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Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CARACTERÍSTICAS ANTROPOMÉTRICAS E MOTORAS NO MOMENTO PRÉ E COMPETITIVO DE JOGADORES DE FUTEBOL DA CATEGORIA SUB-17 DA CIDADE DE LONDRINA-PR Pedro Henrique Alexandre LONDRINA PARANÁ 2012

Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

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Universidade

Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CARACTERÍSTICAS ANTROPOMÉTRICAS E MOTORAS NO MOMENTO PRÉ E COMPETITIVO DE JOGADORES DE FUTEBOL DA CATEGORIA SUB-17

DA CIDADE DE LONDRINA-PR

Pedro Henrique Alexandre

LONDRINA – PARANÁ

2012

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família, coisa mais importante em minha vida,

Amigos que sempre estão do meu lado em qualquer situação,

E todas as pessoas que de alguma contribuíram

para o desenvolvimento deste trabalho.

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AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Ms. Marcio Teixeira, braço amigo de todas as etapas deste trabalho,

me ajudou bastante e contribuiu de forma positiva para a minha formação.

Aos Professores Dr. Felipe Arruda Moura e Esp. Ariobaldo Frisselli por fazer

parte da banca de avaliação do meu trabalho.

A minha família, Pai, Mãe e Irmã pela força e por estar sempre ao meu lado.

Aos amigos e colegas que durante todo o curso estiveram unidos e juntos

estamos finalizando mais uma etapa de nossas vidas.

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EPÍGRAFE

“O atleta tem vida curta, mas o homem é para sempre”.

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ALEXANDRE, Pedro Henrique. Características antropométricas e motoras no momento pré e competitivo de jogadores de futebol da categoria Sub-17 da cidade de Londrina-PR. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadualde Londrina, 2012.

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria Sub-17 de um clube da cidade de Londrina-PR. Para tal foram realizados o teste de salto vertical para membros inferiores (Squat jump), salto Contra movimento (CMJ) e salto livre contra movimento (LCMJ), além do teste yoyo endurance nível 2 para resistência aeróbica e para velocidade teste de 10 e 30 metros. As medidas antropométricas coletadas foram massa corporal, percentual de gordura, e estatura. Este estudo se caracteriza por uma pesquisa de campo descritiva transversal. A análise dos dados foi realizada através de uma estatística descritiva apresentando resultados médios, mínimo, máximo e desvio padrão. Para testar a normalidade dos dados foi utilizado o teste Shapiro Wilk, em seguida, o Teste t de student para comparação e constatação de diferença estatística, o nível de significância adotado foi de p<0,05. Os cálculos foram realizados utilizando-se um pacote estático do programa SPSS, versão 17.0. Os atletas obtiveram grandes melhoras entre o período pré e competitivo nos quesitos: % gordura (- 14,21%), Salto Squat Jump (+ 13,31%), Salto contra movimento Jump (+14,7%) e livre contra movimento Jump (10,19%). Por outro lado variáveis como velocidade e VO2 máximo não foram encontrados diferenças significativas. Por fim, há necessidade de maiores estudos com os jovens atletas, principalmente no que diz respeito ao tipo de treinamento e as respostas no desempenho motor e características antropométricas, a fim de haver melhores esclarecimentos sobre o tema, visando melhores adequações aos programas de treinamento e produção de conhecimento na área.

Palavras-chave: Futebol, testes, força, resistência, velocidade, antropometria.

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ABSTRACT

This study aimed to present and compare the anthropometric indices and motor skills of athletes from Under-17 category of a club in the city of Londrina-PR. For this test were performed vertical jump to the lower limbs (Squat jump), Counter movement jump (CMJ) and countermovement jump free (LCMJ) plus yoyo endurance test level 2 for speed and aerobic endurance test of 10 and 30 meters. Anthropometric measurements were collected body mass, percent body fat, and height. This study is characterized by a descriptive cross-sectional field research. Data analysis was performed using descriptive statistics showing average performance, minimum, maximum and standard deviation. To test the normality of the data we used the Shapiro-Wilk test, then the student t test for comparison and verification of statistical difference, the level of significance was set at p <0.05. Calculations were performed using a static package SPSS, version 17.0. The athletes have made great improvements between the pre and competitive in the categories: fat% (- 14.21%), Jump Squat Jump (+ 13.31%), countermovement jump Jump (+14.7%) and free countermovement Jump (10.19%). Moreover variables such as speed and VO2 max were not found significant differences. Finally, there is need for further studies with young athletes, especially with regard to the type of training and responses in motor performance and anthropometric characteristics in order to be better clarification on this issue to better adaptations to training programs and production of knowledge in the area.

Key Words: Soccer, test, strength, resistence, speed, anthropometric.

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LISTA DE TABELAS

Tabela

1

- Características antropométricas e capacidades motoras do

período pré e competitivo dos jogadores da categoria sub 17 da

equipe “Junior Team” da cidade de Londrina –

Paraná..........................................................................................18

Tabela

2

- Resultados das medidas antropométricas por posição, no período

pré e competitivo da categoria sub 17 da equipe Junior Team da

cidade Londrina – Paraná............................................................19

Tabela

3

- Resultados dos testes das capacidades físicas por posição no

período pré e competitivo da categoria sub 17 da equipe Junior

Team da cidade de Londrina – Paraná........................................20

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LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS

SJ - Salto “Squat Jump”................................................................. 15

CMJ - Salto “Contra movimento Jump”............................................. 15

LCMJ - Salto “ Livre Contra movimento Jump”................................... 15

V10 - Velocidade 10 metros............................................................ 16

V30 - Velocidade 30 metros............................................................ 16

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LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1 - Vo2máx= distância(mts) x 0,0136 + 45,3 ............................. 16

Equação 2 - (soma das 4 dobras) x 0,153+5,783/100................................ 16

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LISTA DE ANEXOS

Anexo 1 - Termo de Consentimento Livre e esclarecido....................... 28

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SUMÁRIO

RESUMO iv

ABSTRACT v

LISTA DE TABELAS vi

LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS vii

LISTA DE EQUAÇÕES viii

LISTA DE ANEXOS ix

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 01

1.1 Objetivos.................................................................................................... 04

1.1.1 Objetivos Gerais......................................................................................... 04

1.1.2 Objetivos Específicos................................................................................. 04

2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 05

2.1 Futebol....................................................................................................... 05

2.2 Preparação física no futebol...................................................................... 05

2.3 Velocidade................................................................................................. 07

2.3.1 Velocidade de antecipação....................................................................... 08

2.3.2 Velocidade de reação............................................................................... 08

2.3.3 Velocidade de Movimentos Cíclicos e Acíclicos....................................... 09

2.3.4 Velocidade de Ação com Bola.................................................................. 09

2.3.5 Velocidade-Habilidade............................................................................... 09

2.4 Força......................................................................................................... 10

2.4.1 Força Máxima........................................................................................... 10

2.4.2 Resistência de Força................................................................................ 11

2.4.3 Força Rápida/Explosiva........................................................................... 11

2.5 Resistência............................................................................................... 12

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2.6 Antropometria e os testes motores no futebol ......................................... 12

3 MÉTODOS................................................................................................ 14

3.1 População e Amostra................................................................................ 14

3.2 Testes motores e medidas antropométricas............................................. 15

3.2.1 Teste de Velocidade de Corrida de 10 (V10) e 30 metros (V30m)........... 16

3.2.2 Medidas antropométricas.......................................................................... 16

3.3 Análise Estatística..................................................................................... 17

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................. 18

5 CONCLUSÃO........................................................................................... 22

6 REFERÊNCIAS......................................................................................... 23

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1 INTRODUÇÃO

O Futebol, institucionalizado em 1863 pela Football Association, é uma das

modalidades esportivas mais populares do mundo. Embora se considere que a

natureza do jogo se mantém inalterada, atualmente o Futebol está estruturado em

um domínio altamente profissional. (SANTOS, CASTELO E SILVA, 2011).

O futebol é o esporte mais popular do mundo, graças à facilidade de ser

praticado em quase todas as localidades e ainda aliado ao baixo custo do material.

Atualmente é uma atividade extremamente profissional, que movimenta números

altíssimos de investimentos e envolve uma infinidade de profissionais, por exemplo,

médicos, fisioterapeutas, treinadores, jogadores e outros (PASSOS et al,. 2003).

De acordo com Salum e Fiamoncini (2006), o tempo regulamentar de um

jogo é de 90 minutos, sendo que o tempo médio de bola rolando é de 60 minutos. À

distância percorrida em média por jogo é de 10 km, as intensidades dividem-se em

andar 25% da distância total, trotar 37%, piques 12%, deslocamentos para trás 6%

e 20% de corrida submáxima.

A evolução do futebol caracteriza-se por uma alta exigência física, técnica,

psicológica, além do aspecto tático que vem se constituindo num fator decisivo para

a obtenção de sucesso de uma equipe (FERNANDES, 1994).

Inúmeros aspectos devem ser levados em consideração quando relativos à

preparação física em um desporto de alto rendimento (MATVEEV, 1986; GOMES,

2004;CARRAVETA, 2009) , pois o mínimo detalhe pode fazer uma grande

diferença.

No futebol moderno, a preparação física é de vital importância para o

sucesso de uma equipe em uma competição. Entre as capacidades físicas

desenvolvidas e utilizadas no futebol, podemos destacar a força, a velocidade, a

coordenação, a flexibilidade e a resistência. Tais capacidades podem identificar o

perfil de cada jogador, no inicio e no decorrer dos treinamentos e competições,

inclusive direcioná-lo para determinada posição. No entanto no decorrer do seu

desenvolvimento e treinamento o preparador físico e outros elementos da comissão

técnica devem estar atentos para qual índice e escore tais idades e posições estes

jogadores devem apresentar no momento das fases das idades cronológicas ele se

encontra.

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A temporada competitiva no futebol é dividida em duas partes ou períodos:

pré-temporada e competição. Na pré-temporada, a ênfase do treino é dada ao

aumento nos níveis de rendimento dos componentes da aptidão física. Segundo

Bangsbo (1994), neste período, a ênfase dos treinos físicos é dada às corridas

longas e os treinos de força e resistência muscular, com intuito de assegurar que

seus atletas alcancem o “topo da forma” no início da temporada competitiva.

Já no período de competição a ênfase está principalmente no aumento

capacidade técnica e tática, e na manutenção dos níveis de rendimento da aptidão

física (REILLY, 1976). Segundo Bangsbo (1994), neste período, a ênfase dos treinos

físicos é dada às corridas longas e os treinos de força e resistência muscular, com

intuito de assegurar que seus atletas alcancem o “topo da forma” no início da

temporada competitiva. Dantas (2003) define período preparatório como à época em

que o atleta será elevado a condição competitiva na temporada considerada,

visando incrementar o nível de proficiência técnico-tática, física e psicológica,

permitindo a realização de performances máximas nas competições programadas.

Este período tem como objetivo o restabelecimento do nível de treino e melhora da

condição básica de cada jogador. As informações sobre alterações nos

componentes da aptidão física em futebolistas durante este período podem ser de

extrema necessidade na construção de programas de treino mais confiáveis às

exigências fisiológicas do futebol. O desconhecimento de tais informações

impossibilita a verificação da eficiência dos métodos, estrutura e planejamento do

treino.

Por isso, a maiorias dos responsáveis pela preparação física no futebol

realizam avaliações, diagnósticos ou testes que vão identificar a real condição física

momentânea que cada atleta apresenta em suas variadas características

metabólicas. A escolha dos testes deverá ser escolhida dependendo de cada

momento ou etapa de preparação e ainda a identificação do teste que poderá

verificar determinado aspecto, que está diretamente ligado ao metabolismo exigido

da modalidade.

O futebol é caracterizado também por despertar a paixão de jovens e

adolescentes espalhados pelo mundo com o sonho de se tornar um jogador

profissional, essa realidade é facilmente percebida no Brasil, considerado o pais do

futebol.

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A adesão de crianças e jovens apresenta um crescimento a cada ano. Cada

vez mais cedo, jovens jogadores são promovidos das categorias de base para a

equipe profissional. Com isso, a presença de uma preparação física de base que dê

suporte para as exigências de treino e competições nas categorias superiores do

futebol torna-se fundamental.

Muitos estudos são encontrados na literatura sobre a preparação física de

jogadores profissionais (SANTOS et al., 2009; KRUSTRUP et al., 2006). Entretanto,

poucos estudos existem acerca de atletas jovens ou adolescentes de categorias de

base de clubes competitivos.

Esta pesquisa se justifica pelo fato de que verificar o perfil antropométrico e

motor entre as posições de atletas praticantes de futebol sub17 e poderá contribuir

para uma análise mais criteriosa de seleção tanto para o desporto, como também

para cada posição, e ainda com os profissionais que atuam na área, como modelo a

ser recomendado.

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1.1 Objetivos

1.1.2 Objetivo Geral

Apresentar e comparar o perfil antropométrico e de determinadas capacidades

motoras de atletas de futebol da categoria Sub-17 da equipe Junior Team da cidade

Londrina Paraná.

1.1.3 Objetivo Específico

Comparar as capacidades motoras entre as posições dos atletas da categoria

Sub-17 da equipe Junior Team da cidade de Londrina Paraná.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Futebol

Segundo Tubino apud Alves e Bello, (2008) o esporte é um fenômeno

sociocultural sendo uma manifestação da cultura física fundamentada na Educação

Física e que é uma atividade competitiva, institucionalizada, que envolve esforço

físico vigoroso e o uso de atividades motoras complexas.

O futebol é considerado uma atividade intermitente, ou seja, existe

alternância entre fase ativa (piques de alta intensidade que variam de 5 a 60 m) e

passiva (jogador parado ou deslocamento em baixa intensidade). Uma partida de

futebol é disputada em um campo de 105 x 70 m e tem uma duração de 90 minutos

mais os acréscimos, portanto um atleta profissional de futebol deve possuir um

elevado nível de condicionamento físico (GOMES & SOUZA, 2008).

Nos últimos anos o futebol vem se tornando um esporte onde o caráter

físico se impõe, muitas vezes, sobre as outras duas principais esferas (técnica e

tática), pois hoje em dia o jogo se tornou mais veloz, com contatos físicos mais

freqüentes e com muitos momentos onde a força sobrepõe-se a técnica.

Neste contexto, o preparo físico das equipes se tornou importantíssimo para

o sucesso nas temporadas. Desse modo, a cada vez mais, se tem buscado na

ciência as bases para a preparação das equipes.

2.2 Preparação Física no Futebol

Com o avanço da ciência na área esportiva e com os inúmeros estudos que

vêm sendo publicados, uma gama de elementos fica à disposição dos profissionais

e uma série de fatores que antes eram desconhecidos torna-se preponderantes no

ciclo de preparação anual dos atletas.

De acordo com (Borsari,1989) o atleta deve estar em condições ideais em

todas as qualidades físicas e técnicas, por isso, os treinamentos que obedecem a

critérios científicos procuram dar aos jogadores as melhores condições que lhes

possibilitam realizar, em campo, jogadas táticas e técnicas com perfeito equilíbrio

psicológico e físico.

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Sendo assim a preparação física pode ser entendida como um componente

do sistema de treinamento do desportista e que tem como objetivo propiciar o bom

desenvolvimento e aperfeiçoamento em um nível máximo para o desempenho em

determinada modalidade.

Segundo (Cunha, 2003) a preparação física no futebol é um dos fatores que

mais evoluiu nas últimas décadas e continua evoluindo. O conhecimento do

condicionamento físico para o futebol é de vital importância para o sucesso de uma

equipe dentro de uma competição.

A preparação física pode ser dividida em preparação geral e preparação

específica. Conforme Nespereira (2002), a preparação física geral é a preparação

que visa o desenvolvimento global das qualidades físicas, uma boa capacidade de

trabalho e um desenvolvimento harmônico das funções do organismo sem estar

relacionada a uma disciplina esportiva em particular.

Nessa fase predominam os exercícios globais, que intervêm ativamente em

todos os órgãos e sistemas. Para Frisselli e Mantovani (1999), a preparação física

geral cria as bases para a preparação física específica, ou seja, é o

desenvolvimento de manifestações das capacidades físicas que não são prioritárias

no momento competitivo.

Já o período específico segundo Matvéev (1997) é o desenvolvimento das

capacidades específicas, baseia-se na manifestação e combinação especial de

diversas capacidades físicas e constitui o conteúdo da preparação física especifica

de um atleta.

O período de preparação geral e específico servem de base para um bom

rendimento no período competitivo que se caracteriza por uma fase onde existe um

“refinamento” de certos aspectos referentes às principais capacidades físicas

trabalhadas como, por exemplo, velocidade e força. Para se obter êxito no período

de competições é necessário um bom planejamento dos treinamentos.

O treino constitui a forma mais importante e mais influente de preparação

dos jogadores para a competição (GARGANTA, 2004). Visa induzir alterações

positivas observáveis no desempenho dos jogadores e das equipes (GARGANTA,

2008).

Para se elaborar o programa de treinamento é necessário conhecer qual é a

carga fisiológica requisitada durante o jogo. Outro fator importante na estrutura de

um programa de treinamento é observar como e de que forma essa carga é

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manifestada, ou seja, a intensidade dos deslocamentos, número de sprints, pausas

entre os sprints e frequência cardíaca (GOMES e SOUZA, 2008).

Portanto pode-se dizer que preparador físico tem um papel importante nos

clubes de futebol, é responsabilidade do mesmo fazer com que os atletas estejam

bem condicionados para conseguir manter o alto nível durante toda a temporada.

2.3 Velocidade

Segundo (Platonov,2004) Velocidade, no esporte, é entendida como sendo

a capacidade de realizar ações motoras em um tempo mínimo e com a maior

eficácia possível.

Velocidade é a capacidade que o organismo ou parte dele possui para

realizar um movimento ou uma sequência de movimento no menor tempo possível

(AOKI, 2002). Há muito tempo se utiliza o termo geral velocidade para indicar as

qualidades do atleta que irão determinar diretamente as características de rapidez

da sua atividade (MATVEEV, 1991).

No futebol, velocidade é uma capacidade múltipla que depende da rápida

reação, do manuseio da situação, da rapidez em iniciar o movimento e dar

seqüência ao mesmo, da aptidão com a bola, do drible e também do rápido

reconhecimento e utilização das respectivas situações.

Segundo Gomes e Souza (2008) a velocidade e suas subdivisões são um

dos principais indicadores do desempenho do futebolista. Em combinação com um

alto padrão de movimentos técnicos, de coordenação e de força, as diversas

manifestações da velocidade são de importância primordial para as ações motoras

específicas do futebol.

A velocidade do jogador de futebol é uma capacidade verdadeiramente

múltipla, as quais pertencem o reagir e agir rápido, a saída e a corrida rápidas, a

velocidade no tratamento com a bola, o sprint e a parada, mas também o

reconhecimento e a utilização rápida de certa situação (WEINECK, 2004).

De acordo com Weineck (2004) a velocidade do jogador de futebol é uma

qualidade física complexa formada por diferentes subdivisões:

- Velocidade de antecipação;

- Velocidade de reação;

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- Velocidade de movimentos cíclicos e acíclicos;

- Velocidade de ação com Bola;

- Velocidade-habilidade.

2.3.1 Velocidade de antecipação

Para Platonov (2004), as reações apropriadas e efetivas dos desportistas

(normalmente em situações complexas de jogos coletivos e modalidades

individuais) podem ser explicadas pela ocorrência de um tipo de reação de

antecipação, presente na execução das ações.

De forma geral, entende-se como capacidade de antecipação o poder de o

esportista perceber a evolução e o resultado de ação, assim como o momento e a

freqüência dos acontecimentos, de forma correta e em tempo hábil para programar

as ações com objetivo correspondente (PÖHLMANN; KIRCHNER;

WOHLGEFAHRT apud WEINECK, 2004).

Quem reage mais rápido, devido a sua “pré-informação” tem mais tempo

pra agir, podendo fazê-lo com calma (WEINECK, 2004).

2.3.2 Velocidade de reação

A velocidade da reação motora é determinada, acima de tudo, pelas

propriedades dos analisadores à distância (visuais e auditivos) e pela dinâmica dos

processos do sistema nervoso central e pelas reações neuromusculares

(MATVEEV, 1991)

A velocidade de reação é também uma qualidade humana hereditária e

representa o tempo entre a exposição a estímulos (ação do adversário ou, da bola)

e a primeira reação muscular, ou primeiro movimento realizado (BOMPA, 2005).

Conforme Weineck (2003) a velocidade de reação é determinada pela

rapidez de análise da situação, pelo processamento das informações obtidas e

execução de uma ação motora adequada. Portanto a capacidade de o jogador

reagir no menor tempo possível a um estímulo externo, representa um importante

fator na sua performance no futebol.

No futebol, as situações que provocam sinais de reação não são definidas

no tempo e no espaço por causa de mudanças rápidas de situação, de manobras

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para ludibriar o adversário e de variações do movimento. (WEINECK, 2004).

2.3.3 Velocidade de Movimentos Cíclicos e Acíclicos

A velocidade acíclica, no futebol, pode ser entendida como velocidade de

movimentos sem bola - uma finta de corpo, mudanças de direção - e segundo

Barbanti (1986) se caracterizam por não apresentarem nenhuma repetição de

partes de fases em seu processo de movimento.

Segundo Weineck (2004), a velocidade acíclica trata de movimentos em

pequenos espaços, em ações isoladas.

Além dos movimentos acíclicos existem também os movimentos cíclicos,

que são aqueles em que ocorrem repetições de fases. Segundo Barbanti (1986) a

maioria dos movimentos de locomoção são cíclicos como andar, correr e nos

esportes há uma característica de velocidade de progressão cujos movimentos

abrangem o corpo todo.

A velocidade cíclica é representada por movimentos repetidos em

velocidade ou corridas de velocidade, por exemplo, corrida para a bola, fugir da

marcação do adversário, corrida com salto ou cabeceada (LANNI, 2009).

2.3.4 Velocidade de Ação com Bola

No futebol a velocidade de ação com a bola é muito importante para

conseguir superar a imprevisibilidade da ações imposta pelo jogo. Sendo assim a

velocidade de ação com a bola representa principalmente um componente

coordenativo / técnico da velocidade no futebol (WEINECK, 2004).

Segundo Gomes e Souza (2008) essa capacidade é encontrada mais

frequentemente nos esportes coletivos, como é o caso do futebol, e quatro fatores

interferem para reagir rapidamente com a bola. São eles: fixação visual da bola

(objeto em movimento), Avaliação da direção e velocidade da bola, Seleção do

Plano de ações e início das ações motoras.

2.3.5 Velocidade-Habilidade

Por velocidade – habilidade entende-se certa forma de velocidade complexa

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e especifica para determinada modalidade esportiva. Ela possui característica de

execução que controla a velocidade dos processos cognitivos e motores das ações

de jogo técnico – táticas que são controladas emocional e motivacionalmente de

forma diversa – refletindo-se em dadas situações de jogo (SCHLIMPER; BRAUSKE;

KIRCHGÄSSNER citado por WEINECK , 2004).

A velocidade-habilidade é uma ação que visa a precisão e não prioriza

necessariamente uma realização rápida da tarefa.

2.4 Força

Segundo Platonov (2004), força é entendida como a capacidade de superar

ou opor-se a uma resistência por meio da atividade muscular. Nesta mesma linha,

Zatsiorski e Matveev apud Gomes (2008), relatam que a força que apresenta o

homem como capacidade motora está relacionada com a capacidade de superação

da resistência externa e de ação oposta a essa resistência, por meio de esforços

musculares.

A força é observada a todo o momento no futebol: nos contatos com a bola

(chute, passe, cabeceio), nas corridas, nas arrancadas em velocidades ou sprints,

nos saltos, nas mudanças de direção, nos giros, nas fintas, acelerações e

desacelerações, disputas de bola contra os adversários e outras diversas situações.

Tal como a velocidade, a força se manifesta de diferentes formas que são

conhecidas como: Força Máxima, Força Rápida (explosiva) e Força Resistente (ou

resistência de força).

2.4.1 Força Máxima

Segundo Platonov (2004) A força Máxima abrange a capacidade máxima de

produção de força do desportista, durante uma contração muscular voluntária.

Força Máxima é a força que é desenvolvida por uma máxima contração

muscular. O aumento dessa capacidade gera melhorias na execução dos

movimentos específicos do futebol, tais como: aceleração, giros, saltos, sprints e

corridas em velocidade com mudança de direção. (BANGSBO 1991, apud,

SARGENTIM 2010)

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2.4.2 Resistência de Força

Resistência de Força é a capacidade do organismo de resistir à fadiga

durante o trabalho de força prolongado. (BOMPA, 2001, apud, SARGENTIM, 2010)

Conforme Harre (1976) é a capacidade de resistência à fadiga em

condições de desempenho prolongado de força. Este tipo de força esta diretamente

ligada a intensidade do estímulo (dada em percentual da força máxima) e o volume

do estímulo (soma das repetições). Esta capacidade é importantíssima no futebol,

pois a partir das características deste esporte pode-se notar o quanto a manutenção

da força, principalmente nos momentos finais das partidas, fará a diferença para um

bom desempenho do jogador.

A resistência de força para o jogador de futebol é a capacidade de se

manter produzindo força explosiva durante todo o jogo. Sendo que as principais

ações do jogo são realizadas pela força explosiva, que está propensa a fadiga.

2.4.3 Força Rápida/Explosiva

Segundo Platonov (2008), a força rápida é a capacidade do sistema

neuromuscular mobilizar o potencial funcional com a finalidade de alcançar altos

níveis de força no menor tempo possível. A força rápida (potência), por suas

características de manifestação, tem uma forte relação com a performance em

atividades esportivas.

Segundo Weineck (2004), a resistência de força rápida é uma valência

determinante para um bom rendimento de um atleta numa partida de futebol. O

autor define resistência de força rápida como a capacidade de poder agir com

movimentos velozes durante longo período de tempo sem que haja interferência

negativa em relação à força do chute, do salto ou do arranque.

A força explosiva pode ser definida ainda como sendo a capacidade

demonstrada na superação de certa resistência no menor tempo possível e é

caracterizada pelo sistema neuromuscular mobilizador do potencial funcional com a

finalidade de alcançar altos níveis de força (GOMES E SOUZA, 2008).

Page 25: Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

12

2.5 Resistência

Para Gomes e Mantovani (1996) a resistência é a capacidade física básica

que o atleta deve ter para jogar futebol. Ela é necessária para se movimentar e

manter um nível satisfatório na execução dos movimentos e fundamentos do jogo,

sem apresentar sinais de fadiga.

A resistência é determinada pelo sistema cardiorrespiratório, pelo

metabolismo, pelo sistema nervoso, sistema orgânico, pela coordenação dos

movimentos e por comportamentos psíquicos. Ela é uma qualidade psicofísica que

permite o individuo a suportar um esforço contínuo decorrente de exercícios

prolongados, durante um determinado tempo, suportando a fadiga. O grau de

desenvolvimento dessa capacidade está relacionado com a capacidade energética

do organismo do atleta, pelas exigências da modalidade esportiva, pela eficiência de

sua técnica e tática, isso tudo retarda o desenvolvimento da fadiga, etc. (PRADO,

1973; ZULIANI, 1977; TUBINO, 1979; WEINECK, 1989; BARBANTI, 1997;

WEINECK, 2003; PLATONOV, 2004).

2.6 Antropometria e os testes motores no futebol

No futebol moderno é importante avaliar e acompanhar a evolução das

valências físicas dos atletas, principalmente em jovens jogadores. Para isso existem

diversos testes que fornecem dados válidos e confiáveis.

Segundo Braz et al., (2008) diagnosticar os níveis de desempenho motor,

principalmente em crianças e adolescentes, além de proporcionar importantes

informações para o desenvolvimento das capacidades motoras envolvidas em

diversas modalidades esportivas, pode favorecer a prevenção, conservação e

melhoria da capacidade funcional resultando em melhores condições de saúde e de

qualidade de vida para a população.

A Antropometria vem ganhando destaque no âmbito esportivo pois é uma

importante área do conhecimento que tem o objetivo de analisar o perfil

morfofuncional de atletas de alto rendimento, tanto profissional mas como também

nas categorias de base, descrevendo toda sua composição corporal, através de

Page 26: Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

13

cálculos de percentual de gordura, estatura, massa gorda, massa magra, massa

óssea, massa residual, medição de diâmetros ósseos e circunferências de membros

(BOHME, 2000; MATKOVIC et al., 2003; PYNE et al., 2006; AVELAR et al., 2008;

MANTOVANI et al., 2008).

Page 27: Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

14

3 MÉTODOS

Este estudo se caracteriza por uma pesquisa de campo descritiva

transversal e quantitativa. Para Marconi e Lakatos (2001) uma pesquisa de campo

do tipo descritiva, quantitativa é aquela utilizada com o objetivo de conseguir

informações e obter respostas para um problema, consistem na observação de

fatos na coleta de dados e a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema

questão. Esse tipo de pesquisa aborda quatro aspectos principais: descrição,

registro, analise e interpretação de fenômenos atuais objetivando seu

funcionamento no presente.

Segundo Thomas, Nelson e Silverman (2007), a pesquisa descritiva tem por

premissa buscar a resolução de problemas melhorando as práticas por meio da

observação, análise e descrições objetivas, através de entrevistas com peritos para

a padronização de técnicas e validação de conteúdo.

3.1 População e Amostra

A amostra foi constituida por 26 jogadores de futebol da categoria de base

da equipe Junior Team, da cidade de Londrina , Paraná. Do gênero masculino e a

faixa etária compreendida de 15 a 17 anos.

Os atletas foram selecionados por conveniência a partir dos seguintes

critérios adotados:

1- Pertencer ao grupo selecionado pelo treinador para competições

principais.

2- Não apresentar nenhum tipo de lesão óssea, articular ou muscular e nem

ter um histórico muito recente destes tipos de lesão.

3- Atletas que tenham um percentual de frequência superior 90% nos

treinos físico-técnico.

Após ser informados sobre a finalidade dos testes e avaliações todos

atletas assinaram o termo de consentimento, livre e esclarecido.

Page 28: Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

15

3.2 Procedimentos de aplicação dos testes motores e medidas

antropométricas

Todas as avaliações foram realizadas pela comissão técnica da equipe e

membros do laboratório do CENESP/UEL e pelo autor do trabalho.

Foram coletadas medidas antropométricas e motoras dos atletas no seus

locais de treinamentos diários.

Para a capacidade motora força dos membros inferiores, foi utilizado a

execução do Salto Jump, a técnica de salto utilizada será o “squat jump” (SJ)

(Komi & Bosco, 1978) onde os indivíduos se posicionaram em pé, em cima

do tapete, pés paralelos, mãos no quadril, os joelhos flexionados à

90º(medidos através de um goniômetro manual colocado com seu centro de

rotação alinhado com a linha intercondilar lateral do joelho direito). Para que o

indivíduo tivesse sua tentativa validada ele deveria decolar e aterrissar com o seu

centro de gravidade, aproximadamente, na mesma posição para que não

houvesse erros na medida. Foram realizadas três tentativas e a melhor foi

utilizada.

Foi utilizada também a técnica do Contra movimento Jump (CMJ), em que o

atleta, partindo de uma posição de extensão dos joelhos em um ângulo inicial de

180º, era orientado a fazer uma flexão de joelhos até um ângulo de 90º, seguida de

uma extensão rápida, com o mínimo de parada entre estas fases, mantendo as

mãos fixadas no quadril e os joelhos em extensão durante o vôo e por fim o Salto

Livre contra movimento (LCMJ), onde a posição inicial é com os joelhos estendidos e

os braços soltos ao lado do tronco, podendo o indivíduo realizar o embalo com os

braços, de acordo com os procedimentos descritos por Bosco (1994).

A resistência aeróbica foi avaliada através do teste yo-yo endurance

intermitente nível 2 seguindo protocolo de Bangsbo (1996).

Trata-se de um teste de ida e volta de característica intermitente (como o

futebol). Consiste na realização de dois percursos (ida e volta) num espaço

previamente demarcado de 20m. Avalia a capacidade de um jogador efetuar

repetidas vezes, esforço de alta intensidade, com ações que variam de acordo com

os tempos de intervalo estabelecidos pelos sinais sonoros. A cada percurso de ida e

volta existe um período de recuperação de 5 segundos. A velocidade inicial de

deslocamento é de 13 Km/h e vai aumentando gradativamente Essa prova é

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16

extremamente útil para o futebol onde a capacidade de realizar um esforço depois

de períodos curtos de recuperação pode ser decisiva para o rendimento durante a

competição

Para a realização do teste é preciso dispor dos seguintes materiais:

- aparelho reprodutor de som; - CD(áudio) com os sinais sonoros; - cones para marcação das linhas; - e folhas de anotação para acompanhamento dos trajetos de 20m completados (estágios). Para determinar o VO2 máximo foi utilizada a seguinte fórmula:

Vo2máx= distância(mts) x 0,0136 + 45,3

3.2.1 Teste de Velocidade de Corrida de 10 (V10) e 30 metros (V30m)

Foi realizado o teste de velocidade de 10 (V10m) e 30m (V30m), conforme

procedimentos de Svensson e Drust (2005). Subtende-se que a primeira distância

representa a capacidade de aceleração do futebolista e a segunda sua velocidade

máxima (LITTLE; WILIANS, 2005). Para a mensuração do tempo nos testes foi

utilizado o sistema de fotocélulas Velocity Test 6.0 CEFISE®. Cada futebolista

realizou duas tentativas com intervalo de quatro a cinco minutos de recuperação, o

melhor tempo alcançado foi considerado.

Todos os futebolistas da equipe já possuíam conhecimento dos

procedimentos adotados e familiarização com o teste utilizado.

3.2.2 Medidas antropométricas

Os jogadores foram medidos e avaliados nas seguintes variáveis:

Massa corporal, Estatura e Percentual de gordura (utilizando o método de dobras

cutâneas), onde foram medidas as seguintes dobras: Tricipital, subescapular, supra-

íliaca e abdominal. Para medida das dobras cutâneas foi utilizado o Compasso de

marca Lange e a fórmula de Faulkner que consiste na (soma das 4 dobras) x

0,153+5,783/100.

Page 30: Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

17

3.3 Análise Estatística

A análise dos dados foi realizada através de uma estatística descritiva

apresentando resultados médios e desvio padrão da categoria selecionada.

Para testar a normalidade dos dados foi utilizado o teste Shapiro Wilk, em

seguida se for distribuição normal, o Teste t de student, caso não de distribuição

normal o teste de Mann-Whitney para analise de significância. O nível de

significância adotado foi de p<0,005.

Os cálculos foram realizados utilizando-se um pacote estático do programa

SPSS, versão 17.0.

Page 31: Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

18

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1 - Características antropométricas e capacidades motoras do período pré e competitivo dos jogadores da categoria sub 17 da equipe “Junior Team” da cidade de Londrina – Paraná.

N = 26 Período de Preparação

Período de Competição

Δ %

Sig

Idade (anos) 16,08 (± 0,77) ----- ---- ----

Estatura (m) 176,7 (± 0,07) 176,9 (± 0,08) 0,11 ----

Massa corporal (kg) 71,31 (± 6,12) 72,42 (± 6,77) 1,56 ----

Percentual de gordura 11,12 (± 1,32) 9,54 (± 2,38) -14,21 ,022

Velocidade – 10m (seg) 1,81 (± 0,09) 1,76 (± 1,32) -2,76 ,130

Velocidade – 30m (seg) 4,27 (± 0,13) 4,25 (± 0,14) -0,47 ,592

Squat jump (cm) 32,37 (± 3,39) 36,68 (± 3,42) 13,31 ,001

Contra movimento jump (cm) 33,88 (± 2,93) 38,86 (± 4,46) 14,70 ,000

Livre contra mov jump (cm) 41,89 (± 3,71) 46,16 (± 4,46) 10,19 ,003

Distância Percorrida (m) 1.454 (± 332,9) 1.457 (± 347,4) 0,21 ,972

VO2 máximo (ml/kg/min)-¹ 48,61 (± 2,78) 48,65 (± 2,90) 0,08 ,962

A tabela 1 apresenta os resultados de medidas antropométricas, idade,

estatura, massa corporal, % gordura, e motora, velocidade 10 e 30 m, Squat Jump

(SJ), Squat contra movimento jump (CMJ), Squat contra movimento livre jump

(LCMJ), distancia percorrida (teste YOYO) e VO2 máximo do período pré e

competitivo dos jogadores de todas as posições da equipe Junior Team da cidade

de Londrina Paraná nas categorias sub 17.

Pode-se observar diferença significativa com relação ao percentual de

gordura, onde houve um decréscimo de 14,21% se comparado com o período pré,

p=0,02.

Houve um pequeno aumento da massa corporal dos atletas, isto pode ser

explicado pelo aumento da massa muscular durante o processo de crescimento e da

puberdade (MALINA, BOUCHAR e BAR-OR,2004).

Na comparação dos saltos, é possível observar diferença significativa em

todos os tipos de saltos. No Squat Jump houve eu aumento de 13,31% em

comparação com o momento pré, p=0,01. No salto Contra movimento jump foi

constatado um aumento de 14,7% no período de competição. Já o salto Livre contra

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movimento jump foi observado um aumento de 10,19% se comparado ao período

pré, p=0,03.

Com relação ao VO2 máximo não foi observado diferença entre o período

pré e competitivo, isso pode ter acontecido pelo fato de que os atletas foram

bastante treinados em resistência aeróbica e durante o intervalo até a competição foi

trabalhado com maior foco outras valências físicas, como por exemplo, a potência

que nos saltos mostrou grandes diferenças.

Tabela 2 – Resultados das medidas antropométricas por posição, no período pré e

competitivo da categoria sub 17 da equipe Junior Team da cidade Londrina –

Paraná.

Atleta Posição Idade (anos) Estatura (metros) Massa Corp. (kg) % Gordura

Pré – Comp Pré – Comp Pré – Comp Pré – Comp

2 Goleiros 16,5 – 16,5 1,87 – 1,87 78,1 – 78,1 10,3 – 10,3 6 Zagueiros 17,0 – 17,0 1,81 – 1,81 78,05 – 78,05 11,6 – 11,6 4 Laterais 16,2 – 16,25 1,74 – 1,72 73,6 – 70,6 11,9 – 12,0 3 Volantes 16,0 – 16,0 1,73 – 1,73 66,8 – 66,8 10,4 – 10,4 3 Meias 15,5 – 15,5 1,78 – 1,78 71 - 71 11,3 – 11,3 8 Atacantes 16,0 – 16,0 1,65 – 1,65 65,3 – 65,3 11,8 – 11,8

A tabela 2 apresenta as posições dos jogadores e os resultados de idade,

estatura, massa corporal, % gordura, pré teste dos jogadores da equipe Junior Team

da cidade de Londrina, nas categorias sub 17.

Pode-se verificar que de todas as posições os goleiros são os tem a maior

estatura com 1,87 metros de média, sendo os atacantes os jogadores com menor

estatura (1,65 metros de média).

Com relação a massa corporal os atacantes se mostraram os jogadores

mais leves com 65,3 kg de média, já os goleiros e zagueiros são os jogadores com

maior massa corporal, com 78,1 e 78,05 kg respectivamente.

Comparando o percentual de gordura as menores médias são dos goleiros

(10,3%), Laterais e atacantes demonstraram os maiores percentuais de gordura,

com 11,9 e 11,8% respectivamente.

Page 33: Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

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Tabela – 3 Resultados dos testes das capacidades físicas por posição no período

pré e competitivo da categoria sub 17 da equipe Junior Team da cidade de Londrina

– Paraná.

Atleta Posição V10m (seg) V30m (seg) SJ (cm) CMJ (cm) LCMJ (cm) DIST PER (m) VO2 MAX

Pré – Comp. Pré – Comp. Pré – Comp. Pré – Comp. Pré – Comp. Pré – Comp. Pré – Comp.

2 Goleiros 1,83 – 1,83 4,28 – 4,18 40,2 – 40,2 39,5 – 37,2 50,0 – 50,5 1035 – 1035 45,1 – 45,1 6 Zagueiros 1,79 – 1,79 4,29 – 4,29 36,5 – 36,4 40,3 – 40,3 48,1 – 48,5 1693 – 1693 50,6 – 50,6 4 Laterais 1,83 – 1,81 4,58 – 4,23 37,2 – 38,9 39,8 – 42,0 48,6 – 51,3 1330 – 1300 47,5 – 47,3 3 Volantes 1,71 – 1,71 4,17 – 4,17 34,2 – 34,2 38,5 – 38,5 46,4 – 37,4 1446 – 1546 49,8 – 49,4 3 Meias 1,84 – 1,84 4,25 – 4,25 36,6 – 36,6 37,7 – 37,7 43,9 – 43,9 1373 – 1373 47,9 – 47,9 8 Atacantes 1,84 – 1,84 4,28 – 4,28 37,0 – 37,0 38,2 – 38,2 42,3 – 42,3 1158 – 1158 47,8 – 47,8

A tabela 3 apresenta as posições dos jogadores e os resultados de

velocidade 10 m, velocidade 30 m, salto Jump, salto CMJ, salto LCMJ, distancia

percorrida, VO2Max do período pré e competitivo dos jogadores da equipe Junior

Team da cidade de Londrina Paraná nas categorias sub 17.

Pode-se observar nos resultados que os jogadores mais velozes são os

volantes, com 1,84 segundos em 10 metros e 4,17 segundos em 30 metros.

Nos testes de saltos o teste SJ o melhor desempenho foi dos goleiros

atingindo uma media de 40,2 centímetros e o pior foi dos meios campistas com a

media 35,4 centímetros No teste CMJ a melhor media é dos laterais sendo de 40,4

centímetros, e a pior media é dos atacantes de 37,7 centímetros. No teste LCMJ a

melhor media passa a ser dos goleiros novamente saltando 50 centímetros e a pior

dos atacantes saltando 40,5 centímetros.

No teste do YOYO para resistência aeróbia, em relação a distancia

percorrida o melhor desempenho foi dos zagueiros com a media de 1693 metros e a

pior dos goleiros com a media de 1035 metros, já em relação ao VO² máximo a

melhor media foi dos zagueiros sendo de 50,6 Mm/kg/min e a pior foi dos goleiros de

45,1 Mm/kg/min.

Para Balikian, et al 2002, que jogadores de futebol de campo de variadas

posições apresentam níveis diferenciados de condicionamento aeróbio,

possivelmente devido às diversas sobrecargas metabólicas impostas durante

partidas e treinamentos coletivos.

Outro estudo apresentado Sousa et al 2003, apresenta que nos resultados

relacionado à posição de jogo que podem ser importantes para a prescrição do

Page 34: Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

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treinamento. Os futebolistas que atuam nas posições de lateral, de meia e de

volante parecem apresentar uma maior exigência da resistência aeróbia, haja vista

que, no futebol moderno, os mesmos são solicitados a executarem um maior volume

de deslocamentos em alta e baixa intensidade, caracterizados pela distância total

percorrida durante o jogo.

Estes resultados são de fundamental importância para traçar um perfil dos

jogadores da categoria Sub-17 da equipe Junior Team, ao longo dos anos isso pode

fornecer valiosas informações com relação ao perfil antropométrico de jogadores

dessa idade e de diferentes posições.

O tipo de treinamento também deve ser levado em consideração, nesse

estudo não foi controlado o tipo de treinamento utilizado e os treinos foram

realizados em apenas um período, em pesquisas futuras sugere-se o controle das

valências físicas trabalhadas, além da importância de testar os atletas treinando em

dois períodos, isso pode ter sido um fator importante nos resultados obtidos.

Page 35: Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

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5 CONCLUSÃO

Após verificar e analisar os resultados encontrados nesta pesquisa com

atletas praticantes de futebol da categoria sub 17 da equipe Junior Team de

Londrina, Paraná, podemos concluir que:

Os atletas obtiveram grandes melhoras entre o período pré e competitivo

nos quesitos: % gordura, Salto Squat Jump, Salto contra movimento Jump e livre

contra movimento Jump.

Em relação ao percentual de gordura, as avaliações demonstraram índices

aceitáveis de gordura, entretanto era de se esperar tal fato, quando considerado o

nível de treinamento e o gasto calórico obtido.

Por outro lado variáveis como velocidade e VO2 máximo não foram

encontrados diferenças significativas. Os resultados estão atrelados ao tipo de treino

realizado neste período, a parte aeróbica já havia sido bastante trabalhada, portanto

os atletas já estavam em alto nível no período pré competitivo.

É importante destacar que os treinamentos para essa categoria são

realizados apenas em um período, pois, os atletas precisam conciliar as atividades

escolares com as esportivas, esse pode ser um fato que interfira diretamente nos

resultados obtidos, além disso, esse trabalho contribui de forma positiva para que

clube Junior Team tenha o controle e trace um perfil dos atletas da categoria sub-17

ao longo dos anos.

Por fim, há necessidade de maiores estudos com os jovens atletas,

principalmente no que diz respeito ao tipo de treinamento e as respostas no

desempenho motor e características antropométricas, a fim de haver melhores

esclarecimentos sobre o tema, visando melhores adequações aos programas de

treinamento e produção de conhecimento na área.

Page 36: Universidade Estadual de Londrina · Este trabalho teve como objetivo apresentar e comparar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria

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