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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CÂMPUS JUSSARA
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
JOÃO BOSCO MARQUES DE OLIVEIRA
A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA APLICADA AO ENSINO DE
FRAÇÕES
JUSSARA/GO
2017
JOÃO BOSCO MARQUES DE OLIVEIRA
A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA APLICADA AO ENSINO DE
FRAÇÕES
Monografia apresentada ao Departamento de Matemática da Universidade Estadual de Goiás – UEG, Campus Jussara, em cumprimento à exigência para obtenção do título de Licenciado em Matemática, sob a orientação do Professor Luciano Paulo de Araújo Maia.
JUSSARA/GO
2017
Dedico esse trabalho ao criador do céu e
da terra DEUS por me dar forças quando
não tive, coragem quando me faltou e
sabedoria para concluir o curso. Em
especial a pessoa mais importante da
minha vida, minha querida mãe Luciana
Marques de Oliveira, um exemplo de mãe,
trabalhando de sol a sol para nunca
deixar faltar nada para o filho, e agora irá
receber de todo seu trabalho, suor, amor
e ensinamentos o seu filho formado.
AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela oportunidade de me conceder mais essa conquista na minha
vida, a toda minha família, em especial a minha queria tia Maria Auxiliadora de
Oliveira Bonfim por sempre estar presente minha vida e por contribuir com minha
formação. Quero também agradecer meu avô João Marques de Oliveira por ter me
ajudado ser o que sou hoje, infelizmente não está entre nós para dividir tamanha
conquista, mas sempre estará no meu coração. Sou grato por cada momento que
tive durante minha vida acadêmica, momentos de alegria, tristeza, aprendizado e
harmonia, e tudo isso só foi possível por que estive ao lado das melhores pessoas
do mundo, pessoas as quais aprendi o verdadeiro significado da palavra amizade,
onde sempre estivemos juntos tanto na vida pessoal quanto a vida acadêmica, sou
grato e feliz por cada momento que vivi ao lado delas: Laynny Karla Beraldo Malta
que sempre esteve comigo, ajudando, ensinando, brigando e contribuindo para me
torna uma pessoa melhor. Daysa Nunes Correia que desde os primeiros momentos
acadêmicos, sempre me ajudou e não mediu esforços para me ajudar quando
precisei. Vanessa Amélia da Silva Rocha sempre nos fazendo sorrir com sua alegria
e sempre que precisei ela estava lá para me ajudar. Jeronita Carolina de Araújo que
sempre esteve presente e por ser uma pessoa tão legal durante todo curso. Amo
vocês meninas, minhas eternas amigas! Agradeço ao meu orientador Luciano Paulo
de Araújo Maia, que sempre vou lembrar, para mim é professor, amigo, psicólogo, e
várias outras funções em uma única pessoa. Foi quem me deu forças para não
desistir, nunca mediu esforços para me ajudar, contribuindo não apenas para minha
vida acadêmica, mas para toda minha vida pessoal e profissional.
RESUMO
O que propomos neste trabalho é o estudo de como o professor pode trabalhar a
ludicidade na educação matemática, especialmente no ensino de frações, para que
seus alunos participem ativamente das aulas e que possam desenvolver suas
habilidades intelectuais, cognitivas, imaginária e criativa. Para isso propomos jogos e
atividades lúdicas que são realizadas no nosso cotidiano onde os alunos poderão
desenvolvê-las junto com seus professores em sala de aula. Tais atividades auxiliam
os mesmos para que possam criar e ter seus próprios pensamentos sem que sejam
influenciados e que através de sua construção possa reconhecer seus erros e
acertos, sempre buscando conhecimento para si mesmo.
Palavras chave: Ludicidade. Educação Matemática. Aprendizagem.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7
1 LUDICIDADE ............................................................................................................ 9
A Importância da Ludicidade ................................................................................... 9
A Ludicidade na Educação .................................................................................... 18
A Ludicidade no Ensino da Matemática ................................................................. 20
2 JOGOS PEDAGÓGICOS ....................................................................................... 24
Cup Cake de Chocolate ......................................................................................... 24
2.1.1 Ingredientes, Recheio, Decoração e Modo de Preparo ............................. 25
Argolas Fracionárias .............................................................................................. 27
Dominó De Frações ............................................................................................... 28
Trilha de Frações ................................................................................................... 29
Salada de Frutas ................................................................................................... 31
CONCLUSÕES ......................................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35
7
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo mostrar a importância da Ludicidade
para a Educação Matemática, especialmente ao ensino de frações, pois o lúdico faz
parte do cotidiano das pessoas, variando de acordo com cada etnia e é uma
atividade que gera prazer ao ser realizada. Através dela temos a percepção que o
lúdico é inerente ao ser humano, fazendo parte de sua vida cotidiana, podendo até
desenvolver sua forma crítica de pensar e de ver o mundo, sua capacidade de
liderar e de se desinibir.
Quando entramos na área da Educação, um dos obstáculos à aprendizagem
dos alunos é a falta de motivação que os mesmos podem ter. Pois com as salas de
aula cheias e uma sobrecarrega de atividades, que o estudante acredita ser sem
sentido, faz com que eles se desmotivem das aulas. Tal realidade é mais constante
na Educação Matemática, onde vemos uma matéria complexa que requer ainda
mais atenção.
Sabemos, também, que os professores possuem suas dificuldades em
relação ao ensino aprendizagem, pois estão cheios de afazeres que superlotam sua
vida escolar, onde o mesmo tem que fazer planejamento, lançar notas e frequência
no sistema, criar e executar projetos e entre outros, que fazem seu dia a dia ainda
mais atarefado, deixando de lado as aulas que utilizam jogos e brincadeiras por falta
de tempo.
Quando nos referimos ao ensino de frações, que tem um grau maior de
dificuldade exigindo ainda mais estudos, o professor pode propor atividades
pedagógicas em que os alunos possam realiza-las para compreender melhor o que
está sendo proposto em sala, pois o ensino envolvendo apenas quadro e giz pode
não ser tão eficaz para essa aprendizagem.
Tendo em vista esse desafio de estudar e propor aulas mais dinâmicas e
lúdicas para que os professores tenham a participação ativamente dos alunos em
suas aulas e que esses estudantes possam aprender de forma mais prazerosa,
utilizando jogos e brincadeiras que podem ser realizas em sala de aula e até mesmo
em casa.
O método que utilizamos nesse trabalho é a pesquisa bibliográfica, onde
fizemos um estudo nas obras de autores que interligam a ludicidade com a
Educação, para sim saber os efeitos que o lúdico pode surtir na sala de aula e o que
8
pode ser feito para que os alunos aprendam ainda mais, desenvolvendo seu
pensamento intelectual e suas habilidades através de suas brincadeiras realizadas
no cotidiano.
Após o estudo realizado dividimos o trabalho em três seções, para uma
melhor compreensão do mesmo. Na primeira seção falamos da ludicidade, da sua
importância de um modo geral, da sua importância na educação e da sua
importância na educação matemática. Na segunda seção propomos atividades
lúdicas voltadas ao ensino de frações e como realiza-las. Na terceira e ultima seção,
apresentamos a conclusão do trabalho e perspectivas para trabalhos futuros.
9
1 LUDICIDADE
1.1 A Importância da Ludicidade
O termo lúdico tem origem no latim “ludus” que remete para jogos e ao
divertimento, a Ludicidade está associada ao prazer que uma determinada atividade
pode oferecer. Segundo Grando (2008), as atividades lúdicas são inerentes ao ser
humano, onde cada etnia tem sua forma de expressar o lúdico através de suas
culturas.
As atividades lúdicas são exercidas até mesmo sem nenhuma percepção,
pois estão ligadas ao prazer que sentimos em exercer tal atividade, onde uma
simples brincadeira que fazemos em nosso cotidiano, como andar de bicicleta, e até
mesmo quando estamos escutando uma música e dançamos conforme o ritmo, tudo
isso são formas de Ludicidade que proporcionam ao executor dessa atividade o
prazer em exercê-la.
O lúdico tem uma importância muito grande na vida da criança, pois é a partir
das brincadeiras que realizam na escola, que começam a socializar com os colegas,
e a partir desse primeiro contato que elas fazem com o brinquedo e o colega,
começa a desenvolver vários sentimentos, tais como amizade, confiança e a própria
autoestima. O professor tem um papel significativo nessa fase, pois é a partir dela
que a criança começa a se desenvolver e o mesmo tem que estar preparado para
lidar com diversas situações impostas a ele em sala de aula.
Para isso os métodos de ensinar devem ser diversificados, para que os
alunos possam acompanhar e se desenvolver como foi planejado e proposto pelo
professor, pois cada criança possui seu modo de expressar e seu determinado
tempo de aprendizagem, e tudo isso faz com que o Professor fique mais atento para
poder atender todos com a mesma eficácia.
As crianças têm maior facilidade de aprendizagem em momentos que elas
sentem prazer. Assim, os Professores podem refletir sobre utilizar métodos lúdicos
para diversificar suas aulas e seu contexto pedagógico, fazendo um ensino mais
divertido na vida das crianças.
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização
10
comunicação, expressão e construção do conhecimento. (SANTOS; 1997, P. 12).
Portanto, o Professor pode utilizar a ludicidade para que os alunos possam
criticar e construir seus pensamentos, fazendo sua própria reflexão e conclusão.
Para tal intento ele deve se limitar a fazer apenas sugestões e explicações
simplificadas, para que a criança aprenda a fazer sua própria construção de
conhecimento sem que seja forçada e sem mesmo reproduzir o que o Professor
mostrou, estimulando a fazer seu próprio pensamento.
O professor pode usar a ludicidade para que a criança possa estar mais
interessada e ainda estimular a aprender coisas novas. Pode ocorrer que a criança
pode não conseguir compreender certo conteúdo que o professor acabou de
explicar, e ao utilizar técnicas lúdicas, o mesmo pode motiva-las a se interessar pela
matéria que foi aplicada em sala.
A brincadeira faz parte de todo processo de aprendizado e desenvolvimento
da criança, onde ela aprende brincando e através dessas brincadeiras que ela se
socializa, cria novos pensamentos e novos conhecimentos. Ela precisa desenvolver
e criar sem que seja influenciada ou forçada, devido estar em um ambiente
realizando atividade lúdica que realiza em sua vida cotidiana.
Vygotski enfatiza a importância do brinquedo e da brincadeira do faz-de-conta
para o desenvolvimento infantil. Por exemplo, quando a criança coloca várias
cadeiras uma atrás da outra dizendo tratar-se de um trem, percebe-se que ela já é
capaz de simbolizar, pois as cadeiras enfileiradas representam uma realidade
ausente, ajudando a criança a separar objeto de significado. (CRAIDY; KAERCHER,
2001, p.30).
No entanto, a criança pode assimilar condições que são propostas a ela, ou
seja, a criança pode usar sua imaginação para adquirir mais conhecimento,
aprendendo a pensar de forma ampla e utilizar o que está a sua volta para que
possa de forma significativa aprender conceitos a partir desses. Em uma aula de
Matemática, por exemplo, a criança pode aprender frações, noções de espaço,
simetria e reflexão utilizando apenas seu conhecimento, muitas vezes ainda é
necessário que o Professor corte pedaços de frutas e bolos para que ocorra uma
melhor compreensão da matéria.
11
Dessa forma, com a Ludicidade ela irá aprender a explorar o todo o que está
a sua volta, tendo em vista de que na hora de uma avaliação, a criança não poderá
acessar o que o Professor utilizou em sala como cortar frutas, fazer dobraduras e
outros recursos, pois ele terá que ter todo entendimento que foi lhe passado e assim
realizar o exame sem dependência de material pedagógico.
A Ludicidade pode ser entendida do seguinte modo: a criança aprende sem
ficar dependendo de material, pois o que ela realiza em seus afazeres, no seu dia a
dia, como brincadeiras muitas vezes está repleto de ensinamentos que o Professor
pode utilizar em suas aulas, para que a criança possa aprender de forma mais
divertida, pois estará trabalhando dentro de sua própria cultura, isso faz com que as
crianças tenham maior compreensão do conteúdo estudado, sem falar que a criança
será muito mais motivada a estar desenvolvendo e realizando atividades que foram
proposta pelo Professor.
Em se tratando de envolver a criança com a escola, o Professor poderá
investigar as atividades realizadas pelas mesmas no recreio ou mesmo em sala de
aula, os mais variados tipos de recreações que essas crianças desenvolvem, o
Professor poderá trabalhar essa cultura que está inserida no cotidiano das mesmas
através de indagações e experimentos. Para que de fato possa trabalhar essas
brincadeiras de forma mais lúdica, é preciso da intermediação do Professor para que
essa forma de se trabalhar não saia do foco proposto e se torne um tempo perdido e
sem sequer alcançar os objetivos que é proporcionar um ensinamento prazeroso.
É pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das crianças que em todo lugar onde se consegue transformar o jogo a iniciativa da leitura ou da ortografia, observa-se que as crianças se apaixonam por essas ocupações tidas como maçantes. (PIAGET 1973).
Através desses ensinamentos, podemos notar a importância de se utilizar
jogos para aprendizagem, pois a partir dessas atividades lúdicas que elas realizam
no seu cotidiano, já começam a construir suas próprias concepções e ter iniciativa e
conhecimento para poder fazer leituras ou mesmo lidar com situações que muitas
vezes lhes são impostas, fazendo-a quebrar barreiras e a superar seus próprios
desafios. Tais atividades fazem com que a criança tenha um conhecimento mais
amplo, e ainda mais idealizador, podendo se reinventar e a criar atividades lúdicas
que fazem parte de seu processo de ensino aprendizagem, onde a mesma estará
12
propicia a investigar novos métodos e utilizar o lúdico que lhe proporcione prazer ou
mesmo um divertimento.
Cada pessoa tem seu modo de exercer a ludicidade, cada indivíduo cria sua
própria atividade lúdica, de acordo com a sua necessidade. Uma criança tem
inúmeras formas de brincar, quando está entre duas pessoas podem brincar de
adedonha, jogo da velha, pique-pegue e outras atividades. Já quando estão em
quatro, podem brincar de esconde-esconde, pega-ladrão, e muitas outras atividades,
ou seja, as atividades são adaptadas para qualquer situação, sendo criadas pelos
próprios jogadores a fim de ter uma atividade que lhes proporcione prazer,
divertimento, alegria, onde isso tudo se define a ludicidade.
A palavra ludicidade não está nos dicionários, mas segundo Weber (2014,
pg.08), o que define a ludicidade são essas seis palavras: jogar, brincar, brinquedo,
jogo, recrear e lazer. Esses exemplos lúdicos, não é apenas jogar ou brincar, mais
tudo que proporcionar prazer ao ser realizado, ou seja, inúmeras atividades que
podemos realizar e que nos proporcionem prazer é a ludicidade sendo realizada e
que às vezes nem percebemos. Já a palavra brincar possui vários significados,
como: não falar sério, distrair, foliar, entre outros (MACHADO, 1982), ou seja, são
inúmeras atividades que podem ser feitas e que se encaixa com o brincar.
O brincar é fonte de desenvolvimento e de aprendizagem, constituindo uma atividade que impulsiona o desenvolvimento, pois a criança se comporta de forma mais avançada do que na vida cotidiana, exercendo papéis e desenvolvendo ações que mobilizam novos conhecimentos, habilidades e processos de desenvolvimento e de aprendizagem (VIGOTSKY, 1998, p. 81).
Em outras palavras, brincar faz parte do processo de desenvolvimento da
criança, é fundamental para sua vida, pois está em formação de seus pensamentos,
criticidade além de ser uma cultura que a criança tem a necessidade de estar
desenvolvendo. A partir das brincadeiras a criança começa também o processo de
imaginação (VIGOTSKY, 1998, pg. 142), com o desenvolvimento de sua
imaginação, a criança começa a desenvolver mecanismos para sua inteligência e
aprende também a desenvolver atividades importantes para sua vida.
13
O brincar não significa apenas recrear, é muito mais, caracterizando-se como
uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma
e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas
que se estabelecem durante toda sua vida.
Assim, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade (OLIVEIRA, 2000, p. 67).
Oliveira (2000), também enfatiza a brincadeira para as crianças, onde brincar
também fazer parte do cotidiano infantil, e traz muitos benefícios, como: imaginação,
desenvolvimento de personalidade, afetividade, inteligência, criatividade e outros, ou
seja, a partir do contato com outras crianças através de alguma brincadeira realizada
no cotidiano, a criança realizará uma troca de experiência, onde irá aprender com
seus colegas, coisas importantes para sua vida, como: afeto, respeito, perdão, saber
lidar com diversas situações, compartilhar e ceder quando necessário.
Tudo isso faz parte do processo educacional, onde as crianças muitas vezes
são levadas as creches para poder realizar essas atividades, isso ser aprendido
nessa fase, onde a criança está em desenvolvimento e construção do seu próprio
saber. Santos (2002) salienta a importância que a ludicidade traz para vida do ser
humano, onde faz parte do desenvolvimento das pessoas, nos aspectos culturais,
mentais entre outras.
(...) uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento (SANTOS, 2002, p.12).
O jogo faz parte do desenvolvimento da criança, onde ela pode concordar e
também discordar das ações realizadas pelos colegas, aprende a ouvir, respeitar e
também tomar decisões que é de forma significativa para seu aprendizado e sua
vida. E essa forma de jogar traz para o aluno o desenvolvimento de sua inteligência,
pois o jogo é uma forma lúdica de se aprender (CARVALHO, 1992, pag. 28).
14
Segundo Almeida (1978), a criança, nos dias de hoje está menos ligada à
sua família, raramente expande sua alegria no ambiente em que moram. Pois o lar
delas pode se transformar em uma pequena empresa, onde cada um tem a sua
função. Sua mãe a função de fazer comida, lavar passar. Seu pai a de trabalhar e
por comida na mesa e seu irmão a de ajudar a em seus afazeres.
Esse ciclo em que vivem transforma um lar em um ambiente fechado onde ao
invés de se comportar como uma família alegre se comporta como funcionários de
uma empresa, deixando de lado alguns quesitos que fazem parte da vida dessas
famílias, para que essas crianças possam crescer com mais desenvolvimento e de
forma mais alegre, interagindo e criando um laço com sua família. Aquele
entrosamento vínculo entre a família, a comunicação e participação efetivas dos
membros da família já não existe mais, são apenas vivencias que deixaram de
existir nos dias de hoje.
O que acontece é que nos lares de hoje, as crianças são vistas como um
desmancha prazer ao invés de se uma fonte de alegria para o lar, pois às vezes
atrapalham seus pais a assistirem suas novelas, filmes ou programas favoritos. E
ainda se a criança se queixar pode ser reprendido ou castigado, ou seja, trocam a
alegria de seus filhos por simplesmente um programa popular.
Muitas vezes os pais sobrecarregados pelo trabalho e encargos cotidianos,
não dá a atenção necessária a seus filhos, com a correria do dia a dia deixam seus
filhos sem atenção, sem notar simplesmente o sorriso no rosto deles, onde podem
afetar seu desenvolvimento por muitas vezes pesar que seus pais que não se
interessam e não dão atenção a ela.
É notório que os pais de hoje não dispõem de tempo para poder estar
acompanhando e interagindo com seus filhos, mas a esse curto tempo que ainda
dispõe deles, os pais devem organizar e promover um programa de entretenimento
para possa estar mais ao lado de seus filhos. Não é a televisão ou um simples jogo
que vai suprir a falta da presença dos pais, pois a alegria do filho é ter seus pais
participando, brincando junto a eles, e para suprir essa necessidade as crianças
direcionam seu olhar para televisão.
A televisão é responsável pelo atraso cultural e passividade das pessoas,
onde começam a agir de forma mais passiva, onde esperam a respostas e não vão
atrás dela, tirando a capacidade de imaginação, raciocínio e redescoberta, onde
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fazem apenas imitar tudo que veem e ouvem, sem ter pensamento de buscar para
descobrir.
Tratar uma criança como um adulto em miniatura pode afetar seu
desenvolvimento, pois ela precisa de alegria e de se divertir, isso faz parte de seu
processo de vida, é imprescindível que a criança fique sem seus divertimentos, pois
é tão importante a elas quanto respirar.
A importância de uma criança estar se desenvolvendo através de sua
espontaneidade, brincadeiras e imitações é parte de se seu processo de
aprendizado tanto intelectual quanto espiritual, para que possam através dessas
brincadeiras que muitas vezes realizam com seus colegas, os sentimentos de
perdão, partilha, compreensão e paciência, para que ao crescer, aprender a lidar
com várias situações de seu cotidiano o que ela aprendeu quando foi criança.
Ainda de acordo com Almeida (1978), a alegria e a necessidade de
desenvolver atividades lúdicas quando criança por volta dos 6 anos de idade é
indispensável para o desenvolvimento intelectual, físico, cognitivo e social das
crianças.
Ou seja, todo esse mundo de imaginação e brincadeiras que a criança cria e
se diverte, faz parte de sua cultura, é ali que ela começa a se desenvolver e a
começar a ser mais independente e agindo de forma mais ativa com seus
pensamentos e modo de agir.
Essa é uma fase da vida que as crianças precisam estar realizando essas
atividades lúdicas, que são realizadas de forma sadia e alegre que faça eles a gastar
sua energia criando, recriando, brincando e aprendendo coisas novas. Na escola
essas atividades devem ser analisadas para que o professor possa trabalhar
modelando a forma de a criança demonstrar naturalmente o seu próprio eu.
A escola tem como princípio básico de modelar essas crianças para que
sejam inseridas na sociedade, para que aprender a se comportar e a ser um cidadão
de bem, e esses ensinamentos a escola pode intervir nas próprias brincadeiras que
as crianças fazem no seu cotidiano, usando jogos pedagógicos em suas atividades
para que possam através de suas atividades lúdicas exercidas, poderem aprender
ainda mais.
E estar pouco a pouco inseridas na sociedade com propósito de aprimorar
seus conhecimentos e a mostrar a realidade a essas crianças, para que possam
desenvolver sua saúde, física, mental e intelectual.
16
Já na questão do desenvolvimento físico a criança por meio das atividades
físicas promove vários métodos que ajudam no seu desenvolvimento, pois a
necessidade de se expressar e realizar tais atividades contribui para que a criança
se desenvolva de forma saudável e ainda realizando e criando jogos que fazem
parte de seu cotidiano.
Essas brincadeiras que as crianças realizam no seu dia a dia, contribuem
para que ela possa satisfazer suas necessidades, gastando suas energias,
desenvolvendo movimentos com simples atividades naturais que ajudam também a
estar estimulando seu próprio corpo, realizando movimentos e amadurecendo sua
forma de se expressar através de simples atividades físicas desenvolvidas em seu
cotidiano.
As realizações dessas atividades ajudam a criança a explorar seu próprio eu,
aprendendo a lidar com situações que seu corpo lhes proporciona, além de
desenvolver suas atitudes, podem contribuir o desenvolvimento de sua saúde
mental, intelectual, emocional, social e física da criança.
Esse método de estar inserindo as atividades físicas com meio de satisfazer a
necessidades do crescimento da criança serve para que possam estar
desenvolvendo não apenas a parte física da criança, mais sim mostra que ele possui
ainda mais coisas que podem sem exploradas por elas mesmas, e ainda mostrar a
elas que estar sempre em busca de desafios buscando suprir suas necessidades.
Quando se trata da parte intelectual a criança possui diversos jogos
pedagógicos que pode ajudá-las a desenvolver a memória, atenção, desinibir,
observar, raciocinar e diversos outros fatores que podem ser trabalhados para que
possam até mesmo perder a vergonha de se expressar e poder interagir de forma
gradativamente em sua vida cotidiana, fazendo assim as crianças quebrarem suas
as barreiras que muitas vezes a prejudicam quando vão expressar e a expor suas
ideias.
Nessa ideia quando falamos de jogar, o que vale não é a vitória ou derrota,
mas a participação e a atuação desenvolvida durante o próprio jogo, através da
parte intelectual desenvolvida em certo jogo, a criança fica estimulada a criar sua
própria estratégia de jogo e adquirindo ainda mais confiança em si mesmo, onde fica
orgulhosa de si mesma quando cria uma estratégia de jogo e vence o jogo com sua
própria garra, dedicação e inteligência, fazendo ela mesma perceber que o tanto que
é capaz.
17
Jogando, elas chegam a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. É por isso que, pela própria evolução interna, os jogos das crianças se transformam pouco a pouco em uma construção adaptada, exigindo sempre mais do trabalho efetivo, a ponto de, nas classes pequenas de uma escola ativa, todas as transições espontâneas ocorrerem entre o jogo e o trabalhador (Piaget. Pag. 158).
O jogo proporciona a criança perceber que é capaz de desenvolver muitas
atividades além das que realizam em seu cotidiano. A partir desses ensinamentos, a
criança quando está manipulando algum material ou alguma coisa em seu ambiente,
começa a ter um olhar ainda mais amplo sobre as coisas, descobrindo as
possibilidades que esse material pode assumir, dando corda a sua imaginação
começa a fazer suas próprias conclusões, descobrindo e aprendendo a formar
valores e fazer suas escolhas, desenvolvendo sua inteligência para que faça sua
própria analise e fazer suas escolhas.
Além de desenvolver sua mente a criança por muitas vezes inibida ou com
pouco recurso para estar inserida a certo grupo de alunos, utilizam o meio lúdico,
através de jogos para poder estar quebrando essa barreira e poder interagir com
outros colegas, ou seja, jogo tem uma importância muito grande para a criança, pois
a partir de algumas atividades realizadas em escola, bairros e outros lugares,
permitem que a criança comece a trabalhar e a estimular esse lado que a faz estar
certas vezes excluídas.
Para os benefícios sociais que a ludicidade traz para vida da criança,
observamos que as crianças em seus primeiros anos de vida, desenvolvem várias
situações lúdicas, quando estão brincando de boneca, carrinho ou com cavalo de
pau. Esse período a criança começa a entrem em um mundo de imaginação, pois
esse mundo é criado para representar uma realidade que ainda não podem
alcançar, e através disso ela começa a fazer suas próprias conclusões do mundo
imaginário e o mundo real em que vivem.
As crianças nessa fase começam a realizar suas atividades lúdicas do
cotidiano com a interação dos colegas, já começa a criar seus times de futebol
criando e interpondo suas próprias regras, onde não veem como um
constrangimento, mais sim como normas e condições que foram criadas para
cooperar na realização e execução da atividade.
18
Fazendo a criança a desenvolver o sentimento de companheirismo, pois
nessa idade eles gostam de estar sempre em grupos para poder correr, estudar,
jogar, passear e diversas coisas, e sentimento de companheirismo traz a
importância de fortalecer o grupo, pois cada um tem seu modo de pensar, ninguém é
excluído, todos contribuem para a vitória do grupo, desde o mais dotado ao estar
contribuindo para seu grupo.
Quando tratamos dos benefícios didáticos a escola as vezes castiga e
reprime os alunos que por muitas vezes estão brincando ou mesmo que não esteja
prestando atenção na aula.
O que acontece é que os alunos veem a escola de forma que ficam presos o
que muitas vezes fazem é se recolher em um isolamento ostensivo e esperar bater o
sino. Muitas vezes isso é visto como indisciplina pelos Professores, mas por que os
alunos não comportam de forma indisciplinada quando estão brincando ou fazendo
uma atividade lúdica de seu cotidiano, o que acontece é que os alunos muitas vezes
estão abarrotados e cansados de tantas atividades que aparece em seu dia a dia
nas escolas, o aluno sempre fica esperançoso quando se aproxima de um feriado ou
um simples final de semana para que possam brincar e realizar suas atividades
lúdicas.
Para que o professor possa estar resgatando a participação ativamente de
seus alunos é ter aulas mais motivadoras e mais lúdicas, onde o aluno teria mais
espaço para poder estar desenvolvendo suas habilidades, estar interligando o prazer
de brincar com o aprendizado, fazendo esses alunos a estar muito mais empenhado
a aprender e dispostos a estar buscando mais conhecimentos em sala de aula.
A Ludicidade na Educação
O professor em contexto geral está sempre buscando novos caminhos para
se aprimora o ensino, onde a utilização apenas de quadro negro e giz nas aulas não
está suficiente sendo para que os alunos possam aprender de forma mais cognitiva.
Um dos meios que o professor pode utilizar para engrandecer suas aulas é através
da Ludicidade, pois a atividade lúdica faz parte do processo cognitivo delas. O lúdico
não se trata apenas de brincadeiras, mas sim um contexto pedagógico em que o
professor pode se estruturar para ensinar de forma mais prazerosa para seus
alunos. A aplicação da ludicidade em sala de aula é feita
19
através de intermediação do Professor, para que o aluno aprenda a desenvolver as
ações propostas, fazendo a ludicidade aplicada alcançar o objetivo que foi proposto.
A ludicidade aplicada em sala de aula, independente da matéria, é eficaz para
que alunos possam aprender, onde o professor usando esse recurso metodológico
engrandecerá e motivara seus alunos a aprenderem. Um exemplo é utilizar
cruzadinhas, advinhas e também colocar seus alunos para cantar, isso tudo são
métodos que o professor pode utilizar em uma aula de inglês, recurso simples mais
motivacional para o aprendizado de seus alunos.
Outra prova disso, são as aulas de geografia, que por diversas vezes o
professor utiliza mapas geográficos e globos educacionais para maior compreensão
do conteúdo, tendo em vista que o professor não dispõe de tempo para desenhar
mapas e estruturas geográficas no quadro negro, pois estará perdendo tempo e
tirando o foco da aula, porque em quanto desenha, o aluno se dispersa, fazendo-o
perder o controle da sala e ainda não terá tempo suficiente para esclarecer as
dúvidas dos alunos, fazer correções ou coisa do tipo.
Já na matemática, que é tida como uma matéria de difícil compreensão, o
professor tem a opção de trabalhar o lúdico em suas aulas, pois através da
ludicidade o mesmo pode motivar seus alunos através de jogos e brincadeiras que
fazem parte de seu cotidiano, fazendo as aulas de matemática ainda mais atraentes
para os alunos.
Os alunos têm um grande convívio com a matemática em seu dia a dia,
fazendo cálculos, comprando, voltando e recebendo troco e outras coisas. Isso
mostra que o professor precisa optar por formas lúdicas de ensino que possa
mostrar e simular a realidade do aluno com a matéria dada, não só em matemática,
mas também em outras áreas, onde estão acostumados e ter seu próprio estilo de
vida.
Seria bem mais interessante o aluno aprender coisas que ele mesmo irá usar
em seu cotidiano e que contribua ainda mais para sua vida, pois é normal o
professor ser indagado pelos alunos onde eu vou usar isso?
Pois não aprende apenas para fazer provas e sim para sua vida cotidiana. Na
escola o professor pode também optar, ao invés de contar números, fazer fichas
com números e simular dinheiro para que o aluno possa voltar troco, compra, pagar,
preencher cheques e etc. isso tudo é significativo aos olhos do aluno, onde não se
20
contenta mais em apenas em histórias ou perguntas de questões que não estão
relacionadas com seu cotidiano.
Isso mostra que a ludicidade faz sim, significância para o processo de ensino
aprendizagem, sendo que através dela os alunos podem trazer para a sala de aula o
que se aprende fora da escola, depende apenas de intermediação do Professor para
poder lapidar esse processo, pois inúmeras brincadeiras realizadas pelos alunos
fora da escola ou até mesmo no recreio podem conter vários conceitos que podem
sem trabalhadas em sala de aula, como noções de espaço e probabilidade quando
está se trabalhando a matemática, já em língua portuguesa, o aluno pode estar
vivenciando no seu cotidiano linguagens, poemas e acentos, na Língua Inglesa
através das músicas e assim por diante.
A Ludicidade no Ensino da Matemática
A Matemática é uma matéria que necessita muita atenção e empenho tanto
do Professor quanto do aluno, pois existe uma complexidade em alguns conteúdos
que podem exigir maior dedicação mais para ter uma compreensão mais eficiente,
fazendo o aluno por muitas vezes ver a Matemática como uma matéria muito difícil.
Notamos que, para o ensino da Matemática, que se apresenta como uma das
áreas mais caóticas em termos da compreensão dos conceitos nela envolvidos,
pelos alunos, o elemento do jogo se apresenta com formas específicas e
características próprias, propícias a dar compreensão para muitas das estruturas
Matemáticas existentes e de difícil assimilação (ALVES, 2012). O que acontece é
que a criança possui dificuldade em alguns conceitos matemáticos devido a sua
complexidade quando se tratam de frações e raízes.
Mas o Professor pode agregar suas aulas com a forma lúdica de se ensinar a
Matemática, pois o aluno possui uma grande riqueza intelectual que o professor
pode ajudar os alunos a explorar esse mundo que ainda desconhecem, através de
brincadeiras, jogos e muitas outras maneiras que façam a buscar conhecimento e
que possam desenvolver suas próprias habilidades com o ensino da Matemática de
forma lúdica.
Para que o aluno possa ver a Matemática como uma matéria importante e de
grande transformação é necessário que o Professor trabalhe de forma mais lúdica,
utilizando acontecimentos do cotidiano ou mesmo algo que chame atenção dos
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alunos, para que eles possam aprender de forma mais prazerosa, se observarmos
no cotidiano desses alunos, vemos inúmeros conceitos que podem ser utilizados
para aplicação da matemática.
Uma simples brincadeira de amarelinha é rica em conceitos matemáticos que
muitas vezes os alunos brincam no seu dia a dia e nem percebem a riqueza que
essa atividade possui tais como: simetria e reflexão, probabilidade, noções de
espaço e outros mais que o professor pode trabalhar com seus alunos para que
mesmo brincando possam aprender e ainda de forma prazerosa a eles.
Em uma entrevista realizada por Muniz (2010), à uma aluna de uma escola
primária francesa em 1996, onde observando um grupo de meninas brincando e
jogando um jogo chamado POG (é um jogo comum entre as crianças da França, que
é desenvolvido por meio de fichas redondas de plástico, cada uma contendo um
valor diferente. Onde ganhava quem conseguisse desvira-la). Uma menina explicou
as regras do jogo e esse momento o autor aproveitou a ocasião e começou a refletir
sobre a presença da matemática no jogo.
Pesquisador: Podemos jogar POG na sala de aula? Aluna: Não, somente no recreio! Pesquisador: Para que serve o recreio? Aluna: Para brincar. Pesquisador: E a aula, serve à que? Aluna: Para trabalhar. Pesquisador: Quando brincamos, podemos aprender alguma coisa? Aluna: Sim. Pesquisador: O que? Aluna: A pintar, desenhar, a ler ou a escrever, se houver letras e palavras no jogo! Pesquisador: E Matemática? Podemos aprender Matemática quando brincamos? Aluna: Eu acho que não. Pesquisador: O que devemos fazer para aprender Matemática? Aluna: Trabalhar, nós devemos trabalhar! Pesquisador: E Brincando isso é possível? Aluna: Ah não! (MUNIZ, 2010)
Para os alunos a matemática é uma matéria associada ao trabalho, onde eles
param com a brincadeira e começam a trabalhar, ou seja, veem a matemática como
algo que não pode ser feita de forma lúdica. O que acontece é que esses alunos
vendo a complexidade de alguns conteúdos matemáticos, não assimilam a
matemática com nenhum tipo de jogo ou brincadeira, pois estão acostumados a
calcular e resolver as atividades propostas pelo professor que as vezes aplicada
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sem nenhum contexto ou atividade do cotidiano que estão acostumadas a viver.
Nessa pesquisa podemos perceber que a entrevistada acha que não é possível
aprender matemática brincando, mal sabe que existe uma grande riqueza
matemática em suas brincadeiras, inclusive no jogo que estava realizando durante a
entrevista.
Para que o processo de ensino aprendizagem seja eficaz e que tenha um
empenho de ambas as partes, tanto do professor, quando do aluno, é necessário
que ambos sejam motivados a se relacionar com o ensino de forma que todos
aprendam e construam caminhos para a aprendizagem.
Para que o ato de frequentar a escola e participar de todas as atividades ali realizadas seja efetivado, é necessário e fundamental que educandos e educadores sintam-se motivados e/ou tenham interesse para tal (ALVES 2012).
Muitas vezes o aluno se sente desmotivado com a quantidade de formulas e
atividades passadas pelo Professor, sabemos esse processo é necessário para a
aprendizagem dos alunos, mas o Professor pode utilizar outros métodos de ensinar
e o que estamos propondo nesse trabalho é a forma lúdica de se trabalhar na
Educação, especialmente no Ensino da Matemática.
Já o Professor, possui muitos afazeres que tomam seu tempo, fazendo assim
por muitas vezes deixar de trabalhar o lúdico em sala de aula por não se dispor de
tempo, ou seja, para que flua e os alunos e professor ande pelo mesmo caminho é
necessário que ambos quebrem suas barreiras e comecem a investigar a melhor
forma de aprendizado, para que tenham um ensino mais eficaz.
Na matemática é preciso que o Professor trabalhe de forma mais simplificada,
pois há alunos com dificuldade de aprendizado e não consegue acompanhar o ritmo
dos colegas.
Assim foi melhor, porque as pessoas aprendem na prática e estudamos vendo que tudo ali acontecia na nossa vida. As pessoas não querem ficar só naquilo de estudar e colocar na cabeça, as pessoas querem estudar e aprender de maneira prática. (ALVES, 2012).
As pessoas buscam conhecimento para sua vida cotidiana, ou seja, não
estudam apenas para decorar ou fazer provas, mais sim para somar na sua vida e
obter ainda mais conhecimento que façam diferença e contribua para sua educação,
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por isso a importância de um ensino que trabalhe mais o cotidiano e a realidade das
pessoas, para que através de um conteúdo matemático, ele possa resolver
problemas do dia a dia e diversas situações que foi realizada ou mesmo simulada
em sala de aula.
Quando aplicada certa atividade lúdica que chama a atenção dos alunos,
vemos o entusiasmo e a alegria que eles realizam as atividades propostas pelo
Professor, e é essa alegria e o mesmo entusiasmo que os alunos buscam por conta
própria o seu conhecimento, sem que seja força a aprender ou realizar a atividade.
Pela aplicação dos jogos e pelas demais atividades desenvolvidas, suscitou-
se a efetiva participação nas aulas de matemática, pois os alunos sentiam-se
motivados, tendo interesse e prazer para tal, propiciando também o desenvolvimento
da aprendizagem de conteúdos matemáticos (ALVES, 2012).
Através dessas atividades realizadas, sejam elas dinâmica, gincana ou
brincadeira, o aluno está mais propicio a aprender, pois está dentro seu próprio
espaço, onde é acostumado a realizar essas atividades no seu cotidiano, com seus
colegas, isso mostra que os alunos ficam muito mais empenhados a aprender
utilizando seu próprio modo de viver no cotidiano.
Por isso não se deve realizar atividades que fujam da realidade deles, isso faz
com que eles se desmotivem a aprender e não tenham interesse pela Matemática,
pois enxerga como uma forma de trabalho e não como algo que contribua para sua
vida fora e dentro da escola.
A educação deve ser algo que motivem os alunos a criar e construir suas
próprias concepções, e quando nos referimos ao trabalho o professor deve instruir
seus alunos a fazer suas próprias indagações e que criem seu próprio modo de
aprender.
Referindo – se ao lúdico na Educação, vemos a facilidade do aluno para criar
jogos ou brincadeiras, eles apresentam inúmeras formas e jeitos de brincar, com ou
sem recurso eles fazem suas próprias construções, utilizando o que tem a sua volta.
“(...) poder de ação e de decisão do indivíduo em criar a sua obra, ou seja, seu jogo
APUD ALVES” (GRANDO 1995, pag. 72).
Pois os alunos têm um grande poder de criatividade para construção de
jogos, isso faz com que eles possam aprendem a se tornar mais independente e
buscando ainda mais conhecimento, seja ele para sua vida estudantil ou cotidiana.
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Quando nos referimos a jogos, vemos que os alunos têm autonomia para
criar, opinar e realizar atividades, isso faz com que os alunos aumentem seu
potencial e a ser mais autônomo.
Para Piaget (1948), principal objetivo da educação deve ser suscitar
indivíduos autônomos, ou seja, governados por si mesmos, tornando-se capazes de
tomar decisões próprias, ao contrário da heteronímia, que significa ser governado
por outra pessoa, acreditando no outro, sem críticas – o outro é quem decide.
(ALVES, 2012).
O aluno deve ser autônomo para que construa seu próprio conhecimento, não
dependendo dos outros, apenas de um orientador para segui o cominho certo. Isso
faz com que os alunos ajam ativamente e não de forma passiva esperando o colega
ajudar ou mesmo responde-lo ou que o professor fique sempre ao seu lado para
realizar certa atividade.
O que se deve mostrar ao aluno é que ele é capaz de buscar e criar seu
conhecimento independentemente da opinião ou ajuda dos outros, e que não fiquem
esperando uma resposta, vá atrás dela, fazendo um indivíduo estar comprometido
com sigo mesmo e a serem governados por si mesmo e não pelas outras pessoas.
2 JOGOS PEDAGÓGICOS.
Nesse tópico iremos propor atividades pedagógicas voltadas ao ensino de
frações para ser feito em sala de aula e até mesmo em casa sobe a intermediação
do professor ou dos pais. O que queremos mostrar é que a o ensino de frações pode
ser aplicado de forma lúdica e criativa para que os alunos possam compreender
melhor esse conteúdo e mostrar a eles que podem aprender de forma prazerosa,
brincando e se divertindo com os números.
Iremos apresentar as atividades com passo a passo servindo como um
manual para realiza-las, onde temos diferentes jogos e brincadeiras, cabendo o
Professor utiliza-la com forme suas necessidades.
Cup Cake de Chocolate
Nessa atividade iremos proporcionar aos alunos o prazer de se divertir e
degustar um lanchinho delicioso, o que devemos aprender nessa receita não é
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apenas cozinhar, mas saber identificar na sua vida cotidiana as diversas formas de
se lidar com as frações que no caso dessa receita é saber utilizar os ingredientes de
forma correta e identificar o que equivale a cada fração de material. Essa receita
pode ser feita em especialmente e casa com auxílio dos pais ou na cantina da
escola com intermediação do professor.
Antes de começar é importante alerta-lo os alunos ou filho para que não
façam nada sem o consentimento do responsável, para que não ocorra nenhum
incidente durante a realização dessa sobremesa.
2.1.1 Ingredientes, Recheio, Decoração e Modo de Preparo
✓ Ingredientes
2 xícaras e ½ de farinha de trigo peneirada.
1/3 da colher de fermento em pó químico.
1 xícara (chá) de leite.
2 xícaras (chá) de açúcar.
200 gramas de margarina.
4 ovos (claras e gemas separadas).
1 colher de essência de baunilha.
1 xícara e ½ de chocolate em pó.
Tenham em mãos esses ingredientes. Para que os alunos participem mais, o
Professor pode separar funções para cada aluno ou formar grupos, de forma que
todos participem, pois é nessa hora que o aluno poderá separar os ingredientes que
foram pedidos e identificar a quantidade que equivale a fração.
Deixe com que os alunos coloquem os ingredientes sozinhos, não interfira na
hora que forem tirar as medidas, pois ao final os alunos irão experimentar e
descobrir suas falhas, o que faltou e o que sobrou para que eles tirem suas próprias
conclusões.
✓ Recheio
1 e ½ lata de leite condensado.
1 lata de creme de leite sem soro.
1 e 1/3 colher de manteiga ou margarina.
200 gramas de coco em flocos ou refinado.
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300 gramas de chocolate ao leite.
✓ Decoração
Forminhas próprias para cup cake.
Chantilly.
Bolinhas de chocolate ou coco ralado.
✓ Modo de Preparo
a) Em uma batedeira, bata primeiro as gemas, o açúcar e a manteiga até obter um
creme claro.
b) Em seguida, adicione a farinha de trigo peneirando-a, e o chocolate em pó.
c) Bata na velocidade baixa, em seguida acrescente o leite misturado à essência de
baunilha.
d) Por último, bata as claras em ponto de neve, e incorpore junto a massa, junto com
o fermento.
e) Detalhe: misture as claras delicadamente sem batedeira.
f) Divida a massa nas forminhas de papel sobre forminhas de metal próprias para
cup cakes e leve ao forno por 20 minutos ou até que esteja assada.
g) Em uma panela, misture o leite condensado, a manteiga, o creme de leite, e o
chocolate derretido em banho-maria (se preferir, utilize o chocolate em pó).
h) Leve ao fogo até formar um creme homogêneo, ou até desgrudar da panela.
i) Adicione o coco, misture, espere esfriar e reserve.
j) Depois que os cup cakes esfriarem, é hora de rechear.
l) Para recheá-los, faça um corte em forma de cone no centro do bolinho.
m) Depois disso, retire o pedaço cortado e remova a extremidade pontiaguda do
cone, deixando apenas a base circular (que servirá como uma tampa).
n) Coloque o recheio no furo, e cubra com o pedaço que você cortou.
o) Para rechear, você pode usar um saco de confeitar ou uma colher.
p) Para decorar o seu cup cake, use a sua imaginação! Uma dica é usar creme de
chantilly, bolinhas de chocolate ou coco ralado.
q) A decoração é muito importante para os Cupcakes, então capriche.
Após esse momento é interessante sentar com os alunos e discutir o que se
foi feito, o ideal seria um pique nique onde todos estivessem reunidos para
experimentar o cup cake de chocolate feito pela turma, e analisar quais foram os
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erros e acertos cometidos. Esse é apenas um exemplo de atividade que pode ser
trabalhada no ensino de frações, para que mostre ao aluno o lado divertido de
aprender a matemática.
Argolas Fracionárias
É um jogo simples e fácil, podendo ser realizado na escola ou em casa. Esse
jogo consiste em mostrar ao aluno que a fração pode estar em suas próprias
brincadeiras realizadas em seu cotidiano.
Para realizar essa atividade iremos precisar de:
1 garrafa pet de 2 litros;
6 argolas que podem ser compradas facilmente em bazares;
1 pincel atômico;
1 fita adesiva;
Folhas A4;
Para montar o jogo precisamos identificar as garrafas, para isso iremos pegar
o canetão e escrever frações, logo após iremos prega-las nas garrafas pet com fita
adesiva, da seguinte forma:
Figura 1: Frações a serem coladas nas garrafas.
Fonte: Elaborado pelo autor.
OBS.: as frações descritas no desenho são apenas exemplo, ficando a critério do
professor escolher de acordo com suas necessidades.
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✓ Modo de Jogar: Este jogo possui apenas 2 jogadores, cada jogador deverá
arremessar as argolas, uma por uma, com o objetivo de acertar as garrafas. Ganha
o jogo quem somar o maior número de pontos.
✓ Dica: organize as garrafas de modo que as que têm pontuações maiores fiquem
mais distantes dos jogadores, tornando o encaixe mais difícil de ser realizado.
Dominó De Frações
Esse jogo é interessante ser produzido com a participação dos alunos, para
que possam compartilhar materiais, ser paciente e também fazer com que
desenvolva suas próprias atividades a partir dessa. Para começar a construção do
dominó são necessários os seguintes materiais:
Cartolina da cor que preferir;
Pincel atômico;
Tesoura;
Régua.
Com esses materiais em mãos podemos dar início a construção do jogo.
✓ Ideia: separe a turma em grupos, para que façam trabalhos junto aos colegas de
modo que todos participem.
✓ Modo de fazer:
a) Corte a cartolina com 7 cm de comprimento e 3 cm de largura;
b) Trace uma linha ao meio, dividindo o recorte em partes iguais.
c) Faça isso com as demais partes da cartolina.
d) Para cada pedaço de cartolina obtido coloque de um lado um número fracionário
e do outro lado faça um desenho equivalente a uma fração de modo que o desenho
e o número do mesmo pedaço sejam diferentes e fique da seguinte forma:
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Figura 2: Frações a serem coladas nas garrafas.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Agora seu jogo já está pronto. O interessante é formar duplas para que os
alunos possam ter mais tranquilidade na hora de jogar e poder se divertir ainda mais
com esse jogo divertido. O objetivo desse jogo é mostrar ao aluno que podem
construir suas próprias atividades e que podem aprender se divertindo.
Trilha de Frações
Agora iremos construir um jogo denominado trilha de frações que terá exigirá
tempo e dedicação, pois sua criação irá além da imaginação e cada detalhe terá que
ser pensado de forma que o jogador possa utiliza-lo da melhor maneira, brincando e
aprendendo. Para começar iremos precisar de alguns materiais que servirão como
alicerce do jogo, cada item é de fácil acesso e manuseio, tudo foi pensando para
que o professor e aluno possa realizar essa construção de maneira fácil e
simplificada.
O primeiro passo é a seleção dos materiais para que possamos iniciar a
confecção do jogo. Segue abaixo o material:
a) Superfície plana servindo como um tabuleiro, nesse você pode utilizar madeira ou
papelão, a madeira é mais duradoura, mas será menos flexível para locomoção, já o
papelão pode ser encadernado com desenho de sua preferência fazendo um vinco
no meio para que a mesma sege dobrada em partes iguais, fazendo um tabuleiro
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flexível. Em questão do tamanho, pode variar de acordo com suas necessidades,
para uso normal é de 50 cm X 50 cm. A produção desse jogo é conforme a precisão,
pois pode ser ajustado seu tamanho para que possa beneficiar pessoas com
problemas de visão e outros.
b) Agora é a parte de modelarmos o tabuleiro para que fique ainda mais legal você
pode personalizar de acordo com sua preferência, encadernando tanto o papelão
quanto a madeira.
c) O jogo possui 6 jogadores, então iremos precisar de pinos para simbolizar e
representar cada jogador, para ficar ainda mais legal, compre prontos em um bazar,
para ter um aspecto ainda mais profissional, caso não se dispor desses materiais,
pode ser utilizado tampas de garrafas de cores diferentes ou coisas do tipo.
d) Precisaremos também de 2 dados para saber quais casas iremos passar ou
parar, o interessante é fazer junto com os alunos utilizando papel cartão, se não
dispor desse recurso compre.
e) Nesse momento iremos confeccionar as perguntas do jogo, funcionando como
um banco imobiliário, mas no lugar de comprar e utilizar dinheiro irão utilizar apenas
os pinos andando o número de casas que o dado fornecer. Para isso utilizaremos
papel cartão colorido da cor de sua preferência, corte numa espessura de 5 cm por 5
cm fazendo fichas para serem coladas no tabuleiro. As perguntas têm que ser
claras e objetivas, faça desenhos, pegadinhas e ilustre bem, esse processo é
importante para se torna o jogo legal e atraente aos olhos dos alunos. É nessa parte
que iremos colocar todas as perguntas referente as frações e as partes que os
alunos mais tem dificuldades de aprendizado para que possa buscar essas
informações através do estudo para poderem se adaptar ao jogo.
f) Pegue todas as perguntas elaboradas e comece a fazer a trilha colando uma em
seguida da outra, o formato é conforme sua imaginação, pode ser feito em formato
de coração, estrela ou da forma tradicional.
✓ Dica: entre as trilhas coloque uma carta surpresa, com pegadinhas e prendas,
mas para isso temo que produzir uma caixinha que acompanhe o jogo para que
sejam feitos sorteios. Essa carta terá que conter cartas que serão embaralhadas
para sorteio, nessas cartas terão que conter perguntas de níveis mais elevados e
algumas extras, tais como: avance 2 casas, passe a vez, retorne 3 casas, pule 5
vezes com uma perna só, e muitas outras que podem servir de pegadinhas para que
os alunos achem o jogo ainda mais interessante e divertido.
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g) Agora esse passo é finalizando a produção do jogo, após concluir a colagem da
trilha e ter em mãos os pinos e dados, falta pouca para começarmos a jogas,
certifique que a trilha tenha um início e um fim que é colocado no tabuleiro após a
colagem e a decoração estiverem concluídas. Após isso o professor ou
intermediador pode fazer um grupo de seis alunos para começar a jogar, o
interessante é fazer a construção juntamente com os alunos para que possam
compreender o que se foi feito e saberem os objetivos que o jogo propõe.
Agora sim, está pronto para desfrutar de um jogo com muita diversão e
aprendizado, onde pode ser feito vários tabuleiros de jogos para que a sala em peso
participe e interaja com esse jogo fracionário. O queremos mostra é que a aula de
matemática em especial o ensino de frações pode ganhar uma nova visão de
aprendizado, onde os alunos interajam mais e participem ativamente utilizando jogos
e brincadeiras do seu cotidiano.
Salada de Frutas
Essa parte consiste em ensinar os alunos como podem ser utilizadas frações
em sua vida cotidiana, sejam elas em suas brincadeiras ou mesmo em um simples
lanche da tarde. O interessante de se fazer uma salada de frutas em sala de aula é
a simples ideia de cortas as frutas em pedações que formam frações para obter o
resultado esperado que é a salada, utilizando apenas o conhecimento matemático e
raciocínio lógico para fazer o que se deseja, que é um lanche para a turma.
O que queremos é refletir o que a fração pode nos beneficiar e o que ela pode
contribuir para o nosso dia a dia, como o intuito desse trabalho é mostrar que as
aulas de matemática especialmente no ensino de frações podem ser trabalhadas de
formas lúdicas de maneira com que os alunos participem ativamente delas,
desencadeando as aulas e trazendo um ambiente que tenham mais recreação,
então podemos através dessa simples atividade abordar o ensino de frações para
que os alunos possam participar ainda mais de forma prazerosa.
Essa atividade propõe uma simples salada de frutas feita pelos próprios pais
em casa e que os alunos podem fazer também no ambiente escolar com a
intermediação do professor, nessa parte iremos colocar passo a passo as instruções
que o professor pode utilizar para realizar essa simples atividade, o que iremos
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precisar é de poucas frutas que são encontradas até mesmo em nossas casas que
às vezes são até esquecidas na geladeira.
Para iniciar essa atividade o ideal é levar o aluno para um espaço próprio
para culinária ou mesmo em um salão da escola, onde os alunos possam trabalhar
em um espaço amplo e próprio.
O próximo passo é selecionar turmas para que cada turma faça a sua própria
salada de frutas, para depois reunirem e ver qual foi a melhor (nessa hora os alunos
terão ainda mais empenho, vendo o ambiente como um espaço competitivo para se
trabalhar).
Deixe as frutas em caixas separadas em cima da mesa, para que cada turma
possa pegar o que forem utilizar, ou seja, cada equipe fará a sua diferente dos
demais grupos.
✓ Dica: O ideal é que os alunos anotem a quantidade de frutas que usaram, para
que depois troquem ideias com os outros colegas para verem seus erros a certos.
Nessa atividade temos que priorizar a utilização de frações, então junto aos
alunos explique a importância que tem a fração para essa atividade, onde terão que
cortar as frutas em pedaço iguais para ser eficaz o processo.
Deixe com que cada turma faça seus próprios pratos dando asas à
imaginação, isso ajuda a eles a ter autonomia e pensamentos para que não fiquem
passivos e acomodados. Em um lanche coletivo com os alunos, pode ser
apresentado os pratos afim de esclarecer os erros e acertos para juntos possam
idealizar seus pensamentos, isso faz com que os alunos sejam compreensivos e
com a mente ampla a receber críticas e elogios.
Esses jogos que foram sugeridos afim de propor aulas mais lúdicas para o
que o professor possa desenvolver em sala de aula, onde de forma simples podem
ser aplicadas obtendo a participação ativa da sala e fazendo com que os alunos
tenham outra visão da educação matemática especialmente no ensino de frações,
que pode ser trabalhada utilizando jogos e brincadeiras.
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CONCLUSÕES
Nesse trabalho abordamos vários fatores que interligam a Ludicidade com a
Educação Matemática, onde através dela podemos construir um ensino mais
divertido, envolvendo jogos e atividades que proporcionam o prazer.
Buscamos em autores a importância que o lúdico tem em sala de aula, para
que pudéssemos mostrar aos professores e alunos que podem aprender de forma
mais divertida, onde o professor possa ter a sua sala participando ativamente e
desenvolvendo tarefas, para que possa aprender, socializar, reconhecer seus erros
e saber construir suas próprias concepções.
Também reconhecemos as dificuldades enfrentadas pelos alunos e
professores para desenvolver atividades lúdicas na escola, onde temos professores
enfrentando salas superlotadas e alunos desmotivados a estudar.
O que ocorre é que essa grande dificuldade relacionada entre professor e
aluno gera as aulas menos lúdicas, as fazendo serem mais monótonas e sem
divertimento aos olhos dos alunos e isso mostra que uma das horas mais
importantes para eles é o recreio, onde podem fazer e realizar suas brincadeiras e
jogos e socializar com seus amigos.
Isso mostra que o recreio é rico em aprendizado, cada brincadeira realizada
pode se transformar em um grande conhecimento se for levada a sala de aula e na
Educação Matemática esses jogos têm vários conceitos que pode ajudar o professor
a ter aulas mais divertidas tais como: simetria e reflexão, frações, probabilidade e
outros.
Nesse sentido, propomos atividades lúdicas e brincadeiras que podem ser
promovidas em sala de aula ou até mesmo em casa a fim de assimilar a brincadeira
com a educação, tudo foi proposto para poder incentivar os alunos a fazerem suas
próprias construções sejam elas dentro ou fora do ambiente escolar, pois o que
queremos é mostrar que a Matemática especialmente no ensino de frações pode ser
aprendida de forma divertida e prazerosa, utilizando jogos realizados no cotidiano
das pessoas que por muitas vezes passam despercebidos e é riquíssimo em
aprendizado, onde pode ser utilizada para se aprender da melhor forma que é
brincando.
O que podemos refletir é que a Matemática é vista por muitas vezes como
chata e de difícil compreensão, mas não notamos que poder utilizada de outras
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formas e muitas vezes a vemos apenas para calcular e fazer contas, isso é a
consequência de se trabalhar em sala de aula conteúdo fora da realidade ou
cotidiano dos alunos, pois quando eles vão ao supermercado tem que ter a
concepção de que produto é mais vantajoso levar e principalmente saber o troco que
lhe foi voltado e para isso é importante que ele aprenda por meio de sua realidade
vivenciada, que por muitas vezes é através das brincadeiras, por isso a relevância
de se trabalhar o lúdico em sala de aula.
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REFERÊNCIAS
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