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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO WETSCERA VIVAN BIN ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS CLIENTES INTERNOS SOBRE AS AÇÕES E OS PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DE UMA ORGANIZAÇÃO OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE São José 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

WETSCERA VIVAN BIN

ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS CLIENTES INTERNOS SOBRE AS AÇÕES E OS PROJETOS DE

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DE UMA ORGANIZAÇÃO OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE

São José 2010

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WETSCERA VIVAN BIN

ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS CLIENTES INTERNOS SOBRE AS AÇÕES E OS PROJETOS DE

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DE UMA ORGANIZAÇÃO OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração

da Universidade do Vale do Itajaí.

Professora Orientadora: MSc. Vanderléia Martins Lohn

São José 2010

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WETSCERA VIVAN BIN

ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS CLIENTES INTERNOS SOBRE AS AÇÕES E OS PROJETOS DE

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DE UMA ORGANIZAÇÃO OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em (dia, mês

e ano constante da ata de aprovação – defesa).

Profº Dr. Valério Cristofolini UNIVALI – Campus São José

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

Prof(a) MSc. Vanderléia Martins Lohn

UNIVALI – Campus São José Professora Orientadora

Prof(o) MSc. Amarildo Kanitz

UNIVALI – Campus São José Membro I

Prof(a) MSc. Kellen da Silva Coelho

UNIVALI – Campus São José Membro II

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Dedico este trabalho ao meu marido MÁRCIO por estar sempre

ao meu lado, apoiando, incentivando em todos os momentos

que tive de angústia, pelo amor, carinho, companheirismo e

principalmente pela compreensão. Muito obrigada sem você

não teria conseguido.

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Agradeço primeiramente a Deus, pela saúde e serenidade que

tive para conseguir trilhar este caminho conquistando meus

objetivos, e por estar sempre presente em minha vida.

Ao meu marido Márcio, pelo amor, carinho, companheirismo

e compreensão constantes, você foi fundamental para que eu

conseguisse chegar até aqui MUITO OBRIGADA.

A minha querida avó Dona Iracema, uma pessoa iluminada,

um anjo em minha vida que sempre me deu força e me incentivou

nessa caminhada, ajudando financeiramente para que eu não

desistisse, sem sua ajuda não teria conseguido chegar ao final desta

etapa MUITO OBRIGADA.

Aos meus pais Eliane e Gilceu, por receber o dom mais

precioso a Vida, pelo amor, carinho e incentivo que sempre recebi

MUITO OBRIGADA.

A minha sogra Nara, por ser minha segunda mãe, por me

amparar por tanto tempo, e por sempre estar disposta a me ajudar em

todos os momentos que precisei MUITO OBRIGADA.

A todos os professores que transmitiram seus conhecimentos

e experiências durante todo o curso, principalmente, minha

orientadora Profª. Vanderléia, pelo carinho e ajuda constante

mostrando-se sempre atenciosa, uma excelente profissional MUITO

OBRIGADA.

A Cleci Elisa Albiero, uma pessoa muito querida que me

ajudou muito com seus conhecimentos, e experiências, aprimorando

ainda mais meu trabalho MUITO OBRIGADA.

Aos meus amigos e colegas de trabalho, pelo apoio em todos

os momentos que tive de angústias, incertezas, dúvidas, receios, e

ansiedades, em especial para a Taiane, a Cristiane, a Roberta, e a

Débora que direta ou indiretamente me ajudaram na conclusão deste

trabalho MUITO OBRIGADA.

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O caminho está aberto a todos, e se uns vencem e

alcançam o que almejam, não é porque sejam

predestinados, e sim porque forçaram os obstáculos

com arrojo e tenacidade.

Coelho Neto

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RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo analisar a percepção e expectativa dos clientes internos da organização operadora de planos de saúde da grande Florianópolis com relação às ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental desenvolvidos, principalmente no que diz respeito aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODM. O método utilizado nesta pesquisa foi de natureza descritiva e a abordagem utilizada foi quali-quantitativa, caracteriza-se como um estudo de caso por se tratar de um caso específico. Os dados foram obtidos de fontes secundárias e primárias por meio de um questionário aplicado com os funcionários e uma entrevista com a pessoa responsável pela área de Responsabilidade Socioambiental. O estudo evidenciou que o cliente interno possui conhecimento adequado sobre a temática Responsabilidade Socioambiental, além de considerar que os projetos e as ações desenvolvidos pela organização em estudo são importantes para todos os stakeholders, em especial para a sociedade e a comunidade no qual a organização está inserida. A pesquisa também apresentou a percepção e expectativas do cliente interno para com os ODM’s, ressaltando a importância de a organização inserir os ODM’s nas ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental, destacando novamente a sociedade e as metas que envolvem saúde, educação e sustentabilidade. Neste sentido, conclui-se que a organização deve direcionar suas ações e projetos para a sociedade, considerando que a maioria dos pesquisados entendem como fator primordial, e também analisar constantemente o desenvolvimento e o direcionamento de suas ações e projetos juntamente com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Palavras-chave: Responsabilidade Socioambiental; Ações e Projetos; Cliente interno

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ABSTRACT

This study aims to examine the perceptions and expectations of internal customers of the organization operating health plans of Florianopolis in the actions and projects for Environmental Responsibility developed, especially with regard to the Millennium Development Goals - MDGs. The method used in this research was descriptive in nature and the approach used was qualitative and quantitative, is characterized as a case study because it is a specific case. Data were obtained from secondary and primary sources through a questionnaire to employees and an interview with the person responsible for the area of Social and Environmental Responsibility. The study showed that the internal client has adequate knowledge about the topic Environmental Responsibility, and consider that the projects and actions developed by the organization under study are important for all stakeholders, particularly for society and the community in which the organization is embedded. The research also showed the perception and expectations with internal client to the MDGs, emphasizing the importance of the organization enter the MDGs in the actions and projects for Environmental Responsibility, highlighting again the society and the goals that involve health, education and sustainability. In this sense, it is concluded that the organization should direct their actions and projects for society, whereas the majority of respondents considered major factor, and also look constantly developing and directing their activities and projects together with the Millennium Development Millennium.

Key-words: Environmental Responsibility, Actions and Projects; Client procedure.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Níveis de Sensibilidade Social das Organizações....................................................18

Figura 2 - Organograma da Administração Superior ...............................................................64

Quadro 1 - A organização e seus parceiros ..............................................................................20

Quadro 2 - As mudanças e transformações na área de recursos humanos ...............................22

Quadro 3 - Os cinco processos básicos na Administração de Recursos Humanos ..................23

Quadro 4 - Evolução histórica da responsabilidade social .......................................................29

Quadro 5 - As cinco dimensões do desenvolvimento sustentável............................................37

Quadro 6 - Indicadores Ethos de responsabilidade social ........................................................41

Quadro 7 - Objetivos de desenvolvimento do milênio - Metas Brasil .....................................48

Quadro 8 - Objetivos de desenvolvimento do milênio- Iniciativas no Brasil ..........................50

Quadro 9 - Objetivos de desenvolvimento do milênio- Programas e projetos desenvolvidos .51

Quadro 10- Diretorias de gestão e suas áreas ...........................................................................66

Quadro 11 - Programa ODM FAZ .........................................................................................104

Gráfico 1 - Sexo dos pesquisados.............................................................................................74

Gráfico 2 - Faixa etária dos pesquisados ..................................................................................74

Gráfico 3 - Escolaridade dos pesquisados ................................................................................75

Gráfico 4 - Quanto tempo trabalha na organização..................................................................75

Gráfico 5 - Em qual diretoria de gestão você pertence.............................................................76

Gráfico 6 - Nível de conhecimento sobre a Responsabilidade Socioambiental .......................76

Gráfico 7 - Opinião sobre as ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental ..............77

Gráfico 8 - Informações sobre as ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental ......78

Gráfico 9 - Comunicação das ações e projetos para o público interno....................................78

Gráfico 10 - Para quem estão direcionados as ações e projetos ...............................................79

Gráfico 11- Para quem deveriam ser direcionados as ações e projetos...................................80

Gráfico 12 - Jovem Trabalhador...............................................................................................81

Gráfico 13 - Curso de Cuidadores de Idosos............................................................................81

Gráfico 14 - Selo Carbon Free..................................................................................................82

Gráfico 15 - Coleta de Resíduos e Plásticos Reciclável...........................................................82

Gráfico 16 - Fundação Hassis...................................................................................................83

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Gráfico 17 - Café com o presidente..........................................................................................83

Gráfico 18 - Programa de valorização do Cooperado ..............................................................84

Gráfico 19 - Núcleo de Desenvolvimento Humano .................................................................84

Gráfico 20 - RCEE ...................................................................................................................85

Gráfico 21 - Coleta especial .....................................................................................................85

Gráfico 22 - Consumo Consciente ...........................................................................................86

Gráfico 23 - Coral da organização............................................................................................86

Gráfico 24 – Incentivo à Cultura Local ....................................................................................87

Gráfico 25 – Campanhas de Solidariedade...............................................................................87

Gráfico 26 - Projeto PROERD .................................................................................................88

Gráfico 27 - Projeto Capital Criança ........................................................................................88

Gráfico 28 - Projeto Junior Achievement.................................................................................89

Gráfico 29 - Nível de conhecimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.............90

Gráfico 30 - Opinião sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio .............................90

Gráfico 31 - Acabar com a fome e a miséria............................................................................91

Gráfico 32 - Igualdade entre os sexos e valorização da mulher ...............................................92

Gráfico 33 - Melhorias na saúde das gestantes.........................................................................92

Gráfico 34 - Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente...................................................93

Gráfico 35 - Educação básica de qualidade para todos ............................................................93

Gráfico 36 - Redução da mortalidade infantil ..........................................................................94

Gráfico 37 - Combate à AIDS, malária e outras doenças.........................................................94

Gráfico 38 - Todos trabalhando pelo desenvolvimento............................................................95

Gráfico 39 - Acabar com a fome e a miséria............................................................................96

Gráfico 40 - Igualdade entre os sexos ......................................................................................96

Gráfico 41 - Melhoria na saúde das gestantes ..........................................................................97

Gráfico 42 - Q.V e respeito ao meio ambiente .........................................................................97

Gráfico 43 - Educação básica de qualidade para todos ............................................................98

Gráfico 44 - Redução da mortalidade infantil ..........................................................................98

Gráfico 45 - Combate à AIDS, malária e outras doenças.........................................................99

Gráfico 46 – Todos trabalhando pelo desenvolvimento...........................................................99

Gráfico 47 - Interesse na participação das ações ou dos projetos realizados .........................100

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................10

1.1 Problema Pesquisa..............................................................................................................11

1.2 Perguntas de Pesquisa.........................................................................................................12

1.3 Objetivos ............................................................................................................................12

1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................12

1.3.2 Objetivos Específicos ......................................................................................................13

1.4 Justificativa.........................................................................................................................13

1.5 Apresentação geral do trabalho ..........................................................................................15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................16

2.1 Organizações ......................................................................................................................16

2.2 Administração de Recursos Humanos................................................................................21

2.2.1 Manutenção do cliente interno X Endomarketing...........................................................24

2.3 Responsabilidade Social.....................................................................................................28

2.3.1 Responsabilidade social corporativa ...............................................................................31

2.3.2 Responsabilidade social ambiental..................................................................................33

2.4 Desenvolvimento Sustentável ............................................................................................35

2.5 Indicadores e instrumentos da responsabilidade social ......................................................39

2.6 Projetos Sociais ..................................................................................................................52

2.7 Marketing Social ................................................................................................................54

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ....................................................................................58

3.1 Caracterização da pesquisa.................................................................................................58

3.2 Contexto e participantes .....................................................................................................59

3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados .............................................................60

3.4 Tratamento e análise dos dados..........................................................................................62

4 RESULTADOS DO ESTUDO ...........................................................................................63

4.1 Caracterização da Organização ..........................................................................................63

4.2 Análise dos Resultados – Pesquisa com o Cliente Interno.................................................73

4.3 Sugestões de Responsabilidade Social para a Organização .............................................103

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................105

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................109

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APÊNDICES .........................................................................................................................113

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, a responsabilidade social vem ganhando força dentro e fora das

organizações, tornando-se assim um diferencial competitivo, que agrega valor à imagem, ao

produto e a marca da organização, sendo mais reconhecida diante de seus stakeholders e ainda

propiciando uma melhor relação com seu cliente interno. Importante ressaltar que a

responsabilidade social não pode ser lembrada somente para trazer benefícios às

organizações, mas também para toda a sociedade, com respeito ao ser humano, com atitudes

éticas, valorizando a diversidade, e contribuindo com o desenvolvimento sustentável do país.

Com isso conseguirá ter mais credibilidade e compromisso na qualidade dos produtos e

serviços prestados.

Com isso, a responsabilidade social tornou-se um conceito estratégico que precisa ser

disseminado em toda organização, ou seja, a responsabilidade social necessita fazer parte do

negócio e dos objetivos estratégicos da organização. Muitas organizações já estão construindo

a sua missão ligada ao conceito de responsabilidade social, mostrando assim, que estão

contribuindo para um mundo mais justo e responsável, pois o mercado já está separando as

empresas que desenvolvem responsabilidade social daquelas que simplesmente praticam atos

filantrópicos.

Assim, as organizações que antes focavam somente na lucratividade, se depararam

com o desafio de aplicar a “responsabilidade social”, iniciando com o seu cliente interno,

estabelecendo um caminho para a sustentabilidade do seu negócio, pensando no hoje e

amanhã, tornando-a parceira e co-responsável pelo desenvolvimento sustentável.

Portanto percebe-se que para praticar a responsabilidade social, é necessário que as

organizações demonstrem mais transparência em suas ações e projetos sociais desenvolvidos,

e através da utilização de instrumentos, como o balanço social, consegue-se monitorar a

realidade social das organizações.

Destacando-se, como ferramenta fundamental e indispensável, que contribuirá para o

desenvolvimento da pesquisa, os objetivos de desenvolvimento do milênio – ODM, são metas

impostas pela ONU, adotadas por cento e noventa e três países, que ao analisarem os maiores

problemas mundiais, perceberam a importância de praticá-los, com o intuito de extinguir com

os mesmos.

Neste contexto, surge à necessidade de analisar as ações e projetos de responsabilidade

socioambiental, da organização em estudo, pois desde que iniciou sua ação de

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responsabilidade socioambiental, há dez anos, a operadora de planos de saúde da grande

Florianópolis vem desenvolvendo e aprimorando inúmeros projetos e ações, e também

apoiando diversos programas em variadas áreas de atuação.

Com isso, no ano 2009, a organização em estudo começou a apoiar os objetivos de

desenvolvimento do milênio, sendo que neste momento, há um interesse da organização em

rever as diretrizes de suas ações e projetos de responsabilidade socioambiental, redirecionado-

os para os objetivos de desenvolvimento do milênio.

Sendo assim, observou-se a importância de realizar uma análise da percepção e

expectativa dos clientes internos sobre as ações e os projetos de responsabilidade

socioambiental, no intuito de identificar quais dos objetivos de desenvolvimento do milênio a

organização em estudo deve direcionar para suas ações e projetos.

1.1 Problema de Pesquisa

Percebe-se que atualmente, há uma necessidade das organizações em demonstrar sua

credibilidade e responsabilidades perante seus stakeholders, não apenas para ser reconhecida

no mercado em que atua, mas demonstrando que respeita e contempla a participação de todos

no universo onde se insere, e considerando que para uma organização ser socialmente

responsável deve começar atuar no seu ambiente interno.

Na medida em que se passa a analisar a ação social das organizações, ela se torna mais

comprometida com os resultados, ganhando mais transparência, credibilidade e se

fortalecendo como estratégia de parceria do setor privado com o setor público para a

promoção do desenvolvimento social (RODRIGUES, 2005). Com isso, percebe a necessidade

em realizar uma análise das ações e projetos de responsabilidade socioambiental, uma vez que

estes podem contribuir para o fortalecimento do posicionamento estratégico da organização e

também para a relação de trabalho do seu cliente interno com a organização. Também é

importante destacar que a análise de ações e projetos contribui para verificar se os objetivos

traçados estão sendo alcançados, analisando as estratégias, ações, equipes responsáveis,

resultados esperados e avaliação dos indicadores.

A organização em estudo não possui nenhum estudo do cliente interno perante as

ações e projetos de responsabilidade socioambiental que vêm desenvolvendo e também não

conhece sua percepção e sugestão em relação às ações e projetos desenvolvidos,

principalmente no que diz respeito aos objetivos de desenvolvimento do milênio - ODM,

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linha de atuação a que a organização em estudo vem pretendendo implementar na área de

responsabilidade socioambiental.

Por isso, a necessidade da verificação da percepção e expectativa do cliente interno,

pois, não existe nenhum tipo de pesquisa deste gênero na organização, a fim de identificar

quais objetivos de desenvolvimento do milênio são mais apropriados para as suas ações e

projetos de responsabilidade socioambiental, uma vez que deve fazer parte do negócio da

organização e também deve ter o apoio e participação dos seus clientes internos.

Assim, pode-se formular o seguinte problema de pesquisa:

Como estão a percepção e as expectativas dos clientes internos da organização

operadora de planos de saúde da grande Florianópolis em relação às ações e aos projetos

de responsabilidade socioambiental desenvolvidos?

1.2 Perguntas de Pesquisa

A descrição da questão problema suscita algumas perguntas que vão direcionar o

estudo, no sentido de facilitar o entendimento dos objetivos e métodos utilizados na pesquisa.

• Como está estruturada a área de responsabilidade socioambiental da operadora de

planos de saúde?

• Quais são as ações e os projetos de responsabilidade socioambiental que a

organização desenvolve?

• Qual a percepção e expectativa dos clientes internos perante as ações e projetos de

responsabilidade socioambiental desenvolvidos pela operadora de planos de saúde?

• Qual a percepção e expectativa dos clientes internos perante os objetivos de

desenvolvimento do milênio nas ações e projetos de responsabilidade socioambiental?

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar a percepção e expectativas dos clientes internos da organização operadora de

planos de saúde da grande Florianópolis em relação às ações e projetos de responsabilidade

socioambiental desenvolvidos.

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1.3.2 Objetivos Específicos

Buscando alcançar o objetivo geral desta pesquisa, a mesma terá como objetivos

específicos:

• Caracterizar a área de responsabilidade socioambiental da organização em estudo;

• Descrever as ações e projetos de responsabilidade socioambiental desenvolvidos

pela organização;

• Identificar a percepção e expectativas dos clientes internos perante as ações e

projetos de responsabilidade socioambiental desenvolvidos;

• Identificar a percepção e expectativas dos clientes internos perante os objetivos de

desenvolvimento do milênio nas ações e projetos de responsabilidade socioambiental.

1.4 Justificativa

A escolha pelo tema justifica-se por considerar que a responsabilidade socioambiental

está cada vez mais presente nas organizações, existindo a preocupação em resgatar valores

éticos, e realizar ações e projetos voltados para as questões sociais, contribuindo com o

desenvolvimento sustentável, nas relações com o próximo, visando melhorias e

comprometimento com as gerações futuras.

Com isso, os objetivos de desenvolvimento do milênio, entram nas organizações, com

o intuito de minimizar os maiores problemas mundiais, atendendo as questões sociais, das

organizações através de suas práticas socialmente responsáveis, mas para isso, precisam

atender realmente as necessidades de seus stakeholders, começando com as necessidades do

seu cliente interno.

Espera-se que as organizações fiquem motivadas para avaliar a eficácia nas suas

ações sociais, e com isso consigam efetivos resultados em seus projetos, pois não é suficiente

investir, doar ou destinar recursos para causas sociais. É preciso assegurar-se de que eles estão

sendo otimizados, e que o problema social realmente esteja sendo minimizado

(RODRIGUES, 2005).

A contribuição desta pesquisa é oferecer à organização uma análise das ações e

projetos de responsabilidade socioambiental, e também no que diz respeito aos objetivos de

desenvolvimento do milênio, usando como base a percepção e expectativas do cliente interno,

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pois é ele que sustenta a geração do conhecimento entre todos os envolvidos no processo da

organização. E, partindo do princípio que a organização, tem de primeiramente se preocupar

em atender as necessidades de seu público interno, ou seja, um processo gradativo “de dentro

para fora”, que contempla a visão sistêmica da responsabilidade social.

A viabilidade da pesquisa acontece pelo fato de que a responsabilidade social pode

trazer benefícios para a organização em estudo, conhecendo as reais necessidades

expectativas dos seus clientes internos perante as ações e projetos de responsabilidade social

desenvolvidos, a organização conseguirá uma melhor relação e engajamento em prol da ação

social e da sustentabilidade nos negócios.

Para a sociedade, a pesquisa traz muitas contribuições em relação a este assunto, mais

conhecimentos e esclarecimentos, por parte das organizações este tema vem despertando

grande interesse. Para a universidade, poderá servir como base para novas pesquisas, projetos

e para estudos acadêmicos, ou até mesmo um aprimoramento desta pesquisa.

A formulação desta pesquisa será de fundamental importância para a vida acadêmica e

profissional da pesquisadora. Além de ser uma área de interesse de estudo, a pesquisa terá a

sua originalidade garantida, pois se trata da primeira análise das ações e projetos de

responsabilidade socioambiental da organização em estudo, o desenvolvimento desta

pesquisa, mostrará uma visão mais elaborada sobre o tema de responsabilidade social e

ambiental, sobre as ações e projetos desenvolvidos e também sobre os objetivos de

desenvolvimento do milênio que apresentam questões importantes para a sociedade.

No que diz respeito ao produto da pesquisa, a análise das ações e projetos de

responsabilidade socioambiental na percepção do cliente interno, representa para a

organização a possibilidade de identificar as diretrizes a serem desenvolvidas perante aos

objetivos de desenvolvimento do milênio, além de continuar a trilhá-lo com maior segurança,

e se preparar para as fases subseqüentes da responsabilidade social.

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1.5 Apresentação geral do trabalho

O primeiro capítulo corresponde à introdução que apresenta, o problema de pesquisa,

as perguntas de pesquisa, o objetivo geral e específicos e a justificativa.

No segundo capítulo, apresenta-se a fundamentação teórica, no qual foram abordados

os principais assuntos da pesquisa: Organizações; Administração de Recursos Humanos;

Responsabilidade Social; Desenvolvimento Sustentável; Indicadores e Instrumentos de

Responsabilidade Social que destaca os Objetivos de Desenvolvimento do milênio um dos

focos da pesquisa; Projetos Sociais; Marketing Social, Assim, a pesquisadora conseguirá

mostrar a essência da pesquisa em estudo, bem como as visões de diversos autores.

No terceiro capítulo, apresentam-se os aspectos metodológicos que vão ser utilizados

na pesquisa, bem como a caracterização da pesquisa, os participantes da pesquisa, os

procedimentos e instrumentos de coleta de dados, e o tratamento e análise de dados.

No quarto capítulo, serão apresentados e interpretados os dados coletados na pesquisa,

para posteriormente analisar os resultados que foram obtidos.

No quinto capítulo, apresentam-se as considerações finais da pesquisa desenvolvida,

aqui serão explanadas as reflexões em torno do trabalho desenvolvido como um todo.

Por fim, serão apresentadas as referências utilizadas no estudo durante o

desenvolvimento da pesquisa bem como os apêndices.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo a pesquisadora julga importante, expor alguns assuntos que irão

contribuir para um melhor entendimento da temática responsabilidade socioambiental, que

contribuirá para uma posterior análise, os principais assuntos a serem abordados serão:

Organizações, Administração de Recursos Humanos, Responsabilidade Social,

Desenvolvimento Sustentável, Indicadores e Instrumentos da Responsabilidade Social;

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; Projetos Sociais e Marketing Social.

2.1 Organizações

As Organizações no atual cenário mundial estão cada vez mais se conscientizando do

seu papel perante a sociedade, tornando-se mais co-responsáveis, e com isso abrindo as portas

para a sustentabilidade no âmbito dos negócios, proporcionando uma melhor relação e

benefícios para seus stakeholders.

Percebe-se que as organizações, estão com um desafio diário de permanecer no

mercado, pois diante da alta competitividade, precisam de um diferencial, e a

responsabilidade socioambiental entra para conquistar este espaço e permanecer, pois o

consumidor está cada vez mais atento e percebendo as mudanças que vem ocorrendo,

tornando-se ainda mais exigente.

Com isso, Mintzberg (1995) afirma que, as organizações são estruturadas para

apreender e para dirigir sistemas de fluxos e determinar os inter-relacionamentos das

diferentes partes. Esses fluxos e inter-relacionamentos dificilmente são de formato linear, com

os elementos seguindo ordenadamente um depois do outro.

Ainda Mintzberg (1995), em sua visão descreve que uma organização é dividida em

cinco partes básicas, que são de suma importância para o seu desempenho e lucratividade:

• núcleo operacional: é o coração de todas as organizações, envolve os funcionários

que trabalham diretamente com a produção de bens ou prestação de serviços, sendo a parte

que produz os resultados de que a empresa precisa pra se manter viva.

• a cúpula estratégica: envolve a relação com o ambiente, comunicando as pessoas do

seu meio ambiental sobre as atividades da organização, levando contatos de alto nível e

negociações importantes.

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• linha intermediária: a supervisão age diretamente com diretores, existindo um limite

de subordinados, as atividades são mais detalhadas e elaboradas mudando de orientação na

medida que desce na cadeia de autoridade.

• tecnoestrutura: encontram-se os analistas que prestam serviços a organização, que

podem delinear, planejar e alterar, sendo eficaz somente quando pode empregar suas técnicas

analíticas para tornar o trabalho mais eficaz.

• assessoria de apoio: não faz parte do núcleo operacional, sendo muitas vezes

englobadas a tecnoestrutura e rotuladas de assessoria que fornece recomendações para a

administração sendo muitas vezes auto-suficientes, no entanto operam independentemente do

principal núcleo operacional.

De acordo com as cinco partes básicas que o autor descreve, entende-se que são

fundamentais e necessárias para o dia-a-dia e para a sobrevivência de toda organização, pois

uma da o apoio à outra, com isso a organização conseguirá atingir o sucesso e os objetivos

organizacionais esperados.

De acordo com Tachizawa (2009), o início da história das organizações nos países

ocidentais começou decorrentes da revolução industrial, após surgir os três grandes

representantes da escola clássica, que adotaram abordagens parecidas: como criar uma

organização que, de forma eficiente, atingisse seus objetivos. Taylor concentrou-se na análise

do trabalho, Fayol estabeleceu reflexões sobre a administração e controle e Weber analisou o

contexto social e os princípios que fundamentam as organizações.

Na compreensão de Drucker (2002), a organização moderna existe para fornecer

algum serviço específico à sociedade. Precisa, portanto, estar na sociedade. Precisa estar em

alguma comunidade, ser vizinha de alguém e fazer seu trabalho no interior de algum cenário

social. Mas para fazer seu trabalho ela precisa também ter funcionários. As repercussões que

fará a sociedade sentir inevitavelmente irão além da contribuição específica cuja prestação é a

razão da sua existência.

Com isso, surge o novo paradigma da organização que é completamente diferente do

nascido há cerca de cem anos que corresponde às teorias clássicas de organização e de gestão.

Estabelecendo um contraste entre as velhas e as novas organizações, percebe-se que o

importante agora é a inteligência, a capacidade de fazer uso da informação, e obter novas

idéias que acrescentam valor e aumentam a competitividade. As novas organizações são

achatadas na estrutura, perde assim sua a importância e ganha destaque, o posicionamento de

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áreas funcionais voltadas para o gerenciamento das questões de proteção ao meio ambiente e

da responsabilidade social, (TACHIZAWA, 2009).

De acordo com Chiavenato (2004) existem graus de envolvimento organizacional na

responsabilidade social, como o modelo Stakeholder que é favorável ao envolvimento

organizacional em atividades e obras sociais, apresentam-se então na figura 1 a seguir, os três

diferentes graus de envolvimento: Abordagem da obrigação social e legal; Abordagem da

responsabilidade social; e Abordagem da sensibilidade social.

Figura 1 - Níveis de Sensibilidade Social das Organizações Fonte: adaptado por Chiavenato (2004 p. 477)

Dessa forma, percebe-se que a responsabilidade social está cada vez mais presente nas

organizações e não é mais vista apenas para obter lucros. Os níveis de sensibilidade social das

organizações mostrados na figura anterior possuem o seguinte significado:

1) Abordagem da obrigação social e legal: As metas são focadas somente na

lucratividade organizacional e no patrimônio líquido dos proprietários, a organização

realiza apenas as obrigações mínimas imposta pela lei em vigor, sem fazer nenhum

tipo de esforço complementar.

2) Abordagem da responsabilidade social: A organização começa a focar mais nas suas

responsabilidades sociais, as decisões começam a ser tomadas não só para obter lucros

Abordagem de sensibilidade social:

Satisfazer as obrigações legais e sociais atuais e

previstas relacionadas a problemas e tendências que estão

surgindo, mesmo que afetem indiretamente a empresa.

Abordagem de responsabilidade social:

Satisfazer as obrigações legais e sociais

atuais que afetam diretamente a empresa.

Abordagem de obrigação social e legal:

Satisfazer somente as obrigações sociais

exigidas pela legislação em vigor.

Ambiente

Organizacional

Comunidade

Organização

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mas também para beneficio social, os recursos são usados para projetos sociais mas

sem prejudicar a economia da organização. Começam a se adaptar e focar para

solucionar problemas sociais que já existem.

3) Abordagem da sensibilidade social: a organização começa a se preocupar mais com os

problemas sociais do futuro e começa a se antecipar em suas ações, começando uma

iniciativa perante a sociedade, se envolvendo com as comunidades carentes mostrando

mais consciência social, trazendo mais voluntários espontâneos e investindo em

programas voltados para as comunidades carentes.

Na compreensão de Chiavenato (2004), toda organização produz alguma influência no

seu ambiente, que pode ser positiva quando a organização traz benefícios para o ambiente

através de suas decisões e ações ou negativa quando traz problemas ou prejuízos ao ambiente.

Somente há pouco tempo as organizações começaram a preocupar-se com as obrigações

sociais. Esta preocupação crescente não foi espontânea, mas provocada por movimentos

ecológicos e de defesa do consumidor que põem em foco o relacionamento entre organização

e sociedade.

As organizações, a partir de uma postura socialmente responsável, vêm empreendendo

nas ações e projetos sociais que vão desde a tradicional filantropia até parcerias com o terceiro

setor, que incluem programas de voluntariado empresarial e de proteção ao meio-ambiente,

além da instituição de códigos de ética que visam regulamentar a conduta de seus membros

(SOARES, 2004).

A esse respeito, Tachizawa (2009) percebe que a preocupação com as questões

ambientais e de responsabilidade social faz com que a organização de hoje escolha

fornecedores que atendam a seus requisitos éticos e que atestem que os insumos produtivos

contratados atendam a seus requisitos ambientais, predefinidos em sua política corporativa.

Com isso, a gestão de uma organização avança para o âmbito interno das empresas que

contratam fornecedores, ultrapassando as fronteiras e limites organizacionais tradicionais.

De acordo com Karkotli (2005) um capital sozinho não produz resultados, pois sem os

recursos da natureza e sem a inteligência e o trabalho do homem a organização é improdutiva,

consegue-se então identificar os vários parceiros com os quais a organização mantém

relacionamento, não apenas no que se refere às trocas de influências, mas em termos do que

oferecem e o que esperam ver cumprido de acordo com o demonstrado no Quadro 1 a seguir:

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PARCEIROS CONTRIBUIÇÕES DEMANDAS BÁSICAS

Acionistas Capital Lucros e dividendos Preservação do patrimônio

Empregados

Mão-de-obra Criatividade Idéias Tempo

Remuneração justa Condições adequadas de trabalho Segurança, saúde e proteção Reconhecimento, realização pessoal

Fornecedores Mercadorias Respeito aos contratos Negociação leal Parceira

Clientes Dinheiro

Segurança e boa qualidade dos produtos e serviços Preço acessível Atendimento de necessidades/desejos

Concorrentes Competição; referencial de mercado

Lealdade na concorrência Propaganda honesta

Governo Suporte institucional, Jurídico e político

Obediência às leis Pagamento de tributos

Grupos e Movimentos Aportes socioculturais diversos

Proteção ambiental Respeito aos direitos das minorias Respeito aos acordos salariais

Comunidade Infra-estrutura

Respeito ao interesse comunitário Contribuição para a melhoria da qualidade de vida da comunidade Conservação dos recursos naturais etc.

Quadro 1 - A organização e seus parceiros Fonte: adaptado de Karkotli (2005 p. 24)

Em suma, pode-se dizer que as organizações estão mais conscientes do seu papel

perante seus stakeholders, e com isso reescrevendo o seu papel na sociedade, contribuindo

com o desenvolvimento da responsabilidade socioambiental, propiciando benefícios a todos

ao seu entorno, e com as mudanças que vem ocorrendo as organizações estão dando um

enfoque maior para o social e o ambiental nas suas atividades desenvolvidas.

Entretanto, percebe-se que o relacionamento dos vários parceiros, em termos das

contribuições sociais que proporcionam o funcionamento de uma organização e as

contrapartidas que dela demandam no contexto dos dias atuais. Assim a organização não é

uma entidade independente e o capital sozinho não produz riquezas (KARKOTLI, 2005).

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Com isso entende-se que as organizações começaram a exercer um papel diferenciado do

tradicional, provedoras de bens e serviços. Ou seja, a sociedade passou a reconhecer que as

organizações como grandes portadoras e geradoras de riquezas materiais, também deveriam e

poderiam assumir uma maior responsabilidade para com a sociedade, assumindo e participando de

causas sociais (SCHROEDER; SCHROEDER, 2008).

Conclui-se que a organização de hoje precisa estar atenta às mudanças que vem

ocorrendo, principalmente no que diz respeito a responsabilidade social, tornando cada vez

mais importante e necessária, para sobrevivência das organizações, e para que seja completa a

organização precisa investir na responsabilidade social ligada ao seu cliente interno, para que

assim ocorra uma sintonia e engajamento entre eles em prol da ação social.

Em conformidade com os objetivos descritos para este estudo, busca-se aqui

apresentar a administração de recursos humanos, que cria um elo entre a organização e o

cliente interno, que tem o papel de desenvolver técnicas inovadoras e motivacionais, e

também fazer com que a organização se envolva mais em ações e projetos sociais. Assim, o

próximo item irá apresentar a administração de recursos humanos.

2.2 Administração de Recursos Humanos

Na década de 60, começa-se a falar em administração de recursos humanos no Brasil,

quando essa expressão passou a substituir outras utilizadas no âmbito das organizações:

administração de pessoal e relações industriais. Na maioria das empresas brasileiras de grande

e médio porte mantém departamentos de recursos humanos, porém a adoção dessa designação

parece estar relacionada ao interesse em apresentar uma característica de modernidade. (GIL,

1994).

A área de Recursos Humanos passou por várias fases, e os primeiros departamentos da

área começaram a surgiram para controlar as admissões e as demissões feitas pelos

supervisores, que dirigiam o departamento de pagamentos e administravam planos de

benefícios. Sendo esse o trabalho, que em grande parte consistia em assegurar que os

procedimentos fossem seguidos. Quando a tecnologia veio nas áreas como testes e entrevistas

começou a surgir, o departamento de recursos humanos que passou a desempenhar um papel

mais consistente na seleção, no treinamento e na promoção dos funcionários (DESSLER,

2005).

As mudanças e transformações ocorridas na área de recursos humanos passaram por

três momentos que foram muito importantes conforme mostra o Quadro 2 a seguir:

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Era da Industrialização Clássica (De 1900 a 1950)

Era da Industrialização Neoclássica (De 1950 a 1990)

Era da Informação (Após 1990)

Início da industrialização e formação do proletariado.

Expansão da industrialização e do mercado de candidatos.

Mercado de serviços ultrapassa o mercado industrial.

Transformação das oficinas em fábricas.

Aumento do tamanho das fábricas e do comércio mundial.

Adoção de unidades de negócios para substituir grandes organizações.

Estabilidade, rotina, manutenção e permanência.

Início do dinamismo do ambiente: instabilidade e mudança.

Extremo dinamismo, turbulência e mudança.

Adoção das estruturas tradicionais e da departamentalização funcional e divisional.

Adoção de estruturas híbridas e de novas soluções organizacionais.

Adoção de estruturas orgânicas.

Modelo mecanístico, burocrático, estruturas altas e largas amplitudes de controle.

Modelo menos mecanístico, estruturas baixas e amplitude de controle mais estreita.

Modelos orgânicos ágeis, flexíveis, mutáveis.

Necessidade de ordem e rotina. Necessidade e de adaptação. Necessidade de mudança.

Departamento de pessoal. Departamento de relações industriais.

Departamento de recursos humanos. Departamento de gestão de pessoas.

Equipes de gestão de pessoas.

Pessoas como Mão-de-obra. Pessoas como Recursos Humanos. Pessoas como Parceiros.

Quadro 2 - As mudanças e transformações na área de recursos humanos Fonte: Chiavenato (1999, p. 35)

Com o passar do tempo as organizações evoluíram e chegaram à situação onde as

pessoas são vistas como parceiros da organização em que atuam, e não mais vistos como

pessoas que servem somente para usar a força física e para realizar trabalhos em série.

Na compreensão da autora Dessler (2005) a administração de recursos humanos,

refere-se às práticas e às políticas necessárias para conduzir os aspectos relacionados às

pessoas no trabalho de gerenciamento, especificamente à contratação, ao treinamento, à

avaliação, à remuneração e ao oferecimento de um ambiente bom e seguro aos funcionários

da organização.

A administração de recursos humanos está totalmente ligada ao planejamento da

organização, no desenvolvimento, na coordenação e no controle de técnicas que são capazes

de promover um excelente desempenho dos funcionários, ao mesmo tempo em que a

organização representa o meio permitindo que as pessoas que com ela colaboram alcançar os

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objetivos individuais que são relacionados diretamente ou indiretamente com o trabalho

(CHIAVENATO, 2003).

De acordo com Chiavenato (2003) a administração de recursos humanos é constituída

de subsistemas interdependentes. Que são os cincos processos básicos, como mostra o quadro

3 a seguir:

Processo Objetivo Atividades Envolvidas

Provisão

Quem irá trabalhar na

organização

Pesquisa de mercado de RH

Recrutamento de pessoas

Seleção de Pessoas

Aplicação

O que as pessoas farão na

organização

Integração de pessoas

Desenho de cargos

Descrição e análise de cargos

Avaliação de desempenho

Manutenção

Como manter as pessoas

trabalhando na organização

Remuneração e compensação

Benefícios e serviços sociais

Higiene e segurança no trabalho

Relações sindicais

Desenvolvimento Como preparar e desenvolver

pessoas

Treinamento

Desenvolvimento pessoal

Monitoração

Como saber o que são e o que

fazem as pessoas

Banco de dados, Sistemas de

informação – Controles –

freqüência – produtividade –

balanço social

Quadro 3 - Os cinco processos básicos na Administração de Recursos Humanos Fonte: Chiavenato (2003 p. 175)

Pode-se identificar que os cinco processos básicos da administração de recursos

humanos estão ligados diretamente com a organização e com o cliente interno, é preciso

primeiro identificá-los para depois aplicá-los para que não ocorram imprevistos nos processos

da organização. E a responsabilidade social precisa estar ligada com esses processos para que

organização desenvolva um trabalho mais socialmente responsável com seu cliente interno.

Esses cinco processos estão precisamente inter-relacionados e com isso se tornam

interdependentes sua interação faz com que possa ocorrer alterações e também pode provocar

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influências aos demais e assim causarão acomodações e ajustamentos em todo o sistema

(CHIAVENATO, 2003).

Pode-se identificar que a administração de recursos humanos tem um papel de suma

importância dentro das organizações, pois na visão de Chiavenato (2003), a administração de

recursos humanos precisa conquistar e manter as pessoas na organização, trabalhando e

colaborando ao máximo, com uma atitude positiva e favorável. Ser representada por todas

aquelas coisas muito pequenas e numerosas, que frustram ou deixam impacientes, ou que

deixam felizes e satisfeitos, e que levam as pessoas a permanecer na organização.

Atualmente, a área de pessoal está diretamente entrando em uma quarta fase, ou seja,

seu papel está mudando de protetora, e está se tornando planejadora e agente de mudanças. A

metamorfose do departamento de recursos humanos em administração de recursos humanos

reflete ao fato de que nas organizações atuais, achatadas, competitivas e voltadas para o

downsizing, são os funcionários altamente treinados e comprometidos, e não as máquinas, que

geralmente constituem a grande chave para a competitividade da empresa (DESSLER, 2005).

Após falar da administração de recursos humanos, apresenta-se uma ferramenta atual e

muito utilizada nas organizações nos dia de hoje, o endomarketing, que tem grande

envolvimento com o cliente interno, pois promove, motivação, comunicação e qualidade de

vida, assim conseqüentemente mais participação envolvimento em ações sociais internas.

2.2.1 Manutenção do cliente interno X Endomarketing

As organizações estão investindo cada vez mais, na manutenção do seu cliente interno,

pois tem a consciência que é uma necessidade fazer com que eles estejam motivados para

assim realizar um trabalho com qualidade e empenho na sua função, com isso vem utilizando

técnicas e ferramentas inovadoras, como o endomarketing.

O endomarketing é considerado uma ferramenta diretamente ligada com o público

interno, através dele ocorrem a comunicação entre a organização e o cliente interno, e com

isso a organização pode utilizá-lo para transmitir seus interesses, como suas ações e projetos

sociais desenvolvidos, com isso pode-se conseguir mais envolvimento do cliente interno nas

questões ligadas com a responsabilidade social.

De acordo com Aquino (1980), a função manutenção alcança seus objetivos, isto é,

deixa na empresa os melhores funcionários, quando há condições de oferecer-lhes salários

dignos, benefícios e outros incentivos motivacionais de natureza psicossocial. Esta função

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permite à empresa que trabalhe com um número expressivo de funcionários, ou seja, com um

efetivo ao nível de suas necessidades, para que haja possibilidade de centralizar os estímulos e

os benefícios de fixação. Quando bem elaborada, a estrutura organizacional tem condições de

estimular e atrair os melhores empregados.

Para conquistar o comprometimento dos funcionários é preciso aliar as metas dos

empregadores e dos funcionários de modo que estes queiram fazer seu trabalho como se

fossem os donos da organização, e que com isso consigam atingir os objetivos pessoais e os

da organização (DESSLER, 2005).

E para isso é preciso primeiro compreender o comportamento das pessoas é necessário

conhecer sua motivação. Sendo assim difícil definir exatamente o seu conceito, uma vez que

tem sido utilizado com diferentes sentidos. A motivação está relacionada com o sistema de

cognição do individuo. Relativamente à motivação é dada em termos de forças ativas e

impulsionadoras traduzidas em palavras como ‘desejo’ e ‘receio’ (CHIAVENATO, 1999).

Cabe ressaltar, conforme Chiavenato (2002), que os serviços e os benefícios sociais

são recentes em sua história e tem relação com a gradativa conscientização da

responsabilidade social da organização. Suas origens e o crescimento dos planos de serviços e

benefícios sociais existem por causa dos fatores a seguir

1. atitude do empregado quanto aos benefícios sociais;

2. exigências dos sindicatos;

3. legislação trabalhista e previdenciária imposta pelo governo;

4. competição entre as empresas na disputa pelos recursos humanos, seja para atraí-

los ou para mantê-los;

5. controles salariais exercidos indiretamente pelo mercado mediante concorrência de

preços dos produtos ou serviços;

6. impostos atribuídos às empresas; estas procuram localizar e explorar meios lícitos

de fazerem deduções de suas obrigações tributárias.

Investindo nas pessoas, a empresa transforma-as em seu principal ativo. Não apenas de

natureza humana, intelectual, mas principalmente, social. Como ativos sociais, os empregados

socializam e transformam a organização. Suas atitudes e seus comportamentos agregam

valores à empresa (MELO NETO; FROES, 2001).

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Atualmente, muitos funcionários, além do seu salário ou uma remuneração por hora,

ganham também algum tipo de incentivo. Os programas individuais de incentivo, dão

rendimentos adicionais além, do salário básico aos funcionários que atingem metas

individuais especificas de desempenho (DESSLER, 2005).

No entendimento de Chiavenato (2002, p. 367):

Todos os processos de manutenção de pessoas, remunerar, conceder benefícios e serviços sociais compatíveis com um padrão de vida saudável, proporciona um ambiente físico e psicológico de trabalho agradável e seguro, assegurando as relações sindicais amigáveis e cooperativas, são importantes na definição da permanência das pessoas na organização e, mais do que isso, em sua motivação para o trabalho e para o alcance dos objetivos organizacionais.

Chiavenato (2003) afirma que é importante sempre manter um ambiente de boas

relações, estabelecendo condições humanas e materiais adequadas ao bom desempenho do

trabalho. Nas condições humanas, inclui-se o direito de apelo e, nas condições materiais,

incluem-se benefícios educacionais, médico-hospitalares e financeiros.

Os benefícios sociais que as empresas oferecem aos empregados são as facilidades,

conveniências, vantagens e serviços no sentido de poupar-lhes esforços e preocupações.

Podendo ser financiados pela empresa. Assim constituem meios indispensáveis na

manutenção de força de trabalho dentro de um nível de satisfação de moral, e de

produtividade (CHIAVENATO, 2002).

O Endomarketing entra na manutenção para facilitar a comunicação entre a

organização e o cliente interno, pois cada vez mais, observa-se que é preciso dar mais atenção

ao público interno e investir na comunicação e na motivação deles, pois primeiro de tudo é

preciso conquistar o seu cliente interno para depois, conseguir conquistar o seu cliente

externo.

Para Bekin (1995) endomarketing são ações de marketing voltadas para o público

interno, ou seja os funcionários das organizações, a fim de promover entre seus funcionários e

departamentos aqueles valores destinados a servir o cliente, para fazer com que os diversos

departamentos e seus funcionários compartilhem os valores e objetivos da organização.

Assim, surge um processo de coesão e comunicação no ambiente interno.

Sendo que sua função é integrar a noção de cliente nos processos internos da estrutura

organizacional para propiciar melhorias substanciais na qualidade de produtos e serviços, e

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também consiste em atrair e reter o cliente interno, com a função de obter resultados

eficientes para a empresa, atraindo e retendo seus clientes externos (BEKIN, 1995).

Na visão de Brum (1998), o endomarketing é uma decorrência da necessidade de

motivar pessoas para os programas de mudança que começaram a ser implantados, desde a

década de 50, de lá até os dias atuais, as empresas tiveram tempo para encontrar as mais

diversas maneiras de se comunicar com o público interno, dando origem às técnicas hoje

utilizadas.

Já Cerqueira (1999) afirma que endomarketing são projetos e ações que uma empresa

deve empreender para consolidar a base cultural do comprometimento dos seus funcionários

com o desenvolvimento adequado das suas diversas tecnologias que deve visar:

• a prática dos valores estabelecidos como base da nova cultura;

• a manutenção de um clima ideal de valorização e reconhecimento das pessoas;

• a obtenção de índices maiores de produtividade e qualidade, com a conseqüente

redução de custos;

• o estabelecimento de canais adequados de comunicação interpessoal, que permitirão

a eliminação de conflitos e insatisfações, que possam afetar o sistema organizacional;

• a melhoria do relacionamento interpessoal;

• o estabelecimento da administração participativa;

• a implantação de ações gerenciais preventivas.

Com isso, percebe-se então que o endomarketing, melhora a comunicação, o

relacionamento, e estabelece uma base motivacional para um melhor comprometimento entre

as pessoas com o sistema organizacional (CERQUEIRA, 1999).

Na compreensão de Brum (1998) o principal objetivo do endomarketing é fazer com

que todos os funcionários tenham uma visão compartilhada sobre o negócio da empresa,

incluindo itens como gestão, metas, resultados, produtos, serviços, e mercados nos quais atua.

Pode-se dizer que o marketing cria “novos atributos aos produtos e suas marcas” e

induz o cliente a considerá-los como vitais e de extrema utilidade. Com suas ações de

comunicação, o marketing muda e influencia a percepção do cliente e seus comportamentos.

E hoje através da sua versão “endo” (o endomarketing), motiva os funcionários e com isso a

organização obtém ganhos de produtividade (MELO NETO; FROES, 2001).

Após verificar que o endomarketing têm forte ligação com cliente interno, pois

consegue proporcionar uma relação mais dinâmica com a organização, e como a organização

precisa do cliente interno para alcançar seus objetivos, tornando-se mais responsável em suas

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atitudes e ações, ligadas a responsabilidade social pode atrair e manter o seu cliente interno.

Abrindo assim o tema principal da pesquisa que é a responsabilidade social dentro e fora das

organizações.

2.3 Responsabilidade Social

A sociedade está cada dia mais atenta nas atividades organizacionais, aumentando o

nível de exigências com a prática da responsabilidade social dentro das organizações. Assim a

responsabilidade social atualmente vem sendo vista como um compromisso da empresa em

relação à sociedade em geral, sendo uma forma de prestar contas do seu desempenho, precisa

mostrar transparência em suas atividades sociais, e qual é o seu papel social perante todos ao

seu entorno.

De 1960 pra cá, o significado das palavras “responsabilidade social da empresa”

mudou drasticamente. Antes, os debates sobre responsabilidade social que cabem as empresas

concentravam-se em três áreas. A primeira área localizava-se no problema da relação entre a

ética privada e a ética pública. O segundo grande tópico era constituído pela responsabilidade

social que o empregador assume com seus empregados em virtude do poder e riqueza que

possui. (DRUCKER, 2002).

Com isso, o conceito de responsabilidade social vem se ampliando, passando de

filantropia, que é relação socialmente compromissada da empresa com a comunidade, para

abranger todas as relações da empresa: com seus funcionários, acionistas, concorrentes, meio

ambiente organizações publicas e estatais. (MELO NETO; FROES, 2002).

No Brasil a discussão sobre o tema está ligada a mudanças de valores que o país

atravessa, de uma sociedade industrial, onde a responsabilidade social assume conotação

econômica, para uma sociedade pós-industrial, onde o tema valoriza aspectos relacionados à

melhoria da qualidade de vida (TENÓRIO, 2006).

Melo Neto e Froes (2001) percebem então que a responsabilidade social vem sendo

cada vez mais vista como um compromisso da empresa em relação à sociedade e à

humanidade em geral, como uma forma de prestação de contas do seu desempenho, baseada

na apropriação e uso de recursos que originariamente não lhe pertencem.

Com isso, constata-se que a responsabilidade social já vem sendo praticada há

algumas décadas, tornando-se ativa e presente nas organizações e nas atitudes das pessoas.

pode-se visualizar a sua evolução histórica no quadro 4 a seguir:

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Ano Responsável Observações

1899 - França

Carnigie, fundador do Conglomerado U.S Steel Corporation

Estabelecia dois princípios às grandes empresas. O primeiro princípio era o da caridade, exigia que os membros mais afortunados da sociedade ajudassem os grupos de excluídos e o segundo era o da custódia, em que as empresas deveriam cuidar e multiplicar a riqueza da sociedade.

1919 - Estados Unidos

Henry Ford Contraria um grupo de acionistas ao reverter parte dos lucros na capacidade produtiva, aumento de salários e constituição de fundo de reserva. A justiça americana posicionou-se contrária à atitude de Ford, alegando que os lucros deveriam favorecer aos acionistas.

1929-Alemanha Constituição da República de Weimar Passa a ser aceitável que as empresas, como

pessoas jurídicas, assumam uma função social basicamente em ações de caráter filantrópico.

1953 - Estados Unidos

Justiça Americana Julga um caso semelhante ao de Ford, mas neste caso a decisão foi favorável à doação de recursos para a Universidade de Princeton, contrariando interesses de um grupo de acionistas e estabelecendo uma brecha para o exercício da filantropia corporativa.

Década de 60- Estados Unidos

Conflito Vietnã A sociedade se manifesta contra a produção e uso de armamentos bélicos, principalmente armas químicas. As organizações não podiam mais vender o que desejassem.

Década de 70- Estados Unidos

Novo contexto econômico Os aumentos nos custos de energia e a necessidade de maiores investimentos para reduzir poluição e proteção de consumidores fazem as empresas buscarem ações para maximizar os lucros, deixando de lado as responsabilidades sociais.

Quadro 4 - Evolução histórica da responsabilidade social Fonte: Karkotli (2005, p. 59)

Conforme ressaltou o autor Karkotli (2005), percebe-se que a responsabilidade social

passou por várias etapas, mas ao longo das décadas foi evoluindo e apesar de ainda ser vista

como filantropia praticada por muitas organizações, já melhorou muito, pois atualmente

precisa mostrar muito mais do que simples doações, para convencer precisam realmente se

envolver em ações e projetos sociais e que não traga benefícios somente para a organização

mas para todos seus stakeholders.

Na visão de Chiavenato (2004), a responsabilidade social significa o grau de

obrigações assumidas por uma organização através de ações que protejam e melhorem o bem–

estar da sociedade enquanto procura atingir seus próprios interesses. Em geral ela representa a

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obrigação da organização de adotar políticas e assumir decisões e ações que beneficiem a

sociedade. A responsabilidade social é a obrigação gerencial de tomar ações que protegem e

melhoram o bem-estar da sociedade como um todo e os interesses organizacionais.

Toldo (2002) complementa afirmando que quando se trata de responsabilidade social,

são estratégias pensadas para orientar as ações das organizações em consonância com as

necessidades sociais, de modo que a organização garanta, além de lucro e da satisfação de

seus clientes, o bem estar da sociedade. A organização está inserida nela e seus negócios

dependerão de seu desenvolvimento, e esse envolvimento deverá ser duradouro.

Percebe-se então que a responsabilidade social é convergente com estratégias de

sustentabilidade de longo prazo, inclui a necessária preocupação dos efeitos das atividades

desenvolvidas no contexto da comunidade em que se inserem as organizações, e excluindo

assim as atividades no âmbito da caridade ou filantropia tradicionalmente praticada pela

iniciativa privada (TACHIZAWA, 2009).

Melo Neto e Froes (2001) afirmam que a organização sendo socialmente responsável,

na visão de seus empregados ela ganha respeito, admiração e reconhecimento por parte de

seus stakeholders. Investindo nas pessoas, a organização transforma-as em seu principal ativo.

Não apenas de natureza humana, intelectual, mas, principalmente social. Como ativos sociais,

os funcionários socializam e transformam a organização. Suas atitudes e seus

comportamentos agregam valores à organização.

Verifica-se então que é importante aplicar a responsabilidade social interna, pois

focaliza o público interno da organização, seus empregados e seus dependentes. O seu

objetivo é motivá-los para assim obter um ótimo desempenho, criar um ambiente agradável de

trabalho e contribuir para o seu bem-estar. Assim, a organização ganha mais dedicação,

empenho e lealdade, e os ganhos de produtividade são enormes (MELO NETO; FROES,

1999).

Tanto a responsabilidade social interna como a externa tem a mesma importância, e

devem estar sempre interconectadas. O desenvolvimento de um programa de responsabilidade

social externa deve ser respaldado por um amplo apoio de toda organização às iniciativas

ambientais desta. O envolvimento do quadro de funcionários num programa de

responsabilidade social empresarial externa demonstra compromisso social e fortalece o

vínculo do funcionário com a organização, pois o processo intensifica uma maior

identificação do individuo com a organização, não a vendo somente como empregadora, mas

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também como um agente social ativo que contribui para a sociedade da qual faz parte (DIAS,

2006).

Conclui-se que a responsabilidade social, vem sendo implantada cada vez mais ligada

ao negócio da organização, mas isso ainda é muito recente, com o crescimento das demandas,

as organizações estão sendo forçadas a mostrar mais transparência em seus negócios, e se

obrigando a tomar uma postura mais responsável em suas ações e atividades desenvolvidas, e

com isso a responsabilidade social corporativa aparece e será exposta no tópico a seguir.

2.3.1 Responsabilidade social corporativa

Na compreensão de Soares (2004) a responsabilidade social corporativa tornou-se um

tema recorrente no âmbito das organizações ao longo da última década. Esse movimento se

caracteriza fundamentalmente por uma proposta de retomada das questões éticas tanto no

âmbito interno das organizações como no seu relacionamento com o público externo, qual

seja consumidores, clientes, fornecedores, governo e acionistas, os chamados stakeholders.

As organizações são grandes centros de poder econômico e político, interferindo

diretamente na dinâmica social. Assim, assumindo causas sociais as organizações estariam

devolvendo à sociedade parte dos recursos humanos, naturais, financeiros que consumiram

para maximizar o lucro de sua atividade. Esta situação tem levado diversos atores sociais a

legitimarem a responsabilidade social corporativa (SCHROEDER; SCHROEDER, 2004).

Apesar do aumento crescente dos investimentos sociais corporativos, no Brasil e no

mundo, é possível afirmar que a comunidade empresarial está dividida em dois segmentos,

fruto de dois modelos de pensamento distintos. No primeiro modelo estão as organizações que

privilegiam as atividades diretamente ligadas à rentabilidade dos seus negócios. Em oposição

a este modelo, surge então o paradigma adotado por organizações que vêem a

responsabilidade e a sustentabilidade sociais como funções estratégicas (MELO NETO;

FROES, 2001).

Entende-se então por responsabilidade social corporativa como o comportamento ético

e responsável na busca de qualidade nas relações que a organização estabelece com todos os

seus stakeholders, associado direta e indiretamente ao negócio da organização, e incorporado

à orientação estratégica da organização, refletido em desafios éticos para as dimensões

econômicas, ambiental e social (KARKOTLI, 2005).

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Na afirmação de Tenório (2006) a responsabilidade social corporativa surgiu com a

mudança de valores proposta pela sociedade pós-industrial: a valorização do homem, o

respeito ao meio ambiente, e a busca de uma sociedade mais justa e uma organização

empresarial de múltiplos objetivos. Os novos valores pós – econômicos são também evidentes

na crescente insistência pública de que as corporações se preocupem com o desempenho

social e não apenas com o econômico.

De acordo com o instituto Ethos (2009):

Responsabilidade social empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.

Na percepção de Tachizawa (2009), a responsabilidade social relaciona-se ao conceito

da governança corporativa e da gestão empresarial em situações cada vez mais complexas,

nas quais questões ambientais e sociais são crescentemente mais importantes para o êxito e a

sobrevivência nos negócios. Entra neste contexto internacional da globalização dos mercados,

o que amplia as possibilidades de trocas internacionais ao mesmo tempo em que impõe

barreiras e desafios nos campos éticos, culturais, políticos e comerciais, como:

• o posicionamento mais consciente e exigente dos clientes, atentos ao padrão

competitivo das empresas em todo o mundo;

• a questão do dumping social que envolve tanto valores éticos quanto argumentações

de caráter protecionista não formais;

• a minimização de choques culturais, no âmbito interno e externo às empresas, e a

conquista de aceitação e credibilidade dos novos mercados.

A responsabilidade social empresarial está associada aos valores requeridos pela

sociedade pós-industrial. Na nova concepção, se tem o entendimento de que as empresas

estão inseridas num ambiente complexo, onde suas atividades influenciam ou tem impactos

sobre diversos agentes sociais, comunidade e sociedade. Com isso a orientação do negócio

visando atender apenas aos interesses dos acionistas torna-se insuficiente, sendo necessária à

incorporação de objetivos sociais no plano de negócios, como forma de integrar as

companhias à sociedade (TENÓRIO, 2006).

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Para um melhor entendimento da responsabilidade social como um todo, agora será

exposta a responsabilidade social ambiental pois ela também está inserida nas organizações e

vem sendo muito discutida por todas as organizações.

2.3.2 Responsabilidade social ambiental

Após os anos 70, a conscientização ambiental baseou-se fundamentalmente nas

denúncias sobre a contaminação industrial, resíduos tóxicos, agrotóxicos utilizados na lavoura

e a poluição nas cidades. A legislação decorrente foi marcada por impor o tratamento dos

resíduos no final do processo produtivo, o que num primeiro momento foi entendido pelas

empresas mais como um entrave, que envolvia um aumento de custos e a ampliação de

procedimentos administrativos de controle e acompanhamento da legislação, ou seja, mais

burocracia (DIAS, 2006).

No século XX, especialmente nos anos 90, surgiram no cenário internacional

movimentos visando aumentar o nível de consciência da população para a necessidade de

preservar o meio ambiente, os ecossistemas, e a biodiversidade existente. Esses movimentos

afetaram diretamente a gestão das organizações produtoras de bens e serviços, consideradas

grandes responsáveis pelos impactos ambientais existentes e pela degradação do meio

ambiente. Como conseqüência direta da ação da sociedade, as organizações foram obrigadas a

incorporar às suas atividades cuidados específicos com os aspectos ambientais envolvidos, e

as com potencial para produzir impactos ambientais significativos. Com isso observou-se

então a necessidade de prevenção impondo à gestão requisitos essenciais a serem atendidos.

Contudo, as normas internacionais foram desenvolvidas para auxiliar a gestão das

organizações a equilibrar seus interesses econômicos e financeiros com os impactos gerados

por suas atividades (CERQUEIRA; MARTINS, 2004).

Assim surge a norma ISO 14000 que foi elaborada com o intuito de conscientizar as

organizações no tocante aos efeitos que elas provocam no meio ambiente. Há uma

preocupação em se evitar desastres e contaminações a partir do exame, a priori, dos processos

internos, principalmente aos que se referem à eliminação de efluentes e aos que prejudiquem

o solo, a água, a flora ou a fauna (GOMES; MORETTI, 2007).

Na visão dos autores Gomes e Moretti (2007), a gestão ambiental, conforme a norma,

deverá contemplar os seguintes pontos:

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a) avaliação do impacto das conseqüências que os produtos da empresa possam

provocar no meio ambiente;

b) atendimento dos chamados da sociedade com relação aos eventuais prejuízos ou

descasos ambientais;

c) definição de indicadores internos para a mensuração do desempenho da empresa

na gestão ambiental;

d) redução de custos na prevenção de acidentes ambientais e na prestação de serviços.

Portanto, uma organização socialmente responsável no campo da preservação

ambiental destaca-se pela sua atuação como agente de fomento do desenvolvimento

sustentável local e regional, e de preservação da saúde, da segurança e da qualidade de vida

de seus funcionários e da comunidade situada ao redor; e pela inserção da questão ambiental

como valor de sua gestão e como compromisso, sob a forma de missão e visão do seu

desempenho empresarial (MELO NETO; FROES, 2001).

De acordo com Dias (2006) a responsabilidade ambiental empresarial constitui-se em

ações que extrapolam a obrigação, assumindo mais um conteúdo voluntário de participação

em fóruns, iniciativas, programas e propostas que visem manter o meio ambiente natural e

livre de contaminação e saudável para ser usufruído pelas gerações futuras.

Pode-se dizer que a responsabilidade socioambiental pode ser resumida no conceito de

“efetividade”, como o alcance de objetivos do desenvolvimento econômico-social. Então uma

organização só é efetiva quando mantém uma postura socialmente responsável

(TACHIZAWA, 2009).

Entretanto, [...] o relacionamento ético da organização com todos os grupos de

interesse que influenciam ou são impactados pela sua atuação (stakeholders), assim como o

respeito ao meio ambiente e investimento e ações sociais. É a expansão e evolução do

conceito de organização para além de seu ambiente interno. Na medida em que a organização

está inserida na sociedade, observa-se uma relação de interdependência entre ambas.

(TOLDO, 2002).

Identifica-se então que a perspectiva das organizações quanto às questões ambientais

modificou-se, à medida que o conhecimento científico, a tecnologia e a legislação ambiental

progredirem, e por outro lado como resposta às pressões da sociedade, cuja consciência

ambiental foi se modificando diante da divulgação cada vez mais intensa dos acidentes

ambientais e de práticas nocivas ao meio ambiente (ALVES, 2006).

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Contudo, hoje no Brasil há uma disparidade muito grande de comportamento no

âmbito empresarial no que diz respeito às questões ambientais. Enquanto algumas

organizações demonstram grande preocupação com essa questão, outras não as vêem como

significativa para ser incluída no seu planejamento estratégico. Além, disso a preocupação

revelada por muitas empresas pode ter várias origens, não se constituindo num aumento da

consciência ecológica, ou em maior envolvimento quanto à sustentabilidade (DIAS, 2006).

Complementando a responsabilidade socioambiental, assunto que vem sendo muito

discutido pelas organizações e todos seus stakeholders, apresenta-se a seguir o tema

Desenvolvimento Sustentável.

2.4 Desenvolvimento Sustentável

Entende-se por desenvolvimento sustentável, como um conceito bem amplo e, que

devido a esta característica, permite apropriações diferenciadas e idéias por segmentos sociais

de interesse. Sua proposta básica de eficiência econômica, associada a eficácia social e

ambiental, que significa melhoria da qualidade de vida das populações atuais sem

comprometer as possibilidades das próximas gerações, constitui padrão normativo almejado

pela maioria das sociedades humanas (MONTIBELLER FILHO, 2004).

Na visão de Dias (2006), a absorção do conceito de desenvolvimento sustentável no

meio empresarial tem se pautado mais como um modo de organizações assumirem formas, de

gestão mais eficientes, como práticas identificadas com a eco-eficiência e a produção mais

limpa, do que uma elevação do nível de consciência dos empresários em torno de uma

perspectiva de um desenvolvimento econômico mais sustentável.

De acordo com Tenório (2006), [...] O objetivo do desenvolvimento sustentável é

obter crescimento econômico por meio da preservação do meio ambiente e pelo respeito aos

anseios dos diversos agentes sociais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da

sociedade. Com isso as empresas conquistariam o respeito e admiração de consumidores,

sociedade, funcionários e fornecedores; garantindo a perenidade e a sustentabilidade dos

negócios em longo prazo.

Ainda que tenha um crescimento perceptível da mobilização em torno da

sustentabilidade, ela ainda está mais focada no ambiente interno das organizações, voltada

prioritariamente para processos e produtos (DIAS, 2006).

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Na realização da conferência mundial, em Ottawa, no Canadá em 1986, sobre a

conservação e o desenvolvimento, o conceito de desenvolvimento sustentável foi colocado

como um novo paradigma. (MONTIBELLER FILHO, 2004) tendo como princípios:

• integrar conservação da natureza e desenvolvimento;

• satisfazer as necessidades humanas fundamentais;

• perseguir equidade e justiça social;

• buscar a autodeterminação social e respeitar a diversidade cultural;

• manter a integridade ecológica.

Percebe-se que a identidade entre estes princípios e os requisitos de sustentabilidade,

permite elaborar um quadro, baseado nas proposições de Sachs (1993), que sintetiza os

principais componentes (objetivos e estratégias) do eco desenvolvimento, o qual destinge-se

do desenvolvimento sustentável principalmente pelo seu caráter de auto-sustentável.

Segundo Montibeller Filho (2004), o eco desenvolvimento pressupõe uma

solidariedade sincrônica com os povos atuais, na medida em que desloca o enfoque da lógica

da produção para a ótica das necessidades fundamentais da população, e uma solidariedade

diacrônica, expressa na economia de recursos naturais e na perspectiva ecológica para garantir

possibilidade de qualidade de vida às gerações futuras.

De acordo com Sachs (1993 apud MONTIBELLER FILHO, 2004) existem cinco

dimensões de sustentabilidade do eco desenvolvimento, que são: sustentabilidade social;

econômica: ecológica; espacial/geográfica; e cultural. Segue o que cada uma representa no

quadro 5 a seguir:

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DIMENSÃO COMPONENTES OBJETIVOS

SUSTENTABILIDADE SOCIAL

- Criação de postos de trabalho que permitam a obtenção de renda individual adequada (à melhor condição de vida; à maior qualificação profissional).

- Produção de bens dirigida prioritariamente às necessidades básicas sociais.

Redução das desigualdades sociais

SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA

-Fluxo permanente de investimentos públicos e privados (estes últimos com especial destaque para o cooperativismo). - Manejo eficiente dos recursos. -Absorção, pela empresa, dos custos ambientais. -Endogeneização: contar com suas próprias forças.

Aumento da produção e da riqueza social, sem dependência externa

SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA

-Produzir respeitando os ciclos ecológicos dos ecossistemas.

-Prudência no uso de recursos naturais não renováveis

-Prioridade à produção de biomassa e à industrialização de insumos naturais renováveis.

-Redução da intensidade energética e aumento da conservação de energia.

-Tecnologias e processos produtivos de baixo índice de resíduos.

-Cuidados ambientais

Melhoria da qualidade do meio ambiente e preservação das fontes de recursos energéticos e naturais para as próximas gerações

SUSTENTABILIDADE ESPACIAL/GEOGRÁFICA

- Desconcentração espacial (de atividades; de população).

-Desconcentração/democratização do poder local e regional.

-Relação cidade/campo equilibrada (benefícios centrípetos).

Evitar excesso

de aglomerações

SUSTENTABILIDADE CULTURAL

- Soluções adaptadas a cada ecossistema.

- Respeito à formação cultural comunitária.

Evitar conflitos culturais com potencial regressivo

Quadro 5 - As cinco dimensões do desenvolvimento sustentável Fonte: adaptado de Sachs (apud MONTIBELLER FILHO, 2004, p. 51)

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Percebe-se que o desenvolvimento sustentável é capaz de suprir as necessidades da

geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das gerações

futuras, tornando indispensável na vida de toda a humanidade. É preciso que hoje e no futuro,

alcancem um nível satisfatório de desenvolvimento social, econômicos, ecológicos,

geográficos de realização humanas e culturais, capazes de suprir as necessidades das gerações

atual e futura.

Para Tachizawa (2009) a partir da década de 90, o conceito de desenvolvimento

sustentável consolida-se a partir da constatação de que os sistemas naturais do planeta são

limitados para absorver os efeitos da produção e do consumo. A necessidade de fazer

mudanças e de aumentar a competitividade suscitou o aparecimento das mais diversas

abordagens destinadas a solucionar crises organizacionais, e os novos tempos passariam a

caracterizar-se por uma rígida postura dos clientes, voltada à expectativa de interagir com

organizações éticas e com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma

ecologicamente responsável.

Atualmente, o mercado é o principal responsável pela regulação e fiscalização das

atividades empresariais, impedindo abusos por parte das organizações. Cabe então ao

consumidor reivindicar por meio do boicote ou de protestos aos produtos das organizações

que não respeitam os direitos dos agentes e que poluam o meio ambiente (TENÓRIO, 2006).

Na compreensão de Saad Carvalho e Costa (2002) devido a globalização, os

problemas ambientais ganham uma importância que transcende os limites de cada Estado.

Suas conseqüências não podem ser mais tratadas como fatos isolados, não só porque muitos

deles efetivamente repercutem além de suas fronteiras, mas também porque sofrem a

vigilância de uma sociedade global, que cada vez mais se torna consciente e exige posturas

socialmente corretas.

Percebe-se que o desenvolvimento sustentável está sob nova ótica pois é inseparável

da gestão de recursos naturais. Primeiro vem à questão da reprodutibilidade das relações entre

as sociedades humanas e o meio ambiente. O tempo geológico e o tempo da natureza com sua

ordem, seus ciclos próprios de reprodução, incorpora-se na abordagem, e superando a

hegemonia do tempo econômico, dominado pela racionalidade da produção e da

produtividade (MONTIBELLER FILHO, 2004).

Para ter sustentabilidade é preciso ter educação e a conscientização pública sobre as

questões ambientais que são essenciais. Sem um forte apoio global para uma mudança, haverá

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poucas chances de abandonar realmente as práticas atuais, contrárias ao desenvolvimento

sustentável (SAAD; CARVALHO; COSTA, 2002).

Assumindo, a responsabilidade social de forma consistente e inteligente pelas

organizações, pode assim contribuir de forma decisiva para a sustentabilidade e o

desempenho empresarial (MELO NETO; FROES, 1999).

Na percepção de Saad; Carvalho; Costa, (2002) atualmente as organizações já estão

melhorando seu desempenho ambiental e seus resultados por meio de uma redução de custos

do processo produtivo aliada ao desenvolvimento sustentável e à implantação de uma gestão

mais ambiental.

Pode-se perceber que o desenvolvimento sustentável traz como característica

principal, o pensamento no conjunto e não apenas em benefícios próprios, conquistando assim

seu espaço na vida das pessoas, na sociedade e nas organizações. Como as organizações

precisam manter-se no mercado, deve primeiro se preocupar em ser responsável em suas

ações e atividades, mas além disso, devem divulgar suas atitudes sociais por meio de

indicadores e instrumentos que demonstrem transparência e a realidade das atividades

relativas às questões de responsabilidade social.

2.5 Indicadores e instrumentos de responsabilidade social

Atualmente, observa-se que é necessário existir uma relação de transparência das

ações organizacionais sendo cada vez mais evidente, tendo visto a expressiva quantidade de

códigos de ética, de conduta, princípios e técnicas de auditoria criadas por organizações que

primam por padrões de medição de ações e resultados. Esses padrões são desenvolvidos a

partir de modelos que avaliam e divulgam informações, que primeiramente eram

especificamente financeiras, mas que com o passar do tempo ganharam âmbito ambiental e

social (PONTES, 2007).

Citando algumas contribuições importantes para a construção de um marco

conceitual sobre indicadores sociais nos anos 20 e 30, o desenvolvimento da área é recente,

tendo adquirido corpo científico em meados dos anos 60 no auge das tentativas de

organização de sistemas mais abrangentes de acompanhamento das transformações sociais, e

aferição do impacto das políticas sociais nas sociedades desenvolvidas e subdesenvolvidas

(JANNUZI, 2006).

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Os indicadores de responsabilidade social são os instrumentos que a organização pode

utilizar para direcionar suas estratégias, e também para avaliar a eficácia das metas e as

iniciativas planejadas para a parceria e transformação do seu entorno. Da mesma maneira com

que se acompanham e avaliam as estratégias e as práticas empresariais para a competitividade

e lucratividade, também julga necessário, através dos indicadores, identificar as necessidades

e apontar deficiências das iniciativas da responsabilidade social (KARKOTLI, 2005).

No entendimento de Januzzi (2006), um indicador social, é uma medida em geral

quantitativa dotada de significado social substantivo, usado para substituir, quantificar ou

operacionalizar um conceito social abstrato, de interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou

programático (para formulação de políticas). É um recurso metodológico, empiricamente

referido que informa algo sobre um aspecto da realidade social ou sobre mudanças que estão

se processando na mesma.

Na compreensão de Tenório (2006) os indicadores de responsabilidade social

corporativa são sistemas de avaliação que permitem às empresas verificar o seu nível de

envolvimento com as questões sociais. Além de auxiliar a administração, os indicadores

possibilitam a comunicação transparente da organização com seus diversos agentes. Assim, as

corporações reforçam seu compromisso com a ética nos negócios e com a melhoria da

qualidade de vida da sociedade. Nos dias atuais, os indicadores de responsabilidade social

corporativa mais utilizada pelas empresas são: o balanço social, a demonstração do valor

adicionado e as certificações de responsabilidade social.

A seguir serão apresentados os principais indicadores e instrumentos de

responsabilidade social: Indicadores Ethos, Balanço Social, SA8000, AA 1000, Global

Compact, e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

• Indicadores Ethos

Os indicadores Ethos de responsabilidade social empresarial podem ser descritos como

ferramentas de avaliação e gestão das práticas de responsabilidade social no posicionamento

estratégico da organização. Estes indicadores possibilitam comparar o seu desempenho com

as demais organizações do mesmo ramo de atividade, analisando os pontos fortes da gestão e

as oportunidades de melhoria dentro dos temas de avaliação (LOHN, 2009).

De acordo com Tenório (2006) as organizações estão procurando cada vez mais

disseminar a prática de responsabilidade social corporativa, como o Instituto Ethos (2000),

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que desenvolveu metodologia própria de avaliação das ações sociais praticadas pelas

organizações. A avaliação consiste na aplicação de questionários que é modelo único

aplicável a todas as organizações e composto por conjunto de indicadores qualitativos e

quantitativos que abordam sete dimensões da responsabilidade social corporativa:

Valores e Transparência, Público Interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Consumidores,

Comunidade, Governo e Sociedade. Que podem ser visualizados no quadro 6 a seguir:

Temas Indicadores Compromissos éticos Enraizamento na cultura organizacional Diálogo com stakeholders Relações com a concorrência

Valores e Transparência

Balanço Social Relações com sindicatos Gestão participativa Participação nos resultados e bonificação Compromisso com o futuro das crianças Valorização da diversidade Comportamento frente a demissões Compromisso, desenvolvimento profissional e empregabilidade Cuidado com saúde, segurança e condições de trabalho

Público Interno

Preparação para aposentadoria Conhecimento sobre o impacto no meio ambiente Minimização de entradas e saídas de materiais na empresa Responsabilidade sobre o ciclo de vida dos produtos/serviço

Meio ambiente

Comprometimento da empresa com a causa ambiental Critérios de seleção de fornecedores Trabalho infantil na cadeia produtiva Relações com trabalhadores terceirizados

Fornecedores

Apoio ao desenvolvimento de fornecedores Política de marketing e comunicação Excelência no atendimento Consumidores/Clientes

Conhecimento dos danos potenciais dos produtos e serviços Gerenciamento impacto empresa junto à comunidade Mecanismos de apoio a projetos sociais Estratégias de atuação na área social Mobilização dos recursos para o investimento social

Comunidade

Reconhecimento/apoio trabalho voluntário dos funcionários Contribuições para campanhas políticas Práticas anticorrupção e propina Liderança e influência social

Governos e Sociedade

Participação em projetos sociais governamentais Quadro 6 - Indicadores Ethos de responsabilidade social

Fonte: adaptado de Karkotli (2006, p. 135)

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Após apresentação do quadro identifica-se que a Responsabilidade Social está além do

que a organização deve fazer por obrigação legal, pois só cumprir a lei não faz uma

organização ser socialmente responsável. E a transparência ainda é um dos pilares mais

importantes a ser destacado, pois estabelece padrões éticos de relacionamento com todos ao

seu entorno.

Pode-se dizer que os indicadores Ethos são ferramentas que além de possibilitar

homogeneização dos conceitos de responsabilidade social empresarial, oferecem uma lista de

aspectos que devem ser avaliados pela organização se ela estiver interessada em fazer um

autodiagnóstico de suas práticas (INSTITUTO ETHOS, 2006).

Contudo, como ferramentas de análise, os indicadores Ethos de responsabilidade

social permitem identificar o nível de atuação e o grau de comprometimento empresarial com

as questões sociais, ambientais e éticas. Assim, esses demonstrativos são complementares à

análise de desempenho financeiro empresarial, dando uma dimensão social de sua atuação e

identificando o grau de adesão da administração aos valores éticos que a sociedade pós-

industrial demanda (TENÓRIO, 2006).

• Balanço social

De acordo com Oliveira (2005) o balanço social, surgiu como uma das principais

ferramentas para sintetizar e disponibilizar as informações sobre como a organização vem

trabalhando as questões socioambientais. O papel do balanço social surge a partir daí, não

somente para informar de maneira organizada aos stakeholders ou o que a organização tem

feito, mas envolve a maneira como ele é construído, e isto inclui também a divulgação de uma

avaliação franca do que não tem sido feito e da opinião de todos ao seu entorno, sobre as

ações da organização.

No Brasil, o balanço social ganhou força mesmo na década de 1980, pela iniciativa do

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), na época liderado pelo

sociólogo Herbert de Souza (Betinho) de criar um movimento de transparência de

organizações públicas e privadas. Em 1997, Betinho lançou uma campanha estimulando a

publicação dos balanços sociais propondo um modelo de balanço social para todos os tipos de

empresas, o chamado Modelo IBASE que pode ser aplicado a todas as organizações e que

pode ser encontrado no site www.balancosocial.org.br abrindo então uma discussão mais

ampla com os especialistas e empresários. Isto catalisou a publicação de balanços sociais por

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diversas organizações. O modelo foi aperfeiçoado algumas vezes e atualmente serve como um

referencial no Brasil e no exterior (OLIVEIRA, 2005).

O IBASE foi criado em 1981 e atua na esfera pública, embora seja uma organização

não governamental, especialmente com divulgação de pesquisas, com o objetivo de beneficiar

a sociedade, através de discussões, fóruns e parcerias. O IBASE contribuiu, através do

balanço social, para a divulgação dos indicadores de responsabilidade social, o qual divide em

indicadores de responsabilidade social interna e externa (PONTES, 2007).

De acordo com o instituto Ethos (2006 p. 18)

O balanço social é um instrumento que visa dar maior transparência às atividades empresariais e ampliar o diálogo da organização com a sociedade, traz dados quantitativos e qualitativos que podem orientar o planejamento, do ano seguinte, além de demonstrar o andamento das atividades no ano anterior.

Fontes (2001) ressalta, que o balanço social deve servir, prioritariamente para as

organizações sociais, não apenas para as organizações privadas que atuam no mercado social,

mas deve-se lembrar que esse balanço deve ter a capacidade de demonstrar como os

investimentos aplicados pela instituição estão resultando em benefícios para a sociedade,

durante um determinado tempo, com isso uma nova visão sobre o social poderá surgir,

restringindo a idéia de que apenas o progresso comercial é capaz de gerar riquezas, trabalho e

bem-estar da sociedade, além de valorizar o conceito de transformação social dos países.

• SA 8000

A SA 8000 (e sua versão brasileira: NBR 16.000) é um conjunto de normas e regras

que a empresa, ao ser reconhecida como detentora deste título, possui uma vantagem

competitiva em relação aos seus concorrentes e, a demais, poderá obter privilégios em

concorrências públicas e, sobretudo, acesso a crédito mais barato e vantajoso. O Banco Real,

por exemplo, dá preferência a organizações cumpridoras desses pressupostos para a concessão

de crédito (GOMES; MORETTI, 2007).

A norma foi desenvolvida para ajudar os e funcionários e facilitar a relação de

trabalho, de acordo com Gomes e Moretti (2007), essa norma tenta reger o tema central deste

trabalho. De um modo geral, os principais pontos que a norma estabelece são os seguintes:

a) proibição de contratar crianças com idade inferior a 15 anos;

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b) permissão aos trabalhadores de se associarem e negociarem de modo coletivo e

não individual;

c) proibição da discriminação racial, origem, sexo (e opção sexual), deficiência física,

orientação política e credo religioso;

d) a jornada de trabalho deverá ser de 44 horas semanais e as horas – extras serão

uma opção do trabalhador. Mesmo assim, as horas extras não poderão exceder a 12

horas semanais;

e) proíbe a coerção, o castigo físico e abuso verbal como práticas disciplinares.

Percebe-se que a norma SA8000, surgiu para estabelecer requisitos e objetivos para

uma auditoria de terceira parte à relação da organização com o trabalho infantil, com o

trabalho forçado, com a segurança e a saúde dos trabalhadores, tendo assim mais liberdade

para constituírem associações, com o direito de estabelecer acordos coletivos, com práticas

discriminatórias de qualquer espécie, com as práticas disciplinares adotadas, com a carga

semanal de trabalho e com a remuneração do trabalho. A SA 8000 estabelece a necessidade

de implementação de um sistema de gestão que controle a aplicação desses requisitos de

responsabilidade da organização, em relação com o trabalho e com os trabalhadores, e assim

com sua atitude e a imagem social (CERQUEIRA; MARTINS, 2004).

• AA 1000 (AccountAbility)

A certificação pode existir tanto em empresas do setor público como do setor privado,

é essencial que as organizações tenham consciência da sua importância, pois com a

certificação a sua imagem perante seus stakeholders fica mais importante para o mercado e

com transparência, acontece um maior reconhecimento de seus clientes.

Na compreensão de Lohn (2009) a certificação social é um fator muito presente nas

organizações atualmente, principalmente no intuito de agregar valor e criar um diferencial

perante o mercado competitivo e ao mercado de exportação, representando um marco inicial à

prática da responsabilidade social e à conseqüente prestação de contas – Accontability.

Pode-se dizer que é um processo direcionado a dar suporte às organizações no

gerenciamento e na comunicação da responsabilidade social. Focaliza as opiniões e

necessidades dos stakeholders que devem integrar o processo, orienta o estabelecimento de

metas organizacionais que respeitam os interesses de cada parte e sugere indicadores de

performance para avaliação dessas metas (KARKOTLI, 2004).

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O exercício da accountability no caso do setor público é determinado pela qualidade

das relações entre governo e cidadão. O desenvolvimento da consciência popular é

fundamental para a democracia e, portanto, para o posicionamento responsável no âmbito do

serviço público. A falta de organização da sociedade civil e de transparência nas organizações

burocráticas do governo, no caso do Brasil, é empecilho para um controle efetivo do público

sobre o estado (VENTURA, 2006).

• Global Compact

O Pacto Global de responsabilidade – Global Compact, originou-se da iniciativa do

secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annam, em janeiro de 1999, quando conclamou as

empresas de todo o mundo a auxiliar na criação de uma estrutura social e ambiental para

apoiar e assegurar a continuidade de mercados livres e abertos e possibilitar que um número

maior de indivíduos, em todo o mundo, tenha a oportunidade de compartilhar os benefícios da

nova economia global (KARKOTLI, 2004).

Em julho de 2000 a ONU então inaugurou a fase operacional do Pacto Global (Global

Compact), criando um conjunto de nove princípios propostos para as organizações de todo o

mundo em favor dos direitos humanos, de relações de trabalho justas e da preservação da

natureza (quatro anos depois seria incorporado o décimo principio, relacionado ao combate à

corrupção). O Instituto Ethos apoiou esta iniciativa desde o inicio e passou a coordenar o

comitê brasileiro, e das 300 primeiras organizações a aderir ao Pacto Global, 229 eram

brasileiras (INSTITUTO ETHOS, 2006).

O Pacto Global tem o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional

para a adoção, em suas práticas de negócios de valores fundamentais e internacionalmente

aceitos, nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à

corrupção que hoje são refletidos em dez princípios. O pacto global não é um instrumento de

regulamentação, nem um código de conduta obrigatório. É uma iniciativa voluntária que

procura fornecer diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania,

através de liderança corporativa, comprometida e inovadora. (REDE BRASILEIRA DE

PACTO GLOBAL).

O Pacto Global possui dez princípios universais, que atribui da origem da declaração

universal de direitos humanos, da declaração da organização internacional do trabalho sobre

os princípios e dos direitos fundamentais no trabalho, da declaração sobre meio ambiente e

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sobre o desenvolvimento e da convenção das nações unidas contra a corrupção (REDE

BRASILEIRA DE PACTO GLOBAL).

1) As empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos

internacionalmente; e

2) Assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos.

3) As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do

direito à negociação coletiva;

4) A eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório;

5) A abolição efetiva do trabalho infantil; e

6) Eliminar a discriminação no emprego;

7) As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;

8) Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; e

9) Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis;

10) As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive

extorsão e propina.

Verifica-se que os dez princípios foram criados com o intuito, de fazer com que as

organizações, municípios e os países tenham mais preocupação com a responsabilidade social

como um todo, e com isso comecem a pensar de maneira mais transparente e ética.

• Objetivos de desenvolvimento do milênio

A declaração do milênio das Nações Unidas é um documento desenvolvido para o

novo século. Aprovado em setembro de 2000, em Nova Iorque, reflete as preocupações de

147 chefes de Estado e de Governo e de 189 países, que participaram da reunião de dirigentes.

Este documento ao ser elaborado obteve como premissa principal ir ao encontro das

necessidades reais das pessoas de todo mundo, ou seja, os dirigentes mundiais deram

indicações claras sobre como adaptar a sociedade e as organizações ao novo século (LOHN,

2009).

No Brasil, as organizações que abraçaram os ODM’s perceberam que seria

extremamente difícil alcançá-los se ele se tornassem apenas subsidio para planos de governo

ou matéria de estudos acadêmicos. Era preciso despertar a cidadania, trabalhar com a

criatividade. Órgãos públicos, empresas e outras organizações do setor privado que têm

instrumentos para falar à população foram mobilizados. Os ODM’s passaram a ser

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representado por símbolos de fácil compreensão, e mais tarde foram adotados também por

outros países (INSTITUTO ETHOS, 2006).

De acordo com o Instituto Ethos (2006) estimular a participação da sociedade civil

não significa minimizar a responsabilidade do estado. Os órgãos públicos são formados por

cidadãos. A campanha Brasileira revela que eles podem cumprir um papel muito mais ativo

se, em vez de acionados apenas por ordens superiores, forem envolvidos em campanhas que

sensibilizem, emocionem despertando o sentido da cidadania.

A seguir serão explanados os objetivos do desenvolvimento do milênio, juntamente

com as metas que o Brasil almeja alcançar até 2015, Apresenta-se no quadro 7 a seguir:

Objetivos Metas do Brasil

1. Acabar com a fome e a miséria;

• Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população com renda

abaixo da linha da pobreza.

• Reduzir pela metade, até 2015 a proporção da população que sofre

de fome.

2. Educação básica de qualidade para

todos

• Garantir que, até 2015, todas as crianças, terminem o ensino

fundamental.

3. Igualdade entre sexos e

valorização da mulher;

• Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino fundamental e médio

até 2005.

4. Redução da mortalidade infantil;

• Reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade materna de crianças

menores de 5 anos.

5. Melhorias na saúde das gestantes;

• Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade materna.

6. Combate à AIDS, malária e outras

doenças;

• Até 2015, ter detido e começado a reverter a propagação do

HIV/AIDS.

• Até 2015, ter detido e começado a reverter a propagação da malária e

de outras doenças.

7. Qualidade de vida e respeito ao

meio ambiente;

• Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e

programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais até 2015.

• Reduzir à metade, até 2015, a proporção da população sem acesso

sustentável à água potável segura.

• Até 2020, ter alcançado uma melhora significativa nas vidas de pelo

menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados.

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8. Todos trabalhando pelo desenvolvimento.

• Em cooperação com os paises em desenvolvimento, formular e

executar estratégias que permitam trabalho digno e produtivo aos jovens.

• Em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os benefícios

das novas tecnologias, especialmente nos setores de informação e

comunicação.

Quadro 7 - Objetivos de desenvolvimento do milênio - Metas Brasil Fonte: adaptado do Portal ODM (2010)

Diante do exposto pode-se compreender que os objetivos de desenvolvimento do

milênio foram selecionados para minimizar os maiores problemas mundiais e o Brasil já

pensando nisso, lançou metas que pretende alcançar até 2015, com o apoio do governo da

sociedade e das organizações de todo o país.

De acordo com o Instituto Ethos (2006) cada objetivo proposto pela Cúpula do

Milênio desdobra-se em metas especificas, pois é evidente que em um mundo caracterizado

por desigualdade, essas metas não poderiam ser universais, pois há países mais avançados e

outros menos em relação a cada uma delas. No Brasil, realizou-se um amplo esforço de

investigação intelectual para adaptá-las à realidade local.

A campanha de comunicação “Nós Podemos”, desenvolvida no Brasil para mobilizar a

sociedade em torno deste assunto, foi considerada pela ONU uma das cinco mais importantes

para garantir a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM, esta

publicação procura contribuir com todos os que se empenham, em qualquer parte, na

construção de um mundo mais solidário (INSTITUTO ETHOS, 2006).

A seguir serão apresentadas algumas das iniciativas em relação a cada objetivo que o

Brasil já fez e vem fazendo para conseguir alcançar as metas dos ODM’s. Apresenta-se o

quadro 8 a seguir:

Objetivos Iniciativas no Brasil

1. Acabar com a fome e a miséria;

• Fome Zero

• Bolsa-Familia: que beneficiou 8 milhões de famílias em 2005 e

elevação do beneficio médio de R$ 28,00 para R$ 66,00.

• Programa Nacional de alimentação escolar

• Reforma agrária

• Pronaf: valorização da agricultura familiar

2. Educação básica de qualidade para

todos

• Programa de valorização e formação de professores da educação

básica

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• Ampliação do ensino fundamental para nove anos

• Política nacional de educação infantil

• Programa nacional do livro didático

• Programa Brasil Alfabetizado

3. Igualdade entre sexos e valorização

da mulher;

• Criação da secretaria de políticas para as mulheres

• Tipificação da violência doméstica

• Programação nacional de documentação de trabalhadoras rurais

• I conferência nacional de políticas para as mulheres

• 2004: Ano da Mulher

4. Redução da mortalidade infantil;

• Programa de saúde da família

• Programa de agentes comunitários de saúde

• Acompanhamento do recém-nascido de risco

• Garantia de alta cobertura vacinal

• Promoção do aleitamento materno e de alimentação saudável

5. Melhorias na saúde das gestantes;

• Pacto nacional pela redução da mortalidade materna e neonatal

• Reduzir em 15%, até 2006, os índices de mortalidade materna e

neonatal

• Expandir a oferta de exames laboratoriais no pré-natal

• Qualificar e humanizar o pré-natal e o pós-parto

•Combater a mortalidade materna sem discriminações de nenhum

tipo

6. Combate à AIDS, malária e outras

doenças;

• Garantir e fortalecer o programa brasileiro contra AIDS e DST

• Rever o programa nacional de controle da malária

• Assegurar prevenção vigilância e diagnóstico laboratorial precoce

da malária

• Integrar o programa nacional de controle da Tuberculose à atenção

básica de saúde

• Fortalecer o plano nacional de eliminação da Hanseníase.

7. Qualidade de vida e respeito ao meio

ambiente

•Participação social na promoção do desenvolvimento sustentável

•Aumento expressivo do número de reservas florestais, públicas e

privadas

• Fontes alternativas de energia

• Fundo nacional de interesse social (criado a partir de projeto de lei

de iniciativa popular).

• Programas de apoio à construção de moradias e urbanização de

assentamentos

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8. Todos trabalhando pelo desenvolvimento.

• Fórum social mundial organizado pela sociedade civil

• Organização do G-20, para novas relações de comércio entre os

países

• Defesa da inclusão digital e de gestão compartilhada para Internet

• Perdão ou descontos na dívida dos países menos desenvolvidos

com o Brasil

• Declaração de Genebra, por fontes alternativas de combate à

pobreza

Quadro 8 - Objetivos de desenvolvimento do milênio- Iniciativas no Brasil Fonte: adaptado do Instituto Ethos (2006).

Entende-se que o Brasil já vem fazendo a sua parte para conseguir alcançar os ODM’s

propostos pela ONU. De acordo com cada objetivo já tiveram várias iniciativas por parte do

governo atuante, porém ainda falta fazer muito para conseguir atingir a todos os ODM’s mas

com o apoio das organizações, do governo e da sociedade o Brasil conseguirá.

Aqui serão apresentados alguns exemplos de projetos e programas, e a atuação de

algumas organizações que contribuem para alcançar os objetivos de desenvolvimento do

milênio – ODM. Segue no quadro 9 a seguir:

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Iniciativas das organizações

1. Acabar com a fome e a miséria;

Para assegurar a geração de renda de pequenos produtores

rurais, o Banco do Brasil, a Construtora Odebrecht, a

Mineradora Rio do Norte (MRN) e a Seara financiam e

dão assistência técnica a projetos em diferentes partes do

país. As iniciativas viabilizam fábricas de beneficiamento

de caju, horticultura e aviários construídos em

assentamentos de trabalhadores rurais

2. Educação básica de qualidade para todos

Em parceria com o Instituto Paulo Freire e a Federação

Única dos Petroleiros (FUP), a Petrobrás desenvolve o

projeto de alfabetização Mova Brasil, mais de 15 mil

alunos freqüentam os cursos, em cinco Estados

3. Igualdade entre sexos e valorização da

mulher;

O programa de geração de renda da Fundação Telefônica é

voltado especificamente para mulheres de baixa renda que

são chefes de família 25% das famílias brasileiras são hoje

chefiadas por mulheres. Promove a capacitação técnica

para desenvolvimento, confecção e venda de vários

produtos

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4. Redução da mortalidade infantil;

Uma parceria com a ONG Inmed Brasil, a Aché

desenvolve, em seis Estados, um projeto voltado para o

combate à anemia em crianças de escolas públicas. Mais

de 5 mil meninos e meninas foram atendidos, desde 2001

5. Melhorias na saúde das gestantes;

As organizações Natura, Avon e Schering Plough,

contribuem empregando um grande número de mulheres,

mantendo programas permanentes de informação sobre

sexualidade,doenças sexualmente transmissíveis, auto-

exame de mamas, amamentação e planejamento familiar.

6. Combate à AIDS, malária e outras doenças;

A Belgo-Mineira e Pfizer promovem educação em saúde

sexual e prevenção ao uso e abuso de drogas, em São

Paulo e em 20 municípios do nordeste. Além disso também

formam universitários que atuam como multiplicadores

7. Qualidade de vida e respeito ao meio

ambiente

um pool de organizações foi formado para financiar, sob a

coordenação do poder público, a construção de milhares de

cisternas no nordeste. Elas canalizam a água das chuvas

para grandes reservatórios familiares. Graças às cisternas,

populações do semi-árido nordestino contam pela primeira

vez com água potável durante todo o período da seca

8. Todos trabalhando pelo desenvolvimento.

a fundação Bradesco contribui com 3 mil computadores

em suas 39 escolas. Em seu programa de inclusão digital,

cada uma das escolas da fundação estabeleceu parceria

com duas escolas da rede pública, cujos alunos e

professores passam a ter acesso às máquinas e treinamento

Quadro 9 - Objetivos de desenvolvimento do milênio- Programas e projetos desenvolvidos Fonte: adaptado do Instituto Ethos (2006).

Contudo percebe que os ODM’s nasceram com o intuito de minimizar os maiores

problemas que atingem todo o mundo, mas para chegar a isso, foi necessário mobilizar

saberes e esforços. Um trabalho paciente de contatos com a sociedade civil e suas

organizações permitiu estabelecer uma vasta rede de parceiros interessados em divulgar os

ODM. Antes mesmo de essa tarefa estar concluída, alguns setores, como as organizações

socialmente responsáveis já formulam e desenvolvem ações e projetos concretos

(INSTITUTO ETHOS, 2006).

Constatou-se que os ODM entraram num cenário cheio de problemas em todo o

mundo, causados pelos mais variados assuntos e temas, mas com muitas soluções para serem

tomadas, pode-se perceber que já existem inúmeras iniciativas do governo, da sociedade e de

organizações em relação às metas, começa-se assim a conhecer e entender melhor o que cada

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Objetivo representa para o Brasil e para o mundo pois é uma ação que movimenta 193 países

e se cada um fizer a sua parte os problemas diminuem causando impactos positivos também

para a economia.

2.6 Projetos Sociais

Projetos sociais são empreendimentos voltados para a busca de soluções de problemas

sociais que afligem populações e grupos sociais numerosos ou em situações de alto risco. Tais

problemas, se negligenciados ou enfrentados sem a determinação exigida pelas circunstâncias,

agravam-se com o tempo e demandam soluções imediatas e de médio e longo prazo (MELO

NETO; FROES, 2001).

Percebe-se que atualmente as organizações estão cada vez mais se mobilizando para

criar projetos sociais e ambientais que as diferenciem de seus concorrentes, o que se tornou

necessário para sua sobrevivência em um mercado altamente competitivo, no qual os

consumidores querem sentir-se integrados à comunidade (SAAD; CARVALHO; COSTA

2002).

No entendimento de Melo Neto e Froes (1999), uma pesquisa também é importante e

contribui para a formulação correta dos objetivos e metas, do público beneficiário, dos

resultados a serem atingidos, dos pressupostos, meios de verificação e indicadores, e da

definição da estratégia de institucionalização do plano, programa ou projeto.

Na visão de Melo Neto e Froes (1999), as organizações que investem em projetos e

ações sociais, estão agregando inúmeros benefícios como listagem a seguir:

• ganhos de imagem corporativa;

• popularidade dos seus dirigentes, que se sobressaem como verdadeiros líderes

empresariais com elevado senso de responsabilidade social;

• maior apoio, motivação, lealdade, confiança, e melhor desempenho dos seus

funcionários e parceiros;

• melhor relacionamento com o governo;

• maior disposição dos fornecedores, distribuidores, representantes em realizar parcerias

com a empresa;

• maiores vantagens competitivas (marca mais forte e mais reconhecida, produtos mais

conhecidos);

• maior fidelidade dos clientes atuais e possibilidades de conquista de novos clientes.

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Segundo Tenório (2006), com o crescente interesse empresarial em desenvolver

atividades sociais e devido ao reconhecimento da importância desse tema para os

negócios,cada vez mais as empresas estão buscando novas formas de agregar valor social às

suas atividades.

Contudo Melo Neto e Froes (1999), visualizam a cadeia de valor da ação social como

um conjunto de atividades realizadas pela organização, no âmbito de um programa ou projeto

social, e que geram benefícios para a comunidade. O projeto social é composto de um elenco

de diversas atividades sociais: esportivas, culturais, ecológicas, de assistência médico-

odontológica, de formação para o trabalho e capacitação profissional.

Conforme Tenório (2006) a prática de ações sociais por parte das organizações é a

forma instrumental, como meio de obtenção de algum tipo de beneficio ou vantagem. A

natureza do beneficio não precisa ser necessariamente econômica, e as vantagens podem se

traduzir, entre outras, no aumento da preferência do consumidor e no fortalecimento da

imagem da organização.

As atividades assistenciais, educacionais e de geração de emprego e renda são as que

mais agregam valor nos projetos sociais. Isto, no entanto, não diminui a importância das

demais atividades que também agregam valor. A mais nova tendência em projetos sociais é a

utilização plena da cadeia de valor através da incorporação do maior número possível de

atividades no âmbito do projeto. Assim, são assegurados um maior valor agregado possível e,

conseqüentemente, um maior retorno social, ou seja, o desenvolvimento social pleno da

comunidade (MELO NETO; FROES, 1999).

Na compreensão de Tachizawa (2009) diante das características básicas e de

estratégias empresariais genéricas próprias das organizações pertencentes ao setor altamente

concentrado, podem-se delinear estratégias de gestão ambiental e de responsabilidade social.

Essas estratégias não obrigatoriamente são aplicáveis em todas as organizações, depende de

cada singularidade e estilo de gestão (crenças e valores) praticada pelo gestor responsável de

cada organização em particular.

As principais estratégias de gestão ambiental e de responsabilidade social, de caráter

genérico, normalmente são aplicáveis às organizações de baixo impacto ambiental, que são:

• reciclagem de sucatas, resíduos ou refugos;

• expansão dos investimentos em controle ambiental;

• projetos sociais em meio ambiente;

• projetos sociais em educação;

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• projetos sociais em saúde;

• projetos sociais em cultura;

• projetos sociais em apoio à criança e ao adolescente;

• projetos sociais em voluntariado;

• imagem ambiental da empresa para fins de marketing.

Sob o ponto de vista de Saad; Carvalho; Costa (2002), investir em projetos para se

tornar socialmente responsáveis é uma questão de diferencial para as organizações, vendo que

são incentivos a mais nos seus negócios e à sua produtividade. Ainda a responsabilidade

social pode ser vista como uma maneira de minimizar os riscos de a organização ser

envolvida em acusações de desrespeito ao meio ambiente, o que abalaria seriamente a sua

imagem.

Identifica-se que as organizações devem investir e apoiar projetos sociais, assim

revelam sua preocupação com mudanças na sociedade. No entanto essas medidas precisam

ter consistência estratégica e objetivos claros para que a ação seja realmente efetiva. Assim

terão mais respeito e lealdade por parte de seus stakeholders. Abre-se então tema que

complementa os projetos sociais que é o Marketing Social.

2.7 Marketing Social

As primeiras discussões sobre o marketing social começaram no final dos anos 60, em

relação aos programas de saúde pública, embora o termo inicialmente fosse rejeitado pelos

profissionais da área. Os argumentos eram muitos, como as técnicas de marketing aplicadas à

área da saúde serviriam apenas para banalizar a atividade médica, e marketing era apenas uma

ferramenta promocional, e não educativa. Dessa forma, qualquer idéia sobre a utilização dos

conceitos ou suas ferramentas era vista como concorrente ou inimiga da saúde pública

(FONTES, 2001).

Em 1971 apareceu pela primeira vez o termo “marketing social”, para descrever o uso

de princípios e técnicas de marketing para a promoção de uma causa, idéia ou comportamento

social. Desde então, o termo passou a significar uma tecnologia de administração de mudança

social, associada ao projeto, à implantação e ao controle de programas voltados para o

aumento da disposição de aceitação de uma idéia ou pratica social em um ou mais grupos de

adotantes escolhidos como alvo. (KOTLER, 1992).

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Com a modernidade, idéias conceitos, técnicas, modelos e estratégias permeiam todos

os segmentos da vida social. Tornou-se um imperativo de sucesso empresarial em qualquer

setor de atividades. Sem marketing, nada feito. Com marketing, o sucesso é garantido (MELO

NETO; FROES, 2004).

Na visão de Mendonça (2002), marketing social está relacionado à mudança de

comportamento social, mas o termo também tem sido usado para designar práticas

empresariais no campo social para a obtenção de diferencial competitivo.

Já Dias (2007) afirma que o marketing social consiste na aplicação de tecnologias

próprias do marketing comercial na análise, planejamento, execução e avaliação de programas

criados para influenciar o comportamento de determinados grupos sociais, ou da população de

um modo geral, com o intuito de melhorar suas condições de vida.

De acordo com Trevisan (2002) as organizações que utilizarem uma maneira inteligente

na sua atuação social em sua estratégia de comunicação, vão sair na frente das outras. As

primeiras empresas a investir no marketing social serão as primeiras a abraçar as causas de maior

impacto, as "melhores causas", sob o ponto de vista do marketing. Os retardatários nesse processo

ficarão com as causas de menor impacto ou terão a necessidade de pesquisar constantemente para

descobrir novas oportunidades.

É importante ressaltar que o termo “marketing social” está sendo utilizado,

especialmente pela mídia, para designar a atuação empresarial no campo social com

finalidade de obter diferenciais competitivos, sem que essas ações tenham o objetivo de

influenciar um comportamento coletivo (MENDONÇA, 2002).

Para Tenório (2006), não tem como falar de marketing social sem mencionar as ações

de responsabilidade social praticadas pelas organizações, pois são elas que servem como base

para quaisquer projetos ou ações que envolvam a área social.

Dias (2007) afirma que o marketing social consiste na aplicação de tecnologias

próprias do marketing comercial na análise, planejamento, execução e avaliação de programas

criados para influenciar o comportamento de determinados grupos sociais, ou da população de

um modo geral, com o intuito de melhorar suas condições de vida.

Já para Kotler (1992), marketing social é uma estratégia de mudança do

comportamento. Ele combina os melhores elementos das abordagens tradicionais da mudança

social num esquema integrado de planejamento e ação, aproveitando os avanços na tecnologia

das comunicações e na capacidade de marketing.

Entende – se então que marketing social é como uma complexa utilização de todo o

mix de marketing: produto, preço, praça (distribuição) e promoção, se os quais não terá

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nenhuma eficácia na construção de novos valores e idéias que permitam melhorar as

sociedades humanas (DIAS, 2007).

De acordo com Melo Neto e Froes (2004), o verdadeiro marketing social atua

fundamentalmente na comunicação com os funcionários e seus familiares, com ações que

visam a aumentar comprovadamente o seu bem-estar social e o da comunidade. Essas ações

de médio e longo prazo garantem sustentabilidade, cidadania, solidariedade e coesão social. A

comunicação dos resultados alcançados por tais ações sociais e os ganhos da empresa

resultantes da maior visibilidade dessas ações constituem o que denomina-se de marketing

social ético.

Percebe-se que a sobrevivência das empresas no ambiente competitivo passou a

depender de como a estratégia de negócios lida com essas variáveis, de maneira a se obter

eficiência e lucratividade com a preservação da imagem e da reputação das organizações no

mercado e na sociedade. Assim, nessa perspectiva, torna-se necessária à agregação de valor

social ao negócio, além da redefinição dos objetivos de marketing da empresa (TENÓRIO,

2006).

Entretanto, Tenório (2006) afirma que o marketing assim como a sociedade, está se

desenvolvendo e abordando novas questões, com a sociedade do conhecimento, onde os

problemas relativos ao meio ambiente, escassez de recursos naturais e a ética no

relacionamento com o consumidor estão cada vez mais presentes e influenciando as ações

gerenciais.

Para Melo Neto e Froes (1999) as empresas desenvolvem projetos sociais com dois

objetivos exercer filantropia empresarial e desenvolver estratégias de marketing com base em

ações sociais. O exercício da filantropia empresarial caracteriza-se por ações de doações de

produtos fabricados pela própria empresa, ou de grandes somas de dinheiro para entidades

beneficentes. Muitas empresas usam esta prática como uma ação de marketing ao

promoverem seus produtos e marcas, quando são distribuídos para escolas,

hospitais,universidades e demais órgãos de serviços públicos.

Na percepção de Fontes (2001), uma boa estratégia de comunicação pode ser

complementada ao marketing social, e com mobilização social pode-se oferecer oportunidade

e engajamento entre lideranças e representantes do público-adotante no processo de

transformação social. Um exemplo de mobilização social é o programa Criança Esperança do

UNICEF é um dos casos mais bem sucedidos de mobilização para dar uma contribuição para

a promoção de trabalhos sociais com crianças e adolescentes de baixa renda. Esse programa

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recebe o apoio de uma grande emissora de televisão e com certeza tem um impacto muito

maior do que qualquer comercial publicitário sobre questões sociais.

Na visão de Gomes e Moretti (2007) o marketing pode ser compreendido então como

uma ação empresarial que visa o reconhecimento das necessidades dos consumidores de um

produto ou serviço, realiza uma cadeia de produção a fim de satisfazê-los. As organizações

realizam então ações de responsabilidade social e as divulgam exatamente para demonstrar

que elas estão agindo conforme o gosto e preferência de seus clientes. O que o marketing

social não revela, portanto é que tais ações criarão um valor excepcional à mercadoria, que

denomina-se de “mais-valia social”. Esse é de fato o papel do marketing atrelado às praticas

de responsabilidade social.

Após relatar e descrever as idéias e pensamentos de vários autores sobre a temática

principal que é a responsabilidade social e demais assuntos que complementaram e deixaram

a pesquisa mais consistente, assim consegue-se ter um melhor entendimento dos tópicos que

serão apresentados a seguir.

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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo serão apresentados os métodos e técnicas que foram utilizados para

realizar a pesquisa, para assim analisar os dados coletados e alcançar os objetivos propostos.

Para Cervo e Bervian (1996), método é a ordem que se deve impor aos diferentes

processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências,

entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na

investigação e demonstração da verdade.

3.1 Caracterização da pesquisa

Com base no contexto deste estudo, observa-se que ele se caracteriza como uma

pesquisa de natureza descritiva, e que será de caráter qualitativo e quantitativo, pois só um

método não será suficiente para alcançar os objetivos da pesquisa, também se caracteriza

como um estudo de caso, onde se tem a preocupação de identificar a relação entre as ações e

projetos de responsabilidade socioambiental com a percepção e expectativas do cliente

interno.

De acordo com Santos (2000), a pesquisa descritiva é um levantamento das

características conhecidas, componentes do fato/fenômeno/problema. Normalmente é feita na

forma de levantamentos ou observações sistemáticas do fato, fenômeno, problema escolhido.

A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos sem

manipulá-los, procura descobrir com precisão, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua

relação e conexão com outros, sua natureza e características (CERVO; BERVIAN, 1996).

Para Goldenberg (2007), a integração das pesquisas de natureza quantitativa e

qualitativa permite que o pesquisador faça um cruzamento de suas conclusões de modo a ter

maior confiança que seus dados não são produto de um procedimento especifico ou de alguma

situação particular. Ele não se limita ao que pode ser coletado em uma entrevista: pode

entrevistar repetidamente, pode aplicar questionários, pode investigar diferentes questões em

diferentes ocasiões, pode utilizar fontes documentais e dados estatísticos.

Para Santos (2000), o estudo de caso é selecionar um objeto de pesquisa restrito, com

o objetivo de aprofundar-lhe os aspectos característicos, cujo objeto pode ser qualquer

fato/fenômeno individual, ou um de seus aspectos. É também comum a sua utilização quando

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se trata de reconhecer num caso, um padrão cientifico já delineado, no qual possa ser

enquadrado.

Já Goldenberg (2007), define estudo de caso como uma análise holística, a mais

completa possível, que considera a unidade social estudada como um todo, seja um indivíduo,

uma família, uma instituição ou uma comunidade, com o objetivo de compreendê-los em seus

próprios termos.

3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Após a caracterização da pesquisa, é importante determinar a população e amostra que

serão utilizadas para fazer posteriormente uma análise da pesquisa.

Uma população significa um grupo de pessoas ou empresas que interessa entrevista

para o propósito especifico de um estudo Dependendo do tamanho da população, do tempo

dos entrevistadores, custo ou capacidade de processamento de dados, sendo necessário então

extrair apenas uma parcela da população para investigar, em vez de utilizar seu total

(ROESCH, 1999).

Na concepção de Barbetta (2007), população é o conjunto de elementos para os quais

desejamos que as conclusões da pesquisa sejam válidas, com a restrição de que esses

elementos possam ser observados ou mensurados sob as mesmas condições.

Segundo Marconi e Lakatos (2009) amostra é constituída de uma porção ou parcela,

convenientemente selecionada do universo (população) é um subconjunto do universo.

Amostragem é construir um subconjunto da população que é representativo nas

principais áreas de interesse da pesquisa (ROESCH, 1999).

De acordo com Barbetta (2007), a amostragem é naturalmente usada na nossa vida

diária, em um levantamento por amostragem, a seleção dos elementos que serão efetivamente

observados deve ser feita sob uma metodologia adequada, de tal forma que os resultados

sejam informativos, para avaliar características de toda a população.

Esta amostragem para a aplicação do questionário foi calculada a partir da fórmula

apresentada pelo autor Barbetta (2007) para que assim os resultados sejam mostrados com

mais veracidade, considerou-se então a população atual de 744 funcionários da organização

operadora de planos de saúde.

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N = tamanho da população

n = tamanho da amostra

n0 = uma primeira aproximação da amostra

E0 = erro amostral tolerável

Fórmula para o cálculo do tamanho mínimo da amostra:

N = 744 colaboradores

E02 = 0,10 (erro amostral)

N0 = 1/ E02 N0 = 1/0,102 N0 = 100

n = amostra ?

n = N* N0 / N+ N0

n = 744 * 100/ 744 + 100

n = 74.400 / 844

n = 88 participantes da amostra

A partir da aplicação da fórmula do autor Barbetta (2007), identifica-se que a amostra

foi formada por 88 funcionários, antes da aplicação do questionário foi aplicado um pré-teste

com aproximadamente 10% dos colaboradores, e não foi constatado nenhum tipo de

dificuldades de interpretação em nenhuma das questões aplicadas, e também não foi feito

nenhum tipo de questionamento por parte dos respondentes, após isto foram aplicados o

restante dos questionários com os demais participantes da amostra.

3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Os dados coletados serão tanto de fontes primárias quanto de fontes secundárias, pois

será necessário utilizar os dois tipos de fontes. Os dados primários, foram obtidos por meio de

questionários (APÊNDICE A) aplicados com os clientes internos pela pesquisadora que

conteve apenas perguntas fechadas, e também uma entrevista (APÊNDICE B) realizada com a

líder de equipe de responsabilidade socioambiental. Já os dados secundários foram obtidos

através do site da organização, bem como em livros, revistas da própria organização, e

materiais eletrônicos.

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De acordo com Roesch (1999), os dados primários são colhidos diretamente pelo

pesquisador como a entrevista, o questionário os testes e a observação. Já os dados

secundários estes não são criados pelo pesquisador são dados normalmente já existentes como

na forma de arquivos, banco de dados, índices ou relatórios.

Para Cervo e Bervian (1996), a técnica de coleta de dados, é uma tarefa muito

importante na pesquisa, pois envolve diversos passos, como a determinação da população a

ser estudada, a elaboração do instrumento de coleta, a programação da coleta e também os

dados e a própria coleta. Existem diversas formas de coleta de dados, todas com as suas

vantagens e desvantagens. Na decisão do uso de uma forma ou de outra o pesquisador levará

em conta o que menos desvantagens oferecer, respeitando os objetivos da pesquisa.

O questionário foi aplicado em Abril de 2010, para aplicação do questionário foram

formuladas perguntas pela pesquisadora, com o intuito de procurar identificar a percepção e

expectativas do cliente interno da organização com relação as ações e projetos de

responsabilidade socioambiental da organização em estudo e também no que diz respeito aos

Objetivos de Desenvolvimento do milênio e também fazer uma análise dessa percepção e

expectativas, com isso foram formuladas perguntas fechadas para facilitar o entendimento das

respostas obtidas.

O questionário é uma das formas mais utilizada para coletar dados, pois possibilita

medir com melhor exatidão o que se deseja, refere-se a um meio de obter respostas às

questões por uma fórmula que o informante preenche. Ele contém um conjunto de questões,

todas logicamente relacionadas com o problema central da pesquisa (CERVO E BERVIAN,

1996).

Além do questionário aplicado foi realizada uma entrevista com a líder da área de

responsabilidade socioambiental, que procurou identificar a visão de uma pessoa que tem

experiência na área e tem a visão da organização em relação ao assunto abordado.

A entrevista é uma técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e

lhe fórmula as perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que interessam à

investigação. A entrevista é, portanto, uma forma de interação social, mais especificamente é

um a forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se

apresenta como fonte de informação (GIL, 1999).

Por meio do questionário e da entrevista aplicados consegue-se alcançar aos objetivos

que foram propostas na pesquisa.

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Para Goldenberg (2007), o pesquisador deve ter em mente que cada questão formulada

precisa estar relacionada aos objetivos da pesquisa. As questões devem ser enunciadas de

forma clara e objetiva, sem induzir e confundir, tentando abranger diferentes pontos de vista.

A entrevista e o questionário são instrumentos para conseguir respostas que o pesquisador não

conseguiria com outros instrumentos.

3.4 Tratamento e análise dos dados

Este item mostra como os dados foram tratados e analisados, os dados quantitativos

foram interpretados por meio de gráficos que mostra estatisticamente as respostas, e os dados

qualitativos através de uma análise descritiva dos gráficos apresentados e da entrevista

realizada.

A análise dos dados tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que

possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a

interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito

mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos (GIL, 1999).

Neste item o pesquisador deve ter muita atenção e criatividade, de acordo com

Goldenberg (2007), é preciso analisar comparativamente as diferentes respostas, as idéias

novas que aparecem, o que confirma e o que rejeita as hipóteses iniciais, e o que os dados

levam a pensar de maneira mais ampla. Para isso é preciso ter muita reflexão e dedicação para

tirar o máximo de idéias de cada resposta conseguida.

Na pesquisa de caráter quantitativo, normalmente os dados coletados são submetidos à

análise estatística, com a ajuda de computadores. Tipicamente, as medidas para cada

respondente são codificadas e em seguida, manipuladas e analisadas de várias maneiras

(ROESCH, 1999).

Em relação à pesquisa desenvolvida percebe-se que a análise foi realizada por meio de

gráficos que demonstraram a percepção e expectativas do cliente interno nas ações e projetos

de responsabilidade socioambiental, os dados coletados foram demonstrados pelas estatísticas

obtidas e analisadas de acordo com os resultados obtidos, relacionando à teoria utilizada e

baseando-se nela para que as respostas sejam analisadas dentro dos critérios estabelecidos

pelos autores utilizados. A pesquisa contribuiu para que os objetivos fossem atingidos e

demonstrou a percepção do cliente interno em relação às ações e projetos e conseguiu-se

conhecer a opinião e posição do cliente interno perante a temática responsabilidade social.

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4 RESULTADOS DO ESTUDO

Este capítulo destina-se a apresentação e análise dos dados coletados na organização

operadora de planos de saúde, bem como a demonstração dos resultados obtidos com a

aplicação da pesquisa, que serão demonstrados de acordo com os objetivos propostos.

4.1 Caracterização da Organização

A Organização Operadora de Planos de Saúde, foi criada em 30 de agosto de 1971, em

uma assembléia geral com 102 médicos no auditório da Associação Catarinense de Medicina

(ACM), como uma alternativa entre a medicina particular e a previdenciária (DADOS DA

ORGANIZAÇÃO, 2010).

A primeira diretoria era formada por um Presidente e por três Diretores, a manutenção

nos primeiros tempos foi assegurada pelas quotas-partes recolhidas por seus fundadores. A

renda própria veio com o primeiro contrato, firmado com o Ipalesc - Instituto de Previdência

dos Funcionários da Assembléia Legislativa, que beneficiou 200 usuários (DADOS DA

ORGANIZAÇÃO, 2010).

Aos poucos, a organização foi adquirindo maior credibilidade, tornando-se auto-

sustentável para poder adquirir seu primeiro conjunto de salas, no prédio em que funcionava a

Associação Catarinense de Medicina, na rua Jerônimo Coelho. Em 1983, trocou a sede para a

rua Osmar Cunha e, em 1991, transferiu-se para o prédio da rua Dom Jaime Câmara, onde

permanece a estrutura administrativa (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

Hoje, em mais de 37 anos de crescimento contínuo, a organização operadora de planos

de saúde sempre contou com o entendimento e a participação dos cooperados. Em 2001,

inaugurou um novo prédio que trouxe mais espaço para adequar a organização às novas

realidades da gestão empresarial. Seguindo sua evolução, inaugurou em 2005 uma nova loja

de vendas na Rua Dom Jaime Câmara. O ano de 2007 marcou uma nova etapa, com a abertura

de uma nova sede operacional na avenida do Rio Branco, e do NAS - Núcleo de Atenção à

Saúde Centro, oferecendo completo atendimento de urgência 24 horas, projeto

complementado em abril de 2007 com o NAS - Kobrasol. Por tudo isso, a Operadora de

planos de saúde ocupa a liderança incontestável no mercado de planos de saúde (DADOS DA

ORGANIZAÇÃO, 2010).

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Atualmente, a Operadora de Planos de Saúde conta com um total de 744

colaboradores, 1.608 médicos cooperados ao sistema, cobrindo todas as especialidades

médicas, com clientes totalizando aproximadamente 65% da população em potencial na sua

área de abrangência, que compreende 21 municípios, 43 laboratórios; 38 hospitais;

255 clínicas; 2 Núcleos de Atenção à Saúde (NAS);1 Pronto-atendimento infantil (NAS

Júnior);1 Centro de Promoção da Saúde (CPS) (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

Em 2010, a organização operadora de planos de saúde obteve a re-certificação da ISO

9001:2008, a mais recente versão do selo de qualidade. A renovação da certificação comprova

a qualificação dos serviços da Cooperativa e um destacado reconhecimento às ações

eficiência que vêm sendo implementadas na sua atual gestão (DADOS DA ORGANIZAÇÃO,

2010). A administração superior da organização em estudo está constituída de acordo com o

organograma abaixo:

Figura 2 - Organograma da Administração Superior Fonte: dados da organização, 2010

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Diretorias de Gestão Áreas

Diretoria de Gestão Administrativa

Financeira

• Assessoria Econômico-Financeira (ASEF); • Assessoria Jurídica (ASJR); • Departamento de Contabilidade (DPCO); • Departamento Financeiro (DPFI); • Departamento Administrativo (DPAD); • Divisão Compras e Contratos (DVCO); • Divisão Serviços de Apoio (DVSA); • Divisão Contas a Pagar e Tesouraria (DVCT); • Divisão Contas a Receber (DVCR); • Divisão Escrituração Contábil (DVEC); • Equipe Cobrança (EQCB); • Equipe de Custo e Orçamento (EQCO); • Equipe de Serviços de Apoio (EQSA); • Equipe de Serviços e Suprimentos (EQSS)

Diretoria de Gestão Operacional

• Assessoria Operacional (ASOP); • Departamento Operacional (DPOP); • Departamento de Regulação em Saúde (DPRS); • Divisão de Auditoria em Saúde (DVAS); • Divisão Gestão da Rede Prestadora (DVGR); • Divisão de Intercâmbio (DVIT); • Divisão de Cadastro (DVCD); • Divisão de Produção Médica (DVPM); • Divisão de Suporte Operacional DVSO; • Equipe Custos Assistencial (EQCA); • Equipe Normatização (EQNO); • Equipe de Parametrização (EQPA); • Equipe de Auditoria (EQAI); • Equipe Contas (EQCN); • Equipe Cadastro Operacional (EQCD); • Equipe de Gestão de Cadastro (EQGD); • Equipe de Cadastro de Tabelas (EQCT);

Diretoria de Gestão Comercial e

Marketing

• Assessoria Comercial (ASCM); • Departamento de Marketing e Produto (DPMK); • Departamento de Vendas (DPVD); • Departamento de Relacionamento com Cliente (DPCL); • Departamento Relacionamento Corporativo (DPRC); • Divisão de Vendas (DVVD); • Divisão Atendimento Presencial (DVAP); • Divisão de Contact Center (DVCC); • Divisão de Relacionamento Corporativo (DVRC); • Equipe Gestão de Produtos (EQGP); • Equipe Responsabilidade Socioambiental (EQRS); • Equipe de Marketing (EQMA); • Equipe de Comunicação (EQCM); •Equipe Excelência no relacionamento com o Cliente (EQER); • Equipe de Autorização Presencial (EQAT); • Equipe de Atenção ao Cliente (EQAC);

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• Equipe de Autorização Rede Prestadora (EQAR); • Equipe de Atendimento Contact Center (EQCC).

Diretoria de Gestão de Serviços

Próprios

• Assessoria de Serviços Próprios (ASSP); • Departamento de Medicina Preventiva (DPMP); • Departamento de Serviços Fixos Assistenciais (DPSF); •Departamento de Serviços Móveis Assistenciais (DPSM); • Divisão de Relacionamento com Cooperado (DVRCO); • Divisão NAS Kobrasol (DVNK); • Divisão NAS Centro (DVNC); • Divisão Ambulatorial (DVAM); •Divisão Serviços de Urgência e Transporte (DVUT); • Divisão Serviços Domiciliares (DVSD); • Divisão de Promoção da Saúde (DVPS); •Equipe de Enfermagem da Divisão NAS Kobrasol (EQEK); •Equipe de Enfermagem da Divisão NAS Centro. (EQEC); • Equipe de Monitoramento a Saúde (EQMS).

Diretoria de Gestão Estratégica

• Assessoria Estratégica (ASES); • Departamento de Gestão de Pessoas (DPGP); • Departamento de Tecnologia da Informação (DPTI); • Departamento de Planejamento (DPPL); • Divisão de Projetos (DVPR); • Divisão de Sistemas (DVSI); • Divisão de Serviços em TI (DVST); • Divisão de Gestão de Pessoas (DVGP); • Divisão de Infra-Estrutura de TI (DVIE); • Equipe de Administração de Pessoas (EQAP); • Equipe de Assistentes de Diretoria (EQAD); • Equipe Qualidade (EQQL); • Equipe de Informações Gerenciais (EQIG); • Núcleo de Acompanhamento do Cooperado (NAC).

Quadro 10- Diretorias de gestão e suas áreas Fonte: dados da organização, 2010.

A Identidade organizacional da operadora de planos de saúde é composta por missão,

visão, valores, negócio e política de qualidade, que são definidos como:

Missão:

“Promover saúde e qualidade de vida, buscando a satisfação dos clientes, cooperados e

demais profissionais, com responsabilidade socioambiental”.

Visão:

“É ser conhecida como uma cooperativa de excelência e a melhor promotora de saúde e

qualidade de vida”.

Valores:

“Os princípios que constituem a organização são: Eqüidade, Ética, Integridade, Lealdade,

Solidariedade e Verdade”.

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Negócio:

“Saúde e Qualidade de Vida”.

Política de qualidade:

“Buscar a satisfação dos clientes através da melhoria contínua dos processos, oferecendo e

administrando planos e serviços de saúde com qualidade.”

A operadora de planos de saúde é uma organização responsável, por isso é importante

destacar algumas conquistas e alguns dados que são relevantes ao tema abordado.

• 1ª organização do país a elaborar um Código de Conduta Ética.

• 1ª organização do país a lançar uma publicação em Braille voltada ao cliente.

• 1ª organização do país filiada ao Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.

• 1ª organização do país signatária do Global Compact proposto pela Organização das

Nações Unidas (ONU).

• 1º lugar no Selo de Responsabilidade Social da Unimed do Brasil em 2004, 2005, 2006,

2007 e em 2009, a avaliação e pontuação se dão através dos seguintes indicadores: valores

e transparência, público interno, comunidade, meio ambiente, fornecedores, clientes,

governos e sociedade.

• A organização é participante dos “Diálogos pela Responsabilidade Social”, que tem como

objetivo mobilizar e disseminar a cultura de Responsabilidade Social na sociedade

reunindo diversas empresas catarinenses em prol da troca de experiências relacionadas ao

tema.

• Anuário do Balanço Social da Revista Expressão da Região Sul Excelência em Gestão

2004, 2005, 2006, 2007 e 2008.

• Diploma Francisco Dias Velho, pela participação efetiva e cientifica no projeto Capital

Criança, concedido pela Prefeitura Municipal de Florianópolis.

• Guia da Boa Cidadania Corporativa da Revista Exame 2001, 2002, 2003, 2004.

• Parceria com a Prefeitura de Florianópolis, projeto considerado pela ONU, no ano de 2000,

como uma das 40 melhores práticas para o bem-estar da humanidade.

• Primeira organização do país a incluir a Responsabilidade Social no seu estatuto.

• Uma das quatro organizações da região Sul do país a aderir ao Pacto Empresarial pela

Integridade e Contra a Corrupção, proposto pelo Instituto Ethos.

• Única organização de assistência a saúde no país destacado na publicação Práticas

Empresariais de Responsabilidade Social, no ano de 2003.

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Responsabilidade socioambiental da organização

A equipe de Responsabilidade Socioambiental da organização é composta por três

colaboradoras, uma analista que é a líder da área, uma assistente administrativa, e uma

estagiária. Esta equipe tem como gestor o diretor da área de Gestão Comercial e Marketing

diretoria a qual está inserida.

A Responsabilidade Social para a organização vai além de uma estratégia de negócio,

está presente nos seus stakeholders, assim como, no bem estar físico e psíquico dos

colaboradores. O seu foco é a prevenção, promoção da saúde e da qualidade de vida. Os

objetivos secundários estão na educação, na geração de renda e na capacidade inerente de

transformação da sociedade. Nessa política são observados os temas principais da

Responsabilidade Social: público interno, comunidade, meio ambiente, fornecedores,

governo, sociedade, valores, transparência, governança, clientes e consumidores (DADOS

DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

A Responsabilidade Socioambiental tem como missão:

“Construir a cultura e ampliar a consciência dos diversos públicos para desenvolver

ações que interferem de maneira responsável na sociedade, sob a ótica sócio-ambiental e de

inclusão social”.

As macro-atividades são: Disseminar a cultura e desenvolver projetos em

Responsabilidade Sociooambiental buscando a melhoria da qualidade de vida.

Os encargos da Responsabilidade Sócio-Ambiental são: “planejar ações em

responsabilidade socioambiental, implantar e monitorar projetos e programas, desenvolver

projetos de inclusão social, representar a Cooperativa perante aos órgãos externos e gerar

indicadores sociais do desempenho da Cooperativa”.

Os Objetivos da Responsabilidade Socioambiental da organização são:

• Integrar os processos da cooperativa que sustentam o eixo pela qualidade de vida do

público interno (cooperados e colaboradores), na busca pela eficácia na promoção do bem

estar físico psíquico e social – biopsicossocial.

• Contribuir para uma melhor qualidade de vida das gerações futuras.

• Gerenciar os impactos sociais e ambientais decorrentes do nosso negócio.

• Monitorar e avaliar os programas da Responsabilidade Socioambiental, visando

qualificá-los e profissionalizá-los, a fim de obter resultados que contribuam para a melhoria

contínua e sustentável dos municípios da nossa área de abrangência.

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A Responsabilidade Socioambiental da organização está sempre em conexão com o

Departamento de Recursos Humanos, utilizando nas impressões dos contra cheques e de

documentos o papel reciclável, com isso incentiva o cliente interno a também fazer parte desta

corrente e isso proporcionará benefícios à sociedade, e ao cliente final.

Aqui serão descritos as ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental que a

organização desenvolve e vem desenvolvendo, o intuito é demonstrar qual a função de cada

ação e projeto, qual a finalidade e qual o público alvo de cada um, pois desde que iniciou sua

ação de Responsabilidade Socioambiental a organização vem realizando inúmeras ações e

projetos e também apoiando diversos programas, ampliando cada vez mais o alcance das

atividades e das conquistas.

• CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Capital Criança

A organização em parceria com a Prefeitura Municipal de Florianópolis e outras

instituições, participa do Programa Capital Criança. A ação é realizada com as gestantes de

alto risco e as crianças de zero a nove anos, estas recebem consultas ginecológicas e

pediátricas de médicos especialistas (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

PROERD

O Programa Educacional de Resistência às Drogas tem o apoio da organização

operadora de planos de saúde em parceria com a Polícia Militar.A organização contribui na

promoção de atividades educacionais em sala de aula, da rede municipal, estadual e particular,

com o propósito de prevenir o uso de drogas e reduzir a violência entre os jovens da região da

Grande Florianópolis (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

• NOVOS TALENTOS

Junior Achievement

Em parceria desde 2001 com a entidade educativa filantrópica, Junior Achievement,

conta com a participação de colaboradores voluntários nos projetos em escolas públicas e

privadas. O objetivo é despertar no estudante o espírito empreendedor, estimulando o

potencial individual e de grupo (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

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Jovem Trabalhador

A ação oferece oportunidade de trabalho para jovens com bom desempenho escolar e

idade entre 16 e 17 anos e 11 meses, em convênio com a PROMENOR para as áreas

administrativas, Tecnologia da Informação e outras, em jornada de 4h/dia. Muitos acabam

tornando-se funcionários efetivos da Cooperativa (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

RCEE (Rede Catarinense de Empregabilidade Especial)

A organização é signatária da RCEE, que tem como objetivo discutir a possibilidade

de empregar homens e mulheres com deficiência e redução de mobilidade (DADOS DA

ORGANIZAÇÃO, 2010).

• TERCEIRA IDADE

Curso de Cuidadores de Idosos

O curso é anual, com orientações práticas e técnicas que têm como objetivo capacitar

pessoas para auxiliar o idoso ou doente acamado, e conta com apoio da ONG Soroptimista e

da Unicred Florianópolis (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

• MEIO AMBIENTE

Coleta especial

Coleta de pilhas, baterias de celulares e lâmpadas fluorescentes em lixeiras especiais e

encaminhados para tratamento em aterro industrial licenciado (DADOS DA

ORGANIZAÇÃO, 2010).

Selo Carbon Free

Através de parceria com a cooperativa Mãos na Mata, a o organização começou a

adotar medidas para compensar as emissões de gases de efeito estufa (GEE), decorrentes da

produção, impressão e distribuição dos 12 mil exemplares da Revista Saúde da operadora de

planos de saúde. A cada edição trimestral da Revista são plantadas árvores nativas no Sertão

da Lagoa do Peri, em Florianópolis, em parceria com o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Floram (Fundação Municipal do Meio

Ambiente) (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

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• CIDADANIA

Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade

Começou a apoiar este Movimento a partir deste ano de 2009, formado pela sociedade

civil, empresas e gestores governamentais que buscam meios para que as metas da ONU

sejam cumpridas até 2015 pelo Brasil (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

As metas foram adotadas por 193 países e são as seguintes:

1) Acabar com a fome e a miséria;

2) Educação básica de qualidade para todos

3) Igualdade entre sexos e valorização da mulher;

4) Redução da mortalidade infantil;

5) Melhorias na saúde das gestantes;

6) Combate à AIDS, malária e outras doenças;

7) Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente;

8) Todos trabalhando pelo desenvolvimento.

• INCENTIVO À CULTURA LOCAL

Teatros e Contos

Com o apoio da organização operadora de planos de saúde o grupo teatral Pé de

Vento, tem o objetivo de levar às crianças e adultos carentes, peças teatrais seguidas por

debates sobre prevenção e cuidados com a saúde, com apresentações em escolas públicas e

hospitais da região (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

Fundação Hassis

Com esta parceria a organização possui um espaço físico cultural dentro da Fundação,

tendo como objetivo expor peças de artes de cooperados e colaboradores e oferecer a

comunidade o contato com as artes plásticas, preservando o acervo do artista que conta com

obras em desenho, pintura, fotografia, slides, cinema e audiovisuais. Os convites atingem às

escolas públicas e particulares, universidades e faculdades, grupo de idosos, projetos de

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responsabilidade social, grupos da Universidade da Saúde, cooperados e colaboradores da

organização (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

• PÚBLICO INTERNO

Coral da Organização

Formado pelos funcionários, desde 2007, tem aproximadamente 45 vozes.

Em 2008 gravou o primeiro CD e em 2009 abriu inscrições para os familiares dos

colaboradores que queiram participar (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

Café com o Presidente

Promove a integração entre a Diretoria Executiva e os colaboradores. A cada mês o

projeto realiza um café da manhã onde alguns funcionários de setores variados interagem com

o Presidente, cada um expõe suas idéias e sugestões (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

Consumo consciente

Incentivo à utilização de canecas de porcelanas, onde cada colaborador possui a sua

que foi disponibilizada pela organização, para evitar o uso e descarte excessivo de copos

plásticos. Há também a Campanha de Coleta para reciclagem de pilhas, baterias de celulares e

lâmpadas fluorescentes (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

Coleta seletiva de lixo e Plástico reciclável

Ação para destinação correta dos resíduos sólidos. Todo o papel produzido na

organização é enviado para a Promenor, que o transforma em blocos para rascunho,

receituários, risque-rabisque, sacolas e outros. Há também o convênio com a Associação de

Coletores de Materiais Recicláveis, onde o plástico utilizado também será reciclado (DADOS

DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

Campanhas de Solidariedade

Os colaboradores são chamados a participar de diversas campanhas sociais no decorrer

de cada ano, entre elas destaca-se a coleta de agasalhos para os meses de inverno, a coleta de

alimentos para a distribuição em instituições carentes, e a arrecadação de vidros para

armazenamento de leite materno (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

SOS Santa Catarina

Contando com a solidariedade de seus colaboradores, cooperados e conselheiros, no

final de 2008, para os desalojados e desabrigados da enchente em Santa Catarina, realizou

algumas ações, dentre elas: (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

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73

• Instalou pontos de coleta de doações de roupas, alimentos, fraldas descartáveis e

cobertores;

• Organização de equipes de colaboradores para auxiliar a Defesa Civil na separação das

doações, no Corpo de Bombeiros;

• Cancelamento da confraternização de final de ano, de dirigentes e colaboradores, com

o repasse dos valores aos desabrigados;

• Desconto do valor referente a uma consulta por cooperado, com os valores destinados

às famílias prejudicadas.

• COOPERADOS

Programa de Valorização do Cooperado

Estimula a participação e a integração dos médicos nos eventos promovidos pela

organização, promovendo a efetiva aproximação da operadora de planos de saúde junto ao seu

Quadro Social. A ação premia, anualmente, o cooperado que participa da vida da organização,

auxiliando na sua gestão democrática (DADOS DA ORGANIZAÇÃO, 2010).

Núcleo de Desenvolvimento Humano

Responsável em oferecer capacitação aos cooperados, secretárias e administradores de

clínicas. Além disso, o Núcleo também auxilia na comunicação entre a organização e o seu

Quadro Social, encurtando distâncias e possibilitando uma maior interatividade. O objetivo da

operadora de planos de saúde é fazer com que os médicos entendam as suas diretrizes

fundamentais e seus diferencias no mercado de planos de saúde (DADOS DA

ORGANIZAÇÃO, 2010).

4.2 Análise dos Resultados – Pesquisa com o Cliente Interno

Neste tópico, serão apresentados os gráficos com as análises dos dados coletados e a

descrição de cada uma das questões abordadas. Para o desenvolvimento da pesquisa foi

utilizado um questionário para verificar a percepção e expectativas dos clientes internos com

relação às ações e projetos de responsabilidade socioambiental desenvolvido no contexto dos

objetivos de desenvolvimento do milênio, que serão demonstrados de forma quantitativa

através das perguntas realizadas, e uma entrevista com a líder de equipe da responsabilidade

socioambiental para verificar a visão da organização em relação ao assunto abordado.

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74

O questionário foi aplicado com as seguintes áreas: Divisão de Produção Médica

(DVPM); Divisão de Suporte Operacional (DVSO); Divisão de Compras e Contratos

(DVCO); Divisão de Relacionamento com o Cooperado (DVRCO); Equipe de Autorização

Presencial (EQAT); Divisão de Gestão de Pessoas (DVGP); Divisão de Serviços em TI

(DVST).

Pergunta 1 - Sexo:

Gráfico 1 - Sexo dos pesquisados Fonte: dados primários, 2010

No estudo do gráfico 1 pode-se identificar que 77% dos pesquisados pertencem ao

sexo feminino e 23% ao sexo masculino, concluindo que a grande maioria dos pesquisados

pertencem ao sexo feminino.

Pergunta 2 - Faixa etária:

64%

25%

7% 1% 3%

até 20 anos de 21 a 30 anos de 31 a 40 anosde 41 a 50 anos acima de 50 anos

Gráfico 2 - Faixa etária dos pesquisados

Fonte: dados primários, 2010 Após análise do gráfico 2, com relação a faixa etária observa-se que 64% estão entre

21 e 30 anos, 25% estão entre 31 e 40 anos, 7% estão entre 41 e 50 anos, 3% tem até 20 anos,

23%

77%Masculino Feminino

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75

e 1% estão acima de 50 anos. Conclui-se que a maioria dos pesquisados tem idades entre 21 e

30 anos, identificando que são funcionários relativamente jovens.

Pergunta 3 - Escolaridade:

14%

41%

34%

11%

Ensino médio Ensino superior incompletoEnsino superior Pós-graduado

Gráfico 3 - Escolaridade dos pesquisados

Fonte: dados primários, 2010

Com relação a escolaridade, pode-se identificar no gráfico 3 que 41% possuem ensino

superior incompleto, 34% possuem ensino superior, 14% possuem o ensino médio, e 11% dos

pesquisados são pós-graduados, percebe-se que o nível de escolaridade do público interno é

relativamente bom, sendo um ponto positivo para a organização.

Pergunta 4 - Quanto tempo trabalha na organização?

11%

58%

15%

16%

menos de 1 ano de 1 a 5 anos de 6 a 10 anos acima de 10 anos

Gráfico 4 - Quanto tempo trabalha na organização

Fonte: dados primários, 2010

Analisando o tempo de trabalho na organização em estudo, pode-se identificar, que

58% estão na organização entre 1 e 5 anos, 16% estão acima de 10 anos, 15% estão entre 6 e

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76

10 anos, e apenas 11% estão menos de 1 ano. Após a análise identifica-se que a maioria dos

pesquisados atuam na organização entre 1 e 5 anos.

Pergunta 5 - Em qual diretoria de gestão você pertence?

8%

56%

27%

4% 5%

DGAF DGOP DGCM DGES DGSP

Gráfico 5 - Em qual diretoria de gestão você pertence Fonte: dados primários, 2010

Observando os dados do gráfico 5 com relação a diretoria de gestão pode-se

identificar que, 56% atuam na (DGOP) Diretoria de Gestão Operacional, 27% estão na

(DGCM) Diretoria de Gestão Comercial e Marketing, 8% pertencem a (DGAF) Diretoria de

Gestão Administrativa e Financeira, 5% na (DGSP) Diretoria de Gestão de Serviços e

Suprimentos e 4% fazem parte da (DGES) Diretoria de Gestão Estratégica. Pode-se identificar

que dentre os pesquisados a maioria pertence a Diretoria de Gestão Operacional.

Pergunta 6 - O seu nível de conhecimento sobre a Responsabilidade Socioambiental

pode ser considerado como:

1%18%

55%

23%3%

Excelente Muito bom Bom Médio Baixo

Gráfico 6 - Nível de conhecimento sobre a Responsabilidade Socioambiental Fonte: dados primários, 2010

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77

Após verificar o nível de conhecimento do público interno com relação a

Responsabilidade Socioambiental, pode-se identificar no gráfico 6, que 55% tem um bom

conhecimento, 23% médio conhecimento, 3% tem baixo nível de conhecimento, e apenas 1%

tem um excelente conhecimento. Após a análise do gráfico exposto conclui-se que as maiorias

dos pesquisados possuem um bom conhecimento, com isso pode-se identificar que os

funcionários agregam mais valor para a organização.

De acordo com Ashley (2005) é de fundamental importância que o desenvolvimento

do conceito de responsabilidade social no Brasil, comece pelo caminho macro e permeável,

rumo ao diálogo entre as organizações e seus stakeholders e entre as instituições públicas

privadas e da sociedade civil organizada.

Pergunta 7- Em sua opinião, as ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental

realizados pela organização em estudo são considerados como:

35%

64%

1%

Muito importante Importante Pouco ImportanteIndiferente Desnecessário

Gráfico 7 - Opinião sobre as ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental

Fonte: dados primários, 2010

Observando a opinião do público interno com relação as ações e projetos percebe-se

que 64% identificam como importante, 35% muito importante, 1% como indiferente, e

nenhum dos pesquisados responderam que são pouco importante, e desnecessário. Mostra que

a maioria dos pesquisados acreditam que são importantes isso caracteriza que existe uma

grande expectativa em relação às ações e projetos realizados pela organização.

Investindo em projetos sociais, o retorno social de imagem e de mídia é os de maior

peso. A organização estreita laços com a sociedade e a comunidade, fortalecendo sua imagem,

e também obtém ganhos sociais expressivos, que se refletem no aumento do seu faturamento,

vendas e participação no mercado (MELO NETO; FROES, 2001).

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Pergunta 8 - Por meio de quê você obtém informações sobre as ações e projetos

realizados pela organização: (pode responder mais de uma opção)

26%

39%

30%

4% 1%

Site da organização Conectando E-mailSetor de RSA Gestores

Gráfico 8 - Informações sobre as ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental

Fonte: dados primários, 2010

Após identificar como o público interno obtém informações das ações e projetos,

verifica-se que 39% obtém informações através do conectando que é uma ferramenta

eletrônica onde são divulgadas semanalmente todas informações e noticias sobre o que

acontece na organização e também sobre assuntos relacionados a saúde, 30% recebem as

informações através do e-mail, 26% pelo site da organização, 4% pelo setor de

responsabilidade socioambiental, e 1% pelos seus gestores. Observa-se portanto que a maioria

obtém as informações através do conectando ferramenta que foi desenvolvida para o público

interno.

Pergunta 9 - Em sua opinião, como percebe, a comunicação feita das ações e projetos

de Responsabilidade Socioambiental para o público interno:

30%

45%

17%7% 1%

Excelente Muito bom Bom Médio Baixo

Gráfico 9 - Comunicação das ações e projetos para o público interno Fonte: dados primários, 2010

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Com relação a opinião do público interno sobre a comunicação das ações e projetos foi

identificado, que 45% consideram a comunicação boa, 30% percebem que é muito bom, 17%

entendem que a comunicação é médio, 7% identificam que é baixo, e apenas 1% consideram

como excelente. Concluindo que a maioria dos respondentes identificam a comunicação feita

pela organização como boa, mas é uma questão que merece mais a atenção da organização.

Na visão de Brum (1998), a possibilidade dos meios interativos e eletrônicos

transformarem a comunicação entre as empresas e seus funcionários é bastante grande.

Entretanto, é nas ações e instrumentos mais simples que o público interno encontra aquilo que

procura: a informação, o reconhecimento, e o estimulo necessário para um bom trabalho.

Pergunta 10 - Em sua opinião, as ações e projetos de Responsabilidade

Socioambiental realizados pela organização estão direcionados para:

14%

27%58%

1%

Público interno Cliente externo SociedadeCooperados Governo

Gráfico 10 - Para quem estão direcionados as ações e projetos

Fonte: dados primários, 2010

No estudo do gráfico 10, em relação ao direcionamento das ações e projetos percebe-

se que 58% identificam que são direcionados para a sociedade, 27% entendem que são para o

cliente externo, já 14% identificam que estão para o público interno, e 1% consideram para os

cooperados. De acordo com a opinião da maioria dos pesquisados as ações e projetos da

organização estão direcionados para a sociedade.

Pois segundo Ashely (2005) o principal motivo para uma empresa ser socialmente

responsável é que proporcione a ela consciência de si mesma e de suas interações com a

sociedade, pois num mundo onde a realidade de mercado muda constantemente, a empresa

precisa saber exatamente qual é a sua missão, e deve zelar por seus valores morais, da mesma

maneira que preza sua qualidade, suas marcas e seus produtos.

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Pergunta 11- Em sua opinião, as ações e projetos de Responsabilidade

Socioambiental realizados pela organização deveriam ser mais direcionados para:

8% 4%

70%

10%8%

Público interno Cliente externo SociedadeCooperados Governo

Gráfico 11- Para quem deveriam ser direcionados as ações e projetos

Fonte: dados primários, 2010

Com relação ao gráfico 11, sobre a opinião do público interno para qual stakeholders

as ações e projetos deveriam ser direcionados,70% dos pesquisados apontaram a sociedade,

10% os cooperados, 8% identificam o público interno, 8% o governo, e 4% consideram o

cliente externo. Constata-se que a sociedade é predominante dentre a opinião dos pesquisados

como também foi demonstrado no gráfico 10.

O compromisso para com a responsabilidade social nas organizações deve ser visível

para os seus stakeholders, expresso por meio de atos e atitudes que afetem positivamente, de

modo amplo e mensurável, acompanhando periodicamente seus indicadores a fim de verificar

a necessidade de ações corretivas ou preventivas (LOHN, 2009).

Pergunta 12 - Em sua opinião, quais ações e projetos de Responsabilidade

Socioambiental realizados pela organização você considera mais importante para: (P.I)

Público Interno; (CO) Cooperado; (SO) Sociedade; (C.E) Cliente Externo; (N.O) Negócio da

Organização; ou (N.C) Não Conheço. Essa questão pode assinalar mais de uma opção. No

total são 14 ações e 3 projetos.

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Gráfico 12 - Jovem Trabalhador

Fonte: dados primários, 2010

Após apresentar a questão 12, sobre a importância das ações e projetos pode-se

identificar com relação ao jovem trabalhador que 56% consideram a sociedade como mais

importante, 20% apontaram o negócio da organização, 14% o público interno, 7% o cliente

externo, 2% o cooperado, e 1% não tem conhecimento. Identifica-se que a sociedade foi

considerada mais importante para a ação jovem trabalhador.

Gráfico 13 - Curso de Cuidadores de Idosos Fonte: dados primários, 2010

Com relação ao curso de cuidadores de idosos, observa-se que 49% consideram a

sociedade mais importante, 26% o cliente externo, 12% o negócio da organização, 8% o

público interno, 3% o cooperado e 2% não tem conhecimento. Pode-se notar que no gráfico

exposto a sociedade teve a maioria das respostas.

Jovem Trabalhador

14%

2%

56%

7%

20%

1%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

Curso de Cuidadores de Idosos

8%

3%

49%

26%

12%

2%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

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Coleta Seletiva de Resíduos e Plástico Reciclável

20%

8%

48%

13%

11%

0%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

Gráfico 14 - Selo Carbon Free

Fonte: dados primários, 2010

No estudo do gráfico 14, percebe-se que na opinião dos respondentes com relação ao

Selo Carbon Free, 45% identificam que a sociedade como mais importante, 16% identificam

o negócio da organização, 13% o público interno, 10% consideram que o cliente externo, 10%

não tem conhecimento, e 6% identificam o cooperado. Constata-se que a sociedade foi

considerada mais importante para o Selo Carbon Free.

Gráfico 15 - Coleta de Resíduos e Plásticos Reciclável Fonte: dados primários, 2010

Para a ação coleta seletiva de resíduos e plástico reciclável 48% dos pesquisados

identificam a sociedade importante, 20% o público interno, 13% o cliente externo, 11%

consideram o negócio da organização, 8% o cooperado, todos os pesquisados conhecem esta

ação. Em relação ao gráfico apresentado identifica-se novamente a sociedade como sendo

mais importante.

Selo Carbon Free

13%

6%

45%

10%

16%

10%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

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Gráfico 16 - Fundação Hassis

Fonte: dados primários, 2010

Após analisar a Fundação Hassis pode-se notar que 28% identificam o público interno,

24% a sociedade, 23% o cooperado, 10% o negócio da organização, 8% o cliente externo, e

7% não conhecem. Percebe-se que o público interno foi considerado mais importante com

relação a esta ação desenvolvida.

Gráfico 17 - Café com o presidente Fonte: dados primários, 2010

Analisando o gráfico 17, café com o presidente, pode observar que 73% identificam

o público interno importante, 15% consideram importante para o negócio da organização, 8%

para o cooperado, 2% para a sociedade, 2% para o cliente externo, e nenhum dos pesquisados

Café com o Presidente

73%

8%

2%

2%

15%

0%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

Fundação Hassis

28%

23%

24%

8%

10%

7%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

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84

desconhece. Observa-se que com relação a esta ação o público interno teve a maioria das

respostas.

Gráfico 18 - Programa de valorização do Cooperado

Fonte: dados primários, 2010

Referente a análise do programa de valorização do cooperado identifica-se que 73%

responderam o cooperado como mais importante, 14% identificaram o negócio da

organização, 8% o público interno, 3% a sociedade, 1% o cliente externo, e 1% não conhece o

programa desenvolvido.

Gráfico 19 - Núcleo de Desenvolvimento Humano Fonte: dados primários, 2010

Com relação a análise do núcleo de desenvolvimento humano, 50% identificaram o

cooperado 17% o negócio da organização, 13% o público interno, 11% o cliente externo, 7%

Programa de Valorização do Cooperado

8%

73%

3%

1%

14%

1%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

Núcleo de Desenvolvimento Humano

13%

50%

7%

11%

17%

2%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

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a sociedade, e 2% desconhecem. Observa-se que referente a ação desenvolvida o cooperado é

considerado mais importante.

Gráfico 20 - RCEE Fonte: dados primários, 2010

De acordo com a opinião dos pesquisados percebe-se que a RCEE é considerada 52%

importante para a sociedade, 16% para o negócio da organização, 14% para o público interno,

8% não tem conhecimento, 7% para o cliente externo, e 3% para o cooperado. Identificando

que a sociedade como o stakeholder mais importante.

Gráfico 21 - Coleta especial Fonte: dados primários, 2010

De acordo com o gráfico 21 em relação a coleta especial identificam-se que 41%

consideram a sociedade importante, 23% o público interno, 15% o cliente externo, 12% para

RCEE ( Rede Catarinense de Empregabilidade Especial)

14%

3%

52%

7%

16%

8%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

Coleta Especial

23%

9%

41%

15%

12%

0%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

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86

o negócio da organização, 9% o cooperado, e nenhum dos pesquisados desconhece esta ação.

Constatou-se que no gráfico apresentado a maioria dos pesquisados consideram que a ação é

mais importante para a sociedade.

Gráfico 22 - Consumo Consciente Fonte: dados primários, 2010

Verificando os dados expostos, com relação ao consumo consciente, percebe-se que

34% identificam importante para a sociedade, 26% o público interno, 15% para o negócio da

organização, 13% o cliente externo, 11% o cooperado, e 1% desconhecem. Observa-se que

em relação ao consumo consciente a maioria respondeu como sendo importante para a

sociedade.

Gráfico 23 - Coral da organização

Fonte: dados primários, 2010

De acordo com a análise feita do Coral da organização, 50% identificam o público

interno importante 19% a sociedade, 13% o cooperado, 9% o negócio da organização, 8% o

Consumo Consciente

26%

11%

13%

15%

1%

34%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

Coral da Organização

50%

13%

19%

8%

9%

1%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

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87

cliente externo, e 1% não conhece. Conclui-se que no Coral da organização totalizando a

maioria dos pesquisados, consideram mais importante para o público interno.

Gráfico 24 – Incentivo à Cultura Local

Fonte: dados primários, 2010

Com relação ao incentivo á cultura local, observou-se que 43% identificam que a

sociedade é mais importante, 19% consideram o público interno, 15% o negócio da

organização, 12% para o cliente externo, 10% para o cooperado e 1% desconhecem. Pode-se

dizer que com relação ao incentivo á cultura local a maioria dos pesquisados consideram

mais importante para a sociedade.

Gráfico 25 – Campanhas de Solidariedade Fonte: dados primários, 2010

Campanhas de Solidariedade

10%

7%

54%

7%

21%

1%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

Incentivo à Cultura Local

19%

10%

43%

12%

15%

1%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

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Referente a análise obtida sobre as campanhas de solidariedade, constatou-se que 54%

dos pesquisados consideram importante para a sociedade, 21% para o negócio da organização,

10% para o público interno, 7% para o cliente externo, 7% para o cooperado e 1% não

conhece. Identifica-se que as campanhas de solidariedade na opinião dos pesquisados são

importantes para a sociedade.

Gráfico 26 - Projeto PROERD

Fonte: dados primários, 2010

Com relação ao projeto PROERD, constatou-se que 58% identificam importante para

a sociedade, 12% para o negócio da organização, 11% para o cliente externo, 10% para o

público interno, 7% para o cooperado e 2% não tem conhecimento. Verifica-se que a maioria

dos pesquisados considera o projeto PROERD mais importante para a sociedade.

Gráfico 27 - Projeto Capital Criança Fonte: dados primários, 2010

Capital Criança

5%

9%

61%

11%

12%

2%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

PROERD

10%

7%

58%

11%

12%

2%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

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Analisando o projeto capital criança, pode-se identificar que na opinião dos

pesquisados 61% consideram a sociedade como sendo mais importante, 12% identificam o

negócio da organização, 11% o cliente externo, 9% o cooperado, 5% o público interno e 2%

desconhecem este projeto. Pode-se observar que este projeto tem grande importância para a

sociedade

Junior Achievement

23%

6%

47%

10%

14%

0%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Negócio da organização

Não Conheço

Gráfico 28 - Projeto Junior Achievement

Fonte: dados primários, 2010

Analisando os resultados que foram obtidos sobre o projeto Junior Achievement

identifica-se que 47% das respostas apontaram a sociedade como importante, 23% indicam

que o público interno também é importante, 14% consideram o negócio da organização, 10%

o cliente externo, 6% o cooperado, nenhum dos pesquisados desconhece este projeto, isso traz

benefícios para a organização. Pode-se concluir que o projeto Junior Achievemente foi

considerado mais importante para a sociedade, mas também pode ser importante para o

público interno.

Para Rodrigues (2005) o interesse pela análise dos resultados das ações e projetos de

responsabilidade social deve ser, primeiro, da própria organização, que precisa prestar contas

aos seus stakeholders dessa estratégia de gestão em prol da comunidade e do governo que

cada vez mais vem se tornando parceiros mediante crescente concessão de incentivos fiscais.

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90

Pergunta 13 - O seu nível de conhecimento sobre os Objetivos de Desenvolvimento do

Milênio pode ser considerado como:

1% 4%

38%

35%

22%

Excelente Muito bom Bom Médio Baixo

Gráfico 29 - Nível de conhecimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Fonte: dados primários, 2010

Após analisar o nível de conhecimento do público interno com relação aos ODM’s

constatou-se que 38% consideram o seu nível de conhecimento bom, 35% possuem médio

conhecimento, 22% tem baixo nível de conhecimento, 4% consideram o conhecimento muito

bom, e apenas 1% tem um excelente conhecimento sobre os ODM’s. Observa-se que a

maioria dos pesquisados possui bom conhecimento.

Pergunta 14 - Em sua opinião os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são

considerados como:

46%

47%

3% 4%

Muito Importante Importante Pouco ImportanteIndiferentes Desnecessário

Gráfico 30 - Opinião sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Fonte: dados primários, 2010

Conforme apresentado no gráfico 30 sobre a opinião dos pesquisados em relação aos

objetivos de desenvolvimento do milênio, observa-se que 47% consideram importante, 46%

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identificam como muito importante, 4% consideram indiferentes, 3% consideram pouco

importante, e nenhum dos pesquisados consideram desnecessários. Percebe-se que 93% dos

pesquisados no mínimo consideram importantes.

Pergunta 15 -Em sua opinião qual (is) dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

apresentados, você considera importante para a organização trabalhar na Responsabilidade

Socioambiental com (P.I) Público Interno; (CO) Cooperado; (SO) Sociedade; (C.E) Cliente

Externo; (GO) Governo; e (N.O) Negócio da Organização; Nessa questão podia assinalar

mais de uma opção.

Gráfico 31 - Acabar com a fome e a miséria

Fonte: dados primários, 2010

Constata-se por meio do gráfico 31 sobre o ODM um acabar com a fome e a miséria,

que 43% dos pesquisados percebem importante trabalhar com a sociedade, 27% identificam

que deve-se trabalhar com o governo, 11% com o público interno, 8% com o cooperado, 6%

com o cliente externo, 5% juntamente com o negócio da organização. A sociedade foi

identificada como sendo o ator principal.

Acabar com a fome e a miséria

11%

8%

43%

6%

27%

5%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Governo

Negócio da organização

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Gráfico 32 - Igualdade entre os sexos e valorização da mulher Fonte: dados primários, 2010

Observa-se que nos dados obtidos no gráfico 32 com relação ao ODM dois igualdade

entre os sexos e valorização da mulher que 39% apontaram a sociedade importante para a

organização trabalhar, 20% identificam o público interno, 13% o governo, 11% o cooperado,

9% o cliente externo, 8% o negócio da organização. Identifica-se que a sociedade foi

considerada mais importante para ser trabalhada com as a ações e projetos da organização.

Gráfico 33 - Melhorias na saúde das gestantes Fonte: dados primários, 2010

Identifica-se com relação ao ODM três, melhorias na saúde das gestantes que 33%

identificam importante trabalhar com a sociedade, 18% juntamente com o governo, 16% com

o público interno, 13% com o cliente externo, 11% com o negócio da organização, e 9% com

Igualdade entre os sexos e valorização da mulher

20%

11%

39%

9%

13%

8%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Governo

Negócio da organização

Melhorias na saúde das gestantes

16%

9%

33%

13%

18%

11%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Governo

Negócio da organização

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o cooperado. Percebe-se que no ODM três, a sociedade foi considerada importante para ser

trabalhada juntamente com as ações e projetos desenvolvidos.

Gráfico 34 - Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente

Fonte: dados primários, 2010

Com relação ao ODM quatro, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente percebe-se que

40% consideram a sociedade importante para ser trabalhada nessa questão, 16% apontaram o

público interno, 15% o governo, 12% o cliente externo, 10% o negócio da organização, e 7%

consideram o cooperado. Nesta questão novamente foi constatado que a sociedade é mais

importante

Gráfico 35 - Educação básica de qualidade para todos

Fonte: dados primários, 2010

Visualizando o ODM cinco, educação básica de qualidade para todos constatou-se no

gráfico 35 que 36% dos pesquisados identificaram a sociedade mais importante, 35%

consideram o governo, 15% o público interno, 5 % o negócio da organização, 5% o

Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente

16%

7%

40%

12%

15%

10%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Governo

Negócio da organização

Educação básica de qualidade para todos

15%

5%

36%

4%

35%

5%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Governo

Negócio da organização

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94

cooperado, e 4% identificam o cliente externo. Neste gráfico pode-se constatar que houve

uma pequena diferença entre a sociedade e o governo portanto os dois são considerados

importantes para este ODM.

Gráfico 36 - Redução da mortalidade infantil Fonte: dados primários, 2010

Conforme apresentado no gráfico 36, com relação ao ODM seis Redução da

mortalidade infantil percebe-se que 45% apontaram a sociedade como o stakeholder mais

importante, 20% o governo, 11% o negócio da organização, 10% o cooperado, 8% o público

interno, e 6% o cliente externo. Observa-se que neste ODM a sociedade apontada pela

maioria dos pesquisados.

Gráfico 37 - Combate à AIDS, malária e outras doenças

Fonte: dados primários, 2010

Redução da mortalidade infantil

8%

10%

45%

6%

20%

11%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Governo

Negócio da organização

Combate à AIDS, malária e outras doenças

10%

15%

31%

20%

11%

13%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Governo

Negócio da organização

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Nota-se por meio do gráfico 37, com relação ao ODM sete, combate à AIDS, malária e

outras doenças, pode-se identificar que 31% consideram a sociedade como importante, 20%

identificaram o cliente externo, 15% o cooperado, 13% o negócio da organização, 11% o

governo, e 10% apontaram o público interno. Nessa questão pode-se notar que a maioria

considera a sociedade, mas as respostas foram bem dividas entre todos os itens abordados e

pode ser trabalhado um pouco com cada stakeholder apresentado.

Gráfico 38 - Todos trabalhando pelo desenvolvimento

Fonte: dados primários, 2010

Verifica-se com relação ao ODM oito todos trabalhando pelo desenvolvimento que

46% identificaram a sociedade mais importante para ser trabalhada, 14% consideram que é o

cliente externo, 14% o público interno, 11% o negócio da organização, 9% o governo, e 6%

apontaram o cooperado. Constatou-se que a sociedade foi considerada pela maioria dos

pesquisados. Percebe-se que com relação ao ODM oito a sociedade obteve a maioria das

respostas sendo considerada mais importante para se trabalhar.

Pergunta 16 - Em relação aos ODM’s apresentados, na sua percepção qual a

importância da organização trabalhar em suas ações e projetos de Responsabilidade

Socioambiental. Assinale o grau de importância para cada ODM apresentado. (M.I) Muito

Importante; (IMP) Importante; (P.I) Pouco Importante; (IND) Indiferente; (DESN)

Desnecessário.

Todos trabalhando pelo desenvolvimento

14%

6%

46%

14%

9%

11%

Público Interno

Cooperado

Sociedade

Cliente Externo

Governo

Negócio da organização

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Gráfico 39 - Acabar com a fome e a miséria Fonte: dados primários, 2010

Referente a análise obtida do gráfico 39, com relação ao grau de importância, 80%

consideram muito importante, 15% importante, 4% pouco importante, 1% desnecessário e

nenhum dos pesquisados considera desnecessário. Percebe-se que a maioria considera o ODM

um muito importante.

Gráfico 40 - Igualdade entre os sexos Fonte: dados primários, 2010

Com relação ao grau de importância do ODM 2 apresentado no gráfico 40 observou-se

que 56% apontaram como importante, 33% como muito importante, 9% consideram

pouco importante, 1% identificaram como indiferente, e 1% consideram desnecessários. A

maioria considera este ODM como importante.

Acabar com a fome e a miséria

80%

15%

4%

1%

0%

Muito Importante

Importante

Pouco Importante

Indiferente

Desnecessário

Igualdade entre os sexos e valorização da mulher

33%

56%

9%

1%

1%

Muito Importante

Importante

Pouco Importante

Indiferente

Desnecessário

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Gráfico 41 - Melhoria na saúde das gestantes Fonte: dados primários, 2010

Após identificar os resultados, constatou-se no gráfico 41, em relação ao ODM 3 que

58% apontaram como muito importante, 38% consideram importante, 3% entendem que é

pouco importante, 1% consideram desnecessário e ninguém considera indiferente. A maioria

considera muito importante.

Gráfico 42 - Q.V e respeito ao meio ambiente Fonte: dados primários, 2010

Constatou-se por meio do gráfico 42, que com relação ao ODM 4, 85% consideram

muito importante 14% consideram importante, nenhum dos pesquisados consideram pouco

importante e indiferente, e 1% entende que é desnecessário. Conclui-se que este ODM é

considerado muito importante para ser trabalhado.

Melhoria na saúde das gestantes

58%

38%

3%

0%

1%

Muito Importante

Importante

Pouco Importante

Indiferente

Desnecessário

Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente

85%

14%

0%

0%

1%

Muito Importante

Importante

Pouco Importante

Indiferente

Desnecessário

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Gráfico 43 - Educação básica de qualidade para todos Fonte: dados primários, 2010

Após analisar o ODM 5, identificou-se que 75% dos pesquisados consideram muito

importante, 22% consideram importante, 3% pouco importante, e nenhum dos pesquisados

identificou como indiferente ou desnecessário. Conclui-se que este ODM é considerado muito

importante.

Gráfico 44 - Redução da mortalidade infantil Fonte: dados primários, 2010

Verificando o grau de importância do ODM sete, percebe-se que 75% identificaram

como muito importante, 24% importante, 1% considera desnecessário, nenhum dos

Educação básica de qualidade para todos

75%

22%

3%

0%

0%

Muito Importante

Importante

Pouco Importante

Indiferente

Desnecessário

Redução da mortalidade infantil

75%

24%

0%

0%

1%

Muito Importante

Importante

Pouco Importante

Indiferente

Desnecessário

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pesquisados identificam pouco importante e indiferente. A maioria considera este ODM

muito importante.

Gráfico 45 - Combate à AIDS, malária e outras doenças Fonte: dados primários, 2010

Pode-se observar com relação ao ODM 8, exposto no gráfico 45, que 46% dos

pesquisados identificaram como muito importante, 39% como importante, 7% consideram

pouco importante, 5% consideram indiferente, e 3% entendem que é desnecessário.

Constatou-se que neste ODM o nível de importancia é considerado como muito importante.

Todos trabalhando pelo desenvolvimento

46%

39%

7%

5%

3%

Muito Importante

Importante

Pouco Importante

Indiferente

Desnecessário

Gráfico 46 – Todos trabalhando pelo desenvolvimento

Fonte: dados primários, 2010

Pode-se notar com relação ao ODM oito, após identificar as respostas obtidas constatou-

se que 46% consideram muito importante, 39% consideram importante 7% identificam pouco

Combate à AIDS, malária e outras doenças

84%

16%

0%

0%

0%

Muito Importante

Importante

Pouco Importante

Indiferente

Desnecessário

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100

importante, 5% consideram indiferente, 3% consideram desnecessário. A maioria considera

este ODM muito importante.

Pergunta 17 - Você tem interesse em participar das ações ou dos projetos de

Responsabilidade Socioambiental realizados pela organização?

71%

29%

Sim Não

Gráfico 47 - Interesse na participação das ações ou dos projetos realizados Fonte: dados primários, 2010

Pode-se observar com relação ao interesse na participação das ações e projetos

realizados exposto no gráfico 47, que 71% dos pesquisados tem interesse em participar das

ações e projetos de responsabilidade socioambiental realizados pela organização, já 29% não

tem interesse em participar. Percebe-se que a maioria dos pesquisados tem interesse em

participar, isso mostra que a organização tem funcionários dispostos a contribuir com o

próximo e com a responsabilidade social agregando mais valor à organização.

Entrevista com a Líder da Área de Responsabilidade Socioambiental

De acordo com a entrevistada sobre a questão das organizações desenvolverem ações

e projetos de responsabilidade socioambiental, a mesma entende que não é que deva

desenvolver ações e projetos de Responsabilidade Social, é uma escolha da empresa. Porém,

hoje cada vez mais as empresas estão sendo cobradas à desenvolver projetos e ações com a

comunidade onde está inserida.

A entrevistada entende que Responsabilidade Social é uma estratégia de negócio,

precisa fazer parte do negócio da empresa com os seus mais diversos públicos e de forma

ética e transparente. Complementa também que sobre a responsabilidade social fazer parte do

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101

negócio da organização depende muito de como a empresa define Resp. Social no seu

negócio, pois ainda se vê como ações de marketing social, mas isso está com os dias contados

pois a sociedade cobrará desta empresa posicionamento e veracidade das informações

divulgadas.

Ao responder ao questionamento, sobre a parceria entre os três setores para o

desenvolvimento da responsabilidade social ela entende que ainda não existe essa parceria, e

que os projetos e ações ainda são desenvolvidos de formas muito segmentadas. Os setores não

se conversam e ficam as instituições públicas e privadas desenvolvendo projetos e ações para

os mesmos públicos sem medir resultados.

No que diz respeito, sobre qual área da organização que a temática Responsabilidade

Social pode ter mais envolvimento, percebe-se que é muito relativo, depende da área que a

empresa deseja investir mais. A escolha é estratégica: se for público interno vai surtir

resultados no público interno, se comunidade a mesma coisa e assim sucessivamente. Se for

uma indústria onde o impacto ambiental é maior, com certeza vai trabalhar mais as questões

ambientais. Porém a literatura aponta para que as organizações comecem atuando com seu

público interno e familiares, mas nem sempre isso acontece.

As ações e os projetos de Responsabilidade Socioambiental desenvolvidos pela

organização são definidos da seguinte maneira, se for com a comunidade, a demanda vem da

comunidade e o projeto é avaliado pela área de RS e pelo diretor da área. Se for público

interno os projetos são internos e são definidos junto com o gestão de pessoas, clientes junto

ao marketing a área de clientes. Mas todas as ações e projetos não são desenvolvidos somente

pela área de Resp. Social sempre em conjunto com o diretor e as áreas envolvidas.

Pode-se dizer também que as ações e os projetos de responsabilidade socioambiental

hoje desenvolvidos agregam valor ao negócio da organização porque estão alinhados aos

interesses da organização dentro do seu negócio que é saúde e qualidade de vida.

Os que são considerados projetos hoje realizados são: Junior Achievement, Capital

Criança, e PROERD entre outros que estão em desenvolvimento.

Os funcionários recebem as informações sobre as ações e os projetos por meio do

boletim on-line, e-mail, marketing, revista para os funcionários, cursos e treinamentos para os

voluntários. O funcionário responde muito bem quando a área solicita apoio e envolvimento.

Quando questionada sobre a importância em desenvolver ações e projetos

direcionados aos ODM’s, percebe que não existem projetos específicos para os ODM’s. As

empresas desenvolvem, apóiam, fazem investimento em, projetos ligados ao seu negócio e

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102

contribuem para atingir as metas dos ODM’s. Vejo que seja fundamental, as empresas

agregarem em seus projetos indicadores que possam contribuir com os ODM’s.

Em relação aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a organização em estudo

já desenvolve projetos que contribuam para o alcance das metas, principalmente os objetivos

nº 3, 4, 5, 6 7 e 8, sendo estes projetos desenvolvidos não somente pela área de

Responsabilidade Social, mas também por outras áreas da organização.

Sobre os recursos financeiros destinados à área de Responsabilidade Socioambiental,

estes são definidos anualmente a partir dos resultados da empresa. Deste valor definisse uma

porcentagem que compõem o orçamento da Responsabilidade Social.

Considera-se que para as organizações conseguirem fazer com que a temática

Responsabilidade Social tenha mais envolvimento com os três setores e com o seu negócio é

preciso alinhar as estratégias e os interesses e principalmente trabalhar por políticas públicas

de interesse coletivo e desenvolvimento local e regional.

Após analisar a pesquisa realizada com o cliente interno da organização em estudo

conclui-se que possuem um conhecimento razoável sobre a temática responsabilidade social,

e que identificam as ações e projetos desenvolvidos como importantes, com relação aos

ODM’s constatou-se que consideram importantes mas ainda é uma questão que deve ser

revista pela organização pois é um assunto que ainda gera muitas dúvidas. Com relação às

ações e projetos, ainda existem muitos funcionários que desconhecem, sendo necessário fazer

um trabalho mais consistente nesta questão. A sociedade foi considerada em praticamente

todas as questões como o principal stakeholder a ser trabalho com as ações e projetos e

juntamente com os ODM’s, que também foram considerados muito importantes para serem

trabalhados na organização. Já na entrevista realizada com a líder de responsabilidade

socioambiental constatou-se que a organização tem a consciência de que a responsabilidade

social deve estar ligada ao negócio da organização e que deve sempre agir de maneira ética e

transparente perante seus stakeholders.

A análise da evolução da ação social das empresas demonstra que este é um fenômeno

em expansão em todo o mundo e, recentemente, no Brasil, onde as questões da pobreza e da

ética ultrapassaram as barreiras universitárias e impregnaram a vida cotidiana (RODRIGUES,

2005).

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103

4.3 Sugestões de Responsabilidade Social para a Organização

Com base nos estudos realizados, principalmente na pesquisa aplicada com os clientes

internos, e na entrevista com a pessoa responsável pela área de Responsabilidade Social e

pesquisas acadêmicas cientificas, sugerem-se algumas estratégias e projetos para a

organização de planos de saúde:

• Intensificar a divulgação das ações e projetos de responsabilidade socioambiental e

dos objetivos de desenvolvimento do milênio para o cliente interno, criando um programa de

endomarketing próprio, com área de responsabilidade socioambiental juntamente com a área

de gestão de pessoas para que o público interno receba noticias freqüentes sobre os

acontecimentos das ações e projetos desenvolvidos e também sobre os objetivos de

desenvolvimento do milênio através de palestras internas, cursos, e eventos internos e

externos demonstrando o objetivo e o direcionamento (público alvo) de cada ação e projeto e

de cada objetivo de desenvolvimento do milênio, começando um trabalho intensivo com os,

gestores, e líderes sobre a importância deste tema, para que divulguem e trabalhem

juntamente com suas equipes. Para Brum (1998), um programa de endomarketing bem

elaborado é capaz de tornar o funcionário mais comprometido com a nova postura da empresa

e com a modernidade, cada um em sua área de atuação e através do seu trabalho.

• Desenvolver parcerias com órgãos governamentais principalmente com as

prefeituras da grande Florianópolis e também o apoio de universidades para o

desenvolvimento de novos projetos e programas com o direcionamento aos ODM’s no qual

sugere-se implantar um programa de responsabilidade social com o nome “ODM FAZ”,

incluindo os ODM’s que fazem parte com o negócio da organização em estudo.

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Programa “ODM FAZ”

4. Redução da mortalidade infantil; Iniciar um trabalho nas escolas e creches públicas com crianças de 5 a 10 anos, realizando um projeto em parceria com a Secretária da educação que possibilite a realização de exames e orientação de uma melhor qualidade de vida e saúde das crianças.

5. Melhorias na saúde das gestantes; Disponibilizar para a sociedade e comunidades onde esta inserida, consultas periódicas e acompanhamento médico gratuito, realizando um projeto com informações de prevenção.

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6. Combate à AIDS, malária e outras doenças; Elaborar um projeto de prevenção para essas doenças com os clientes internos, externos e com a sociedade através da medicina preventiva, e em parceria com a área de Recursos Humanos.

7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente;

De acordo com dados do portal ODM, constatou-se que no ano de 2008, no município de Florianópolis foram identificados ocorrências impactantes observadas com freqüência no meio ambiente como: Assoreamento de corpo d'água; Escassez do recurso água; Poluição do recurso água; Poluição do ar; Degradação de áreas protegidas; e Contaminação do solo com isso percebe-se que é preciso dar mais atenção para esta questão com relação ao município de Florianópolis. Conscientizar a sociedade desta importância através de projetos com palestras e eventos sociais com parceria da prefeitura de Florianópolis e ONGs, iniciando um trabalho preventivo nas escolas públicas e privadas do município.

Quadro 11 - Programa ODM FAZ Fonte: dados primários e Portal ODM, 2010.

Estes objetivos foram identificados como principais a serem trabalhados pois têm

ligação com o negócio da organização em estudo, com isso pode trazer benefícios para a

sociedade e a comunidade onde está inserida, mostrando também a importância do

desenvolvimento desses e programas para todos os seus stakeholders.

• Rever o direcionamento de algumas ações desenvolvidas, pois algumas estão

direcionadas somente para o público interno, mas de acordo com a pesquisa realizada foi

identificado que são consideradas importantes para serem trabalhadas com a sociedade,

sugere-se rever algumas ações desenvolvidas como o consumo consciente, coleta de resíduos

e plástico reciclável e a coleta especial e transformar em um único projeto redirecionando

para a sociedade e ou comunidade onde está inserida.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os referenciais teóricos e os métodos utilizados, constata-se a

importância de aplicar a responsabilidade social fazendo parte do negócio da organização,

tendo em vista que pode propiciar um aumento da vantagem competitiva. Embora a

responsabilidade social atualmente seja um fator importante nas organizações, ainda observa-

se um elevado nível de desconhecimento no que se refere à aplicação e aos resultados que

pode gerar para a organização.

Os ODM’s representam uma grande evolução em relação a outros planos de

desenvolvimento mundial porque propõem uma agenda que engloba as dimensões econômica,

social e ambiental no qual cada país se propôs a contribuir para o alcance das metas

estabelecidas pela ONU. Além disso, incentivam a participação conjunta de cidadãos,

governos e sociedade para avançar rumo ao desenvolvimento humano. E o Brasil adaptou

algumas das metas estabelecidas, que foram consideradas importantes para a melhoria da

qualidade de vida de seus cidadãos. O governo federal por sua vez descentralizou recursos e

competências, passando aos municípios autonomia pela condução de diversas políticas

públicas para a concretização dos ODM’s, pois os municípios estando mais próximos da

população podem mais facilmente identificar as reais necessidades e saná-las.

O estudo propiciou uma pesquisa com os clientes internos, além de uma entrevista

com a pessoa responsável pela área de responsabilidade socioambiental da organização, no

qual possibilitou coletar informações importantes para o alcance dos objetivos propostos no

trabalho.

A pesquisa proporcionou informações importantes como o conhecimento da

responsabilidade socioambiental, a importância das ações e projetos desenvolvidos, o

conhecimento sobre os ODM’s, a importância dos ODM’s para vários stakeholders, o grau de

importancia de cada ODM. Pois entende que há uma necessidade das organizações em

demonstrar transparência para seus stakeholders sobre as ações e projetos de responsabilidade

social realizados, como também a importância de direcionar essas ações e projetos para a

sociedade, e com relação aos ODM’s pode-se perceber que apesar deste estudo ser recente já

existem muitas iniciativas por parte de organizações e até mesmo do governo para que as

metas propostas sejam atingidas.

O objetivo geral da pesquisa foi analisar a percepção e expectativas dos clientes

internos da organização operadora de planos de saúde da grande Florianópolis em relação às

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ações e projetos de responsabilidade socioambiental desenvolvidos o resultado deste objetivo

foi alcançado através de uma pesquisa realizada com o cliente interno e com uma entrevista

com a líder de responsabilidade socioambiental, sendo analisado que a maioria dos clientes

internos percebem que as ações e projetos desenvolvidos são importantes, e tem a expectativa

de que sejam direcionados para a sociedade, mas também constatou-se que uma parcela dos

clientes internos possuem um certo nível de desconhecimento perante as ações e projetos

desenvolvidos, e através da entrevista realizada identificou-se que a responsabilidade social

deve estar ligada ao negócio da organização e também relacionada com os seus diversos

públicos agindo sempre de forma ética e transparente.

O primeiro objetivo foi caracterizar a área de responsabilidade socioambiental da

organização em estudo, no qual foi demonstrado no capítulo quatro através da caracterização

da organização onde foi apresentado um breve histórico da organização, o organograma da

administração superior bem como todas as assessorias, departamentos, divisões e equipes e

alguns dados relevantes ao tema abordado.

O segundo objetivo, foi descrever as ações e projetos de responsabilidade

socioambiental desenvolvidos pela organização em estudo que foi demonstrado no capítulo

quatro, onde foram descritas todas as ações e projetos de responsabilidade socioambiental

desenvolvidos pela organização até o presente momento.

O terceiro objetivo, foi identificar a percepção e expectativas dos clientes internos

perante as ações e projetos de responsabilidade socioambiental desenvolvidos, foi identificado

que o cliente interno percebe que as ações e projetos estão sendo direcionados para a

sociedade, e também apontam que deveriam ser direcionados para a sociedade, mas não

identificam que várias destas ações estão também focadas para o público interno clientes

externos e cooperados, sendo assim, constata-se que falta melhorar a forma de divulgação

para o cliente interno, para que assim consigam identificar para qual público estão realmente

direcionados.

O quarto objetivo, foi identificar a percepção e expectativas dos clientes internos

perante os objetivos de desenvolvimento do milênio nas ações e projetos de responsabilidade

socioambiental desenvolvidos, constatou-se com relação aos ODM’s que ainda é preciso fazer

um trabalho de divulgação pois nem todos possuem conhecimento adequado, e percebe-se

que consideram importantes para serem trabalhados nas ações e projetos da organização

principalmente com a sociedade que foi apontada na maioria dos ODM’s como o principal

stakeholder a ser trabalhado.

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107

Constatou-se, que na opinião do cliente interno, dentre as ações realizadas pela

organização em estudo, a maioria foram consideradas importantes para a sociedade, e dentre

os três projetos realizados todos foram considerados importantes também para a sociedade.

Verifica-se que a sociedade é o ator principal que organização deve direcionar as suas ações e

projetos, constatou-se também que somente algumas ações são realmente direcionadas para a

sociedade.

Com relação, aos objetivos de desenvolvimento do milênio, observou-se que o cliente

interno tem um bom conhecimento sobre este assunto, e que considera importantes, mas ainda

precisa melhorar a divulgação para este assunto, pois muitos não possuem conhecimento

adequado, pode-se perceber que neste item a sociedade também foi identificada como o ator

mais importante para a organização trabalhar na área de responsabilidade socioambiental,

verificando que a organização em estudo deve direcionar os ODM’s para a sociedade,

principalmente os ODM’s, nº quatro redução da mortalidade infantil nº cinco melhorias na

saúde das gestantes, nº seis combate à AIDS, malária e outras doenças, e nº sete qualidade de

vida e respeito ao meio ambiente, pois estes estão ligados ao negócio da organização.

Na entrevista realizada, identificou-se que a organização compreende qual é o seu

papel perante seus stakeholders e percebe que as ações e projetos de responsabilidade

socioambiental realizados precisam estar alinhados aos interesses da organização e ligados ao

seu negócio que é saúde e qualidade de vida, e no que diz respeito aos ODM’s a organização

já está começando a fazer a sua parte agregando em seus projetos indicadores que possam

contribuir com os ODM’s, mas a organização ainda precisa investir em mais projetos

direcionados para a sociedade.

Percebe-se que a organização operadora de planos de saúde, é uma organização

consciente e responsável, mas ainda precisa fazer alguns ajustes com relação a

responsabilidade socioambiental e suas ações e projetos, pois observa-se que, ainda existem

funcionários que não tem conhecimento sobre algumas ações e projetos importantes que são

desenvolvidos na organização, por isso identifica-se que é preciso divulgar melhor e mostrar

identificar para qual público estão direcionados pois nem todos conseguem exatamente

identificar para qual stakeholder, cada ação e projeto estão direcionados.

Diante do exposto, conclui-se ao final deste estudo, que os objetivos geral e

específicos foram alcançados, através da pesquisa e da entrevista realizada, conseguiu-se

obter os resultados que foram descritos e demonstrados através dos gráficos, e que

identificaram a percepção e expectativas do cliente interno com relação as ações e projetos de

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responsabilidade socioambiental desenvolvidos no contexto dos objetivos de desenvolvimento

do milênio.

Como sugestão para trabalhos futuros recomendo elaborar uma pesquisa externa com

a sociedade e ou comunidade onde está inserida, e procurar identificar qual são os maiores

problemas sociais existentes, e em cima desses problemas criar um roteiro para o

desenvolvimento de novas ações e projetos de responsabilidade socioambiental, relacionando

com os ODM’s com o intuito de solucionar os problemas identificados.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Questionário com o cliente interno

Caro respondente, com o objetivo de analisar as ações e projetos de Responsabilidade

Socioambiental desenvolvidos pela organização em estudo, bem como o estudo dos Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio para a Responsabilidade Social, pretende-se por meio deste

questionário avaliar o conhecimento e informações do cliente interno sobre a temática

Responsabilidade Social. Neste sentido, solicita-se que responda com atenção o questionário abaixo.

Este questionário é parte integrante do trabalho de Monografia desenvolvido pela aluna Wetscera

Vivan Bin, do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Campus de São

José, Santa Catarina.

1. Sexo

( ) Masculino ( ) Feminino

2. Idade

( ) até 20 anos ( ) de 21 a 30 anos ( ) de 31 a 40 anos ( ) 41 a 50 anos ( ) acima de 50 anos

3. Escolaridade

( ) Ensino médio ( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior ( ) Pós - Graduado

4. Quanto tempo trabalha na organização:

( ) menos de 1 ano ( ) de 1 a 5 anos ( ) de 6 a 10 anos ( ) acima de 10 anos

5. Em qual Diretoria de Gestão você pertence?

( ) DGAF ( )DGOP ( )DGCM ( ) DGES ( )DGSP

6. O seu nível de conhecimento sobre a Responsabilidade Socioambiental pode ser considerado como:

( ) Excelente ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Médio ( ) Baixo

7. Em sua opnião, as ações e os projetos de Responsabilidade Socioambiental realizados pela organização em estudo são considerados como:

( ) Muito importante ( ) Importante ( ) Pouco importante ( ) Indiderentes ( ) Desnecessário

8. Por meio de quê, você obtém informações sobre as ações e projetos que são realizados pela organização: (pode responder mais de uma opção)

( ) Site da empresa ( )Conectando ( )E-mail ( )Setor de RSA ( ) Gestores

9. Em sua opinião como percebe, a comunicação feita das ações e projetos de Responsabilidade Socioambietal para o público interno:

( ) Excelente ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Médio ( ) Baixo

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10. Em sua opinião, as ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental realizados pela organização estão direcionados para:

( ) Público interno ( ) Cliente externo ( )Sociedade ( ) Cooperados ( ) Governo

11. Em sua opinião, as ações e os projetos de Responsabilidade Socioambiental realizados pela organização deveriam ser direcionados para:

( ) Público interno ( )Cliente externo ( )Sociedade ( ) Cooperados ( ) Governo

12. Em sua opinião, Assinale quais ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental realizados pela organização, você considera mais importante para: (PI) Público Interno; (CO) Cooperado; (SO) Sociedade; (CE) Cliente externo; (NO) Negócio da organização; ou (NC) Não conheço. (pode responder mais de uma opção).

P.I (Público Interno); CO (Cooperado); SO (Sociedade); C.E (Cliente Externo); N.O (Negócio da Organização); N.C (Não Conheço)

13. O seu nível de conhecimento sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – (ODM) pode ser considerado:

( ) Excelente ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Médio ( ) Baixo

Ações e Projetos

P. I

CO SO C.E N.O

N.C

Jovem Trabalhador (oportunidade de trabalho para jovens entre 16 e 17 anos e 11 meses, em convênio com a PROMENOR).

Curso de Cuidadores de Idosos (facilitar a vida das pessoas)

Selo Carbon Free (compensação as emissões de gases de efeito estufa).

Coleta seletiva de lixo e Plástico reciclável.

Fundação Hassis (espaço cultural para exposição de peças de artes de cooperados e colaboradores).

Café com o Presidente

Programa de valorização do Cooperado (estimular a participação e integração dos médicos nos eventos promovidos pela cooperativa)

Núcleo de Desenvolvimento Humano (capacitação aos cooperados, secretárias e Administradores de clinicas).

RCEE (Rede Catarinense de Empregabilidade Especial)

Coleta especial (pilhas,baterias, lâmpadas)

Consumo consciente

Coral UNIMED enCanta

Campanhas de Solidariedade

Incentivo à Cultura Local

Capital Criança (Projeto com o objetivo de reduzir a taxa de mortalidade infantil)

PROERD (Projeto de resistência às drogas e reduzir a violência entre jovens da região da Grande Florianópolis)

Junior Achievement (Projeto feito em escolas com o objetivo de despertar o espírito empreendedor dos alunos, envolvendo colaboradores voluntários.

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14. Em sua opinião os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio- (ODM) são considerados: ( ) Muito importante ( ) Importante ( ) Pouco importante ( ) Indiderentes ( ) Desnecessário 15. Em sua opinião, qual (is) dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio apresentados, você considera importante para a organização trabalhar na Responsabilidade Socioambiental com: (P.I) Público interno; (CO)Cooperado; (SO)Sociedade; (C.E)Cliente externo (GOV)Governo; (N.O)Negócio da organização; ou (N.C) Não conheço. Assinale os itens que achar necessário. (pode responder mais de uma opção). P.I (Público Interno); CO (Cooperado); SO (Sociedade); CE (Cliente Externo); GOV (Governo) N.O (Negócio da Organização).

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio P.I CO

SO C.E GOV N.O

1°: Acabar com a fome e a miséria 2°: Educação básica de qualidade para todos 3°: Igualdade entre sexos e valorização da mulher 4°: Redução da mortalidade infantil 5°: Melhorias na saúde das gestantes 6°: Combate à AIDS, malária e outras doenças 7°: Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente 8°: Todos trabalhando pelo desenvolvimento

16. Com relação aos ODM´s apresentados, na sua percepção qual a importância da organização trabalhar em suas ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental. Assinale o grau de importância para cada ODM apresentado. M.I(Muito Importante); IMP(Importante); P.I(Pouco Importante); IND(Indiferente);DES(Desnecessário)

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio M.I

IMP

P.I

IND DES

1°: Acabar com a fome e a miséria 2°: Educação básica de qualidade para todos 3°: Igualdade entre sexos e valorização da mulher 4°: Redução da mortalidade infantil 5°: Melhorias na saúde das gestantes 6°: Combate à AIDS, malária e outras doenças 7°: Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente 8°: Todos trabalhando pelo desenvolvimento

17. Você tem interesse em participar das ações ou dos projetos de Responsabilidade Socioambiental que a organização realiza: ( ) Sim ( ) Não

Obrigada pela sua colaboração e participação! Wetscera Vivan Bin

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APÊNDICE B – Roteiro de Entrevista

Roteiro de entrevista com a Líder Cleci Elisa Albiero responsável pela área de

Responsabilidade Socioambiental da organização em estudo. Esta entrevista é parte integrante do

trabalho de Monografia desenvolvido pela aluna Wetscera Vivan Bin, do Curso de Administração da

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Campus de São José, Santa Catarina.

1) Em sua opinião, as organizações em geral devem desenvolver ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental? Por quê?

2) Como você define Responsabilidade Social?

3) Em sua opinião, as organizações identificam a Responsabilidade Social como uma estratégia ao seu negocio ou ainda apenas como uma estratégia de marketing?

4) Na opinião, vem ocorrendo uma parceria entre o três setores para o desenvolvimento da Responsabilidade Social? Comente.

5) Em qual área da organização a temática Responsabilidade Social pode ter um maior e melhor desenvolvimento? Comente.

6) Como são definidos as ações e os projetos de Responsabilidade Socioambientais hoje desenvolvidos pela sua organização?

7) As ações e projetos de Responsabilidade Socioambiental hoje desenvolvidos agregam valor ao negócio da sua organização? Por quê?

8) Em sua opinião, dentre as ações e projetos hoje desenvolvidos pela organização quais realmente podem ser considerados projetos de Responsabilidade Social?

9) Como os clientes internos (funcionários) identificam e recebem as informações das ações e projetos de Responsabilidade Social da sua organização?

10) Em sua opinião, qual a importância das organizações desenvolverem projetos direcionados aos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio?

11) A sua organização tem interesse em desenvolver projetos que contribuam ao atingimento das metas do Milênio? Qual (is) objetivo (s) você identifica mais importante a organização inserir em seus projetos?

12) Como são definidos os recursos financeiros destinados à área de Responsabilidade Socioambiental da sua organização? E como você identificaria ser importante?

13) Em sua opinião, o que as organizações devem fazer para a temática Responsabilidade Social ter um maior envolvimento com os três setores e com o seu negócio?

Obrigada pela sua colaboração e participação! Wetscera Vivan Bin