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PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 1
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
GÊNEROS DIVERSOS NUMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA:
A POESIA E O ORAL EM PONCIÁ VICÊNCIO (2006) E NAS CANÇÕES DE RAP
LONDRINA
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 2
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
2012
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PDE
SELMA REGINA BONUGLI
PRODUÇÃO PEDAGÓGICA: APOIO AO PROFESSOR DE
ENSINO MÉDIO
CADERNO PEDAGÓGICO
Proposta de Ação Pedagógica na Escola de
lotação em forma de Apoio Pedagógico
apresentado à Coordenação Estadual do Paraná,
como requisito parcial à obtenção de título de
professor/ PDE. Este trabalho foi orientado pela
Dra Maria Carolina de Godoy.
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
LONDRINA
2012
Professor PDE: Selma Regina Bonugli
Área/ Disciplina PDE: Língua Portuguesa e Literatura
NRE: Apucarana
Professor Orientador IES: Dra Maria Carolina de Godoy
IES vinculada: UEL- Universidade Estadual de Londrina
Escola de Implementação: Escola Estadual Ivanilde de Noronha Ensino
Público objeto da Intervenção: 1º ano Ensino Médio
2 - GÊNEROS DIVERSOS NUMA SEQUÊNCIA
DIDÁTICA:
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 4
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
A POESIA E O ORAL EM PONCIÁ VICÊNCIO (2006) E
NAS CANÇÕES DE RAP
LONDRINA
2012
Agradecimentos:
A Deus
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Pelo dom da vida porque viver é uma grande aventura.
Agradeço à vida...por tudo que sou e ainda serei...
À minha família
À minha mãe e ao meu sobrinho Lucas
Apoio a minha caminhada pedagógica.
À Professora Dra Maria Carolina de Godoy
Pelo esmero e dedicação na orientação dos trabalhos
Para a realização deste Caderno Pedagógico.
Ao Professor Dr Frederico Augusto Garcia Fernandes pelas
orientações teóricas sobre Paul Zumthor e Ruth Finnegan durante
aulas em sua disciplina de Mestrado
Profa Selma Regina Bonugli
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................07
UNIDADE I
Sequência didática com gêneros diversificados e a importância da música na
escola......................................................................................................................09
Gênero do discurso................................................................................................ 09
Fundamentação teórica ..........................................................................................12
Níveis de complexidade conforme Scheneuwly e Dolz:.......................................12
Fundamentação teórica: Maria de Lourdes Sekeff.................................................13
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 6
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
UNIDADE TEMÁTICA II
Literatura e Linguagem: Gênero Narrativo com marcas poéticas em Ponciá
Vicêncio de Conceição Evaristo.............................................................................14
Análise Literária da obra Ponciá Vicêncio.............................................................16
Referências bibliográficas e endereços eletrônicos................................................18
OFICINA I
Apresentação do Trabalho aos alunos....................................................................20
OFICINA II
Primeira Produção..................................................................................................20
OFICINA III
Leitura de Ponciá Vicêncio e sugestões de atividades...........................................21
Conceição Evaristo: depoimento e atividades.......................................................22
Conhecendo a realidade de muitas mulheres brasileiras........................................23
Análise da estrutura de textos pesquisados pelos alunos.......................................24
Compreensão e análise da linguagem da obra Ponciá Vicêncio ...........................24
Interpretando gráficos: índices de capacidade de leitura (PISA)...........................25
Análise de carta do leitor........................................................................................28
Análise linguística da obra Ponciá Vicêncio em textos fragmentados..................28
UNIDADE III
Literatura e sua função..........................................................................................30
A canção Negro Drama e a origem do rap.......................................................30
Função da canção dos Racionais Mc’s e fundamentação teórica......................31
Os Griots: guardiãs, intérpretes e cantores da cultura oral africana................ 35
OFICINA IV
Vamos curtir em rap?........................................................................................36
Sugestões de atividades: pesquisas, vídeos, músicas........................................36
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 7
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Funções dos operadores argumentativos............................................................37
Função do pronome relativo em orações subordinadas.....................................38
Carta do leitor: leitura e debate..........................................................................38
Atividades: análise linguística das canções Negro Drama e Diário de um
detento ...............................................................................................................39
Estudo estético da canção Negro Drama ..........................................................40
Contexto histórico e a exclusão social brasileira durante a ditadura militar......41
Figuras de Linguagem na construção do texto...................................................42
Referências bibliográficas e endereços eletrônicos............................................45
UNIDADE TEMÁTICA IV
As canções do MC Criolo: Cálice........................................... ..........................46
Mc Criolo e sua canção poética com análise fundamentada em Zumthor
Finnegan.............................................................................................................48
OFICINA V
A estética do poema............................................................................................48
Figuras de linguagem e seus recursos musicais...................................................48
Atividades: Manifestações de fãs em carta do leitor, entrevistas........................48
Experiências melódicas em Criolo: Cálice ........................................................50
Paráfrase nas canções de Criolo......................................................................... 50
P R O D U Ç Ã O F I N A L
Composição dos alunos de canções de rap relacionados às temáticas...............51
Apresentação e gravação em vídeo......................................................................52
Referências bibliográficas e endereços eletrônicos.............................................52
3 – INTRODUÇÃO
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
O presente Caderno Pedagógico, aqui proposto como Produção Didático
Pedagógica tem como finalidade auxiliar e dar suporte ao professor PDE na
implementação do projeto em sala de aula, no terceiro período do Programa de
Desenvolvimento da Educação. Com o objetivo de repensar a violência que permeia a
localidade escolar, que se efetiva com sérias dificuldades na convivência social entre os
alunos tanto dentro quanto fora das salas de aula, faz-se necessário buscar alternativas
diversificadas que ajudem na superação do índice significativo de evasão escolar e do
desinteresse pelos estudos. Em face da tecnologia, as aulas tradicionais tornam-se
menos atrativas. Usar a internet, como meio de inovação da aprendizagem, com
pesquisas em plataformas virtuais é uma maneira de atualizar e modernizar o ensino em
Língua Portuguesa com o auxílio do professor que será o mediador do conhecimento.
Para desenvolver uma proposta didática com o gênero música, que atenda às
necessidades dos documentos oficiais - Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN _
(BRASIL, 2008) e as Diretrizes Curriculares Estaduais do Ensino da Língua Portuguesa
-DCE - PARANÁ, 2008), voltada ao ensino de Língua Portuguesa, seja trabalhada via
gêneros textuais/ discursivos, tornou-se necessária adaptar a proposta didática
desenvolvida por Schneuwly e Dolz, acrescentando o gênero música, uma vez que a
canção, mesmo com aspectos mais complexos podem se adaptar ao conceito defendido
pelos autores, pois elas fazem parte do cotidiano de nossos alunos. Como suporte para
essa adaptação o livro de Maria de Lourdes Sekeff fundamenta a importância da música
no ensino-aprendizagem na escola.
Para mediar o entendimento desse processo será utilizado como suporte
teórico, além das referências que aqui serão apresentadas, um artigo escrito por mim,
requisito para aprovação de Mestrado na condição de aluna especial da disciplina
Oralidade e Literatura, ministrada pelo Professor Doutor Frederico Augusto Garcia
Fernandes na Universidade Estadual de Londrina no período de março a julho de 2012.
Este artigo contém uma análise da oralidade e poesia, além da performance do grupo de
rap Os Racionais MC’s e do MC Criolo. Traz também uma teoria de Paul Zumthor e
Rutht Finnegan que norteiam a estética das canções de rap e tenta explicar o fascínio
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 9
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
dos jovens e como se dá a manifestação coletiva diante da estonteante realidade
expressa nas canções.
Cartas de leitor que se manifestam em portais do hip hop serão pesquisadas,
debatidas e trabalhadas dentro da proposta didática de Bernard Schneuwly e Joaquim
Dolz, cujo objetivo seria uma análise linguística dos textos a fim de perceber como são
usados na linguagem os elementos linguísticos da língua culta e coloquial. As cartas
facilitarão a compreensão da estrutura estética das canções e ao mesmo tempo o aluno
poderá formar sua própria posição ideológica e estética e posicionar-se diante dela.
Essa Produção Didático-Pedagógica será subdividida em Unidades e
Oficinas. As Unidades serão fundamentadas com teorias e análises mais elaboradas que
visam contribuir com o trabalho do professor durante a aplicação do projeto. As oficinas
serão as aulas, propriamente elaboradas com atividades propostas ou sugestivas que
levarão os alunos a interagirem com o conteúdo e objetivos a serem almejados. Essas
oficinas serão trabalhadas durante as aulas de Língua Portuguesa ou em outro momento,
em contraturno, conforme se fizer necessária sua execução.
Era como se tivesse dentro do peito um grande pote de barro, no qual armazenasse
todas as pessoas queridas, e esta vasilha um dia tivesse quebrado, partido.
(EVARISTO, 2006, p. 76)
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 10
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Selma Regina Bonugli
Professora PDE
UNIDADE I
SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM GÊNEROS
DIVERSIFICADOS: SCHNEUWLY E DOLZ E A
IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA ESCOLA CONFORME
SEKEFF
GÊNEROS DO DISCURSO Gêneros textuais e locais de publicação
Fonte: SEED
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 11
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
O que é um texto?
Em casa, na rua, na escola, no clube, no restaurante, todos nós, no dia a dia, circulamos entre textos.
Fonte:SEED
Uma conversa telefônica informal,
uma canção, um capítulo de novela,
um outdoor, um debate político é
um texto?
GÊNERO TEXTUAL E A
SITUAÇÃO DE PRODUÇÃO
Suponha que você esteja
insatisfeito (a )porque sua
rua tem sofrido constantes
enchentes. Para resolver o
problema é necessário
escrever uma carta de
reclamação. Que tipo de
carta você deve usar?
CARTA DE RECLAMAÇÃO
É UM TEXTO
ARGUMENTATIVO
PUBLICADO EM REVISTA.
JORNAL ESCRITO POR UM
LEITOR
Gêneros discursivos estão
ligados na esfera
jornalística e de
divulgação científica.
ESFERA JORNALÍSTICA:
notícias, reportagens,
editoriais, entrevistas...
ESFERA DE DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA: verbetes,
artigos ou ensaio
científico, seminário,
conferência
Gíria dos surfistas:
Aê: forma de saudação;
Back side: manobra em que o
surfista fica de costas para a
onda;
Beate: meninas de praia; estão
sempre com surfista por
interesse; FONTE
Gíria:
Dos grafiteiros:
Bomber: grafiteiro que ataca
ilegalmente
King: bom grafiteiro, admirado
por seu trabalho
Old school: grafiteiros antigos
Tag to botton: um trem é
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
A atividade de linguagem funciona como uma interface entre o sujeito e o meio e
responde a um motivo geral de representação-comunicação. Segundo Brankart (1996,
apud Schneuwly e Dolz, 2007), as atividades podem ser decompostas em ações, ou
estruturas de comportamento não diretamente articuladas aos motivos, mas orientadas
por objetivos intermediários que advêm da vontade consciente e que implicam uma
representação de seu efeito no âmbito da cooperação e da interação sociais. As práticas
de linguagem materializam-se nas atividades dos alunos. Os gêneros abrem uma porta
de entrada para as práticas de linguagem e evita que delas se tenha uma imagem
fragmentária no momento da sua apropriação.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os gêneros podem, segundo Bakhtin (1984), ser considerados instrumentos que
fundamentam a possibilidade de comunicação. São formas relativamente estáveis,
tomadas pelos enunciados em situações habituais, entidades culturais intermediárias que
permitem estabilizar os elementos formais e rituais das práticas de linguagem.
Michèle Noverraz e Bernard Schneuwly (2007) em Sequência Didática para o oral e a
escrita: Apresentação de um Procedimento trazem uma proposta para o ensino da
língua materna oral e escrita em instituições públicas ou não.
O procedimento consiste em uma sequência didática para se trabalhar em sala de aula. Criar
contextos de produção precisos, efetuar atividades múltiplas e variadas: é isso que permitirá
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 13
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
aos alunos apropriarem-se das noções, das técnicas e dos instrumentos necessários ao
desenvolvimento de suas capacidades de expressão oral e escrita (SCHNEUWLY; DOLZ,
2007, p. 96).
Essa metodologia facilita ao aluno a dominação de um gênero e lhe permite
escrever e falar de maneira mais adequada em situações de comunicações. Os autores
esquematizaram da seguinte maneira:
Após uma apresentação da situação na qual é descrita de maneira
detalhada a tarefa de expressão oral ou escrita que os alunos deverão
realizar, estes elaboram um primeiro texto inicial, oral ou escrito, que corresponde ao gênero trabalhado; é a primeira produção. Essa etapa
permite ao professor avaliar as capacidades já adquiridas e ajustar as
atividades e os exercícios previstos na sequência às possibilidades e dificuldades reais de uma turma. (...) Os módulos, constituídos por
várias atividades ou exercícios, dão-lhe os instrumentos necessários
para esse domínio A produção final serve, também, para uma avaliação de tipo somativa, que incidirá sobre os aspectos trabalhados
durante a sequência. (SCHNEUWLY e DOLZ, p. 98-99)
NÍVEIS DE COMPLEXIDADE SEGUNDO SCHnEUWLY E DOLZ
Objetivos semelhantes são abordados em níveis de complexidade cada vez maiores ao longo da escolaridade, assim como o mesmo gênero pode ser abordado diversas vezes, com graus
crescentes de aprofundamento de acordo com o quadro abaixo (SCHNEUWLY e DOLZ . p.
63-64):
ESCRITA:
imprensa local: carta de
leitor, carta aberta,
Discernir as posições
defendidas num texto e delinear a situação
escolher um plano de texto
adaptado ao gênero argumentativo trabalhado
utilizar organizadores
argumentativos marcando: refutação, concessão,
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 14
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
artigo de opinião
correspondência: carta
de solicitação
ORAL:
diálogo argumentativo
deliberação informal
polêmica subjacente
compreender as crenças alheias e atuar sobre elas analisar as características do receptor do texto para adaptar-se a elas
antecipar posições contrárias citar a palavra alheia
Distinguir lugares sociais e gêneros argumentativos
definir a tese a defender, elaborar argumentos e agrupá-los por tema distinguir entre argumento/não argumento e entre argumento contra/contra-argumento
prever diferentes tipos de argumento e hierarquizá-los em função da finalidade a atingir selecionar as palavras alheias que apoiam sua própria tese
organizar o texto em função da estratégia argumentativa
oposição
utilizar verbos declarativos neutros, apreciativos, depreciativos utilizar fórmulas introduzindo citações em função da orientação argumentativa:
reconhecer e utilizar diversos meios para exprimir dúvida, probabilidade, certeza (advérbio, verbos auxiliares, emprego dos
tempos) utilizar organizadores enumerativos distinguir modalidades de enunciação: questões retóricas; fórmulas interrogativas;
exclamativas
ESCRITA:
imprensa (revista para
jovens): carta de leitor
correspondência:
carta de reclamação
(destinada a
autoridade)
ORAL:
debate público
regrado
levar em conta um
destinatário múltiplo
tomar para si a palavra
alheia
discernir restrições
institucionais da
situação de
argumentação
classificar gêneros
argumentativos em função das situações de
argumentação
identificar a faceta
argumentativa dos
gêneros não-
argumentativos
delimitar o objeto da
discussão
escolher o gênero e as
estratégias
argumentativas
definir as diferentes
teses possíveis sobre a
questão
explorar os argumentos
e as consequências de
cada uma das teses antecipar e refutar as
posições adversárias
elaborar contra-
argumentos
adotar um ponto de
vista em função do
papel social e escolher
o tom adequado
discernir a dimensão
dialógica da
argumentação num texto
reconstituir os
identificar o papel
argumentativo de certos
conectivos: já que, se, além disso
implicar o receptor
utilizando dêiticos de
pessoa: eu, nós, a gente,
você pejorativo(s)
inserir diferentes
formas de discurso
reportado
utilizar termos
apreciativos,
ameliorativos
empregar vocabulário conotativo
utilizar anáforas
conceituais
reconhecer e utilizar
diversas marcas modais
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
raciocínios implícitos.
Fonte: SEED
Maria de Lourdes Sekeff, em seu livro Da música, seus usos e recursos argumenta “se
a abordagem comportamentalista objetiva a permanência de determinada conduta e se
a abordagem humanística integra o educando no processo ensino-aprendizagem, a
cognitiva, [..] preocupa-se em como se dá a aprendizagem ” (SEKEFF, 2007, p 146).
Afirma que é nesse processo que o aluno vivencia a linguagem não verbal, numa
espécie de filosofia, que lhe propicia meios para vivenciar a realidade e lidar com ela
de maneira mais eficaz e com segurança consigo mesmo. Conforme seus estudos às
ciências físicas (pela natureza do som) e às ciências matemáticas (pois tudo é número,
tudo existe segundo certas proporções, como afirma Pitágoras), à fisiologia (em razão
da duração, ritmo, pulso), à psicologia (considerando o parâmetro intensidade);
antropologia (harmonizando natureza e cultura), estética e filosofia (tendo em conta o
objeto musical), a prática da música só se torna possível graças ao prazer perceptivo da
escuta. (SEKEFF, 2007, p 146). Trabalhar com o rap na escola é de certa forma
valorizar o saber dos nossos alunos e permitir que eles sejam sujeitos na construção do
saber escolar.
Referências Bibliográficas
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros Orais e Escritos na
Escola. Campinas: MERCADO DE LETRAS. 2007. p.7-128
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
SEKEFF, Maria de Lourdes. Da música, seus usos e recursos. São Paulo: UNESP.
2007, 2a ed, p145-146.
UNIDADE TEMÁTICA II
Literatura e linguagem
GÊNERO NARRATIVO COM MARCAS POÉTICAS EM PONCIÁ
VICÊNCIO (2006) DE CONCEIÇÃO EVARISTO
Fonte: SEED
Ponciá Vicêncio (2006) romance de Conceição
Evaristo. Marcas de oralidade e de poesia presentes na obra dialogam com os hibridismos que se deslocaram de culturas africanas, europeias e da região do nordeste brasileiro.
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 17
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Fonte: SEED
Fonte: SEED
Comunicação: ato de interagir com
outras pessoas
Linguagem verbal: falada ou
escrita
Linguagem não verbal: som de uma
música, danças, fotografia,
mímica,pintura
Linguagem digital: meios
eletrônicos
Interlocutores: pessoas que
interagem
Língua: Conjunto de sinais
(palavras) e regras usados por uma
comunidade .
Código: mensagens visuais
VARIEDADES LINGUÍSTICAS :
modo particular de se expressar.
Na rua, na escola, no trabalho,
percebemos que há pessoas que
falam diferente por vários motivos:
por virem de outras regiões, pela
idade, pelo grau de escolaridade.
VARIEDADE PADRÃO OU NORMA
CULTA: variedade linguística de
maior prestígio. É aquela que se
aprende na escola.
Dialetos e registros: origem de
diferentes regiões, classes, idade,
da história.Pode ser oral ou escrito.
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 18
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
O narrador em Ponciá Vicêncio revela-se em 3ª pessoa, porém as marcas de oralidade permitem ao leitor uma aproximação com o universo feminino. O tempo e o espaço da narração conduz a protagonista ao encontro dos seus ancestrais, cultura, valores, dignidade e a garantia de conquista pela cidadania, numa época e lugar determinado: a cidade de São Paulo e as regiões do interior sudeste brasileiro.
ANÁLISE LITERÁRIA DA OBRA PONCIÁ VICÊNCIO
A leitura de falas do cotidiano dessa trajetória poética, no ato de narrar, faz
com que o leitor se aventure em um universo lírico marcado pela submissão, seja ela
com relação ao mundo do gênero, seja ao pertencimento étnico. O vazio, a solidão e a
luta da personagem Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo trazem a reflexão de uma
identidade afirmativa da mulher que assume sua própria história, cujo valor foi
apagado em função dos requícios da herança escravocrata do Brasil. “Para Ponciá, a
cidade lhe parecia agora sem graça e a vida seguia sem qualquer motivo. Trabalhara,
conseguira juntar algum dinheiro com o qual pudera comprar uma casinha, mas
faltava-lhe os seus.” (EVARISTO, 2006, p. 74). Analisar o processo criativo do texto e
estudar os elementos de análise do discurso da obra é perceber outras características e
um novo olhar para a crítica da literatura brasileira. Para Irene Machado “o romance é,
igualmente um retrato falado do homem de ideias. Por isso, o romance não opera
apenas com a imagem do homem, sobretudo com a imagem de sua linguagem”
(MACHADO, 1995, p. 159). “Desde pequena, ouvia dizer também que as terras que o
primeiro Coronel Vicêncio tinha dado para os negros como presente de libertação eram
muito mais, e que pouco a pouco elas estavam sendo tomadas novamente pelos
descendentes dele.” (EVARISTO, 2006, p. 61)
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 19
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Dentre os temas pertinentes ao romance de Conceição Evaristo, é possível destacar a
denúncia ao descaso pela educação no Brasil. O filho do fazendeiro, o coronelzinho
queria saber se negro aprendia a ler. Resolveu brincar de ensinar. “(...) ficou curioso
para ver se negro aprendia os sinais, as letras de branco e começou a ensinar o pai de
Ponciá. (...) Quando se certificou de que negro aprendia, parou a brincadeira. Negro
aprendia sim!” (EVARISTO, 2006, p. 18)
Essa temática vem ao encontro de dados de avaliações como SAEB, ENEM,
PISA, onde aparecem resultados muito abaixo da média esperada. As maiores
dificuldades se concentram nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, no
quesito interpretação, ficando nos últimos lugares com relação aos outros países.
Filha de descendentes de escravos tem sua herança já adquirida como diziam os
familiares. “Ela era bem pequena, menina de colo ainda, e ouvira os parentes dizer que
o avô havia deixado uma herança para ela.” (EVARISTO, 2006, p.58). A herança a qual
a narradora se refere, trata-se de seus antepassados. Sua memória é o que lhe dá a
consciência de sua identidade. “Lembrou-se dos sete filhos que tivera, todos mortos.
Alguns viveram por um dia” (EVARISTO, 2006, p. 53).
Em Ponciá Vicêncio, nas memórias da mulher, atravessam outras vozes de familiares
sobre os maus tratos aos escravos: “Os engenhos de açúcar enriqueciam e fortaleciam o
senhor. Sangue e garapa podia ser um líquido só. Vô Vicêncio com a mulher e os filhos
viviam anos e anos nessa lida. (...) Três ou quatro dos seus, nascidos do “ventre livre”,
[...] tinham sido vendidos”. (EVARISTO, 2006, p. 51). Vivia alheia e o marido não
mais conseguia trazê-la à realidade. “Ao ver a mulher tão alheia, teve desejo de trazê-la
ao mundo à força. Deu-lhe um violento soco nas costas, gritando-lhe pelo nome. Ela
lhe devolveu um olhar de ódio.” (EVARISTO, 2006, p. 20).
O romance contém marcas orais e poéticas fundamentadas pelo teórico Zumthor.
“Bebia os detalhes remendando cuidadosamente o tecido roto de um passado, como
alguém que precisasse recuperar a primeira veste para nunca mais se sentir
desamparadamente nua.” (EVARISTO, 2006, p. 63)
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 20
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Entendemos por poesia esta pulsão do ser na linguagem, que aspira a fazer brotar séries de palavras que escapam misteriosamente tanto ao
desgaste do tempo, como à dispersão no espaço: parece que existe no
fundo dessa pulsão uma nostalgia da voz viva. Toda palavra poética aspira a dizer-se, a ser ouvida, a passar por essas vias corporais que
são as mesmas pelas quais se absorvem – e eu volto a isso, porque é
uma analogia profunda – a alimentação, a bebida como meu pão e
digo meu poema, e você escuta meu poema da mesma forma que escuta ruídos da natureza. (ZUMTHOR, 2005, p. 69)
O professor doutor Eduardo de Assis Duarte, coordenador do Portal Literafro e Luiz
Francisco Dias, Diretor da FALE- UFMG nos apresentam a literatura negra dentro de
um foco muito elaborado em pesquisas acadêmicas. Dr. Eduardo de Assis Duarte,
(2012, p. 1 ) da Universidade Federal de Minas Gerais, em seu artigo Literatura e
Afrodescendência argumenta que muitos criticam a nominação de uma literatura
afrodescendente, enfatizam que critérios étnicos ou identitários não devem sobrepor ao
critério da nacionalidade, pois a literatura é uma só e, afinal somos todos brasileiros,
porém para ele “existe o apagamento deliberado dos vínculos autorais, e mesmo,
textuais com a etnicidade africana ou com os modos e condições de existência dos afro-
brasileiros, em função do processo de miscigenação branqueadora que perpassa a
trajetória desta população”. No mesmo portal, há um depoimento de Conceição Evaristo
onde ela alega que seu livro ficou durante muito tempo em livrarias sem ao menos ter
sido catalogado. Essa autora durante essa época teve reconhecimento internacional em
congressos, onde foi aplaudida de pé pelo corpo docente e discente onde ela ministrou
palestras ou apresentou seus poemas. Apesar de ser bem conhecida nos meios
acadêmicos, é praticamente desconhecida entre professores do ensino fundamental e
médio.
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 21
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
OFICINA I __ APRESENTAÇÃO DO TRABALHO 1ª aula
2ª aula: Oficina II – PRIMEIRA PRODUÇÃO
Caro aluno:
Escreva um texto narrativo em cujo enredo, você será a personagem protagonista que sofrerá discriminações por ser diferente das demais pessoas com quem você se relaciona.
Atenção professor:
Apresentar o trabalho e os objetivos do projeto. Apresentar um cronograma
que deverá ser seguido pela turma.
Em pedaços de papel sulfite em branco, o aluno irá produzir o seu auto-
retrato que depois será fixado em um cartaz produzido pelo professor
onde deverá conter colunas que identifiquem a turma por etnia.
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 22
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
M Ó D U L O S
Oficina III- VAMOS LER UM ROMANCE: Ponciá
Vicêncio
3ª aula- Leitura da obra Ponciá Vicêncio
4ª aula: LEITURA DO ROMANCE PONCIÁ VICÊNCIO
5ª aula: LEITURA DO ROMANCE PONCIÁ VICÊNCIO
6ª aula: DEBATE ORAL
ATIVIDADE 1
Atenção Professor: Sugestões de questões orais para debater a obra Ponciá Vicêncio com a
turma. Anotar as impressões de leitura no quadro e retomá-las acrescentando suas impressões
e conhecimentos sobre a narrativa, lugar e autoria da produção.
SUGESTÃO DE QUESTÕES ORAIS
1 Qual é o título da obra e justifique a escolha;
2 Quem é o autor (a) da obra e comente sobre sua biografia;
3 Comente o que você sentiu ao ler a obra;
4 Descreva a protagonista dessa história;
5 Comente sobre o narrador e qual é o seu envolvimento com a personagem Ponciá;
6 O que chamou sua atenção na leitura;
7 Que tipo de linguagem a autora utiliza para narrar e isso aproxima ou distancia o leitor
da trama;
8 O espaço da narrativa acontece em lugares físicos e abstratos. Comente;
9 Qual era o maior sonho da menina Ponciá e o que ela fez para que esse sonho se
tornasse realidade;
10 Por que a menina sentia medo de atravessar o rio e em que sua crença se baseava;
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
11 Trabalhar com o barro era uma atividade desempenhada pela mãe de Ponciá e por que a
menina também se ocupava dessa tarefa;
12 Quem foi o avô de Ponciá e qual sua importância na história;
13 Ponciá se perde de seus familiares e sua vida se torna um vazio muito profundo, o que
colaborava para que sua tristeza aumentasse;
14 O leitor pode sentir o que se passa na alma de Ponciá, o que determina essa
proximidade;
15 Os pensamentos da personagem fluem e nascem de que perspectiva;
16 O que seria a herança deixada a Ponciá pelo avô;
17 Que tipo de cultura é retratada na vida de Ponciá;
18 Por que o pai da menina não gostava do avô Vicêncio;
19 O nome Vicêncio do avô pertencia a quem;
20 A quem de direito pertenciam as terras onde os descendentes de escravos e a família de
Ponciá morava;
21 O que lembra o episódio do coronelzinho brincando de ensinar o avô da menina o
alfabeto;
22 A que tipos de crenças a família de Ponciá seguia ;
23 Que simbologia a água e o arco íris têm na vida de Ponciá;
24 Os devaneios da personagem levam-na para o passado, de que ela se lembra;
25 Como era o relacionamento com seu marido, suas ausências justificam o soco que ela
recebeu dele;
26 A loucura de Vô Vicêncio pode ser justificada e perdoada;
27 O barro tem tudo a ver com a vida de Ponciá, justifique;
28 A educação escolar na vida das personagens não existe ou se acontece é muito
superficial. O que isso determina nas vidas das personagens?
29 Quem seriam os ancestrais de Ponciá?
30 A cultura africana influenciou a formação identitária de Ponciá?
31 As mulheres do romance são semelhantes às mulheres africanas. Comente;
32 O ritual de dança na família de Ponciá é muito pertinente. Fale sobre as mulheres da
família da protagonista;
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Fonte: SEED
ATIVIDADE 2 - VAMOS LER UM POUQUINHO!
7ª aula : Conhecendo Conceição Evaristo
DEPOIMENTOS
CONCEIÇÃO EVARISTO
Texto I
A mulher negra, ela pode cantar, ela pode dançar, ela pode cozinhar, ela pode se prostituir, mas
escrever, não, escrever é uma coisa...é um exercício que a elite julga que só ela tem esse direito. (...)
Então eu gosto de dizer isso: escrever, o exercício da escrita, é um direito que todo mundo tem. Como o
exercício da leitura, como o exercício do prazer, como ter uma casa, como ter a comida (...) A
literatura feita pelas pessoas do povo, ela rompe com o lugar pré-determinado. (EVARISTO apud
LITERAFRO, p 2)
Texto II
A ausência de um pai foi dirimida um pouco pela presença de meu padrasto, mas sem dúvida alguma,
o fato de eu ter tido duas mães suavizou muito o vazio paterno que me rondava. Aos sete anos, fui
morar com a irmã mais velha de minha mãe, minha tia Maria Filomena da Silva. Ela era casada com
Antônio João da Silva, o Tio Totó, viúvo de outros dois casamentos. Não tiveram filhos. Fui morar com
eles, para que a minha mãe tivesse uma boca a menos para alimentar. Os dois passavam por menos
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necessidades, meu Tio Totó era pedreiro e minha Tia Lia, lavadeira como minha mãe. A oportunidade
que eu tive para estudar surgiu muito da condição de vida, um pouco melhor, que eu desfrutava em
casa dessa tia. As minhas irmãs enfrentavam dificuldades maiores. (EVARISTO apud LITERAFRO, p 2)
Atenção ALUNO: Leia os depoimentos
de Conceição Evaristo e responda as questões :
a) Qual é a posição da mulher negra segundo
Conceição Evaristo? Você concorda com ela?
Justifique.
b) Quais são os verbos que indicam que a autora se
refere às mulheres negras de sua atualidade. A qual
conjugação verbal eles pertencem?
c) Quais são os valores que dão prazer à autora? Quais
seriam os direitos do cidadão que ela não
mencionou?
d) Em qual dos textos a autora revela faltas de direitos?
ATIVIDADE 3: VAMOS CONHECER A REALIDADE! 8ª aula: Apresentar aos alunos a realidade das mulheres brasileiras
9ª aula: Analisar a estrutura do texto que o aluno pesquisou e
Sugestões :
BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Dinâmica
demográfica da população negra brasileira 2011- Maio-n.91.
<Disponível <
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/1
10512_comunicadoipea91.pdf. > Acesso em 17 julho 2012.
DUARTE, Eduardo Assis. Literatura Afro- Brasileira. 2006.
<Disponível em http://www.letras.ufmg.br/literafro/> Acesso em
17 julho 2012.
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
debater as informações
SUGESTÕES: Disponívelhttp://www.geledes.org.br/patrimonio-cultural/artistico-
esportivo/musica/cantores-compositores/11407-criolo-autor-do-disco-mais-elogiado-do-
ano-fala-sobre-educacao>em Novembro 2012.
Escolher uma reportagem e analisar as marcas e operadores linguísticos presentes no
texto. [Observe a estrutura do texto e anote em seu caderno suas características.]
a) É um texto informativo (referencial), poético ou argumentativo?
b) Quem é o autor do texto?
c) Qual sua fonte de informação que lhe dá credibilidade?
d) Você conhece mulheres que são agredidas? Por que isso acontece? Essas
mulheres tomaram alguma atitude? Por que permitem que isso aconteça? O que
você faria?
10ª aula: Leitura compreensão e análise da linguagem da obra
Ponciá Vicêncio
LEIA AS PÁGINAS INDICADAS ABAIXO E REALIZE AS ATIVIDADES.
Texto I: Ler a página 77.
Texto II: Ler as páginas 40 e 41.
1- A narradora conta a passagem da partida de Ponciá nos dois textos e revela a
dor de sua mãe. Em qual texto, na sua opinião, a dor da mãe parece ser maior?
Transcreva um texto que revela essa dimensão.
2- A autora usou um recurso no texto ao comparar o tempo com a natureza. Ela usa
uma comparação.Transcreva esse passagem e identifique qual é o elemento
usado para conectar as duas características que se assemelham.
3- No texto I a narradora comenta sobre pensamentos de suicídio que
atormentavam a mãe de Ponciá. Ela usou uma expressão para amenizar essa a
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
força dessa palavra. Essa expressão é uma figura de linguagem. Copie a
expressão e pesquise o conceito de eufemismo.
4- Leia esse trecho e responda as questões: “Se tivesse de ser só, que sozinha fosse.
Se tivesse de se abraçar com os seus próprios braços, ela mesma criaria o seu
próprio anelo, e se auto-abraçaria, até que reencontrasse os filhos e os abraços
deles abraçassem os abraços dela.”
a) Ela tem certeza do que deseja? Que efeito o uso dos verbos no subjuntivo
indica?
b) Explique com suas palavras o que a narradora quis dizer “Se tivesse de ser
só, que sozinha fosse”.
5- No texto II, as orações se apresentam mais curtas e com expressões repetidas.
Esse recurso revela as características de pensamento da personagem. As ações
são interrompidas por ela, para iniciar outras. O que é revelado?
6- No texto I, as orações são mais elaboradas, com uso de palavras ou expressões
que indicam circunstância de tempo ao se unirem em outra oração. Transcreva
do texto uma oração que indique uma circunstância de tempo.
11ª aula: Interpretando gráficos: índice de capacidade de leitura
e análise de carta de leitor
ATIVIDADE 4 QUE TAL LER MAIS UM POUQUINHO?
PESQUISAR!
ATIVIDADE 4- Pesquisar : índice de capacidade de leitura dos alunos brasileiros
Acesse ao link:
>http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/avaliacao/pisa-alem-ranking-
621959.shtml>
Leia a carta de leitor abaixo:
Fernanda Salla ([email protected] > Página 1 de 2 )
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Um retrato desalentador Alunos fora da escola ou com desempenho ruim são a regra
na América Latina
* População de 15 anos não matriculada ou cursando pelo menos a 7ª série.
Fonte: PISA 2009
Responda as questões por escrito:
a) Qual é o título do texto? Quem o escreve e qual seu relacionamento com a imprensa que o
publicou? Cite o nome dessa imprensa.
b) O que significa Pisa? Quantos países foram avaliados? Dê sinônimos para a palavra
proficiência.
c) Qual foi o desempenho do Brasil neste relatório? Que alunos foram avaliados e qual é a
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faixa etária deles? O que esse resultado comprova a respeito da capacidade de leitura?
d) Cite o nome do (a) autor desse texto e mencione qual é o nome da imprensa que o publicou.
e) Quem são os especialistas que analisaram os resultados para que esse gráfico estatístico
fosse construído?
f) No Brasil alunos que estão fora da escola ou que não fizeram a prova correspondem :( )
19,4% ( ) 40% ( )59,4%
g) Quantos colegas que você conhece que deveriam estar cursando na mesma série que você,
mas que já desistiram? Comente os motivos.
12ª aula: Conhecendo a linguagem do texto
ATIVIDADE 5 – ANÁLISE LINGUÍSTICA
1 - Identifique os verbos no trecho abaixo e explique a função que eles exercem quanto
ao tempo da narrativa e classifique-os conforme a conjugação verbal. [Observe que
verbos no pretérito perfeito indicam uma ação concluída em um único momento. Já os
verbos no pretérito imperfeito indicam ações repetidas ao longo do tempo. São
denominados de marcadores linguísticos].
a- “Quando se certificou de que negro aprendia, parou a brincadeira. Negro
aprendia sim!” (EVARISTO, 2006, p 18)
b- “Ao ver a mulher tão alheia, teve desejo de trazê-la ao mundo à força. Deu-lhe
um violento soco nas costas, gritando-lhe pelo nome. Ela lhe devolveu um olhar
de ódio.” (EVARISTO, 2006, p. 20)
c- “A mulher sofrera muito com a ida da filha, depois com a do filho. Antes, havia
vivido o pesar da passagem de seu homem, naquela tarde clara e ensolarada.”
(EVARISTO, 2006, p.77.)
d- Já havia passado tanto tempo que a filha e filho haviam saído para a cidade e
desde então, ela também nunca mais parara.
e- Ela acreditava que a vida tem o tempo certo, assim como o fruto tem o momento
exato para ser colhido.
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
2 - Copie do texto 1 uma frase ou expressão que mostre características de uma
variedade linguística típica de afrodescendentes.
3 – Observe o cartaz abaixo e escreva com suas palavras o que você sabe a respeito
dessas campanhas. Pesquise e traga para a sala de aula textos: notícias, relatos, gráficos,
reportagem, ou artigos científicos sobre esse tema.
Fonte:
Referências Bibliográficas e endereços eletrônicos
BERTRARD, Denis. Caminhos da Semiótica Literária. Bauru: Edux, 2003.
BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Dinâmica demográfica da
população negra brasileira 2011- Maio-n.91. <Disponível em em
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/110512_comunicadoip
ea91.pdf. Acesso em 17 julho 2012.
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
DUARTE, Eduardo Assis. Literatura Afro- Brasileira. 2006. <Disponível em
http://www.letras.ufmg.br/literafro/> Acesso em 17 julho 2012.
EVARISTO, Conceição. Ponciá Vicêncio. Belo Horizonte-MG: MAZA edições. 2006.
Gelédes Instituto da mulher negrahttp://www.geledes.org.br/patrimonio-
cultural/artistico-esportivo/musica/cantores-compositores/11407-criolo-autor-do-disco-
mais-elogiado-do-ano-fala-sobre-educacao
MACHADO, Irene. O romance e a voz a prosaica de Mikhail Bakhtin. Rio de
Janeiro/São Paulo: Imago/Fapesp, 1995.
REVISTA ESCOLA. O Pisa além do raking.2009.Disponível em <
http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/avaliacao/pisa-alem-ranking-
621959.shtmlFont> Acesso 23 julho 2012.
UNIDADE III
LITERATURA E SUA FUNÇÃO
A CANÇÃO NEGRO DRAMA E A ORIGEM DO RAP
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 32
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Fonte: SEED
SCRATCH
Como mais uma reação da tradição Black, o rap surgiu nesse período nos guetos negros
nova-iorquinos, Grand Master Flash elaborou o scratch _ criar sons ao girar manualmente o
disco sob a agulha em sentido contrário _e o back spin extrair do disco uma frase rítmica,
repetindo-a várias vezes e alterando o andamento normal da música _ transformando o disco
de vinil num verdadeiro instrumento musical e fazendo do disc jochey, o DJ, uma figura
central do rap. Nas festas de rua, que atraíam um número cada vez maior de jovens, os DJs
emprestavam os microfones para que os jovens pudessem improvisar discursos
acompanhando o ritmo da música. Eram os mestres de cerimônias (MC’s). A apropriação
musical era a principal fonte de produção do estilo. “Mixando” variados estilos da black
music, o rap criava um som próprio, pesado e arrastado, reduzido ao mínimo, apenas com
bateria, scratch e voz. (DAYRELL p 46 )
Admirados tanto pelos adolescentes como por jovens de periferia e da classe média, o
grupo de rap Os Racionais MC’s, com suas canções fortes e impactantes, abordam
temas profundos acerca do preconceito e do racismo e denunciam em suas
composições a realidade do cotidiano de milhões de pessoas pobres e negras que
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
sofrem com a discriminação em nosso país.
As canções dos Racionais MC’s são marcadas pela performance onde o corpo adquire
uma nova forma de linguagem com o público.
Fonte: SEED
FUNÇÃO DA CANÇÃO DOS RACIONAIS MC’s E FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Racionais MC’s, cuja canção denuncia a pobreza como herança deixada aos negros.
Com a música os rappers buscam conscientizar o mano e a mina, que sofrem as
mesmas injustiças do protagonista da canção, o “Nego Drama” nos versos :
“Hey, / Senhor de engenho,/ Eu sei,/ Bem quem é você,/ Sozinho, se num guenta,/
Sozinho,/ Se num guenta a peste,/ e disse que era bom/ E a favela ouviu,/ Lá também
tem whiski e Red Bull,/ Tênis Nike, / Fuzil, /Admito,/ Seu carro é bonito,/ Hé,/”
(RACIONAIS MC’s)
“Negro Drama/Entre o sucesso e a lama, Dinheiro,/ problemas,/Inveja, luxo, fama/Tenta ver e
não vê nada,/ A não ser uma estrela, /Longe meio ofuscada,/ Sente o Drama/ O preço, a
cobrança,/ No amor, no ódio/ A insana vingança/”(RACIONAIS MC’s),
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Fonte: SEED
O rap no Brasil tem origem no canto falado, trazido de culturas híbridas provenientes das diversas diferenças étnica-raciais, cujas raízes estão muito arraigadas no Continente africano. As danças nos rituais de cerimônias religiosas praticadas pelos antigos escravos brasileiros, estão presentes na maneira de muitos brasileiros se expressarem. Aqui chegando, esses escravos, eram obrigados a confessar a fé cristã, porém nunca deixaram de cultuar seus deuses em rituais, muitas vezes às escondidas, ou dissimulando com os nomes de santos católicos seus orixás. Criaram, assim outros meios para expressarem seus costumes e crenças. O canto e a dança para esses povos da África são muito importantes, porque nesses rituais há uma imensa carga de significados e simbologias linguísticas corporal e facial: as marcas que
influenciam a música brasileira. No artigo Oralidade,poesia e performance em canções de
rap como manifestação coletiva. De Selma Regina Bonugli, Paul Zumthor, afima que
A voz é presença. A performance não pode ser outra coisa
senão presente. Eu não posso escutar nada do passado. No
entanto, outros talvez o façam nesse momento nos lugares. Em
espaços tão longínquos que eu estou fora da capacidade de
ouvir. Todas essas vozes só podem chegar ao meu conhecimento
mediatizadas. (ZUMTHOR, p.83 apud BONUGLI p .5)
O cantor Mano Brow acredita ser um vencedor, mas que mesmo saindo de uma posição
de miséria não abandona a luta, de carne passa a navalha com sua canção de manifesto.
Evoca a plateia para um brinde como que sugerisse “você que resiste também merece
esse brinde, mesmo que solitário, [...] Eu sou irmão dos meus trutas de batalha/ Eu era
carne, agora sou a própria navalha/ Tim, tim...um brinde para mim/ Sou exemplo de
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
vitórias, trajetos e glórias/ O dinheiro tira um homem da miséria/ mas não pode arrancar
de dentro dele a favela[...]”.
Essa é pra você...descendente de escravo, que não teve direito à indenização. /
Olha só!/ Daí um filme,/ Uma negra,/ É uma criança nos braços,/ Solitária na floresta, /
De concreto e aço,/ Veja,/ Olha outra vez,/ O rosto na multidão,/ A multidão é um
monstro,/ Sem rosto e coração,”.RACIONAIS MC’s,apud BONUGLI, p. 8)
Para Richard Schusterman em seu livro VIVENDO A ARTE o pensamento pragmatista
e a estética popular, publicado em 1998, ocorre uma aproximação pragmática do rap,
numa conexão profunda com a arte, como instrumento da ética e do estilo de vida de
uma pessoa, um meio de engajamento político e social com a finalidade de promover
mais emancipação e liberdade. É interessante observar que ainda hoje, ao analisarmos a
teoria da catarse elaborada por Aristóteles, mesmo focada na piedade e no medo
apresenta a solução estética padrão: “a arte é valiosa porque permite que emoções
perigosas, contudo gratificantes sejam desfrutadas, mas depois exorcizadas por
expressá-las em um mundo seguro, pois fictício, de mimese.” (SCHUSTERMAN, 1998
p. 24 apud BONUGLI, p. 9)
ACESSAR O LINK: Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=rzHr-PsZH1Y > Acesso em julho de 2012.
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Fonte: SEED
OS GRIOTS: GUARDIÃS, INTÉRPRETES E
CANTORES DA CULTURA AFRICANA
Segundo Maria Bijóias, no artigo de Bonugli, os griots são
os guardiãs, intérpretes e cantores da História oral de muitos
povos africanos. Na língua mandiga são conhecidos como
jali e na África Central como mbomvest. Numa cultura oral
como a africana o griot conserva a memória antiga. Cantam
a história da África e os mitos dos diferentes povos, ou
elogiam os méritos dos heróis e personagens do passado,
geralmente são acompanhados por instrumentos musicais,
geralmente a kora ou o xilofone). Ao ouvir a canção temos a
sensação de ouvir vários experimentos melódicos.
(BIJÓIAS, apud BONUGLI, p 17)
Já na antiga África os griots,
especializavam-se nos rituais,
marcados por danças ao contar
os feitos heroicos de sua gente,
suas tradições milenares , tudo
com a arte da oralidade.
Em texto de Ruth Finnegan,
estudiosa da linguagem oral, são
relatadas maravilhosas
performances de contadores de
histórias da África que fizeram
com que ela criasse novas
expectativas quanto à
importância da linguagem
imbricada, na performance. Ela
salienta, porém que a escrita é
concebida como único veículo
de modernidade e estudo.
(FINNEGAN, p 20). Essas
teorias serão trabalhadas
implicitamente ao se propor as
atividades a fim de que
percebam como uma obra é
marcada pela oralidade e qual é
a importância da voz na
articulação e no engajamento
social do indivíduo.
Outro autor que muito questiona
a importância das marcas orais
no canto e na poesia é Paul
Zumthor. “[...] aquele que fala
dissimula alguma coisa de sua
personalidade, de sua presença,
portanto. Subsiste aí uma outra
presença, alusivamente
significada pela máscara ou pelo
taje.” (2005, p.84
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OFICINA IV – VAMOS CURTIR UM RAP?
13ª aula: Pesquise esses endereços e responda as questões a seguir:
Disponível >http://www.vagalume.com.br/racionais-mcs/diario-de-um-detento.html< Julho de 2012
Assistir ao vídeo dos Racionais MC’s DIÁRIO DE UM
DETENTO
Reponda as questões por escrito
1- Copie da canção Diário de um detento uma marca de oralidade.
2- Comente como é o comportamento, do eu poético dentro da penitenciária.
3- Explique como é descrita a sentinela do presídio.
4- O que acontece com os detentos que tentam fugir?
5- Como é o tratamento dado os estupradores dentro do presídio?
6- O que significam os versos “Cada detento uma mãe, uma crença. Cada crime
uma sentença.”
7- O que garante proteção ao rapper?
8- Comente a opinião do rapper sobre as pessoas que passam dentro do trem do
metrô.
9- O que o rapper denuncia nos versos “ Traficantes, homicidas, estelionatários.
Uma maioria de moleque primário. Era a brecha que o sistema queria, Avise o
IML, chegou o grande dia.”
10- Explique a indignação do rapper nos versos “ Fleury foi almoçar, que se foda a
minha mãe!”Quem é Fleury e o que ele representa?
11- Qual a posição do eu poético em relação ao uso de drogas? Justifique e copie o
verso que deixa essa posição clara.
12- A estrutura da canção pertence a um gênero textual, comente sobre ele.
13- Segundo o eu poético quais seriam os elementos que se misturam para formar
um detento?
14- Pesquise sobre a vida dos MC’s do grupo dos Racionais e compare-os com o
protagonista da canção.
14ª Aula Debate oral sobre a atuação e relação dos
rappers com a mídia
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Esse grupo é admirado e odiado por diversificadas esferas e instituições
brasileiras, como você explicaria esse fenômeno?
15ª Aula Artigo de Selma Regina Bonugli
Atividades para pesquisar Leia o artigo Oralidade, poesia e
performance em canções de rap como manifestação coletiva de Selma
Regina Bonugli e traga o que você conhece sobre o rap para a sala de aula
e argumente com os colegas.
Disponível > http://www.uel.br/revistas/boitata/volume-14-2012/Selmabonuglin14.pdf>
Acesso em 22 de Dezembro de 2012
Leia o texto e responda às questões abaixo:
Questões escritas:
1- O que significa rap ?
2- Como surgiram as primeiras manifestações desse gênero nos
Estados Unidos e como acontecia a produção da música?
3- Qual é a diferença entre rap e funk? Explique-a de maneira
histórica e cultural.
4- Qual grupo social se identifica com esse tipo de musicalidade?
Justifique sua resposta com argumentação e dados científicos.
5- Qual a contribuição da cultura afro-brasileira na construção do
rap no Brasil?
6- Que tipo de conscientização os MC’s querem transmitir aos seus
fãs?
7- O que causa estranheza em você nesse estilo musical?
8- Os Racionais MC’s usam uma linguagem híbrida ao se apresentarem em seus shows. O que você entende por hibridismo e o que significa ideologia ?
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
9- Comente sobre a importância da voz para o rapper. 10- A canção Negro Drama denuncia uma realidade que ocorre
com os afrodescendentes. Explique qual seria essa realidade. 11- Quem morre quem mata nas periferias segundo os Racionais
MC’s ? 12- Explique a figura de linguagem utilizada pelos MC’s nos
versos: “Eu era carne, agora sou a própria navalha/. 13- Copie do texto da canção Negro Drama os versos que contém
uma metáfora acerca das origens de Mano Brown. 14- Explique o significado dos versos “Senhor de engenho,/ Eu sei
bem/ Quem é você/ Sozinho se num guenta/ Sozinho se num guenta a peste/E disse que era bom/
16ª aula: Show dos Racionais na Praça da Sé em 2007
SUGESTÕES Ler o artigo de Selma Regina Bonugli e ou Acesse no Youtube:
Caco Barcellos- Repórter e apresentador do Programa Profissão Repórter narra sua reportagem conforme edição. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=rzHr-PsZH1Y > Acesso em julho de 2012. 1 Globo News. Disponível em < http://www.youtube.com/watch?v=8vdJEeW2UEk> Acesso em Julho de 2012
Sugestão de atividade: Compare os dois vídeos e vamos discutir sobre o
ocorrido. Vamos dividir a turma em dois grandes grupos: O primeiro
deverá representar os policiais, as autoridades, os comerciantes. Este
grupo irá justificar as atitudes da polícia. O segundo grupo defenderá os
moradores das periferias e argumentará em prol de seus direitos.
OPERADORES
ARGUMENTATIVOS EM
EDITORIAL
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
FUNÇÕES OPERADORES ARGUMENTATIVOS
Adição E, alem disso, também, ainda mais
Certeza Por certo, certamente, sem dúvidas
Conclusão Enfim, portanto, assim, dessa maneira, pois, logo, dessa forma
Dúvida Provavelmente, possivelmente, é provável, não é certo, se é que
Condição Se, caso, eventualmente,
Conformidade Com, de acordo com, segundo, conforme, como, assim como,
bem como
Comparação Igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo
Finalidade Para que, com o fim de, com o propósito de, a fim de que
Esclarecimento Isto é, quer dizer, em outras palavras, a saber, por exemplo
Explicação Por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de,
porquanto, que, já que, visto que, uma vez que,
Prioridade ou
revelância
Em primeiro lugar, primeiramente, acima de tudo,
principalmente, sobretudo
Progressão
temporal
Então, enfim, logo depois, finalmente, a princípio, em seguida,
afinal, por fim, agora, hoje, constantemente, eventualmente,
antes que, depois que, logo que, sempre que, desde que,
Ressalva Pelo contrário, em contraste com, exceto, menos, mas,
contudo, todavia, entretanto, apesar de, ainda que, mesmo
que, no entanto
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar.
Carta do leitor:
São manifestações publicadas em portais eletrônicos, revistas impressas ou
jornais. O leitor escreve o seu texto para protestar, reclamar, reivindicar
algo.
OPERADORES ARGUMENTATIVOS são marcas linguísticas que dão pistas para
o leitor construir o sentido do texto coesivo.
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
São as conjunções subordinativas ou coordenativas, que tem como finalidade
enfatizar, concluir, explicar, justificar, contradizer, refutar uma ideia,
conformidade, ressalva, prioridade ou relevância, progressão temporal,
dúvida, esclarecimento, adição,
Acese o link: Carta de fã
Disponível em http://www.midiaindependente.org/pt/red/2007/05/382036.shtml> Acesso
em 17 jul
17ª aula: Análise Linguística
1-Destaque no período abaixo uma oração cujo operador argumentativo tem a função de
dar uma significação de ressalva. Qual é a oração que apresenta essa ressalva?
“Quem estava ali, salvo algumas exceções, eram os manos, as minas das
periferias que convivem com essa polícia incoerente, repressiva, vingativa e
corrupta que nasce para cuidar de bens, patrimônios e não de vidas
humanas.”
2-Substitua os operadores argumentativos do período acima, sem alterar o significado.
Pronome relativo é aquele que liga duas orações,
substituindo na outra oração um termo já expresso:
O qual/ os quais/ a qual/ as quais /Cujo/ cujos/ cuja/
cujas Quanto/ quantos/ quantas
Que/quem/ onde
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
3-Observe o período abaixo e faça o que lhe é solicitado.
“A galera concorda em peso porque quem estava ali não era um monte de
playboyzinhos universitários como no show anterior do Nação Zumbi, e para
quem a polícia, em maior escala tenta ser eficiente.”
a) Qual sentido a oração em destaque adquire com o uso do operador
argumentativo?
b) Que significado a conjunção e adquiri na última oração desse período?
4-O pronome relativo é aquele que liga duas orações, substituindo na 2ª oração um
termo já expresso na oração anterior ou posterior. Neste período, a quem o pronome
relativo se refere?
“A galera concorda em peso porque quem estava ali não era um monte de
playboyzinhos universitários como no show anterior do Nação Zumbi, e para
quem a polícia, em maior escala tenta ser eficiente.”
5- Siga o modelo e una numa única frase, empregando pronomes relativos, antecedidos ou não
de preposição, evitando a repetição do termo destacado.
O projeto é, sem dúvida, o melhor de todos os apresentados no debate. O pesquisador
educacional referiu-se ao projeto com entusiasmo.
O projeto a que o pesquisador educacional se referiu com entusiasmo é, sem
dúvida, o melhor de todos os apresentados no debate.
a) O sítio tem árvores centenárias. Meu grande amigo mora no sítio desde garoto.
b) O filme é violento e deprimente. Assistimos ao filme na semana passada.
c) O diretor apresentou normas sobre o uso da quadra. Todos devem obedecer às
normas.
d) Os leitores enviam muitas cartas. O jornal responde às cartas diariamente em
uma seção intitulada Carta do leitor.
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
e) Aquela é a bibliotecária. Apresentamos à bibliotecária nossas sugestões para a
nova compra de livros.
6- Escreva uma carta de reclamação para a prefeitura junto com seu colega sobre
algo que sua comunidade precisa.( Sugestão: reclamar da falta de segurança e ou
exageros na abordagem da polícia na comunidade).
18ª aula Correção das atividades anteriores com
reestruturação de um texto do aluno
19ª aula – Interpretação de texto argumentativo
Apresentar aos alunos a estrutura de um texto argumentativo com regras e argumentos.
Leitura e interpretação do texto “Contra as Armas”. (FOLHA, 2005)
20ª aula: Reestruturar as atividades de cada aluno e corrigir com
a turma, enfocando os argumentos relevantes.
21ª aula: Produção de texto argumentativo
Leitura e contexto histórico sobre a exclusão social brasileira
Disponível
<http://tecituras.wordpress.com/page/2/?s=Gontran+Guanaes+Netto&submit=Procurar>
novembro de 2012
PROFESSOR: Ler o texto junto com os alunos, (trazê-lo impresso) em sala de aula.
Discutir as questões e produzir um texto argumentativo sobre o tema poposto.
CARO ALUNO:
Leia o texto pesquisado e responda as questões abaixo:
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
a) Quem é o autor do texto?
b) Quem é citado nas referências que fundamentam as argumentações do autor?
c) Qual é o assunto do texto?
d) As políticas de igualdade brasileiras são comparadas com a de outro país. Cite
o nome desse país e comente a comparação.
e) No período colonial, no Brasil, como se estabeleciam as dinâmicas de
direitos da população brasileira?
f) Explique como eram exercidos e por quem os direitos civis no início da
República no Brasil..
g) Como eram tratados os assalariados diante de sua inserção na atividade
urbana? E os mais pobres e miseráveis ficavam sob a responsabilidade de quem?
Comente.
h) O que esse texto tem em comum com a realidade denunciada pelos Racionais
MC’s? Comente.
22ª aula : Vamos discutir o texto do aluno??
23ª aula : Reestruturação dos textos dos alunos observando o
tema estudado e os operadores argumentativos utilizados
24ª aula : Figuras de Linguagem na construção do texto
dissertativo
Observe o cartaz abaixo e responda:
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
a) Este cartaz foi elaborado com uma finalidade. Explique qual seria essa
finalidade.
b) Quem editou esse cartaz?
c) Há no texto duas frases opostas. A primeira é declarativa afirmativa. A
segunda é negativa. Que efeito o advérbio de negação causa na frase?
d) A faixa vendando os olhos da criança tem um significado. Qual seria?
e) Ao vendar os olhos da criança, o autor do cartaz produziu um novo sentido
ao associá-lo com a frase negativa, abaixo da visão da menina. Que efeito
essa intenção causa no leitor?
f) A leitura desse cartaz leva o leitor a refletir com mais profundidade o que lhe
é apresentado. As contradições nas frases, apesar de se excluírem
mutuamente, se fundem, constituindo afirmações, aparentemente sem lógica.
Temos assim um paradoxo. Pesquise qual é a definição para o conceito
dessa Figura de Linguagem e dê um outro exemplo.
25ª aula: Correção das atividades
26ª aula: IRONIA E METONÍMIA
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
A ironia não é específica da linguagem verbal e pode se dar em diferentes situações. A
base desse recurso é
deslocamento contextual
em determinada situação,
em que se espera um tipo
de comportamento e acaba
ocorrendo outro. Nessa
tira temos a
contextualização de um fato. Vamos analisar o seu contexto?
Fonte: SEED
1) Quem está comemorando 60 anos?
2) O bolo simboliza uma conquista. Qual seria?
3) O que significa o pé massacrando a pessoa que sustenta o bolo? De quem seria esse pé?
4) Quem seria essa pessoa esmagada?
5) A condição da pessoa esmagada é ruim, porém ela faz uma piada como se tudo estivesse bem.
Explique a intenção do autor e qual seria a figura de linguagem predominante nessa situação.
6) Na mesma tira, temos outra figura de linguagem. O pé representa uma parte do todo. Explique
como se caracteriza essa figura na tira.
7) Seria possível associar essa tira com as canções dos Racionais MC’s? Justifique
contextualizando os fatos ocorridos que marcam os 60 anos de conquistas com a realidade
denunciada pelo grupo de rap.
8) A reflexão da contextualização dessa tira produz elementos que apesar de se excluírem
mutuamente, constituindo afirmações aparentemente sem lógica. Temos, assim, um paradoxo.
Explique essa contradição que nos faz refletir.
26ª aula: Correção das atividades
27ª aula: Atividades com METÁFORAS
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Comparação é a figura que consiste em aproximar dois seres em razão de alguma semelhança
existente entre eles, de modo que as características de um sejam atribuídas ao outro, e sempre
por meio de um elemento comparativo expresso: como, tal qual, semelhante a , que nem, etc.
Metáfora é a figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra em sentido que
não lhe é comum ou próprio, sendo esse novo sentido resultante de uma semelhança , de
intersecção entre dois termos.(CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar)
1 – Na canção “Negro Drama” há algumas comparações. Copie um verso da canção e
identifique o elemento comparativo expresso entre os dois seres.
2 - No verso “Eu era carne, agora sou a própria navalha”. Temos outra figura de
linguagem. É uma metáfora. A navalha tem lâminas afiadas. O que ele compara com
essa lâmina afiada para afirmar que “Eu sou a própria navalha?”
3 – Agora, observe um recurso onde o MC utiliza “ Terra de arranha – céu”. O que
seria um arranha-céu? Ao associar Terra a estas características, o sentido muda e se
constrói algo que se assemelha a ela. A que se assemelha? Que nome recebe essa figura
de linguagem?
4 - “Eu não sou artista. Artista faz arte, eu faço arma, sou terrorista”, O que Mano Brow
quer dizer em “fazer arma” ? Por que esse se intitula terrorista? Copie desse verso a
expressão que indica uma metáfora e explique que efeito ela propicia no texto.
28ª aula: Vamos pesquisar na Internet ou em livros exercícios
sobre figuras de linguagens e seus conceitos.
Referências bibliográficas e endereços eletrônicos:
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Disponível em <YOUTUBE, http://www.youtube.com/watch?v=rzHr-PsZH1Y>.
Programa Fantástico Rede Globo de Televisão. Acesso julho 2012.
BENTES, Anna Crhistina; FERNANDES, Frederico. A poesia oral nas bordas do
mundo: identidades em movimento nos videoclipes brasileiros de rap . In: LEITE,
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Eudes Fernando; FERNANDES, Frederico (Org.). Oralidade e Literatura 3: outras
veredas da voz. Londrina: EDUEL, 2007.p. 123-138.
BIJÓIAS, Maria. Griots __ Os intérpretes da História Africana. Rua
direita.com.música. Disponível em < http://www.ruadireita.com/musica/info/griots-os-
interpretes-musicais-da-historia-africana/ > Acesso em julho 2012.
BONUGLI, Selma Regina. Oralidade,poesia e performance em canções de rap como
manifestação coletiva.Londrina: UEL. 2012.
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar.Português linguagens 1
Literatura. Produção de texto. Gramática. São Paulo: Editora Saraiva.7ª edição Volume
1 Ensino Médio. 2010.
TA
FERNANDES, Frederico; BENTES, Crhistina, A poesia oral nas periferias do mundo
hip-hop. in Oralidade e literatura v.3outras veredas da voz. Londrina: EDUEL, p.121-
138.
FINNEGAN, Ruth. O que vem primeiro: o texto, a música ou a performance? In:
TRAVASSOS, Elizabeth; MATOS, Cláudia Neiva; MEDEIROS, Fernanda Texeira de.
Palavra cantada.ensaios sobre poesia, música e voz. Rio de Janeiro: 7 Letras , 2008.
FOLHA. Contra as Armas. Folha de São Paulo, p. A2, 15 de maio de 2005.
NASCIMENTO, Jorge. Cultura e Consciência: a “função” dos Racionais MC’s.Revista
Cultural .Disponível em <http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/cultura-e-consciencia-a-
%E2%80%9Cfuncao%E2%80%9D-do-racionais-mcs-de-jorge-nascimento/ > Acesso 17 julho
2012.
TAKEDA,Anna Carolina Botelho. 2007. Virada Cultual?.2007.CMI.
Disponível em http://www.midiaindependente.org/pt/red/2007/05/382036.shtml> Acesso
em 17 julho 2012.
ZUMTHOR, Paul. Escritura e nomalismo. Trad. Jerusa P. Ferreira e Sônia Queiroz.
São Paulo: Ateliê, 2005.
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 49
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
UNIDADE TEMÁTICA IV
Fonte: SEED
A CANÇÃO DO MC CRIOLO “CÁLICE”
O canto falado tem antecedentes antigos na tradição musical brasileira, como a
embolada, o repente, o partido alto, que fazem uso do improviso, free style. Criolo surge
nas redes sociais com uma canção, onde aparece cantarolando uma canção, uma mistura
de rap com canto falado com a qual, logo recebe cinco indicações e uma premiação no
VMP, em 2011. Em entrevista televisionada no programa De Frente com Gabi1 pela
emissora SBT que foi ao ar em 26 de janeiro de 2012, o rapper esclarece como sua
música surgiu. Segundo ele, a canção nasceu de uma necessidade, num improviso, sem
nenhuma intenção, pois queria apenas registrar a sua ideia e pediu ao amigo para ligar a
câmera. Postada na rede social teve um grande impacto com milhares de acessos. Essa
canção foi definida por Marília Gabriela como uma paródia melódica da canção Cálice
de Chico Buarque de Holanda.Chico Buarque amou a versão de Criolo e para retribuir o
carinho compôs um rap e o cantou em um de seus shows.“... espécie de paródia, uma
espécie de causo, uma espécie... do Chico Buarque que ele próprio elogiou [...] ‘Pai,
afasta de mim as biqueiras, Afasta de mim as beates ( GABRIELA, programa De Frente
com Gabi).
Criolo ao responder a indagação da jornalista e apresentadora “...quem te ouve,
te entende? (GABRIELA) Ele argumentou que a poesia traspõe as barreiras das
palavras, tanto pelo ritmo como pelo sentimento. “Talvez a pessoa não entende pelo
colóquio, mas ela entende pelo semblante.” (CRIOLO apud De Frente com Gabi)
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Ele trabalha o seu rap diretamente com os jovens. Sua preocupação parece estar
relacionada a uma urgência em conscientizar e emancipar jovens de periferia. O MC
explica, de maneira um tanto complexa, como Marília Gabriela o definiu ao utilizar a
música para se comunicar e contribuir no processo de emancipação do jovem da pós-
modernidade.
Ao expressar-se utiliza um estilo diferente dos Racionais MC’s, pois busca uma
experimentação melódica e a traz para o mundo íntimo do rap. É um dos fundadores da
Rinha de MC’s, tradicional duelo de rappers bons de improviso. “É voz frequente no
Pagode da Rua 27” ( GABRIELA)no Grajaú, na Zona Sul da cidade de São Paulo.
Segundo o rapper, a Rinha “nasceu de uma necessidade minha e do DJ Dam Dam, que
está comigo há mais de 15 anos. Em escutarmos as músicas no vinil e criar uma
situação para que os jovens se encontrassem, sobretudo esses que fazem free style.”
(CRIOLO apud De Frente com Gabi)
ATIVIDADES: MANIFESTAÇÕES DE FÃS EM CARTA DO LEITOR E
ENTREVISTA COM CRIOLO
Nesta carta postada na internet, o músico Harley demonstra muita
admiração pela música de Criolo. Ele faz uma interpretação dos seus sentimentos
ao ouvir o rapper se apresentar na TV Cultura. A canção Não Existe Amor em SP
o emocionou e o levou a reconhecer este estilo como algo novo e surpreendente que
o deixou perplexo e em transe.
As canções de Criolo apresentam muitas diversidades no ritmo, indo do
samba à MPB. Transpõem o universo do rap e alcançam outro estilo, não ficando
na mesmice, contudo conseguem transmitir aos jovens e adolescentes as mensagens
de outros tempos que ainda hoje significam muito, devido à atualidade do tema e
das necessidades individuais do jovem marcado pela violência, mas antenado aos
meios tecnológicos.
ACESSAR: Leia o texto de Selma Regina Bonugli e
ou acesse o link abaixo e faça uma síntese do texto do
músico Haley Coqueiro;
COQUEIRO, Haley. Não Existe Amor Em SP (Mas
Talento, Sim!): Os invicioneiros.com.br Disponível
em <
http://www.osinvicioneiros.com.br/2011/06/nao-
existe-amor-em-sp-mas-talento-sim.html > Acesso em
Julho
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
Para fundamentar com teorias, a autora do artigo Selma Regina Bonugli,apresenta o
pesquisador Luiz Tatit. Para ele, “o rap é mais radical porque não camufla em nada sua
origem verbal. É uma canção quase pura, despojada dos afetos normalmente associados
à linha melódica” (TATIT, 1999 apud BONUGLI). É interessante sua colocação, ao
referir-se ao rap como um canto falado, já presente no Brasil desde os anos 70.
Esclarece também que é dedicada aos conteúdos referenciais como denúncias, protestos,
crônicas e relatos. “Daí a necessidade de neutralização dos grandes percursos melódicos
ou passionais, para que se preste atenção ao conteúdo da fala”. (TATIT, 1999 apud
BONUGLI).
GABRIELA, Marília. De Frente com Gabi.disponível, parte 1 < http://www.youtube.com/watch?v=jM652HU6ikU
> Acesso em 20 Julho 2012.
Disponível parte 2http://www.youtube.com/watch?v=tGKWqanyOC8&feature=fvwrel> Acesso Julho 2012.
Disponível parte 3< http://www.youtube.com/watch?v=aabDlWBLBUY&feature=fvwrel Acesso Julho 2012.
Gabriela o questiona sobre o interesse econômico pelo rap. “Criolo, o rap é
talvez o produto dominante no mercado musical norte americano. Você acredita que
haja um movimento também aqui no Brasil?” “Eh!.., muita gente quer e está ganhando
dinheiro com o rap, inclusive pessoas que odeiam rap e foi assim com o samba quando
não se podia falar que era sambista, que apanhava da polícia nas rodas dos partideiros.”
(CRIOLO apud De Frente com Gabi).
OFICINA V- A estética do poema FIGURAS DE LINGUAGEM E SEUS RECURSOS MUSICAIS
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
29ª aula: Conhecendo a Canção “Cálice” do MC Criolo e
Cálice” de Chico Buarque de Holanda
VAMOS ESTUDAR AS EXPERIÊNCIAS
MELÓDICAS EM CRIOLO!!!
A canção Cálice do MC Criolo é uma espécie de paráfrase da
canção de Chico Buarque.
PARÁFRASE: Uma paráfrase é uma reafirmação das ideias de um texto
ou uma passagem usando outras palavras. O ato de paráfrase é também
chamado de parafrasear. Mudar o texto de um ator para criar ou inventar
outro texto ou poema.
Você entende a canção de Criolo sem ter ouvido a canção do Chico Buarque de
Holanda? Então acesse: Disponível
http://www.youtube.com/watch?v=rcx3741MeAEVocê acessado em novembro de
2012.
A música apresenta uma letra complexa e estranha para denunciar o Sistema
Militar que imperava no Brasil na década de 70. O título da música é Cálice com a
intenção de dizer: Fique quieto. Cale! Quem manda e tem direito é o Estado. Na versão
de Criolo o que ele quer dizer com essa canção de rap?
Interpretação da canção Cálice de Criolo e Cálice de Chico
Buarque de Holanda
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
PROFESSOR: Apresente as duas canções aos alunos e interprete-
as com a turma. Exponha a eles os diferentes contextos histórico-
sociais presentes no momento da composição de cada canção.
Outra canção é “Não Existe Amor em SP” .MC Criolo parafraseia a
canção de Caetano Veloso “Sampa” . Você a conhece? Vamos ouvi-la
juntos?
Acesse Disponível < http://www.youtube.com/watch?v=btn7E8yYvaM:> acesso em
novembro de 2012.
Ambas as canções falam da cidade de São Paulo. O sentimento sobre a cidade foi
inspirado nas pessoas que nela vivem, nos emigrantes que chegam a São Paulo em
busca de oportunidades. Mostra o lado bonito e triste da cidade.
Na canção de Criolo, aparentemente, ele mostra apenas o lado negativo.Você concorda,
ou será que ele quer dizer algo mais.
Vamos discutir essas questões?
Qual seria a relação dos grafites que aparecem em seu vídeo? Há neles algum
significado associado ao tema da canção e com as novas experiências melódicas
quando usa a paráfrase? Justifique.
P R O D U Ç Ã O F I N A L
30ª aula: Composição de textos de rap pelos alunos
31ª aula: GRAFITAR A ESCOLA
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Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
32ª aula: Apresentação das canções durante uma rinha, free
style com os alunos
Referências Bibliográficas
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manifestação coletiva.Londrina: UEL. 2012
CRIOLO. Entrevista com Criolo no Programa de Frente com Gay .Disponível <
http://www.youtube.com/watch?v=jM652HU6ikU.> Acesso em 17 julho 2012.
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COQUEIRO, Haley. Não Existe Amor Em SP (Mas Talento, Sim!): Os
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consagra-criolo.shtml > Acesso Julho de 2012.
GABRIELA, Marília. De Frente com Gabi: SBT disponível <
http://www.youtube.com/watch?v=jM652HU6ikU > Acesso em 20 Julho 2012.
GASPAR, Rapper. Rap e Repente- Do tecer das rimas ao canto falado. Documentário
de Tortino R. Andréia. Disponível em <
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MURANO, Edgar. A homenagem de Chico Buarque ao rapper Criolo retoma o antigo
diálogo entre o canto falado e a MPB. Revista de Língua Portuguesa. Disponível em
<http://revistalingua.uol.com.br/textos/73/artigo249246-1.asp > Acesso em 20 julho
PAZ, Octávio.O Arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982, p. 15.
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ZUMTHOR, Paul. Escritura e nomalismo. Trad. Jerusa P. Ferreira e Sônia Queiroz.
São Paulo: Ateliê, 200
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http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14&min=9
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PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ____ CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2012 56
Gêneros diversos numa sequência didática: a poesia e o oral em Ponciá Vicêncio (2006) e nas canções de rap
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l <Acesso em novembro de 2012.
___Disponíveç
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> Acesso em novembro de 2012.
____Disponível
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/fotos.php?evento=1&start=220
>Acesso em novembro de 2012.
.Disponível <
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/fotos.php?evento=1&start=120> Acesso
em novembro de 2012