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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
COMPARATIVO ECONÔMICO-FINANCEIRO DA EMPRESA DVA – V EÍCULOS S/A
COM OUTRAS EMPRESAS DO MESMO RAMO DE ATIVIDADE
ANTONY ESPÍNDOLA DA SILVA
BIGUAÇU (SC), JULHO DE 2008
ANTONY ESPÍNDOLA DA SILVA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
COMPARATIVO ECONÔMICO-FINANCEIRO DA EMPRESA DVA – V EÍCULOS S/A
COM OUTRAS EMPRESAS DO MESMO RAMO DE ATIVIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Contábeis, do Centro de Educação Superior IV Biguaçu, da Universidade do Vale do Itajaí, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Prof°.: Crisanto Santos Ribeiro
BIGUAÇU (SC), JULHO DE 2008
A Deus, o Grande Arquiteto do Universo:
Fonte de luz inspiradora e de graça plena, sem Ele nada eu poderia ter feito!
Aos meus pais:
Pela educação e retidão de caráter que me ensinaram a ter.
À minha mulher:
Pelo amor, paciência, companheirismo e confiança!
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, Professor Crisanto Santos Ribeiro, que tornou possível
a realização deste trabalho.
A Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis, Professora Marisa
Luciana Schvabe Morais, pelo apoio incondicional que sempre demonstrou por
mim.
Aos demais Professores da Universidade do Vale do Itajaí pela paciência,
dedicação e empenho que sempre demonstraram em todo o curso.
Aos amigos, poucos, mas sinceros, que me sempre me ajudaram nos
momentos mais difíceis.
Aos meus familiares pelo apoio e por nunca duvidarem da minha
capacidade.
Aos meus Irmãos que sempre me apoiaram e me incentivaram a continuar
lutando de maneira digna, um Tríplice e Fraternal Abraço.
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a importância da Análise das Demonstrações Financeiras aplicado à empresa DVA – Veículos S/A, uma vez que tais análises apresentam-se como importantes ferramentas de gestão. O foco principal baseia-se numa análise comparativa entre a empresa DVA – Veículos S/A com outras empresas do mesmo ramo de atividade, onde os dados para se efetuarem tais comparações foram extraídos da Revista Exame – fonte especializada que publica anualmente análises efetuadas em empresas dos mais variados ramos de atividade, porte e enquadramento fiscal. Ao final deste trabalho, pode-se vislumbrar que a técnica de efetuarem-se comparações entre empresas de mesmo ramo de atividade, setores, segmentos etc., por meio da estratificação de índices-padrão, disponibilizados por fontes especializadas, permite chegar-se a conclusões fidedignas sobre a real situação mercadológica das empresas analisadas. Tais análises além de possuírem um custo operacional muito pequeno, proporcionam aos gestores uma importante ferramenta de gestão, indispensável nos dias atuais onde os mercados estão altamente competitivos e globalizados. Palavras-chave: análise, avaliação, estrutura de capital, demonstração, índice-padrão, liquidez, gerencial, gestor, ramo de atividade, rentabilidade e tendência.
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – BALANÇO PATRIMONIAL........................................................................................ 13
QUADRO 2 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO........................................... 17
QUADRO 3 – MODELO DE PADRONIZAÇÃO............................................................................... 25
QUADRO 4 – QUADRO-RESUMO DE ÍNDICES............................................................................ 35
QUADRO 5 – CRITÉRIO DE ANÁLISE COMPARATIVA................................................................ 44
QUADRO 6 – AVALIAÇÃO DE ÍNDICES ........................................................................................ 49
QUADRO 7 – FÓRMULA DOS ÍNDICES ........................................................................................ 54
QUADRO 8 - ORDEM CRESCENTE DE ÍNDICES-PADRÃO 2005 .............................................. 61
QUADRO 9 – ORDEM CRESCENTE DE ÍNDICES-PADRÃO 2006 .............................................. 61
QUADRO 10 - DECIS 2005 ............................................................................................................ 62
QUADRO 11 - DECIS 2006 ............................................................................................................ 62
QUADRO 12 - AVALIAÇÃO DE ÍNDICES ....................................................................................... 63
QUADRO 13 - ÍNDICES-PADRÃO 2005 ......................................................................................... 64
QUADRO 14 - ÍNDICES-PADRÃO 2006 ......................................................................................... 64
QUADRO 15 – AVALIAÇÃO SEGUNDO OS CRITÉRIOS ÍNDICES-PADRÃO 2005 .................... 65
QUADRO 16 – AVALIAÇÃO SEGUNDO OS CRITÉRIOS ÍNDICES-PADRÃO 2006 .................... 65
QUADRO 17 – AVALIAÇÃO DOS CONCEITOS – 2005 E 2006 .................................................... 66
QUADRO 18 – RESUMO DOS CONCEITOS 2005 ........................................................................ 67
QUADRO 19 – RESUMO DOS CONCEITOS 2006 ........................................................................ 67
QUADRO 20 – AVALIAÇÃO DE ÍNDICES FINANCEIROS............................................................. 68
QUADRO 21 - SUMÁRIO DA AVALIAÇÃO BASEADA NOS ÍNDICES-PADRÃO.......................... 69
QUADRO 22 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PERFIL ECONÔMICO-FINANCEIRO ............ 69
QUADRO 23 - PONTOS FORTES E FRACOS / EVOLUÇÃO / LINHA DE TENDÊNCIA ............. 70
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE 2005 A 2007 ......................................................... 50
GRÁFICO 2 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL - 2005............ 55
GRÁFICO 3 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ - 2005 ....................................... 56
GRÁFICO 4 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE - 2005 ........................... 57
GRÁFICO 5 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL - 2006............ 58
GRÁFICO 6 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ - 2006 ....................................... 59
GRÁFICO 7 – DEMONSTRAÇÃO DO ÍNDICES DE RENTABILIDADE - 2006.............................. 60
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 8
1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 8
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA................................................................................. 9
1.3 OBJETIVO ........................................................................................................... 10
1.3.1 Objetivo geral ..................................... ................................................................ 10
1.3.2 Objetivos específicos.............................. ........................................................... 10
1.4 SUPOSIÇÕES...................................................................................................... 11
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................. 11
2 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS............ ........................ 12
2.1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E A LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS... 12
2.1.1 Balanço patrimonial ................................ ........................................................... 13
2.1.1.1 Ativo .................................................................................................................... 16 2.1.1.2 Passivo ............................................................................................................... 16 2.1.1.3 Patrimônio líquido .............................................................................................. 17 2.1.2 Demonstrações do resultado do exercício............ ........................................... 17
2.2 OBJETIVO E CONCEITUAÇÃO DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS................................................................................................................ 19
2.2.1 Condições necessárias para um bom entendimento da a nálise das
demonstrações financeiras .......................... ................................................................ 19
2.2.2 Importância da análise das demonstrações financeira s na gestão empresarial
e na avaliação de tendências ....................... ................................................................ 21
2.2.3 A análise das demonstrações financeiras na contabil idade gerencial .......... 22
2.3 IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............ 22
3 PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE ......................... ......................................... 24
3.1 PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .............................. 24
3.2 ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES ....................................................................... 26
3.2.1 Descrição dos índices.............................. .......................................................... 27
3.2.2 Avaliação dos índices .............................. .......................................................... 36
3.3 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL................................................................. 38
3.4 ÍNDICES-PADRÃO .............................................................................................. 39
7
3.4.1 Construção de padrões .............................. ....................................................... 40
3.4.2 Ramos de atividade................................. ........................................................... 41
3.4.3 Utilidade dos índices-padrão....................... ...................................................... 42
3.4.4 Avaliação de índices através de padrões ............ ............................................. 43
4 METODOLOGIA ........................................ .......................................................... 45
4.1 ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 45
4.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................. 45
5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 47
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA DVA – VEÍCULOS S/A................................ 47
5.2 ESTUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO DA EMPRESA DVA – VEÍCULOS S/A ... 48
5.3 ESTUDO COMPARATIVO DA EMPRESA DVA – VEÍCULOS S/A COM OUTRAS
DO MESMO RAMO DE ATIVIDADE (CONSTRUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ÍNDICES-
PADRÃO)........................................................................................................................ 53
5.4 RESULTADO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO COMPARATIVO........................ 71
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................... .................................................. 73
6.1 QUANTO AO ALCANCE DOS OBJETIVOS PROPOSTOS ................................. 73
6.2 LIMITAÇÕES ....................................................................................................... 74
6.3 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 76
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 78
ANEXOS......................................................................................................................... 80
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho de conclusão de curso teve por objetivo demonstrar
que a Análise das Demonstrações Financeiras é um importante instrumento que
os gestores devem utilizar visando otimizar os resultados e criar novas situações
para a empresa.
Tais análises proporcionam à Contabilidade um teor extremamente
analítico, obtendo-se conclusões econômico-financeiras altamente fidedignas.
A análise das demonstrações financeiras, portanto, consubstancia-se em
um relevante instrumento de auxílio para a tomada de decisão, uma vez que o
seu objetivo é transformar dados financeiros em informações de cunho gerencial.
1.1 JUSTIFICATIVA
A análise das demonstrações financeiras proporciona à Contabilidade um
teor mais analítico, obtendo-se conclusões econômicas e financeiras de uma
empresa, através desta análise. Segundo Matarazzo (2007, p. 39), “a análise das
demonstrações visa extrair informações para a tomada de decisão. O perfeito
conhecimento do significado de cada conta facilita a busca de informações
precisas”.
Para a empresa DVA – Veículos S/A tais análises proporcionam uma maior
eficácia nos controles internos, tornando-se uma importante ferramenta de gestão
à disposição dos acionistas e dirigentes.
Da mesma forma, demonstra a transparência com que os dirigentes tratam
os escassos recursos de mercado, visando à produção de bens e serviços que
atenderão as necessidades de consumo dos consumidores e as exigências do
mercado, em geral.
Na visão do acadêmico, as análises potencializam os controles internos e
oferecem informações importantes para a tomada de decisão.
Assim, o conteúdo e a forma de apresentação das demonstrações vêem a
atender às necessidades da análise das demonstrações financeiras, que são
apuradas nas empresas. São expressões similares: análise de balanços, análise
das demonstrações contábeis, relatórios financeiros.
9
Segundo Assaf Neto (2002, p. 48):
A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram à evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura (projetada) de uma empresa.
Desta forma, pode-se dizer que a análise é um elemento de utilidade,
importantíssimo, nas operações que a empresa vier a fazer como: as operações a
prazo de compra e venda de mercadorias; a avaliação da situação econômico-
financeira e, por fim, a avaliação da eficiência administrativa, efetuando
comparações com concorrentes.
Todas as demonstrações são passíveis de serem analisadas. Dentre as
principais destacam-se: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do
Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Fluxo de Caixa e
Demonstração do Valor Adicionado.
O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício são as
principais demonstrações, onde, a primeira é observada em um aspecto
econômico, diferentemente da segunda que demonstra a situação financeira.
Segundo Marion (2002, p. 22):
Para ser feita a análise, deve averiguar se tem a posse de todas as Demonstrações Contábeis (inclusive Notas Explicativas). Também seria desejável ter em mão as Demonstrações Contábeis de três períodos. Com as publicações em colunas comparativas, têm-se de posse de uma única publicação, dois períodos: exercício atual e exercício anterior.
Em compêndio, o problema dessa pesquisa será analisar uma empresa de
capital fechado, tendo como base três períodos. Em contraponto, buscar-se-á
índices-padrão para que se possa efetuar um comparativo desta empresa com
outras do mesmo ramo de atividade.
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
O presente estudo originou-se da necessidade de se efetuar um
gerenciamento das Informações Financeiras da empresa DVA – Veículos S/A,
10
com o intuito de promover a tomada de decisões de maneira precisa e embasada
em dados plausíveis, deixando, assim, de incorrer em erros operacionais e
estratégicos. Segue abaixo a relação dos problemas:
- Existem métodos de se analisar a posição econômico-financeira da
empresa?
- Existem meios de se verificar a eficiência na utilização de recursos?
- Existem meios de se verificar os pontos fortes e fracos, bem como
analisar tendências e perspectivas?
- Existem dados que demonstrem a posição da empresa no mercado em
que atua?
1.3 OBJETIVO
Analisar as demonstrações financeiras da empresa DVA – Veículos S/A.
1.3.1 Objetivo geral
Analisar a posição econômico/financeira da empresa DVA – Veículos S/A,
no período de 2005 a 2007, efetuando-se um comparativo com empresas do
mesmo ramo de atividade.
1.3.2 Objetivos específicos
Para embasar as suposições e concretizar o objetivo geral, pretende-se
atingir as seguintes metas:
• Descrever a estrutura das demonstrações estudadas;
• Apresentar a empresa que será estudada;
• Verificar a situação econômico-financeira da empresa estudada.
11
1.4 SUPOSIÇÕES
Com o estudo de caso em questão, buscou-se o aprimoramento das
técnicas gerenciais com a análise das demonstrações financeiras, visando
promover melhorias no desempenho gerencial da empresa, como por exemplo:
- Gerenciamento das informações financeiras;
- Possibilidade de gerenciar os ativos e passivos de maneira otimizada;
- Visualizar o mercado em que atua e a posição em relação às empresas
do mesmo ramo de atividade;
- Acompanhar as tendências e desempenhos financeiros para a empresa
“situar-se” melhor no mercado.
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO
Além desta introdução o trabalho é composto primeiramente pela
evidenciação da metodologia aplicada ao devido entendimento das análises das
demonstrações contábeis.
Após é efetuada a conceituação da estrutura das demonstrações
contábeis, englobando ativo, passivo, patrimônio líquido e demonstração do
resultado do exercício. Destaca-se também, a importância das análises
financeiras na gestão empresarial.
Posteriormente, destacam-se os procedimentos para a análise,
exemplificando e conceituando todos os itens que compõem o referido processo.
Finaliza com o estudo prático das análises das demonstrações financeiras
da empresa DVA – Veículos S/A, onde se efetua o comparativo econômico-
financeiro com outras empresas do mesmo ramo de atividade.
2 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Neste capítulo, serão descritas todas as estruturas que compõem as
demonstrações contábeis, indispensáveis ao desenvolvimento pleno da análise
das demonstrações financeiras, por meio da utilização dos índices-padrão.
O devido entendimento da estrutura das demonstrações financeiras é
ponto fundamental para a elaboração acurada das análises das empresas.
Especificamente, o processo de análise necessita de conhecimentos
consolidados sobre as diversas formas de contabilização e apuração das
respectivas demonstrações, onde sem tais conhecimentos as conclusões ficam
limitadas a dados subjetivos da empresa. Segundo Assaf Neto (2002, p. 57),
“Essa parte é de fundamental importância para toda a análise de balanços”.
Na seqüência, será dado o embasamento sobre as demonstrações
contábeis que contemplarão o presente estudo de caso, sendo: Balanço
Patrimonial (ativo, passivo e patrimônio líquido), a demonstração de resultado do
exercício, bem como o que preceitua a lei das sociedades anônimas sobre as
análises das demonstrações financeiras.
2.1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E A LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
A Lei n. 6.404/76 regulamenta todo o conjunto de informações que deverão
estar presentes nas diversas demonstrações contábeis a serem divulgadas
anualmente pelas empresas. No caso específico da supracitada lei, restrito,
inicialmente, às sociedades por ações, onde, posteriormente, através do Decreto-
lei n. 1.598/77, estendeu-se a diversos tipos de sociedades sujeitas à tributação
do imposto de renda com base no lucro real.
Ressalta-se que a partir de 28 de dezembro de 2007 a Lei n.º 11.638
alterou e revogou dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da
Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, estendendo-se às sociedades de grande
porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações
financeiras.
13
Tais alterações refletem diretamente nas demonstrações aqui estudadas e
demonstradas.
Para o presente estudo de caso os efeitos da Lei n.º 11.638/07 não se
aplicaram, pois as demonstrações aqui apresentadas são anteriores às alterações
da supracitada Lei.
Na seqüência, serão abordados o Balanço Patrimonial e a Demonstração
do Resultado Exercício, devidamente exemplificados.
2.1.1 Balanço patrimonial
O Balanço Patrimonial representa, de maneira estática, a posição
patrimonial e financeira das empresas ao final de determinado exercício social.
Segundo o Fipecafi (2003, pág. 29) “o balanço tem por finalidade
apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data,
representando, portanto, uma posição estática”.
A seguir modelo elaborado de Balanço Patrimonial, de acordo com o que
preceituam os artigos 178 a 182 da Lei das Sociedades por Ações (6.404/76):
BALANÇO PATRIMONIAL EXERCÍCIO FINANCEIRO FINDO EM 31.12.X1
ATIVO EXERCÍCIO ANTERIOR
EXERCÍCIO ATUAL
Disponibilidades
Caixa
Banco-conta corrente
Aplicações financeiras
CRÉDITOS
Clientes
(-) Duplicatas descontadas
(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Títulos a receber
Banco conta vinculada
Adiantamentos a terceiros
Adiantamentos a funcionários
Impostos a recuperar
14
Investimentos temporários
ESTOQUES
DESPESAS ANTECIPADAS
Prêmio de seguros a apropriar
Encargos financeiros a apropriar
OUTROS VALORES E BENS
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
DIREITOS REALIZÁVEIS APÓS O EXERCÍCIO SEGUINTE
Adiantamentos a terceiros
Impostos a recuperar
Empréstimos compulsórios
PERMANENTE
INVESTIMENTOS
Participações societárias
Obras de arte
IMOBILIZADO
Terrenos
Instalações
Móveis/utensílios
Veículos
(-) Depreciação acumulada
DIFERIDO
Despesas pré-operacionais
Pesquisa de produtos
Gastos de reorganização
(-) Amortização acumulada
SOMA
TOTAL DO ATIVO
15
PASSIVO CIRCULANTE
EXERCÍCIO ANTERIOR
EXERCÍCIO ATUAL
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Obrigações fiscais
Adiantamento de clientes
Ordenados e salários
Encargos sociais
Títulos a pagar
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos e financiamentos
Retenções contratuais
Provisão para Imposto de Renda diferido
RESULTADO DE EXERCÍCIOS
FUTUROS
Receitas de exercícios futuros
(-) Custos e despesas correspondentes às receitas
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Capital Social
(-) Capital social a integralizar
RESERVAS DE CAPITAL
RESERVA DE REAVALIAÇÃO
RESERVA DE LUCROS
RESERVA LEGAL
RESERVA ESTATUTÁRIA
RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Lucros acumulados
(-) Prejuízos acumulados
(-) Ações em tesouraria
SOMA
TOTAL DO PASSIVO
QUADRO 1 – BALANÇO PATRIMONIAL Fonte: Autor Adaptado: Lei 6.404/76
16
Conforme o art. 178 da Lei n. 6.404/76, “no balanço, as contas serão
classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de
modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.
Na dicção do artigo supramencionado, tais informações revelam, através
dos seus diversos grupos de contas, elementos imprescindíveis ao conhecimento
da situação econômica e financeira da empresa, onde possíveis tendências
poderão ser analisadas de maneira clara e objetiva.
Na seqüência será dada a definição para Ativo, Passivo e Patrimônio
Líquido.
2.1.1.1 Ativo
O ativo representa, basicamente, as aplicações de recursos efetuadas pela
empresa, sendo o conjunto de bens e direitos de sua propriedade.
Conforme o Fipecafi (2003, pág. 29) o ativo “compreende as aplicações de
recursos, normalmente em bens e direitos”.
Os bens são representados por máquinas, terrenos, dinheiro (moeda),
estoque, ferramentas, instalações, veículos, obras de arte etc.
Já os direitos são representados por títulos a receber, duplicatas a receber,
contas a receber, ações etc.
2.1.1.2 Passivo
O passivo evidencializa as exigibilidades e obrigações da empresa.
Descreve assim o Fipecafi (2003, pág. 29) o passivo “compreende as
exigibilidades e obrigações”, tais como: contas a pagar, fornecedores de matéria-
prima, impostos a pagar, salários a pagar, financiamentos, empréstimos etc.
17
2.1.1.3 Patrimônio líquido
O patrimônio líquido representa a diferença entre o total do Ativo e do
Passivo. Basicamente, evidencia os recursos dos proprietários aplicados na
empresa.
Para o Fipecafi (2003, pág. 29) o patrimônio líquido “representa a diferença
entre o ativo e o passivo, ou seja, o valor líquido da empresa”.
O patrimônio líquido é constituído pelos seguintes subgrupos: capital
social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucro e lucros ou
prejuízos acumulados.
Posteriormente ao devido embasamento do Balanço Patrimonial e a
exemplificação dos grupos de contas que o compõem, segue na seqüência a
conceituação e exemplificação das demonstrações do resultado do exercício.
2.1.2 Demonstrações do resultado do exercício
A demonstração do resultado do exercício apresenta de forma dedutiva as
receitas, despesas, ganhos e perdas, onde defini o lucro ou prejuízo líquido do
exercício social.
Para melhor exemplificação, segue abaixo modelo elaborado para a
demonstração do resultado do exercício:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EXERCÍCIO FINANCEIRO FINDO EM 31.12.X1
EXERCÍCIO ANTERIOR
EXERCÍCIO ATUAL
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Produtos
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Devoluções de Vendas
Abatimentos
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
Custo dos Produtos Vendidos
Custo das Mercadorias
Custo dos Serviços Prestados
18
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Com Vendas
Despesas Administrativas
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Despesas Financeiras
(-) Receitas Financeiras
Variações Monetárias e Cambiais Passivas
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
(-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
= RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
Receitas Não Operacionais
Despesas Não Operacionais
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
(-) Participações de Administradores, Empregados, Debêntures e Partes Beneficiárias
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
QUADRO 2 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Fonte: Autor Adaptado: Lei 6.404/76
Nesse sentido Matarazzo (2007, p. 45), entende que:
A Demonstração do Resultado é, pois, o resumo do movimento de certas entradas e saídas no balanço, entre duas datas. Por isso, há autores clássicos americanos que chamam a Demonstração do Resultado de Fluxo (movimento) de Renda.
Desta forma, a demonstração do resultado do exercício caracteriza-se pela
elaboração ordenada das receitas e despesas.
Após o embasamento e exemplificação das demonstrações contábeis,
pode-se proceder com a devida conceituação da análise das demonstrações
financeiras, conforme item subseqüente.
19
2.2 OBJETIVO E CONCEITUAÇÃO DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A análise das demonstrações financeiras tem o objetivo, primordial, de
fornecer subsídios para a devida tomada de decisão por parte dos acionistas e
dirigentes, extraindo-se informações que demonstrem a saúde econômico-
financeira da empresa sobre as suas atividades operacionais.
Conceitua-se, basicamente, na obtenção de um diagnóstico confiável
acerca das informações demonstradas nos relatórios contábeis.
Assevera Iudícibus (1998, p. 20):
(...) caracterizar a análise de balanços como a “arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso”. Consideramos que a análise de balanços é uma arte, pois, embora existam alguns cálculos razoavelmente formalizados, não existe forma científica ou metodologicamente comprovada de relacionar os índices de maneira a obter um diagnóstico preciso.
Desta forma, a análise das demonstrações financeiras apresenta limitações
quanto às suas avaliações, contudo, é uma importante ferramenta posta à
disposição dos acionistas, dirigentes, gerentes, fornecedores, bancos, clientes
etc.
Ressalta-se que para o devido entendimento da análise das
demonstrações financeiras faz-se necessário conhecer alguns princípios que
norteiam todo o fundamento contábil, conforme se verifica no próximo item.
2.2.1 Condições necessárias para um bom entendiment o da análise das
demonstrações financeiras
Para que haja um perfeito entendimento das vantagens e limitações da
análise das demonstrações financeiras faz-se necessário aos usuários que
tenham um conhecimento básico sobre os denominados Princípios Fundamentais
de Contabilidade.
20
Segundo Iudícibus (1998, p. 26):
A formação dos princípios contábeis deve-se preferencialmente a respostas graduais que os contadores foram desenvolvendo, ao longo dos séculos, a problemas e desafios formulados pelas necessidades práticas. Na verdade, muitos princípios representam a “explicação científica” de normas e procedimentos que foram, primeiro, utilizados na prática, para em seguida serem racionalizados em teoria. Tentativas recentes, seguem o caminho inverso, ou seja, procura-se axiomatizar a teoria contábil numa série de premissas básicas bem gerais que somente em seguida serão testadas na prática.
Assim, os Princípios Fundamentais de Contabilidade podem ser
denominados como sendo as premissas básicas sobre os fenômenos econômicos
abrangidos pela contabilidade, devendo ser considerado como praticável, pelo
consenso profissional, e útil.
No Brasil, além da Lei n. 6.404/76 que estabelece que toda escrituração
contábil deva obedecer aos princípios contábeis, também, a CVM regulamenta os
procedimentos acerca destes princípios, emanados da lei societária.
Em resumo, os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam
toda a essência das doutrinas e teorias que concernem à Ciência da
Contabilidade, abrangendo o seu sentido mais amplo, cujo objeto é o Patrimônio
das Entidades. De acordo com a Resolução CFC n. 750 de 29 de dezembro de
1993, são Princípios Fundamentais de Contabilidade:
• Princípio da Entidade;
• Princípio da Continuidade;
• Princípio da Oportunidade;
• Princípio do Registro pelo Valor Original;
• Princípio da Atualização Monetária;
• Princípio da Competência; e
• Princípio da Prudência.
Após a disposição de algumas informações pertinentes ao devido
entendimento das demonstrações financeiras, bem como a citação dos princípios
contábeis, parte-se para um aprofundamento da importância das análises
financeiras, conforme se destaca no próximo item.
21
2.2.2 Importância da análise das demonstrações fina nceiras na gestão
empresarial e na avaliação de tendências
As empresas necessitam obter dados operacionais, ou estruturais, que
suportem a comparabilidade no mercado em que se encontram. Tais dados
proporcionam a avaliação de tendências de mercado, onde todos os fatos
registrados tornam-se imprescindíveis para a adequada tomada de decisões.
Correlacionar estes dados registrados através de indicadores financeiros e
consolida-los de maneira analítica, permite a obtenção de parâmetros, de forma
fidedigna, e, portanto, extremamente necessários à gestão das empresas.
Descreve, assim, Iudícibus (1998, p. 20):
(...) as empresas poderão desejar comparar-se não somente com relação a seus concorrentes, mas também fixar uma medida de tendência de longo prazo à qual o comportamento de certo índice deva-se ater.
Desta forma, as empresas podem, com base nos dados adquiridos,
determinar quais os seus pontos fortes e fracos, apresentando subsídios
inerentes a uma eficiente gestão por parte dos empresários.
Corrobora Matarazzo (2007, p. 27):
A política financeira de uma empresa tem reflexo nas demonstrações financeiras e é através da sua análise que se podem conhecer os seus objetivos. O conhecimento de tal informação é de especial relevância quando se trata de demonstrações financeiras de concorrentes. Através da sua análise pode-se descobrir que a política do concorrente é crescer o mais rápido possível para ganhar mercado, ainda que dependendo de capitais de terceiros e com o sacrifício da rentabilidade.
Evidencia-se, assim, que a gestão empresarial está diretamente ligada à
avaliação de tendências de mercado, onde após os processos de análise e
posteriores conclusões sobre a situação econômico-financeira e patrimonial da
empresa, os gestores conseguem estimar o seu futuro, suas limitações e suas
potencialidades.
O próximo item traz a tona como as análises das demonstrações
financeiras podem ser aliadas dos processos gerenciais.
22
2.2.3 A análise das demonstrações financeiras na co ntabilidade gerencial
A análise das demonstrações financeiras é uma ferramenta indispensável
para a gestão de empresas.
A Contabilidade Gerencial, basicamente, seria a utilização dos registros e
controles contábeis com o objetivo de gerir uma empresa.
Crepaldi (1998, p. 18), entende que:
Contabilidade Gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação gerencial.
A gestão de empresas é, portanto, um processo complexo e amplo, que
necessita de uma eficiente e adequada estrutura de informações, aonde a análise
das demonstrações contábeis vem ao encontro da necessidade dos gestores de
aliar as técnicas e benesses da Contabilidade Gerencial aos demonstrativos
adquiridos através destas análises, fornecendo dados suficientemente confiáveis
à tomada de decisões.
Assim, o próximo item vem a identificar toda a importância das análises
financeiras.
2.3 IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A análise das demonstrações financeiras é de suma importância para
qualquer empresa que pretende se evoluir. Por meio destas análises podem-se
obter informações importantes sobre a posição econômica e financeira das
empresas, como por exemplo: se a empresa está sendo administrada de maneira
satisfatória, se a empresa possue a capacidade de pagar suas obrigações, se sua
atividade operacional está satisfazendo às expectativas dos proprietários de
capital, entre outros fatores.
23
Segundo Assaf Neto (2002, p. 48):
Em verdade, a preocupação do analista centra-se nas demonstrações contábeis da sociedade, das quais extrai suas conclusões a respeito de sua situação econômico-financeira, e toma (ou influencia) decisões com relação a conceder ou não crédito, investir em seu capital acionário, alterar determinada política financeira, avaliar se a empresa está sendo bem administrada, identificar sua capacidade de solvência (estimar se irá falir ou não), avaliar se é uma empresa lucrativa e se tem condições de saldar suas dívidas com recursos gerados internamente etc.
A linguagem utilizada pelas análises deve ser de fácil entendimento,
inexistindo fatores complicadores aos usuários das demonstrações financeiras.
Podem-se utilizar artifícios como tabelas e/ou gráficos para auxiliar a
interpretação dos usuários, facilitando, desta forma, o seu pleno entendimento e
compreensão.
Descreve, assim, Matarazzo (2007, p. 17):
Ao contrario das demonstrações financeiras, os relatórios de análise devem ser elaborados como se fossem dirigidos a leigos, ainda que não o sejam, isto é, sua linguagem deve ser inteligível por qualquer mediano dirigente de empresa, gerente de banco ou gerente de crédito. É claro que isto não acontece com as demonstrações financeiras, que, aliás, não têm nenhuma preocupação nesse sentido. As demonstrações financeiras apresentam-se carregadas de termos técnicos e suas notas explicativas são feitas exclusivamente para técnicos, a tal ponto que permitem freqüentemente manipulações. Assim, a análise de balanços deve assumir também o papel de tradução dos elementos contidos nas demonstrações financeiras.
Sendo assim, a análise deve se basear no raciocínio científico,
evidenciando, também, a sensibilidade e experiência dos analistas.
A seguir, será efetuada a devida discriminação de todos os procedimentos
necessários às análises das demonstrações financeiras.
3 PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE
Este capítulo contemplará todos os procedimentos necessários para a
efetiva utilização dos índices-padrão nas análises das demonstrações financeiras.
Serão demonstradas as técnicas com a padronização das informações, bem
como as descrições dos índices que permeiam tais análises.
O procedimento inicial para o diagnóstico de uma empresa inicia-se,
geralmente, com a análise das informações financeiras, onde a finalidade
primordial é determinar quais os pontos críticos, permitindo apresentar um
delineamento das prioridades para a solução de seus problemas.
Para Matarazzo (2007, p. 28):
A análise de balanços permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada; permite estimar seu futuro, suas limitações e suas potencialidades. É de primordial importância, portanto, para todos que pretendam relacionar-se com uma empresa, quer como fornecedores, financiadores, acionistas e até como empregadores. A procura de um bom emprego deveria sempre começar com a análise financeira da empresa. O que adianta um alto salário inicial se as perspectivas da empresa não são boas?
Já segundo Iudícibus (1998, p. 21):
[...] leva-nos quase inevitavelmente a caracterizar a análise de balanços como a “arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e suas extensões e detalhamentos, se for o caso”.[...]
Por meio das informações adquiridas através da análise financeira pode-
se, ainda, obter informações analíticas e exatas sobre a situação geral da
empresa, a fim de que se possam traçar planos estimando o futuro.
O próximo item faz o delineamento necessário ao início dos processos de
análise, onde se deve efetuar a padronização das demonstrações financeiras.
3.1 PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Ao iniciarem-se os procedimentos para a análise das informações
financeiras, é necessário que se faça a padronização destas informações. Tal
procedimento consiste na crítica apurada das contas envolvidas, que
25
possibilitarão a simplificação, comparabilidade, adequação aos objetivos da
análise, precisão na classificação das contas, descoberta de possíveis erros nas
demonstrações financeiras, além de propiciar ao analista uma intimidade capaz
de visualizar detalhes nas informações que de outra forma este não conseguiria.
Segundo Matarazzo (2007, p. 135), “As demonstrações financeiras devem
ser preparadas para a análise, da mesma forma que um paciente vai submeter-se
a exames médicos”.
Para Perez Jr. e Begalli (1999, p. 201):
Para que o cálculo dos índices financeiros seja possível e seus resultados tenham significado, é necessário que tanto as contas do balanço como as da demonstração de resultados sejam “enquadradas” numa forma padronizada que permita comparações.
Visualiza-se a seguir um modelo de padronização que serve aos propósitos
do presente estudo de caso:
BALANÇOS EM: 31/12/X5 31/12/X6 31/12/X7
BALANÇO PATRIMONIAL
VA AV AH VA AV AH VA AV AH ATIVO CIRCULANTE FINANCEIRO - Disponível - Aplicações Financeiras SOMA OPERACIONAL - Clientes - Estoques SOMA Total do Ativo Circulante REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PERMANENTE - Investimentos - Imobilizado - Diferido Total do Ativo Permanente TOTAL DO ATIVO PASSIVO CIRCULANTE OPERACIONAL - Fornecedores - Outras Obrigações SOMA FINANCEIRO - Empréstimos Bancários - Duplicatas Descontadas SOMA Total do Passivo Circulante EXIGÍVEL A LONGO PRAZO - Empréstimos - Financiamentos Total do Exigível a Longo Prazo CAPITAIS DE TERCEIROS PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Capitais e Reservas - Lucros Acumulados Total do Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO
26
X5
X6
X7
DEMONSTRAÇÃO DO
RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO EM VA AV AH VA AV AH VA AV AH
RECEITA LÍQUIDA ( - ) Custo da Mercadoria Vendida = Lucro Bruto ( - ) Despesas Operacionais (+/-) Outras Receitas/Despesas Operacionais = LUCRO OPERACIONAL (antes dos Resultados Financeiros) ( + ) Receitas Financeiras ( - ) Despesas Financeiras = LUCRO OPERACIONAL ( + ) Resultado Não Operacional = LUCRO ANTES DO IR E CSLL = LUCRO LÍQUIDO
Simbologia: VA = Valores Absolutos; AV = Análise Vertical; AH = Análise Horizontal. QUADRO 3 - MODELO DE PADRONIZAÇÃO Fonte: Matarazzo
Ao analisar-se o modelo de padronização proposto acima, deve-se ater a
distinção feita quanto à segregação das operações em financeiras e operacionais.
Este procedimento se faz necessário para que haja a devida distinção entre as
contas que compõem o Ativo e o Passivo da empresa, bem como se possam
vislumbrar possíveis erros, intencionais ou não, nas demonstrações financeiras.
Na seqüência, serão abordados os procedimento de análise através de
índices, bem como as peculiaridades existentes.
3.2 ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES
Os índices constituem-se da relação do grupamento das contas,
evidenciadas nas Demonstrações Financeiras, e proporcionam dados importantes
acerca da situação econômica e financeira da empresa.
Conforme Perez Jr. e Begalli (1999, p. 200) “índice é a relação entre contas
ou grupos de contas das demonstrações financeiras, que visa evidenciar
determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”.
Já para Matarazzo (2007, p. 147):
Os índices constituem a técnica de análise mais empregada. Muitas vezes, na prática, ou mesmo em alguns livros, confunde-se Análise de Balanços com extração de índices. A característica fundamental dos índices é fornecer visão ampla da situação econômica ou financeira da empresa.
27
Deve-se esclarecer, também, que a quantidade de índices varia de acordo
com a profundidade desejada da análise.
Comenta, assim, Matarazzo (2007, p. 148):
[...] a profundidade de análise é variável de usuário para usuário. O fornecedor pode apenas requerer rápidas informações sobre a empresa, a respeito de sua rentabilidade, de seu índice de liquidez. Se esse mesmo fornecedor estiver interessado não em vender mercadoria, mas em adquirir a própria empresa-cliente ou fundi-la com a sua, evidentemente desejará uma análise muito mais profunda.
Corroboram desta forma, Perez Jr. e Begalli (1999, p. 201) “importante não
é o cálculo de grande quantidade de índices, mas de um conjunto de índices que
permita atingir a que se propõe a análise”. E complementam que “[...] a
experiência tem mostrado que se chega a um ponto em que o aumento no
número de índices não traz benefícios na mesma proporção”.
Embora a quantidade de índices seja grande, no presente estudo de caso,
serão necessários apenas 11 índices.
Aspectos importantes, como a situação financeira e econômica, são
revelados pela análise através de índices, disponibilizando, desta forma, dados
sobre a estrutura de capital, índices de liquidez e de rentabilidade.
A seguir, será realizada a descrição detalhada de cada índice que virá a
compor o escopo do estudo aqui proposto.
3.2.1 Descrição dos índices
Os índices financeiros são construídos com o intuito de evidenciar a
relação entre as contas das demonstrações contábeis, conforme já descrito no
item anterior.
Conforme Perez Jr. e Begalli (1999, p. 201):
A determinação dos índices financeiros é realizada por meio do quociente entre contas (parciais ou totais) do balanço patrimonial entre si e entre contas do balanço patrimonial e contas da demonstração de resultados.
Por existir um grande número de índices financeiros é que,
costumeiramente, estes índices são agrupados em categorias principais ou
grupos, denominados de: Estrutura de Capitais, Liquidez e Rentabilidade.
28
O grupo Estrutura de Capitais demonstra a posição relativa do capital
próprio da empresa com os capitais de terceiros. Segundo Matarazzo (2007, p.
151), “os índices desse grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras,
em termos de obtenção e aplicação de recursos”.
Fazem parte do grupo Estrutura de Capitais os seguintes índices:
a) Participação de Capitais de Terceiros
Capitais de Terceiros Fórmula: Patrimônio Líquido
X 100
Indicativo: demonstra quanto a empresa tomou de capitais de terceiros
para cada R$ 100,00 de capital próprio investido.
Interpretação: quanto menor, melhor.
Fonte: Matarazzo
Para Matarazzo (2007, p. 154):
O índice de Participação de Capitais de Terceiros relaciona, portanto, as duas grandes fontes de recursos da empresa, ou seja, Capitais Próprios e Capitais de Terceiros. É um indicador de risco ou de dependência a terceiros, por parte da empresa. Também pode ser chamado índice de Grau de Endividamento.
Corrobora Assaf Neto (2002, p. 147) que “o índice pode também ser
definido pela relação somente das dívidas de curto prazo ou de longo prazo com
o patrimônio líquido, revelando o endividamento em função da maturidade do
passivo”.
O índice de Participação de Capitais de Terceiros evidencia, desta forma, a
análise financeira.
b) Composição do Endividamento:
Passivo Circulante Fórmula: Capitais de Terceiros
(PC+ELP)
X 100
Indicativo: demonstra o percentual de obrigações de curto prazo em
relação às obrigações totais, para cada R$ 100,00 de capital próprio
investido.
Interpretação: quanto menor, melhor.
Fonte: Matarazzo
29
Para Iudícibus (1998, p. 104):
Representa a composição do Endividamento Total ou qual a parcela que se vence a Curto Prazo, no Endividamento Total. A empresa em franca expansão deve procurar financia-la, em grande parte, com endividamento de longo prazo, de forma que, à medida que ela ganhe capacidade operacional adicional a entrada em funcionamento dos novos equipamentos e outros recursos de produção, tenha condições de começar a amortizar suas dívidas.
Este índice demonstra, portanto, a composição da dívida.
c) Imobilização do Patrimônio Líquido:
Ativo Permanente Fórmula: Patrimônio Líquido
X 100
Indicativo: demonstra quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente
para cada R$ 100,00 de capital próprio investido.
Interpretação: quanto menor, melhor.
Fonte: Matarazzo
Para Matarazzo (2007, p. 158):
As aplicações dos recursos do Patrimônio Líquido são mutuamente exclusivas do Ativo Permanente e do Ativo Circulante. Quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante e, em conseqüência, maior será a dependência a capitais de terceiros para o financiamento do Ativo Circulante.
Este índice demonstra de forma clara e objetiva que se faz necessário à
empresa obter recursos sem que haja a necessidade de adquirir capitais de
terceiros para financiá-la.
d) Imobilização dos Recursos Não Correntes:
Ativo Permanente
Fórmula: Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo
X 100
Indicativo: demonstra o percentual de Recursos Não Correntes que a
empresa aplicou no Ativo Permanente.
Interpretação: quanto menor, melhor.
Fonte: Matarazzo
30
Assaf Neto (2002, p. 147), entende que “o índice identifica o nível de
imobilização dos recursos permanentes (longo prazo) da empresa, isto é, o
percentual desses recursos que está financiando os ativos permanentes”.
O índice Imobilização de Recursos Não Correntes, “não deve em regra
geral ser superior a 100%”, conforme destaca Matarazzo (2007, p. 160).
O grupo Liquidez evidencia a situação financeira da empresa frente aos
seus compromissos financeiros. Segundo Matarazzo (2007, p. 163/164), “são
índices que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas,
procuraram medir quão sólida é a base financeira da empresa”.
Fazem parte do grupo Liquidez os seguintes índices:
e) Liquidez Geral
Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
Fórmula : Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
Indicativo: demonstra quanto a empresa possue no Ativo Circulante e
Realizável a Longo Prazo para cada R$ 1,00 de dívida total.
Interpretação: quanto maior, melhor.
Fonte: Matarazzo
Para Assaf Neto (2002, p. 173) “esse indicador revela a liquidez, tanto a
curto prazo como a longo prazo. De cada $ 1,00 que a empresa tem de dívida, o
quanto existe de direitos e haveres no ativo circulante e no realizável a longo
prazo”.
Assevera Iudícibus (1998, p. 102) que “este quociente serve para detectar
a saúde financeira (no que se refere à liquidez) de longo prazo do
empreendimento. [...] o problema dos prazos empobrece o sentido e a utilidade do
quociente, a não ser que seja explicitamente levado em sua devida conta”.
f) Liquidez Corrente
Ativo Circulante
Fórmula : Passivo Circulante
Indicativo: demonstra quanto a empresa possue no Ativo Circulante para
cada R$ 1,00 de Passivo Circulante.
Interpretação: quanto maior, melhor.
Fonte: Matarazzo
31
Para Iudícibus (1998, p. 100):
Este quociente relaciona quantos reais dispomos, imediatamente disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. É um índice muito divulgado e freqüentemente considerado como o melhor indicador da situação de liquidez da empresa.
Entende Assaf Neto (2002, p. 173) que “quanto maior a liquidez corrente,
mais alta se apresenta a capacidade da empresa em financiar suas necessidades
de capital de giro”.
g) Liquidez Seca
Disponível + Aplicações Financeiras + Clientes de Rápida Conversibilidade em Dinheiro
Fórmula :
Passivo Circulante
Indicativo: demonstra quanto a empresa possue no Ativo Circulante
Líquido para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante (dívidas a curto prazo).
Interpretação: quanto maior, melhor.
Fonte: Matarazzo
Conforme Matarazzo (2007, p. 173):
Este índice é um teste de força aplicado à empresa; visa medir o grau de excelência da sua situação financeira. De um lado, abaixo de certos limites, obtidos segundo os padrões do ramo, pode indicar alguma dificuldade de liquidez, mas raramente tal conclusão será mantida quando o índice de Liquidez Corrente for satisfatório. De outro lado, o índice de Liquidez Seca conjugado com o índice de Liquidez Corrente é um reforço à conclusão de que a empresa é uma “atleta de liquidez”.
O grupo Rentabilidade caracteriza-se por demonstrar quanto os
investimentos capitais renderam à empresa e está associado, de forma
diretamente proporcional, à maneira como os administradores empregam os
ativos colocados à disposição da empresa.
Fazem parte do grupo Rentabilidade os seguintes índices:
h) Giro do Ativo
Vendas Líquidas
Fórmula : Ativo
Indicativo: demonstra quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 de
investimento total.
32
Interpretação: quanto maior, melhor.
Fonte: Matarazzo
Entende Iudícibus (1998, p. 109), que:
Este quociente de atividade expressa quantas vezes o ativo “girou” ou se renovou pelas vendas. Pode ser desdobrado numa série de subquocientes, tais como: Vendas/Ativo Circulante, Vendas/Ativo Permanente etc. No numerador, podemos utilizar vendas brutas ou, como variante, vendas líquidas.
E complementa desta forma, Iudícibus (1998, p. 109), que “existe grande
interesse da empresa em vender bastante em relação ao valor do ativo. Quanto
maior o “giro” do ativo pelas vendas, maiores as chances de cobrir as despesas
com uma boa margem de lucro”.
Assevera Matarazzo (2007, p. 176), “esse índice mede o volume de vendas
da empresa em relação ao capital total investido”.
i) Margem Líquida
Lucro Líquido
Fórmula : Vendas Líquida
X 100
Indicativo: demonstra quanto a empresa obtém de lucro para cada R$
100,00 vendidos.
Interpretação: quanto maior, melhor.
Fonte: Matarazzo
Conforme Santi Filho e Olinquevitch (1993, p. 236):
A rentabilidade das vendas é um indicador da eficiência operacional da empresa. Algumas empresas têm utilizado este índice como indicador global de suas atividades operacionais.
Já para Iudícibus (1998, p. 111) “este quociente, apesar dos esforços
constantes para melhorá-lo, comprimindo despesas e aumentando a eficiência,
apresenta-se baixo ou alto de acordo com o tipo de empreendimento”.
Na Margem Líquida excluem-se do cálculo todas as despesas financeiras,
inclusive o imposto de renda. Desta forma, a Margem Líquida fornece o
percentual de cada unidade monetária de vendas que restou após as deduções
das despesas financeiras e do imposto de renda.
33
j) Rentabilidade do Ativo
Lucro Líquido
Fórmula : Ativo
X 100
Indicativo: demonstra quanto a empresa obtém de lucro para cada R$
100,00 de investimento total.
Interpretação: quanto maior, melhor.
Fonte: Matarazzo
Segundo Santi Filho e Olinquevitch (1993, p. 236) ”entende-se por
rentabilidade do ativo total uma medida da eficiência da empresa na utilização de
seus ativos. Este indicador é conhecido também como retorno sobre o
investimento”.
Complementa Matarazzo (2007, p. 179):
Este índice mostra quanto a empresa obteve de Lucro Líquido em relação ao Ativo. É uma medida do potencial de geração de lucro da parte da empresa. Não é exatamente uma medida de rentabilidade do capital [...], mas uma medida da capacidade da empresa em gerar lucro líquido e assim poder capitalizar-se. É ainda uma medida do desempenho comparativo da empresa ano a ano.
k) Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Lucro Líquido
Fórmula : Patrimônio Líquido Médio
X 100
Indicativo: demonstra quanto a empresa obtém de lucro para cada R$
100,00 de Capital Próprio investido.
Interpretação: quanto maior, melhor.
Fonte: Matarazzo
Segundo Matarazzo (2007, p. 181):
O papel do índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido é mostrar qual a taxa de rendimento do Capital Próprio. Essa taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos alternativos no mercado, como Caderneta de Poupança, CDBs, Letras de Câmbio, Ações, Aluguéis, Fundos de Investimentos, etc. Com isso pode se avaliar se a empresa oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções.
34
Complementam Santi Filho e Olinquevitch (1993, p. 235):
Entende-se por rentabilidade do patrimônio líquido a taxa de lucro obtida sobre o capital próprio. É uma medida da eficiência gerencial na utilização dos recursos próprios e de terceiros, em benefício dos acionistas e proprietários, pois se trata da remuneração do capital próprio.
Para o presente estudo de caso, em específico, este acadêmico baseou-se
nas fórmulas disponibilizadas e utilizadas segundo Matarazzo (2007, p. 152), por
entender que tais fórmulas se adequam melhor às características da empresa
aqui analisada, conforme quadro-resumo dos índices abaixo:
35
QUADRO 4 - QUADRO-RESUMO DE ÍNDICES Fonte: Matarazzo
36
O quadro acima funciona, portanto, como um resumo altamente objetivo
para o entendimento de todos os índices abordados no presente estudo de caso.
Na seqüência serão expostas as variáveis avaliativas que compõem o
processo de análise das demonstrações.
3.2.2 Avaliação dos índices
Existem atualmente três tipos básicos de avaliações de um índice:
a) Avaliação intrínseca – esta avaliação considera os meandros
interpretativos dos índices de forma a transformar dados subjetivos em objetivos.
Desta forma permite-se avaliar, por exemplo, o índice de Liquidez Corrente de
uma empresa no valor de 1,5 e induzir-se que para cada real de dívida a curto
prazo há R$ 1,5 de investimento a curto prazo. Ressalta Matarazzo (2007, p. 183)
que, “a análise do valor intrínseco de um índice é limitada e só deve ser usada
quando não se dispõe de índices-padrão proporcionados pela análise de um
conjunto de empresas”.
Segundo Perez Jr. e Begalli (1999, p. 202):
É possível, de maneira grosseira, avaliar índices por seu significado intrínseco. Por exemplo, pode-se tentar qualificar a situação financeira de uma empresa com base no índice de liquidez corrente: se apresentar 1,80, sabe-se que para cada unidade monetária de dívida de curto prazo há 1,80 de investimento a curto prazo, portanto, com uma margem de segurança de 80%. O analista poderá também usar seu conhecimento das empresas que tem analisado e concluir, por meio de seu feeling, que o índice oferece segurança.
b) Comparação dos índices no tempo (vários exercícios) – este
comparativo permite vislumbrar a comparação dos índices através da série
histórica da empresa, ou seja, permite aos gestores avaliar o desempenho
econômico e financeiro por meio de comparativos anuais, fornecendo parâmetros
que embasarão a opinião sobre as diversas políticas seguidas, bem como das
tendências registradas. Segundo Matarazzo (2007, p. 184), “é fundamental em
qualquer avaliação que os índices sejam analisados conjuntamente”.
Conforme Perez Jr. e Begalli (1999, p. 202) “a comparação dos índices da
empresa ao longo do tempo pode dar uma idéia das tendências seguidas pela
empresa. No entanto, é necessário analisar esses índices de forma conjunta”.
37
c) Comparação com índices-padrão – este comparativo permite
conceituar um índice como ótimo, bom, satisfatório, razoável ou deficiente através
da comparação com padrões. Tais padrões são adquiridos pela definição do
conjunto de elementos a serem analisados e proporcionam um comparativo da
empresa com outras do mesmo ramo de atividade. Por este processo pode-se, ao
final da análise, produzir dados suficientes para a avaliação da empresa perante
os concorrentes. Destaca Matarazzo (2007, p. 184), “não se pode conceber uma
boa análise sem a comparação dos índices da empresa analisada com padrões”.
Segundo Iudícibus (1998, p. 127):
É muito comum, por outro lado, desejar-se comparar os quocientes com os análogos dos concorrentes, em particular dos concorrentes diretos, ou então situar-se em relação à média dos concorrentes. Este desejo é mais do que natural, é uma necessidade a fim de sabermos a posição relativa de nossa empresa no conjunto.
Já para Perez Jr. e Begalli (1999, p. 211):
Os índices-padrões representam elementos úteis para análises macroeconômicas, porque se estuda os índices de todas as empresas de uma economia. Supondo uma série histórica de índices-padrões de alguns anos, pode-se estudar a evolução do endividamento, da liquidez, da rentabilidade dessas empresas ou dos ramos de atividade.
Posteriormente à avaliação e comparação dos índices com padrões, pode-
se realizar uma avaliação individualizada de cada índice e, por conseguinte, uma
avaliação conjunta. Assim, consegue-se obter dados importantes que
demonstram, de forma extremamente contundente, a avaliação da empresa e sua
administração.
Outro ponto importante a destacar, refere-se ao “peso” empregado a cada
índice. Muitos pesquisadores têm tentado encontrar os pesos ideais, mas a
atribuição de pesos possue contornos científicos e altamente intuitivos, por parte
dos analistas.
O próximo item explana sobre a metodologia da análise vertical e
horizontal que auxilia nos processos de análises financeiras, proporcionando
fidedignidade às informações obtidas.
38
3.3 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
A empregabilidade das análises, tanto a vertical quanto a horizontal,
complementam e fundamentam a dinâmica das demonstrações contábeis, pois
através destas análises podem-se desenvolver comparativos indispensáveis ao
conhecimento da situação da empresa.
Comenta Iudícibus (1998, p. 98) que “as análises horizontal e vertical são
muito importantes como etapa preparatória à análise por quocientes propriamente
dita. [...]”.
Complementa Iudícibus (1998, p. 98):
Conclusões apressadas devem ser evitadas a partir das análises vertical e horizontal, tomadas isolada ou conjuntamente. Somente a apreciação conjunta dos vários quocientes poderá dar uma idéia mais nítida da situação da empresa.
Já para Matarazzo (2007, p. 243):
[...] A Análise Vertical/Horizontal aponta qual o principal credor e como se alterou a participação da cada credor nos últimos dois exercícios. Ou, então, os índices indicam que a empresa teve reduzida sua margem de lucro; a Análise Vertical/Horizontal apontará, por exemplo, que isso se deveu ao crescimento desproporcional das despesas administrativas.
A Análise Vertical baseia-se na obtenção de valores percentuais das
demonstrações financeiras. A partir daí, consegue-se uma apuração concisa da
participação relativa de cada item no seu respectivo grupo. Matarazzo (2007, p.
243) comenta assim sobre a análise vertical, “o percentual de cada conta mostra
sua real importância no conjunto”.
Corrobora Assaf Neto (2002, p. 108):
A análise vertical , é também um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas, com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo.
Já a Análise Horizontal baseia-se na evolução temporal dos valores de
uma mesma conta e permite analisar possíveis tendências de mercado. Conforme
Assaf Neto (2002, p. 100), “a análise horizontal é a comparação que se faz entre
os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios
sociais”.
39
Para Matarazzo (2007, p. 245) tal análise “baseia-se na evolução de cada
conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração
anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a
mais antiga da série [...]”.
E asseveram Perez Jr. e Begalli (1999, p. 199):
A análise horizontal enfatiza as modificações ou evoluções em cada conta das demonstrações financeiras em relação a uma demonstração básica, geralmente a mais antiga da série, a fim de caracterizar tendências.
Desta forma, entende-se que as duas análises se complementam e
asseguram uma maior fidedignidade ao processo de análise das informações
financeiras da empresa.
O item seguinte efetuará a devida apreciação sobre a obtenção e
interpretação acerca dos índices-padrão.
3.4 ÍNDICES-PADRÃO
O processo de análise através de índices só adquire consistência e
fidedignidade após realizar-se a comparação com índices-padrão.
Este processo desenrola-se mediante a utilização de diversos
mecanismos, como por exemplo, a estatística, que permite aos analistas obter
conclusões precisas sobre as análises.
Comenta Matarazzo (2007, p. 187) que “quando se usam algumas técnicas
estatísticas, é possível comparar o desempenho de uma empresa com o de 100,
1.000 ou mais empresas”.
Basicamente, o processo comparativo de análise, através de índices-
padrão, desenvolve-se de maneira a confrontar índices de diversas empresas,
contempladas em ramos de atividades específicos.
Para Assaf Neto (2002, p. 246):
Em verdade, para uma adequada avaliação dos índices econômico-financeiros de uma empresa, é indispensável compara-los com os de empresas que atuam no mesmo setor de atividade. Por meio desse processo comparativo é possível definir se uma empresa está mais ou menos líquida em relação a seus concorrentes [...]
40
Entende-se, desta forma, que tal avaliação permite diagnosticar de forma
contundente como os mais variados ramos de atividade apresentam-se perante o
mercado.
Comenta, também, Assaf Neto (2002, p. 246):
Revistas especializadas em negócios publicam periodicamente edições especiais em que são apurados os padrões de alguns indicadores econômico-financeiros das empresas (retorno sobre patrimônio líquido, liquidez geral, margem líquida etc.), assim como a evolução de certos valores agregados (receitas de vendas, ativo total, despesas financeiras etc.).
E complementa Assaf Neto (2002, p. 246) que “basicamente, a
determinação dos índices-padrão processa-se pelo cálculo da mediana, ou seja, o
índice do meio da série de valores calculados”.
No presente estudo de caso, em específico, alguns elementos estatísticos
como a mediana , que possibilita a comparação de um elemento com os demais
dando o perfeito conhecimento da sua posição relativa, e os decis , que permitem
distribuir a totalidade dos resultados em fatias de forma a tabular os índices e
distribuí-los de maneira uniforme, farão com que o processo de análise através de
índices-padrão tenha consistência suficiente para assegurar veracidade das
informações adquiridas mediante a utilização das técnicas de análises financeiras.
Após a devida abordagem realizada sobre os índices-padrão, busca-se a
metodologia empregada na obtenção ou construção dos padrões, conforme se
destaca no próximo item.
3.4.1 Construção de padrões
O processo construtivo de tabelas de índices-padrão de determinado ramo
de atividade, deve conter alguns requisitos para que se chegue a uma avaliação
objetiva da empresa.
Inicialmente, devem-se separar as empresas em ramos de atividade e
extrair os índices financeiros a serem comparados. Logo após, deve-se dispor os
índices por ordem crescente de grandeza e adequá-los conforme os decis, onde
os dados serão tabulados.
41
Para Matarazzo (2007, p. 193/194):
[...] para obter índices-padrão é obedecida a seqüência de procedimentos abaixo: 1ª) Separam-se as empresas em ramos de atividade. 2º) De cada empresa, dentro de um mesmo ramo, toma-se determinado índice financeiro. 3ª) Os índices assim obtidos são colocados em ordem crescente de grandeza. 4º) Os índices padrão são dados pelos decis.
A exemplificação prática da construção dos padrões e posterior análise de
desempenho será descrita, minuciosamente, no item 5.3, do presente estudo de
caso.
Portanto, a relação dos ramos de atividade deve ser levada em
consideração, conforme será abordado na seqüência.
3.4.2 Ramos de atividade
Para se efetuar uma análise eficientemente objetiva devem-se buscar os
índices de empresas do mesmo ramo de atividade da empresa analisada.
Primeiramente, devem-se estabelecer padrões para o ramo a ser
analisado. Por exemplo, devem-se escolher ramos que permitam realizar uma
comparação otimizada do ponto de vista financeiro, onde as empresas analisadas
possuam semelhanças e possibilitem a extração de dados específicos.
Segundo Perez Jr. e Begalli (1999, p. 210):
A análise das demonstrações contábeis preocupa-se em qualificar os índices extraídos dessas demonstrações. Sua preocupação consiste em encontrar um parâmetro em que possa avaliar os índices das demonstrações financeiras. Ideal é comparar esses índices com os de outras companhias do mesmo ramo de atividade (concorrentes).
Completa Matarazzo (2007, p. 194) que:
Para estabelecer índices-padrão não podem ser tomados, pura e simplesmente, os tradicionais ramos de atividade; é necessário escolher ramos que permitam a melhor comparação possível dos índices de uma empresa com os de outras, ou seja, os ramos devem compreender empresas possivelmente semelhantes do ponto de vista financeiro. Esse é um trabalho extremamente exaustivo.
42
Da mesma forma, é necessário que se verifique se o ramo a ser analisado encontra-se ou não em crise, pois desta forma, poderá haver distorções no momento de efetuarem-se as conclusões acerca das análises realizadas.
Também, não se deve esquecer do tamanho da empresa analisada.
Comenta, assim, Matarazzo (2007, p. 195):
[...] Grandes empresas têm características próprias de utilização de crédito, de estocagem, enquanto as pequenas, normalmente, têm outro modus operandi. Por isso, é conveniente estabelecer padrões para pequenas, médias e grandes empresas e, dessa maneira, estudar como se comportam esses diferentes conjuntos.
Finalizando, devem-se seguir alguns passos para a devida constituição de
tabelas de índices-padrão:
a) Definir os ramos de atividade de maneira coerente;
b) Criar subdivisões dentro desses ramos, para que as comparações
tenham nexo;
c) Segregar pequenas, médias e grandes empresas;
d) Calcular o decis, conforme os dados obtidos.
Os índices-padrão inserem-se neste contexto e possuem utilidade
destacada no processo de análise. O próximo item efetuará a devida
exemplificação da sua utilidade.
3.4.3 Utilidade dos índices-padrão
Os índices-padrão possibilitam vislumbrar os indicadores médios de um
grande número de empresas. Mais do que isso, permitem que se possam
estabelecer qualificações do tipo satisfatório, favorável, insuficiente etc., nos mais
variados demonstrativos financeiros da empresa.
Para Matarazzo (2007, p. 195):
Uma vez que os índices-padrão substituem os índices das empresas [...], estudar os índices-padrão significa estudar os índices de todas as empresas. Supondo-se uma séria histórica de índices-padrão, de dez anos, pode-se estudar a evolução de endividamento das empresas, da rentabilidade, da liquidez e de qualquer outro indicador que se desejar.
43
Entende-se, também, que os diversos ramos de atividade podem ser
comparados entre si, analisando-se cada ramo de atividade e comparando-se o
desempenho da indústria, comércio e serviços entre si, conforme descreve
Matarazzo (2007, p. 195).
Ressalta Iudícibus (1998, p. 128) que:
Até recentemente, a não ser que a própria empresa colecionasse os balanços das concorrentes e realizasse todas as análises, isto não seria possível. De alguns anos para cá, começaram a surgir publicações periódicas em que é realizado uma espécie de “ranking” das empresas, conforme algum critério e relacionando, inclusive por setor, certos quocientes básicos.
Desta forma, fica evidente a utilidade e importância dos índices-padrão no
contexto econômico-financeiro fornecendo subsídios importantes para as análises
macroeconômicas.
Após a evidenciação da utilidade dos índices-padrão, passa-se para
avaliação, propriamente dita destes itens, conforme será abordado na seqüência.
3.4.4 Avaliação de índices através de padrões
A avaliação dos índices de uma empresa pode ser efetuada por meio da
utilização de tabelas de índices-padrão, onde a mediana e os decis permitem uma
avaliação precisa dos índices.
Segundo Perez Jr. e Begalli (1999, p. 210):
A metodologia de índices-padrões é baseada na estratificação, em ramos de atividade, dos índices de balanços de demonstrações publicadas pelas empresas. Utiliza o conceito estatístico de mediana em virtude de ser o mais preciso. Além da mediana, os índices são divididos em decis.
A mediana dispõe os valores exatamente no meio, onde 50% são
distribuídos antes e depois. Em contraponto a mediana não oferece desvio-
padrão da distribuição de valores.
Os Decis são medidas estatísticas que envolvem o conceito de décimos,
onde se dividem em nove partes.
Descreve desta forma Assaf Neto (2002, p. 247) “[...] o 1º decil será aquele
valor que estiver acima de 10% dos índices e abaixo de 90% dos mesmos; o 2ª
decil, por sua vez, terá 20% dos índices abaixo de si e 80% acima; e assim por
diante”.
44
A seguir modelo sugerido para o critério de análise comparativa:
DECIL
ÍNDICE
1ª 2ª
3ª 4ª
MEDIANA
5ª
6º 7º
8º 9º
Quanto maior, melhor Insatisfatório Regular Normal Bom Excelente
Quanto menor, melhor Excelente Bom Normal Regular Insatisfatório
QUADRO 5 - CRITÉRIO DE ANÁLISE COMPARATIVA Fonte: Assaf Neto
Para finalizar, não existe um padrão ideal de um índice. O que existe,
realmente, são decis, onde cada decil pode-se entender como um padrão de
comportamento de uma faixa de empresas do ramo.
Mediante a comparação com os padrões, verifica-se em que faixa de
mercado está situada a empresa analisada.
Posteriormente a todo o processo que envolve a conceituação e
exemplificação das análises das demonstrações contábeis através da utilização
de índices-padrão, pode-se, finalmente, passar da teoria para a prática.
4 METODOLOGIA
A metodologia utilizada, neste estudo de caso, esteve em concordância
com a análise a apresentada, através de meios adequados com o intuito de atingir
o objetivo, seguindo, sempre, um conjunto de etapas previamente planejadas.
Conforme Cervo e Bervian (1983, p.23), “em seu sentido mais geral, o
método é a ordem que deve impor aos diferentes processos necessários para
atingir um fim dado ou um resultado desejado”.
Já segundo Salomon (1999, p. 152), “o termo pesquisa será genericamente
assumido como trabalho empreendido metodologicamente, quando surge um
problema, para qual se procura a solução adequada dessa natureza científica”.
Desta forma, tal pesquisa foi realizada através de estudo teórico-empírico e
teve início com a pesquisa bibliográfica e documental sobre a importância da
análise de balanços. O tipo de pesquisa apresentado foi o quantitativo, e deu-se
através de dados coletados da empresa DVA – Veículos S/A, no período de 2005
a 2007.
4.1 ESTUDO DE CASO
A empresa DVA – Veículos S/A, objeto do presente estudo, caracteriza-se
pelo comércio varejista de veículos automotores, peças, acessórios, pneus e
implementos para veículos, prestação de serviços de reparação de veículos e
importação destes produtos, bem como a prestação de serviços de intermediação
para compra e venda de veículos para terceiros.
Espera-se, ao final do estudo, apresentar informações e dados que
forneçam subsídios suficientes para um bom gerenciamento das suas operações
futuras, prospecções e tomadas de decisões.
4.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A presente análise teve por objetivo demonstrar a situação da empresa
DVA - Veículos S/A, no seu contexto operacional, nos exercícios financeiros de
2005 a 2007.
46
Devido a restrições específicas ao período de 2007, onde os dados a
serem extraídos das fontes especializadas não foram publicados até a finalização
do presente estudo de caso, a análise comparativa contemplou somente os
exercícios de 2005 e 2006.
O estudo de caso foi realizado no período de abril a junho de 2008,
apresentou um comparativo econômico-financeiro entre empresas do mesmo
ramo de atividade e utilizou-se de algumas técnicas procedimentais para a sua
devida estruturação, como por exemplo: planilhas, gráficos, tabelas, fórmulas etc.
Primeiramente, foi efetuada a padronização das demonstrações
financeiras. Como o nome diz, foi realizada uma reclassificação para que contas,
como por exemplo: duplicatas descontadas (conta retificadora do Ativo
Circulante), não venham a distorcer a análise sugerida. Tal procedimento
proporciona uma simplificação do balanço, oferece comparabilidade, adequação,
precisão, além da possibilidade da descoberta de erros nos balanços.
Posteriormente, realizou-se a análise através de índices, que possibilitaram
uma verificação específica sobre cada grupo de contas das demonstrações
contábeis, sendo: análise financeira, econômica e administrativa.
Na Análise Financeira foi observada a capacidade que a empresa tem de
possuir liquidez em determinado período, ou seja, foram analisadas as condições
da empresa em saldar seus compromissos financeiros.
Na Análise Econômica foram realizados estudos financeiros em função de
sua lucratividade, vindo com isso demonstrar o engajamento operacional da
empresa durante o período analisado.
Já na Análise Administrativa foi observada a maneira com a qual a
empresa operacionaliza seus estoques, pagamentos e recebimentos.
Finalizando, foi realizada a análise através da comparação dos resultados
obtidos, acima, com índices-padrão, extraídos de fontes especializadas como
Gazeta Mercantil, Valor Econômico e Revista Exame, por exemplo. Tais índices
proporcionam aos administradores da empresa consistência e objetividade na
comparação com outras empresas do mesmo ramo de atividade. Desta forma foi
efetuada a comparação com padrões, e não somente pela opinião de analistas.
5 ESTUDO DE CASO
O presente estudo de caso realizou uma análise comparativa, através da
utilização de índices-padrão, entre a DVA – Veículos S/A e empresas do mesmo
ramo de atividade, que proporcionaram o embasamento necessário à finalização
do estudo econômico-financeiro, aqui desenvolvido.
A seguir foi efetuada a caracterização da empresa DVA – Veículos S/A.
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA DVA – VEÍCULOS S/A
A empresa DVA – Veículos S/A está classificada como empresa de médio
porte e caracteriza-se pelo comércio varejista de veículos automotores, peças,
acessórios, pneus e implementos para veículos, prestação de serviços de
reparação de veículos e importação destes produtos, bem como a prestação de
serviços de intermediação para compra e venda de veículos para terceiros.
Há 35 anos no mercado, consolida-se, cada vez mais, pela sua invejável
estrutura, tanto física quanto administrativa, além, é claro, pela grandeza das suas
transações comerciais, sendo referência em todo o sul do Brasil como uma das
mais importantes concessionárias autorizadas da Mercedes-Benz.
Situada às margens da BR 101, no bairro Barreiros, em São José/SC,
conta atualmente com cerca de 200 funcionários, distribuídos entre a matriz e
suas nove filiais (espalhadas por todo o litoral catarinense), incluindo-se a DVA
Automóveis Ltda., empresa do grupo Toniolo, Busnello S/A, administrada pelos
gestores da DVA – Veículos S/A, que comercializa as marcas Daimler Chrysler,
Mercedes-Benz e Jeep.
A empresa DVA –Veículos S/A originou-se da expansão das atividades da
empresa Toniolo, Busnello S/A, empresa esta que tem por objeto social a
perfuração de túneis, execução de serviços de terraplanagem, pavimentações,
pontes, obras de arte e construção em geral, bem como a industrialização,
comercialização, importação e exportação de bens minerais, dentre outros.
Podem-se citar algumas das empresas que pertencem à Toniolo, Busnello
S/A:
- Santa Eulália Participações;
48
- Savar S/A Veículos;
- Savarauto Ltda.;
- RAVAS Ltda.;
- Savarsul S/A Veículos;
- Lagoa Sul Veículos Ltda.;
- DVA Automóveis Ltda.;
- SavarSud Veículos S/A;
- Consórcio Univias;
- Distribuidora de Combustíveis Savar Ltda.;
- Savar Participações Ltda.;
- Mineradora Barro Alto Ltda.;
- Além, é claro da DVA – Veículos S/A, dentre outras.
Tais informações foram extraídas do site da empresa Toniolo, Busnello
S/A.
O próximo item demonstrará a realização do estudo econômico-financeiro
da empresa DVA – Veículos S/A..
5.2 ESTUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO DA EMPRESA DVA – VEÍCULOS S/A
A partir da análise a ser apresentada, os gestores da empresa DVA –
Veículos S/A poderão obter dados econômico-financeiros suficientes para
prospectar e tomar decisões gerenciais, embasados em informações extraídas do
mercado em que se insere a supracitada empresa.
Desta forma, as informações visam refletir não somente as análises da
empresa DVA – Veículos S/A, mas também efetuar um comparativo desta
empresa com outras que atuam no mesmo ramo de atividade.
Estas informações fornecem a real situação da empresa, objeto do
presente estudo, dentro do contexto mercadológico existente atualmente.
Por motivos de força maior, os gestores da empresa DVA – Veículos S/A
preferem não apresentar ou publicar os demonstrativos financeiros, neste estudo
de caso.
49
Assim, os demonstrativos financeiros da empresa, a padronização destas
demonstrações e as análises vertical e horizontal não foram aqui estruturados e
evidenciados, sendo que apenas a obtenção e estruturação dos índices-padrão,
que demonstram a avaliação de desempenho da empresa DVA – Veículos S/A,
serão apresentados.
No quadro abaixo, são apresentados os índices obtidos através das
análises das demonstrações financeiras, da empresa DVA – Veículos S/A, dos
períodos de 2005 a 2007:
DVA - VEÍCULOS S/A Exercícios 2005 / 2006 / 2007
AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES
Estrutura de Capital 2005 2006 2007
Participação de Capitais de Terceiros PC/CT (PC+ELP) 31,31% 22,83% 21,04% Composição do Endividamento PC/CT 99,59% 95,25% 95,78% Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL 58,79% 50,78% 51,36% Imobilização dos Recursos Não Correntes AP/PL + ELP 58,71% 50,23% 50,91%
Liquidez 2005 2006 2007 Liquidez Geral LG 2,32 3,16 3,31 Liquidez Corrente LC 2,26 3,31 3,44 Liquidez Seca LS 1,16 1,61 1,66
Rentabilidade 2005 2006 2007 Giro do Ativo V/AT 0,28 0,24 0,25 Margem Líquida LL/V 54,55% 32,92% 44,31% Rentabilidade do Ativo LL/AT 15,15% 7,89% 11,13% Rentabilidade do Patrimônio Líquido LL/PL 19,90% 9,69% 13,47%
QUADRO 6 – AVALIAÇÃO DOS INDICES Fonte: Autor
A avaliação de índices, propriamente dita, requer a utilização de duas
técnicas sobre as quais se tratará a frente – Índices-Padrão e Avaliação Conjunta
de Índices.
Entretanto, para que se possa ter uma visão geral dos índices
apresentados pela empresa DVA – Veículos S/A, nos exercícios de 2005 a 2007,
foi elaborado o gráfico abaixo para que se possa obter uma melhor visualização e
entendimento do histórico dos índices da empresa DVA – Veículos S/A:
50
Índices - DVA Veículos S/A
13,47
11,13
44,31
0,25
1,66
3,44
3,31
50,91
51,36
95,78
21,04
9,69
7,89
32,92
0,24
1,61
3,31
3,16
50,23
50,78
95,25
22,83
19,90
15,15
54,55
0,28
1,16
2,26
2,32
58,71
58,79
99,59
31,31
LL/PL
LL/AT
LL/V
V/AT
LS
LC
LG
AP/PL + ELP
AP/PL
PC/CT
CT/PL
200520062007
GRÁFICO 1 – AVALIAÇÃO DOS INDICES DE 2005 A 2007 Fonte: Autor
Com base nos dados acima expostos, foram efetuadas as análises dos
índices, onde:
- A empresa DVA – Veículos S/A apresentou um grau de endividamento de
31,31% em 2005, de 22,83% em 2006 e passou para 21,04% em 2007. Isto
significa dizer, do ponto de vista financeiro, que a empresa diminuiu sua
dependência em relação a terceiros, ao longo dos anos;
- A composição do endividamento, mostrar-se extremamente alta.
Apresentou índices em 2005 de 99,59%, passou em 2006 para 95,25%, e ficou
praticamente estável no ano seguinte em 95,78%. Ressalta-se que o principal
motivo do alto grau de endividamento a curto prazo reporta-se à política de
comercialização praticada pela Mercedes-Benz do Brasil Ltda. e aplicada a todas
as concessionárias, aonde o prazo para pagamento dos caminhões é de 24 horas
a partir do faturamento pela fábrica. O mesmo procedimento aplica-se às peças e
acessórios;
51
- A imobilização do patrimônio líquido demonstra o quanto a empresa
investiu no Ativo Permanente em relação ao Patrimônio Líquido. Neste caso
houve a diminuição da imobilização do patrimônio líquido de 2005, com
percentual de 58,79%, para 2006, onde este índice ficou em 50,78%, e
apresentou uma pequena alta no ano seguinte, onde este mesmo índice ficou em
51,36%;
- Com relação à imobilização dos recursos não correntes, a empresa
obteve queda nos índices de 2005 (onde apresentou 58,79%) se comparados a
2006 (onde ficou com 50,23%) e um pequeno acréscimo no mesmo período de
2007 (onde obteve 50,91%). Assevera-se que a diferença não imobilizada
destina-se ao Ativo Circulante, diferença esta que se denomina de Capital
Circulante Líquido (CCL);
- Com relação ao índice de liquidez geral, a empresa DVA – Veículos S/A,
obteve 2,32 em 2005, 3,16 em 2006 e chegou a 3,31 em 2007. Isto demonstra,
claramente, que a empresa consegue pagar suas dívidas e ainda dispor de folga
financeira;
- No índice de liquidez corrente a empresa apresentou em 2005 o índice de
2,26, passou para 3,31 em 2006 e obteve 3,44 em 2007. A evidenciação de tal
índice, ao longo dos períodos analisados, corrobora para a identificação de
Capital Circulante Líquido (CCL);
- Já com relação à liquidez seca, demonstra-se no exercício de 2005 um
índice de 1,16, passando para 1,61 em 2006 e chegando a 1,66 em 2007. Este
índice demonstra a ótima situação financeira da empresa;
- No que concerne aos índices de rentabilidade, o giro do ativo da empresa
DVA – Veículos S/A, historicamente, é muito baixo. Em 2005 obteve índice de
0,26, em 2006 este índice caiu para 0,24 e em 2007 passou para 0,25. Como se
sabe o volume de vendas tem relação direta ao montante de investimentos. Por
este motivo presume-se ser uma estratégia da empresa o fato do volume de
vendas ser muito baixo, pois a margem de lucro é extremamente alta, conforme
observado no item seguinte;
- Com relação à margem líquida pode-se dizer que a empresa DVA –
Veículos S/A possue um lucro elevado. No exercício de 2005 este índice
apresentou 54,55%, teve uma queda, significativa, em 2006 onde apresentou
52
32,92% e obteve em 2007 um aumento de, aproximadamente, 25,00%, passando
para 44,31%;
- A rentabilidade do ativo demonstra o quanto a empresa obteve de Lucro
Líquido em relação ao Ativo. Neste caso a DVA – Veículos S/A apresentou em
2005 o percentual de 15,15%, com uma considerável queda em 2006 de,
aproximadamente, 92,00%, e um acréscimo em 2007, em relação ao mesmo
período de 2006, de 29,11%, onde apresenta o índice de 11,13%. Evidencia-se,
desta forma, que a empresa teve queda da rentabilidade do Ativo, demonstrando
oscilação do seu poder de capitalização;
- Finalizando, a rentabilidade do patrimônio líquido evidencia qual a taxa de
rendimento do Capital Próprio da empresa. A empresa DVA – Veículos S/A em
2005 apresentou 19,90% de rentabilidade, sendo que no mesmo período de 2006
tal índice decaiu para 9,69%, representando 105,36% de decréscimo. Já em 2007
a empresa conseguiu uma recuperação de 39,00% na rentabilidade do patrimônio
líquido, em relação a 2006, apresentando ao final do exercício financeiro um
índice de 13,47%.
Ao final desta análise, pôde-se constatar que a empresa DVA – Veículos
S/A, isoladamente (sem comparar-se a outras empresas do mesmo ramo de
atividade), mantêm uma considerável folga financeira, com exceção do giro do
ativo, que é compensado com uma excelente margem líquida, ocasionada por
estratégias comerciais muito bem sucedidas até então.
Deve-se, também, destacar o alto grau de endividamento, ocasionado
pelas dívidas de curto prazo. Tais dívidas se originam quase que em sua
totalidade à política de comercialização de veículos e peças promovidos pela
Mercedes-Benz, onde as retiradas de veículos e as aquisições de peças devem
ter pagamentos imediatos e envolvem quantias elevadas.
Num contexto geral, excluindo-se as particularidades inerentes às diversas
políticas aqui envolvidas e levando-se em conta a enorme estrutura física que a
empresa possue e necessita para o bom andamento das suas atividades, pode-se
afirmar que a empresa DVA – Veículos S/A demonstra possuir grande saúde
tanto econômico quanto financeira.
Finalizando, como já comentado anteriormente, a analise dos índices
quando realizada isoladamente, como foi o caso acima, permite chegar-se a
53
conclusões subjetivas e sujeitas ao humor do analista. Do contrário, quando tais
índices são analisados e comparados com padrões, estes fornecem consistência
e objetividade para conclusões criteriosas acerca da situação da empresa perante
o mercado em que se situa. Isto será devidamente demonstrado no item seguinte.
5.3 ESTUDO COMPARATIVO DA EMPRESA DVA – VEÍCULOS S/A COM OUTRAS DO MESMO RAMO DE ATIVIDADE (CONSTRUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ÍNDICES-PADRÃO)
O presente item abordou, efetivamente, a construção e a utilização dos
índices-padrão, indispensáveis ao estudo comparativo, aqui proposto.
A partir do momento em que se sugere efetuar comparações entre
empresas devem-se procurar, antes de tudo, os subsídios necessários para tal
análise.
Parte-se do pressuposto que as empresas produzem demonstrações
financeiras para entidades “externas”, onde estas mesmas entidades calculam os
índices para serem comparados com os de outras empresas. A utilização desta
técnica permite a avaliação de índices de determinada empresa em análise, em
relação aos de outras empresas.
Assim, a extratificação dos índices baseou-se na publicação anual da
Revista Exame - Maiores e Melhores - que relaciona os dados de empresas dos
mais variados ramos de atividades existentes atualmente no Brasil. Tal revista
disponibiliza informações de empresas desde 1973 e possibilita uma enorme
gama de consultas e parâmetros para efetuarem-se comparações entre estas.
Desta forma, selecionaram-se os índices de 20 empresas, classificadas
como empresas de médio porte, caracterizadas pelo comércio varejista de
veículos automotores, peças, acessórios, pneus e implementos para veículos e
prestação de serviços etc.
Há que se ressaltar que, por restrições da própria Revista Exame, os
índices referentes ao exercício de 2007 ainda não se encontravam disponíveis
para acesso. Da mesma forma, a revista não fornece todos os 11 (onze) índices
analisados e comentados anteriormente.
54
Apesar destas restrições, a presente análise não sofreu prejuízos, uma vez
que foram analisados os exercícios de 2005 e 2006 e foram contemplados índices
suficientemente importantes para chegar-se a conclusões fidedignas.
Desta forma, apresenta-se a relação de empresas, e seus respectivos
índices, extraídos do banco de dados da Revista Exame, que melhor se
enquadraram ao propósito desta análise, demonstrados graficamente na
seqüência:
Estrutura de Capital Composição do Endividamento PC/CT (PC+ELP) Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL Imobilização Recursos Não Correntes AP/PL + ELP
Liquidez Liquidez Geral LG Liquidez Corrente LC
Rentabilidade Giro do Ativo V/AT Margem Líquida LL/V Rentabilidade do Patrimônio Líquido LL/PL QUADRO 7 – FÓRMULAS DOS INDICES Fonte: Autor
55
Índices de Estrutura de Capital - 2005
0 20 40 60 80 100 120
Vale Com. Veículos S/A
Tenneco Com. Veículos S/A
Takata Veículos S/A
Suécia Veículos S/A
Sinoscar S/A
Sifco S/A
Servopa S/A
Sanape Veículos S/A
Orca Veículos S/A
Nórdica S/A
Master Veículos Ltda.
Ituvel Veículos Ltda.
Itadisa Com. Veículos Ltda.
Green Automóveis Ltda.
Gevisa S/A
DVA – Veículos S/A
Delga Com. Veículos Ltda.
Cuiabá Diesel S/A
Brasilwagen Com. Veíc. S/A
Borlem Veículos S/A
Belcar Veículos S/A
AP/PL+ELP
AP/PL
PC/CT
GRÁFICO 2 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL – 2005 Fonte: Autor Adaptado: Revista Exame
56
Índices de Liquidez - 2005
0 1 2 3 4 5
Vale Com. Veículos S/A
Tenneco Com. Veículos S/A
Takata Veículos S/A
Suécia Veículos S/A
Sinoscar S/A
Sifco S/A
Servopa S/A
Sanape Veículos S/A
Orca Veículos S/A
Nórdica S/A
Master Veículos Ltda.
Ituvel Veículos Ltda.
Itadisa Com. Veículos Ltda.
Green Automóveis Ltda.
Gevisa S/A
DVA – Veículos S/A
Delga Com. Veículos Ltda.
Cuiabá Diesel S/A
Brasilwagen Com. Veíc. S/A
Borlem Veículos S/A
Belcar Veículos S/A
LC
LG
GRÁFICO 3 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ – 2005 Fonte: Autor Adaptado: Revista Exame
57
Índices de Rentabilidade - 2005
0 20 40 60 80 100 120
Vale Com. Veículos S/A
Tenneco Com. Veículos S/A
Takata Veículos S/A
Suécia Veículos S/A
Sinoscar S/A
Sifco S/A
Servopa S/A
Sanape Veículos S/A
Orca Veículos S/A
Nórdica S/A
Master Veículos Ltda.
Ituvel Veículos Ltda.
Itadisa Com. Veículos Ltda.
Green Automóveis Ltda.
Gevisa S/A
DVA – Veículos S/A
Delga Com. Veículos Ltda.
Cuiabá Diesel S/A
Brasilwagen Com. Veíc. S/A
Borlem Veículos S/A
Belcar Veículos S/A
LL/PL
LL/V
V/AT
GRÁFICO 4 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE - 2005 Fonte: Autor Adaptado: Revista Exame
58
Índices de Estrutura de Capital - 2006
0 20 40 60 80 100 120
Vale Com. Veículos S/A
Tenneco Com. Veículos S/A
Takata Veículos S/A
Suécia Veículos S/A
Sinoscar S/A
Sifco S/A
Servopa S/A
Sanape Veículos S/A
Orca Veículos S/A
Nórdica S/A
Master Veículos Ltda.
Ituvel Veículos Ltda.
Itadisa Com. Veículos Ltda.
Green Automóveis Ltda.
Gevisa S/A
DVA – Veículos S/A
Delga Com. Veículos Ltda.
Cuiabá Diesel S/A
Brasilwagen Com. Veíc. S/A
Borlem Veículos S/A
Belcar Veículos S/A
AP/PL+ELP
AP/PL
PC/CT
GRÁFICO 5 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL - 2006 Fonte: Autor Adaptado: Revista Exame
59
Índices de Liquidez - 2006
0 1 2 3 4 5
Vale Com. Veículos S/A
Tenneco Com. Veículos S/A
Takata Veículos S/A
Suécia Veículos S/A
Sinoscar S/A
Sifco S/A
Servopa S/A
Sanape Veículos S/A
Orca Veículos S/A
Nórdica S/A
Master Veículos Ltda.
Ituvel Veículos Ltda.
Itadisa Com. Veículos Ltda.
Green Automóveis Ltda.
Gevisa S/A
DVA – Veículos S/A
Delga Com. Veículos Ltda.
Cuiabá Diesel S/A
Brasilwagen Com. Veíc. S/A
Borlem Veículos S/A
Belcar Veículos S/A
LC
LG
GRÁFICO 6 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ - 2006 Fonte: Autor Adaptado: Revista Exame
60
Índices de Rentabilidade - 2006
0 10 20 30 40 50
Vale Com. Veículos S/A
Tenneco Com. Veículos S/A
Takata Veículos S/A
Suécia Veículos S/A
Sinoscar S/A
Sifco S/A
Servopa S/A
Sanape Veículos S/A
Orca Veículos S/A
Nórdica S/A
Master Veículos Ltda.
Ituvel Veículos Ltda.
Itadisa Com. Veículos Ltda.
Green Automóveis Ltda.
Gevisa S/A
DVA – Veículos S/A
Delga Com. Veículos Ltda.
Cuiabá Diesel S/A
Brasilwagen Com. Veíc. S/A
Borlem Veículos S/A
Belcar Veículos S/A
LL/PL
LL/V
V/AT
GRÁFICO 7 – DEMONSTRAÇÃO DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE - 2006 Fonte: Autor Adaptado: Revista Exame
61
A partir de agora, pode-se efetuar a disposição dos índices obtidos das
empresas e pô-los em ordem crescente de grandeza:
2005 PC/CT AP/PL AP/PL+ELP LG LC V/AT LL/V LL/PL
9,2 27,7 1,2 0,7 1,1 1,5 0,2 8,4 10,0 31,4 3,3 0,9 1,3 1,6 0,4 8,4 15,4 35,6 6,4 0,9 1,4 1,6 0,7 10,0 20,0 40,5 10,4 0,9 1,4 1,7 0,8 12,0 20,7 50,4 11,7 1,0 1,6 1,9 1,3 15,6 22,1 50,6 12,2 1,2 1,7 2,0 2,1 15,7 24,3 51,0 14,7 1,2 1,7 2,3 2,2 16,7 25,8 55,5 20,6 1,3 1,8 2,3 2,3 17,7 26,5 62,1 21,5 1,4 1,9 2,8 2,4 18,2 27,5 64,7 22 1,5 1,9 2,8 3,0 22,0 27,7 65,1 25,1 1,7 2,1 2,9 3,7 22,0 29,0 66,0 27,0 1,8 2,1 3,6 4,7 27,9 31,7 66,6 27,7 1,8 2,1 4,1 5,4 29,2 33,2 67,8 31,2 1,8 2,3 4,3 7,4 31,5 37,6 67,8 34,1 2,3 2,5 4,5 8,6 31,9 40,4 68,9 37,2 2,4 2,6 6,0 10,1 33,3 42,4 77,9 38,8 2,5 2,7 6,1 11,2 33,8 53,5 80,5 54,4 2,7 3,0 7,0 12,7 42,1 53,6 81,6 57,2 3,6 3,1 7,0 15,5 46,2 84,0 85,5 57,5 4,1 4,4 7,8 21,2 99,6
QUADRO 8 – ORDEM CRESCENTE DE ÍNDICES-PADRÃO 2005 Fonte: Autor
2006 PC/CT AP/PL AP/PL+ELP LG LC V/AT LL/V LL/PL
11 21,4 0,1 0,7 0,6 1,0 0,1 2,4 11,6 24,3 0,4 0,7 1,4 1,1 0,2 5,5 17,6 34,4 3,6 1,0 1,5 1,4 0,3 10,9 19,2 40,9 4,6 1,0 1,5 1,6 0,9 11,6 20,5 42,1 6,7 1,0 1,5 1,8 1,2 14,3 20,9 43,9 8,4 1,1 1,6 1,9 1,4 15,2 22,6 44,9 13,1 1,1 1,7 2,1 1,6 15,7 22,7 54,7 16,6 1,3 1,8 2,4 1,8 17,2 23,7 55,0 18,7 1,4 2,1 2,4 3,1 17,9 25,3 57,0 19,0 1,6 2,1 2,7 3,4 18,2 26 57,8 25,1 1,6 2,1 3,1 4,1 20,0
26,5 58,6 26,0 1,7 2,2 3,4 4,2 22,5 27,2 66,0 30,0 1,8 2,3 4,7 8,1 23,5 32,4 66,5 32,5 1,8 2,4 5,3 8,1 25,8 37,3 69,6 33,1 1,8 2,6 5,5 8,7 27,0 42,3 71,0 33,3 1,9 2,7 5,7 9,0 27,6 47,1 74,8 37,5 2,3 3,0 6,1 12,7 32,9 47,5 75,1 40,3 2,5 3,1 6,5 13,0 33,3 51 76,4 47,4 3,0 3,2 6,6 15,4 33,4
104,1 85,6 63,5 4,1 3,3 6,7 23,5 47,6 QUADRO 9 – ORDEM CRESCENTE DE ÍNDICES-PADRÃO 2006 Fonte: Autor
62
O próximo passo foi encontrar os decis, cuja definição, já apresentada
anteriormente, se dá através da obtenção do valor que deixa 10% dos elementos
do conjunto abaixo de si e 90% acima.
Neste caso, em especial, como foram tomadas 20 empresas, o cálculo
para a obtenção dos decis foi colocar 2 (dois) elementos abaixo de si e 16
(dezesseis) acima. Por exemplo, citam-se os índices da Composição do
Endividamento de 2005, onde os dois menores acima de 10% (15,4 e 20,0) são
divididos por 2; foi obtido o valor de 17,70; este valor, portanto, é a média entre
15,4 e 20,0 e foi o valor base para o 1º decil. Todos os demais decis, são
calculados com base no mesmo critério.
Assim, adotando-se os procedimentos de cálculo acima, para os demais
decis, apresentam-se os seguintes valores:
2005 DECIS PC/CT AP/PL AP/PL+ELP LG LC V/AT LL/V LL/PL
1º 17,70 38,05 8,40 0,90 1,40 1,65 0,75 11,00 2º 21,40 50,50 11,95 1,10 1,65 1,95 1,70 15,65 3º 25,05 53,25 17,65 1,25 1,75 2,30 2,25 17,20 4º 27,00 63,40 21,75 1,45 1,90 2,80 2,70 20,10 5º 28,35 65,55 26,05 1,75 2,10 3,25 4,20 24,95 6º 32,45 67,20 29,45 1,80 2,20 4,20 6,40 30,35 7º 39,00 68,35 35,65 2,35 2,55 5,25 9,35 32,60 8º 47,95 79,20 46,60 2,60 2,85 6,55 11,95 37,95 9º 68,80 83,55 57,35 3,85 3,75 7,40 18,35 72,90
QUADRO 10 – DECIS 2005 Fonte: Autor
2006 DECIS PC/CT AP/PL AP/PL+ELP LG LC V/AT LL/V LL/PL
1º 18,40 37,65 4,10 1,00 1,50 1,50 0,60 11,25 2º 20,70 43,00 7,55 1,05 1,55 1,85 1,30 14,75 3º 22,65 49,80 14,85 1,20 1,75 2,25 1,70 16,45 4º 24,50 56,00 18,85 1,50 2,10 2,55 3,25 18,05 5º 26,25 58,20 25,55 1,65 2,15 3,25 4,15 21,25 6º 29,80 66,25 31,25 1,80 2,35 5,00 8,10 24,65 7º 39,80 70,30 33,20 1,85 2,65 5,60 8,85 27,30 8º 47,30 74,95 38,90 2,40 3,05 6,30 12,85 33,10 9º 77,55 81,00 55,45 3,55 3,25 6,65 19,45 40,50
QUADRO 11 – DECIS 2006 Fonte: Autor
63
Com a obtenção dos índices e o posterior cálculo dos decis, pode-se, a
partir de agora, efetuar a análise propriamente dita.
Nota-se que para se chegar até o ponto inicial da avaliação das
demonstrações financeiras mediante o comparativo econômico-financeiro entre
empresas, há um longo processo que vem a se desenrolar, onde um estudo
minucioso para a obtenção das empresas se faz necessário. Este processo,
apesar de um pouco demorado, oferece embasamento suficiente para a análise,
aqui proposta.
Inicialmente, ao processo avaliativo, são apresentados os dados obtidos
através das análises das demonstrações financeiras, da empresa DVA – Veículos
S/A, dos períodos de 2005 e 2006:
DVA - VEÍCULOS S/A Exercícios 2005 / 2006
AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES Estrutura de Capital 2005 2006
Composição do Endividamento PC/CT (PC+ELP) 99,59% 95,25% Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL 58,79% 50,78% Imobilização dos Recursos Não Correntes AP/PL + ELP 58,71% 50,23%
Liquidez 2005 2006 Liquidez Geral LG 2,32 3,16 Liquidez Corrente LC 2,26 3,31
Rentabilidade 2005 2006 Giro do Ativo V/AT 0,28 0,24 Margem Líquida LL/V 54,55% 32,92% Rentabilidade do Patrimônio Líquido LL/PL 19,90% 9,69%
QUADRO 12 - AVALIAÇÃO DE ÍNDICES Fonte: Autor
Ressalta-se, mais uma vez, que por algumas restrições o exercício
financeiro de 2007 não foi avaliado, bem como os índices de Participação de
Capitais de Terceiros, Liquidez Seca e Rentabilidade do Ativo não fizeram parte
do presente estudo, por indisponibilidade do banco de dados da Revista Exame.
Na seqüência foi demonstrada a tabela de índices-padrão, devidamente
preenchida com os dados obtidos das empresas, por meio dos cálculos dos decis,
referentes aos exercícios de 2005 e 2006:
64
2005 Índices-Padrão
1º
DECIL 2º
DECIL 3º
DECIL 4º
DECIL MEDIANA 6º
DECIL 7º
DECIL 8º
DECIL 9º
DECIL Estrutura
01 - PC/CT 17,70% 21,40% 25,05% 27,00% 28,35% 32,45% 39,00% 47,95% 68,80% 02 - AP/PL 38,05% 50,50% 53,25% 63,40% 65,55% 67,20% 68,35% 79,20% 83,55%
03 - AP/PL + ELP 8,40% 11,95% 17,65% 21,75% 26,05% 29,45% 35,65% 46,60% 57,35% Liquidez 04 - LG 0,90 1,10 1,25 1,45 1,75 1,80 2,35 2,60 3,85 05 - LC 1,40 1,65 1,75 1,90 2,10 2,20 2,55 2,85 3,75
Rentabilidade 06 - V/AT 1,65 1,95 2,30 2,80 3,25 4,20 5,25 6,55 7,40 07 - LL/V 0,75% 1,70% 2,25% 2,70% 4,20% 6,40% 9,35% 11,95% 18,35% 08 - LL/PL 11,00% 15,65% 17,20% 20,10% 24,95% 30,35% 32,60% 37,95% 72,90%
QUADRO 13 - ÍNDICES-PADRÃO 2005 Fonte: Autor
2006 Índices-Padrão
1º
DECIL 2º
DECIL 3º
DECIL 4º
DECIL MEDIANA 6º
DECIL 7º
DECIL 8º
DECIL 9º
DECIL Estrutura
01 - PC/CT 18,40% 20,70% 22,65% 24,50% 26,25% 29,80% 39,80% 47,30% 77,55% 02 - AP/PL 37,65% 43,00% 49,80% 56,00% 58,20% 66,25% 70,30% 74,95% 81,00%
03 - AP/PL + ELP 4,10% 7,55% 14,85% 18,85% 25,55% 31,25% 33,20% 38,90% 55,45% Liquidez 04 - LG 1,00 1,05 1,20 1,50 1,65 1,80 1,85 2,40 3,55 05 - LC 1,50 1,55 1,75 2,10 2,15 2,35 2,65 3,05 3,25
Rentabilidade 06 - V/AT 1,50 1,85 2,25 2,55 3,25 5,00 5,60 6,30 6,65 07 - LL/V 0,60% 1,30% 1,70% 3,25% 4,15% 8,10% 8,85% 12,85% 19,45% 08 - LL/PL 11,25% 14,75% 16,45% 18,05% 21,25% 24,65% 27,30% 33,10% 40,50%
QUADRO 14 - ÍNDICES-PADRÃO 2006 Fonte: Autor
Estas duas tabelas acima representam os índices-padrão do ramo de
atividade da empresa DVA – Veículos S/A. Conforme se observa, os valores em
destaque e em negrito indicam a posição da empresa DVA – Veículos S/A em
relação aos padrões.
A seguir, apresenta-se a posição relativa dos índices da empresa DVA –
Veículos S/A para 2005 e 2006:
65
EXERCÍCIO DE 2005
ÍNDICE
VALOR
POSIÇÃO RELATIVA AOS PADRÕES DECIL MAIS PRÓXIMO
PC/CT 99,59% Muito acima do 9º decil 9º AP/PL 58,79% Acima do 3º decil 3º
AP/PL + ELP 58,71% Pouco acima do 9º decil 9º LG 2,32 Pouco acima do 7º decil 7º LC 2,26 Pouco acima do 6º decil 6º
V/AT 0,28 Muito abaixo do 1º decil 1º LL/V 54,55% Muito acima do 9º decil 9º LL/PL 19,90% Pouco abaixo do 4º decil 4º
QUADRO 15 – AVALIAÇÃO SEGUNDO OS CRITÉRIOS ÍNDICES-PADRÃO 2005 Fonte: Autor
EXERCÍCIO DE 2006
ÍNDICE
VALOR
POSIÇÃO RELATIVA AOS PADRÕES DECIL MAIS PRÓXIMO
PC/CT 95,25% Muito acima do 9º decil 9º AP/PL 50,78% Pouco acima do 3º decil 3º
AP/PL + ELP 50,23% Pouco abaixo do 9º decil 9º LG 3,16 Pouco abaixo do 9º decil 9º LC 3,31 Pouco acima do 9º decil 9º
V/AT 0,24 Muito abaixo do 1º decil 1º LL/V 32,92% Muito acima do 9º decil 9º LL/PL 9,69% Pouco abaixo do 1º decil 1º
QUADRO 16 – AVALIAÇÃO SEGUNDO OS CRITÉRIOS ÍNDICES-PADRÃO 2006 Fonte: Autor
O quadro 17, abaixo, permite o entendimento sobre os conceitos e notas
atribuídos segunda a posição relativa dos índices da empresa DVA – Veículos
S/A para 2005 e 2006:
P IS O T E T OC o n c e i toN o ta 1 0 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Ín d ic e s - D V A V e íc u lo s S /AP C /C TA P /P L
A P /P L + E L P
P IS O T E T OC o n c e i toN o ta 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0
Ín d ic e s - D V A V e íc u lo s S /AL GL C
V /A TL L /V
L L /P L
P IS O T E T OC o n c e i toN o ta 1 0 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Ín d ic e s - D V A V e íc u lo s S /AP C /C TA P /P L
A P /P L + E L P
P IS O T E T OC o n c e i toN o ta 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0
Ín d ic e s - D V A V e íc u lo s S /AL GL C
V /A TL L /V
L L /P L
B o m Ó tim oP é s s im o D e f ic ie n te F ra c o R a z o á v e l
P é s s im o D e f ic ie n te F ra c o
9 º D E C ILS a t is fa tó r io R a z o á v e l F ra c o D e f ic ie n te P é s s im oM E D IA N A 6 º D E C IL 7 º D E C IL 8 º D E C IL
Ó t im o3 º D E C IL 4 º D E C IL
B o m1 º D E C IL 2 º D E C IL
8 º D E C IL1 º D E C IL 2 º D E C IL 3 º D E C IL 4 º D E C ILQ u a n to m a io r , m e lh o r
9 º D E C ILS a t is fa tó r ioM E D IA N A 6 º D E C IL 7 º D E C IL
7 º D E C IL 8 º D E C IL1 º D E C IL 2 º D E C IL 3 º D E C IL 4 º D E C IL 9 º D E C ILÓ t im o B o m S a t is fa tó r io R a z o á v e l F ra c o D e f ic ie n te P é s s im o
M E D IA N A 6 º D E C IL
1 º D E C IL 2 º D E C IL 3 º D E C IL 4 º D E C IL 9 º D E C ILM E D IA N A 6 º D E C IL 7 º D E C IL 8 º D E C ILB o m Ó tim oR a z o á v e l
E X E R C ÍC IO D E 2 0 0 5
E X E R C ÍC IO D E 2 0 0 6
Q u a n t o m e n o r , m e lh o r
Q u a n t o m e n o r , m e lh o r
S a t is fa tó r io
Q u a n to m a io r , m e lh o r
QUADRO 17 – AVALIAÇÃO DOS CONCEITOS – 2005 E 2006 Fonte: Autor
67
Apresenta-se, então, o resumo das notas e dos conceitos dos índices da
empresa DVA – Veículos S/A:
2005 ÍNDICE NOTA / DVA – Veículos S/A CONCEITO PC/CT 0,0 PÉSSIMO AP/PL 6,5 BOM
AP/PL + ELP 0,0 PÉSSIMO LG 7,0 BOM LC 7,0 BOM
V/AT 0,0 PÉSSIMO LL/V 10,0 ÓTIMO
LL/PL 4,0 RAZOÁVEL QUADRO 18 – RESUMO DOS CONCEITOS 2005 Fonte: Autor
2006
ÍNDICE NOTA / DVA – Veículos S/A CONCEITO PC/CT 0,0 PÉSSIMO AP/PL 6,8 BOM
AP/PL + ELP 1,5 DEFICIENTE LG 9,5 ÓTIMO LC 10,0 ÓTIMO
V/AT 0,0 PÉSSIMO LL/V 10,0 ÓTIMO
LL/PL 0,0 PÉSSIMO QUADRO 19 – RESUMO DOS CONCEITOS 2006 Fonte: Autor
Para a seqüência da análise, faz-se necessário a atribuição de pesos aos
índices. A obtenção dos pesos deve ser realizada de maneira científica, com a
análise de empresas insolventes e solventes dentro do ramo de atividade
proposto para a análise, aonde através da análise dos padrões destas empresas
chegam-se aos pesos ideais, com a aplicação de métodos estatísticos próprios.
No caso da análise aqui proposta, a obtenção dos pesos baseou-se no
percentual de participação de cada índice para cada categoria de índices. Apesar
deste método não ser o ideal, faz-se necessário sua utilização, primeiramente,
pelo escasso número de empresas insolventes, dentro do ramo de atividade
analisado, segundo que diversos autores atestam a “estrema” dificuldade em
chegar-se a valores fidedignos e em terceiro ressalta-se o escasso tempo
disponível para realizar uma pesquisa, por menor que fosse, entre as empresas,
para conseguir-se os dados necessários à obtenção dos pesos “ideais” a serem
aplicados neste estudo.
68
Desta forma, foram utilizados os pesos disponíveis para o setor comercial
varejista, em geral, não se conseguindo dados analíticos do setor comercial
varejista de veículos automotores.
Dando seqüência à análise, segue abaixo a tabela de avaliação dos
índices econômico-financeiros:
Avaliação de Índices Financeiros 2005 2006
ÍNDICES PESO NOTA PESO X NOTA PESO NOTA PESO X NOTA
PC/CT 0,2 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 AP/PL 0,6 6,5 3,9 0,6 6,8 4,08
AP/PL + ELP 0,2 0,0 0 0,2 1,5 0,3 Nota de Estrutura de Capitais 3,9 4,4
LG 0,5 7,0 3,5 0,5 9,5 4,75 LC 0,5 7,0 3,5 0,5 10,0 5,0
Nota da Liquidez 7,0 9,8 V/AT 0,3 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 LL/V 0,3 10,0 3,0 0,3 10,0 3,0
LL/PL 0,4 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 Nota da Rentabilidade 3,0 3,0
Avaliação das Categorias de Índices Financeiros
2005 2006 CATEGORIA
PESO NOTA PESO X NOTA PESO NOTA PESO X NOTA
Estr. de Capitais 0,4 3,9 1,6 0,4 4,4 1,8 Liquidez 0,2 7,0 1,4 0,2 9,8 2,0
Rentabilidade 0,4 3,0 1,2 0,4 3,0 1,2 Nota Global 4,2 4,9
Gráfico de Atribuição de Conceitos
Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Conceito Péssimo Deficiente Fraco Razoável Satisfatório Bom Ótimo
Atribuição de Conceitos
2005 2006 Estrutura Deficiente Estrutura Razoável Liquidez Satisfatório Liquidez Ótimo
Rentabilidade Deficiente Rentabilidade Deficiente Global Razoável Global Razoável
QUADRO 20 – AVALIAÇÃO DE ÍNDICES FINANCEIROS Fonte: Autor
Desta forma, permite-se vislumbrar e avaliar, de uma maneira globalizada,
o andamento da empresa entre exercícios financeiros, conforme observado no
quadro 20, acima.
69
De certa forma, a apresentação das avaliações pode variar de acordo com
quem as elabora. É necessário ter em mente que o foco principal destas análises
é o de produzir informações para os gestores. Para tanto, quanto mais
informações explícitas, melhor.
Seguindo o roteiro das avaliações, chegaram-se às conclusões obtidas
mediante as aplicações dos métodos de análise.
Neste contexto, apresentaram-se aos gestores interpretações acerca das
conclusões obtidas, evitando-se que estes tenham de interpretar os dados
apresentados.
A empregabilidade de sumários, representações do perfil, pontos fortes e
fracos, evolução, tendência e comentários da empresa analisada, são algumas
das maneiras de se produzir conclusões que possam e devam auxiliar os
gestores nas tomadas de decisões.
Na seqüência, pode-se visualizar a utilização do sumário das avaliações e
a representação do perfil da empresa DVA – Veículos S/A, baseados nos índices-
padrão, obtidos a partir dos quadros 15 e 16:
2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006ÓtimoBom
SatisfatórioRazoável
FracoDeficientePéssimo
Sumário das Avaliações
CATEGORIAEstrutura de Capital Liquidez Rentabilidade Global
QUADRO 21 - SUMÁRIO DA AVALIAÇÃO BASEADA NOS ÍNDICES-PADRÃO Fonte: Autor
Péssimo Deficiente Fraco Razoável Satisfatório Bom Ótimo Péssimo Deficiente Fraco Razoável Satisfatório Bom Ótimo
Estrutura
Liquidez
Rentabilidade
Global
Perfil Econômico e Financeiro2005 2006
QUADRO 22 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PERFIL ECONÔMICO-FINANCEIRO Fonte: Autor
70
A seguir, destaca-se a interpretação dos pontos fortes e fracos da empresa
DVA – Veículos S/A, onde se conseguem obter os principais pontos positivos e
negativos, apresentados nos comparativos entre os exercícios de 2005 e 2006:
Pontos Fortes e Fracos 2005 2006
Imobilização do Patrimônio Líquido Liquidez Geral Pontos Fortes Margem Líquida Liquidez Corrente
Composição do Endividamento Composição do Endividamento Pontos Fracos
Giro do Ativo Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Já a demonstração da evolução permite o delineamento do comportamento
da empresa durante alguns exercícios financeiros, destacando as principais
melhoras e pioras:
Evolução De 2005 para 2006 Principal melhora Liquidez Geral / Liquidez Corrente
Principal piora Margem Líquida / Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Com relação à avaliação da tendência geral da empresa DVA – Veículos
S/A pode-se visualizar, conforme demonstrativo abaixo, que a empresa apresenta-
se com tendência de crescimento, apesar de estar, aparentemente, estagnada.
Oscilação entre aclive e declive, com tendência a p ermanecer estabilizada, podendo obter uma pequena elevação.
QUADRO 23 - PONTOS FORTES E FRACOS / EVOLUÇÃO / LINHA DE TENDÊNCIA Fonte: Autor
Após todos os processos, anteriormente apresentados, que efetuaram a
avaliação da empresa DVA – Veículos S/A, deve-se apresentar uma espécie de
resumo das análises ou comentários gerais. Este procedimento será aprofundado
no próximo item.
71
5.4 RESULTADO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO COMPARATIVO
Após as análises efetuadas nos demonstrativos econômico-financeiros da
empresa DVA – Veículos S/A, onde se utilizaram comparativos referentes aos
demonstrativos de outras empresas do mesmo ramo de atividade da empresa
supracitada, chegam-se aos resultados finais da análise proposta.
A técnica utilizada para alcançar os resultados desejados foi o método de
avaliação de empresas através da utilização de índices-padrão. Tais índices,
como já mencionado anteriormente, foram extraídos de fontes especializadas e
possuem informações fidedignas e com veracidade suficiente para embasar
qualquer processo de análise.
Ao final das análises, pode-se dizer que os resultados pretendidos foram
alcançados, quase que em sua totalidade.
Como fechamento ao estudo proposto, seguem na seqüência os resultados
obtidos com as análises efetuadas, lembrando-se que os embasamentos para as
análises foram efetuados relacionando a empresa DVA – Veículos S/A com outras
do mesmo ramo de atividade:
a) A empresa DVA – Veículos S/A apresenta índices de
endividamento e imobilização muito altos, mas que obtiveram
uma pequena melhora em 2006, se comparados ao mesmo
período de 2005;
b) Da mesma forma, possue suas dívidas, quase que na totalidade,
saldáveis a curto prazo. Grande parte deste resultado deve-se à
política de comercialização de veículos novos e peças da
Mercedes-Benz do Brasil Ltda., que exige pagamentos quase
que imediatos dos produtos faturados para a DVA – Veículos
S/A;
c) Já com relação aos índices de liquidez, a empresa DVA –
Veículos S/A, apresenta resultados muito bons, passando, de
2005 para 2006, de satisfatório para ótimo, respectivamente.
Destacam-se positivamente os índices de Liquidez Corrente em
2006;
72
d) No que concerne aos índices de rentabilidade, a empresa DVA –
Veículos, de um modo geral, apresenta índices que a posicionam
com deficiência no mercado. Muito desse resultado negativo,
deve-se ao Giro do Ativo, que tanto em 2005 quanto em 2006,
mostra-se muito abaixo do mínimo exigido para o mercado.
Acompanhando o resultado acima, a lucratividade do patrimônio
líquido também demonstra a baixa rentabilidade da empresa,
apresentando índices muito abaixo do normal;
e) Ainda sobre os índices de rentabilidade, destaca-se a enorme
margem líquida que a empresa DVA – Veículos S/A, obtêm sobre
as demais empresas do mercado. Seus números impressionam
pela enorme disparidade (a maior) sobre as demais empresas
analisadas. Isto reflete a política de comercialização da empresa
supracitada, que procura obter uma margem, considerável, sobre
os produtos comercializados, talvez para contrapor a deficiência
do giro do ativo;
f) De maneira geral, a empresa DVA – Veículos S/A, manteve-se
num nível razoável perante o mercado analisado, nos exercícios
de 2005 e 2006. Num computo geral, seus índices aumentaram,
positivamente, de um ano para o outro. Por demonstrar altos
índices de liquidez e margem sobre as vendas, esta empresa
possue tendências de crescimento, em níveis pequenos, mas
com perspectivas muito satisfatórias para o mercado analisado;
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se dizer que ao final de toda a estruturação da análise proposta
verifica-se, quanto ao objetivo geral, que as respostas foram alcançadas.
Houve algumas limitações, tanto por parte da obtenção dos dados
necessários quanto por parte de alguns pontos dentro da análise estruturada.
De forma geral, verifica-se a importância da análise das demonstrações
financeiras como importante ferramenta de gestão. Possibilita aos gestores, mais
do que analisar a situação da sua empresa, vislumbrar a posição da empresa
dentro do contexto mercadológico que se insere.
Com relação à DVA – Veículos S/A, objeto do presente estudo, pode-se
afirmar que as análises apresentadas permitiram contextualizar pontos
importantes desta empresa, com relação ao mercado que esta participa.
Apesar de apresentar muitos pontos favoráveis, em relação aos
concorrentes, vislumbram-se alguns pontos cruciais que impedem a empresa
DVA – Veículos S/A de possuir um maior rendimento ao final dos exercícios
financeiros.
Faz-se necessário aos gestores procurarem alterar algumas das políticas
da empresa, para que assim a DVA – Veículos S/A apresente números que
possibilitem uma prospecção maior dentro do mercado em que se situa.
6.1 QUANTO AO ALCANCE DOS OBJETIVOS PROPOSTOS
No que se refere ao alcance dos objetivos propostos, pode-se dizer que o
presente estudo de caso obteve êxito em sua conclusão, pois conseguiu efetuar a
análise da empresa DVA – Veículos S/A, conceituar e exemplificar todo o
processo que se havia proposto, além de produzir informações para efetuar o
comparativo econômico-financeiro da empresa DVA – Veículos S/A com outras do
mesmo ramo de atividade.
Com relação aos problemas detectados na empresa DVA – Veículos S/A,
que podem ter relação com a falta de um gerenciamento mais otimizado das
informações financeiras, pode-se dizer que ao final da análise aqui desenvolvida
os gestores podem obter informações pormenorizadas da empresa, que
74
possibilitam gerenciar e prospectar ações com o intuito de melhorar a sua
situação econômico-financeira.
Também, o presente estudo atesta que os ativos e passivos da empresa
podem e devem ser mais bem avaliados para promover a diminuição do seu
endividamento de curto prazo e conseguir um aumento da sua rentabilidade.
Já com relação à situação da empresa DVA – Veículos S/A no mercado em
que se insere, a análise através de índices permite diagnosticar muitos
problemas, alguns pontos fortes e fracos da empresa, mas, acima de tudo
permite, efetivamente, demonstrar qual a situação da empresa perante os seus
concorrentes, dentro de um mercado cada vez mais enxuto e globalizado.
A análise das demonstrações financeiras através da utilização de índices-
padrão proporciona, portanto, ao final de todos os diagnósticos apresentados,
acompanhar as tendências de mercado.
Tais tendências permitem avaliar qual o posicionamento da empresa no
mercado e avaliar seus desempenhos financeiros para obter resultados futuros.
Uma dessas tendências é o fato de que hoje as empresas estão cada vez mais
procurando diminuir seus ativos imobilizados e também diminuir suas obrigações
de curto prazo.
Essas duas tendências de mercado, por exemplo, fizeram com que os
resultados obtidos pela DVA – Veículos S/A, ficassem abaixo do que se
imaginava, pois esta empresa possue muitos bens imobilizados e também suas
obrigações de curto prazo perfazem quase que a totalidade das suas obrigações
totais.
Uma mudança em algum desses pontos poderiam alavancar a situação da
empresa para índices acima dos adquiridos com a presente análise financeira.
6.2 LIMITAÇÕES
Apesar de, num computo geral, os objetivos terem sido alcançados, resta
informar que alguns pontos limitantes para o estudo desenvolvido nas
informações financeiras da empresa DVA – Veículos S/A, foram bastante
significativos para “engessar” o estudo proposto.
75
Inicialmente, cita-se a impossibilidade da publicação das informações
financeiras da empresa DVA – Veículos S/A por seus gestores, ocasionado por
motivos de força maior, que não vem ao caso citar.
Com a impossibilidade da publicação destas informações o processo de
padronização das informações financeiras, bem como as análises vertical e
horizontal não puderam ser realizadas.
Outro ponto limitante a se destacar refere-se ao fato de haver a
indisponibilidade, por parte da Revista Exame, dos dados das empresas do
exercício de 2007. Assim, apenas os exercícios de 2005 e 2006 puderam ser
analisados.
Da mesma forma, e referente à mesma revista, cita-se a indisponibilidade
de todos os índices comentados, analisados e exemplificados no presente estudo
de caso.
Cita-se agora, a limitação encontrada na obtenção de um número maior de
empresas para comporem o rol das empresas analisadas. Muitas empresas,
pertencentes ao mesmo ramo de atividade das demais empresas analisadas,
necessitaram serem deixadas de lado, por não haver dados suficientes para tal
análise ou por encontrarem-se indisponíveis para acesso.
Para finalizar, cita-se o problema encontrado na obtenção de pesos que
representam a importância de cada índice dentro do contexto da metodologia de
avaliação de empresas.
Faz-se necessário ressaltar, a enorme dificuldade para a obtenção de
pesos ideais para cada tipo de análise proposta. Vários autores identificam esta
parte do processo de análise como um dos mais dificultosos, pelo simples motivo
de haver a necessidade de possuir-se, ou produzir-se, um banco de dados para
cada tipo de ramo a ser analisado, que contenham os resultados de empresas
solventes e insolventes. A partir deste ponto é realizado um estudo, com a
aplicação de fórmulas estatísticas, para que se possa obter o peso ideal de cada
índice para cada tipo de ramo a ser analisado.
Vale dizer, que em qualquer tipo de análise haverá algum tipo de limitação
e desde que estas limitações não venham a alterar ou impedir os resultados a
serem obtidos, tais análises possuirão resultados satisfatórios.
76
Em resumo, apesar de todas as variáveis limitantes que compuseram o
presente estudo de caso, pode-se afirmar que o resultado da análise possue um
teor altamente satisfatório.
6.3 CONCLUSÃO
Finalizando o presente estudo de caso, ressalta-se que os
questionamentos que se propuseram foram, com certas limitações, alcançados.
Buscou-se apresentar aos gestores da empresa DVA – Veículos S/A algumas
soluções para os problemas detectados na empresa.
Alguns problemas como a ausência de análises econômico-financeiras, a
incapacidade de averiguar a eficiência dos recursos empregados pela empresa na
obtenção dos seus resultados, a incapacidade de se obter dados concretos sobre
os pontos fortes e fracos da empresa, a impossibilidade de se poder analisar as
tendências de mercado, além da inexistência de informações que possibilitassem
aos gestores vislumbrar a real posição da empresa DVA – Veículos S/A no
mercado em que se inserem, puderam ser sanados com o presente estudo de
caso.
Todos esses problemas remetem a um simples, mas complexo, ponto; a
falta de ferramentas gerenciais.
Independente da metodologia a ser utilizada para a obtenção de
ferramentas gerenciais, ratifica-se a “extrema” necessidade de buscarem-se,
constantemente, informações fidedignas que proporcionem a tomada de decisões
por parte dos gestores.
Neste caso, a análise das demonstrações financeiras através da utilização
de índices-padrão, efetuando-se o comparativo entre empresas do mesmo ramo
de atividade ou setor, desde que contenham dados suficientes, permite uma
ampla visualização da empresa perante o mercado.
Todas essas informações servem de embasamento para a tomada de
decisões e prospecções mercadológicas, orientando e servindo como uma
espécie de bússola aos gestores.
77
Do contrário, sem informações pertinentes ou ferramentas de gestão
postas à disposição dos gestores, pode-se chegar a conclusões ou impressões
que não condizem com o mercado.
Em compêndio, o presente estudo de caso apresentou êxito nas suas
conclusões e pôde servir como uma importante ferramenta gerencial aos gestores
da empresa DVA – Veículos S/A.
Atribui-se, assim, o êxito conquistado, única e exclusivamente, à
metodologia de avaliação de empresas baseada na análise das demonstrações
financeiras através da utilização de índices-padrão.
REFERÊNCIAS
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financeiro comércio e serviços, industriais, bancos comerciais e múltiplos .
7ª edição. São Paulo: Atlas, 2002.
CERVO, A L.; BERVIAN, P. A Metodologia científica . 4ª edição. São Paulo:
MAKRON, Books, 1996.
CREPALDI, S A. Contabilidade Gerencial, Teoria e Prática . São Paulo: Atlas,
1998.
FIPECAFI. Manual de contabilidade das sociedades por ações . 6º edição. São
Paulo: Atlas, 2003.
IUDÍCIBUS, S. Análise de Balanços – análise da liquidez e do endi vidamento,
análise do giro, rentabilidade e alavancagem financ eira . 7ª edição. São Paulo:
Atlas, 1998.
MATARAZZO, D C. Análise financeira de balanços – abordagem básica e
gerencial . 6ª edição. São Paulo: Atlas, 2007.
MARION, J C. Análise das demonstrações contábeis – contabilidade
empresarial. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2002.
PEREZ JR., J H e BEGALLI, G A. Elaboração das Demonstrações Contábeis .
2º edição. São Paulo: Atlas, 1999.
SALOMON, D V. Como fazer uma monografia . 9ª edição. São Paulo: Martins
Fontes, 1999.
79
SANTI FILHO, A. e OLINQUEVITCH, J L. Análise de balanços para controle
gerencial – enfoque sobre o fluxo de caixa e previs ão de rentabilidade . 3ª
edição. São Paulo: Atlas, 1993.
Documentos Eletrônicos:
BRASIL. Lei n.º 6.404/76. Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso
em: 01 de abril de 2008.
BRASIL. Lei n.º 11.638/07. Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso
em: 15 de maio de 2008.
Toniollo, Busnello S/A. Disponível em <http://tbsa.com.br>. Porto Alegre, Brasil.
Acessado em: 15 de junho de 2008.
Revista Exame. Melhores e maiores. Disponível em
<http://portalexame.abril.com.br/servicos/melhoresemaiores/>. São Paulo, Brasil.
Acessado em: 31 de maio de 2008.
ANEXO 1
Relação de empresas analisadas no exercício de 2005:
Empresas / Índices PC/CT AP/PL AP/PL+ELP LG LC V/AT LL/V LL/PL Belcar Veículos S/A 10,0 50,4 3,3 1,8 1,9 2,9 3,0 18,2 Borlem Veículos S/A 9,2 81,6 57,2 0,9 2,6 2,0 2,3 31,5
Brasilwagen Com. Veíc. S/A 22,1 67,8 27,7 1,8 1,3 4,1 0,7 12,0 Cuiabá Diesel S/A 53,6 31,4 14,7 2,4 4,4 2,3 2,2 8,4
Delga Com. Veículos Ltda. 37,6 65,1 38,8 0,9 2,1 4,3 2,1 17,7 DVA – Veículos S/A 99,59 58,79 58,71 2,32 2,26 0,28 54,55 19,90
Gevisa S/A 42,4 55,5 12,2 1,7 2,1 1,7 10,1 22,0 Green Automóveis Ltda. 33,2 51,0 20,6 1,2 1,8 1,6 8,6 31,9
Itadisa Com. Veículos Ltda. 26,5 66,0 25,1 2,5 3,0 1,9 12,7 33,3 Ituvel Veículos Ltda. 25,8 62,1 27,0 2,7 3,1 2,8 2,4 16,7
Master Veículos Ltda. 27,7 77,9 31,2 4,1 1,1 7,8 21,2 15,7 Nórdica S/A 20,0 66,6 21,5 1,2 1,4 3,6 0,4 42,1
Orca Veículos S/A 40,4 27,7 11,7 3,6 1,7 7,0 11,2 27,9 Sanape Veículos S/A 20,7 35,6 10,4 1,3 1,7 2,3 7,4 29,2
Servopa S/A 84,0 40,5 6,4 2,3 2,7 7,0 1,3 15,6 Sifco S/A 24,3 64,7 34,1 1,0 1,6 1,5 5,4 46,2
Sinoscar S/A 27,5 50,6 1,2 1,4 1,4 4,5 0,8 8,4 Suécia Veículos S/A 31,7 67,8 22,0 1,8 2,1 6,0 3,7 22,0 Takata Veículos S/A 29,0 80,5 57,5 0,7 1,9 1,6 0,2 10,0
Tenneco Com. Veículos S/A 15,4 85,5 54,4 0,9 2,3 2,8 4,7 99,6 Vale Com. Veículos S/A 53,5 68,9 37,2 1,5 2,5 6,1 15,5 33,8
ANEXO 1 – RELAÇÃO DE EMPRESAS ANALISADAS 2005 Fonte: Autor
ANEXO 2
Relação de empresas analisadas no exercício de 2006:
Empresas / Índices PC/CT AP/PL AP/PL+ELP LG LC V/AT LL/V LL/PL Belcar Veículos S/A 19,2 42,1 6,7 1,8 2,1 2,7 3,1 15,2 Borlem Veículos S/A 11,0 71,0 30,0 1,1 1,7 2,4 3,4 27,0
Brasilwagen Com. Veíc. S/A 20,5 76,4 18,7 1,1 1,4 5,7 0,2 5,5 Cuiabá Diesel S/A 20,9 24,3 3,6 3,0 3,3 2,1 0,3 2,4
Delga Com. Veículos Ltda. 42,3 69,6 26,0 1,0 1,5 3,4 4,1 33,4 DVA – Veículos S/A 95,25 50,78 50,23 3,16 3,31 0,24 32,92 9,69
Gevisa S/A 37,3 44,9 8,4 1,9 1,8 1,1 8,1 17,9 Green Automóveis Ltda. 47,1 40,9 19,0 1,4 2,4 1,4 8,1 23,5
Itadisa Com. Veículos Ltda. 26,5 66,0 25,1 2,5 3,0 1,9 12,7 33,3 Ituvel Veículos Ltda. 23,7 57,8 33,3 1,8 2,7 3,1 13,0 22,5
Master Veículos Ltda. 26,0 57,0 37,5 2,3 2,1 6,5 23,5 18,2 Nórdica S/A 22,7 75,1 40,3 1,0 1,5 4,7 0,9 14,3
Orca Veículos S/A 51,0 21,4 0,4 4,1 3,2 6,6 8,7 15,7 Sanape Veículos S/A 22,6 34,4 16,6 1,3 2,3 1,8 9,0 27,6
Servopa S/A 104,1 54,7 13,1 1,7 2,2 6,1 1,8 20,0 Sifco S/A 32,4 58,6 33,1 0,7 0,6 1,0 0,1 10,9
Sinoscar S/A 17,6 43,9 0,1 1,6 1,5 5,3 1,2 11,6 Suécia Veículos S/A 27,2 55,0 4,6 1,6 1,6 5,5 1,4 17,2 Takata Veículos S/A 11,6 85,6 63,5 0,7 2,1 1,6 1,6 25,8
Tenneco Com. Veículos S/A 25,3 74,8 47,4 1,0 2,6 2,4 4,2 47,6 Vale Com. Veículos S/A 47,5 66,5 32,5 1,8 3,1 6,7 15,4 32,9
ANEXO 2 – RELAÇÃO DE EMPRESAS ANALISADAS 2006 Fonte: Autor