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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO HABILITAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR LIANA MARTINS PUHL ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUES NA EMPRESA MARC’S BIJOUX ESTUDO DE CASO São José 2004

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR

LIANA MARTINS PUHL

ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUES NA EMPRESA MARC’S BIJOUX – ESTUDO DE CASO

São José 2004

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LIANA MARTINS PUHL

ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUES NA EMPRESA MARC’S BIJOUX – ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso - pesquisa teórico-empírica -

apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de

Bacharel em Administração da Universidade do Vale do

Itajaí.

Professor Orientador: Prof. MSc. Adm. Rosalbo Ferreira

São José 2004

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LIANA MARTINS PUHL

ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUES NA EMPRESA MARC’S BIJOUX – ESTUDO DE CASO

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Comércio Exterior da

Universidade do Vale do Itajaí, em 22 de junho de 2004.

Prof (a) MSc. Luciana Merlin Bervian Univali – CE São José

Coordenador (a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof. MSc. Adm. Rosalbo Ferreira Univali – CE São José Professor Orientador

Prof. M. Eng. Prod. Sadi Luiz Schoeler Univali – CE São José

Membro

Prof. M. Eng. Prod. Antonio José Bicca Univali – CE São José

Membro

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A toda família, em especial a minha avó, Dona

Wanda, por ter possibilitado a realização do TCC

na empresa. Pela compreensão e paciência pelos

dias em que fiquei ausente.

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Agradeço ao Teobaldo e Alexandre por possibilitarem a visita

em suas respectivas fábricas. Ao Vanderli, pela ajuda e

paciência. À Luciana, pela atenção dedicada. As pessoas que

de forma direta ou indireta acabaram contribuindo para a

realização de meu trabalho. Ao meu noivo, Sandro, por estar

presente em todas as horas em que precisei. Ao professor

Rosalbo Ferreira, por sua dedicação e carinho.

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A maneira de enxergar a vida é fundamental

porque influi nas atitudes e escolhas, programando

os resultados que terão no futuro.

Zibia Gasparetto

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo principal avaliar as políticas de gerenciamento de

estoques na empresa Marc’s Bijoux, através de um estudo de caso. Optou-se pela pesquisa

qualitativa-quantitativa, para a abordagem da pesquisa. Descritiva e explicativa ou

interpretativa para definir as finalidades da pesquisa. A pesquisa documental e estudo de caso

foram utilizados para coletar e analisar os dados e informações da empresa, pois a pesquisa

será com dados em documentos da empresa e baseada nos membros da família, que fazem

parte da administração da empresa. O estudo de caso servirá para detalhar à empresa

informações necessárias para a prática do dia-a-dia, mostrando a importância de realizar um

controle de estoques e com isso tendo base para cálculos e previsões para vendas e compras

futuras. Com a implantação do software adequado, a empresa terá controle financeiro,

bancário, cadastro de clientes, controle das vendas, controle de cada produto, valores

vendidos e entre outros. Fazer com que a empresa tome consciência e perceba a importância

destes controles e informações é a principal tarefa deste estudo de caso, pois a conscientização

terá que ser da empresa toda para que as tarefas possam ser executadas. Para que a gestão de

estoque possa se aperfeiçoar terá que ser investido em treinamento e pesquisa para poder dar

início ao inventário.

Palavras-chave: controle, gestão, estoque

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ABSTRACT

The present study aims mainly at evaluating the stock management politics at Marc’s Bijoux

enterprise by means of a case study. The qualitative–quantitative approach was used in the

research. Descriptive and interpretative approaches were used for establishing the objectives

of the study. Documental research and case study were for collecting and analyzing data and

information from the enterprise, since the research is carried out with basis on the family´s

documents and data who belong to the management staff. The case study aims at providing

the necessary information to carry out everyday tasks by demonstrating the importance of

having a stock control which serves as basis for the estimation and prevision of future

purchases and sales. With the adequate software implantation the enterprise can have total

control of finances, banking, client enrollment, sales, product and sale values among others.

The main purpose of this study is making the enterprise aware of the importance of such

control since such awareness will have to reach the whole enterprise so that the tasks can be

performed. Investment will have to be made in practice and research to make the beginning of

the inventory and the improvement of the stock management possible.

Key-words: control, management, stock

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Lista de ilustrações

Foto 1 e 2 – Loja Marc’s Bijoux – Varejo ...............................................................................xv

Foto 3 e 4 – Loja Marc’s Bijoux – Atacado .............................................................................xv

Foto 5 – Depósito......................................................................................................................34

Foto 6 e 7 – Liga 88 e fabricação dos moldes das peças ..........................................................36

Foto 8 – Processo de tirar as peças dos moldes .......................................................................36

Foto 9 – Processo de secagem das peças .................................................................................37

Foto 10 – Processo de polimento das peças .............................................................................37

Foto 11 – Processo de banho das peças ...................................................................................38

Foto 12 - Visão geral da fábrica ..............................................................................................39

Foto 13 e 14 – Máquina que produz o modelo dos moldes e um exemplo de molde

pronto ......................................................................................................................................39

Foto 15 – Máquina que produz o material solicitado pelo cliente ...........................................40

Foto 16 – Material utilizado para dar a pigmentação dos produtos .........................................40

Foto 17 – Sistema Deltacon .....................................................................................................41

Foto 18 - Sistema Deltacon ......................................................................................................42

Foto 19 - Sistema Deltacon ......................................................................................................42

Foto 20 - Sistema Deltacon ......................................................................................................43

Figura 1 – Organograma ..........................................................................................................44

Gráfico 1 – Análise da curva ABC ..........................................................................................47

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Lista de tabelas

Tabela 1 – Curva ABC de estoque ...........................................................................................46

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SUMÁRIO

Resumo .....................................................................................................................................................................vii

Abstract .................................................................................................................................................................. viii

Lista de ilustrações...................................................................................................................................................ix

Listas de tabelas.........................................................................................................................................................x

Identificação da empresa ....................................................................................................................................xiii

Histórico da empresa ..........................................................................................................................................xiii

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................16

1.1 Problema pesquisa ......................................................................................................16

1.2 Perguntas de pesquisa ou hipótese de pesquisa ..........................................................17

1.3 Objetivos .....................................................................................................................17

1.3.1 Objetivo geral...................................................................................................17

1.3.2 Objetivos específicos .......................................................................................17

1.4 Justificativa .................................................................................................................17

1.5 Apresentação geral do trabalho ...................................................................................18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................20

2.1 Compras ......................................................................................................................20

2.1.1 Quanto e quando comprar ................................................................................20

2.1.2 Compra Proativa ..............................................................................................21

2.1.3 Crescimento do Instituto Certificado de Compras e Suprimentos e

aumento da consciência geral da atividade de compras ...................................22

2.1.4 Vantagem Competitiva ....................................................................................22

2.1.5 Atividade do concorrente .................................................................................23

2.2 Compras Eletrônicas ...................................................................................................24

2.3 Princípios básicos para o controle de estoques ...........................................................24

2.4 Sistemas de controles de estoques ..............................................................................25

2.4.1 Sistemas das revisões periódicas ......................................................................25

2.4.2 Sistema duas gavetas ........................................................................................26

2.4.3 Sistema dos máximos – mínimos .....................................................................26

2.5 Classificação e codificação de materiais ....................................................................27

2.6 Função o objetivo de estoque ......................................................................................28

2.7 Curva ABC .................................................................................................................29

2.8 Ponto de pedido ..........................................................................................................30

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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS............................................................................. .....31

3.1 Caracterização da pesquisa .........................................................................................31

3.2 Contexto e participante: quem vai participar da pesquisa ..........................................32

3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados ......................................................32

3.4 Tratamento e análise dos dados ..................................................................................32

4 RESULTADO DO ESTUDO..........................................................................................33

4.1 Atual processo de compras da empresa ......................................................................33

4.2 Forma de controle dos itens em estoque .....................................................................33

4.3 Forma de classificação e codificação dos produtos ....................................................34

4.4 Reposição do estoque .................................................................................................35

4.5 Processo de fabricação das peças de metal e de material plástico .............................35

4.5.1 Empresa “X” ....................................................................................................35

4.5.2 Empresa “Y” ....................................................................................................39

4.6 A implantação do software .........................................................................................41

4.7 Estrutura organizacional da empresa ..........................................................................43

4.8 Análise da curva ABC de estoque ..............................................................................44

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................48

Referências...............................................................................................................................50

Anexos .....................................................................................................................................51

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Identificação da empresa

Razão Social: Wanda Harger Martins

CNPJ: 79.876.546/0001-60

Insc. Est. 251.482.197

Ramo de atividade: peças para montagem de bijuterias

www: marcsbijoux.com.br

Representante legal: Wanda Harger Martins

Cargo/função: proprietária

Endereço: Rua Felipe Schmidt

N.º: 390 Complemento: Galeria Comasa

Cidade: Florianópolis UF: SC CEP: 88010-001

Fone 1: (48) 2234293 Fone 2: (48)2242653

Data de fundação da empresa: 12 /09 /1989

Histórico da empresa

Proprietária de uma boutique de roupas chamada Corredor Modas, em sua residência, D.

Wanda sentia dificuldades em encontrar acessórios que combinasse com as roupas que

vendia. Então, com criatividade, passou a confeccionar e vender bijuterias em sua loja.

Percebendo o mercado na região, carente em bijuterias e acessórios, resolveu mudar o

ramo de atividade. Fundou em 12/09/1989 a “Marc’s Bijoux”, no bairro Kobrasol, município

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de São José, em Santa Catarina. O ramo de atividades passou a ser bijuterias, perfumaria e

presentes, sendo que as bijuterias eram produzidas por ela mesma.

Depois de algum tempo, seus clientes passaram a procurar as peças para montar

bijuteria, foi então que D. Wanda passou a vender peças de montagem, que atualmente é seu

principal produto de venda.

Em março de 1994, a Marc´s Bijoux mudou-se para o centro de Florianópolis, onde

permanece atualmente. Possui grande variedade em peças para montagem de bijuterias e

acessórios, sempre com novidades e acompanhando as tendências da moda. Atualmente a

empresa conta com duas lojas, uma no térreo para vendas a varejo e outra na sobreloja para

vendas no atacado.

Devido às crises financeiras no país, o desemprego cresceu muito, então a empresa

oferece através de seus produtos, uma alternativa de trabalho informal, que cresce cada vez

mais em nosso país, possibilitando um aumento na renda familiar.

Os clientes da Marc’s Bijoux atingem todas as classes sociais e todas as faixas etárias,

sendo assim, algumas pessoas utilizam a montagem de bijuterias como fonte de terapia

ocupacional. A montagem de bijuterias também é utilizada por algumas pessoas como lazer,

diversão e também como já citado, complemento da renda familiar.

A Marc’s Bijoux trabalha com variedade, possibilitando aos clientes opções para sua

criação. A empresa procura estar sempre atualizada, participando de feiras e desfiles.

Com relação à concorrência, ela existe e está bem evidente, pois a bijuteria está cada

vez mais nas tendências da moda, muitas vezes tornando parte principal de uma roupa, dando

um visual bem mais atraente a roupa feminina. Por causa disto, a empresa procura investir

muito em qualidade, preços acessíveis ao mercado, variedade, negociando com fornecedores.

A maioria dos nossos modelos são desenvolvidos pela empresa, sendo durante um certo

tempo de exclusividade da empresa, para depois serem distribuídos pelo grande mercado

dessa área.

Além das duas lojas, varejo e atacado, a empresa conta também com uma loja virtual,

onde as vendas pela internet atingem todo os Estados brasileiros e já começou a atuar em

alguns países no exterior, como Argentina, Portugal, Espanha e Suécia.

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Por ser uma empresa familiar, todas as decisões na empresa são tomadas pelos membros

da família.

A seguir, pode-se observar as fotos da empresa, sendo as duas primeiras a matriz, ou

seja, com vendas no varejo e em seguida, a filial, com vendas no atacado.

Foto 1 e 2 - Loja Marc's Bijoux - Varejo

Fonte: a empresa

Foto 3 e 4 - Loja Marc's Bijoux – Atacado

Fonte: a empresa

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema um estudo de caso na empresa Marc’s Bijoux, na

área de administração de materiais, sendo seu foco principal na gestão de estoques.

Os estoques são recursos ociosos que possuem valor econômico, os quais

representam um investimento destinado a incrementar as atividades de produção e

servir aos clientes. Entretanto, a formação de estoques consome capital de giro, que

pode não estar tendo nenhum retorno do investimento efetuado e, por outro lado,

pode ser necessitado com urgência em outro segmento da empresa, motivo pelo

qual o gerenciamento deve projetar níveis adequados, objetivando manter o

equilíbrio entre estoque e consumo. (VIANA, 2000, p. 144).

Os níveis de estoques devem ser sempre revistos e analisados diariamente, a fim de

evitar problemas no caso de aumento de consumo (VIANA, 2000).

Com a evolução da informática, o controle de estoques pode ser efetuado por

softwares adequados, conforme a necessidade da empresa.

Serão abordados durante o desenvolvimento do trabalho, na fundamentação teórica,

assuntos como compras, forma de controles de estoques, classificação e codificação dos

produtos, formas de reposição de estoques, ponto de pedido, curva ABC.

O motivo da escolha do tema foi devido à dificuldade em que a empresa tem em

controlar seus estoques, devido a grande variedade de itens que possui, para poder atender as

necessidades de seus clientes, já que trabalha com diferentes tipos e qualidades de produtos.

1.1 Problema pesquisa

Como a implantação de uma eficaz política de gestão de estoques pode contribuir nos

negócios da empresa?

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1.2 Perguntas de pesquisa ou hipóteses de pesquisa

A implantação de eficiente gestão de estoques na empresa irá contribuir ou melhorar o

gerenciamento e controle de estoque?

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral

Analisar as políticas de gerenciamento de estoques através de um estudo de caso na

empresa Marc’s Bijoux.

1.3.2 Objetivos específicos

- Conhecer o atual processo de compras da empresa Marc’s Bijoux;

- Identificar a forma de controle dos itens em estoques;

- Identificar a atual forma de classificação e codificação dos produtos;

- Identificar como é feita a reposição do estoque;

- Implementar um software adequado para o controle de estoques conforme a

necessidade da empresa;

- Identificar os itens da Curva ABC.

1.4 Justificativa

A realização da pesquisa é importante, porque poderá trazer muitos benefícios à

empresa analisada. O motivo da escolha do tema partiu através de um diagnóstico realizado

na empresa, sendo que foram identificados alguns problemas de ordem prática. O principal

problema identificado foi o controle de estoques, sendo este escolhido para desenvolver o

projeto de TCC – pesquisa teórico empírica.

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O acesso às informações facilita a prática do estágio na empresa, sendo este um

motivo a mais para a realização do projeto, uma vez que sempre a acadêmica está em contato

com a prática rotineira na empresa.

A importância em realizar este projeto partiu das dificuldades em controlar os estoques

e saber a quantidade real dos itens cadastrados, podendo facilitar o atendimento aos clientes,

aos fornecedores e também dentro do ambiente de trabalho.

Para a acadêmica será importante a realização da pesquisa, pois proporcionará maior

conhecimento sobre a área de administração de materiais, podendo ter grande importância

para a empresa, influenciando no seu crescimento e melhorando a qualidade de seus serviços

prestados ao consumidor; suprindo suas necessidades.

Para a UNIVALI, poderá contribuir com suas informações descritas no TCC, dando

oportunidade a outros acadêmicos de desfrutar do estudo de caso correspondente a gestão de

estoques; sendo base de pesquisa para outros temas ligados a área.

O estudo de caso contribui diretamente na aceitação da pesquisa pela empresa, pois é

de fundamental importância, já que a empresa não possui o controle de estoques. No caso de

ser implantado o controle de estoques na empresa, terá que ser feito um trabalho de

conscientização e treinamento entre os funcionários e pessoas responsáveis por esta área,

para demonstrar a importância e benefícios que trará para a empresa e para os próprios

funcionários a implantação do controle de estoques.

1.5 Apresentação geral do trabalho

O presente trabalho está organizado da seguinte maneira. No primeiro capítulo está a

introdução do trabalho, contendo informações gerais como problema de pesquisa, pergunta ou

hipótese de pesquisa, objetivos gerais e específicos e justificativa.

No segundo capítulo, a fundamentação teórica, abordando os temas relacionados com

a administração de materiais, mais diretamente com relação ao controle de estoque.

No terceiro capítulo, a caracterização da pesquisa, participantes da pesquisa,

procedimentos e instrumentos para a coleta de dados e tratamento e análise dos dados.

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Já o quarto capítulo descreverá os resultados do estudo de caso, como o processo de

compras, a forma de controle dos itens, a classificação e codificação dos produtos, a

implantação do software, a análise da curva ABC, processo de fabricação das peças de metal e

material plástico e o organograma da empresa.

O quinto capítulo trará as considerações finais de acordo com o desenvolvimento do

estudo de caso.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Será abordado na Fundamentação Teórica assuntos que dizem respeito a área de

administração de materiais e mais precisamente com a gestão de estoques.

Os principais temas abordados serão compras, controle de estoque, classificação e

codificação de materiais, curva ABC e ponto de pedido.

2.1 Compras

“A atividade de compras tem por finalidade suprir as necessidades da empresa

mediante a aquisição de materiais e/ou serviços, emanadas das solicitações dos usuários,

objetivando identificar no mercado as melhores condições comerciais e técnicas”. (VIANA,

2000, p.42).

Segundo Viana (2000, p.172) comprar também significa “procurar e providenciar a

entrega de materiais, na qualidade especificada e no prazo necessário, a um preço justo, para o

funcionamento, a manutenção ou a ampliação da empresa”.

Em períodos de maior demanda os atrasos de fornecimento podem comprometer a

entrega do produto final, sendo assim, as empresas acabem adquirindo estoques adicionais

para absorver as incertezas geradas pelos fornecedores.

Já para Baily, Famer, Jessop e Jones (2000, p.17) “as organizações estão fazendo mais

compras e gastando menos internamente com salários e despesas indiretas. Esse crescimento

tem aumentado a responsabilidade da área de compras”.

A concentração das compras está em poucos e grandes fornecedores, pois nem todos

conseguem acompanhar a evolução da tecnologia. As fusões de empresas estão dominando o

mercado, onde não é qualquer um que vai conseguir acompanhar essas transformações.

2.1.1 Quanto e quando comprar

O procedimento de compras está vinculado a uma política de suprimentos, na qual

estabelece-se parâmetros operacionais que provocarão estoques médios, onde predomina

alguns fatores, tais como: demanda, política de reposição, lote de compra, tempo de espera

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para a entrega dos pedidos, restrições impostas pela alta administração, hábitos e costumes do

consumidor, sazonalidade, moda, obsolescência técnica, estações do ano, épocas do ano,

preço e importância relativa, entre outros.

Para uma loja, como é exemplo do referido TCC, uma boa política seria comprar certa

quantidade e ficar esperando o resultado da venda para verificar qual é o giro da mercadoria.

Partindo-se de um estoque inicial, a demanda verificada é relacionada com esse estoque e

determina o giro.

Se a política da empresa é trabalhar com um determinado giro, levará a empresa a

comprar a quantidade correta e a formar seu estoque de segurança. (FRANCISCHINI e

GURGEL, 2002, p.40).

2.1.2 Compra Proativa

A área de compras é uma atividade de apoio fundamental ao processo produtivo,

sendo um sistema de redução de custos de uma empresa, por meio de negociações de preços,

na busca de materiais alternativos e de desenvolvimento de novos fornecedores. A busca de

parcerias é uma forma de comprar melhor e com qualidade negociando quantidades para

reduzir o custo dos estoques, evitando por sua vez, o desperdício.

À medida que o nível de atenção dedicado às compras e suprimentos aumenta, o trabalho tende a tornar-se mais estratégico, concentrando mais ênfase em atividades como negociação de relacionamentos a prazos mais longos, desenvolvimento de fornecedores e redução do custo total, em vez de faze-lo em rotinas de pedido e de reposição de estoques. (BAILY, FARMER, JESSOP e JONES, 2000 p.20).

As compras podem ser centralizadas ou não, dependendo do tipo de empreendimento.

Uma prática muito utilizada é ter um comitê de compras, no qual pessoas de todas as áreas da

empresa participam das decisões. Já em relação a descentralização, pode-se ter alguns ponto

importantes, tais como:

- Adequação, pelo fato do comprador possuir conhecimentos específicos ao exercer

sua atividade;

- Menor estoque, podendo desta forma atribuir suas atividades voltadas a variedades

de produtos;

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- Coordenação, maior contato com fornecedores, podendo atribuir suas necessidades

de acordo com a região;

- Flexibilidade, proporcionada pelo menor tempo de tramitação das ordens,

provocando menores faltas. (FRANCISCHINI e GURGEL, 2002, p.20).

2.1.3 Crescimento do Instituto Certificado de Compras e Suprimentos e aumento da

consciência geral da atividade de compras

No início dos anos 90, o Instituto de Compras e Suprimentos recebeu a certificação

real. Isso se tornou um marco no desenvolvimento da função compras e suprimentos, que

passou a ser considerada como uma atividade profissional. (BAILY, FARMER, JESSOP e

JONES, 2000, p.98).

A função de um comprador é tida e reconhecida como uma das mais importantes

dentro de uma empresa. Um comprador tem que ter ótimas qualificações, deve demonstrar

conhecimentos amplos com relação aos produtos que irá comprar. Deve estar preparado para

impor condições que tragam benefícios para a empresa e negociar com fornecedores tais

condições.

Os fornecedores com os quais serão gastos grandes somas de dinheiro serão aqueles

com que a organização manterá relacionamentos mais próximos.

2.1.4 Vantagem competitiva

A adequação da quantidade desejada, prazos de entrega e condições de pagamento que

permitam a empresa maximizar seus recursos e reduzir seus custos são vantagens que levam a

empresa a ir em frente no mercado e concederem benefícios a seus clientes, como preços mais

acessíveis, condições de pagamento mais flexíveis, qualidade em seus produtos.

Para Baily, Farmer, Jessop e Jones (2000, p.98) “os fornecedores precisam trabalhar

próximos aos funcionários da organização compradora para que possam desenvolver produtos

de maior qualidade e métodos para eliminar o desperdício”.

Ter um registro sobre os itens comprados pela empresa também é uma estratégia para

elaborar a forma de comprar os produtos para a empresa, pois irá eliminar os risco de

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esquecer de comprar um item; analisar os itens a serem comprados; permite o controle dos

itens mais utilizados na empresa; agilidade na hora de comprar de um fornecedor, evitando

custos desnecessários. (FRANCISCHINI e GURGEL, 2002, p.23).

Outro aspecto interessante na área de compras é a inversão de atitude que se processa

entre o comprador e o vendedor após a emissão de pedido feito pela empresa, pois o vendedor

que é sempre solicitante sofre pressões do comprador para chegar ás condições ideais para a

empresa e o comprador passa para uma fase de expectativa, cuidando para que os

fornecimentos sejam feitos e os prazos sejam cumpridos.

2.1.5 Atividade do concorrente

Não só a área de bijuteria, bem como todas as áreas que investem em moda e

inovação, precisam estar sempre acompanhando as mudanças e tendências de mercado. O

ritmo das mudanças tem estado muito acelerado, por isso as organizações devem estar

preparadas para desenvolver novas práticas e produtos de maneira rápida e eficaz.

Para poder acompanhar o ritmo dos concorrentes, as empresas devem fazer uso do

benchmarking1, pois o surgimento e criatividade de novas idéias é que fazem o diferencial.

(BAILY, FARMER, JESSOP e JONES, 2000 p. 99).

A tentação à especulação deve ser controlada, o comprador deve estar atento as

quantidades mínimas exigidas pelos fornecedores, não deixando levar pelo atrativo dos

descontos. O ideal é comprar o necessário para suprir as necessidades dos clientes, pois a

tentação de comprar maiores quantidades, para obter melhores preços é muito grande. Isso

pode acarretar grandes quantidades de volumes em estoques e em determinado tempo

tornarem-se itens obsoletos.

É necessário estar atento aos itens que apresentar defeitos de fábrica, pois se os

mesmos ficarem muito tempo armazenado sem que sejam utilizados e se percebam esses

defeitos, talvez seja difícil de providenciar a troca do material através do fornecedor, e esses

tens podem gerar um custo alto para a empresa.

1 Benchmarking: mensurar e avaliar as “melhores práticas” atuais, com o objetivo de igualar ou exceder o desempenho constatado. Não é copiar as outras organizações, mas sim aproveitar o que há de melhor nelas para objeto de estudo. (BAILY, FARMER, JESSOP e JONES, 2000).

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O controle da qualidade dos fornecimentos deverá ser feito com base contratual,

ficando mais fácil justificar qualquer devolução ao fornecedor, que não poderá contestar a

falta de qualidade detectada pelo recebimento. (FRANCISCHINI e GURGEL, 2002).

2.2 Compras Eletrônicas

A função de compras deve ser bem desenvolvida. O desenvolvimento do intercâmbio

eletrônico de dados ou mais precisamente Eletronic Data Interchange (EDI) é um exemplo.

O EDI é uma tecnologia para transmissão eletrônica de dados, via computadores, através de linha telefônica, modem e software específico para tradução e comunicação de documentos entre as empresas e os fornecedores. O EDI pode estar conectado aos fornecedores, clientes, bancos, distribuidoras e transportes, e as informações são transmitidas em tempo real, eliminando-se papéis , telefonemas, visitas e erros, proporcionando vantagens, tais como:

- redução nos custos de pedidos;

- rapidez nas informações;

- segurança e precisão no fluxo de informação;

- facilidade de ter os pedidos na empresa;

- fortalece o conceito de parcerias.

Este sistema permite que a relação entre fornecedor e cliente seja uma parceria firmada em longo prazo e permitindo que o processo de compra seja totalmente automatizado com redução de custo, maior eficiência, redução nos erros e desperdícios e melhor atendimento ao cliente. (POZO, 2002, p. 160).

O setor de compras tem responsabilidade preponderante nos resultados de uma

empresa em face de sua ação de suprir a organização com os recursos materiais para seu

desempenho e atender ás necessidades de mercado.

2.3 Princípios básicos para o controle de estoques

Conforme DIAS (1995, p.25), para organizar um setor de controle de estoques, deve-

se dar importância a algumas funções:

a) determinar “o quê” deve permanecer em estoque. Número de itens;

b) determinar “quando” se devem reabastecer os estoques. Periodicidade;

c) determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predeterminado; quantidade de compra;

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d) acionar o Departamento de Compras para executar aquisição de estoque (comprar);

e) receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades;

f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor, e fornecer informações sobre a posição do estoque;

g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; e

h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

O controle de estoque exerce influência muito grande na rentabilidade da empresa. Os

estoques absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras maneiras, desviam

fundos de outros usos potenciais e têm o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto

de investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque libera ativo e economiza o

custo de manutenção do inventário. (CHING, 2001, p.32).

2.4 Sistemas de controles de estoque

Descobrir fórmulas para reduzir estoques sem afetar o processo produtivo e sem o

crescimento dos custos é um dos maiores desafios que os empresários estão encontrando nesta

época. A maioria das grandes empresas não está mais enfatizando o “quanto”, e sim o

“quando”. (DIAS, 1995, p.126).

2.4.1 Sistema das revisões periódicas

A forma de controle dos itens em estoque é utilizada através do sistema de revisões

periódicas, que consiste na reposição do material periodicamente em ciclos de tempo iguais,

chamados períodos revisão. A quantidade pedida será a necessidade da demanda do próximo

período. Considera-se também um estoque mínimo de segurança e ele deve ser dimensionado

de forma que previna o consumo acima do normal e os atrasos de entrega durante o período

de revisão e tempo de reposição. A análise deverá ser feita considerando o estoque físico

existente, o consumo no período, o tempo de reposição e o saldo de pedido no fornecedor do

item. (DIAS, 1995, p.129).

“Uma periodicidade pequena entre as revisões acarreta um estoque médio alto e como

conseqüência um aumento no custo de estocagem e, uma periodicidade alta entre as revisões

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acarreta baixo estoque médio e como conseqüência um aumento no custo de pedido e risco de

ruptura”. (DIAS, 1995, p.130).

Para minimizar os riscos é importante definir o volume dos materiais a comprar; listar

os itens de uso comum para serem processados simultaneamente; executar uma compra única;

e efetuar compras e entregas programadas, optando pela determinação das periodicidades

mais convenientes das necessidades. (DIAS, 1995, p.130).

A avaliação de estoque objetiva controlar a quantidade de materiais em estoque, tanto

o volume físico quanto o financeiro. A avaliação de estoque anual deverá ser realizada em

termos de preço, para proporcionar uma avaliação exata do material e informações financeiras

atualizadas. A avaliação dos estoques inclui o valor das mercadorias e dos produtos em

fabricação ou produtos acabados. (BALLOU, 1993, p.161).

2.4.2 Sistema duas gavetas

O sistema duas gavetas é considerado o mais simples para controlar os estoques. Este

sistema é recomendado para a utilização das peças de classe C. O estoque que inicia o

processo é armazenado em duas caixas ou gavetas, a caixa “A” tem uma quantidade de

material suficiente para atender ao consumo durante o tempo de reposição, mais o estoque de

segurança e, a caixa “B” possui um estoque equivalente ao consumo previsto no período. O

material que chega do almoxarifado são atendidos pela caixa “B”; então quando a caixa fica

vazia, é sinal de que necessita ser feito outro pedido de compra. Para que o atendimento aos

clientes não seja interrompido, passa a ser utilizado o material da caixa “A”. (DIAS, 1995).

2.4.3 Sistema dos máximos – mínimos

O sistema máximos e mínimos são utilizados através das dificuldades para

determinação do consumo e pelas variações do tempo de reposição. O sistema consiste em

determinar o consumo previsto para o item desejado; fixação do período de consumo previsto

em determinada data; cálculo do ponto de pedido em função do tempo de reposição do item

pelo fornecedor; cálculos dos estoques mínimos e máximos e cálculo dos lotes de compra.

(DIAS, 1995).

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2.5 Classificação e codificação de materiais

A importância da classificação dos materiais proporciona um controle eficiente dos

estoques, procedimentos de armazenagem adequados e uma operacionalização do

almoxarifado de maneira correta. Para Dias (1995, p.176), “o objetivo da classificação de

materiais é definir uma catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização

e codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa.”

A especificação do material possibilita melhor entendimento entre o consumidor e o

fornecedor quanto ao tipo de material a ser requisitado.

Classificar um material é agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo, uso etc.

Um produto não poderá ser classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo

sendo este semelhante. Cada gênero de material deverá ocupar seu respectivo local. A

classificação dever ser de acordo com critérios adotados, de acordo com a semelhança, sem,

contudo, causar confusão ou dispersão no espaço e alteração na qualidade. (DIAS, 1995,

p.177).

Depois da classificação do produto, é feita a codificação, representada por números

e/ou letras com base em toda a classificação obtida do material. Os sistemas de codificação

mais comumente usados são: o alfabético, alfanumérico e numérico, também chamado

decimal. (DIAS, 1995, p.177).

O sistema alfabético está caindo em desuso, pois o material é codificado através de

uma letra, sendo utilizadas outras letras para preencher toda a identificação do material, torna-

se difícil sua memorização.

Já o sistema alfanumérico utiliza letras e números e permite maior número de itens em

estoque do que o sistema alfabético.

Conforme Dias (1995, p.178), “o sistema decimal é o mais utilizado pelas empresas,

pela sua simplicidade e com possibilidades de itens em estoque e informações

incomensuráveis”.

Conforme POZO (2002, p.183), “na codificação dos materiais e bens, poderemos usar

dois sistemas; um o alfanumérico e o outro o numérico”, também chamado decimal.

Sendo assim, tanto a classificação como as codificações dos materiais facilitam e

agilizam o processo do controle de estoques, por permitirem a organização dos itens de forma

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a agilizar no processo de compras, no caso de duplicidade de itens, facilitar a comunicação

interna da empresa e também no processo de atendimento ao cliente.

2.6 Função e objetivos de estoque

É impossível uma empresa trabalhar sem estoque, pois ele funciona como amortecedor

entre os vários estágios da produção até a venda final do produto. O objetivo das empresas

será de otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos

da empresa, minimizando as necessidades de capital investido em estoques. (DIAS, 1995,

p.19).

O tempo de reposição é o tempo gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto até a chegada efetiva do material no almoxarifado da empresa. Este tempo pode ser desmembrado em três partes:

a) emissão do pedido – Tempo que leva desde a emissão do pedido de compra pela empresa até ele chegar ao fornecedor;

b) preparação do pedido – Tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos, separar os produtos, emitir faturamento e deixa-los em condições de serem transportados;

c) transporte – Tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento pela empresa dos materiais encomendados. (DIAS, 1995, p. 58).

Na empresa o método utilizado para a reposição do estoque acontece através dos

materiais que são mais vendidos, onde os funcionários avisam a pessoa responsável de fazer

os pedidos que o material está acabando. Se for conveniente, o pedido é feito ao fornecedor,

se não, é feito o pedido de algum outro produto, outro modelo novo, que possa substituir o

antigo.

Não existe uma periodicidade de reposição nos estoques, pois como a empresa

trabalha com diversos tipos diferentes de materiais para a montagem de bijuterias, ela está

praticamente todos os dias recebendo algum produto.

Para que uma empresa possa ter um bom funcionamento e controle de seus estoques

ela necessita conhecer bem o ramo de seu negócio, bem como os materiais que utiliza; deve

examinar os fatores de obsolescência, mudanças de modelo, sazonalidades, perecibilidade e

evolução dos produtos; a operação deverá ter todas as suas características levantadas.

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A elaboração de fluxogramas, relatórios, levantamento físico, entradas e saídas de

mercadorias também são pontos importantes para a gestão de controle de estoque.

2.7 Curva ABC

A Curva ABC surgiu por volta do ano de 1897, elaborada por Vilfredo Pareto, na

Itália. Na área administrativa é utilizada para avaliação de estoques, produção, vendas,

salários e outros. No controle de estoques foi utilizada pela primeira vez na General Eletric,

por F. Dixie. Sua eficácia está na diferenciação dos itens de estoques com vistas a seu

controle e, principalmente , a seu custo.

A utilização da Curva ABC é vantajosa, porque se pode reduzir as imobilizações em

estoques sem prejudicar a segurança, pois ela controla mais rigidamente os itens de classe A

e, mais superficialmente, os de classe C. A classificação ABC é usada em relação a várias

unidades de medidas como peso, tempo, volume, custo unitário etc.

A Curva ABC divide-se em três categorias distintas, denominadas classes A, B e C.

Os itens de classe A são os mais importantes e que devem receber maior atenção, pois são os

itens em que são tomadas as primeiras decisões sobre os dados levantados e correlacionados

em razão de sua importância monetária. Já os itens de classe B correspondem os

intermediários, são os segundos em importância e os itens de classe C são os de menor

importância, embora volumosos em quantidade, mas com valor monetário reduzidíssimo,

permitindo maior espaço de tempo para a sua análise e tomada de ação. (POZO, 2002, p. 85)

Já (MARTINS e ALT, 2000, p.167) apresentam uma conclusão acerca da análise

ABC

[...] uma análise detalhada dos estoques é uma exigência que se faz a todo administrador de materiais. Não somente em decorrência dos volumes de capital envolvidos, mas principalmente pela vantagem competitiva que a empresa pode obter, dispondo de mais rapidez e precisão no atendimento aos clientes.

A análise ABC é uma das formas mais fáceis de se visualizar a evolução dos estoques.

Sua verificação normalmente é feita em seis meses ou um ano. Seus itens são classificados de

forma decrescente de importância.

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2.8 Ponto de pedido

Conforme Pozo (2002, p.59), o ponto de pedido “é a quantidade de peças que temos

em estoque e que garante o processo produtivo para que não sofra problemas de continuidade,

enquanto aguardamos a chegada do lote de compra, durante o tempo de reposição.”

Para Dias (1995, p.59), o ponto de pedido “quando o saldo disponível estiver abaixo

ou igual à determinada quantidade”, é quando determinado item necessita de um novo

suprimento.

De acordo com Martins e Alt (2000, p.101), o sistema do ponto de pedido ou lote

padrão “consiste em disparar o processo de compra quando o estoque de um certo item atinge

um nível previamente determinado. O ponto de pedido é calculado em função do consumo

médio e do prazo de atendimento”.

O ponto de pedido pode ser calculado da seguinte maneira:

PP = DM x TR + ESeg

ou seja,

PP = Ponto de Pedido

DM = Demanda ou consumo médio no período

TR = Tempo de Reposição

Eseg = Estoque de Segurança

Sempre que o ponto de pedido atingir um número determinado, emite-se um novo

pedido de compras, também em uma quantidade estabelecida.

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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Foram utilizadas para o levantamento das informações necessárias para a conclusão

deste trabalho a pesquisa em documentos da empresa; o levantamento das informações do

software; as informações com fornecedores e o site da empresa, bem como a pesquisa

bibliográfica.

3.1 Caracterização da pesquisa

A pesquisa será do tipo qualitativa-quantitativa, conforme Vergara (1998, p.57),

“pode-se usar estatística descritiva para apoiar uma interpretação dita subjetiva ou para

desencadeá-la”.

Para Goldenberg (1999, p.62), este tipo de pesquisa “permite que o pesquisador faça

um cruzamento de suas conclusões de modo a ter maior confiança que seus dados não são

produto de um procedimento específico ou de alguma situação particular”.

Também será utilizada a pesquisa descritiva, porque segundo Vergara (1998, p.45),

“expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Não tem

compromisso de explicar os fenômenos que descreve”.

A pesquisa explicativa ou interpretativa, pois conforme Vergara (1998, p.45), “tem

como principal objetivo tornar algo inteligível, justificar-lhes os motivos”.

Para coletar os dados será utilizada a pesquisa documental, que é a pesquisa realizada

em documentos conservados no interior da empresa, tais como, registros, circulares,

balancetes, comunicações informais, entre outros;

Estudo de caso, porque é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas como

uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa. Tem caráter de profundidade e

detalhamento.

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3.2 Contexto e participantes: quem vai participar da pesquisa

A amostra será composta por cinco pessoas, à qual todas elas estão envolvidas na parte

administrativa da empresa e com o estoque em geral.

De acordo com Vergara (1998, p. 49), esclarecem-se os critérios utilizados para a

seleção da amostra, sendo eles:

- por acessibilidade: seleciona elementos pela facilidade de acesso a eles e;

- por tipicidade: constituída pela seleção de elementos que o pesquisador considere

representativos da população-alvo, o que requer profundo conhecimento dessa

população.

3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Os dados (primários e/ou secundários) serão coletados através de observação direta e

indireta, análise de documentos, contatos com fornecedores, história da empresa.

3.4 Tratamento e análise dos dados

Os dados serão tratados e analisados de forma textual, de acordo com os objetivos

específicos citados.

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4 RESULTADOS DO ESTUDO

4.1 Atual processo de compras da empresa

Conforme já foi explicado anteriormente, quando é dectada a falta de algum produto é

avisado a pessoa responsável a solicitação do produto. A solicitação dos produtos é realizada

diretamente aos fornecedores, que vem até a empresa ou a empresa vai comprar os materiais

pessoalmente dos fornecedores.

Não existe uma periodicidade de pedidos, pois depende do movimento das vendas. A

empresa possui diversos fornecedores, haja visto que na falta de algum produto outro

fornecedor poderá suprir a necessidade da empresa e também, desta forma, poderá conseguir

melhores preços, qualidade e prazo de entrega, não dependendo de um só fornecedor.

Para realizar as compras de mercadorias, a gerente de compras realiza viagens

mensalmente, trazendo consigo parte das mercadorias e outra parte é despachada por

transportadoras. Como o período de compras é curto, normalmente três dias, na parte da

manhã são deixadas nas lojas listas do que está faltando e, na parte da tarde, é realizado o

fechamento das contas e decidido se a mercadoria será despachada por transportadora ou

seguirá viagem com a pessoa responsável.

A visita dos fornecedores a empresa já é mais tranqüila, pois são expostas as

novidades, tendências da moda, conforme as estações. O pedido é tirado conforme a

necessidade da empresa, são escolhidos banhos das peças, quantidades, a forma de negociação

de preços, entre outros.

A empresa exige uma certa exclusividade de seus produtos, já que o mercado vem

crescendo nesta área e a concorrência aumentando.

4.2 Forma de controle dos itens em estoque

O controle de estoques na empresa é feito empiricamente, sem a ajuda de

computadores.

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Cada funcionária é responsável por tipos de produtos diferentes e ela tem a

responsabilidade de controlar o que está faltando, ou seja, o que lhe cabe a sua parte, como

exemplo: plásticos, acrílicos, madeiras, cristais de vidro, strass, peças de metal, cordão, bases

de anel, entre outros produtos.

Detectada a falta de material, é passada a informação para a pessoa responsável pelas

compras da empresa, onde é encaminhado o pedido ao fornecedor ou a compra será feita

pessoalmente nas empresas fornecedoras.

Os itens em estoque são armazenados em caixas de papelão, distribuídos em

prateleiras, conforme o tipo de produto. Cada caixa contém uma amostra na parte da frente e o

código de seu cadastro para facilitar a identificação do produto.

Foto 5 – Depósito

Fonte: a empresa

4.3 Forma de classificação e codificação dos produtos

Os produtos são cadastrados no sistema do computador, são divididos por tipos de

materiais e classificados por grupos. A codificação é feita de forma numérica. Após definido

o grupo, os materiais são cadastrados no sistema. No sistema, cada produto ganha um código,

nome, preço, unidade de especificação.

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4.4 Reposição do estoque

A reposição do estoque é feita quando é efetuada a compra de materiais. Caso haja

algum produto novo, é criada uma nova caixa para este material. A reposição dos materiais

expostos à venda para os clientes podem acontecer durante o período de vendas ou após o

horário de expediente, com o encerramento das atividades de atendimento aos clientes.

4.5 Processo de fabricação das peças de metal e de material plástico

A visita às fábricas de dois fornecedores, uma sobre a fabricação de peças de metal

que fica situada no estado de São Paulo, a empresa “X”, e a outra empresa que fabrica

materiais plásticos, que fica situada no estado do Rio Grande do Sul, a empresa “Y”,

possibilitou o conhecimento mais específico sobre o processo de fabricação de materiais

utilizados para a confecção de bijuterias.

4.5.1 Empresa “X”

As peças de metal são desenvolvidas por pessoas da própria empresa e também por

seus clientes. Depois de feito o modelo da peça, este é desenhado num molde de borracha, a

mesma borracha que é utilizada para pneus de carro. A Liga 88, que é o material utilizado

para o processo de fundição das peças, passa por um processo em uma máquina que depois

vai para o molde.

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Foto 6 e 7 - liga 88 e fabricação do molde das peças

Fonte: fábrica de peças de metal

Espera-se aproximadamente uma hora para secar e depois começa o processo de

desmontagem para tirar as peças dos moldes e dar o acabamento.

Foto 8 - processo de tirar as peças dos moldes

Fonte: fábrica de peças de metal

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Após este processo as peças passam por um período de teste de resistência, onde ficam

em outro equipamento por doze horas, batendo em um líquido. Depois deste processo, é feito

uma lavagem nas peças.

Foto 9 - processo de secagem das peças

Fonte: fábrica de peças de metal

As peças passam pela fase do polimento e posteriormente para o processo de banho,

onde define a cor das peças.

Foto 10 - processo de polimento das peças

Fonte: fábrica de peças de metal

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As peças ficam submergidas nestes tanques, recebem primeiramente o banho níquel e

depois os outros banhos, que ficam a de acordo com a vontade do cliente. Os tipos de banhos

podem ser: níquel, níquel envelhecido, cobre, dourado e latão. Os tipos de banhos ainda

podem ser foscos e brilhosos.

Já existe também as peças pintadas, que podem ter diversas cores, como os tons azul,

rosa, branco, preto, entre outros.

Foto 11 - processo de banho das peças

Fonte: fábrica de peças de metal

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4.5.2 Empresa “Y”

Foto 12 - Visão geral da Fábrica

Fonte: fábrica de material plástico

A empresa também produz seus moldes, onde necessita de um material específico e de

maquinários especiais.

Foto 13 e 14 - Máquina que produz o modelo dos moldes e um exemplo de molde pronto

Fonte: fábrica de material plástico

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O processo de fabricação do material plástico é feito através de máquinas que parecem

uma estufa, elas trabalham em temperaturas elevadas e os moldes são encaixados dentro

destas máquinas de acordo com o material solicitado.

Foto 15 - Máquina que produz o material solicitado pelo cliente

Fonte: fábrica de material plástico

O material utilizado para definir a pigmentação dos produtos é um só, sendo que a

coloração é misturada neste material em quantidades tabeladas, conforme a solicitação do

cliente.

Foto 16 - Material utilizado para dar a pigmentação dos produtos

Fonte: fábrica de material plástico

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4.6 A implantação do software

Em meados de 2003 foi implantado um software, do sistema Deltacon na empresa,

podendo permitir o acesso a várias informações como, por exemplo, quanto é gasto por

produto; valor de custo; quantidade vendida por mês ou ano; percentual de valor; valor de

venda e entre outros.

O software implantado também permite o cadastro detalhado dos clientes,

fornecedores, produtos, vendas, parte financeira da empresa. A foto em seguida mostra como

pode ser feito o cadastramento de um produto.

Foto 17 - Sistema Deltacon

Fonte: a empresa

Em seguida, pode-se observar outro exemplo, a parte do controle bancário, onde se

pode fazer todo o controle de cheques, movimentação de contas, depósitos, que destino terá o

cheque, etc.

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Foto 18 - Sistema Deltacon

Fonte: a empresa

Logo abaixo, pode-se observar o cadastramento dos fornecedores, sendo todas as

informações mantidas nesta parte. Pode-se registrar aqui as informações como fatura,

despesas, devoluções de mercadorias e alterações de pedidos.

Foto 19 - Sistema Deltacon

Fonte: a empresa

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Na foto em seguida é exibida a janela de vendas de mercadorias no balcão. É utilizada

para consulta de mercadorias, preços, cadastramento de clientes e para somar os pedidos.

Foto 20 - Sistema Deltacon

Fonte: a empresa

Atualmente, o software é utilizado apenas para cadastro dos produtos, fornecedores e

clientes, mas se for utilizada todas as informações que ele dispõe, facilitará o atendimento ao

cliente; melhorará o setor de compras da empresa, pois as informações de cada produto serão

mais detalhadas, mostrando o que deve ser comprado ou não. Os funcionários poderão dar as

informações mais precisamente aos clientes e a empresa poderá obter maior controle das

informações que necessita para o desempenho do seu dia a dia.

4.7 Estrutura organizacional da empresa

A Marc´s Bijoux conta com trinta e quatro colaboradores, sendo uma proprietária;

Wanda Harger Martins, suas filhas; Leila M. Martins e Katiane R. H. Martins que são

responsáveis pelo setor de compras e design. Sua Nora, Luciana V. V. H. Martins, que cuida

da parte administrativa e setor financeiro da empresa. Seus netos, Liana M. Puhl e Marcos M.

Puhl que são responsáveis pela parte de vendas e setor bancário respectivamente.

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A empresa possui dezessete funcionários e onze estagiárias. Abaixo, pode-se observar

a estrutura organizacional da empresa.

Proprietária

Comprase

Design

GerenteGeral

GerenteAdministrativo

Setorde

Informática

AuxiliarAdministrativo

Vendedoras Estagiárias

Figura 1 - organograma

Fonte: a empresa.

4.8 Análise da curva ABC

Com base nos dado coletados, para análise da curva ABC, foram identificados 27

grupos, sendo os quais para a empresa os mais representativos.

Foi elaborada uma tabela com relação ao valor de venda dos produtos, contendo nesta

tabela a quantidade de itens, descrição dos grupos, quantidade vendida, valor de venda, ordem

prioritária de valores, percentual em relação ao valor de venda, percentual acumulado e por

último, a classificação ABC.

Foram adotados como critérios que:

- 20% dos itens, representando 5 itens, correspondem a R$ 26.973,13, que são

considerados os mais representativos para a empresa em valores financeiros, que

correspondem a classe A.

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- 30% dos itens, representando 8 itens, correspondem a R$ 7.929.74, que são

considerados menos representativos que a classe A em valores financeiros, que

correspondem a classe B.

- 50% dos itens, representando 14 itens, correspondem a R$ 2.643,25, que são

considerados menos representativos que a classe A e B em valores financeiros, que

correspondem a classe C.

Os dados para a realização da tabela foram do mês de março de 2004.

Em seguida, pode-se observar a tabela com os grupos e valores que foram utilizados

para a análise da curva ABC e o gráfico para obter melhor visualização dos resultados.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com a fundamentação teórica e com base nos resultados do estudo, conclui-

se que a empresa Marc’s Bijoux necessita rever algumas propostas e avaliar algumas

mudanças a serem feitas para o melhoramento de seu desempenho.

A empresa necessita fazer o controle de estoque no software, bem como o sistema

bancário e informações de cadastro dos clientes, pois facilitará as informações nos momentos

de extrema urgência e de tomada de decisão e evitará informações baseadas em suposições.

Outro ponto importante que foi observado, é investir em treinamento para os

funcionários e representantes da empresa, deixando bem clara a importância e colaboração de

todos para a realização das atividades.

Organizar-se melhor com relação a sua estrutura física, bem como materiais de

estoque e distribuição de seus funcionários é outra decisão a ser tomada.

Buscar a atualização e acompanhar o mercado, investindo em cursos, feiras, recursos

para melhoria do espaço físico, aperfeiçoamento da gestão administrativa da empresa são

sugestões que podem ser importantes para a permanência da empresa no mercado.

De acordo com a análise da curva ABC, pode-se observar quais grupos de produtos

são mais representativos para a empresa e pode-se ter mais noção do desempenho das vendas.

A empresa deve dar maior atenção aos itens da classe A, pois são os mais representativos em

valores financeiros para a empresa, tomando cuidado na hora da negociação, avaliando preços

e condições de pagamentos, bem como as quantidades a serem compradas. Não deixando

desmerecer os itens da classe B e C, que são itens essenciais para a empresa, na composição

das bijuterias a serem confeccionadas, dando a opção para o cliente escolher entre um

material ou outro, podendo optar pela qualidade dos produtos, já que a empresa trabalha com

variados tipos de produtos.

Com relação as compras eletrônicas, é mais uma opção para a empresa negociar seus

produtos, podendo ter contato direto com seus fornecedores, transportadoras e demais pessoas

e empresas que poderão estar envolvidas neste sistema.

O sistema de compras da empresa poderá ser melhorado após os produtos cadastrados

no software passarem a ser controlados pelo sistema.

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Conforme o resultado do estudo, ficou claro os pontos a serem revistos pela empresa,

dando maior atenção ao estoque, que necessita ter maior controle de seus produtos e dispor de

uma base de dados para a utilização de seu dia-a-dia.

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Referências

ARAUJO, Jorge Siqueira. Administração de Material. São Paulo: Pioneira, 1980.

BAILY, Peter et al. COMPRAS: princípios e administração. São Paulo: Atlas, 2000.

BALLOU, Ronald. Logística empresarial. Atlas, 1993.

CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada – Supply

chain. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

CONTANDRIOPAULOS, André-Pierre et al. Saber separar uma pesquisa: definição, estrutura, financiamento. 3. ed. São Paulo: Hucitec Abrasco, 1999.

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Uma abordagem logística.4.ed. São Paulo: Atlas, 1993.

______. Administração de Materiais. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de

Materiais e do Patrimônio. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: Como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. 3. ed. São Paulo: Record, 1999.

MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2000.

POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: Uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2002.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

VIANA, João José. Administração de Materiais: Um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.

http://www.marcsbijoux.com.br

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Anexos

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ANEXO A – Exemplos dos produtos vendidos na Marc’s Bijoux

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Pingentes

Pingente chapéu de palha LC381

lte. pve.

Pingente coração dos caracóis

Lc369 lte. pve.

Pingente hierarquia LL089 o. lt. nq.

nqvel. ouro

Pingente bastão RF 833 nq.

Pingente argola lisa PI 1990 nq.

Pingente argola c/coração 2059 nq.

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Plásticos

Entremeio acrílico 3 bolas 17

transparente

Entremeio plástico 18x21

níquel

Entremeio plástico bola 14

lisa níquel

Lentilha plástica níquel

Entremeio acrílico 39x11

branco

Lentilha plástica 2 furos fume

106

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Strass

Rivoli 29 vitrail medium

Strass 12 pacific opal

Strass 24 white opal

Strass grampado 16 cristal

(para costura)

Chatonex 20 cristal

Strass grampado 18 cristal

Chatonex 20 rose

Strass 08 lime

Strass 28 topaz

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Madeiras

Bola de madeira 08 mogno

Bola de madeira 04 marfim

envernizado

Missanga de madeira 08

mogno

Missanga de madeira 08

marfim

Falso pau Brasil

Semente flamboyant 20x05

Alça p/bolsa 31x21 marfim

Alça p/bolsa 27c33 marfim,

imbuia

madeira 5x4 oval imbuia

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Pérolas

Pérola 14 creme

Pérola 16 dourado claro

Pérola 14 bege claro

Pérola 08 marrom claro

Pérola 08 salmão

Pérola 12 grafite

Pérola 08 verde

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Pérola 16 marrom fosco

Pérola 14 prata 70444

Entremeios

Caneco de coração lte. pve.

Entremeio 4 sd PI2180 lte.

pve. nq.

Entremeio 7 sd folhac/flor

AB012 lte. pve. nq.

Entremeio de metal níquel

Caneco p/pingente ouro

envelhecido

Triângulo terço oval PI 0789

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Entremeio caneco CN41 pve.

lte.nq.

nq. ou.

Entremeio 3 saídas S1025 nq.

lte. pve.

Bases para brincos

Base p/brinco 2496 nq.

Base p/brinco 2502 nq.

Base p/brinco 2566 nq.

Base p/brinco anzol 1824 nq.

ou.

Base p/brinco 700950 nq. ou.

Base p/brinco 2131 nq.

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Base p/brinco 119 nq.

Base p/brinco CP 0098 nq.

Base p/brinco 110031 nq.

ANEXO B – Dados utilizados para a elaboração da Curva ABC

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ANEXO C – Fichas de orientação de estágio