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Universidade Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ESPORTES DE AVENTURA E ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS NA CIDADE DE LONDRINA - PR
Marlon Reis de Gregório
LONDRINA – PARANÁ
2008
MARLON REIS DE GREGÓRIO
ESPORTES DE AVENTURA E ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS NA CIDADE DE LONDRINA - PR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para sua conclusão.
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________
Prof. Ms. Tony Honorato Universidade Estadual de Londrina
______________________________________
Prof. Ms. Catiana Leila Possamai Universidade Estadual de Londrina
______________________________________
Prof. Esp. Anísio Calciolari Júnior Universidade Estadual de Londrina
Londrina, ____ de____________ de 2008
Somente o conhecimento não é suficiente. Somente quando o conhecimento alia-se a sabedoria é que uma pessoa pode atingir a vitória na vida. Sem
sabedoria, não se pode distinguir as pessoas boas ou más. (Daisaku Ikeda)
AGRADECIMENTOS
A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia.
Ao Professor Especialista Anísio Calciolari Júnior, orientador, braço
amigo de todas as etapas deste trabalho.
Ao meu pai Silvio, mãe Ana, meus irmãos Maiko e Nolan e namorada
Joyme, pela confiança e motivação.
Aos amigos Cauduro, Japanego, Rafinha, Bomba, Fabião, Pira,
Clayton, Jadinho, Pierce, Ricafardo, Modesto, Caveira, Afonso, Japinha, Picareli,
Brunei, Badão, ZP, Turcão, Felipe, Mel, Toika, Alas, Mélo, Dodô, Bona, Regi, Sagüi,
Rick, Fabinho, Jú, Juliana, Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e
todos do Clube de Aventura Norte do Paraná, além de muitos outros não citados,
mas que estão guardados na memória, pela força e pela vibração positiva em
relação a esta jornada.
A todos amigos professores e companheiros de classe da primeira
turma de Bacharelado em Educação Física da Universidade Estadual de Londrina,
pois em quatro anos juntos trilhamos uma etapa importante da história e de nossas
vidas.
Aos profissionais solicitados, pela concessão de informações valiosas
para a realização deste estudo.
A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e
finalização deste trabalho.
Aos que não impediram a finalização deste estudo.
GREGÓRIO, Marlon Reis de. Esportes de Aventura e Entidades Prestadoras de Serviços na Cidade de Londrina - PR. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2008.
RESUMO
Numa época em que o desenvolvimento tecnológico e as condições de vida no meio urbano parecem afastar as pessoas, cada vez mais, do convívio com a natureza, ao mesmo tempo em que o desenvolvimento econômico segue destruindo o meio ambiente em escala planetária é sintomático que um número crescente de pessoas procure passar momentos agradáveis e emocionantes junto à natureza. Esta dinâmica entre homem e natureza possibilita o confronto do indivíduo com suas próprias limitações e compreensão de seus comportamentos e escolhas, atingindo uma maior interação entre os processos de percepção e ação. Nesse sentido, podemos assistir ao surgimento dos Esportes de Aventura definido como atividades que levam o indivíduo a um alto grau de risco físico, dado às condições extremas de altura, velocidade ou outras variantes em que são praticados. Termos como aventura, emoção, ecologia, natureza e adrenalina são veiculados massivamente por campanhas publicitárias, revistas e artigos. Nesse contexto, os esportes de aventura surgem com um grande potencial de exploração para o mercado, pois com eles, estariam surgindo junto aos novos paradigmas centrados na auto-realização e melhora da qualidade de vida, a necessidade de substituir os sentimentos de competição, esforço e tensão, pelas características de incerteza e liberdade das atividades de aventura onde surge uma crítica ao racionalismo da modernidade. Com isso, o objetivo do trabalho foi identificar e descrever quais as práticas de esportes de aventura ofertadas pelas entidades prestadoras de serviços na cidade de Londrina – PR. A metodologia utilizada foi à pesquisa descritiva e bibliográfica. Considera-se que mesmo as entidades se apresentarem como clubes, escolas, associações, fato este que não às impedem de oferecer um serviço de qualidade onde se observam poucos profissionais de educação física atuando e profissionais de diversas áreas envolvidos com o esporte de aventura que surge como um campo de investigação acadêmica e atuação profissional para os atuais e futuros profissionais de educação física na cidade de Londrina-PR. Palavras-chave: Natureza; Esportes de Aventura; Profissionais de Educação Física;
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 01
2. METODOLOGIA................................................................................................02
2.1 Modelo de Pesquisa..........................................................................................02
2.2 Instrumento e Coleta de Dados.........................................................................02
3. A CARACTERIZAÇÃO DO ESPORTE DE AVENTURA: UMA QUESTÃO
CONCEITUAL ................................................................................................ 03
3.1 Homem e Natureza ......................................................................................... 05
3.2 Esporte de Aventura e o Risco Desejado ....................................................... 08
4. ESPORTES DE AVENTURA: UM MERCADO EM CRESCIMENTO E
EVOLUÇÃO................................................................................................................10
5. CARACTERIZAÇÃO DAS MODALIDADES ENCONTRADAS NAS
ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS ATUANTES NA
CIDADE DE LONDRINA-PR .......................................................................... 13
5.1 Terra ................................................................................................................ 13
5.1.1 Trekking .......................................................................................................... 13
5.1.2 Orientação ..................................................................................................... ..13
5.1.3 Arvorismo ...................................................................................................... ..14
5.1.4 Mountain Bike ............................................................................................... ..14
5.1.5 Bicicross ....................................................................................................... ..15
5.1.6 Escalada ....................................................................................................... ..15
5.1.7 Montanhismo ................................................................................................. ..16
5.1.8 Rapel ............................................................................................................. ..16
5.1.9 Canionismo ................................................................................................... ..17
5.2 Água ............................................................................................................. ..17
5.2.1 Canoagem ..................................................................................................... ..17
5.2.2 Rafting ........................................................................................................... ..18
54.3 Ar......... .......................................................................................................... ..18
5.3.1 Parapente ...................................................................................................... ..18
5.4 Corrida de Aventura ...................................................................................... ..19
6. EMPRESAS ENCONTRADAS NA CIDADE DE LONDRINA E SUAS
ATIVIDADES ........................................................................................................ 21
6.1 Clube de Aventura Norte do Paraná ................................................................. 21
6.2 Trilha Natural .................................................................................................... 21
6.3 Clube de Montanha Norte Paranaense ............................................................ 22
6.4 APPBI – Associação de Pais, Pilotos e Amigos do Bicicross ........................... 23
6.5 Escola de Parapente ........................................................................................ 24
7. CONSIDERAÇOES FINAIS..................................................................................25
REFERÊNCIAS........................................................................................................26
APENDICE I.............................................................................................................32 APENDICE II............................................................................................................33
1
1. INTRODUÇÃO
A idéia de elaborar este trabalho surgiu primeiramente do desejo que
carrego desde o ingresso no curso de Bacharelado em Educação Física em atuar
profissionalmente na área de esportes de aventura e posteriormente por constatar
uma carência de informações e investigações acadêmicas nesta área que
acreditamos possuir um grande potencial como campo de estudo e atuação dos
profissionais de educação física da cidade de Londrina, que parecem ainda não
ter assimilado o esporte de aventura, talvez por estas praticas serem recentes na
região e mesmo com seu crescente avanço na sociedade atual não despertaram a
atenção desses profissionais.
Nosso objetivo será identificar e descrever quais as práticas de
esportes de aventura ofertadas pelas entidades prestadoras de serviços na cidade
de Londrina – PR.
O primeiro capítulo deste documento apresenta uma discussão
sobre as questões conceituais e as características do esporte de aventura, a
relação do homem com a natureza e a busca pelo risco controlado inerente ao
esporte.
No capítulo seguinte abordamos questões sobre a expansão dos
esportes de aventura no mercado e na mídia e damos exemplos de empresas que
acompanham esse desenvolvimento.
O terceiro capítulo define a característica das modalidades de
esportes de aventura encontradas na cidade de Londrina.
E antes das considerações finais iremos descrever as entidades
prestadoras de serviço atuantes no ramo e suas atividades na cidade de Londrina.
2
2. METODOLOGIA 2.1 Modelo de Pesquisa
Pesquisa de natureza descritiva e bibliográfica, com analise
qualitativa dos dados.
Segundo THOMAS e NELSON (2002), a pesquisa descritiva é um
estudo se status e é amplamente utilizada na educação e nas ciências
comportamentais. O seu valor está baseado na premissa de que os problemas
podem ser resolvidos e as praticas melhoradas por meio da observação, análise e
descrição objetivas e completas.
MACEDO (1994), define pesquisa bibliográfica como sendo à busca
de informações bibliográficas, seleção de documentos, que se relacionam com o
problema de pesquisa (livros, verbetes de enciclopédias, artigos de revistas,
trabalhos de congressos, teses etc.) e o respectivo fechamento das referencias
para que sejam posteriormente utilizadas (na identificação do material
referenciado ou na bibliografia final).
2.2 Instrumento e Coleta de Dados
Como instrumento utilizamos um questionário estruturado com
questões abertas, o qual foi apresentado e respondido pessoalmente pelo
responsável de cada entidade.
Das muitas técnicas de pesquisa descritiva, a mais preponderante é
o questionário. O questionário normalmente tenta assegurar a informação sobre
as práticas presentes, condições e dados demográficos. Ocasionalmente, um
questionário solicita opiniões ou conhecimento, (THOMAS e NELSON, 2002).
3
3. A CARACTERIZAÇÃO DO ESPORTE DE AVENTURA: UMA QUESTÃO CONCEITUAL
Atualmente podemos assistir o surgimento e consolidação de novas
modalidades esportivas. Algumas reflexões e conclusões desenvolvidas pela
sociologia do esporte se aplicam a novas modalidades ao mesmo tempo em que
elas introduzem novos problemas e desafios a essas teorizações. Nesse sentido,
destacam-se os problemas conceituais são evidentes quando nos referimos a
práticas esportivas surgidas mais contemporaneamente, como os esportes de
aventura, onde as ciências sociais ainda não dedicaram tempo e esforço
suficientes para sua compreensão. Soma-se a isso, o caráter eminentemente
polissêmico inerente ao próprio conceito de esporte (DIAS e ALVES JÚNIOR,
2006).
Mudanças ocorridas na forma do esporte se manifestar socialmente
compõem uma nova configuração do fenômeno esportivo, sem com isso
descaracterizá-lo como tal, pois são apenas adequações e apropriações à própria
(re) configuração que a sociedade e todas as suas práticas culturais estão
sujeitas. A identidade diferenciada desses tipos de esportes de aventura na
natureza provém de aspectos práticos e materiais e, também, de sua dimensão
imaginaria ou simbólica, na qual a aventura aparece como uma cenografia e as
ações são subordinadas as percepções e riscos reais e imaginários (FEIXA,
1995). Em linhas gerais, apresentam-se as idéias de que são práticas baseadas e
motivadas por modelos corporais, objetivos, condições e espaços de práticas
diametralmente opostas aos ‘esportes tradicionais’ (BÉTRAN, 2003).
A contemporaneidade faz circular um sem-número de imagens,
saturando seu consumo em grande escala, encaminhando as pessoas a valorizar
o afastamento das rotinas obrigatórias às quais os indivíduos estão expostos no
cotidiano. A ruptura desse cotidiano com práticas corporais e de mudanças de
ambiente permite ao homem vivenciar uma sensação de liberdade e de agradável
regeneração das forças despendidas pelo estresse da vida diária. Todas as
empresas encaminham os atores a lugares paradisíacos, a um outro mundo cujo
4
acesso só é concedido a pessoas especiais, num tempo não comum em que
coexistem passado, presente e futuro (COSTA, 2000).
Os esportes de aventura são conhecidos pela busca por sensações
novas, com um caráter prazeroso, plenitude pessoal, evasão divertida e o contato
com a natureza. No início da década de 90, pode-se observar uma maior
esportivização dessas práticas, ou pelo menos, de grande parte desses “novos
esportes”, que tiveram uma crescente procura como forma de lazer na década de
70 (BETRÁN, 2003). De acordo com SCHWARTZ e CARNICIELLI FILHO (2006),
esta dinâmica entre homem e natureza possibilita o confronto do indivíduo com
suas próprias limitações e compreensão de seus comportamentos e escolhas,
atingindo uma maior interação entre os processos de percepção e ação.
Há um consenso por parte dos estudiosos (POCCIELO, 1995;
BETRÁN e BETRÁN, 1995) no que se refere ao período de 1970 como marco das
atividades de aventura, principalmente nos paises economicamente avançados,
cuja principal atividade difundida foi o surf. O final da década de 60 e início de 70 é
apontado como o período histórico que marca simbolicamente o início da ecologia
como um movimento social integrado e de alcance internacional. Do mesmo
modo, a expansão dos esportes na natureza é identificada neste período como um
novo comportamento esportivo em âmbito mundial.
Essas atividades requerem os elementos naturais para o seu
desenvolvimento, de formas distintas e especificas, despertando novas
sensibilidades, em diferentes níveis. As intensas manifestações corporais vividas
permitem que as experiências na relação corpo-natureza expressem uma tentativa
de reconhecimento do meio ambiente e de parceiros envolvidos, expressando um
reconhecimento dos seres humanos como parte desse meio (MARINHO, 2001).
Nesse tipo de vivência “está em jogo muito mais uma relação de contrato, de
negociação com os elementos da natureza, do que uma relação de domínio e
controle” (VILLAVERDE, 2001).
Para compreender melhor esta questão, é interessante observarmos
mais detidamente os anos sessenta, onde o mundo assistiu uma vertiginosa
proliferação do discurso de preservação do meio ambiente. E este discurso, assim
5
como todo o ideal que a ele se assemelha, nos parece ter sido incorporado no
perfil de várias práticas sociais, incluindo aí, algumas práticas esportivas.
Trata-se, hoje, de uma aventura eivada de sentidos lúdicos, uma vez
que a atitude dos sujeitos que vivem a aventura no esporte é tomada por um risco
calculado, no qual ousam jogar a si mesmos com a confiança do domínio cada vez
maior da técnica e da segurança propiciada pela tecnologia. Manifestam uma
audácia para poder desencadear esse risco, uma transgressão de limites
possíveis, autorizada pela confiança de ser capaz de fazer (lançar-se no espaço,
na profundidade, na imersão, na luta contra os obstáculos da natureza) associada
a um excitante e reconfortante prazer de realização (ilinx, vertigem) e de tê-lo feito
com muita competência (COSTA, 2000).
Esta tendência vem sendo adotada por grupos diversos em várias
partes do planeta e são geralmente associadas a experiências vivenciadas em
áreas naturais, sendo denominadas com terminologias diversas: esportes de
aventura, esportes californianos, esportes outdoor, esportes radicais e Atividades
Físicas de Aventura na Natureza – AFAN -, conceito que engloba de forma
provisória, as vivências possíveis na natureza. Na linha do paradigma ecológico,
suas práticas fundamentam-se na utilização de um modelo corporal hedonista e
em contato direto com o meio natural, no qual o corpo é um fim em si mesmo.
(BETRÁN, 2003).
Embora exista diversidade de interpretações, os esportes de
aventura na natureza podem ser razoavelmente entendidos como práticas que
aproveitam energias da natureza (gravidade, vento, ondas) e se fundamentam,
geralmente, em condutas motoras de deslizamento, equilíbrio e velocidade de
deslocamento sob circunstâncias controladas de risco, bases para a aventura
(BRUHNS, 2003).
3.1 - Homem e Natureza
Numa época em que o desenvolvimento tecnológico e as condições
de vida (trabalho, moradia, etc.) no meio urbano parecem afastar as pessoas,
cada vez mais, do convívio com a natureza, ao mesmo tempo em que o
6
desenvolvimento econômico segue destruindo o meio ambiente em escala
planetária é sintomático que um número crescente de pessoas procure passar
momentos agradáveis e emocionantes junto à natureza (MARINHO, 2006).
Podem-se observar diversas mudanças que se referem às atividades realizadas
pelos homens em relação aos espaços que ocupam. Estão se delineando
diferentes maneiras de o homem interagir com o ambiente e transformá-lo,
construindo novos significados sobre a temática envolvendo o homem e a
natureza (FERREIRA, 2003).
Uma abordagem bastante utilizada para entender a relação entre
homem e natureza destaca as transformações oriundas das idéias proclamadas
com o Iluminismo (séc. XVIII). A partir de então, a razão assume o controle da
produção de conhecimento. O homem passa a ver o mundo como uma grande
máquina, composta por partes isoladas, passíveis de análise, estudo e
compreensão. A sensibilidade é excluída da forma científica de conhecer o
mundo, assim como também se fortalecem as oposições homem/natureza,
sujeito/objeto, razão/emoção. Assim o homem (representando a razão) é o senhor
de todas as coisas (objetos) podendo manipulá-las, construí-las e destruí-las. O
conhecimento assume um caráter pragmático e, entre outros, institui-se uma
sociedade de consumo (ZIMMERMANN, 2006).
A questão da busca de esportes de risco e aventura pode ter uma
íntima relação com a lógica atual vivida na sociedade, no que se refere ao
aumento da incerteza política, econômica, social e cultural (COSTA, 2000). É
comum verificar a formação de grupos que conjugam interesses e desejos
semelhantes em torno dessas práticas, revelando emoções, sentidos, simbolismo,
dimensões culturais de vivenciar tais experiências. Estes, muitas vezes, buscam
em atividades de risco e aventura, o sentimento de glória, de vitória, de
superação. Além disso, a busca de uma identidade própria, de “ser diferente”, de
tentar ir de encontro aos preceitos de um mundo globalizado, canaliza motivações
para vivenciar os esportes natureza (BAHIA, 2005).
A modernidade se caracteriza por uma cultura corporal
fundamentada no esforço, na coletividade, na superação e no rendimento, sendo
7
esse máximo paradigma representado pelos esportes "coletivo" (desporto) e pelo
fitness. Nessas atividades prevalece o espírito competitivo, o corpo obediente, o
esforço, o sacrifício e a vontade de superação, que são características
necessárias ao bom trabalhador industrial (BETRÁN e BETRÁN, 1995). Práticas
alternativas podem funcionar, ainda que temporariamente, como forma de
suspensão das tensões sociais presentes no seu cotidiano, linearmente pré-
estabelecido, onde seu corpo convive com uma natureza que lhe é exterior, mas
que, porém é subordinada ao seu intelecto.
Em relação à aderência às diversas vivências dos esportes de
aventura realizadas, tal temática tem conhecido um forte crescimento nos últimos
anos, uma vez que esse desejo de reaproximação dos ambientes naturais pode
surgir, inclusive, como contraponto a um hábito de vida sedentário e a uma
sociedade longínqua aos aspectos naturais (SCHWARTZ e CARNICELLI FILHO,
2006).
A vivência de atividades intimamente ligadas à natureza vem se
tornando uma nova perspectiva no âmbito do lazer, no sentido do preenchimento
da inquietação humana em busca da melhoria da qualidade existencial,
especialmente na área da educação física, cujo universo tem se ampliado em
direção a novos segmentos de prática como os esportes de aventura que
oferecem a possibilidade de vivenciar sentimentos de prazer, em função de suas
características que promovem, inclusive, a ampliação do senso de limite da
liberdade e da própria vida, conforme evidenciado nos estudos de TAHARA e
SCHWARTZ (2002).
BRUHNS (1997) a este respeito acredita que hoje se vive uma fase
complexa, com perdas de valores e estilos de vida, vazio existencial e incômodo
permanentes. Busca-se algo desconhecido e indefinido, daí o interesse cada vez
maior em tais atividades, as quais estão centradas na aventura e no risco
controlado. Nesse pressuposto, os sujeitos envolvidos nas vivências junto à
natureza têm efetivas oportunidades de autodesafio e de rompimento com a
monotonia do dia-a-dia, pois o risco controlado pelo auxílio de dispositivos
utilizados nas práticas dos esportes de aventura, proporciona sensações,
8
emoções e percepções bastante diversas daquelas do cotidiano, associadas aos
sabores da aventura, do ineditismo, da novidade, que são características nessas
práticas.
3.2 Esporte de Aventura e o Risco Desejado
A partir das leituras realizadas, buscando uma diferenciação entre os
esportes tradicionais e o esporte de aventura, assumimos que sua mais
significativa diferença esta ancorada na busca pelo risco.
Para uma melhor contextualização sobre o risco, devemos mergulhar
no imaginário onde este se constitui através de discursos; na verdade, é uma
trama discursiva, passível de múltiplas interpretações, construído por uma rede de
sentidos que liga as diferentes representações e mitos (COSTA, 2000). O
imaginário possibilita o sujeito criar fantasias em torno das representações; ele se
constitui de representações periféricas e de estruturas profundas caminhando no
mundo das crenças (COSTA, 2000).
CAILLOIS (1958) baseia seu modelo para compreensão dos jogos
na intersecção de duas dimensões: as diferentes modalidades e o grau de
disciplinarização. Propõe quatro modalidades básicas de jogos: competição
(agôn); chance (alea); simulacro (mimicry); e vertigem (ilinx), as quatro
modalidades aparecem em duas formas: uma mais espontânea (ou primitiva) - a
paidia - e a outra mais regrada - o ludus. Os esportes na natureza, modalidades
de jogos que se enquadram tanto no ilinx – por seu forte componente de vertigem
– como no agôn, dado que muitas vezes assumem a forma organizada de
desafios competitivos. É nesse contexto que situamos o risco-aventura. Os
teóricos do risco, como MACHLIS e ROSA (1990), buscam incorporar essa
dimensão em seus esquemas tipificadores sob a denominação de risco desejado.
O risco desejado refere-se às "atividades ou eventos que têm
incertezas quanto aos resultados ou conseqüências, e em que as incertezas são
componentes essenciais e propositais do comportamento" (MARCHLIS e ROSA,
1990). Acatam, assim, a impossibilidade de compreender risco apenas na
9
perspectiva racionalizadora da análise de riscos, entendida como a triangulação
entre cálculo, percepção e gerenciamento dos riscos.
CSIKSZENTMIHALYI (1975) introduziu o conceito de flow para se
referir a um estado de concentração no qual as pessoas estão conscientes de
suas ações, mas não da consciência que têm delas. Esse conceito vem sendo
amplamente utilizado na literatura sobre experiências em modalidades variadas de
risco-aventura. Nas experiências de flow a ação e a consciência se fundem;
focalizam exclusivamente o momento presente. São ocasiões em que as pessoas
não temem o futuro e nem pensam no passado. A satisfação e o prazer derivam
dessa fusão. A experiência do flow desfaz-se sob o impacto da racionalização,
definida como "a infusão do método científico, da sofisticação tecnológica e do
gerenciamento racional" (MITCHELL, 1983). Esse autor refere-se, sobretudo, ao
risco-aventura comercial, onde importantes aspectos da ação passam para o
controle de monitores profissionais, esvaecendo a experiência de flow, ou seja,
quando mais regrada a ação, maior o componente de ludus e mais fugidia a
sensação de flow.
Trouxemos neste capitulo a discussão sobre risco, pois acreditamos
que o esporte de aventura é uma tendência à fuga do convencional e o risco
desejado e a busca pelo flow são os fatores que melhor caracterizam este
fenômeno.
10
4. ESPORTES DE AVENTURA: UM MERCADO EM CRESCIMENTO E EVOLUÇÃO
O esporte de aventura emerge num momento histórico caracterizado
pela aceleração tecnológica e outras transformações culturais relacionadas à
cultura de massa, nas quais os indivíduos estão imersos no cotidiano (FERREIRA,
2003).
Aparentemente, entre as muitas transformações que acompanham o
homem em sua construção histórica, o progresso tecnológico representou um
afastamento humano do meio natural e uma diminuição da necessidade de
movimentos amplos nas atividades do cotidiano. No contexto da modernidade,
com o afastamento do homem e de suas relações com os ambientes naturais, as
cidades cresceram, com isso limitou os espaços de liberdade. Adaptaram-se
também as formas de manifestação do lúdico; os brinquedos industrializados e as
brincadeiras "apropriadas" aos espaços disponíveis criaram uma "geração de
imobilização" (ZIMMERMANN, 2006). A natureza veiculada pela mídia parece
estar sendo vendida pelo mercado de imagens e pelas indústrias de
entretenimento como um “mito”, sendo transformada a cada dia em um reduzido
símbolo de consumo (MARINHO, 2001).
A análise crítica de possíveis equívocos na vivência dos esportes de
aventura implica debater, entre outros aspectos, a visão deste enquanto
“mercadoria” – refletida no consumo desmedido de equipamentos, acessórios,
vestuário e pacotes turísticos destinados a este segmento –, o qual segue a lógica
capitalista, buscando o lucro de forma prioritária, resultando na prática de um lazer
alienado e sem o real significado de vivência de valores questionadores, capazes
de uma mudança pessoal e social, em sua própria vida e na sociedade como um
todo (BAHIA, 2005).
Termos como aventura, emoção, ecologia, natureza e adrenalina são
veiculados massivamente por campanhas publicitárias, revistas e artigos. Nesse
contexto, os esportes de aventura surgem com um grande potencial de exploração
para o mercado, pois com eles, estariam surgindo junto aos novos paradigmas
centrados na auto-realização e melhora da qualidade de vida, a necessidade de
11
substituir os sentimentos de competição, esforço e tensão, pelas características de
incerteza e liberdade das atividades de aventura onde surge uma crítica ao
racionalismo da modernidade. (ZIMMERMANN, 2006).
O fato é que estes esportes tomam vulto no contexto do lazer atual,
traduzindo-se em um campo frutífero para a indústria do turismo de aventura.
Estas práticas requerem um aparato tecnológico, bem como, um envolvimento
aprimorado de pessoas tecnicamente capazes de propiciar a aventura desejada,
em condições de plena segurança. (SCHWARTZ, 2006).
As empresas que atuam neste segmento iniciam suas atividades,
geralmente, apoiando-se no potencial geográfico de alguns locais, os quais, ricos
em relevos diversificados como cavernas, cachoeiras e rios, que com isso
favorecem o desenvolvimento de estratégias de ação para implementar a oferta de
oportunidades práticas onde as mesmas, estão crescendo em número e
sofisticação e, com isto, proporcionam um certo desenvolvimento às regiões
envolvidas e consideradas como pólos ecoturísticos, já que oferecem novos
empregos e fonte de renda para a cidade. Entre esses novos empregos surgidos a
partir do desenvolvimento destas atividades está o de guia e instrutor,
representando pessoas tecnicamente especializadas em alguma destas vivências
e que devem zelar pela segurança, conforto e qualidade durante a atividade
(SCHWARTZ, 2006).
Os esportes de aventura na natureza possuem segmentos que
podem ser praticados nos três planos terrestres: terra, água e ar. Contudo,
quaisquer que sejam as atividades, em qualquer um desses ambientes – para a
sua operacionalização dentro daquele contexto apontado como mimético, numa
esfera em que há um “risco controlado” –, é imprescindível a utilização de um
material de garantida qualidade e segurança, é indispensável o uso da tecnologia
disponível (CANTORANI, 2006).
Devido a essa necessidade do mercado, podemos observar o
aparecimento de empresas dedicadas a oferecer produtos específicos para a
prática das modalidades e espaços na mídia preocupados em cobrir e divulgar o
cenário dos esportes de aventura. Na cidade de Londrina encontramos alguns
12
exemplos na área como é o caso da Aventura.com uma loja de artigos esportivos
que está no mercado há dois anos, possuindo uma completa estrutura e as mais
variadas opções de mercadorias, oferece também passeios para a prática de
arvorismo, rapel, trekking, clínica de aventura cursos de escalada, rapel, técnicas
verticais de arvorismo e na área industrial, nível básico e avançado.
Outra loja especializada no ramo é A Trilha e Cia - Equipamentos
para Aventura atuando aproximadamente há dez anos no mercado londrinense,
oferecendo equipamentos para aventura a escaladores e praticantes de outras
modalidades de aventura como camping, bike e canoagem, além de promover
viagens, palestras, exposições, cursos esporádicos e patrocinar eventos como o
Encontro de Escalada de Londrina e o Boulder Fest.
A Recreio Bicicletas também se dedica a oferecer produtos
específicos para a prática de modalidades de aventura com bicicletas, atuando
desde 1986 possui atletas que praticam esportes de aventura e testam os
produtos que revendem.
Em relação aos espaços na mídia voltados a esse cenário,
encontramos o programa Gravidade Zero onde está no ar há cinco anos pela TV
Tarobá – BAND e dois anos no canal Multi TV – Net, sendo o primeiro programa
de esportes de aventura do Paraná, possuindo uma marca forte e consolidada
onde apresenta matérias de esportes de aventura, urbanos, aquáticos, artes
marciais e esportes motorizados.
Em Londrina as entidades prestadoras de serviço estão
acompanhando a evolução dos esportes de aventura, apresentamos como
exemplo estas empresas, uma vez que se fazem presentes nos eventos, provas,
encontros e atividades diversas do ramo na região, logo, acredita-se que estão
mais difundidas no mercado de produtos e serviços.
13
5. CARACTERIZAÇÃO DAS MODALIDADES ENCONTRADAS NAS ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇO ATUANTES NA CIDADE DE LONDRINA – PR.
Nesta etapa de nosso trabalho, apresentaremos as modalidades
encontradas no município de Londrina (Questionário: APÊNDICE I), e
caracterizaremos estas modalidades ofertadas ao público. A divisão das
modalidades segue de acordo com suas características de ambiente de prática:
Terra, Água e Ar. A única modalidade que será abordada separadamente é a
corrida de aventura, pois mescla diferentes ambientes naturais.
5.1 Terra
5.1.1 Trekking
Trekking pode ser definido como uma caminhada rústica utilizando
mapas, bússola ou GPS para a sua orientação, em ambientes naturais como
florestas, montanhas, cerrados, rios e entre outros (BITENCOURT & AMORIM,
2005).
Acreditamos que o prazer da caminhada é o de desfrutar paisagens
inéditas, que não estão ao alcance de qualquer um, uma sensação de privilégio de
ir a lugares aonde poucos chegam, o de ver coisas que poucos viram, o de
superioridade, força, autoconfiança e autoconhecimento. Por se tratar de uma
caminhada, os tênis são de fundamental importância. As botas, por oferecem
segurança ao tornozelo nos diversos terrenos, são as mais recomendadas.
5.1.2 Orientação
A Orientação é baseada num mapa detalhado e uma bússola para
localizar pontos em terrenos previamente demarcado e mapeado. Consiste em
num trajeto com um ponto de partida e um ponto de chegada e diversos pontos
numerados, onde o participante deve passar (QUEIROZ FILHO, 2005).
14
Existem alguns equipamentos básicos para o bom desenvolvimento
da orientação, entre eles a roupa (calça e camisa) que deve ser leve e não reter
líquidos.O tênis deve ser especifico para caminhada em diversos terrenos, pois ele
não pode reter muito líquido e deve ser resistente. A bússola é fundamental onde
o mau uso pode ser fatal na hora da corrida. O cartão de designação é o alicerce
do atleta, pois são nele que se encontram as determinações e os pontos de
controle, o mapa indica as variações de terreno do percurso, um auxiliar
fundamental para determinar a melhor rota.
5.1.3 Arvorismo
Arvorismo comumente conhecida também como arborismo, tree
climbing, verticália ou canopy walking, pode ser resumido como um percurso
montado artificialmente sobre árvores e com diversos níveis de dificuldade. O
interessante nesta modalidade é que não precisa de experiência e nem tampouco
habilidade. O Arvorismo pode ser dividido também em Cientifico que visa à
exploração da copa das árvores, Esportivo que apresenta obstáculos para os
simpatizantes dos esportes de aventura e Educacional onde tem como intuito o
estimulo de trabalhar em grupo, fortalecer a auto-estima e dentre outros
(BITENCOURT, 2005).
5.1.4 Mountain Bike
Mountain Bike ou ciclismo de montanha é uma modalidade praticada
em ambientes naturais e montanhosos. Esta modalidade oferece um contato
direto com a natureza, em territórios com muitos acidentes geográficos, afastados
de centros urbanos e com diversas dificuldades para serem vencidas pelos
praticantes. Para a sua prática, o ideal é utilizar bicicletas próprias para o esporte
(com amortecedor, freios especiais e dentre outros), mas nada impede que se
utilize bicicleta sem acessórios especiais. Mas o mountain bike não precisa ser
praticado como uma modalidade esportiva, pode ser uma atividade turística, onde
se percorre trajetos onde não há acesso com carros (COSTA & WILHELMS,
2006).
15
5.1.5 Bicicross
Também conhecido como BMX (bycicle moto cross), o bicicross
mescla técnicas do motocross e do ciclismo, envolvendo aficionados de 6 a 50
anos ou mesmo além destes limites. As pistas para esta prática, de barro ou terra,
formam um circuito fechado com obstáculos que simulam pequenos
morros/montes com ondulações variadas e extensões entre 300 a 420m para os
campeonatos oficiais. Mas o BMX pode ser praticado também em outros
ambientes. No início, todas as modalidades deste esporte eram denominadas
Freestyle, mas com o tempo, foram se diversificando com algumas
particularidades (BITENCOURT & AMORIM, 2005).
5.1.6 Escalada
Escalada consiste em subir paredes verticais com variados graus de
dificuldade, utilizando utensílios para se agarrar em rochas e com equipamentos
de segurança. A “tradicional” escalada consistia em atingir um cume ou um
determinado ponto saliente em algum acidente rochoso, onde se usava o caminho
mais fácil que hoje é chamado de rota ou via normal ou clássica. Com fatores
como desenvolvimentos técnicos, físico e materiais de segurança, o que era
praticado como um exercício visando à chegada em picos mais altos hoje se
tornou uma atividade física específica, com um toque de risco, onde se buscam
hoje rotas mais difíceis. Da escalada tradicional se originou diversos outros tipos,
tais como: escalada livre, escalada em gelo, escalda artificial e dentre outras. Uma
prática associada à escalada é o rapel, consiste em usar cordas para descidas,
para o deslocamento em descidas verticais (SILVEIRA, 2008). Os equipamentos
básicos para a prática da escalada são: cordas, costuras, cadeirinha, mosquetões,
sapatilha para escalada, capacete e pó de magnésio para passar nas mãos.
16
5.1.7 Montanhismo
Montanhismo é um esporte praticado em regiões montanhosas,
buscam a subidas em paredes rochosas ou cume das montanhas, através de
caminhada e/ou escalada. Ela pode ser realizada livre (onde o montanhista não
utiliza nenhuma artifício para subir) ou artificial (o montanhista utiliza cabos de
aço, escadas, ganchos e dentre outros), para subir as montanhas o praticante
utiliza “vias”, que possui características próprias como: nome, graduação e
subdividas em trechos de 50 metros (SEBOLD & RESENDE, 2008).
A lista de equipamentos para o montanhismo é extensa e deve estar
adequado ao roteiro que você irá percorrer, mas alguns itens são fundamentais e
devem estar sempre na mochila como: mapa, bússola, kit de primeiros socorros,
lanternas, comida extra, roupa extra, iniciadores de fogo e canivete. O ideal é que
antes de realizar qualquer percurso você procure obter informações com quem já
fez o trajeto, essa pessoa poderá ajudá-lo e dará dicas do que é necessário ou
não.
5.1.8 Rapel Rapel é o termo conhecido no Brasil, mas vem do francês rappeler,
que significa chamar, recuperar e explorar. É uma técnica de descida de
cachoeiras, cascata, precipícios, prédios, pontes, penhascos, viadutos e outros.
Para a sua prática é necessário ser conhecedor de técnicas de montanhismo,
além de ter experiência com o uso de equipamentos básicos de escalada
(BITENCOURT & AMORIM, 2005). Os equipamentos são as cordas classificadas em dinâmicas e
estáticas, as dinâmicas são utilizadas para escaladas e as estáticas para rapel,
canyoning, (resgate), mosquetões que são peças feitas de duralumínio onde a
função desse objeto é fazer ancoragens, costuras, prender o escalador a corda, os
freios e as cadeirinhas.
17
5.1.9 Canionismo
No canionismo existem estudos que indicam que esta modalidade
esportiva tenha iniciado nos tempos pré-históricos, quando os habitantes viviam
em cânions. Este esporte pode ser definido como uma exploração de cânions, rios
e gargantas, de forma esportiva. Vindo da espeleologia e do montanhismo, o
canionismo teve um desenvolvimento próprio de técnicas e equipamentos
(BITENCOURT & AMORIM, 2005). Quanto aos equipamentos, segue-se a mesma
orientação para o montanhismo.
5.2 Água 5.2.1 Canoagem
A canoagem é uma atividade físico-desportiva, na qual um ou mais
tripulantes utilizam canoas ou caiaques. Sua prática ocorre em diferentes
ambientes, onde as águas podem ser calmas ou agitadas, têm-se como exemplos
o mar, lagoas, lagos, rios e piscinas. Tanto os caiaques, quanto às canoas
possuem sua origem em diferentes culturas e são representados, atualmente, por
várias modalidades, que se subdividem em dois grupos. O primeiro, e mais
conhecido, utiliza remos como meio de propulsão, destacam-se as modalidades:
oceânica, turismo, slalon, rodeo, surfe, pólo, velocidade, maratona e descida de
corredeiras. O outro, menos difundido, faz uso de velas e utiliza o vento como
força de propulsão, suas modalidades são: canoa à vela e canoa aberta à vela
(COSTA, 2008).
Existem diferentes tipos de material para a canoagem, variando de
acordo com cada categoria. Na slalom, por exemplo, o caiaque tem que ter uma
grande resistência além de uma boa hidrodinâmica para enfrentar as descidas.
Nessa categoria são utilizados canoas e caiaques. Já na categoria velocidade, a
embarcação é feita para conseguir chegar à linha de chegada o mais rápido
possível. Os materiais são mais leves e toda a hidrodinâmica é feita pensando na
velocidade.
18
5.2.2 Rafting
Rafting na prática, o esporte significa “descer corredeiras sobre
botes infláveis”, juntamente com a sincronia dos movimentos motores e trabalho
em equipe para percorrer um percurso em águas, rios e corredeiras. Esta
modalidade é praticada com botes, com equipamentos de segurança composta
por capacete, coletes de salva-vidas, remo e corda de resgate e participam de 6 a
14 pessoas (BITENCOURT & AMORIM, 2005).
Os equipamentos utilizados são o bote onde o tamanho varia entre
3,65m até 5,50m. Quanto maior o tamanho do bote melhor a estabilidade, os itens
de segurança são fundamentais no rafting. Os capacetes devem apresentar
regulagem interna, para acomodar os diversos tamanhos de cabeça. O modelo
ideal de colete salva-vidas para o rafting deve ter uma alta flutuação, sistema de
fechamento com presilhas reguláveis, um flutuador para cabeça. Os remos
utilizados devem ser o mais leve e resistente possível, o comprimento dos remos é
de 60 polegadas. Outro item fundamental é o cabo de resgate, que é uma corda
elástica com aproximadamente 20 metros.
5.3 Ar 5.3.1 Parapente Trata-se de um esporte onde o praticante decola a partir do salto
de uma rampa localizada no alto de uma montanha ou sendo rebocado por um
guincho, ganhando assim altura. Permanecendo sentado durante o vôo, utiliza
uma asa não rígida, inflável, além de equipamentos de segurança (tais como
capacete, pára-quedas reserva e proteção para a coluna) e, freqüentemente, um
rádio comunicador.
O parapente permite um vôo de algumas horas, e um deslocamento
de longas distâncias (recorde atual 425 km), sendo que para isso o piloto
19
aproveita as correntes de ar quente e o vento, o que implica estabelecer uma rota
de vôo e analisar as condições meteorológicas locais. Para a prática é necessário
ser maior de dezoito anos, submeter-se a exame médico que comprove
inexistência de doença impeditiva e realizar treinamento e capacitação em escolas
credenciadas para obtenção de carteira de piloto, renovável anualmente. Esse
esportista pode, dependendo de seu tempo de prática, quantidade de vôos e
competência comprovada por outros pilotos de maior graduação, entre outras
exigências, alcançar níveis superiores dentro da categoria. Estes vão do nível I ao
nível V, além de possibilidades de ser instrutor (A, B ou C) e examinador. O equipamento de parapente apresenta algumas características
diferentes dos outros esportes, sendo basicamente composto de quatro itens: o
velame, o selete, o pára-quedas de emergência e o capacete. O velame constitui a
maior parte do equipamento e, é dividido em três partes: à vela, a linha e os
tirantes. A vela é feita de um tipo de nylon especial e funciona como uma asa.
Uma de suas características principais é a resistência e a deformação, ou seja, o
tecido muda de forma, alterando as características originais do parapente. O
selete funciona como um casulo e é onde o atleta fica durante o vôo. É importante
que seja ajustada a cada piloto, pois seu conforto depende disso, para casos de
emergência utiliza-se um pára-quedas, ele está acoplado ao selete e só é utilizado
caso aconteça algo de muito grave. 5.4 Corrida de Aventura
Corrida de Aventura pode ser denominado também como Rally
Humano. Este esporte é uma competição com diversos propósitos que envolvem
um espírito aventureiro e de expedição. Está modalidade esportiva está ligada
diretamente com a orientação, trekking, equitação, natação, rapel, canoagem,
canionismo, escalada, rafting, mountain bike e muitos outros esportes e locais. Os
competidores se orientam por mapas e bússolas e devem terminar o percurso em
menos tempo possível (BITENCOURT & AMORIM, 2005).
20
Alguns equipamentos são necessários para a prática da corrida de
aventura como, por exemplo, o apito (indicar a sua localização aos outros do
grupo), a bicicleta (apenas as mountain bikes são usadas), a bússola dita
anteriormente, capacete, cobertor de sobrevivência (medida de segurança para
prevenir a hipotermia), faca ou canivete (cortar comida, galhos, ou qualquer outro
obstáculo), kit de primeiros socorros (casos de emergência), lanterna ou head-
lamp (uma para cada membro da equipe), light stick (Bastão com um fluido
fluorescente que é usado na sinalização durante as etapas noturnas) e por último
os mosquetões (para as partes de escalada e rapel).
21
6. ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS ENCONTRADAS NA CIDADE DE LONDRINA E SUAS ATIVIDADES 6.1 Clube de Aventura Norte do Paraná
O Clube de Aventura Norte do Paraná atua aproximadamente há um
ano e meio na área de esportes de aventura no geral, a empresa desenvolve as
modalidades de trekking, rapel, arvorismo, corrida de aventura, montain bike e
pentatlon militar, tendo como público alvo homens e mulheres de qualquer faixa
etária interessados nos esportes em contato com a natureza (maioria atual
homens, acima de 26 anos, atuantes na área administrativa), além disso, promove
eventos em Londrina e região como o Circuito Pro Adventure Corrida de Aventura
e Trekking, Cursos, Clínicas e Palestras sobre Navegação Terrestre, Escalada,
Trekking e Orientação. O Clube conta com dez profissionais envolvidos em sua
organização, a maioria da área de educação física e esporte, mas há, porém,
profissionais da veterinária, arquitetura, administração e marketing, eles contam
com várias parcerias de outras empresas do ramo: Vzan, Gravidade Zero, Sign
Tech, Estância Manain Hotel Fazenda, Golden Blue, Snake, Vital Sports,
Aventura.Com, Atmosfera e Webee, também possuem associados como a
Estância Cachoeira e a Nutrilatina. Com esse suporte a empresa tem como visão
e missão desenvolver a prática do esporte de aventura em diversos segmentos, a
exemplo do contato esportivo voltado ao lazer, ao rendimento, ao conhecimento
técnico e pessoal, além de divulgar as modalidades de uma maneira científica e
prazerosa. A missão principal é tornar o norte do Paraná um centro de referência
para a prática dos esportes de aventura.
6.2 Trilha Natural
A Trilha Natural é uma empresa que promove eventos voltados ao
ecoturismo e esportes de aventura para estudantes, empresas, profissionais
liberais, jovens, adultos e idosos há seis anos desenvolvendo as modalidades de
rafting, trekking, canoagem, rapel e corridas de aventura. Os eventos organizados
22
por profissionais de educação física, turísmólogos, técnicos em segurança do
trabalho, canoísta, montanhista e músicos são: Viva O Verão-Governo do estado,
Mapeamento prefeitura de Ribeirão Claro, Festival de Canoagem, Café com
Aventura, Luau encontro de escalada, Passeio de rafting rio Tibagi, Treinamento
Tim na cidade de Tibagi com a Caput consultoria, para tanto possuem parceria
com agencias de turismos, clubes, academias, escolas, universidades, pousadas,
hotéis e restaurantes.
Sua visão e missão são: Fomentar e desenvolver o turismo local e
regional, capacitando e levando ao conhecimento do público as belezas naturais
que podem ser exploradas racionalmente com as praticas de ecoturismo e
esportes de aventura.
6.3 Clube de Montanha Norte Paranaense
Este clube existe oficialmente há dois anos, mas nos bastidores as
mais de dez anos e tem como objetivos principais: Promover, divulgar, difundir e
incentivar, em toda a sua região de atuação, a prática do montanhismo e da
escalada em suas diversas modalidades, também promover, organizar e incentivar
competições e eventos relacionados ao cenário sempre zelando pela ética, pela
organização exemplar e pela prática correta, segura e saudável do montanhismo e
da escalada. Pretendem seguir e difundir os padrões recomendados pelas
entidades superiores para a prática segura do esporte e quando necessário,
estabelecer normas para preservação, acesso e uso dos locais para a prática,
atentos à preservação do meio ambiente, podendo para isso desenvolver projetos
e realizar denúncias junto aos órgãos competentes.
O clube ainda visa oferecer consultorias, assistências e informações
a outros órgãos e representar os interesses da comunidade de montanhistas e
escaladores, junto ao poder público e privado, além de angariar recursos públicos
e privados para a prática das modalidades e promover o desenvolvimento técnico-
desportivo de atletas filiados, inclusive auxiliando na busca de patrocínios para
atletas e eventos, para eles é fundamental fomentar políticas públicas
23
relacionadas ao esporte e fomentar a construção, a preservação e o
gerenciamento de espaços públicos específicos para a prática do montanhismo e
da escalada e desenvolver ações e projetos que visem, promover a inclusão
social, a melhoria da qualidade de vida, a preservação da saúde, o complemento
da educação formal, a integração e a preservação do meio ambiente.
O grupo estimula a prática de ações voluntárias por parte de seus
integrantes, apóia iniciativas, projetos e propostas que vão ao encontro dos
objetivos do clube e praticam todos os atos necessários à consecução de seus
objetivos.
6.4 APPBI – Associação de Pais, Pilotos e Amigos do Bicicross
Essa associação se dedica ao desenvolvimento da modalidade
bicicross há dois anos e seu público é formado por crianças e adolescentes
ligados ao bicicross de Londrina, alcançada com estruturação da equipe e assim a
disseminação do esporte em diferentes classes sociais. O grupo se dedica à
reforma de uma pista abandonada, desenvolve ações conjuntas com o Projeto
Futuro da Fundação de Esportes de Londrina oferecendo aulas gratuitas da
modalidade a iniciantes e está responsável pela organização da Equipe
Londrinense de Bicicross para a participação de provas regionais e estaduais. A
associação já promoveu uma etapa do Campeonato Paranaense em sua pista
sede.
A APPBI conta com advogados, administradores (pais de atletas),
estagiários do curso de esporte, pedreiro e web design em sua organização e
possui parcerias informais com empresas dos pais ou amigos dos atletas da
modalidade. Na visão da associação o esporte precisa de apoio privado para a
continuidade do processo de seleção e treinamento de atletas para o
desenvolvimento da modalidade, é eminente a necessidade de apoio de empresas
para sustentabilidade do projeto, com equipamentos, bolsas atletas e manutenção
do pólo para realizar sua missão de fazer com que o meio (equipe) forneça para
todos que são atendidos pelo projeto estrutura para inserção no meio social e
competitivo.
24
6.5 Escola de Parapente
Atua há três anos no norte do Paraná promovendo o vôo livre de
parapente para todas as idades a partir de 16 anos, a empresa promove festivais
de vôo livre e participa do campeonato estadual. Os profissionais são habilitados
para a pratica aerodesportiva e estão associados a AVLNP – Associação de Vôo
Livre Norte do Paraná e a ABVL – Associação Brasileira de Vôo Livre.
Sua visão e missão são: Difundir o esporte como lazer, com total
segurança.
25
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Admitimos que uma das dificuldades na realização deste trabalho foi
dificuldade de encontrar materiais bibliográficos, que reunissem informações
especificas sobre as modalidades praticadas em Londrina. Isto talvez se deve ao
fato do esporte de aventura ser um fenômeno relativamente novo, em relação aos
esportes mais praticados, pois não se tornou alvo dos profissionais de educação
como área de atuação e de investigação acadêmica.
Foram encontradas poucas entidades atuando nesta área, embora
admitimos que possa haver outras que escaparam a nossa investigação onde
estas se apresentarem como clubes, escolas, associações, fato este que não às
impedem de oferecer um serviço de qualidade.
Na estrutura organizacional e gerencial observam-se poucos
profissionais de educação física atuando e profissionais de diversas áreas
envolvidos, onde podemos perceber que a maioria não se dedica exclusivamente
a essas atividades, eles a têm apenas como mais uma fonte de renda, pois
necessitam de outros empregos para se sustentar, fazem porque sentem prazer.
Nesse sentido o esporte de aventura surge como uma área de
atuação e investigação promissora para a educação física, portanto acredito que
atuais e futuros profissionais e estudantes devem estar atentos para assumir este
campo de trabalhando.
.
26
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 93 -
Febrero de 2006.
32
APÊNDICE I – QUESTIONARIO
RESPONSÁVEL:
TEMPO DE ATUAÇÃO:
ÁREA DE ATUAÇÃO:
PÚBLICO ALVO:
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:
EVENTOS PROMOVIDOS:
PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS:
PARCERIAS:
ASSOCIADOS:
VISÃO E MISSÃO:
NOME: FONE: CNPJ: ENDEREÇO: Nº:
33
APENDICE II - ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS NA CIDADE DE LONDRINA-PR
Nome: Clube de Aventura Norte do Paraná Endereço: Rua Rio Grande do Norte Nº: 385 Fone: (43) 9953 31 54 (11) 7022 39 47
Nome: Trilha Natural Endereço: Rua Pedra Verde Nº: 95 Fone: 43-33217430
Nome: Clube de Montanha Norte Paranaense
Endereço: Rua Fernando Noronha 243, junto com a Trilha e Cia
Nome: APPBI – Associação de Pais, Pilotos e Amigos do Bicicross Endereço: Rua Quintino Bocaiúva
Nome: Escola de Parapente Endereço: Rua Tamanduateí, Vila Recreio Nº: 649 Fone: (43) 9132 9202
Nome:Trilha e Cia Endereço: Rua Fernando de Noronha Nº:243 (perto ao SESC) Fone: 3344-0680
Nome: Aventura.Com Endereço: Higienopolis, Av, 2002, Lj 03, Centr Fone: 43 3321-1320
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Nome: Recreio Bicicletas
Endereço: Rua Rebouças N°:246
Fone: 43 3327-6295
Nome: Gravidade Zero / TV TAROBA
Endereço: Rua Ibipora - Aurora
Telefone : (43) 3315-131