desvantagens do PEP e

oportunidade e obstáculos do PEP;

• Pacientes Especiais: são apresentadas definições e definida a classificação dos

pacientes especiais a ser utilizada; e

• Inteligência Artificial: é feita uma abordagem geral sobre IA e definidos alguns

modelos.

No Capítulo III, é apresentada a modelagem do prontuário eletrônico odontológico, bem

como os detalhes de como foi implementado.

Finalmente, no Capítulo IV, são apresentadas as conclusões e recomendações sobre

trabalhos futuros7.

[FIM DE SEÇÃO. Não remova esta quebra de seção]

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica deste trabalho divide-se em três pontos principais: Prontuário

Médico; Pacientes Especiais e Inteligência Artificial. Cada um desses pontos será devidamente

explicado a seguir.

2.1. PRONTUÁRIO MÉDICO

2.1.1. Definições, Funções e Utilização do Prontuário Médico

Atualmente, em todos os hospitais existe um documento que acompanha todos os pacientes

durante sua consulta. Esse documento conhecido como Prontuário Médico é um elemento

fundamental e indispensável, além de obrigatório.

Prontuário vem do latim promptuarium (promptu = prontamente, sem preparação + arium =

local onde algumas coisas são armazenadas), que significa “lugar onde se guardam ou depositam as

coisas de que se pode necessitar a qualquer instante”. Estas características para o prontuário

surgiram no final do século XVIII, durante as transformações do conhecimento e das práticas

médicas que caracterizaram o que foi denominado de nascimento da clínica (WEN, 2004).

O Prontuário Médico é umas das grandes conquistas da medicina neste século. Seria impossível pensar em um hospital que não tivesse seu Serviço de Arquivo Médico, onde ficam os prontuários de todos os pacientes. A medicina multidisciplinar simplesmente não existiria, assim como a comunicação entre os vários profissionais, especialistas e serviços que atendem ao paciente durante a sua vida em um hospital (SABBATINI, 1999).

Já segundo Massad, Marin e Azevedo Neto (2003), o prontuário médico deve reunir a

informação necessária para garantir a continuidade dos tratamentos prestados ao pacientes,

tornando-se assim um elemento crucial no atendimento à saúde da pessoa.

Segundo Leão et al (2004), o artigo 1º da resolução nº 1.638/2002 do Conselho Federal de

Medicina (CFM) define prontuário médico como,

o documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal,

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sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo.

Médicos e enfermeiros desenvolveram o prontuário médico para garantir que se lembrassem

dos fatos e eventos clínicos sobre cada indivíduo de forma que todos os demais profissionais

envolvidos no processo de atenção de saúde tivessem também as mesmas informações. Desta forma

o prontuário médico é o meio de comunicação mais importante entre os membros da equipe de

saúde responsável pelo atendimento. (MASSAD, MARIN e AZEVEDO NETO, 2003).

As informações que são registradas no prontuário médico irão subsidiar a continuidade ao

tratamento de um paciente, assim como, verificar a evolução da saúde, quais procedimentos

resultam em melhoria ou não do problema que originou a busca pelo atendimento, identificação de

novos problemas, etc. Desta forma, é correto afirmar que o sistema de saúde de um país é

estabelecido graças ao que tem documentado em um prontuário médico, pois é dele que são

extraídas todas as informações sobre a saúde dos indivíduos que forma uma comunidade e uma

nação (MASSAD, MARIN e AZEVEDO NETO, 2003).

A história do prontuário médico começa há milhares de anos atrás quando Hipócrates, no

século V a.C., estimulava os médicos a efetuarem registros escritos, dizendo que eles possuíam dois

propósitos: refletir de forma exata o curso da doença e indicar as possíveis causas das doenças. Até

o início do século XIX, os médicos baseavam suas observações no que ouviam, sentiam e viam.

Estas observações eram descritas em ordem cronológica, estabelecendo assim o chamado registro

médico orientado ao tempo (VAN BEMMEL e MUSEN, 1997).

Logo após 1880, o cirurgião americano William Mayo com um grupo de amigos fundou a

Clínica Mayo em Rochester, Minnesota. Nesta clínica, cada médico mantinha suas anotações

médicas registradas em um livro em ordem cronológica fazendo com que registros que pertenciam a

um único paciente ficassem em páginas distantes, dependendo dos intervalos de tempo entre as

visitas. Desta forma, com os registros longes uns dos outros era difícil obter um histórico completo

da doença de um paciente e, além disso, os registros podiam estar no livro de outros médicos (VAN

BEMMEL e MUSEN, 1997).

Em 1907, a Clínica Mayo adotou um registro individual para cada paciente que deu origem

ao chamado registro médico centrado no paciente e orientado ainda de forma cronológica. Em 1920,

a gerencia da Clínica Mayo, definiu que o conteúdo dos registros médicos teria que conter um

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conjunto mínimo de dados que deveriam ser registrados. Este conjunto de dados criou uma estrutura

mais sistemática de apresentação médica e é usada até hoje nos prontuário médicos. Apesar desta

iniciativa de padronização dos registros dos pacientes, o prontuário ainda contém uma mistura das

queixas, resultados de exames, considerações, planos terapêuticos e achados clínicos de forma

muitas vezes desordenada que não forneciam uma clara informação sobre a evolução do paciente,

em especial no caso dos pacientes que possuíam mais de uma queixa ou doença (VAN BEMMEL e

MUSEN, 1997).

Lawrence Weed em 1960, preocupada com esta situação introduziu o registro médico

orientado ao problema onde era atribuído a cada paciente um ou mais problemas os quais eram

gravados de acordo com a estrutura de registro de dados denominada SOAP pelo seu acrônimo em

inglês (S = queixas; O = achados; A = exames e conclusões; P = plano de cuidado). Embora o

registro orientado ao problema fosse aceito e seguido por muitos, ele requer muita disciplina e

prática para aderir ao método (VAN BEMMEL e MUSEN, 1997).

Atualmente entende-se que o prontuário médico tem como funções (VAN BEMMEL e

MUSEN, 1997):

• Apoiar o suporte ao paciente servindo como fonte de avaliação e tomada de decisão

e como fonte de informação compartilhada entre os médicos;

• É o registro legal das ações médicas;

• Deve apoiar a pesquisa (estudos clínicos, epidemiológicos, avaliação da qualidade);

• Educação Clínica; e

• Deve promover o ensino e gerenciamento dos serviços, fornecendo dados para

cobranças e reembolso, autorização dos seguros, suporte para aspectos

organizacionais e gerenciamento do custo.

A demanda crescente de dados acessíveis de forma bem estruturada, em combinação com o

desenvolvimento da informática, despertou um grande interesse no desenvolvimento de um registro

médico de forma eletrônica, pois os computadores têm o potencial de prover legibilidade,

acessibilidade, e estruturação. Esse método de registro médico de forma eletrônica foi chamado de

Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) (VAN BEMMEL e MUSEN, 1997).

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2.1.2. O Prontuário Eletrônico do Paciente

Até o momento não existe um consenso internacional sobre a definição de Registro

Eletrônico de Saúde, mas sim algumas definições propostas tais como: Registro Eletrônico de

Saúde – RES (Electronic Health Record - EHR), Prontuário Eletrônico do Paciente – PEP

(Electronic Patient Record - EPR), Prontuário Eletrônico do Médico – PEM (Electronic Medical

Record - EMR), Registro Informatizado do Paciente – RIP (Computer-based Patient Record –

CPR). Algumas das principais definições internacionais são (LEÃO et al, 2004):

Institute of Medicine: Prontuário Eletrônico do Paciente é um registro eletrônico de dados do paciente armazenado num sistema capaz de oferecer aos usuários a disponibilização de dados confiáveis e recursos como lembretes e alertas, sistemas de apoio à decisão, links para bases de conhecimentos médicos e outros.

Computer-based Patient Record Institute: Um registro computadorizado de paciente é uma informação mantida eletronicamente sobre o status e cuidados de saúde de um indivíduo durante toda a sua vida.

Segundo Guilherme Hummel, "o PEP é um poderoso banco de dados que traz todo o

histórico do paciente a partir do momento em que ele entra no hospital" (CATARINA, 2003).

Utilizando-se do Prontuário Eletrônico, não será mais necessário todo o transtorno de buscar

as informações, histórico do paciente, etc, em arquivos manuais. A informação estaria sempre em

formato digital e acessível a qualquer momento e em qualquer lugar, desde que se tenha um

computador com acesso a Internet. Desta maneira, o sistema ficaria hospedado num único local

(Servidor) onde todos os médicos que possuíssem acesso/autorização poderiam consultá-lo e, se

preciso, atualizá-lo.

2.1.3. Vantagens e Desvantagens do Prontuário em Papel e do Prontuário Eletrônico

O modelo de prontuário médico em papel é usado na maioria dos hospitais e de certa forma

satisfaz os requisitos desejados por esse instrumento, que são, entre eles, o registro das informações

clínicas do paciente. No entanto, considerando o grande número de informações e a estrutura como

essas informações são organizadas, esse tipo de prontuário não está mais atendendo essas

necessidades.

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Vários autores (Massad, Marin e Azevedo Neto (2003); Catarina (2003); Van Bemmel e

Musen (1997); Sabbatini (1998) e Sittig (1999 apud COSTA, 2001)), apontam algumas vantagens e

desvantagens do Registro do Paciente Baseado em Papel e do Baseado em Computador conforme

são apresentadas na Tabela 1 e a Tabela 2 respectivamente.

Tabela 1. Vantagens e Desvantagens do Registro do Paciente Baseado em Papel

Vantagens Desvantagens - Pode ser facilmente carregado; - Maior liberdade de estilo ao fazer

um relatório; - Facilidade de buscar um dado; - Não requer treinamento especial; e - Não “sai dor ar” como ocorre com

os computadores.

- Só pode estar em um lugar ao mesmo tempo, pode não estar disponível ou mesmo ser perdido;

- Conteúdo é livre, variando na ordem, algumas vezes é ilegível, incompleto e com informação ambígua;

- Para estudos científicos, o conteúdo precisa ser transcrito, o que muitas vezes predispõe ao erro;

- As anotações em papel não podem disparar lembretes e alertas aos profissionais;

- O prontuário manual obriga o médico a fazer cálculos, comparações entre prontuários tudo manualmente, retardando assim o processo;

- Falta de padronização e dificuldades de efetuar buscas e pesquisas;

- É o único local onde todo o histórico médico do paciente está armazenado, o que pode provocar sérios problemas caso o mesmo seja extraviado;

- Multiplicidade de pastas e critérios de arquivamento; - Dificuldade de acesso; e - Fragilidade do papel.

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Tabela 2. Vantagens e Desvantagens do Registro do Paciente Baseado em Computador

Vantagens Desvantagens - Acesso simultâneo em locais distintos; - Legibilidade; - Os dados podem ser vistos em diversas

formas; - Suporte a entrada de dados estruturada; - Apoio a decisão; - Suporta outras análises de dados; - Troca eletrônica de dados e compartilha o

suporte ao cuidado; - Impressão de relatórios; - Acesso a todas as informações e histórico

do paciente; - Encaminhamento do paciente, se

necessário, ao especialista adequado; - Acesso a radiografias, slides, caso clínico; - Acaba o problema de letra difícil de se ler; - Redução do volume de dados digitados; - Melhor acesso e velocidade de localização

das informações; - Eliminação de dados redundantes e de

pedidos de exames em duplicidade; - O apoio automático à decisão (alertas, do

tipo paciente alérgico); - Propicia grande economia de tempo,

achando-se os dados rapidamente; - Minimiza a falta de atenção aos detalhes; - Permite a busca coletiva, análises

estatísticas e pesquisa; - Melhora a qualidade da medicina, pois as

decisões são mais rápidas e baseadas em informação mais completas;

- Diminui muito o problema bastante comum de perda de dados, e a conseqüente necessidade de realizar exames de novo.

- Necessidade de grande investimento de hardware e software e treinamento;

- Os usuários podem não se acostumar com os procedimentos informatizados;

- Sujeito à falhas tanto de hardware quanto de software, sistema inoperante por minutos, horas ou dias que se traduzem em informações não disponíveis;

- Dificuldades para a completa e abrangente coleta de dados; eDemora em ver os resultados do investimento.

2.1.4. Desenvolvimento de Características

De modo geral, o princípio básico de construção do PEP baseia-se na integração da

informação clínica e administrativa de pacientes individuais. Assim, uma vez adquirida a

informação, ela é registrada para fins de armazenamento e compartilhada entre os profissionais de

saúde, de acordo com os direitos de acesso de cada um. Desta forma, tal registro passa a ser

fisicamente distribuído entre as clínicas, hospitais, agências de seguro-saúde, laboratórios e demais

setores envolvidos. A missão dos serviços de saúde dos países está mudando e a tecnologia precisa

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mudar para continuar atendendo as necessidades de seus usuários. Deve haver um registro único por

paciente e que atenda as novas demandas de acompanhamento da produção, do custo e da

qualidade. Para tanto, alguns pré-requisitos são: estrutura padronizada e concordância sobre a

terminologia, definir regras claras de comunicação, arquivamento, segurança e privacidade

(MASSAD, MARIN e AZEVEDO NETO, 2003).

O Artigo 5º da Resolução 1638/2002 do CFM estabelece itens que deverão constar

obrigatoriamente do prontuário confeccionado em qualquer suporte, eletrônico ou papel (LEÃO et

al, 2004):

a. Identificação do paciente – nome completo, data de nascimento (dia, mês e ano com

quatro dígitos), sexo, nome da mãe, naturalidade (indicando o município e o estado

de nascimento), endereço completo (nome da via pública, número, complemento,

bairro/distrito, município, estado e CEP);

b. Anamnese, exame físico, exames complementares solicitados e seus respectivos

resultados, hipóteses diagnósticas, diagnóstico definitivo e tratamento efetuado;

c. Evolução diária do paciente, com data e hora, discriminação de todos os

procedimentos aos quais o mesmo foi submetido e identificação dos profissionais

que os realizaram, assinados eletronicamente quando elaborados e/ou armazenados

em meio eletrônico;

d. Nos prontuários em suporte de papel é obrigatória a legibilidade da letra do

profissional que atendeu o paciente, bem como a identificação dos profissionais

prestadores do atendimento. São também obrigatórias a assinatura e o respectivo

número do CRM; e

e. Nos casos emergenciais, nos quais seja impossível a colheita de história clínica do

paciente, deverá constar relato médico completo de todos os procedimentos

realizados e que tenham possibilitado o diagnóstico e/ou a remoção para outra

unidade.

O Artigo 4º da Resolução 1639/2002 estabelece um prazo mínimo de 20 (vinte) anos, a

partir do último registro, para a preservação dos prontuários médicos em suporte de papel. Caso a

digitalização dos prontuários seja feita, o Artigo 6º da mesma resolução autoriza a eliminação do

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suporte de papel dos mesmos, desde que a forma de armazenamento dos documentos digitalizados

obedeça à norma específica de digitalização contida no Anexo I deste trabalho e após análise

obrigatória da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos da unidade médico-hospitalar

geradora do arquivo (LEÃO et al, 2004).

Segundo Marietti (1998), para Waegemann, a implementação do PEP é um processo e está

identificado em cinco estágios, que são:

• Estágio 1 – Sistema de Registro Médico Automatizado: Este nível representa a

maioria dos casos. A informação é armazenada em computadores pessoais, desta

maneira o prontuário em papel é mantido. Papel e registro eletrônico coexistem;

• Estágio 2 – Sistema de Registro Médico Computadorizado: Os profissionais da saúde

coletam a informação em papel e a imagem dos documentos resultantes é

armazenada de forma digitalizada no sistema computacional. Esse tipo de sistema já

atinge alguns dos requisitos legais, podendo dispensar o papel em alguns casos;

• Estágio 3 – Sistema de Registro Médico Eletrônico: Consiste num modelo

interdepartamental, reunindo os requisitos legais para confidencialidade, segurança e

integridade dos dados;

• Estágio 4 – Sistema de Registro Eletrônico do Paciente: Neste nível os sistemas

interligam todas as informações do paciente, inclusive dados fora da instituição. Para

chegar neste estágio, precisa-se de uma maneira de identificar o paciente de forma

unívoca e nacional; e

• Estágio 5 – Registro Eletrônico de Saúde: Neste último nível, a responsabilidade de

manter o prontuário é dividida entre os profissionais da saúde e paciente, além das

características evolutivas dos níveis anteriores.

Segundo Andrew e Dick (1997), em 1997, o Institute of Medicine (IOM) dos Estados

Unidos, umas das instituições que mais estimula a criação e implantação do PEP, publicou um

relatório contendo doze atributos que constituem o gold standard para a criação, desenvolvimento,

implantação e uso do PEP. Os doze atributos gold standard, e alguns outros estão listados no Anexo

II.

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Já McDonald e Barnett (1990 apud COSTA, 2001), diziam que para que todo o potencial de

um PEP seja obtido, há que se observar alguns fatores, como:

• Escopo das informações: devem ser armazenadas todas as informações sobre os

pacientes, não devendo restringir-se apenas às informações referentes aos pacientes

internados;

• Tempo de armazenamento: as informações dos últimos anos devem estar

rapidamente disponíveis e não somente aquelas referentes a ultima visita, deste modo

os dados devem ser armazenados indefinidamente. Em vários hospitais, a informação

dos últimos cinco anos está imediatamente disponível;

• Representação dos dados: o armazenamento dos dados deve ser sempre que possível

de forma estruturada e codificados num vocabulário comum, o que permite a

incorporação de sistemas de alerta e de apoio à decisão; e

• Terminais de acesso: devem ser distribuídos conforme estudo criterioso de utilização

esperada e em número suficiente. A tendência é que os terminais sejam colocados no

"ponto de cuidado", freqüentemente à beira do leito para que dados possam ser

coletados ou consultados no local onde foi gerado ou utilizado.

Entretanto, segundo a observação feita no relatório do IOM de 1997, ainda não é possível

comprar um PEP que esteja de acordo com os princípios do IOM. Nenhum fabricante tem um

produto que chegue perto da visão de interoperabilidade, sem uso de papel, registros que

documentam todo e qualquer cuidado, integrando base de dados e bases de conhecimento e

oferecendo a segurança necessária. Mesmo nos países desenvolvidos, o prontuário eletrônico é

ainda um processo e não um produto (MASSAD, MARIN e AZEVEDO NETO, 2003).

2.1.5. Oportunidades e Obstáculos na Implantação e Uso do Prontuário Médico

O Artigo 7º da Resolução 1639/2002 estabelece que o Conselho Federal de Medicina e a

Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), mediante convênio específico, expedirão,

quando solicitados, a certificação dos sistemas para guarda e manuseio de prontuário eletrônicos

que estejam de acordo com as normas técnicas especificadas no Anexo I deste trabalho (LEÃO et

al, 2004).

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O processo de certificação SBIS/CFM destina-se a sistemas que capturam, armazenam e

trafegam a informação identificada em saúde, ou seja, Sistemas de Registro Eletrônico. Este

processo pode ser um obstáculo, pois inclui muitas exigências, conforme Anexo I, que dificultam a

implementação de um PEP. No entanto, pode também não ser um obstáculo pois a certificação é

voluntária, ou seja, nenhuma pessoa física ou jurídica é obrigada a se submeter ao processo de

certificação.

Segundo Massad, Marin e Azevedo Neto (2003), pode-se afirmar que a tecnologia não é o

problema para se fazer à integração de sistemas de saúde e sim, a solução. A Internet é um dos

recursos computacionais disponíveis que favorecem o desenvolvimento de um prontuário

eletrônico, pois permite que instituições geograficamente distantes compartilhem dados clínicos e

até mesmo cheguem aos lares dos pacientes.

Os fatores de sucesso na implementação de um PEP são a cooperação, tornar disponíveis

programas de tratamento (protocolos, guias de conduta, alertas, avisos), a educação da equipe e a

implantação de normas e padrões tecnológicos e em relação aos dados. Entretanto, o sucesso de um

sistema depende mais das pessoas do que da tecnologia, conforme ressalta Reed Gardner, um

pioneiro no desenvolvimento de sistemas de informação em saúde, responsável por um dos sistemas

de maior sucesso na Informática Médica, o sistema HELP do Latter Day Saints Hospital em Salt

Lake City (Utah, Estados Unidos) (MASSAD, MARIN e AZEVEDO NETO, 2003).

Segundo Costa (2001), vários autores (Dick, Steen e Detmer, 1997; Murphy, Hanken e

Waters, 1999; Anderson, 1999) citam os principais riscos e obstáculos encontrados no

desenvolvimento e implantação de PEP’s:

• Falta de entendimento das capacidades e benefícios do PEP: todos os usuários do

sistema e diretoria da instituição devem estar cientes de todos os recursos que o PEP

pode oferecer, caso contrário o usuário pode não vislumbrar todos os recursos que

pode usufruir, fazendo com que os desenvolvedores façam um levantamento de

requisitos deficiente. Isso pode levar ao desenvolvimento de um sistema ineficiente,

incapaz de atender as necessidades reais dos usuários;

• Padronização: muitos dos recursos que podem ser disponibilizados, tais como alertas

sistemas de apoio à decisão, pesquisas clínicas e outros são perdidos ou

inviabilizados por falta de padronização;

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• Interface com o usuário: um dos requisitos fundamentais do PEP é que os dados

sejam armazenados de forma estruturada, para isso a entrada de dados também deve

ser feita de forma estruturada. Desta forma, a entrada de dados não pode ser

realizada na forma de texto livre, o que causa um certo desconforto para os

profissionais de saúde acostumados ao método tradicional em papel;

• Segurança e confidencialidade: o desenvolvimento de sistemas que não levem em

consideração a segurança e confidencialidade dos dados dos pacientes podem chegar

ao fracasso e desencadearem processos legais contra a instituição. Além do mais,

ajudam a criar ou aumentar a falta de confiança dos usuários;

• Falta de infra-estrutura: para o intercâmbio de dados e gerenciamento de recursos são

necessários a adoção de padrões de comunicação, leis e regras que regulamentem o

processo de transmissão, especialistas no desenvolvimento de sistemas de PEP e

redes locais, regionais e nacionais;

• Aceitação pelo usuário: para que o usuário não resista ou mesmo não tenha atitudes

de sabotagem ao sistema, ele deve estar envolvido, participando ativamente e

colaborando, desde o início no processo de desenvolvimento;

• Aspectos legais: os fatores que bloqueiam a difusão do PEP são a falta de legislação

que regulamente o uso do meio eletrônico como meio de armazenar o prontuário sem

papel e o uso de assinatura eletrônica;

• Conteúdo do PEP: ainda não há consenso e muitos aspectos referentes ao conteúdo

têm sido apresentados por diferentes autores;

• Mudança de comportamento: quando um sistema de informação interfere com rotina

tradicional do atendimento médico, o sistema, em geral, não é bem aceito pelos

médicos; e

• Custo: um dos grandes limitadores da expansão do PEP é sem dúvida o custo. Um

estudo do IOM revelou que um hospital de médio porte dos Estados Unidos chega a

gastar entre 2 a 6 milhões de dólares na implementação de um PEP.

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Segundo Detmer, Steen e Dick (1997), existem oito atividades críticas que ajudarão no

avanço do desenvolvimento de um PEP. São elas:

1. Identificar e entender os requisitos do PEP;

2. Desenvolver padrões;

3. Pesquisar e conhecer experiências de desenvolvimento;

4. Demonstrar eficácia, custos e benefícios dos sistemas de PEP;

5. Reduzir as limitações legais para o uso, elaborando regras e leis que protejam a

privacidade dos pacientes;

6. Coordenar os recursos e suportes necessários para o desenvolvimento e difusão do

PEP;

7. Coordenação de informações e recursos para bancos de dados secundários de

registros de pacientes; e

8. Educar e treinar desenvolvedores e usuários.

Segundo Massad, Marin e Azevedo Neto (2003), para se iniciar a realização do prontuário

eletrônico, alguns requisitos devem ser atendidos, tais como:

• Realizar uma mudança no comportamento dos profissionais, mostrando como os

registros manuais são ineficientes para lidarem com as grandes quantidades de

informações geradas no sistema de saúde;

• Realizar mudança nos sistemas adotando sistemas computacionais abertos, que

atendam os requisitos de interoperabilidade;

• Utilizar tecnologia moderna, evitando a obsolescência;

• Usar normas (padrões) no registro clínico e na transferência das informações em

saúde; e

• Atualizar a legislação, atendendo as necessidades que foram impostas pelo

desenvolvimento científico e tecnológico com criação de leis nacionais para

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estabelecer requisitos mínimos no uso de padrões e melhoria da qualidade do

cuidado (padrões de prática).

Outro fato é que os pacientes não são mais apenas passivos recebedores de cuidado, mas

sim, são pessoas que estão lutando por qualidade do atendimento, que desejam ter acesso ao registro

de saúde e que insistem que as informações presentes no prontuário seja passível de entendimento

(MASSAD, MARIN e AZEVEDO NETO, 2003).

Em conclusão, a tendência para a construção de PEP é cada vez mais uma realidade. O

investimento é grande tanto no ponto de vista humano como financeiro e organizacional. O

processo é longo e a integração dos profissionais mandatária. Porém, se o interesse é à busca da

qualidade cada vez maior no atendimento à saúde da população, este investimento e os recursos

necessários, já estão justificados (MASSAD, MARIN e AZEVEDO NETO, 2003).

2.2. PACIENTES ESPECIAIS

Por volta de 1930 e 1935, nos Estados Unidos, dois odontopediatras criaram o termo

Handicapped que agrupava indivíduos que apresentavam determinados desvios dos padrões de

normalidade, mais especialmente deficiência física e/ou mental e que por esta razão não podiam

receber tratamento dentário regular. Por muitas décadas o termo Paciente Excepcional foi utilizado,

mas com o passar dos anos esse termo se tornou pejorativo, restrito e limitante, havendo

necessidade de uma nova terminologia. Por essa razão, substitui-se o termo Excepcional por

Especial (ABOPE, 2004).

Segundo Amante (2002), “portador de necessidade especial é todo o ser humano que

apresenta ao nascimento ou em determinado momento da sua vida, de caráter temporário ou

permanente, algum tipo de desvio da norma suficientemente capaz de ser notado. São todas as

pessoas que apresentam alteração mental, deficiências sensoriais, limitação na sua capacidade de

comunicação, no seu comportamento social, com deficiências sistêmicas múltiplas, ou ainda, que

apresentam duas ou mais alterações ao mesmo tempo”.

Já segundo Fourniol Filho (1998), “o paciente especial é todo indivíduo com alterações física,

orgânica, mental ou social; simples ou complexa; aguda ou crônica; o qual necessita de educação

especial e instruções suplementares temporária ou definitivamente”.

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Para melhor fixar todas as palavras contidas no conceito de pacientes especiais, Fourniol

Filho em 1992 expõe o seguinte (FOURNIOL FILHO, 1998):

• Indivíduo: é uma organização singular, constituída de processos físicos e mentais,

participantes da sociedade. Numa linguagem mais simples, é o ser. Pode-se

considerar as seguintes incapacidades:

a. Alteração Física: refere-se ao corpo, ao soma, à anatomia e aos membros;

b. Alteração Orgânica: refere-se a órgãos comprometidos, com distúrbios no seu

funcionamento, envolvimento com o mecanismo do corpo e a saúde geral;

c. Incapacidade Mental: não inclui só a inteligência, mas distúrbios gerais da parte

encefálica que levam a problemas de personalidade e de comportamento, como é

o caso de problemas neurológicos, psicológicos e psiquiátricos e

d. Alterações Econômicas e Sociais: referem-se às emoções e ao meio em que

vivemos, seja no lar seja fora dele; quando insatisfatório e inconveniente, surgem

problemas graves.

• Alterações simples ou complexas: A deficiência mental pode ser leve, moderada,

severa ou profunda, cujos comportamentos são variáveis, e a gravidade depende do

grau de comprometimento.

• Alterações agudas e crônicas: As alterações agudas são de pequena duração, porém

violentas e intensas. A crônica é quando é de longa duração. A nefrite é uma doença

sistêmica aguda, enquanto o diabetes insulínico e o melito são crônicos.

• Educação Especial: A criança com incapacidade recebe uma educação diferenciada,

não-comum, peculiar, específica ou especial para seu desenvolvimento e adaptação.

Ela recebe uma educação especial. Ela é desenvolvida por especialistas com a

finalidade de integrar ou reintegrar o indivíduo à sociedade.

• Instruções Suplementares: Para interagir o mais rápido possível o paciente à

sociedade, após ou durante a aplicação da educação especial, são implantadas

orientações adicionais que são instruções suplementares que podem ser realizadas na

instituição, no lar, nos hospitais, etc; e

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• Para o Resto da Vida ou Temporariamente: Assim como uma gestante recebe

instruções suplementares durante um tempo temporário, o deficiente mental, o

paralítico cerebral, etc, estão sob controle para o resto da vida.

A Odontologia classifica o PNE conforme as classes da Tabela 3.

Tabela 3. Classificação do Paciente Especial sob o ponto de vista Odontológico

Classificação Exemplos Deficientes Mentais - Leves

- Moderadas - Profundas - Apatias - Limítrofes

Deficientes Físicos - Comunicação (surdos-mudos) - Visuais - Neuromotora

Paralisia Cerebral - Epásticas – Metoídicas - Mávicas – Mista

Epilépticos - Ataques de convulsão epilética - Micção e defecação incontroladas

Doenças Crônicas - Diabete – Tuberculose – Cardiopatias - Renais – Reumatológicas - Hipo e Hipertireoidismo – Hemofilia –

Oncológicas Necessidades Especiais de Atendimento - Bebês – Gestantes –Idosos

- Acidentados – Queimados – Seqüelas pós-traumáticas

- Impossibilidade de acesso Genética e Sindromologia - Down – Fenilcetonúria – Distrofia

Muscular - Apert – Lange – Waardenburg tipos I e II - EEC – Papilon-Léage – Mohr – Pierre-

Robin – etc. Distúrbios Psiquiátricos e Neurológicos - Autismo – Esquizofrenia

- Síndrome de Hipercinese - Transtornos afetivos – Psicóticos

Dependentes Químicos - Toxicômano - Alcoólatra

Fonte: APOPE (2004)

2.3. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A palavra inteligência vem do latin inter (entre) e legere (escolher). Inteligência significa

aquilo que permite ao ser humano escolher entre uma coisa e outra. Inteligência é a habilidade de

realizar de forma eficiente uma determinada tarefa. A palavra artificial vem do latin artificiale,

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significa algo não natural, isto é, produzido pelo homem. Portanto, inteligência artificial é um tipo

de inteligência produzida pelo homem para dotar as máquinas de algum tipo de habilidade que

simula a inteligência do homem (FERNANDES, 2003).

Inteligência Artificial é o estudo de como fazer os computadores realizarem coisas que, no

momento, as pessoas fazem melhor (RICH e KNIGHT, 1993).

2.3.1. Inteligência e Conhecimento

Nas três primeiras décadas da pesquisa em IA, um dos poucos resultados rápidos e difíceis a

surgir é que a inteligência requer conhecimento. Para compensar sua principal característica, a

indispensabilidade, o conhecimento possui algumas propriedades menos desejáveis, incluindo

(RICH e KNIGHT, 1993):

• Ele é volumoso: Segundo Fernandes (2003), “possui diversos aspectos,

características e detalhes. Quanto mais se quer esmiuçá-lo, mais e mais

conhecimento a pessoa terá”;

• É difícil caracterizá-lo com precisão: Segundo Fernandes (2003), muitas vezes

apenas tem-se o conhecimento, não se sabe como foi adquirido, ou então, não se sabe

explicá-lo;

• Ele está mudando constantemente: Segundo Fernandes (2003), “o conhecimento está

sempre crescendo, se modificando e se aperfeiçoando”;

• Ele difere de simples dados por organizar-se de uma maneira que corresponde ao

modo como será usado; e

• É individual: o conhecimento é uma aquisição do indivíduo. Pode-se afirmar que

duas pessoas possuem um mesmo conhecimento genérico e não idêntico. Cada um

tem sua própria interpretação do conhecimento (FERNANDES, 2003).

Segundo Rich e Knight (1993), uma técnica de IA é um método que explora o

conhecimento, que deve ser representado de tal forma que:

• O conhecimento capture generalizações. As situações que compartilham

propriedades importantes são agrupadas. Se o conhecimento não possui esta

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propriedade, haverá grande necessidade de memória e atualização. Por esse motivo

que se chama algo sem essa propriedade de “dados” em vez de conhecimento;

• Ele precisa ser compreendido pelas pessoas que o fornecem. Embora em muitos

programas o grosso dos dados seja capturado automaticamente, em domínios de IA,

grande parte do conhecimento que um programa possui precisa ser fornecido pelas

pessoas de forma que elas entendam;

• Ele pode ser modificado para corrigir erros e refletir mudanças do mundo e da nossa

visão do mundo;

• Ele pode ser usado em diversas situações, mesmo que não seja totalmente preciso

nem esteja completo; e

• Ele pode ser usado para ajudar a superar seu próprio volume, auxiliando a limitar as

várias possibilidades que em geral têm de ser consideradas.

Pode-se dividir em duas classes os esforços para criação de programas que executam tarefas

da mesma maneira que as pessoas (RICH e KNIGHT, 1993):

1ª Classe: São programas que tentam solucionar os problemas que não se enquadram

realmente na definição do que seja uma tarefa de IA. São os problemas facilmente solucionáveis por

computador.

2ª Classe: São programas que fazem coisas que encaixam mais claramente na definição do

que é uma tarefa de IA. Eles fazem coisas que não são triviais ao computador. Há varias razões para

que se queira modelar o desempenho humano nesse tipo de tarefa:

• Testar teorias psicológicas sobre o desempenho humano;

• Permitir que os computadores compreendam o raciocínio humano;

• Permitir que as pessoas compreendam o raciocínio do computador; e

• Explorar conhecimentos que podem ser obtidos das pessoas.

2.3.2. Representação do Conhecimento

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Para resolver os problemas mais complexos encontrados na Inteligência Artificial, é

necessário uma grande quantidade de conhecimento e alguns mecanismos para manipulação deste

conhecimento. Quando se discute representação do conhecimento, se lida com dois tipos diferentes

de entidades (RICH e KNIGHT, 1993):

Fatos: verdades em algum mundo relevante. São as coisas que se quer representar; e

Representação de Fatos: São as coisas que realmente são capazes de se manipular.

Segundo Fernandes (2003), são características de representação do conhecimento:

• Escopo e granularidade: partes do domínio considerado, detalhado;

• Indeterminação e definição das noções primitivas de representação: alternativas de

modelagem;

• Modularidade, compreensibilidade: “clusterização” do conhecimento, legibilidade; e

• Conhecimento explícito e flexibilidade: toda a informação necessária à solução do

problema esta na base de conhecimento e não embutida em outro componente.

Ainda segundo Fernandes (2003), “existem diversos paradigmas de representação do

conhecimento que têm emergido destas perspectivas”:

• Conhecimento Procedural: o conhecimento é representado em forma de

funções/procedimentos;

• Redes: o conhecimento é representado por um rótulo de grafos direcionados, cujos

nós representam conceitos e entidades, enquanto os arcos representam a relação entre

entidades e conceitos;

• Frames: muito parecido com a rede semântica, exceto que cada nó representa

conceitos e/ou situações. Cada nó tem varias propriedades que podem ser

especificadas ou herdadas por padrão;

• Lógica: um modo de declaração que representa o conhecimento;

• Árvores de Decisão: conceitos são organizados em forma de árvores;

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• Conhecimento Estatístico: uso de fatores de certeza, Redes Bayesianas, Teoria de

Dempster-Shaper, Lógica Fuzzy;

• Regras: sistemas de produção para codificar regras de condição/ação;

• Processamento Paralelo Distribuído: utiliza-se de modelos conexionistas;

• Esquemas Híbridos: qualquer representação do formalismo que emprega a

combinação de esquemas de representação do conhecimento; e

• Casos: usa experiência passada, acumulando casos e tentando descobrir, por

analogia, soluções para outros problemas.

2.3.3. Modelos de Inteligência Artificial

Os modelos de inteligência artificial podem ser divididos em: Algoritmos Genéticos,

Raciocínio Baseado em Casos, Programação Genética, Redes Neurais, Sistemas Baseados em

Conhecimento e Lógica Fuzzy.

2.3.3.1. Algoritmo Genético

Algumas técnicas de IA estão utilizando7 abordagens de resolução de problemas

encontrados na natureza, como por exemplo, os Algoritmos Genéticos. Eles foram inicialmente

utilizados para simular milhões de anos na evolução biológica, geológica e de ecossistemas em

apenas alguns minutos em um computador. O algoritmo genético utiliza randomização darwiniana

(sobrevivência do mais apto) e outras funções matemáticas para simular o processo evolutivo

(O'BRIEN, 2001).

Segundo Laudon e Price Laudon (1999), um algoritmo genético funciona desta forma:

Os algoritmos começam com blocos de construção que utilizam processos, como reprodução, mutação e seleção natural para desenvolver soluções. À medida que as soluções se alteram e combinam, as piores são descartadas, e as melhores sobrevivem para prosseguirem e eletronicamente unirem-se a outras para criar soluções ainda melhores.

2.3.3.2. Programação Genética

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Segundo Fernandes (2003), “é um campo de estudo de IA voltado para a construção de

programas que visam imitar o processo natural da genética. Trabalha com métodos de busca

aleatória”.

2.3.3.3. Raciocínio Baseado em Casos (RBC)

O RBC utiliza um caso, um cenário ou uma experiência histórica real ou ocorrência para

chegar em uma solução. Os casos são armazenados em um banco de dados para serem consultados

caso o usuário encontrar um novo caso com características semelhantes. O sistema procura casos

semelhantes, encontra o que mais se aproxima e aplica as soluções do caso antigo no caso novo. A

nova solução é armazenada na base de conhecimentos (LAUDON e PRICE LAUDON, 1999).

2.3.3.4. Redes Neurais

Segundo O'Brien (2001), “as redes neurais são sistemas de computação modelados segundo

a rede em forma de malha do cérebro de elementos de processamento interconectados chamados

neurônios”. As redes neurais possuem uma arquitetura muito mais simples que o cérebro humano,

entretanto, como o cérebro, os processadores interconectados em uma rede neural operam em

paralelo e interagem dinamicamente entre si. Desta forma, na medida que a rede processa dados ela

aprende, ou seja, ela aprende a reconhecer padrões e relações nesses dados.

Na visão de Laudon e Price Laudon (1999), “as redes neurais normalmente são dispositivos

físicos (embora possam ser simuladas por software) que simulam eletronicamente a fisiologia de

cérebros humanos ou de animais”.

2.3.3.5. Sistemas Baseados em Conhecimento

Os sistemas especialistas solucionam problemas que normalmente são solucionados por

especialistas humanos. Para solucionar tais problemas, os sistemas especialistas precisam acessar

uma base de conhecimento, que precisa ser criada do modo mais eficiente possível (RICH e

KNIGHT, 1993).

Segundo Rabuske (1995), “sistemas especialistas são sistemas computacionais que resolvem

problemas de uma maneira parecida com o especialista humano. São sistemas com um

conhecimento específico profundo sobre campos restritos do conhecimento”.

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Um sistema especialista contém quatro componentes principais (LAUDON e PRICE

LAUDON, 1999):

• Domínio de conhecimentos ou base, sobre o qual é construído o sistema: são

representados por normas ou regras do tipo IF-THEN (Se-Então);

• Equipe de desenvolvimento, que tenta capturar partes relevantes da base de

conhecimentos: è composta por um ou mais peritos, que comandam totalmente a

base de conhecimento, e um ou mais engenheiros do conhecimento, que traduzem o

conhecimento em um conjunto de normas de produção. O engenheiro do

conhecimento entrevista o perito e determina as instruções de decisão e o

conhecimento que devem ser embutidos no sistema;

• Shell, ou ambiente de programação, onde o sistema é programado: atualmente os

sistemas especialistas podem ser desenvolvidos em quase todas as linguagens de

programação. Um aspecto importante da Shell de IA é o mecanismo de inferência,

que é a estratégia para efetuar buscas na base de regras; e

• Usuário, aquele que deve interagir com o sistema com a finalidade de guiá-lo: o

usuário tem o papel de fazer perguntas ao sistema e entrar com dados relevantes para

guiar o sistema.

Para construir um sistema especialista o engenheiro do conhecimento senta-se com o perito

e ambos decidem o que o sistema deverá fazer. A Figura 1 descreve o processo de desenvolvimento

de um sistema especialista.

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Figura 1. O Processo de desenvolvimento de um sistema especialista

Fonte: Adaptado de Laudon e Price Laudon (1999)

Para se construir um sistema especialista é necessário verificar se o problema proposto está

adequado as soluções de sistemas especialistas. Uma maneira é identificar critérios que tornam a

situação adequada para um sistema especialista. A Figura 2 define alguns critérios importantes.

Adquirir Conhecimento

Desenvolver Sistema

Especialista

Base de Conhecimentos

Perito Engenheiro do Conhecimento

Desenvolver Versão

Preliminar

Testar e Aperfeiçoar

Implementar o Sistema Final

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Figura 2. Critérios para aplicações que são convenientes para o desenvolvimento de sistemas especialistas

Fonte: Adaptado de O'Brien (2001)

As principais limitações dos sistemas especialistas são a incapacidade de aprender,

problemas de manutenção e custo de desenvolvimento. Eles são excelentes para resolver problemas

específicos em um domínio limitado do conhecimento. Quando o problema exige uma base de

conhecimento ampla ou uma solução subjetiva, os sistemas especialistas lamentavelmente falham.

2.3.3.6. Lógica Fuzzy

Todas as pessoas raciocinam de forma incerta, imprecisa, difusa ou nebulosa, enquanto que

os computadores e as máquinas raciocinam de forma precisa e binária. Desta forma, existe uma

grande descompasso entra a capacidade criativa do ser humano e a possibilidade de solução que as

máquinas computacionais proporcionam. Se esta restrição fosse eliminada, as máquinas se

tornariam inteligentes e poderiam raciocinar de forma imprecisa como os seres humanos. Esta

forma de raciocínio é chamada em inglês por fuzzy e é utilizada como sinônimo de incerto,

impreciso, difuso ou nebuloso (SHAW e SIMÕES, 1999).

Segundo O'Brien (2001), a lógica fuzzy é um método de raciocínio que se assemelha ao

raciocínio humano, pois dá margem a valores e inferências aproximados e dados incompletos ou

Critérios de Adequação para Sistemas Especialistas Domínio: o domínio, ou área temática, do problema é relativamente pequeno e limitado auma área-problema bem definida. Know-how: As soluções para o problema exigem os esforços de um especialista. Ou seja, énecessário um corpo de conhecimento, técnicas e intuição que apenas poucas pessoaspossuem. Complexidade: A solução do problema é uma tarefa complexa que exige processamentológico de inferências, que não seria muito bem controlado pelo processamento convencionalde informações. Estrutura: O processo de solução deve ser capaz de lidar com dados mal-estruturados,imprecisos, deficientes e conflitantes e com uma situação-problema que muda com o correrdo tempo. Disponibilidade: Existe um especialista que é articulador e cooperador e que tem o apoioda administração e usuários finais envolvidos no desenvolvimento do sistema proposto.

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ambíguos ao invés de recorrer apenas a dados claros, como por exemplo, os das escolhas binárias

(sim/não).

O advento da lógica fuzzy foi causado pela necessidade de expressar quantidades imprecisas,

vagas, mal-definidas. No entanto, ela não vem sendo aceita facilmente porque a conceituação

utilizada nos princípios fuzzy parece ser contrária às tradições e culturas ocidentais que são baseadas

em uma definição precisa, bivalente, entre o ser ou não-ser, entre o claro e o escuro. Embora a

cultura ocidental resolva de forma extraordinária muitos problemas, é preciso preencher os espaços

não adequadamente endereçados pelos métodos tradicionais. Nesse sentido, a lógica fuzzy nos

permite ver os graus de verdade entre o ser e o não-ser e os graus de cinza entre o claro e o escuro

(SHAW e SIMÕES, 1999).

A lógica fuzzy está baseada no conceito de conjuntos e no grau de pertinência de um

conjunto. Na lógica tradicional de computadores um elemento pertence ou não pertence a um

conjunto, ele é verdadeiro ou falso. Já a lógica fuzzy permite a existência de graus de veracidade que

medem a extensão em que um dado valor numérico está incluído em um conjunto difuso. Os termos

(chamados de funções de pertinência) são definidos de forma que, por exemplo, seja 15%

verdadeiro que um homem com 1,80m de altura pertença ao conjunto difuso “muito alto”, 60%

verdade que ele pertença ao conjunto difuso “alto”, e 30% verdade que ele pertença ao conjunto

difuso “mediano” (como esses valores-verdades se referem a conjuntos diferentes, eles não têm que

alcançar 100%) (LAUDON e PRICE LAUDON, 1999).

A teoria de conjuntos clássicos estabelece relações sistemáticas entre objetos dentro de um

conjunto assim como entre elementos de vários conjuntos. Um conjunto é uma coleção de alguns

números definidos chamados de elementos do conjunto, que compartilham propriedades comuns.

Estes elementos podem pertencer ou não pertencer a um conjunto. Por exemplo, se A é um

conjunto e x é um elemento, então x pertence a A , Ax ∈ , se e somente se x satisfaça todas as

exigências de A ; se não Ax ∉ (SCHNEIDER et al, 1996).

A teoria de conjuntos clássicos tem contribuído para o desenvolvimento de uma grande

gama de aplicações científicas em áreas em que a decisão se faz necessária, como por exemplo,

medicina, negócios e engenharia. Os métodos de conjuntos clássicos são usados principalmente em

áreas onde as medidas são feitas precisamente. Entretanto, quando tais condições favoráveis não

refletem o domínio do problema, a aplicação da teoria de conjuntos clássicos pode obter maus

resultados (SCHNEIDER et al, 1996).

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Assim, o uso desta teoria para classificar dados e conhecimento pode conduzir para

distorção na interpretação dos dados e conhecimento. Às vezes, a transição de um membro em um

conjunto para um membro em outro conjunto não é bruta, mas gradual. Nesses casos, classificar

elementos em termos de conjuntos crisp implica arbitrariamente em extrair limites entre os

conjuntos. O problema é mais severo em casos onde a informação disponível para fazer o processo

de decisão é difícil para obter uma fórmula matemática precisa, conseqüentemente, a decisão

precisa ser baseada em dados contendo mais escalas de erro (SCHNEIDER et al, 1996).

Estas observações levam para o desenvolvimento da Teoria de Conjuntos Fuzzy. Os

conjuntos fuzzy se diferem dos conjuntos clássicos num aspecto crucial: um elemento pode

pertencer a um conjunto fuzzy, pode não pertencer, ou pode pertencer em uma escala intermediária

entre os dois extremos. A extensão a que um elemento pertence a dado conjunto fuzzy é chamada de

graus de pertinência ou escala de pertinência (SCHNEIDER et al, 1996).

O termo fuzzy foi introduzido por Lotfi A. Zadeh para descrever conjuntos cujos critérios de

pertinência são vagos. Assim, a cerveja é somente um membro de um conjunto de bebidas frias. A

incerteza sobre um estado tal como a cerveja está fria não é representada pela probabilidade que

cerveja está fria, mas sim pelo que Zadeh chama a possibilidade que a cerveja está fria. A

possibilidade do estado é representada por um número gerado por uma função de pertinência. A

função de pertinência x associada com o conjunto fuzzy determina graus de pertinência para os

elementos em um conjunto. Por exemplo, ela pode determinar os seguintes valores para a função de

pertinência associada com a temperatura da cerveja: o grau de pertinência de 38ºF cerveja no

conjunto fuzzy bebidas frias é 1 (x[38] =1), mas o grau de pertinência de 46ºF cerveja é somente 0.2

(x[46]=0.2) (SCHNEIDER et al, 1996).

O uso da teoria de conjuntos fuzzy é muito útil em casos onde a decisão precisa ser feita em

ambientes em que a informação disponível está incompleta, vaga, ou ambígua. O resultado,

consultado como o grau de pertinência que é computado para cada processo de decisão, representa

os graus de opinião que a decisão alcançada está correta. Embora o fator de certeza possa ter um

valor em qualquer escala, o intervalo [0,1] é normalmente usado (SCHNEIDER et al, 1996).

[FIM DE SEÇÃO. Não remova esta quebra de seção]

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3. DESENVOLVIMENTO

Neste capítulo são apresentadas as etapas de desenvolvimento do sistema, além de

apresentar sua modelagem final.

Para a modelagem do sistema foi utilizada a UML que é segundo Booch, Rumbaugh e

Jacobson (2000), uma linguagem-padrão para a elaboração da estrutura de projetos de software.

Os diagramas desenvolvidos neste trabalho, disponíveis através da UML, foram os

diagramas de caso de uso e o diagrama de classes. Para a modelagem do banco de dados foi

desenvolvido o Modelo Lógico.

Para a implementação do sistema foi utilizada a linguagem de programação PHP e banco de

dados MySql por serem gratuitos.

3.1. MODELAGEM

3.1.1. Diagrama de caso de uso

Segundo Furlan (1998), os diagramas de caso descrevem os requerimentos funcionais do

sistema de maneira consensual entre usuários e desenvolvedores de sistemas. Fornecem uma

descrição consistente e clara sobre as responsabilidades que devem ser cumpridas pelo sistema. A

definição formal de caso de uso, segundo a UML, é: um conjunto de seqüências de ações que um

sistema desempenha para produzir um resultado observável de valor a um ator específico.

O diagrama de caso de uso descreve as ações do profissional da saúde sob o sistema. O

profissional da saúde pode efetuar diversas consultas, registrar os dados da anamnese, pedir

diversos exames e efetuar outras funcionalidades.

Os diagramas de casos de uso desenvolvidos neste trabalho foram divididos em dois

pacotes, conforme mostra a Figura 3.

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Figura 3. Pacotes utilizados para dividir os casos de uso

No Pacote 01 - Administração estão os diagramas de casos de uso administrativos, conforme

mostra a Figura 4.

Figura 4. Diagramas de casos de uso do pacote 01 – administração

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As ações, as condições, os cenários e os requisitos funcionais e não funcionais dos diagramas de casos de uso do Pacote 01 – Administração estão detalhados na Tabela 4 e na Tabela 5

Tabela 5.

Tabela 4. Caso de Uso UC 01.01 Cadastro de Usuários

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 01.01 Cadastro de Usuários Quem dispara: Responsável Técnico Cenário Principal: Cadastro de usuários.

1) Responsável Técnico informa os dados do usuário. 2) Sistema verifica se o usuário já está cadastrado. 3) Sistema salva os dados.

Cenário Exceção: Profissional já Cadastrado No passo 2, se o usuário já esta cadastrado mostra Mensagem 'Usuário já cadastrado' e volta ao passo 1. Pré-Condições: O Responsável Técnico deve estar logado no sistema (UC 02.01 Loga no Sistema). Requisitos Funcionais: REF 009 - O sistema deve permitir o cadastro de usuários.

Tabela 5. Caso de Uso UC 01.02 Gera backup do Banco de Dados

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 01.02 Gera backup do Banco de Dados Quem dispara: Responsável Técnico Cenário Principal: Gera backup do Banco de Dados

1) Responsável Técnico informa dados do backup. 2) Sistema gera backup. 3) Sistema salva os dados.

Pré-Condições: O Responsável Técnico deve estar logado no sistema (UC 02.01 Loga no Sistema). Requisitos Não-Funcionais: RNF 01.02 - O sistema deve possuir rotinas de backup para evitar a perda dos dados.

No Pacote 02 - Operacional estão os diagramas de casos de uso operacionais, conforme nos

mostra a Figura 5.

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Figura 5. Diagramas de casos de uso do pacote 02 – operacional

As ações, as condições, os cenários e os requisitos funcionais e não funcionais dos

diagramas de casos de uso do Pacote 02 – Operacional estão detalhados nas tabelas de 6 a 20.

Tabela 6. Caso de Uso UC 02.01 Loga no Sistema

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.01 Loga no Sistema Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Loga no Sistema

1) Profissional informa seu nome de usuário e senha. 2) Sistema verifica se o nome de usuário e a senha coincidem. 3) Sistema libera acesso.

Cenário Exceção: Login Inválido No passo 2, se a senha e/ou nome de usuário não são encontrados ou são inválidos mostra mensagem 'Login Inválido' e volta ao passo 1.

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Pré-Condições: O Profissional deve estar cadastrado no sistema (UC 01.01 Cadastro de Usuários). Pós-Condições: O Profissional deve estar logado no sistema. Requisitos Não-Funcionais: RNF 01.01 - O sistema deve possuir um mecanismo de segurança para evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso ao sistema ou a dados privados.

Tabela 7. Caso de Uso UC 02.02 Identifica paciente no sistema

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.02 Identifica paciente no sistema Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Identifica paciente no sistema

1) Profissional informa o nome do paciente. 2) Sistema verifica se o paciente está cadastrado. 3) Sistema identifica o paciente e disponibiliza todos os dados já cadastrados em outras

consultas. Cenário Alternativo: Cadastra Paciente

1) Profissional informa os dados de Identificação do Paciente. 2) Sistema salva os dados. 3) Paciente é identificado no sistema.

Cenário Exceção: Paciente não está cadastrado No passo 2, se o paciente não está cadastrado mostra mensagem 'Paciente não cadastrado' e habilita itens Tentar Logar Novamente e Cadastrar Usuário. Se o Profissional clicar em Tentar Logar Novamente volta ao passo 1 do cenário principal. Se ele clicar em Cadastrar Paciente executa cenário Alternativo. Pré-Condições: O Profissional deve estar logado no sistema (UC 02.01 Loga no Sistema). Pós-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema.

Tabela 8. Caso de Uso UC 02.03 Registra dados da Anamnese

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.03 Registra dados da Anamnese Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra dados da Anamnese

1) Se algum dado de Identificação do Paciente mudou, profissional informa os dados de Identificação do Paciente.

2) Sistema salva os dados em um novo registro. 3) Profissional informa os dados da Queixa Principal, da História da Queixa Principal e da

História Médica. 4) Sistema salva os dados.

Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 001 - O sistema deve permitir o registro da Identificação do Paciente. REF 002 - O sistema deve permitir o registro da História Médica.

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Tabela 9. Caso de Uso UC 02.04 Registra dados do Exame Físico da Pressão Arterial Sistêmica

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.04 Registra dados do Exame Físico da Pressão Arterial Sistêmica Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra os dados da Pressão Arterial Sistêmica

1) Profissional informa os dados da Pressão Arterial Sistêmica. 2) Sistema salva os dados.

Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 003 - O sistema deve permitir o registro do Exame Físico.

Tabela 10. Caso de Uso UC 02.05 Registra dados do Exame Físico da Saliva

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.05 Registra dados do Exame Físico da Saliva Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra os dados do Exame Físico da Saliva

1) Profissional informa os dados do Exame Físico da Saliva. 2) Sistema salva os dados.

Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 003 - O sistema deve permitir o registro do Exame Físico.

Tabela 11. Caso de Uso UC 02.06 Registra dados do Exame Físico Extra Bucal

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.06 Registra dados do Exame Físico Extra Bucal Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra dados do Exame Físico Extra Bucal

1) Profissional informa os dados do Exame Físico Extra Bucal e clica em algum ponto da imagem apresentada para marcar algum fator anormal que tenha observado no paciente.

2) Sistema salva os dados. Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 003 - O sistema deve permitir o registro do Exame Físico.

Tabela 12. Caso de Uso UC 02.07 Registra dados do Exame Físico Intra Bucal

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.07 Registra dados do Exame Físico Intra Bucal Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra dados do Exame Físico Intra Bucal

1) Profissional informa os dados do Exame Físico Intra Bucal e clica em algum ponto da imagem apresentada para marcar algum fator anormal que tenha observado no paciente.

2) Sistema salva os dados.

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Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 003 - O sistema deve permitir o registro do Exame Físico.

Tabela 13. Caso de Uso UC 02.08 Registra dados do Exame Físico Dental e Periodental

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.08 Registra dados do Exame Físico Dental e Periodental Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra os dados do Exame Físico Dental e Periodental

1) Profissional informa os dentes que o paciente possui. 2) Profissional clica no botao Montar Arcada Dentária. 3) Sistema apresenta uma imagem com a arcada dentária do paciente e os demais campos do

Exame Físico Dental e Periodental. 4) Profissional clica na imagem apresentada para marcar ponto(s) vermelho(s) onde o paciente

possui cárie e ponto(s) azul(s) onde a cárie foi restaurada. 5) Profissional informa os dados do Exame Físico Dental e Periodental. 6) Sistema salva os dados.

Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 003 - O sistema deve permitir o registro do Exame Físico.

Tabela 14. Caso de Uso UC 02.09 Registra dados de Exames Complementares de Radiografias

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.09 Registra dados de Exames Complementares de Radiografias Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra os dados de Exames Complementares de Radiografias

1) Profissional seleciona as radiografias periapicais, interproximais, oclusais e extra-orais requeridas.

2) Sistema salva os dados. Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 004 - O sistema deve permitir o registro de Exames Complementares.

Tabela 15. Caso de Uso UC 02.10 Registra dados de Exames Complementares Laboratoriais

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.10 Registra dados de Exames Complementares Laboratoriais Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra os dados de Exames Complementares Laboratoriais

1) Profissional seleciona os exames laboratoriais requeridos. 2) Sistema salva os dados.

Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 004 - O sistema deve permitir o registro de Exames Complementares.

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Tabela 16. Caso de Uso UC 02.11 Registra dados de Exames Complementares de Biopsia e Citologia

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.11 Registra dados de Exames Complementares de Biopsia e Citologia Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra os dados de Exames Complementares de Biopsia e Citologia

1) Profissional informa os dados da ficha de Biopsia e Citologia em anexo. 2) Sistema salva os dados.

Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 004.

Tabela 17. Caso de Uso UC 02.12 Registra dados de Encaminhamentos

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.12 Registra dados de Encaminhamentos Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra os dados de Encaminhamentos

1) Profissional seleciona o(s) item(s) desejado(s). 2) Sistema salva os dados.

Cenário Alternativo: Item(s) possui sub-itens No passo 1, se o(s) item(s) possui(em) sub-itens : 1) Sistema apresenta todos os sub-itens do(s) item(s) selecionado(s). 2) Profissional seleciona o(s) sub-item(s) que desejar. 3) Volta ao passo 2 do cenário principal. Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 005 - O sistema deve permitir o registro de Encaminhamentos.

Tabela 18. Caso de Uso UC 02.13 Registra dados de Tratamento

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.13 Registra dados de Tratamento Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra os dados de Evolução

1) Profissional informa os dados de Tratamento. 2) Sistema salva os dados.

Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 006 - O sistema deve permitir o registro da Evolução do Paciente.

Tabela 19. Caso de Uso UC 02.14 Registra dados de Atestado Médico

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Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.14 Registra dados de Atestado Médico Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra dados do Atestado Médico

1) Profissional informa os dados do Atestado Médico. 2) Sistema salva os dados. 3) Sistema imprimi o atestado médico.

Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 007 - O sistema deve permitir o registro e impressão do Atestado Médico.

Tabela 20. Caso de Uso UC 02.15 Registra dados de Receituário

Descrição do Caso de Uso Nome do Caso de Uso: UC 02.15 Registra dados de Receituário Quem dispara: Profissional Cenário Principal: Registra dados do Receituário

1) Profissional informa os dados do Receituário. 2) Sistema salva os dados. 3) Sistema imprimi o receituário.

Pré-Condições: O Paciente deve estar identificado no sistema (UC 02.02 Identifica paciente no sistema). Requisitos Funcionais: REF 008 - O sistema deve permitir o registro e a impressão do Receituário.

3.1.2. Diagrama de Classes

Segundo Furlan (1998), “um diagrama de classe é uma estrutura lógica estática em uma

superfície de duas dimensões mostrando uma coleção de elementos declarativos de modelo, como

classes, tipos e seus respectivos conteúdos e relações”. Já Booch, Rumbaugh e Jacobson (2000),

definem diagrama de classe como “um diagrama que mostra um conjunto de classes, interfaces e

colaborações e seus relacionamentos. Graficamente, um diagrama de classes é uma coleção de

vértices e arcos”.

A seguir, na Figura 6, tem-se o diagrama de classes do sistema de Prontuário Eletrônico.

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Figura 6. Diagrama de classes

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3.1.3. Banco de Dados

A modelagem Lógica do banco de dados encontra-se na Figura 7.

Figura 7. Modelo lógico do banco de dados

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3.1.4. Dicionário de Dados

Os Dicionários de Dados de cada tabela do Modelo Lógico do Banco de Dados encontra-se

nas tabelas de 21 a 42.

Tabela 21. Dicionário de Dados da Tabela PACIENTE

Nome Descrição Tipo matricula Número de matrícula do paciente. I(6) data_matricula Data do registro do paciente. D nome Nome do Paciente. A50 Dat_nas Data de Nascimento. D sexo Sexo do paciente. A1 Cid_nas Cidade onde o paciente nasceu. A30 Uf_nas Estado onde nasceu o paciente. A30 Pais País em que o paciente nasceu. A30 apelido Apelido do Paciente. A20 Cor Cor do Paciente. A10 tip_sang Tipo sanguíneo do paciente. A3 nome_mae Nome da mãe do paciente. A50 nome_pai Nome do pai do paciente. A50

Tabela 22. Dicionário de Dados da Tabela DADOS_PACIENTE

Nome Descrição Tipo data_dados_paciente Data do registro dos dados do paciente. D CPF CPF do Paciente. A15 identidade Numero da carteira de identidade do Paciente. A15 org_exp Órgão expedidor da carteira de identidade. A5 dat_emi Data da emissão da carteira de identidade. D est_civ Estado civil do paciente. A15 nacionalidade País onde o paciente nasceu. A30 grau_inst Grau de instrução do Paciente. A20 peso Peso do Paciente. F altura Altura do Paciente. F prof_mae Profissão da mãe do paciente. A50 prof_pai Profissão do pai do paciente. A50 Cart_prof_num Número da Carteira Profissional. A20 Cart_prof_serie Série da Carteira Profissional. A20

Tabela 23. Dicionário de Dados da Tabela ENDERECO_RESIDENCIAL

Nome Descrição Tipo data_residencial Data do registro do endereço residencial. D rua Rua do endereço residencial. A50 numero Número do endereço residencial. A10

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Nome Descrição Tipo complemento Complemento do endereço residencial. A30 bairro Bairro do endereço residencial. A30 cep CEP do endereço residencial. A9 municipio Município do endereço residencial. A30 uf Estado do endereço residencial. A20 Fone Telefone do endereço residencial. A20 Cód_endereço_residencial Código de ligação de tabelas. I(6)

Tabela 24. Dicionário de Dados da Tabela PACIENTE_ENDERECO_RESIDENCIAL

Nome Descrição Tipo Matricula Número de Matrícula do Paciente. I(6) Cód_endereço_residencial Código do Endereço Residencial do Paciente. I(6)

Tabela 25. Dicionário de Dados da Tabela ENDERECO_CONHECIDO

Nome Descrição Tipo data_conhecido Data do registro do endereço de um conhecido. D rua Rua do endereço de um conhecido. A50 numero Número do endereço de um conhecido. A10 complemento Complemento do endereço de um conhecido. A30 bairro Bairro do endereço de um conhecido. A30 cep CEP do endereço de um conhecido. A9 municipio Município do endereço de um conhecido. A30 uf Estado do endereço de um conhecido. A30 fone_contato Telefone para entrar em contato. A20 falar_com Nome da pessoa com quem falar no telefone de um conhecido. A20 grau_parentesco Grau de Parentesco do conhecido. A20 Cód_endereço_conhecido Código de ligação de tabelas. I(6)

Tabela 26. Dicionário de Dados da Tabela PACIENTE_ENDERECO_CONHECIDO

Nome Descrição Tipo Matricula Número de Matrícula do Paciente. I(6) Cód_endereço_conhecido Código do Endereço de um Conhecido do Paciente. I(6)

Tabela 27. Dicionário de Dados da Tabela DADOS_SOCIO_ECONOMICOS

Nome Descrição Tipo data_dados_socio Data do registro dos dados sócio-econômicos. D tipo_casa Tipo da casa onde mora o paciente. A15 num_moram_casa Número de pessoas que moram na casa do paciente. A2 num_pess_part_renda Número de pessoas da família que participam da renda. A2 num_pessoas Número de pessoas da família. A2

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Nome Descrição Tipo renda Renda da família. A15 Cód_dados_sócio Código de ligação de tabelas. I(6)

Tabela 28. Dicionário de Dados da Tabela PACIENTE_DADOS_SOCIO_ECONOMICOS

Nome Descrição Tipo Matricula Número de Matrícula do Paciente. I(6) Cód_dados_socio Código dos Dados Sócio-Econômicos do Paciente. I(6)

Tabela 29. Dicionário de Dados da Tabela DADOS_PROFISSIONAIS

Nome Descrição Tipo data_dados_profi Data do registro dos dados profissionais. D profissao Profissão do Paciente. A30 empresa_trabalha Nome da empresa que o paciente trabalha. A50 rua Rua do endereço profissional. A50 numero Número do endereço profissional. A10 complemento Complemento do endereço profissional. A30 bairro Bairro do endereço profissional. A30 cep CEP do endereço profissional. A9 municipio Município do endereço profissional. A30 Uf Estado do endereço profissional. A30 Fone Telefone do endereço profissional. A20 Ramal Ramal do telefone onde o paciente trabalha. A15 Matricula Número de Matrícula do Paciente. I(6)

Tabela 30. Dicionário de Dados da Tabela CONSULTA

Nome Descrição Tipo cod_consulta Código da Consulta. I(6) data_consulta Data do registro da consulta. D Queixa Queixa Principal do paciente. TXT desc_tratamento Descrição do tratamento. TXT reg_tratamento Região onde o paciente foi tratado. A50 Desc_receituário Descrição do Receituário. TXT Matricula Número de Matrícula do Paciente. I(6) Cód_profissional Código dos Dados Profissionais do Paciente. I(6) Cód_saliva Código do Exame Físico da Saliva do Paciente. I(6) Cód_intrabucal Código do Exame Físico Intra Bucal do Paciente. I(6) Cód_extrabucal Código do Exame Físico Extra Bucal do Paciente. I(6) Cód_dentalperiodental Código do Exame Físico Dental Periodental do Paciente. I(6) Hora_consulta Hora da Consulta do Paciente. T Num_dias Número de Dias do Atestado Médico. I(2) Num_dias_ext Número de Dias por extenso do Atestado Médico. A20

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Tabela 31. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_FISICO_SALIVA

Nome Descrição Tipo cod_saliva Código do Exame Físico. I(6) asp_fis_saliva Aspecto Físico da Saliva do Paciente. TXT ord_parotida Parótida, dado da ordenha das glândulas salivares. TXT ord_sublingual Sub-Lingual, dado da ordenha das glândulas salivares. TXT ord_submandibular Sub-Mandibular, dado da ordenha das glândulas salivares. TXT fluxo_salivar_estimulado Fluxo Salivar Estimulado, dado do Fluxo Salivar Estimulado. TXT fluxo_salivar_repouso Fluxo Salivar em Repouso, dado do Fluxo Salivar em Repouso. TXT fluxo_se_espuma Espuma, dado do Fluxo Salivar Estimulado. A20 fluxo_se_qtdsaliva Quantidade de Saliva, dado do Fluxo Salivar Estimulado. A20 fluxo_se_resultado Resultado, dado do Fluxo Salivar Estimulado. TXT fluxo_sr_espuma Espuma, dado do Fluxo Salivar em Repouso. A20 fluxo_sr_qtdsaliva Quantidade de Saliva, dado do Fluxo Salivar em Repouso. A20 fluxo_sr_resultado Resultado, dado do Fluxo Salivar em Repouso. TXT Cod_consulta Código da Consulta. I(6) . Tabela 32. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_FISICO_INTRABUCAL

Nome Descrição Tipo cod_intrabucal Código do Exame Físico Intra-Bucal. I(6) ib_area_retro_molar Área Retro Molar. TXT ib_gengiva Gengiva. TXT ib_istmo_fauce Istmo da Fauce. TXT ib_língua Língua. TXT ib_mucosa_jugal Mucosa Jugal. TXT ib_palato_duro_mole Palato Duro e Mole. TXT ib_soalho_boca Soalho da Boca. TXT Cod_consulta Código da Consulta. I(6) Img1_coord_x_azul Coordenada X de cor azul da Imagem 1. A100 Img1_coord_y_azul Coordenada Y de cor azul da Imagem 1. A100 Img1_coord_x_vermelho Coordenada X de cor vermelha da Imagem 1. A100 Img1_coord_y_vermelho Coordenada Y de cor vermelha da Imagem 1. A100 Img2_coord_x_azul Coordenada X de cor azul da Imagem 2. A100 Img2_coord_y_azul Coordenada Y de cor azul da Imagem 2. A100 Img2_coord_x_vermelho Coordenada X de cor vermelha da Imagem 2. A100 Img2_coord_y_vermelho Coordenada Y de cor vermelha da Imagem 2. A100 .

Tabela 33. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_FISICO_EXTRABUCAL

Nome Descrição Tipo cod_extrabucal Código do Exame Físico ExtraBucal. I(6) eb_bulcinador Bulcinador. TXT eb_cervical Cervical. TXT eb_labial Labial. TXT eb_mastoidea Mastóidea. TXT eb_occipital Occipital. TXT

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Nome Descrição Tipo eb_parotidea Paratidea. TXT eb_periauricular Periauricular. TXT eb_sub_mandibular Sub-Mandibular. TXT eb_sub_mentoniana Sub-Mentoniana. TXT Cod_consulta Código da Consulta. I(6) Img_coord_x_azul Coordenada X de cor azul da Imagem. A100 Img_coord_y_azul Coordenada Y de cor azul da Imagem. A100 Img_coord_x_vermelho Coordenada X de cor vermelha da Imagem. A100 Img_coord_y_vermelho Coordenada Y de cor vermelha da Imagem. A100

Tabela 34. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_FISICO_DENTALPERIODENTAL

Nome Descrição Tipo cod_dentalperiodental Código do Exame Físico Dental Periodental. I(6) Dp_obs Observação do exame físico Dental Periodental. TXT Cód_consulta Código da Consulta. I(6)

Tabela 35. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_FISICO_PRESSAOARTERIAL

Nome Descrição Tipo cod_pressao Código do Exame Físico Pressão Arterial I(6) Pas_diastolica Valor da Pressão Diastólica. A2 Pas_sistolica Valor da Pressão Sistólica. A2 Pas_resultado Resultado dos valores da Pressão. TXT

Tabela 36. Dicionário de Dados da Tabela COMENTARIO_PROBLEMA

Nome Descrição Tipo coment_problema Comentário de algum problema encontrado no exame físico

dental periodental. TXT

Cód_problema Código do Problema. I(6) Cód_dentalperiodental Código do Exame Físico Dental Periodental. I(6) . Tabela 37. Dicionário de Dados da Tabela PROBLEMA

Nome Descrição Tipo cod_problema Código do Problema. I(6) desc_problema Descrição dos problemas que existem. A50 . Tabela 38. Dicionário de Dados da Tabela PROFISSIONAL

Nome Descrição Tipo cod_profissional Código do Profissional. I(6) Nome Nome do Profissional. A50 Usuário Nome do usuário do Profissional. A15

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Nome Descrição Tipo Senha Senha do Profissional. A15 Permissão Permissão que o profissional cadastrado tem para acessar o

prontuário. A1

Crm CRM do Profssional A10 Uf_crm Estado do CRM do Profissional A30 Numero_crm Numero do CRm do Profisional A10 Situação Situação do Profissional cadastrado. A1

Tabela 39. Dicionário de Dados da Tabela PROFISSIONAL_ENDERECO

Nome Descrição Tipo cod_profissional Código do Profissional. I(6) Cód_endereco_residencial Código do endereço Residencial. I(6)

Tabela 40. Dicionário de Dados da Tabela BACKUP

Nome Descrição Tipo cod_backup Código do Backup. I(6) Data_backup Data do registro do backup. D Cód_profissional Código do Profissional que efetuou o backup. I(6) Nome_arquivo Nome do arquivo que foi salvo o backup. A30

Tabela 41. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_COMPLEMENTAR_RADIOGRAFIA

Nome Descrição Tipo cod_radiografia Código do Exame Complementar Radiografia. I(6) int_anteriores Anteriores, Radiografia Interproximais. A1 Int_molares Molares, Radiografia Interproximais. A1 Int_pré_molares Pré-Molares, Radiografia Interproximais. A1 oclu_man_anterior Mandíbula Anterior, Radiografia Oclusais. A1 oclu_man_heml Mandíbula Heml, Radiografia Oclusais. A1 oclu_man_total Mandíbula Total, Radiografia Oclusais. A1 oclu_max_anterior Maxila Anterior, Radiografia Oclusais. A1 oclu_max_heml Maxila Heml, Radiografia Oclusais. A1 oclu_max_total Maxila Total, Radiografia Oclusais. A1 ext_ind_cli Indicação Clínica, Radiografia Extra-Orais. TXT ext_outras Outras, Radiografia Extra-Orais. TXT ext_panoramica Panorâmica, Radiografia Extra-Orais. A1 ext_resso_mag Ressonância Magnética, Radiografia Extra-Orais. A1 ext_tomo_compu Tomografia Computadorizada, Radiografia Extra-Orais. A1 ext_cefalometricas Cefalometricas, Radiografia Extra-Orais. A1

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Tabela 42. Dicionário de Dados da Tabela EXAME_COMPLEMENTAR_LABORATORIAL

Nome Descrição Tipo cod_laboratorial Código do Exame Complementar Laboratorial. I(6) lab_cont_plaquetas Contagem de Plaquetas. A1 lab_creatina Creatina. A1 lab_glicemia_jejum Glicemia em jejum. A1 lab_hemograma Hemograma. A1 lab_outros Outros. TXT lab_prova_laco Prova do Laço. A1 lab_retracao_coagulo Retração do Coagulo. A1 lab_tc Tempo de Coagulação. A1 lab_tp Tempo de PróTrombina. A1 lab_ts Tempo de Sangria. A1 lab_ttpa Tempo de Tromboplastia Parcial Ativada. A1 lab_ureia Uréia. A1

3.1.5. Variáveis Difusas

3.1.5.1. Curvas para Representação dos Conjuntos Difusos

Há quatro maneiras distintas para se representar conjuntos difusos: Representação

Triangular, Representação em S, Representação em Sino e Representação fora do padrão.

A superfície de um conjunto difuso, ou seja, à parte do conjunto que define a função de

pertinência, pode assumir qualquer formato. Geralmente a superfície é uma linha continua unindo a

margem esquerda à margem direita. Os contornos de um conjunto difuso representam as

propriedades semânticas do conceito em estudo, então, quanto mais próxima à superfície estiver do

comportamento de um fenômeno físico ou conceitual, melhor será a representação do mundo real

(COX, 1994).

Os sistemas difusos são tolerantes a aproximação não só em seu espaço de problema, mas

também na representação dos conjuntos difusos. Isto significa que eles têm o mesmo desempenho

quando os conjuntos não mapeiam exatamente o conceito de modelo.

A representação de um número difuso pode ser feita de várias maneiras. A Figura 8 mostra o

conceito de "Próximo a 5" modelado por uma curva "Sino". Já a Figura 9 mostra o mesmo conceito,

modelado com um espaço triangular. Quando se sobrepõe a estas duas curvas, a diferença é

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aparente, porém, os modelos difusos são praticamente insensíveis a este tipo de fato. Tal

característica torna os modelos difusos bastante robustos.

Figura 8. Representação de “Números Próximos a 5”, usando uma curva “Sino”

A maneira mais simples de representação de um conjunto difuso é a superfície linear, que é

sempre usada quando o conceito é desconhecido ou muito pouco compreendido e não constitui um

número difuso. Há dois estados para um conjunto difuso linear. O conjunto crescente e o

decrescente. O crescente começa ao de maior pertinência. O decrescente é exatamente o contrário,

como mostra a Figura 10.

5

1

G ra u d e P e r tin ê n c ia

N ú m e ro s P ró x im o s a 5

Figura 9. Representação de “Números Próximos a 5”, usando espaço triangular

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Grau de Pertinência

Grau de Pertinência

Domínio

Domínio

Conjunto Difusocrescente

Conjunto Difusodecrescente

Figura 10. Conjuntos Difusos Lineares Crescente e Decrescente

As curvas sigmóides ou curvas "S" correspondem a superfícies não lineares crescentes ou

decrescentes, como mostra a Figura 11. Estas curvas são bastante usadas na modelagem de

populações dinâmicas, onde a amostra de valores individuais se aproxima de uma variável aleatória.

Como exemplo de tais sistemas e eventos, tem-se: a velocidade de um jato de combate, a aceleração

de um objeto caindo, o intervalo de tempo entre emissões radioativas (COX, 1994).

Figura 11. Representação da curva “S” na forma crescente e na forma decrescente

As curvas em forma de sino representam os chamados "números difusos". Há três

importantes classes de curvas em forma de sino: PI, Beta e Gauss. A diferença entre as três curvas

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esta na inclinação da curva e nos valores dos pontos externos. Um exemplo de uma curva em forma

de sino foi ilustrado na Figura 8.

Um número difuso representa uma aproximação de algum valor e geralmente fornece um

conjunto de trabalho melhor do que o correspondente em valores crisp. Além disso, os números

difusos desempenham um importante papel na definição dos modificadores (pouco, muito, etc.).

A curva PI é a forma preferida de representação dos números difusos. Já a curva Beta tem o

formato mais fechado que a PI. As curvas de Gauss ou exponenciais correspondem ao método

menos popular para representar números difusos. A incapacidade de prever exatamente o formato

da curva em forma de sino resultante torna esta curva difícil de ser usada.

Algumas vezes as funções ou curvas padrão falham na captura da semântica de um modelo

particular ou a representação usando os padrões se torna ineficiente. Isto ocorre especialmente

quando um conjunto difuso é usado para representar independentemente o estado de uma variável.

Neste caso, tem-se que definir um formato arbitrário para o conjunto difuso, como mostrado na

Figura 12.

Figura 12. Exemplos de Conjuntos Difusos que não usam funções padrão

Um conjunto difuso pode ser especificado por uma simples lista dos valores de pertinência

no intervalo [0,1]. O valor absolutamente verdadeiro é colocado no ponto médio do domínio. O

exemplo típico disto é a função triangular. Quando há mais que um valor absolutamente verdadeiro,

a função triangular é expandida, tomando a forma de uma função trapezoidal, como mostra a Figura

13.

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1

Grau de Pertinência

120 240 360 Temperatura em graus Celsius

1

Grau de Pertinência

120 240 360

Temp. em grausCelsius.

Figura 13. Conjuntos Difusos Triangular e Trapezoidal

No atendimento do paciente, o cirurgião dentista obtem vários dados (variáveis) do paciente

que são tratados pelo sistema utilizando Lógica Fuzzy. As variáveis difusas tratadas no sistema são:

Pressão Arterial Sistêmica, que se divide em Sistólica e Diastólica, e Fluxo Salivar em Repouso e

Estimulado. Quando o cirurgião entra com o valor destas variáveis, o sistema faz um cálculo e

mostra na tela o grau de problema que o paciente possa ter. A representação dos conjuntos fuzzy que

são considerados nos sistema é triangular ou de superfície linear pois, após testes feitos no MatLab,

apesar do conceito de número difuso (curva em Sino) teoricamente ser o mais próximo do que se

pretendia modelar, os resultados não se aproximaram tanto do que os especialistas esperavam na

prática, ficando então a opção triangular.

A Tabela 43 apresenta as funções de pertinência da Pressão Arterial Sistêmica e a Tabela 44

apresenta as funções de pertinência do Fluxo Salivar (Figura 14 e Figura 15 respectivamente).

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Tabela 43. Funções de Pertinência da Pressão Arterial Sistêmica

Pressão Arterial Variáveis Lingüísticas Função de Pertinência Normal =∫ )(x {

1 se 120 ≤< x 62 −x se 12>x

Sistólica

Hipertensão ∫ =)(x {

72 +− x se 1412 ≤< x

1 se 14>x Normal ∫ =)(x {

1 se 80 ≤< x

8−x se 8>x

Diastólica

Hipertensão ∫ =)(x {

9+− x se 98 ≤< x 1 se 9>x

Figura 14. Gráfico das funções de pertinência para a variável pressão arterial sistêmica

A Figura 14 apresenta os gráficos da Pressão Arterial. No gráfico Sistólica, pode-se observar

que caso o valor seja menor que 12, o paciente está num nível normal e se for maior que 14 o

paciente está no nível de hipertensão. Na medida em que o valor vai se distanciando de 12 em

direção a 14, pode-se observar que o paciente está num nível intermediário entre normal e

hipertensão. O mesmo serve para o gráfico Diastólica.

12 14

Normal Hipertensão

8 9

Normal HipertensãoSistólica Diastólica

mmHg mmHg

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Tabela 44. Funções de Pertinência do Fluxo Salivar

Fluxo Salivar Variáveis Lingüísticas Função de Pertinência Hipossalivação =∫ )(x {

1 se 1,0≤x

5,12,0 +− x se 3,01,0 ≤< x

Normal Baixo ∫ =)(x {

5,02,0 −x se 3,01,0 << x

1 se 3,0

41,0 +− x se 4,03,0 << x

Repouso

Normal ∫ =)(x {

1 se 4,0≥x

31,0 −x se 4,03,0 ≤< x

Hipossalivação =∫ )(x {

1 se 5,0≤x

25,0 +− x se 15,0 ≤< x

Normal Baixo =∫ )(x {

15,0 +− x se 15,0 << x

1 se 1 15,0 +− x se 21 << x

Estimulado

Normal =∫ )(x {

1 se 2≥x

1−x se 21 ≤< x

Figura 15. Gráfico das funções de pertinência para a variável fluxo salivar

0,1 0,3 0,4

Hipossalivação Normal Baixo Normal

0,5 1 2

Hipossalivação Normal Baixo Normal

Repouso

Estimulado

ml/min

ml/min

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A Figura 15 apresenta os gráficos do Fluxo Salivar. No gráfico Repouso, pode-se observar

que caso o valor seja menor que 0.1, o paciente está num nível de hipossalivação, se o valor for 0.3

o paciente está num nível normal baixo e se for maior que 0.4 o paciente está no nível normal. Na

medida em que o valor vai se distanciando de 0.1 em direção a 0.3, pode-se observar que o paciente

está num nível intermediário entre hipossalivação e normal baixo e na medida em que vai se

distanciando de 0.3 em direção a 0.4, pode-se observar que o paciente está num nível intermediário

entre normal baixo e normal. O mesmo serve para o gráfico Estimulado.

3.2. PEPWEB

O PEPweb foi desenvolvido devido a uma grande necessidade de se automatizar o processo

de registros odontológicos do Departamento de Estomatologia do CCS/UFSC. Neste departamento

são atendidos todos os tipos de pacientes, inclusive os portadores de necessidades especiais. O

sistema grava os dados pessoais do paciente, dados da sua consulta, faz encaminhamentos, imprimi

atestados médicos, receituários, além de utilizar Inteligência Artificial para auxiliar na tomada de

decisão sobre alguns diagnósticos.

3.2.1. Esrtrutura do PEPweb

A estrutura do PEPweb foi criada tendo como base o Prontuário Odontológico usado

atualmente de forma manual e foi composto da seguinte forma:

• Anamnese: Identificação do Paciente, Queixa Principal, História de Queixa Principal

e História Médica;

• Exame Físico: Pressão Arterial, Saliva, Extra-Bucal, Intra-Bucal e Dental-

Periodental;

• Exame Complementar: Radiografias, Laboratoriais e Biopsia e Citologia;

• Encaminhamentos;

• Dados do Tratamento: região ou dente do tratamento, evolução do paciente;

• Atestado Médico; e

• Receituário.

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3.2.2. Características e Funcionalidades do PEPweb

O PEPweb está dividido em duas Áreas: Administrativa e Consultas. Para acessar uma das

duas o usuário deve estar cadastrado no sistema com suas respectivas permissões e efetuar o seu

login no sistema.

O PEPweb possui uma tela de entrada no sistema na qual o usuário precisa digitar seu nome

e senha de usuário para poder entrar. Ao entrar com o nome e senha de usuário o sistema

automaticamente verifica se o usuário é o administrador do sistema ou se é um usuário comum.

Caso seja administrador, ele é redirecionado para a Área Administrativa, caso contrário para a Área

de Consultas.

Figura 16. Tela de entrada do PEPweb

3.2.2.1. Área Administrativa

A Área Administrativa só pode ser acessada pelo administrador do sistema. Nesta área o

administrador pode cadastrar os dados dos profissionais, atualizá-los, efetuar backup do banco de

dados e verificar a versão do sistema.

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Figura 17. Tela de entrada da Área Administrativa do PEPweb

3.2.2.1.1. Cadastro de Dados dos Profissionais

No cadastro de profissionais o administrador pode cadastrar os seguintes dados:

• Dados do Profissional: Nome Completo, Nome de Usuário, Senha de Usuário, CRM,

Estado do CRM, Número do CRM, Permissão e Situação e;

• Endereço Residencial: Rua, Número, Complemento, Bairro, CEP, Cidade, Estado e

Telefone.

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Figura 18. Tela da opção profissional cadastrar

O nome e senha de usuário não podem ser menores que 6 (seis) e maiores que 15 (quinze)

caracteres, entre letras e números.

O campo permissão é uma lista composta das opções cadastrar e visualizar. A opção

cadastrar permite ao profissional cadastrado efetuar cadastros no PEPweb. Já a opção visualizar

permite apenas a visualização dos dados do PEPweb.

Figura 19. Opções de permissão para acessar o PEPweb

Cada consulta efetuada possui um profissional responsável. Desta forma, não é permitida a

exclusão de profissionais do banco de dados, pois isso acarretaria em perda de informações

importantes. Por esse motivo existe o campo situação que é uma lista composta das opções liberado

e cancelado. A opção liberado permite que o profissional entre no PEPweb. Já a opção cancelado

não permite.

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Figura 20. Opções de situação do profissional

Com essas duas opções (permissão e situação) o sistema fica mais seguro e atende os

requisitos de autenticação e controle de acesso do sistema.

3.2.2.1.2. Atualização de Dados dos Profissionais

Ao entrar na opção de atualização de dados dos profissionais o administrador poderá efetuar

uma busca pelo nome completo ou parte do nome do profissional. Ao efetuar a busca o sistema

apresentará todos os profissionais encontrados. O administrador clica sobre o nome profissional

desejado e terá todas as informações deste profissional. Após isso, basta alterar as informações

desejadas.

Figura 21. Tela de busca de profissionais para atualização dos dados

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Figura 22. Tela com os profissionais encontrados na busca

Figura 23. Tela com os dados do profissional para serem atualizados

3.2.2.1.3. Backup do Banco de Dados

Nesta opção o administrador poderá escolher entre ver todos os backups já realizados e

efetuar um novo backup. Ao entrar na opção “ver todos” será apresentada uma lista com todos os

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backups já realizados junto com as suas informações que são: data do backup e nome do arquivo

gerado. Na opção “efetuar” o administrador pode efetuar um novo backup.

Figura 24. Tela da opção backup ver todos

Figura 25. Tela da opção backup efetuar

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3.2.2.1.4. Versão do PEPweb

O PEPweb possui versão do software associada a uma referência (nome e número de versão)

única e não ambígua. A cada atualização uma nova versão do software é criada. Nesta opção o

administrador pode verificar qual a versão do PEPweb que está instalada.

Figura 26. Tela da opção versão

3.2.2.2. Área de Consultas

A Área de Consultas só pode ser acessada pelos profissionais cadastrados no sistema. Nesta

área o profissional pode cadastrar pacientes, efetuar consultas ou apenas ver os dados de consultas

anteriores, mas para isso, o principal e obrigatório requisito é estar com o paciente identificado no

sistema.

3.2.2.2.1. Identificar Paciente no Sistema

Para realizar este requisito, a primeira tela do sistema apresenta a opção de cadastro ou

busca de pacientes. Se o paciente já está cadastrado no sistema, basta efetuar a busca do mesmo, se

não está cadastrado, e o profissional possui permissão para tal, basta cadastra-lo no sistema.

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Figura 27. Tela de entrada da Área de Consultas do PEPweb

Cadastro de Pacientes

O cadastro de pacientes possui 5 (cinco) opções de cadastro: Dados Pessoais, Endereço

Residencial, Endereço de uma Pessoa Conhecida, Dados Profissionais e Dados Sócio-Econômicos.

Essas opções só podem ser acessadas pelo profissional que possui permissão para tal.

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Figura 28. Tela com as opções de cadastro de identificação do paciente

Busca de Pacientes

Se o paciente já esta cadastrado no sistema o profissional pode efetuar a busca pelo nome ou

pelo CPF, que retornará todos os pacientes encontrados no banco de dados de acordo com a busca

escolhida. Para finalizar a busca basta clicar sobre o nome do paciente que está sendo atendido. A

partir deste momento o profissional pode visualizar os dados de todas as consultas anteriores do

paciente.

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Figura 29. Tela inicial da busca de pacientes

Figura 30. Tela com os pacientes encontrados na busca

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Figura 31. Tela de confirmação do paciente escolhido

3.2.2.2.2. Iniciar Consulta

Para iniciar uma consulta basta clicar em Iniciar Consulta, que só aparece para quem tem

permissão, que é a primeira opção do menu lateral. Após clicar nesta opção o sistema irá verificar

se já existe uma consulta deste paciente no dia de hoje. Caso exista, o sistema apresentará duas

opções: Continuar a Consulta Existente e Criar uma nova consulta. O profissional deve escolher o

que deseja e clicar sobre a opção para iniciar a consulta.

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Figura 32. Tela da opção iniciar consulta

Figura 33. Tela com a confirmação da consulta iniciada

Ao profissional clicar em um item do menu lateral serão mostrados os links para acessar os

dados das consultas anteriores e um link para efetuar o cadastro da consulta atual, no entanto, se o

cadastro da consulta atual já tiver sido feito, o link não aparecerá. Esta regra serve para todos os

itens do menu lateral.

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Figura 34. Tela que mostra consultas anteriores e opção para cadastrar dados

3.2.2.2.3. Anamnsese

A Anamnese é composto pelos seguintes cadastros: Identificação do Paciente, Queixa

Principal e História Médica. O cadastro de Identificação do Paciente já foi visto no item 3.2.2.2.1.

Queixa Principal

Neste item, o profissional poderá cadastrar a queixa principal do paciente.

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Figura 35. Tela da opção anamnese queixa principal

História Médica

Neste item, o profissional terá um questionário com inúmeras perguntas sobre a saúde do

paciente. Estes dados são importantíssimos para acompanhar a saúde do paciente.

Figura 36. Tela da opção anamnese história médica

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3.2.2.2.4. Exames Físicos

Os Exames Físicos são compostos por: Pressão Arterial Sistêmica, Saliva, Extra-Bucal,

Intra-Bucal e Dental-Periodental.

Pressão Arterial Sistêmica

O cadastro do Exame Físico da Pressão Arterial é composto pelos seguintes dados: Sistólica

e Diastólica.

Figura 37. Tela da opção exame físico pressão arterial sistêmica

Saliva

O cadastro do Exame Físico da Saliva é composto pelos seguintes dados: Ordenha das

Glândulas Salivares, Aspectos Físicos da Saliva, Fluxo Salivar em Repouso e Fluxo Salivar

Estimulado.

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Figura 38. Tela da opção exame físico saliva

Extra-Bucal

O cadastro do Exame Físico Extra-Bucal é composto pelos seguintes dados: Bulcinador,

Sub-Mentoniana, Sub-Mandibular, Cervical, Periauricular, Parotídea, Mastoídea, Occiptal e Labial.

Figura 39. Tela da opção exame físico extra-bucal

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Intra-Bucal

O cadastro do Exame Físico Intra-Bucal é composto pelos seguintes dados: Mucosa Jugal,

Área Retro-Molar, Língua, Soalho da Boca, Palato Duro e Mole, Istmo da Fauce e Gengiva.

Figura 40. Tela da opção exame físico intra-bucal

Tanto para o Exame Físico Intra-Bucal como para o Extra-Bucal o profissional tem a opção

de marcar irregularidades encontradas no paciente. Para isso, são mostradas duas imagens nas quais

o profissional poderá marcar círculos que poderão ser de duas cores: azul e vermelho. A cor azul

serve para marcar algo que já foi tratado. A cor vermelha serve para marcar algum problema

encontrado.

Dental e Periodental

Neste item, o profissional possui diversos problemas que poderá cadastrar.

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Figura 41. Tela da opção exame físico dental e periodental

3.2.2.2.5. Exames Complementares

Os Exames Complementares são compostos por: Radiografias, Laboratoriais e Biopsia e

Citologia.

Radiografias

Neste item, o profissional tem a opção de requerer Radiografias Periapicais, Interproximais,

Oclusais e Extra-Orais.

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Figura 42. Tela da opção exames complementares radiografias

Laboratoriais

Neste item, o profissional tem a opção de requerer Exames Laboratoriais de Hemograma e

Ligados a Hemostagia.

Figura 43. Tela da opção exames complementares laboratoriais

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3.2.2.2.6. Tratamento

O cadastro do Tratamento é composto pelos seguintes dados: Data, Dente ou Região,

Tratamento, Paciente e Profissional. Este cadastro é um dos mais importantes na consulta. Com

esses dados o profissional tem toda a evolução do tratamento do paciente. É possível visualizar em

qual dente ou região foi efetuado o tratamento, obter uma descrição completa do tratamento, assim

como, ver qual o profissional que foi responsável pelo atendimento.

Figura 44. Tela da opção tratamento

3.2.2.2.7. Atestado Médico

Neste item, o profissional tem a opção de imprimir um atestado médico para o paciente. Para

isso basta informar o número de dias de afastamento do trabalho que o paciente terá direito.

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Figura 45. Tela da opção atestado médico

Figura 46. Tela com a opção de imprimir o atestado médico

3.2.2.2.8. Receituário

Neste item, o profissional poderá imprimir um receituário para o paciente. Para isso basta

escrever o receituário no campo adequado.

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Figura 47. Tela da opção receituário

Figura 48. Tela com a opção de imprimir o receituário

[FIM DE SEÇÃO. Não remova esta quebra de seção]

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4. CONCLUSÃO

A transformação do prontuário manual para o eletrônico é a cada ano que passa uma

realidade presente em consultórios médicos, clínicas, hospitais, etc. A grande motivação para o

desenvolvimento deste trabalho foi à necessidade de se obter uma completa evolução odontológica

dos pacientes. Os prontuários manuais utilizados hoje em dia são muitas vezes ilegíveis,

incompletos e passíveis de destruição com o tempo, tornando esse assunto uma grande área de

desenvolvimento.

O sucesso no desenvolvimento do sistema se deu principalmente pelo seguimento de todas

as etapas descritas no trabalho. O levantamento de requisitos e o acompanhamento dos especialistas

durante a construção do sistema fizeram com que o trabalho alcançasse todos os objetivos.

O prontuário odontológico eletrônico desenvolvido neste trabalho possui diversas

informações que um prontuário comum não possui, tornando-o deste modo especializado em

pacientes portadores de necessidades especiais, mas isso não o impede de atender pacientes

comuns.

O Prontuário desenvolvido possui duas Áreas, uma Administrativa e outra de Consultas. Na

Área Administrativa é possível cadastrar profissionais da saúde, efetuar backup’s e ver a versão do

sistema. Na Área de Consultas é possível ver todos os dados das consultas anteriores, assim como

cadastrar os dados da consulta em andamento. Na construção do prontuário os valores do Fluxo

Salivar e a da Pressão Arterial foram tratados pelo sistema utilizando Lógica Fuzzy. Ao inserir estes

dados, o sistema calcula o valor de pertinência de cada um, apresentando o resultado. O prontuário

possui várias opções de impressão como atestado médico, receituário, requisição de exames,

encaminhamentos, exames de biopsia e citologia, etc. No Exame Físico Extra-Bucal, Intra-Bucal e

Dental-Periodental o profissional tem a opção de marcar círculos nas imagens apresentadas para

apontar alguma irregularidade encontrada no paciente. Essa parte do sistema foi programada

utilizando Biblioteca GD. A cada clique que o profissional faz sobre a imagem, são guardados os

valores das coordenadas x e y da imagem, e a partir daí é desenhado o circulo. Para evitar que seja

utilizado um espaço muito grande com as imagens marcadas, elas são utilizadas de forma

temporária, ou seja, não são gravadas em disco. Apenas são gravadas no banco de dados as

coordenadas x e y da imagem.

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O sistema pode ser instalado e utilizado sem se preocupar com licenças, pois utiliza

softwares livres, que são o PHP e o MySql. O sistema pode ser instalado tanto em uma máquina

local sem acesso a Internet como num servidor Web. A princípio o sistema ficará instalado no

servidor da UFSC no endereço www.pepweb.ufsc.br. O servidor de banco de dados utilizado

também se localiza no mesmo local.

Após os testes e a validação pelos especialistas, o prontuário odontológico está pronto para

utilização pelo Departamento de Estomatologia do CCS/UFSC, que agora possui uma forma muito

ágil, concreta e fácil de ser utilizada para registrar as consultas dos pacientes. O prontuário

começará a ser utilizado a partir de fevereiro de 2005, pelos professores e alunos do curso de

Odontologia da UFSC.

Ao final do trabalho, pode-se concluir que o sistema desenvolvido alcançou os objetivos

definidos na primeira fase do projeto. Alguns dados que foram previstos na primeira fase foram

modificados conforme foi surgindo a necessidade, como por exemplo a modelagem do banco de

dados.

Algumas recomendações a trabalhos futuros:

• Acrescentar variáveis a serem tratadas no sistema pela Lógica Fuzzy;

• Utilizar opção de anexar arquivos;

• Importação e Exportação de Dados;

• Utilizar sistemas especialistas para auxiliar o diagnóstico médico, etc.

[FIM DE SEÇÃO. Não remova esta quebra de seção]

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[FIM DE SEÇÃO. Não remova esta quebra de seção]

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ANEXO I - REQUISITOS DE SEGURANÇA, CONTEÚDO E FUNCIONALIDADES PARA SISTEMAS DE REGISTRO ELETRÔNICO EM SAÚDE (RES)

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ANEXO II - CPR ATTRIBUTES & SUBATTRIBUTES

IOM “Gold Standard” Attributes

A. Provides problem lists 1. Shows problem status for each encounter 2. Provides base problem description on SNOMED III 3. Archives problems complete with status history 4. Links problems automatically with orders and results 5. Meets RBRVS/E&M documentation/coding requirements 6. Updates RBRVS/E&M codes in timely fashion B. Measures health status and functional levels 1. Supports at least one health status measure 2. Incorporates one accepted measure of functional level 3. Encourages and stores systematic measurements of health status 4. Supports completion of SF-36 or similar measure 5. Encourages routine SF-36 completion 6. Allows direct patient input of SF-36 information C. Documents clinical reasoning/rationale 1. Designates CPR location for clinical decision information 2. Documents clinician decision rationale/processes 3. Tracks clinical decision process sometimes 4. Automates clinical decision process every time 5. Links with clinical practice guidelines to show deviations 6. Shares clinical decision rationale with other caregivers D. Provides longitudinal and timely CPR linkages with other patient records 1. Supports longitudinal CPR for all previous encounters 2. Supports automatic retention of selected L-CPR data 3. Supports linkage with other “same system” CPRs 4. Expands local CPR from same vendors, other CPR sources

5. Downloads patient record data from CPR-similar systems to create local L-CPR 6. Uses knowledge bases to create local L-CPR E. Guarantees confidentiality and audit trails 1. Supports multiple security levels 2. Supports industry-standard electronic signatures 3. Supports automatic audit trail for all accesses of every field 4. Supports automatic analysis of audit trails/unauthorized access attempts 5. Establishes patient/physician data element confidentiality 6. Runs under B-2 or above rated operating system F. Provides continuous authorized-user access 1. Logs all transaction processing and archiving 2. Supports multiple simultaneous users concurrently 3. Supports write-locking mechanism to prevent unauthorized updates 4. Alerts simultaneous users of each other’s presence on the same record 5. Provides availability to users 99.5 percent of the time 6. Supports redundancy/fault tolerant for access anytime G. Supports simultaneous user views in the CPR 1. Supports different views for different clinician users 2. Supports different views for nurses and various aspects of nursing 3. Supports tailored specialty views at enterprise level 4. Supports departmental and specific user views 5. Modifies viewing parameters routinely and extensively 6. Presents and tailors summary screen information differently for each specialty H. Provides access to local or remote information resources 1. Provides response in 2 seconds or less 90 percent of the time 2. Supports sub-second response time 80 percent of the time

3. Provides access to local/remote databases/resources 4. Provides access to databases via hard disk, CD-ROM, email 5. Documents accesses with audit trail for resource inquiry 6. Tracks/provides reminders; validates care process and expert advice given and followed I. Facilitates clinical problem solving 1. Provides reminders linked to problems on problem list 2. Provides reminders to both clinician and patient 3. Incorporates analytical or other problem-solving tools 4. Provides automated communications between referring/consulting physicians 5. Supports array of tools with less than 10 second response 6. Provides access to aids: automatic tracking/documentation, showing logic/rationale J. Supports direct physician entry 1. Used by clinicians from many specialties in nearly every patient encounter 2. Used by clinicians for every patient, directly inputting all information 3. Used by 100 or more physicians in their practices 4. Provides mechanism for dynamic access to formulary information specific to patient’s plan 5. Provides documentation associated with problem required by RBRVS for each encounter 6. Allows for physician dictation into record—system maintains structured record K. Supports cost measuring/quality assurance 1. Contains built-in mechanisms/access to other systems to capture cost information 2. Provides access to other systems to capture cost information, employing quality measurement tools 3. Collects cost/quality information; presents to clinician, not during patient encounter

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4. Collects cost/quality information; presents to clinician during patient encounter 5. Structures cost, quality, severity information to influence clinician decisions during encounter 6. Presents cost, quality, severity information for clinician decision support in presence of patient L. Supports existing/evolving clinical specialty needs 1. Supports internal medicine; used by 10 or more groups 2. Substitutes different modules for each clinical specialty 3. Generates tailored systems rapidly with special tools 4. Supports 5 or more clinical specialties beyond original 5. Supports 10 or more clinical specialties/sub-specialties 6. Supports multi-speciality clinics, used by 5 or more groups

Key Underpinnings M. Clinical data dictionary 1. Provides granularity at “atomic level,” the lowest common denominator 2. Supports skeleton to robust CPR 3. Accommodates new, unforeseen data elements 4. Designed in fully object oriented architecture 5. Provides detailed attributes for each data element; supports all data types 6. Supports dynamic relationships among all atomic-level data elements N. Clinical data repository 1. Supports users of “primary” CPR at or near point of care 2. Adds new data elements dynamically 3. Supports rapid response for caregivers 4. Facilitates generation of “secondary” CPR for research 5. Supports multimedia aspects of the “primary” CPR 6. Provides patient and enterprise orientation O. Point-of-care facility 1. Supports full range of input technologies 2. Engineered with human factors emphasis 3. Provides easy/fast input protocol; intuitive input interface 4. Capitalizes on the “repetitive” nature of medicine by using templates

5. Provides evidence of consistent use by many types of users in the patient’s presence 6. Provides evidence of physician productivity improvement and value-added facility P. Ergonomically designed presentation facility 1. Supports user-friendly movement across the system 2. Engineered with human factors emphasis and system design 3. Provides rapid “painting” screens at point of care in less than one second 4. Supports pervasive use of visual cues and consistent presentation of information 5. Provides balance between density of information and uncluttered aesthetics 6. Provides consistent formatting for users to find information Q. Intelligent care support facility 1. Anticipates and facilitates how users think/function at the point of care 2. Anticipates and facilitates all clinical processes/thinking 3. Provides real-time access to decision support facilities and tools 4. Provides access to remote knowledge bases at the point of care and other “need to know” locations 5. Ensures dynamic documentation during encounter complying with all coding rules 6. Provides dynamic re-engineering of workflow for efficiency and efficacy, based on enterprise

Other Critical Attributes R. Supports routine multimedia/image data storage 1. Supports storage as attached BLOBS in the database 2. Uses industry-standard compression algorithms 3. Uses proprietary compression algorithms 4. Uses multimedia object-relational or object DBMS technologies 5. Supports partial multimedia but not full-motion video 6. Supports complete multimedia including full-motion video S. Links with ambulatory and other patient records 1. Links same patient records on same vendor’s system at different locations

2. Merges records on same vendor’s system at different provider organizations 3. Sends some/all of patient record to referred physician 4. Receives the integrated record from referred physician following encounter 5. Attaches records generated on different vendor systems 6. Merges CPR content from one or more vendor systems T. Supports multiple formulary lists 1. Supports downloading of formulary information 2. Supports multiple formularies concurrently 3. Supports formulary based on patient’s plan of care 4. Supports dynamic, real-time use of formulary at point of care, based on patient’s plan 5. Supports dynamic updating of formularies from appropriate sources 6. Provides alerts/reminders when departing from patient-specific formulary U. Checks RBRVS, E&M compliance and documentation 1. Performs automatic code assignment after encounter 2. Performs intelligent assignment coding during encounter 3. Performs analysis of code-documentation check 4. Performs real-time code-documentation checking 5. Suggests further documentation requirements for alternative coding in real time 6. Certifies of code-documentation matching V. Supports multiple practice management/EDI linkages 1. Links with 5 or more PMSs 2. Links with all 25 top PMS vendor systems 3. Links with PMS for dynamic CPR/PMS information transfer 4. Links via EDI with various eligibility services 5. Links via EDI to expedite claims processing 6. Links via EDI to edit and resubmit claims W. Supports automated history and physical 1. Supports rapid capture of patient history 2. Supports rapid capture of physical exam

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3. Utilizes iconic interface using human anatomy images 4. Supports full range of patient history types 5. Supports standard sets of “normals” for findings 6. Supports expedited template-based findings X. Supports icon-generated text 1. Creates text for few CPR data elements by touching icons 2. Creates text for most CPR data elements by touching icons 3. Creates text for all CPR data elements by touching icons 4. Augments text via typing at designated appropriate patient record locations 5. Generates uniform text via controlled vocabulary by touching icons 6. Generates and stores controlled vocabulary; icons and local vocabulary appear Y. Supports multiple controlled vocabularies and coding structures 1. Supports local, regional, national vocabularies; updates 2. Uses vocabulary control on some record fields 3. Uses vocabulary control on virtually all appropriate text fields of the patient record 4. Uses SNOMED-III as principle controlled vocabulary 5. Uses enhanced SNOMED-III as the principle controlled vocabulary 6. Uses another recognized controlled vocabulary source (MED-CIN, etc.) Z. Other 1. Supports integrated/interfaced document imaging via icon on the clinical workstation 2. Supports integrated/interfaced diagnostic imaging via icon on the clinical workstation 3. Supports integrated/interfaced voice dictation via icon on the clinical workstation 4. Supports integrated/interfaced full-motion video via icon on the clinical workstation 5. Supports integrated/interfaced speech recognition via icon on the clinical workstation 6. Supports other integrated/interfaced technology via icon on the clinical workstation

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ANEXO III – ARTIGO CIENTÍFICO

[FIM DE SEÇÃO. Não remova esta quebra de seção

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